Brasil de Fato RJ - 045

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Rio de Janeiro, 3 a 9 de abril de 2014 | ano 11 | edição 45 | distribuição gratuita | www.brasildefato.com.br | facebook.com/brasildefato brasil | pág. 8 Campanhas eleitorais milionárias prejudicam sistema político, dizem ministros STF vota contra doações de empresários A história real em “12 anos de escravidão” Filme retrata desigualdade entre brancos e negros cultura | pág. 11 Gerva sio Baptista/STF Fox Searchlight / Everett Collection “Futebol hoje é uma lavanderia” Confira o PAPO DE BOTECO com o historiador Luiz Antônio Simas esporte | pág. 15 Arquivo pessoal 50 anos para “descomemorar” POLÍCIA VIOLENTA, CONCENTRAÇÃO DA MÍDIA E ABANDONO da política da reforma agrária. Três “heranças” deixadas pelo golpe empresarial-militar e que atrapalham a vida dos trabalhadores brasileiros até hoje. Em protesto, movimentos, sindicatos e partidos gritaram bem alto: “Ditadura nunca mais”! entrevista | pág. 5 Pablo Vergara cidades | pág. 3 Pablo Vergara “Ricos não querem perder privilégios” Historiadora Anita Prestes comenta fracassada tentativa de golpe na Venezuela

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Rio de Janeiro, 3 a 9 de abril de 2014 | ano 11 | edição 45 | distribuição gratuita | www.brasildefato.com.br | facebook.com/brasildefato

1 | mundobrasil | pág. 8

Campanhas eleitorais milionárias prejudicam sistemapolítico, dizem ministros

STF vota contra doaçõesde empresários

A história real em “12 anos de escravidão”Filme retrata desigualdadeentre brancos e negros

cultura | pág. 11G

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“Futebol hoje é uma lavanderia”Confira o PAPO DE BOTECO com o historiador Luiz Antônio Simas

esporte | pág. 15

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50 anos para “descomemorar”

POLÍCIA VIOLENTA, CONCENTRAÇÃO DA MÍDIA E ABANDONO da política da reforma agrária. Três “heranças” deixadas pelo golpe empresarial-militar e que atrapalhama vida dos trabalhadores brasileiros até hoje. Em protesto, movimentos, sindicatos e partidos gritaram bem alto: “Ditadura nunca mais”!

entrevista | pág. 5

Pab

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cidades | pág. 3

Pablo Vergara

“Ricos nãoquerem perderprivilégios”Historiadora Anita Prestes comenta fracassada tentativa de golpe na Venezuela

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“Não temos interesse emficar rodeando a Rússia. Enão temos nenhum interessena Ucrânia a não ser deixaro povo ucraniano tomar aspróprias decisões sobre suasvidas”. Estas palavras do pre-sidente do Estados Unidosda América prima pela men-tira e pela hipocrisia.

Mentira atestada por JackF. Matlock Jr., ex-embaixadordos EUA na antiga União So-viética, de 1987 a 1991, no-meado pelo ultraconservadorRonald Reagan. Em recenteartigo publicado em seu blogMatlock Jr. foi enfático aoafirmar que a entrada daUcrânia à Otan era um obje-tivo declarado governo Bush-Cheney e não foi abandonadopela administração Obama.

No mesmo artigo o ex-em-baixador desmascara a hipo-

crisia do presidente estadu-nidense quando afirma quea maioria dos ucranianos nãoquer a adesão à Otan.

Aparentar uma virtude, umsentimento que não se tem,é a essência da hipocrisia. E,se há algo que a política ex-

terna dos EUA nãopermite é deixar os po-vos, e entre eles o ucra-niano, tomar as pró-prias decisões sobresuas vidas.

É do conhecimentode todos que ViktorIanukovich, legitima-mente eleito pelamaioria dos ucrania-nos, foi deposto dapresidência por se re-cusar a assinar umacordo de adesão àUnião Europeia. Paraalcançar esse objetivoo governo de Obamae a União Europeia,contando sempre coma conivência da mídia

ocidental, não hesitou emincentivar e financiar mesesde manifestações comanda-das por grupos neonazistas.

A hipocrisia do presidenteBarack Obama, Prêmio No-bel da Paz, se acentua aindamais ao não reconhecer oresultado do referendo emque 96,77% dos votos deci-diu a favor da reunificaçãocom a Rússia.

Há que se fazer uma jus-tiça com Obama: a violênciaque comete contra os povosde todas as partes do pla-neta não é nenhuma novi-dade na politica externa dosEUA.Os governos e os or-ganismos internacionais,como a ONU, mostram-serelutantes e amedrontados,quando não totalmente sub-missos, à politica do big stick(grande porrete) atualizadapara os tempos atuais pelogoverno Obama. Resta aospovos reagir e lutar contrao poder do império.

É certo que jamais nosesqueceremos do que acon-teceu na madrugada do diaprimeiro de abril de 1964.Mesmo os que nem eramnascidos nessa data sabemdo que se trata. No Rio deJaneiro, tanques de guerrainvadiram as ruas, sob ocomando de militares queinstalaram um período degrande violência contra ademocracia e contra o povobrasileiro, torturando e as-sassinando milhares depessoas que lutavam porliberdade e justiça, com a

desculpa de trazer a paz etranquilidade ao país, oqual, segundo eles, sofriaameaça de supostos “ini-migos internos”.

Se por um lado não nosesquecemos porque apren-demos na escola, ouvimosem alguma matéria na TVou no jornal, por outro, nãoesquecemos porque a pró-pria realidade não deixa. Arepetição de certos fatosmostra que algumas coisasse mantêm presentes, her-dadas desse período da di-tadura militar no Brasil.

Foi assim que domingopassado, nas vésperas dese completarem 50 anos dogolpe, tanques da PolíciaMilitar invadiram a favelada Maré, com a suposta jus-tificativa de levar a paz.Para isso, invadiram casas,prenderam centenas depessoas, considerando ab-solutamente toda a popu-lação da favela um poten-cial “inimigo interno”.

As semelhanças não po-dem ser meras coincidên-cias. Se nosso país melho-rou em termos de demo-

cracia, além de conquistar-mos coisas importantescomo a Comissão da Verda-de, que investiga crimes co-metidos nesse período, mui-tas coisas ainda precisamavançar. O funcionamentoda Polícia Militar é uma claraherança da ditadura.

Assim, a busca pela me-mória e pela justiça aos as-sassinos da ditadura militaré um passo fundamentalpara mudar a forma violentacomo a polícia hoje em diaainda lida com os pobresno nosso país.

Ditadura nunca mais!editorial | Rio de Janeiro

Rio de Janeiro, 3 a 9 de abril de 2014 02 | opinião

editorial | Mundo

• Ed

Para anunciar:

Redação Rio:[email protected]

• Ed

CONSELHO EDITORIAL RIO DE JANEIRO : Antonio Neiva, Aurélio Fernandes, JoaquínPiñero, Mario Augusto Jakobiskind, Rodrigo Marcelino, Vito Giannotti ADMINISTRAÇÃO: CarlaGuindani e Valdinei Siqueira DISTRIBUIÇÃO: Kleybson Andrade DIAGRAMAÇÃO: Stefano FigaloEDITOR-CHEFE: Nilton Viana (MTb 28.466) EDITORA REGIONAL: Vivian Virissimo (MTb 13.344) REPÓRTERES: Gilka Resende, Bruno Porpetta REVISÃO: Núbia Pimentel COLUNA SINDICAL: ClaudiaSantiago ESTAGIÁRIA: Mariane Matos FOTÓGRAFO: Pablo Vergara ILUSTRADOR: Latuff

O jornal Brasil de Fato circula semanalmente emtodo o país e agora com edições regionais em SãoPaulo, Minas Gerais e no Rio de Janeiro. Queremoscontribuir no debate de ideias e na análise dos fatosdo ponto de vista da necessidade de mudançassociais em nosso país e em nosso estado.

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A política externa de um Nobel da Paz

Cartas dos leitores

Sempre que consigo gos-to de ler este jor nal, pe-queno no tamanho masgrande em suas maté-rias.Gostei muito da ma-téria sobre Dom Oranie o Papa Francisco. Fe-licidade a todos.José Antonio

Participe!Encaminhe sugestões e

avaliações para

[email protected]

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O Sindicato dos Jornalis-tas do Município do Rio estáinvestigando o papel dosmeios de comunicação naditadura. Além de seremcensurados, parte mais co-nhecida da história, elestambém colaboraram coma articulação e planejamen-

to do golpe de 64. A entidadeconta com uma Comissãoda Verdade dos Jornalistas.

“Nacionalmente, temosa informação de que houveum investimento financei-ro. E no caso do Rio de Ja-neiro, houve participaçãodos veículos de mídia nosentido da construção daopinião pública favorávelao golpe”, expõe Paula Mái-

ran, presidenta do sindica-to. Ela ainda lembra que,durante a ditadura, ocorreuum enriquecimento de em-presários de comunicação,o que fortaleceu a concen-tração das rádios e TVs nasmãos de poucos.

“A gente conta nos dedosquantos são os grupos em-presariais que controlamna nossa mídia, que não

conta com um marco re-gulatório que garanta a de-mocracia nos meios de co-municação. Nesse campo,a ditadura não foi desmon-tada. Os donos das orga-nizações Globo, por exem-plo, que tem o maior po-derio desse monopólio nopaís, estão entre os maisricos do mundo”, ressaltaPaula. (GR)

Movimentos sociais, or-ganizações, centrais sindi-cais e partidos de esquerdaforam às ruas nesta terça-feira (1º) para lembrar os 50anos do golpe de 1964. Cercade 800 manifestantes parti-ciparam do protesto no Cen-tro do Rio. Entre as reivin-dicações, a abertura de todosos arquivos da ditadura e ojulgamento dos militares quetorturaram e mataram du-rante o período.

