Brasileirao2011

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MAIO + MONE T + 25 por humberto peron e luís augusto símon ilustração marcelo biscola OS MAIORES CAMISAS DO FUTEBOL BRASILEIRO OS VOTANTES JOGADORES – Alex Silva, Antônio Carlos, Beletti , Douglas , Fernandão, Ivo, Julio Cesar (Corinthians), Kaká, Kempes, Kléber, Leandro Damião, Leonardo (Inter-RS), Miranda, Paulo André, PH Ganso, Rafael Sóbis, Rivaldo, Rodolfo (Grêmio), Rogério Ceni, Thiago Silva, Tiago (Bahia), Tiago Ribeiro, Vitor (Grêmio), William (Náutico), William José CRAQUES DO PASSADO – Carlos Alberto Torres, Clodoaldo, Edu, Nelinho, Oscar Bernardi, Ronaldo Giovanelli, Valdir Joaquim de Moraes, Valdomiro, Vampeta, Viola, Zenon, Zetti, Zico, Zito TREINADORES – Joel Santana, Jorginho (Portuguesa), Jorginho (Figueirense), Leão, Luiz Felipe Scolari , Paulo Cesar Carpegiani, Silas, Zagallo JORNALISTAS - Abel Neto, Alberto Helena Jr., Ana Luzia Mikos, Bernardo Gleizer, Biah Schmidt, Cacau Menezes, Celso Unzelte, Clara Albuquerque, Dafne Sampaio, David Coimbra , Diego Figueira, Dudu Monsanto, Everton Siemann, Fernando Graziani, Henrique Januario, Humberto Peron, José Maria de Aquino, José Trajano, Juca Kfouri, Juliana Wosgraus, Junior Villela , Lauriberto Braga, Leonardo Mendes , Ludymilla Sá, Luís Alberto Nogueira, Luis Antonio Prosperi, Luis Augusto Monaco, Luís Augusto Símon, Luis Henrique Gurian, Marcio Guedes, Mauricio Fonseca, Maurício Noriega, Maurício Oliveira, Mauro Beting, Milton Leite, Nelson Nunes, Odir Cunha, Renato Maurício do Prado, Rodrigo Braga, Rodrigo Bueno, Sandro Barsetti, Sérgio Patrick e Wanderley Nogueira Se você não conhece o time adversário, o primeiro jogador que vai chamar a sua atenção é o número 10. Desde que Pelé a usou, em 1958, quem a veste, seja na Copa do Mundo ou na pelada de rua, tem a obrigação de saber jogar muito bem futebol. Com o início do Campeonato Brasileiro, MONET consultou um time de 90 especialistas e elegeu os 20 craques que melhor honraram a camisa que o Rei imortalizou e aponta quais jogadores vão usá-la no torneio ESPECIAL

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Os maiores camisas 10 da história do nosso futebo

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M A I O + M O N E T + 2 5

por humberto peron e luís augusto símon ilustração marcelo biscola

OSMAIORESCAMISAS

DOFUTEBOLBRASILEIRO

OSVOTANTESJOGADORES–AlexSilva,AntônioCarlos,Beletti ,Douglas ,Fernandão, Ivo,JulioCesar(Corinthians),Kaká,Kempes,Kléber,LeandroDamião,Leonardo(Inter-RS),Miranda,

PauloAndré,PHGanso,RafaelSóbis,Rivaldo,Rodolfo(Grêmio),RogérioCeni,ThiagoSilva,Tiago(Bahia),TiagoRibeiro,Vitor(Grêmio),William(Náutico),WilliamJoséCRAQUESDOPASSADO–CarlosAlbertoTorres,Clodoaldo,Edu,Nelinho,OscarBernardi, RonaldoGiovanelli, Valdir JoaquimdeMoraes, Valdomiro,

Vampeta, Viola, Zenon, Zetti, Zico, ZitoTREINADORES–Joel Santana, Jorginho (Portuguesa), Jorginho (Figueirense), Leão, Luiz Felipe Scolari , Paulo Cesar Carpegiani, Silas, Zagallo

JORNALISTAS -AbelNeto, AlbertoHelena Jr., Ana LuziaMikos, BernardoGleizer, BiahSchmidt, CacauMenezes, CelsoUnzelte, ClaraAlbuquerque, DafneSampaio,David Coimbra , Diego Figueira, DuduMonsanto, EvertonSiemann, FernandoGraziani, Henrique Januario, HumbertoPeron, JoséMaria deAquino, JoséTrajano,

