Brasilagro Companhia Brasileira de Propriedades Agrícolas · 2010-09-14 · as culturas de soja,...
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Brasilagro Companhia Brasileira de Propriedades Agrícolas Demonstrações financeiras em 30 de junho de 2010 e de 2009 e parecer dos auditores independentes
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Parecer dos auditores independentes
Aos Administradores e Acionistas
Brasilagro Companhia Brasileira
de Propriedades Agrícolas
1 Examinamos os balanços patrimoniais da Brasilagro Companhia Brasileira de Propriedades
Agrícolas e os balanços patrimoniais consolidados da Brasilagro Companhia Brasileira de
Propriedades Agrícolas e suas controladas em 30 de junho de 2010 e de 2009 e as
correspondentes demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido, dos
fluxos de caixa e dos valores adicionados dos exercícios findos nessas datas, elaborados
sob a responsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade é a de emitir parecer
sobre essas demonstrações financeiras.
2 Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no
Brasil, as quais requerem que os exames sejam realizados com o objetivo de comprovar a
adequada apresentação das demonstrações financeiras em todos os seus aspectos
relevantes. Portanto, nossos exames compreenderam, entre outros procedimentos: (a) o
planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações
e os sistemas contábil e de controles internos das Companhias; (b) a constatação, com base
em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações
contábeis divulgados; e (c) a avaliação das práticas e estimativas contábeis mais
representativas adotadas pela administração da Companhia, bem como da apresentação
das demonstrações financeiras tomadas em conjunto.
3 Somos de parecer que as referidas demonstrações financeiras apresentam adequadamente,
em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Brasilagro
Companhia Brasileira de Propriedades Agrícolas e da Brasilagro Companhia Brasileira de
Propriedades Agrícolas e suas controladas em 30 de junho de 2010 e de 2009 e o resultado
das operações, as mutações do patrimônio líquido, os fluxos de caixa e os valores
adicionados da Brasilagro Companhia Brasileira de Propriedades Agrícolas dos exercícios
findos nessas datas, bem como o resultado consolidado das operações, seus fluxos de caixa
consolidados e valores adicionados consolidados desses exercícios, de acordo com as
práticas contábeis adotadas no Brasil.
Brasilagro Companhia Brasileira de Propriedades Agrícolas
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4 Conforme mencionado na Nota 2, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) aprovou
diversos Pronunciamentos, Interpretações e Orientações Técnicas emitidos pelo Comitê de
Pronunciamentos Contábeis (CPC) com vigência para 2010, que alteraram as práticas
contábeis adotadas no Brasil. Conforme facultado pela Deliberação CVM no 603/09, a
administração da Companhia optou por apresentar suas demonstrações financeiras
utilizando as normas contábeis adotadas no Brasil até 30 de junho de 2010. A Companhia
divulgou esse fato na Nota 2 às demonstrações financeiras, bem como a avaliação dos
possíveis efeitos no patrimônio líquido e no resultado.
São Paulo, 1o de setembro de 2010
PricewaterhouseCoopers
Auditores Independentes
CRC 2SP000160/O-5
Wander Rodrigues Teles
Contador CRC 1DF005919/O-3 "S" SP
Brasilagro Companhia Brasileira de Propriedades Agrícolas
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Comentários da Administração Senhores Acionistas,
Em cumprimento às disposições legais e estatutárias submetemos à apreciação de V. Sas. as
Demonstrações Financeiras referentes ao exercício findo em 30 de junho de 2010.
DESTAQUES DO PERÍODO
Realizações ano 2009/2010:
Área total plantada de 46,1 mil ha, aumento de 38% em relação à safra anterior;
Área total transformada de 17,9 mil ha;
Construção de um silo na Fazenda Cremaq com capacidade para armazenar de 72 mil
toneladas de grãos;
Aquisição da Fazenda Horizontina no Estado do Maranhão, com uma área total de 14.358 ha;
Inicio do fornecimento da cana de açúcar plantada nas fazendas Alto Taquari e Araucária;
Liberação de mais de R$60,0 milhões em financiamentos de curto e longo prazo com órgãos
de fomento governamentais;
Proposta de resilição do Contrato da Paraná será submetida à aprovação na próxima Assembléia
Geral.
Inicio da implementação do Programa de ADRs Nível I.
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Eleição de dois novos membros para o Conselho de Administração, sendo um independente.A
Companhia está vinculada à arbitragem na Câmara de Arbitragem do Mercado, conforme Cláusula
Compromissória constante do seu Estatuto Social.
COMENTÁRIO DA ADMINISTRAÇÃO
A safra 2009/2010 passou por uma instabilidade nas condições climáticas no país, o que ocasionou um
elevado nível de chuvas na região Centro-Oeste e um forte veranico fora de época na região Nordeste.
Nesse cenário, a BrasilAgro usou sua experiência combinada com uma gestão financeira conservadora,
diversificação de portfólio e geográfica, além de investimentos em tecnologia e redução de custos,
para maximizar seus resultados e continuar consolidando sua posição no mercado.
A Companhia continuou investindo na operação do sistema integrado de gestão empresarial (SAP),
que além de aprimorar os processos internos, traz mais agilidade e transparência à condução das
operações. Também continuamos investindo na busca de novas tecnologias e processos, sempre
visando maior eficiência e qualidade para o nosso negócio.
Realizamos operações de financiamentos com órgãos de fomento governamentais, que oferecem
linhas de financiamentos de curto e longo prazo com taxas de juros inferiores às taxas de mercado. O
aumento do saldo de empréstimos e financiamentos permite que a Companhia utilize o caixa
disponível na expansão do portfólio de propriedades.
Um importante passo dado em 2010 foi a aquisição da Fazenda Horizontina, no Estado do Maranhão,
que será destinada à cultura de grãos e tem alto potencial de geração de valor através do
desenvolvimento da terra. A fazenda possui um conjunto de características que permitem que o
processo de transformação seja rapidamente concluído.
No ano-safra 2009/2010 a BrasilAgro manteve o forte ritmo de expansão da área plantada, que
aumentou 38% em relação ao ano anterior e, também concluiu o processo de transformação em mais
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de 17 mil hectares. Além disso, construímos um silo na Fazenda Cremaq com capacidade para
armazenar 72 mil toneladas de grãos.
As iniciativas tomadas durante este exercício aliada a uma visão de longo prazo e as perspectivas em
relação às oportunidades de negócios que vem sendo exploradas pela Companhia nos deixam bastante
otimistas com relação a concretização de nossos objetivos para o próximo ano.
DESEMPENHO OPERACIONAL
No ano-safra 2009/2010, a BrasilAgro plantou uma superfície total de 46.140 hectares divididos entre
as culturas de soja, milho, sorgo, arroz, capim semente e cana de açúcar, aumento de 38% em
relação ao ano anterior. A área transformada totalizou 17.972 hectares, que representa aumento de
17% em relação ao ano anterior.
Iniciamos o fornecimento da cana de açúcar plantada nas fazendas Alto Taquari e Araucária em
cumprimento ao contrato de fornecimento exclusivo à ETH Bioenergia. O contrato tem duração de dois
ciclos completos de lavoura de cana de açúcar (seis anos agrícolas com cinco cortes).
Foram plantados 28.331 hectares de soja divididos entre áreas novas, áreas em desenvolvimento e
áreas desenvolvidas. Nas áreas novas, áreas de primeiro e segundo ano de cultivo, a produtividade
média (padronizada) foi de 32,7 sacas/ha, já nas áreas desenvolvidas, áreas com mais de quatro anos
de cultivo, a produtividade média (padronizada) foi de 54,5 sacas/ha.
Mesmo com o elevado nível de chuvas ao longo da colheita, a produtividade da soja das áreas
desenvolvidas foi 7% superior à produtividade da safra 2008/2009. Já as lavouras das áreas novas e
das áreas em desenvolvimento sofreram os impactos do forte veranico fora de época na região.
Desde o inicio das operações em 2006, a Companhia obteve um crescimento médio de 45% na área
total plantada. Para a safra 2010/2011, pretendemos manter o ritmo de crescimento, tanto nas áreas
plantadas quanto nas áreas transformadas.
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No ano-safra 2010/2011, a BrasilAgro pretende plantar uma área de aproximadamente 65 mil
hectares, divididos entre as culturas de soja, milho (safra de verão e inverno), arroz, sorgo (safra de
verão e inverno), cana de açúcar, pastagem e floresta. Além de transformar uma área de
aproximadamente 20 mil hectares.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os Auditores Independentes, PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes, que examinam as
demonstrações financeiras desde 2006, prestaram somente serviços à BrasilAgro – Companhia
Brasileira de Propriedades Agrícolas relacionados à auditoria das demonstrações financeiras.
Permanecemos à disposição para quaisquer outras informações.
São Paulo, 01 de setembro de 2010.
Julio Cesar de Toledo Piza Neto
Diretor Presidente e de Relações com Investidores
Brasilagro Companhia Brasileira de Propriedades Agrícolas
Balanços patrimoniais em 30 de junho Em milhares de reais
As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras.
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Controladora
Consolidado
Controladora
Consolidado
Ativo 2010 2009
2010 2009
Passivo e patrimônio líquido 2010 2009
2010 2009
Circulante
Circulante
Caixa e equivalentes de caixa (Nota 4) 181.565
245.955
206.200
264.370
Fornecedores 6.928
4.771
1.803
1.490 Títulos e valores mobiliários
14.679
14.679
Financiamentos (Nota 13) 21.149
11.044
28.689
15.488
Contas a receber (Nota 5) 10.426
3.291
17.773
5.986
Salários e encargos sociais 4.024
3.044
4.143
3.128 Estoques (Nota 7) 26.505
18.299
23.629
18.002
Imposto de renda e contribuição social (Nota 18)
832
851
1.691
Créditos fiscais e tributários(Nota 6) 16.666
11.659
18.131
12.438
Tributos a pagar 301
2.558
614
2.852 Operações com derivativos (Nota 22)
2.448
1.180
2.516
Dividendos propostos 2
2
2
2 Despesas do exercício seguinte 273
331
415
474
Operações com derivativos (Nota 22)
60
519
Outros ativos 2.562
2.001
2.659
1.472
Aquisições a pagar (Nota 12) 14.663
14.081
61.420
47.780
Outros passivos 26
178
1.477 237.997
298.663
269.987
319.937
47.093
36.332
97.760
74.427 Não circulante
Realizável a longo prazo
Não circulante Aplicações financeiras de longo prazo (Nota 8) 25.472
26.562
Financiamentos(Nota 13) 31.704
9.467
49.299
9.759
Sociedades coligadas e controladas 6.060
6.060
Provisão para impostos e contribuições (Nota 18) 17.670
13.844
18.765
14.921 Créditos fiscais e tributários (Nota 6) 2.882
2.882
Operações com derivativos (Nota 22)
637
Tributos diferidos (Nota 18) 16.360
9.657
20.499
11.378
Outros passivos 346
783
Créditos por venda de fazenda (Nota 5)
4.293
6.298
Estoque de imóveis rurais (Nota 9)
283.547
232.115
49.720
23.311
68.847
25.317 Operações com derivativos (Nota 22)
5.909
5.909
Outros ativos 24
24
Participações de acionistas minoritários
6.272
2.500
50.798
15.566
343.867
255.700
Patrimônio líquido (Nota 15)
Capital social 584.224
584.224
584.224
584.224
Investimentos (Nota 10) 264.594
236.160
410
6.979
Prejuízos acumulados (23.306 ) (7.472 ) (23.306 ) (7.472 )
Imobilizado (Nota 11) 103.895
85.156
119.058
95.487
Diferido 447
850
475
893
560.918
576.752
560.918
576.752
419.734
337.732
463.810
359.059
Total do ativo 657.731 636.395 733.797 678.996 Total do passivo e patrimônio líquido 657.731 636.395 733.797 678.996
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Demonstrações do resultado Exercícios findos em 30 de junho Em milhares de reais
As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras.
