BP em Angola

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BP em Angola Relatório de Sustentabilidade 2006

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BP em AngolaRelatório de Sustentabilidade 2006

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O Grupo BP

A BP fornece combustível a partir do petróleo, gás e outras fontes com baixo teor decarbono, para transportes, energia, aquecimento, iluminação, serviço de retalho eprodutos usados diariamente. Operamos a nível global com empresas e clientes emcerca de 100 países e empregamos mais de 97.000 pessoas. Na área de exploração eprodução estamos presentes em 26 países. Aproximadamente 40% dos nossosactivos fixos situam-se nos Estados Unidos da América e cerca de 25% no ReinoUnido (RU) e resto da Europa.

Em 2006, o Grupo BP produziu o equivalente a quase 4 milhões de barris de petróleo egás por dia para clientes de todo o mundo, tendo o seu investimento totalizado USD17.2 mil milhões, em 2006. De acordo com o padrão de base para a determinação dereservas, utilizado pela US Securities and Exchange Commission (SEC), o nosso ráciode substituição das reservas foi de 113% em 2006.a

Âmbito e processo do presente relatório

A BP define ‘sustentabilidade’ como a capacidade de se manter como grupo,renovando activos, criando e oferecendo melhores produtos e serviços que satisfazemas necessidades em constante evolução da sociedade, atraindo gerações sucessivasde trabalhadores, contribuindo para um ambiente sustentável e mantendo a confiançae o apoio dos nossos clientes, accionistas e comunidades em que operamos.

Embora em 2004 tenhamos contribuído para um Relatório de Sustentabilidade da BPsobre a região da África Austral, esta é a primeira descrição detalhada do nossodesempenho nesta área especificamente em Angola. A sua publicação coincide como início de produção de petróleo de um campo por nós operado no país. Incideessencialmente nas actividades de 2006, mas tratando-se do nosso primeirorelatório deste tipo, é apresentada informação de anos anteriores, sempre queconsiderada útil.

Este relatório foi elaborado pela nossa unidade de negócios em Angola, com sedesem Luanda e Sunbury no Reino Unido (RU). Este descreve as nossas operações emtodos os países em que a unidade estratégica de desempenho (StrategicPerformance Unit (SPU)) de Angola exerce as suas actividades. São apresentadosdados sobre as nossas operações em geral. Em conformidade com o padrão deelaboração de relatórios do Grupo BP, utilizámos um processo formal para determinaros aspectos mais relevantes do ponto de vista interno e externo, de modo atransmitir uma imagem equilibrada e adequada do nosso desempenho.

a Numa base combinada de subsidiárias e de entidades de interesses comparticipados, excluindo aquisições e alienações.

1 Mensagens do Presidente da BP em Angola e

da Presidente do Conselho de Administração

da Unidade de Desempenho Estratégico

de Angola

2 O que significa responsabilidade para a BP

3 Destaques em 2006

4 Operações responsáveis

5 Como trabalhamos7 As nossas actividades empresariais10 Desempenho económico-financeiro11 Diálogo e compromisso13 Saúde e segurança16 Operações amigas do ambiente19 Segurança e direitos humanos20 Os nossos trabalhadores

24 O nosso papel na sociedade

25 O contexto social e ambiental 26 A BP e as mudanças climáticas27 Promovendo uma boa governação29 Desenvolvimento empresarial31 Educação32 Acesso à energia33 Outros programas sociais

34 Indicadores de desempenho

35 Declaração de fiabilidade

36 Glossário

37 Informações adicionais

Uma mensagem do auditor do grupo, Ernst & Young

Analisámos o Relatório de Sustentabilidade da BP em Angola de 2006, a fimde demonstrar ao órgão de gestão da BP que os dados, declarações eafirmações sobre a sustentabilidade do desempenho da BP em Angola sãoconsubstanciados por evidências ou explicações. O nosso trabalho econclusões figuram na página 35.

As referências feitas neste relatório à ‘BP’ e‘Grupo BP’ significam a BP p.l.c. e as suassubsidiárias e afiliadas. Salvo indicação emcontrário, não é feita distinção entre asoperações e actividades da BP p.l.c. e dassuas associadas e filiais, sendo asreferências a ‘nós’, ‘nosso/a’ e ´nossos/as`aplicáveis às empresas do Grupo BP queoperam em Angola.

Augusto Caterça, Conselheiro de Segurança naequipa de HSE, a bordo do navio sonda Jack Ryan.

Na página 36 apresenta-se um glossário de termos utilizado neste relatório.

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Mensagem do Presidenteda BP em Angola

Mensagem da Presidente doConselho de Administração daUnidade de DesempenhoEstratégico de Angola

Relatório de Sustentabilidade 2006 1

José Patricio

Presidente da BP em Angola Setembro de 2007

Mary Shafer-Malicki

PCA da Unidade de Desempenho Estratégico da BP em AngolaSetembro de 2007

É com grande orgulho que publicamos este primeiro relatóriode sustentabilidade dedicado às actividades da BP em Angola.O seu lançamento, é oportunamente associado às celebraçõesdo início de produção de petróleo como companhiaoperadora – assinalando um marco importante para nós, osnossos parceiros e o povo angolano.

As empresas que trabalham em Angola enfrentam grandesdesafios. Apesar de um auspicioso período de crescimentoeconómico e estabilidade política, o país atravessa ainda umafase transitória, recuperando do impacto físico e social causadopelos anos de guerra. Para a área empresarial bem como emmuitas outras áreas, as consequências do conflito fazem-seainda sentir de diversas formas – nas infra-estruturasdanificadas, no contexto jurídico e legislativo em transformação,nas carências a nível técnico e educacional e na necessidade decontribuir para a construção do tecido socio-económico do país.

Angola tem contudo grandes potencialidades, muitas dasquais derivam, obviamente, das abundantes reservas de óleo egás existentes offshore. Porém o principal recurso de Angola é oseu povo. O nosso objectivo consiste em criar uma companhialocal de energia preenchida e liderada por angolanos, quecontribua de forma relevante para o bem-estar nacional.

Este relatório, que define os nossos valores, desempenho eobjectivos, é apenas uma ferramenta – embora importante –na construção de um negócio verdadeiramente sustentável.Aguardamos com expectativa os vossos comentários.

As celebrações de início de produção são para nós ocasião defazer uma retrospectiva sobre os notáveis progressosrealizados até agora, mas mais importante ainda, de encarar asoperações que terão lugar nos próximos anos.

Angola é já reconhecida, a nível da carteira mundial dogrupo, como uma das principais áreas de produção futura daBP. Para além disto, o desenvolvimento futuro de instalaçõesonshore, como o gás natural liquefeito, permite não sómaximizar o valor dos recursos naturais como tambémcontribuir para a diversificação económica e o desenvolvimentoregional. No nosso trabalho de capacitação dos fornecedores eempreiteiros locais, estamos conscientes da necessidade dedesenvolver competências e capacidades locais quebeneficiem a nossa indústria, bem como de garantir atransferência dessas competências para outros sectores da economia.

Todas as nossas acções são norteadas pela aspiração decriar um negócio sustentável, rentável e progressivo emAngola, tirando partido das décadas de experiência jáadquirida, aprendendo as lições que se mostrem pertinentes econtinuando a promover a confiança dos nossos clientes,accionistas, parceiros e comunidades onde operamos.

A nossa estratégia é clara e inalterável e temos planos eacções em curso que visem atingir estes objectivos.

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O que significa responsabilidade para a BP

O presente relatório está estruturado de acordo com o modelo utilizado

na BP para descrever os diferentes aspectos da responsabilidade

empresarial. Segundo este modelo, as nossas actividades inserem-se em

duas categorias: as que controlamos e as que influenciamos. A nossa

‘esfera de controlo’ cobre as nossas operações, ao passo que a nossa

‘esfera de influência’ abrange muitos aspectos sociais e ambientais.

Capítulo 1: Operações Responsáveis

Esfera de controlo

A realização de operações com responsabilidade temdois níveis. O primeiro, requer no seu núcleo aobservância das leis e regulamentos. No segundo, e aum nível acima, procuramos agir como ‘operadorprogressivo’, definindo as nossas próprias normas quevão além dos requisitos legais. Pensamos que umacompanhia com aspirações de sucesso a longo prazodeve ter normas universais de comportamento individuale colectivo, que sejam aplicadas em qualquer actividadee em qualquer parte do mundo. Numa organização tãovasta e diversificada como a BP, este continua a ser onosso principal desafio. O Capítulo 1 documenta o nossodesempenho nesta esfera durante 2006.

Capítulo 2: O nosso Papel na Sociedade

Esfera de influência

Nesta esfera, procuramos assumir a liderança em áreasimportantes, como as mudanças climáticas e odesenvolvimento, onde a nossa experiência, recursos ecapacidades nos permitem exercer uma influênciapositiva. A nossa intervenção em relação às alteraçõesclimáticas ultrapassa a redução das nossas emissões einclui o contributo para o debate político, o apoio àinvestigação e o desenvolvimento de tecnologias novas emais limpas, no sector da energia e dos transportes.Através do nosso negócio BP Alternative Energy, estamosa investir em energia produzida por fontes alternativas erenováveis e, em 2006, criámos um negócio debiocombustíveis para explorar, desenvolver e comercializarcombustíveis de nova geração com baixo teor de carbono.Em termos de desenvolvimento socio-económico, onosso principal contributo traduz-se essencialmente emreceitas públicas, emprego, competências e produtos. Noentanto, temos ainda um papel mais vasto adesempenhar na promoção de uma governação adequadae no fomento do progresso das comunidades em queexercemos a nossa actividade. O Capítulo 2 cobre osnossos progressos nestas áreas em 2006.

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Destaques em 2006

Capacitação Prosseguindo o trabalhorealizado em anos anteriores, registámosprogressos significativos em 2006, emtermos de desenvolvimento das aptidõese capacidades do nosso pessoal, atravésde programas de formação eaperfeiçoamento. Estes programasincluíram formação técnica e prática,coaching, desenvolvimento de liderança ebolsa de estudo (páginas 20-23).

Conclusão do primeiro navio de Produção,

Armazenamento e Transbordo (FPSO)

Fabricado na Coreia do Sul e concluídoem 2006, o FPSO representa um feitonotável em termos de engenharia egestão de projectos. Encontra-seactualmente fundeado ao largo de Angolae a sua entrada em serviço está previstapara 2007 (página 8).

Novas descobertas Durante 2006,efectuámos três grandes descobertaspetrolíferas no bloco 31, por nós operado,elevando para 12 o total de descobertasnesta área. Estas descobertas atestam a

excelência da nossa capacidade deexploração e tecnologias (páginas 8-9).

Desenvolvimento empresarial

Continuámos a apoiar o desenvolvimentode fornecedores e empreiteiros locaisatravés da nossa participação numainiciativa de formação de fornecedorespara a indústria petrolífera materializadapelo CAE – Centro de Apoio Empresarial –e visando o desenvolvimento de pequenase médias empresas (PME) angolanas. Em2006, o CAE deu formação, apoio erealizou eventos às PMEs locais, incluindouma feira comercial, que foi muitofavoravelmente acolhida pelosparticipantes (páginas 29-30).

Desempenho de segurança Tivemos umbom registo de segurança em 2006, semfatalidades. Para tal, foi necessário venceros desafios inerentes à segurança laboralnum ambiente em que aconsciencialização das questões desegurança não se encontra ainda muitodesenvolvida (páginas 13-15).

Objectivos atingidos

Desafios

Proteger o valor do nosso investimento

Reconhecemos o risco de erosão do valoreconómico dos nossos projectos, devido afactores externos ao nosso controlo, comoalterações no quadro legislativo e fiscal ounos Contratos de Partilha de Produção(Production Sharing Agreements) queregem as nossas actividades. A gestãodestes riscos exige o estabelecimento derelações construtivas com o governo eoutros actores importantes como aSonangol (páginas 11-12).

Contexto operacional Em Angola, existemvários factores que dificultam o ambienteem que as empresas operam, como sejamdeficiências nas infra-estruturas físicas,escassez de mão-de-obra qualificada,

natureza embrionária de grande parte doquadro jurídico e legislativo e risco deinstabilidade política (página 25).

Transparência de receitas e governação

A falta de transparência das receitas daeconomia angolana levanta suspeitassobre governação e corrupção. Tem vindoa aumentar a pressão interna e externapara que o país adopte medidas maisrápidas, visando uma maior transparênciadas receitas provenientes do petróleo(páginas 27-28).

Angolanização As metas estabelecidaspelo governo para empregar umapercentagem elevada de cidadãos locaisna nossa organização representam um

desafio. Embora já estejamos a trabalharno sentido de nos transformarmos numacompanhia de energia angolana lideradapor pessoas locais, haverá dificuldadesconsideráveis para atingir as quotas deangolanos em cargos de direcção, devidoà falta de experiência dos quadrosangolanos que ingressam na companhia(páginas 20-23).

Impacto ambiental e social À medida quea nossa presença como operador devários projectos aumenta, aumentatambém a nossa exposição aos desafiose dificuldades relacionados com oimpacto social e ambiental dessasactividades nas comunidades locais(páginas 16-18).

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Operações Responsáveis1.1 Como trabalhamos

1.2 As nossas actividades empresariais

1.3 Desempenho económico-financeiro

1.4 Diálogo e compromisso

1.5 Saúde e segurança

1.6 Operações amigas do ambiente

1.7 Segurança e direitos humanos

1.8 Os nossos trabalhadores

Trabalhadores da BP e da Acergy nos preparativos finais para o reboque da Torre de Elevação da Baía do Lobito.

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Operações Responsáveis

1.1 Como trabalhamosA realização de operações com responsabilidade é a essência da nossa

responsabilidade corporativa, o que nos exige padrões elevados e

consistentes, todos os dias e em todos os locais onde trabalhamos –

incluindo segurança, integridade, respeito pelo ambiente e gestão de

recursos humanos. Esta secção descreve a nossa abordagem e o

posicionamento das actividades da BP em Angola no seio do grupo.

A BP em Angola está a tornar-serapidamente numa das principais áreas denegócio da carteira mundial da BP. Comoum dos novos centros de lucros da BP, asnossas actividades em águas profundas deAngola fazem parte integrante dasprioridades estratégicas da companhia.

