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BRASIL EM OBRAS GARANTE MERCADO PARA ENGENHEIRO # 16 I Julho 2012 Newsletter Engineering & Construction & Property CENÁRIO ECONÔMICO Apesar da turbulência mundial, mercado local de engenharia cresce em várias frentes EVENTOS ESPORTIVOS Copa e Olimpíadas exigem uma entrega para além das estruturas esportivas PROFISSIONAL DE ENGENARIA DE PROJETOS Ele precisa ter controle de processos para garantir rentabilidade FOCO EM SUSTENTABILIDADE Especialização na área ganha relevância no mercado ENTREVISTA - “Na profissão de engenheiro a mobilidade é um instrumento de trabalho” Consultor Aldo Dórea Mattos fala sobre a importância do tema para o desenvolvimento da carreira BRASIL

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BRASIL EM OBRAS GARANTE MERCADO PARA ENGENHEIRO

# 16 I Julho 2012

Newsletter Engineering &Construction & Property

CENÁRIO ECONÔMICOApesar da turbulência mundial, mercado local de engenharia cresce em várias frentes

EVENTOS ESPORTIVOSCopa e Olimpíadas exigem uma entrega para além das estruturas esportivas

PROFISSIONAL DE ENGENARIA DE PROJETOSEle precisa ter controle de processos para garantir rentabilidade

FOCO EM SUSTENTABILIDADEEspecialização na área ganha relevância no mercado

ENTREVISTA - “Na profissão de engenheiro a mobilidade é um instrumento de trabalho”Consultor Aldo Dórea Mattos fala sobre a importância do tema para o desenvolvimento da carreira

BRASIL

Newsletter Engineering | Construction & Property - #16 Julho 2012 02

Juliano BallarottiGerente de Construction & Property, Engineering, Manufacturing, Logistics e Procurement da HAYS em São [email protected]

Roberto ColtroGerente de Engineering da HAYS em São [email protected]

Cesar RegoResponsável pelo escritório da HAYS em [email protected]

Rodrigo SoaresResponsável pelo escritório da HAYS em [email protected]

Caroline CadorinConsultora Sênior de Engineering da HAYS em [email protected]

Raphael FalcãoGerente de Logistics, Procurement, Engineering e IT da HAYS no Rio de [email protected]

A EQUIPE

A HAYS lançou mais uma edição semestral do Hays Journal. A publicação oferece aos seus leitores maté-rias voltadas à atualidade, tendências e percepções sobre temas que exercem impacto no mundo do trabalho. Confira!

O Brasil segue em ritmo acelerado de obras em todas as suas regiões. Os projetos, tanto de infraestrutura - que buscam recuperar o tempo perdido - quanto os que pavimentam a ampliação de empresas e a chegada de novas companhias, vão construindo a expansão do País. Segundo dados divulgados no último mês de maio pela Confederação Nacional das Indústrias (CNI), os níveis de atividade verificados para a indústria da construção permanecem altos, na casa de 70% do total de sua capacidade de operação.

Em sua trajetória, poucas vezes o País esteve em um momento tão propício no que diz respeito às atuações de profissionais ligados à área de engenharia e construção. A demanda por mão de obra acontece em todos os níveis da pirâmide, especialmente naqueles que ditam o ritmo e planejam as etapas de cada processo.

Apenas na construção civil foi registrada a contratação de mais de 46 mil profissionais em abril deste ano, segundo estudo do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP), em parceria com a Fundação Getulio Vargas (FGV). O aumento foi de 1,41% na comparação com o mês anterior. Até o final de abril, o setor empregava perto de 3,5 milhões de trabalhadores no Brasil. Para o sindicato, os números indicam que a construção segue aquecida e deve confirmar a previsão de que o setor crescerá acima do PIB em 2012.

O estudo apontou ainda que nos primeiros quatro meses do ano, o setor empregou quase 170 mil trabalhadores - representando um aumento de 5,35% em relação ao mesmo período do ano passado. No acumulado dos últimos 12 meses, foram contratados mais de 250 mil trabalhadores, uma expansão de 8,28%. Em abril, a região Sudeste concentrava perto de 1,7 milhão de trabalhadores do setor. A Nordeste tinha mais de 715 mil; a Sul, pouco mais de 470 mil; a Centro-Oeste, mais de 270 mil e a região Norte com aproximadamente 200 mil trabalhadores na ativa. A região Centro-Oeste registrou o melhor crescimento percentual (3,34%) em relação ao mês anterior, seguida pela Sudeste (1,67%), a Sul (1,39%) e a Nordeste (0,51%). Só a região Norte mostrou leve queda (0,05%).

Diante dos grandes desafios logísticos, ligados principalmente à aproximação da Copa do Mundo de 2014 e dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016, os profissionais de engenharia encontram-se em um momento especial de suas carreiras, tanto em termos de remuneração, quanto em perspectivas.

