Brasil Capitulo 2
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08/12/13 Resenha Geografia Economica - Provas de Concursos - Jreenatoo
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Enviado por jreenatoo, fev. 2013 | 6 Páginas (1397 Palavras) | 37 Consultas| | |
Resenha Geografia Economica(1)
Geografia Econômica, Campo Grande, CCET - UFMS
BECKER, Bertha K; EGLER, Claudio A. G. Brasil Uma Nova Potência
Regional na Economia – Mundo. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1992. Cap. 2,
3 e 4 , pag. 67 a 147. ANDRADE, Manuel Correia de. Geografia Econômica.
São Paulo, Atlas S.A, 1973. 267 pg. RESENHA JOSÉ RENATO SILVA DE
OLIVEIRA ¹ [email protected] , [email protected]
“ Brasil Uma Potencia Regional na Economia-Mundo” da geógrafa e
historiadora Bertha Koiffmann Becker, Atualmente professora Emérita da
Universidade Federal do Rio de Janeiro e coordenadora do Laboratório de
Gestão do Território – LAGET/UFRJ; traz como objetivo desmitificar o discurso
daqueles que acreditam no ideário do “Brasil Potência”, bem como dos que
reduzem a um mero membro do “Terceiro Mundo”. “ Partindo de um ponto de
vista inovador e instigante, onde estão ressaltadas as ambivalências de uma
potência regional emergente no cenário de multipolaridade global, está obra
permite análises comparativas com outros países e a avaliação das reais
dimensões do Brasil no contexto latino-americano. O Brasil é parte integrante
da economia-mundo capitalista, mas possui características peculiares que o
individualizam no cenário mundial. A via brasileira para a modernidade é a
única no século XX e os brasileiros precisam conhecê-la para melhor decidir
sobre seu futuro. Essa é uma contribuição da geografia para decifrar o enigma
da construção da nação”. O Estado e a Industrialização Nacional ( 1888/89 –
1967) – foi o período em que o Brasil continuou dominado pelo complexo
agroexportador cafeeiro. Porém o estado começou a planejar o
desenvolvimento industrial. O processo de expansão do café criou as
condições para o surgimento da industria. Nesse período houve uma intensa
migração para o Brasil. Com a grande crise de 1929 o café que custava em
média de
23 centavos caiu para 8 levando diversos produtores a falência. Essa crise
motivou a expansão da industria no Brasil, especialmente a de bens de
consumo.
“ Expandiu-se, assim, a industria de bens de consumo, principalmente a têxtil.
O primeiro censo geral das industrias brasileiras (1907) registrou 3.258
estabelecimentos e 150.841 operários, sobressaindo a industria têxtil, cerca
de 60%, e de alimentos, 15%, concentrada no Rio de Janeiro 33%, São Paulo
16% e Rio Grande do Sul 15%” (Becker, 1992).
2 Páginas dezembro de 2012
5 Páginas março de 2013
9 Páginas setembro de 2013
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Sabe-se que a mundialização da economia está ligada diretamente com a
consolidação do dólar moeda internacional. Sabendo disso as multinacionais
começaram a se expandir em escala mundial. Não diferente, esse processo
de mundialização também alterou alguns aspectos das regiões brasileiras e
criou condições para que fosse incorporado na economia-mundo. A partir da
década de 1870 tem-se a formação do mercado de trabalho que foi uma
condição essencial para a capitalização da economia alterando a dinâmica
espaço-temporal e divisão territorial do trabalho. A divisão territorial do
trabalho está aqui, dividida em três setores.
“ a marinha, que correspondia às terras próximas ao litoral e domínio da
grande lavoura escravista, o sertão, vasto hinterland complementar à economia
litorânea, onde a pecuária extensiva constituía a principal atividade econômica
e as minas, que representaram um denso povoamento de porções
determinadas do interior e ativaram fluxos comerciais importantes tanto com a
marinha, como com o sertão” ( Becker , 1992 ).
A relação da economia com o território se constitui uma importante categoria
de análise enfatizado pela autora. Através do texto podemos perceber o cunho
capitalista. Nesse período predominava o capitalismo mercantil onde a cidade
estava ligada ao campo necessariamente. Nesse contexto Surgem então, os
arquipélagos mercantis.. A organização territorial nesse momento estava
pautada sobre as regiões portuárias como a do Rio de Janeiro.
“ A conformação em arquipélago refletia a inserção do Brasil como produtor
de mercadorias para o mercado mundial, fosse açúcar, fumo, cacau, borracha
ou café, utilizando as vantagens comparativas naturais e históricas de cada
porção do espaço nacional” ( Becker, 1992)
Essa foi uma das fases necessárias para que o Brasil se configurasse no
senário da economia-mundo. Foi através dessa ligação com o mercado
mundial, por meio das exportações que o Brasil começou o seu caminhar
econômico no que mais tarde viria a eleva-lo a condição de semiperiferia.
Porém é importante lembrar que a divisão produtiva do Brasil nessa época se
dava da seguinte forma: O centro Cafeeiro (Rio de Jane), O centro Açucareiro
e Algodoeiro ( Nordeste ) O Charque e a pecuária ( SUL ) e a Borracha Natural
( Amazônia ). Cria-se então uma relação Centro-periferia, que também é
enfatizada pela Autora.