JucaKfouri, JulianaWosgraus, JuniorVillela , LauribertoBraga, LeonardoMendes , Ludymilla Sá, LuísAlbertoNogueira, LuisAntonioProsperi, LuisAugustoMonaco,LuísAugustoSímon, LuisHenriqueGurian,Marcio Guedes,Mauricio Fonseca,MaurícioNoriega,MaurícioOliveira,MauroBeting,Milton Leite, NelsonNunes,Odir Cunha,

RenatoMaurício doPrado, RodrigoBraga, RodrigoBueno, SandroBarsetti, SérgioPatrick eWanderleyNogueira

por humberto peron e luís augusto símon ilustração marcelo biscola

Se você não conhece o time adversário, o primeiro jogador que vai chamar a sua atenção é onúmero 10. Desde que Pelé a usou, em 1958, quem a veste, seja na Copa do Mundo ou na pelada

de rua, tem a obrigação de saber jogar muito bem futebol. Com o início do Campeonato Brasileiro,MONET consultou um time de 90 especialistas e elegeu os 20 craques que melhor honraram a

camisa que o Rei imortalizou e aponta quais jogadores vão usá-la no torneio

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ALÉMDESIMBOLIZARONÚMERODOCRAQUE,OREIDOFUTEBOLÉ INDISCUTÍVEL. POR ISSO,FICAACIMADEQUALQUERELEIÇÃO

PELÉ. ELE SEMPRE FOI O 10

EM 2010, 33 ANOS DEPOIS DE FAZER SEU ÚLTIMO JOGOcomo atleta profissional – um amistoso entre o Cosmos de NovaYork e o Santos, em que defendeu um time em cada

metade da partida – Pelé, o maior jogador de futebol de todosos tempos, ganhou mais cinco títulos brasileiros. Suaimagem exibindo, aos 70 anos, o mesmo sorriso jovialdo menino que começou a dar seus primeiros chutesnos campos de terra em Bauru e ostentando asmedalhas que simbolizavam suas conquistasem torneios nacionais dos anos 60, teve opoder de abrandar as críticas à decisão daCBF de reconhecer a Copa Brasil e o TorneioRoberto Gomes Pedrosa como títulosbrasileiros (até então, só eram consideradosos campeonatos realizados a partir de 1971).

Nada a estranhar. Para Pelé, tudo é possível. E essa capacidade deconcretizar o que os outros só podiam sonhar em seus momentos de maiordevaneio foi mostrada ao mundo na forma de uma joia minimalista. O seugolaço – tão lindo como simples contra o País de Gales, na Copa de 1958 –mostrou ao mundo do futebol que um Rei estava nascendo. Um toque nabola, um lençol no zagueiro e outro toque, tirando do goleiro Jack Kelsey.

Pelé fez muito mais. Contusões o impediram de mostrar sua realezanos Mundiais de 1962 e 1966, mas um Rei mais maduro brilharia noMéxico, em 1970. Marcou quatro gols, deu cinco passes que resultaramem gols e ainda teve um gol anulado. Nesse torneio, ele foi perfeito até

quando errou. O chute do meio campo em Ivo Vicktor, goleiroda Tchecoslováquia, e o drible sem bola, que tiraram

toda a elegância negra do uruguaio Mazurkiewicz nãoterminaram em gol, frustrando uma torcida mundial.

Tudo bem. Foi a prova de que o deus do Futebol –deus negro, brasileiro, destro que também usava

a canhota, que cabeceava, batia faltas, tinhaa força de uma locomotiva desgovernada,

treinava como ninguém e não recusavaautógrafos – também podia errar.

HORS CONCOURS

Edison Arantes do NascimentoNascimento: 23/10/1940Clubes: Santos e Cosmos (EUA)Principais títulos: Tricampeão Mundial pela seleção(1958, 1962 e 1970); Bicampeão Mundial de Clubespelo Santos (1962/63)EM BRASILEIROS: Santos (1961, 62, 63, 64, 65 e 68)

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ZICO

>UMA HIPOTÉTICA PESQUISA FEITA PARA APONTARos mais importantes legados da influência portuguesa sobrea cultura brasileira teria grande possibilidade de emplacar o

sobrenome Coimbra. Nada a ver com algum campus avançado da famosauniversidade, mas sim com Arthur Antunes Coimbra, filho do lusitanoJosé Antunes Coimbra, e que foi batizado em homenagem ao avômaterno. Também da terrinha.

Arthur, Arturzico, Zico. O diminutivo veio pela fragilidadedo garoto, que nunca o impediu de ser o melhor jogador dafamília (que teve também os atacantes Antunes e Edu),o mais habilidoso do bairro de Quintino – onde jogavapor times amadores, como Juventude e River – e osímbolo do time mais popular do Brasil.