O setor de petróleo e gás também é prospero. Inclusive, muitos especialistas acreditam que a área será o motor para manter a economia do País aquecida mesmo depois da realização dos megaeventos esportivos. Também merece destaque o impulso que o setor de bens de consumo e de bens de capital tem dado ao mercado brasileiro. Esse último, por exemplo, teve um aumento de 5,1% no faturamento bruto em comparação com o igual período do ano passado, de acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq).

Em paralelo aos projetos de crescimento, as empresas estão investindo em sustentabilidade. O desafio é unir os dois conceitos para proporcionar o desenvolvimento mais limpo. Essa tarefa é ainda mais urgente por conta das normas exigidas pela Política Nacional de Resíduos Sólidos, que responsabilizam as empresas pelo ciclo da vida dos produtos, desde a produção até seu descarte.

Outra carreira que há 10 anos tinha uma perspectiva de mercado não muito atrativa é engenharia de projetos. Antes esses profissionais eram contratados para ações pontuais e hoje passaram a ter atuação estratégica na empresa, devido à prosperidade da economia.

É diante desse cenário econômico que esta newsletter traz um olhar analítico para o mercado de trabalho no setor. Boa leitura!

RITMO ACELERADO DE OBRAS E NOVAS COMPANHIAS CONSTROEM A EXPANSÃO DO PAÍS

OLIMPÍADAS E COPA GERAM DEMANDA MUITO ALÉM DAS ESTRUTURAS ESPORTIVAS

Newsletter Engineering | Construction & Property - #16 Julho 2012 03

A Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016 representam um grande desafio para os setores nacionais de construção e logística. Ainda há muito trabalho a ser feito para garantir a finalização das obras necessárias ao País para o acolhimento das competições, a acomodação e o trans-porte de um grande público.

Os cronogramas atrasados que são frequentemente noticia-dos e alvo de críticas podem se reverter em oportunidades para os engenheiros mais experientes. Por isso a demanda por profissionais bem qualificados, capazes de reordenar o ritmo dos processos e de liderar grandes equipes - e com maior nível de remuneração – acaba tornando-se ainda maior.

As principais capitais brasileiras têm construções em an-damento e não se tratam apenas das obras referentes às edificações dos estádios da Copa. Aberturas e ampliação de estradas, construção e readequação de portos e aeroportos, bem como grandes obras de mobilidade urbana são preocu-pações dos setores público e privado.

De acordo com dados de balanço sazonal divulgado pelo próprio governo em maio, o volume de obras ligadas à Copa do Mundo de 2014 no Brasil aumentou 76% desde novem-bro de 2011. Juntas, as 12 cidades-sede tem, atualmente, 60 obras em curso.

“A Copa e a Olimpíada não serão feitas apenas com está-dios”, pondera Raphael Falcão, gerente das expertises Lo-gistics, Procurement, Engineering e Information Technology. Prova disso são os investimentos necessários em infraes-trutura para atender turistas a médio e longo prazos. Ao todo, o governo prevê 101 empreendimentos para realização do mundial no país, dos quais 41% ainda não tiveram início.

Do total de projetos, a maioria está ligada à mobilidade urbana (51 obras). Os aeroportos terão 31 interferências e os portos, sete. “A realização de um megaevento como a Copa do Mundo proporciona uma oportunidade única para pro-mover e atrair investimentos, alavancando as potencialidades do País e suprindo a infraestrutura deficitária”, comenta o sócio da PwC Mauricio Girardello, da área de CP&I Capital Projects & Infrastructure.

OPORTUNIDADES NA GESTÃO DE PROJETOSSe a empresa tem planos de melhoria, crescimento ou expansão irá precisar de um gerente de projetos para orientar todo o processo. “Esse profissional garante que o projeto seja entregue dentro do prazo e custo estimado”, explica Juliano Ballarotti, gerente das expertises Construction & Property, Engineering, Logistics e Procurement em São Paulo.

De acordo com o consultor, os projetos devem respeitar seis pilares padrões que são: escopo, qualidade, cronograma, orçamento, recursos e riscos. O gerente de projetos precisa cuidar do funcionamento de todos eles e buscar as melhores condições para garantir rentabilidade e lucro para a empresa.

Há 10 anos, a realidade do mercado para esses profissionais era diferente. Ele era contratado para projetos pontuais e hoje com a prosperidade da economia, as empresas querem retê-los, pois passaram a ter atuação estratégica na empresa. “Esse profissional é um coringa para todas as organizações. Além de atuar em projetos de infraestrutura podem

criar novos processos para outros setores da empresa”, analisa Raphael Falcão gerente das expertises Logistics, Procurement, Engineering e Information Technology no Rio de Janeiro.