“ Este papel das relações centro / periferia não representa exatamente a
manifestação do mecanismo das trocas desiguais […] pelo contrário, o papel
da periferia na nova divisão territorial do trabalho estava dado no interior do
próprio processo de acumulação de capital.” (Becker, 1992 ).
Com a consolidação do mercado nacional houve uma desestruturação dos “
arquipélagos” onde tinha-se o objetivo de romper o isolamento regional e criar
uma articulação regional entre as diversas áreas produtoras do espaço
nacional os chamados Circuitos inter-regionais de mercadorias.
“A reorganização espacial da economia brasileira acompanhou as
modificações substanciais do modo de inserção do brasil na economiamundo.
3 Páginas maio de 2012
24 Páginas setembro de 2012
...GEORGE, Pierre – Geografia Econômica, 6ª
edição,Rio de Janeiro – Ed. Bertrand Brasil, 1991
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A formidável expansão do sistema capitalista mundial no pós-guerra foi
acompanhada pelo Brasil, já não somente como exportador de mercadorias,
mas, devido à marcante presença do Estado na oferta de infraestrutura, como
campo de investimentos produtivos de empresas nacionais e multinacionais” (
Becker, 1992).
A estrutura regional do Brasil no período de industrialização pode ser divida
em três partes: A área core e a periferia integrada - representava o brasil
metropolitano, o núcleo polarizador do Sudeste, onde se dava a concentração
de grandes complexos industriais e usinas siderúrgicas, As periferias
deprimidas - Situada no nordeste do pais, região com condições físicas
limitadas, com chuvas irregulares o que dificultava a agricultura que estava
situada prioritariamente na parte costeira, A fronteira de recursos - região
onde se predominou a criação de gado e produção de cereais.
“ O norte foi um espaço pouco afetado; não se tratava de um “ espaço vazio”,
mas sim de um espaço com um povoamento disperso de índios, seringueiros
e sociedades locais tradicionais” (Becker, 1992).
Aqui, destaca-se a criação de Brasília e da rodovia Belém-Brasilia que
impulsionou a economia da região norte.
“ A nova capital, situada numa posição estratégica, em contato com as
periferias, representou uma verdadeira ponta de lança do “centro”, estimulando
tanto o avanço da franja pioneira, quanto as ligações econômicas com São
Paulo” (Becker, 1992)
A emergência do Brasil como potencia regional na economia-mundo não foi
de uma hora pra outra. O Brasil assumiu a condição de semiperiferia nos anos
70. processo de informatização e de transformações tecnológicas
possibilitaram uma descentralização industrial aletrando a relação espaço –
tempo.
“ A mudança da posição do Brasil foi atingida graças a condições
preexistentes, tais como um grande território, um mercado interno significativo,
e uma sólida base industrial estabelecida na fase anterior ” ( Bekcer, 1992)
Não podemos deixar de lembrar da criação do Projeto Geopolítico Para A
Modernidade. Aqui vale destacar dois aspectos: O reconhecimento de que
apenas a
industria de bens de consumo e capital não era suficiente para garantir a
soberania nacional; A necessidade da instrumentalização do espaço como
base para a acumulação e a legitimação do Estado.
“ A modernização conservadora combinou estes dois aspectos, considerando
o espaço como uma parte integral e fundamental, procurando dotá-lo de
operacionalidade e funcionalidade capazes de garantir não só a reprodução
ampliada, mas também a integração de porções do território nacional como
áreas privilegiadas de valorização na economia-mundo ” ( Egler, 1992).
Por fim houve uma busca pela autonomia tecnológica e a dominação dos
meios cientifico-tecnológico, destacando-se quatro áreas estratégicas:
Aeronáutica, industria bélica, Nuclear e de Computação. Nesse contexto
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Aeronáutica, industria bélica, Nuclear e de Computação. Nesse contexto
temos a criação de centros como: EMBRAER, INPE, CNPq etc. Já na fase da
Modernização Conservadora O Estado buscou uma recuperação da economia
que foi possível devido a três condições fundamentais: Compressão salarial e
o controle sobre o mercado de trabalho, estimulando a mobilidade da força de
trabalho e a revigoração da economia e investimentos no setor industrial e
publico (petróleo, energia e comunicações).
“A modernização da economia foi alcançada […] As três mudanças estruturais
fundamentais que ocorreram simplesmente aceleraram um processo já
iniciado na década de 50. A primeira dela foi o deslocamento do eixo
dinâmico da economia, do setor agrícola para o industrial; o Brasil deixou
definitivamente de ser um país essencialmente agrícola, na medida em que a
participação de industria no PIB cresceu de 25% para 38% entre 1960 e 1980”
( Becker, 1992) .
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(2013, 02). Resenha Geografia Economica. TrabalhosFeitos.com. Retirado 02,
2013, de http://www.trabalhosfeitos.com/ensaios/Resenha-Geografia-
Economica/608359.html
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