Chegou ao Flamengo em 1967, com 14 anos.Estreou em 1971, contra o Vasco, mas voltou àscategorias de base para ganhar físico. A carreiracomeçou a deslanchar em 1974, quando já eratitular e dono da camisa 10. Em 1980, começoua Era Zico, com três títulos brasileiros em quatroanos, além da Libertadores e do Mundial, em 1981. Ocurrículo brilhante no clube não se repetiu na seleção.Vestiu a amarelinha em 1976, decepcionou na Copade 1978, foi bem no Mundial de 1982, com quatro gols,e em 1986, no México, ficou lembrado pelas contusõese por perder um pênalti contra a França nas quartas de final.

Em 1990, despediu-se do futebol no Maracanã, oseu palco preferido, onde marcou 333 gols. Depois deuma passagem como secretário de esportes no governode Fernando Collor de Mello, o Galinho voltou a jogar, em1991, no Japão, onde fez os últimos dos 826 gols de suacarreira. Depois de parar definitivamente de jogar, Zico fezparte da comissão técnica da seleção na Copa do Mundo de1998, dirigiu o Japão no Mundial de 2006, comandoualguns clubes europeus e teve uma passagem curtacomo dirigente do Flamengo. A saída tumultuada nãoarranhou sua imagem com a torcida e ele continuasendo o maior jogador – e ídolo – do clube.

1Arthur Antunes CoimbraNascimento: 3/3/1953Clubes: Flamengo, Udinese (ITA) eKashima Antlers (JAP)Principais títulos: Libertadores (1981) eMundial de Clubes (1981) pelo FlamengoEM BRASILEIROS: Flamengo (1980, 82, 83 e 87)

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IRÊNIOAmérica-MG

Revelado pelo Coelhona década de 1990, o

jogador rodou por váriosclubes até voltar às

origens no ano passado.Já veterano, mas aindamantendo o forte chute

com o pé esquerdo efazendo lançamentos

longos, foi fundamental naheroica campanha do clube

na Série B em 2010.

DANIEL CARVALHOAtlético-MG

Exemplo de como umatransferência precoce pode

atrapalhar a carreira deum jogador. Revelado peloInter, ele foi para o futebolrusso aos 20 anos. O meiavoltou para o Colorado em2008 e está no Galo desdeo ano passado. Chegou ahora de ele mostrar umaparte do potencial quetinha quando surgiu.

PRETOAtlético-GO

No ano passado, Elias –então camisa 10 do rubro-negro – foi o responsável

pela permanência doclube goiano na primeira

divisão com seus gols.Agora, a torcida esperaque Preto consiga ter omesmo desempenho. Só

que para isso precisaarriscar mais chutes de

longa distância.

PAULO BAIERAtlético-PR

Se existe ainda um camisa10 que “manda” no restodos jogadores ele é PauloBaier. O veterano é o líder

do time em campo, mas nãose limita apenas a orientar.

Dos pés dele surgem asprincipais jogadas do

Furacão. Batedor oficialde faltas e pênaltis,

também lidera a lista degoleadores da equipe.

MARQUINHOSAvaí

Identificado com o clube,o meia chorou quando oAvaí ganhou do Santos eescapou do rebaixamentono ano passado. Detalhe:

ele estava no elenco dotime paulista. O ato foi asenha para que o meia,com boa visão de jogoe bom aproveitamentonas cobranças de falta,voltasse à Ressacada.

PRETOIRÊNIO DANIEL CARVALHO PAULO BAIER MARQUINHOS

OS 10 ATUAIS

RIVELLINOADEMIRDAGUIA

2 3Roberto RivellinoNascimento: 1º/1/1946Clubes: Corinthians, Fluminense eEl-Helal (ARA)Principais títulos: Copa do Mundopela seleção (1970); BicampeãoCarioca pelo Fluminense (1975/76)EMBRASILEIROS: nenhum

Ademir da GuiaNascimento: 3/4/1942Clubes: Bangu e PalmeirasPrincipais títulos: Campeonato Paulista peloPalmeiras (1963, 66, 72, 74 e 76)EMBRASILEIROS: Palmeiras(1967, 67, 69, 72 e 73)

E S P E C I A L

Mesmocomvários clubesadotandonumeração fixa, nenhumtime–nemosseus torcedores–abremão de

>EM1964,ONISSEISERGIOEchigoensinouaoamigoRobertoodrible elástico.O

aprendizaperfeiçoouo lanceeo levouparaoscampos,quandoestreouem1966noCorinthians, já comonomedeRivellino.Afinta famosa foi apenasumapartemenordorepertóriodomeiaquebrilhounaCopade1970.O jogador tinhaumchutepotente–que lhevaleuoapelidodePatadaAtômica–, forçapara chegaraoataquee facilidadeem lançamentos.Umatletaque, apesardetantasqualidades,nãoconseguiuvencero jejumde títulosqueatormentavaoscorintianosnadécadade70.Os23anossemvenceroPaulistãosó terminaramem1977,quandoRivellino jáestavanoFluminense, comandandoa“Máquina”bicampeãcariocaem1975e 1976.