“Tem que acabar a polí-cia militar” e “A verdade édura, a Rede Globo apoioua ditadura” foram alguns dosgritos dos manifestantes, quecarregavam faixas, bandeirase cartazes com rostos de ví-timas do regime. “Ele foi pre-sidente do sindicato dos ban-cários. Sumiram com ele eaté hoje não sabemos o queaconteceu”, afirmou a ban-cária Renata Soeiro, de 39anos. Ela e outros trabalha-dores levaram cartazes com

a foto do militante, desapa-recido desde 1971.

Uma fotografia coloridade uma criança se misturoua várias antigas, em preto ebranco. “Esse é meu filho.Ele foi morto por PMS em1996 e até hoje eles não foramresponsabilizados”, afirmaJosé Luiz da Silva, pai deMaicon, que morreu aos 2anos. “O Estado tomou a vidadele, mas não a minha forçae garra de estar aqui paraprotestar”, declarou pedindojustiça e ressaltando os limi-tes da atual democracia.

Elisângela Carvalho, doMST, ressaltou os impactosdos anos de chumbo no cam-po. “Na ditadura, as LigasCamponesas e outros gruposforam impedidos de seguirna luta por reforma agrária.E hoje isso ainda se refletede forma brutal”, disse. Na-quela época, a realização daReforma Agrária havia sidoanunciada pelo presidenteJoão Goulart, o Jango, e re-cebia apoio popular. Para amilitante, o tema ainda deveser prioridade. “Hoje existe,

cada vez mais, um avançodesenfreado do agronegócio,que pensa um campo semgente. Nas cidades, a gentevê o aumento da violência.A reforma agrária popularnão só beneficia o campo,como toda a sociedade. Elaprecisa entrar novamente napauta”, cobrou.

Rio de Janeiro, 3 a 9 de abril de 2014 cidades | 3

Gilka Resendedo Rio de Janeiro (RJ)

MOBILIZAÇÃO Movimentos, sindicatos e partidos de esquerda disseram ‘ditadura nunca mais’

Manifestação “descomemora” 50 anosdo golpe civil-militar

do Rio de Janeiro (RJ)

Meios de comunicação ajudaramna articulação do golpe

DEMOCRACIA País precisa de uma nova legislação do setor quegaranta pluralidade e diversidade de meios

Ato reivindicou julgamento de militares que cometeram crimes e a abertura dos arquivos da ditadura

Pablo Vergara

O protesto, que saiu daCandelária, chegou à Ci-nelândia às 19h. Partedos manifestantes seguiuaté o Clube Militar. Eleslançaram um pote detinta vermelha na fa-chada do prédio, em refe-rência ao sangue dos quemorreram por resistir àditadura. Policiais revida-ram com bombas de gáslacrimogênio e houve

correria. PMs, então, co-meçaram a cercar pes-soas aleatoriamente parafazer revistas em mochi-las. Logo depois, maisbombas foram lançadaspróximo à Câmara Muni-cipal. Um grupo de poli-ciais usou de truculênciapara tomar bandeiras demilitantes. O ato termi-nou por volta das 20h sobum clima tenso.

•Conflitos no final do ato

Vítimas foram lembradas em ato

Pablo Vergara

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A Vila Autódromoestá sob clima de tensãoe dúvida. A Prefeiturado Rio começou na se-mana passada a derru-bada de casas de mo-radores da comunidadeque aceitaram a mu-dança para um conjun-to habitacional. Emboraas famílias reassentadastenham entrado emacordo com a prefeitura– cerca de 200 pessoas-, as remoções ocorre-ram de forma no míni-mo questionável. Elasforam iniciadas às pres-sas, logo após o Defen-

sor Público geral NilsonBruno cassar, na noitede terça-feira (25) umaliminar que condicio-nava a derrubada dascasas à apresentaçãopor parte da prefeiturade um plano urbanísti-co voltado para os cercade 400 moradores quequerem permanecer naVila Autódromo – ouseja, a maioria. Após dé-cadas de resistência nolocal e da apresentaçãode um projeto popularde urbanização elabo-rado por universidadescariocas premiado in-ternacionalmente pre-vendo a permanênciadas famílias, os mora-dores conseguiram dia-logar com a gestão mu-

nicipal e conseguiramdo prefeito EduardoPaes, no final de 2013,a promessa de que sósairia dali quem optassepor isso. O objetivo daliminar cassada era exa-tamente fazer com queessa declaração fossecumprida. Mas, à reveliada comunidade e sobuma manobra  jurídicaquestionável, a Defen-soria Pública agiu emfavor da prefeitura. Seiscasas já foram derruba-das. Em meio a escom-bros, as famílias que de-cidiram continuar mo-rando no local vivemuma pressão crescente.Procurado, Nilson Bru-no não respondeu à so-licitação. (Canal Ibase) 

Rio de Janeiro, 3 a 9 de abril de 2014 4 | cidades

Fórum Social vailançar cartilha

Em maio, o FórumSocial de Manguinhosvai lançar uma carti-lha de direitos huma-nos. O objetivo é darum freio definitivonas violações come-tidas por agentes daUnidade de PolíciaPacificadora (UPP),ali instalada no anopassado. Desde então,dois jovens forammortos em ações dapolícia – Matheus deOliveira Paulo  Rober-to Pinho, que tinham

respectivamente 17 e18 anos. Além de res-peito da polícia, mo-radores e ativistas rei-vindicam também po-líticas públicas. A au-sência de saneamentobásico exemplificadapelo Rio Faria Timbó,lotado de esgoto, con-trasta com milhõesgastos na elevação dalinha férrea para aconstrução de umaárea de lazer atual-mente abandonada.(Canal Ibase)

Remoções geram pressão na Vila Autódromo

Cerca de 400 moradores querem urbanização da comunidade

Divulgação

Não deixaremos sangrar a Petrobrás noringue das disputas eleitorais

Mais uma vez, a Petrobrás volta a ser pa-lanque de disputas políticas em ano eleitoral.Foi assim no governo Lula, foi assim em 2010e não seria diferente esse ano, quando aspesquisas eleitorais refletem o apoio popularao governo Dilma. Tensionada, a oposição,em conluio com a velha mídia, mira na Pe-trobrás para tentar desmoralizar a gestãopública da maior empresa brasileira.

Os mesmos PSDB e DEM, que quandogovernaram o país fizeram de tudo para pri-vatizar a Petrobrás, trazem de volta à cenapolítica antigas denúncias sobre refinariasadquiridas pela empresa no exterior e tornama atacar as que estão em fase final de cons-trução no Brasil. Quem acompanha a nossaindústria de petróleo sabe da urgência dereestruturação do parque de refino da Pe-trobrás, que, durante o governo doPSDB/DEM, foi sucateado e estagnado, assimcomo os demais setores da empresa.

Quando exercia o papel de governista (dosanos 90 até 2002), a oposição demo-tucanaquebrou o monopólio estatal da Petrobrás,escancarou a terceirização, privatizou algunssetores e unidades da empresa, reduziu dras-ticamente os efetivos próprios, estagnou in-vestimentos em exploração, produção e refinoe ainda tentou mudar o nome da Petrobráspara Petrobrax. Foi nessa época que a empresaprotagonizou alguns dos maiores acidentesambientais do país e o afundamento da P-36.

São os mesmos neoliberais que insistemem atacar a gestão estatal que desde 2003iniciou o processo que fará da Petrobrás umaempresaverdadeiramente pública e voltadapara os interesses nacionais.

Vamos aos fatos: em 2002, a Petrobrásvalia R$ 30 bilhões, sua receita era de R$69,2 bilhões, o lucro líquido de R$ 8,1 bilhõese os investimentos não passavam de R$ 18,9bilhões. Uma década depois, em 2012, o

valor de mercado da Petrobrás passou a serde R$ 260 bilhões, a receita subiu para R$281,3 bilhões, o lucro líquido para R$ 21,1bilhão e os investimentos foram multiplicadospara R$ 84,1 bilhão.

Antes do governo Lula, a Petrobrás con-tava em 2002 com um efetivo de 46 mil tra-balhadores próprios, produzia 1 bilhão e500 mil barris de petróleo por dia e tinhauma reserva provada de 11 bilhões de barrisde óleo. Após o governo Lula, em 2012, aPetrobrás quase que dobrou o seu efetivopara 85 mil trabalhadores, passou a produzir2 bilhões de barris de óleo por dia e aumen-tou a reserva provada para 15,7 bilhões debarris de petróleo.

Apesar da crise econômica internacionale da metralhadora giratória da mídia partidáriada oposição, a Petrobrás descobriu uma novafronteira petrolífera, passou a produzir nopré-sal e caminha a passos largos para setornar uma das maiores gigantes de energiado planeta. Não aceitamos, portanto, queesse processo seja estancado por grupos po-líticos que no passado tentaram privatizar aempresa e hoje, fortalecidos por novos aliados,continuam com o mesmo propósito.

Se confirmados erros e irregularidadesna gestão da Petrobrás, exigiremos que sejamdevidamente apurados pelos órgãos de con-trole do Estado e pela Justiça. A FUP e seussindicatos acompanharão de perto esse pro-cesso, cobrando transparência na investigaçãoe responsabilização de qualquer desvio quepossa ter ocorrido. No entanto, não permiti-remos que sangrem a Petrobrás em um ringuede disputas políticas partidárias eleitorais,como querem os defensores da CPI. Reagi-remos à altura contra qualquer retrocessoque possa ser imposto à maior empresa bra-sileira, alavanca do desenvolvimento do país.

