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Edição 01 | Sebrae/PA 1 REVISTA BONS NEGÓCIOS Chef Zezé é destaque da culinária marajoara Ostreicultura é reconhecida fora do Brasil Artesãos festejam bons negócios na FAC

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Edição 01 | Sebrae/PA 1

REVISTA

BONS NEGÓCIOS

Chef Zezé édestaque da

culinária marajoara

Ostreicultura éreconhecida fora

do Brasil

Artesãos festejam bons negócios

na FAC

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BONS NEGÓCIOS

Expediente

Publicação do Sebrae Pará.

nº 01, novembro de 2018

Presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae Pará

Fernando Teruó Yamada

Diretor-superintendente

Fabrizio Guaglianone

Diretores

Diretor Técnico - Hugo Suenaga

Diretor Administrativo e Financeiro - André Pontes

Unidade de Marketing e Comunicação

Assessor da diretoria Executiva

Renato Cortez

Reportagens

Juliane Rose Mufarrej (Regionais Caeté, Capim e Guamá)

Silvaneide Guedes Cabral (Regionais Marajó e Tocantins)

Equipe

Revisão de texto

Silvaneide Guedes

Edição

Silvaneide Guedes

Fotografia

Carlos Borges, Caio Mesquita, Roseane Fontenele e

arquivo Sebrae

Projeto gráfico original

Editoração

Katia Ferreira

Cartas

Sebrae - Unidade de Marketing e Comunicação

Rua Municipalidade, 1461 - Umarizal

Belém/Pará CEP: 66050-350

[email protected]

Telefone

913181-9000

SUMÁRIO

EMPREENDEDORISMO PARA RESSOCIALIZARPágina 06

QUEIJO DO MARAJÓ EM DESTAQUEPágina 07

OSTREICULTURA RECONHECIDA FORA DO BRASILPágina 16

O DESAFIO DE CRESCERPágina 08

QUALIDADE NA GESTÃOPágina 18

CHEF ZEZÉ É DESTAQUE DA CULINÁRIA MARAJOARAPágina 10

CACAU DE PROCEDÊNCIAPágina 20

ARTESÃOS FESTEJAM BONS NEGÓCIOS NA FACPágina 12

SABORES DE BRAGANÇAPágina 22

PROJETO É DESTAQUE INTERNACIONALPágina 14

CRESCE VENDA DE PEQUENOSPágina 24

BONS NEGÓCIOS EM BARCARENAPágina 24

NEGÓCIOS DE FEIRAPágina 28

ENCONTRO DE OPORTUNIDADESPágina 30

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Edição 01 | Sebrae/PA 7Bons Negócios6

Trinta e três detentos do Centro de Recuperação de Mocajuba, município

que fica na região Tocantins do Estado do Pará, têm uma alternativa para a reinserção na sociedade por meio do empreendedoris-mo. Eles foram capacitados para empreender. A iniciativa faz parte das ações do projeto ‘Empreender além dos Muros’, realizado pelo Tribunal de Justiça do Estado do Pará (TJ/PA), por meio da Comarca do município de Mocajuba, Defensoria Pública do Estado do Pará e o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – Sebrae no Pará.

No total, foram 26 horas de capacitação, em seis módulos, nas áreas planejamento, controles financeiros, modelos de negócios, Microempreendedor Individual (MEI) e plano de negócios, no período de janeiro a agosto deste ano. Quinze, dos 33 detentos, também participaram de oficinas de fabricação de vas-souras com garrafas pet. “A intenção é mos-trar que empreender é uma boa alternativa para eles, após a saída do Centro, como forma

de reintegrá-los na sociedade”, diz a gerente do Sebrae na região Tocantins, Aureni Leite.

O projeto também ajuda, de imediato, os participantes na redução de suas penas. “Para cada 12h de estudo, é concedido um dia de remissão de pena, segundo rege a lei de exe-cução penal”, explica a defensora pública do Estado, Elisiane Rocha.

“Essa é a grande oportunidade das vidas de vocês. O que aprenderam, pode ser a chan-ce de terem uma vida diferente quando es-tiverem lá fora”, disse o juiz da Comarca de Mocajuba, Daniel Girão.

Na certificação, várias autoridades esti-veram presentes: a coordenadora de en-sino e pesquisa da Defensoria Pública do Estado, Emiko Alves; o diretor do Centro de Recuperação, Rosenildo Pinheiro; o tenente Rodrigues, da Polícia Militar; Edilene Lopes, representante da Prefeitura de Mocajuba; e funcionários do Centro, como o assistente so-cial Olegário Coutinho, que conduziu as ações de capacitação.

A queijaria São Victor, de Salvaterra, na Ilha do Marajó, recebeu o Troféu

Super Ouro, como a grande vencedora da quarta edição do IV Prêmio Queijo Brasil, que ocorreu no Memorial da América Latina, no palco do Mesa Tendências, em novem-bro de 2018. Foram quase 500 queijos ar-tesanais de todo o Brasil avaliados por uma equipe de 24 jurados, durante dois dias.

A São Vitor vem colecionando títulos. Em 2017, ela já havia ficado em terceiro lugar nessa mesma competição e, também nes-se ano, foi campeã do 2º Torneio de Queijo

do Marajó, Marajó Búfalos, que ocorreu na Fazenda Vitória, de Cachoeira do Arari. A mesma queijaria recebeu, em 2018, o tro-féu como melhor laticínio do Marajó no 10º Prêmio Melhores do Ano Troféu Imprensa Pará.

“A projeção da São Vitor é reflexo de um tra-balho que temos realizado desde 2012, com queijarias no Marajó, sendo que destacamos como principais ações a legalização do queijo do Marajó, a organização em gestão e abertura de mercado”, explica o analista do Sebrae no Pará, Roger Maia, que coordena o projeto Crescer no Campo Bubalinocultura de Leite no Marajó.

QUEIJO DO MARAJÓ EM DESTAQUE

EMPREENDEDORISMO PARA RESSOCIALIZAR

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os 10 anos, a empresário de sucesso no Pará, Massau sabe que empreender é um desafio e que para o negócio crescer é preciso planejar e estudar.