Em decorrência de uma ampla atuação, o gerente de projetos precisa ter facilidade de circular em todos os níveis de hierarquia e uma boa capacidade de comunicação para que os detalhes do projeto percorram desde o topo até a base da pirâmide. Ter conhecimento em um segundo idioma e possuir certificado Project Management Institute (PMI) são valorizados pelo mercado. “O salário deste profissional varia entre R$ 15 a R$ 25 mil, o que determina o valor é o nível de experiência. Ter inglês pode elevar a remuneração de 15% a 20%”, comenta Ballarotti.

Apesar de ser um diferencial, o consultor explica que não é necessário ter PMI para atuar na área. “Nem todos os profissionais possuem, por causa do alto custo, mas utilizam a metodologia para manter uma padronização”, conclui.

Newsletter Engineering | Construction & Property - #16 Julho 2012 04

IMPORTÂNCIA DA MOBILIDADE PARA O ENGENHEIRO. VOCÊ ESTÁ PRONTO?

Regiões com a economia crescente como Norte, Nordeste e Centro-Oeste, passam por processos de modernização e readequação de seus setores de infraestrutura. Aeroportos e portos precisam crescer para abarcar a chegada de produtos e insumos industriais, bem como ampliar suas capacidades de escoamento. Esses são destinos cada vez mais atraentes e propensos a grandes oportunidades profissionais, mas é preciso disponibilidade.

Para os engenheiros, onde há obras e atuação industrial, há emprego. “Estar pronto para se mudar certamente dá ao profissional uma maior alavancagem na hora de negociar cargos e remuneração”, observa Caroline Cadorin, consultora sênior da expertise Engineering em Campinas.

Mas não é apenas dentro do território nacional que a mobilidade amplia as possibilidades de sucesso profissional. Outros países também enxergam o profissional brasileiro como capacitado para fazer a gestão de projetos, em especial quando há a facilidade decorrente do idioma comum. É o caso, por exemplo, de países africanos como Angola, onde há extrema necessidade de modernização e infraestrutura básica. “Profissionais dispostos a encarar mudanças culturais tão grandes certamente são recompensados por isso”, garante a consultora.

Leia mais sobre o assunto na página 6.

SUSTENTABILIDADE E MEIO AMBIENTEA RELAÇÃO COM A ENGENHARIA

Newsletter Engineering | Construction & Property - #16 Julho 2012 05

À medida que o Brasil se transforma em um “canteiro de obras”, o engenheiro especializado em sustentabilidade e meio ambiente ganha relevância no mercado, principalmente com os impactos da Política Nacional de Resíduos Solídos no setor privado. Esse profissional precisa avaliar a qualidade do solo, mensurar possíveis riscos ambientais e criar processos para a destinação adequada dos produtos.

Em alguns setores, o papel deste profissional é ainda mais relevante, como é o caso da atuação em indústrias de mineração, energia, óleo e gás. Isso ocorre por causa do risco de impacto ambiental ser maior devido às especificidades dos locais de atuação. “Cinco anos de experiência em projetos dessa natureza já garantem um salário de até R$ 9 mil”, explica Roberto Coltro, gerente da expertise Enginnering em São Paulo.

De acordo com Coltro, hoje as empresas contam com o gerente de Saúde, Segurança e Meio Ambiente (SSMA) para lidar com essas questões. “O engenheiro responsável por essa área normalmente tem foco em segurança no trabalho. Mas as empresas devem começar a contratar profissionais com conhecimento específico em meio ambiente e sustentabilidade para responder ao gerente de SSMA”, aponta o executivo.

Se antes a carreira pública era o caminho mais provável para esse profissional, hoje há oportunidades também no setor privado. De acordo com a Associação Nacional dos Engenheiros Ambientais (ANEAM), até 2018 o setor terá um aumento de 31% na quantidade de posições abertas. Com o aumento da preocupação em sustentabilidade, o curso de engenharia ambiental tornou-se muito procurado. Dados da Unesp – Sorocaba mostram que a média de concorrência no vestibular é de 20 candidatos por vaga. Em recente entrevista à Folha de S.Paulo, o coordenador do curso de engenharia ambiental da Unesp-Sorocaba, Wagner Lourenço diz que mais da metade da turma conclui o curso já atuando na área.

Para aproveitar as oportunidades crescentes do mercado, é preciso mais do que uma formação de primeira linha - a experiência de campo aparece como fator determinante no processo de seleção desses profissionais. “É por essa razão que o investimento das empresas em programas de trainees e estágios cresce exponencialmente”, afirma Thiago Sebben, líder das expertises Logistics, Procurement e Engineering em Curitiba.

Nesse contexto, o profissional de engenharia com conhecimento em meio ambiente e sustentabilidade tem um grande desafio pela frente. Desde 2010, a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) tem exigido do setor privado a responsabilidade pelo ciclo da vida dos produtos. Apesar disso, poucas empresas estão atentas à norma e pouco se fez para atender às datas limites definidas pela legislação.