DIREÇÃO COLEGIADA DA FUPRio de Janeiro, 25 de março de 2014

Gestão será privadano Galeão

O Aeroporto Internacional do Riode Janeiro AntônioCarlos Jobim/Galeãoserá administrado,durante 25 anos, pelas empresas privadas OdebrechtTransPort e ChangiAirports Internatio-nal, em parceria com a estatal Infra-ero. As empresas privadas terão 51%do aeroporto, enquanto a Infraeroterá 49%. No Rio, a Odebrecht tambémopera a Supervia.(Agência Brasil)

NOTA DA FUP

Informe Publicitário

Gama Filho eUniverCidade:alunos recebe-rão diplomas

Os alunos quecompletaram os cur-sos na UniversidadeGama Filho (UGF) edo Centro Universitá-rio da Cidade (Uni-verCidade), que nãoestavam conseguindoos diplomas por meiodo Grupo Galileo,mantenedor das duasinstituições, vão po-der receber os docu-mentos pelas univer-sidades Estácio de Sá(Unesa) e Veiga de Al-meida (UVA). Essaorientação foi deci-dida em reunião pro-movida pelo Núcleode Defesa do Consu-midor (Nudecon) daDefensoria Públicado Rio de Janeiro.(Agência Brasil)

•Camila Nobrega e Rogério Daflon

do Rio de Janeiro (RJ)

MORADIA

MANGUINHOS

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A tentativa de golpe con-tra Nicolás Maduro fracassoue foi desmascarada peranteo povo da Venezuela. Essa éa avaliação da historiadoraAnita Prestes, filha dos mi-litantes Olga Benário e LuizCarlos Prestes. Ela estevenaquele país para participarda Feira do Livro de Caracas.Lá ela falou sobre a atuali-dade da Coluna Prestes, pre-senciou manifestações e co-nheceu o funcionamentodas comunas.

Brasil de Fato - Comovocê avalia a situação polí-tica da Venezuela?

Anita Prestes - O golpefoi derrotado. Agora, so-mente existem resquícios.Uma das coisas que euacho importante destacaré que diferentemente doque a imprensa mundial,numa campanha de deses-tabilização do governo, temdito, não é o povo que estánas ruas protestando. Maso que há são grupos provo-cadores e treinados no ex-terior. Muitos deles merce-nários da América Centrale paramilitares da Colômbia.A grande maioria dessaspessoas foram assassinadaspor estes grupos fascistas eparamilitares. Aconteceramum caso ou outro de excessodas forças militares boliva-

rianas, que já estão sendopunidos. A ideia desses gru-pos violentos era criar umclima de caos no país parajustificar o golpe. Eles que-

riam que a violência fosserespondida com violência.E o discurso de Nicolás Ma-duro tem sido pela paz epelo diálogo. A gente senteque o golpe se dissolveu eperdeu prestígio. A verdadeé que o golpe foi desmasca-rado perante a população.

Brasil de Fato - Já que ogolpe foi derrotado, dá paradizer que Maduro está sain-do fortalecido?

Sim. O discurso de popu-lares tem sido: Efetivamente

Maduro não é Chávez. Chá-vez foi único. Mas Madurotem se saído muito bem eavançado e nós temos queapoiar Maduro´. Ficou claro

que os golpistas não têm vez.Pelo menos não nesse mo-mento. Até porque a Vene-zuela está dividida: tantoburguesia quanto a classemédia alta não querem per-der seus privilégio. Antes arenda do petróleo era repar-tida entre os ricos, agora arenda é aplicada para me-lhorar as condições de vidado povo. E dados interes-santíssimos que comprovamessas melhorias: 96,6% dapopulação venezuelana faztrês refeições por dia. Toda

criança tem garantido umlitro de leite por dia. Outromomento da viagem que memarcou foi a visita à maiorcomuna de Caracas, a Co-muna 23 de janeiro.

Brasil de Fato - Como fun-cionam essas comunas?

Idealizadas por Chávez,as comunas tem a funçãode desestruturar a estruturado Estado burguês. Esse Es-tado, com sua burocracia,

sabotava e sabota as medidasrevolucionárias colocadasem prática por Chávez. Pararomper com isso, o que Chá-vez fez? Ele imaginou, emprimeiro lugar, as missões,que funcionam como estru-turas paralelas ao Estado.Foram colocadas em práticaMissões de Saúde, Missõesde Educação, Missões deMoradia, todas com um úni-co objetivo: resolver os pro-blemas antigos que nuncaforam solucionados pelo Es-

tado. Ao mesmo tempo elecriou condições para instituiro chamado Estado Comunal,isto é, a organização de todoo povo em comunas. Issoainda não aconteceu emtodo o país, mas é algo quecaminha nessa direção. Den-tro das comunas, os conse-lhos comunais fazem a or-ganização do dia a dia. Aideia do Chávez - não sei sevai dar certo-, mas é que esseEstado comunal vá substi-tuindo, pouco a pouco, o Es-tado burguês. Por exemplo,a comuna que visitei tem300 mil habitantes. Estiveem uma antiga Delegacia dePolícia que foi transformadaem Centro de Cultura.

Brasil de Fato - E comoestá estabelecida a demo-cracia da mídia na Vene-zuela?

Em Caracas, funcionamumas três televisões gover-nistas e umas dez criticandoMaduro. As bancas sãocheias de jornais e a maioriaé contra Maduro. Dizer quenão tem democracia na mí-dia na Venezuela é umamentira. Mas o fato é que acondição de vida dos tra-balhadores melhorou de talmaneira que não tem cam-panha da mídia que consigadestruir isso. O amor que opovo sente por Chávez éalgo impressionante. As pes-soas sentiram que pela pri-meira vez um governantese preocupou com elas.

Rio de Janeiro, 3 a 9 de abril de 2014 entrevista | 5

Vivian Virissimodo Rio de Janeiro (RJ)

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Pablo Vergara

Luiz Antônio Ragon

“Golpe contra Maduro se dissolveu e perdeu prestígio”VENEZUELA Historiadora ANITA PRESTES descreve retrato diferente do veiculado na mídia comercial

“As bancas são cheias de jornais e a maioria é contra Maduro. Dizer que não tem democracia na mídia na Venezuela é uma mentira________________

Anita: "Na Venezuela, ricos não querem perder seus privilégios"

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Rio de Janeiro, 3 a 9 de abril de 2014 6 | cidades

Por uma das principaisvias da Nova Holanda, umadas 16 comunidades do Con-junto de Favelas da Maré, cincopoliciais faziam patrulhamentonesta quarta-feira (2), passan-do com fuzis bem perto decrianças. Em um dos becos es-treitos, um agente empunhavaa arma como se fosse atirar aqualquer momento. A circu-lação de pessoas e o comércio,porém, pareciam normaliza-dos. Muitos demonstrammedo e se negam a comentara militarização na favela. Ou-tros toparam, mas diante deanonimato.

As principais reclamaçõessão sobre a invasão de casaspor policiais, que chegam vas-culhando sem avisar e, por ve-zes, usam cães farejadores.“Eram 8h30 quando escuteialguém forçando o meu portão.Eu olhei lá de cima e vi os po-licias. Eles já foram invadindo

todos os quartos com cachor-ros enormes. Tinha uma be-bezinha deitada e um delessubiu na cama e cheirou elatoda. Um bicho enorme, tãorápido que não deu temponem de se mover”, conta a mo-radora Z., de 50 anos, “nascidae criada na Maré”.

Ela conta que o episódioocorreu dias antes da ocupa-ção militar, realizada no do-mingo (30) contando comtanques de guerra e 1200agentes. Mas, nesta sema-na, policiais entraram emsua casa novamente. “Des-sa vez avisaram e não le-varam cachorros. Arras-taram minhas plantas,mexeram em tudo. Nãoapresentaram papel ne-nhum. Acho isso um des-respeito”, afirma.

F., de 48 anos, tambémteve sua casa invadida. “Mi-nha indignação é que nempassaram na minha porta.Migraram da laje da vizi-nha. Escutamos aquele ba-rulhão deles jogando as

coisas para lá e para cá. Daímeu marido falou: ‘eu vou su-bir porque podem furar nossapiscina’. É que a gente comproucom tanto sacrifício”, recorda.

Ainda que façam críticasà atuação dos policiais, elasenxergam melhorias e espe-ram por mais direitos na Maré,como saúde, educação e sa-neamento básico. “Por outrolado, estou gostando porque

está mais calmo. Não tem tan-tas motos circulando. Criançase idosos estavam sendo atro-pelados direto”, ressalta Z. JáF. pontua: “Achei bom, masestou com meus olhos bemarregalados e meus ouvidosatentos, porque ainda acon-tece foguetório. Quer dizerque ainda tem tráfico. Vai quea polícia bate de frente e agente está no meio”.

Após ocupação, moradores da Marérelatam abusos de policiais militaresDIREITOS HUMANOS Casas são invadidas gerando medo e indignação

Trabalhadoresde telemarke-ting querem regulamentação

Trabalhadores detele atendimento detodo Brasil estive-ram em Brasília no2/4 para entregar aopresidente da Câ-mara milhares deabaixo-assinadosexigindo que o pro-jeto de lei que regu-lamenta a profissãoseja aprovado. Maisde um milhão depessoas trabalhamno setor hoje. Amaioria em condi-ções precárias.

Professores da Universidade de Camposestão em greve

Os professores daUniversidade Esta-dual do Norte Flumi-nense (UENF) estãoem greve há 19 dias.Eles querem a repo-sição das perdas sa-lariais acumuladasdesde 1999. A greveé também pela aber-tura do RestauranteUniversitário.