A nossa estrutura de relaçõesgovernamentais e externas, sedeada emLuanda, trabalha para fazer da BP emAngola uma companhia distinta. A equipagere as operações em Angola que inclueminteresses em quatro blocos de produçãoem águas profundas e procura tambémestabelecer laços a nível local. Temos aindaactividades baseadas no Reino Unido queincidem em futuros desenvolvimentos, naexpansão de um negócio de gás(incluindo a participação num projecto quevisa a produção de gás natural liquefeito –LNG – em Angola em 2011) e osaspectos comerciais dos principaisprojectos que realizamos, como aconstrução recentemente concluída doFPSO na Coreia.

A tecnologia desempenha um papelcrucial na concretização dos nossosobjectivos empresariais. Devido àprofundidade e às característicasgeológicas dos campos petrolíferos emAngola, grande parte da nossa exploraçãoutiliza tecnologias de ponta, que permitem

a perfuração em águas ‘ultra-profundas’antigamente consideradas inexploráveis.Foi criado um conselho directivo técnicocom vista a proporcionar o enquadramentonecessário à utilização e desenvolvimentotecnológicos. Este conselho é apoiadopelas actividades de investigação eengenharia do grupo que tornam possívelo acesso aos recursos energéticosnecessários para garantir a segurança dofornecimento de energia.

Trabalhamos em parceria com outrascompanhias petrolíferas que operam emAngola. Os nossos principaisinvestimentos no país envolvem grupos deempresas que se dedicam à exploração edesenvolvimento, incluindo a colaboraçãocom a Sonangol (Sociedade Nacional deCombustíveis de Angola), a petrolíferaestatal de Angola.

A BP colabora igualmente com umasérie de empresas e entidades externas,em regime de joint venture (JV). Numaperspectiva de grupo, muitas destas JVssão grandes entidades empresariais,estabelecidas como empresasindependentes, com administração eprocessos de governação próprios, dasquais a BP é accionista. A BP implementaas suas normas e políticas nas JV em queopera, sempre que o contrato departicipação o permite. Nos casos em que

a BP não é a operadora ou é accionista deuma JV, incentivamos a adopção denormas e políticas comparáveis às nossas.Em Angola, trabalhamos em parceria emtodas as nossas actividades de exploraçãoe produção em offshore, o que é normal,face à natureza dos grandesinvestimentos que essa actividade exige.Participamos igualmente num projecto dedesenvolvimento de uma fábrica de LNGperto de Soyo, que será o primeirogrande projecto de petróleo e gás noonshore de Angola.

Visão e estratégia A estratégia do GrupoBP inscreve-se em planos anuais equinquenais e visa atingir o principalobjectivo fixado pela Administração, ouseja, maximizar o valor das acções a longoprazo. Os segmentos e unidades denegócio, incluindo a BP em Angola,desenvolvem as suas estratégias emharmonia com a estratégia do grupo.

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A nossa estratégia em Angola consisteem criar uma forte posição no sectorupstream, caracterizada pelodesenvolvimento de um negócio derelevância material, com uma produçãosuperior a 350 mil barris de petróleo pordia (bpd) em 2012 e com um retornofinanceiro que reforce o desempenhoglobal da BP. Pretendemos,paralelamente, ser uma destacadacompanhia de energia angolana.

Para atingir estes objectivos,desenvolvemos uma estratégia de âmbitonacional, que visa conciliar as nossasactividades empresariais quotidianas e oprogresso do país. A estratégia reconheceque Angola enfrenta desafios natransformação da riqueza petrolífera emriqueza nacional. Deste modo, as agendasdo negócio e do país estão intimamenteligadas. Pretendemos que a BP em Angolaseja reconhecida como uma companhialocal e uma força positiva, que representeum factor de diferença em termos debem-estar e progresso para o povoangolano e a sua economia.

Governação e gestão do risco A nossagovernação e sistemas de gestãocorporativos estabelecem as bases para

determinar o que pretendemos fazer ecomo vamos fazê-lo. O sistema estáconcebido para permitir que o negócioatinja os seus objectivos comerciais –através da estratégia, planeamento eexecução – e ao mesmo tempo que operade uma forma segura, ética e responsável,mediante a aplicação de valores, normas emecanismos de controlo.

Neste sentido, a nossa actuação pauta-se por: • Limitações executivas: definem as

fronteiras entre o conselho deadministração e o chief executive dogrupo (GCE), bem como as actividades econdições consideradas inaceitáveis peloconselho de administração e delegapoderes executivos ao GCE para odesempenho no âmbito destaslimitações.

• Atributos da marca: Os atributos danossa marca são “o desempenho”, ‘oprogresso’, ‘a inovação’, e ‘o verde’.

• Valores do grupo: definemprocedimentos e objectivos,frequentemente aspiracionais, emrelação aos quais podemos medir anossa performance e forjar a reputaçãodo grupo. Incluem a aspiração de nãosofrer acidentes, operar de modo a

proteger o ambiente, tratar osempregados com equidade, ter umaorganização inclusiva e meritocrática,estabelecer relações mutuamentevantajosas e promover o respeito pelosdireitos humanos e informações degestão.

• Código de conduta da BP: O código deconduta traduz determinados valores dogrupo em princípios e expectativasespecíficos e obrigatórios para todos ostrabalhadores da BP.

• Normas do grupo: definem expectativas,processos e princípios claros a adoptar anível mundial. O código de conduta e asregras de segurança na condução, ocrédito, o planeamento da continuidadedos negócios e os procedimentos deavaliação e aprovação do investimento dogrupo encontram-se plenamenteoperacionais Foram aprovadas maisquatro normas que se encontram emfase de implementação: controlo dotrabalho, gestão de integridade,segurança digital e segurança e trêsoutras estão agora a ser definidas:operações marítimas, recursos humanose comunicações da gestão.

• Processos de controlo: consistem emestruturas práticas que contribuem paraa implementa.

• Objectivos de desempenho individual:definem o contributo esperado de cadatrabalhador para o cumprimento do planoanual. Estabelecem as metas, objectivos,recursos, actividades e limitaçõesindividuais.Para aplicar esta estrutura em Angola,

em 2006 elaborámos um manualdetalhado para chefes de equipa,intitulado ‘How we work’. Os chefes deequipa desempenham um papelimportante na execução da estratégiaempresarial, em conformidade com osnossos sistemas de gestão egovernação corporativas. O LeadershipCouncil, que representa a principalestrutura de chefia da organização,faculta também orientações visando odesenvolvimento e definição daestratégia empresarial, monitora odesempenho do negócio e gere osriscos associados aos resultados.

Os capítulos seguintes do presenterelatório ilustram o funcionamentodestes valores, normas e mecanismosde controlo no contexto das nossasactividades em Angola.

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A nossa produção petrolífera em Angoladeriva de quatro campos no offshore. Em2006, a nossa produção bruta totalizou784 mil bpd, sendo a parcela da BP de133 mil bpd. As quotas de produçãoencontram-se divididas entre a Sonangole o grupo empreiteiro, de acordo com oContrato de Partilha de Produção(Production Sharing Agreement) (PSA)que define os termos do nossocompromisso com o governo angolano.

O Bloco 18 e o desenvolvimento ‘Grande

Plutónio’ O programa de exploração doBloco 18 foi notável a todos os níveis,

registando oito descobertas nos oitopoços perfurados. O ‘Grande Plutónio’,que inclui cinco destas descobertas, é oprimeiro desenvolvimento operado pelaBP em Angola.

O desenvolvimento do Grande Plutónioapresenta vários desafios. Os camposencontram-se disseminados por uma vastaárea, a uma profundidade de água entre1.200-1.500 m. A tal profundidade edistância das infra-estruturas existentes, ossistemas de produção, armazenamento etransbordo flutuantes demonstraram serum processo eficaz de exploração destesrecursos. Em Angola, será utilizado um

FPSO para processar e armazenar opetróleo e o gás extraídos, antes da suaexportação em petroleiros. Em Novembrode 2006, foi atingido um importantemarco, quando o FPSO foi rebocado doseu estaleiro de Ulsan, na Coreia do Sul,dando início à sua viagem de dois mesesrumo ao bloco 18.

O desenvolvimento foi aprovado em2004 e os contratos encontram-se emfase avançada. O projecto entrará emprodução de petróleo em 2007.

Block 31 A operação do bloco 31 foiconcedida à BP Exploration (Angola)

1.2 As nossas actividades empresariaisO envolvimento da BP em Angola remonta a meados dos anos 70. Durante a década

de 90, a BP efectuou avultados investimentos no offshore angolano, que representa

agora uma componente substancial da carteira de upstream da companhia.

Possuímos interesses em quatro dos principais blocos em águas profundas no

offshore angolano. Operamos (i.e. gerimos) em nome do grupo de companhias

parceiras, as actividades de exploração e desenvolvimento dos blocos 18 e 31. Somos

parceiros nos blocos 15 e 17 e participamos igualmente no desenvolvimento de uma

fábrica de LNG próximo de Soyo.

Operações Responsáveis

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Limited em Maio de 1999. O Bloco 31,que cobre uma área de 5.349 km2, é umdos chamados blocos de ‘águas ultra-profundas’, em que a profundidade variaentre 1.400-2.700 m. Esta situaçãoapresenta grandes desafios, em termosde tecnologias de produção e perfuração,os quais são ainda agravados pelo salpróximo da superfície, que torna aexploração ainda mais complexa,distorcendo as imagens sísmicas – emtermos leigos, isto é comparável àimagem distorcida de um objecto vistoatravés de um vidro opaco. Comoconsequência, as zonas afectadas pelosal exigem assim um processamento einterpretação sísmicos muito maiscompletos, antes do início da perfuração.

Durante 2006, foram efectuadas trêsnovas descobertas no bloco 31. Em Maio,anunciámos a descoberta petrolífera‘Urano’, a décima descoberta realizadapela BP neste bloco, depois de Plutão,Saturno, Marte, Vénus, Palas, Ceres,Juno, Astraea e Hebe.

O poço Urano foi perfurado a uma

O FPSOUm FPSO (navio de Produção,Armazenamento e Transbordo) é umainstalação de produção em offshore com oformato de um navio, que armazena crude emtanques localizados no casco do mesmo. Ocrude é periodicamente transferido parapetroleiros que o transportam para terra. OsFPSO podem ser utilizados como instalaçõesde produção para desenvolver campospetrolíferos marginais ou em águas profundas,distantes das infra-estruturas de transporteexistentes, sendo utilizados em todo o mundodesde os anos 70.

Pretendemos utilizar um FPSO paraprocessar e armazenar o petróleo e gásdescobertos antes da sua exportação em

petroleiros. O FPSO Grande Plutónio foi construído na Coreia do Sul pela Hyundai Heavy Industries. Tem 310 m decomprimento, 58 m de largura e 31 m de calado, dispondo de instalações de produção e processamento, serviços e zonas dealojamento com capacidade para 180 pessoas. A produção do FPSO será aproximadamente de 220.000-240.000 barris depetróleo por dia. O FPSO encontra-se agora fundeado no offshore de Angola, tendo concluído a sua viagem de cerca de20.000 km desde o estaleiro na Coreia do Sul.

Operações em Angola

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Operações Responsáveis

profundidade de 1.938 m, cerca de 345 km a noroeste de Luanda e atingiuuma profundidade total de 4.578 mabaixo do nível do mar.

Esta é a primeira descoberta no Bloco31 em que um poço de exploração foiperfurado através de camadas de sal paraatingir os reservatórios de petróleosubjacentes. O poço foi testado a umataxa de produção de 1.970 barris depetróleo por dia, tendo os testesconfirmado uma capacidade de produçãomuito superior para todo o reservatório.

Em Outubro de 2006, teve lugar adescoberta petrolífera ‘Titânia’, Estadescoberta, localizada a umaprofundidade de 2.152 m e 385 km anoroeste de Luanda, atingiu umaprofundidade total de 5.339 m abaixo donível do mar. Tal como o Urano, o poço deexploração foi perfurado através decamadas de sal para atingir osreservatórios de petróleo subjacentes. Opoço foi testado a uma taxa de produçãooperacionalmente restrita de 2.045 barrisde petróleo por dia.

‘Terra’ foi a terceira descobertaefectuada em 2006 e a décima segundano bloco 31. O poço está situado a cerca

de 30 km a noroeste da descobertaTitânia. A descoberta foi feita a umaprofundidade de 2.328 m,aproximadamente 411 km a noroeste deLuanda e atingiu uma profundidade totalde 6.118 m abaixo do nível do mar. Osresultados dos testes indicam umacapacidade de produção prevista superiora 5.000 barris de petróleo por dia.

Bloco 17: operado pela Total Embora nãoseja operado pela BP, o bloco 17 aplicoumuitas das lições adquiridas com asnossas explorações nas águas profundasdo Golfo do México e a oeste deShetland. Foram efectuadas até à dataquinze descobertas no bloco 17, incluindoa principal descoberta na área, o Girassol,em 1996. O campo Girassol começou aproduzir em 2001, tendo mantido umvolume superior a 200.000 barris depetróleo por dia desde 2003. Para alémdo Girassol, o campo Dália entrou emprodução em 2006.

Bloco 15: Campo Kizomba de águas

profundas – operado pela Exxon Estebloco, em que a BP é um parceiro nãooperador, com 17 descobertas em 19

poços de exploração perfurados entre1998 e 2004, – um sucesso de primeiracategoria. Em conjunto com os nossosparceiros, continuaremos a explorarnovas descobertas neste campo,mantendo simultaneamente asexcelentes taxas de produçãoregistadas.

Angola LNG: Operado pela Chevron e

Sonangol – participação da BP 13.6%

Em conjunto com outros importantesoperadores dos blocos de águasprofundas, estamos a participar nodesenvolvimento de um projecto emonshore de LNG de cinco milhões detoneladas por ano. O complexo ficarásituado próximo do Soyo, cerca de 300 km ao norte de Luanda, na foz doRio Congo.

O projecto irá pôr fim à queima do gásassociado ao petróleo, gerar receitas,proteger o valor dos campos petrolíferosevitando a necessidade de reinjecçãoexcessiva de gás e permitir odesenvolvimento de uma indústriaonshore local. De acordo com o plano, asprimeiras exportações de gás destasinstalações terão início em 2011.

Em Outubro de 2006, tevelugar a descoberta petrolífera‘Titânia’ localizada a umaprofundidade de

2.152me 385 km a noroeste deLuanda, atingiu umaprofundidade total de

5.339mabaixo do nível do mar.

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10 BP em Angola

As nossas relações financeiras com ogoverno angolano encontram-se definidasde forma detalhada nos PSAs.