“Essa lição eu aprendi com o Sebrae, quan-do participei do Programa Ideal, em 1991: não dá para fazer de qualquer jeito”, defende o dono do Ozaki’s Hotel, ao se referir à virada que deu no negócio após participar do progra-ma, criado para incentivar o desenvolvimento de lideranças, para contribuir com o cresci-mento das empresas, das comunidades e das

Neto e filho de imigrantes japoneses, que vieram para o Brasil no pós Primeira

Guerra Mundial, fugindo da fome no Japão; morador de Tailândia, na região Tocantins do Estado do Pará, estabelecido nos anos 1980, oriundo do Paraná; casado com Maria Lucinete Okazi, com quem tem quatro filhos; empresá-rio respeitado do ramo hoteleiro no município. Esse é Massau Okazi, 62 anos, que já foi agri-cultor, seringueiro, vereador e o primeiro vice--prefeito do município. Do cabo da enxada no Paraná, ajudando na lavoura dos pais desde

regiões. “Eu mudei totalmente meu jeito de ver o hotel, de empreender. Antes, não tinha a visão de empresário, fazia de qualquer jeito. Percebi que eu precisava mudar tudo, investir na qualidade, capacitar funcionários, adotar controles financeiros. Tudo, tudo o que um negócio precisa para crescer e dar certo. Foi a grande virada”, observa Massau. “Grande parte consegui fazer com o dinheiro de um financiamento do Banco do Brasil, conseguido graças ao apoio do Sebrae”, conta.

Dos 12 quartos e dois funcionários iniciais, nos anos 1980, em 2018 são 55 acomoda-ções novas e confortáveis, com chuveiro elé-trico, condicionadores de ar e frigobar, e 18 empregados qualificados, sendo referência em qualidade na prestação de serviços ho-teleiros na região. E não parar é o lema de Massau. Quartos adequados ao perfil dos clientes (frequente, que não pode pagar mui-to, médio e o top), lanchonete, mais capacita-ção para os funcionários e 17 novos quartos são algumas novidades que vêm por aí. “Tudo planejado, pois não quero cometer o mesmo erro do passado, de fazer algo sem conhecer, planejar, saber bem o que posso e o que não posso fazer. Não se preparar é correr o risco de fechar as portas, como já ocorreu antes, no início”, comenta o empresário que destaca o ganho que foi a padronização da identidade visual, feita por meio do Sebratec. “Fachada, cardápio, roupas de cama, tudo com a marca padronizada”, explica Massau.

Tudo isso está sendo pensado e adequado a um trabalho de revisão do planejamento estra-tégico. “Ano passado, ele participou de um ci-clo de treinamentos que oferecemos: planeja-mento estratégico, gestão financeira, gestão de marketing e gestão de pessoas”, informa a

gerente do Sebrae na região Tocantins, Aureni Leite, ao elencar os treinamentos realizados em parceria com a Associação Comercial e Industrial de Tailândia (Acita).

Segundo Aureni, foi a partir desse ciclo que outros atendimentos importantes foram ofe-recidos, como uma consultoria específica so-bre planejamento estratégico, em andamento. “Ele também participou de um encontro em-presarial sobre a reforma trabalhista”, desta-ca a gerente, ao citar que os empresários da região estavam com muitas dúvidas sobre as mudanças na legislação. “Isso impacta dire-tamente nos negócios, por isso a importância da capacitação”, disse Aureni.

Diferencial

O Ozaki’s Hotel é um dos poucos na re-gião que tem outorga d’água, licença libe-rada pela Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) que, a cada mês, faz vistorias para garantir a qualidade da água que é usada no hotel. Também é o único do município a contar com um grupo gerador, oferecendo energia elétrica quando há falta no abastecimento normal. “Tivemos dois dias de falta de energia na cidade e o Ozaki’s fi-cou lotado, é um grande diferencial no mer-cado hoteleiro”, comenta o presidente da Associação Comercial e Industrial de Tailândia (Acita), Luciano Tambaroti. “Isso é possível por causa de sua visão empreendedora”, frisa o presidente.

O empresário também sai na frente ao pen-sar no futuro. Para garantir a sustentabilidade do negócio, ele já está preparando duas filhas para a sucessão na gestão do hotel. “Já estão aqui comigo e com a mãe. Ainda sob minha supervisão, mas, aos poucos, vão conhecen-do e cuidando do hotel”, diz Maçal.

A elas e a outros que pretendem empreen-der, em especial na área hoteleira, o empresá-rio fala da lição que aprendeu com o Sebrae: “buscar conhecimento e planejar sempre”, re-força o empreendedor que tem mais de duas décadas de atendimento do Sebrae. “Ele par-ticipa de todas as ações que realizamos em Tailândia, explora tudo o que pode de nós, sempre para melhorar seu negócio”, destaca Aureni.

O DESAFIO DE CRESCER

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Maria José da Conceição Gama. Procurada por esse nome em Cachoeira

do Arari, na Ilha do Marajó, muito provável que não saibam dar informações sobre ela. Mas por dona Zezé ou Chef Zezé, dificilmen-te alguém algum morador do município, de aproximadamente 20 mil habitantes, que faz parte da região dos campos da ilha, vai dizer que não a conhece. Zezé é daquelas pessoas de sorriso largo e acolhedor, que cativa pelo olhar.

A simpatia de Zezé é uma das grandes marcas do seu restaurante: o Quintal da Zezé. Um lugar aconchegante, no quintal de sua casa, em Cachoeira. No local é possível

Do quintal à capital A parceria com o Sebrae rendeu à Zezé a

oportunidade de apresentar a gastronomia do Marajó, aos fins de semana, no restaurante Municipal, em Belém. Até o final de 2018, nos almoços de sábados e domingos, a em-presária responde pela cozinha do espaço. “Lá atrás eu não imaginava chegar onde estou”, comenta Zezé, lembrando com tudo começou.

