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Como Podem os Pais enContrar Paz mental?

Poucas são as experiências que sejam mais difíceis

e maravilhosas do que educar os filhos. Salomão reconhecia ambas ao dizer em Provérbios 10:1: “O filho sábio dá alegria ao pai; o filho tolo dá tristeza à mãe.” A Bíblia oferece sabedoria para este desafio. Em nenhum outro lugar existe mais realismo que nas experiências de Abrão e Sara, David, o pai e mãe do filho pródigo e outros. Em nenhum outro lugar existe mais compreensão e conforto no Pai Celestial que ama pacientemente e espera nas vidas dos seus filhos.

Martin R. De Haan II

Sumárioum desafio maravilhoso e difícil ............................................. 2Sinais de uma perda de perspectiva ............................... 2A Bíblia promete bons resultados? ........................... 5Como podem os pais encontrar paz mental?................. 6

Aceitando uma garantia limitada ........................ 7Aprendendo a jogar o jogo ................................... 8Regressando à escola .......................................10Aprendendo do animal de estimação .............................12Vivendo por um contrato ...............................14Levando nossos filhos a chorar .......................................16Trabalhando como um agricultor .............................18Aceitando o papel de sacerdote ..............................20Crescendo como uvas numa videira ..............................22Buscando momentos para ensinar ...............................24Morrendo mil mortes ..............26Preparando-se para um ninho vazio .................................28Antes tarde do que nunca ......30

Você é filho de quem? ......................................32Título original: How Can A Parent Find Peace Of Mind iSBN: 978-1-58424-091-4ilustração da Capa: © mark Gervase/Getty images PorTuGuESEAs citações bíblicas são extraídas da Nova Versão internacional © 2000 Sociedade Bíblica do Brasil © 2002,2009 rBC ministries, Grand rapids, michigan, uSA Printed in USA

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Um desafio maravilhoso e difíCil

Em retrospectiva, poucos avós diriam que ser

pais foi tarefa fácil. Todavia, muitos diriam que educar os filhos foi e continua sendo uma das experiências mais recompensadoras de suas vidas. Outros diriam que sabendo o que sabem hoje, não voltariam a ter filhos. Algumas pesquisas mostram que a desilusão dos pais é bastante comum. Jornais, programas de rádio e televisão continuam a mostrar que provavelmente existe mais do que apenas um sorriso por detrás das tentativas de humor de alguns adesivos para carros:

•Felicidade é gastar a herança dos seus Filhos antes que eles o Façam.

•SuceSSocomopai,éviveroSuficienteparaSerumproblemaparaos seus Filhos.

Por detrás do humor existe dor, noites sem dormir e sonhos destruídos. A parte mais difícil deste assunto, para qualquer pai, é que os nossos filhos estão bem perto dos nossos corações. Muitos de nós reconheceríamos rapidamente que não existe nada mais importante que os nossos filhos. Mais de um diria que nada mais importa, se os seus filhos não estão felizes. Nada é mais importante se um filho ou uma filha está doente, machucado ou atemorizado. Uma certa quantia de preocupação é saudável pois faz parte do amor que temos pelos nossos filhos. Porém, chega um momento, em que o cuidado e preocupação


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se podem transformar em algo doentio. Chega um momento em que a preocupação com uma criança difícil nos desgasta — e é um sinal de perda de perspectiva.

sinais de Uma Perda de PersPeCtiva

Embora todos os pais e mães passem por situações de

frustração e ira, muitos concordam em que estariam dispostos a fazer qualquer coisa pela felicidade dos seus filhos. Não é incomum para os pais sentirem o desejo de poder dar as suas vidas pelo bem estar dos seus filhos. Estas expressões de amor são bem intencionadas e fazem parte de ser um pai ou uma mãe. Contudo, em algum momento, pode-se perder

a perspectiva. Ainda que a preocupação e a dor sejam compreensíveis, não é saudável quando um pai vive segundo as seguintes convicções: Não deveria ser deste jeito. Frequentemente, os pais idealizam o que significa ser um bom pai ou uma boa mãe. Muitos de nós temos expectativas irrealistas sobre o processo de educação dos filhos. Supomos que se somos bons pais teremos bons filhos — agora. Tais esperanças e certezas não são o que uma educação sábia e amorosa significam. Nada mais é importante. É possível idealizar o processo de educação, mas também “idolatrar” os nossos filhos. Embora os nossos filhos sejam importantes, eles não são tudo. Não podemos permitir que se tornem o foco consumidor das nossas vidas. Não podemos permitir que as


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decisões imaturas deles se interponham entre a nossa relação com os nossos cônjuges ou do nosso Pai celestial Os problemas dos nossos filhos refletem os nossos erros. Embora passemos a nossa natureza humana aos nossos filhos, não é saudável supor que os erros dos nossos filhos são sempre em proporção aos nossos erros. Na história de Jó, no Velho Testamento, os três amigos de um homem atribulado presumem erroneamente que o que está acontecendo a Jó e aos seus filhos é o resultado do pecado de Jó. Os seus amigos compreendiam o princípio moral de “o que semeares, colherás”. Mas estavam errados na sua suposição de que os problemas da família de Jó eram proporcionais ao pecado dele. Se, durante a nossa preocupação pelos nossos

filhos, nos apercebemos de erros, podemos admitir as nossas falhas e comprometer-nos a mudar. Mas seria um erro pensar que quando mudamos os nossos “caminhos”, os nossos filhos farão o mesmo. Toda a esperança está perdida. A experiência de Jó nos ajuda ainda de outra maneira. Com o tempo, aprendemos que os momentos de escuridão e desespero não escreveram o último capítulo da vida dele. Com o tempo, o Deus que esteve tão silencioso — por Suas próprias razões — falou. E fê-lo com muito amor. Muitos pais descobriram que os momentos difíceis não duram para sempre. Com o tempo, eles aprenderam o valor de esperar em Deus e confiar na Sua força para amar e cuidar com sabedoria.


