[BR A - 1] CADERNO 2/CADERNO2/PÁGINAS 16/11/12 · em De 06 a 16 De 06 a ... 1º Bailarino Teatro...
Transcript of [BR A - 1] CADERNO 2/CADERNO2/PÁGINAS 16/11/12 · em De 06 a 16 De 06 a ... 1º Bailarino Teatro...
Grupo festeja dez anos com repertório marcado pela inquietação e criatividade
REVOLTADAS LANTEJOULAS
Música. Homenagem
Dança. Em Cartaz
CAETANO VELOSO RECEBEGRAMMY ESPECIAL
PAUL BUCK/EFE
MAPA MOVEDIÇOTeatro Cacilda Becker. RuaTito, 295, Lapa, 3864-4513.Hoje e amanhã, às 21 h; dom.,às 19 h. Grátis.
A produção de produção de O Quebra NozesO Quebra Nozes tem o patrocínio dotem o patrocínio do
RealizaçãoRealizaçãoApoioApoio
Co-patrocínioCo-patrocínio
Projeto realizado com o apoio do Governo de São Paulo, Secretaria de Estado da Cultura - Programa de Ação Cultural de 2012
Apoio CulturalApoio Cultural
R. Bento Branco de Andrade Filho, 722 Bilheteria: 11 5693.4000 e 0300 789 33 77www.teatroalfa.com.br
Ingressos de R$ 30 a R$ 100No dia 11 de dezembro os ingressos serão subsidiados pela Prefeitura da Cidade de São Paulo e terão 50% de desconto.
apresentame Inse Instituttituto Alfo Alfa de Culturaa de Cultura
apresentam
em
De 06 a 16 De 06 a 16 de dezembrode dezembro2ª a 5ª, 21h | 6ª, 21h30 | Sábado, 17h e 21h | Domingo, 16h e 19h
Música de TchaikovskyDireção Artística: Hulda Bittencourt
Música de TchaikovskyDireção Artística: Hulda Bittencourt
O Quebra Nozes O Quebra Nozes
Solistas convidados:06 a 10 de dezembro Márcia Jaqueline 1ª Bailarina do Theatro Municipal do RJDenis Vieira Solista do Theatro Municipal do RJ11 a 16 de dezembroFederico Fernandez 1º Bailarino Teatro Colón – Buenos AiresLarisa Hominal Solista do Ballet Estável Argentino, La Plata
foto
: Hel
ô Bo
rtz
Ângelo Madureira e Ana Catari-na Vieira iniciaram a comemora-ção dos dez anos de sua compa-nhia com uma programação noSesc Santana, semana passada,que reuniu três obras de seu per-curso: o primeiro solo de ÂngeloMadureira, Delírio (1999), cria-do antes da fundação do grupo;A Revolta da Lantejoula (2011); efechando a mini temporada, anova criação, Mapa Movediço. Ho-je, a nova obra entra em tempora-da no Teatro Cacilda Becker, on-de se apresenta até domingo.
Mostradas numa sequência,as três produções puderam tra-çar o arco que abriga o pontode onde partiram e onde ele foidar, tornando claro o atual mo-mento da sua pesquisa. Nele sedestaca uma coerência que setransforma em uma força decoesão que vai atando tudo, docomeço até aqui.
Delírio já aponta para a inquie-tação que viria a se transformarna marca da dupla: tratar com alógica da dança contemporâneaos materiais da dança popularque marcaram a formação de Ân-gelo Madureira, no Recife. Aospoucos, esse trânsito entre osdois mundos foi dando nasci-mento a um vocabulário assina-do por Ana Catarina (que temformação em balé clássico) e porÂngelo, hoje compartilhado tam-bém por Patrícia Aockio, LuizAnastácio e Beto Madureira, bai-larinos que os têm acompanha-do nos trabalhos em grupo (aeles acaba de se juntar Juliana Au-gusta Vieira).
Dos muitos tratamentos da-dos ao rico material que foraminventando, parece ter emergi-do, em A Revolta da Lantejoula eMapa Movediço, uma discussãomais ampla, que diz respeitoaos fazeres próprios da dança.Ela aparece na forma de mate-
rial artístico mesmo, e não deum tema, na forma de uma me-táfora que pode ser chamadade ‘corpo-lantejoula’.
