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B rasil Presbiteriano O Jornal Brasil Presbiteriano é órgão oficial da Igreja Presbiteriana do Brasil Ano 56 nº 721 – Dezembro de 2014 Como celebrar uma festa que nem é explicitamente citada na Bíblia? De um lado, a distorção generalizada, a comercialização; do outro lado, a contestação e proibição da observância do Natal, por vários grupos de cris- tãos contemporâneos. Afinal, qual a melhor maneira de celebrar o Natal? PÁGINA 3 Iniciamos, nesta edição, uma coluna com notícias da Igreja Perseguida que contará breves relatos dessa triste realidade que acontece em todo o mundo. Acompanhe e ore por esses povos! PÁGINA 7 Natal 130 anos da CNSAFs 1° Congresso Brasileiro de Design Inteligente Evento realizado nos dias 14, 15 e 16 de novembro, em Campinas - SP, reúne cer- ca de 370 inscritos e dá início à discussão científica sobre a maior questão de todos os tempos: a origem da Vida e do Univer- so. PÁGINA 13 O Trabalho Feminino da IPB comemorou mais um ano de existência com um culto de gratidão a Deus no jardim do Seminá- rio Presbiteriano do Norte, em Recife, reu- nindo mais de 2 mil pessoas. A celebração aconteceu no dia 8 de novembro. PÁGINA 5 IGREJA PERSEGUIDA

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Brasil Presbiteriano

O Jornal Brasil Presbiteriano é órgão oficialda Igreja Presbiteriana do Brasil

Ano 56 nº 721 – Dezembro de 2014

Como celebrar uma festa que nem é explicitamente citada na Bíblia? De um lado, a distorção generalizada, a comercialização; do outro lado, a contestação e proibição da observância do Natal, por vários grupos de cris-tãos contemporâneos. Afinal, qual a melhor maneira de celebrar o Natal?PÁGINA 3

Iniciamos, nesta edição, uma coluna com notícias da Igreja Perseguida que contará breves relatos dessa triste realidade

que acontece em todo o mundo. Acompanhe e ore por esses povos! PÁGINA 7

Natal130 anos da CNSAFs

1° Congresso Brasileiro de Design Inteligente

Evento realizado nos dias 14, 15 e 16 de novembro, em Campinas - SP, reúne cer-ca de 370 inscritos e dá início à discussão científica sobre a maior questão de todos os tempos: a origem da Vida e do Univer-so. PÁGINA 13

O Trabalho Feminino da IPB comemorou mais um ano de existência com um culto de gratidão a Deus no jardim do Seminá-rio Presbiteriano do Norte, em Recife, reu-nindo mais de 2 mil pessoas. A celebração aconteceu no dia 8 de novembro.

PÁGINA 5

IGREJA PERSEGUIDA

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Dezembro de 20142BrasilPresbiteriano

EDITORIAL

Uma publicação do Conselho de Educação Cristã e

Publicações

Ano 56, nº 721Dezembro de 2014

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Conselho Editorial da CEP –fevereiro 2014 a fevereiro 2016:

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Conselho Editorial do BP –fevereiro 2014 a fevereiro 2016:

Alexandre Henrique Moraes de Almeida,Anízio Alves Borges,Clodoaldo Waldemar Furlan,Hermisten Maia Pereira da Costa,Márcio Roberto Alonso

Edição e textos:

Camila CrepaldiSP 51.929

E-mail: [email protected]

Diagramação:

Aristides Neto

Impressão:

Cobeligerância1º Congresso Brasilei-

ro de Design Inteligente, realizado de 14 a 16 de novembro em Campinas, São Paulo, reuniu cerca de trezentas e setenta pessoas, cientistas de Universidades brasileiras, alguns pastores, professores cristãos – mui-tos deles presbiterianos – e vários sem qualquer vínculo com instituição religiosa. A Casa Editora Presbiteriana foi representada por seu Editor, que disponibilizou aos presentes o livro Design Inteligente sem Censura, de William A. Dembski e Jonathan Witt, além de outros títulos da CEP nessa área.

Organizado pelo Dr. Marcos Eberlin, professor da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), o evento sustentou a Teoria do Design Inteligente. Segundo

o Dr. Marcos, “... a partir de análise cuidadosa, sem pré-conceitos, desapaixona-da e racional, feita dentro de todo o rigor da meto-dologia científica que rege as ciências históricas, a TDI conclui, procurando seguir os dados aonde quer que eles levem, que esses dados apontam com muita seguran-ça para uma mente inteligen-te e consciente como a única causa conhecida, necessária e suficiente para a vida e o Universo”.

Esse evento representou para os cristãos o desafio da cobeligerância. Essa é uma expressão cunhada pelo autor presbiteriano, Francis Schaeffer (1912-1984), para quem, “Por vezes, nosso discurso pode parecer igual ao discurso de pessoas sem base cristã. (...) Nesses casos e nesses pontos específicos

[meu destaque], seremos cobeligerantes (...) Se pareço estar dizendo a mesma coisa quanto a alguma questão, entenda que sou cobelige-rante em relação a esse ponto específico, mas não sou um aliado” (A Igreja no Século 21, Cultura Cristã, p.37).

Sem assumir qualquer pressuposto cristão ou mesmo religioso, a partir de cuidadosos e repetidos experimentos químicos, o Design Inteligente afirma que, em algumas situações específicas, o acaso jamais teria conduzido ao resultado verificado. Somente a ação de um designer ou projetis-ta explicaria o desenvolvi-mento daquele processo. Tal conclusão, eminentemente científica, levanta forte opo-sição na própria academia. Os cientistas naturalistas, preconceituosamente, recu-

sam-se a sequer examinar as evidências pró-design e a beligerância se instala, a mesma que enfrentamos por crer que o Deus Criador foi o Designer do Universo.

O cristianismo têm sua própria base de fé, mas, sem abrir mão dela, nesse caso específico, combate ao lado de não cristãos (o grupo inclui também cientistas cris-tãos) que constataram cienti-ficamente a necessidade e a existência de um designer no Universo. Conhecer essa argumentação não produzi-rá fé em nenhum incrédulo, o que é obra exclusiva do Espírito de Deus, mas aju-dará o crente na apologética cristã, segundo uma fé inteli-gente e defensável.

Reações químicas também proclamam a glória de Deus e anunciam as obras de suas mãos.

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ARTIGO

A melhor maneira de celebrar o Natal

recisamos restaurar a compreensão do que é

o Natal; bem como reco-nhecer que, quando Jesus nasceu, houve júbilo e ale-gria e celebração. Assim, quando apropriadamente nos alegramos e come-moramos essa data, refle-timos as comemorações que ocorreram naquela ocasião.

Os Reformadores do século 16 aceitaram a cele-bração do Natal como uma legítima expressão de ado-ração cristã, dando assim continuidade à tradição.

Em 1958, o Supremo Concílio da IPB (Doc. 122), emitiu o seguinte pronunciamento: “... os programas de comemora-ção do dia de Natal devem estar sob a direta supervi-são dos Conselhos (Art. 83, letra “h”, da CI/IPB)”.

Em 1995, ainda sobre o assunto, temos uma Carta Pastoral (CE-95-124 – Doc. CVIII) da qual extraímos o seguin-te: “... festas religiosas. A comemoração das festivi-dades religiosas não deve ser esquecida. Corremos o risco de passar a nos-sas ovelhas uma imagem ‘espiritualizada’ dos even-tos históricos do cristia-

nismo. É possível datar alguns deles com grande precisão e podemos ver a Igreja Cristã comemoran-do alguns desses eventos desde o período apostó-lico. Devemos relembrar que o cristianismo está assentado em bases his-tóricas. Tão históricas que possuem data de ani-versário. Festas como Natal, Páscoa, Ascensão e Pentecostes foram sem-pre comemoradas pela cristandade (Embora não saibamos com certe-za a verdadeira data do Natal, podemos calcular, entretanto, as datas da Páscoa, da Ascensão e do Pentecostes. É lamen-tável a Igreja lembrar-se de efemérides comuns e esquecer-se de datas tão importantes para nossa fé..”.

Recentemente, em novembro de 2010, rati-ficando decisões anterio-res, o Supremo Concílio pronunciou-se sobre a comemoração do Natal: “Consulta sobre comemo-ração do Natal: Informar que a IPB não proíbe Comemorações de Natal” (SC-E/IPB – 2010 – Doc 57).

A denominação segue, assim, a tradição reforma-da expressa pelo Sínodo

de Dordrecht (Dordt) que, em 1578, emitiu a seguinte decisão: “... con-siderando que outros dias festivos são observados pela autoridade do gover-no, como o Natal e o dia seguinte, o dia seguinte à Páscoa, e o dia seguin-te ao de Pentecostes, e, em alguns lugares, o Dia de Ano Novo e o Dia da Ascensão, os ministros deverão empregar toda a diligência para preparar sermões nos quais, espe-cificamente, ensinarão à congregação as questões relacionadas com o nas-cimento e ressurreição de Cristo, o envio do Espírito Santo, e outros artigos de fé direcionados a impedir a ociosidade”.

Um grande teólogo reformado, J. Gresham Machen, reconhece a pro-priedade e os benefícios da celebração do natal, ainda que, em outro tre-cho indique a prioridade da celebração da morte de Cristo. Sobre o Natal, ele escreveu: “Eu não quero dizer que é errado come-morarmos o nascimento de Jesus. Nós celebramos o natal e está correto fazer-mos isso. Felizes, nessa época de natal que aca-bamos de passar, foram aqueles que não tiveram

momentos de festividade mundana, mas um tempo de comemoração da vinda de nosso Salvador bendi-to a este mundo. Felizes foram aqueles homens, mulheres e crianças que ouviram, paralelamente a todas as suas alegrias natalinas, com fé simples e inocente, a doce histó-ria que nos é contada em Mateus e Lucas. Felizes foram aqueles celebrantes de Natal a quem os anjos trouxeram novamente, pela leitura da Palavra de Deus, suas boas notícias de grande alegria. Sim, eu digo, graças a Deus pela época do Natal; graças a Deus pelo amolecimento que ela traz aos corações duros; graças a Deus pela identificação que ela traz para as crianças peque-nas a quem Jesus tomou em seus braços; graças a Deus, até mesmo pela tristeza estranha e doce que ela traz para nós, juntamente com suas ale-grias, quando pensamos nos entes queridos que se foram. Sim, é assim que devemos celebrar o Natal e que Deus nos dê sem-pre um coração de crian-ça para que possamos celebrá-lo corretamente” (MACHEN, J. Gresham. God Transcendent.

Edimburgo: The Banner of Truth Trust, 1982, p. 202).

O coração da mensagem do Natal é: Jesus, o Rei, nasceu! Os anjos, os pas-tores e os magos – todos vieram adorar a um Rei – o Rei dos reis, o Senhor dos senhores! Todos nós somos chamados a adorar ao Rei.