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a BíBlia Promete Bons resUltados?

Um dos princípios bíblicos sobre educação dos

filhos mais citados se encontra em Provérbios 22:6 diz: “Ensina a criança no caminho em que deve andar, e, ainda quando for velho, não se desviará dele.” Na versão hebraica diz literalmente que se você ensinar (“iniciar,” “impregnar,” “consagrar” ou “dedicar’) uma criança em seu próprio caminho (“respeitando o seu próprio temperamento e necessidades individuais em cada etapa de seu crescimento ou desenvolvimento), quando for adulto (que vem de uma palavra que significava “barbudo”ou “maduro”), ela não se afastará do mesmo.

Alguns entendem isto como uma promessa. Outros pensam que é uma regra geral de sabedoria que expressa a influência que os pais têm sobre uma criança impressionável.

Ensina a criança no caminho em

que deve andar, e, ainda quando

for velho, não se desviará dele.

—Provérbios 22:6

Existe algo de verdade em ambas as perspectivas. Pelo menos, este provérbio nos faz ponderar no fato de que se você dá à criança um bom começo, treinando-a de forma apropriada em relação às suas próprias necessidades, então a influência positiva deste treinamento inicial


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permanecerá com ela pelo resto de sua vida. Ela nunca será capaz de se afastar do que os pais lhe ensinaram. Isto não significa que o filho adulto sempre agirá conforme a influência de seus pais, mas levará na sua memória a instrução que recebeu até o dia que morrer. Em geral, a Bíblia mostra que o enfoque maduro da educação de filhos segue o exemplo do Pai celestial. Ele amou como nenhum outro pai amou e também dá a Seus filhos espaço suficiente para que tomem as suas próprias decisões e cometam os seus próprios erros.

Como Podem os Pais enContrar Paz mental?

Como pais que às vezes nos encontramos

pensando sobre o futuro, podemos encontrar-nos na posição em que desejaríamos que Deus nos tivesse assegurado resultados mais previsíveis. Em realidade é mais amoroso educar os filhos, sem esse tipo de confiança. Ao observarmos a maneira como o nosso Pai celestial nos amou, veremos que vale o esforço — não porque os nossos filhos sempre façam as melhores escolhas, mas porque temos a oportunidade, o privilégio e a paz de amá-los da maneira como nosso Pai celestial nos amou.


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AceiTANdO umA gArANTiA limiTAdAUma boa educação por parte dos pais não garante bons filhos. Ela somente nos assegura que os nossos filhos terão a tremenda vantagem de haverem tido bons pais. Pense no Deus da Bíblia. Ele é um Pai perfeito, mas veja os seus filhos. Adão e Eva foram criados no melhor dos meio-ambientes. Todavia, eles jogaram tudo fora, seguiram o caminho da serpente e deram à luz um assassino. Então veio Israel, uma nação querida e amada, que repetida e cronicamente se converteu em um filho incorrigível e rebelde. Depois veio a igreja, a qual repetidas vezes manchou o nome do Pai, por toda a terra. Ezequiel, o profeta, supôs que um bom pai pode ter um filho ruim. Ele

também nos lembrou que um mau pai pode ter um filho bom. Ele argumentou longamente contra a existência de uma relação determinante entre pais e filhos (Ezequiel 18:1-28).

Se fazemos bem a nossa parte, os

nossos filhos serão abençoados com um

bom fundamento.

Esta “tensão da exceção” está em contraposição ao que nós, muitas vezes, esperamos de um relacionamento entre pais e filhos. Quando vemos um filho de uma boa família desviar-se para o mal, nos inclinamos a pensar que, em algum momento, deve ter havido um lado escuro de negligência paterna. Pode ser.


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Mas o que dizer dos filhos que vêm de lares problemáticos e se tornam excelentes pessoas? Estamos igualmente inclinados a pensar que deve ter havido alguma virtude paterna redentora e determinante que não vimos antes? Ou pensamos que este filho se elevou acima das suas raízes e decidiu que seria diferente? Já é bastante difícil ter a preocupação que qualquer pai amoroso tem pelo bem-estar de seus filhos. É suficiente saber que não demos aos nossos filhos o amor, paciência e sabedoria que desejaríamos ter dado. É, muito mais triste, portanto, que uma forma de pensar errada nos roube a paz. É lamentável quando os pais têm um sentimento falso de culpa somente porque creem que se fizerem as coisas certas, os seus filhos sempre se sairão bem na

vida. A verdade é que, se fazemos bem a nossa parte, os nossos filhos serão abençoados com um bom fundamento.

ApreNdeNdO A jOgAr O jOgO O tênis pode ser jogado de duas maneiras. Pode ser jogado com o tipo de esportivismo que sabe ganhar e perder. Ou pode-se jogar simplesmente para ganhar e fazer dinheiro. Esta última é o legado de alguns jogadores jovens profissionais que mancharam a dignidade do jogo com os seus acessos de raiva, a sua linguagem suja, suas duras críticas para com os árbitros e suas desculpas amargas. Os pais têm opções semelhantes. Eles podem concentrar-se em desenvolver o seu próprio autocontrole, suas habilidades e reações, ou podem tentar


