Brasil e FMI já falam sobre acordoBrasil e FMI já falam sobre acordo Compromisso ainda em vigor...

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DOMINGO, 14 de setembro de 2003 ECONOMIA CORREIO DO POVO São Paulo — Analistas de mercado consideram que o Comitê de Política Mone- tária (Copom) terá espaço para cortar de 2 a 3 pontos percentuais na taxa básica de ju- ros (Selic) na reunião de terça e quarta-fei- ras da próxima semana. Conforme os econo- mistas, não há perspectiva a médio prazo que poderia desviar a Selic da trajetória de queda. A taxa hoje está em 22% ao ano. O economista-chefe do BNL do Brasil, Everton Gonçalves, defende um corte de 2 pontos percentuais. “A inflação preliminar não deve alterar o pensamento dos integran- tes do Copom”, diz. Ele considera que a taxa de juros deve fechar 2003 em 17% ao ano. Um intervalo de corte que pode variar en- tre 2,5 e 3 pontos percentuais é a aposta do diretor da Ronsenberg & Associados, Dirceu Bezerra, para o resultado da reunião dos in- tegrantes do Copom. “O Comitê deveria di- minuir, no mínimo, 2 pontos este mês, já que a taxa de inflação projetada para os 12 meses à frente roda entre 5% e 6%”, conclui. Mercado calcula corte de até 3 pontos na Selic Uma comissão gaúcha representando os pequenos e médios empresários do se- tor supermercadista vai participar da Ex- poabras, no Rio de Janeiro, que começa nesta segunda-feira. O evento, que ocor- rerá até 18 de setembro, é o maior do se- tor supermercadista da América Latina e ponto de encontro das maiores empresas incluindo os segmentos de alimentos, au- tomatização comercial e bebidas. O presi- dente da União Gaúcha de Supermerca- dos (Unisuper), Paulo Valmir Vargas e Sil- va, eleito recentemente em São Paulo pa- ra presidir o Comitê de Redes e Associa- ções de Negócios da Abras, é um dos palestrantes do evento e levará a expe- riência gaúcha para as centrais de com- pras do país. Vargas e Silva participará nos dias 16 e 18 de setembro, nos pavi- lhões da Expoabras, abordando os temas: “Negociação – debate entre redes e asso- ciações de negócios e fornecedores e “Mar- cas próprias – uma decisão estratégica”. O primeiro painel apresentará exem- plos do associativismo visando ajudar as redes e centrais de compras a aprimorarem serviços e se organizarem melhor para en- frentar um mercado cada vez ma- is competitivo. O presidente apre- sentará o exemplo da Unisuper, a rede que se tornou referência no país graças ao trabalho junto aos pequenos e médios comerciantes. A Unisuper conta com 70 lojas em 26 municípios. Já o painel so- bre marcas próprias mostrará a evolução de conceitos, embala- gens, estratégias e experiências. Gaúchos vão participar da Expoabras CP MEMÓRIA Pequenos e médios supermercados serão representados rasília — O governo sonda o Fundo Monetário In- ternacional (FMI) quanto à renovação do acordo, desde que não dificulte a retomada do crescimento econômico e de investimentos na área social. “As son- dagens têm sido positivas”, disse uma fonte. O repre- sentante do Brasil no FMI, Murilo Portugal, coordena as conversações iniciais com dirigentes da institui- ção, a serem intensificadas pelo ministro da Fazenda, Antônio Palocci, na reunião do FMI e do Banco Mun- dial (Bird), entre os dias 19 e 24 deste mês, nos Emi- rados Árabes. As negociações somente serão fecha- das em dezembro. Até lá, a preocupação brasileira é fazer cumprir as metas acertadas no programa em vi- gor, obtendo um superávit primário de 4,25% do PIB. Se houver entendimento, o governo quer caracte- rizá-lo como resultado de um “acordo do PT”, o que daria ao Brasil liberdade para a execução de um pla- no econômico que mantenha o rigor fiscal e também crie condições para a retomada do crescimento eco- nômico, garantindo investimentos em infra-estrutura e nos programas sociais. Outra questão é a blinda- gem financeira do país. Palocci tem dito informal- mente que a renovação garantiria recursos para en- frentar, com segurança, uma eventual crise externa. Segundo fontes do governo, a questão financeira tem uma vantagem: os 31,5 bilhões de dólares empresta- dos pelo FMI formarão as reservas líquidas (excluídos os pagamentos), que poderão ser utilizadas livremen- te, o que não é permitido pelo atual acordo. Já a desistência de um novo empréstimo, dizem os técnicos, acarretaria uma conta bilionária a ser paga ao Fundo nos próximos anos. A questão é se o balan- ço de pagamentos do país suporta a pressão da qui- tação das parcelas em uma situação de retração no ingresso de capitais estrangeiros e eventual aumento das importações num cenário de crescimento econô- mico. Conforme a agenda de pagamentos com o FMI, atualizada até julho, o Brasil deve pagar ao Fundo 31,53 bilhões de dólares até o fim de 2007 – 4,83 bi- lhões em 