Servidores da saúde protestam contra privati-zação dia 7

Servidores da saúdefazem ato no dia 7de abril, às 16h, noLargo da Carioca. Delá, saem em passeataaté a Cinelândia. Otema da manifesta-ção será a luta con-tra todas as formasde privatização dasaúde pública.

SINDICAL

Para Nadine Borges, da Co-missão da Verdade do Rio deJaneiro, a presença do Exércitona Maré, que deve chegar nopróximo sábado (5), é um re-trocesso. “Talvez seja a provamaior de que o modelo depolícia que temos hoje nãofunciona”, disse ela ao defen-der a desmilitarização da cor-poração. “A polícia apenas de-veria fazer uso de armas nãoletais, e não de leitais para

execução”, destaca.Nadine defende que o prin-

cipal aspecto a ser repensadona área de segurança públicaatualmente é a revisão de um

decreto lei de1969, do gover-no militar deCosta e Silva,que até hoje es-trutura a políticamilitar no país.“Ela ainda atuacomo se fosseintegrante dasforças armadas.A pior coisa que

existe é essa polícia militari-zada, que lembra os temposde um Estado ditatorial”.

No lugar de “agir como em

uma guerra onde a populaçãoé inimiga”, Nadine expõe quea polícia deveria ter o papelde garantir a segurança físicadas pessoas. Ela também cri-tica a atuação na Maré, emque se aplica um mandadode busca e apreensão coletivo.“Seria inadmissível pensar apolícia militar atuando dessamaneira no Leblon ou Ipane-ma. E hoje o Exército Brasileiroestá tendo permissão para in-vadir domicílios em áreas po-bres. É um retrocesso do pontode vista histórico”, destaca. (GR)

Exército na Maré é prova que atual modelode polícia não funciona, diz advogadaHERANÇA Polícia militarizada é um vestígio da ditadura civil-militar

do Rio de Janeiro (RJ)

Gilka Resendedo Rio de Janeiro (RJ)

Tania Rego/Abr

Além de policiamento, Maré quer direitos básicos

Polícia não deveria fazer uso de armas letais

Salvador Scofano/GERJ

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Parlamentares e o gover-no federal voltaram suas ener-gias para a aprovação de leisque podem criminalizarquem participa de protestosna rua. A tentativa foi inten-sificada depois da trágica mor-te do cinegrafista SantiagoAndrade, vítima de um rojãolançado durante uma mani-festação no Rio de Janeiro.

São duas medidas em dis-cussão. Uma é o projeto deLei Antiterrorismo (PLS499/13), de autoria do sena-dor Romero Jucá (PMDB-RR). Ele define terrorismocomo uma prática genéricade “infundir terror e pânicogeneralizado” e prevê penasde até 30 anos de prisão.

O professor de direitoconstitucional da PUC/SP,

Pedro Estevam Serrano, ex-plica que a proposta é umagrave ameaça às liberdadesdemocráticas. “No Brasil,historicamente, quem pra-ticou terrorismo foi o Esta-do. A conduta política dopovo nunca foi algo violen-to”, argumenta.

Além disso, o projeto con-sidera a reunião de três oumais pessoas como formaçãode quadrilha. A depender dainterpretação, isso pode atin-gir movimentos sociais, co-letivos e organizações quese articulam para manifes-tações políticas.

Para fazer frente à medida,o governo federal preparaoutra proposta, focada nasmanifestações. O projeto ain-da não foi enviado ao Con-gresso Nacional, mas deacordo com informações doministro da Justiça, José

Eduardo Cardozo, a ideia éendurecer as penas paraquem comete crimes duran-

te os protestos.Para o MPL (Movimento

Passe Livre), as duas propos-tas são uma ameaça às mo-bilizações populares. “A de-mocracia brasileira só existeaté o momento em que opovo começa a exercê-la.

Quando a gente vai para asruas protestar, o governo ten-ta mudar as regras do jogo.É exatamente o que temacontecido após o início dociclo de mobilizações”, criticaPaíque Duques Santarém, doMPL no Distrito Federal.

Rio de Janeiro, 3 a 9 de abril de 2014 brasil | 7

Pedro Rafael Ferreirade Brasília (DF)

CONGRESSO Projetos de lei querem definir crimes cometidos em protestos populares

Liberdade de manifestação está ameaçada

O professor de direitoconstitucional da PUC/SP,Pedro Serrano, acredita queuma lei para tratar de cri-mes cometidos duranteprotestos só deveria seraprovada se fosse tempo-rária. Para ele, a discussãode uma lei dessa naturezasó está ocorrendo por conta

da realização dos grandeseventos no Brasil, como aCopa do Mundo e as Olim-píadas, em que pode haveraumento de atividades cri-minosas e até terroristas.

“Existe uma preocupaçãolegítima do governo comrelação aos crimes que po-dem ser cometidos durantes

esses eventos, mas uma leidessas deveria ser provisóriae específica, para que apósos grandes eventos a ressacadessa lei penal não seja usa-da contra os movimentossociais”, pontua.

O deputado federal Re-nato Simões (PT-SP) acre-dita que o governo está sen-

do influenciado por umaonda conservadora contraas manifestações políticas.“O governo não pode ficarrefém da histeria conser-vadora de setores que que-rem criminalizar todos osmanifestantes, toda a es-querda e o próprio governo”,afirma. (PRF)

Marcelo Camargo/AbR

O projeto do governofederal prevê ainda a proi-bição do uso de máscarase a necessidade de préviacomunicação sobre atose reuniões públicas. Pa -ra o professor Pedro Ser-rano, usar máscara nãopode ser considerada umaprática criminosa. “Claroque a pessoa pode utilizaruma máscara para mani-festar uma ideia política.Isso é manifestação depen samento e a lei nãopode coibir. Agora, se amáscara for usada paracometer um crime e nãoser reconhecido, aí cabepunição, mas a lei tem quedefinir a diferença de cadacaso”, explica.

Uso de máscaras

DIREITOS Para professor, endurecimento de leis põe em xeque a democracia

“Lei penal não poder ser usada contra movimentossociais”

Novas legislações podem atingir movimentos, coletivos ou organizações

Máscaras: "É manifestação de pensamento e lei não pode coibir"

Pablo Vergara

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O Exército e os órgãos desegurança do Distrito Fede-ral se reuniram nesta quar-ta-feira (2) para definir osúltimos detalhes do plane-jamento das ações de segu-rança que serão adotadasno período da Copa doMundo, de 12 de junho a13 de julho. Pelo cronogra-

ma, o Exército atuará naprevenção a eventuais ata-ques terroristas e na prote-ção de aeroporto, estádio,hotéis, estações de energiae no deslocamento de sele-ções. Contenção de even-tuais manifestações, prote-ção a torcedores e trânsito,por exemplo, ficarão a cargo

das forças desegurança lo-cais. Em tornode 3.000 sol-dados ficarãode prontidãopara situaçõesde emergên-cia, caso hajasolicitação dogoverno local.(ABr)

A maioria dos ministrosdo Supremo Tribunal Fede-ral (STF) votou nesta quar-ta-feira (2) a favor da proi-bição de doações de empre-sas privadas para campanhaspolíticas. Por 6 votos a 1, osministros entenderam queas doações provocam dese-quilíbrio no processo elei-toral. Apesar da maioria for-mada, o julgamento foi sus-penso por um pedido de vis-ta do ministro Gilmar Men-des. Não há prazo para o jul-gamento ser retomado.

O Supremo julgou a açãodireta de inconstitucionali-dade da Ordem dos Advo-gados do Brasil (OAB) con-tra doações de empresasprivadas a candidatos e apartidos políticos. A OABcontesta os artigos da Leidos Partidos Políticos e daLei das Eleições que auto-rizam as doações para cam-panhas políticas.

Mesmo com o pedido devista, dois ministros pedi-ram para adiantar seus vo-tos. Marco Aurélio, que tam-bém é presidente do Tri-

bunal Superior Eleitoral(TSE), manifestou-se a favorda proibição das doaçõesde empresas privadas. Se-gundo o ministro, o proces-so eleitoral deve ser justo eigualitário. “Não vivemosuma democracia autêntica,mas um sistema politico,no qual o poder exercidopelo grupo mais rico impli-ca a exclusão dos menosfavorecidos”, afirmou.

Marco Aurélio citou da-

dos do TSE que demons-tram os gastos das campa-nhas eleitorais em eleiçõespassadas. De acordo com oministro, em 2010, o custode uma campanha para de-putado federal chegou a R$1,1 milhão. Para senadores,o gasto médio ficou em tor-no de R$ 4,5 milhões. Nadisputa para a Presidênciada República, os candidatosgastaram mais de R$ 300milhões. (ABr)

Rio de Janeiro, 3 a 9 de abril de 2014 8 | brasil

Metroviários param sexta-feira no Distrito Federal

Os metroviários do DFdecidiram iniciar greve napróxima sexta-feira (4). Acategoria vai manter 30%do efetivo trabalhando. Osmetroviários pedem a cor-reção das distorções sala-riais do plano de carreira,

redução de jornada de oitopara seis horas e reajustesalarial de 10%. O Metrô-DF emitiu nota informandoque, em virtude da parali-sação, tomará medidas“para minimizar os impac-tos à população”. (ABr)

Carandiru: justiça condenaPMs a 48 anos de prisão

Sete jurados decidiramnesta quarta-feira (2) con-denar os 15 policiais mili-tares (PMs) pela ação po-licial que culminou com amorte de quatro detentosna Casa de Detenção doCarandiru. Os policiais fo-ram condenados a 48 anos

de prisão, cada um, por ho-micídio qualificado. O juizRodrigo Tellini de AguirreCamargo também deter-minou a perda do cargopúblico para os policiaisque continuam na ativa.Os réus poderão responderem liberdade. (ABr)

Definidas ações de segurança para a Copa

Em frente ao Con-gresso Nacional, na segunda-feira (31), oMovimento dos Traba-lhadores Rurais SemTerra, o Movimento deMulheres Camponesase o Movimento dos Pe-quenos Agricultoreslembraram os campo-neses perseguidos etorturados durante oregime militar.