O restaurante da Zezé nasceu de uma ne-cessidade. “Durante uma visita de universitá-rios, em 2003, recebi o convite para oferecer refeição aos estudantes. A cidade não tinha restaurante nem estrutura para receber turis-ta. As pessoas iam pro museu e voltavam. Aquilo me incomodava, mas nem sabia o que fazer. Comecei a preparar marmitas para os universitários, mas o movimento despertou a curiosidade e o interesse na população. “As pessoas começaram a perguntar se estava vendendo comida e resolvi fazer um pouco mais”, recorda.

Anos depois, um vereador do município de Breves, outro município marajoara, que aguar-dava a refeição pediu para fumar. “Como o espaço era pequeno, ele foi para o quintal e sugeriu: ‘você devia abrir um restaurante aqui. Te digo até o nome: Fundo de Quintal’”, lembra a empreendedora, que começou com poucos lugares. “Fiz o puxado no fundo da casa e um jornalista até brincou comigo uma vez, dizendo que era um ‘espaço com quatro mesas que ela chama de restaurante’, mas

para mim, que comecei do nada, já era muita coisa”, orgulha-se.

O empreendimento nasceu na informalidade. Em 2015, após ter investido no espaço com recursos de um financiamento, Zezé se tornou Microempreendedora Individual. Mas foi com o apoio do Sebrae que o sucesso bateu à par-ta, dois anos depois. “Realizamos um trabalho de organização em gestão empresarial e de abertura de mercado, que envolve reposiona-mento no mercado, com a mudança do nome para Quintal da Zezé, criação de marca e di-vulgação do restaurante em evento no Pará e em outros estados”, explica o analista do Sebrae no Pará, Roger Maria, que compõe a equipe do regional Marajó.

Zezé já participou, com o apoio do Sebrae, de eventos estaduais e nacionais, como cozinha show, Mesa Brasil, em São Paulo; Ver-O-Peso da Cozinha Paraense, e, Belém; Seminário Food Experience, em Brasília; Cozinha Show da Feira Internacional de Turismo,(Fita) 2017,em Belém; Fartura, Estação das Docas, em Belém; Feira do Empreendedor 2017,em Belém; Cozinha Show – Festival Ilhas e Sabores, em 2018,em BElém

“Meu desejo agora é investir em melhorias no restaurante. “Estamos fazendo uma refor-ma para deixar ele mais aconchegante, mais confortável, para o cliente ficar mais satisfei-to, pretendo climatizar. Mas quero melhorar sem tirar a parte do rústico, do natural, pra continuar aconchegante”, revela.

CHEF ZEZÉ É DESTAQUE DA CULINÁRIA MARAJOARA

Maria José da Conceição Gama nasceu na Fazenda São Bernardo, na Ilha de Marajó, arquipélago próximo à capital paraense, que reúne belíssimas paisagens entre búfalos e igarapés. Ainda criança, Zezé se mudou com a família para Cachoeira do Arari, município da ilha com menos de 20 mil habitantes, que abriga o Museu do Marajó. O gosto pela cozinha veio da família.

Já casada e de volta a Cachoeira do Arari, depois que os quatro filhos estavam crescidos, Zezé conseguiu se formar como professora do magistério e técnica em contabilidade.

experimentar a tradicional culinária marajoa-ra, como o frito do vaqueiro e o filé mara-joara, mas também se deliciar com receitas inovadoras, como o pirarucu fresco recheado com queijo do Marajó, uma das estrelas do cardápio, que vem atraindo muitos clientes e expandindo a fama da Zezé pelo Brasil. “O movimento cresce quase 70% depois que in-troduzi o queijo do Marajó no cardápio”, conta a chef. Segundo ela, a iniciativa de colocar o queijo nos pratos é resultado do atendimento do Sebrae, que inseriu o restaurante na Rota do Queijo do Marajó, um projeto realizado pela Secretaria de Estado de Turismo, em parceria com a instituição.

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A Feria de Artesanato do Círio 2018 foi um campo fértil para bons negócios

aos artesãos dos municípios de Abaetetuba, no Baixo Tocantins, e Salvaterra, na Ilha do Marajó. Durante o evento, eles estiveram en-tre os que faturaram um total de R$ 303 mil reais durante o evento e em negócios futuros. A Feira ocorreu entre os dias 10 e 17 de outu-bro, na Casa das Artes, em Belém.

Alessandro Pinheiro, artesão de Salvaterra,na Ilha do Marajó, participou da Feira pela segun-da vez. “Eu vendi bastante aqui e fiz contatos

com clientes de outros estados, como São Paulo e Rio de Janeiro”, informa Alessandro, que trabalha com a produção de miniaturas de búfalos em cerâmica. “A cultura do nos-so Estado é grandiosa e rica, e a FAC é uma grande vitrine para o Brasil e para o Mundo de um pouco do que temos aqui. É muito impor-tante esse apoio e incentivo que recebemos do Sebrae”, ressalta o artesão marajoara.

Veterano na FAC, o artesão Valdeli Costa, de Abaetetuba, também ficou satisfeito coma participação na Feira. Valdeli levou 550

importantes, no montante de R$ 20 mil, além de ampliar network e fazer novas parcerias”, destaca o artesão.

Esses artesãos são atendidos pelo Sebrae, por isso participaram da FAC. “Prestamos apoio técnico, com capacitação e consulto-rias, além de promover acesso a mercado”, explica o analista do Sebrae, Roger Maia, que compõe a equipe do regional Marajó.

ARTESÃOS FESTEJAM BONS NEGÓCIOS NA FAC

FAC

peças para expor e saiu do evento sem ne-nhuma. Além do sucesso nas vendas diretas no período da FAC, ele fechou três bons ne-gócios futuros, com encomendas para São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, além de parceria com a loja do Museu Emílio Goeldi. “Foram dois lojistas e uma empresa que com-prou três mil brindes de fim de ano. Somente nestas três encomendas, consegui vender R$ 17.450”, comemora o artesão.

