Brasil Rotário - Agosto de 2006

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Edição nº 1.010 da revista Brasil Rotário. Agosto de 2006.

Transcript of Brasil Rotário - Agosto de 2006

CAPA: Foto de Jório Coelho. Em primeiro plano: Senhorasque foram alfabetizadas pelo método CLE. Ao fundo, professoras

dessa metodologia e rotarianas do RC de Araras, SP (D.4590)

04 Rotarianos que são notícia

19 Coluna do chairman da FR

24 Interact e Rotaract

26 Mulher

28 Informática

42 Decoração

45 Informe do RI aos rotarianos

46 Informe do RI aos rotarianos

47 Livros

48 Autores rotarianos

49 Distritos em revista

60 Novos Companheiros Paul Harris

62 Senhoras em ação

63 Relax

64 Cartas e recados � Saudades

Sucessora de “Notícias Rotárias” e “Rotary Brasileiro”. Publicação mensal dedicada à divulgação do Ideal

de Servir. Revista regional oficial do Rotary International para os rotarianos do Brasil.

05 Mensagem do PresidenteWilliam B. Boyd

07 Os Institutos RotáriosCarlos Enrique Speroni

08 Programa básico do XXIXInstituto Rotário do Brasil

10 Por que não me ufanoJório Coelho

14 Tempo e tecnologia, osúnicos limites dos e-clubesBettina Koslowski

15 O bolo, as fatias e o fermentoCezar Faccioli

16 Competindo no esportepara vencer na vidaAparecida Marinho Cantarino Barbosa

20 O mundo está melhorNuno Virgílio Neto

30 Advocacia no século 21Roberto Paraíso Rocha

33 Conheça mais o Rotary

41 Vitaminas ABCRebecca Voelker

44 As Sete Novas Maravilhas do MundoSávio Neves

SEÇÕES

CAPA

SENHORASNA aula dealfabetizaçãopelo CLE, noProjeto Luz doSaber, do RCde Araras.Ao fundo,professorasque minis-tram aquelametodologia

OS REPRESENTANTES das empresas vencedoras do Prêmio MarioHenrique Simonsen, promoção da Funager, ACRJ e Brasil Rotário,entregue durante o 4º Seminário de Responsabilidade Social

Sérgio Afonso

Pág. 1010101010

Jório Coelho

Pág. 2020202020

ENTENDENDO

O Rotary, uma

estrutura

internacional

com forte

caráter

humanitário

que cobre

quase 170

países

Pág. 3333333333

2 AGOSTO DE 2006

Um princípio que não pode ter fim. Campanha em prol de maiselevados padrões de ética. Apoio dos Rotary Clubs do BrasilÉTICA

GOVERNADORES DE DISTRITOS NO BRASIL 2006-2007CONSELHO DIRETOR2006-2007

ROTARY INTERNATIONALONE ROTARY CENTER 1560 SHERMAN AVENUE EVANSTON, ILLINOIS, USA

CURADORES DAFUNDAÇÃO ROTÁRIA,2006-07

CHAIRMAN

Luis Vicente Giay

CHAIRMAN-ELEITO

Bhichai Rattakul

VICE-CHAIRMAN

Mark Daniel Maloney

CURADORES

Carolyn E. JonesDong Kurn LeeGlenn E. Estess, Sr.Jayantilal K. ChandeJonathan B. MajiyagbeK.R. RavindranMichael W. AbdallaPeter BundgaardRobert S. ScottRon D. BurtonRudolf HörndlerSakuji Tanaka

PRESIDENTE

William B. Boyd

PRESIDENTE-ELEITO 2007-08

Wilfrid J. Wilkinson

VICE-PRESIDENTE

Jerry L. Hall

TESOUREIRO

Frank N. Goldberg

DIRETORES

Anthony F. de St. DalmasCarlos E. SperoniDonald L. MebusHorst Heiner HellgeIan H. S. RiseleyKjell-Åke ÅkessonKwang Tae KimMasanobu ShigetaMichael K. McGovernMilton O. JonesNoraseth PathmanandÖrsçelik BalkanRaffaele Pallotta d’AcquapendenteRobert A. Stuart, Jr.Yoshimasa Watanabe

DISTRITO 4310José Domingos ZancoRotary Club de Americana-Integração, SP

DISTRITO 4390Carlos Fernandes de Melo FilhoRotary Club de Aracaju-Norte, SE

DISTRITO 4410Pedro Carlos SabadiniRotary Club de Colatina-São Silvano, ES DISTRITO 4420Marcelo Demétrio HaickRotary Club de Santos-Praia, SP

DISTRITO 4430Paulo Eduardo de Barros FonsecaRotary Club de São Paulo-Liberdade, SP

DISTRITO 4440Adão Alonço dos ReisRotary Club de Várzea Grande-Centro, MT

DISTRITO 4470Gener SilvaRotary Club de Araçatuba-Oeste, SP

DISTRITO 4480Beninho DaltoRotary Club de Catanduva, SP

DISTRITO 4490Júlio Jorge D’Albuquerque LóssioRotary Club de Fortaleza-Meireles, CE

DISTRITO 4500José Jorge Indrusiak da RosaRotary Club de João Pessoa, PB

DISTRITO 4510Alonso Campoi Padilha Jr.Rotary Club de Bauru-Norte, SP DISTRITO 4520Domingos SoutoRotary Club de Belo Horizonte-Cidade Jardim, MG

DISTRITO 4530Luiz Gustavo Kuster PradoRotary Club de Brasília-Lago Norte, DF

DISTRITO 4540Nivaldo Donizete AlvesRotary Club de Franca-Imperador, SP

DISTRITO 4550Iracy Pereira SantosRotary Club de Guanambi, BA

DISTRITO 4560Huáscar Soares GomideRotary Club de Itaúna-Cidade Universitária, MG DISTRITO 4570Waldir Nunes RibeiroRotary Club de Nilópolis, RJ DISTRITO 4580José Eduardo MedeirosRotary Club de Juiz de Fora, MG DISTRITO 4590Anthony KasendaRotary Club de Atibaia, SP

DISTRITO 4600Marco Antonio Toledo PizaRotary Club de Aparecida, SP

DISTRITO 4610Clóvis Tharcísio PradaRotary Club de São Paulo-República, SP

DISTRITO 4620Valter ZamurRotary Club de Sorocaba-Manchester, SP

DISTRITO 4630Maria da Penha Oliveira SurjusRotary Club de Paranavaí-Moema, PR

DISTRITO 4640Dalva Figueiredo dos Santos RigoniRotary Club de Cascavel-União, PR

DISTRITO 4650Sergio dos Santos CorreaRotary Club de Herman Blumenau, SC

DISTRITO 4651Eloir André KuserRotary Club de Araranguá, SC DISTRITO 4660Jayme Maia PereiraRotary Club de Santa Maria-Sul, RS DISTRITO 4670Ana Glenda Viezzer BrussiusRotary Club de Canela, RS

DISTRITO 4680Antonio Carlos Pereira de SouzaRotary Club de Porto Alegre, RS

DISTRITO 4700Eronilde RibeiroRotary Club de Passo Fundo-Norte, RS

DISTRITO 4710Oswaldo Aparecido FavaroRotary Club de Bela Vista do Paraíso, PR

DISTRITO 4720Adélio Mendes dos SantosRotary Club de Ananindeua, PA

DISTRITO 4730Paulo Augusto ZanardiRotary Club de Curitiba-III Milênio, PR

DISTRITO 4740Clara Frida PereiraRotary Club de Otacílio Costa, SC

DISTRITO 4750Joel Rodrigues TeixeiraRotary Club de Niterói-Pendotiba, RJ

DISTRITO 4760Adauto Mansur ArabeRotary Club de Belo Horizonte-Santo Agostinho, MG

DISTRITO 4770Johannes Alphonsus Maria KasbergenRotary Club de Uberaba, MG DISTRITO 4780Antonio PlanellaRotary Club de Livramento, RS

BRASIL ROTÁRIO 3

Ano 81 Agosto, 2006 nº 1010

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2005-07Diretoria ExecutivaPresidente: Roberto Petis FernandesVice-Presidente de Operações:Jorge Costa de Barros FrancoVice-Presidente de Administração:Guilherme Arinos Lima Verde deBarroso FrancoVice-Presidente de Finanças:José Maria Meneses dos SantosVice-Presidente de Planejamento/Controle:Ricardo Vieira L. M. GondimVice-Presidente de Marketing:José Alves FortesVice-Presidente de RelaçõesInstitucionais:Carlos Jerônimo da Silva GueirosVice-Presidente Jurídico:Carlos Henrique de Carvalho FróesMembros Efetivos:Adelia Antonieta VillasAmérico Matheus FlorentinoAntonio HallageFernando A. Quintella RibeiroFernando A. P. MagnusFlávio A. Queiroga MendlovitzJosé Moutinho DuarteMembros Suplentes:Bemvindo Augusto DiasPedro Maes CastellainGerente Executivo:Edson Avellar da Silva

ASSESSORESAbel Mendes Pinheiro JúniorAry Pinto Dâmaso (Publicidade)Cleofas Paes de Santiago (CER)Edson Schettine de Aguiar (Cultural)Eduardo Álvares de S. Soares (Sul)Enrique Ramon Perez Irueta (Traduções)Geraldo Lopes de Oliveira (Especial)Jorge Bragança (Sudeste)José Augusto Bezerra (Nordeste)Valério Figueiredo R. de Souza(Nordeste)Waldenir de Bragança

CONSELHO FISCAL 2005-2006Membros Efetivos:Jorge Manuel R. Monteiro(Coordenador do CF)Antônio Vilardo (Secretário)Haroldo Bezerra da CunhaMembros Suplentes:Dulce Grünewald Lopes de OliveiraGeraldo da ConceiçãoLeonel Nunes Salgueiro

CONSELHO CONSULTIVOMembros NatosEfetivos:Governadores 2005-06Suplentes:Governadores eleitos 2006-07

CONSELHO EDITORIAL EXECUTIVOPresidente: Roberto PetisFernandesSecretário: Edson Avellar da SilvaMembros:Lindoval de OliveiraNuno Virgílio NetoLuiz Renato Dantas Coutinho

CONSELHO EDITORIAL CONSULTIVO● Roberto Petis Fernandes● Carlos Henrique de Carvalho Fróes● Carlos Jerônimo da Silva Gueiros● Guilherme Arinos Lima Verde

de Barroso Franco● Jorge Costa de Barros Franco● José Alves Fortes● José Maria Meneses dos Santos● Ricardo Vieira L. M. Gondim

COMISSÃO DE INVESTIMENTOSAmérico Matheus Florentino (Vice-Coordenador)Jorge Costa de Barros FrancoJosé Maria Meneses dos Santos(Coordenador)Roberto Petis Fernandes

DIRETOR RESPONSÁVEL: Roberto Petis Fernandes

EDITOR: Lindoval de Oliveira - Jorn. Prof. Mtb. 3.483/9/144

REDAÇÃO E DEPTO. DE MARKETING: Av. Rio Branco, 125 - 18ºandar - Rio de Janeiro - RJ - CEP: 20040-006 - Tel: (21) 2509-8142;Fax: (21) 2509-8130.

E-MAIL DA REDAÇÃO: [email protected]

REDAÇÃO: Armando Santos, Luiz Renato Dantas Coutinho, MariaCristina Andrade, Maria Lúcia Ribeiro de Sousa, Nuno Virgílio Neto eRenata Coré.

DIGITALIZAÇÃO: Maurício Teixeira

IMPRESSÃO: Gráfica Ediouro

HOMEPAGE: http://www.brasil-rotario.com.br

* As matérias assinadas são de inteira responsabilidade dos seus autores.

Revista de Propriedade da Cooperativa Editora Brasil Rotário

CNPJ 33.266.784/0001-53 � Inscrição Municipal 00.883.425

Av. Rio Branco, 125, 18º andar CEP: 20040-006 – Sede própriaRio de Janeiro – RJ � Tel: (21) 2509-8142 / FAX: (21) 2509-8130

E-mail: [email protected]

Archimedes Theodoro(Belo Horizonte-MG)EDRI 1980-82Mário de Oliveira Antonino(Recife-PE)EDRI 1985-87

Gerson Gonçalves(Londrina-PR)EDRI 1993-95

José Alfredo Pretoni(São Paulo-SP)EDRI 1995-97

CONSELHO EMÉRITO

Hipólito Sérgio Ferreira(Belo Horizonte-MG)EDRI 1999-01Alceu Antimo Vezozzo(Curitiba-PR)EDRI 2001-03Luiz Coelho de Oliveira(Limeira-SP)EDRI 2003-05Carlos Enrique Speroni(Buenos Aires-Argentina)DRI 2005-07

LeiaCCCCCARO LEITORARO LEITORARO LEITORARO LEITORARO LEITOR,

Você começa bem a leitura desta edição, pois estacoluna destaca as principais matérias que irãodisputar sua atenção. Recomendamos-lhe, de

pronto, a Mensagem do Presidente, na qual William Boydfaz valiosas sugestões para a árdua tarefa com quenos defrontamos no desenvolvimento e retenção doquadro social.■ Já em sua coluna mensal, o DRI Carlos Enrique Speronifala com entusiasmo do XXIX Instituto Rotário do Bra-sil, em Atibaia, SP, e que, em uma justíssima homenagema um dos maiores rotarianos vivos, se chamará InstitutoRotário Archimedes Theodoro. Parabéns ao convocadordo evento pela feliz lembrança de emprestar o nome dodecano do Colégio de Diretores Brasileiros do RI aomaior evento do calendário regional do Rotary.■ Segue-se à coluna o programa básico, ainda em for-ma tentativa, do Instituto.■ Atenção especial para a matéria de capa, a terceira quepublicamos no ciclo dedicado à alfabetização. O título éintrigante - Por que não me ufano - e o autor, EGD Jório Coe-lho, é um diligente companheiro especialista no revolucio-nário método de alfabetização CLE - ConcentratedLanguage Encounter, base do nosso Lighthouse.■ Alô, companheiros de Juiz de Fora: não deixem de lero resumo do trabalho que conquistou o maior prêmiodo 13º Concurso de Monografias - Competindo no espor-te para vencer na vida - de autoria da conterrânea profes-sora Aparecida Marinho Cantarino Barbosa. Leitura,claro, também indicada para os rotarianos de todos osrecantos deste querido Brasil.■ O 11 de agosto, conhecido como o "Dia da Pendura",na verdade marca a Introdução dos Cursos Jurídicosno Brasil (1852). O registro dessa importante data éfeito com absoluta propriedade e riqueza de lingua-gem pelo advogado Roberto Paraíso Rocha, sócio doRC do Rio de Janeiro.■ Como tem ocorrido em anos anteriores, neste mêspublicamos oito páginas com as informações básicas eatualizadas sobre nossa organização, Conheça mais oRotary. É uma boa oportunidade para todos nós -rotarianos antigos e recém ingressados - reciclarmosos conhecimentos da nossa instituição.■ Acompanhe o que aconteceu no 4º Seminário de Res-ponsabilidade Social, evento realizado em parceria daBrasil Rotário com a Funager - Fundação Nacional deApoio Gerencial, e a ACRJ - Associação Comercial doRio de Janeiro. Texto do jornalista Nuno Virgílio Neto.■ Além das seções permanentes, outros assuntos trata-dos nesta edição merecem a sua leitura. Entre eles, osRotary Clubs Virtuais, já com grande presença interna-cional, e as Sete Novas Maravilhas do Mundo. Confira.

“A perseverança é um grande fator de sucesso. Se você baterbastante tempo e bem forte no portão, certamente vai acordar

alguém” – Henry Wadsworth LongfellowL.O.

4 AGOSTO DE 2006

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Rotarianos que são notícia

LUIZ BREVESRodrigues, compa-

nheiro do Rotary

Club de Além

Paraíba-Portal de

Minas, MG(D.4580),assumiu o cargo desecretário municipal

de DesenvolvimentoEconômico e Gestãode Meio Ambiente.

COMPANHEIRODO Rotary Club

de Colorado,PR(D.4630),

Ovídio Trevisantomou posse

como presidenteda Associação

Comercial eEmpresarial do

município.

EX-PRESIDENTE DO Rotary Club de BalneárioCamboriú, SC(D.4651), João Kleis recebeu o título deCidadão Honorário do município, em Sessão Solene daCâmara de Vereadores local, com a presença do presi-dente daquela Casa, Claudir Maciel.

O COMPANHEIRO Paulo Watanabe,do Rotary Club de Apucarana,PR(D.4710), foi homenageado como diploma de Méritos em TarefasComunitárias pela Câmara dosVereadores local, por indicação dovereador Mauro Bertoli.

O EX-PRESIDENTE do Rotary Club de

Araruama, RJ (D.4750) José Lima de

Oliveira é o atual secretário munici-

pal de Desenvolvimento Econômico,

Indústria e Comércio.

SÓCIA DO Rotary Club de Teresópolis-Paquequer,RJ(D.4750), Aniko Santos ocupa o cargo de secretáriamunicipal de Turismo e foi eleita presidente do ConselhoRegional de Turismo Serra Verde Imperial, que envolvetodas as cidades serranas do estado.

BRASIL ROTÁRIO 5

WILLIAM B. BOYD

Presidente 2006-07 do RI

Mensagem do

PresidenteCAROS COMPANHEIROS,

NA REDE

Para ler os pronunciamentos e

notícias do presidente

do RI Bill Boyd, visite sua

página no endereço

www.rotary.org/president/boyd

Temos falado muito sobre DQS. Discutimos a atração e o recrutamento denovos sócios, conversamos sobre sua retenção e debatemos a questão dasperdas em nosso quadro social. Estes pontos têm sido tão explorados que, aoouvir algum palestrante se manifestar sobre eles, dá para perceber os olhosdistantes dos espectadores, como se eles pensassem: “Já ouvimos essa histó-ria antes...”

É óbvio que a construção do quadro social é crucial para que tenhamos um Rotaryforte. Nossa organização não seria nada sem os rotarianos e os clubes, e à medidaque os sócios envelhecem, é preciso encontrar outros que assumam suas posições.Mais do que isso, temos que aumentar as nossas forças para enfrentar as novas ecrescentes necessidades de nossas comunidades.Acredito, porém, que a melhor forma de nos fortalecermos não é focalizando osnossos números, mas sim os nossos clubes. Um Rotary Club forte é muito atrativopor oferecer oportunidades de amizade, companheirismo e serviço significativo.Um clube forte representa novas ligações na comunidade e a oportunidade de en-contrarmos pessoas com quem temos grandes afinidades, fazendo assim amizadesque durarão por muito tempo.Os clubes bem-sucedidos guardam algumas características em comum. Aconselhoos RCs que estão precisando de uma boa sacudida a darem uma olhada nesta listacom atenção:

1 Avaliação: é preciso que os sócios escutem uns aos outros para identificar o quedesejam.

2 Ênfase: acentue os aspectos sociais do Rotary. Eles são o fator que nos mantémunidos.

3 Marketing: não venda seu clube como se ele fosse um produto, mas promova oseu marketing, descobrindo o que as pessoas esperam dele, e faça o possível paraatendê-las.

4 Posses: faça da cerimônia de posse dos novos sócios um momento solene e digno.

5 Envolvimento: faça com que toda a família dos rotarianos participe. Não deixeque o Rotary se torne mais um compromisso que rouba dos sócios o tempo deconvívio com o cônjuge e os filhos.

6 Assistência: durante pelo menos um ano, faça com que os sócios mais experientesajudem o novo associado a dar seus primeiros passos na vida rotária. Se nãoforem bem assistidos, os novos sócios perdem o rumo facilmente.

7 Instrução: o processo de instrução deve ser contínuo, mas feito em pequenasdoses. Há muito o que aprender sobre nossa organização, mas esse processo nãoprecisa ser desgastante.

8 Entusiasmo: não deixe de mostrar o seu! O Rotary deve ser um motivo de alegria.

O problema do quadro social pode ser resumido numa simples constatação: clubesfortes levam o Rotary a se fortalecer. Sem eles, qualquer empenho em relação ao recruta-mento e à retenção será insuficiente para nosso crescimento. Clubes fortes farão comque o Rotary prospere e preste outros 100 anos de bons serviços à humanidade.

6 AGOSTO DE 2006

Quarto colocado no 13o

Concurso de Monografias –ano rotário 2005-06, que

teve como tema “Rotary, a Juventu-de e o Esporte” – o professor Edsonde Moraes Poscidônio (1o à direita),da cidade de Itaú de Minas, recebeuo certificado de premiação no Colé-gio Interativo, onde trabalha.

A entrega do diploma (que oprofessor aparece segurando com ofilho, Pedro) foi feita pelo represen-tante da Brasil Rotário, EGDBemvindo Augusto Dias (1o à es-querda), conselheiro suplente dacooperativa que edita a revista, ereuniu o então governador assisten-te Sandro Medice de Oliveira (repre-sentando o governador 2005-06 dodistrito, João Carlos Cazú) e a mu-lher dele, Ana Zélia, além de profes-sores, rotarianos e alunos.

Edson de Moraes Poscidôniotambém ganhou um prêmio de R$ 1mil. Já o RC de Itaú de Minas, queintermediou a remessa do trabalho,foi premiado com R$ 800.

Premiação em

Itaú de Minas

13º Concurso de Monografias

BRASIL ROTÁRIO 7

CARLOS ENRIQUE SPERONI

Coluna do Diretor do

Rotary International

“A história dos InstitutosRotários tem mais de 40 anos,desde que o Conselho Diretordo RI os aprovou em 1965”

Os Institutos Rotários

Diz-se repetidamente que a tarefa desenvolvi-da nos Institutos Rotários é semelhante àação de uma coluna de exploradores que,

ao avançar pelo bosque, se detém em uma partealta para observar o território. Tal como observar,analisar e discutir diferentes assuntos e aspectosdo Rotary partindo de um horizonte amplo, com oobjetivo de inspirar, educar e estabelecer novos te-mas, além de considerar os já existentes e sem-pre buscando a melhor maneira de difundir a infor-mação e, também, de recebê-la. Poder-se-ia dizerque é estudar os fenômenos importantes que afe-tam a nossa sociedade e a nossa região sem, en-tretanto, nos limitarmos apenas ao estudo e àssoluções de nossas questões internas.

Como nos ensinam as grandes convocações do Rotary,cada Instituto demonstra a importância de se pensarglobalmente para – com esse amplo panorama devida-mente incorporado – estarmos em condições de atuarlocalmente de forma eficiente. É simples assim para quepossa ser transcendentepara os clubes e seus sóciose, também, para os 38 dis-tritos que compreendem avasta zona da convocação.E não o será apenas peloque acabo de expressar, por-que existe outro motivo queo tornará memorável, ouseja, o reconhecimento a serfeito a um destacado líderrotário do Brasil, o EDRIArchimedes Theodoro (foto).

Juntamente com a Comissão Organizadora, con-cordamos que este XXIX Instituto Rotário do Brasiltenha o seu nome, fazendo jus à trajetória que otornou credor do reconhecimento unânime de to-dos os que o conhecem e que têm o privilégio decompartilhar a sua amizade e as suas ações emfavor de todas as pessoas, como uma autêntica epermanente atitude de prestação de serviços, como que muito sinceramente nos regozijamos.

A história dos Institutos Rotários tem mais de40 anos, desde que o Conselho Diretor do RotaryInternational tratou do assunto em 1964, apro-vando-o no ano seguinte.

O primeiro foi convocado para 6 de outubro de1965, em Amsterdã. Em 1978, o Brasil realizou oseu primeiro Instituto Rotário em Campos de Jordão,São Paulo, convocado pelo então diretor do RI, PauloViriato Corrêa da Costa, tendo como CoordenadorGeral o EGD Maximiliano Ferber.