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Controladora
Consolidado
2010 2009
2010 2009
Receita de vendas e serviços Receitas por venda de grãos (Nota 16) 25.008
30.638
31.600
35.994 Receitas por venda de cana-de-açúcar (Nota16) 6.731
88
6.731
88
Receitas por arrendamentos
373
498 Outras receitas (Nota 16) 12
73
274
73
Impostos sobre vendas e serviços (1.737 ) (854 ) (2.233 ) (1.369 )
Receita líquida das vendas e serviços 30.014
29.945
36.745
35.284 Custo dos produtos vendidos e dos serviços prestados (40.470 ) (30.561 ) (48.447 ) (35.905 )
Prejuízo bruto (10.456 ) (616 ) (11.702 ) (621 )
Receitas (despesas) operacionais Com vendas (1.840 ) (1.026 ) (2.175 ) (1.172 )
Gerais e administrativas (22.419 ) (20.945 ) (23.335 ) (21.756 ) Outras receitas (despesas) operacionais, líquidas 209
186
417
(495 )
Prejuízo operacional antes das participações societárias
e resultado financeiro (34.506 ) (22.401 ) (36.795 ) (24.044 )
Resultado de participações societárias (Nota 10) Equivalência patrimonial (1.523 ) (4.198 )
Perdas com investimentos em coligada (6.569 )
(6.569 )
Resultado financeiro Despesas financeiras Despesas e encargos bancários (3.991 ) (1.427 ) (6.188 ) (4.672 )
Receitas financeiras Rendimentos de fundo de investimento (Nota 4) 21.519
21.133
19.570
35.806 Variação cambial sobre passivos 42
517
61
(4.303 )
Variação monetária sobre passivos 1.374
(218 ) 1.373
(2.923 ) Juros ativos 870
901
932
2.221
Resultado realizado com derivativos (1.912 ) 5.014
(2.259 ) (400 ) Resultado não realizado com derivativos
6.386
2.289
1.912
Lucro (prejuízo) antes do imposto de renda e da
contribuição social (24.696 ) 5.707
(27.586 ) 3.597
Imposto de renda e contribuição social - corrente e diferido (Nota 18) 8.862
(4.757 ) 10.718
(3.184 )
Participação de acionistas minoritários
1.034
537
Lucro líquido (prejuízo) do exercício (15.834 ) 950
(15.834 ) 950
Ações em circulação no final do exercício findo em 30 de junho 58.422.400
58.422.400
Lucro líquido (prejuízo) por ação do capital social no fim do exercício - R$ (0,27103 ) 0,01626
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Demonstrações das mutações do patrimônio líquido Em milhares de reais
As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras.
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Reservas de lucros
Capital Investimento Prejuízos social Legal e expansão acumulados Total
Em 30 de junho de 2008 584.224 238 3.391 (12.051 ) 575.802 Lucro líquido do exercício 950 950 Absorção de prejuízo com reservas (238 ) (3.391 ) 3.629
Em 30 de junho de 2009 584.224 (7.472 ) 576.752 Prejuízo do exercício (15.834 ) (15.834 )
Em 30 de junho de 2010 584.224 (23.306 ) 560.918
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Demonstrações dos fluxos de caixa Exercícios findos em 30 de junho Em milhares de reais
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Controladora
Consolidado
2010
2009
2010 2009
Atividades operacionais Lucro (prejuízo) líquido do exercício (15.834 ) 950
(15.834 ) 950
Ajustes para conciliação do lucro líquido Depreciação e amortização 10.489
3.658
11.954
4.639 Resultado da equivalência patrimonial 8.092
4.198
6.569
Variação cambial e monetária sobre o passivo 581
(299 ) 943
7.226 Resultado não realizado de operações com derivativos
(6.386 ) (2.289 ) (1.912 )
Constituição de imposto de renda diferido (8.862 ) 4.388
(11.323 ) 1.436 Juros e encargos financeiros 3.275
1.070
3.974
1.235
Baixa líquida de imobilizado 91
97
91
97 Outras receitas e despesas operacionais
508
Participação de acionistas minoritários
1.034
(537 ) Juros ativos (1.374 )
(1.374 )
Provisão para contingências 346
346
Variação do capital circulante operacional (Aumento) redução em títulos e valores mobiliários (10.793 )
(11.883 )
(Aumento) redução em clientes a receber (11.845 ) 13.961
(14.511 ) 16.389 (Aumento) redução em créditos fiscais (7.889 ) (9.017 ) (8.575 ) (9.558 )
(Aumento) redução em despesas antecipadas (222 ) (214 ) (221 ) (330 ) (Aumento) redução em outros créditos (562 ) (13.948 ) (1.190 ) (13.523 ) (Aumento) redução em estoques (8.206 ) 9.733
(46.927 ) 911
Aumento em investimentos de curto prazo
(57.569 )
(64 ) Aumento (redução) em fornecedores 2.183
2.134
313
(666 )
Redução em impostos e contribuições a pagar 2.896
101
2.968
201 Aumento (redução) em salários e encargos 980
(1.611 ) 1.015
(1.558 )
Aumento em obrigações com pessoas ligadas
33 Aumento (redução) em outras obrigações
1.425
(1.299 ) 1.323
(Aumento) redução em operações com derivativos 8.358
(596 ) 8.441
(228 ) Aumento (redução) em aquisições a pagar
25.137
10.099
Disponibilidades líquidas (utilizadas) pelas
atividades operacionais (28.296 ) (47.892 ) (52.641 ) 16.638
Atividades de investimento Adições ao imobilizado (39.048 ) (35.085 ) (45.330 ) (36.238 )
Pagamento por compra de fazendas
(2.583 ) (12.422 ) (72.378 ) Redução de investimentos e participações (30.141 ) (16.373 ) 2.738
Juros e/ou dividendos recebidos 5.905 Adiant. para futuro aumento de capital (2.158 )
437
Recebimento por venda de imóveis
3.342
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Demonstrações dos fluxos de caixa Exercícios findos em 30 de junho Em milhares de reais (continuação)
As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras.
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Controladora
Consolidado
2010
2009
2010 2009
Disponibilidades líquidas (geradas) pelas
atividades de investimento (65.442 ) (54.041 ) (54.577 ) (105.274 )
Atividades de financiamento Aporte de capital acionistas minoritários de control.
883 Empréstimos e financiamentos obtidos 42.207
19.010
61.907
23.010
Dividendos a pagar
(1.128 )
(1.128 ) Pagamento de empréstimos e financiamentos (12.859 ) (1.313 ) (12.859 ) (1.522 )
Disponibilidades líquidas das atividades de
financiamento 29.348
16.569
49.048
21.243
Variação no saldo de caixa e equivalentes (64.390 ) (85.364 ) (58.170 ) (67.393 )
Caixa e equivalentes no início do exercício 245.955
331.319
264.370
331.763
Caixa e equivalentes no final do exercício 181.565
245.955
206.200
264.370
Variação no saldo de caixa e equivalentes (64.390 ) (85.364 ) (58.170 ) (67.393 )
Brasilagro Companhia Brasileira de Propriedades Agrícolas
Demonstrações do valor adicionado Exercícios findos em 30 de junho Em milhares de reais
As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras.
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Controladora Consolidado
2010 2009 2010 2009
Receitas Vendas de mercadorias, produtos e serviços 31.751 30.799 38.978 36.653 Outras receitas (despesas) 209 186 417 (734 )
31.960 30.985 39.395 35.919
Insumos adquiridos de terceiros Custo dos produtos e dos serviços vendidos (40.470 ) (30.561 ) (48.447 ) (35.905 ) Materiais, energia, serviços de terceiros e outros (13.716 ) (11.709 ) (14.556 ) (3.664 ) Perda/recuperação de valores de ativos (1.265 ) (1.265 )
(54.186 ) (43.535 ) (63.003 ) (40.834 )
Valor adicionado bruto (22.226 ) (12.550 ) (23.608 ) (4.915 ) Depreciação e amortização (904 ) (604 ) (904 ) (606 )
Valor adicionado liquido produzido pela entidade (23.130 ) (13.154 ) (24.512 ) (5.521 )
Valor adicionado recebido em transferência Resultado de equiv. patrim. e perdas com invest. (8.092 ) (4.198 ) (6.569 ) Receitas financeiras 23.805 ) 22.333 21.936 30.801 Resultado de derivativos (1.912 ) 11.400 30 1.512
13.801 29.535 15.397 32.313
Valor adicionado total a distribuir (9.329 ) 16.381 (9.115 ) 26.792
Distribuição do valor adicionado Pessoal e encargos Remuneração direta 7.823 7.472 7.954 7.912 Benefícios 861 954 861 999 FGTS 176 256 176 282 Impostos, taxas e contribuições Federais (7.559 ) 5.141 (8.750 ) 3.996 Estaduais 684 125 707 125 Municipais 84 80 175 336 Financiadores Juros e variações cambiais 3.964 1.086 6.162 11.854 Aluguéis 472 317 468 875 Lucro (prejuízo) do exercício (15.834 ) 950 (15.834 ) 950 Participação de acionistas minoritários (1.034 ) (537 )
Valor adicionado distribuído (9.329 ) 16.381 (9.115 ) 26.792
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1 Contexto operacional
A Companhia foi constituída em 23 de setembro de 2005 e possui sede em São Paulo e filiais
nos Estados da Bahia, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais e Piauí.
Conforme o Estatuto Social, o objeto social consiste em: (a) a exploração da atividade
agrícola, pecuária e florestal de qualquer espécie e natureza e prestação de serviços direta ou
indiretamente relacionados, (b) a importação e exportação de produtos e insumos agrícolas e
relacionados à atividade pecuária, (c) a compra, venda e/ou locação de propriedades,
terrenos, edificações e imóveis em áreas rurais e/ou urbanas, (d) a intermediação em
operações de natureza imobiliária de quaisquer tipos, (e) a participação, como sócia, em
outras sociedades, simples ou empresárias e em empreendimentos comerciais de qualquer
natureza, no Brasil e/ou no exterior, relacionadas direta ou indiretamente aos objetivos aqui
descritos, e (f) a administração de bens próprios e de terceiros.
A Companhia e suas controladas possuem hoje 11 (onze) fazendas em 6 (seis) estados do
Brasil, com área total de 174.840 hectares (não auditado). Tem como objetivo consolidar sua
posição como uma das principais empresas atuantes no segmento de agronegócio no Brasil
por meio de: (a) aquisição de novas fazendas e início de uma estratégia de expansão da
produção, (b) otimização dos processos produtivos, (c) diversificação geográfica e produtiva, e
(d) venda das fazendas adquiridas, uma vez obtida a valorização desejada ou alcançado o
seu potencial produtivo agropecuário.
As controladas Cremaq Ltda. ("Cremaq"), Engenho de Maracajú Ltda. ("Engenho"), Jaborandi
Propriedades Agrícolas S.A. ("Jaborandi"), Araucária Ltda. ("Araucária"), Mogno Ltda.
("Mogno"), Cajueiro Ltda. ("Cajueiro"), Ceibo Ltda. ("Ceibo") e Flamboyant Ltda.
("Flamboyant") possuem como objeto social a compra e venda de propriedades, terrenos,
edificações e imóveis em áreas rurais e/ou urbanas. Conforme autorizado nos seus
respectivos estatutos e contratos sociais, enquanto não vendidos os bens imóveis de
propriedade de tais sociedades, estes poderão ser objeto de arrendamento a terceiros, mas
apenas como estratégia para facilitar a valorização dos imóveis.
Existem novos negócios sendo prospectados, mas que serão divulgados apenas quando
finalizadas as avaliações técnicas e legais e o respectivo due diligence, segundo estabelecem
as políticas de divulgação da Companhia.
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2 Apresentação das demonstrações financeiras e
principais práticas contábeis
2.1 Apresentação das demonstrações financeiras
As presentes demonstrações financeiras foram aprovadas pela diretoria da Companhia em
1o de setembro de 2010.
Os valores estão expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma.
As notas explicativas referem-se às informações anuais da controladora e, quando indicado,
também às informações anuais consolidadas.
As demonstrações financeiras foram elaboradas e estão sendo apresentadas de acordo com
as práticas contábeis adotadas no Brasil, com base nas disposições contidas na Lei das
Sociedades por Ações e nas normas estabelecidas pela Comissão de Valores
Mobiliários (CVM).
As principais práticas contábeis adotadas na elaboração destas demonstrações financeiras
correspondem às normas e orientações que estão vigentes para as demonstrações
financeiras encerradas em 30 de junho de 2010, que serão diferentes daquelas que serão
utilizadas para elaboração das demonstrações financeiras de 30 de junho de 2011, devido às
normas e interpretações de normas emitidas pelo Comitê de Pronunciamento Contábil (CPC)
que foram publicadas e são obrigatórias para os exercícios sociais iniciados em ou após 1o de
janeiro de 2010. Visto que o exercício social da companhia encerra-se em 30 de junho de
cada ano, a administração da Companhia está avaliando os impactos dessas mudanças que
terão efeito a partir de 1o de julho de 2010, conforme descrito no item 2.3 adiante.
Na elaboração das demonstrações financeiras, é necessário utilizar estimativas para
contabilizar certos ativos, passivos e outras transações. As demonstrações financeiras da
Companhia e de suas controladas incluem, portanto, estimativas referentes à seleção das
vidas úteis do ativo imobilizado, provisões necessárias para passivos contingentes,
determinações de provisões para imposto de renda e outras similares. Os resultados reais
podem apresentar variações em relação às estimativas.
2.2 Descrição das principais práticas
contábeis adotadas
(i) Apuração do resultado
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As receitas e despesas são reconhecidas observando o regime de competência.
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As receitas de arrendamento de terras são reconhecidas linearmente no prazo do
arrendamento. Quando o preço de arrendamento está definido em quantidade de produtos
agrícolas ou gado, o valor do arrendamento é reconhecido considerando a cotação do produto
agrícola ou pecuário vigente na data de fechamento do balanço ou na data estabelecida
contratualmente, conforme o caso. Os valores recebidos antecipadamente a título de
arrendamento são reconhecidos no passivo circulante na rubrica "Outras obrigações".