Também campeão de vendas durante a FAC 2018, o artesão Joel Silva, de Abaetetuba, faturou R$ 14 mil durante os oito dias de evento, com a comercialização de produtos como luminárias, bandejas, puffs e peque-nos brindes, tudo feito de miriti, alguns de-les compondo uma coleção exclusiva para o evento. “Fechei ainda negócios futuros muito

A Feira de Artesanato do Círio (FAC), tradi-cional evento realizado pelo Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – Sebrae no Pará, foi um sucesso de público e vendas em 2018. Marcado pela inovação dos produtos, a FAC atraiu cerca de 20 mil pessoas, com a geração de R$ 303 mil em negócios, 39% a mais em relação ao ano anterior. Na abertu-ra, o arcebispo metropolitano de Belém, Dom Alberto Taveira, celebrou o Ato de Bênção com a imagem peregrina de Nossa Senhora de Nazaré.

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Edição 01 | Sebrae/PA 15Bons Negócios14

mercado. Sem normas e um padrão de pro-dução reconhecido pelos órgãos de fiscaliza-ção sanitária, o produto só podia ser vendi-do na ilha. “ Um esforço conjunto do Sebrae, da Agência de Defesa Agropecuária do Pará (Adepará), órgão de inspeção sanitária e da então Secretaria de Estado de Agricultura (Sagri), e de produtores resultou na Portaria 418/2013, da Adepará”, observa Roger Maia.

O documento estabelece as boas práticas de fabricação do queijo: descreve o processo produtivo e estabelece as normas a serem se-guidas pelos produtores, entre elas a qualida-de da água utilizada, o processo de ordenha de animais, as condições de higiene dos locais de produção, o transporte e o armazenamen-to. O protocolo de produção tem por base a Lei Estadual de Produtos Artesanais (artigo 22 da Lei 7.565, de 25/10/2011), que reconhece o queijo como um produto artesanal.

“O próximo passo foi trabalhar a adequação das queijarias, a organização e a gestão dos negócios - apoio técnico aos produtores de queijo no Marajó, capacitando-os por meio de cursos, consultorias e orientações em di-versas áreas da gestão empresarial-, além de promover ações de acesso ao mercado e para a conquista da IG”, destaca Maia, lembrando que com a IG, o queijo será conhecido no mer-cado pela tradição regional da ilha, não po-dendo o seu nome ser usado por produtores de outras regiões.

As ações do projeto Crescer no Campo – Bubalinocultura de Leite no Marajó, de-

senvolvido pelo Sebrae no Pará, com o apoio da Al-Invest 5.0, na região dos campos do Marajó, conquistou o 2º lugar em concurso na categoria “Impacto Grupal”, promovido du-rante em um encontro do Al- Invest, onde 17 países das Américas Latina e do Sul apresen-taram 77 projetos. “Essa premiação nos mos-tra que estamos no caminho certo no apoio aos empreendedores de queijarias do Marajó”, destaca o diretor-superintendente do Sebrae no Pará, Fabrizio Guaglianone.

O projeto beneficia produtores de leite e queijo de cinco municípios marajoaras: Soure, Salvaterra, Cachoeira do Arari, Ponta de Pedras e Muaná. O foco são ações de gestão empresarial, abertura de mercado e em busca da conquista da Identificação Geográfica (IG) do Queijo do Marajó. “A identificação geográ-fica é uma ferramenta coletiva que protege, patenteia um produto, e uma região. Só vai poder utilizar o nome queijo do Marajó os pro-dutores que estiverem na região Marajoara, dos campos marajoaras”, explica o gestor do projeto, Roger Maia, que compõe a equipe do regional Marajó.

Atuação do Sebrae O Sebrae apoia os empreendedores da buba-

linocutlrua do Marajó desde 2012. O prin-cipal foco na época era legalizar o queijo no

PROJETO É DESTAQUE INTERNACIONAL

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Edição 01 | Sebrae/PA 17Bons Negócios16

É do Pará um dos vencedores do concur-so de casos de êxito “Transformando

Vidas”, realizado pelo Programa AL-Invest 5.0, a mais importante cooperação interna-cional financiada pela União Europeia para o setor empresarial da América Latina. O traba-lho de apoio à cadeia produtiva de ostras no nordeste paraense, conduzido pelo Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – Sebrae no Pará, venceu na categoria “Melhoria da Produtividade e Inovação nas MPEs”.

O prêmio foi criado para destacar as melho-res histórias de impacto do programa junto a pequenos negócios do continente. O Sebrae

no Pará concorreu com projetos de 110 insti-tuições apoiadas pelo programa em 18 países da América Latina e Caribe, sendo seleciona-do por uma banca composta pela Comissão Europeia, Cainco, Eurochambres, Sequa e Câmara de Comércio Internacional de Paris. O caso das ostras foi apresentado no encon-tro da Guatemala pelo diretor administrativo e financeiro da instituição, André Pontes. “Essa premiação é o reconhecimento pelo trabalho do Sebrae no Pará em nível de ex-celência internacional e é muito importante porque reconhece a qualidade do que é pro-duzido no Pará, além de destacar a seriedade

e comprometimento dos produtores rurais de nosso estado”, destaca o diretor.

Mais de 80 famílias de comunidades de Augusto Corrêa, Curuçá, Salinópolis, Maracanã e São Caetano de Odivelas são be-neficiadas pelo projeto de ostreicultura. As as-sociações de produtores de cinco municípios formam a Rede Nossa Pérola, que disciplina o trabalho e promove ações conjuntas, sendo que todos os cultivos possuem licenciamen-to ambiental, o que abre mercado para o pro-duto, que já é comercializado em Bragança, Belém e Salinópolis.