Os pagamentos efectuados ao abrigodos PSAs representam a componentemais directa do nosso impactoeconómico-financeiro. Pagamos ummontante substancial de impostos aogoverno sob a forma de receitas deprodução. O nosso investimento decapital é também significativo, tendo

totalizado USD 1.840 milhões em 2006.Temos também uma influência eresponsabilidade significativas naqualidade de utilizador de fornecedores eempreiteiros locais e calculamos ter gastoo equivalente, a cerca de USD 300milhões na compra de bens, serviços emão-de-obra, no âmbito do conteúdo localem 2006. A formação e desenvolvimentode empresas prestadoras de serviços queasseguramos poderão de igual modo

traduzir-se em benefícios económicos parao país em geral.

Somos ainda um importanteempregador de cidadãos angolanos e,nos próximos anos, continuaremos aaumentar a percentagem de cargospreenchidos por cidadãos Angolanos. O objectivo da ‘Angolanização’ e a suaconcretização encontram-sepormenorizadamente descritos naspáginas 20-21.

1.3 Desempenho económico-financeiroNa qualidade de um dos principais investidores estrangeiros no offshore

angolano, temos um impacto económico-financeiro significativo no

país, que também reflecte a actual primazia das receitas derivadas do

petróleo nas contas públicas. Futuramente, o desenvolvimento

potencial de actividades onshore, como a produção de LNG, irá

aumentar o peso financeiro das nossas operações no país.

Somos ainda umimportante empregadorde cidadãos angolanose, nos próximos anos,continuaremos aaumentar apercentagem de cargospreenchidos porcidadãos Angolanos.

O nosso investimento de capital é tambémsignificativo, tendototalizado

USD 1.840milhõesem 2006.

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1.4 Diálogo e compromissoInteragimos regularmente com grupos muito diversificados –

incluindo o governo, comunidades, líderes de opinião, organizações

não governamentais, mutuantes, fornecedores e parceiros comerciais.

Através do diálogo e compromisso com estes grupos, pretendemos

estabelecer relações mutuamente vantajosas, ou seja benéficas para

os nossos parceiros e para nós próprios.

A escala e natureza das nossasoperações em Angola levaram-nos adesenvolver uma vasta rede de relaçõesno país, incluindo o governo central,regional e local, associações da indústriapetrolífera, comunidades locais,universidades e organizações nãogovernamentais (ONG). O elevado nívelde interesses externos nodesenvolvimento angolano exige tambémo estabelecimento de relaçõesconstrutivas com governos internacionaise a União Europeia, associaçõescomerciais (como a Câmara de ComércioEUA-Angola) e outras companhiaspetrolíferas não angolanas que operam no país.

Relações com o governo Face ànecessidade de responder ao contextopolítico, social e económico em rápidaevolução, as nossas relações com ogoverno assumem particular relevância,ajudando-nos a identificar e avaliarsituações susceptíveis de afectar o nossonegócio. Estas podem ter um carácterestratégico, como a avaliação dasimplicações comerciais da adesão deAngola à Organização dos PaísesExportadores de Petróleo (OPEC) ou aresposta à política do governo detrabalhar com outras companhias

petrolíferas nacionais, que são novosintervenientes no mercado angolano.Colaboramos igualmente com o governo,a fim de promover a transparência dasreceitas e uma boa governação (versecção 2.3).

Para além de avaliar e reagir a estesacontecimentos de grande alcance, queirão determinar a evolução do mercadoangolano de petróleo e gás nos próximosanos, interagimos regularmente com ogoverno em questões mais imediatas queafectam o cenário operacional corrente.Trabalhamos em conjunto, por exemplo,para resolver os atrasos e problemas quepodem ocorrer no desempenho deactividades económicas de rotina, taiscomo desalfandegamentos, obtenção devistos para os trabalhadores ou licençaspara as operações em curso.

Em 2006, as nossas conversaçõescom o governo incidiram sobreimportantes desenvolvimentos jurídicos elegislativos relacionados com questõesque, sem o contributo do sectoreconómico para o processo dedesenvolvimento político, poderão ter umimpacto negativo no ambienteoperacional e ameaçar a capacidade, porparte das empresas, de protegerem oseu investimento e produziremresultados.

Operações Responsáveis

Face à necessidadede responder aocontexto político,social e económicoem rápida evolução,as nossas relaçõescom o governoassumem particularrelevância.

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12 BP em Angola

Sonangol As nossas actividades emAngola envolvem uma parceria com apetrolífera estatal Sonangol, que éresponsável pela gestão dodesenvolvimento dos recursos dehidrocarbonetos do país. Colaboramoscom a Sonangol em numerososdomínios, incluindo operações eesforçamo-nos em conjunto paradesenvolver uma cadeia deabastecimento da indústria petrolíferanacional mais forte (ver secção 2.4).

Comunidades Reconhecemos que aexpansão das nossas operações em2007 e nos próximos anos nos sujeita aum escrutínio e a exigências crescentespor parte de intervenientes externos.Refira-se, a título de exemplo, anecessidade de criar laços com acomunidade local do Soyo, na provínciado Zaire, localidade prevista para aconstrução da fábrica de LNG com osnossos parceiros. A equipa do projectode LNG já realizou um estudo de impactoambiental e social, a fim de determinaras necessidades da comunidade e osefeitos potenciais do projecto. O estudovisa identificar formas de reduzir asconsequências negativas e maximizar osbenefícios. Prosseguiremos o nosso

engajamento com as comunidadesangolanas.

Para tal, podemos aproveitar aexperiência adquirida nas consultasformais e informais às comunidades,efectuadas desde finais dos anos 90,bem como nas consultas regulamentaresrelacionadas com os Estudos de ImpactoAmbiental (EIA). Estes têm sidorealizados desde há vários anos, noâmbito das actividades de prospecçãosísmica e de perfuração requeridas para aexploração. Um EIA para odesenvolvimento Grande Plutónio foisubmetido a consulta pública em 2004.Em 2004 e 2005, foi efectuado umestudo adicional em relação ao programasísmico no bloco 31. Nestes casos, aconsulta às partes interessadas constituiuparte integrante do estudo.

Trabalhadores Os nossos trabalhadoressão, obviamente, uma componente chave.A comunicação interna processa-se demúltiplas formas, desde a comunicaçãodirecta até eventos mais formais, como‘townhalls’, em que as comunicações dagestão são normalmente apresentadaspor um membro da liderança do grupo,antes do debate. São utilizados e-mails,newsletters, revistas, vídeos e a intranet

para garantir o envio e recepção simples eeficiente das mensagens. Em 2006,realizámos ainda o People AssuranceSurvey (PAS) bianual, o qual permiteconhecer as opiniões dos trabalhadoressobre a companhia e o seu trabalho. Sãoapresentados mais pormenores naspáginas 22-23.

Gerir a nossa reputação Tendo em conta aescala alargada das nossas operações,desenvolvemos uma abordagem maisestruturada à gestão da nossa reputação,baseada no nosso primeiro plano degestão da reputação. Este plano, elaboradoapós meses de estudo e debate dentro efora de Angola, define a necessidade decomunicação com diferentes audiênciaspara atingir a excelência operacional eresultados económicos palpáveis.

Contamos ainda com um Conselho deReputação Nacional (Country ReputationCouncil) (CRC). A missão do CRC, queenvolve consultores externos, consisteem facultar uma visão alternativa emquestões e riscos no panorama angolanoque a companhia necessita de enfrentar.Em 2006, o CRC reuniu por duas vezesem Angola, proporcionando um valiosocontributo às nossas estratégias e planosde acção.

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Relatório de Sustentabilidade 2006 13

Operações Responsáveis

Segurança no trabalho: desenvolvimento

de competências Em 2006, a definiçãoda escala e competências da equipaSaúde, Segurança no trabalho,Segurança e Ambiente (Health, Safety,Security and Envivronment) (HSSE) deAngola foi alvo de especial atenção. Deacordo com o objectivo de nostornarmos uma companhia local deenergia, procedemos ao recrutamentode cidadãos angolanos e à elaboração deplanos (incluindo frequentementecoaching em HSSE) para o pessoalexistente e novo. O desenvolvimento decompetências e a formação assumemparticular importância, face à ausênciade especialistas em HSSE no país. O desenvolvimento da nossa capacidadeorganizacional vai muito mais além dorecrutamento e formação de novostrabalhadores, exigindo umaaprendizagem contínua, em termosindividuais e colectivos, mesmo emáreas a que sempre dedicámos a nossaatenção. Por exemplo, de acordo com aprática do grupo, no People AssuranceSurvey interno começamos por analisaras atitudes e comportamentosdominantes em matéria de segurança notrabalho (ver secção 1.8). Segundo osresultados obtidos, 93% dos inquiridosem Angola consideravam as suas

competências e aptidões neste domínioadequadas aos cargos quedesempenhavam. Noventa por centopensavam que o seu supervisor ousuperior directo estava aberto a receberinformações sinceras sobrecomportamentos de segurança, mesmoque fossem más notícias. Em termosgerais, 87% dos inquiridos expressaramuma opinião favorável sobre aspreocupações da BP relativamente àsaúde e segurança dos trabalhadores.Embora positivos, estes númerosrevelam que ainda é possível fazer maise melhor e, paralelamente, podemreflectir um elemento de confiançaexcessiva.

Gestão de desempenho Procuramostambém consolidar a estrutura daorganização da saúde e segurançaatravés da introdução de processos degestão da performance maisformalizados. Estamos a desenvolver umnovo sistema de gestão operacional(Operating Management System) (OMS)que está a ser introduzido a nível dogrupo e irá integrar os processosexistentes ou complementá-los, quandoapropriado. O OMS englobará de formasistemática todos os aspectos dasnossas operações, incluindo as quatro

dimensões da segurança (instalações,pessoas, processos e desempenho)bem como a saúde e protecçãoambiental.

Segurança dos processos Em termos desegurança dos processos, adoptámosmedidas para implementar as melhoriasidentificadas no ‘plano de seis pontos’,uma abordagem a nível do grupo quedefine prioridades de investimento eacção. No caso de Angola, a capacitaçãodas equipas (nomeadamente em relaçãoàs áreas de segurança no trabalho e

1.5 Saúde e Segurança no trabalhoEm 2006, a BP em Angola prosseguiu o esforço de melhoria das suas práticas de

segurança, centradas em quatro pontos (conhecidos pelos ‘quatro Ps’ – plant,

people, processes and performance) – segurança a nível das nossas instalações,

pessoal, processos e desempenho – tendo procurado implementar sistemas mais

abrangentes de gestão nestas quatro dimensões nas suas operações. Estes

temas serviram de base a uma análise de revisão da nossa cultura e práticas de

segurança, com vista a implementar e melhorar continuamente uma sólida

estrutura de segurança, que acompanhe a expansão da nossa actividade.

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14 BP em Angola

operações, através da formação edesenvolvimento) foi um dos aspectosparticularmente relevantes deste plano,devido à dimensão do nosso negócio.Efectuámos também uma importanteavaliação de riscos de acidente – umaexigência da norma de Gestão deIntegridade do grupo para locais em queas actividades possam representar umrisco significativo em relação às pessoase ao ambiente.

Segurança pessoal A melhoria dasegurança pessoal em Angola exige umamaior sensibilização individual para aimportância deste factor na identificaçãoe gestão do risco. Um desafio inerente aesta abordagem consiste em educar ecapacitar os empreiteiros locais que,frequentemente, não partilham os nossosvalores ou experiência de segurança.

Em certos casos, o desafio pode serainda mais fundamental – a falta denormas significa que alguns fornecedoreslocais não dispõem sequer doequipamento básico necessário paragarantir um nível de protecção pessoalrazoável. Nas nossas relações com asempresas locais, tentamos transmitir osnossos valores e práticas de segurança,

contribuindo assim para desenvolver assuas próprias capacidades.

O trabalho de promoção da segurançarodoviária constitui um exemplo desteesforço de sensibilização para asegurança. A condução é umapreocupação prioritária em todo o GrupoBP, dado que os acidentes de viação têmsido a principal causa individual de mortedos trabalhadores nos últimos oito anos.Em Angola, as estradas danificadas, ocongestionamento de tráfego, ocomportamento dos condutores e a máqualidade de muitos veículos tornam acondução uma actividade de alto risco.Continuamos a trabalhar no sentido dereduzir o número e frequência deacidentes de viação em Angola, os quaisaumentaram em 2006.

Temos ministrado formação eacompanhamento aos condutores efornecido veículos com vista a satisfazer anorma de condução segura do Grupo BP.Principiámos a utilizar uma ferramentadenominada ‘Drive Right’ para controlar epartilhar ensinamentos sobre oscomportamentos de condução.Facultamos ainda orientações desegurança abrangentes a todos os que sedeslocam a Angola e apoio aos visitantesdurante a sua estadia no país.

O desafio da capacitação de pessoas eequipas com vista à melhoria dasegurança não afecta apenas os negóciossedeados em Angola. A construção doFPSO na Coreia do Norte veiodemonstrar os desafios de trabalhar numambiente de projecto em que podíamos

Influenciando a segurança dosempreiteiros na Hyundai Heavy IndustriesO FPSO Grande Plutónio foi construído pela Hyundai Heavy Industries (HHI) emUlsan, Coreia do Sul. A construção foi efectuada em duas áreas distintas de Ulsan;o casco foi construído nos estaleiros da HHI, sendo a fabricação e integração dasinstalações do convés feitas nos estaleiros da empresa em offshore.

A gestão e influência de segurança no trabalho nos dois estaleiros revelou-seum desafio considerável. O FPSO Grande Plutónio era apenas um dosnumerosos projectos nos estaleiros, tendo a HHI sido muito pressionada para

cumprir as normas de segurança exigidas à indústria petrolífera. Nos nossos contactos com a HHI, a segurança a todos os níveis esteve sempre em foco, envolvendo compromissos de

vários clientes com a HHI para pôr em prática planos e acções tendentes a promover a segurança. Por exemplo, trabalhámosem conjunto com outros clientes da indústria petrolífera em iniciativas como a criação de um pacote de iniciação à HSE, aelaboração de um manual de segurança e o aumento da visibilidade da liderança em questões relacionadas com a segurança.O Projecto Grande Plutónio implementou um sistema inovador para recompensar o bom desempenho dos trabalhadores daHHI nesta área, incluindo distinções e prémios semanais e mensais.

Graças a estes esforços, foi possível demonstrar melhorias no desempenho de segurança, à medida que a construção doFPSO Grande Plutónio avançava, incluindo mais de 2 milhões de horas de trabalho sem acidentes com interrupção do trabalho.