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desviar a atenção de suas próprias debilidades culpando os outros pelos seus problemas. Com esta última atitude, a educação dos filhos termina em desculpas como: “Estas crianças estão me deixando louco. Me deixam tão furioso! Às vezes, penso que estou perdendo a cabeça. Sei que não deveria gritar, mas não posso fazer nada. Eles fazem com que saia o que há de pior em mim. Além do mais, creio que grande parte de meu problema se deve ao fato de vir de um lar desagregado. Não consigo parar de gritar e bater e argumentar com estes malcriados. Não consigo parar.” Os nossos primeiros pais começaram a rolar a ‘bola da culpa’. Adão culpou a Eva. Eva culpou a serpente. A serpente e o diabo, sem dúvida, culparam a Deus. Mas Deus fez

Adão responsável pelas suas escolhas. Ele fez Eva responsável pelo que havia decidido fazer. A serpente também não se escapou. Hoje, estamos propensos a dizer que os nossos problemas de educação são o resultado dos erros de nossos próprios pais. Pode haver muita verdade nisso. Mas há muito tempo, o Senhor ensinou o Seu povo a não culpar os demais pelas suas próprias decisões. Ele se opôs a um provérbio que se usava para diminuir a responsabilidade pessoal das próprias ações:

Os pais comem uvas verdes e os dentes dos filhos se embotam? (Ezequiel 18:2).

Isto não quer dizer que Deus ignora os problemas que herdamos de nossos pais. As Escrituras certamente reconhecem a existência de predisposições


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adquiridas ou herdadas biologicamente. Deus disse:

Porque eu, o Senhor, o teu Deus, sou um Deus zeloso, que castigo os filhos pelos pecados de seus pais até a terceira e quarta geração daqueles que me desprezam...(Êxodo 20:5).

Entretanto, as Escrituras também mostram que estar sob a influência de nossos próprios pais não elimina a responsabilidade de como escolhemos responder a esta influência. Depende de nós se queremos, inconscientemente, seguir o exemplo de nossos pais, conscientemente ansiar por isso, ou escolher deliberadamente outro caminho. Um filho adolescente imaturo pode levar-nos até os limites. Um pai alcoólatra ou uma mãe neurótica podem permanecer para sempre

em nossa memória. Mas nenhum deles nos dá uma desculpa para comportar- -nos como adolescentes, irados, argumentativos ou abusivos.

regreSSANdO À eScOlAJustamente quando pensamos que terminamos de estudar, nos deparamos com um “baixinho” de uns 10 kg que rapidamente testa os nossos limites. De repente, nos encontramos “de volta à escola”. Começamos a compreender que a educação dos filhos não é somente uma questão de descarregar lentamente o conhecimento que acumulamos, em mentes frescas, receptivas, moldáveis e famintas. Começamos mais uma vez, a procurar por mais respostas. Desenvolvemos uma nova perspectiva da “folha em branco” da infância. Ao tomarmos na mão o giz da sabedoria


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paterna, descobrimos que o quadro-negro está escorregadio e não aceita o nosso desejo entusiasta de escrever e ensinar algo maravilhoso. Esta resistência ao nosso ensino vai durar durante todo o tempo que tivermos os nossos filhos. Para nossa decepção, descobriremos que com poucas exceções, eles aprendem melhor quando não estamos olhando.

“Nós nunca conhecemos o

amor de um pai, até nos tornarmos

pais também.” —H.W. Beecher

Esta não é a maneira que queríamos. Pensamos que um filho deveria ser um documento fresco e em branco, ao qual

pudéssemos transferir todo o conhecimento que desejaríamos ter levado a sério quando tínhamos a sua idade. Não obstante, a aprendizagem ocorre tanto se o percebemos ou não. Aprendemos, finalmente, a entender a nossos próprios pais. Descobrimos o que significa amar desesperadamente a uma criança que parece estar decidida a imitar as nossas falhas enquanto resiste aos nossos valores, expectativas e sonhos. Estamos aprendendo algo sobre o coração de Deus. Estamos aprendendo algo sobre a Sua alegria. Estamos aprendendo sobre a dor que Ele sente quando os Seus filhos ignoram a Sua correção amorosa (Isaías 1:2). Estamos aprendendo muito sobre nós mesmos. Descobrimos que estas crianças nos fazem manifestar o melhor e


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o pior que há em nós. Todavia, até o pior não é de todo mau. Os nossos nervos em farrapos, a ansiedade e a ira fazem por nós, o mesmo que uma dor de cabeça ou uma febre. A tentação de berrar e gritar ou fazer valer a nossa autoridade paterna (“Isto é assim porque eu disse!) são sintomas que não devem ser ignorados. Estas reações nos dizem que ainda temos muito a aprender sobre o que Deus pode fazer em nós. Precisamos crescer no Seu discernimento, no Seu autocontrole, na Sua capacidade em conduzir- -nos com dignidade através dos desafios de liderar um pequeno “centro do universo” à maturidade. Ao nos conscientizarmos de que isto é bom para nós, encontraremos paz.

ApreNdeNdO dO ANimAl de eSTimAÇÃOAntes de sentir-se ofendido pela comparação, pense sobre isto: o que é necessário para treinar um cachorro a sentar-se e pedir algo? Quantas vezes você teria que bater nele com um rolo de jornal, gritar, argumentar ou derrubá-lo com insultos? É possível que mesmo que consiga fazer com que o seu cachorro fique longe do sofá da sala batendo-lhe diversas vezes com jornal, esta mesma tática venha a falhar ao ensinar-lhe que se sente, dê uma volta ou lhe traga os seus chinelos. Um cachorro não vai aprender novos truques, a não ser que lhe demos algo, o abracemos ou lhe demos uma aprovação calorosa. Treinar uma criança é semelhante. Estabelecer as normas, ameaçar com castigo ou fazer uso da


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autoridade, dizendo: “Porque eu estou mandando, que sou o seu pai, é por isso!” somente funciona por um período. Depois disso, nem todas as ameaças do mundo serão capazes de fazer com que o seu filho se importe. Estas atitudes podem levá-lo a rebelar-se na sua frente e certamente também pelas suas costas. As crianças não podem ser forçadas a serem boas — não indefinidamente. Com o tempo, elas começarão a fazer o que elas querem, independentemente se você gosta disso ou não. A chave é ajudá-las a querer fazer o que é certo, a fim de aderiram às normas de Deus e também para que venham a satisfazer as suas próprias necessidades. Todo mundo deseja ser livre, ser importante, experimentar o prazer e ser valorizado. Comece por ajudá-las a sentir que realmente as

ama. Encoraje-as. Passe tempo com elas. Faça o que elas gostam de fazer. Carregue-as. Abrace-as. Faça coisas por elas que demonstrem que elas estão em seu coração, e que estão no seu coração para o bem delas.