“Esse projeto não só melhora a qualidade de vida dessas pessoas como também traz mui-ta autoestima. Estamos muito felizes pelo re-conhecimento internacional que esse prêmio

traz ao projeto e ao trabalho dessas pesso-as”, destaca Ana Abreu, analista do Sebrae, que é gestora do projeto Crescer no Campo – Ostreicultura do Nordeste Paraense.Al-Invest

O projeto Crescer no Campo – Ostreicultura do Nordeste Paraense é um dos beneficiados pelo programa Al-Invest 5.0, um dos projetos de cooperação internacional mais importan-tes da Comissão Europeia na América Latina, voltado para alavancar a produtividade de mi-lhares de micro, pequenas e médias empre-sas. O Sebrae no Pará é a única instituição do Norte do Brasil contemplada pelo programa, garantindo mais investimento no apoio aos empreendedores do agronegócio e artesanato paraense.

OSTREICULTURA RECONHECIDAFORA DO BRASIL

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Edição 01 | Sebrae/PA 19Bons Negócios18

Paragominas Serviços Médicos

Dez empresas de Paragominas recebe-ram no dia 7 de junho, em cerimônia no

Hotel Regente, certificados do Programa de Certificação em Gestão – PCG, uma iniciativa do Instituto Euvaldo Lodi (IEL) e Sebrae no Pará que ofereceu a pequenos negócios do muni-cípio capacitação com conteúdo diferenciado e inovador para cumprimento de exigências legais e de qualidade para aumento da credibi-lidade organizacional nas áreas de Gestão da Qualidade, Produtividade e Inovação, Gestão Contábil, Tributária e Trabalhista.

O PCG foi realizado nos municípios de Paragominas e Castanhal durante sete meses, passando por etapas de sensibilização das empresas, oficinas, diagnóstico empresarial, consultorias, pré-auditoria e auditoria final. As empresas receberam acompanhamento de consultores especializados e auditores, que

orientaram os empresários para oferecer pro-dutos e serviços de forma competitiva com preço, prazo e qualidade.

Em Paragominas, oito empresas receberam certificação no critério Gestão da Qualidade e dez em Gestão Contábil. As três empresas com as melhores pontuações foram premia-das: Higibem Controladora profissional de pragas urbanas; Patiely Donadia Arquitetura e Construções; e Salvador Auto Peças. Oito das dez empresas participantes obtiveram pontu-ações acima dos 280 pontos, com melhorias acima de 70% nos processos de Gestão da Qualidade e todas atingiram esse patamar na gestão financeira.

Atuando há treze anos no ramo de dedeti-zação em Paragominas, a empresa Higibem obteve o primeiro lugar no PCG. “Quando re-cebemos o convite do Sebrae ficamos muito

felizes, pois já temos uma parceria duradoura com a instituição. Gostamos muito do traba-lho desempenhado na empresa, vimos que muitas coisas já estávamos no caminho certo e nas questões que precisávamos ajustar, os consultores foram muito dedicados para atin-girmos os melhores resultados. Tivemos que ralar muito, mas tudo valeu muito a pena”, conta o empresário Cezar Carneiro.

O diretor técnico do Sebrae no Pará, Hugo Suenaga, reforça que a iniciativa é um dos meios de se construir um ambiente favorável para os pequenos negócios, a partir de orien-tações e capacitações. “São parcerias como essa que vêm contribuindo para o crescimen-to dos empreendimentos de micro e pequeno portes do nosso estado, ampliando as opor-tunidades de gerar negócios, de consolidar clientes e de identificar potenciais mercados”, diz ele.

“O trabalho em conjunto com o Sebrae tem sido fundamental para garantir capaci-tação às empresas para que se tornem mais

competitivas, atinjam resultados positivos e, consequentemente, gerem novos postos de trabalho”, afirma Carlos Auad, superintenden-te do IEL Pará.

As micro e pequenas empresas participan-tes do programa tiveram vários benefícios como resultado, dentre eles: modernização da gestão; incremento da competitividade; novos negócios; ampliação de mercados; for-talecimento e estreitamento de relações com os clientes; incremento de processos inova-dores; alinhamento às práticas nas ações de prevenção a qualidade e produtividade no ambiente de trabalho; qualificação para am-pliar sua competividade no mercado local e regional; facilitar acessos às linhas de crédito; demonstrar à sociedade a sua contribuição – através do pagamento dos impostos, sua atu-ação moral e ética como empresa cidadã; e capacitação da equipe.

O programa iniciou em 2017 e já capaci-tou 39 empresas nas cidades de Castanhal, Paragominas, Belém e Barcarena.

EMPRESAS PARTICIPANTES

Arte Fórmula Farmácia e Manipulação

Norte Diesel Serviços e Comércio

Adryano Silva Leite Hidráulica ImperatrizJR Serralheria e Vidraçaria

Patiely DonadiaArquitetura e Construções Salvador Auto Peças

Ortoimplantes Clínicas Odontológicas

Higibem Controladora Profissional de Pragas

Urbanas

QUALIDADE NA GESTÃO

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Edição 01 | Sebrae/PA 21Bons Negócios20

CACAU DE PROCEDÊNCIA

O primeiro produto paraense a receber o re-gistro de Indicação Geográfica é o cacau de Tomé-Açu. A conquista foi obtida com o de-ferimento do pedido, publicado no dia 30 de outubro de 2018, na Revista da Propriedade Industrial Nº 2495, do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). Até o final do ano, a ACTA (Associação Cultural e Fomento Agrícola de Tomé Açu), receberá a concessão definitiva.

O sonho de prosperar com o cacau veio na bagagem de imigrantes japoneses, que chega-ram ao Pará em 1929. A espécie foi uma das primeiras que os japoneses tentaram introduzir na região de Tomé-Açu, nordeste do estado. Devido ao desconhecimento das técnicas de cultivo, a ideia foi inicialmente abandonada. “Tivemos orientação para cultivar colocando a semente direto na terra, mas vinha as cotias do mato e comiam tudo. Por isso desistimos

do cacau na época”, conta Hajime Yamada, de 92 anos, membro do primeiro grupo de ja-poneses que chegou a Tomé-Açu.