Desempenho de segurança no trabalho em Angola

2004 2005 2006

Fatalidades dos trabalhadores 0 0 0

Frequência de Casos de Dias de Baixa 0.1 0 0.06

Frequência de Ferimentos Registáveis 0.2 0.14 0.25

Taxa Total de Acidentes com Veículos 11.53 4.56 23.35

Horas de trabalho 1.878.661 4.295.913 6.433.581

Quilómetros conduzidos 1.300.405 2.193.063 3.340.962

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Operações Responsáveis

influenciar mas não controlar as normasde segurança aplicadas no local (ver casode estudo).

Desempenho de segurança no trabalho

A não ocorrência de fatalidades duranteo ano é um facto que nos enche degrande satisfação. O final de 2006marcou um período de trabalho de maisde um ano no projecto Grande Plutóniosem qualquer caso de dia de baixa (DayAway from Work Case) (DAFWC).

A tabela na página anterior contém umresumo do nosso desempenho desegurança no trabalho, sendo apresentadosmais pormenores na tabela de indicadoresde desempenho da página 34.

Apesar deste desempenhosatisfatório, reconhecemos anecessidade de nos mantermosvigilantes. Registámos, por exemplo,uma série de incidentes de elevadopotencial – ou seja, casos que poderiamter resultado em incidentes graves.Estes incidentes vieram alertar-nos para anecessidade de um cuidado e atençãopermanentes em matéria de segurançano trabalho. Isto é particularmenteimportante no período que se avizinha,em que o número de trabalhadorescontinua a aumentar rapidamente e anatureza das nossas actividades passa aincluir a operação do FPSO.

Saúde A redução dos riscos para a saúdedo nosso pessoal em Angola representaum desafio significativo. Estes riscosresultam não só da possibilidade deacidentes no local de trabalho, devido ànatureza de alto risco inerente a muitasdas nossas operações, mas também defactores mais alargados, como aprevalência de malária e cólera. São aindaagravados pela necessidade de melhoresinstalações de cuidados de saúde no paíse pela escassez de profissionais decuidados de saúde qualificados queactualmente se faz sentir.

Desenvolvemos várias iniciativas paraenfrentar estes desafios. Em 2006, porexemplo, iniciámos um processo derecrutamento para criar uma equipa desaúde ocupacional qualificada para lidarcom os riscos laborais que registamos nasnossas actividades quotidianas. Este

esforço será complementado por umprograma de formação e desenvolvimentoque inclui higiene industrial.

Asseguramos a cobertura total decuidados de saúde do nosso pessoalatravés de um plano de assistência médicae do acesso a estabelecimentos de saúde.Este apoio, acessível a nacionais eexpatriados, é assegurado pela ISOS (umaorganização médica de primeiraintervenção) através de instalações locais.Para promover a capacidade local,optámos por utilizar clínicas locais emdetrimento de estabelecimentos privadosdedicados ao nosso pessoal. Em caso denecessidade, oferecemos a possibilidade

de tratamento fora do país aos nossostrabalhadores e seus familiares oudependentes imediatos.

Malária, cólera e HIV/SIDA

Implementámos planos para enfrentarproblemas de saúde pública mais amplos,como a malária, HIV/SIDA e apossibilidade de gripe pandémica.

A malária continua a ser um dosmaiores riscos de saúde para quemtrabalha e vive em Angola, sendo estepaís uma região endémica de maláriacom uma das formas mais graves dadoença. Calcula-se que a malária éresponsável por cerca de dois terços dasconsultas externas em Angola e aprincipal causa de morte de criançasabaixo dos cinco anos. As mulheresangolanas têm a probabilidade de umpara nove de morrer por causasrelacionadas com a maternidade, estandometade das mesmas directamenteassociadas à malária. Nestaconformidade, o nosso plano de controloda malária centra-se na sensibilização eeducação do pessoal e seus familiares,visitantes e empreiteiros, relativamenteaos riscos desta doença.

Têm sido igualmente consideradosoutros riscos de saúde. Em 2006,desenvolvemos um plano pandémico, deacordo com os requisitos do grupo eestamos também a implementar a nossapolítica regional sobre HIV/SIDA. Emboraa informação estatística actual sobre ataxa de HIV/ SIDA não seja fidedigna,receia-se que com o aumento damobilidade a infecção alastre ainda mais.A educação é um factor de prevençãoimportante. A nível externo, realizámosiniciativas de sensibilização empopulações alvo da comunidade, aopasso que internamente, utilizamos umprograma de educadores de pares quevisa favorecer a discussão e a prevençãodo HIV entre os seus grupos.

Em resposta ao surto de cólera quevitimou cerca de 2.000 pessoas emAngola em 2006, apoiámos várias ONGscom a compra de medicamentos. Paramaximizar o efeito dos nossos esforços,participamos nas acções de auxíliohumanitário levadas a efeito por outrascompanhias petrolíferas.

A política da BP emAngola de controlo damalária visaproporcionar aostrabalhadores e suasfamílias, empreiteiros evisitantes umconhecimentocompleto da doença eas medidas preventivasque devem sertomadas.

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16 BP em Angola

Os potenciais impactos ambientais dasnossas actividades distribuem-sebasicamente pelas seguintes áreas:• Geração, gestão e eliminação de

resíduos: as operações realizadas nasplataformas e unidades logísticasproduzem resíduos perigosos e nãoperigosos.

• Descargas de perfurações: incluem oscuttings provenientes da perfuração dofundo do mar para construir um poço.Quando descarregadas no mar, aslamas de perfuração que aderem aoscuttings podem assentar e depositar-seno fundo do mar.

• Emissões atmosféricas: sãoessencialmente produzidas pelaqueima de combustíveis nos motoresdas plataformas e navios e pelasoperações de geração de energia,limpeza e teste de poços.

• Derrames acidentais.• Emissões sonoras e impacto dos

estudos sísmicos na fauna marinha.Para gerir estes impactos, criámos um

Sistema de Gestão Ambiental(Environmental Management System)(EMS) certificado segundo a normaISO14001, o qual foi desenvolvido combase num ciclo tradicional de ‘planear,realizar, medir e melhorar’. O nosso EMSexige a publicação de uma declaração

ambiental validada. Embora seja práticanormal da BP emitir este relatório de trêsem três anos, iremos também emiti-loanualmente face à rápida expansão doconjunto das nossas actividades. Orelatório actual foi certificado pelaempresa independente Det NorskeVeritas (DNV), encontrando-se uma cópiadisponível no nosso websitewww.bp.com.

Gestão de resíduos A nossa estratégia degestão de resíduos envolve a cooperaçãocom empreiteiros, associações daindústria petrolífera e organismos

governamentais competentes com vista àadopção das melhores práticas. Assim,por exemplo, apoiamos o trabalhodesenvolvido pela ACEPA (Association ofCompanies for Exploration and Productionin Angola) (Associação das Companhiasde Exploração e Produção de Petróleo em

1.6 Operações amigas do ambienteA BP em Angola está profundamente empenhada com os mais elevados

padrões de desempenho ambiental, aspirando atingir o objectivo

definido pelo grupo de ‘não danificar o ambiente’. A adopção de práticas

correctas de saúde, segurança e ambiente é a essência da nossa

filosofia, sendo fundamental para o sucesso das nossas operações.

Através dos nossos sistemas e processos de gestão de HSE e do

comportamento individual, procuramos alcançar os mais elevados

padrões de desempenho ambiental.

Eliminação de resíduos (toneladas)

2004 2005 2006

Perigosos 50 138 673

Não perigosos 84 239 353

A nossa estratégia degestão de resíduos envolvea cooperação comempreiteiros, associaçõesda indústria petrolífera eorganismos governamentaiscompetentes com vista àadopção das melhorespráticas.

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Relatório de Sustentabilidade 2006 17

Operações Responsáveis

Angola) para aperfeiçoar os padrõesregulamentares e operacionais de gestãode resíduos em Angola. Acreditamos quea melhoria das infra-estruturas de gestãode resíduos irá beneficiar a indústria e opaís em geral.

O nosso desempenho é avaliadoatravés de auditorias internas einspecções. Procuramos minimizar aquantidade de resíduos produzidos,mediante o recurso a contentoresreutilizáveis e a graneleiros paratransportar abastecimentos para asnossas plataformas de perfuração.Quando não é possível implementar aredução de resíduos, tentamos reutilizarmateriais, processando e reutilizandolamas de perfurações. Reciclamosigualmente certos materiais, comosucata, e quando necessário,eliminamos os resíduos operacionaisatravés de incineração ou aterro, porintermédio de operadoresinternacionalmente certificados.

Apresentam-se seguidamente osvolumes de resíduos gerados offshorenos blocos 18 e 31 e enviados para terra.O aumento de volume dos resíduossólidos gerados reflecte o aumento dasoperações em offshore.

Descargas de perfuração Embora asdescargas para a água derivem de umasérie de actividades associadas àsoperações de perfuração, comotratamento de água para drenagem oulavagem de tanques, o principal problemaconsiste no tratamento dos cuttings. Agestão dos cuttings é um problema paraa indústria petrolífera mundial, exigindo a

consideração de vários factores, comoimpacto ambiental, segurança e custo.

Os EIA independentes realizados nosblocos 18 e 31 demonstraram ainexistência de impactos na zonaterrestre ou intertidal no decurso dasoperações normais de exploração eperfuração e impactos irrelevantes a nívelda indústria pesqueira, ovas e larvas depeixes, tartarugas, aves marinhas,baleias, golfinhos ou zonas húmidas.Registaram-se indícios de eventuaisimpactos menores no sistema bentónicomarinho, susceptíveis de seremminorados com o emprego de lamas debase sintética. A nossa perfuração em

águas profundas foi portanto executadacom o auxílio destas lamas, que sãomenos tóxicas e se degradam maisrapidamente do que as lamaspetrolíferas.

Devido a uma avaria do equipamentode limpeza de cuttings, em 2006, a BPexcedeu o limite regulamentar de 5% depetróleo em cuttings, durante asoperações de perfuração no bloco 18. Osincidentes foram devidamente geridos emconsulta com o Ministério do Petróleo.

Emissões atmosféricas As principaisemissões atmosféricas das nossasoperações em offshore derivam da

Emissões atmosféricas (em toneladas): blocos 18 e 31 (operados pela BP)

2004 2005 2006

SOx 5 17 108

NOx 72 272 1.587

Hidrocarbonetos não metano 9 26 260

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18 BP em Angola

combustão de gasóleo durante asoperações nas plataformas e nos naviose, em menor grau, da queima de petróleoe gás durante os testes e limpeza dospoços. Os dados indicados na páginaanterior referem-se a emissões para aatmosfera dos blocos 18 e 31 operadospela BP. São igualmente apresentadas asemissões de gases de efeito de estufa,numa base de quotas, nos blocos 15 e 17nos quais detemos interesses comerciaismas não operamos.

Prevenção de derrames A prevenção dederrames é um elemento chave docontrolo da perfuração. De acordo comas melhores práticas da indústria, foiimplementado um plano de contingênciapara derrames de petróleo e criada umaequipa de emergência. As companhias

petrolíferas que operam em Angolacelebraram um acordo de ajuda mútua,com vista a desenvolver, manter emelhorar os procedimentos e garantirassistência e cooperação no controlo elimpeza de eventuais derrames degrandes proporções.

Em 2006, tivemos dois derramesreportáveis, em que o volumederramado foi superior a um barril. Osacidentes foram investigados, de modo a extraírem-se lições susceptíveis deprevenir novas ocorrências.

Actividades sísmicas O ruído associadoàs operações de perfuração e assondagens sísmicas podem afectar afauna marinha, como mamíferos etartarugas. Para minorar estes riscos, asactividades de perfuração e sondagem

necessárias à exploração foram objectode EIAs, na sua maioria efectuados em2004 e 2005.

A protecção do ambiente marinhoexige a presença de observadores demamíferos marinhos (Marine MammalObservers) (MMO) nos navios sísmicosque exploram as formações geológicassubmarinas. O observador tem pormissão sensibilizar o pessoal a bordopara a presença dos mamíferosmarinhos e tentar garantir o afastamentodos animais da área de operaçõessísmicas, através de procedimentos bemdefinidos. Na qualidade de cientistasexperimentados, os MMOs podemcontribuir para o estudo dabiodiversidade marinha, identificando eregistando os movimentos das espéciesnas áreas de operações.

Colaborando na protecção da biodiversidadeA nossa abordagem à protecção da biodiversidade emAngola, definida no âmbito do plano de acção para abiodiversidade da BP em Angola, inclui uma parceria deinvestigação para aumentar o conhecimento dos ambientesmarinhos de águas profundas onde decorrem as actividadesde exploração. Utilizamos veículos de comando à distânciapara estudar o fundo do oceano e recolher novos dadossobre o ambiente marinho. Trabalhamos em parceria com oInstituto de Oceanografia Scripps, o Centro Oceanográfico deSouthampton, o Projecto Serpent, a Universidade deAberdeen e a Universidade A&M do Texas.

Os nossos esforços resultaram em algumas descobertasnotáveis. Em 2005, o projecto Serpent identificou uma novaespécie de anfípode – um pequeno crustáceo – nas águasprofundas do bloco 31. No bloco 18, foi descoberta umaespécie de peixe totalmente nova em 2006, cujo nomeapenas será divulgado quando for recolhido um espécime econfirmadas as suas características.

Há sempre mais a aprender mas, até à data, a nossaabordagem já conduziu à descoberta de novas espécies e

tem apoiado a publicação de vários artigos científicos. Além disso, os dados recolhidos são igualmente utilizados nosEstudos de Impacto Ambiental referentes aos projectos por nós operados em Angola, ajudando-nos a incluir consideraçõesambientais nas operações.

Acreditamos que o programa para a diversidade em águas profundas da BP em Angola é o mais completo do género atéagora. A informação que continua a fornecer deverá revelar-se extremamente útil nos próximos anos para a BP e acomunidade científica em geral.

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Relatório de Sustentabilidade 2006 19

Operações Responsáveis

1.7 Segurança e direitos humanosA paz e a estabilidade política que se vivem em Angola desde 2002 conduziram

a um período de aspiração económica, expectativa social e mobilidade pessoal

crescentes. Estes desenvolvimentos, embora positivos, criam também desafios.

A migração urbana, por exemplo, nomeadamente para Luanda, sujeita as infra-

estruturas físicas e sociais básicas a uma sobrecarga considerável, anteriormente

negligenciadas durante longos anos devido à guerra. A experiência de outros

países demonstrou que quando as expectativas são elevadas, a não satisfação

das aspirações sociais pode causar graves riscos para a segurança.