Porta do ParaísoAtibaia – que logo que a conheci me atrevi a

definir como “A Porta de um Paraíso” – não sóestá localizada a 50 km de São Paulo e tem osegundo melhor clima do mundo, segundo aUnesco – assim como Cuiabá, no ano passado,nunca foi sede de um acontecimento dessa im-portância e, por esse motivo, envolveu todos osseus dirigentes bem como os do distrito 4600,

anfitrião do Instituto, para que seja uma sedeinesquecível do maior evento anual do calendárioregional do Rotary, o “XXIX Instituto Rotário doBrasil – Instituto Archimedes Teodoro”, cuja con-vocação muito me orgulha e cujo trabalho deveser de todos. E assim será porque deveremos ofe-recer o melhor de nossas possibilidades para re-cebermos os convidados muito especiais que nosacompanharão: o presidente do RI Bill Boyd, esua mulher Lorna; o presidente da FundaçãoRotária Luis Vicente Giay, e sua mulher Célia; orepresentante dos Curadores da FundçãoRotária Dong-Kurn Lee, e sua mulher Young; opresidente da Associação Brasileira da Funda-ção Rotária José Alfredo Pretoni, e sua mulherMagnól ia; o presidente da Fundação deRotarianos de São Paulo Eduardo de BarrosPimentel, e sua mulher Maria Thereza; o dire-tor do RI Raffaele Pallotta, e sua mulherMariolina; ex-diretores do Brasil, Estados Uni-dos e América Central, representantes diplomá-ticos de países que integram a ComissãoInterpaíses Brasil/Portugal, e de países de lín-gua oficial portuguesa, entre muitos outros quedarão importância, com suas presenças e par-ticipações, às jornadas deste XXIX Instituto.

Teremos ainda a novidade de um programa queincluirá o III Encontro de Rotarianos de Países deLíngua Portuguesa, no qual serão tratados temasatuais e importantes para a região.

Está será mais uma oportunidade que o Rotarynos oferece de convivermos com nossos irmãos detodo o mundo e, particularmente, com os da zonaconvocada, para aprender, ensinar, trocar experi-ências e reconhecer erros, além de acalentar so-nhos e esperanças.

INSTITUTO ARCHIMEDES THEODOROINSTITUTO ARCHIMEDES THEODOROINSTITUTO ARCHIMEDES THEODOROINSTITUTO ARCHIMEDES THEODOROINSTITUTO ARCHIMEDES THEODORODDDDDe e e e e 31/08/200631/08/200631/08/200631/08/200631/08/2006 a a a a a 02/09/200602/09/200602/09/200602/09/200602/09/2006

HOTEL BHOTEL BHOTEL BHOTEL BHOTEL BOURBOURBOURBOURBOURBON AON AON AON AON ATIBAIATIBAIATIBAIATIBAIATIBAIAAAAAATIBAIATIBAIATIBAIATIBAIATIBAIA, SP, SP, SP, SP, SP

XXIX INSTITUTO ROTÁRIO DO BRASIL

10h15–10h45:Reconhecimentos e Depoimentosde DQS

10h45–11h15: Palestra: Desafios para o desenvolvi-mento do quadro social no Brasil - Si-tuação e conseqüências.

11h15–11h45: Palestra: Associação Brasileira da “TheRotary Foundation”

11h45–12h00: Objetivos do ano rotário para a Fun-dação Rotária no Brasil

12h00–12h15: Objetivos do ano rotário para o DQSno Brasil

12h15–12h30: Encerramento do período da manhã12h45–14h00: Almoço – Companheiros Paul Harris

– Adesão14h00 –15h30:Grupos de Discussão

Grupos I a IV – DQSGrupos V a VIII – Fundação Rotária

15h30–15h40: Deslocamento para a sala das plenárias15h40–16h10: Relatório dos Grupos de Discussão16h10–16h40: Palestra: DQS e Fundação Rotária: Este

é o Caminho16h40-16h50: Agradecimentos16h50–17h00: Encerramento dos Seminários DQS e

Fundação Rotária17h15–17h45: Reunião do DRI e Convocador Carlos

E. Speroni e a equipe de trabalho dosGrupos de Discussão e Seminários, pro-gramados para o Instituto Rotário Ar-chimedes Theodoro (dias 1 e 2 /09)para orientação e entrega de material.

18h00–19h00: Coquetel em reconhecimento aosMajor DonorsSECRETARIA– 09h00–12h00 e 14h00–17h00 – Distribuição de material / Ins-crições / Entrega de crachás

XXIX INSTITUTO ROTÁRIO DO BRASIL

31/08/2006: QUINTA-FEIRA

20h00: Abertura Solene (Programa em elaboração)22h00: Coquetel de Confraternização

DIA 01/09/2006: SEXTA-FEIRA

07h00: Café da manhã do casal presidente doRI com os governadores eleitos 2006-2007 e cônjuges

PROGRAMAÇÃO BÁSICA○

8 AGOSTO DE 2006

PRÉ-INSTITUTO

De 28/08/2006 a 31/08/2006

SEMINÁRIO DE TREINAMENTO PARAGOVERNADORES ELEITOS – GETS

28 DE AGOSTO: SEGUNDA-FEIRA

Secretaria / InscriçãoRecepção aos governadores eleitos

20h00: Jantar de confraternização

29 DE AGOSTO: TERÇA-FEIRA

Secretaria / Inscrição / Recepção09h00: Instalação e Abertura do GETS – 1ª ses-

são de trabalho12h00: Almoço

14h00–17h30: 2ª sessão de trabalho20h00–Jantar: Noite livre

30 DE AGOSTO: QUARTA-FEIRA

SECRETARIA: 09h00–12h00 e 14h00–18h00 – Dis-tribuição de material, inscrições e en-trega de crachás

09h00–12h30: Sessão de trabalho12h30: Almoço

14h00–17h00: 3ª sessão de trabalho17h00: Avaliação do treinamento17h30: Encerramento do GETS

30 DE AGOSTO: QUARTA-FEIRA

SEMINÁRIO DE TREINAMENTO PARAINSTRUTORES DISTRITAIS

09h00–12h00 e 14h00–17h30: programação a ser de-senvolvida com material recomenda-do pelo Rotary International

20h00: Jantar

31/08/2006: QUINTA-FEIRA

08h30–13h00:Reunião do Comitê do Fundo Perma-nente da Fundação Rotária para aAmérica do Sul.

Convocador: EDRI José Alfredo PretoniSEMINÁRIO DA FUNDAÇÃO

ROTÁRIA E SEMINÁRIO DE DQS09h30–09h45: Sessão de Abertura09h45–10h15: Reconhecimentos e Depoimentos da

Fundação Rotária

BRASIL ROTÁRIO 9

08h20: Primeira Sessão Plenária: Abertura eProtocolo com as presenças dos embai-xadores de países de língua portuguesa

08h40: Boas-vindas – DRI Carlos EnriqueSperoni

09h00: Recursos Hídricos: Água, fonte davida: Mostremos o caminho para suapreservação.

09h20: Alfabetização: Mais letras do quenúmeros

09h40: Saúde e fome:Uma questão funda-mental na construção da paz

10h00: Imagem pública do Rotary: Comointeragir com a mídia para mostrar acara na comunidade.

10h20: Intervalo10h50: Rotary, a família rotária e a juventu-

de: Quais os caminhos?11h10: Vamos acabar com a pólio. Quais os

caminhos?11h45: Comissão Interpaíses - Um marco no

caminho12h00: O papel do Brasil no mundo atual12h20: A CPLP no contexto mundial12h40: Pronunciamento de um embaixador13h00: Encerramento da plenária13h00: Almoço do presidente do RI com os

Governadores 2006-0715h00: Grupos de discussão – Cinco grupos17h00: Fechamento dos Grupos20h30: Noite do Reencontro – Jantar de com-

panheirismo

02/09/2006: SÁBADO

08h30: Segunda Sessão Plenária09h00: Relatórios dos Grupos de Discussão09h50: Uma visão financeira do Rotary Inter-

national10h05: Promoção da Convenção Internacio-

nal de Salt Lake City10h20: Promoção do XXX Instituto Rotário do

Brasil – Belém10h50: Pronunciamento do Curador da Fun-

dação Rotária Dong Kurn Lee11h20: Discurso do Presidente do Rotary In-

ternational William B.Boyd12h00: Homenagens e Reconhecimentos12h45: Pronunciamento do governador do

Distrito 4600Pronunciamento do chairman do InstitutoPronunciamento do DRI e Convoca-dor Carlos Enrique SperoniEncerramento do XXIX Instituto Rotá-rio do Brasil

13h00: Almoço

15h30: Seminário sobre PLC – Plano de Li-derança de ClubeSeminário de orientação para o Con-selho de Legislação, Chicago, 2007.

17h30: Encerramento dos seminários21h00: Jantar dançante

III ENCONTRO DE ROTARIANOSDE LÍNGUA PORTUGUESA

31 DE AGOSTO: QUINTA-FEIRA

Secretaria10h00–22h00: Credenciamento dos participantes14h15–16h00: GTs das delegações do Rotary: CIP

e PLOP (Discussão das propostasprévias para cada país) Angola, Bra-sil, Cabo Verde, Guiné Bissau, Mo-çambique, Portugal, São Tomé ePríncipe, Timor Leste e regiões (Ca-binda, Galiza, Goa e Macau)

01 DE SETEMBRO: SEXTA-FEIRA

08h20: Participação conjunta na primeirasessão plenária do XXIX Instituto Ro-tário do Brasil

13h00: Almoço15h00–15h07: Formação da mesa de trabalhos do

Rotary e da mesa das representaçõesdiplomáticas, das câmaras de comér-cio e outras

15h07: Segunda sessão plenária – Abertura:DRI Carlos Speroni

15h15: O caminho das pedras e as pedras nocaminho – Eduardo Pimentel

15h30: Problemas, anseios e prioridades –Cinco relatores que cobrem os paísese regiões de língua portuguesa – Gru-po I: Portugal; Grupo II: Cabo Verde,Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe;Grupo III: Angola e Moçambique;Grupo IV: Timor Leste e regiões deGoa, Macau e Galiza; Grupo V: Lín-gua portuguesa na diáspora.

16h20: Coffee break16h40: Resumo das principais questões da se-

gunda sessão plenária17h10: Manifestações de representações di-

plomáticas, câmaras de comércio ede convidados de entidades comoABMS, RIDES, Institutos de Medici-na Tropical etc.

17h40: Conclusões e entrega de diplomas18h00: Encerramento – Homenagem a apoia-

dores e convidados.

10 AGOSTO DE 2006

Otítulo deste artigo foi emprestado de umacoluna sobre educação escrita pelo jorna-lista Daniel Piza no jornal “O Estado de SãoPaulo”. Alguns fatos me fizeram conhecer a

erradicação do analfabetismo na Tailândia, país ondesurgiu a metodologia CLE – Concentrated LanguageEncounter – base do Lighthouse, o projeto mundialde alfabetização do Rotary. No Brasil, minha motiva-ção a respeito do assunto se deve a três fatos: ao tra-balho realizado pelo EDRI Hipólito Ferreira e pelos

EGDs Carlos Alberto Peçanha (D. 4560) e FranciscoBorsari Netto (D. 4730) para sensibilizar os rotarianosbrasileiros a respeito do método; ao trabalho do go-vernador Barry Smith, do distrito 6900 (EUA), na bus-ca de parceiros para projetos de alfabetização no Bra-sil; e, finalmente, ao fato de eu ter conhecido DickWalker, um dos criadores do CLE. É impressionantever esses rotarianos falando sobre educação, e apro-veito para citar Rita Corrêa da Costa, viúva de PauloViriato Corrêa da Costa, nosso saudoso presidente1990-91 do RI, que – com a mesma garra dos demais– é outra personagem dessa luta.

Mordi a isca e hoje me considero um dos melho-res discípulos desse grupo. Aliás, perdi um pouco aminha condição de mineiro quando falo de educa-ção, e embarquei conscientemente nessa canoa, quenem de longe é furada – embora essa luta nos ponhanuma batalha contra moinhos, como um Dom Quixotedos nossos dias.

A esse grupo veio se juntar a professora Glória Guiné,da Universidade Federal de Ouro Preto, que esteve naTailândia. Lentamente, temos quebrado tabus e implan-tado a metodologia CLE em nosso país. Tornei-me umaluno dedicado nas questões relacionadas ao método,acompanhando a professora Glória em todos os cursosrealizados em municípios como Ouro Preto e Carangola,em Minas, ou nas cidades paulistas de Araras e São Pau-lo, além de outras [leia mais no box ao final da matéria].Dediquei-me ao tema para, de forma convicta, falar nãosomente aos rotarianos, mas aos professores e às nossasautoridades governamentais.

POR QUE NÃO ME UFANOApesar de ser o caminho mais curto para a

conquista da cidadania e o desenvolvimento,educação fundamental continua esquecida no Brasil

Jório Coelho*

Nas duas edições anteriores, com a publicação do artigo sobre CLE escrito pela pro-fessora Glória Guiné e o de título “Analfabetismo é um mal que tem cura”, de autoria deRoberto Petis Fernandes, presidente da cooperativa que edita esta revista, iniciamosum ciclo de matérias sobre a alfabetização, tema que foi incluído mais uma vez entre asmetas presidenciais de nossa organização. Foi a forma que elegemos para colaborarcom o debate em torno do assunto, levando sugestões de projetos aos clubes edistritos brasileiros e mostrando a urgência de se enfrentar esse desafio, um obstácu-lo ao nosso desenvolvimento e à formação da cidadania, como nos mostra o EGD eprofessor Jório Coelho, um dos maiores especialistas e entusiastas brasileiros emrelação ao projeto Lighthouse.

“No Brasil é

normal o aluno

não cumprir

o ano letivo“

10 AGOSTO DE 2006

BRASIL ROTÁRIO 11

POPULAÇÃO TAXA DE ANALFABETISMO POR FAIXA ETÁRIA (%)

1 0 15 anos 1 5 2 0 3 0 4 5 60 anos

a e a a a a o u

14 anos mais 19 anos 29 anos 44 anos 59 anos mais

Brasi l 169.799.170 7 ,3 13 ,6 5 7 ,3 10 ,9 19 ,7 35 ,2

Norte 12.900.704 12 16,3 6,8 9,4 15,1 27,4 45,4

Nordeste 47.741.711 15,2 26,2 10,7 16,4 24,2 38,8 56,1

Sudeste 72.412.411 2,4 8,1 1,9 3,2 5,6 11,9 25

Sul 25.107.616 1,5 7,7 1,5 2,6 4,8 11,5 24,7

Centro 11.636.728 2,7 10,8 2,2 4,2 8,4 18,7 37,7-Oeste

IBGE: Censo 2000

Além disso, uma pesquisa intitulada “A Escola Vistapor Dentro”, realizada em parceria por João BatistaAraújo e Oliveira, ex-secretário geral do ministério daEducação, e Simon Schwartzman, ex-presidente doIBGE, tentou descobrir, pelas respostas dadas a umquestionário, o que é considerado “normal” entre osprofessores, escolas e sistemas de ensino em relação àeducação no Brasil:● é normal o aluno não cumprir o ano letivo;● é normal perder de 30% a 40% dos alunos sem

que eles adquiram os conhecimentos para prosse-guir seus estudos;

● é normal culpar os pais e os próprios alunos pelofracasso destes;

O ENSINO NO BRASIL

Mas isso não bastava. Procurei conhecer a realidade do analfabetismobrasileiro, como ilustram os quadros a seguir, segundo levantamentorealizado no último censo, em 2000:

● é normal colocar os alunos em classes onde elesnão conseguem acompanhar o conteúdo e os rit-mos dos trabalhos;

● é normal passar deveres de casa que necessitamda ajuda dos pais, mesmo sabendo que eles nãopodem ajudar;

● é normal começar o ano letivo sem professores de-signados para as turmas;

● é normal destacar professores sem habilitação paralecionar e sem conhecimentos elementares de por-tuguês e matemática;

● é normal que escolas sem coordenação pedagógi-ca, sem bibliotecas ou sem livros estejam funcio-nando;

POPULAÇÃO Analfabetos funcionais

Número Taxa

BRASIL 169.799.170 33.221.192 27,8

Norte 12.900.704 2.840.400 35,1

Nordeste 47.741.711 13.615.006 42,5

Sudeste 72.412.411 10.970.815 20,7

Sul 25.107.616 3.734.778 20,5

Centro 11.636.728 2.060.193 25,3

-Oeste

IBGE: Censo 2000

“É normal perder de 30%a 40% dos alunos semque eles adquiram osconhecimentos paraprosseguir seus estudos”

12 AGOSTO DE 2006

“Tornou-se maisimportante para osadministradoresmunicipais ‘dar me-renda e uniforme’ queinvestir na qualidadedos professores“

Algumas experiências

“Tornou-se maisimportante para osadministradoresmunicipais ‘dar me-renda e uniforme’ queinvestir na qualidadedos professores“

Investimento equivocadoEsse panorama da situação escolar bra-

sileira é bastante preocupante e justificainvestimentos maciços em educação. Po-rém, a atual administração brasileira pre-fere investir no aumento do número devagas nas universidades (vagas para ne-gros, para estudantes de escolas públicas),como se isso fosse a salvação do país. Ademonstração da falha educacional podeser vista quando tomamos conhecimen-to de que a OAB – Ordem dos Advoga-dos do Brasil – reprova cerca de 80% dosbacharéis que fazem seu exame. Isso pro-vavelmente aconteceria também se osdemais órgãos fiscalizadores (Crea, CRMe outros) introduzissem testes como o daOAB. Aliás, tornou-se mais importantepara os administradores municipais “darmerenda e uniforme” que investir naqualidade dos professores, algoimpensável para nossa administraçãopública. Muitos educadores fazem cur-sos caros – se comparados à qualidadeoferecida – e visam apenas melhorar seussalários. Conheço casos de alguns queestão fazendo mestrado em educação noParaguai. Nada pode abonar essa deci-

Algumas experiências

PROJETO LIGHTHOUSE em

Cuiabá: o EGD Jório Coelho, a

vice-prefeita Jacy Proença e a

ex-governadora do distrito

4440, Neusa Ito em abertura

do curso de treinamento para

professores da rede municipal

local e das cidades vizinhas

Entre os dias 22 e 24 de março, o EGD JórioCoelho e a professora Glória Guiné estive-ram na cidade de São Pedro, em São Paulo

(distrito 4590), ministrando um curso de alfabeti-zação baseada no método CLE para os professo-res da rede municipal. A iniciativa, promovidapelo Rotary Club local e pela secretaria municipalde Educação, teve a participação de 42 professo-res da cidade e de outros dois do municípiopaulista de Marília. Na cidade de Araras, tambémno distrito 4590, foi implantado um projetoLighthouse que, até o final de 2004, havia forma-do dez turmas, com um total de 217 alunosadultos alfabetizados e outros 40 encaminhadosao Ensino Supletivo Regular da Rede Municipal.Para que todo esse sucesso fosse alcançado, atéentão 67 professores do município haviam sidocapacitados para trabalhar com a metodologia.

Em 1999, foi criado no distrito 4710, noParaná, um projeto de alfabetização baseado noCLE que cobre diversas cidades do estado. Paraque o projeto tivesse esse alcance, os rotarianosfirmaram convênios com a Universidade Nortedo Paraná e com órgãos como a companhiaMunicipal de Trânsito e Urbanização da cidadede Londrina.

BRASIL ROTÁRIO 13

brasileiras com o CLE

são de estudar num país semqualquer expressão na áreaeducacional a não ser o sa-lário aviltado dos nossosprofessores dos níveis pri-mário e secundário.

E por que não me ufano?Há cinco anos ou mais, ve-nho lutando pela educaçãodentro de nossa organizaçãoe vejo, preocupado, a pou-ca importância dada ao temapelos clubes, distritos e ad-ministradores rotários. Mui-to brevemente, isso poderádesmotivar os pioneiros dessaempreitada, aqueles que ain-da lutam. No Segundo En-contro Internacional de Edu-cação Infantil, realizado emSão Paulo com mais de 1800participantes, tive a certezado potencial que o CLE re-presenta, pois todas as pro-postas dos palestrantes brasi-leiros e estrangeiros que láestiveram estão contempla-das nele. Aliás, a aplicação do

método para jovens e adultos na cidade de Araras (SP)reduziu a evasão escolar a zero – e já nos preparamospara atingir as crianças que, em função dos ciclos, es-tão defasadas.

Por esse motivo, ao ler nossa revista rotária e tomarconhecimento a respeito de nossas propostas para aeducação, vejo que as atividades mostradas e/ou pro-postas por distritos e clubes são extremamentepaternalistas (como a entrega de cestas básicas, brin-quedos, cadernos e óculos). A revista Veja [edição1892; fevereiro de 2005] trouxe uma magnífica re-portagem sobre a Coréia, mostrando que este país“concentrou os recursos públicos no ensino fundamen-tal – e não nas universidades – enquanto a qualidadenesse nível fosse sofrível”. Isso não significou açõespaternalistas, mas investimento no professorado – omesmo que o Rotary International fez na Tailândia.

Basta dizer que a alfabetização é a melhor armapara se conquistar a verdadeira cidadania, aquela quepermitirá ser possível o sonho de todos os rotarianos:um mundo de paz. E conhecendo a força dosrotarianos, espero mudar muito em breve a minhaopinião a respeito desse assunto – e também o títulodo meu artigo, que vou alterar com prazer para “Porque me ufano”.

* O autor é EGD e sócio do RC de Ouro Preto, MG(D. 4580).

brasileiras com o CLE

PROFESSORAGLÓRIA Guiné (àdireita) em salade aula emAraras, cidadede São Paulo quetambém vemadotando comsucesso o projetoLighthouse

14 AGOSTO DE 2006

A construção do companheirismo

Tempo e tecnologia, osúnicos limites dos e-clubes

Bettina Kozlowski*

Os sócios do Rotary E-Clubde Verkkorotary – quesignifica Rotary na web,o primeiro clube virtu-

al da Europa, fundado na Fin-lândia há dois anos – afir-mam estar tão conectadosque recentemente umdeles participou de umareunião online quandoestava a bordo de umavião, num vôo do Irãà Alemanha.

O rotariano MattiKeijola diz que o com-panheirismo entre os 30 só-cios do Verkkorotary é forteporque nenhum deles falta àsreuniões, mesmo que esteja a mi-lhares de quilômetros da sede doclube, na Finlândia. “Nossos únicoslimites são a tecnologia das conexõese o tempo”, garante o EGD MattiKivinen – que, por já ter passado dos70 anos, diz estar longe de ser um“maníaco por computadores”, ape-sar de admitir que a tecnologia é fá-cil e boa de usar.

Tempo e tecnologia, osúnicos limites dos e-clubesRotarianos da Finlândia reúnem-se pela internet e em encontros pessoais

Para obter mais informações sobre esse assunto, leia na edição de junho da Brasil Rotário o artigo“Clubes virtuais: eles são mesmo uma realidade?”

Muitos dos rotarianos finlande-ses admitem que o Rotary E-Club deVerkkorotary não seria o mesmosem as reuniões pessoais que ocor-rem uma vez por mês. É nelas queos sócios realmente criam uma rela-ção pessoal, diz Hannu Aronsson.“É o contato pessoal que constrói acomunidade online”, garante ele.Mas graças à tecnologia atualmentedisponível, aqueles que ainda assimnão podem freqüentar as reuniõespessoais mensais podem participaronline, o que resulta numa original

mistura de reuniões ao vivo e virtuais.Os sóc ios do c lube de

Verkkorotary acham que este tipode e-clube parcial será o futuro denossa organização. Eles crêem queos rotarianos poderão continuar sen-do sócios dos seus clubes originais,mesmo que venham a morar no ex-terior. Além disso, os clube poderãoser mostrados a sócios que poderãotrazer-lhes novas perspectivas inter-nacionais.

No entanto, o custo para montara infra-estrutura de um clube online

– um servidor, o software para con-ferência e o portal de acesso – é alto,podendo chegar a US$ 65 mil anu-ais. No caso do Verkkorotary, umsócio patrocina as despesas. Esses clu-bes permitem aos rotarianos man-ter um tipo de ligação que talvez nãofosse possível de outra forma. “Todomundo deveria participar de reuni-ões internacionais online”, recomen-da o sócio Tomi Laamanen.