A receita por venda de grãos e por venda de cana-de-açúcar é reconhecida quando os riscos
significativos e os benefícios de propriedade das mercadorias são transferidos para o
comprador, geralmente quando os produtos são entregues ao comprador no local
determinado, conforme os termos de venda acordados.
No caso dos grãos, a Companhia geralmente realiza contratos de venda para entrega futura
que determinam que o preço pode ser fixado pela Companhia, para o volume total ou parcial
vendido, até o momento da entrega, de acordo com fórmulas estabelecidas contratualmente.
Em certos casos, a fórmula estabelecida contratualmente determina um preço fixado em
dólares estadunidenses. O valor em reais é determinado, também contratualmente, com base
na taxa de câmbio vigente alguns dias antes da data de liquidação financeira. O preço
também pode ser ajustado por outros fatores tais como umidade e outras características
técnicas dos grãos. Quando os grãos são entregues, a receita é reconhecida com base no
preço fixado com cada comprador considerando a taxa de câmbio em vigor na data da
entrega. Após a entrega dos grãos ao destinatário, avalia-se a qualidade e o peso final,
determinando assim o preço final da operação, e ajustando-se os valores contratuais por tais
fatores assim como pela variação na taxa de câmbio até a data da liquidação.
(ii) Caixa e equivalentes de caixa
São apresentados nas demonstrações financeiras da Controladora, os saldos em caixa e
bancos, assim como o investimento em cotas do fundo exclusivo FIM Guardian que detém
investimentos em títulos de renda fixa, resgatáveis em prazo máximo de até 90 dias. São
apresentadas como "Caixa e equivalentes de caixa" no consolidado, além dos saldos antes
descritos, aplicações em bancos (certificados de depósito e operações compromissadas) que
possuem as mesmas características de liquidez e que são resgatáveis no prazo máximo de
90 dias a partir da data do balanço. As aplicações estão valorizadas ao custo amortizado
correspondendo ao investimento inicial, menos as amortizações de principal, acrescidos dos
juros decorridos calculados com base no método da taxa de juros até a data do balanço.
Considerando a natureza dos instrumentos mantidos pela Companhia, não existem diferenças
significativas entre o seu valor contábil e o valor de mercado na data do balanço.
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Os investimentos de renda fixa têm como objetivo a atualização monetária dos valores detidos
pela Companhia e ainda não alocados na atividade rural, sendo os mesmos guiados por uma
política aprovada pelo Conselho de Administração.
Além do objetivo especifico do investimento, a Companhia não tem nenhum instrumento
financeiro denominado "derivativo embutido".
De acordo com a política de Investimento da Companhia (Nota 22), títulos de renda fixa
(certificados de depósitos e operações compromissadas) podem ter prazos de vencimento
final superior a 90 dias, neste caso existe uma garantia de recompra fornecida pela instituição
financeira vendedora do título, garantindo liquidez sem penalidades.
As demonstrações do fluxo de caixa, no que se referem às atividades de financiamentos e
investimentos, incluem apenas as transações efetivas de caixa e equivalentes de caixa. Assim
sendo, as compras e vendas de ativos financiados estão incluídas nas Notas 9, 10, 12 e 13.
(iii) Instrumentos financeiros
Classificação e mensuração
A Companhia classifica seus ativos financeiros sob as seguintes categorias: mensurados ao
valor justo por meio do resultado, empréstimos e recebíveis, mantidos até o vencimento e
disponíveis para venda. A classificação depende da finalidade para a qual os ativos
financeiros foram adquiridos. A administração determina a classificação de seus ativos
financeiros no reconhecimento inicial. Nos períodos apresentados, a Companhia mantém
exclusivamente ativos financeiros classificados como empréstimos e recebíveis.
. Empréstimos e recebíveis
Incluem-se nessa categoria os empréstimos concedidos e os recebíveis que são ativos
financeiros não derivativos com pagamentos fixos ou determináveis, não cotados em um
mercado ativo. São incluídos como ativo circulante, exceto aqueles com prazo de
vencimento superior a 12 meses após a data do balanço (estes são classificados como
ativos não circulantes). Os empréstimos e recebíveis da Companhia compreendem
principalmente as contas a receber de clientes, demais contas a receber, caixa e
equivalentes de caixa e aplicações financeiras de curto prazo correspondentes a depósitos
a prazo em bancos. Os empréstimos e recebíveis são contabilizados pelo custo
amortizado, usando o método da taxa de juros efetiva.
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A Companhia avalia, na data do balanço, se há evidência objetiva de que um ativo
financeiro ou um grupo de ativos financeiros está registrado por valor acima de seu valor
recuperável (impairment).
. Valor justo
Os valores justos dos investimentos com cotação pública são baseados nos preços atuais
de compra. Para os ativos financeiros sem mercado ativo ou cotação pública, a Companhia
estabelece o valor justo através de técnicas de avaliação. Essas técnicas incluem o uso de
operações recentes contratadas com terceiros, a referência a outros instrumentos que são
substancialmente similares, a análise de fluxos de caixa descontados e os modelos de
precificação de opções que fazem o maior uso possível de informações geradas pelo
mercado e contam o mínimo possível com informações geradas pela administração da
própria entidade.
(iv) Instrumentos derivativos e atividades
de hedge
Inicialmente, os derivativos são reconhecidos pelo valor justo na data em que um contrato de
derivativos é celebrado e são, subsequentemente, remensurados ao seu valor justo, com as
variações do valor justo lançadas contra o resultado dentro de "Receitas financeiras", exceto
quando o derivativo for designado para fins contábeis como um instrumento de hedge de fluxo
de caixa.
Embora a Companhia faça uso de derivativos com o objetivo de proteção, ela não tem
aplicado nos períodos apresentados a chamada contabilização de hedge (hedge accounting).
O valor justo dos instrumentos derivativos está divulgado na Nota 22.
(v) Imposto de renda e contribuição
social diferidos
O imposto de renda e a contribuição social diferidos são calculados sobre os prejuízos fiscais
do imposto de renda, a base negativa de contribuição social e as correspondentes diferenças
temporárias entre as bases de cálculo do imposto sobre ativos e passivos e os valores
contábeis das demonstrações financeiras. As alíquotas desses impostos, definidas atualmente
para determinação desses créditos diferidos, são de 25% para o imposto de renda e de 9%
para a contribuição social (Nota 18).
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Impostos diferidos ativos são reconhecidos na extensão em que seja provável que o lucro
futuro tributável esteja disponível para ser utilizado na compensação das diferenças
temporárias e/ou prejuízos fiscais, com base em projeções de resultados futuros elaboradas e
fundamentadas em premissas internas e em cenários econômicos futuros que podem,
portanto, sofrer alterações.
(vi) Créditos fiscais e tributários
São apresentados ao valor de custo ou de realização, incluindo, quando aplicável as
atualizações monetárias. Os créditos fiscais tributários correspondem principalmente ao
imposto de renda retido na fonte sobre rendimentos de aplicações financeiras assim como a
créditos por impostos indiretos na compra de insumos e serviços.
(vii) Contas a receber de clientes
As contas a receber de clientes são avaliadas no momento inicial pelo valor presente e
deduzidas da provisão para créditos de realização duvidosa. A provisão para créditos de
realização duvidosa é estabelecida quando existe uma evidência objetiva de que a
Companhia não será capaz de cobrar todos os valores devidos de acordo com os prazos
originais das contas a receber. O valor da provisão é a diferença entre o valor contábil e o
valor recuperável. Não houve necessidade de registro de provisão para créditos de realização
duvidosa nos exercícios apresentados.
O valor presente é calculado na venda de fazendas a prazo com base em taxa de juros
vigorando na data de reconhecimento da conta a receber compatível com a natureza, o prazo
e os riscos de transações similares em condições de mercado. Essa taxa correspondia no
caso da venda de fazendas a prazo, em média a 10,74% a.a. O efeito de ajuste é
contabilizado na data da venda da fazenda como uma redução da receita de vendas, sendo a
diferença entre o valor ajustado na data da venda e o valor nominal a receber reconhecido
como resultado financeiro entre a data da venda e a data de recebimento do ativo.
(viii) Estoques - circulante
Produtos acabados - são demonstrados pelo menor entre o valor do custo de produção e o
valor líquido de realização. O custo é determinado usando o método de custo médio
mensurado por tonelada de produto ao nível de cada gleba individual de terra. O valor líquido
de realização é o preço de venda estimado para o curso normal dos negócios, deduzidos os
custos de execução e as despesas de vendas.
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Culturas em formação - estão demonstradas pelos custos diretos e indiretos incorridos até a
data do balanço e correspondem aos gastos atribuídos à formação da safra.
Insumos - os estoques de sementes, adubos, fertilizantes, defensivos agrícolas, combustíveis,
lubrificantes, almoxarifado e materiais diversos foram avaliados pelo custo médio de
aquisição, que não superam os preços de mercado.
Adiantamentos para compras de sementes e insumos - correspondem às antecipações para
compra de insumos, os quais ainda não foram recebidos pela Companhia na data do balanço,
contabilizadas ao custo.
(ix) Estoque de imóveis rurais - não circulante
As terras de imóveis rurais compradas por controladas que têm por atividade a compra e
venda de propriedades são demonstradas ao custo de aquisição, que não supera seu valor
líquido de realização. No caso de compras financiadas sem encargos, além da variação
cambial ou correção monetária, o custo de aquisição corresponde ao custo à vista estimado
pelo ajuste a valor presente dos fluxos de caixa contratuais, atualizados pelo IGPM.
A estratégia de negócios da Companhia tem como pilar fundamental a compra de imóveis
rurais para sua revenda uma vez valorizados. Como parte do processo de valorização dos
imóveis comprados, a Companhia, diretamente ou por meio de controladas, efetua o
arrendamento dos imóveis ou a exploração dos mesmos para atividades agrícolas. Tendo em
consideração que o objetivo último da Companhia é a venda dos imóveis rurais, os mesmos
têm sido classificados na rubrica de "Estoque de imóveis rurais". Na medida em que na data
destas demonstrações financeiras não existe perspectiva de realizar os imóveis rurais nos
próximos doze meses, os mesmos estão sendo apresentados no "Ativo não circulante".
A Administração efetua avaliações periódicas desses imóveis tendo sido verificado que o valor
de mercado está superior ao registrado.
(x) Investimentos
As participações em sociedades controladas são avaliadas pelo método da equivalência
patrimonial, reconhecido no resultado do exercício como receita (ou despesa) operacional.
Nos termos do CPC 02, a moeda funcional da sociedade investida no exterior é o real, sendo
assim, não há incidência da variação cambial.
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(xi) Imobilizado
Demonstrado ao custo de aquisição, deduzido da depreciação/exaustão calculada com base
em taxas anuais que levam em consideração o tempo de vida útil dos bens.
No caso de compras financiadas sem encargos, além da variação cambial ou correção
monetária, o custo de aquisição corresponde ao custo à vista estimado pelo ajuste ao valor
presente dos fluxos de caixa contratuais.
Ganhos e perdas em alienações são determinados pela comparação dos valores de alienação
com o valor contábil e são incluídos no resultado.
Reparos e manutenção são apropriados ao resultado durante o período em que são
incorridos. O custo das principais renovações é incluído no valor contábil do ativo no momento
em que for provável que os benefícios econômicos futuros que ultrapassarem o padrão de
desempenho inicialmente avaliado para o ativo existente fluirão para a Companhia. As
principais renovações são depreciadas ao longo da vida útil restante do ativo relacionado.
(xii) Diferido
Os valores contabilizados no ativo diferido foram registrados ao custo histórico de aquisição e
formação até 30 de junho de 2008. Os saldos correspondem a gastos incorridos durante a
fase de constituição e organização da Companhia, que foram apropriados ao diferido, sendo
amortizados pelo prazo estimado de cinco anos.
(xiii) Passivos circulante e não circulante
Os passivos financeiros estão valorizados ao custo amortizado correspondendo ao valor do
desembolso inicial recebido, menos as amortizações de principal, mais os juros decorridos
calculados com base no método da taxa de juros até a data do balanço.
Outros passivos são demonstrados por valores conhecidos ou calculáveis, acrescidos,
quando aplicável, dos correspondentes encargos, das variações nas taxas de câmbio e das
variações monetárias incorridas.
No caso de passivos de longo prazo quando seus termos não incluem encargos, além da
variação cambial ou correção monetária, o custo original é reconhecido como valor presente
descontado usando taxas compatíveis com a natureza, prazo e termos do financiamento. O
efeito do ajuste a valor presente dos passivos por compra de fazendas é contabilizado, na
data da compra da fazenda, como uma redução do valor da fazenda adquirida, sendo que a
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diferença entre o valor ajustado na data da compra e o valor nominal a pagar é reconhecido
como despesa financeira entre a data da compra e a data de pagamento do correspondente
passivo.
(xiv) Provisões
As provisões são reconhecidas quando a Companhia tem uma obrigação presente, legal ou
não formalizada, como resultado de eventos passados e é provável que uma saída de
recursos seja necessária para liquidar a obrigação e uma estimativa confiável do valor possa
ser feita.