No contexto dos negócios, esta fasetransitória de aspiração económica ecrescente geração de riqueza origina umasérie de riscos a nível da segurançaempresarial e individual, incluindo crime,fraude e corrupção. A título de exemplo, ataxa de pequenos delitos é elevada,sendo uma ameaça quer para o pessoalAngolano como para os expatriados.

Desenvolvemos processos e políticasvisando proteger pessoas e bens,incluindo identificação e gestão de riscos,sensibilização e formação, bem comoparticipação, análise e prevenção deincidentes.

Para garantir a adequação e alinhamentoda nossa abordagem com os padrões degestão de segurança do grupo,comparámos as nossas políticas e práticascom as do sistema ‘Getting Security Right’(GSR) de 2006 do grupo. O GSRproporciona uma abordagem sistemática àgestão dos riscos de segurança e tentagarantir a concentração dos nossos esforçosnos requisitos operacionais e alinhamentocom os objectivos de negócios. Numworkshop realizado em Novembro, queincluiu formação especializada e orientaçõesdas equipas de segurança regionais einternacionais da BP, foram debatidosproblemas e avaliadas práticas nas áreas deliderança, responsabilização, avaliação e

gestão de riscos, pessoal, formação ecomportamentos, informação edocumentação e análise e prevenção deincidentes. As recomendações entãoefectuadas serão muito úteis no nossoesforço para conseguir uma segurançasem falhas.

Reconhecemos que um envolvimentopositivo com as comunidades locaisfavorece a segurança. Mantemos relaçõescom a sociedade civil angolana, integrando-nos nas comunidades locais e tentandogarantir a coordenação da segurança e apartilha de informação através dacooperação com outras organizações.Colaboramos igualmente com a Sonangol,as forças armadas e a polícia angolanasem questões de segurança.

Direitos humanos Um aspecto importantedas nossas relações com as forças desegurança prende-se com a gestão dosdireitos humanos.

As petrolíferas internacionais têm sidoalvo de críticas das organizações de direitoshumanos, que as acusam de não tomarmedidas suficientes para evitar abusosdos direitos humanos em áreas em que asegurança está a cargo das autoridadesdo país. A BP apoia e aplica os PrincípiosVoluntários sobre Segurança e DireitosHumanos, concebidos para salvaguardar os

direitos humanos, garantindo que as forçaspoliciais e de segurança e entidadesprivadas encarregues de proteger asinstalações de energia ou o pessoal,recebem formação adequada e sãodevidamente controladas. A protecção dosdireitos humanos a nível operacional é pornós entendida como parte de umpanorama mais vasto, em que a sociedadecivil e a estabilidade regional a longo prazosão apoiadas através da promoção dorespeito pelos direitos humanos eestabelecimento do estado de direito.

Tentámos promover, em Angola, umamaior sensibilização para os princípiosvoluntários, a fim de fomentar a suaaplicação efectiva. Em Novembro de2006, teve lugar em Luanda um semináriosobre estes princípios, durante o qualreafirmámos o nosso compromisso comos mesmos e a sua importância nasalvaguarda dos direitos de todos osindivíduos directa ou indirectamenteafectados pelas nossas actividades.

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20 BP em Angola

1.8 Os nossos trabalhadoresA nossa visão em Angola é sermos reconhecidos como uma

companhia operadora angolana, preenchida e liderada por

angolanos, que preste um contributo positivo para o bem-estar

e progresso do povo angolano e a economia nacional.

A criação de uma força de trabalho localem qualquer parte do mundo ondeoperamos é um importante objectivo dogrupo, que corresponde aos nossosvalores fundamentais e ao nosso esforçopara implementar um ambiente detrabalho diversificado e inclusivo. Oemprego de recurso locais, comopessoas recrutadas localmente ou orecurso a fornecedores do país podetambém ser vantajoso do ponto de vistaeconómico. Assim, criar uma companhialocal de energia significa criar umnegócio sustentável.

‘Angolanização’ O nosso objectivo desermos uma companhia local de energiaé reforçado por metas estabelecidaspelo governo para o emprego eformação de cidadãos angolanos edefinidas num decreto governamentalderivado dos PSA.

Este decreto estabelece quotas detrabalhadores angolanos em trêsgrandes categorias, que podem serdescritas como trabalhadores poucoqualificados, técnicos/profissionais equadros superiores. Em cada categoria,a percentagem mínima de angolanoscinco anos após a primeira produção depetróleo como operador é de 70%.Entre o pessoal pouco qualificado, a

meta é de 100% de angolanos na datada primeira produção de petróleo.

Atingir estas metas implica um esforçoconsiderável. Encontrar e recrutar umnúmero suficiente de angolanos numcontexto sectorial em rápida expansãorepresenta um desafio, que exige acçõesde recrutamento em Angola, Brasil, Áfricado Sul, Portugal, Estados Unidos e ReinoUnido. Formar quadros superiores dentrodos limites de tempo previstos é tambémuma tarefa árdua, devido ao nível deexperiência que exigimos dos nossostrabalhadores para que possam ocuparestes cargos.

No final de 2006,a Unidade deNegócios de Angola empregava 808pessoas comparativamente com 614 em2005, 56% das quais estavam sedeados

em Angola. Em 2006, foram recrutados126 angolanos, representando cerca de80% do novo recrutamento em toda aunidade de negócios. O recrutamentoincluiu áreas como perfuração eacabamentos, operações, engenharia desubsuperfície, aprovisionamento,contratos e gestão da cadeia deaprovisionamento, comercial, recursoshumanos, comunicações digitais e HSSE.

Perseguindo o nosso objectivo desermos uma companhia local de energia,desenvolvemos um plano para a força detrabalho angolana, que consiste numaprevisão de 10 anos (até 2015) dasnecessidades de mão de obra donegócio e contém projecções referentesao número de trabalhadores, pessoalempreiteiro, técnicos estagiários e

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Relatório de Sustentabilidade 2006 21

Operações Responsáveis

prestadores de serviços. Cada disciplinadesenvolveu o seu próprio plano combase nas previsões de mão de obra,especificando as acções a empreenderpara satisfazer as necessidadesidentificadas.

Por exemplo, as actividades de pré-recrutamento (como bolsas internas oubolsas de estudo) são um elementoimportante, devido à necessidade de sedesenvolver a dimensão e os talentos dabase de recrutamento.

Calculamos que a força de trabalhoatinja o máximo por volta de 2012, alturaem que segundo as projecções estarãoempregadas no negócio de Angola 1.750 pessoas.

O programa ‘people basics’

Implementámos uma série de processosde base, com vista a garantir que todosos nossos trabalhadores tenhamoportunidade de progredir, de acordo comuma avaliação clara e regular do seudesempenho e objectivos. O programa

‘people basics’ inclui um período deiniciação de seis meses, avaliações anuaisdo desempenho, definição de objectivosindividuais, planos de desenvolvimentopessoal e acompanhamento (coaching).São organizados, ‘People days’ (Dias dotrabalhador) pelo menos uma vez por ano,nos quais se analisa o plano dedesenvolvimento pessoal de cadacolaborador.

Oportunidades de formação e

desenvolvimento As metas daangolanização significam que a formaçãoe o desenvolvimento constituem umaprioridade para a nossa actividade. Paraas atingir, são utilizados múltiplosprocessos, incluindo programas emAngola e no estrangeiro. Um destesplanos incide no desenvolvimentoacelerado de capacidades de liderançapara angolanos com potencialidadeselevadas. Trata-se de um programaintensivo, que inclui acompanhamento(coaching) de liderança profissional.

Todos os anos, oferecemos a novoslicenciados com menos de três anos deexperiência, a oportunidade departiciparem no nosso programaChallenge, o programa dedesenvolvimento para licenciados da BP.O projecto oferece aos participantesformação on-the job com o apoio de ummentor, acompanhamento técnico eformação especialmente adaptada. Em2006, participaram no programa 29recém licenciados.

As bolsas de estudo e bolsas internaspermitem ao pessoal seguir cursostécnicos e académicos para melhorar assuas aptidões e qualificações. Em 2006,onze bolseiros iniciaram cursos de quatroanos em petroquímica e engenharia civile mecânica na Universidade Técnica doMédio Oriente, em Ankara.

Dispomos de um programa decoaching abrangente mas flexível paraproporcionar uma formação on-the-jobrápida e eficiente. No departamentocomercial, utilizamos o coaching individual

Programa de Desenvolvimentode Liderança de Angola (AngolaLeadership DevelopmentProgramme) (ALDP) O Programa de Desenvolvimento de Liderança de Angola,concebido em 2006, oferece formação personalizada aindivíduos de elevado potencial. Foi elaborado em linha com onosso objectivo de formar uma companhia local de energia evisa formar um conjunto de potenciais líderes e ajudá-los adesenvolver as capacidades de liderança de que necessitampara progredir.

O programa, que se encontra em fase experimental em2007, contém uma série de elementos, incluindo a obrigaçãode os participantes se envolverem num projecto comercialclaramente definido, apresentando desafios relacionados comas suas necessidades de desenvolvimento. No entanto, oelemento central do ALDP é o acompanhamento individualprestado a cada participante por peritos externos (coaches)dotados de larga experiência.

Para garantir uma oportunidade equitativa de participação no programa todas as pessoas de dois escalões foram avaliadasem relação às competências de liderança requeridas. Esta triagem levou à selecção de vinte e seis participantes, encontrando-se actualmente em curso as primeiras sessões de acompanhamento.

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22 BP em Angola

para apoiar o desenvolvimento aceleradodos licenciados do programa Challenge,ao passo que no de HSSE, especialistas atempo inteiro promovem odesenvolvimento de competênciastécnicas especializadas a nível dos líderesde equipa. Para além destes exemplos,as nossas áreas de administração,recursos humanos, engenharia desubsuperfície, perfuração e acabamentose gestão da cadeia de aprovisionamento,dispõem de coordenadores de disciplinae um programa de coachingespecificamente adaptado às suasnecessidades.

O acompanhamento (coaching)complementa a formação técnica básicade cada área. Na perfuração eacabamentos, por exemplo, em 2006organizámos mais de uma dúzia decursos em Luanda para pessoal angolano,ministrados por peritos de renomeinternacional da Universidade Heriot-Watte especialistas da Drilling Training Alliance.Os cursos estavam abertos à participaçãode outras companhias petrolíferas,

contribuindo assim para desenvolver asaptidões dos nacionais angolanos, não sócom o objectivo de satisfazer as nossasnecessidades, mas também as daindústria petrolífera em geral.

Muitos dos nossos trabalhadoresdispõem de oportunidades dedesenvolvimento no estrangeiro, atravésde colocações como expatriados deAngola noutros locais. Para promover ascompetências no país, incentivamos osangolanos a aceitar colocações de curto elongo prazo no estrangeiro, antes deretomarem o seu trabalho em Angola. Em2006, 43 angolanos estavam a trabalharcomo expatriados.

People Assurance Survey 2006 Em 2006,concluímos o People Assurance Survey(PAS) um inquérito de opinião dostrabalhadores de toda a BP, realizado dedois em dois anos. O questionário abordavários aspectos da vida profissional dostrabalhadores, fornecendo informaçãoimportante às equipas de liderança. Asrespostas são confidenciais e anónimas e

são enviadas directamente a umaempresa de investigação independente. Ataxa de participação no negócio deAngola foi de 65% em 2006.

O PAS fornece informações sobre asatitudes dos trabalhadores em relação avárias ‘dimensões’ da sua vidaprofissional, incluindo os seussentimentos para com a BP, carácterdistintivo da companhia, ambiente detrabalho, desempenho e inovação,confiança e respeito mútuos,desenvolvimento, diversidade e inclusão,remuneração, regalias e reconhecimentoe segurança no trabalho. É calculado um‘Índice de Satisfação dos Trabalhadores’(Employee Satisfaction Index)(ESI) combase nas respostas a dez das perguntasdo questionário.

Em 2006, a taxa de 69% obtida no ESIrepresentou uma melhoria de 4% emrelação a 2004, registando-se a diferençamais significativa nas dimensõesrelacionadas com desempenho einovação, confiança e respeito mútuos. As respostas a questões novas sobre

O Programa de Formação deTécnicos de OffshoreEsta iniciativa procura atrair jovens nacionais para a BP e proporcionar-lhes uma formação técnica de nível muito elevado, apesar da falta derecursos existentes em Angola.

Após uma triagem inicial para avaliação das capacidades, os formandosprovenientes de todo o país, passam um ano a aprender inglês técniconum estabelecimento de Angola, sendo em seguida transferidos parafora do país para concluir o grosso da sua formação. Seguem umaformação profissional de três anos numa refinaria da Shell/BP na Áfricado Sul ou na BP Chemicals e BP Shipping, no Reino Unido. Sempre quepossível é ministrada formação prática adicional no offshore na BPExploration & Production no Mar do Norte ou no Golfo do México.

A iniciativa vai agora no seu sétimo ano. Até 2006, 170 angolanos concluíram o programa ou encontravam-se em váriasfases de formação em todo o mundo. Os angolanos que já terminaram a formação trabalharam no estaleiro de construção denavios de Produção, Armazenamento e Transbordo na Coreia do Sul. Prevê-se que representem cerca de metade docontingente de técnicos offshore quando o empreendimento Grande Plutónio iniciar a produção em 2007.

Este programa beneficia tanto a BP em Angola como os angolanos que nele participam. Tem igualmente outrasconsequências positivas: o facto de haver angolanos em formação em locais como Durban na África do Sul e Hull no ReinoUnido contribuiu para promover o conhecimento de Angola e do trabalho que está a ser desenvolvido pela BP a nível de todo oseu pessoal nestes países.

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Relatório de Sustentabilidade 2006 23

Operações Responsáveis

segurança no trabalho foram tambémencorajadoras (ver secção 1.4).

A Remuneração/regalias ereconhecimento foram identificadoscomo áreas que necessitam de maioratenção.

Conformidade e Ética A unidade denegócios de Angola foi uma das unidadesdo Grupo BP a desenvolver um sistemade gestão do cumprimento regulamentar,no âmbito de um programa piloto com oqual pretendemos demonstrar o nossoconhecimento e cumprimento das leis eregulamentos em qualquer local em quea unidade de negócios opere. Em Julhode 2004, criámos um posto a tempointeiro para um director de cumprimentoe ética.