2004; 11,08 bilhões em 2005; 6 bilhões em 2006; e 1,77 bilhão em 2007. Pelo acordo atual, o país ainda receberá 7,7 bilhões de dólares do FMI, se aprovada a quinta revisão do programa em dezembro. Brasil e FMI já falam sobre acordo Compromisso ainda em vigor assegura saque de US$ 7,7 bilhões, se aprovada a 5ª revisão em dezembro B ABR / CP MEMÓRIA Blindagem financeira é a preocupação maior de Palocci O RS garante o primeiro lugar da região Sul e a quarta colocação no ranking nacional do mercado de tí- tulos de capitalização, com R$ 227,4 milhões de faturamento nos sete primeiros meses do ano. O Estado detém de 6,8% de todo o setor. Os dados, contabilizados até ju- lho, destacam a significativa soma das reservas do setor, que chegaram a R$ 8 bilhões, uma expansão de 22,8% sobre o mesmo período de 2002. O faturamento do mercado acumulou R$ 3,3 bilhões em todo o país, crescimento de 18,5% sobre julho de 2002. As reservas de capi- talização contribuem par o equilí- brio econômico do país e parte delas é destinada ao fomento da poupan- ça interna e à compra de títulos da dívida pública. Em primeiro lugar no ranking nacional está São Paulo, com R$ 1,2 bilhão de receita e 38,5% de participação no setor. Capitalização tem avanço no Estado Rio — O presidente Luiz Inácio Lula da Silva abre amanhã, às 10h30min, no Rio- centro, a 37ª Convenção Nacional de Su- permercados, promovida pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras). No mesmo local, às 12h30min, o presidente deverá participar da abertura da 33ª Feira Internacional de Produtos, Serviços, Equipamentos e Tecnologia para Super- mercados (Expoabras 2003). Após a parti- cipação nas solenidades dos dois eventos, o presidente voltará para São Paulo, per- manecendo durante a tarde na residência de São Bernardo do Campo. À noite, na capital paulista, Lula irá ao jantar come- morativo do 50º aniversário de A Hebrai- ca. Somente na manhã de terça-feira, o presidente Lula retornará para Brasília. Lula abre a 37 a Abras no Riocentro Porto Alegre recebe amanhã uma audiência pública da CPI dos Planos de Saúde, que será realizada no auditório Dante Ba- rone da Assembléia Legislativa, às 14h. Além das audiências em Brasília, as audiências regionais, realizadas em diversas cidades do país, servem para colher de- núncias de usuários de planos de saúde, ouvir parlamentares, especialistas em planos, entida- des locais representantes de con- sumidores e operadoras. Entre as pessoas que darão depoimen- to na Capital, estão o presidente do Sindicato Médico do RS (Si- mers), Paulo Argollo Mendes, e o presidente da Unimed, Nilson Luiz May. O trabalho da CPI de- verá prosseguir até dezembro. CPI dos Planos de Saúde vem ao RS São Paulo — A Federação Nacional das Associações de Produtores de Cachaça de Alambique (Fenaca) prevê aumento de mais de 100% nas exportações em 2003. A meta é sair dos atuais 14,5 milhões de dólares exportados por grandes marcas indus- triais e pequenas e refinadas cachaças de alambique para atingir os 30 milhões de dóla- res até o fim do ano. “A parti- cipação da cachaça de alambi- que, de maior valor agregadi, dobrará a receita. No exterior, o litro é comercializado, em média, a 3,50 dólares, en- quanto a cachaça industrial, a 0,80 dólar”, explica o diretor da Fenaca, Murilo Albernaz. A expectativa otimista em relação ao aumento das exportações é resultado de um trabalho iniciado no ano passado, reunindo Fenaca, Associação Brasileira de Be- bidas (Abrabe), através do Programa Brasileiro de De- senvolvimento de Aguardente de Cana (PBDAC), e Agên- cia de Promoção de Exportações do Brasil (Apex-Brasil). “Desde que o governo federal incluiu a cachaça no Pro- grama Setorial Integrado das exportações (PSI), temos recebido o apoio necessário para promover a cachaça pura de alambique no mercado externo”, assegura o pre- sidente da Fenaca, Walter Caetano Pinto. Ele adiantou que o governo está investindo na promoção de feiras e levan- do os produtores a eventos in- ternacionais, além de buscar capacitação e organização. Em 2000, as exportações totalizaram 9 milhões de litros de cachaça, comercializando 8,5 milhões de dólares; em 2001, foram 11,1 milhões de litros, a 9 milhões de dólares; e, em 2002, 14,8 milhões de litros, vendidos a 14,5 mi- lhões de dólares, de acordo com dados da Abrabe. A pro- dução nacional tem se mantido estável desde 1995, com volume anual de 1,3 bilhão de litros. Desse total, 300 milhões de litros são cachaça de alambique e 1 bilhão de litros da indústria. Menos de 1% da produção vai para o exterior. Os maiores compradores são Alemanha, Para- guai, Portugal, Itália, Inglaterra, Chile e Estados Unidos. Exportação de cachaça deverá crescer 100% ANTÕNIO SOBRAL / CP MEMÓRIA Setor pretende chegar aos 30 milhões de dólares no ano