Com frequência, porém, não paramos para pensar o que significa reconhecer a Jesus como nosso Rei e viver como um cida-dão do seu reino. Temos duas lições a esse respei-to. Primeira: Se Jesus é nosso Rei, ele espera lealdade de nossa parte; e segunda: Se Jesus é o nosso Rei, devemos nos submeter a ele e à sua autoridade.

A melhor maneira de celebrar o Natal é hon-rar Jesus como o seu Rei. Isso ocorre quando você se torna um cristão, pelo poder e perdão desse mesmo Rei; quando você vira as costas para a sua falsa auto-suficiência e auto-confiança e volta-se para ele, em arrependi-mento.

Francisco Solano Portela Neto é presbítero da IP de Santo Amaro, São

Paulo.

Solano Portela

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Como celebrar uma festa que nem é explicitamente citada na Bíblia? De um lado, a distorção generali-zada, a comercialização; do outro lado, a contestação e proibição da observância do Natal, por vários grupos de cristãos contemporâneos.

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Dezembro de 20144BrasilPresbiteriano

ARTIGO

A condenação que nos liberta

justiça de Deus não nos condena porque

Deus mesmo nos revestiu com a justiça de Cristo. Não haveria salvação de nossos pecados sem a justificação. Da mesma forma, existe a justificação porque Jesus Cristo é a nossa justiça; é ele mesmo quem nos redi-me (1Co 1.30). Na cruz de Cristo temos a reconciliação do santo com o pecador, do justo com o injusto, do infi-nito com o finito; do Deus eterno com o homem tempo-ral (Is 53.6).

De acordo com as Escrituras, ou somos justifi-cados por Cristo por meio da fé, ou estamos condenados. É ilusão humana achar que não tem pecado ou que pode por seus próprios mereci-mentos apresentar-se diante de Deus. Na realidade, não há meio-termo entre nos-sas supostas obras e a fé em Cristo. Não há meia-justiça. Ou é tudo ou é nada. Segundo a Escritura, a jus-tificação é totalmente pela graça, mediante a fé; ou seja: por Cristo Jesus.

Jesus Cristo é o único que cumpriu perfeitamente a jus-tiça divina. Portanto, somen-te nele podemos e de fato somos declarados justos. A graça nos justifica na justiça de Cristo. Desse modo, não é a fé que nos justifica, antes, é Deus quem nos justifica em Cristo nos comunicando essa bênção pela fé. Sem a graça não haveria fé. A fé é a boa obra do Espírito Santo em nós. A fé em Cristo é o

esvaziamento de toda con-fiança em nosso merecimen-to. A eficácia da fé não está em sua suposta perfeição – aliás, nossa fé sempre é limitada e imperfeita –, mas, no seu repouso na justiça de Cristo em quem somos ple-nificados.

Não existe justificação sem a pessoa e obra de Cristo (Rm 3.24; 1Co 1.30; 6.11; Tt 3.7).

O Espírito aplica em nós a justiça de Cristo; por isso, somos declarados justos diante de Deus. Na eternida-de Deus decretou nos justifi-car, mas ele o faz no tempo, também por graça, por meio da fé.

1. Um perdão legal: um novo status

A justificação é o funda-mento judicial ou forense da santificação. Na justificação pressupomos uma relação entre duas partes conside-rando o seu direito. Nessa doutrina temos a regulamen-tação das relações entre as partes. Há uma mudança na nossa condição legal: Deus declara ao culpado que não há mais culpa nele. Aqui de fato passamos a ter vida. Mudamos da situação de um condenado que aguardava a sentença para a condição de filho de Deus, na expectativa da sua herança (Rm 8.14-18). É importante enfatizar que na justificação Deus não nos torna justos, antes nos declara justos com base na obra perfeita de Cristo.

A justificação – que ocor-re fora de nós – não pro-duz nenhuma transforma-

ção espiritual em nosso ser. Contudo, significa que Deus já a fez pela regeneração e continuará fazendo pela santificação. Na regeneração recebemos um coração novo, com uma santa disposição; na justificação Deus, Senhor e Rei, nos declara justos, perdoando todos os nossos pecados, os quais foram pagos por Cristo; por isso, já não há condenação sobre nós; estamos em paz com Deus resultante da justiça de Cristo imputada a nós (Rm 5.1; 8.1,31-33). Desse modo, o Pai decretou nos justifi-car por meio dos méritos de Cristo, os quais são aplica-dos pelo Espírito Santo. O Senhor, no legítimo uso de seus direitos e prerrogativas, mudou o nosso status de condenados para declarados justos e seus herdeiros.

2. Acomodação injustifi-cável

A justificação eterna e objetiva, conforme os pro-pósitos de Deus em Cristo, e a justificação subjetiva, rece-bida pela fé, se consumam em nossa união com Cristo. A obra de Cristo envolve ambos aspectos da mesma graça. Essa união se revela e se desenvolve em nossa obe-diência aos mandamentos de Deus, que podemos chamar de justificação demonstra-tiva.

Não foi por Deus ter se agradado de nós que fomos salvos. Ao contrário, ele nos declarou justos, perdoando os nossos pecados, apli-cando em nós a justiça de Cristo, nos capacitando a

viver em novidade de vida, conforme o nosso novo sta-tus. O preço da justificação – gratuita para nós – foi o sangue de Cristo Jesus. A justificação, por envolver a regeneração, é uma vocação incondicional à santificação, conforme a vontade de Deus. A justificação nos livra da condenação do pecado. Deus chama pecadores, todavia, não deseja que continuem assim; antes, infunde neles a justiça de Cristo, dando-lhes um novo coração, mudando as inclinações de sua alma, habilitando-os a toda boa obra (Ef 2.8-10). Ele é decla-rado justo por Deus. Aqui não é o ponto final, antes, o início. As evidências de seu novo nascimento vão, gradativamente se tornando mais claras por meio de sua obediência a Deus em santi-ficação.

A nossa justificação é pela graça mediante a fé (Gl 3.11; Fp 3.9; Tt 3.4-7). O veredic-to de Deus sobre o pecador o considera justo porque ele, pela fé, aceitou a justiça de Cristo. Essa justiça nada tem a ver com obras humanas, antes, é a “justiça de fé”. Se assim não fosse, a fé seria por si mesma meritó-ria, sendo a obra sacrificial de Cristo descartada por sua total inutilidade.

Por sua vez, deve ser acen-tuado que a justificação sub-jetiva marca o nosso novo itinerário de vida, já sela-do em nossa eleição eterna, rumo à glorificação com o Senhor, vivendo, conforme o propósito de Deus, para as boas obras, fruto da fé, pre-

paradas pelo próprio Deus para o seu povo (Ef 2.10). A justificação dá frutos. A graça justificadora jamais é estéril. A justificação impli-ca santificação. A santifica-ção pressupõe a justificação. Não ousemos dividir o indi-visível. A separação des-sas duas verdades de nossa salvação, propicia cair no equívoco da anomia, decla-rando que já não há mais lei; portanto, não precisamos de santificação visto que, con-siderados salvos, podemos fazer o que bem entender-mos. No entanto, a verdade bíblica é outra: somos decla-rados justos para vivermos em santidade.

Segundo a Escritura, a jus-tificação é o ato que faz parte do início de um processo que se iniciou na eternidade (eleição) e se consumará na eternidade (glorificação). A justificação no tempo é real porque foi estabelecida por Deus na eternidade.

Portanto, a nossa real jus-tificação tem implicações éticas aqui e agora. A santi-ficação é a grande evidência de nossa nova relação com Deus. A nossa justificação (subjetiva) nos dá o statusde filhos. Como tais, salvos para sempre (Ef 1.5,13-14). O desafio para nós hoje é viver em harmonia com a nossa nova natureza e con-dição, andando, conforme vimos, nas obras preparadas por Deus para nós (justi-ficação demonstrativa)(Ef 2.8-10).

Hermisten Costa

A

O Rev. Hermisten Maia Pereira da Costa integra a equipe de pastores da Primeira IP de São Bernardo do

Campo, SP.

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Dezembro de 2014 5BrasilPresbiteriano

CNSAFs

Trabalho Feminino da IPB completa 130 Anos

o dia 08 de novem-bro de 2014, no

jardim do Seminário Presbiteriano do Norte em Recife, aconteceu o culto oficial em ação de graças pelos 130 anos da SAF. Foi exatamente na região nordeste, na cidade de Recife que um pequeno grupo de senhoras formou a Associação Evangélica de Senhoras, que viria dar origem à Sociedade Auxiliadora Feminina – SAF, o trabalho feminino da IPB.

Estiveram presentes aproximadamente 2.300 pessoas vindas de todas as regiões do país, que se juntaram à diretoria e secretárias de atividades da CNSAFs, secretária do trabalho feminino Niracy Henriques Bueno e auto-ridades eclesiásticas da IPB, para louvar e agra-decer a Deus por todas as mulheres que escreveram e escrevem essa história e, conforme as palavras da presidente nacional Ana Maria Prado, “agradecer ao Senhor Jesus Cristo as vitórias e as bênçãos der-ramadas de suas bondosas mãos sobre nossas auxilia-doras no decorrer desses 130 anos”.

Foi emocionante ver a alegria do reencontro de irmãs. A entrada das ban-deiras, as saudações dos representantes dos sínodos

da região, momento cívico, homenagens com o títu-lo de benemerência e de amigo da SAF aos irmãos e irmãs que muito têm con-tribuído para o desenvolvi-mento do trabalho da SAF na região nordeste. Na

ocasião também aconte-ceu o lançamento do livro SAF uma história de 130 anos e do CD Anunciando as Boas-Novas. Tudo em clima de intensa alegria e gratidão a Deus.

O culto em ação de

graça foi um momen-to impar. O coral forma-do pelas sinodais Agreste Sul de Pernambuco, Garanhuns, Central de Pernambuco, Pernambuco e Sesquicentenário entoou hinos inspirativos. Os solos

dos irmãos Pb. Azineto Santos, Pb. Alexandre Leão e Firmina Férrer nos conduziram a momen-tos de intensa comunhão com Deus. A mensagem edificante do Rev. Obedes Ferreira da Cunha Jr. – Presidente da APMT, foi baseada no tema do quadri-ênio 2014-2018 “Quão for-mosos são sobre os mon-tes os pés do que anuncia as boas-novas”, deixando o desafio de encararmos seriamente a ordem de sermos propagadores do evangelho e anunciadoras das boas-novas.

Foram momentos que ficarão na memória daque-les que tiveram a oportuni-dade de ali estar. A Deus, o Senhor de todas as coisas, o nosso louvor e gratidão.

Sandra Gaio Lopes

N

Sandra Silvério Gaio Lopes é secretária de comunicação da CNSAF

O culto aconteceu no jardim do Seminário Presbiteriano do Norte, em Recife, e reuniu mais de 2 mil pessoas.