Os passivos contingentes decorrentes de obrigações trabalhistas, previdenciárias, fiscais,
contratuais, operacionais e de pleitos administrativos e judiciais, são provisionados pelo seu
valor estimado quando a probabilidade de perda é considerada provável.
(xv) Benefícios a funcionários - Participação nos
lucros e bônus
O reconhecimento dessa participação é usualmente efetuado quando do encerramento do
exercício, momento em que o valor pode ser mensurado de maneira confiável pela
Companhia.
(xvi) Remuneração com base em ações
A Companhia oferece a executivos planos de remuneração com base em ações, liquidados
em ações da Companhia, segundo os quais a Companhia recebe os serviços como
contraprestações das opções de compra de ações (Vide Nota 23). Quando concedidas, o
valor justo das opções é reconhecido como despesa, durante o período no qual o direito é
adquirido.
2.3 Normas e interpretações de normas
que ainda não estão em vigor
Foram publicadas normas e interpretações que alteram as práticas contábeis adotadas no
Brasil, dentro do processo de convergência com as normas internacionais. As normas a seguir
são apenas aquelas que poderão (ou deverão) impactar as demonstrações financeiras da
Companhia de forma mais relevante. Nos termos dessas novas normas, as cifras do exercício
findo em 30 de junho de 2010, aqui apresentadas, deverão ser reapresentadas para fins de
comparação, quando da apresentação das demonstrações financeiras do exercício findo em
30 de junho de 2011. A Companhia não adotou antecipadamente essas normas no exercício
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findo em 30 de junho de 2010.
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(a) Pronunciamentos
CPC 22 - informações por segmento, aprovado pela Deliberação CVM no 582, de 31 de julho
de 2009.
CPC 28 - propriedades para investimentos, aprovado pela Deliberação CVM no 584, de 31 de
julho de 2009.
CPC 29 - ativo biológico e produto agrícola, aprovado pela Deliberação CVM no 596, de 15 de
setembro de 2009.
CPC 33 - benefícios a empregados, aprovado pela Deliberação CVM no 600, de 7 de outubro
de 2009.
(b) Interpretações
ICPC 04 - Alcance do CPC10 - pagamento baseado em ações, aprovado pela Deliberação
CVM no 614, de 22 de dezembro de 2009.
ICPC 05 - Pronunciamento Técnico CPC 10 - pagamento baseado em ações, aprovado pela
Deliberação CVM no 615, de 22 de dezembro de 2009.
(c) Estimativa dos efeitos já apurados
até o momento
A Companhia está analisando os eventuais efeitos advindos da aplicação dos CPCs 22, 28 e
33, bem como do ICPC 05, e já calculou os efeitos da aplicação do CPC 22 e do ICPC 04,
cujos efeitos estão abaixo sumarizados:
Controladora
Consolidado
30 de
Efeitos dos
30 de
Efeitos dos
junho
ajustes dos
Saldo
junho
ajustes dos
Saldo
de 2010
novos CPCs
ajustado
de 2010
novos CPCs
ajustado
Ativo Não circulante Realizável a longo prazo Ativos biológicos (i)(ii)
54.942
54.942
54.942
54.942 Permanente
Imobilizado (ii) 103.895
(35.627 ) 68.268
119.058
(35.627 ) 83.431
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Controladora
Consolidado
30 de
Efeitos dos
30 de
Efeitos dos
junho
ajustes dos
Saldo
junho
ajustes dos
Saldo
de 2010
novos CPCs
ajustado
de 2010
novos CPCs
ajustado
Passivo e patrimônio líquido Não circulante Exigível a longo prazo Tributo diferido 17.670
(6.689 ) 10.981
18.765
(6.689 ) 12.076 Bônus de subscrições (iii)
57.611
57.611
57.611
57.611
Patrimônio líquido 560.918
(44.863 ) 516.055
560.918
(44.863 ) 516.055
(i) Ajuste a valor justo dos ativos biológicos - CPC 29.
(ii) Reclassificação da cana-de-açúcar de ativo imobilizado para ativos biológicos - CPC 29.
(iii) Ajuste a valor justo dos bônus de subscrição detidos pelos acionistas fundadores - ICPC 4.
Controladora
Consolidado
PL
Resultado
PL
Resultado
Saldo antes do ajuste em 30 de junho de 2010
560.918
(15.834 ) 560.918
(15.834 ) Fair value sobre os ativos biológicos
19.315
14.875
19.315
14.875
Bônus de subscrição (warrants)
(57.611 ) 822
(57.611 ) 822 IR/CS diferidos
(6.567 ) (5.057 ) (6.567 ) (5.057 )
Saldo após ajuste em 30 de junho de 2010
516.055
(5.194 ) 516.055
(5.194 )
3 Informações anuais consolidadas
As demonstrações financeiras consolidadas, em 30 de junho de 2010, foram elaboradas de
acordo com os princípios de consolidação previstos na Lei das Sociedades por Ações, e
disposições complementares da CVM e abrangem as demonstrações financeiras da
Companhia, suas controladas e fundos de investimentos exclusivos que são Entidades de
Propósito Específico (EPEs), nas quais a Companhia mantém controle das atividades, direta
ou indiretamente.
Nas demonstrações financeiras consolidadas foram eliminados os investimentos entre as
companhias, a equivalência no resultado, os saldos ativos e passivos e as receitas e
despesas decorrentes de operações entre as sociedades consolidadas, assim com os lucros
não realizados entre as empresas.
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4 Caixa e equivalentes de caixa
2010 2009
Controladora Consolidado Controladora Consolidado
Caixa e bancos 262 1.352 87 356 Operações compromissadas 91.497 39.780 Depósitos a prazo em bancos no Brasil 181.303 113.351 245.868 224.234
181.565 206.200 245.955 264.370
As aplicações em depósitos a prazo em bancos e em operações compromissadas, detidos
pelo Fundo FIM Guardian, têm, em 30 de junho de 2010, vencimentos contratuais até 15 de
maio de 2013 e até 1o de novembro de 2026, respectivamente. Os bancos garantem à
Companhia o direito de resgate da totalidade das aplicações, sem qualquer penalidade. O
Fundo FIM Guardian é um fundo exclusivo da Companhia, que detém 100% das suas cotas,
no montante de 113.988.877 cotas em junho de 2010 (2009 - 171.861.753). As
demonstrações contábeis desse Fundo foram auditadas por auditores independentes.
5 Clientes
2010 2009
Controladora Consolidado Controladora Consolidado
Venda de cana-de-açúcar 2.116 2.116 3.291 3.291 Venda de grãos 8.310 12.591 Arrendamentos 552 272 Venda de fazenda 2.514 2.423
Total circulante 10.426 17.773 3.291 5.986
Venda de fazenda - não circulante 4.293 6.298
Créditos por venda de grãos referem-se basicamente a contratos de venda de soja. A
totalidade desse valor foi recebida em julho de 2010.
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28 G:\JUN\BRAAGR10.JUN.MOD
6 Créditos fiscais e tributários
2010 2009
Controladora Consolidado Controladora Consolidado
IRRF sobre aplicações financeiras a compensar 14.396 14.950 6.712 6.838 PIS e COFINS não cumulativo a compensar 2.096 2.381 Impostos pago antecipado 2.118 2.372 Outros impostos e contribuições a compensar 174 800 2.829 3.228
Total circulante 16.666 18.131 11.659 12.438
ICMS a recuperar 2.741 2.741 ICMS a recuperar sobre ativo imobilizado 141 141
Total não circulante 2.882 2.882
7 Estoques - circulante
2010 2009
Controladora Consolidado Controladora Consolidado
Produtos acabados Arroz 2.251 2.062 1.361 1.255 Milho 6.394 5.840 3.670 3.001 Soja 9.114 6.925 1.773 1.772 Sorgo 1.214 1.003 242 242 Outros cultivos 34 34 53 41 Culturas em formação Arroz 53 53 Cana 4 4 Milho 1.535 1.384 4.522 4.522 Soja 134 73 73 Sorgo 560 500 1.258 1.031 Insumos 4.611 5.096 4.378 4.789 Adiantamento a fornecedor 792 651 912 1.219
26.505 23.629 18.299 18.002
8 Aplicações financeiras de longo prazo (controladora e consolidado)
Corresponde às contas "Reserva" e "Fiança" mantidas como garantia pelos financiamentos
obtidos em dezembro de 2009 e junho de 2010 respectivamente (Nota 13).
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29 G:\JUN\BRAAGR10.JUN.MOD
9 Estoque de imóveis rurais - não circulante
Consolidado
Fazenda Estado Hectares Imobiliária Aquisição 2010 2009
São Pedro Goiás 2.443 Araucária Ltda. 1o de setembro de 2006 9.937
Jatobá Bahia 31.602 Jaborandi S.A. 5 de março de 2007 32.998 32.998 Araucária Goiás 9.682 Araucária Ltda. 20 de abril de 2007 70.362 67.361 Alto Taquari Mato Grosso 5.266 Mogno Ltda. 2 de agosto de 2007 33.211 33.211 Chaparral Bahia 12.576 Cajueiro Ltda. 29 de novembro de 2007 21.647 20.592 Cometa Bahia 11.473 Cajueiro Ltda. 29 de novembro de 2007 12.337 12.337 Cachoeira Bahia 13.080 Cajueiro Ltda. 30 de novembro de 2007 13.858 13.470 Cremaq Piauí 32.375 Cremaq Ltda. 22 de abril de 2008 42.021 42.021 Preferência Bahia 17.800 Cajueiro Ltda. 11 de setembro de 2008 9.540 10.125 Horizontina Maranhão 14.358 Ceibo Ltda. 9 de março de 2010 37.197 Nova Buriti Minas Gerais 3.064 Flamboyant Ltda. 28 de maio de 2010 429
283.547 232.115
Fazenda São Pedro
Em 31 de dezembro de 2009 a Companhia transferiu a Fazenda São Pedro para a sua
controlada Imobiliária Araucária, administradora das fazendas de Goiás. De acordo com
nossa política tributária as fazendas produtivas devem ser consideradas como estoque de
imóveis rurais nas controladas.
Fazenda Araucária
Em 6 de janeiro de 2010, as partes deram como encerrado o processo de extinção de
condomínio entre a Imobiliária Araucária e a ETH Bioenergia, promovendo o
desmembramento legal da fazenda Morro Vermelho.
De acordo com o resultado das avaliações realizadas pelas partes, a gleba Araucária
corresponde a 75% do valor econômico total da fazenda e a gleba ETH Bioenergia
corresponde a 25% do valor econômico total da fazenda, não havendo, portanto, qualquer
compensação financeira a ser feita entre as partes pela divisão da fazenda.
Em 27 de janeiro de 2010 a Companhia adquiriu parte da gleba Morrinhos, de propriedade da
ETH Bioenergia, compreendida no perímetro da Fazenda Araucária, que possui 223,3
hectares e foi avaliada pelas partes considerando o valor de 320 sacas de soja por hectare, a
R$ 42,00 a saca, pelo valor de R$ 3.001.
Fazenda Horizontina
Em 9 de março de 2010 a Companhia realizou, sob autorização do Conselho de
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30 G:\JUN\BRAAGR10.JUN.MOD
Administração, a compra da Fazenda Horizontina, administrada pela sua controlada,
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31 G:\JUN\BRAAGR10.JUN.MOD
Imobiliária Ceibo, responsável pelas fazendas do Maranhão. De acordo com nossa política
tributária as fazendas produtivas devem ser consideradas como estoque de imóveis rurais nas
controladas.
Fazenda Nova Buriti
Em 30 de junho de 2010 a Companhia transferiu 3.064 ha da Fazenda Nova Buriti para a sua
controlada Imobiliária Flamboyant, administradora das fazendas de Minas Gerais.
Fazenda Cremaq
Em dezembro de 2009, 10.097 hectares da fazenda Cremaq foram dados como garantia de
pagamento do financiamento obtido junto ao Banco do Nordeste (BNB) (Nota 13).