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DOMINGO, 14 de setembro de 2003 ECONOMIA CORREIO DO POVO

São Paulo — Analistas de mercadoconsideram que o Comitê de Política Mone-tária (Copom) terá espaço para cortar de 2 a3 pontos percentuais na taxa básica de ju-ros (Selic) na reunião de terça e quarta-fei-ras da próxima semana. Conforme os econo-mistas, não há perspectiva a médio prazoque poderia desviar a Selic da trajetória dequeda. A taxa hoje está em 22% ao ano.

O economista-chefe do BNL do Brasil,Everton Gonçalves, defende um corte de 2pontos percentuais. “A inflação preliminarnão deve alterar o pensamento dos integran-tes do Copom”, diz. Ele considera que a taxade juros deve fechar 2003 em 17% ao ano.

Um intervalo de corte que pode variar en-tre 2,5 e 3 pontos percentuais é a aposta dodiretor da Ronsenberg & Associados, DirceuBezerra, para o resultado da reunião dos in-tegrantes do Copom. “O Comitê deveria di-minuir, no mínimo, 2 pontos este mês, jáque a taxa de inflação projetada para os 12meses à frente roda entre 5% e 6%”, conclui.

Mercado calcula cortede até 3 pontos na Selic

Uma comissão gaúcha representandoos pequenos e médios empresários do se-tor supermercadista vai participar da Ex-poabras, no Rio de Janeiro, que começanesta segunda-feira. O evento, que ocor-rerá até 18 de setembro, é o maior do se-tor supermercadista da América Latina eponto de encontro das maiores empresasincluindo os segmentos de alimentos, au-tomatização comercial e bebidas. O presi-dente da União Gaúcha de Supermerca-dos (Unisuper), Paulo Valmir Vargas e Sil-

va, eleito recentemente em São Paulo pa-ra presidir o Comitê de Redes e Associa-ções de Negócios da Abras, é um dospalestrantes do evento e levará a expe-riência gaúcha para as centrais de com-pras do país. Vargas e Silva participarános dias 16 e 18 de setembro, nos pavi-lhões da Expoabras, abordando os temas:“Negociação – debate entre redes e asso-ciações de negócios e fornecedores e “Mar-cas próprias – uma decisão estratégica”.