Diretoria e secretárias nacionais

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Dezembro de 20146BrasilPresbiteriano

SÉRIE HISTORIADORES PRESBITERIANOS

Alderi Souza de Matos

texto que encerra a presente série apresen-

ta o Rev. Alderi Souza de Matos, historiador oficial de nossa denominação. Ele nasceu no dia 16 de dezembro de 1952, em Bom Retiro (SC), primo-gênito da família. Seu pai, Rev. Alcides Augusto de Matos, hoje ministro jubi-lado da IPB, serviu como pastor em Santa Catarina e no Paraná. Alderi foi batizado na IP de Curitiba, pelo Rev. Oswaldo Soeiro Emrich, em 20 de março de 1953. No ano seguinte, a família se mudou para Guarapuava (PR), onde Alderi viveu até 1966.

Aos 14 anos, o futuro historiador foi morar com os tios no Rio de Janeiro, a fim de cursar o 2º grau. Menino estudioso, em certa ocasião representou sua escola como “aluno modelo” no programa do Chacrinha (Abelardo Barbosa), da TV Globo, recebendo um pequeno troféu das mãos do famo-so apresentador. Durante os anos de estadia na capital fluminense, Alderi frequentou a IP da Ilha do Governador. No início de 1969, em uma viagem com os jovens da igreja ao acampamento Palavra da Vida, em Atibaia (SP), sentiu pela primeira vez o desejo de ser pastor. Meses depois, foi recebi-

do por profissão de fé pelo seu pai, em Guarapuava.

No início de 1970, aos 17 anos, como candidato do Presbitério do Iguaçu, ingressou no Seminário Presbiteriano do Sul (SPS), em Campinas. Durante parte dos estudos, trabalhou na Congregação de Cidade Jardim, em Americana. Dessa época, conforme ele próprio rela-ta, uma das suas experiên-cias mais marcantes foi a participação no conjunto Jovens de Cristo. O grupo, que chegou a gravar um disco compacto que teve grande aceitação, iniciou suas atividades em 1971 e, nos anos seguintes, visi-tou cerca de 200 igrejas em sete estados. Os Revs. Heber Carlos de Campos e Ludgero Bonilha Moraes, bastante conhecidos na IPB, foram seus colegas no Jovens de Cristo. A formatura no SPS aconte-ceu em dezembro de 1974, quando recebeu o prêmio Guilherme Kerr. Ordenado em 12 de janeiro de 1975, pastoreou naquele ano a IP de Matelândia (PR), dando assistência a três con-gregações (Ramilândia, Medianeira e São Miguel d’Oeste) e a dois pontos de pregação (Bananal e Dourados). De 1976 a 1985, foi pastor da IP da Silva Jardim (antiga 2ª IP de Curitiba). Esse período na capital paranaense lhe permitiu a continuidade

dos estudos, bacharelan-do-se em Filosofia pela Universidade Católica do Paraná (1979) e em direito pela Faculdade de Direito de Curitiba (1983).

Com a intenção de fazer estudos de pós-gradua-ção em Teologia, Alderi desembarcou em Boston, Massachusetts (EUA), em janeiro de 1986. Ali cursou o Mestrado em Teologia (1986-87), com especialização em Novo Testamento, na Andover Newton Theological School, recebendo na colação de grau a distinção “Cum laude” (com louvor). Em setembro de 1988, foi arrolado como membro do Presbitério de Boston, do Sínodo do Nordeste, da IP dos EUA (PC-USA). Em 1990, foi um dos fundadores e o primeiro pastor da IP Brasileira de Cambridge (atual IP Cristo Rei). De 1993 a 1996, na Universidade de Boston, fez o Doutorado em História da Igreja, defendendo uma tese sobre o pastor presbite-riano Erasmo Braga. O período nos EUA possibi-litou diversas experiências e valiosas oportunidades, tais como: trabalho no Emmanuel Gospel Center (1988-1993), organização sediada em Boston que mantinha fortes vínculos com as igrejas de língua portuguesa; participação na Associação de Pastores

e Obreiros Evangélicos de Língua Portuguesa de Massachusetts – Apoelp (1988-1994); docência no Centro para Educação Ministerial Urbana (Cume), do Seminário Teológico Gordon-Conwell (1987-1996); trabalho como tradutor para várias companhias na Grande Boston. Visitou diversos lugares nos EUA, tendo, em 1996, viajado de trem e atravessado o país de costa a costa; em alguns períodos de férias, visitou o Canadá, Porto Rico e, numa ocasião, dez paí-ses da Europa (Portugal, Espanha, França, Mônaco, Itália, Alemanha, Áustria, Suíça, Bélgica e Holanda).

O regresso ao Brasil aconteceu em feverei-ro de 1997, passando a trabalhar no Centro de Pós-Graduação Andrew Jumper (CPAJ), na época sediado no Seminário JMC e, no mesmo ano, transfe-rido para o Mackenzie. À frente da área de História da Igreja, desde então tem ensinado a matéria no Jumper e orientado mui-tas pesquisas. A docência também tem sido exer-cida em outras institui-ções (Seminário JMC, Seminário Servo de Cristo, Universidade Mackenzie, etc.). Em 1999 foi nomea-do pelo Supremo Concílio historiador da Igreja Presbiteriana do Brasil. Na condição de professor do

CPAJ, como historiador da denominação ou mesmo como pregador convida-do, Alderi tem visitado um grande número de igre-jas e instituições, dentro e fora do Brasil.

Alderi tem sido um pro-fícuo pesquisador e escri-tor. Por vários anos, gra-vou programas em vídeo para a TV Mackenzie, Rede Presbiteriana de Comunicação (RPC), Luz Para o Caminho (LPC) e outras instituições. Atualmente apresenta o programa “Flashes da História”, da TV Digital Mackenzie, que expõe a história do presbiterianis-mo em São Paulo. Desde 2007 mantém uma pági-na de história da igreja na Internet, com cerca de 250 textos e mais de 1200 fotografias. Ademais, ele tem colabo-rado com diversos peri-ódicos (Fides Reformata,

Marcone Bezerra Carvalho

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Dezembro de 2014 7BrasilPresbiteriano

Extremistas atacam cristãosdurante batismo

25 pessoas são expulsas de suaaldeia por não negarem a Cristo

Mombasa volta ao noticiáriocom ataque religioso

o domingo, 9 de novembro, a Faith Bible Church rea-

lizou uma cerimônia de batismo de 42 cristãos de origem muçul-mana em Lalmonirhat, norte de Bangladesh. Durante o culto, pelo menos 200 muçulmanos locais sur-giram e atacaram os novos conver-tidos, além de dois pastores, Salim Haidar e John Arif.

Os muçulmanos chamaram a

polícia e pediram pela prisão dos cristãos. Em seguida, foram feitas acusações contra os dois pastores, de converter muçulmanos, ofere-cendo-lhes dinheiro.

Eles foram libertados na manhã seguinte, mas Haidar e Arif foram mantidos sob custódia. Com a ajuda de um advogado, os pastores entra-ram com um pedido de fiança, mas lhes foi negado. Segundo uma

fonte do Portas Abertas, “o oficial responsável afirmou que não pode liberar os pastores por causa da pressão de líderes islâmicos”. O caso foi encaminhado ao tribunal distrital.

Oremos pelos advogados desig-nados para representar Haidar e Arif, pelos pastores e suas famílias, para que permaneçam firmes em sua fé em Jesus.

m julho, dois homens da mesma aldeia foram presos quando se

recusaram a negar a Cristo e renun-ciar à sua fé. Agora, as famílias (que no total somam 25 pessoas) foram forçadas a deixar suas casas na vila de Ko Hai no Laos com tudo o que possuíam e ir embora. Fontes locais afirmam que as auto-

ridades nunca aceitaram a decisão das famílias de se converter ao cristianismo e buscaram todas as formas de fazê-los “voltar ao ani-mismo”. A maioria dos residentes na aldeia e cidades vizinhas pratica essa religião tradicional. A situação tornou-se ainda pior com a morte de um dos anciãos, patriarca de

uma das famílias expulsas, logo depois que ele foi forçado a sair de seu lar e aldeia. O Laos ocupa a 21ª posição na Classificação da Perseguição Religiosa. É comum que cristãos, em particular os de regiões tribais, sejam presos e pres-sionados a renunciar sua fé e alguns são até mortos.

inte e oito passageiros de um ônibus identificados como não-

muçulmanos foram executados neste sábado no nordeste do Quênia por extremistas somalis da organização islâmica radical Al-Shabaa. Segundo declarações feitas pelo chefe da polí-cia do departamento de Mandera, os

criminosos pararam o ônibus, leva-ram o veículo para longe da estrada e executaram os passageiros que não souberam citar versos do Alcorão.

Em entrevista à BBC, Adbikadir Mohammed (assessor direto do pre-sidente do Quênia, Uhuru Kenyatta) afirmou que o objetivo do atentado foi

de criar um conflito entre os muçul-manos e não-muçulmanos nesse país. Ele ainda pediu que os cidadãos de todas as religiões se mantivessem unidos contra o que ele qualificou de ‘crime atroz’. A Cruz Vermelha do Quênia confirmou o registro de víti-mas: 19 homens e 9 mulheres.

N

E

V

O Rev. Marcone Bezerra Carvalho é colaborador regular do Brasil

Presbiteriano

Revista Mackenzie, Brasil Presbiteriano, Ultimato, Servos Ordenados, etc.), assinado prefácios, pre-parado novas edições de importantes obras e tra-duzido outras. De sua autoria, temos os seguin-tes livros: Os pioneiros presbiterianos do Brasil; A caminhada cristã na história; Fundamentos da teologia histórica; Erasmo Braga, o protestantismo e a sociedade brasileira; Uma igreja peregrina; Por montanhas e vales e Os consolidadores da obra presbiteriana no Brasil. É coautor de Fé cristã e misticismo e O que todo presbiteriano inteligente deve saber. Seus textos são caracterizados por um rico conteúdo e um estilo agradável de se ler.

Em janeiro de 2010, ele se casou com Cíntia Mendes Ferreira. O casal tem um filhinho e congre-ga na IP Paulistana, igre-ja da qual Alderi é um dos fundadores e onde integra a equipe pastoral. Antes, ele havia colabo-rado (1998-2007) com a IP Ebenézer de São Paulo, atuando na área do ensi-no. Louvamos a Deus por sua vida e contribuição à nossa igreja, e esperamos que o Senhor da história lhe conceda muitos anos de serviço ao seu reino.

IGREJA PERSEGUIDA

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Dezembro de 20148BrasilPresbiteriano

cenário evangélico brasileiro experimenta

uma variedade interessan-te. Por um lado, percebe-se o crescimento das igrejas carismáticas e pentecostais, além dos movimentos em torno de apóstolos con-temporâneos. Ao mesmo tempo, no outro extremo, grupos chamados “neopuri-tanos” também experimen-tam um avanço em termos de publicações, conferên-cias e alcance por meio das redes sociais. O Brasil do século 21 é o espaço para o crescimento ambíguo. Mas essa não é sua única marca. Mesmo entre cristãos de igrejas conservadoras, nota-se movimento semelhante ao destacado pelo sociólo-go Christian Smith, e des-crito por Michael Horton em seu Cristianismo sem Cristo (Cultura Cristã): a fé no evangelho tem sido substituída por um movi-mento religioso denomi-nado Deísmo Moralista e Terapêutico (DMT). Em essência, reza a cartilha do novo credo, Deus não interfere na vida humana, a essência para estar bem com Deus é fazer coisas boas, e o objetivo final da religião é o bem-estar humano.