No Revolta, o objeto lantejou-
la havia aparecido e nos feitopensar na relação “um-mui-tos” que está nele implícita. Afi-nal, uma lantejoula se faz no-tar, mas ela, geralmente, fun-
ciona quando está reunida noconjunto de muitas outras. Asmetáforas da solidariedade edo estar junto são quase instan-tâneas, no seu caso.
Agora, no Mapa Movediço, a lan-tejoula deixou de ser objeto paravirar sujeito, que, na forma deum corpo-lantejoula, agora con-duz tudo. Aparece no chão cober-
to de ilhas de lantejoula, que vãosendo desfeitas pelo caminhardos bailarinos. Um chão-corpo-lantejoula que deixa de ser planoe convida ao tropeço. O cami-nhar constante do elenco passa adesenhar mapas sempre diferen-tes, que brotam dos sons que vãosendo produzidos pela fricçãopé-lantejoula-chão. Mas elesnunca ficam prontos, estão sem-pre mudando.
Por mais que o grupo faça, aslantejoulas não ficam organiza-das: elas escapam, borram qual-quer possibilidade de comporum mapa de contornos está-veis. Mesmo quando todos osbailarinos se dedicam a umamesma tarefa (exemplo: em-purrá-las para um mesmo lu-gar), não conseguem completá-la. As lantejoulas continuam aescorrer, não se submetem.Ninguém dá conta delas, nemmesmo quando tentam aplicá-las na própria pele.
A força simbólica da associa-ção da lantejoula com a culturapopular se impõe. Suas cores ebrilhos mantêm presente essa re-ferência, mas também a modifi-cam, fazendo dela um rastro tãomutante quanto o das trilhasque vão sendo desenhadas e apa-gadas pelo chão dos percursos.
Neste Mapa Movediço – que óti-mo nome para indicar do que tra-ta essa criação – não mais conse-guimos encontrar as habituaisdelimitações entre contemporâ-neo e popular. Estamos no corte-jo instalado pelo corpo-lantejou-la, esse tipo de corpo que precisados outros para cumprir a suafunção. Nele, reis e rainhas estãoabolidos. Querendo ou não, aslantejoulas se infiltram e se espa-lham, e nessa desobediência/re-sistência têm algo a nos ensinar.
De Sônia.Músicorecebeu ofonógrafodourado
✪✪✪✪ ÓTIMOIN
ÊS
CO
RR
EA
/DIV
ULG
AÇ
ÃO
Caetano Veloso sentiu de pertoo calor e o carinho de alguns dosrostos mais conhecidos da indús-tria musical latina durante umahomenagem na noite da quarta-feira, em Las Vegas, onde ontemaconteceria a entrega do Gram-my Latino.
“Quero agradecer à Acade-mia Latina de Gravação por estahomenagem”, disse o cantor de-pois de ganhar um selinho daatriz Sonia Braga, que tambémlhe entregou o fonógrafo doura-do referente ao prêmio Persona-lidade do Ano 2012. “Eu gosta-ria de agradecer a todas as pes-soas que cantaram canções mi-nhas aqui, esta noite”, conti-nuou Caetano antes de saudar,um por um, todos os artistasque lá se apresentaram.
A cantora mexicana NataliaLa-fourcade eAlexandre Pires inicia-ram a cerimônia interpretandoLivros e Não Enche. Na sequência,foi a vez de artistas como NellyFurtado (Leãozinho), Juanes(Sampa), Alejandro Sanz (ForçaEstranha), La Mari (Onde o Rio ÉMais Baiano), Juanes (Sampa),Natalie Cole (A Little More Blue) eMaria Gadú e Seu Jorge (De Noitena Cama e Beleza Pura).
O ponto culminante da noiteaconteceu quando o próprio Cae-tano subiu ao palco para receberos aplausos dos cerca de mil con-vidados presentes na GardenArena do hotel MGM.
“Esta noite é especialmente di-vertida, muito diferente da entre-ga dos prêmios, sempre muitonervosa, por causa da competi-ção”, disse Enrique Bunburyque, ao lado de La Mala Rodrí-guez, cantou Os Argonautas. “Vie-mos aqui apenas para nos diver-tir e homenagear Caetano.” /COM
AGÊNCIAS INTERNACIONAIS
Simbologia.Cena de MapaMovediço: metáforada solidariedade
✽
Crítica: Helena Katz
%HermesFileInfo:D-3:20121116:
O ESTADO DE S. PAULO SEXTA-FEIRA, 16 DE NOVEMBRO DE 2012 Caderno2 D3