O primeiro painel apresentará exem-plos do associativismo visandoajudar as redes e centrais decompras a aprimorarem serviçose se organizarem melhor para en-frentar um mercado cada vez ma-is competitivo. O presidente apre-sentará o exemplo da Unisuper, arede que se tornou referência nopaís graças ao trabalho junto aospequenos e médios comerciantes.A Unisuper conta com 70 lojasem 26 municípios. Já o painel so-bre marcas próprias mostrará aevolução de conceitos, embala-gens, estratégias e experiências.

Gaúchos vão participar da Expoabras

CP MEMÓRIA

Pequenos e médios supermercados serão representados

rasília — O governo sonda o Fundo Monetário In-ternacional (FMI) quanto à renovação do acordo,

desde que não dificulte a retomada do crescimento

econômico e de investimentos na área social. “As son-dagens têm sido positivas”, disse uma fonte. O repre-sentante do Brasil no FMI, Murilo Portugal, coordenaas conversações iniciais com dirigentes da institui-ção, a serem intensificadas pelo ministro da Fazenda,Antônio Palocci, na reunião do FMI e do Banco Mun-dial (Bird), entre os dias 19 e 24 deste mês, nos Emi-rados Árabes. As negociações somente serão fecha-das em dezembro. Até lá, a preocupação brasileira éfazer cumprir as metas acertadas no programa em vi-gor, obtendo um superávit primário de 4,25% do PIB.

Se houver entendimento, o governo quer caracte-rizá-lo como resultado de um “acordo do PT”, o quedaria ao Brasil liberdade para a execução de um pla-no econômico que mantenha o rigor fiscal e tambémcrie condições para a retomada do crescimento eco-nômico, garantindo investimentos em infra-estruturae nos programas sociais. Outra questão é a blinda-gem financeira do país. Palocci tem dito informal-mente que a renovação garantiria recursos para en-

frentar, com segurança, uma eventual crise externa.Segundo fontes do governo, a questão financeira temuma vantagem: os 31,5 bilhões de dólares empresta-dos pelo FMI formarão as reservas líquidas (excluídosos pagamentos), que poderão ser utilizadas livremen-te, o que não é permitido pelo atual acordo.

Já a desistência de um novo empréstimo, dizem ostécnicos, acarretaria uma conta bilionária a ser pagaao Fundo nos próximos anos. A questão é se o balan-ço de pagamentos do país suporta a pressão da qui-tação das parcelas em uma situação de retração noingresso de capitais estrangeiros e eventual aumentodas importações num cenário de crescimento econô-mico. Conforme a agenda de pagamentos com o FMI,atualizada até julho, o Brasil deve pagar ao Fundo31,53 bilhões de dólares até o fim de 2007 – 4,83 bi-lhões em 2004; 11,08 bilhões em 2005; 6 bilhões em2006; e 1,77 bilhão em 2007. Pelo acordo atual, opaís ainda receberá 7,7 bilhões de dólares do FMI, seaprovada a quinta revisão do programa em dezembro.

Brasil e FMI já falam sobre acordoCompromisso ainda em vigor assegura saque de US$ 7,7 bilhões, se ap rovada a 5ª revisão em dezembro

BABR / CP MEMÓRIA

Blindagem financeira é a preocupação maior de Palocci

O RS garante o primeiro lugar daregião Sul e a quarta colocação noranking nacional do mercado de tí-tulos de capitalização, com R$ 227,4milhões de faturamento nos seteprimeiros meses do ano. O Estadodetém de 6,8% de todo o setor.

Os dados, contabilizados até ju-lho, destacam a significativa somadas reservas do setor, que chegarama R$ 8 bilhões, uma expansão de22,8% sobre o mesmo período de2002. O faturamento do mercadoacumulou R$ 3,3 bilhões em todo opaís, crescimento de 18,5% sobrejulho de 2002. As reservas de capi-talização contribuem par o equilí-brio econômico do país e parte delasé destinada ao fomento da poupan-ça interna e à compra de títulos dadívida pública. Em primeiro lugarno ranking nacional está São Paulo,com R$ 1,2 bilhão de receita e38,5% de participação no setor.