*A autora é editora internacional daThe Rotarian.

A construção do companheirismo

Durante três terças-feiras domês, os sócios do clube finlandês,que fica no distrito 1420, encon-tram-se online às 21h (horário lo-

cal) numa sala de reu-niões virtual que podeser acessada de qual-quer lugar do mundo comconexão à internet. Com seus mi-crofones e webcâmeras, os parti-cipantes se vêem e conversam. Elesainda podem recorrer aos

emoticons (aqueles símbolos e fi-guras utilizados na comunicação viainternet) para expressar sua alegriae seus aplausos. Segundo o EGDMatti Kivinen, essas reuniões sãocheias de vida: “Ver e ouvir outrapessoa faz toda a diferença. Semestas duas possibilidades, teríamosum mero chat”.

Para organizar melhor a reu-nião, existe um coordenador coma função de ceder a palavra aosparticipantes e determinar a ima-gem de qual câmera será mos-trada aos demais – o máximo

que se pode mostrar simul-taneamente são qua-tro rostos. “Não hátempo nem paravocê sair e tomar umcafezinho. Umacâmera poderá lhefocar a qualquer ins-tante”, brinca o co-ordenador ocasionalHannu Aronsson.As reuniões são gra-vadas e podem serrevistas a qualquer

momento.

RODRIGO

BRASIL ROTÁRIO 15

Economia○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

Cezar Faccioli*

Ao tempo em que controla-va a economia, DelfimNetto consagrou a fórmu-la de que era preciso pri- meiro crescer o bolo para

depois reparti-lo. Alinhados nas trin-cheiras da oposição, Edmar Bacha(que se tornaria um dos pais do Pla-no Cruzado e um dos cardeais dotucanato) e Paul Singer (posterior-mente um dos fundadores do PT)batiam duro nesse pressuposto. Aidéia comum era a de que a desi-gualdade social brasileira precisavaser combatida de imediato, ou aca-bava impondo limites muito es-treitos ao crescimento. Parasustentar por mais tempo ta-xas elevadas de aumentoanual do Produto InternoBruto (PIB), seria essencialincorporar ao consumoregular os mais de 40 mi-lhões de brasileiros abaixoda linha de pobreza.

O tempo passou, pro-duzindo realinhamentos,como a passagem de Delfimpara o PMDB, e sua influên-cia sobre o governo do PT. Elepróprio ajudou, ainda no go-verno Figueiredo, a rever seusdogmas, com a criação da aposen-tadoria rural, sem a contrapartida dacolaboração por tempo de serviço. AConstituição de 1988 terminou por es-tender esse benefício, vinculado de al-guma forma ao salário-mínimo, paratoda a população acima de 65 anos.

Concentração de rendaOs governos eleitos democratica-

mente, quase sem interrupção, tra-taram de montar esquemas de be-nefícios sociais. As contrapartidas emtermos de escolaridade e vacinaçãodas crianças, por exemplo, variam,mas o volume dessas remuneraçõessó fez crescer. No atual governo, par-ticularmente, a estrutura herdada dosoito anos de Fernando HenriqueCardoso foi praticamente triplicada.Pesquisas do Instituto Brasileiro de

Geografia e Estatística (IBGE), louva-do pela isenção técnica que sobrevi-veu a diferentes tentativas de mani-pulação de índices ao longo de seusmais de 50 anos de existência, reve-la que a concentração de renda re-duziu-se significativamente no Brasilnesta última década. E mais: dadosdo Instituto de Pesquisa EconômicaAplicada (Ipea) apontam um papeldecisivo dos programas sociais nesseresultado.

O crescimento brasileiro nos úl-timos anos não ultrapassou 2,6%anuais. A média corresponde aum terço do desempenho nos pri-meiros 80 anos do século passa-do, em que o país liderou o cres-cimento no mundo, à frente de Ja-pão e dos Estados Unidos, para ci-tar duas locomotivas do PrimeiroMundo. Essa coincidência tempo-ral entre a desaceleração do PIB ea expansão dos programas sociaisnão é gratuita, literalmente. Os gas-tos federais com Bolsa-Família,Fome Zero e outros tantos proje-

tos de renda mínima elevaram-sea 6% do PIB.

O dilemaCria-se um paralelo tentador para

muitos economistas de renome, comoEdward Amadeo e Samuel Pessoa,pelo qual se vive, de novo, o dilemaentre crescer e distribuir.

A lógica embutida nesse argu-mento é de que a carga tributáriada ordem de 40% do PIB é o prin-cipal entrave para o investimento pri-vado, até por impedir a queda maisrápida dos juros. Valeria a pena fo-calizar mais os gastos sociais, limi-

tando os programas aos segmen-tos da população absolutamen-te incapazes de gerar renda.Afora os óbvios problemaspolíticos de uma plataformadesse tipo, baseada em re-tirada linear de benefícios,há um aspecto talvez maisfundamental. A distribui-ção de renda é um fator deimpulso extra da econo-mia, pelo que ensina a teo-ria da inelasticidade do es-tômago a partir de certo

ponto.Mais recursos para quem já

dispõe tem menos capacidade demultiplicação do que igual quantia

entregue a quem precisa atender ne-cessidades fundamentais. China e Ín-dia, os dois ícones do desenvolvimen-to deste início de milênio, partem deníveis de renda per capita inferioresaos brasileiros, mas têm populaçõesmaiores, e combinam exportaçãoagressiva com a montagem de ummercado de massa. A distribuiçãoigualitária de renda, via programassociais, é mais do que justiça ou es-perteza política. É imperativo eco-nômico, se quisermos ciclos prolon-gados de crescimento. Crescer, ago-ra, pressupõe distribuir. As fatias aju-dam a fermentar a massa e tornaro bolo maior e mais saboroso, paramais gente.

*O autor é jornalista com especiali-zação em economia.

O bolo, as fatiase o fermentoO bolo, as fatiase o fermento

NINJA

16 AGOSTO DE 2006

Competindo noesporte paravencer na vida

Monografia premiada○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

Com o resgate de uma abor-dagem humanista a respeitoda vida dos jovens, são no-tadas oportunidades de se

instigar e fomentar neles o Ideal deServir. Parte daí a base empreende-dora para se promover a integraçãoentre os programas do Rotary, a ju-ventude e os esportes, rumo a me-tas de companheirismo, à criação deum caráter gregário, de convivênciapacífica e cooperativista, voltado à ci-dadania com ênfase na melhoria daqualidade de vida das comunidades.

Na contramão do rigor das leis,está o descumprimento do ideal deeducação necessária à juventude.Por razões políticas, sociais, mate-riais, corruptivas e capitalistas, vi-vemos a infeliz constatação da rea-lidade do Brasil, um país gigantepela própria natureza e absurda-mente infiel na efetivação dos di-reitos e deveres de cada cidadão ao

não cumprir o que preconiza nos-sa Constituição Federal.

Toda pessoa – criança, adolescen-te ou adulto – tem o direito de sebeneficiar de uma formação conce-bida para responder às suas neces-sidades educativas fundamentais. Es-sas necessidades compreendem tan-to os instrumentos de aprendizagensessenciais como os conteúdos edu-cativos. O ser humano tem necessi-dade de viver e trabalhar com digni-dade, de participar plenamente dodesenvolvimento, melhorar a quali-dade de sua existência, tomar deci-sões de forma esclarecida e continu-ar seu aprendizado.

Hoje em dia, contrariando os ide-ais de Weber – segundo o qual to-das as pessoas poderiam participarde vários papéis na sociedade – per-cebe-se a vigência de um individua-lismo herdado ao longo da evolu-ção histórica da humanidade.

Competindo noesporte paravencer na vidaAo estimular a prática esportiva

entre os jovens, o Rotary está

dando a eles a oportunidade de

aprender valores indispensáveis

à formação da cidadania

Este é o resumo do trabalho que venceu o 13o

Concurso de Monografias para Professores, ano

rotário 2005-06, uma iniciativa da Brasil Rotário

com o apoio do jornal Folha Dirigida. A autora,

Aparecida Maria Cantarino Barbosa, é pedagoga

e professora da Rede Municipal de Educação

de Juiz de Fora, em Minas Gerais.

A responsabilidade pelo desenvol-vimento da moralidade e da ética,assumida em tempos remotos pelaIgreja e pela família, perdeu-se jun-tamente com a garantia dos direitoshumanos. A escola, detentora degrande parte dessas responsabilida-des, já não suporta a demanda devalores, conteúdos, disciplinas e ocumprimento de leis superiores queprimam pela manutenção do capi-talismo oculto que permeia exacer-badamente a humanidade.

Segundo o filósofo e educadorbrasileiro Moacir Gadotti, o capi-talismo atende primeiro as neces-sidades do capital, para somentedepois se preocupar com as neces-sidades humanas. É justamente emcontrapartida às políticas cada vezmais capitalistas (em detrimento àshumanistas) que o Rotary desem-penha seu papel.

O cidadão brasileiro usufrui uma

BRASIL ROTÁRIO 17

Monografia premiada○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

adolescentes com o tráfico de drogas.A iminente falta de oportunidades ho-nestas tem arrebatado nossos jovensao erro e à morte, num permanenteaniquilamento da infância.

Hoje, a questão é promover acoexistência numa sociedade de pes-soas pertencentes a diferentes etnias,nacionalidades e culturas, engajadasno bem comum do resgate dos va-lores humanos que promovem a paze cujos trabalhos refletem as primí-cias do Rotary.

As lições do esporteO esporte sugere brincar e jogar,

palavras que são sinônimos em di-versas línguas e resultam de um pro-cesso criativo capaz de modificar arealidade e o presente. O jogo é umadas manifestações mais antigas denossa cultura corporal. Essa é a fun-ção do esporte: fazer brincar, apren-der, criar, ensinar e mudar o mun-do. Nessa perspectiva, cabe compre-ender a importância do processo departicipar, criar e modificar as ativi-dades esportivas, e não apenas a vi-tória a qualquer custo, baseada emcritérios individualistas e anti-solidá-rios. Deve-se compreender os valo-res e as visões de mundo e de ho-mem incorporadas e transmitidaspelo esporte (muitas vezes de formaalienante) para seus consumidores epraticantes.

Como fazemos para assegurar oêxito do desenvolvimento? Um doscaminhos, sem dúvida, é a práticaesportiva, um instrumento capaz deintegrar o indivíduo na sociedadeatravés da união entre ação consci-ente e vontade. Ao agregar a juven-tude ao esporte, é essa a missãoapontada pelos objetivos do Rotary.Ao interagirem com seus adversári-os nos jogos, os jovens desenvolvemrespeito mútuo e buscam participarde forma leal e pacífica. Confrontar-se com o resultado de um jogo e coma presença de um árbitro permite avivência e o desenvolvimento da ca-pacidade de julgar. Nos jogos, ondeé fundamental que se trabalhe emequipe, a solidariedade pode serexercida e valorizada, inclusive nopapel de espectador.

É urgente que o Congresso Nacio-nal se preocupe com a questão e tra-te o esporte da mesma maneiracomo é tratada a cultura, criandouma lei específica para o incentivoàs práticas esportivas em todo o Bra-sil como forma de corrigir erros dopassado e dos nossos dias.

cidadania aparente. O jornalista Gil-berto Dimenstein vem expondo essarealidade há tempos ao afirmar queas desigualdades estão ao redor detodos nós. Em 1994, ele já apontavaa falta de perspectivas para os jovenscomo um caminho para o mundo dasdrogas. Os dependentes químicos nãoconseguem levar uma vida normal emsociedade e acabam distanciando-seda escola e do trabalho. Indefesos,entram para o crime organizado, ondeviram traficantes e morrem.

O “estar adolescente” apontauma ambivalência de atos, sentimen-tos e escolhas. Como negar a vio-lência nesse momento? Ela sempreexistiu e, com certeza, sempre exis-tirá, mas é preocupante a mudançaque as expressões da violência vêmcausando nas manifestações sociaise afetivas dos nossos jovens. Ampla-mente divulgado pela mídia e exibi-

“A iminente faltade oportunidadeshonestas temarrebatado nossosjovens ao erro eà morte, numpermanenteaniquilamentoda infância”

do na TV em março deste ano, odocumentário “Falcão: Meninos doTráfico” – produzido pelo cantor derap MV Bill e por Celso Athayde –mostra o envolvimento de crianças e �

18 AGOSTO DE 2006

Monografia premiada○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

O Rotary está fazendo sua par-te, mas é necessária a união de for-ças. Todos sabemos que um dosobjetivos do Rotary é estimular ocompanheirismo – uma amizadesadia entre rotarianos, rotarianas eseus familiares – e é no esporte queo jovem obtém momentos de des-contração, união e amizade, atra-vés da prática de atividades co-muns. Por sinal, o próprio símboloolímpico (cinco anéis de diferentescores entrelaçados entre si) repre-senta justamente a união dos po-vos dos cinco continentes por meiodo esporte.

Presidente do Rotary Internatio-nal em 1916-17 e criador da Fun-dação Rotária, Arch C. Klumph dis-se que existem dois tipos de homens:os sonhadores e os pensadores. MasArch insistia: “O pensador não émais que um sonhador prático”.

De acordo com o educador Pau-lo Freire, o pensar certo está emconstante confronto com a práticacrítica ao envolver o movimento di-nâmico entre o fazer e o pensar so-bre o fazer. No Rotary, vislumbra-se sempre um olhar voltado para apraticidade sonhada e executadaexemplarmente por Arch Klumph.

A atuação do RotaryAcreditando na premissa de que

o esporte é a melhor maneira dese unir as crianças e adolescentes ecolocá-los em atividade, o Rotarytem realizado uma série de cam-peonatos esportivos. Normalmen-te, são convidados professores deeducação física das escolas das re-des municipal, estadual e particu-lar para organizar suas equipes em

torno das competições.Nas escolas da rede municipal

de todo o país, especialmente nacidade de Juiz de Fora, é notável apresença de profissionais ligados àárea esportiva. No entanto, é ur-gente que se crie algum programavultoso capaz de agregar de manei-ra mais ampla (e não apenas noâmbito das escolas) os jovens emsituação de risco. Já ocorrem ativi-dades internas e até um tímido

campeonato entre as escolas, masinfelizmente, por falta de estrutu-ra, não ocorre a união integral en-tre os jovens, pois a massa de inte-grantes em melhor situação finan-ceira é elevada, enquanto a maio-ria carente sequer assiste. Por isso,as comunidades escolares munici-pais precisam do apoio institucio-nal do Rotary – e certamente essacausa será abraçada, e todos po-

derão vislumbrar o envolvimentodos alunos de bairros periféricos,dos morros e favelas, inclusive coma realização de projetos sociais quevão além do esporte.

Embora pareça utópico, ao ins-talar na Rede Municipal de Educa-ção de Juiz de Fora um campeo-nato anual apoiado pelo Rotary –cujos sócios têm interesse em ser-vir e melhorar a vida de suas co-munidades – a cidade sairá ganhan-do e, certamente, os poderes pú-blicos disponibilizarão locais para arealização dos eventos.

O ideal seria a criação de campe-onatos regionais com diversas mo-dalidades esportivas e palestras infor-mativas capazes de conscientizar osalunos de que a saúde não é estáti-ca, mas educável – e oferecendo co-nhecimentos preventivos nas área desaúde e qualidade de vida.

Outra vantagem seria a oportu-nidade de estimular os jovens aavaliar a sua atuação nos jogos emconsonância com a vida, as regrasa serem seguidas, a necessidade dese assumir posturas críticas, éticase responsáveis perante a participa-ção em atividades e o exercício depráticas emancipadoras tão neces-sárias à formação do cidadão.

Nos dias atuais, os estudos mos-tram que não se pode deixar o jo-vem entregue ao ócio, o que é ruimpara a sociedade. Ao contrário,deve-se ocupar o tempo e a mentedos jovens estimulando neles a éti-ca, o respeito pelo meio ambiente,transmitindo-lhes informações sobreeducação sexual, diversidade cultu-ral e uma concepção holística. Esti-mular a ética esportiva com reflexosno cotidiano é praticar a sabedoria,o caminho dos preceitos de cidada-nia e paz. É importante, portanto,resgatar o sentido lúdico do esporte.No jogo ou na brincadeira, é maissignificativo reconhecer as possibili-dades de ação e organização, e ain-da compreender a necessidade dacooperação do outro no esporte ena vida, aproveitando as oportuni-dades que o Rotary oferece graçasao seu Ideal de Servir.

A semente foi lançada. Que osideais do Rotary, aliando esporte ejuventude, a adubem – e todos pos-sam colher os frutos de uma vidadignamente cidadã. Só assim o de-senvolvimento do esporte e dobrincar surgirá nos jovens em seuverdadeiro conteúdo interior.

“Estimular aética esportivacom reflexosno cotidiano épraticar asabedoria, ocaminho dospreceitos decidadania e paz”

BRASIL ROTÁRIO 19

A organização

Acriação de um fun-do de dotação já vi- nha sendo elabora-

da por Arch Klumph des-de seu mandato comopresidente do Rotary Clubde Cleveland, Ohio, nos EUA. Foi naconvenção de 1917 que tornou públi-ca sua idéia e a promoveu com vigorpara que não passasse despercebidapelos rotarianos.

Em julho de 1917, o conselho dire-tor da “Associação Internacional deRotary Clubs” recebeu sua primeira do-ação no valor de US$26,50 do RotaryClub de Kansas City, em tributo ao man-dato de Arch Klumph. No entanto, se-gundo solicitado pelo próprio ex-presi-dente, a quantia foi utilizada para esta-belecer o Fundo Permanente, detalha-do conforme a decisão histórica do con-selho diretor de nº11.

As alocações ao Fundo Permanentechegaram a US$5.000,00. Em 1928, naconvenção do RI em Minneapolis, apóso inesquecível discurso de Arch Klumph,esse fundo passou a se chamar Funda-ção Rotária e, em 1931, ficou determi-nado que tal entidade funcionaria sob adireção do Rotary International.

Entre 1930 e 1940 foram implemen-tadas iniciativas para atrair a atenção derotarianos em todo o mundo, como acriação da Semana da Fundação Rotáriae a formação de comissões especiaiscom vistas à promoção da entidade. Aconvenção de 1938 tencionava arreca-dar US$2 milhões, porém, sem que hou-vesse programas específicos, os rotaria-nos não se mostraram muito interessa-dos em canalizar recursos e energia parauma causa sem nome.

Em 1947, por ocasião da morte de PaulHarris, estabeleceu-se o Paul HarrisMemorial Fund (fundo de doações) em suahomenagem póstuma . Em julho de 1948,contribuições de rotarianos em todo o mun-do totalizavam US$1,2 milhão. O progra-ma de Bolsas Educacionais, na época cha-mado de Companheiros Paul Harris, foi lan-çado e, 30 anos mais tarde, nossa Funda-ção já se apoiava em bases sólidas!

Em 1983, conforme as leis do Esta-do de Illinois, a Fundação Rotária se tor-nou uma corporação sem fins lucrativos.

LUIS VICENTE GIAY

EPRI e presidente do Conselho deCuradores da Fundação Rotária

Coluna do chairmanda Fundação Rotária

Enquanto procurava locações no México para rodar seunovo filme, “Apocalypto” – com estréia previstapara o final deste ano – o ator e diretor Mel

Gibson defrontou-se com uma situação qua-se que verdadeiramente apocalíptica noSul do país: as conseqüências do fura-cão Stan.

De acordo com informaçõesfornecidas pelo escritório da Co-ordenação de Assuntos Humanitá-rios das Nações Unidas, em outu-bro de 2005 o furacão destruiuos estados de Chiapas e Vera Cruz,matando 15 pessoas e deixandomais de 37 mil desabrigadas. De-pois de se reunir com o presiden-te do México, Vicente Fox, MelGibson informou que doaria US$ 1milhão para ajudar as famílias na re-construção de seus lares, mas com umacondição: a doação seria feita por inter-médio da Fundação Rotária do Rotary In-ternational.

Gibson tomou conhecimento do trabalho doRotary através de familiares que viajaram pela América Cen-tral participando de missões médicas juntamente com só-cios do RC de Tarzana Encino, EUA (D. 5260). O ator e amulher, Robyn, ficaram verdadeiramente impressionadoscom o trabalho realizado pelaFundação Rotária na utilizaçãodas doações feitas por mem-bros de sua família. “Eles con-cluíram que o dinheiro doadoà Fundação Rotária seria utili-zado de maneira responsável”,conta Clare Short, sócia do clu-be norte-americano.

Após a doação de MelGibson, a Fundação criou umComitê de Recuperação comdiretrizes semelhantes às dosdiversos comitês nacionais sur-gidos depois do tsunami quevarreu o sul da Ásia, com a fi-nalidade de supervisionar os es-forços de reconstrução. O en-tão chairman do Conselho deCuradores da Fundação, EPRIFrank J. Devlyn, está à frentedo comitê, e o EDRI Francisco Creo atua como conse-lheiro. Os Rotary Clubs mexicanos situados nas áreasafetadas ajudarão o comitê a identificar as pessoas maisnecessitadas.

Segundo Devlyn, o governo mexicano está doando aterra e fornecendo os serviços de infra-estrutura, e tambémconstruirá uma nova escola e uma clínica próxima às novascasas. Com o objetivo de fazer os beneficiários se sentiremrealmente proprietários de suas moradias, eles deverão pa-gar uma pequena quantia por elas, de aproximadamente10% do valor comercial de suas novas residências.

Doação milionária à FRMel Gibson contribui para asvítimas do furacão Stan, no México

Depois de sereunir com opresidente doMéxico, VicenteFox, Mel Gibsoninformou quedoaria US$1milhão paraajudar asfamílias nareconstruçãodos seus lares

Keystone

20 AGOSTO DE 2006

O mundo

está melhorE a participação das empresas

tem sido fundamental

Todos os dias, uma empresaingressa no Terceiro Setor. Sãofirmas e instituições que, indoalém das obrigações fiscais etrabalhistas, investem em pro-gramas sociais que beneficiamos consumidores de seus pro-dutos e serviços, seus funcio-nários, acionistas e o meio am-biente. Dirigentes e executivostêm constatado que essas

ações trazem retorno. A BrasilRotário, a Funager – FundaçãoNacional de Apoio Gerencial,e a ACRJ – Associação Comer-cial do Rio Janeiro contribuempara esse fato com a realiza-ção do Seminário de Respon-sabilidade Social e a entrega doPrêmio Mario Henrique Simon-sen, este ano em sua quartaedição. A cerimônia de entre-

MESA DE honra do

Seminário: Ana Luiza

Restani, superintendente

executiva da Fundação

Bradesco; Rudolf Höhn,

presidente do Conselho

Empresarial de Respon-

sabilidade Social da ACRJ;

José Chaves da Câmara,

presidente da Funager;

Olavo Monteiro de

Carvalho, presidente da

ACRJ; Roberto Petis

Fernandes, presidente da

Cooperativa Editora

Brasil Rotário; Waldir

Nunes Ribeiro, governa-

dor do distrito 4570; e

Haroldo Mattos de

Lemos, presidente do

Instituto Brasil Pnuma

ga aconteceu no dia 10 dejulho no auditório da ACRJ, noCentro do Rio, e reuniu gran-des especialistas no assunto.A principal palestra desta anofoi de Ana Luiza Restani, su-perintendente executiva daFundação Bradesco, uma dasentidades pioneiras em res-ponsabilidade social no Bra-sil, completando 50 anos.

Nuno Virgílio Neto*

Fotos Sérgio Afonso

BRASIL ROTÁRIO 21

As boas-vindasAbrindo os pronunciamentos,

Olavo Monteiro de Carvalho, presi-dente da ACRJ e sócio do RC do Riode Janeiro, RJ (D. 4570) prestou umahomenagem ao amigo Mario Hen-rique Simonsen, que morreu em1997. “É com grande emoção queestou aqui para fazer a entrega deum prêmio que tem o nome dele”,disse. O presidente da CooperativaEditora Brasil Rotário, Roberto PetisFernandes, e o presidente da Fu-nager, José Chaves da Câmara, fala-ram sobre a importância de se reco-nhecer as ações sociais desenvolvi-das pelas empresas. As boas-vindasdo Rotary International ficaram acargo do companheiro Waldir NunesRibeiro, governador do distrito 4570.