Não se limite a dar-lhes amor. Dê-lhes limites

destinados a proteger a sua liberdade.

Não se limite a dar-lhes amor. Dê-lhes limites destinados a proteger a sua liberdade. Mostre-lhes o que acontece às pessoas que se recusam a viver sob o conselho sábio e amoroso de Deus. Procure encontrar formas criativas para mostrar-lhes que a Palavra de Deus nos foi dada para suprir as


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nossas mais profundas necessidades e desejos. Ajude-as a descobrir a sabedoria dos Provérbios, que mostram repetidamente e de muitas maneiras diferentes, que apesar de Deus poder apelar para a Sua autoridade, Ele não o faz. Ele nos dá o discernimento e o incentivo.

ViVeNdO pOr um cONTrATOOs pais sábios procuram não obrigar os seus filhos a se comportarem. Eles sabem que não podem forçar os seus filhos a serem bons, tanto quanto não se pode forçar um cavalo a beber água. Você pode guiar a criança para que seja boa, mas não pode obrigá-la. Este é o poder do espírito humano. Crianças que estão sentadas externamente, internamente podem permanecer de pé.

Isto não quer dizer que não tenha que obrigar as crianças a fazerem coisas que elas não queiram fazer. Existem exceções, especialmente nos primeiros anos de vida.

Diga-lhes também o que acontecerá

se não obedecerem. Então deixe que eles escolham as consequências.

Uma das lições mais importantes a ser aprendida como pais é a forma como Deus lida com os Seus filhos. Ele é um Deus de contratos. Ele nos diz o que acontecerá se fazemos o que Ele nos pede. Também nos diz, com detalhes suficientes, o que acontecerá se nos negamos a fazê-lo. Ele se oferece a ajudar-nos com


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as decisões, se pedimos por sabedoria, e nos oferece ajuda para fazer o que Ele quer que façamos o qual não podemos fazer sós. A questão da escolha é central para todo o relacionamento com os seus filhos. Se os Seus filhos se saem mal, é porque o decidiram assim. Quando sofrem as consequências, é porque eles escolheram conscientemente ir contra a Sua vontade. Coloque isto num relacionamento entre pais e filhos. Isto é o contrário de tomar todas as decisões pelos nossos filhos, tentar interferir e protegê-los quando estes tomaram decisões erradas. Também é o contrário de somente tentar fazer com que os nossos filhos façam o que nós queremos. O melhor que podemos fazer é mostrar-lhes claramente o que esperamos deles, e

dentro de que período de tempo. Diga-lhes o que acontecerá se lhe obedecerem. Diga-lhes também o que acontecerá se não obedecerem. Então deixe que eles escolham as consequências. Se acabam sendo castigados, se perdem algum privilégio em assistir televisão, se não podem usar o seu carro, se têm que ir para a cama uma hora mais cedo ou não podem ir com a família a um jogo — é devido à sua escolha, e não à nossa. Ensinar os nossos filhos a escolherem o seu próprio caminho e então deixá-los sentir o prazer ou a dor dos resultados de suas próprias escolhas, é uma das coisas mais importantes que podemos fazer, não apenas para eles, mas também para a nossa própria paz mental. Se fazemos isso, podemos parar de gritar, de ameaçar e de repetir as coisas. Isto significa


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que podemos parar de nos queixar e resmungar com eles para que arrumem as suas roupas. Podemos baixar o tom da nossa voz e sermos civilizados com respeito às nossas expectativas. Significa dizer: “De agora em diante, filhos, vocês escolhem como querem as coisas. Da mesma maneira como Deus nos trata como filhos, nós também o faremos. Estamos aqui para vocês, mas sob estas condições. Vocês é que decidem.”

leVANdO NOSSOS FilHOS A cHOrArVivemos em uma época, na qual o abuso infantil está muito difundido. Por isso, estamos conscientes dos perigos de bater em uma criança num momento de ira ou de usar qualquer instrumento, inclusive a mão, que pode causar sérios danos físicos. É igualmente importante

dar-se conta que à medida que uma criança cresce, ela pode ser corrigida pelo uso de consequências estabelecidas antes, conforme a sua escolha (veja pp.14,15) Este é um lado da moeda. O outro lado é que os pais sábios, não terão receio de fazer com que seus filhos chorem quando for necessário. A eterna sabedoria das Escrituras é clara:

•Quemsenegaacastigar seu filho não o ama; quem o ama não hesita em discipliná-lo (Provérbios 13:24).

•Disciplineoseufilho pois nisso há esperança; não queira a morte dele (Provérbios 19:18).

•Ainsensatezestáligada ao coração da criança, mas a vara da disciplina a livrará dela (Provérbios 22:15).


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•Avaradacorreçãodá sabedoria, mas a criança entregue a si mesma envergonha a sua mãe (Provérbios 29:15).

•Disciplineoseufilho,e este lhe dará paz, trará grande prazer à sua alma (Provérbios 29:17).