Maioria do STF vota contra doaçãode empresas em campanhas

Carlos Humberto/SCO/STF

Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr

REAjUSTE DE ENERGIA EM 2015 SERá MAIoR qUE o ESPERADo O consumidor deve preparar o bolso: o reajuste da tarifa deenergia elétrica previsto para 2015 deverá ser 'um pouquinho' maior do que o esperado. A informação é do ministro da Fazenda,Guido Mantega. Segundo ele, o aumento do custo da energia ocorre devido à estiagem. (ABr)

Para ministros, doações provocam desequilíbrio no processo eleitoral

José Cruz/Agência Brasil

Reunião estipulou detalhes do cronograma

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Nas últimas semanas, sa-télites têm detectado umasérie de objetos flutuantesonde são feitas as buscasdo avião da Malaysia Airli-nes, que desapareceu com239 pessoas a bordo. Emtodos os casos, es-pecialistas compro-varam que se trata-vam de pistas falsas.Para além da frus-tração, as buscas pe-los destroços tam-bém levantam outrotipo de discussão: aquestão da poluiçãonos oceanos. Umdos maiores proble-

mas apontados pelos cien-tistas foi a substituição demateriais naturais pelos sin-téticos - como o plástico -que resistem por mais tem-po e se acumulam nosoceanos. (Opera Mundi)

A Rússia concentrou nafronteira com a Ucrânia todasas forças necessárias parauma eventual "incursão" aopaís e poderia concluí-lanum prazo de três a cincodias, disse o principal co-mandante militar da OTAN(Organização do Tratadodo Atlântico Norte) nestaquarta-feira (2). Descreven-do a situação como "incri-velmente preocupante", ocomandante supremo dasforças aliadas na Europa,o brigadeiro Philip Breedlo-ve, disse que a OTAN de-tectou durante a noite sinaisde movimentação de umaparte da força russa, semsinal de que as tropas teriam

voltado aos seus quartéis.A anexação da península

ucraniana da Crimeia à Rús-sia provocou a maior criseentre Moscou e o Ocidentedesde o final da Guerra Fria,levando os Estados Unidos ea Europa a imporem sanções.

A OTAN estima que aRússia mantenha 40 mil sol-dados nos arredores daUcrânia. A força russa temapoio aéreo, hospitais decampo e equipamentos paraguerra eletrônica. Esse é, se-gundo o brigadeiro, "todo oconjunto que seria exigidopara realizar com sucessouma incursão na Ucrânia,caso a decisão seja tomada".(Opera Mundi)

Rio de Janeiro, 3 a 9 de abril de 2014 mundo | 9

busca por avião da Malásia escancarapoluição nos oceanos

oTAN: Rússia poderia invadirUcrânia em 3 a 5 dias

Cresce tensão entre tropas da Rússia e da Otan

Wikipedia

Marinha Australiana Malasia/AMSA

VIoLêNCIA DoMéSTICA é CRIME No LíbANo O Parlamento libanês aprovou uma lei que pune a violência doméstica e a torna um crime. A organização Kafa ("já chega", em árabe), que defende os direitos das mulheres,teve papel destacado nesta luta.

150 mil mortosdesde 2011na Síria

Desde o início doconflito na Síria, emmarço de 2011, 150.344pessoas foram mortas.Levantamento do Obser-vatório Sírio mostra quedo total de mortes,51.212 são civis, in-cluindo cerca de 8 milcrianças.

EM FOCO

Desastre levante debate sobre lixo no oceano

www.e.eita.org.br/assinebrasildefatorj

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UCRÂNIA

O número de mortos notremor de 8,2 de magnitu-de na escala Richter, queabalou o norte do Chile,

aumentou para seis. De-pois que o Serviço Hidro-gráfico e Oceanográfico daArmada emitiu o alerta de

tsunami para todoo país, cerca de900 mil pessoas fo-ram retiradas paraas áreas altas dascidades. A ordemde evacuação in-cluiu todas as lo-calidades costeiraschilenas.

Número de mortos noterremoto do Chile sobepara seis•

Tremor abalou norte do Chile

•Divulgação

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No domingo (6), às18hs, na Praça do Cantão -morro Santa Marta, vai ro-lar mais uma edição doHIP-HOP Santa Marta.

Presença confirmadadosDjs: Lulinha (Eletrobase),Dj Kymbo e Dj Lek (Eletro-base). Entrada é 0800.

Rio de Janeiro, 3 a 9 de abril de 2014 10 | cultura

LANÇAMENTO

Anualmente o grupo“Tor tura Nunca Mais” pro-move o evento “MedalhaChico Mendes”. Em cada edi-ção são homenageadas emmédia 10 pessoas ou enti-

dades que se destacaram naluta por direitos humanos eno combate a qualquer tipode ditadura, violência e tor-tura. Este ano, em sua 26ªedição, foram agraciadascom a medalha 13 pessoas,5 delas in memoriam.

A cerimônia aconteceuna última terça-feira (1), data

em que o golpe civil-militarfoi instaurado no país. Nalista de homenageados en-contram-se Amarildo deSouza, desaparecido na UPPda Rocinha; o ex- presidenteJoão Goulart; Adriano Fon-seca Filho, guerrilheiro doPCdoB desaparecido no Ara-guaia; Marcos Antônio daSilva Lima, marinheiro as-sassinado na ditadura; o ca-tador Rafael Braga, preso emmanifestação no Rio de Ja-neiro, dentre outros.

A medalha foi criadaem 1989, em resposta àhomenagem dos ministrosmilitares com a “Medalhado Pacificador” aos tortu-radores do período da di-tadura. Inspirada no ati-vista popular Chico Men-des. O evento resgata amemória de uma impor-tante figura da história daresistência no Brasil.

Samuel Tosta

Divulgação

Homenagem à luta pordireitos humanosIn memorian, ex-presidente Jango recebeu medalha do Grupo Tortura Nunca Mais

Mariane Matosdo Rio de Janeiro (RJ)

MEDALHA CHICO MENDES

MÚSICA

Lançado esta semana, asérie “Nossas Histórias”resgata a trajetória, as mar-cas e histórias, de 3 per-sonagens diferentes quelutaram contra o regimemilitar. Abordando o con-texto ditatorial, o projetoinclui, além do documen-tário, 1 série para TV, 3 pro-gramas de rádio e 3 vídeospara a internet.

Realizado pela ONG“Criar Brasil” e pela “Co-missão de Anistia do Mi-nistério da Justiça” e pro-duzido pelo filho de Beti-nho, Daniel de Souza, relata

os momentos de tortura erepressão sofridos por trêspessoas que nunca se viram,Angelina, Damaris e Theo-domiro, mas que carregamjuntas histórias de luta,idealismo e sonhos.

Nossas histórias de luta

HIP-HoP noSanta Marta

As obras do artista RonMueck estão em exposiçãono Museu de Arte Moderna.Radicado em Londres, o ar-tista é reconhecido mundial-mente pelo seu hiper-realis-mo. A mostra traz como focoo retrato do cotidiano de pes-soas comuns.

SERVIÇOEm cartaz até 01/06Entrada gratuita às quartas após 15h Avenida Infante DomHenrique, 85 – Parquedo Flamengo

EXPOSIÇÃO

o Hiper-realismode Ron Mueck

Filme que aborda o trá-gico momento históricopara Brasil estreia na se-mana em que o golpe ci-

vil-militar completou 50anos. “Militares da Demo-cracia – Os Militares quedisseram Não”, de Silvio

Tendler, traz depoimentosde oficiais e suboficiais quenão aceitaram o ataque aogoverno democraticamenteeleito de João Goulart.

Com o objetivo de res-saltar a pouco conhecidaresistência de alguns seto-res da sociedade, a obrafaz parte do mesmo projetoem que se insere o filme“Os Advogados Contra aDitadura”. Cada filme re-sultará em um 1 longa-me-tragem que será transmitoem formato de série de 5episódios na TV Brasil.

HISTÓRIA

Militares da Democracia – osMilitares que Disseram Não

••

Entrega da Medalha Chico Mendes acontece desde 1989

Para aproveitar o sol eo descanso da semana, oMuseu de Astronomia vaià praia em Niterói. Este fi-nal de semana, será a vezda Praia de Charitas. Oevento contará com a tra-dicional oficina “Brincan-do com a Ciência”, alémde Vários experimentos

com ilusão de óptica, ener-gia solar e espelhos.

SERVIÇO Sábado (5) e domingo (6), das 10h às 17hGratuitoLocal: Av. Prefeito SilvioPicanço, entre os quiosques 13 e 12

INFANTIL

Museu vai à Praia

Silvio Tendler dirige os dois filmes

Filme retrata luta contra ditadura

Divulgação

Visão Favela Brasil

Rep

rodu

ção

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Nem sempre se vai ao ci-nema para relaxar ou se di-vertir. Esse certamente nãoé o caso de “12 anos de es-cravidão” (2013). O filmeconta a história real de umnegro livre, o violinista So-lomon Northup (interpre-tado por Chiwete Ejiofor),que vive em Saratoga, noestado de Nova York, ondeacaba caindo em um golpee é sequestrado para se tor-nar escravo em camposagrícolas no sul dos EstadosUnidos. O seu períodocomo escravo dura dozeanos, de 1841 a 1853.

Premiado em muitos fes-tivais, a obra entra para a listade importantes filmes queretratam a escravidão africanaem outras nações do mundoe seus reflexos na atualidade,com o racismo e a desigual-dade entre brancos e negros.