Em 2006, continuámos a divulgar ocódigo de conduta do Grupo BP (lançadoem 2005) entre trabalhadores eempreiteiros. O código representa ocompromisso da BP para com aintegridade, definindo o que se espera decada colaborador em cinco áreas: saúde,higiene, segurança e ambiente;trabalhadores; parceiros empresariais;governos e comunidades; e integridadepatrimonial e financeira da companhia. Éum código comum a toda a companhia,que estabelece a forma como devemosagir quando confrontados com opçõessobre o nosso comportamento no

trabalho, desde regras básicas desegurança no trabalho até expectativasprecisas em relação a questões deconcorrência e anti-trust. Foi elaborado deacordo com as melhores práticasinternacionais e indica aos trabalhadoresonde podem ser encontradas normasmais pormenorizadas relativamente aassuntos específicos.

Realizámos seminários em 2006 parareforçar a importância do código. Foramorganizados eventos em inglês eportuguês, envolvendo 15 a 25 pessoas.Foram ainda efectuadas sessões no seiodas equipas – incidindo sobre temasespecíficos, como conflitos deinteresses, confidencialidade dainformação e como lidar com ofertas debens materiais e diversões. A referênciaao código passou a ser incluída noprocesso de iniciação dos novostrabalhadores.

Para além destes esforços dedivulgação do código, em 2006,realizámos o processo de certificaçãoética anual em Angola, que constitui umindicador chave do cumprimento legal,regulamentar e ético da BP. No âmbitodeste processo, foram realizadasdiscussões em equipa indicativas do graude cumprimento individual e conjuntodas leis e regulamentos e padrões éticosda BP. A certificação envolve indivíduos elíderes, que certificam o comportamento

das equipas sob a sua direcção. Oscertificados são apresentados àadministração geral do grupo, através dolíder da unidade de negócios e dopresidente, que por sua vez assinam oscertificados apresentados em nome dostrabalhadores da BP em Angola.

OpenTalk ‘OpenTalk’ (Conversa Aberta) éo programa global da BP, que permite aqualquer colaborador da companhiaexpressar preocupações ou colocarquestões sobre cumprimento ou ética,de uma forma confidencial. Osindivíduos podem contactar o OpenTalkna sua própria língua por telefone, fax, e-mail ou carta e manter o anonimato.As questões ou problemas colocadossão encaminhados para o provedorregional competente na BP, que dá umaresposta e, se necessário, conduz umainvestigação, sendo tomadas medidasadequadas, caso as alegações sejampertinentes. Paralelamente com olançamento do código, alargámos oâmbito do programa OpenTalk, demodo a esclarecer também aspectosdo código.

A divulgação do OpenTalk é elevada.As pontuações do PAS revelaram níveisde conhecimento mais elevados (96%na BU de Angola) do que no Grupo BP eno segmento de exploração e produçãoem geral.

O código de condutarepresenta o compromisso da BP para com a integridade,definindo o que se espera decada colaborador em cincoáreas: saúde, higiene,segurança e ambiente;trabalhadores; parceirosempresariais; governos ecomunidades; e integridadepatrimonial e financeira dacompanhia.

Realizámosseminários em 2006para reforçar aimportância do código.Foram organizadoseventos em inglês eportuguês, envolvendo15 a 25 pessoas.

Page 26: BP em Angola

O nosso papel na sociedade2.1 O contexto social e ambiental

2.2 A BP e as mudanças climáticas

2.3 Promovendo uma boa governação

2.4 Desenvolvimento empresarial

2.5 Educação

2.6 Acesso à energia

2.7 Outros programas sociais

Camponesa da Mabuia.

Page 27: BP em Angola

Relatório de Sustentabilidade 2006 25

O nosso papel na sociedade

A impressionante taxa de crescimentoeconómico, recentemente registada emAngola, deve-se em larga medida aoaumento da produção de petróleo, querepresenta mais de metade do PIB, trêsquartos da receita pública e cerca de90% do total das exportações. Asreformas económicas implementadasdesde 2000 introduziram maiorestabilidade macroeconómica e menorinflação, permitindo eliminar o tãoprolongado défice.

Apesar dos seus inúmeros recursosnaturais e riqueza potencial, Angolaenfrenta profundos problemaseconómicos e sociais. O seu peso egravidade são ilustrados por váriosindicadores socio-económicos – elevadastaxas de mortalidade infantil; esperança devida média de apenas 41 anos; taxa defrequência escolar de 25%; cerca de 70%da população vivendo com menos de USD2 por dia; problema recorrente de doençascomo a malária. Em muitos aspectos davida quotidiana, os desafios são portantoprementes. Em 2006, Angola ocupava a161ª posição entre 177 países no Índice deDesenvolvimento Humano do PNUD.

O papel das empresas As circunstânciasacima descritas representam um contextodifícil para a condução de negócios, mas

ao mesmo tempo reflectem anecessidade de as empresas se pautarempelos mais elevados padrões de condutae prestarem um contributo positivo noslocais onde operam. O maior benefícioque a BP traz às áreas onde opera resultada forma como implementamos asnossas actividades: nomeadamente pelopetróleo que produzimos, pelos impostosque pagamos e pelos empregos quecriamos directamente na nossacompanhia e indirectamente nasempresas locais que prestam serviçospara a BP bem como as aptidões ecompetências que transferimos.

Contribuímos também para odesenvolvimento, apoiando projectossociais com objectivos claros e bemdefinidos. A nível do grupo, direccionamosos nossos contributos para iniciativas quepromovem a transparência de receitas eaplicamos a maioria dos nossosinvestimentos comunitários em programase projectos visando o desenvolvimentoempresarial, a educação e um melhoracesso à energia. Todos estes temas sãomuito pertinentes em Angola.

As empresas têm um papel adesempenhar na redução da pobrezaatravés da oferta de produtos e serviçosessenciais – como a energia – que têmrepercussões directas no desenvolvimento

económico. No entanto, há umcompromisso evidente entre proporcionaro acesso à energia e a protecção emelhoria do ambiente natural. Os valoresdo nosso grupo incluem a aspiração deultrapassar este compromisso.

Nas operações da BP em Angola e emtodo o mundo, procuramos resolver esteproblema através de medidas que visamgarantir a execução das nossasoperações de uma forma a proteger oambiente, tal como descrito na secção1.6 deste relatório.

Há no entanto outra questão ambientalque representa um desafio significativopara as sociedades de qualquer país domundo: as mudanças climáticas. Iniciamosportanto esta secção do relatórioapresentando a visão do grupo sobre asmudanças climáticas e uma síntese dacomercialização global de fontes deenergia e combustíveis com baixo teor decarbono que promovemos.

2.1 O contexto social e ambientalApós anos de guerra civil, Angola encontra-se numa fase de transição, recuperando

as suas infra-estruturas físicas, sociais e económicas destruídas pelo conflito. No

entanto, desde que foi restabelecida a paz em 2002, Angola tem vindo a reconstruir

o seu tecido socio-económico, principiando a aproveitar o seu potencial e a mover-

se em terrenos mais seguros. De acordo com o PNUD, ‘a consolidação da paz e

reentrada do país na via do desenvolvimento sustentável são os próximos

grandes desafios para melhorar o bem-estar de todos os angolanos’.

Page 28: BP em Angola

26 BP em Angola

A nossa experiência de intervenção anível das alterações climáticas data de1997 e somos reconhecidos como aprimeira companhia petrolífera a admitirpublicamente o problema. Actualmente,tomamos precauções para reduzir asemissões de Gás de Efeito de Estufa(Green House Gas (GHG) e combater asmudanças climáticas. Fixámos metasvoluntárias para reduzir as emissões dasnossas operações em 1998 e atingimosantecipadamente este objectivo.Continuamos a tomar medidas parareduzir estas emissões.

Em resposta à crescente procura deenergia mais limpa, assumimos o firmecompromisso de desenvolver fontes deenergia com baixo teor de carbono. Em2005, lançámos o BP Alternative Energy –um negócio rentável que oferecesoluções energéticas com baixo teor emcarbono, baseadas em energia solar,eólica, hidrogénio e gás.

Continuamos a comercializar em todoo mundo uma vasta gama decombustíveis e lubrificantes mais limpos.Em 2006, introduzimos os combustíveisBP Ultimate na África do Sul e na Rússiae lançámos o nosso Gasóleo com BaixoTeor de Enxofre nos EUA. Trabalhamoscom vários parceiros nodesenvolvimento de lubrificantes que

permitam aperfeiçoar a construção dosmotores e sistemas de emissãodestinados a melhorar a eficiência docombustível e a reduzir a poluição.

Financiamos um volume significativode investigação sobre formas de produzirenergia com baixo teor de carbono e,em 2006, o carbono foi um dos temasda nossa publicidade corporativa emvários países.

As alterações climáticas ocupam umlugar de destaque na agenda global eestamos activamente envolvidos nodebate. Entendemos que para reduzir osriscos dos piores impactos destasmudanças, as concentraçõesatmosféricas de GHG equivalentes emC02 devem ser limitadas a 450-550partes por milhão (ppm). Defendemostambém limites obrigatórios deemissões e políticas que fixem um preçopara o carbono, de forma a produziremuma alteração comportamental eincentivarem a inovação.

1997

A BP reconhece publicamente, em Stanford, anecessidade de tomar medidas cautelarespara reduzir as emissões de GHG, após terabandonado a Global Climate Coalition.

A BP e as mudanças climáticas –

o nosso percurso

Fevereiro de 2006

A BP anuncia uma fábrica de produção dehidrogénio com captura de carbono naCalifórnia.

1998

A BP fixa metas para a redução das emissõesdas nossas operações em 2010, a 10% abaixodos níveis de 1990. Atingimos esta meta dezanos antes, em 2001, com a introdução deprojectos de eficiência energética e aeliminação da queima de gás supérfluo.

Junho de 2006

A BP investe USD 500 milhões no programa deinvestigação do Instituto de BiociênciasEnergéticas.

Dezembro de 2006

A BP participa em projectos de energia eólicanos EUA, com uma capacidade de geraçãopotencial de 15.000MW.

2015

A BP estima investir USD 8 mil milhões nonegócio de Alternative Energy e obter reduçõesde GHG de 24 Mte/ano.

Novembro de 2006

A BP Solar duplica a capacidade de produçãomundial de 100MW para 200MW.

2012

A BP preconiza melhorar a eficiência energéticaem 10-15% em relação aos valores de 2001.

2.2 A BP e as mudanças climáticasSendo uma companhia global de energia, temos a responsabilidade

de ajudar a enfrentar a ameaça das mudanças climáticas. Em 2006,

lançámos um negócio de biocombustíveis que irá oferecer soluções

com baixo teor de carbono para os transportes. Anunciámos também

planos para investir USD 500 milhões, ao longo de um período de 10

anos, na criação de um Instituto de Biociências Energéticas, que irá

explorar a aplicação da biociência e a produção de fontes de energia

novas e mais limpas.

Page 29: BP em Angola

Relatório de Sustentabilidade 2006 27

O nosso papel na sociedade

2.3 Promovendo uma boa governaçãoEstamos interessados no progresso económico de Angola a longo prazo. A

transparência e a boa governação são aspectos importantes de uma gestão

económica sã.Tentamos portanto usar a nossa influência para garantir que a

riqueza derivada dos recursos naturais seja utilizada de uma forma produtiva.

Acreditamos que para se atingir um desenvolvimento sustentável são

indispensáveis esforços no sentido de uma maior responsabilidade, eficácia,

eficiência e a definição de um enquadramento jurídico claro e consistente, que

promova o respeito pelas tradições democráticas e desencoraje a corrupção.

O nosso investimento em Angola vaiaumentar substancialmente o rendimentonacional e a criação de oportunidadespara um crescimento mais rápido.Historicamente, porém, estes benefíciostêm estado frequentemente associados ainstabilidade macroeconómica,sobrevalorização cambial e corrupção.

Transparência À semelhança de outraseconomias dominadas pelo petróleo,também em Angola a gestão eficientedas receitas apresenta desafios. Ogoverno está sujeito a pressões internasno sentido de uma maior transparênciaem relação aos lucros do petróleo. Atransparência está a tornar-se umaquestão central na política angolana, coma oposição a insistir cada vez mais nodestino destes lucros e nos tãoaguardados ‘dividendos da paz’.

A análise e críticas ocasionais dosgovernos internacionais e de ONGsagravam a pressão; a TransparencyInternational, por exemplo, classificouAngola em 142º lugar no seu Índice dePercepções de Corrupção de 2006, numhorizonte de 163 países. O governo éigualmente pressionado para aderir àIniciativa de Transparência nas IndústriasExtractivas (Extrative IndustriesTransparency Initiative) (EITI) que

procura aumentar a transparência dospagamentos feitos pelas companhiaspetrolíferas e mineiras aos governos edos lucros recebidos pelos mesmos. Ogoverno angolano declarou apoiar a EITI,mas ainda não assumiu o compromissoformal de participar na iniciativa.

A BP apoia activamente os esforçosdo governo angolano para promover atransparência, pois acredita que é parabenefício de todos. Temos, por exemplo,incentivado o governo a assumir umaposição positiva na EITI e a divulgarinformação, pois entendemos que acriação de um ambiente mais propício àrealização de negócios e mais atractivopara o investimento estrangeiro reduz osriscos das operações no país.

Em 2006, tivemos reuniões com oBanco Mundial em Luanda e Washingtonpara debater os progressos animadoresfeitos pelo governo angolanorelativamente à publicação deinformação fiscal e à qualidade eabrangência dos dados sobre os fluxosorçamentais, sublinhando as suascapacidades e participando emdiscussões sobre a transparência e agestão dos lucros do petróleo.Interviemos também na preparação eparticipação em dois workshops sobre agestão das receitas do petróleo,

A BP apoiaactivamente osesforços do governoangolano parapromover atransparência, poisacredita que é parabenefício de todos.

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28 BP em Angola

promovidos conjuntamente pelo BancoMundial e o Ministério das Finanças emLuanda. Um destes workshops foiextensivo a vários grupos, incluindorepresentantes de organizações dasociedade civil.

Reconhecemos que existem muitasformas de promover a transparência e aboa governação no sector do petróleo edo gás, incluindo o patrocínio deprogramas educacionais apropriados.Nesta óptica, a BP concordou emconceder apoio financeiro, técnico eadministrativo à criação de um curso de

Master’s of Law (LLM) em petróleo egás, na Faculdade de Direito daUniversidade Agostinho Neto. Para alémde ministrar princípios e conhecimentosjurídicos avançados aos participantes, ocurso visa demonstrar as vantagens deconduzir os negócios de uma forma éticae transparente, contendo um módulosobre ética e responsabilidade social. Ocurso, cujo início está previsto para 2007,aceitará 35-40 alunos por ano. A BPcomprometeu-se a financiar os primeirostrês anos do curso, num custo estimadoem USD 2.3 milhões.