Palestra: aFundação Bradesco

Apresentada pelo EGD EdsonAvellar da Silva, gerente executivo daBrasil Rotário e moderador do se-minário, Ana Luiza Restani, superin-tendente executiva da FundaçãoBradesco – uma das entidades pre-miadas na primeira edição do Prê-mio Mario Henrique Simonsen, em2003 – exibiu um vídeo institucionalsobre os 50 anos da entidade que,entre outras marcas, já capacitou 620mil alunos para o mercado de tra-balho. “A Fundação Bradesco foi cri-ada numa época em que ainda nãose falava em responsabilidade soci-al. Nossa missão é formar um cida-dão com valores, dignidade e queseja capaz de transformar o mundo– ou pelo menos o bairro, sua cida-de ou sua nação”, disse.

Ana Luiza destacou os projetosque a Fundação vem desenvolven-do nas regiões próximas às suas 40escolas, que estão presentes em áreascarentes de todos os estados brasi-leiros. Ela explicou que o objetivo dasescolas não é atingir somente a vidados 108 mil alunos (a meta esta-belecida para este ano), mas tambémas famílias deles e das comunidadesonde vivem, atuando como um pólogerador de educação e cultura.

As escolas da Fundação Bradescooferecem vagas gratuitas que vão daeducação básica (da pré-escola aofinal do ensino médio, com atendi-mento médico, odontológico e ali-mentação) até o curso supletivo paraadultos que não tiveram a oportuni-dade de estudar quando eram maisjovens, além dos cursos profis-sionalizantes. Entre as diversas ações

desenvolvidas pela entidade criadapor Amador Aguiar, o fundador doBradesco, Ana Luiza citou o progra-ma de educação à distância (hojeatendendo 29 mil pessoas, e que elaconsidera a 41a escola da Fundação),o projeto para deficientes visuais e oAdolescente Aprendiz, voltado aoprimeiro emprego [conheça melhora Fundação Bradesco nas entrevis-tas com o presidente do Bradesco,Márcio Cypriano, e a diretora daFundação, Denise Aguiar, que aBrasil Rotário publicou em outu-bro de 2005].

Acionista do banco, a FundaçãoBradesco é financiada pelos divi-dendos financeiros gerados por seupatrimônio. O orçamento somen-te para manter o funcionamentoda obra em 2006 chega a R$ 184milhões.

PainéisPresidente do Conselho Superi-

or da ACRJ e sócio do RC do Rio deJaneiro, RJ (D. 4570) HumbertoMota elogiou o compromisso da Fun-dação Bradesco com a educação,segundo ele a única ferramenta ver-dadeiramente capaz de tornar o Bra-sil um país plenamente desenvolvi-do. Em seguida, ele falou sobre oimportante papel das entidades declasse para o crescimento do Tercei-ro Setor, e nesse sentido destacou opioneirismo da ACRJ que, em seus185 anos de história, lutou ao ladodos abolicionistas pelo fim da escra-vidão, participou do movimento pelacriação do 13o salário ainda em 1913e, mais recentemente, da criação doDisque-Denúncia e do movimentoViva Rio, além de ter liderado amobilização da sociedade contra aschacinas da Candelária e de VigárioGeral, ocorridas no começo da dé-cada de 90, e de diversas outras ini-ciativas para melhorar a segurançapública e a auto-estima do Rio deJaneiro. “Estes exemplos mostramque uma entidade de classe pode edeve, paralelamente à sua represen-tação classista, exercer o seu com-promisso com a comunidade ondeatua, programando, planejando eexecutando programas de interessecoletivo”, finalizou Humberto Mota,que ainda destacou o fato de quetodos os presidentes da ACRJ nosúltimo 50 anos foram ou são rota-rianos: “O Ideal de Servir tem inspi-rado os presidentes desta casa”.

Em seguida, falou Haroldo Mattosde Lemos, presidente do Instituto Brasil

Através dos DiasNacionais de AçãoVoluntária, aFundação Bradescoestimula seus alunosa se envolverem comas questões sociais

OLAVO MONTEIRO de Carvalhoprestou uma homenagem aMario Henrique Simonsen

O SEMINÁRIO foi moderadopelo EGD Edson Avellar daSilva, gerente executivo daBrasil Rotário

ANA LUIZA Restani falou dos50 anos da Fundação Bradesco �

22 AGOSTO DE 2006

Pnuma – Comitê Brasileiro do Progra-ma das Nações Unidas para o MeioAmbiente, e presidente do ConselhoEmpresarial de Meio Ambiente daACRJ, que mostrou como a responsa-bilidade social se encaixa no conceitode desenvolvimento sustentável, cujosprincipais desafios são, na opiniãodele, garantir a disponibilidade dosrecursos naturais, não ultrapassar oslimites da biosfera em absorver ospoluentes e a redução da pobrezamundial: “Estes desafios nos mostramque não adianta tratar do meio am-biente sem dar atenção à questãosocial – e vice-versa”.

Quanto à participação da iniciati-va privada, Haroldo Mattos de Le-mos disse que os dois primeiros de-safios listados por ele têm sido umapreocupação das empresas já há al-gum tempo, através de iniciativascomo a adoção de tecnologias deprodução menos poluentes e a im-plantação de sistemas de gestãoambiental – um conjunto de medi-das também conhecido comoecoeficiência. Em relação à reduçãoda pobreza, a mais significativa mu-dança ocorrida nas últimas décadasfoi a substituição da antiga filantropiaempresarial pelo atual conceito deresponsabilidade social, com a apli-cação de recursos na comunidade deuma forma mais organizada e pla-nejada, colaborando para o cresci-mento econômico e o bem-estar deseus moradores. Haroldo disse quecada vez mais as empresas percebemque a responsabilidade social é boapara os negócios e para a comuni-dade – e que os governos não vãoresolver sozinhos os problemas soci-ais. No entanto, um relatório doPnuma concluído em 2002 mostraque o futuro ainda preocupa, e queapesar dos esforços que vêm sendofeitos por algumas empresas (especi-almente as maiores), a degradaçãoambiental continua.

O ciclo de painéis foi encerradocom a exposição do EGD Eduardode Barros Pimentel, presidente daFRSP – Fundação de Rotarianos deSão Paulo, a maior obra educacio-nal do Rotary em todo o mundo.Fundada há 60 anos na cidade deSão Paulo com a missão de servircom excelência por meio da edu-cação, formando cidadãos éticos,solidários e competentes, a entida-de sempre teve a preocupação degerar recursos que possibilitassema pessoas menos favorecidas aoportunidade de usufruir dessa

Apesar dos esforçosdas empresas,a degradação ambi-ental provocada pelaemissão de poluentese pelo esgotamentoacelerado dasreservas naturaisainda preocupa

HAROLDO MATTOS de Lemos:“Não adianta tratar do meioambiente sem dar atençãoà questão social”

O PIONEIRISMO da ACRJ nocampo social foi o tema daexposição de Humberto Mota

EGD EDUARDO de BarrosPimentel: sonho de levar otrabalho da Fundação deRotarianos de São Pauloa outras cidades

PARCIAL DO auditório lotado da ACRJ

BRASIL ROTÁRIO 23

Aentrega do Prêmio MarioHenrique Simonsen foiconduzida pelo companheiro

Américo Matheus Florentino, sóciodo RC do Rio de Janeiro-Botafogo,RJ (D. 4570) e membro do Conse-lho Deliberativo da Funager. Seisempresas receberam o troféu:

� Sercomtel Telecomunicações:premiada pela terceira vez, a em-presa paranaense se destacou pelarealização de projetos como o Inves-tindo na Vida, através do qual auxi-liou na construção e manutenção daCasa de Apoio ao Instituto do Cân-cer de Londrina, e do programa Li-gação com a Educação, que resul-tou no investimento de R$ 150 milem atendimentos a 320 alunos ado-lescentes.� Petróleo Ipiranga: no ano passa-do, investiu R$ 6 milhões em maisde 40 programas sociais, entre eleso Arte em Ação, que já beneficiou160 mil pessoas em 70 favelas e20 conjuntos habitacionais do Riode Janeiro, e a Corrida Contra o Cân-cer de Mama, que reuniu 7.000 mu-lheres. Este é o segundo ano con-secutivo em que a empresa recebeo troféu.� Copel – Companhia Paranaensede Energia: com o programa Luz Fra-terna, fornece energia elétrica gra-tuitamente a 1 milhão de consumi-dores de baixa renda. Destaque tam-bém para o Paraná Digital, que estáligando todas as escolas públicas doestado à internet, e já é um dos mai-ores programas de inclusão digitaldo Brasil.� Cosern – Companhia Energéticado Rio Grande do Norte: entre ou-tras ações, realizou doações men-sais à Casa do Menor Trabalhador,que atende a mais de 600 criançase adolescentes. A empresa tambématua no reflorestamento e na recu-peração da Mata Atlântica e na co-leta seletiva de lixo.� Eletrobrás Termonuclear: tem fir-

qualidade de ensino. No vídeo exi-bido por Pimentel com os númerose as realizações da FRSP, foi mostra-do como o Cepro RB – Centro Pro-fissional Rio Branco (uma das insti-tuições da Fundação, ao lado doColégio e das Faculdades Rio Bran-co e de uma escola para criançassurdas) forma todos os anos, gratui-tamente, cerca de 5 mil jovens debaixa renda em cursos de formação

As empresas premiadas neste anomado diversos convênios com pre-feituras, entidades governamentaise associações dos municípiosfluminenses de Angra dos Reis,Parati e Rio Claro em áreas comoeducação, gestão ambiental e saú-de – somente em 2005, realizou 54mil consultas emergenciais, 87 milexames e 1.400 cirurgias.� CSN – Companhia SiderúrgicaNacional: com o Garoto Cidadão,oferece a crianças e adolescentesem situação de risco atividadescomo cursos de música, artes cêni-cas e balé. Em outro projeto, oInformática e Cidadania (que até oano passado tinha 10 escolas), ca-pacita jovens e adultos carentes parao primeiro emprego.

Outras três empresas receberamdiplomas por suas ações no Tercei-ro Setor: a Brasilcap Capitalização,a Ampla Energia e Serviços, e aBrasilprev Seguros e Previdência.

LADEADOS POR Haroldo Mattos de Lemos e Américo Florentino, os repre-sentantes das empresas premiadas: José Roberto Bezerra de Medeiros,diretor presidente da Cosern; Luiz Fernando Henriques, contador geral daEletrobrás; Luiz Vitiello Júnior, gerente de comunicação social da PetróleoIpiranga; Rita de Cassia Gabriel Cerqueira, contadora da Copel; GilmarGonçalves Aguiar, funcionário administrativo financeiro da Sercomtel; eMarcos Barreto, gerente de comunicação corporativa da CSN

A CERIMÔNIA de entrega foiconduzida pelo companheiroAmérico Matheus Florentino

profissionalizante. Outro projeto pi-oneiro da FRSP é o Mutirão Digital,que cria a infra-estrutura necessáriapara que as escolas públicas tenhamacesso à internet e a utilizem comorecurso educativo. “Ser rotariano nãoé somente levar um distintivo na la-pela, mas ser capaz de transformarseu sonho de Servir em realidade.O meu sonho é que nós possamosreplicar trabalhos como esse em to-

das as regiões onde existirem RotaryClubs, e uma das tarefas da FRSP édar apoio para que isso aconteça”,concluiu o EGD.

Após os painéis, foi realizado umciclo de perguntas aos expositores.Em seguida, ocorreu a entrega daquarta edição do Prêmio MarioHenrique Simonsen.

*O autor é jornalista.

24 AGOSTO DE 2006

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Interact & Rotaract

A FAMÍLIA rotária aumentou com afundação do Rotaract Club deParnaíba, PI(D.4490).

O ROTARACT Club da Bahia-Norte, BA(D.4550)organizou o 1º Campeonato de Futebol, com a

participação de 30 crianças carentes.

RECÉM-FUNDADO, o Rotaract Club de Ouro Fino,MG(D.4560) reúne 18 jovens. A fundação oficialaconteceu no salão nobre do Éden Club, onde oentão presidente do RC local Maurício Lemes deCarvalho e o governador assistente à épocaHenrique Alves Pereira entregaram o Certificadode Organização ao primeiro presidente do novoRotaract, Lucas Stach de Oliveira.

JUNTO COM a Sociedade de Senhorasde Rotarianos local, os jovens do

Rotaract Club de São João da BoaVista, SP(D.4590) trabalharam no

Jantar Frio, tendo ficado responsáveispelo bar do evento. Com o lucro

obtido, os rotaractianos doaram choco-lates para a Pastoral da Criança da

Igreja São Benedito.APOIADOPELO clubelocal, oInteractClub deSantoAntônio daPlatina,PR(D.4710)realizou umacampanhadeconscientização

voltada para a preservação dos mananciais domunicípio. Os jovens visitaram escolas de bairros daperiferia, onde destacaram a importância dareciclagem de materiais, o uso correto da água emcasa e a preservação das fontes de água existentesna região. No encerramento da campanha, osinteractianos premiaram com uma bicicleta o alunoautor da melhor frase sobre preservação.

APADRINHADO PELO RotaractClub de Mogi Guaçu, SP, foioficialmente instalado o Rotaract

Club de Mogi Mirim,SP(D.4590), nas presenças decompanheiros locais e visitantes.A então presidente do RC deMogi Mirim Iêda Maria VieiraRibeiro Motta foi quem empossoua primeira presidente do novoRotaract, Anita Ribeiro Motta, quetocou o sino do clube pelaprimeira vez.

BRASIL ROTÁRIO 25

13º Concurso de Monografias○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

Festa para a professora

Nesta edição, destacamos estes três companheiros

do RC de Florianópolis, SC (D. 4651) que já completaram

mais de cinco décadas no Rotary:

CHEGANDO aos 67anos de rotarismo nomês que vem, o EGDJoão Eduardo Moritz éo decano do Colégiode Governadores doBrasil. Sócio fundadordo clube – ondeingressou na classifica-

ção de Engenharia Mecânica – eCompanheiro Paul Harris, ele conti-nua participando de todos os eventosdo distrito, sempre incentivandoantigos e novos rotarianos.

O EGD RemacloFischer tornou-serotariano há 54anos, na classifica-ção de Administra-ção. Antes deentrar para o RC deFlorianópolis,passou pelos clubes

de Tubarão e Itajaí, no mesmodistrito. Autor do livro “O Ideal deServir”, é Companheiro Paul Harrise já representou o presidente do RIem duas conferências distritais.

Presidente 1952-53 do clube,Roberto MundellLacerda entroupara o Rotary há57 anos, naclassificação deAdvocacia Cível.Desde então, vem

participando ativamente dodesenvolvimento do distrito, eesteve presente em diversasconferências e assembléiasdistritais.

Companheiro, se você tem 50 anos de Rotary ou mais, enviesua foto para a Brasil Rotário � E-mail: [email protected]

Endereço postal: Avenida Rio Branco, 125 – 18o andar – Centro, Rio de Janeiro – RJ CEP: 20040-006

No dia 21 de junho, a cidade mi-neira de Juiz de Fora (distrito

4580) foi o cenário de um almoçoem homenagem a Aparecida MariaCantarino Barbosa, primeira coloca-da no 13o Concurso de Monografiaspara Professores (ano rotário 2005-06). Realizada num restaurante dacidade, a cerimônia de premiaçãoreuniu os familiares da ganhadora,autoridades civis, políticas, militarese rotarianos – entre eles, represen-tantes da Cooperativa Editora BrasilRotário, que realiza anualmente oconcurso com o apoio do jornal Fo-lha Dirigida. Destaque para a pre-sença do imortal Antonio Olinto,membro da Academia Brasileira deLetras, sócio do RC do Rio de Janei-ro-Bonsucesso, RJ (D. 4570) e umdos presidentes de honra da Comis-são Julgadora do concurso, ao ladodo também acadêmico João deScantimburgo, sócio do RC de SãoPaulo, SP (D. 4610).

Primeira colocada no concurso deste ano é homenageada em Juiz de Fora

1– COMPONENTES DA mesa principal: governador do distrito 4580, José EduardoMedeiros; acadêmico Antonio Olinto; Waldir Mattoso, então presidente do RC deJuiz de Fora-São Mateus (clube dos companheiros Brazilina de Fátima Teodoro eOrlando Simões, que intermediaram a remessa do texto premiado); a homenage-ada, Aparecida Maria Cantarino Barbosa; o presidente 2005-06 do RC de Juiz deFora-Sul, Alberto Portugal; EGD Roberto Kamil; Suely Reis, secretária de Governoe Articulação Institucional de Juiz de Fora; Antonio Eugênio Taulois, sócio do RC dePetrópolis e representante da Brasil Rotário; e Lilia Berzoini, presidente da Casada Amizade de Juiz de Fora; 2– A PROFESSORA ganhou flores da secretária muni-cipal de Educação, Regina Célia Mancini; 3– O COMPANHEIRO Antonio Tauloisentregou à vencedora o certificado de premiação; 4– APARECIDA MARIA receben-do os cumprimentos de Antonio Olinto

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NESTA EDIÇÃO: Não deixe de ler oresumo do texto premiado deAparecida Maria, publicado a partirda página 16.

30 AGOSTO DE 2006

Sou espécime de uma raçaem extinção, a dos advoga-dos de três séculos. Come-cei a escrever com instru-mentos do século 19: lápis,caneta de pena metálica,

tinteiro de mesa e cadernos de pa-pel rústico. Depois, começaram asurgir as maravilhas mecânicas do sé-culo 20, como a Bic e a Remington –ainda hoje é assim que eu identifico acaneta esferográfica e a máquina deescrever portátil, exemplo também daforça da publicidade, corporificadapela McCann-Erickson e pelo Repór-ter Esso. E, finalmente, a suprema ma-ravilha: este computador, um mode-lo do século 21, no qual digito estasbem traçadas linhas, graças ao BillGates e ao Word, com seu dicionárioe seu corretor automático embutidos.

Com sua fabulosa capacidade paraa digitação e, principalmente, para acorreção das petições, com seus ar-quivos de textos já elaborados e a pes-quisa (via internet) de legislação, dou-trina e jurisprudência, o computadoré sem dúvida o maior colaborador doadvogado neste século.

Estamos longe daquele 23 demaio de 1929, quando a CâmaraCriminal do Tribunal da Relação deMinas Gerais julgou insubsistenteuma sentença de pronúncia porqueela estava datilografada. Segundo amaioria daquela Câmara, a datilo-grafia não assegurava o sigilo de quese deveria cercar a sentença até omomento de sua publicação.

A advocacia tem de enfrentar odesafio dos novos tempos e costu-mes, como a fertilidade in vitro, abarriga de aluguel, a paternidadeinegável pelo DNA, o aborto deanencéfalos, a proteção ambiental eao consumidor, as uniões estáveishomo e heterossexuais, a astronáu-tica, o computador e a internet.

ADVOCACIAno século 21Maravilhas, maravalhas e vexames

Roberto Paraiso Rocha* Não posso prever as surpresasque as próximas décadas nos trarão,inclusive pela inesperada rapidezcom que elas ocorrem. Mas algumasdessas surpresas podemos imaginare registrar.

O livro tipográficoCreio com toda a convicção que

as maravilhas do século 21 – leia-seo computador e a internet – nãoconseguirão extinguir o livro impressoem papel, inclusive o jurídico. Comolembra Berilo Vargas (O Globo, edi-ção de 27/5/06), na revista de do-mingo do The New York Times afir-mou-se que o livro teria começadoa perder a sua corporalidade, dis-solvido na gigantesca biblioteca vir-tual da internet.

Mas também já se profetizou queo computador e a internet significari-am o desaparecimento do própriopapel. No entanto, todos nós que uti-lizamos essas ferramentas de trabalhona vida profissional ou em casa somostestemunhas da avassaladora pirâmi-de de papéis que são impressos e jo-gados em nossas mesas. Com o com-putador, em vez de diminuir, o con-sumo de papel certamente aumentou!

Tudo indica que o jornal impres-so em papel está com seus dias con-tados, sendo suplantado pelas infor-mações online. Mas a “famosa arteda imprimissão” não acabará. Comoafirma Berilo, “o texto literário onlinetem o grave defeito de ser arredioao tato e aos outros sentidos. Nãose pode pegá-lo, segurá-lo, apalpar-lhe a pessoa física, aspirar-lhe o chei-ro de papel velho ou de papel novoque, em muitos casos, dá uma di-mensão inesperada ao conteúdo”.Isto se aplica também ao livro jurídi-co, tipográfico, que também nãodesaparecerá das nossas bibliotecas.

Há, sem dúvida, um prazer físicono manuseio do livro impresso: umlivro debaixo do braço foi sempre umaparte da bagagem universitária – ao

verem os alunos carregando livros as-sim, os professores costumavam ad-vertir: “Não se absorve a sabedoriapelo sovaco!” Mas é ainda Berilo Vargasque registra, com sabedoria: “Engana-vam-se. Impossível apaixonar-se porum autor, qualquer autor, ou por umlivro, qualquer livro, sem carregá-lodebaixo do braço. Lemos com osolhos, com a mente – e com as axilas.E faz sentido: não são os livros nossasmuletas mentais?”

Vernáculo e saber jurídicoEm evidente paradoxo, Eça de

Queiroz escreveu em “Fradique Men-des” que “ninguém sabe escrever”.Ao contrário, atribui-se a PabloNeruda a seguinte afirmação: “Escre-ver é fácil: você começa com umaletra maiúscula e termina com umponto final. No meio, coloque asidéias”. Contudo, nos defrontamoscada vez mais com petições capengasapresentadas nos Tribunais de Ética

DETALHE DAEstátua daJustiça emfrente aoSupremoTribunalFederal,em Brasília

BRASIL ROTÁRIO 31

e Disciplina da OAB ou no fórum,assustando juízes, advogados eserventuários. Nelas, os textos come-çam, sem dúvida, quase invariavel-mente, com uma letra maiúscula.Mas nem sempre terminam com umponto final e, com freqüência, pelomeio não se encontra nenhumaidéia, e muito menos qualquer sa-ber jurídico. São textos com redaçãoprimária, de quem desconhece asmais simples regras gramaticais e deredação, especialmente com longosperíodos, pontuação incorreta,virgulação excessiva e ignorância dacrase. Quanto a esta última, reconhe-ço que – como afirmou Ferreira Gullar(citado em “Gente”, de FernandoSabino) – “a crase não foi feita parahumilhar ninguém”, mas também nãoexiste para ser menosprezada, especi-almente pelos bacharéis.

Essa é mais uma prova da falên-cia do ensino jurídico nas faculdadesque pululam por todo o país e que

continuam a gerar milhares de ba-charéis semi-ignorantes todo os anos.Realidade que não recebe providên-cias corretivas por parte do poderpúblico, apesar dos reiterados pro-testos e apelos da OAB – Ordem dos

Advogados do Brasil. Também é cer-to que, ao escrever, todos nósestamos sujeitos a erros. Ao ser acu-sado disso, em sua “Réplica” Rui Bar-bosa defendeu-se do “encanzinadoempenho de arrastar-me à picotados escrevedores reles”, afirmandoque “não há escritor sem erros. Dosclássicos mais antigos aos mais mo-dernos, todos os perpetraram”. Masé preciso lembrar: os erros pratica-dos pelos clássicos ou pelos mestresda escrita podem, depois, tornar-sea regra. Como afirmou Paul Claudelem “Posições e proposições”, “osgrandes escritores não foram feitospara se submeter à lei dos gra-máticos, mas para impor a sua lei, enão somente a sua vontade, mas oseu capricho”.