•Nenhumadisciplinaparece ser motivo de alegria no momento, mas sim de tristeza. Mais tarde, porém, produz fruto de justiça e paz para aqueles que por ela foram exercitados (Hebreus 12:11).

Estas podem ser palavras duras de ouvir para uma mãe ou um pai. A curto prazo, é muito mais fácil fazer a vontade de nossos filhos do que suportar a fúria de suas lágrimas e de suas queixas. A curto prazo, é dolorido. Mas a longo prazo, é necessária a correção

amorosa, apropriada e oportuna, tanto para o bem-estar de nossos filhos como também para a nossa própria paz mental. Muitas vezes, as nossas crianças são muito semelhantes ao servo que é descrito no livro de Provérbios:

Meras palavras não bastam para corrigir o escravo; mesmo que entenda não reagirá bem (29:19).

Oremos para que quando fizermos nossos filhos chorar, isto ocorra por causa de nosso amor e não por causa de nossa ira. Não foi prometida paz mental para aqueles pais que fazem chorar a seus filhos por egoísmo. Isto significa que os pais não deveriam dar razões a seus filhos para que digam: “Você não está sendo justo comigo. Você não está me escutando. Você está exigindo mais do que posso dar. Você nunca está satisfeito.


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Você reage de forma exagerada pelo que fiz de errado. Recusa admitir quando está errado. Eu não posso argumentar com você. Você muda constantemente de ideia. Você somente usa a sua autoridade como pai. Você é mesquinho e imprevisível. Eu nunca sei quando você vai explodir de raiva. Tenho medo de você. Você deveria proteger-me, mas em vez disso, necessito proteger- -me de você. Eu o odeio por me fazer chorar.”

TrABAlHANdO cOmO um AgriculTOrA educação dos filhos é mais semelhante ao trabalho de um agricultor do que ao trabalho de um cozinheiro. Boas refeições podem ser preparadas em questão de algumas horas. E seguindo uma receita, pode estar bastante seguro do resultado. Mas com crianças, as fórmulas não

funcionam muito bem. A fim de obter um modelo para criar filhos, necessitamos rastrear o pão e a carne de volta à fazenda, de onde vieram. Agora você está mais próximo do que é educar. A educação de filhos é mais um trabalho do que um jogo. Criar filhos é arar e arrancar e limpar e plantar. É tirar a erva daninha, cultivar e regar e então esperar o tempo da colheita. Dependendo do ano, pode ter uma colheita abundante. Outras colheitas podem se perder, devido a insetos, enfermidades, demasiada chuva ou pouca chuva, demasiado calor ou muito frio. Isto não quer dizer que a agricultura seja somente um jogo de azar. A agricultura pode ser muito científica. Se colocarmos um preguiçoso ou um playboy na fazenda, você pode estar quase certo que passará


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fome no outono. Um bom agricultor trabalha duro e sabe o que fazer com as colheitas específicas e os animais que está criando. Ele não cria galinhas como se fossem perus, nem cultiva o milho como se fosse alfafa. Sobretudo, você não vê o agricultor experimentar receitas rápidas com uma atitude de “isto com certeza não vai falhar”. Um bom agricultor é humilde. Ele conhece a sua semeadura, mas ele não presume o resultado. Tudo o que sabe é a sua responsabilidade a cada passo do caminho. Se obtiver uma colheita abundante é porque fez as coisas certas que estavam sob o seu controle e também porque as coisas que não estavam sob o seu controle, contribuíram. O apóstolo Paulo aludiu a este modelo da agricultura, em sua primeira carta do Novo

Testamento aos Coríntios:Afinal de contas, quem é Apolo? Quem é Paulo? Apenas servos por meio dos quais vocês vieram a crer, conforme o ministério que o Senhor atribuiu a cada um. Eu plantei, Apolo regou, mas Deus é quem fez crescer; ...O que planta e o que rega têm um só propósito, e cada um será recompensado de acordo com o seu próprio trabalho... trabalhamos arduamente com nossas próprias mãos... procuro adverti-los, como a meus filhos amados. Embora possam ter dez mil tutores em Cristo, vocês não têm muitos pais, pois em Cristo Jesus eu mesmo os gerei por meio do evangelho. Portanto, suplico-lhes que sejam meus imitadores (1 Coríntios 3:5,6,8; 4:12,14-16).

Paulo estava pensando em filhos espirituais,


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o que é diferente do que educar os próprios filhos. Mas existem fortes paralelos. Em ambos os casos, você precisa fazer o que é correto: trabalhar duro, esperar em Deus para a colheita e compreender que seremos recompensados — não pelos resultados, mas pelo cuidado amoroso que você deu. A paz mental encontra- -se na compreensão que a educação dos filhos implica um longo processo de prover o que os nossos pequenos necessitam, enquanto esperamos neles e em Deus pelos resultados, e não tentando forçar um crescimento rápido. Não há paz nem produtividade se tentamos acelerar a colheita.

AceiTANdO O pApel de SAcerdOTeEli, o sacerdote do Antigo Testamento, criou um filho que não era seu

(1 Samuel 1:24-2:21). Por diversos anos, Eli assumiu o papel de pai para com um menino chamado Samuel. Mas Samuel era somente um menino que estava sob os cuidados de Eli. De certa forma, temos um relacionamento semelhante com os nossos filhos. Eles são como todas as demais posses que temos. Na realidade, eles não são nossos. Os nossos filhos foram deixados sob os nossos cuidados temporariamente pelo Senhor, para serem criados para Ele. De certa maneira, o pensamento de que os nossos filhos não são nossos, não é muito consolador. Sabemos o que se sente quando nos preocupamos em devolver um carro alugado ou uma máquina de cortar grama que está em más condições. Por outro lado, compreender que os nossos filhos são do Senhor, é um pensamento


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bastante libertador. Isto significa que o verdadeiro dono da criança se certificará que eu tenha todos os recursos que necessito para cuidar da criança, em nome de Deus. Os pais também são como Eli, semelhantes a sacerdotes. Em Hebreus 5:1-4 vemos que um sacerdote intercede pelo seu povo e que o faz consciente de suas próprias debilidades. Como conhece os seus próprios problemas, pode se solidarizar e compadecer ao lidar com aqueles que o buscam para obter ajuda. O autor de Hebreus escreveu o seguinte acerca do sumo sacerdote:

Ele é capaz de se compadecer dos que não têm conhecimento e se desviam, visto que ele próprio está sujeito à fraqueza. Por isso ele precisa oferecer sacrifícios por seus

próprios pecados, bem como pelos pecados do povo (Hebreus 5:2-3).