Também devem estar noroteiro de quem se interessapela temática, filmes como

“Manderlay” (2005), do ci-neasta dinamarquês Lars vonTrier; o polêmico “DjangoLivre” (2012), de Quentin Ta-rantino; “A Cor Púrpura”(1985), de Steven Spielberg;e “Histórias Cruzadas” (2012),obra mais “água com açúcar”de Tate Taylor. Sobre a es-cravidão mais recente, há olonga-metragem “Diamantede Sangue” (2006), de EdwardZwick, que se passa na naçãoafricana de Serra Leoa, no fi-nal dos anos de 1990.

Um dos clássicos da áreaé “Amistad” (1997), do diretorSteven Spielberg. Ele contaa história de um grupo decerca de 40 negros captura-dos no continente africanoque organizam um motimno navio negreiro, mas apósa provisória liberdade aca-bam abarcando nos EstadosUnidos. Lá, eles passam porum julgamento que decidese são mercadorias ou não,e se cometeram crimes aose rebelarem. A história é ba-seada em fatos reais da em-barcação “La Amistad” e sepassa no ano de 1839.

Há também obras do ci-nema nacional, como “Xicada Silva” (1976), “Chico Rei”(1985), “Quilombo” (1984)e “Quanto Vale ou é PorQuilo?” (2005). Este últimoé uma ficção que comparao Brasil dos tempos da es-cravidão com traços dessesistema que permanecemna atualidade.

“12 anos”As cenas do filme “12 anos

de escravidão” são duras, deprovocar arrepios de dor echoro de desespero. Para so-breviver nesta nova condição,o violista precisa escondersua identidade e seus conhe-cimentos, como o fato de sa-ber ler e escrever. Ao longode sua trajetória, Solomoncruza com outros escravosnegros, que diferente delenunca gozaram da liberdade,não eram alfabetizados enem tiveram a oportunidadede viver com suas famílias.

Entre estes, está a escravaPatsey (representada por Lu-pita Nyong'o), quem sofre nasmãos de um fazendeiro do

algodão, que, obcecado porela, abusa sexualmente desua escrava e a tortura. Emuma dessas cenas de violên-cia, as chibatadas recebidaspela escrava dilaceram o cor-po da moça e atingem tam-bém os espectadores do filme.É impossível não recordar dopassado sangrento da escra-vidão, que assim como nosEstados Unidos, vitimou mi-lhões no Brasil e em outros

países pelo mundo.O final do filme é ligeira-

mente feliz, apenas para So-lomon, e somente até o limiteque algo tão pesado quantoa escravidão permite ser.

A obra cinematográfica,produzida por Brad Pitt, quetambém marca participaçãocomo ator, recebeu o Oscarde Melhor Filme, o primeiroa um diretor negro (SteveMcQueen), de melhor AtrizCoadjuvante, para LupitaNyong'o, e de Roteiro Adap-tado, para John Ridley. “12anos de escravidão” tambémfoi o vencedor do Globo deOuro de Melhor Drama eprêmio de Melhor Filme noBritish Academy FilmsAwards (Bafta), consideradoo “Oscar britânico".

A história representadano longa-metragem é real,adaptada a partir da auto-biografia do violonista So-lomon Northup. O livro foilançado no Brasil no finalde fevereiro, pela Compa-nhia das Letras (R$ 22,50),e também se chama “12 anosde escravidão”.

Rio de Janeiro, 3 a 9 de abril de 2014 cultura | 11

Cinema se baseia em histórias reaispara retratar escravidãoFILMES O premiado “12 anos de escravidão” é adaptação da autobiografia de Solomon Northup, que foi capturado e tornado escravo nos Estados Unidos

Vivian Fernandesde São Paulo (SP)

“Cenas do filme são duras: provocam arrepios de dor e choro de desespero

Page 12: Brasil de Fato RJ - 045

Rio de Janeiro, 3 a 9 de abril de 2014 12 | variedades

Há uma certa tensão no setor amo-roso, com possíveis cobranças, de-sentendimentos e ciúme. Exercite apaciência, compreensão e a capaci-dade de se colocar no lugar do outro,o que geralmente é difícil para você.

Força de vontade, determinação e atéuma certa agressividade podem surgirnesta fase, o que contradiz sua natu-reza passiva e reservada na maioria dasvezes. Bom momento para arriscaruma conquista amorosa.

Semana ativa e de novidades. Asenergias fluem rápido e estimulam amudança - palavra difícil para você.Tente ser mais flexível para atravessara fase de forma produtiva, assim ascoisas acontecerão naturalmente.

Desejo de posse e controle na relação.Exercite a gentileza, a troca e o desa-pego emocional, por mais difícil quepossa parecer. Tratar o outro comopropriedade nunca contribui parauma relação saudável e duradoura.

Há muita atividade no campo intelec-tual e isso favorece a sua capacidadede resolver problemas dando solu-ções inovadoras, diferentes e bas-tante úteis. Porém, não deixe de estarsempre aberto a aprender.

Há o desejo de criar belas coisas ouao menos melhorar o que já existe. Éum bom momento para trabalhos vo-luntários com pessoas ou animais,proporcionando qualidade de vida efelicidade a quem necessita.

Você sentirá vontade de dar uma pausana gandaia e começar algo firme comalguém especial. O que é de fato muitoimportante para entender mais a fundoo que move e o que mantém uma rela-ção feliz e plena.

Há um desejo de controle, tanto doser amado quanto das situações emque você participa. A calma, modéstiae paciência que geralmente você pos-sui, darão lugar às atitudes enérgicas,impulsivas e grandiosas nesta fase.

Cuidado com as emoções, pois agoraelas estarão mais intensas e podemlhe confundir. Há, por outro lado, umagrande força de regeneração e trans-formação, que lhe ajuda a recuperar oequilíbrio e iniciar uma nova fase.

Aparência em destaque! Não tanto fi-sicamente, mas na presença de espí-rito e atitudes, que chamarão muito aatenção. As pessoas querem ficarperto, simplesmente porque você agenaturalmente e não exclui ninguém.

Mudanças repentinas na vida profissio-nal e pessoal. Na maioria das vezesserão benéficas, mas é bom ficar atentoe discernir o que é bom de verdade doque é perigoso, mas camuflado peloseu constante otimismo.

O campo emocional entra em foco evocê sentirá vontade de se harmonizarcom os sentimentos de todos à suavolta, a fim de transmitir paz e harmo-nia. Apenas não esqueça de suas pró-prias necessidades sentimentais.

HORÓSCOPO

3 a 9 de abril de 2014Keka Campos, astróloga [email protected]

Em 1973 estreava “O BemAmado”, primeira novela emcores da TV. O folhetim tra-tava do comportamento co-ronelista dos políticos, figu-rado no personagem Odo-rico Paraguaçu, prefeito deSucupira. Seu grande feitoseria a inauguração de umcemitério. Cheio de esper-tezas, o prefeito planejava amorte de algum moradorpara inaugurar a obra. Porironia, um pistoleiro mataOdorico que inaugura o ce-mitério. Como pano de fun-do, o autoritarismo da dita-dura era criticado pelo autorDias Gomes.

Naquela época estava noauge a repressão. Não poracaso, 37 capítulos do “OBem Amado” foram repro-vados. Outra novela de DiasGomes impedida de ir ao arfoi “Roque Santeiro”. Só dezanos depois a trama de Si-nhozinho Malta chegou àcasa dos brasileiros.

É, na ditadura não haviabrecha para ninguém. Eracalar-se ou calar-se.  Quebom que vários brasileirosresistiram bravamente à cen-sura. Esses políticos autori-tários tolhiam o nosso bemmaior: a liberdade!

A ditadura também censurou novelas

NOVELA | Por Joaquin Vela

Rep

rodu

ção

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A receita dessa semanaveio do Oriente. Da diver-sificada culinária árabe, oarroz marroquino é umadelícia que acompanha di-versas outras comidas ára-bes ou carnes em geral.Esse é um prato daquelesque cada um faz à sua ma-

neira, de acordo com o gos-to da pessoa ou, ainda, dafamília árabe com que seaprendeu a receita. As es-peciarias são o diferencialdo prato, que mescla arroz,frango e amêndoas. Semdúvida, uma combinaçãosaborosa!

Arroz Marroquino•

1 frango grande3 colheres (sopa) de azeite de oliva1 dente de alho2 cebolas médias1 litro de águaSal e pimenta-do-reino a gosto1 colher (chá) de coentro em grão1 colher (chá) de canela em pó1 envelope de açafrão2 tomates grandes sem semente2 xícaras (chá) de arroz1 abobrinha verde média1 pitada de noz moscada1/2 xícara (chá) deamêndoa picada.

Modo de preparo

Rio de Janeiro, 3 a 9 de abril de 2014 variedades | 13

BOA E BARATA | Por Fernanda Jatobá

Posso acumular obenefício da pensãopor morte?

Ingredientes

Blog

Coz

inha

Fei

tinha

Cortar o frango em pedaçose refogar no azeite com oalho e a cebola picados, jun-tar a água, o sal, a pimenta,o coentro, a canela, o açafrãoe o tomate picado. Ferveraté ficar macio. Desfiar e re-

servar, coar o caldo e levarao fogo. Quando levantarfervura, juntar o arroz e aabobrinha picada. Corrigiro sal, se necessário. Colocarnoz moscada e um poucomais de água se for preciso.

Cozinhar em fogo baixo du-rante 15 minutos. Quandoo arroz estiver pronto, mis-turar as amêndoas. Arrumarnuma travessa rodeado pelacarne de frango. Rendimen-to: 4 pessoas.