Assumimos um compromisso detransparência nas nossas actividades,em todos os locais em que operamos,mas sempre de acordo com oenquadramento jurídico e contratualaplicável. Em Angola, isto significaobservar as disposições dos Contratosde Partilha de Produção com aSonangol, a concessionária. As nossasacções em Angola, bem como emqualquer outro lugar do mundo, sãonorteadas pelas nossas políticas globaissobre ética e transparência nosnegócios e assim irão continuar.

A BP comprometeu-se a financiar osprimeiros três anosdo curso de Mastersof Law (LLM) empetróleo e gás, naFaculdade de Direitoda UniversidadeAgostinho Neto, numcusto estimado em

USD 2.3milhões.

Page 31: BP em Angola

Relatório de Sustentabilidade 2006 29

O nosso papel na sociedade

2.4 Desenvolvimento empresarialPodemos contribuir em larga medida para o desenvolvimento do tecido

empresarial local, recorrendo sempre que possível a fornecedores e

empreiteiros locais. Em conjunto com os nossos parceiros, criámos o

Centro de Apoio Empresarial (CAE) que faculta formação a fornecedores

e apoio especializado a empresas locais que pretendam participar mais

activamente em contratos de petróleo e gás.

Formação de fornecedores Em Angola,sob a égide de uma iniciativa da indústriapetrolífera para o desenvolvimentoindustrial e a competitividade de custos, aBP implementou uma acção de formaçãode fornecedores em consulta com oCitizens Development Corps (CDC – umaorganização sem fins lucrativos sedeadanos Estados Unidos que apoia odesenvolvimento do sector privado e ocrescimento económico em economiasemergentes e em transição).

Temos sido activamente encorajados eapoiados financeiramente neste esforçopelos outros membros da indústria e pelaSonangol. Este projecto tem por metamelhorar a capacidade das PMEs locais eincentivar a participação activa daindústria de prestação de serviços naactividade do sector de petróleo e gás,com vista a promover o crescimentoeconómico local. O nosso objectivoconsiste em ajudar as PMEs locais adesenvolverem gradualmente acapacidade de fornecer os produtos eserviços requeridos pelo sector, de ummodo competitivo e competente.

CAE Após uma fase inicial de formaçãodos fornecedores, que incidiu na análisedas lacunas do mercado e na elaboraçãode programas, implementámos uma

segunda fase em 2005, que conduziu àcriação do CAE. Apoiado pelo CDC epelos nossos parceiros, o CAE facultaformação e apoio de consultoria a PMEs,com vista à melhoria das suasactividades, em áreas como saúde esegurança no trabalho, garantia dequalidade, estratégia económica,planeamento financeiro, contabilidade eética e conformidade – factores que, alongo prazo irão sustentar a capacidade e

competitividade das mesmas. O aumentoda capacidade das PMEs locais, permitiráque elas fiquem melhor posicionadaspara obter contratos no sector petrolífero,criando assim empregos, distribuindoriqueza e aumentando as oportunidadesde desenvolvimento do conteúdo local.

Em 2006, o CAE ofereceu formação,assistência técnica e contribuiçõesvoluntárias em espécie, tendo organizadofeiras profissionais e iniciativas de

O nosso objectivoconsiste em ajudar asPMEs locais adesenvolveremgradualmente acapacidade de forneceros produtos e serviçosrequeridos pelo sector,de um modo competitivoe competente.

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30 BP em Angola

divulgação. Durante o ano, foramrealizadas acções de formação emLuanda, Cabinda, Soyo e Benguela, nasquais participaram mais de 580 pessoas,de mais de 200 empresas.

O CAE prestou também assistênciaespecializada a 88 empresas, sob a formade consultoria individual. Foramestabelecidas parcerias com diversasorganizações angolanas para impulsionaro desenvolvimento de uma rede de apoioempresarial, sendo um dos parceiros aTrade Jango, um organismo que recolhe

informação sobre potenciais fornecedoresangolanos.

Embora o apoio do CAE sirvaprioritariamente ao sector petrolífero, osseus clientes vêm de outros ramos deactividade. Os clientes do petróleo e gásrepresentam apenas 16% da base declientes do centro. Em 2006, foramclientes do CAE organizações de cerca de15 sectores diferentes, encontrando-se asempresas de IT, telecomunicações eengenharia civil particularmente bemrepresentadas.

Micro-crédito Apoiámos igualmenteprojectos que oferecem microcrédito. Nasprovíncias do Huambo e Benguela, com oBanco Sol e a ADRA (Acção para oDesenvolvimento Rural e Ambiente) onosso apoio ajudou a promover aactividade rural, proporcionando o acessode associações, cooperativas e indivíduosao microcrédito. Em Setembro de 2005,foi lançado um programa de três anoscom um orçamento de USD 2.76milhões, que se prevê venha a beneficiar60.000 famílias rurais.

Feira profissional do CAEEm Setembro de 2006, organizámos uma feira profissional em Luandacom vista a congregar empreiteiros e pequenas e médias empresas(PMEs). O certame tinha por objectivo promover a troca deexperiências e a identificação de oportunidades de trabalho entreprestadores de serviços existentes e potenciais.

Participaram nesta feira mais de 20 empreiteiros do sector dopetróleo e do gás e mais de 70 PMEs. O evento constituiu umaexcelente ocasião para estabelecer relações e explorar oportunidadescomerciais, culminando na concretização de cinco contratos.

‘Isto permite-nos contactar vendedores locais, que nos podem fornecer serviços e materiais, evitando assim a necessidadede os importar. É a primeira vez que participo num evento deste género e embora algumas coisas não tenham interesse paramim são certamente pertinentes para muitas outras empresas presentes’. Euan Coul,Transocean.

‘Os concorrentes (grandes empreiteiros de petróleo e gás) ao futuro programa de investimento da BP estão aqui para apresentaro seu trabalho às PMEs locais e dar-lhes a oportunidade de mostrar o que elas têm para oferecer. Os concorrentes não sabem selhes será adjudicado um contrato, mas isto ajuda-os a compreender a sua responsabilidade em termos de potenciação doconteúdo local, contribuindo para a formação das PMEs e permitindo-lhes participar em contratos no sector petrolífero’.Elsa Lacladere, equipa de gestão da cadeia de aprovisionamento da BP

Page 33: BP em Angola

Relatório de Sustentabilidade 2006 31

Apoio às escolas A nossa abordagemneste sentido tem incluído tanto osrequisitos físicos das escolas locais,como a necessidade de apoiar acapacitação. Em duas áreas municipaisde Luanda, avaliámos as necessidadesdas escolas e iniciámos um programapara comprar livros e fornecerequipamento de IT, como vídeos,fotocopiadoras e computadores. No ICRA(Instituto de Ciências Religiosas deAngola), trabalhámos na melhoria doconteúdo do curso pré-universitário dedesenvolvimento social, apoiando acapacitação da equipa docente e degestão, bem como adquirindo livros ecomputadores e ajudando a organizar abiblioteca. Os projectos previstos para ofuturo continuarão nesta direcção, tendoigualmente em vista a promoção daaprendizagem da língua inglesa.

A educação e o desenvolvimento do

pessoal A educação é uma componenteessencial do nosso próprio pacote dedesenvolvimento do pessoal. O nossoprograma de recrutamento de técnicosinclui um sistema de bolsas paraestudantes angolanos. Em 2006, foramconcedidas bolsas a 25 estudantes (de300 candidatos entrevistados). Osindivíduos seleccionados estão agora a

iniciar os seus estudos da UniversidadeTécnica do Médio Oriente, em Ankara,Turquia. O curso inclui a aprendizagem dalíngua inglesa, seguida de umalicenciatura de quatro anos nas áreas de engenharias de petróleos, química,civil e mecânica.

Após um estudo conjunto com aUniversidade Agostinho Neto em 2005,no ano seguinte assinámos um protocolode cooperação com esta instituição, quevisa apoiá-la no ensino da engenharia e

das geociências. Acreditamos que oreforço da base de pessoal qualificado irátrazer benefícios para o país em geral epotencialmente para a BP. Ao longo doano, prestámos apoio financeiro a 60alunos destas áreas e fornecemosmanuais e fotocopiadoras, num valoraproximado de USD 184.000.

Prevê-se que o nosso investimentototal em iniciativas educacionais seja deaproximadamente USD 1.6 milhões em 2007.

2.5 EducaçãoO apoio à educação é uma questão importante para nós, pois através dela

podemos contribuir para um desenvolvimento social e uma auto-suficiência mais

alargados. Os nossos programas baseiam-se na avaliação das necessidades. Neste

sentido, temos privilegiado o fornecimento de livros e equipamento a escolas,

bem como iniciativas no seio dos trabalhadores e a nível universitário, para o

desenvolvimento de aptidões e capacidades. A melhoria da educação, um

requisito básico do desenvolvimento socio-económico de Angola, é um elemento

importante da nossa estratégia de investimento comunitário.

O nosso papel na sociedade

Acreditamos que oreforço da base depessoal qualificado irátrazer benefícios parao país em geral epotencialmente para a BP.

Page 34: BP em Angola

32 BP em Angola

2.6 Acesso à energiaA energia é essencial à melhoria do nível de vida das comunidades

rurais. Embora Angola seja um país rico em recursos naturais, calcula-se

que a única fonte de energia de mais de 80% da população em geral de

cerca de 95% da população rural seja a madeira e o carvão. Garantir o

acesso generalizado a fontes de energia fiáveis é um desafio

fundamental que Angola enfrenta.

Implementámos projectos de promoçãoda energia solar como forma de fornecerenergia às comunidades rurais. Em 2004,foi iniciado o projecto-piloto de energiasolar da aldeia de Paranhos (55 km anorte de Luanda) que fornece energia a360 pessoas e a 10 edifícios daadministração. A energia solar assegura ailuminação de edifícios públicos (comoescolas e associações de agricultores) ehabitações individuais e o funcionamento

de um sistema de bombagem earmazenagem de água e de um sistemaindependente para alimentar o centromédico (incluindo vacinas).

Lições aprendidas do projecto-piloto de

energia solar O projecto de Paranhos foiuma fonte de valiosos ensinamentos.Alguns estiveram relacionados com aresolução de problemas técnicosespecíficos na aldeia, ao passo que

outros, mais relevantes, incidiram naspotencialidades de utilizar painéis fotovoltaicos (FV) para fornecer electricidadenuma escala muito mais vasta, a nível do país.

Tendo em vista uma electrificação ruralalargada, efectuámos um estudo deviabilidade para identificar aspotencialidades de um programa deâmbito nacional de energia solar emconjunto com o MINEAS (Ministério deEnergia e Águas de Angola). O relatório,apresentado em Novembro de 2005,concluiu que um programa de energiasolar nacional representava umaoportunidade significativa para Angolamas estava dependente de váriosfactores críticos. Entre eles contam-se anecessidade de liderança dos ministériosangolanos competentes, de sensibilizaçãoe capacitação e de uma definição clara doenquadramento do programa nas políticasnacionais existentes.

Para além deste projecto-piloto,procurámos introduzir a energia solar emestruturas que possam proporcionar umbenefício social mais amplo. Duas escolasde Luanda serão reabilitadas eelectrificadas, a fim de ministrar classesnocturnas para adultos. Estimamos queeste projecto beneficie ao todo 3.000indivíduos.

Duas escolas deLuanda serãoreabilitadas eelectrificadas, a fimde ministrar classesnocturnas paraadultos. Estimamosque este projectobeneficie ao todo3.000 indivíduos.

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Relatório de Sustentabilidade 2006 33

O nosso papel na sociedade

2.7 Outros programas sociaisPara além do apoio ao desenvolvimento empresarial, educação e acesso

à energia, apoiámos também uma série de projectos menores que

passamos a apresentar resumidamente. Estas iniciativas visam dar

resposta a necessidades locais de capacitação, bem como a problemas

de âmbito nacional como o HIV/SIDA.

HIV/AIDS Embora o HIV/SIDA não sejatão prevalente em Angola como noutraspartes da região, queremos contribuirpara evitar que se transforme numproblema de graves dimensões.Apoiámos as iniciativas de sensibilizaçãosobre o HIV/SIDA e patrocinámos umprograma de comercialização depreservativos que efectuou a distribuiçãode preservativos em sete das 18províncias de Angola. Patrocinamosigualmente programas em escolas ecomunidades de várias províncias, com

vista a sensibilizar as populações para o HIV/SIDA.

“Casa dos Rapazes” do Palanca Apoiámosa “Casa dos Rapazes” do Palanca emLuanda, desde 1997. Esta casa dá abrigo arapazes de rua, proporcionando-lhes umlocal seguro onde podem viver, crescer eaprender. Passaram já por esteestabelecimento, mais de 1.000 rapazes,todos eles órfãos ou sem contacto com afamília devido aos deslocamentos.Estamos a trabalhar com a casa de

Palanca para a ajudar a tornar-se maissustentável e menos dependente dedoações.

Projecto OSANDE Este projecto,implementado pela ADRA, umaorganização não governamental angolanada província de Huambo, apoia ascomunidades locais, através do reforço epromoção das suas aptidões ecapacidades de liderança, educaçãocívica, administração e iniciativa depequenos negócios.

Apoiámos a “Casa dosRapazes” do Palanca emLuanda, desde 1997. Esta casadá abrigo a rapazes de rua,proporcionando-lhes um localseguro onde podem viver,crescer e aprender.Estamos atrabalhar com a casa dePalanca para a ajudar a tornar-se mais sustentável e menosdependente de doações.