10 Investimentos em controladas e coligada
Milhares de Lucro
ações ou quotas Patrimônio (prejuízo )
possuídas pela Participação no líquido ajustado no
Companhia capital total - % ajustado período
Em 30 de junho de 2010 Controladas Araucária 82.140 99,99 79.242 1.320 Cremaq 40.361 99,99 42.850 346 Engenho de Maracaju 10.194 99,99 10.355 162 Jaborandi 26.577 90,00 26.072 228 Jaborandi Ltda. 18.004 75,00 14.658 (4.225 ) Cajueiro 52.319 99,99 58.637 901 Mogno 22.717 99,99 16.153 (1.273 ) Ceibo 99,99 2 (8 ) Flamboyant 99,99 (7 ) (7 ) Coligada Green Ethanol LLC 4.376 40,65 1.009 (16.971 ) Em 30 de junho de 2009 Controladas Araucária 72.436 99,99 68.932 1.281 Cremaq 40.361 99,99 44.271 1.291 Engenho de Maracaju 10.194 99,99 14.899 (1.983 ) Jaborandi 15.391 90,00 16.369 (658 ) Jaborandi Ltda. 4.774 75,00 3.452 (1.885 ) Cajueiro 51.628 99,99 47.776 629 Mogno 22.624 99,99 17.810 (1.246 ) Coligada
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32 G:\JUN\BRAAGR10.JUN.MOD
Milhares de Lucro
ações ou quotas Patrimônio (prejuízo )
possuídas pela Participação no líquido ajustado no
Companhia capital total - % ajustado período
Em 30 de junho de 2010 Green Ethanol LLC 4.376 40,65 20.115 (4.051 )
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33 G:\JUN\BRAAGR10.JUN.MOD
(a) Movimentação dos investimentos
(i) Exercício findo em 30 de junho de 2010 Cremaq Engenho Jaborandi S.A. Jaborandi Ltda. Araucária Mogno Cajueiro Ceibo Flamboyant Tarpon Total
Composição do saldo em 30 de junho de 2009 43.704 14.899 23.260 13.611 68.215 17.426 48.066 6.979 236.160 Aumento de capital 8.529 11.572 9.707 93 10.361 10 40.272 Adiantamento para futuro aumento de capital (4.594 ) (9.055 ) 2.996 (93 ) (691 ) 13.147 449 2.159 Resultado de equivalência patrimonial 346 162 205 (3.169 ) 1.320 (1.273 ) 901 (8 ) (7 ) (1.523 ) Perda com investimentos (6.569 ) (6.569 ) Distribuição de dividendos (1.200 ) (4.705 ) (5.905 )
Composição do saldo em 30 de junho de 2010 42.850 10.356 27.400 12.959 82.238 16.153 58.637 13.149 442 410 264.594
Investimentos 42.850 10.356 23.465 10.993 79.242 16.153 58.637 2 (7 ) 410 242.101 Adiantamento para futuro aumento de capital 3.935 1.966 2.996 13.147 449 22.493
42.850 10.356 27.400 12.959 82.238 16.153 58.637 13.149 442 410 264.594
(*) Adiantamento para futuro aumento de capital - os valores negativos são provenientes de integralizações de 2009 realizadas em 2010.
(ii) Exercício findo em 30 de junho de 2009
Cremaq
Engenho
Jaborandi S.A.
Jaborandi Ltda.
Araucária
Mogno
Cajueiro
Tarpon Ethanol
Total
Saldo antes dos ajustes da Lei n
o 11.638 em 30 de junho de 2008 43.664
21.110
17.100
8.359
49.188
17.515
13.893
6.915
177.744
Aplicação retroativa dos ajustes da Lei no 11.638 (683 ) (4.234 ) (1.776 ) (395 ) (2.204 ) (1.015 ) (1.022 )
(11.329 )
Saldo após ajustes Lei n
o 11.638 em 30 de junho de 2008 42.981
16.876
15.324
7.964
46.984
16.500
12.871
6.915
166.415
Aumento de capital
6
20.667
2.556
34.276
64
57.569 Adiantamento para futuro aumento de capital
8.529
7.061
93
691
16.373
Resultado de equivalência patrimonial 723
(1.983 ) (593 ) (1.414 ) 564
(1.723 ) 228
(4.198 )
Saldo em 30 de junho de 2009 43.704
14.899
23.260
13.611
68.215
17.426
48.066
6.979
236.160
Composição do saldo em 30 de junho de 2009 Investimento 43.704
14.899
14.732
2.589
68.215
17.333
47.376
6.979
215.826 Adiantamento para futuro aumento de capital
8.529
11.022
93
690
20.334
43.704
14.899
23.260
13.611
68.215
17.426
48.066
6.979
236.160
Brasilagro Companhia Brasileira de Propriedades Agrícolas
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34 G:\JUN\BRAAGR10.JUN.MOD
Conforme mencionado na Nota 3, os patrimônios líquidos e resultados utilizados para cálculo
do investimento e da equivalência patrimonial foram ajustados para refletir os resultados não
realizados entre as companhias.
(b) Informações sobre as investidas
A Jaborandi foi criada como parte da parceria com o Grupo Maeda, para aquisição e
exploração da Fazenda Jatobá. As participações minoritárias na Jaborandi S.A. e na
Jaborandi Ltda. são detidas pelo grupo Maeda.
Em 18 de fevereiro de 2010, ETH Bioenergia adquiriu a Brenco diluindo a participação da
Green Ethanol a 0,047%. Em função da compra, a Green Ethanol realizou um impairment da
sua participação na nova Companhia. Esta reavaliação demonstrou que o valor da
participação da Green Ethanol na nova empresa é de R$ 1.088. Com isso, a Brasilagro, que
detém 40,65%, manteve registrado em seus investimentos em coligadas o valor de R$ 410
registrando uma perda com investimento em coligadas de R$ 6.569 em seu resultado.
Brasilagro Companhia Brasileira de Propriedades Agrícolas
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35 G:\JUN\BRAAGR10.JUN.MOD
11 Imobilizado
(a) Controladora
Veículos e
Terras -
Edifícios e
Equipamentos
máquinas
Móveis e
Culturas
Total em
Imobilizado em
fazendas
benfeitorias
e instalações
agrícolas
utensílios
permanentes
operação
andamento
Total
Saldo em 1
o de julho de 2008 30.860
1.233
674
1.839
272
8.275
43.153
9.906
53.059
Aquisições 279
552
956
2.578
4
38.849
43.218
1.926
45.144 Baixas
(45 )
(45 ) (9.745 ) (9.790 )
Depreciação e exaustão
(75 ) (451 ) (107 ) (167 ) (2.457 ) (3.257 )
(3.257 )
Saldo em 30 de junho de 2009 31.139
1.710
1.134
4.310
109
44.667
83.069
2.087
85.156
Custo total 31.139
1.897
1.674
4.670
288
48.483
88.151
2.087
90.238 Depreciação acumulada
(187 ) (540 ) (360 ) (179 ) (3.816 ) (5.082 )
(5.082 )
Valor residual 31.139
1.710
1.134
4.310
109
44.667
83.069
2.087
85.156
Saldo em 30 de junho de 2009 31.139
1.710
1.134
4.310
109
44.667
83.069
2.087
85.156 Aquisições
391
2.795
1.286
68
27.486
32.026
7.022
39.048
Baixas (10.132 )
(91 )
(10.223 )
(10.223 ) Transferências
527
(424 ) (103 )
Depreciação e exaustão
(130 ) (55 ) (1.082 ) 100
(8.919 ) (10.086 )
(10.086 )
Saldo em 30 de junho de 2010 21.007
2.498
3.450
4.320
277
63.234
94.786
9.109
103.895
Custo total 21.007
2.815
4.045
5.762
356
75.969
109.954
9.109
119.063 Depreciação acumulada
(317 ) (595 ) (1.442 ) (79 ) (12.735 ) (15.168 )
(15.168 )
Valor residual 21.007
2.498
3.450
4.320
277
63.234
94.786
9.109
103.895
Taxas anuais de depreciação - %
10-20
10-20
20
20
15-25
Brasilagro Companhia Brasileira de Propriedades Agrícolas
Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras em 30 de junho de 2010 e de 2009 Em milhares de reais
36 G:\JUN\BRAAGR10.JUN.MOD
(b) Consolidado
Veículos e
Terras -
Edifícios e
Equipamento e
máquinas
Móveis e
Culturas
Total em
Imobilizado em
fazendas
benfeitorias
instalações
agrícolas
utensílios
permanentes
operação
andamento
Total
Saldo em 1
o de julho de 2008 30.860
1.778
773
2.602
303
14.071
50.387
9.705
60.092
Aquisições 279
212
2.167
2.637
18
41.900
47.213
47.213 Baixas
(45 )
(45 ) (7.582 ) (7.627 )
Depreciação e exaustão
(74 ) (633 ) (72 ) (183 ) (3.229 ) (4.191 )
(4.191 )
Saldo em 30 de junho de 2010 31.139
1.916
2.262
5.167
138
52.742
93.364
2.123
95.487
Custo total 31.139
2.103
2.992
5.563
334
57.329
99.460
2.123
101.583 Depreciação acumulada
(187 ) (730 ) (396 ) (196 ) (4.587 ) (6.096 )
(6.096 )
Valor residual 31.139
1.916
2.262
5.167
138
52.742
93.364
2.123
95.487
Saldo em 30 de junho de 2009 31.139
1.916
2.262
5.167
138
52.742
93.364
2.123
95.487 Aquisições
487
2.871
1.376
75
33.379
38.188
7.142
45.330
Baixas (10.132 )
(91 )
(10.223 )
(10.223 ) Transferências
1.660
(1.531 ) (128 ) (1 )
Depreciação e exaustão
(212 ) 76
(1.318 ) 106
(10.188 ) (11.536 )
(11.536 )
Saldo em 30 de junho de 2010 21.007
3.851
3.678
5.006
318
75.933
109.793
9.265
119.058
Custo total 21.007
4.250
4.332
6.720
408
90.708
127.425
9.265
136.690 Depreciação acumulada
(399 ) (654 ) (1.714 ) (90 ) (14.775 ) (17.632 )
(17.632 )
Valor residual 21.007
3.851
3.678
5.006
318
75.933
109.793
9.265
119.058
Taxas anuais de depreciação - %
10-20
10-20
20
20
15-25
Brasilagro Companhia Brasileira de Propriedades Agrícolas
Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras em 30 de junho de 2010 e de 2009 Em milhares de reais
37 G:\JUN\BRAAGR10.JUN.MOD
A Companhia concluiu as análises periódicas do prazo de vida útil, com o objetivo de revisar e
ajustar a vida útil-econômica estimada para o cálculo da depreciação, bem como para
determinar o valor residual dos itens do imobilizado. Para fins dessa análise, a Companhia
contratou empresa especializada, que emitiu Laudo de Avaliação datado de julho de 2010.
Para a elaboração do laudo, a empresa de avaliação considerou o planejamento operacional
da Companhia para os próximos exercícios, antecedentes internos, como o nível de
manutenção e utilização dos itens, elementos externos de comparação, tais como tecnologias
disponíveis, recomendações e manuais de fabricantes e taxas de vivência dos bens.
Considerando que historicamente a Companhia não efetua a alienação de seus principais
itens do imobilizado, senão na forma de sucata, o valor residual dos itens do imobilizado foi
considerado como sendo igual a zero. Considerando que os ativos da Companhia possuem
pouco tempo de uso, o resultado do laudo concluiu a não existência de alteração na
estimativa de vida útil dos itens do imobilizado, bem como, impairment dos seus bens.
As depreciações incorridas no imobilizado das fazendas são alocadas no custo do produto
vendido. Em 30 de junho de 2010 foram alocados como custo e como despesa, R$ 9.182
(2009 - R$ 2.653) e R$ 904 (2009 - R$ 604) e no consolidado R$ 10.632 (2009 - R$ 3.585) e
R$ 904 (2009 - R$ 606) respectivamente.
(c) Terras - fazendas
Fazenda Nova Buriti
O saldo de R$ 21.007 corresponde à compra da Fazenda Nova Buriti. O valor contabilizado
no imobilizado corresponde ao custo de aquisição por R$ 21.113 e gastos de R$ 323
diretamente atribuíveis à aquisição da fazenda. Em 30 de junho de 2010 foi transferido R$ 429
referente a 3.064 hectares para a Imobiliária Flamboyant.
12 Aquisições a pagar
2010 2009
Controladora Consolidado Controladora Consolidado
Passivo circulante Fazenda Jatobá (i) 4.429 7.774 Fazenda Alto Taquari (ii) 18.278 16.836 Fazenda Nova Buriti (iii) 14.663 14.663 14.081 14.081 Fazenda Horizontina (iv) 24.050 Fazenda Preferência 9.089
14.663 61.420 14.081 47.780
Os passivos referentes: (i) Fazenda Jatobá - corrigido pela variação do dólar estadunidense, (ii) Fazenda Alto Taquari - 100% do
CDI, (iii) Fazenda Nova Buriti - IGP-M (Índice Geral de Preços de Mercado) e (iv) Fazenda Horizontina - não possuem correção
para os próximos nove meses; após esse período será corrigida a 60% do CDI. Todos os pagamentos são realizados em moeda
nacional.
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O passivo referente à Fazenda Jatobá é trazido a valor presente atualizado à taxa média do dólar calculado sobre o valor nominal
existente na data da compra.
13 Financiamentos - curto e longo prazos
Taxa anual 2010 2009
de juros e encargos - % Controladora Consolidado Controladora Consolidado
Curto prazo Financiamento de Custeio Agrícola - BNB 7,23/6,16 18.509 25.869 10.090 14.203 Outros 1,95 + TJLP/4,5 2.640 2.820 954 1.285
21.149 28.689 11.044 15.488
Longo prazo Financiamento de Safra - Itaú 1,95 + TJLP 10.212 10.212 Financiamento plantio de cana-de-açúcar
1,95 + TJLP
7.577
7.577
Financiamento de Máquinas e Equipamentos - FINAME
1,95 + TJLP/4,5
2.048
2.296
1.890
2.182
Financiamento Projeto Cremaq - BNB 8,5 19.444 36.791
31.704 49.299 9.467 9.759
52.853 77.988 20.511 25.247
Referências:
. Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP).