A situação não é melhor em re-lação ao conhecimento jurídico dosjovens advogados, enfrentando onovo Código Civil, de 2002, quesubstituiu, mas nem sempre paramelhorá-lo, o velho texto de 1916 –e defrontando-se, ainda, com umaavalanche de novos Códigos especi-ais. Surgidas como cogumelos, à som-bra das estações de metrô e no bojode shopping centers – algumas fun-cionando como escolas de fim-de-semana – as faculdades de direitodespejam anualmente cerca de5.500 novos advogados no merca-do de trabalho, somente no Estadodo Rio. Essa proliferação de faculda-des contribuiu para que o nível doconhecimento jurídico entre os qua-se 550 mil advogados brasileiros te-nha baixado a níveis quase intolerá-veis. Contudo, temos de reconhecertambém que nem tudo está perdi-do: existem inúmeras exceções detalentosos novos advogados, cujosaber se evidencia, principalmente, nasteses acadêmicas de mestrado e dou-torado, bem como na aprovação emdisputados concursos públicos.

A bela invasão femininaNo dia 11 de agosto, quando ain-

da comemoramos o dia do Advoga-do (e em boa companhia, junto como dia do Estudante e o do Garçom),a conquista feminina da advocaciaé, sem dúvida, uma das maravilhasa se registrar neste século 21. Longeestamos dos tempos de Mirtes deCampos, a primeira advogada doBrasil, formada em 1898 na Facul-dade de Ciências Jurídicas e Sociaisdo Rio de Janeiro, e que, por dificul-dades machistas, somente em 1906obteve sua inscrição na OAB. Mirtesnão foi a primeira bacharela – nosentido correto do termo – mas a pri-meira mulher a exercer a advocacia

“Essa proliferaçãode faculdadescontribuiu paraque o nível doconhecimentojurídico entre osquase 550 miladvogados brasilei-ros tenha baixadoa níveis quaseintoleráveis’

32 AGOSTO DE 2006

no Brasil. Neste novo sécu-lo, o centenário desse feitodeve ser rememorado comdignos festejos.

Mas o que também pre-cisa ser registrado é que essa“invasão feminina” agora setransforma em domínio.Relembro sempre que, naminha turma de 1951, natradicional Faculdade deDireito da UniversidadeFederal de Minas Gerais,somente cinco entre os 123alunos eram garotas – to-das inteligentes pioneirasque tinham a ousadia deenfrentar o preconceitomachista, mineiro e ruralde que a mulher somentepoderia ser “do lar”. Hoje,as mulheres são maioria nassalas de aula, e este domí-nio pode ser verificado tam-bém na advocacia. Não te-nho nada contra esse apos-samento do direito pela gár-rula beleza feminina, pelocontrário: na minha famí-lia prevalecem as advoga-das. E meus velhos (mas ain-da gulosos) olhos mineiros aceitamagradecidos a jovem e linda prepon-derância feminil, na sua dengosa fu-são de graças e de raças.

O domínio feminino ainda não seevidencia somente na composição dostribunais superiores, ainda majoritari-amente masculinos – certamente pelofato de serem preenchidos, na maio-ria dos casos, através de livre escolha,e não exclusivamente pela aferição domérito pessoal. O STF – Supremo Tri-bunal Federal, criado em 1828, so-mente no ano de 2000 teve quebra-da sua secular hegemonia masculinacom a nomeação da ministra EllenGracie Northfleet, hoje também a pri-meira a exercer a presidência da Su-prema Corte. E apenas agora, em2006, chegou ao STF sua segunda mi-nistra, a mineira Carmen LúciaAntunes Rocha.

Nos demais Tribunais Superiores,também se mantém a hegemoniamasculina. No Superior Tribunal deJustiça, são cinco mulheres entre 33ministros; no Tribunal Superior doTrabalho, há duas mulheres entre 21ministros. No Tribunal Superior Elei-toral e no Superior Tribunal Militarnão há nenhuma mulher entre osintegrantes.

A preponderância masculina severifica também nos Tribunais Regio-nais Federais e nos Tribunais Estadu-ais. No Tribunal de Justiça de SãoPaulo, há 12 mulheres num total de

353 desembargadores; no Tribunalde Justiça do Rio, são 33 mulheresentre 155 desembargadores.

Além das mulheres, no século 21a advocacia pública é da juventude.No último concurso para a magistra-tura fluminense, inscreveram-se 1.542candidatos. Dos 54 que foram apro-vados, 38 tinham menos de 30 anos.

Internet e éticaCom sua presença mundial e si-

multânea – sem peias, nem limitesgeográficos – a internet se constitui,sem dúvida, no maior instrumentode pesquisa e comunicação posto ao

serviço da humanidade.Desta ferramenta de estudo,pesquisa e trabalho não po-dem prescindir os advogadosdeste século 21, e a ela tam-bém têm de se adaptar osvelhos advogados, assimcomo os comerciantes e in-dustriais – calcula-se que oe-commerce (o comércioeletrônico, que pulverizafronteiras geográficas eindepende de locação físicaespecial) está atingindo a ex-traordinária marca anual deUS$ 1 trilhão. Os problemasderivados desse uso univer-sal já exigem que se crie umaespecial CyberLaw (direito elegislação cibernéticos)supranacional que vigorariaindependentemente dos go-vernos e legislativos locais.

E este “direito digital” estáem busca de especialistas.Segundo pesquisas de fir-mas caçadoras de talentos,apenas cem advogados noBrasil teriam conhecimentopleno de direito digital, en-quanto outros 700 teriam

uma leve experiência. Esse é, portan-to, um campo fértil, que está abertopara os jovens advogados.

Fala-se até mesmo na necessida-de de “reinventar” a advocacia,notadamente no tocante à moder-nização estrutural dos escritórios e dareestruturação das relações entre cli-ente e advogado (Bertozzi & Salem,Gazeta Mercantil de 17/5/2004). Issoé certo, mas sem jamais esquecerque, acima de tudo, permanece ofundamento essencial de obediênciaaos princípios éticos, consignados nonosso Código de Ética e Disciplina,os quais – nunca é demais repetir –devem sempre ser mantidos, tantona atividade forense quanto na vidaparticular.

Finalizando, espero que, comoraça em extinção, a minha tambémreceba também o manto protetor deuma ONG que nos reforce o “óciocom dignidade”: em sossego, apre-ciando Mozart, Beethoven e um sam-ba arretado; escutando e vendo algono rádio e na TV; navegando pelainternet; e, principalmente, aindalendo Rui e Afonso Arinos, Camões,Fernando Pessoa, Bilac e Vinicius,Machado de Assis, Eça, Lobato,Sabino, Rubem Braga, Otto Lara,Guimarães Rosa e também – é claro– a Brasil Rotário.

*O autor é sócio do Rotary Club doRio de Janeiro, RJ (D. 4570).

“Fala-se até mesmona necessidadede ‘reinventar’a advocacia,notadamente notocante à moderniza-ção estruturaldos escritórios e dareestruturação dasrelações entrecliente e advogado”

A ESTÁTUAé feminina,mas o SuperiorTribunal de Justiçaconta com apenascinco mulheres

33

“Quantomais

conheçoo Rotary,mais oamo”

MICHAEL P. SLEVNIK,

EUA

“O Rotarypermite quecada um façaa sua parte

comomembro damaior família

humanadedicadaao bem”

DEANNA ANN

DUGUID, INDONÉSIA

“O Rotary memostrou

como umcidadão co-mum, de

uma pequenacidade, podeser cidadãodo mundo”

RAJ GHUMAN,

ÍNDIA

“Graças aoRotary, meusesforços paramelhorar omundo são

multiplicados.Já não trabalhomais sozinho”

FERNANDO AGUIRRE

PALACIOS, EQUADOR

Conheça maiso Rotary

� O Rotary International, a mais antiga organização do mun-do dedicada à prestação de serviços, reúne mais de 32 milclubes espalhados por quase 170 países. Esses clubes são in-tegrados por líderes executivos e profissionais que dedicamseu tempo e talento para servir às suas comunidades locais einternacionais. � O principal lema da organização, Dar de SiAntes de Pensar em Si, personifica o espírito humanitário queanima os mais de 1,2 milhão de rotarianos. O Rotary tambémé caracterizado pelo forte companheirismo que existe entreseus sócios e pelos significativos projetos de prestação de ser-viços comunitários e internacionais que desenvolve. � O Rotaryostenta uma tradição e uma estrutura organizacional ricas eàs vezes complexas, com programas e costumes que a princí-pio podem ser difíceis de entender, especialmente para quemé novo na organização. Nas páginas a seguir, apresentamosalguns fatos fundamentais sobre o Rotary que possibilitam aoleitor conhecê-lo um pouco melhor e orgulhar-se ainda maisde pertencer a uma organização tão destacada. �

33

34

ORotary é essencialmente uma organização que conta com a dedica-

ção e o trabalho dos rotarianos em projetos implementados pelos

Rotary Clubs. Uma estrutura distrital e internacional foi elaborada

para apoiar os clubes nas atividades de prestação

de serviços em suas comunidades e no exterior. � Clubes:

Os rotarianos são os sócios dos Rotary Clubs, que por suavez estão ligados ao RI – Rotary International. Cada clubeescolhe seus dirigentes e desfruta de uma considerávelautonomia, respeitando os estatutos e o regimento inter-no da organização. � Distritos: Os clubes estão agrupados em 530 distri-

tos em todo o mundo, cada qual liderado porum governador, que junto com os governadoresassistentes e as várias comissões formam o grupode liderança distrital que apóia os clubes. � Con-

selho Diretor: Entre os 19 rotarianos que inte-gram o Conselho Diretor do RI, figuram o atual pre-sidente da organização e o presidente eleito. O Con-selho reúne-se trimestralmente para tomar decisõesque ditam os caminhos da organização. O presi-dente do RI, eleito anu-almente, escolhe o lemae a ênfase que darão a

tônica a seu mandato. � A Secretaria: O RotaryInternational está sediado em Evanston, cidade vizi-nha a Chicago, no estado de Illinois, nos EUA. Aorganização possui sete escritórios internacionais lo-

calizados na Argentina, Austrália,Brasil, Coréia, Índia, Japão e Suíça.O escritório do RI para o RIBI – o Rotary na Grã-Bretanha ena Irlanda – fica na Inglaterra e atende os clubes e distritosdaquela região. O secretário-geral é o responsável pela ad-ministração do RI e comanda um quadro de cerca de 650funcionários que trabalham para atender os rotarianos detodo o mundo.

Em 23 de fevereiro, oadvogado Paul Harrisconvoca a reuniãoque deu origem aoRotary Club deChicago, semente domovimento rotário.

1905

O Rotary Club de Chicagopatrocina seu primeiroprojeto de serviços àcomunidade: a construçãode um sanitário público naentrada do prédio daprefeitura da cidade.

1906 1910-11

Paul Harris é eleitoo primeiro presi-dente da Associa-ção Nacional deRotary Clubs naprimeira convençãodo Rotary.

São fundados clubesno Canadá, na Grã-Bretanha e na Irlanda,e o nome da organiza-ção é alterado paraAssociação Internacio-nal de Rotary Clubs.

1911-13

A ESTRUTURA DO ROTARY

35

Responsabilidades

do sócio

Oclube é a pedra angular denossa organização. Os RotaryClubs eficazes possuem qua-tro características principais:

mantêm ou aumentam seu quadro so-cial, participam de projetos de presta-ção de serviços que beneficiam a comu-nidade local e de outros países, apói-am a Fundação Rotária (contribuindofinanceiramente e participando de seusprogramas) e desenvolvem líderes ca-pazes de servir ao Rotary além dos limi-tes do clube.

O que os rotarianos recebem doRotary depende em larga escala daquiloque investem nele. Muitos dos requisitospara a associação visam fazer com queos sócios desfrutem as oportunidades decrescimento oferecidas pela organização.

Freqüência. O comparecimento às reuniões sema-nais do clube permite aos rotarianos vivenciar umcaloroso companheirismo e enriquecer seus conheci-mentos pessoais e profissionais. Muitas comunidadescontam com mais de um Rotary Club, com váriasopções de horário para reuniões, inclusive durante amanhã, o almoço, após o expediente e à noite.

Quando rotarianos estiverem impossibilitados decomparecer a uma reunião, eles podem recuperar afreqüência em qualquer Rotary Club do mundo.Para saber os locais e horários dereunião de todos os clubes, bastaconsultar o “Official Directory” ou aseção Club Locator na página inici-al do site do Rotary International,<www.rotary.org>

Em alguns casos, a recuperaçãoda freqüência poderá ser feita atra-vés da participação em um projetode prestação de serviços, numa reu-nião de Rotaract ou Interact, numareunião do Conselho Diretor do clu-be ou mesmo virtualmente, atravésdos Rotary E-Clubs.

Prestação de serviços. Ao par-ticipar dos projetos de prestação deserviços do clube, os sócios apren-

dem sobre o envolvimento da organização em proje-tos locais e internacionais e oferecem seu tempo etalento na execução de trabalhos voluntários.

Recrutamento e retenção dos sócios. Parafortalecer os clubes, todo rotariano deve procurartrazer novas pessoas para o Rotary. Novos sóciospodem trazer amigos ou colegas às reuniões ouconvidá-los a participar de projetos de prestação deserviços. O valor do Rotary fala por si mesmo, e a

melhor maneira de estimular o inte-resse de sócios em potencial é deixá-los experimentar o companheirismorotário em primeira mão.

Manter os sócios motivados como Rotary é outra tarefa importante.Um ambiente de camaradagem noclube e o engajamento em projetossão as melhores maneiras de fazercom que os rotarianos não percamo interesse pela organização. A com-posição ideal do quadro social detodo Rotary Club deve refletir a di-versidade profissional, etária e étni-ca da comunidade onde ele está pre-sente, de forma a enriquecer todosos aspectos da prestação de serviçose companheirismo do clube.

“O Rotary dá umnovo significadoao conceito deamizade, uma

amizade que nãoé privada nemestritamente

relacionada aomundo dosnegócios”

SUSANNE PRAHL-LANDZO,BÓSNIA-HERZEGÓVINA

Um clube éfundado em Cuba– o primeiro deum país de línguanão-inglesa.

1915-16

O presidente ArchKlumph propõe oestabelecimento doFundo de Dotações,precursor da Funda-ção Rotária.

1916-17

Conferência rotáriaem Londres sobreeducação e intercâm-bio cultural lança asbases para a criaçãoda Unesco.

1942-43 1945-46

Quarenta e noverotarianos colabo-ram na redação dacarta de fundaçãoda ONU.

36

Princípios que

norteiam o Rotary

A Prova Quádrupla Seguida por rotarianosde todo o mundo, foi elaborada em 1932 pelorotariano Herbert J. Taylor – que mais tarde se-ria presidente do Rotary International – e já foitraduzida para mais de 100 idiomas.

Do que nós pensamos, dizemos ou fazemos:

1 É a VERDADE?

2 É JUSTO para todos os interessados?

3 Criará BOA VONTADE e MELHORES AMI-ZADES?

4 Será BENÉFICO para todos os interessados?

Ao longo da história de nossa orga-nização, diversos princípios básicostêm sido desenvolvidos para que os rotarianos atinjam o ideal de

prestação de serviços e os mais altos pa-drões de ética.

Objetivo do Rotary: formulado pela pri-meira vez em 1910 e adaptado sempre quea missão da organização se expandiu, de-fine resumidamente o propósito do Rotarye as responsabilidades dos rotarianos.

O Objetivo do Rotary é estimular e fo-mentar o Ideal de Servir como base detodo empreendimento digno, promoven-do e apoiando:� PRIMEIRO – O desenvolvimento docompanheirismo como elemento capaz deproporcionar oportunidades de servir;� SEGUNDO – O reconhecimento domérito de toda ocupação útil e a difusãodas normas de ética profissional;� TERCEIRO – A melhoria das condi-ções de vida da comunidade através daconduta exemplar de cada indivíduo, emsua vida pública e privada;� QUARTO – A aproximação dos profissionais de todoo mundo, visando a consolidação das boas relações,da cooperação e da paz entre as nações.

Princípio de classificação: sistema que garante queo quadro social de cada clube espelhe a sociedadelocal com representantes dos seus vários ramos denegócios e profissões. Deacordo com esse sistema,cada sócio é classificadoconforme sua ocupação, eo número de sócios emcada classificação é limita-do conforme o tamanho doclube. O benefício dessa es-trutura é a diversidade pro-fissional que estimula a vidasocial de um Rotary Club: aocontar com as diferentes ex-periências de seus sócios, oclube aumenta as suaschances de executar proje-tos diferenciados.

Avenidas de Serviços:baseadas no Objetivo do

Rotary, as quatro Avenidas de Serviços dão susten-tação às atividades do clube. Elas se dividem em:

� Serviços Internos – enfocam o fortalecimento docompanheirismo e o funcionamento eficaz do clube.

� Serviços Profissionais – iniciativas que incenti-vam os rotarianos a serviraos outros através de suasocupações e da obediênciaa altos padrões de ética.

� Serviços à Comunida-de – atividades empreen-didas pelo clube para me-lhorar as condições devida na comunidade.

� Serviços Internacio-nais – ações tomadaspara expandir o alcancehumanitário do Rotary aoredor do mundo e parapromover a paz e a com-preensão mundial.

Paul Harris morre em Chica-go. As inúmeras doaçõesfeitas por rotarianos parahomenageá-lo postumamentesão utilizadas para financiarbolsas de pós-graduação.

1946-47 1948-49 1962-63 1965-66

Os primeiros 18bolsistas do Rotary vãoestudar no exterior. É ocomeço do programade bolsas educacionais.

Fundado o primeiroInteract Club, na cidadede Melbourne, naFlórida, EUA. Lançado oprograma de Serviços àComunidade Mundial.

Lançados osprogramas deSubsídios Especiais(hoje SubsídiosEquivalentes) e deIntercâmbio deGrupos de Estudos.

37

Programas do RI

Ajudam os rotarianos aatender as necessi-dades de suas comu- nidades e auxiliar

pessoas de outros países.

Interact Organizado e pa-trocinado por Rotary Clubs,este programa é voltadopara jovens de 14 a 18anos, que estão reunidosem mais de 10.500 InteractClubs espalhados por 109países.

Rotaract Organizado e pa-trocinado por Rotary Clubs, oprograma promove as quali-dades de liderança e o de-senvolvimento profissionalentre pessoas de 18 a 30anos, congregadas em maisde 8.000 Rotaract Clubs em139 países.

Núcleos Rotary de De-senvolvimento Comuni-tário (NRDC) Organizadose patrocinados por Rotary Clubs, esses grupos – quejá somam mais de 6.000 em 60 países – são forma-dos por não-rotarianos que se esforçam para melho-rar suas comunidades.

Rede Global de Grupos de Rota-rianos Formada por Grupos deCompanheirismo (de cunho profissio-nal e recreativo) e pelos Rotarianos emAção (dedicados à prestação de servi-ços), já congrega mais de 90 gruposabertos a rotaractianos, rotarianos e côn-juges que possuem interesses afins.

Intercâmbio Rotário da AmizadeVisitas internacionais recíprocas feitaspor rotarianos e seus familiares.

Voluntários do Rotary Rotarianoscom habilidades específicas colaboramcom projetos humanitários prestandoserviços voluntários em seus própriospaíses ou no exterior.

Intercâmbio de Jovens do Ro-tary Clubes e distritos patrocinam ehospedam aproximadamente 7.000

RAVI RAVINDRAN,

SRI LANKA

jovens de 15 a 19 anos, que passam férias ou umano letivo no exterior.

Prêmios Rotários de Liderança Juvenil (RYLA)Seminários patrocinados por clubes e distritos que

cultivam as habilidades de liderançaem pessoas de 14 a 30 anos.

Serviços à Comunidade Mundi-al (SCM) Parcerias internacionaisformadas entre clubes e distritos parafornecer assistência a projetos comu-nitários desenvolvidos em outro país.

Oportunidades para Prestaçãode Serviços Segundo orientação doRI, os clubes que planejam empreen-der atividades de prestação de servi-ços devem considerar as seguintesáreas: Crianças em Situação de Ris-co, Deficientes Físicos, Saúde, Com-preensão e Boa Vontade Internacio-nal, Alfabetização e Ensino da Arit-mética, Problemas Populacionais,Pobreza e Fome, Preserve o PlanetaTerra e Assuntos Urbanos.

1968-69 1979-80 1984-85 1987-88

Lançado oprogramaRotaract.

A Fundação Rotária concedeum subsídio para imunizar 6milhões de crianças contra apoliomielite nas Filipinas,iniciativa que acabariasendo a base do programaPolio Plus.

O Rotary aprova arealização do programaPolio Plus e sua campa-nha para captar US$ 120milhões, destinados aimunizar as crianças domundo.

Os rotarianoslevantam US$247 milhõespara o progra-ma Polio Plus.

“A reação doRotary a umacalamidadedemonstra ogrande poder

dessa organização.Muitas vezes os

rotarianos geramum impactomaior do que

muitos governos”

38

A Fundação

Rotária

Entidade sem fins lucrativoscuja missão é apoiar os es-forços do Rotary Inter-national no cumprimento

de seu objetivo e na busca da paze da compreensão mundial atra-vés de programas humanitários,educacionais e culturais em âmbi-to nacional e internacional.

Apoio financeiro: Em 2004-05, a Fundação Rotária recebeucontribuições no valor de US$117,9 milhões e alocou mais deUS$ 110,2 milhões para apoiarprogramas educacionais e hu-manitários implementados porclubes e distritos. As contribui-ções dos rotarianos são credita-das em três fundos:� Fundo Anual de Progra-mas, que financia os programasda Fundação Rotária;� Fundo Permanente, do qual apenas parte dosrendimentos são empregados, para assim garan-tir a viabilidade dos programas da Fundação a lon-go prazo;� Fundo Polio Plus, que provê recursos para aconcretização do sonho de um mundo livre da pa-ralisia infantil.

Cada dólar contribuído pelos rotarianos ajudaa financiar os programas humanitários, educacio-nais e culturais, além dos custosoperacionais envolvidos. Clubes edistr i tos de todo o mundo secandidatam e recebem subsídios daFundação Rotária para executarbons projetos em suas comunida-des. Visando garantir um nível ade-quado de recursos para o financia-mento dos programas vitais da Fun-dação Rotária, foi lançada a iniciati-va “Todos os Rotarianos, Todos osAnos”, que procura aumentar paraUS$ 100 per capita a média das do-ações anuais.

Programas educacionais: Pro-movem a compreensão internacio-

nal ao congregar pessoas de diferentes países eculturas.� Bolsas Educacionais – O maior programa pri-vado de bolsas de estudo do mundo, patrocina 750alunos qualificados, de nível universitário, para queeles estudem no exterior e atuem como embaixa-dores da boa vontade.� Bolsas Rotary pela Paz Mundial – Outorga-das para os cursos de nível equivalente ao mestrado

que são ministrados nos CentrosRotary de Estudos Internacionais daPaz e Resolução de Conflitos.� Bolsas Rotary de Estudos so-bre Paz e Conflitos – Concedi-das para patrocinar um programade curto prazo desenvolvido no Cen-tro Rotary de Estudos Internacionaisda Paz e Resolução de Conflitos queestá localizado na Tailândia.� Intercâmbio de Grupos de Es-tudo (IGE) – Intercâmbio de curtoprazo realizado entre distritos de di-ferentes países com o objetivo de pro-mover a interação profissional e cul-tural de pessoas de ambos os sexoscom idades entre 25 e 40 anos.

“A FundaçãoRotária é o laçoque mantém os

rotarianosunidos em prol da

paz e dacompreensãointernacional”CALUM THOMSON,

ESCÓCIA

As mulheres come-çam a ingressar noRotary. A organiza-ção volta a marcarpresença na Hungriae na Polônia.

1988-89 1994-95 1998-99 2000-01

Atestada a erradicação dapoliomielite do HemisférioOcidental.

Fundados os CentrosRotary de EstudosInternacionais da Paz eResolução de Conflitos.