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34 BP em Angola

Indicadores de Desempenho

2004 2005 2006

Segurança no trabalho

Fatalidades – trabalhadores da BP 0 0 0Fatalidades – empreiteiros da BP 0 0 0Casos de dias de baixa (DAFWC)a – força de trabalhob 1 0 2Frequência de casos de dias de baixa (DAFWCf)c – força trabalhob 0,1 0,00 0,06Ferimentos registáveisd – força de trabalho 2 3 8Frequência de ferimentos registáveis (RIF)e – força de trabalho 0,2 0,14 0,25Total de acidentes com veículos 15 10 78Taxa total de acidentes com veículos (TVAR)f 11,53 4,56 23,35Horas trabalhadas – força trabalho 1.878.661 4.295.913 6.433.581Quilómetros conduzidos 1.300.405 2.193.063 3.340.962

Ambiente

Quota de dióxido de carbono directo (CO2)g – projectos operados e não operados (toneladas) 403.417 520.004 484.666Quota de dióxido de carbono indirecto(CO2) – projectos operados e não operados (toneladas) 0 0 0Quota de metano directo(CH4) – projectos operados e não operados (toneladas) 873 1,502 1,643Quota de gases com efeito de estufa directos (GHG)h –projectos operados e não operados (toneladas CO2 equivalente) 421.750 551.546 519.169Quota de dióxido de carbono directo(CO2) – projectos operados (toneladas) 4.842 15.618 19.598 Quota de dióxido de carbono indirecto(CO2) – projectos operados (toneladas) 0 0 0Quota de metano directo (CH4) projectos operados – (toneladas) 0 0 0Quota de gases com efeito de estufa directos(GHG) – projectos operados (toneladas CO2 equivalente) 4.842 15.618 19.598Queima de gás total (toneladas) 29 466 1.987Dióxido de enxofre (SOx) (toneladas) 5 17 108Óxidos de azoto (NOx) (toneladas) 72 272 1.587Hidrocarbonetos sem metano (NMHC) (toneladas) 9 26 260Número de derrames de hidrocarbonetosi 0 0 2Volume de produto derramado (litros) 0 0 2.543Volume de produto não recuperado (litros) 0 0 2.543Total de descargas de hidrocarbonetos para a água (toneladas) 0 0 0Resíduos perigosos eliminados (toneladas) 50 138 673

Colaboradores

Total de pessoal da BP em Angola 459 614 808

a DAFWC: Um ferimento ou doença é classificado como Caso de Dias de Baixa (DAFWC) se, em consequência do mesmo, o elemento da força de trabalhoda BP não puder trabalhar em qualquer dia após a respectiva ocorrência, independentemente de estar escalado para trabalhar ou não, ou se um médico ououtro profissional de cuidados de saúde devidamente credenciado recomendar que o referido elemento permaneça em casa, mesmo que este se apresenteao trabalho.

b A força de trabalho da BP workforce inclui todos os trabalhadores, empreiteiros e directores da BP.c DAFWCf – força de trabalho: O número de ferimentos com baixa sofridos pela força de trabalho da BP em cada 200.000 horas trabalhadas no mesmo período.d Um ferimento registável é um ferimento ou episódio de doença que resulta em fatalidade, baixa, restrições laborais, transferência de emprego ou tratamento

médico para além de primeiros socorros. e RIF: O número total de Ferimentos Registáveis sofridos pela força de trabalho da BP em cada 200.000 horas trabalhadas no mesmo período.f TVAR: Taxa total de acidentes com veículos: a soma de todos os acidentes com veículos ligeiros e equipamento motorizado por milhão de quilómetros

conduzidos.g Emissões directas de gases de efeito de estufa são as emissões físicas de fontes da BP. Emissões indirectas de GHG são uma consequência da importação de

vapor e electricidade de terceiros. h As emissões de gases de efeito de estufa incluem emissões de dióxido de carbono e metano (convertidas na quantidade de CO2 que produziria um efeito de

aquecimento equivalente). i Derrame de hidrocarbonetos: Uma perda acidental ou imprevista de hidrocarbonetos do respectivo contentor primário, igual ou superior a um barril, numaoperação da BP ou de um empreiteiro, independentemente de qualquer contentor secundário ou recuperação. (Um barril é igual a 159 litros, equivalente a 42galões americanos).

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Relatório de Sustentabilidade 2006 35

Declaração de fiabilidade independente

apresentada à Direcção da BP O Relatório deSustentabilidade de 2006 da BP em Angola(o Relatório) foi elaborado pelo orgão degestão da BP Angola, que é responsávelpela obtenção e apresentação dainformação nele contida. De acordo com asinstruções do orgão de gestão da BP, anossa responsabilidade consiste emefectuar uma revisão limitada do Relatório,tal como descrito abaixo, de forma aapresentarmos as nossas conclusões sobreas afirmações, informação e cobertura dosassuntos contidos no mesmo.

A nossa responsabilidade na execuçãodestes procedimentos limita-se à orgão degestão da BP p.l.c. e de acordo com ostermos de referência acordados com omesmo. Por conseguinte, não aceitamosnem assumimos qualquer obrigação ouresponsabilidade relativamente a qualqueroutra pessoa ou entidade para alémdaquelas a quem o relatório é endereçado.Se outras pessoas ou entidades decidirembasear-se no conteúdo deste Relatório fá-lo-ão sob sua inteira responsabilidade e porsua conta e risco.

Procedimentos efectuados A nossa avaliaçãofoi planeada e efectuada em conformidadecom a norma International Federation ofAccountants’ International Standards forAssurance Engagement Other than Auditsor Reviews of Historical FinancialInformation (ISAE3000). O nosso trabalhoconsiste numa revisão limitada dasafirmações e informações contidas noRelatório.

O relatório foi analisado segundo osseguintes critérios:• Se o Relatório inclui as questões chave

sobre sustentabilidade relevantes para aBP em Angola em 2006 que foramfocadas nos media, na análise deaspectos de sustentabilidade importantesfeita pela própria BP em Angola e emdocumentação interna seleccionada.

• Se as afirmações sobre sustentabilidadereferidas no Relatório são consistentes

com as explicações e evidênciasapresentadas pelo orgão de gestão da BP.

• A informação de sustentabilidadeapresentada no Relatório é consistentecom o registo de dados da unidade denegócios relevante.De forma a suportar as nossas

conclusões, realizámos os procedimentosabaixo descritos.1. Examinámos uma amostra de

publicações e relatórios externos edocumentos internos referentes àsustentabilidade do desempenho da BPem Angola em 2006, para confirmar oâmbito e a adequação das declaraçõesfeitas no Relatório.

2. Analisámos o processo seguido pela BPem Angola para determinar as questõeschave a incluir no Relatório.

3. Examinámos a informação ou justificaçãodos dados e declarações sobresustentabilidade do desempenhoconstantes do Relatório. Apesar determos verificado a documentação desuporte aos dados contidos no Relatório,não testámos os processos de recolha,compilação e relato dos mesmos a nívellocal ou do país

Nível de Fiabilidade Os nossosprocedimentos de recolha de informaçãovisam obter um nível de fiabilidade limitadopara basearmos as nossas conclusões. Oâmbito dos procedimentos de recolha deevidências efectuados é inferior ao de umcompromisso de fiabilidade razoável (comouma auditoria financeira), sendo portanto onível de fiabilidade inferior.

Conclusões Com base na nossa análise ede acordo com os termos de referênciapara este trabalho, apresentamos as nossasconclusões nos parágrafos seguintes. Estasdevem ser enquadradas no âmbito indicadono parágrafo “Procedimentos efectuados’.1. O Relatório inclui as questões chave?

Com base na nossa análise dos media,documentos internos seleccionados eprocedimentos adoptados pela BP em

Angola para determinar as questõeschave, não temos conhecimento de quetenha sido excluída do relatório qualquerquestão chave sobre sustentabilidade.

2. Os dados e declarações sobre

sustentabilidade do desempenho da

BP em Angola contidos no Relatório

são suportados por evidências ou

explicações?

Não temos conhecimento de quaisquerinformações incorrectas nas avaliações edados sobre a sustentabilidade dodesempenho da BP em Angolaapresentados pelo orgão de gestão daBP no Relatório.

Independência A nossa equipa de trabalhofoi constituída, a partir da nossa rede globalde serviços de sustentabilidade e ambiente,a qual efectua trabalhos semelhantes a estenum número significativo de empresas noReino Unido e outros países. Comoauditores da BP p.l.c., é requerido à Ernst& Young que cumpra os requisitos deindependência estabelecidos no Código deÉtica Profissional emitido pelo Institute ofChartered Accountants in England & Wales(ICAEW). As políticas de independência daErnst & Young, que estão alinhadas e, emalguns casos, excedem os requisitos doICAEW, aplicam-se à firma, sócios etrabalhadores. Estas políticas proíbemquaisquer interesses financeiros nosnossos clientes que sejam ou possam servistos como limitando a nossaindependência. Anualmente, é requeridoaos sócios e trabalhadores que confirmemo cumprimento das políticas da empresa.

Anualmente, confirmamos à BP seocorreram quaisquer eventos, incluindo aprestação de serviços proibidossusceptíveis de pôr em causa a nossaindependência ou objectividade. Nãoocorreram tais eventos ou serviços em2006.

Declaração de fiabilidadeO presente relatório foi certificado pela Ernst & Young, auditores do Grupo BP. O processo de certificação tem

por principal objectivo verificar se as declarações, afirmações e informações apresentadas no texto sobre o

desempenho sustentável da BP se baseiam em provas demonstráveis, bem como certificar o conteúdo do

relatório por uma entidade independente. Apresentam-se seguidamente os procedimentos seguidos pela

Ernst & Young e as conclusões da mesma.

Ernst & Young LLP

Londres, Setembro de 2007

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36 BP em Angola

ADRA Acção para o Desenvolvimento Rural e Ambiente

Bpd Barris de petróleo por dia

CAE Centro de Apoio Empresarial

CDC Citizens Development Corps

CRC Concelho de Reputação do País

DAFWCf Frequência de casos de dias de baixa

EIA Estudo de Impacto Ambiental

EITI Iniciativa de Transparência nas Indústrias Extractivas

EMS Sistema de Gestão Ambiental

ESI Índice de Satisfação dos Colaboradores

FPSO Navio de Produção, Armazenamento e Transbordo

GCE Chief executive do grupo

PIB Produto Interno Bruto

GSR Getting Security Right

HIV/SIDA Vírus da Imunodeficiência / Síndrome da Imunodeficiência Adquirida

HSSE Saúde, Segurança no Trabalho, Segurança e Ambiente

ICRA Instituto de Ciências Religiosas de Angola

JV Joint venture

LNG Gás natural liquefeito

ONG Organização não governamental

MMO Observadores de mamíferos marinhos

OMS Sistema de gestão operacional

PAS People assurance survey

Ppm Partes por cada milhão

PSA Contrato de Partilha de Produção

PV Fotovoltáico

PME Pequena e média empresa

SPU Unidade estratégica de desempenho

RU Reino Unido

PNUD Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento

USD Dólares Americanos

Glossário

Page 39: BP em Angola

O seu feedback é importante para nós.Pode escrever para o endereço abaixoindicado, à atenção da equipa deComunicação e Relações Exteriores ouenviar um e-mail para [email protected].

BP Angola (Bloco 18) B.V.BP Exploration (Angola) Ltd.De Beers BuildingAv.Rainha Ginga, 87LuandaRepública de Angola

Contactos e agradecimentos

Em 2006, continuámos a implementaros nossos três níveis de informaçãosobre sustentabilidade: o relatório desustentabilidade do Grupo BP, relatóriosde países e relatórios locaisseleccionados.

Relatório do Grupo O website do grupoproporciona informação completa parapessoas interessadas em saber maisacerca da abordagem da BP sobresustentabilidade e responsabilidade. Osite inclui informação detalhada e dadosdo desempenho de sustentabilidade dogrupo, incluindo o Relatório deSustentabilidade de 2006 da BP(www.bp.com/sustainability ewww.bp.com).

Está disponível online uma série decasos de estudo, que proporcionamexemplos específicos de como pomosem prática os nossos compromissos emtodo o mundo e incluem temas comosaúde e segurança no trabalho,segurança, pessoal, diversidade einclusão, educação, conservação, a BP eo desenvolvimento, operaçõesresponsáveis, desenvolvimentoempresarial, gestão de receitas e éticanos negócios, tendo sido validadas pelaErnst & Young (www.bp.com/casestudies).

O website inclui igualmente tabelas eferramentas que permitem a visualizaçãode informação de desempenho da BP

em assuntos como, saúde, segurança notrabalho e ambiente, através de funçõesgráficas de uso fácil e intuitivo com umaopção de formatação acessível. Astabelas e gráficos podem servisualizados como imagens e os dadosde base extraídos(www.bp.com/hsechartingtool).

A nossa ferramenta de cartografiaambiental tem como meta proporcionaruma maior transparência nas questõesque encaramos a nível local, permitindo oacesso a informação de gestão ambientalacerca de locais específicos da BP.Mostra onde estão localizadas asprincipais instalações operadas pela BPcom a certificação ISO e identifica asquestões significativas para a gestão decada local. Esta ferramenta permitevisualizar detalhes da biodiversidade,qualidade do ar (gás sem efeito deestufa), água potável, qualidade da águae resíduos por região. A selecção desteslocais nos mapas de fundo que ilustramas condições ambientais regionais ajudaa enquadrar a informação do lugar nocontexto local, especialmente em relaçãoa áreas ambientalmente sensíveis.(www.bp.com/hsemappingtool).

Relatórios de sustentabilidade por país Em2006, publicámos quatro relatórios desustentabilidade de países: Azerbeijão,Geórgia, Alemanha e Trinidad & Tobago.

Tal como este relatório, o seu objectivoconsiste em proporcionar uma visãodetalhada das nossas operações nocontexto de uma região ou mercadoespecíficos. Foram elaborados segundomodelos consistentes, em termos deestrutura, conteúdo e forma e adoptaramprocessos normalizados dedesenvolvimento e verificação externa de conteúdos.(www.bp.com/countrysustainabilityreports and www.bp.com/worldwide).

Relatórios locais verificados O nossowebsite contém ainda mais de 60relatórios locais verificados,proporcionando informação detalhadasobre saúde, segurança no trabalho,ambiente e desempenho social em todoo mundo. Acreditamos que os relatóriosverificados de forma independenteconferem uma maior transparência aonosso progresso(www.bp.com/sitereports).

Discursos sobre responsabilidade

corporativa Publicámos uma série dediscursos no website do grupo. Em2006, estes incluíram temas comotecnologia e inovação, segurançaenergética, empresas e pobreza,energias alternativas, mudançasclimáticas e energia com baixo teor decarbono. (www.bp.com/speeches).

Informações adicionais

Design e produçãoDesign, grafismo e produção: SteedDesign, 44 Dawlish Drive, Leigh-on-Sea,Essex SS9 1QX, United Kingdom.Impressão: CPD, 17 Brook Road,Rayleigh, Essex SS6 7UT, United KingdomFotografia: Simon Kreitem

Notas de ProduçãoPapel Este relatório de sustentabilidade foiimpresso em papel Revive Uncoated doGrupo Robert Horne, que é produzidocom fibra destintada de resíduos pós-consumo 100% reciclada, numa fábricacujo sistema de gestão ambiental seencontra certificado pela ISO 14001. A polpa é branqueada por um processoisento de cloro elementar (ECF).

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