“A multa administrativa pode chegar até a R$ 50 milhões, caso haja o descumprimento do disposto na PNRS. Muitas empresas estão buscando o auxílio das consultorias para implementar processos que garantam uma nova cultura na destinação dos resíduos”, alerta Alexandre Marciano, sócio da Cosin Consulting.

Nesse contexto, o profissional de engenharia precisa ter uma visão total da cadeia para identificar quais as parcerias que ele pode fazer para amenizar o impacto ambiental e dar a destinação adequada ao produto. “Essa relação com fornecedores parceiros será importante para a criação de emprego e renda”, acrescenta Thiago Sebben.

O engenheiro também pode criar condições para utilizar os resíduos orgânicos na produção, por exemplo, de energia, como é comum na Alemanha. O Brasil possui um forte potencial, contudo, será preciso selecionar as melhores tecnologias para adaptar à realidade do País.

POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOSLINHA DO TEMPO

Fonte: Cosin Consulting

Newsletter Engineering | Construction & Property - #16 Julho 2012 06

Ele é engenheiro civil e advogado, com mestrado em Geofísica. Pela Odebrecht, trabalhou em obras de infraestrutura no Brasil, Estados Unidos, África do Sul, Moçambique e Peru.

Dirigiu projetos da espanhola Acciona Engenharia no Egito e abriu a filial da empresa no Brasil, sendo Diretor de País. Pela Isolux Corsán, foi Diretor da Divisão de Hidráulica no Brasil, com carteira de importantes projetos de saneamento.

Atualmente é consultor independente, prestando serviços a grandes construtoras e órgãos públicos e é Presidente da seção brasileira da Associação para o Desenvolvimento da Engenharia de Custos (AACE).

Autor de três livros nas áreas de Engenharia e Direito, Aldo Dórea Mattos fala sobre a importância da mobilidade do profissional de Engenharia.

HAYS: É verdade que estar disposto a se mover amplia oportunidades de crescimento profissional para engenheiros? Aldo: Sem dúvida. Hoje as empresas buscam se internacionalizar e são cada vez mais comuns projetos em consórcio com empresas estrangeiras. Nessas situações, aumentam as chances de crescimento daqueles que se dispõem a ser móveis, a aceitar a mudança de domicílio e a vivenciar a adaptação em ambientes diferentes. Eu digo que na profissão de engenheiro a mala é um instrumento de trabalho.

HAYS: Quantas mudanças você já fez um função de oportunidades profissionais? Em que lugares do Brasil ou do mundo você já morou por conta do trabalho? Aldo: Minha primeira mudança foi do interior de Goiás, onde eu construía uma hidrelétrica, para Los Angeles (EUA), onde a Odebrecht estava iniciando sua operação na Costa Oeste (1992). Depois me mudei para uma cidade de porte médio na África do Sul. Em seguida trabalhei por algum tempo no remoto interior de Moçambique e finalmente fui fazer uma obra na Cordilheira dos Andes peruana, a uma altitude de quase 4.000 metros. Mais recentemente (2006-7), fui gerenciar o mais importante projeto do Ministério dos Transportes do Egito: o upgrade do Rodoanel do Cairo e o estudo de viabilidade para implantar nele uma concessão pedagiada. Foi o único país em que morei com família, pois antes eu era solteiro.

HAYS: Hoje ainda vale a pena para um profissional de engenharia se deslocar para fora do Brasil? Os pacotes profissionais ainda são atrativos, de um modo geral? Aldo: Sob o ponto de vista meramente financeiro, a ida para o exterior já não é tão compensadora. Os salários no Brasil, principalmente em São Paulo, são muitas vezes equivalentes. O que realmente pesa é a experiência que se agrega ao se trabalhar em outro país, com idioma distinto e práticas comerciais, técnicas e laborais diferentes. Esse amadurecimento capacita muito o profissional, pois a necessidade de aprender o modus operandi das empresas e dos negócios impõe ao engenheiro um esforço adicional que é bastante recompensador. HAYS: E quanto ao desejo de retorno ao Brasil? Como abrir mão de pacotes atrativos para voltar ao seu país? Aldo: Se o engenheiro se fixar só em dinheiro, a decisão fica centrada em poucos pontos. É sempre preciso ponderar quatro aspectos: carreira, dinheiro, família e bem-estar. É comum se abrir mão de pacotes atrativos para dar à família uma estrutura de vida e educação mais adequada. Voltar ao Brasil não pode ser visto como retrocesso. Ao contrário, é uma oportunidade de trazer conhecimentos novos, reciclar-se e também aproveitar o bom momento da Engenharia no país.

ENTREVISTAALDO DÓREA MATTOS