Bourdieu - A Gênese Histórica da Estética Pura

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A Gênese Histórica da Estética Pura Pierre Bourdieu UFPE dDesign Mestrado em Design Tecnologia e Cultura Rodrigo [email protected] Victor [email protected]

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Análise do texto de Bourdieu para a disciplina de Tecnologia e Cultura do Mestrado em Design da UFPE.

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Pierre Bourdieu

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Foi com minhas mais caras impressões estéticas que eu quis lutar aqui, procurando levar até seus últimos e mais cruéis limites a sinceridade intelectual.

Marcel Proust

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Gratuidade da obra, ausência de função ou o primado da forma sobre a função;

A obra de arte tem por função não ter função;

[antes] Contemplação estética: objeto separado do entorno, ignorar o contexto, afasta as preocupações, ser indiferente ao objeto.

[Bourdieu] A experiencia é do autor, um homem inserido num contexto, existem condições de produção e período histórico.

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“Ilusão de Universalidade”

O que cria a experiencia estética: a obra por si mesma ou o leitor capaz de ler adequadamente?

A intenção é que faz o objeto estético. Intenção do autor ou do espectador. (intenções são objetos de convenções sociais).

“Cartas Privadas e Escudos de Heróis devem ser artisticos, arquitetura moderna e cinzeiros devem ser funcionais.”

O olho amador é capaz de perceber a obra como ela exige, em si mesma e por ela mesma, enquanto forma e não função.

Análise da Essência e a Ilusão do Absoluto

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A experiência estética existe duas vezes, nas coisas e nos cérebros.

Obra de arte para um “homem cultivado” x homem sem oportunidade.

“O olho do espectador que constitui a obra de arte como tal, mas que não o pode fazer senão na medida em que ele próprio é o produto de uma longa história coletiva.”

Os museus poderiam escrever na entrada: “que ninguém entre aqui se não for amador de arte”. O jogo faz a ilusão, o jogador joga o jogo, fazendo-o existir.

Análise da Essência e a Ilusão do Absoluto

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Detém-se no artista ao invés de analisar o campo de produção.

O nome do mestre é um fetiche.

O campo artístico é um lugar que se produz e reproduz a crença no valor da arte e no poder de criação de valor que pertence ao artista.

O artista pintor não é diferente do pintor de construção: criação de uma linguagem artística, de falar do pintor e da obra, para exprimir especi�dades da técnica.

A Anamnese Histórica e o Retorno do Recalcado

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As categorias empregadas na percepção e na apreciação da obra de arte estão ligadas ao contexto histórico, associadas a um universo social e datado.

categoria kategorein acusar publicamente

Acusações e discussões (lutas) tornam-se categoremas técnicos, graças a amnésia, crítica, dissertações e teses acadêmicas que conferem um ar de eternidade.

O tempo da história da arte é irreversível e cumulativo. Os artistas de vanguarda estão ligados a tradição artística sob pena de parecerem ingênuos. (e incompetentes?)

As Categorias Históricas da Percepção Artística

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As Categorias Históricas da Percepção Artística

Todos os assuntos tornam-se bons pelo mérito do autor.

Delacroix

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Compreender é reaprender a uma necessidade, uma razão de ser, reconstruindo uma fórmula geradora cujo conhecimento permite reproduzir a própria produção da obra.

Um esforço para se colocar no lugar do autor, para reviver a experiência iminente a obra. Uma fusão empática em que a “conciência” do leitor “comporta-se como a conciência” do autor.

As Condições da Leitura Pura

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Reconstruir a um só tempo o espaço das posições possíveis com relação ao qual se elaborou o dado histórico (documento, imagem) a interpretar, e o espaço dos possíveis com relação ao qual se interpreta.

Ignorar essa determinação é condenar-se a uma compreensão anacrônica e etnocêntrica que tende a ser �ctícia.

Historicização