O quadro é complexo – cresce a fé reformada, ao mesmo tempo em que dis-torções da sã doutrina flo-rescem; igrejas se fortale-cem, ao mesmo tempo em

que o evangelho é substitu-ído pelo DMT; encontros e eventos saudáveis se espa-lham pelo Brasil, ao mesmo tempo em que igrejas e líde-res se isolam.

Como observar e res-ponder a esses movimen-tos não-lineares da nossa época?

No EvangelhoA cidade de São Luís

não é diferente do resto do Brasil. As mesmas caracte-rísticas abrangentes, descri-tas acima, são encontradas nesse município, situado na bela Ilha do Maranhão. Sua população de algo em torno de um milhão de habitan-tes observa o nascimento e a morte de igrejas rotinei-ramente, e a apresentação de versões do cristianismo adaptadas ao gosto do con-sumidor. Observa também pessoas sérias, lutando pela verdade e tentando viver o ensino bíblico em simplici-dade, mas, muitas vezes, de maneira isolada.

O Ministério no Evangelho é a tentativa de

lidar com alguns dos dile-mas do nosso lugar e tempo. O primeiro, e mais funda-mental, é colocar em evi-dência a única mensagem poderosa para transformar vidas (Rm1.16) – o evange-lho de nosso Senhor. Aliado a esse objetivo primário, busca reorganizar os laços eclesiásticos em torno dessa base, para que cristãos de diferentes tradições se per-cebam unidos no evangelho e cooperando para o anún-cio de Jesus.

Fundado pelos pastores da IPB, Cleomárcio Simões Lima, Dilvan Oliveira e Allen Porto, o ministério busca o contato e diálogo constante entre pastores de diferentes denominações, sempre tendo o evangelho como ponto de integração.

Frentes de batalhaComo tal iniciativa se

torna realidade? Alguns caminhos foram pensa-dos. O primeiro deles, já iniciado este ano entre os dias 29 de outubro e 1° de novembro na IP de Vinhais

– São Luís/MA, com a rea-lização de uma conferên-cia anual. A Conferência no Evangelho será realiza-da sempre no período do aniversário da Reforma Protestante, marco simbóli-co da redescoberta do evan-gelho e instrumento de Deus para termos a igreja como a conhecemos hoje. O evento, de porte amplo, conta com a presença de preletores de âmbito local e nacional. Em 2014 esteve presente o Pr. Wilson Porte, da Igreja Batista da Liberdade em Araraquara, colaborador do

ministério Fiel e professor no seminário Martin Bucer. Para 2015 já estão confir-mados os nomes do Rev. Dr. Cleômines Anacleto, pastor da IP Metropolitana em Belo Horizonte e professor do Seminário Presbiteriano Rev. Denoel Nicodemos Eller, e o Rev. Renato Vargens, conferencista e autor.

Após a conferência será necessário ter estruturas para desenvolver a reflexão e comunhão. Pelo menos mais duas iniciativas estão em pauta: uma plataforma

EDIFICAÇÃO

Conferência No EvangelhoLídia Xavier

O

Marcos Raquel Trindade, Antônio Cesar Freitas, Wilson Porte, Dilvan Fonseca Oliveira e Cleomárcio Simões Lima.

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Dezembro de 2014 9BrasilPresbiteriano

Lídia Frazão Xavier é membro da IP de Vinhais e coordenadora geral da

Conferência 2014

contínua de diálogo será estabelecida online, através do site do ministério No Evangelho. Ali os pastores e interessados poderão dis-cutir aspectos do evangelho aplicado às mais diversas áreas da vida e da cidade. Com o alcance das redes sociais, tal espaço pode funcionar como elemento agregador para pessoas de todas as partes do mundo. A outra proposta é a de encontros trimestrais, com abrangência menor do que a conferência anual, e foco no alcance de pastores e líderes, para se fortalecer a convicção no poder do evangelho, e se pensar em aplicações dele para a vida da igreja. O objetivo é esti-mular a comunhão entre pastores de diferentes tra-dições, manter o evangelho na pauta das igrejas, e assim contribuir para o crescimen-to e fortalecimento de igre-jas centradas em Jesus na cidade.

O que Deus fará a par-tir dessa iniciativa, não sabemos. Apenas podemos sonhar e pedir a Deus que coloque o seu evangelho em evidência, para a sua glória somente. O evangelho edi-fica indivíduos e comunida-des. Igrejas mais saudáveis contribuem para famílias mais saudáveis. Famílias mais saudáveis contribuem para condomínios, ruas, e bairros mais saudáveis. E tudo isso contribui para cidades mais saudáveis. Que assim seja.

Este ano foi muito bomano está terminan-

do. Podemos agrade-cer a Deus, pois tudo que passamos foi muito bom. Coisa do próprio Deus que ao terminar sua criação, avaliou o resultado e “Viu Deus tudo quanto fizera, e eis que era muito bom” (Gn 1.31).

Ele nos deu o caminho: “Bom e reto é o Senhor, por isso, aponta o caminho aos pecadores” (Sl 25.8). Ele nos deu pessoas: “Oh! Como é bom e agradável viverem unidos os irmãos” (Sl 133.1). Ele nos deu família: “O homem bom

tira do tesouro bom coisas boas” (Mt 12.35). Ele nos deu a igreja: “Bom é render graças ao Senhor e cantar louvores ao teu nome, ó Altíssimo” (Sl 92.1). Ele nos deu a Bíblia: “A que caiu na boa terra são os que, tendo ouvido de bom e reto coração, retêm a palavra; estes frutificam com perseverança” (Lc 8.15). Ele nos deu vitórias: “Disse-lhe o senhor: Muito bem, servo bom e fiel; foste fiel no pouco, sobre muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor” (Mt 25.21)

Tudo o que Deus nos

proporcionou foi muito bom: o caminho certo para viver, as pessoas para con-viver, a família para inves-tir, a igreja para nos ale-grar, a Bíblia para ler e as lutas para vencer. Deus nos abençoou com mais este ano: “Pois quão grande é a sua bondade” (Zc 9.17).

Desejamos a toda família presbiteriana um bom natal e um ano novo repleto de bons frutos. Que todas as mulheres continuem dia-riamente orando por seus bons maridos. E assim, a bondade e a misericórdia do Senhor seguirão nos-

sos lares todos os dias de nossa vida (Sl 23).

Vamos lembrar os bons momentos que passamos juntos este ano em família e entre os irmãos da fé, porque foi muito bom.

O

PROJETO SARA

bimael e Lourdes Pereira da Silva com-pletaram no dia 1º de novembro deste ano

40 anos de feliz união. Do acervo dessa vida em comum, muitas vitórias no Senhor e os filhos Vivian, Adonias, Marcelo e Rodrigo; além da netinha Lara.

De tradicional família presbiteriana do sul do Brasil, o Rev. Abimael, junto com sua espo-sa, pastoreou igrejas de diversas localidades de Minas Gerais, Mato Grosso, São Paulo e Paraná. Formado em teologia pelo Seminário Presbiteriano do Sul, em Campinas, e graduado em Letras pela Faculdades Integradas de Itararé, hoje o pastor, de 69 anos, é docente na Faculdade Presbiteriana FATESUL, de Curitiba e pastoreia a IP do Jardim Monza, em Colombo, Paraná.

Quarenta anos de feliz uniãocom a bênção de Deus

A

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Dezembro de 201410BrasilPresbiteriano

O genuíno cuidado pastoral

screvendo para a revis-ta Servos Ordenados

nº17, eu propus:– Vamos repensar a pró-

pria definição de pasto-reio. Não se trata de man-ter os crentes com corda curta e supervisionar suas atividades, mesmo as afe-tivas, mas será fundamen-tal conhecê-los.

Talvez seja seguro afir-mar que, em geral, porém, os pastores não conhecem o seu rebanho. É que para isso eles precisariam de mais tempo do que ficam em suas igrejas. Três anos aqui, cinco ali, não serão suficientes.

Cinco anos não bastam para um pastor conhecer a sua igreja? Bem, é claro que não se trata exata-mente de pouco tempo, mas dependendo do caso, cinquenta anos não bas-tariam. Ou cinco meses já seriam de grande ajuda. O que faz diferença é o modo do pastor conviver com a igreja e exercer o seu pastoreio, bem como os recursos de que ele lança mão para conhecer o seu rebanho.

O envolvimento cons-ciente e intencional por parte do pastor o levará a analisar a história da sua igreja. Pode-se come-çar com a história da che-gada do presbiterianismo

à região e suas possí-veis relações com aquele núcleo específico, se as houver. É impressionante o quanto se pode aprender lendo as atas do Conselho, todas, se possível. Artigos publicados em jornais e revistas locais a respeito de eventos realizados ali,

textos no jornal da deno-minação com notícias que a liderança quis destacar. Tudo isso será precioso.

Se o próprio pastor esti-ver relacionado ao início do trabalho, será fun-damental ouvir outros irmãos. As impressões mudam de modo surpre-endente de pessoa para

pessoa, as perspectivas chegam a ser contraditó-rias, até.

Informações indiretas são preciosas: dados sobre a escolaridade e vida pro-fissional dos crentes, seu nível social, seu engaja-mento cívico e político e as faixas etárias predo-

minantes, bem como um perfil geral da experiência cristã do grupo, isto é, se são predominantemente novos convertidos ou não, se vieram do catolicismo ou de outra seita qualquer, se cresceram em lares evangélicos.

As informações diretas, porém, não têm preço. O

contato de qualidade com todos, mas principalmente com pessoas-chave, dará resultados preciosos. Para isso o pastor precisará de bem mais do que enges-sadas “visitas pastorais”, para as quais os crentes se preparam às vezes com muito cuidado e duran-

te as quais se portam de modo estudado, nada espontâneo. Essas visitas deverão ser aperfeiçoadas e ter seu lugar, mas o con-tato em situações infor-mais trará dados de outro modo indisponíveis.

Falar é fácil. Ocorre que, para manter esse con-tato direto e franco em

que as pessoas se abrem e se revelam, o próprio pastor deverá ser trans-parente, atitude que em si estimula a abertura do outro. Ninguém se abre para um caracol, enrolado em si mesmo e protegi-do dentro de sua concha. Pastores que se fecham, escondendo-se no púlpito, no reverendo, no vocabu-lário e nas citações supos-tamente eruditas, recebe-rão de volta expressões vazias e olhares distantes. Ninguém conhecerão e não serão conhecidos.