Como isto foi dito sobre os sacerdotes que serviam antes da vinda de Cristo, o nosso Grande Sumo Sacerdote, alguns podem pensar que isto é obsoleto. Entretanto, o mesmo autor também disse de Cristo:

...pois não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer- -se das nossas fraquezas, mas sim alguém que, como nós, passou por todo tipo de tentação, porém, sem pecado (Hebreus 4:15).

O Novo Testamento chama agora aos filhos de Deus, sacerdócio real (1 Pedro 2:5,9). Pense nas implicações que existem para os pais. Não faz sentido esperar que os nossos filhos sejam melhores do que nós éramos. Talvez anelemos que eles façam boas decisões. Talvez oremos para que sejam mais


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sábios do que é normal para a sua idade. Mas nem sempre fomos sábios e maravilhosos. Estivemos no mesmo ponto onde estão nossos filhos, hoje. Fomos igualmente imprudentes, com uma visão curta, e ingênuos. O que temos para oferecer-lhes não é um exemplo perfeito, mas corações solidários, compassivos que se acercam continuamente a eles em amor e a Deus, o seu Pai celestial e verdadeiro dono — em seu favor.

creSceNdO cOmO uVAS NumA VideirAO segredo de uma fruta está no ramo e nas raízes. Uma boa educação é o fruto de um bom caráter, que tem as suas raízes e cresce em Deus mesmo. A Bíblia chama este caráter: o fruto do Espírito. Isto significa que ele vem do Espírito Santo de Deus

e não de nossa própria capacidade ou energia. Veja o que o apóstolo Paulo escreveu e pense em como isto assegura uma boa educação dos filhos:

Mas o fruto do Espírito é amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio. Contra essas coisas não há lei. Os que pertencem a Cristo Jesus crucificaram a carne, com as suas paixões e os seus desejos. Se vivemos pelo Espírito, andemos também pelo Espírito (Gálatas 5:22-25).

A razão pela qual as palavras de Paulo são tão importantes para os pais, é que elas não só refletem as qualidades que asseguram uma boa educação, mas elas também apontam para os recursos do Espírito que não encontramos em nós mesmos ou na nossa própria experiência.


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Se Paulo está certo, então o nosso próprio senso de insuficiência e nossa própria história de relacionamentos mal sucedidos podem nos beneficiar. Estas podem ser as necessidades que nos levam a encontrar no Espírito de nosso Pai celeste as qualidades paternas que, por natureza, não temos em nós. Ouça o que Paulo escreveu aos cristãos que haviam tentado viver somente com as suas próprias forças:

Será que vocês são tão insensatos que, tendo começado pelo Espírito, querem agora se aperfeiçoar pelo esforço próprio? Será que foi inútil sofrerem tantas coisas? Se é que foi inútil! Aquele que lhes dá o seu Espírito e opera milagres entre vocês realiza essas coisas pela prática da Lei ou pela fé com a qual receberam a

palavra (Gálatas 3:3-5). Os recursos espirituais do caráter sobre os quais Paulo estava falando, não são o resultado de tentar viver segundo os ideais de Deus. Eles vêm quando cremos e confiamos no que Deus diz que está disposto e é capaz de fazer em nós. Precisamos lembrar uns aos outros continuamente, que o segredo de uma boa educação é como a fruta que está implantada nos ramos e nas raízes do Espírito de Cristo. Quando estamos de acordo com Cristo e com a Sua Palavra (João 15:1-14), então cresceremos na nossa experiência do fruto do Espírito:

•Amorsobrenaturalvs.puro esforço e fadiga

•Bomsentidodehumor (alegria) vs. pessimismo

•Espíritocalmovs.ansiedade

•Atitudepacientevs.ira rápida


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•Bondadevs.maldade•Bonsmotivose

intenções vs. egoísmo•Cumprirpromessasvs.

não cumprir a palavra•Branduravs.aspereza•Domínioprópriovs.

comportamento cheio de vícios

BuScANdO mOmeNTOS AprOpriAdOS pArA eNSiNArNo Antigo Testamento, Deus ensinou o Seu povo a construir pilhas de pedras para que os seus filhos um dia perguntassem por que essas pedras estavam ali. Quando os filhos perguntavam, os pais deviam estar preparados para contar a história de como o Deus de Israel havia suprido maravilhosamente as suas necessidades naquele lugar. O segredo estava em estar preparado para momentos de ensino. Disse ele aos

israelitas: No futuro, quando os vossos filhos perguntarem aos seus pais: Que significam essas pedras?, expliquem a eles: Aqui Israel atravessou o Jordão em terra seca (Josué 4:21,22).