A prosperidade veio com a pimenta-do-rei-no, considerada o “diamante negro”, tornan-do Tomé-Açu referência mundial nesse culti-vo. Com o declínio na década de 70, surgiu novamente o interesse em apostar em outras culturas. Foi então que o cacau voltou à cena. “Com o declínio do monocultivo da pimen-ta-do-reino, houve a reintrodução do cacau, como cultura alternativa, e o cultivo contínuo do solo para geração de renda a curto, médio e longo prazo. Assim surgiu o sistema agroflo-restal de Tomé-Açu, o SAFTA”, conta Silvio Shibata, diretor presidente da ACTA.

A produção pelo SAFTA é o que garante a autenticidade do cacau de Tomé-Açu, pois esse um modelo exclusivo de agricultura sus-tentável na Amazônia, desenvolvido pela co-munidade nipo-brasileira. Com o sistema, o

cacau cresce em um ambiente que simula o de uma floresta nativa, de forma sustentável.

MercadoO processo da IG de Tomé-Açu foi iniciado

a partir de uma demanda de mercado. A em-presa japonesa Meiji, compradora de amêndo-as de cacau para fabricação de chocolate, in-teressou-se em identificar seu produto como um chocolate com matéria prima produzida por japoneses na Amazônia. A fábrica solici-tou que os produtores buscassem alguma cer-tificação ou registro que garantisse a origem do produto. “Fomos procurados pela experi-ência que o Sebrae em todo o Brasil, apoiando pequenos produtores na busca pela Indicação Geográfica”, conta Fabiano Andrade, gestor do projeto de fruticultura do Sebrae no Pará.

A instituição foi responsável pela elabora-ção do diagnóstico base para a solicitação do IG, além de prestar consultorias para acom-panhamento das entregas necessárias para o andamento do processo e preparo dos empresários para administrar o uso do selo. Além do Sebrae, várias instituições apoiam os produtores no processo, como a Ceplac, MAPA, Embrapa, Semagri, Sema, Emater, en-tre outras.

O trabalho para a obtenção da IG é longo e exigente, com vários critérios definidos pelo INPI, entre eles a organização de uma enti-dade representativa dos produtores, regu-lamento de uso do nome geográfico, com-provação da existência de uma estrutura de controle, entre outros. “Com o registro, os negócios ficam mais competitivos no mer-cado, pela qualidade dos produtos e garan-tia de sua origem. Além do mais, a Indicação

estimula o desenvolvimento local e valoriza o trabalho das pessoas que lutam pela pre-servação da cultura de sua região”, destaca Fabrizio Guaglianone, diretor-superintendente do Sebrae no Pará.

Os produtores rurais agora querem conquis-tar a IG da pimenta-do-reino. Diversas insti-tuições envolvidas no IG do cacau assinaram no dia 21 de novembro, em Tomé-Açu, um protocolo de intenções para essa nova eta-pa. Além de Tomé-Açu, o Sebrae também apoia os produtores do Queijo do Marajó e da Farinha de Bragança na conquista da IG.

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SABORES DE BRAGANÇA

RESTAURANTES E PRATOS

•Oba Restaurante – Camarão a Marujada.•Cantina Gourmet – Risoto de Pato Regional.•Hamburgueria Grill Burger – Maniburger.•Mazurca Churrascaria e Pizzaria– Lasanha Mazurca.•Rotisseria O Bom da Massa – Patapioca com Molho de Açaí.•Tsunami Sushi & Espeto Bar – Roll Caeté.•Tradição Comidinhas e Café – Arroz Tradição Bragantina.•Salgateua – Mix Salgateua.•Trópicos Restaurante – Pirarucu Pavulagem.•Varanda do Caeté –Vatapioca de Mariscos.

As delícias culinárias e a criatividade dos restaurantes bragantinos puderam

ser conferidas na terceira edição do circui-to Sabores do Caeté, evento do Sebrae no Pará criado para promover a riqueza da gas-tronomia do município. O evento iniciou dia 30 de novembro de 2018, com um festival na praça Armando Bordallo, 11 restaurantes participantes.

Em 2018, onze restaurantes criaram pratos exclusivamente para o evento, todos enalte-cendo os insumos tipicamente bragantinos.

Da inovação dos chefs surgiram delícias como a Patapioca com Molho de Açaí, Maniburger, um hambúrguer com recheio de maniçoba, e o Vatapioca de Mariscos.

Caroline Morales, da lanchonete Salgateua, testou a receita de sua tradicional massa, cria-da por seu pai, com recheios como chouriço bragantino, vinagreira, pernil, açaí e massa de peixe seco e criou um mix de salgados assa-dos e fritos, batizado de Mix Salgateua. “Com o apoio do Sebrae, recebemos consultoria de um chef, que nos ajudou na elaboração e

apresentação dos salgados. O resultado ficou maravilhoso e esperamos que todos venham provar”, diz a jovem empresária. “É a tercei-ra vez que participamos do Circuito e nossa expectativa é tornar nosso estabelecimento ainda mais conhecido e acessível, mostrando que temos produtos para todos os gostos”, explica ela.

Quem foi à praça Armando Bordallo nos três dias do festival pode provar todas as delicio-sas criações do Circuito com preços promo-cionais, curtir várias atrações culturais e levar pra casa o artesanato e produtos da gastro-nomia bragantina, como a famosa Farinha de Bragança. Os chefs da região também parti-cipam na Cozinha Show, mostrando passo a passo das suas receitas para o público. Houve ainda uma programação de turismo de expe-riência nos polos produtivos de farinha, cerâ-mica e cachaça. Os três dias de evento rende-ram às empresas participantes mais de R$ 85 mil em negócios, um crescimento de mais de 50% em relação a 2017.

A ideia do Sebrae é valorizar a cultura local através da gastronomia e do turismo, gerando assim mais lucratividade para os restaurantes de Bragança. “Em 2017 conseguimos aumen-tar o volume de negócios em 15% no perí-odo aos estabelecimentos participantes, que também ganharam bastante em visibilidade e

conquista de novos clientes”, destaca Olavo Ramos, gerente do Sebrae na região Caeté.

O Sabores do Caeté é promovido pelo Sebrae no Pará, com apoio da Câmara dos Dirigentes Lojistas de Bragança (CDL), Associação Comercial de Bragança, Secretaria de Turismo do Estado (Setur-PA) e Secretaria Municipal de Turismo.