Capitalização temavanço no Estado

Rio — O presidente Luiz Inácio Lula daSilva abre amanhã, às 10h30min, no Rio-centro, a 37ª Convenção Nacional de Su-permercados, promovida pela AssociaçãoBrasileira de Supermercados (Abras). Nomesmo local, às 12h30min, o presidentedeverá participar da abertura da 33ª FeiraInternacional de Produtos, Serviços,Equipamentos e Tecnologia para Super-

mercados (Expoabras 2003). Após a parti-cipação nas solenidades dos dois eventos,o presidente voltará para São Paulo, per-manecendo durante a tarde na residênciade São Bernardo do Campo. À noite, nacapital paulista, Lula irá ao jantar come-morativo do 50º aniversário de A Hebrai-ca. Somente na manhã de terça-feira, opresidente Lula retornará para Brasília.

Lula abre a 37a Abras no Riocentro

Porto Alegre recebe amanhãuma audiência pública da CPIdos Planos de Saúde, que serárealizada no auditório Dante Ba-rone da Assembléia Legislativa,às 14h. Além das audiências emBrasília, as audiências regionais,realizadas em diversas cidadesdo país, servem para colher de-núncias de usuários de planosde saúde, ouvir parlamentares,especialistas em planos, entida-des locais representantes de con-sumidores e operadoras. Entreas pessoas que darão depoimen-to na Capital, estão o presidentedo Sindicato Médico do RS (Si-mers), Paulo Argollo Mendes, e opresidente da Unimed, NilsonLuiz May. O trabalho da CPI de-verá prosseguir até dezembro.

CPI dos Planos deSaúde vem ao RS

São Paulo — A Federação Nacional das Associaçõesde Produtores de Cachaça de Alambique (Fenaca) prevêaumento de mais de 100% nas exportações em 2003. Ameta é sair dos atuais 14,5milhões de dólares exportadospor grandes marcas indus-triais e pequenas e refinadascachaças de alambique paraatingir os 30 milhões de dóla-res até o fim do ano. “A parti-cipação da cachaça de alambi-que, de maior valor agregadi,dobrará a receita. No exterior,o litro é comercializado, emmédia, a 3,50 dólares, en-quanto a cachaça industrial, a0,80 dólar”, explica o diretorda Fenaca, Murilo Albernaz.

A expectativa otimista em relação ao aumento dasexportações é resultado de um trabalho iniciado no anopassado, reunindo Fenaca, Associação Brasileira de Be-bidas (Abrabe), através do Programa Brasileiro de De-senvolvimento de Aguardente de Cana (PBDAC), e Agên-cia de Promoção de Exportações do Brasil (Apex-Brasil).“Desde que o governo federal incluiu a cachaça no Pro-

grama Setorial Integrado das exportações (PSI), temosrecebido o apoio necessário para promover a cachaçapura de alambique no mercado externo”, assegura o pre-

sidente da Fenaca, WalterCaetano Pinto. Ele adiantouque o governo está investindona promoção de feiras e levan-do os produtores a eventos in-ternacionais, além de buscarcapacitação e organização.

Em 2000, as exportaçõestotalizaram 9 milhões de litrosde cachaça, comercializando8,5 milhões de dólares; em2001, foram 11,1 milhões delitros, a 9 milhões de dólares;e, em 2002, 14,8 milhões delitros, vendidos a 14,5 mi-

lhões de dólares, de acordo com dados da Abrabe. A pro-dução nacional tem se mantido estável desde 1995, comvolume anual de 1,3 bilhão de litros. Desse total, 300milhões de litros são cachaça de alambique e 1 bilhão delitros da indústria. Menos de 1% da produção vai para oexterior. Os maiores compradores são Alemanha, Para-guai, Portugal, Itália, Inglaterra, Chile e Estados Unidos.

Exportação de cachaça deverá crescer 100%

ANTÕNIO SOBRAL / CP MEMÓRIA

Setor pretende chegar aos 30 milhões de dólares no ano