Os pais-mestres de Israel não deviam ser maçantes. Eles deviam fazer coisas que viessem a motivar os seus filhos a perguntar: “Pai, mãe, por que estamos fazendo isto? Por que sempre temos um lugar vazio na nossa mesa?” (Veja Deuteronômio 6:6-9,20-25). O pai que escreveu os Provérbios para o seu filho, compreendeu o poder que tem uma palavra que é dita no momento certo (Provérbios 15:23; 25:11). Ele veio de uma tradição que usava formas criativas para abrir os corações das crianças


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para as perspectivas transformadoras da vida. Os judeus ensinavam usando pilhas de pedras, adivinhações (charadas), objetos, drama, figuras de linguagem e vendo os filhos, em geral, como participantes na sua própria aprendizagem com vontade e de forma ativa.

O que as devoções obrigatórias fazem é ajudar a um pai a sentir-se menos

culpado por algo que crê que

deve fazer.

Essas lições objetivas são diferentes do tipo de devoções em família que são forçadas, com certo ritual e com caráter acadêmico. Estas últimas, raramente têm o efeito espiritual desejado. A não

ser que as nossas palavras cheguem em momentos apropriados para ensinar, elas não atrairão os corações de nossos filhos a seu Deus. O que as devoções obrigatórias fazem é ajudar a um pai a sentir-se menos culpado por algo que crê que deve fazer. É muito melhor planejar e aproveitar os momentos para ensinar os filhos. Discussões amorosas sobre a vida, geralmente são mais receptivas e efetivas, enquanto se está desfrutando uma tarde num barco de pesca, uma caminhada por um bosque, um passeio de carro por uma região campestre, uma discussão espontânea durante uma refeição ou uma história bíblica simples e oração na hora de dormir, (Deuteronômio 6:6-9). O desafio é que você não pode ensinar as crianças desta maneira


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sem um envolvimento criativo e que requer a sua disponibilidade. Não estou dizendo que não deveríamos ter devoções durante as refeições com os nossos filhos. Se está funcionando bem e tendo os resultados que esperava, continue. Mas se tudo o que está fazendo é forçar os seus filhos a aprender algo, é possível que estejam aprendendo a ressentir-se não só da leitura da Bíblia e da oração, mas também de você e de seu Senhor.

mOrreNdO mil mOrTeSA maioria dos pais mais eficazes morre mil vezes. Às vezes, é o resultado de passarem vergonha por causa dos atos dos seus filhos. Às vezes, é o resultado de frustrações e de uma absoluta fadiga. Às vezes, é devido a uma profunda preocupação pelas escolhas de pouca

visão e autodestrutivas de um filho ou uma filha. Mas muitas vezes estes pais morrem voluntariamente aos seus próprios desejos somente porque é isso que se necessita para trazer filhos ao mundo. Ninguém disse que conduzir os filhos até a maturidade, seria fácil. É difícil para uma mãe passar pelas contrações durante um parto. É difícil para ela, gastar anos de sua vida com bebês e filhos pequenos, que exigem constantemente a sua atenção. É difícil para uma esposa e um marido renunciarem às liberdades que desfrutavam antes de terem filhos. É difícil para um pai colocar de lado a sua vontade e dar ao filho o espaço que necessita para tomar as suas próprias decisões. É difícil dar aos filhos cada vez mais liberdade e controlá-los cada vez menos, de maneira que


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possam começar a sentir as responsabilidades da maturidade. É difícil não intervir e resgatá-los quando se metem em problemas. É difícil permanecer firme em colocar limites e controles razoáveis, de forma que não estejam totalmente por conta própria. Seria mais fácil, algumas vezes, ceder e ver-se livre deles. É difícil ajudá-los constantemente a ver que a verdadeira questão não é o que você quer que eles façam, mas o que eles escolherão e as suas respectivas consequências. É difícil não intervir e assumir o controle. É difícil ser paciente o suficiente e dar-lhes todo o tempo que necessitam para crescer. É como morrer e deixá-los enfrentar este mundo frio e cruel. É difícil orar por eles diariamente. Ainda mais difícil é orar de tal maneira que a oração

reflita a nossa entrega a Deus. É difícil dizer ao Senhor: “Faça o que for necessário para que meus filhos se aproximem de Ti e cheguem à maturidade da fé e do amor. Senhor, faça o que for necessário.”

Uma boa educação dos filhos, …,

é o resultado do caráter à semelhança

de Cristo.

Ironicamente, estamos sujeitos a pensar que seguir um caminho mais fácil, resultará em menos dor e mais alegria. Uma boa educação dos filhos, entretanto, é o resultado do caráter à semelhança de Cristo. E a não ser que sigamos a orientação de Cristo e a do apóstolo Paulo (2 Coríntios 4:1-12), nunca veremos a


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diferença que o Espírito de Cristo pode fazer em nós. Somente quando o nosso ‘eu’ morre, os nossos filhos terão o benefício de serem educados por Cristo através de nós.

prepArANdO-Se pArA um NiNHO VAZiOA síndrome do ninho vazio se estabeleceu como uma verdadeira dimensão da crise da meia-idade. A vida sem os filhos é reconhecida hoje como uma verdadeira ameaça aos matrimônios, que sobreviveram a provas anteriores. Pais que viveram toda a sua vida em função de seus filhos, repentinamente se encontram andando pela casa, desconcertados. Tornam-se inquietos, insatisfeitos e irritados. Tal como a neblina, a ansiedade, ira e depressão podem chegar lentamente.

Se a síndrome do ninho vazio é uma marca de outra prova para os pais e o seu casamento, também deveria ser vista como uma marca de sucesso e esperança para o filho.

A maturidade é melhor do que a imaturidade,

a independência melhor do que a dependência e o dia da partida melhor que o

dia da chegada.