A região doPacífico Ocidentalé declarada livreda poliomielite.

39

Principais

encontros

Convenção do RI: O maior desses encon-tros, a convenção internacional é realizada anu-almente, em maio ou junho, em algum lugardo mundo rotário. O evento dura quatro dias,

durante os quais há apresentaçõesde líderes da organização e de re-levância mundial, com uma pro-gramação de entretenimento típi-co da cultura local e inúmerasoportunidades de vivenciar a am-plitude do companheirismo inter-nacional.

Conferências distritais: No âm-bito local, os rotarianos são incenti-vados a participar de suas respecti-vas conferências distritais, que unemaprendizado e companheirismo epermitem aos rotarianos influenci-ar o rumo de seus distritos.

� Subsídios Rotary para Professores Univer-sitários – Outorgados a professores de nível supe-rior para que lecionem em países pobres.

Programas Hu-manitários: OsSubsídios Huma-nitários permitema rotarianos po-tencializar seu a-poio a projetos deprestação de ser-viços internacio-nais, como aber-tura de poços ar-tesianos, assistên-cia médica, alfa-betização e exe-

cução de outros serviços essenciais. A participa-ção dos rotarianos é a chave para o sucesso des-ses projetos.� Subsídios Distritais Simplificados: permitemaos distritos usar parte de seu Fundo Distrital de Uti-lização Controlada para apoiar atividades de presta-ção de serviços em benefício da comunidade localou internacional.� Subsídios para Serviços Voluntários: visamcobrir as despesas de viagem de rotarianos e seus côn-juges para locais de implementação de projetos ou deprestação de serviços voluntários.� Subsídios Equivalentes: ajudam Rotary Clubse distritos a desenvolver projetos hu-manitários com a colaboração de clu-bes e distritos de outro país.� Subsídios 3-H – Saúde, Fomee Humanidade: financiam proje-tos de longo prazo, de auto-ajuda ede desenvolvimento local que sãoonerosos demais para serem imple-mentados por apenas um clube oudistrito.� Subsídios Blane de Imuniza-ção Comunitária: equiparam atéUS$ 1.000 doados por Rotary Clubse distritos dos EUA para que haja umaumento nos níveis de imunizaçãode suas comunidades.

“Com aconvenção do

RI, o Rotarypassa a fazer

parte dorotariano”ERIC MARCUS,

EUA

Os rotarianos participam de vários en-contros importantes para trocar idéias,celebrar sucessos, desfrutar com-panheirismo e planejar o futuro.

2001-02 2002-03 2004-05 2005-06

A Europa édeclarada livre dapoliomielite.

O Rotary lança suasegunda campanha decaptação de recursos emprol da erradicação dapólio, arrecadando maisde US$ 129 milhões.

Os clubes celebram os 100anos do Rotary implementandocentenas de projetos comunitá-rios e doando milhares dehoras de trabalho voluntárioàs comunidades mundias.

O Rotarychega àChina e aCuba.

40

� �� O Rotaryoferece aos seussócios a oportunida-de de servir àcomunidade – sejaerradicando aparalisia infantil,ajudando as crian-ças a ter uma vidamais saudável oucolaborando nareconstrução dasregiões atingidaspor calamidades.

� �� Entre os mui-tos projetos dosRotary Clubs vol-tados à juventu-de, destacam-seos que atendemnecessidades bá-sicas como a saú-de e a alfabetiza-ção, e o progra-ma de intercâm-bio que ofereceaos jovens aoportunidade deaprender sobre avida em outrospaíses.

� �� Em seuesforço paraerradicar apólio, osrotarianosajudam atransportar avacina até oslugares maisremotos doplaneta.

� �� Atravésdo Rotary, ossócios têm achance deempregar suaenergia eseus talentospara melho-rar as condi-ções de vidaem suascomunidadese ajudaroutras pesso-as a realiza-rem seussonhos.

� �� Conheça maissobre o Rotary esuas atividadesvisitando o site<www.rotary. org>ou <www.rotary.org.br> Lá, entreoutras coisas, vocêpoderá ler asúltimas notíciassobre a organiza-ção, encomendarpublicações, fazersuas inscrições paraas convençõesinternacionais,contribuir com aFundação Rotária.

40

BRASIL ROTÁRIO 41

Rebecca Voelker*

grande mal-entendidosobre o papel dos su-plementos alimenta-res é que eles revela-

rão anos e anos de abuso e mani-pulação genética sob certas con-dições de saúde”, afirma DavidGrotto, dietista diplomado e porta-voz da ADA – Associação DietéticaNorte-Americana. “Mas este não énecessariamente o caso.”

De acordo com a ADA, é me-lhor que os adultos supram suasnecessidades de vitaminas enutrientes a partir do consumoregular e moderado dos alimentosque os contêm. Os alimentos sãomais eficazes por conterem fibrase uma rica combinação de com-ponentes fitoquímicos não encon-trados em pílulas.

Mas o que acontece se umapessoa não pode manter uma die-ta equilibrada? “Todos podem sebeneficiar com a ingestão diária deum suplemento vitamínico”, diz adoutora Barbara Levine, professo-ra associada de nutrição em medi-cina do Weill Medical College, daUniversidade de Cornell. “A nossavida agitada nem sempre possibili-ta uma alimentação adequada.”

Por isso, o médico prescreve, devez em quando, um suplementovitamínico. Contando com a apro-vação de um especialista, TimBaiden, consultor internacionalaposentado e sócio do RC deGreenville Breakfast, EUA (D.7750)ingeriu vitaminas e suplementospara ajudar na recuperação de umacirurgia de câncer. “Adiantou”, eleconta. “Sinto-me agora mais aler-ta, mais animado.”

O ginecologista e obstetraHimansu Basu explica a seus pa-cientes a importância da vitaminaB9, conhecida como folato. Exis-tem evidências de que o folato re-duz o risco de más-formações dosistema nervoso central, no casode danos celulares. Pesquisas pos-

Se a sua farmácia caseira contém todas as vitaminas, deA a Z, você provavelmente está jogando dinheiro fora

ou, pior ainda, prejudicando sua saúde

Vitaminas A B CVitaminas A B C

teriores não confirmaram, entretan-to, essa perspectiva – e por isso o usode vitaminas anti-oxidantes não éapoiado pela Associação Americanado Coração, nem pelo Colégio Ameri-cano de Cardiologia.

Da mesma forma, os adultos queconsomem diariamente mais de10.000 UI de vitamina A correm orisco de sofrer de problemas hepá-ticos, osteoporose e desordens dosistema nervoso central. Mulheresem estado de gestação que exce-dam esses limites poderão gerar cri-anças defeituosas.

Vitaminas solúveis em gordura(como A, D, E e K) devem ser toma-das com mais cuidado ainda, pois oexcesso delas fica impregnado nos te-cidos do corpo. As vitaminas E e Kpodem interferir na coagulação e cau-

sar hemorragia em qualquer pes-soa que esteja tomando medicaçãopara afinar o sangue. As vitaminassolúveis em água, como as do com-plexo B e a vitamina C, não sãoabsorvidas, e por isso são menosprejudiciais.

Finalmente, o que é seguro? Amenos que necessário, o consumode suplementos vitamínicos acimados níveis diários recomendadosdeve ser evitado. “Sempre digo aosmeus pacientes que é seguro con-sumir multivitamínicos, mas nãoem quantidade excessiva”, diz adoutora Barbara Levine.

*A autora é uma escritora freelancerbaseada em Chicago e colaborado-ra do JAMA – Jornal da AssociaçãoMédica Americana.

“O

42 AGOSTO DE 2006

Decoração � Angela Barquete & Cristiane Dornelles○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

Amorte da sala de jantar tem sido umadas mudanças mais dramáticas na forma como usamos nossas casas e percebe-

mos que esse fenômeno caminha de mãos dadascom o renascimento da cozinha.

A sala de jantar não está totalmente extin-ta, pois, nas grandes residências e em famíliasmais formais, seria impensável não haver umambiente separado para as refeições. Hoje, amaioria das casas que têm espaço para umasala de jantar nesses moldes utiliza-o paraescritório, biblioteca etc.

Uma das razões que explica o declínio da salade jantar é, provavelmente, porque ela raramenteparece confortável. Ambientes que não sãomuito utilizados perdem um certo senso deanimação e se transformam num espaço morto.Hoje a sala de jantar é normalmente junto aoliving e não mais em peças independentes.

Algumas dicas:

❶ A decoração utilizada pode ser com coresmais fortes, pois o tempo de permanência namesa não é muito longo.

❷ Os móveis da sala de jantar devem se har-monizar com os móveis do living. Devemosevitar a escolha de móveis baratos para acozinha e monumentais para a sala de jantar.

❸ Mesas redondas são mais democráticas, masa partir de oito pessoas é a mesa retangular aque acomoda melhor. As mesas tambémpodem ser quadradas ou ovais. Mesas compé central permitem acomodação maisconfortável.

❹ Mesas de jantar vazias são melancólicas;portanto, arranjos são bem-vindos no inter-valo das refeições.

Sala de jantar

SALA DE jantar com mesa reversí-vel em residência de casal jovem.Móveis do designer Mackintosh

SALA DE jantar com mesa quadrada para

quatro pessoas e móvel bufê ao fundo

BRASIL ROTÁRIO 43

Decoração○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

ANGELA BARQUETE(sócia do RC do Rio de Janeiro-Ipanema)

e CRISTIANE DORNELLES

www.transitions-design.com

Tels.: (21) 2259-7348 (21) 2239-3375

SALA DE jantar com mesa retangular para seis pessoas

e móvel bufê flutuante para apoio das louças

SALA DE jantar clássica, mobiliário inglês

e iluminada por lustre de cristal

SALA DE jantar contemporânea. Ao fundo, o móvel de apoio

foi concebido para guardar louças na parte inferior e receber

peças de coleção na parte superior. Sobre o tampo do móvel

há uma faixa de espelho para ampliar o ambiente

SALA DE jantar com quatro lugares, com-

posta por tampo de cristal quadrado, base

em X laqueada e cadeiras estilo Luis 16

44 AGOSTO DE 2006

13) Machu Picchu – Peru;14) Castelo de Neu-Schwanstein – Füssen,

Alemanha;15) Petra – Jordânia;16) Pirâmides de Gizé – Egito (que voltam a

concorrer, como no passado)

17) Estátua da Liberdade – Nova York, EUA;

18) Stonehenge (foto) – Amesbury, Inglaterra;19) Ópera de Sydney – Austrália;20) Taj Mahal – Agra, Índia;21) Timbuku – Mali

Como votarAs Sete Novas Maravilhas do Mundo serão conheci-

das no próximo dia 1º de janeiro após a apuração dosvotos do mundo inteiro. É importante lembrar que todasas pessoas podem votar, e que o Cristo Redentor é omonumento brasileiro que está na disputa – mas para

isso é necessário oapoio dos brasileiros e,principalmente, dos ca-riocas e internautas.

É importante registrarque o Cristo Redentor foiselecionado como fina-lista antes que o proces-so fosse do conhecimen-to da grande maioria dosbrasileiros. A disputa émuito grande, mas sechegamos até aqui semcontar com os votos dosbrasileiros, vamos mostraragora a nossa força e in-cluir definitivamente oCristo Redentor entre asSete Novas Maravilhas doMundo.

Para votar é muito simples. Basta ligar para o núme-ro 00XX 43-820-921329. A ligação, que custa um im-pulso de uma ligação internacional, é atendida por umacentral automática e o voto deve ser digitado no seutelefone. Cada pessoa poderá votar em dois monumen-tos – e um deles, é claro, será o Cristo Redentor, cujonúmero é 05, como indicado na relação anterior.

Incluir o Cristo Redentor entre as Sete Novas Maravi-lhas do Mundo será mais uma vitória do Brasil. Paravotar pela internet e obter mais informações sobre oprojeto, acesse o site <www.n7w.com>

* O autor é sócio do RC do Rio de Janeiro, RJ(D.4570).

As Sete

Novas

Maravilhas

do MundoDê o seu voto e ajude o

Cristo Redentor a ser uma delas

Sávio Neves*

Construídas entre os anos de 2500 a.C. e 200 a.C.,as Sete Maravilhas do Mundo Antigo foramselecionadas pelo grego Philon de Bizâncio na com-

panhia de seus amigos – talvez por essa razão estejamtodas próximas ao Mar Mediterrâneo. Os monumentosselecionados foram:

01) O Farol de Alexandria02) O Templo de Ártemis03) A Estátua de Zeus04) O Colosso de Rhodes05) Os Jardins Suspensos da Babilônia06) O Mausoléu de Halicarnasso07) As Pirâmides do Egito

Das Sete Maravilhas do Mundo Antigo, hoje res-tam somente as Pirâmides de Gizé, no Egito. Estefato levou o suíço Bernard Weber a lançar uma pro-posta mundial para que sejam escolhidas as SeteNovas Maravilhas do Mundo. A seleção está sendofeita através de uma eleição aberta a toda a popu-lação do planeta. Concorrem monumentos ergui-dos desde o início da civilização até o ano 2000,quando foi lançado o projeto.

Após as duas primeiras seleções, feitas por cer-ca de 19 milhões de pessoas, continuaram na dis-puta 21 monumentos:

01) Acrópolis – Atenas, Grécia;02) Alhambra – Granada, Espanha;03) Angkor – Camboja;04) Chichén Itzá – Yucatán, México;05) Cristo Redentor – Rio de Janeiro, Brasil;06) Coliseu – Roma, Itália;07) Estátuas da Ilha de Páscoa – Chile;08) Torre Eiffel – Paris, França;09) Grandes Muralhas – China;10) Hágia Sophia – Istambul, Turquia;11) Templo Kyomizu – Kyoto, Japão;12) Kremlin – Moscou, Rússia;

BRASIL ROTÁRIO 45

CONTABILIDADE – DESPACHANTES

LEGALIZAÇÃO DE FIRMASImp. de renda p/Física e JurídicaRua Álvaro Alvim, 31 - 16º andar - CentroFone: (21) 2533-3232 � Fax: (21) 2532-0748Cep: 20031-010 - Rio de Janeiro - RJDireção: Joaquim Silva e José Soares

Escritório

Contábil Nova

Visão Ltda.

EXCELENTE OPORTUNIDADE - 2006

Empresários Investidores, Rotarianos, Banquei-ros. Empresa de Agenciamento Esportivo/Marketing em expansão admite Sócios Investi-dores p/ gerenciamento. Carreira jogadores defutebol – R$ 250.000,00� Trata-se de uma oportunidade e parceria de

um Companheiro Rotariano-RJACEITO INDICAÇÃO EMPRESÁRIOS ROTARIANOSNO EXTERIORe-mail: [email protected]: (21) 9517-9614 / (21) 7826-6334

FATOS DA FUNDAÇÃO ROTÁRIAMajor Donors ............................................................. 7.286

Doadores Testamentários ............................................ 4.828

Benfeitores .............................................................. 69.899

Companheiros Paul Harris ...................................... 996.536

(atualização: 30.04.2006)

Próxima convenção do RI: Salt Lake City, EUA,de 17 a 20 de junho de 2007.

Locais tentativos para futuras convenções:Los Angeles, EUA, 2008; Seul, Coréia, 2009; Montre-al, Canadá, 2010; Nova Orleans, 2011; e Bancoc,Tailândia, 2012.

Informe do RI aos rotarianos

46 AGOSTO DE 2006

Escritório do RI no BrasilHome page:http://www.rotary.org.br

EndereçoRua Tagipuru, 209 São PauloSP – Brasil – CEP 01156-000Tel: (11) 3826-2966Fax: (11) 3667-6575Horário: 2ª a 6ª,de 8h00 às 17h00

GerenteCelso Fontanelli [email protected]

Quadro Social (Assistênciaaos Governadores deDistrito e aos Clubes)Carlos A. Afonso [email protected]

Supervisor daFundação RotáriaEdilson M. Gushiken [email protected]

Supervisora FinanceiraSueli F. Clemente [email protected]

Encomendas dePublicações, Materiais eProgramas AudiovisuaisElton dos Santos [email protected].: (11) 3826-2966Fax: (11) 3667-6575

Rotary InternationalSecretaria (Sede Mundial)1560 Sherman Avenue,Evanston,Il 60201 USAPhone: 00-21-1847 866-3000Fax: 00-21-1847 328-8554Horário: 8h30 às 16h45 (horáriode Washington)

A Seu ServiçoA Seu Serviço

Mia Farrow homenageia rotarianos

Ao terminar a visita que fez à conferência do distri-to 7230 (Nova York, EUA) em abril, a premiada atrizMia Farrow (foto) manifestou um desejo: retornar ecomemorar com aquele grupo a erradicação mundialda pólio. Mesmo acostumada a conviver com celebri-dades como os Beatles, Frank Sinatra e Woody Allen,ela mostrou-se realizada como nunca ao homenagearos rotarianos de Nova York e de Bermuda por seuempenho no combate à paralisia infantil nos últimos21 anos. “Sinto-me honrada em poder saudá-los pelotrabalho que vocês desenvolvem”, afirmou Mia Farrow,que recebeu um título de Companheiro Paul Harris con-cedido pelo distrito. “Essa obra extraordinária tem nospermit ido div isar a l inha f inal da corr ida pelaerradicação desta doença”.

A atriz participou por muitosanos do programa Polio Pluscomo embaixadora do Unicef,ajudando os rotarianos do dis-trito 7230 a arrecadar US$850 mil para imunizar 1,4milhão de crianças nos paí-ses em desenvolvimento. MiaFarrow disse que se sentiucompelida a lutar contra a pó-lio por causa de uma experi-ência pessoal. “Muita gentenão sabe, mas aos nove anosde idade eu fui diagnosticadacomo vítima da poliomielite”,explica. “O fato de eu ter so-

brevivido serviu para aumentar o meu nível de cons-cientização e influiu nas minhas escolhas de vida. Sei oque é ser uma criança estigmatizada”. Além disso,Thaddeus, um de seus filhos adotivos – a atriz é mãe demais 12 crianças – contraiu poliomielite e acabou fican-do paralítico.

Os rotarianos do distrito 7230 também se engajaramem diversas outras iniciativas humanitárias, como umprojeto hídrico implementado em Honduras, o forneci-mento de novos computadores na África do Sul e a mon-tagem de uma clínica para tratamento de Aids no bairrodo Harlem, em Nova York. “Com a clínica, o número decasos de transmissão do vírus HIV entre mãe e filho caiusignificativamente na região”, diz Mats Ingemanson, se-cretária distrital.

Uma entrevista com Mia Farrow será publicada emuma das próximas edições da Brasil Rotário.

indianos e paquistaneses falam da paz

Uma conferência sobre a paz patrocinada porrotarianos paquistaneses e indianos representou a cons-trução de uma oportuna ponte de entendimento entreos dois países, que têm vivenciado uma longa históriade guerras, conflitos de fronteira e relações tensas.

Tendo como objetivo a promoção da paz através deprojetos comunitários conjuntos, mais de 500 rotarianosdos dois países, representando um corte vertical da lide-rança profissional e empresarial da Índia e do Paquistão,estiveram reunidos em Islamabad, capital paquistanesa,entre 2 e 4 de junho. Também estiveram presentes re-presentantes dos governos dos dois países, inclusive

Mianmohammed Soo-mro, presidente do Se-nado do Paquistão;Khurseed Raza Kasuri,ministro do Exterior doPaquistão; e Shivshan-kar Menon, alto comis-sário da Índia.

“Acredito que ocontato pessoal ga-nha importância dian-te do atual cenáriodas relações políticase diplomáticas entreos nossos países”,disse Navaid M.Khan, coordenador doencontro. “Quando alguém se limita à leitura dos jor-nais, tende a se preocupar com o futuro das nossasrelações, mas para nós, que trabalhamos em estreitacooperação, a paz pode se tornar uma realidade di-ante dos muitos pontos comuns que nos unem”, eleconcluiu.

Maratona de Berlim

No ano passado, mais de 220 rotarianos de todo omundo participaram da Maratona de Paris com o objeti-vo de aumentar a conscientização sobre o programa PolioPlus. A idéia foi bem-sucedida. Agora, vestindo camise-tas com a frase “O Rotary se mexe”, sócios de todos osRotary Clubs de Berlim estão convocando seus compa-nheiros para se juntarem aos cerca de 40 mil corredo-res que participarão da competição que vai ocorrer nacidade nos dias 22 e 23 de setembro.

O projeto, organizado pelo RC de Berlin-Luftbrücke(D. 1940), destina-se a ajudar o Hospital Mental Lutindi,na Tanzânia, uma das poucas instituições daquela re-gião que se ocupam do tratamento de doenças men-tais, abuso de drogas e pacientes epiléticos.

Os competidores terão um incentivo a mais: os prin-cipais vencedores nas categorias masculina e femininadas cinco mais importantes maratonas dos dois próxi-mos anos, inclusive a de Berlim, vão dividir um prêmiode US$ 1 milhão.

Mais informações no site<www.rotary-berl in-marathon.de>

Informe do RIaos rotarianos

BRASIL ROTÁRIO 47

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Vale a pena ler

Nervuras do silêncio

Lindsey Rocha7 Letras

Prosa em umtom único, paraser dita em silên-cio. Assim é aobra desta auto-ra curitibana, es-capando de ve-lhas fórmulas em a n e i r i s m o s ,convidando o lei-tor a refletir e fu-gir da banalidade.Com textos curtos e pontuaçãoabrupta, o livro surpreende, escapada previsibilidade e transforma o si-lêncio em sinfonia.

“Estou a abrir livros. Um cheiro desempre traças, sempre pó. Caminhoe fatio todos ao meio. E, no meio detodos eles, desfaço as costuras, li-bertando as folhas. Há um gostosofarfalhar quando piso. Prateleiras sãoflorestas. O sol, vindo da janela en-treaberta, completa a clareira. Umcopo de uísque chove sobre os uivospavorosos do que não me suportolendo. A chuva cheira doce, enve-lhecida. O som venta nos livros quejá brotam no chão.”

Jeans, a roupa quetranscende a moda

Lu CatoiraIdéias e Letras

A jornalista,produtora de mo-da, professora ecolunista da Bra-sil Rotário LuCatoira faz umaanálise do que éa moda, sua pre-sença na História,analisando as-pectos sociológi-cos e psicológicosda roupa. O livro é dividido em trêscapítulos. A autora acompanha a evo-lução do jeans, que mantendo o mo-delo original há mais de 150 anosfoi fabricado inicialmente para mine-radores americanos. A partir da dé-cada de 50, o jeans passou a ser si-nônimo de roupa jovem, usada pe-los roqueiros. Nos anos 60, tambémera o uniforme de rebeldes, apare-cendo nos movimentos sociais. Emseguida, passa a representar a ves-

timenta descontraída dos hippies, quepregavam a paz e o amor, a partir de70. Nessa trajetória também foi usa-do – e continua sendo – com paletó egravata pelos executivos americanos.Enfim, entrou em todas as classessociais e faixas etárias.

Mentiras no divã

Irvin D. YalomEdiouro

O médico epsiquiatra norte-americano IrvinYalom é autor denumerosos títu-los na área aca-dêmica. Mas éna literatura queele encontramelhor refúgio.Quando Nietzs-che chorou e Acura de Schopenhauer, seus dois ro-mances de sucesso, lideram as listasdos mais vendidos, tanto no Brasilquanto em outros países. Neste novolivro, ele retorna com uma história am-biciosa sobre moralidade das terapi-as e a complexidade das emoções hu-manas. Explora os jogos do poder eos vínculos interpessoais, além da fo-gueira das vaidades e o show businessdo universo psiquiátrico.

O faz-tudo

Bernard MalamudRecord

O autor, filho de imigrantes rus-sos, nasceu no Brooklin, em 1914,e com este livro ganhou o NationalBook Award e o Pulitzer Prize. Trans-formada em um filme de sucesso –O homem de Kiev – a história foilançada mundo afora.