E tem mais. Se esti-ver disposto a abrir-se e aproximar-se para conhe-cer cada ovelha de seu rebanho, o pastor ainda precisará desenvolver sua sensibilidade para esse fim. Ele faria bem em bus-car ajuda de pastores mais experientes e sensíveis – não outro caracol – de modo a tirar bom proveito dos contatos desenvolvi-dos. Alguns cursos e trei-namento também pode-rão ajudá-lo. Talvez ele mesmo seja o incentivador dessas medidas em seu presbitério, o que serviria para difundir um bom pro-cedimento.

Quando há o genuíno cuidado pastoral, todo dia é dia do pastor.

Cláudio Marra

E

O Rev. Cláudio Marra é presidente do Conselho Editorial da CEP

17 de dezembro Dia do Pastor

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Dezembro de 2014 11BrasilPresbiteriano

Carta a uma esposa de pastor

uerida colega, que benção poder cha-

mar você de irmã.Você recebeu o privi-

légio de ser auxiliado-ra idônea de um homem que recebeu um chamado importantíssimo do seu Mestre. Pastorear não só um, mas dois rebanhos. Dois rebanhos interliga-dos. Não rebanhos do seu esposo, nem seus, mas de Deus. O primeiro rebanho é a sua famí-lia, inserida no segundo rebanho, que é a igre-ja. Desejo lhe lembrar de uma coisa. Nunca se esqueça de que Deus, ao chamar seu esposo, fez isso por amor. Por haver decidido dar uma missão a um homem “em construção”, auxiliado por uma mulher “em construção” para cuidar de uma família, inseri-da em outra família em expansão formado por pessoas “em constru-ção”. Missão essa nem sempre fácil por causa das nossas limitações como seres humanos. Em certo sentido uma “mis-são impossível”. Missão impossível se acredita-mos que somos nós os que faremos a diferença, ou que somos nós os sal-

vadores de nossos filhos, nosso lar e nossa igre-ja. Mentira que muitas de nós aceitamos como sendo verdade, pois não fomos feitos para sermos salvadores, pois há um só Salvador e Mediador entre Deus e os homens,

Jesus Cristo. Mas nos esquecemos disso com muita facilidade, e tam-bém nos esquecemos de que é do Espirito Santo e somente dele a honra de fazer a igreja crescer e somente dele o pri-vilégio de convencer o seu povo do pecado, da

justiça e do juízo. E é de vocês o privilégio de fazer parte ativa nesse trabalho. Portanto, se não for pela oração na dependência do Senhor, nossa missão é realmen-te impossível e, como diz o ditado, “a vaca vai pro

brejo”.Portanto querida irmã,

nos dias em que se sente desesperada, só, mal entendida e totalmente vulnerável e condenada, lembre-se: você é amada e, se você está em Cristo, o único que poderia condená-la não a con-

dena mais. Além disso, essa missão impossível que seu marido tem e da qual agora você faz parte, sob os cuidados do Espírito, seu Guia e Consolador, se torna mais do que possível. Missão cheia de desa-

fios, que por vezes pode estar repleta de triste-zas, mas cujas alegrias e vitórias se tornarão eternas. Você verá então que o Senhor não a colo-cou numa posição difí-cil, mas numa posição privilegiada.

Lembre-se, há uma

promessa de seu Deus de que você pode seguir em frente se permane-cer perto do Redentor. O profeta afirma: “O Senhor o guiará cons-tantemente; satisfará os seus desejos numa terra ressequida pelo sol e fortalecerá os seus ossos. Você será como um jardim bem regado, como uma fonte cujas águas nunca faltam” (Is 58.11 NVI). Você verá o fruto do seu penoso trabalho e ficará con-tente. Somente seja fiel ao seu líder e ame ao Senhor de todo coração e seu próximo como a si mesma. E quando a terra estiver ressequida, quando você sentir que deu tudo o que pôde, que ao redor só tem secura e egoísmo e estão tirando de você até o que você não tem, lembre-se: que Deus é Fiel. “... sou eu que conheço os planos que tenho para vocês, diz o Senhor, planos de bem e não de causar dano, planos de dar a vocês esperança e um futuro” (Jr 29.11).

De sua irmã em Cristo,Minka

Minka Lopes

Q

Dona Minka Schalkwijk Lopes é esposa do pastor Rev. Augustus

Nicodemus Gomes Lopes.

2o domingo de dezembro Dia da Esposa do Pastor

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Dezembro de 201412BrasilPresbiteriano

Missionária Jeanne Francine Villon – Uma vida de féascida a 27.07.1924, no Recife, Jeanne casou-se

em 1945 com Jorge Villon, da IP do Rio de Janeiro. Aceitou Jesus como Salvador e professou a sua fé em 25.12.1946, na igreja do Rio, quando sua primeira fi lha foi batizada, iniciando ass im a sua vida na igreja.

Por 54 anos teve ao seu lado aquele esposo dedicado que sempre a apoiou, Rev. Jorge Villon. Deus lhes deu cinco fi lhos (Sônia Regina, Vera Maria, Jorge Luiz, Paulo Renato e Zezinho), cinco netos (Patrícia, Silas, Angélica, Renata e Carolina) e uma bisneta (Julia), aos fi lhos e netos foram acrescentados mais quatro: Elias, Ruth, Valéria e Carlos Henrique.

Sua atuação junto à Missão Caiuá começou em 17.07.1977, quando Jeanne a visitou em uma excursão com a Sinodal

Guanabara. E assim iniciou a sua vida nesse ministério. Entre tudo o que viu e ouviu, ficou gravado no seu coração o apelo dos mis-sionários Rev. Orlando e dona Loide Bonfim Andrade, para a construção de um instituto bíbli-co, que formaria índios para pre-garem o evangelho nas aldeias, em sua própria língua.

Sem que outros tomas-sem a iniciativa, ela efetuou vários contatos e foi nomeada Coordenadora das Obras para a construção do Instituto Bíblico, o que foi apenas o começo. Em agosto de 1978, foi lançada a Pedra Fundamental do Instituto Bíblico e em abril de 1980 foi inaugurado o Instituto Bíblico Rev. Felipe Landes. Jeanne foi credenciada Representante da Missão Evangélica Caiuá em todo o Estado do Rio de Janeiro. Aprendeu a amar os índios, que

também a amam e a chamam de mãe. Duas índias receberam o seu nome – a índia terena Jeanne Francine Ortiz de Oliveira e a índia xavante Jeanne Pinhawê. Neste ano de 2014, Jeanne com-pletou 37 anos de dedicação no ministério da Missão Caiuá.

Neste momento, queremos repetir as palavras de Jeanne:

“Como agradecer a Deus por tudo o que ele tem feito por nós?

Não nos esqueçamos de agra-decer, de glorificar, de honrar e amar o seu santo nome. A minha vida é um misto de família e Missão Caiuá, tendo Deus no centro de tudo. A ele, dou sempre toda honra e toda glória”.

Em 2008, quando a Missão Caiuá completou oitenta anos, a Assembleia da Missão lhe con-cedeu o título de Missionária e lhe deu um diploma com os dize-res: “por reconhecer sua vocação comprovada ao longo de tantos anos de trabalho”. Essa compro-vação se deu em diversas frentes de trabalho que aqui não há espa-ço para mencionar.

Louvamos a Deus por esse exemplo de fé, amor e submissão a Deus. Em 08.10.2014, aprouve ao Senhor convocá-la para junto dele, aos 90 anos de idade. A ele, pois toda honra e toda glória.

Família Villon

N

Presbítero Valdemar Itarinau(1942-2014)

O Conselho da IP Peniel comuni-ca o falecimento do amado Presbítero Valdemar Vital Meireles Itarinau, ocorri-do em 05.10.2014, no Hospital Unimed de Macapá.

Formado em 1978 pela UFPA em Medicina, exerceu sua profissão como chefe de Unidade da Fundação SESP, na cidade de Monte Alegre–PA. Casou-se com Ana Ruth Pereira Itarinau e o casal teve três filhos.

Em 17.11.1986 na cidade de Monte Alegre, foi alcançado pela graça reden-tora de Deus e foi batizado em julho de 1987, na Igreja da Paz pelo Rev. Epaminondas Pinho. Em 1978, vindo de Monte Alegre com sua família para Macapá–AP, foi arrolado na IP Peniel, fazendo parte do Conselho da igreja

desde a sua organização (22.08.1989).Exerceu sua profissão em Macapá em

vários hospitais, tornando-se também médico intensivista da UTI do Pronto Socorro por doze anos, onde socializou seus conhecimentos. Muito mais do que isso, fez desse ambiente de trabalho seu campo missionário. Assim muitos doentes foram curados e alcançados pela graça de Deus, bem como amigos de profissão.

Com sua família, foi um colaborador diligente e participante assíduo no tra-balho de evangelização da Igreja Peniel.

Este Conselho, portanto, registra em suas atas sua imensa gratidão a Deus pela vida do irmão Valdemar. A família perdeu um amoroso pai, a sociedade perdeu um grande cidadão, ficando aqui nosso sentimento de dor e pesar, que compartilhamos com a irmã Ana Ruth e família, rogando a Deus que console os

corações, na certeza de que: “Preciosa é aos olhos do Senhor, a morte dos seus santos (Sl 116,15).

Ester de Faria Lofiego

Ester de Faria Lofiego, nasceu no 17.10.1932, na cidade de Palmital, SP. Contraiu núpcias com Edson Lofiego e tiveram quatro filhas: Edileia, Edileusa, Eleni e Elisabete; onze netos, seis bisne-tos e dois trinetos. Publicou a sua fé e foi batizada ainda jovem, na IPI de Cornélio Procópio, Paraná. O casal mudou-se para Botucatu e passou a frequentar a IPI Central de Botucatu. Transferiu-se para a IP Central de Botucatu e em seguida para a IP Monte Sião, onde permaneceu por mais de duas décadas, até sua morte.

Dona Ester viveu uma vida farta de anos, com fidelidade ao Senhor e Salvador Jesus Cristo, deixando exem-

plo de compromisso para com o Reino de Deus, testemunhando que só Cristo regenera e salva o pecador. Tinha uma alegria incontida, seu lar sempre aberto irradiava sua fé. Extrovertida, estava sempre pronta para servir com alegria e era amada por todos. Sua caminha-da, olhando para Jesus o autor da fé, marcou a vida de todos os que com ela conviveram.

O ofício fúnebre foi conduzido por seus sobrinhos Revs. Paulo Bronzelli e Walter Bronzelli Czinczel. Recolhida aos tabernáculos eternos, a morada defi-nitiva do crente, ela certamente pode ouvir as palavras do Senhor: “Muito bem, servo bom e fiel; foste fiel no pouco, sobre o muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor” (Mt 25.21).

Dia 18.11.2014, em Botucatu, São Paulo.

Antônio Coine e Paulo Bronzelli

FALECIMENTOS

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Dezembro de 2014 13BrasilPresbiteriano 13

ESTUDO

1° Congresso Brasileiro de Design Inteligente realiza encontro científi co histórico

1° Congresso Bra-sileiro de Design Inte-

ligente, que ocorreu nos dias 14, 15 e 16 de novem-bro no hotel The Royal Palm Plaza, em Campinas (São Paulo) contou com a presença de 370 congres-sistas e um amplo debate e exposição de dados sobre a Ciência das Origens.