A pensão por morte éum direito do conjuntodos dependentes do se-gurado que falecer, apo-sentado ou não, a contarda data do óbito. A Lei8.213/91 (no artigo 124)veda o recebimento acu-mulado de pensões pormorte deixadas por côn-juge ou companheiro.

O beneficiário seráaquele que recebe a pen-são por morte do cônjugeou companheiro  em valorque não seja suficientepara o seu sustento e que,comprovadamente, tenhadependência  econômicado filho. Também no casode falecimento,  tem o di-reito a receber  cumulati-vamente a pensão pormorte na condição de de-pendente do segurado.

O pai ou mãe que já

são pensionistas do INSS(Instituto Nacional do Se-guro Social) e tambémdependentes do seguradodevem requerer, no casodo falecimento deste, apensão por morte juntoao INSS, no prazo de trintadias do óbito.

No caso do indeferi-mento (rejeição) do pedi-do da pensão por mortepelo INSS, sob o argumen-to de impossibilidade decumular os benefícios oude que não está compro-vada a dependência eco-nômica, o pai ou mãedeve procurar o Judiciá-rio. A Justiça tem enten-dido que, uma vez com-provada a dependênciaeconômica,  o pensionis-ta do INSS terá  direito aacumular outro benefíciode pensão por morte.

A chegada do outono trazjunto algumas doenças, quesão chamadas de doençassazonais, pois aparecemcom mais frequência emuma determinada estaçãodo ano. Nessa época, háum aumento de doençasrespiratórias, inflamatóriase alérgicas. Por exemplo,resfriado, gripe, laringite,asma, bronquite, pneumo-nia e bronquiolite.

Por conta do clima frio eseco, além da poluição, osproblemas respiratórios sãoos campeões na preocupa-ção dos pais de criançaspequenas, que lotam os

prontos-socorros em buscade atendimento. Outraquestão que leva ao au-mento desses casos é ofato das pessoas ficaremmais tempo em ambientesfechados e cheios de gen-te, facilitando a dissemi-nação de doenças trans-mitidas pelo ar.

Portanto, é recomendadoevitar aglomerações e locaismuito fechados (por exem-plo, no ônibus, deixe sem-pre as janelas abertas parahaver ventilação). Um pon-to fundamental é manter-se hidratado, ingerindo bas-tante líquidos. Manter as

mãos limpas também ajudaa não-propagação de vírus.Outro conselho é fazer umaboa higiene interna do na-riz, utilizando o soro fisio-lógico, que deve estar natemperatura ambiente.

Aproveite o início do friopara tirar as roupas de in-verno e cobertores do ar-mário e começar a lavá-losou deixa-los estendidos aosol. Isso, pois a roupa guar-dada por muito tempo podeestar contaminada ou em-poeirada, o que só vai pioraro quadro de alergias. Deixetambém a casa sempre lim-pa e arejada.

o outono e as doenças respiratórias

NOSSOS DIREITOS | Por Carlos Duarte, advogado trabalhista

NOSSA SAÚDE | por Aristóteles Cardona Jr – Médico de Família e Comunidade

Dúvidas sobre direitos? Encaminhe e-mail para [email protected]

Reprodução

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Jô Soares entrevistou o gol-pista histórico  venezuelanoHenrique Capriles. Soa res noestúdio da TV Globo em SãoPaulo e o golpista em Caracas.Como sem pre bajulador comos entre vistados que consi -de ra  próximos ideologica-mente, Jô Soares fez questãode lembrar que o golpista erachamado pelos seus correli-gionários de “flaco”, ou se -ja,  magro em português. AíJô  Soares, observou que co -mo ele era conheci do  co -mo gordo, a conversa era entreo gordo e o magro. Estes por-menores são importantespara contar, pois demonstramcomo foi o clima da entrevistaconvescote, do tipo que o en-trevistador levanta a bola parao entrevistado.

Capriles não revelou nadade novo, repetindo apenaso que tem dito logo depoisde ser mais uma vez  der-rotado em uma eleiçãopresidencial. A piada ficoupor conta da resposta so-bre as origens do dirigenteda direita venezuelana, aoafirmar que era po bre, ma-terialmente falando, comoseus ancestrais que chega-ram na Venezuela sem nadano bolso. Uma piada demau gosto, porque Caprilesescondeu a riqueza da fa-mília. E ainda por cimadisse que não tem nadaa ver com os que dirigiamo país antes da  ascensãode Hugo Chávez. Mentiradeslavada. Não falou, nemnada foi perguntado sobre

o apoio que deu à tentativade golpe contra Chávez emabril de 2002.

Por estas e muitas outrasalguém ainda  duvida daexistência de uma campa-nha imperial-midiática con-tra a República Bolivarianada Venezuela? A esta cam-panha soma-se o chamadoGrupo Diários da Améri -ca, integrado por 11 diários(entre eles O Globo) que fa-zem o jogo sujo de  deses-tabilização visando o golpede estado.

Mario Augusto Jakobskind

é jornalista e presidente da Comissão de Direitos

Humanos da ABI

Rio de Janeiro, 3 a 9 de abril de 2014 14 | opinião

Segundo a estratégia gover-namental de implantação dasUPPs fecha-se um ciclo quese iniciou com um espelho –a ocupação de uma favela re-lativamente pequena e comhistória pública de confrontoarmado –, a favela Santa Marta.A retomada de territórios como consequente desarmamentodo tráfico de drogas e a ree-ducação da ação policial juntoaos moradores consistia noprincipal objetivo.

Passados quatro anos, oprojeto UPP vai ‘ocupando’várias outras favelas, inclusive,entre as maiores, como Ale-mão, Rocinha, Mangueira,Manguinhos e Borel. Quaseàs vésperas da Copa, chegoua vez da Maré – esse conjuntode dezenove favelas. Esse simé um dos lugares estratégicosda cidade, pois quase todasas chegadas e saídas do Brasile do mundo, por terra ou porar, passa por esse território.

A Maré é composta por ter-ritórios absolutamente expres-sivos nas formas de resistênciaatravés do desenvolvimentode projetos culturais e políti-cos. Prova disso é a atuaçãode mídias locais comunitáriascomo o Jornal Cidadão, a Rededas Marés e outros, bem comoo CEASM - Centro de AçõesSolidárias da Maré, o Obser-vatório de Favelas, o Museuda Maré. Setores que vêm con-tribuindo para a construçãode uma visão crítica sobre essapolítica de segurança.

À essa altura já se poderiaperguntar: que contribuiçãoconcreta para a vida da po-pulação tem sido trazida pelasUPPs? Sem dúvida que é algopositivo o fato da populaçãoque vive nas favelas se ver livre

das disputas armadas. Outracoisa é a evidência de quetoda a política pública, espe-cialmente a de segurança, im-pacta a vida da cidade. A ex-pressão “pacificação” diz res-peito, sobretudo, aos espaçosurbanos que já resolveram oacesso às políticas governa-mentais e públicas.

Certamente, com claras ehistóricas conquistas, esta-mos construindo o estadodemocrático, sempre incon-cluso. Sendo assim, o cami-nho mais seguro é o que con-ta com o protagonismo dasociedade. Coincidentemen-te, todas as favelas com UPPaté agora, desde os anos 1970,vêm criando movimentosculturais, associativos e po-líticos com autonomia.

Portanto, essa mesma ges-tão territorial que permite aação dos entes federados comrelação às forças armadas,com muito mais rigor, deveser condição para o estabe-lecimento de políticas públi-cas nas regiões empobrecidas.Isso ainda é dívida.

Adair Rocha é professor de Comunicação

na PUC- Rio e na UERJ

Adair RochaAdriano Kitani

De Santa Marta àsfavelas da Maré

Mário Augusto jakobskind

jornalismo golpista da Globo 

“Todas as favelascom UPP até agora, desde os anos 1970, vêmcriando movimentosculturais, associati-vos e políticos________________

Page 15: Brasil de Fato RJ - 045

Domingo 06/04

xVasco Flamengo

16h | Maracanã

Domingo 13/04

xFlamengo Vasco

16h | Maracanã

“o futebol hoje é uma lavanderia de dinheiro”

O especialista em carna-val, amante do futebol e pes-quisador, responsável pelareconstituição da históriadas Copas na exposição queantecedeu à Copa de 94, emartigo publicado no site im-pedimento.org – Crônica deuma morte anunciada, abriuo verbo sobre os estaduais.Diante do que ele chama de“darwinismo social do fute-bol”, fomos ouvi-lo.

Brasil de Fato – Você, co -mo muitos, conheceu ofutebol através dos es-taduais. Hoje vemos umCarioca vazio. O queaconteceu?

Luiz Antonio Simas – Atendência é usar o modeloinglês para o futebol brasi-leiro. Quando criaram aPremier League, depois datragédia no jogo entre Li-verpool e Juventus, a lógicaera clara. Elitizar o estádioe compensar a elitizaçãocom a abertura do mercadode canal a cabo. O estádioé o que menos interessapro o clube. O que dá di-nheiro é o direito de arena,a negociação de jogo comcanal de televisão. E aí,quanto menos gente no es-tádio melhor. O torcedorhoje é um cliente, que podeestar em qualquer lugar.Não é a toa que o vice-pre-sidente (de marketing, LuizEduardo Baptista) do Fla-mengo é dirigente da Sky.Aquela tragédia acabousendo um ponto de inflexão

no futebol mundial. Trans-formou o futebol em pro-duto televisivo, o estádiose tornou irrelevante. Nessegiro de postura, o Cariocanão tem espaço.

Brasil de Fato – Até quandoo estadual aguenta? E opapel da FERJ nisso tudo?