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Edição 01 | Sebrae/PA 25Bons Negócios24

CRESCE VENDA DE PEQUENOS

A compra de pequenos negócios na prefei-tura de Breves, na Ilha do Marajó, em um ano quadriplicou, passando de R$ 204.098,32, em 2017, para R$ 829.904,70, em 2018. Em Soure, também na ilha, os números são bem positivos, chegando a R$ 797.059,50 neste ano, duas vezes mais que no ano an-terior. A maioria das vendas é de produtos alimentícios, como frutas, verduras, legumes e leite, para a merenda escolar.

Breves e Soure fazem parte de um projeto piloto de incentivo às compras públicas de pequenos negócios, que inclui capacitação de agentes públicos, produtores rurais, em espe-cial da agricultura familiar, e empreendedores da área urbana, para a compra e venda. “Nós realizamos palestras, cursos e oficinas, para o levantamento de necessidades, capacita-ção sobre modalidades de licitação, chamada pública e para orientar sobre documentação

necessária e como estar apto a participar dos processos”, explica o analista do Sebrae no Pará, Mário Pacheco, que atua na região do Marajó. Ele informa que, além dessas capa-citações, foram realizadas consultorias in-dividualizadas, com duração de uma hora. “Apresentamos, de forma prática, como bus-car documentação via internet e realizar regu-larização”, destaca Pacheco.

Segundo informações do analista, a inten-ção é ampliar as ações em 2019, com atendi-mentos em outros municípios do Marajó e de outras regiões paraenses. “Fizemos algumas capacitações em outros municípios, como Parauapebas e do Baixo Amazonas, mas ain-da de forma pontual. Vamos intensifica ano que vem”, conta Mario, lembrando que es-sas ações são frutos de uma parceria entre as equipes do regional Marajó e da Unidade de Desenvolvimento Territorial e Políticas

Públicas do Sebrae no Pará. Ele conta que grande parte dos empreendimentos perde oportunidade por falta de informação. “Não sabem como participar, a documentação ne-cessária, como buscar informações. Por isso, esse trabalho é tão importante”, reforça.

As compras de empreendimentos dos mu-nicípios contribuem para o desenvolvimento da economia local. “O dinheiro fica na cidade, movimenta a economia, gera emprego e ren-da e eleva a autoestima dos empreendedores, que se sentem valorizados”, frisa o analista do Sebrae.

Oportunidade Rosilda Maria dos Santos fechou um con-

trato de R$ 430 mil para o fornecimento rouparia para a prefeitura de Soure. A ven-da reúne, entre outras demandas, uniformes para 15 projetos e blusas para as Campanhas Sociais e evento da Secretaria de Promoção e Assistência Social.

Costureira há 17 anos, Rosilda nunca tinha fechado uma venda com um valor tão alto. “Para atender ao pedido tive que contratar cinco pessoas e migrei de microempreende-dora individual para microempresa”, diz ela.

Rosilda participou do curso de capacitação em licitação realizado pelo Sebrae. “Antes, só sabia de licitação pela televisão, e achava que era coisa de outro mundo, não tinha noção de como participar”, frisa a empreendedora.

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Edição 01 | Sebrae/PA 27Bons Negócios26

BONS NEGÓCIOS EMBARCARENA

Foram R$ 832.000 mil em vendas diretas du-rante o Festival de Negócios de Barcarena, na região do Baixo Tocantins. O evento, realizado pelo Sebrae, em parceria com a Associação Empresarial e prefeitura do município, ocorreu entre os dias 8 a 10 de novembro, no Cabana Clube, na Vila dos Cabanos.

Em uma área de 600 metros quadrados, es-tiveram expostos produtos de empreendedo-res de Barcarena, Abaetetuba e Belém, sendo cerâmica, artesanato em miriti, bonecos de pano, serviços diversos, como imobiliários, e vendas de confecções e calçados.

“Nossa intenção foi gerar negócios para os

empreendedores, por entender o importante papel que eles têm na economia do município e da região. E os resultados nos mostram que estamos no caminho certo”, ressalta a geren-te do Sebrae na região do Baixo Tocantins, Aureni Leite.

O Sebrae realiza os Festivais de Negócios desde o ano passado. O evento já ocorreu em Castanhal, sendo duas edições, em 2017 e 2018, e Belém. No mesmo período de Barcarena, haverá também em Xinguara, na região do Araguaia, e a agenda prossegue até o final do ano, com o Festival de Santarém.

Marenilza Vilhena, dona da empresa Lorena

Fashion, fez sucesso com a venda de roupas e calçados a preços promocionais. “Uma ex-celente oportunidade, que a gente agarrou e teve bons resultados”, conta.

“Um evento bem organizado e com muitas oportunidades para as compras. Gostei muito. Saiu já com alguns presentes de Natal”, diz a dona de casa Luciana Vale.

No local, técnicos do Sebrae prestavam atendimento a quem queria abrir um negócio e a quem já tinha um empreendimento e pre-cisava de apoio para crescer.

RodadaA Rodada de Negócios do Festival teve saldo

de quase R$ 1 milhão de reais fechados já no

evento e mais de R$ 11 milhões prospectos em negociações futuras. O encontro reuniu uma grande empresa de Barcarena, prefeitura municipal e donos de dez empresas do muni-cípio e de Abaetetuba.

Loja Virtual Com óculos em 3D, o visitante do Festival

podia conhecer um modelo de negócio de uma loja virtual de Moda. Um espaço amplo foi re-servado para isso. “Pode conhecer o que pre-cisa para abrir, ver vitrine, um espaço mode-lo, entre outras coisas, comenta Milena Silva, que é gestora de um projeto voltado para o atendimento de empresários da área de con-fecção em Abaetetuba.