. Financiamento de Máquinas e Equipamentos (FINAME).
. Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
. Empréstimo do Governo Federal (EGF).
. Banco do Nordeste (BNB) (Taxa bruta).
Os montantes a vencer têm em 30 de junho de 2010 a seguinte composição, por ano de
vencimento: Controladora Consolidado
2010 21.149 28.689 2011 3.884 5.248 2012 6.587 6.770 2013 5.224 7.836 2014 16.009 29.445
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52.853 77.988
Os bens objeto desses financiamentos foram oferecidos como garantia e serão mantidos com
alienação fiduciária até a liquidação final dos contratos.
Todos os financiamentos acima reúnem características próprias e condições definidas em
contratos com órgãos de fomento governamentais, que repassam direta ou indiretamente os
mesmos. As taxas de juros são inferiores às taxas de mercado, pela razão destas linhas de
financiamentos terem características de longo prazo limitadas às agências de fomento
governamentais.
Em fevereiro de 2010, a Companhia obteve junto ao Banco do Nordeste - BNB,
financiamentos para o custeio de safras. Seu valor consolidado, R$ 25.869, tem prazo de um
ano e é corrigido à taxa de 1,95 + TJLP.
Em junho de 2010, a Jaborandi Ltda. obteve um financiamento no valor de R$ 17.280 junto ao
Banco do Nordeste - BNB, com prazo de nove anos juros de 8,5% a.a.
Os financiamentos obtidos em dezembro de 2009 e junho de 2010 possuem um fundo de
liquidez em conta-reserva no valor de R$ 1.416 e R$ 1.090 respectivamente remunerados
a CDI.
A Controladora possui uma hipoteca da fazenda Cremaq como garantia do financiamento
obtido em dezembro de 2009 e uma fiança no valor de R$ 24.056 referente aos recursos
obtidos em junho de 2010 pela controlada Jaborandi Ltda. remunerada a CDI.
14 Provisão para contingências
Em 30 de junho de 2010, a Companhia é parte envolvida em processos trabalhistas (R$ 146),
tributários (R$ 137) e ambientais (R$ 63), e está discutindo essas questões tanto na esfera
administrativa como na judicial, as quais, quando aplicáveis, são amparadas por depósitos
judiciais. As provisões para as eventuais perdas decorrentes desses processos são estimadas
e atualizadas pela administração, amparada pela opinião de seus consultores legais externos.
15 Patrimônio líquido
(a) Capital social
O capital social em 30 de junho de 2010 e em 30 de junho de 2009 está composto por
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58.422.400 ações ordinárias.
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(b) Reserva legal e de retenção de
lucros e dividendos
A reserva legal é constituída anualmente como destinação de 5% do lucro líquido do exercício
e não poderá exceder a 20% do capital social. A reserva legal tem por fim assegurar a
integridade do capital social e somente poderá ser utilizada para compensar prejuízo e
aumentar o capital.
Deverá ser destinada a parcela necessária ao pagamento de dividendo obrigatório, que não
poderá ser inferior, em cada exercício, a 25% do lucro líquido anual ajustado, na forma
prevista pelo artigo 202 da Lei das Sociedades por Ações.
(c) Acordo de acionistas
Cresud S.A.C.I.F. Y A., Tarpon Investimentos S.A., Tarpon Agro LLC, Cape Town LLC e Elie
Horn ("Acionistas Signatários") celebraram, em 24 de março de 2006, acordo de acionistas,
cujas principais características são resumidas como segue:
(i) Vinculação ao acordo de 80% das ações detidas pelos Acionistas Signatários.
(ii) Os Acionistas Signatários se comprometem a manifestar voto em bloco na Assembleia Geral
sobre determinadas matérias constantes do acordo.
(iii) Os membros do Conselho de Administração escolhidos pelos Acionistas Signatários deverão
manifestar voto de acordo com a decisão conjunta dos Acionistas Signatários para
determinadas matérias que são de competência do Conselho de Administração.
(iv) Os acionistas signatários terão direito de preferência para aquisição de ações ou direitos de
outro acionista signatário que pretenda alienar sua participação.
(v) O acordo vigorará por um período de 25 anos ou até que a participação conjunta dos
Acionistas Signatários seja igual a zero, o que ocorra primeiro.
(d) Bônus de subscrição
Em 15 de março de 2006, o Conselho de Administração aprovou a emissão de 512.000 bônus
de subscrição de ações, sendo 256.000 para a primeira emissão, e 256.000 para a segunda
emissão, os quais foram entregues aos acionistas fundadores, na proporção de suas
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participações no capital social da Companhia na data da emissão dos bônus de subscrição.
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Cada uma das emissões dos bônus de subscrição confere aos titulares dos mesmos, o direito
a subscrição de ações de emissão da Companhia, no montante equivalente a 20% de seu
capital social, após o aumento decorrente do exercício integral dos bônus de subscrição de
cada emissão.
Os Bônus de Subscrição da 1a emissão conferem aos seus titulares, a partir das datas em
que se tornarem passíveis de exercício, o direito à subscrição de ações de emissão da
Companhia mediante o pagamento do preço por ação praticado na oferta pública inicial,
sujeito a determinadas regras de atualização e ajuste. Os Bônus de Subscrição da 1a emissão
foram emitidos em três séries, que se diferenciam exclusivamente quanto à data em que tem
início o direito de subscrever as ações por eles conferido.
Os Bônus de Subscrição da 1a emissão/1a série poderão ser exercidos a partir do
encerramento do 12o mês contado da data de sua emissão e têm como objeto um total de
85.336 Bônus de Subscrição. Os Bônus de Subscrição da 1a emissão/2a série poderão ser
exercidos a partir do encerramento do 24o mês contado da data de sua emissão e têm como
objeto um total de 85.332 Bônus de Subscrição. Os Bônus de Subscrição da
1a emissão/3a série poderão ser exercidos a partir do encerramento do 36o mês contado da
data de sua emissão e têm como objeto um total de 85.332 Bônus de Subscrição.
Excepcionalmente, os Bônus de Subscrição da 1a emissão poderão ser exercidos por seus
titulares nas hipóteses de transferência do controle da Companhia ou aquisição de
participação relevante, conforme definido nos termos do ato societário que deliberou a
emissão dos Bônus de subscrição. Cada conjunto de 1.000 Bônus de Subscrição da
1a emissão dá direito à subscrição de 1 (uma) ação de emissão da Companhia quando de sua
atribuição (100 ações após o desdobramento aprovado em outubro de 2007).
Os Bônus de Subscrição da 2a emissão conferem aos seus titulares, o direito de subscrever
ações de emissão da Companhia por até 15 anos, contados da data de publicação do anúncio
de encerramento da oferta publica inicial de ações e exclusivamente nas hipóteses de
transferência do controle ou aquisição de participação acionária relevante na Companhia,
conforme definido nos termos do ato societário que deliberou a emissão dos Bônus de
Subscrição. Em tais hipóteses deverão ser apresentadas ofertas públicas de aquisição de
todas as ações em circulação da Companhia. Para a subscrição de ações objeto dos Bônus
de Subscrição da 2a emissão, os seus titulares estarão obrigados a pagar o mesmo preço por
ação praticado nas referidas ofertas públicas de aquisição de ações da Companhia. Cada
conjunto de 1.000 Bônus de Subscrição da 2a emissão dá direito à subscrição de 1 (uma)
ação de emissão da Companhia quando de sua atribuição (100 ações após o desdobramento
aprovado em outubro de 2007).
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As quantidades de ações a serem subscritas conforme os Bônus de Subscrição serão
ajustadas em caso de grupamento ou desdobramento de ações.
16 Receitas por venda de grãos e
cana-de-açúcar
(a) Controladora
2010 2009
Toneladas entregues
(não examinado por auditor
independente
)
Receita reconhecida
nos 12 meses
Toneladas entregues
(não examinado por auditor
independente
)
Receita reconhecida
nos 12 meses
Venda de cana-de-açúcar 445.797 6.731 88
Venda de grãos Soja 36.716 18.962 36.336 25.215 Sorgo 2.710 521 3.786 720 Milho 20.561 5.222 15.223 4.665 Arroz 598 296 127 38 Feijão 7
25.008 30.638
Venda de subprodutos e outros 12 73
31.751 30.799
(b) Consolidado
2010 2009
Toneladas entregues
(não examinado por auditor
independente
)
Receita reconhecida
nos 12 meses
Toneladas entregues
(não examinado por auditor
independente
)
Receita reconhecida
nos 12 meses
Venda de cana-de-açúcar 445.797 6.731 88
Venda de grãos Soja 50.553 25.814 43.631 30.561 Sorgo 2.710 521 3.786 720 Milho 20.561 4.962 15.223 4.675 Arroz 598 296 127 38 Feijão 7
31.600 35.994
Venda de subprodutos e outros 274 73
38.605 36.155
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17 Receita consolidada por
arrendamento de terras
A receita por arrendamento de terras acumulada no exercício findo em 30 de junho de 2010
corresponde aos contratos celebrados pelas controladas Jaborandi e Cremaq. Não existem
cláusulas de opção de compra por parte do arrendatário para estes contratos.
18 Imposto de renda e contribuição social
O exercício fiscal para fins de apuração do imposto de renda e da contribuição social é o ano
calendário, que difere do exercício social da Companhia que finaliza em 30 de junho de cada
ano.
(a) Reconciliação do benefício (despesa) de
imposto de renda e contribuição social
Controladora
2010
2009
Demais atividades
Atividade rural
Total
Total
Lucro (prejuízo) antes do imposto de
renda e da contribuição social (12.420 ) (12.276 ) (24.696 ) 5.707 Alíquota nominal combinada do imposto
de renda e da contribuição social - % 34
34
34
34
Imposto de renda e contribuição social às alíquotas da legislação 4.223
4.174
8.397
(1.940 )
Ajustes para cálculo pela alíquota efetiva
Equivalência patrimonial e perdas com investimentos 2.751
2.751
1.427
Outras (2.286 )
(2.286 ) (4.244 )
IRPJ e CSLL 4.688
4.174
8.862
(4.757 )
Corrente
(369 ) Diferido 4.688
4.174
8.862
(4.388 )
4.688
4.174
8.862
(4.757 )
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Consolidado
2010
2009
Demais atividades
Atividade rural
Total
Total
Lucro (prejuízo) antes do imposto de
renda e da contribuição social (13.578 ) (14.008 ) (27.586 ) 3.597 Alíquota nominal combinada do imposto
de renda e da contribuição social - % 34
34
34
34
Imposto de renda e contribuição social às alíquotas da legislação 4.616
4.763
9.379
(1.223 )
Ajustes para cálculo pela alíquota efetiva
Perdas com investimentos 2.233
2.233 Outras (2.356 ) 1.462
(894 ) (1.961 )
IRPJ e CSLL 4.493
6.225
10.718
(3.184 )
Corrente (605 )
(605 ) (1.748 )
Diferido 5.098
6.225
11.323
(1.436 )
4.493
6.225
10.718
(3.184 )
(b) Composição do imposto de renda
e contribuição social diferidos
O saldo dos ativos e passivos diferidos apresentam-se como:
2010
2009
Controladora
Consolidado
Controladora
Consolidado
Ativo Não corrente, substancialmente
prejuízo fiscal da atividade rural e demais atividades 16.360
20.499
9.657
11.378
Passivo Corrente - outros
(851 ) (832 ) (1.691 ) Não corrente, substancialmente depreciação acelerada de bens destinados à atividade rural (17.670 ) (18.765 ) (13.844 ) (14.921 )
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(c) Período estimado de realização
Os valores dos ativos, fiscais diferidos, apresentam as seguintes expectativas de realização:
2010
Ano Controladora
Consolidado
2016 2.581
2.581 2017 4.454
4.454
2018 4.699
4.699 2019 4.626
6.735
2020
2.030
16.360
20.499
(d) Regime Tributário de Transição
Na entrega da declaração do imposto de renda pessoa jurídica 2010 (DIPJ-2010), ano-
-calendário 2009, a Companhia optou por adotar o Regime Tributário de Transição (RTT), que
permite à pessoa jurídica eliminar os efeitos contábeis da Lei no 11.638/07 e da MP no 449/08.
19 Partes relacionadas
(a) Contrato de consultoria
Em 15 de março de 2006, a Companhia firmou contrato de consultoria com a Paraná
Consultora de Investimentos S.A., empresa especializada em consultoria no setor
agropecuário, sob controle indireto do acionista da Companhia, Tarpon BR S.A. (empresa
controlada pelos também acionistas Tarpon Investimentos S.A. e pelo Sr. Elie Horn), e das
seguintes partes relacionadas: Consultores Asset Management S.A. e Sr. Alejandro Elsztain.