“Alcançamos plenamente nosso objetivo de promover o debate e a livre exposição de conceitos e ideias por meio desse evento impor-tantíssimo para a ciência. Fizemos história com um congresso de alta qualidade. Com certeza foi o primeiro de muitos que promoverão a teoria que revoluciona a ciência de nossas origens”, afirmou o coordenador do evento e presidente da Sociedade Brasileira do Design Inteligente, profes-sor Marcos Eberlin.

As dezesseis palestras versaram sobre diversos campos do conhecimen-to científico. A importante questão da liberdade aca-dêmica na discussão do DI foi o tema do jurista Dr. Uziel Santana, que detalhou o dispositivo constitucional que garante a livre expres-são da atividade intelectual. O convidado internacional Paul Nelson, do Discovery Institute, esclareceu a res-

peito dos mitos e falácias que vem sendo levantados contra a TDI.

Também as ciências médi-cas foram contempladas nas exposições: o psiquiatra Marcos Romano explanou sobre a complexidade da mente humana, que inclui a dimensão moral, emocio-nal e metafísica, tornando o modelo evolucionista insuficiente para explicar nossa consciência. Enézio de Almeida Filho recor-dou os grandes pensadores que ao longo da História da Ciência discutiram o DI. A Filosofia foi o tema de Johannes Janzem, que mos-trou que os pressupostos filosóficos corretos do DI são indispensáveis para o

progresso da ciência.André Silva de Oliveira

falou sobre o dogmatismo em torno do darwinismo, que o torna blindado a críti-cas, prejudicando o debate. De volta à química mole-

cular, a informação com o terceiro elemento indispen-sável à vida foi descrita por Marcos Eberlin e o pro-blema dos “bad designs” moleculares como evidên-cia contra a evolução e a favor do DI foi explicado por Eduardo Meurer.

O educador Mario Magalhães falou sobre as fraudes e equívocos do ensi-no da Teoria da Evolução (TE) em livros didáticos e Ahmed El-Dash mostrou as várias inconsistências do modelo do Big Bang e uma nova proposta para a origem do Cosmos. Finalmente, o físico Adauto Lourenço detalhou como os proces-sos naturais não poderiam ter produzido o ajuste fino encontrado no Universo.

Todas as palestras esta-rão disponíveis no canal

YouTube da TDI BRASIL e no site oficial do Congresso Brasileiro do Design Inteligente.

SOCIEDADE

No dia 15 de novembro foi fundada a Sociedade Brasileira do Design Inteligente – TDI-Brasil, que será responsável pela disseminação do DI em nosso país. “Acreditamos que foi um grande passo para a volta do debate à mesa cientifica”, definiu Eberlin.

A TDI-Brasil emitiu um manifesto em que se posi-ciona sobre o ensino do DI e da TE nas escolas brasilei-ras, já dando início às suas atividades em prol do livre exercício do pensamento científico.

O

Evento reúne cerca de 370 inscritos e dá início à discussão científi ca sobre a maior questão de todos os tempos: a origem da Vida e do Universo.

Sobre a Teoria do Design InteligenteReconhecida como uma teoria revolucio-

nária, a TDI estuda e analisa os dados cien-tíficos mais recentes sobre os eventos que deram origem ao Universo e aos seres vivos, que interpreta apontando, como padrões de inteligência revelados através da complexi-dade irredutível, da informação e da antevi-dência, que produzem as evidências de uma inteligência organizadora. Em seu arcabouço teórico, a TDI reúne metodologia e conhe-cimentos interdisciplinares de estudos dos seres vivos em nível molecular, e através de inferências baseadas em fatos observáveis, propõe uma reinterpretação da origem da vida.

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Dezembro de 201414BrasilPresbiteriano14

MISSÕES

Missionária Edilene comemora 20 anos de ministério

spanha foi um dos primeiros países da

Europa para onde a APMT enviou missionários, reco-nhecendo a necessidade de plantar igrejas e trabalhar na revitalização de outras que estão quase fechando em todo o continente. Foi na cidade de Hulva que nasceu a primeira Igreja Presbiteriana do país, como fruto do esforço mis-sionário da IPB na Europa. Por essa cidade passaram diversos missionários que dedicaram suas vidas na evangelização e no pas-toreio da pequena igreja nascente. Nos últimos anos a igreja em Huelva foi pas-toreada pelo Rev. Ignácio Minchón, casado com a missionária Edilene. Ele também é fruto do trabalho missionário em Huelva e é o primeiro pastor presbite-riano reformado espanhol. A missionária desenvolveu projetos evangelísticos, discipulado e formação de liderança na igreja local durante dezessete anos, no início sozinha, depois junto com seu marido muito envolvido e compro-metido na proclamação das Boas-Novas no seu país. Os missionários são pais

de dois filhos, Nataly e Andrés.

Atualmente, estão na cidade de Málaga, plan-tando uma nova igreja que começou há um ano e já contam com uma média de dez a quinze membros e um conselho forma-do. Além dos projetos de desenvolvimento da nova igreja, o casal participa também da vida social de Mágala.

A missionária Edilene trabalha com reinclusão social no CIS (Centro de Inserción Social) de um presídio de Málaga. “O objetivo é trabalhar a vida espiritual deles para que deixem a vida que levavam antes e sejam inseridos novamente na sociedade, não somente com uma pro-fissão, mas também com a visão de uma nova vida”, diz Edilene.

Paralelamente a esse tra-balho, o Rev. Ignácio dá assistência religiosa aos presos que cumprem sen-tença. Segundo o pastor, esse ministério é de extre-ma importância porque lida com histórias de pes-soas envolvidas na delin-quência, o que vai desde tráfico de drogas ao assas-sinato. “Sempre é uma enorme oportunidade de

apresentar-lhes a Palavra de Deus para que abracem o evangelho e mudem de vida”, afirma Rev. Ignácio.

Outro trabalho evangelís-tico desenvolvido na cida-de é o ministério de cape-lania no Hospital Carlos Hayas de Málaga, um dos mais antigos e importantes da cidade.“Para mim, falar com pessoas enfermas e também para as famílias que as acompanham, tem sido um ministério muito motivador”, conta o pastor.

A abertura para o evan-gelho na Europa é lenta. O preparo de missioná-rios e a construção de uma visão missionária para os campos europeus deve ser baseada em não se esperar resultados quantitativos em pouco tempo, pois trata-se de um aspecto cultural e histórico do povo europeu.

“Muitos esperam um

dinamismo de trabalho como no Brasil ou nos EUA, mas na Europa não é assim que acontece. Para nós, é algo grandioso da parte de Deus ter uma igre-ja em um ano com dez pessoas”, explica a missio-nária Edilene, e completa dizendo que mesmo com a crise econômica e o fato da Espanha ser um país propenso à depressão, as pessoas não se achegam ao evangelho, pelo contrário, questionam a existência de Deus e todos os males existentes.

Um problema constan-te na Espanha tem sido o fato de muitas igrejas históricas fecharem as por-

tas por não ter pastores que acompanhem os tra-balhos. Esse seria o caso da Iglesia Evangélica de Churriana, uma congre-gação de linha reformada, à qual o Rev. Ignácio e a Edilene têm prestados assistência. Antes que a igreja fechasse, souberam da disponibilidade deles e os convidaram para pas-torear o pequeno rebanho, com frequência dominical de aproximadamente vinte pessoas.

“Se não nos dispusermos nas mãos do Senhor, nós nunca sairemos do lugar”, explica Edilene sobre a importância de sair da zona de conforto para obe-decer ao chamado missio-nário. “O Brasil tem feito muito por missões, mas precisa despertar mais pes-soas que, com a sua pro-fissão, seja ela qual for, se disponham pare servir ao Senhor em outras culturas, sabendo que a capacitação maior vem dele, o Senhor da Seara”, completa.

Isabella Silveira Dias é estagiária do Depto. de Comunicação da APMT

Isabella Dias

E

Casada com o Rev. Ignácio Minchón, trabalhou desde sua chegada para o crescimento e fortalecimento da igreja em Huelva e desen-volve projetos de inclusão social de presos e capelania hospitalar, juntamente com seu esposo. Hoje está plantando uma nova igreja na cidade de Málaga.

Familia Minchon ao lado do Rev. Manolo López (à (dir.), pastor da “Iglesia Reformada de Almuñécar” em Granada

Trabalho de reinclusão social no Centro de Inserción Social, no presídio de Málaga.

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Dezembro de 2014 15BrasilPresbiteriano

CELEBRAÇÃO

Dia da Bíblia

elebrado no segundo domingo de dezembro,

o Dia da Bíblia foi criado em 1549, na Grã-Bretanha pelo Bispo Cranmer, que incluiu a data no livro de orações do Rei Eduardo VI. Esse dia especial foi criado para que a popu-lação intercedesse em favor da leitura da Bíblia. No Brasil a data come-çou a ser celebrada em 1850, quando chegaram da Europa e EUA os pri-meiros missionários evan-gélicos. Porém, a primei-ra manifestação pública aconteceu quando foi fun-dada a Sociedade Bíblica do Brasil, em 1948, no Monumento do Ipiranga, em São Paulo (SP).

E, graças ao trabalho de divulgação das Escrituras Sagradas, desempenhado pela entidade, o Dia da Bíblia passou a ser come-morado não só no segun-do domingo de dezembro, mas também ao longo de toda a semana que antece-de a data. Desde dezembro de 2001, essa comemo-ração tão especial passou a integrar o calendário oficial do país, graças à Lei Federal 10.335, que instituiu a celebração do Dia da Bíblia em todo o território nacional.

Hoje, as celebrações se intensificaram e diversi-ficaram. Realização de cultos, carreatas, shows,

maratonas de leitura bíbli-ca, exposições bíblicas, construção de monumen-tos à Bíblia e distribuição maciça de Escrituras são algumas das formas que os cristãos encontraram de agradecer a Deus por esse alimento para a vida.

As igrejas realizam diferentes atividades para celebrar a data, como cul-tos e maratonas de leitu-ra bíblica que mobilizam milhares de pessoas.

A data comemorati-va será alvo de uma ses-são solene, na Câmara Municipal de São Paulo, no dia 10 de dezembro, por iniciativa da vere-adora Patrícia Bezerra. Na ocasião, a Sociedade Bíblica do Brasil (SBB), responsável por incentivar

os cristãos a comemorar a data, exibirá a exposi-ção “O Livro mais Lido do Mundo”, com peças do acervo do Museu da Bíblia, no hall do salão nobre. O evento terá início às 19h30, com a presença de autoridades, lideranças religiosas e representantes da SBB.

Celebrações pela data

O tema sugerido pela SBB para nortear as come-morações é “A Bíblia e Família – Crianças e Idosos”, que precisam ser cuidados pela família. A expectativa é que todas as igrejas brasileiras partici-pem da campanha, inspira-da no salmo 71.17-18: “Tu tens me ensinado desde

a minha mocidade… Fica comigo enquanto anuncio o teu poder e a tua força a este povo e aos seus descendentes”.