O livro é inspirado em fatos re-ais. Em 1911, um menino cristãofoi encontrado morto e mutilado nosarredores de Kiev. O crime foi atri-buído a um oleiro judeu que traba-

lhava próximo àcena do crime.Organizações an-ti-semitas acre-ditavam que osangue cristãopueril era a ma-téria-prima deum macabro ritu-al judaico, queusava o líquidovermelho para apreparação do pão ázimo. O crimefoi atribuído a Mendel Beilis. Cin-qüenta e cinco anos depois, o autortransferiu o fardo para o personagemIákov Bok, o faz-tudo que empreen-de uma jornada que mudará com-pletamente sua vida.

Quebrando a banca

Ben MezrichCompanhia das Letras

O livro conta ahistória real deum pacato estu-dante do MIT –MassachusettsInstitute of Tech-nology que, comoutros cinco gê-nios da mate-mática, aplicouum dos maioresgolpes da históriade Las Vegas. A excêntrica equipe uti-lizava o cálculo estatístico para faturarmilhões de dólares jogando vinte-e-um, através de um método simplesde contar cartas: o método alto-bai-xo desenvolvido por Edward Thorpnos anos 60, que rastreava o nú-mero de cartas altas que ainda nãotinham saído da caixa de cartear. Novinte-e-um, a banca pode ser vencida.Diferentemente de tudo o mais numcassino, esse é um jogo com memó-ria. Tem um passado: as cartas que jásaíram; e um futuro: as cartas que vi-rão. E, se você for esperto, pode usaressa memória a seu favor.

☛☛☛☛☛ OS BOTÕES DE NAPOLEÃO – Penny Le Couter e Jay Burreson – Jorge

Zahar

☛☛☛☛☛ INVERNO EM MADRI – C. J. Sansom – Record

☛☛☛☛☛ O RELATÓRIO DA CIA – Vários autores – Ediouro

☛☛☛☛☛ OS FUZILEIROS DE SHARPE – Bernard Cornwell – Record

☛☛☛☛☛ O PROFESSOR REFÉM – Tânia Zagury – Record

48 AGOSTO DE 2006

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Autores rotarianos

Conversa com Frank II

Frank J. DevlynBrasil Rotário

Neste seu novo li-vro, o presidente2000-01 do RI foca-liza o Desenvolvi-mento do QuadroSocial, apresentasugestões e se de-tém na retenção dossócios.

Preço:R$ 25,00.Pedidos peloe-mail:[email protected]

Grandes Advogados,

Grandes Julgamentos

e

Advogados e Bacharéis

Pedro Paulo FilhoMillennium

Autor de cerca de 20 obras, estecompanheiro do RC de Campos doJordão, SP, conhecido historiador, ad-vogado e consultor nos oferece essesdois livros que estão, a exemplo dosseus outros, obtendo grande aceita-ção dentro e fora do Rotary.

Pensamentosde um clubeatravés deseusgovernadores

Vários autoresCruzeiro

O próprio livroinforma que setrata de “Funda-

mentos rotários para iniciantes e ini-ciados”. É uma iniciativa do RC deRio Claro, SP, com a chancela dequatro EGDs: Armando Grisi (in me-moriam), Theodoro Paulo Koelle,Alcides Serzedello e Ivan Falcão DeDomenico.

Bioquímica (Noções de

Metabolismo Intermediário)

Estanislau Henrique da Cunha

O autor é sócio doRC de Guarulhos, SP,professor universitá-rio e sua obra sedestina a estudantese profissionais dasáreas médicas eafins. É uma ferra-menta de grande uti-lidade para o conhe-cimento sobre o as-sunto. O livro é acompanhado de ummapa metabólico.

O Ideal de Servir

Remaclo FischerIndependente

EGD do distrito4650 e sócio do RCde Florianópolis, SC,o ilustre companhei-ro reuniu nesta obraos grandes temas danossa organizaçãocom a precisão e au-toridade que lhe sãoconferidas por umaproveitosa vivênciade 54 anos no Rotary.

Biblioteca Sorocabana

VOL.2, EDUCAÇÃO

Vários autoresCrearte

Trata-se de umainiciativa do RC deSorocaba, SP. Estesegundo volume quese ocupa da Educa-ção foi lançado no fi-nal de maio e se pro-põe a oportunizar àpopulação soroca-bana e aos profissi-onais da educação –especialmente os pesquisadoresiniciantes – o acesso aos debates so-bre os desafios atuais da educação.

3º Quarto de Século do

Rotary Club de São Luís

Raimundo Medeiros LobatoFort

Presidia o RotaryInternational Stan-ley E. McCaffreyquando assumiu apresidência do clu-be Afrísio Arruda.Isto em julho de1981 e o lema doano foi: Compreen-são e paz mundialatravés do Rotary. Ahistória desses 25 anos da desta-cada unidade rotária é sorvida numsó fôlego neste livro na reunião emque o clube comemorou 75 anosde existência.

Conferências Distritais

Distrito 473 – Distrito 4730

1985 a 2006

Francisco Borsari NettoAjir

O operoso EGDBorsari Netto, sóciodo RC de Curitiba-Guabirotuba dá con-tinuidade ao traba-lho iniciado peloEGD Algacyr Mor-genstern e, posteri-ormente, pelo EGDHilton Dácio Trevi-san, contribuindocom o seu talento e determinação paraa memória do distrito.

Pinceladas da língua árabepara crianças

Moysés André BittarKomedi

O autor é sócio doRC de Campinas-Leste, SP, atual go-vernador-assistentee sobre o seu traba-lho informa que “olivro tem como fina-lidade introduzir alíngua árabe para ascrianças e, assim,retomar a idéia denossos bisavós e avós (...) Procurei uti-lizar os sons mais próximos da línguaportuguesa para a confecção dos diá-logos em árabe.”

BRASIL ROTÁRIO 49

Violência urbana é discutida no RioAutoridades ligadas à Segurança Pública buscam

soluções em seminário promovido por rotarianos

COMPUSERAM A mesa presidencial o então presidente do RC do Rio de Janeiro-Méier Adilson Theodoro Soares; diretor da Academia Estadual de Polícia e presidentedo RC do Rio de Janeiro-Jardim Botânico, Sérgio Caldas; presidente da Eletrobrás,Aloísio Vasconcelos Novais; companheiro do RC do Rio de Janeiro-Jardim BotânicoSamuel Roisman; então casal governador Sebastião Porto e Ieda; e companheiro doRC do Rio de Janeiro-Jardim Botânico Waldemar Fiszman

RC DO Riode Janeiro-

Jardim Botânico, RJ –O combate à crimi-nalidade, sobretudo nosgrandes centros urba-nos, é questão centralda sociedade brasileirae, para discutir o pro-blema, os companhei-ros promoveram o se-minário Rio sem Vio-lência e com Muita Luz.O evento foi patrocina-do pela Eletrobrás eteve lugar no hotel In-tercontinental, onde,reunidas ao longo deum dia, autoridades lo-cais ligadas à Seguran-ça Pública e dirigentesda empresa palestrarama respeito de assuntosrelacionados a violênciaurbana e segurança.

O comandante geralda Polícia Militar do Es-tado do Rio de Janeiro,coronel Hudson de Aguiar Miranda; a ins-petora de Polícia Civil Marina Magessi; osecretário de Trabalho e Renda do Estadodo Rio de Janeiro, Marco Antonio Lucidi;e o presidente da Eletrobrás, AloísioVasconcellos Novais, estiveram entre ospalestrantes. Em seus pronunciamentos, osconvidados levantaram questões como aimportância do emprego e o papel daspolícias Civil e Militar, da Justiça e da soci-edade civil. Ao final, as sugestões consi-deradas viáveis de ser implantadas a curtoe médio prazos foram reunidas em umacarta aberta, encaminhada ao presidenteLuiz Inácio Lula da Silva, além de outrasautoridades e governantes. Entre outrospontos, o documento pede a unificaçãodas polícias e investimentos em qualifica-ção profissional e educação.

FORMARAM A segunda mesa o companheiro Sérgio Cal-das; o ex-secretário de Polícia Civil do Rio, Álvaro Lins; e oscompanheiros Waldemar Fiszman, Samuel Roisman, Sebas-tião Porto e Ieda

DDDDD..... 45704570457045704570

50 AGOSTO DE 2006

D.D.D.D.D. 43104310431043104310

RC DE Tietê, SP – Recebeu a visita dos cinco inte-grantes de um grupo de IGE dos Estados Unidos. Os

visitantes jantaram no clube, em companhia doentão presidente Ademilson Moniz.

DURANTE Aúltima Confe-

rência Distrital,no municípiocapixaba de

Aracruz, o casalgovernador à

época AntônioCanuto Neto e

Tânia prestouhomenagemao companheiro Camilo Cola, do RC de Cachoeiro de

Itapemirim, ES, escolhido Rotariano do Século, e à mulherdele, Ignez, participante ativa da Casa da Amizade.

RC DE Guarujá-Vicente de Carvalho, SP –Recebeu da empresa Dow Química do Brasil 180kg de soja e repassou a doação à Associação deIdosos, Pensionistas e Aposentados de Vicente deCarvalho; Asilo São Vicente de Paula; e Apae local.

RC DE São Vicente-AntônioEmmerich, SP – Os companhei-ros receberam a visita de umgrupo de IGE do distrito 2120,na Itália. Na ocasião, o entãopresidente Roberto Marcus deMello Martins e a líder dogrupo, Lina Assunta Bruno,trocaram flâmulas.

RC DEItanhaém, SP– Em parceriacom o Bancodo Brasil e o

supermercadoKrill, os compa-nheiros promo-

veram oprogramaeducativo

Alimente-seBem, ação

social do Sesi-SP que visa a incentivar a mudança de hábitos

alimentares. Por meio de aulas práticas, nutricionistase auxiliares de cozinha ensinaram receitas nutritivas a240 participantes do curso, que receberam certificado.

O programa recebeu apoio da Associação Comerciallocal, Sabesp, Elektro e jornal Fatos.

RC DE São Paulo-Penha, SP – Foi o anfitrião do 14ºEncontro Penha-Penha, realizado na pousada Montedas Oliveiras, na cidade de Joanópolis. Todo ano, oevento reúne companheiros do clube paulista e do RCdo Rio de Janeiro-Penha, RJ(D.4570) para confraterni-zação. Nessa edição, o RC de Penha, SC(D.4650)participou do encontro pela primeira vez. Estiverampresentes também companheiros dos RCs do Rio deJaneiro-Galeão, Rio de Janeiro-Méier e Rio de Janeiro-Mercado São Sebastião.

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BRASIL ROTÁRIO 51

RC DE Cuiabá-Bosque, MT – Os companheirosdoaram 20 colchões infantis à creche Menino Jesus, naperiferia da cidade. A doação foi um complemento dotrabalho que o clube desenvolveu na instituição, jáque, anteriormente, entregou um berçário com banhei-ro e cozinha, anexo à creche.

RC DE Campo Novo do Parecis, MT – Foi o anfitrião daConferência Municipal de Combate ao Abuso Sexual e à

Exploração Sexual Infanto-Juvenil, promovida pela secretariamunicipal de Trabalho e Ação Social. O companheiro Gerson

Pereira ministrou a palestra para diretores, supervisores ecoordenadores de escolas e profissionais da área de saúde.

RC DE Araçatuba-Centenário, SP –Os companheiroshomenagearam asócia honoráriaOdette CostaBodstein (aocentro), colunistasocial na cidade hámais de 50 anos.Em outras oportu-nidades, o clubetambém recebeu o

companheiro Robson Cottarelli, do RC de Birigüi-Cidade Pérola, SP, para proferir palestra sobre suaexperiência como voluntário do Rotary, e realizou umevento de pintura mediúnica. Os companheiros desti-naram à Fundação Rotária a renda obtida nessa últimaatividade e agraciaram o primeiro presidente do clube,Paulo Fugi, com um título Paul Harris.

RC DE Olímpia-Integração, SP –

Iniciou o plantio deárvores nativas nas

nascentes do ribeirãoOlhos D’Água,

principal manancialde abastecimento da

cidade. Além decompanheiros, o

então governadorIsrael AntonioAlfonso, o governador assistente à época Silvio

Roberto e alunos e professores da Escola Luiza Senode Oliveira participaram da atividade. O objetivo do

projeto é que um total de 60 mil mudas sejamplantadas, para recuperar todas as nascentes e a mata

ciliar. Em uma outra ação do clube, os companheirosdoaram uma van à secretaria municipal de Saúde.

RC DE GeneralSalgado, SP – Emparceria com oServiço Nacionalde AprendizagemRural e o SindicatoRural local, o clubepromove o Cursode Alfabetizaçãopara Adultos. Oprojeto foi premia-

do com um diploma pelo RI e conta com o apoiode integrantes do Rotaract e Interact Clubs e daCasa da Amizade, que cuidam dos filhos dasalunas, durante as aulas. A família rotária localtambém está unida em um projeto de refloresta-mento das margens do córrego Lagoinha e de umafluente do córrego Açoita Cavalo. Com o apoioda Casa da Agricultura e da prefeitura municipal,serão plantadas dez mil mudas de árvores nativasnas margens dos córregos.

RC DE Picos, PI – Os companheirosdistribuíram três toneladas de alimentospara famílias carentes.

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52 AGOSTO DE 2006

RC DE João Pessoa-Manaíra, PB – Depois

de o clube conseguirconsultas gratuitas,

como parte do progra-ma de Olho no Futuro,

a presidente à épocaSuely Maria Farias

Leiros Maciel entregouóculos para Samuel

Brito da Silva e PauloRaphael da Costa,

alunos da EscolaMunicipal João Barros

Moreira.

DURANTE SUA 37ªConferência, odistrito entregou aMenção da Funda-ção Rotária porServiços Meritóriosao seu instrutordistrital, EGD KleberCarvalho Toscano,terceiro companheiro

do 4500 a receber a homenagem. A cada gestão,apenas um rotariano por distrito pode ser indicadopara o prêmio. Antes do EGD, receberam a menção oex-diretor do RI Mário de Oliveira Antonino e o EGDEudes de Souza Leão Pinto.

RC DE Marília Pioneiro, SP– Trabalhou na Campanhade Vacinação Nacionalcontra a Poliomielite, emque viabilizou apresentaçõesteatrais e distribuição dedoces e bexigas como formade atrair as crianças. Oscompanheiros desenvolve-ram ainda outras ações:estiveram na ConferênciaDistrital que encerrou a

gestão 2005-06; visitaram a Escola Técnica AntônioDevisate, onde falaram sobre cuidados e preservaçãoda água para alunos do ensino médio; premiaram comum equipamento de karaokê a Escola Estadual NasibCury, vencedora do 4º Concurso de Projetos Escolares,que teve como tema a violência no ambiente escolar efoi promovido pelo RC com apoio da TVC OestePaulista, Núcleo dos Direitos Humanos e Cidadania deMarília, Centro de Comunicação Não-Violenta eInstituto São Paulo Contra a Violência; entregaramdoação para ajudar na construção da sede da Associa-ção de Suporte ao Trabalho Inclusivo; e finalizaram asegunda edição do manual Projeto Guia Básico daConstrução, com informações para a comunidadecarente sobre construção de residências.

RC DE OsvaldoCruz, SP – Junto

com a Casa daAmizade local, abriucurso para gestantes

que participam doprojeto Melhoria dasCondições Materno-

Infantis (foto). Emoutras oportunida-

des, os companhei-ros receberam para

proferir palestra apesquisadora da Universidade de Atlanta, nos EUA,

Marietta Dindo, e comemoraram o aniversário de 85anos de idade do rotariano Amélio Manicardi.

RC DE Itabira, MG – A Campanha do Agasalho 2006,promovida pelo RC, recebeu o apoio do prefeito

municipal João Izael Quirino Coelho (sentado). Emoutra ocasião, o clube agraciou o companheiro

Placedino Alves de Araújo com a Menção QuatroAvenidas de Serviço por Realizações Individuais.

RC DE Brasília-Leste, DF – Com o SubsídioEquivalente da Fundação Rotária – e em parceriacom o RC de Richmond, Austrália(D.9800) – oclube montou um consultório odontológico para aSociedade Pestalozzi local.

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BRASIL ROTÁRIO 53

RC DEBrasília-

PenínsulaNorte, DF – Emparceria com aAdministração

Regional, oscompanheiros

iniciaram ofechamento do

Parque dasGarças, que

possui mais de10 mil m2 e servirá aos esportistas locais. A iniciativa

recebeu o apoio da comunidade do Lago Norte, regiãocom mais de 16 mil habitantes.

RC DE Itabuna,BA – Em parce-

ria com aempresa

A.S. MEDProdutos

Hospitalares,do companheiroTarciso Soares, o

clube entregouuma cadeira de

rodas a JoséRamon Barbosa

de Souza,morador do

município.

RC DE SantaRita doPassaQuatro, SP –Realizou umafestiva parahomenagearo 1º tenenteda PolíciaMilitar local,AdrianoDaniel, e o2º Pelotão daPM. Acompa-nhando damulher,

Adriana, o tenente recebeu um certificado rotário dasmãos do então presidente Carlos Romero Cardenas.

RC DE Ituverava, SP – A famíliarotária local realizou confraterniza-

ção no sítio do companheiroEurípedes Ribeiro Pino.

RC DE Itirapuã, SP – Junto com a prefeitura munici-pal, o clube promoveu o 3º Passeio Ecológico deItirapuã, com a participação de aproximadamente 300pessoas, entre adultos e crianças, que se reuniram naPraça Central para a saída. Ao longo dos 6 km detrilhas e matas percorridos, os participantes viramárvores seculares e as que foram plantadas pelo RCem 2003, além de animais silvestres. Também reco-lheram lixo das margens do ribeirão Capanema.

RC DE Santo Antônio da Alegria,SP – Os companheiros entregaram

um freezer para o Centro deConvivência do Idoso José Aderval

da Silva. A doação foi recebida pelaprimeira dama do município,

Aderilda Lourdes da Silva Lima.

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54 AGOSTO DE 2006

RC DEMonsenhor

Paulo, MG –Em parceria

com o setor deidentificação daPolícia Civil da

34ª DivisãoRegional de

ServiçosPúblicos de Três

Corações, oclube confeccio-

nou 200carteiras de

identidade para a população. Na oportunidade, foramarrecadados 200 litros de leite e 200 litros de óleo de

soja, posteriormente doados ao lar de idosos VilaVicentina e à creche Tia Pitota.

OS ROTARY Clubsdo Rio de Janeiro-Leme, Rio deJaneiro-Botafogo,Rio de Janeiro-Flamengo, Rio deJaneiro-Urca, Riode Janeiro-Glóriae Rio de Janeiro-

São Conrado, RJ, se uniram para a realização daFeira de Saúde e Cidadania, no bairro do Leme,zona sul da cidade. Foram realizados 903 atendi-mentos, como testagem de glicose, aferição depressão arterial, orientações nutricional e jurídica ecortes de cabelo, entre outros. A Federação dasBandeirantes do Brasil e a Defesa Civil do Estadodo Rio de Janeiro apoiaram o evento.

RC DO Rio de Janeiro-Taquara, RJ – O entãocasal presidente Constante Ramos Garcia e MariaLúcia visitou a sede da Cooperativa Editora BrasilRotário, junto com as companheiras de clubeMarlete Guimarães e Mere Linhares e o rotarianoFrancisco de Jesus, sócio do RC do Rio de Janeiro-Penha. Eles foram recebidos pelo presidente daCooperativa, Roberto Petis Fernandes, pelo geren-te executivo EGD Edson Avellar da Silva e pelafuncionária Adriana Schiavo de Sousa Rodrigues.

RC DE Ponte Nova-Piranga, MG – Os companheirosrealizaram o 5º Dia da Cidadania, na Escola MunicipalPadre Rafael Faraci, onde ofereceram serviços comoaplicação de flúor, testes de visão e glicemia, aferiçãode pressão arterial e expedição de documentos deidentidade, entre outros. Também foram ministradaspalestras sobre doação de sangue e medula óssea.

JUNTO COM o Rotaract e o Interact Clubs de Rio Claro-Sul, SP, os quatro RCs da cidade realizaram a quartaedição do Projeto Rumo, no Colégio Puríssimo Coração deMaria. Representando 110 diferentes profissões, 119palestrantes falaram para 1.380 alunos de ensino médiodo município e região. A comunidade patrocinou lanches,camisetas e material didático.

NA COMPANHIAdo então gover-nador MuriloMário Pulig Veiga,os grupos de IGEdo distrito 1880,na Alemanha, edo distrito 4600 –que posterior-mente partiu paraaquele país –visitaram oCorcovado, pontoturístico do Rio deJaneiro.

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BRASIL ROTÁRIO 55

RC DE Taubaté-Joana Martins Castilho, SP – Repre-sentante do clube no 2º Seminário Rotário dos Paísesde Língua Oficial Portuguesa, em Angola, a compa-

nheira Nadeje Catanoce Gandur (centro) recebeu umaplaca de prata pela participação no evento, entregue

pela então presidente do RC de Luanda,Angola(D.9350), Isabel Fontes Pires (direita), na pre-sença da rotariana Silvia Nagy. Na ocasião, os dois

clubes assinaram um Protocolo de Cooperação para umprojeto de Subsídios Equivalentes que visa a alfabetiza-

ção de adultos naquele país.

RC DE SãoPaulo-Imigrantes,SP – Emparceria com oassessor dapresidência daCompanhiaSiderúrgicaPaulista,CarlosGaggini, oclube entre-gou 245 livrosinfanto-juvenis

à biblioteca da Escola Estadual Professora MariaAugusta de Moraes Neves. A companheira NíciaZamboni (esquerda) fez a entrega dos títulos à vice-diretora da instituição, Raquel Araújo Dias.

RC DETapejara,

PR – Com aAssociação

das Senho-ras de

Rotarianoslocal, o

cluberealizou apromoçãoShow de

Prêmios, em que entregou uma moto 0 km, uma TV20” a cores, um aparelho de DVD, uma novilha e

uma bicicleta. A renda obtida com a promoção foidestinada a entidades beneficentes e à Fundação

Rotária. Em uma outra ação do RC, os companhei-ros, na presença do prefeito municipal Noé CaldeiraBrant, homenagearam a gari Maria do Nascimento

Francisco e os gerentes de banco Sebastião JoséDuarte, Claudinei Castoldi e Jose Onivaldo Gomes.

RC DE Mamborê, PR – Na presença da primeiradama do município, Rosa Helena Salla, o clubeentregou seis cadeiras de rodas a moradores dacidade. Para selecionar os casos mais urgentes, oscompanheiros receberam o auxílio da secretariamunicipal de Saúde.

COM COORDENAÇÃO do EGD João Marin Mechia,o distrito promoveu seu 11º Ryla. Setenta jovens

de 16 a 23 anos de idade participaram do evento,que teve como tema O Esporte como Meio de

Integração Social.

RC DE Casca-vel, PR – Paradivulgar servi-ços prestados

pelo RI, compa-nheiros manti-

veram estandesna Feira do

PequenoProdutor.

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56 AGOSTO DE 2006

RC DE SãoJosé, SC – Oscompanheirose as integran-tes da Casada Amizadereceberam umtroféu, emreconhecimen-to aos serviços

prestados à Apae de Florianópolis. Há dez anos, oclube fica responsável pela portaria da Feira da Espe-rança, evento que responde por cerca de 70% doorçamento anual da instituição e que, esse ano,arrecadou cerca de R$ 1 milhão.

RC DE Cane-la, RS – Oclube vem

desenvolvendodiversas ações:

doou doisviolões para oabrigo infantil

Casa Mãe; emparceria com a

Casa da Amizade local, Apae e o grupo Vagabun-dos, assou mais de 1.500 galetos e destinou a

renda obtida com a venda à associação de assistên-cia aos excepcionais; e convidou o psiquiatra infantilNilo Haroldo Fichtner para proferir palestra sobre as

necessidades básicas da criança, durante a 7ªSemana do Bebê, evento criado pela prefeitura

municipal e por professores de medicina da cidade.