As principais condições estipuladas no referido contrato são: (i) o contrato permanecerá em
vigor por prazo indeterminado e poderá ser rescindido com prazo de seis meses de
antecedência, (ii) como remuneração a Paraná receberá anualmente 1% do capital social da
Companhia e (iii) em caso de rescisão do contrato pela Companhia, sem justa causa, deverá
ser pago à Paraná multa fixada em R$ 4.316, corrigida pelo Índice de Preços ao Consumidor
Amplo - IPC-A.
A Companhia informou aos seus acionistas e ao público em geral, conforme Fato Relevante
divulgado em 26 de julho de 2010, a resilição desse contrato (Nota 24).
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(b) Contratos de compartilhamento
de estrutura física
A Brasilagro possui um contrato de compartilhamento de estrutura física, administrativa e
operacional com suas controladas no valor de R$ 3 mensais.
(c) Contratos de arrendamento
A Controladora e a controlada Jaborandi S.A. têm assinado contratos de arrendamento de
terras com partes relacionadas imobiliárias. O valor total dos arrendamentos reconhecido
como receita pelas empresas imobiliárias (e eliminados na consolidação) nos exercícios
findos em 30 de junho de 2010 e de 2009 foi de R$ 5.483 e R$ 5.067, respectivamente.
(d) Mútuo Maeda
Em abril de 2010, a Brasilagro e o Grupo Maeda assinaram um aditamento ao contrato de
mútuo, referente ao excesso de aportes como adiantamento para futuro aumento de capital
em relação à sua proporção no capital da investida, no valor de R$ 6.060, acrescido de
1,35% a.m. de juros. Como garantia foi dada parte das ações da Jaborandi S.A. pertencentes
ao Grupo Maeda.
20 Seguros
A Companhia mantém seguros sobre veículos, responsabilidade civil com cobertura para as
fazendas e seguro de vida e acidentes pessoais para funcionários e diretores, e também
seguro de "D&O" (Diretores e ofícios). A companhia avaliou o risco dos prédios e instalações
das fazendas de propriedade do grupo e concluiu não haver necessidade de seguros de
outras naturezas em função da baixa probabilidade de riscos.
21 Compromissos
Como parte de sua política comercial a Companhia realiza contratos de venda para entrega
futura da sua produção estimada.
(a) Soja
O preço de venda da soja pode ser fixado pela Companhia para o volume total ou parcial até
a entrega. O preço, quando fixado, é determinado seguindo uma formula contratual baseada
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na cotação da soja na Chicago Board of Trade ("CBOT"). O preço fixado em dólares
estadunidenses é liquidado no final do período do compromisso em reais considerando taxas
de câmbio definidas contratualmente alguns dias antes da data de liquidação financeira.
Os termos dos contratos sujeitam a Companhia a pagamentos de multa em caso de não
entrega dos volumes comprometidos.
Em 30 de junho de 2010, existem compromissos firmados por 738.333 sacas de soja (em
junho não existiam compromissos dessa natureza).
A posição de hedge de moeda e soja está detalhada conforme instruções da CVM na Nota de
Instrumentos Financeiros (Nota 22).
(b) Contratos de fornecimento de cana-de-açúcar
entre Brasilagro e ETH Bioenergia
Em 6 de março de 2008, a Companhia assinou contratos de fornecimento exclusivo à
ETH Bioenergia, obrigando a ETH Bioenergia, por sua vez, a adquirir da Companhia a
produção total de dois ciclos completos de lavoura de cana-de-açúcar, de seis anos agrícolas
com cinco cortes, com a possibilidade de extensão ou prorrogação desse prazo por mais um
ciclo agrícola completo, mediante acordo entre as partes. A duração de cada ciclo poderá ser
estendida, também de comum acordo entre as partes. Um contrato refere-se à lavoura que
será implantada pela Companhia na área de aproximadamente 5.718 ha na Fazenda Araucária
e o segundo contrato corresponde à área aproximada de 3.669 ha na Fazenda Alto Taquari.
O preço da tonelada da cana-de-açúcar, para efeito dos presentes contratos, será aquele
fixado com base no Açúcar Total Recuperável (ATR), por tonelada de cana-de-açúcar
efetivamente entregue levando-se em consideração o mix de produção da unidade industrial
em questão.
22 Instrumentos financeiros
A Companhia opera com diversos instrumentos financeiros, com destaque para as
disponibilidades, incluindo aplicações financeiras, contas a receber de clientes, contas a pagar
a fornecedores e empréstimos e financiamentos.
Determinadas operações da Companhia estão expostas a riscos de mercado, principalmente
com relação às variações de taxas de câmbio, taxas de juros e de variações de preços das
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commodities agrícolas. Em função disso, a Companhia também opera com instrumentos
financeiros derivativos, especialmente operações de swap.
Considerando a natureza dos instrumentos, excluindo-se os instrumentos financeiros
derivativos, o valor justo é basicamente determinado pela aplicação do método do fluxo de
caixa descontado. Os valores registrados no ativo e no passivo circulante têm liquidez
imediata ou vencimento, em sua maioria, em prazos inferiores a seis meses. Considerando o
prazo e as características desses instrumentos, que são sistematicamente renegociados, os
valores contábeis aproximam-se dos valores justos.
Caixa e equivalentes de caixa, aplicações
financeiras, contas a receber, outros
ativos circulantes e contas a pagar
Os valores contabilizados aproximam-se dos de realização.
Investimentos
Consistem, principalmente, em investimentos em controladas de capital fechado, registrados
pelo método de equivalência patrimonial, nas quais a Companhia tem interesse estratégico.
Considerações de valor de mercado das ações/quotas possuídas não são aplicáveis.
Empréstimos e financiamentos
O valor contábil dos empréstimos e financiamentos em reais tem suas taxas fixas ou atreladas
à variação da TJLP e aproxima-se do valor de mercado.
(a) Políticas aprovadas pelo Conselho
de Administração para a utilização
de instrumentos financeiros,
incluindo derivativos
A Companhia possui as seguintes políticas que orientam suas operações em relação a
instrumentos financeiros, as quais estão aprovadas pelo Conselho de Administração;
(i) Política de investimento que orienta as aplicações do caixa da Companhia, observando
riscos das contrapartes, dos instrumentos de crédito e de liquidez, entre outros; (ii) Política de
hedge que orienta a administração das exposições da Companhia aos riscos de moedas,
taxas de juros e índices e de valor de commodities agrícolas, sempre relacionando os hedges
a um ativo ou passivo gerador da exposição; e (iii) Política de risco, que contempla itens não
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endereçados na Política de investimento ou na Política de hedge ou ainda relacionado à
proteção do fluxo de caixa futuro tais como comercialização da produção futura de
commodities.
A Diretoria Financeira reporta as operações nas reuniões do Conselho de Administração.
(b) Análise de exposição a riscos
(i) Riscos com taxa de câmbio
Esse risco decorre da possibilidade da Companhia vir a incorrer em perdas por causa de
flutuações nas taxas de câmbio, que reduzem valores nominais aplicados de ativos ou
aumentam os valores devidos de passivos. Esse risco também decorre dos compromissos de
venda de produtos existentes em estoque ou ainda em formação com preços a serem fixados,
preços estes que variam dependendo da taxa de câmbio.
(ii) Riscos com taxa de juros e índices
Esse risco é oriundo da possibilidade da Companhia incorrer em perdas devido a flutuações
nas taxas de juros ou índices que aumentem as despesas financeiras relativas aos contratos
de aquisição de terras, indexados pelo IGP-M ("FGV").
(iii) Riscos com commodities
Esse risco é oriundo da possibilidade da Companhia incorrer em perdas devido a flutuações
nos preços de mercado dos produtos agrícolas.
(c) Objetivos e estratégias de gerenciamento
de riscos e de utilização de instrumentos
derivativos
A gestão de riscos financeiros é de responsabilidade da Diretoria Financeira, a qual avalia a
exposição aos riscos de taxa de câmbio, taxa de juros e índices e de valor de commodities
agrícolas existentes nos ativos, passivos e operações previstas da Companhia. Perante a
exposição a tais riscos, a administração da Companhia avalia a conveniência, custo e
disponibilidade no mercado de instrumentos financeiros derivativos que permitam reduzir a
exposição a tais riscos. Efetuada tal avaliação, a contratação de instrumentos financeiros
derivativos é decidida pela Diretoria dentro dos parâmetros previamente aprovados nas
Políticas antes referidas e reportada ao Conselho de Administração em suas reuniões.
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52 G:\JUN\BRAAGR10.JUN.MOD
(d) Riscos associados a cada
estratégia de atuação
A utilização de instrumentos derivativos como estratégia de proteção reduz os riscos de
mudanças nos fluxos de caixa decorrentes dos riscos de taxa de câmbio, taxa de juros e
índices e preços de commodities, atualmente soja.
Porém a variação no valor justo do instrumento contratado pode diferir da variação nos fluxos
de caixa ou valor justo dos ativos, passivos ou operações esperadas protegidas, como
resultado de diversos fatores tais como, entre outros, diferenças entre as datas de
contratação, datas de liquidação, spreads dos ativos e passivos protegidos e as
correspondentes pernas dos swaps. No caso das operações de proteção de ativos e passivos
já reconhecidos que a Companhia tenha optado por proteger, a administração acredita que os
instrumentos financeiros derivativos apresentam um alto grau de proteção para as variações
observadas nos ativos e passivos.
No caso da estratégia de proteção de vendas esperadas de soja ou contas a pagar/receber
denominadas em commodities, podem existir diferenças decorrentes de fatores adicionais
como diferenças entre o volume de soja a colher estimado e o real, ou diferenças entre as
cotações da soja nos mercados internacionais onde os derivativos são cotados e as cotações
nos mercados onde a soja é efetivamente entregue/recebida pela Companhia. Caso o volume
de soja efetivamente colhido resulte inferior ao valor protegido, a Companhia ficará exposta a
variações no preço de commodities pelo valor protegido em excesso e vice-versa caso o
volume de soja efetivamente colhido seja superior ao valor protegido.
Na medida em que a Companhia não fixe por meio de instrumentos derivativos o preço de
venda de soja, mas estabeleça uma faixa de preços por meio da utilização de opções, o
volume de dólares a ser recebido decorrente da venda da soja e da liquidação das opções é
uma faixa de valores. Caso o volume de contratos de venda futura de dólar resulte inferior ao
valor recebido, a Companhia ficará exposta a variações na cotação da taxa de dólar pelo valor
protegido em excesso e vice versa caso o volume de contratos de venda futura de dólar
resulte superior ao valor recebido.
Adicionalmente, a Companhia está sujeita ao risco de crédito em relação à contraparte do
instrumento financeiro derivativo. A Companhia tem contratado instrumentos financeiros
derivativos em bolsas de valores ou com instituições financeiras ou empresas trading de
primeira linha. A Companhia entende que na data do balanço não existem indícios de risco no
recebimento dos valores reconhecidos como ativo por seus instrumentos financeiros
derivativos.
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(e) Controles sobre utilização de
instrumentos derivativos
Os principais controles estabelecidos sobre a utilização de instrumentos derivativos incluem:
. existência de políticas definidas pelo Conselho de Administração;
. restrição da contratação de operações com derivativos que não seja a Diretoria Financeira;
. manutenção de um inventário centralizado de contratos derivativos em aberto de
responsabilidade da Diretoria Financeira;
. reporte diário de um relatório de risco com a posição consolidada a um grupo formado pela
Diretoria e alguns membros do Conselho de Administração;
. monitoramento mensal pela Diretoria Financeira dos valores justos reportados pelas
contrapartes e os valores estimados pela administração;
. o valor justo dos derivativos contratados é obtido de acordo com o mercado onde os
mesmos foram contratados e também onde os instrumentos encontram-se inseridos.
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(f) Instrumentos derivativos em aberto
2010
Instrumentos Controladora Consolidado Volume/
derivativos Saldo posição Ref. Risco Vencimento Estratégia em aberto Contraparte A receber A pagar A receber A pagar líquido (000 ) Unidade
1 Moeda US$ Julho de 2010 ( i) NDF Bancos nacionais 308 US$ 2 Moeda US$ Dezembro de 2010 ( i) NDF Bancos nacionais 1.073 US$ 3 Moeda US$ Dezembro de 2011 ( i) NDF Bancos nacionais 1.068 US$ 4 Moeda US$ Julho de 2010 ( ii) NDF Bancos nacionais (8.200 ) US$ 5 Moeda US$ Julho de 2010 ( ii) BM&F Bancos nacionais 2.000 US$ 6 Moeda US$ Agosto de 2010 ( ii) BM&F Bancos nacionais (500 ) US$
Circulante 1.180 60 1.200
Total risco com taxa de câmbio - moeda US$ 1.180 60 1.120 (4.251 ) US$
Circulante 1.180 60 1.120
Referências:
OTC - swaps over the counter - mercado balcão.
Estratégia ao qual o instrumento está relacionado:
(i) Passivo de compra de fazenda.
(ii) Estimativa de comercialização da safra de 2010.