Os filhos não nascem para permanecerem crianças. O melhor para eles não é que sempre estejam protegidos e dirigidos por pais que sempre aplainam e encobrem tudo. Desde o dia em que um bebê


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nasce, os seus pais deveriam entender que a sua missão é a de preparar esta criança para “voar”. A maturidade é melhor do que a imaturidade, a independência melhor do que a dependência e o dia da partida melhor que o dia da chegada. Se depois de passar pelas dores normais da partida, os pais continuam a envolver-se e a proteger a vida dos filhos em demasia, então é necessária uma autoanálise. Pode ser o momento de admitir e desfazer-se de um padrão egoísta de controle e domínio. Pode ser o momento de aceitar o fato que estivemos demasiado envolvidos, não para o bem do filho, mas para abandonar-nos às nossas necessidades egoístas. É difícil deixá-los ir, especialmente se nos tornamos dependentes deles. A dependência é uma característica

infantil em nós e é uma advertência de que não estamos encontrando a nossa satisfação e paz em Deus. É interessante notar a maneira pela qual Deus age como Pai para com os Seus filhos. Tanto no tempo do Antigo Testamento como do Novo Testamento, o Pai celestial alimentou temporariamente os Seus filhos com uma grande provisão de sinais maravilhosos e milagres para assegurá-los da Sua presença. Com o tempo, retirou a presença óbvia dos milagres e forçou os Seus filhos a ‘mergulhar e nadar’ nas disciplinas da fé. Deus criou o homem e a mulher para que deixem os seus pais e se unam a um novo companheiro da sua escolha. É nessa nova esfera de vida independente que uma pessoa está mais livre para aprender a amar a


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Deus, a seus pais, a seu companheiro, a seus filhos e a seus amigos. É aqui que podemos encontrar a paz mental que Deus provê.

ANTeS TArde dO Que NuNcAÉ melhor pedir perdão tarde do que nunca fazê-lo. É melhor dizer: ‘Eu te amo’ em um leito de morte do que morrer, sem nunca ter dito essas palavras. Encontrar meios de encorajar os filhos numa fase avançada da vida é melhor do que deixar que cheguem ao seu fim, perguntando-se: “Será que papai e mamãe realmente se preocupavam comigo?” Uma das experiências mais incríveis é ver o bem que algumas palavras de ânimo podem fazer mesmo no final da vida desse pai ou dessa mãe. Não há nenhuma forma de mudar os erros cometidos na vida. As

consequências humanas de pais movidos pelo egoísmo, pelo alcoolismo, pelo adultério, pelo abuso e pelo vício ao trabalho, não podem ser apagadas como se faz com o giz num quadro-negro. Mas você pode conhecer as alegrias do Mestre que ensinou aos Seus seguidores a viver um dia de cada vez, confessar os seus erros, a fazer restituições onde é possível e assim conhecer a paz de Deus. Mas o que acontece se o filho morre antes que os pais tenham a oportunidade de demonstrar o seu amor? Mesmo assim, ainda pode honrar e dignificar a vida e a memória desse filho. Você pode fazer com que alguma outra pessoa tenha proveito desses erros, se você cuidar e se dedicar a ela. O apóstolo Paulo ilustrou a possibilidade de tirar algum proveito


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dos nossos erros em benefício de outros. Ele se tornou como um pai para muitos, depois de cometer alguns erros violentos. Na sua juventude, era um homem abusivo e irado (Atos 8:1-3). Os seus atos deixaram lembranças que pesavam fortemente sobre ele (1 Timóteo 1:15). No entanto, não desistiu.

É melhor pedir perdão tarde do que

nunca fazê-lo. É melhor dizer:

‘Eu te amo’ em um leito de morte do que morrer,

sem nunca ter dito essas palavras.

Seguiu adiante até chegar a ser uma das melhores figuras paternas de todos os tempos. Motivado

pelos erros de seu passado e pelo amor e perdão de Deus, foi como um pai para aqueles que absorveram o seu amor, sua sabedoria, o seu exemplo e suas orações. Depois de reconhecer o quanto Deus o amou, depois de uma transformação de seu coração e depois de experimentar a força redentora de Cristo; Paulo se tornou conhecido pelo seu exemplo, seus conselhos, sua correção e suas palavras calorosas e firmes de encorajamento. Ele aprendeu a dar a bondade como uma mãe e o forte consolo e desafio como um pai (1 Tessalonicenses 2:7-12). Os seus filhos “adotivos” certamente diriam: “Melhor tarde do que nunca.”


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voCÊ É filho de QUem?

V ocê não precisa ser o filho adulto de um casal

divorciado, ou ser filho de um alcoólatra ou de uma mãe ou pai que foram física, verbal ou sexualmente abusivos, para duvidar de sua capacidade como pai ou mãe. Todos temos perguntas sobre o que deixaremos para os nossos filhos. Nos perguntamos se poderemos ser tão bons para os nossos filhos quanto o foram os nossos próprios pais. As boas-novas: não precisamos deixar-lhes um legado de insuficiência paterna. O Deus da Bíblia ofereceu-se para adotá-lo, educá-lo e viver a Sua vida através de você, se você permitir que Ele seja o seu Pai. O Deus e Pai do Senhor Jesus Cristo ofereceu-se para adotá-lo e incluir seu

nome na Sua eterna herança, se reconhecer os seus pecados e confiar em Cristo para obter o perdão e a vida (Efésios 1:3-12; 1 João 5:1). Nesta nova relação com Deus, os pais podem encontrar o amor, a segurança e a confiança que somente Deus pode dar. Isto começa quando confiamos em Cristo como Salvador da punição eterna do pecado. Isto continuará à medida que nos apoiamos nele para que nos dê sabedoria e capacidade. Esta é a única maneira de fazer com que o lema “Filhos tendo filhos” funcione a nosso favor. Quando confiamos em Deus e vivemos como Seus filhos, Ele desenvolverá em nós o caráter que é o segredo para uma boa educação dos filhos.

o texto inclui o acordo ortográfico conforme Decreto n.º 6.583/08.


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