RC DE Gramado, RS – Com a participação deintegrantes da Casa da Amizade local, além deconvidados, os companheiros promoveram atradicional festa junina do clube, no galpão defestas da companheira Melânia Fetzner.

A CAMINHO da Conferência Distrital, o então casalgovernador João Moacir Ferreira e Liani, os EGDs JorgeTassano – representante do presidente do RI – e MarcosThomas e suas respectivas mulheres, Marta e Sirlei,posaram diante do pórtico rotário à entrada da cidadegaúcha de Venâncio Aires. Em outras ocasiões, o casalgovernador 2005-06 participou do Baile dos Destaques,promovido pelo RC de Santa Cruz do Sul-Oeste, e doBaile Gauchesco do RC de Santa Cruz do Sul-Avenida, RS.

RC DE Flores da Cunha, RS – Realizou, em BuenosAires, seu primeiro intercâmbio internacional. Com uma

comitiva formada por 15 casais de rotarianos, o clubevisitou o RC de Puerto Madero, Argentina(D.4890).

RC DE Ivaiporã, PR - Recepcionou um grupo de IGEdo distrito 5840, nos Estados Unidos. Os visitantestambém foram recebidos por companheiros do RC deIvaiporã-Integração.

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BRASIL ROTÁRIO 57

RC DE Erechim, RS – Doou uma máquina de costuraoverloque para a Casa da Amizade local.

RC DEPrimeiro deMaio, PR –Realizou aCampanhado Agasalho,em parceriacom a Apaelocal, crecheSanta Mariado Distrito deVila Gandhi e

Associação de Proteção à Maternidade e Infância,além de outras entidades. Segundo estimativa doscompanheiros, foi recolhida mais de uma toneladade roupas, agasalhos, sapatos, armações de óculose remédios. Os parceiros dividiram as doações ealgumas peças foram distribuídas na Escola Munici-pal de Ibiaci. As farmácias do Gena e Santa Rita,os supermercados Almeida e Bird’s e a merceariaNossa Senhora Aparecida, entre outros, colabora-ram com a campanha.

RC DE Bela Vista do Paraíso, PR – Foi o anfitriãoda 19ª Assembléia Distrital, que reuniu 448 pessoas

e 52 clubes. Prestigiaram o evento o prefeitomunicipal Antonio Roberto Pereira Pimenta e o

presidente da Câmara Municipal Roberto Bertoncini.

RC DE Astorga-Rainha da Amizade, PR – Oentão presidente Aran Oyama Mattos recepcionouum grupo de IGE do distrito 6540, nos EUA, e, naoportunidade, comemorou o próprio aniversário e oda visitante Kirsten Weaver.

RC DEAnanindeua,PA – OgovernadorAdélioMendes dosSantos tomouposse naAcademiaParaense deEstudosRotários, emsessãosolene, noauditório doMinistério

Público do Pará. Em outra ocasião, numa ação doclube, os companheiros ofereceram curso de qualifica-ção profissional para 38 garçons e garçonetes. Naformatura, os alunos homenagearam com uma placa oentão presidente do clube, José de Matos Barbosa.

RC DE São José dos Pinhais, PR – Promoveu o 2ºBarreado Beneficente, na Casa do Idoso, com apresença de 600 pessoas. Em outras ações, o clubetambém recepcionou um grupo de IGE do distrito5500, nos EUA, e outro do distrito 4920, na Argentina,e homenageou as mães com serenata e vasos deflores, durante festiva.

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58 AGOSTO DE 2006

RC DE Curitiba-Água Verde, PR –Foi o anfitrião deum Ryla para 101jovens, realizadono Seminário

Nossa Senhora das Graças, com a participação de11 clubes da capital paranaense. Em outra ocasião,o RC recebeu o Prêmio de Reconhecimento Interna-cional, enviado pelo RI, em agradecimento e apoio atrabalhos que o clube desenvolve em parceria cominstituições e empresas da comunidade. Um exem-plo é o programa Troque Armas de Brinquedo porLivros, realizado em conjunto com a livraria TopLivros e apoiado pela prefeitura, e que entrou parao programa Comunidade-Escola do governo munici-pal. O clube também promoveu um curso parajovens sobre gravidez na adolescência e DSTs, ehomenageou o companheiro Pedro Celso Leandrocom a menção Quatro Avenidas.

RC DECuritiba-Cinqüen-

tenário, PR –Com apoio da

prefeitura,promoveu a

Corrida RotaryInternational

101 Anos, noparque Barigui, para 680 competidores que corre-

ram 9,3 km. O secretário municipal do Esporte RaulGuilherme Plassmann participou da abertura do

evento e da entrega de prêmios aos vencedores.Com a corrida, o clube arrecadou fundos para os

projetos Boa Visão e Odontomóvel, este últimodesenvolvido em parceria com o RC de Curitiba e a

Associação Brasileira de Odontologia local.

RC DE Araucária, PR –Entregou a primeira dasoito casas de alvenariaprevistas no programaMorar com Dignidade,projeto do clubedesenvolvido emparceria com a Compa-nhia de Habitação domunicípio, secretariamunicipal de Promoção

Social e empresários locais. O RC realizou inúmerasações no último ano rotário: promoveu no interior domunicípio uma caminhada ecológica de 9 km, segui-da de almoço, com participação de 200 pessoas; emparceria com a secretaria municipal de Saúde,trabalhou na campanha de vacinação contra apoliomielite; participou da inauguração do Parque dasPontes, plantando mudas de árvores e realizandomanifestações pela despoluição do rio Iguaçu; com oprograma Boa Visão, realizou mais de 200 consultasoftalmológicas gratuitas e doou 62 óculos a adultos; erecebeu o Prêmio Rotary de Relações Públicas.

RC DE Lages-Norte, SC –Realizou um

bingo benefi-cente em prol

do asilo Lardo Menino de

Deus.

RC DE Campos-Guarús, RJ – Com a família rotárialocal, promoveu uma campanha de saúde e bem-estarno Ciep Wilson Batista. Foram realizados 482 atendi-mentos, como cortes de cabelo, aferição de pressãoarterial e consultas geriátricas e pediátricas, além depalestras sobre higiene e distribuição de medicamentos.

RC DE NovaFriburgo-Imperador, RJ– Durante duassemanas,realizou oprojetoEcocidadão, naEscola MunicipalDermevalBarbosaMoreira. Foramministradas

palestras sobre água, preservação ambiental ereciclagem de lixo, entre outros temas. Alunos dassétima e oitava séries do ensino fundamental escreve-ram redações e os autores dos trabalhos consideradosos melhores, entre um total de 240, receberam prêmi-os: dois alunos viajaram para Campos dos Goytacazes,seis ganharam cursos de inglês e informática e 30passaram um dia no Sítio Cultivar e na CaprinoculturaMontanhês. O RC realizou ainda outras duas ações:promoveu um concurso fotográfico em homenagem aoaniversário da cidade, junto com o Friburgo Shopping,onde as fotos ficaram expostas, e organizou o Mutirãode Saúde e Cidadania, com 500 participantes.

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BRASIL ROTÁRIO 59

EM SUA visitaao Brasil, o

EPRI e entãochairman doConselho de

Curadores daFundação

Rotária, FrankDevlyn,

esteve nacidade de Caldas Novas, GO, na companhia do EDRI e

presidente da Associação Brasileira da The RotaryFoundation, José Alfredo Pretoni, onde participou da 17ªConferência Distrital e, junto com o governador à época

Napoleão Alves Neto, plantou uma árvore na praçaRotary International, em homenagem a Paul Harris.

RC DE Realeza, PR – Entregou 33 cestas básicas àAssociação de Apoio aos Agentes Ambientais de Realeza.

Como usar a BR

Para que os projetos de seu clube ou distrito virem

notícia na Brasil Rotário, é fundamental que as cartas

e e-mails enviados à redação incluam o nome com-

pleto do clube, o local e a data onde foram realizadas

as ações e um breve relato sobre a importância delas

para a comunidade. Não esqueça de informar o nome

completo dos parceiros – clubes, entidades ou empre-

sas do Brasil ou do exterior – que tenham participado

dos projetos.

Para que possamos entrar em contato com você

no caso de qualquer dúvida, forneça também um te-

lefone de contato ou e-mail.

Dê preferência às fotos que demonstrem ação. As

imagens precisam ser coloridas, ter foco e devem estar

bem identificadas, trazendo o nome completo de todos

os fotografados. Não escreva no verso das fotografias,

protegendo-as bem ao enviá-las pelo correio. Quando

o evento for muito importante, uma boa dica é contra-

tar um fotógrafo profissional para fazer a cobertura.

No caso das fotos digitalizadas – enviadas por e-mail,

disquete ou CD – é indispensável que elas tenham pelo

menos 300 DPIs de resolução. Não publicamos fotos

com resolução inferior a essa. Salve suas imagens em

TIF ou JPG e envie anexos com, no máximo, 1M.

O nosso e-mail é [email protected]

e o endereço da revista é Av. Rio Branco, 125 – 18º

andar, CEP: 20040-006, Rio de Janeiro, RJ.

RC DE Francis-co Sá, MG –Promoveu o

Fórum Rotário –Violência em

Nosso Municí-pio, em que

foram discuti-das propostas

para amenizara criminalidade local. Passeatas, palestras e a formaçãoe posse do Conselho Comunitário de Segurança Pública

completaram a iniciativa.

RC DE BeloHorizonte-Barreiro,MG –Entregouuma cadeirade rodasespecialpara umacriançamoradorada comuni-dade.

RC DE SantaRita doAraguaia, GOe AltoAraguaia, MT– Os integrantesdo Rotary Kidslocal entrega-ram brinquedospedagógicos acreches deSanta Rita doAraguaia e deAlto Araguaia.

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Novos Companheiros Paul Harris

60 AGOSTO DE 2006

D.D.D.D.D. 43104310431043104310

AGRACIADO:JOSÉ MariaCaleffo, compa-nheiro do RC deSalto, SP, ladeadopelo entãopresidente JoséEloi Castilho epelo padrinhoHugo Juan Vidal.

D.D.D.D.D. 45004500450045004500

AGRACIADO:ZENILDO

Bezerra, sóciodo RC de João

Pessoa, PB,nas presenças

da mulher,Nadja

Morgana, do genro, Marco Antonio Maia Pinheiro, da filha,Candice Helena, e do neto, Leandro.

ENTREGUE POR: companheiro Kleber Carvalho Toscano.

D.D.D.D.D. 45204520452045204520

AGRACIADOS:FERNANDOCésar Leite

Leal, compa-nheiro do RC

de Itabira,MG, e o EGD

Paulo José deMagalhães, esse último com uma safira.

ENTREGUE POR: então presidente Maria doCarmo Brandão Magalhães.

D.D.D.D.D. 45404540454045404540

AGRACIADO:JOSÉ SinicioSobrinho,sócio do RC deIgarapava, SP.ENTREGUEPOR: presiden-te à épocaAntonioFrancisconSobrinho.

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AGRACIADOS:JOÃO EdivaldoLima Santos,José OduqueTeixeira, AntonioRaimundoSeixas, MariaLúcia GalvãoKamei, AlípioFagundes dos

Santos e Winston Dorneles Ribeiro Fontes, sócios doRC de Itabuna, BA.

AGRACIADOS: Ocasal EGD HertzUderman e Sara(ao centro), com umcristal e um botton,pela contribuição deUS$ 50 mil à Funda-ção Rotária. ENTRE-GUE POR: represen-tante do presidentedo RI, EDRI GersonGonçalves (aomicrofone), na última Conferência Distrital, na presençado então governador do distrito, Sebastião Porto.

D.D.D.D.D. 46004600460046004600 D.D.D.D.D. 46404640464046404640AGRACIADOS:Orion Felicianodos Santos, LuizCarlos Marques eAntonio LuizRavani, ex-presidentes do RCde Taubaté-Sul, SP.

AGRACIADOS: AMILTONJosé Vandresen e ItacirIsmael Spiller, esse últimocom uma safira. Ambos sãosócios do RC de FrancisoBeltrão-Marrecas, PR.ENTREGUE POR: presiden-te à época Jair Dall’Agnol.

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Novos Companheiros Paul Harris

BRASIL ROTÁRIO 61

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AGRACIADO:GILMARFerreira daSilva, ex-presidente doRC de Casca-vel-Primavera,PR, na pre-sença damulher,Rosimeire.ENTREGUE

POR: então governador José Antonio Uba e pelo ex-presidente Angelo Ovildo Zanuzo Denardin.

D.D.D.D.D. 46514651465146514651

AGRACIADO:ROGÉRIO

Antônio deSouza, compa-

nheiro do RCde São José,

SC, durante a8ª Conferência

Distrital.ENTREGUE

POR: então governadora Marilene Vargas Souto.

D.D.D.D.D. 47004700470047004700

AGRACIADOS:ANDERSON Paulo

Tonial, companheirodo RC de Erechim-Paiol Grande, RS,

presenteado pelo pai,Altair João Tonial,

sócio do mesmo clubee que, na ocasião,

recebeu uma safira.

D.D.D.D.D. 47304730473047304730

AGRACIADOS: Ocasal MauroCallegari e

Monica OliveiraCallegari, ex-

presidentes,respectivamente,

do RC deCuritiba-Rebouças

e do RC deCuritiba-Água Verde, PR. Os títulos foram entreguespelo então governador Jaroslaw Hrebinnik, durante

Conferência Distrital.

AGRACIADO: ARYAmâncio Mathias,

sócio honorário eex-presidente do

RC de Curitiba-Altoda Glória, PR, ao

lado da mulher,Roselir, e na

presença do entãopresidente Gabriel

Neiva de Lima.ENTREGUE POR:

companheiro Aristides Athayde Cordeiro.

AGRACIADO:ALEIXO Jose

Knaut, do RC deContenda, PR, na

presença doentão governador

JaroslawHrebinnik.

ENTREGUE POR:presidente àépoca Mario

José Gaspar.

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AGRACIADA:MARIA InêsSilveira Carlos,companheira doRC de FranciscoSá-Norte, MG, naspresenças do entãocasal coordenadorregional da Funda-ção Rotária

Wanderlino Arruda e Olímpia e da então presidente doclube, Maria de Lourdes Sousa Pena.ENTREGUE POR: governador à época Said SchillerCampos, acompanhado da mulher, Cida.

AGRACIADOS: LUIZCarlos Barbosa,Elierson de AlmeidaPereira e CarlosHenrique RibeiroPereira, em festiva doRC de Campos-Goitacazes, RJ.

D.D.D.D.D. 47604760476047604760

62 AGOSTO DE 2006

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Senhoras em Ação

MAIS DE 300 pessoas compareceramao tradicional chá da Casa daAmizade de Taquaritinga,

SP(D.4540), realizado na sede do RClocal. As próprias senhoras prepararam

o cardápio e destinaram a rendaobtida ao banco de fraldas geriátricas.

AS SENHORAS da Casa da Amiza-de de Brumado, BA(D.4550)

ofereceram um lanche e doaramenxovais para gestantes carentes. As

roupas foram adquiridas em parceriacom o Rotary Club local, com renda

obtida em campanhas.

A CASA da Amizade de Paranaguá, PR(D.4730)realizou uma exposição de artesanato com peças

produzidas por crianças assistidas pela casa depassagem Lar das Meninas. A renda obtida com a

venda das peças, expostas no hipermercadoCondor, foi investida no próprio projeto, desenvol-

vido semanalmente pelas senhoras.

JUNTO COM os sete clubes locais, aCasa da Amizade das

Rotarianas e Senhoras deRotarianos de Niterói,

RJ(D.4750) realizou uma gincanabeneficente e arrecadou 3.394 kg de

alimentos.

BRASIL ROTÁRIO 63

Extraído da edição de junho de 2006 da revista Rotary News, destinada à Índia,Bangladesh, Nepal e Sri Lanka

☺☺☺☺☺ – Quem sugeriu que vocêviesse aqui? – pergunta odentista ao menino no con-sultório.

– Um amigo meu – respon-deu o garoto. Depois de ar-rancar um dente aqui, ele fi-cou três semanas sem ir à es-cola.

☺☺☺☺☺ O professor pergunta:– Qual a velocidade da luz?De pronto o aluno res-

ponde:– Não sei, mas de manhã

sempre chega rápido demais.

☺☺☺☺☺ De repente o avião vira ecomeça a voar de cabeçapara baixo. A comissária tran-qüiliza os passageiros:

– Não se preocupem, vol-taremos à posição normal tãologo o piloto termine de bo-tar colírio nos olhos.

☺☺☺☺☺ O avião chamou para oembarque com duas horas deatraso. O passageiro pergun-ta à comissária:

– Por que demorou tanto?– Porque o piloto ouviu um

barulho muito estranho nomotor e demorou uma horapara arranjar outro piloto.

Colaboração do EGD HertzUderman.

☺☺☺☺☺ Um homem estava recla-mando com um amigo:

– Eu tinha tudo – dinhei-ro, uma casa bonita, um car-ro esporte, o amor de umalinda mulher, e então tudoacabou.

– O que aconteceu? – per-guntou o amigo.

– Minha mulher descobriu.

☺☺☺☺☺ Não falo com a minha espo-sa há mais de um ano

– Por quê? – pergunta umamigo.

– Porque não gosto deinterrompê-la...

☺☺☺☺☺ Pense bem: se não fosse pelocasamento, os homens viveriampensando que eles nunca erra-ram. Pessoalmente, eu acho queuma das melhores coisas do ca-samento é que, como pai e ma-rido, posso dizer o que quiserpela casa.

É claro que ninguém presta amínima atenção.

☺☺☺☺☺ Um homem bem-sucedidoé o que faz mais dinheiro doque sua mulher pode gastar. Uma mulher bem-sucedida é a

que encontra esse tipo dehomem.

☺☺☺☺☺ A melhor maneira de lem-brar o aniversário da sua mu-lher para sempre é esqueceruma vez.

☺☺☺☺☺ Qual a semelhança en-tre um casamento e umsubmarino?

Ambos bóiam, bóiam, masforam feitos mesmo paraafundar.

☺☺☺☺☺ Uma vez um homemdisse:

– Nunca soube o que é es-tar realmente feliz até casar.Aí já era tarde demais.Colaboração do companheiroIsaltino Bezerra.

Um vendedor foi designado para conquistar um grande cli-

ente, mas falhou em sua missão. Ele passou um fax para

sua secretária na sede da empresa pedindo-lhe para

entregá-lo, com muita cautela, ao patrão.

O texto do fax dizia: “Falhei em ganhar o cliente. Prepare o

chefe”.

E recebeu como resposta o seguinte fax: “O chefe está prepa-

rado. Você é que deve se preparar”.

64 AGOSTO DE 2006

Cartas & Recados

Correspondências recebidas por Roberto Petis Fernandes,presidente da Cooperativa Editora Brasil Rotário:

Estimado companheiro e dileto amigo Petis:

Parabéns pelo excelente artigo Analfabetismo: um malque tem cura, publicado na última edição da nossa Bra-sil Rotário.

Sabendo da prioridade que o presidente Bill Boyd estáconcedendo ao assunto este ano, essa matéria foi muitooportuna. Você apresenta números muito atuais e suges-tivos, que demonstram a profundidade da pesquisa queteve de empreender para torná-lo atual, informativo, atra-ente e de uma amplitude que servirá para que RotaryClubs e rotarianos saibam o que fazer para atender aosapelos do presidente Boyd.

São matérias como essa que dão à Brasil Rotárioainda mais respeitabilidade, estimulando-nos a nos tor-narmos mais conscientes de nossos reais compromissoscom a sociedade.

Abraços afetuosos, meus e de Yolanda, para você eLourdinha, do companheiro e amigo,

EDRI Archimedes Theodoro

� � �

Li o artigo de sua autoria, Analfabetismo: um mal quetem cura, publicado na revista Brasil Rotário de julho de2006. Quero parabenizá-lo pelo trabalho de pesquisa efe-tivado, sendo certo que o mesmo servirá de ponto dereferência e matéria de consulta para todos aqueles quedesejarem conhecer a real situação do assunto, especial-mente em nosso país.

Meus parabéns.DERI Themístocles A. C. Pinho

� � �

Correspondências recebidas pela redação:

Meu profundo agradecimento por terem publicado narevista do mês de junho a matéria A importância da in-formação rotária, de minha autoria.

EGD Hermes Pereira da Silva (D.4680)

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Parabéns pela belíssima capa da edição de junho. Vocêsconseguiram juntar o útil ao agradável, unindo imagem emensagem numa combinação perfeita. Mais uma vez, meussinceros parabéns pelo brilhante trabalho.

Sabrina Scarabelot, sócia do RC de Turvo, SC (D.4651)

SaudadesSaudades

Leonel Nunes Salgueiro, ex-presidente do Rotary Clubdo Rio de Janeiro-São Cristóvão, RJ (D.4570) eassessor para Relações Humanas da Brasil Rotário.

■ ■ ■

Victor Razzera, sócio-fundador do Rotary Club de Ca-choeira do Sul-Zona Alta, RS (D.4780).

Mensagem enviada pelo EPRI FrankDevlyn aos rotarianos brasileiros, por

ocasião de sua visita ao Brasil, em maio:

“Prezada família rotária do Brasil,Foi um grande prazer estar com vocês e comparti-

lhar alguns pensamentos referentes ao Rotary e ànossa Fundação Rotária.

Como lhes comentei durante minha visita, podemosdemonstrar nosso carinho ao Rotary procurando convi-dar pessoas qualificadas para pertencer a nossa organi-zação, e o mais importante é que, com muito prazer,faremos maiores doações à nossa Fundação Rotária.

No meu livro “Conversa com Frank”, mencionoos benefícios de pertencer ao Rotary e, no meu livro“Conversa com Frank 2”, falo das mudanças que todoRotary Club de vanguarda deve fazer para manter ointeresse dos sócios. Esses dois livros podem ser pe-didos diretamente à revista Brasil Rotário.

Exorto-lhes a que animem seus respectivos clu-bes, assim como a outros que vocês visitem, paraque os sócios façam doações à Fundação Rotária emnome de suas empresas, já que agora, com a Associ-ação Brasileira da ‘The Rotary Foundation’, é possívelexpedir recibos deduzíveis de impostos.

Espero que, juntos, continuemos trabalhando paraCriar Consciência e Ser Atuantes, recordando que, comorotarianos, é necessário que Mostremos o Caminho, semesquecer de Dar de Si Antes de Pensar em Si.

Seu amigo,EPRI Frank J. Devlyn.

Alfabetização e CLE

A série de artigos sobre alfabetização que a Brasil

Rotário vem publicando está chamando a atençãodos leitores. Chefe do departamento de Letras da Uni-versidade Federal de Ouro Preto e especialista em CLE– o método de ensino utilizado pelos rotarianos noProjeto Lighthouse – a professora Glória Marina Guinéde Mello, autora do primeiro artigo da série, publica-do em junho (CLE – Proposta de alfabetização parapaíses em desenvolvimento) recebeu e-mails de com-panheiros de diversas regiões do país que estão inte-ressados em conhecer melhor essa metodologia.

No mês passado, a revista publicou o artigo do presi-dente Roberto Petis Fernandes (Analfabetismo: um malque tem cura), e nesta edição damos prosseguimento àsérie com Por que não me ufano, do EGD Jório Coelho,uma das maiores autoridades em CLE no Brasil.

Outro especialista em alfabetização e grandeincentivador do Lighthouse, o EDRI Hipólito Ferreira elo-giou Jório Coelho por seu esforço em divulgar ametodologia:

Caro Jório,Gostei muito do trabalho apresentado pela Glória

Guiné na Brasil Rotário. Espero que seja uma cons-tante a revista dar espaço para a alfabetização. Todosos atuais governadores foram treinados pelo RI comênfase em educação, mas o programa que vai substi-tuir o Polio Plus somente será apresentado ao Conse-lho de Legislação após a erradicação da paralisia in-fantil. Enquanto isso, idealistas como você devemmanter viva a chama da alfabetização.

Do amigo,Hipólito.