2009
Instrumentos Controladora Consolidado Volume/
derivativos Saldo posição Ref. Risco Vencimento Estratégia em aberto Contraparte A receber A pagar A receber A pagar líquido (000 ) Unidade
1 Moeda US$ Março de 2010 ( i) NDF Bancos nacionais 4.159 US$ 2 Moeda US$ Maio de 2010/2013 ( ii) NDF Bancos nacionais (8.925 ) US$ 3 Moeda US$ Julho de 2010 ( iii) NDF Bancos nacionais (3.600 ) US$
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2009
Instrumentos Controladora Consolidado Volume/
derivativos Saldo posição Ref. Risco Vencimento Estratégia em aberto Contraparte A receber A pagar A receber A pagar líquido (000 ) Unidade
Circulante 519 (519 ) Longo prazo 637 (637 )
Total risco com taxa de câmbio - moeda US$ 1.156 (1.156 ) (8.366 ) US$
4
Índices R$
Dezembro de 2010
( i)
Swap de IGP-M
x CDI Bancos nacionais 5.700 R$
Total risco com taxa de juros e índices (R$) - circulante 68 5.700 R$
5
Commodities
soja Julho de 2010 ( iii) OTC Soja
Trading Companies
Internacionais (170 ) Sacas 6
Commodities soja Maio de 2010/2012 ( ii) OTC Soja
Trading Companies Internacionais (315 ) Sacas
Circulante 2.448 2.448 2.448 Longo prazo 5.909 5.909 5.909
Total risco com commodities - soja 8.357 8.325 8.357 (485 ) Sacas
Totais riscos 8.357 8.425 1.156 7.269
Circulante 2.448 2.516 519 1.997 Longo prazo 5.909 5.909 637 5.272
Referências:
OTC - swaps over the counter - mercado balcão.
Estratégia ao qual o instrumento está relacionado:
(i) Passivo de compra de fazenda. (ii) Ativo de venda de fazenda. (iii) Estimativa de comercialização da safra 2010.
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(g) Impacto dos instrumentos no resultado
Os impactos dos instrumentos financeiros derivativos no resultado da Companhia estão
destacados em contas específicas da demonstração do resultado classificados em resultados
realizados (correspondentes a derivativos já liquidados na data do balanço correspondente) e
resultados não realizados (correspondentes a derivativos ainda não liquidados) e por tipo de
risco sendo protegido.
(h) Determinação do valor justo dos
instrumentos derivativos
Os instrumentos derivativos cotados em bolsas organizadas (BM&FBovespa e Chicago Board
of Trade) são contabilizados com base nas cotações vigente na data do balanço. Para
determinar o valor justo de derivativos não cotados em bolsas organizadas são utilizadas
cotações de operações similares ou informações públicas disponíveis no mercado financeiro e
metodologias de avaliação geralmente aceitas e praticadas pelas contrapartes. As estimativas
não garantem, necessariamente, que tais operações possam ser realizadas no mercado aos
valores indicados. O uso de diferentes informações de mercado e/ou metodologias de
avaliação pode ter um efeito relevante no montante do valor estimado de mercado.
Os derivativos existentes no FIM Guardian (derivativos de moeda e índices) são marcados a
mercado pelo próprio fundo de investimento de acordo com regras próprias dos fundos de
investimentos; ou seja, usando curvas de mercado da Bolsa de Mercados e Futuros (BM&F),
CETIP S.A., entre outros, sendo os mesmos revisados por auditores independentes.
Derivativos específicos na Companhia:
(i) Derivativos de commodities - o valor justo é obtido através de várias fontes de mercado, entre
elas Brokers Internacionais, Bancos Internacionais e Bolsa de Chicago (CBOT).
(ii) Derivativos de moedas - o valor justo também é obtido através de várias fontes de mercado,
entre elas BMF, CETIP, bancos locais, além da informação enviada pela própria contraparte
da operação.
(i) Análise de sensibilidade requerida
pela Instrução CVM no 475
Conforme requerido pela Instrução CVM no 475, a administração identificou para cada tipo de
instrumento financeiro derivativo a situação de variação nas taxas de câmbio, taxa de juros ou
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preços de commodities que podem gerar perda no ativo e/ou passivo que está sendo
protegido ou, no caso de instrumentos derivativos relacionados com operações previstas não
contabilizadas no balanço, no valor justo dos instrumentos derivativos contratados.
Para cada situação identificada, a administração definiu um cenário provável com base na
informação disponível na data do balanço e considerando um cenário temporal de três meses.
Adicionalmente, apresentou dois outros cenários nos termos determinados pela CVM na
referida Instrução: (i) um cenário identificado como "possível" com deterioração na cotação da
variável de risco de 25% em relação ao cenário provável; e (ii) outro cenário identificado como
"remoto" com deterioração na cotação da variável de risco de 50% em relação ao cenário
provável.
O quadro a seguir apresenta, para cada situação, o efeito na variação do valor justo estimado
em 30 de junho de 2010 do instrumento financeiro derivativo assim como o efeito no aumento
ou redução do valor justo estimado do correspondente ativo ou passivo. O efeito na variação
do valor justo e na variação do ativo ou passivo tem sido determinado em forma individual
para cada instrumento financeiro derivativo, ativo ou passivo para cada situação e para cada
cenário sem considerar efeitos combinados ou compensatórios da mudança de mais de uma
variável ou de uma mesma variável em outros instrumentos financeiros derivativos, ou seja,
mantendo todas as demais variáveis constantes. Portanto, cada linha da tabela deverá ser
considerada em forma individual sem considerar efeitos apresentados em outras linhas.
Com referência às operações a seguir numeradas como 3 e 5, por se tratarem de
comercialização de safra futura, naturalmente não possuem contrapartida em estoques nem
em contas a receber, e portanto, a tabela não inclui a variação nos fluxos de caixa
correspondentes a essas operações. A Companhia espera que as variações no valor justo
dos derivativos que protegem as operações referidas sejam substancialmente compensadas
pelos fluxos de caixa dessas mesmas operações.
Quadro demonstrativo de Análise de
Sensibilidade da Companhia
Dividimos a análise em três riscos:
(i) Risco com taxa de câmbio - moeda USD
(ii) Risco com taxa de juros e índices (R$)
(iii) Risco com commodities soja (sacas)
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(i) Risco com taxa de câmbio - moeda USD Operação 1 - hedge dívida cambial Risco
Cenário I - valor provável USD 1,85 Cenário II 25% Cenário III 50%
1# NDF julho de 2010 - USD 308 (long USD)
Instrumento proteção 1 144 286
1# NDF dezembro de 2010 - USD 1.073 (long USD)
Instrumento proteção (41 ) 455 951
1# NDF dezembro de 2011 - USD 1.068 (long USD)
Instrumento proteção (229 ) 265 759
Passivo compra fazenda - USD 308 (short USD) Alta do USD (21 ) (164 ) (306 ) Passivo compra fazenda - USD 1.073 (short USD) (74 ) (570 ) (1.066 ) Passivo compra fazenda - USD 1.068 (short USD) (74 ) (568 ) (1.062 )
Efeito líquido (438 ) (438 ) (438 )
Operação 2 Risco Cenário I - valor
provável USD 1,85 Cenário II 25% Cenário III 50%
2# NDF maio de 2010 - USD 1.530 (short USD) Alta do USD (90 ) (797 ) (1.505 )
Operação 3 Risco Cenário I - valor
provável USD 1,85 Cenário II 25% Cenário III 50%
3# NDF julho de 2010 - USD 7.700 (short USD) Alta do USD (249 ) (3.811 ) (7.372 )
Operação 4 Risco
Cenário I - valor provável soja
CBOT 10 USD/bushel Cenário II 25% Cenário III 50%
4# OTC soja maio e julho de 2010 - 112 sacas (short) Alta soja (588 ) (3.082 ) (5.575 ) 5# Compra call maio de 2010 strike 11 USD/bushel (60 sacas) Baixa soja 525 2.752 4.978
Operação 5 Risco
Cenário I - valor provável soja
CBOT 10 USD/bushel Cenário II 25% Cenário III 50%
6# Venda call maio de 2010 strike 14 USD/bushel (75 sacas) Alta soja (657 ) (3.440 ) (6.222 )
A referência numérica na análise de sensibilidade indica a operação apresentada na tabela de
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"Instrumentos derivativos em aberto" em 30 de junho de 2010.
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23 Honorários do pessoal-chave
da administração
Nos exercícios findos em 30 de junho de 2010 e de 2009, a remuneração foi conforme segue:
Consolidado
2010
2009
Remuneração do conselho e diretoria executiva
2.931
3.134 Gratificações
2.127
1.289
5.058
4.423
A Companhia não possui benefícios pós-emprego e benefícios de rescisão de contrato de
trabalho.
Durante o exercício de 2009, não ocorreram transações significativas entre a Companhia e o
pessoal-chave da Administração.
Plano de opção de compra
de ações - stock options
Conforme previsto no Estatuto Social, a Companhia possui Plano de Opções de Ações
("Plano"), aprovado pela Assembleia Geral, com o objetivo de integrar executivos no processo
de desenvolvimento da sociedade a médio e longo prazos. Esse Plano é administrado por um
Comitê de Remuneração e a aprovação das outorgas é sancionada pelo Conselho de
Administração.
Na Assembleia Geral Extraordinária realizada em 29 de outubro de 2008, foi aprovado o plano
de opção de compras de ações da Companhia (stock options).
O plano de stock options cede ao Conselho de Administração poderes para:
. criar e a aplicar normas gerais relativas à outorga de opções nos termos deste Plano e
solucionar dúvidas de interpretação do Plano;
. estabelecer as metas relacionadas ao desempenho dos Administradores e Executivos da
Companhia e de suas Controladas, de forma a estabelecer critérios objetivos para a
eleição dos Participantes;
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. eleger os Participantes do Plano e autorizar a outorga de opções de compra de ações em
seu favor, estabelecendo todas as condições das opções a serem outorgadas, bem como
modificar tais condições quando necessário para adequar as opções aos termos da lei ou
regulamentação aplicável;
. emitir novas ações da Companhia dentro do limite do capital autorizado em decorrência do
exercício de opções de compra de ações pelos Participantes.
As opções de ações a serem outorgadas segundo o Plano poderão conferir direitos sobre um
número de ações que não exceda, a qualquer tempo, o montante máximo e cumulativo de 2%
das ações de emissão da Companhia, respeitando o preço mínimo da média da cotação das
ações da Companhia nos pregões da Bolsa de Valores de São Paulo (BOVESPA), ponderada
pelo volume de negociação durante os trinta últimos pregões anteriores ao da outorga da
opção.
Até 30 de junho de 2010, não haviam sido outorgadas opções de compra de ações.
24 Eventos subsequentes
(a) Implementação do Programa
de ADR Nível I
(i) Em reunião realizada em 5 de julho de 2010, o Conselho de Administração da Companhia
aprovou a implementação do Programa de ADR Nível I com as seguintes características:
. Patrocinador do Programa - Brasilagro - Companhia Brasileira de Propriedades Agrícolas.
. Nível do Programa - programa de ADR Nível I, conforme previsto nas normas da Secutiries
and Exchange Comission (SEC), de acordo com as isenções do registro previstas na
Regra 12g3 - 2b of 1933 dos Estados Unidos da América (Secutiries Act) e em
conformidade com os procedimentos previstos no Regulamento S do Securities Act, e,
ainda em observância às normas da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
. Tipo de Valor Mobiliário - ações ordinárias de emissão da Brasilagro - Companhia
Brasileira de Propriedades Agrícolas.
. Instituição Depositária ou Emissora de ADRs - The Bank of New York Mellon.
. Instituição Custodiante - Itaú Unibanco S.A.
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(ii) Cresud-Tarpon:
Conforme o acordo celebrado entre Cresud e Tarpon, Tarpon obrigou-se a alienar para a
Cresud, (a) 9.581.750 ações ordinárias de emissão da Brasilagro (sob a forma de ações ou
ADRs a serem emitidos pela Companhia) e (b) 6.400.000 Bônus de Subscrição da primeira
emissão da Companhia e 6.400.000 bônus de subscrição da segunda emissão da
Companhia, a efetiva transferência das ações e Bônus de Subscrição de propriedade da
Tarpon para a Cresud proveniente de acordo deverá ocorrer no prazo de 10 (dez) dias após a
implementação do referido programa de ADRs.
A operação não caracteriza alienação de controle acionário da Companhia, não gerando,
consequentemente, a obrigatoriedade da realização da oferta pública de aquisição prevista no
artigo 254-A da Lei no 6.404/1976.
(b) Resilição Contrato Paraná
A Companhia informou aos seus acionistas e ao público em geral que os Conselheiros de
Administração Independentes da Companhia, em reunião realizada em 22 de julho de 2010,
aprovaram a proposta de resilição do Contrato de Consultoria celebrado em 15 de março
de 2006 entre a Companhia e a Paraná Consultora de Investimentos S.A. (Nota 19(a)). O
contrato prevê uma multa rescisória no valor de R$ 4.316, corrigida pelo Índice de Preços ao
Consumidor Amplo - IPC-A.
Conforme exigência prevista no artigo 23 do Estatuto Social da Companhia essa decisão será
submetida à aprovação da próxima Assembleia Geral da Companhia a proposta de resilição
do Contrato.
* * *