O estadual existe pravocê manter um nicho decorruptos dentro das fede-rações, que dependem da-quilo, mas ninguém maistá interessado. Então, a ten-dência é acabar. Na FERJ, écomo o coronelismo da Re-pública Velha, que depen-dia dos pequenos municí-pios pra garantir o voto decabresto. Ela precisa dissonessa estrutura eleitoral,que cada clube tem direitoa um voto. O peso dos gran-des é maior, mas eles sãominoria. O que você temno Rio hoje? As prefeiturasdescobriram o futebolcomo um campo bom pralavar dinheiro, você cria ti-

mes de ocasião. O futebolhoje é uma lavanderia! Etem o ‘darwinismo socialdo futebol’, que faz com queo clube que não consigavender pay-per-view, nemsirva pra lavar dinheiro, sejajogado no limbo.

Brasil de Fato – E a pro-posta de calendário feitapelo Bom Senso FC?

Eles não chegaram aofundo da questão: a circu-lação de capitais. Enquantoela tiver restrita a uma meiadúzia de clubes, é enxugargelo. Não adianta ter umaSérie E com 200 clubes, sevocê ainda tiver os patro-cínios, o direito de arena,concentrados em meia dú-zia. É um calendário maisrazoável, mas o fundamen-tal é a concentração de ca-pital. O que adianta fazeruma série E? O clube vaijogar a série E, pagando umsalário mínimo, aí sobe praD, quem sabe vai pra C,volta pra D, pra E...

Rio de Janeiro, 3 a 9 de abril de 2014 esporte | 15

OPINIÃO | Bruno Porpetta

Vida que segue, lutaque marca

O time do Botafogo é dese tirar o chapéu. Umpouco pela qualidade téc-nica de seus jogadores,muito pela disposição deluta dos mesmos.

Até algum tempo atrás,mais precisamente até oinício do ano passado, esteescárnio da direção do Bo-tafogo passaria incólume.No máximo, uma declara-ção de insatisfação aqui,outra acolá. A maioria op-taria pelo discurso do “euconfio na diretoria”.

As manifestações popu-lares que pipocaram no paísa partir de junho nos mos-traram outros caminhos.Também para os “aliena-dos” do futebol. Dali, dasruas, veio o Bom SensoFC, uma das experiênciascoletivas mais interessan-tes desde a DemocraciaCorinthiana.

Não é possível afirmar

uma relação direta entre oBom Senso e o movimentoque está acontecendo noBotafogo. Bem, na verdade,é possível sim.

Não fosse este sopro deorganização dos jogadores,desde o ano passado, elesestariam como no segundoparágrafo. Aceitando cala-dos às mentiras da direçãodo clube, que promete enão faz.

Não se trata de favores,mas sim de salários! Ouseja, o clube assumiu com-promissos que, não impor-tam as causas, não cumpre.

Os atletas chegam no ho-rário, reúnem-se por cerca demeia hora, discutem o quefazer e vão para o campo fa-zer aquilo pelo que deveriamser pagos: treinar e jogar.

Afinal de contas, se a di-retoria não o faz, alguémtem que honrar a camisaque veste.

PAPO DE BOTECO

Sem “chiados”,Massa encara anoite do bahrein

Bruno Porpettado Rio de Janeiro (RJ)

Após os problemas queenvolveram Felipe Massae Valtteri Bottas, ambos daWilliams, com a desobe-diência do piloto brasileiroàs ordens da equipe no GPda Malásia, o engenheiro-chefe Rod Nelson garantiuque está tudo resolvido:“Temos dois pilotos nº 1”,disse ao Globoesporte.com.

Agora se preparam paraa primeira corrida noturnada temporada, no Bahrein,que acontecerá no próxi-mo final de semana. A lar-gada será dada ao meio-dia (horário de Brasília)deste domingo (6).

CAMPEONATO CARIOCA • FINAIS

Historiador LUIZ ANToNIo SIMAS é ex-pesquisador da FIFAsobre Copas do Mundo

Historiador critica modelo inglês adotado no futebol brasileiro

Arquivo pessoal

Page 16: Brasil de Fato RJ - 045

O Flamengo foi a Guaya-quil, no Equador, enfrentar oEmelec precisando ao menosde um empate para seguir vivona Libertadores, com cincodesfalques.

No início, o Flamengo se-gurou o ímpeto do time dacasa que, empurrado pela tor-cida, tentava ir ao ataque. Amarcação rubro-negra estevebem armada e dificultou avida do Emelec.

Aos 7 minutos, o zagueiroNasuti cortou o cruzamento

de Everton com a mão, impe-dindo a conclusão de Alecsan-dro. Pênalti que o próprio cen-troavante cobrou e marcou.

Com a vantagem, o time ca-rioca controlou bem o jogo ecriou algumas chances de am-pliar, mas não conseguiu.

No retorno para o segundotempo, o Flamengo re-cuou demais a marcação,permitindo que o Emelecencurralasse os rubro-ne-gros no campo de defesa.

Aos 18 minutos, Caice-do foi derrubado por We-linton dentro da área. Acobrança foi de Stracqua-lursi, forte e no meio do

gol, sem chance para Felipe.O Flamengo segurava o em-

pate, mas Jayme de Almeidalançou Negueba em campopara os contra-ataques e o Fla-mengo melhorou.

E foi Negueba, aos 47, quemfez a jogada que deu a vitóriaao Flamengo. O atacante re-

cebe na esquerda e faz lindainversão, encontrando Pauli-nho livre para definir o placar.

Com o resultado, o Flamen-go só depende de suas própriasforças, contra os mexicanos doLeón, no Maracanã, na próximaquarta (9). Uma vitória simplesdá a vaga ao Flamengo.

Flamengo vence e seguevivo na Liberta

Rio de Janeiro, 3 a 9 de abril de 2014 16 | esporte

LIBERTADORES Flamengo faz 2 a 1 no Emelec e decide a vaga no Maracanã

• NO FLUMINENSE,por decisão do presi-dente Peter Siemsem,o treinador RenatoGaúcho foi demitidona manhã desta quar-ta-feira (2). O substi-tuto escolhido foi o ex-treinador de Vasco eBahia, além de ex-jo-gador do tricolor, Cris-tóvão Borges. Nesteepisódio, a relação en-tre Peter e Celso Bar-ros, presidente da pa-trocinadora do clube,azedou.

• O VASCO pagou ossalários de janeiro aosjogadores, às vésperasda final do Cariocacontra o Flamengo.Antes deste, o cruz-maltino enfrenta o Re-sende, na Arena daAmazônia, em Ma-naus, nesta quinta-fei-ra (3), às 20h30, pelaCopa do Brasil, ape-nas com reservas.

• O MADUREIRA,após homenagearuma excursão a Cubaem 1963, estampandoo rosto de Che Gueva-ra na camisa do timedo Fut-7, lançará nopróximo dia 25 umanova camisa relem-brando a “ViagemProibida” à China, quecompleta 50 anos. Emexcursão à Ásia, o clu-be passou pela Chinacomunista, contrarian-do a determinação daCBD, em plena ditadu-ra militar no Brasil.Esta nova camisa tam-bém servirá ao time deFut-7 do clube.

• EM PARIS, pelaUEFA ChampionsLeague, o Paris Saint-Germain venceu oChelsea por 3 a 1 emjogo trágico para azaga titular da seleçãobrasileira. iago Sil-va, do PSG, cometeupênalti e David Luiz,do Chelsea, marcouum gol contra.

TOQUES CURTOS

Bruno Porpettado Rio de Janeiro (RJ)

1 X 2

A Portuguesa obteve a pri-meira vitória na justiça comumpara se manter na Série A doCampeonato Brasileiro. O juizMiguel Ferrari Jr. concedeu li-minar ao clube paulista, obri-gando a CBF a mantê-lo na pri-meira divisão.

A decisão se baseou no art.35 do Estatuto do Torcedor, sobrea publicação das decisões doSTJD, igualando-as às dos tri-bunais federais. Ou seja, os efei-tos da decisão se iniciariam após

sua publicação. No entanto, asinterpretações são diversas.

A CBF pode definir a Série Acom 21 clubes, descumprindoo regulamento da competiçãoque previa o descenso de qua-tro, ou devolver os quatro pon-tos à Lusa, rebaixando assim oFlamengo.

O Fla pode entrar como par-te interessada no processo econseguir estender a decisãopara si, mas por enquanto semantém apenas com a açãona Corte Arbitral do Esporte,cuja decisão ainda não temdata definida. (BP)

da Redação

Lusa obtém liminar e Flapode estar rebaixadoBRASILEIRO Liminar foi concedida na 43ª Vara Cívelde São Paulo

botafogo pressiona,mas perde

O Botafogo recebeu oUnión Española, do Chi-le, no Maracanã e foiderrotado por 1 a 0, golde pênalti marcado porCanales. Com o resulta-do, o time chileno estáclassificado.

Em um jogo de ata-que contra defesa, o Bo-tafogo pressionou o ad-versário em toda a par-tida, mas pecou no ex-cesso de bolas aéreas.Em um contra-ataque,

Jaime foi derrubado porJulio Cesar e deu origemao gol dos chilenos, dian-te de 43.293 torcedores.

Na próxima quarta-feira (9), o Botafogo vaià Argentina enfrentar oSan Lorenzo e pode seclassificar com um em-pate, desde que o Inde-pendiente Del Valle(EQU) não vença oUnión Española, no Chi-le, por dois ou mais golsde diferença.

LIBERTADORES Apesar do domínio, timealvinegro leva gol de pênaltialvador (BA)

Alexandre Vidal/FlaImagem

Paulinho fez o gol da vitória que deu sobrevida ao Fla

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FICHA TéCNICA

Emelec Flamengo

Quarta-feira 02/04 |22h | Estádio George Capwell, Guayaquil, Equador