Como incentivo, a SBB preparou publicações especiais e oferece carta-zes, envelopes, planos de leitura e cofrinhos para a campanha, além de um hot site (www.diadabiblia.org.br) com material de apoio. Entre as sugestões para a celebração, estão pas-seios ciclísticos, carreatas, caminhadas ao ar livre, campanhas de evangeliza-ção, inclusão do tema nos cultos da igreja e distribui-ção de mensagens bíbli-cas em áreas de grande circulação.

A comemoração do Dia da Bíblia inclui uma cam-

panha de arrecadação de recursos para manter e ampliar o trabalho de distri-buição das Escrituras, pos-sibilitando que a Palavra também alcance as famí-lias carentes, fortalecendo os vínculos por meio dos valores cristãos, e tam-bém em prisões, escolas e situações de emergência. Para isso, serão ofereci-dos cofrinhos infantis e envelopes para estimular os cristãos a levantarem ofertas pela Causa da Bíblia. As doações tam-bém poderão ser deposita-das diretamente na conta bancária da SBB (Banco Bradesco, Agência 3390-1, C/C 18.512-4 - CNPJ 33.579.376/0001-51).

Luciana Garbelini

C

Luciana Garbelini é assessora de comunicação da SBB

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Dezembro de 201416BrasilPresbiteriano

Louvando a Deus

A dupla Irmãos Batista (Pb. João Batista de Almeida e o Diác. Fran-

cisco Batista de Almeida), nascidos e criados em lar cristão, são mem-

bros da IP de Itaboa, Presbitério de Itapeva PRIV. Desde muito cedo,

dedicaram suas vidas na área musical participando de grupos, corais,

quartetos e, em 2008, realizaram o sonho de gravar o seu primeiro CD

“Romper da Aurora”. Resgatando canções tradicionais da IPB, rece-

beu destaque o hino Caminho de Emaús, na época, o mais tocado nas

rádios da região. Em 2012, os irmãos lançaram o segundo disco com

o título “Flutuando na Graça” trazendo músicas inéditas com mensa-

gens edifi cantes despertando as igrejas para mais compromisso com

a verdade. Em maio de 2013 lançaram o DVD com o mesmo título.

“Quer ser mais prático em sua missão? Vem aí, o primeiro ReligA-ÇÃO”. Esse convite foi aceito por mais de 120 pessoas que participa-ram do 1º ReligAÇÃO no dia 22 de novembro, durante todo o sábado, na Terceira IP de Itajubá, MG. Cada participante escolheu dois entre os 13 workshops oferecidos e, assim, pôde receber informações e trocar experiências em uma área de seu interesse, para a qual se sente chamado por Deus a exercer sua missão. A programação do sábado foi encerrada com um culto às 20h, sorteios de brindes, lan-chonete missionária e a confraternização dos participantes. A ideia do ReligAÇÃO surgiu como proposta de despertamento para missões e a divulgação de uma viagem missionária, que será realizada em janeiro/2015 por 15 jovens da Terceira IP de Itajubá.

ReligAÇÃO

Grandes ações da UPH no Pantanal

Desde a chegada do Rev. Izaías, presidente do Sínodo MS, grandes

trabalhos foram realizados pela UPH do Presbitério do Pantanal. Entre

as realizações, a visita do presb. Haroldo Peyneau, secretário nacio-

nal do Trabalho Masculino da IPB valeu de grande incentivo para os

irmãos. Um marco nos trabalhos foi o Projeto PLANEVAN 2000 (Plano

de Evangelização). Na época, foram criadas salas na EBD de evange-

lização, discipulado e reforço na diplomacia. A partir daí foi inaugurado

um ponto de pregação que hoje é a Congregação Maanaim, no Bairro

Arnaldo Estevão de Figueredo. Outros trabalhos como a Escola Bíbli-

ca Itinerante que foi criado pela UPH, agora faz parte do calendário

da igreja.

20 anos da Congregação Presbiteriana em CaetitéA JMN – Junta de Missões Nacionais - participou das festividades dos 20 anos da Congregação Presbiteriana em Caetité, pertencente a IP de Guanambi - BA. Esse trabalho foi reiniciado na cidade com a chegada da família da irmã Maristela e hoje conta com o Rev. Waldelúcio Cardoso de Sá à frente dos trabalho. A IP de Guanambi fi rmou parceria com a JMN para em 2015 iniciarmos trabalho visando a consolidação do campo.

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Dezembro de 2014 17BrasilPresbiteriano

Ofi cina da Vida na IP de Bragança Paulista

A 1ª IP de Bragança

Paulista, SP, realizou

a Ofi cina da Vida no

dia 02 de novembro

de 2014, na EBD. O

palestrante foi o atleta

Daniel Dias e o tema

foi: “Superando Obstá-

culos”. Daniel contou

as suas lutas desde

criança e todo o apoio

que recebeu dos seus

pais, fi lho e esposa. Ao

todo ele conquistou 15

medalhas paraolímpi-

cas, sendo 10 de ouro, 04 de prata e 01 de bronze, assim se tornando o

maior medalhista brasileiro em jogos paraolímpicos. Uma frase marcante

dita pelo atleta foi: “As minhas medalhas não me conquistam”, referindo-

se à sua verdadeira alegria, quando foi conquistado pelo grande e bendito

amor de Cristo. Ele compartilhou o salmo 126.3: “Com efeito, grandes

coisas fez o Senhor por nós; por isso, estamos alegres”. Houve grande

emoção.

IP de Cuiabá realiza o Chá da MulherAbordando o tema

Mulheres de Deus, Diferentes para fazer a diferença! O MIFAC - Ministério da Família Cristã da IP de Cuia-bá, realizou com bri-lho e muito glamour, o Chá das Mulheres, no Alphaville Buffet, com início às 17 horas do dia 22 de novembro. Tendo como preletora ofi cial a cantora, compositora e missionária Socorro Telles. Com a presen-ça de 350 convidadas, o evento foi marcante. Parabenizamos a cada um que se dispôs em fazer o seu melhor, para a realização deste evento e glorifi cação do nome de Deus.

A UPH da IP Central de Nova Friburgo comemorou no último dia 16 de novembro de 2014, seu 61º aniversário. O culto de ação de graças teve, como preletor, o presidente da Confederação Nacional de Homens Presbiterianos, presb. Paulo Dafl on. A IP Central de Nova Friburgo, com seus 117 anos de existência, tem como pastor titular o Rev. Luiz Gustavo de Castilho e pastor auxiliar o Rev. Rodrigo Pa-radela. A diretoria atual da UPH é composta pelos seguintes irmãos: presidente, Roberto Alves da Costa; vice-presidente, Rene Moreira; 1º secretário, Adalberto Ferreira do Alho; 2º secretário, Alexander da Costa Erthal; e tesoureiro, Jonas Pereira de Jesus. Foi fundada em 21 de novembro de 1953, pelo Rev. Samuel Brust, e teve durante sua trajetória 24 presidentes. Na celebração, além do presidente da confe-deração da CNHP, estavam o presidente do Presbitério, Rev. Cláudio Moreira; presidente da Confederação Serrada, presb. Edson Regly, autoridades locais, incluindo a vice-prefeita da cidade, nossa irmã Grace Arruda Driedl. Um coral de vozes masculinas, formado pelos sócios da sociedade, participou com cânticos.

UPH celebra 61 anos

XX Congresso da Federação de UPHs

de São Bernardo do Campo

No dia 08 de novembro de 2014 aconteceu, na 1ª IP de São Bernardo

do Campo, o XX Congresso da Federação de UPHs do Presbitério de São

Bernardo do Campo com representação de 90% das UPHs. O preletor na

ocasião foi o presidente do Presbitério, Rev. Cláudio Montmor. Seguin-

do com Workshop com diferentes pastores do presbitério e em seguida

a eleição da diretoria para 2015 conduzida pelo Presidente da Sinodal

Grande ABC, Presb. Cosme Costa Nogueira. Ficando da seguinte forma:

presidente Reeleito, presb. Edson Garcia de Deus, da IP Eldorado; vice-

presidente, presb. Daniel Heleno de Gouveia, da IP Terra Nova; secretário

executivo, diácono Ismael Roberto Coelho, da 1ª IP de São Bernardo do

Campo; 1º secretário, diácono Rewerson Fujikawa de Sales; 2º secretário,

presb. Ivandro Márcio Pessoa dos Santos e tesoureiro Presb. Vagner An-

tônio de Oliveira, os três últimos citados, da 1ª IP de Diadema. Louvamos

a Deus por esse abençoado congresso.seca, serão benefi ciadas. Há

projeto para a construção de mais quatro unidades no sertão. O Poço da

igreja atenderá as comunidades da região.

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Dezembro de 201418BrasilPresbiteriano

No BRASIL E NO MUNDO

Importante decisão judicial norte-americana acerca do casamento

A luta pela legalização do casamento homos-sexual nos Estados Unidos da América conhe-ceu na primeira semana de outubro um episó-dio importante. O Supremo Tribunal de Justiça daquele país decidiu não se pronunciar sobre decisões de tribunais inferiores que apontavam como inconstitucionais as proibições estatais aos casamentos entre pessoas do mesmo sexo. Essas decisões diziam respeito à Virgínia, Utah, Oklahoma, Indiana e Wisconsin, que se juntam assim, agora com suporte legal e judi-cial, aos 19 estados norte-americanos onde já é possível pessoas do mesmo sexo formalizarem a sua união. Passam a ser 24 os estados a per-mitirem tais uniões e em breve poderão ser 30, quando outros tribunais, que deverão seguir a jurisprudência, forem chamados a decidir sobre o assunto. Com essa decisão (que tanto o Washington Post como o New York Times apelidam de “surpreendente”) o caminho para a legalização do casamento homossexual em todos os Estados Unidos fica definitivamente aberto. O Supremo Tribunal norte-americano não justificou porque é que decidiu a favor da constitucionalidade dessas medidas, o que levou os requerentes do fim dos casamentos gay a dizer que a luta ainda não está acabada.

Governo da Coreia do Norte liberta missionários presos

Os missionários norte-americanos Kenneth Bae e Matthew Todd Miller, que estavam presos na Coreia do Norte, foram libertados pelo governo do país após meses de inten-sa negociação protagonizada pela diplomacia

norte-americana. De acordo com a CNN, as famílias do pastor Bae e do missionário Miller expressaram alegria e gratidão a Deus pelo desfecho do caso, que foi acompanhado de perto pelo diretor da agência de Inteligência Nacional Americana, James Clapper. Kenneth Bae, sul-coreano naturalizado norte-america-no, 46 anos, foi preso em 03 de novembro de 2012 em Rason, cidade na região nordeste da Coreia do Norte, acusado de usar a entidade Jovens Com Uma Missão (JOCUM) para subverter os norte-coreanos contra o governo do país através da pregação do evangelho. As autoridades do país se recusavam a libertá-lo pois entendiam que o missionário planejava um “golpe religioso contra o Estado”. Julgado em tempo curtíssimo, Bae foi condenado a 15 anos de trabalhos forçados em uma fazenda.