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Edição 01 | Sebrae/PA 29Bons Negócios28

NEGÓCIOS DE FEIRA

A tradicional Feira do Produtor Rural de Castanhal, que reúne a produção de agri-

cultura familiar de sete municípios da região, ganhou mais competitividade com a 2ª ação de Dinamização de Feiras Livres do Sebrae, que oferece ações de capacitação, entre ofi-cinas e palestras, consultorias em vendas e controles financeiros a produtores de feiras livres do estado. Este ano, a ação rendeu aos feirantes mais de 174 mil reais em negócios, um crescimento de 49% em relação a 2017.

A ação de dinamização ocorreu nos dias 23 e 24 de agosto, com a presença de au-toridades e representantes do Sebrae,

Prefeitura Municipal de Castanhal, ACANPA – Associação do Comércio Agropecuário do Nordeste Paraense e da AFEPRUC. Na oca-sião, Gisele Silva, gerente do Sebrae na região Guamá, falou sobre o projeto “Muitos produ-tores e feirantes buscam orientações sobre controle financeiro, marketing e sobre as prá-ticas de comercialização, especialmente no que diz respeito a compras governamentais, e é neste contexto que o Sebrae entra para ca-pacitar e oferecer soluções para impulsionar a venda dos produtos do campo”.

O produtor João Bosco falou da importân-cia da parceria para a melhoria da Feira. “O

Sebrae vem nos apoiando desde 2015, no Movimento Compre do Pequeno Negócio, e agora, nos ofereceu cursos sobre como aten-der melhor o freguês, dinamizar as vendas e reduzir os custos no campo. Isso foi um pre-sente para nós agricultores, que geralmente somos deixados em segundo plano pelas polí-ticas públicas”.

Para a produtora Maria Sebastiana Chaves, a feira é uma forma de valorizar os produtores e fortalecer a agricultura familiar. “Essa feira tem uma importância muito grande para nós. É uma garantia de comércio, de troca de co-nhecimento e que ajuda a melhorar a nossa economia, nossos produtos, a nossa vida”,

finalizou a produtora.“A parceria com o Sebrae já rende muitos

frutos aos empreendedores de Castanhal e pretendemos continuar esse projeto em par-ceria para que esta feira continue a crescer”, frisou o prefeito de Castanhal, Pedro Coelho.

A feiraNa região Guamá, a Feira do Produtor Rural

é abastecida pelos municípios de Castanhal, Curuçá, Santa Izabel do Pará, São Francisco do Pará, Inhangapi, Igarapé-Açu e Terra Alta. No primeiro ano, a dinamização da Feira Livre de Castanhal gerou aproximadamente R$ 116 mil em negócios, nos dois dias de ação.

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Edição 01 | Sebrae/PA 31Bons Negócios30

RESULTADOS DO II FESTIVAL DE NEGÓCIOS CASTANHAL:

9.440 visitantesComercialização de produtos e serviços de expositores: R$ 3,4 milhões.

40 produtores rurais capacita-dos em certificação orgânica.

35 empresas capacitadas em Uso da Internet para Conquistar Clientes.

Rodadas de negócios entre pro-dutores rurais e atacarejos da re-gião: R$ 957 mil.

R$ 600 mil em liberação de cré-dito na rodada com o Sicoob;Total de negócios gerados: R$ 5,6 milhões.

ENCONTRO DE OPORTUNIDADES

Um grande encontro de oportunidades para gerar negócios, dar visibilidade aos empreen-dimentos da região, buscar novos mercados e aprender para melhorar. Esse foi o Festival de Negócios, ação do Sebrae no Pará em parceria com as Secretarias de Indústria, Comércio e Serviços e de Cultura da prefeitura Municipal de Castanhal e apoio da ACIC (Associação Comercial e Industrial de Castanhal), que reu-niu em um só lugar feira de produtos de em-presas do município, rodadas de negócio, ca-pacitações, atrações culturais e muito mais. O

Festival foi realizado no período de 28 a 30 de setembro na praça do Estrela.

Após o sucesso de público da primeira edi-ção, o Festival de Negócios Castanhal 2018 ficou ainda maior. O evento entrou para o Calendário Oficial do município, por meio da Lei Municipal 027/2017. Este ano, o evento reuniu 44 expositores e diversos empreende-dores da região puderam participar de capaci-tações, rodadas de negócios, clínicas tecnoló-gicas e rodada de crédito. Ao todo, o evento gerou mais de 5 milhões de reais em negócios

para os empreendedores participantes.Para Fabrizio Guaglianone, diretor-superin-

tendente do Sebrae no Pará, o Festival de Negócios foi uma boa oportunidade de confe-rir a força do empreendedorismo de Castanhal e região. “Os resultados da segunda edição comprovam o grande sucesso desse evento, que tem como principal função valorizar os empreendedores de Castanhal e de toda a re-gião Guamá, dando visibilidade às suas ativi-dades e ao mesmo tempo a oportunidade de fazer bons negócios. Apoiando os pequenos negócios locais, fazemos toda a região cres-cer”, disse ele.

Produtora de ostras de Curuçá, Taciara Freitas expôs seus produtos no estande da rede Nossa Pérola no Festival de Negócios e ficou muito satisfeita com os negócios gera-dos. “Nosso espaço foi um dos mais visitados do Festival e conseguimos vender bastante, além de conseguir novos pedidos para restau-rantes de Castanhal e apreciadores da ostra. Foi uma surpresa muito grande, valeu muito a pena ter vindo”.

O Festival de Negócios de Castanhal de 2017 foi o primeiro promovido pelo Sebrae no estado, atraindo mais de 4 mil visitantes. Com o sucesso do formato, o Festival de Negócios também ocorre nos municípios de Santarém, Breves, Barcarena e Xinguara e Belém.

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Bons Negócios32

300 FAMÍLIASBENEFICIADAS+

r$ 3.600 MILHÕES NEGÓCIOS GERADOS+ ↑133% DE AUMENTO DO FATURAMENTO

80 empreendedores diretamente BENEFICIADoSSebrae no pará,

uma co enteza de negócios

O Sebrae no Pará deságua no sul do estado impulsionando toda a força da Piscicultura no

Araguaia, potencializando os negócios e transformando a vida dos empreendedores da região.

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