Escolas cristãs são ameaçadas de fechamento caso não ensinem aos alunos os “direitos gays”

A pressão que vem sendo exercida pelo governo britânico sobre as escolas mantidas por instituições religiosas no Reino Unido ganhou um ingrediente novo nos últimos dias. Agora, as autoridades pretendem obrigar essas escolas a difundirem os “direitos gays”. Recentemente, escolas cristãs foram amea-çadas de fechamento caso não ensinassem princípios de outras religiões. Agora, a mesma ameaça é feita a escolas cristãs e muçulmanas caso elas não adotem por completo a carta de “valores britânicos”, que inclui também a “promoção ativa” dos direitos dos homos-sexuais. A afirmação foi muito criticada, e o Departamento de Educação, negou que tenha havido qualquer sugestão de que as escolas seriam obrigadas a ensinar os direitos dos

homossexuais contra a sua vontade, segun-do informações do jornal The Guardian. No entanto, uma orientação com as novas regras será emitida para as escolas particulares, aca-demias e escolas livres ainda nesta semana, e permitirão aos inspetores censurar as escolas que não estejam em conformidade com a Lei da Igualdade, que enfatiza os direitos de pes-soas lésbicas, gays e transgêneros, além de diferentes religiões e etnias.

Igrejas evangélicas organizam trabalho voluntário para auxiliar candidatos do Enem

Durante as provas do Enem, na primei-ra semana de novembro, algumas igrejas evangélicas organizaram grupos de trabalho voluntário para auxiliar os candidatos dessa que é uma das principais provas da vida de grande parte dos estudantes brasileiros. Na cidade de Divinópolis, em Minas Gerais, uma turma de voluntários da Igreja Batista Vale das Bênçãos distribuiu abraços e fez orações com os candidatos, para ajudá-los a controlar o nervosismo. A ação aconteceu em frente ao campus da Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG), onde milhares de estudantes se reuniram para fazer a prova. Em Macaé, no interior do Rio de Janeiro, jovens e adoles-centes da Igreja Presbiteriana da cidade, que integram o grupo Juventude+1, distribuíram 3.500 kits formados por caneta esferográfica, um biscoito de água e sal, um copo de água mineral, um marcador de página e um Novo Testamento, todos dentro de uma sacola com a logomarca do grupo. Os voluntários da Igre-ja Presbiteriana se reuniram na Cidade Uni-versitária, Castelo, IFF, Estácio de Sá, Luiz Reid, Matias Neto, Claudio Moacyr, Irene Meireles e 1º de Maio.

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Dezembro de 2014 19BrasilPresbiteriano

7o Encontro de Casais do SDPSínodo Sudoeste

Paulista realizou nos dias 31 de outubro a 02 de novembro, o 7º Encontro de Casais.

Participaram 70 casais de várias partes do Estado de São Paulo, entre eles mais de 12 ministros e mui-tos presbíteros. O pales-trante foi o missionário Rev. Abelardo, da Nossa Missão. O encerramento teve a participação do Rev. Nilson Sales, pastor jubila-do, que em breve comemo-rará 50 anos de casamento, com a sua esposa Divina.

Foi um tempo de bên-ção para os casais que

estiveram presentes nesse Encontro realizado no Hotel Vale do Sol, loca-lizado na cidade de Serra Negra, SP.

O Sínodo Sudoeste Paulista tem promovido Encontro de Casais onde a ênfase está na ministração da Palavra de Deus, para o casal e família, por meio de palestras que orientam e abençoam a todos os parti-cipantes.

Nos alegramos com mais esse Encontro de Casais, pois até aqui nos ajudou o Senhor!

Presb. Clodoaldo Furlan, presi-dente do Sínodo Sudoeste Paulista

EDIFICAÇÃO

A bênção, pai! SENHOR te abençoe e te guarde;

O SENHOR faça resplande-cer seu rosto sobre ti, e tenha misericórdia de ti;O SENHOR sobre ti levante o seu rosto e te dê paz (Nm 6.24-26).

Até pouco tempo atrás, os manuscritos mais antigos do Antigo Testamento eram os das grutas de Qumran (1949). Porém, trinta anos mais tarde acharam no Vale de Hinon dois pequeninos rolos de prata da época do

rei Josias (ca. 600 a.C.). Ambos continham, abre-viadamente, este texto de Números 6!

A primeira parte desta bênção tríplice fala do cui-dado divino. Abrange dois polos opostos: um posi-tivo (o FIEL te abençoe em toda sua vida), outro negativo (e te guarde de todo mal). Para isso, Deus usa humanos, mas também anjos – como demonstrou a Eliseu (2Rs 6.16) ou a missionários em situações perigosas (Hb 1.14). Anjos

nos seguem, e podería-mos imaginar seus nomes como sendo Bondade e Misericórdia (Sl 23.6).

A segunda parte foca o perdão. O SENHOR faz res-plandecer Seu rosto sobre nós, como foi exemplifi-cado pelo brilho da nuvem sobre o povo de Israel no deserto (Êx 13). Mas, como os israelitas, somos pec a-dores e precisamos muito de Sua misericórdia!

A terceira parte da bên-ção fala-nos de paz, sha-lôm. Quando Deus esconde

Seu rosto é sinal de des-gosto, nem querendo olhar para nós (Is 57.17). Mas „levantar o rosto“ é sinal de atenção amorosa, prova de paz após perdão (Rm 5.1).

Depois da bênção do culto noturno, dizíamos juntos em voz alta: “Em paz me deito, e logo pego no sono porque, SENHOR, só Tu me fazes repousar seguro“ (Sl 4.8). Também, entregando nosso espírito a Deus, podemos dizer: Em paz me deito, e paz do SENHOR, queridos! (Is 26.3).

O Deus Criador te guar-de, o Deus Salvador te dê graça, e o Deus Consolador te dê paz. Que o Nome do Deus Trino seja sobre nós (Nm 6.27)! Essa bênção tríplice nos lembra da bên-ção apostólica (2Co 13.13). Que a graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus e a comunhão, a orientação, a admoestação e a consolação do Espírito Santo sejam com todos vós. Amém.

Extraído de Meditações de um pere-grino, de Frans Leonard Schalkwijk, Cultura Cristã, 2014.

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Dezembro de 201420BrasilPresbiteriano

O Deus que intervém – Francis A. Schaeffer

O Deus que intervém (no ori-ginal, The God who is there) forma com A morte da razão e O Deus que se revela a trilogia clássica de Schaeffer. Primeiro na trilogia, esse livro mostra como o pensamento moderno abandonou a ideia de verdade, com trágicas consequências para todas as áreas da cultura “desde a filosofia, até a arte, música, teologia e na socie-dade como um todo. A única esperança está em confrontar nossa cultura com a verda-de histórica do cristianismo” apresentada com paixão e sem concessões, e vivida de modo completo, em todas as áreas da vida individual e comunitária.O livro custa R$25,20.

A Bíblia e seus intérpretes – Augustus Nicodemus Lopes

Uma “história da interpreta-ção” indispensável para pro-fessores, estudantes de teolo-gia, e para crentes em geral interessados no estudo de her-menêutica e da própria Bíblia. Esse livro foi escrito do ponto de vista reformado. Tem como um de seus alvos demonstrar que o método gramático-histó-

rico é o que melhor se adapta ao caráter divino e humano das Escrituras. Somente uma hermenêutica que leve a sério a inspiração e infalibilidade das Escrituras, a historicida-de dos relatos bíblicos e a intencionalidade dos textos em comunicar sentido proposicio-nalmente, poderá abranger todos os aspectos envolvidos na interpretação de um texto divino e humano ao mesmo tempo.O livro custa R$24,00.

Bandeirantes da fé – Maria de Melo Chaves

Há, no entrelaçamento de todos os capítulos, um “fio de ouro”: a oração, a poderosa arma do crente em Cristo. O objetivo desse livro é mostrar

a todos aqueles que trilham o mesmo caminho apontado pelo Salvador dos homens e cujo fim é a porta da Cidade Santa, o mencionado fim de ouro puro e reluzente. Para muitos será, talvez, conforto. Para outros, estímulo. Para um grande número, apenas confir-mação do que também senti-ram e experimentaram.O livro custa R$17,50.

Coração e alma – Willem Ouweneel

A relação da psicologia com a teologia é apenas indireta, mas tem profunda relação com a Bíblia. Se não formos capazes de entender esse ponto vamos cair de novo em um erro comum: o de supor que existe, por um lado, uma psicologia “neutra e objetiva”, que estuda o comportamento humano, e, por outro, uma teologia preo-cupada com a “vida espiritual” do homem. A psicologia atual precisa ser convertida (ou seja, virada) de maneira radical. Seu edifício deve ser desmon-tado, tijolo por tijolo. E será de suma importância constatar que todo o edifício a que cha-mamos psicologia terá de ser erguido sobre novos alicercesO livro custa R$24,50.

O CÉU É DE VERDADE

Baseado no best-seller de mesmo nome, O céu é de verdade traz para as telas a história real que inspirou mil-hões ao redor do mundo; sobre a extraordinária experiência que mudou a vida de um garoto, e a busca de um pai por cora-gem e convicção para partil-har a descoberta de seu filho com o mundo. Todd Burpo; um empresário, bombeiro volun-tário e pastor de uma cidade pequena, que luta para trazer conforto à sua família depois de um ano difícil. Após seu brilhante filho ser levado às pressas para o hospital para uma cirurgia de emergência, Todd e sua esposa Sonja ficam felizes com sua sobrevivência milagrosa. Mas eles mal estão preparados para o que vem em seguida e Todd se vê cercado por uma parede de mistério e dúvida; até que ele decide quebrá-la para redescobrir toda a esperança, maravilha e força do seu propósito.

PARADA INESPERADA

Dra Lisa Leland é uma bril-hante cirurgiã, mas extrema-mente sem paciência no que se refere ao trato com os pacientes. Ela resolve trocar a corrida de uma grande cidade em Los Angeles para se unir a seu namorado, Dr Steve, um médico que presta aten-dimento domiciliar cuidando das pessoas ricas e famosas de Hampton. No caminho para essa nova vida, ao dirigir, ela bate em uma placa de sinal-ização. Logo uma parada ines-perada na pequena cidade de Normal é inevitável, pois seu BMW fica destruído. Conduzida até a delegacia, é considerada culpada por excesso de velo-cidade e condenada a prestar serviços comunitários. Nesse lugar, sem sinal telefônico, cartões de crédito e até mesmo o básico cappuccino, ela viven-cia grandes confusões e desco-bre que o verdadeiro segredo da vida é o amor.

Sobre esses e outros títulos acesse www.editoraculturacrista.com.brou www.facebook.com/editoraculturacrista

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