ADEMIRDAGUIAÉUMDOSMISTÉRIOSDOfutebolbrasileiro.Omaior jogadordeumdosmaispopulares timesdoBrasil teveumacarreira

muitopobrenaseleção.E,piordoque isso, as tentativasdeexplicaçãosobrea injustiça sempresãobaseadasemfalhasdocraqueenãodos treinadores.DiziamqueAdemir era lento,quieto, tímidoeasomade tudo issoé responsável porhaverjogadoapenas60minutosemumaCopa–contraaPolônia,em1974.Talvez tudo isso fosseverdade,masoAdemirdoPalmeirasnuncaprecisougritarpara comandaro timeemvárias conquistas.Tambémnãocorria feito louco,mas faziacomqueabola chegasseaondedeveria chegar.Tímido?Podeser,massuaaproximaçãodaáreaadversária, carregandoabola semmuitavelocidadeesemabrir aboca, era fatal.

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ZEZINHOBahia

Revelação do Juventude,chegou ao Santos no anopassado, mas teve poucas

oportunidades. Contratadopelo Bahia, o jovem já

encara a responsabilidadede suportar a pressão dafanática torcida do time eo desafio de fazer um bomcampeonato e deixar de serapenas uma promessa para

se tornar realidade.

GERALDOCeará

No atual elenco do Vovô,nenhum jogador tem tantaidentidade com a torcidacomo Geraldo. Ele esteve

na campanha do time, quesubiu para a Série A em 2009e foi destaque do Ceará, que

terminou em 12º lugar noBrasileirão, mas chegou a

liderar o torneio. Incansável,os ataques invariavelmente

passam pelos seus pés.

ÉVERTONBotafogo

O jogador ficou conhecidodepois de ser campeão

brasileiro com o Flamengo,em 2009, e chegou ao

Botafogo no início do ano.Depois de um início ruim,

pois estava fora de forma, atorcida botafoguense esperaque ele, aos 23 anos, seja o

armador capaz de abastecera dupla de ataque formadapor Herrera e Loco Abreu.

ADRIANOCorinthians

Contratação de risco doTimão, já que no seu último

clube, o Roma (ITA), ojogador pouco entrou em

campo. Agora, o clubeespera que o artilheirorecupere a vontade detreinar e jogar. Se isso

acontecer, o Corinthiansganha um grande reforço.Caso contrário, trouxe um

imenso problema.

MARCOS AURÉLIOCoritiba

Marcar gols em jogosdecisivos transformouo atacante num dos

principais ídolos da torcidado Coxa. No currículodo artilheiro, baixinho

(1,67m) e velocista, estãotentos do título paranaense

de 2010 e muitos golsna Série B, que foram

importantes para a volta dotime à primeira divisão.

ÉVERTONZEZINHO GERALDO ADRIANO MARCOS AURÉLIO

ALEXRIVALDO

54Alexsandro de SouzaNascimento: 14/9/1977Clubes: Coritiba, Palmeiras, Parma (ITA), Flamengo,Cruzeiro e Fenerbahçe (TUR)Principais títulos: Copa América pela Seleção Brasileira(1999 e 2004); Libertadores pelo Palmeiras (1999); Copado Brasil pelo Palmeiras (1998) e pelo Cruzeiro (2003);EM BRASILEIROS: Cruzeiro (2003)

Rivaldo Vito Borba FerreiraNascimento: 19/4/1972

Clubes: Santa Cruz, Mogi Mirim, Corinthians,Palmeiras, La Coruña (ESP), Barcelona(ESP), Milan (ITA), Cruzeiro, Olympiakos(GRE), AEK Atenas (GRE), Bunyodkor(UZB) e São PauloPrincipais títulos: Copa do Mundo pela se-leção (2002), Bicampeão Espanhol pelo

Barcelona (1997/98-1998/99),EM BRASILEIROS: Palmeiras (1994)

tero camisa 10comoreferência.Nesteano, craques comoMontillo,Douglas,Valdívia eAdrianoprometem justificar amísticada camisados craques

SE MARKETING FOSSE IMPORTANTEpara jogador de futebol alcançar sucesso,Rivaldo nunca teria sido titular nem nas

peladas em Paulista, sua cidade natal, perto de Recife.Calado e contido, só conseguiu ser unanimidade naCopa do Mundo de 2002, quando foi fundamental naconquista do pentacampeonato pela seleção brasileira.Antes, metade dos críticos do jogador diziam que ele

era um meia que ia muito ao ataque. A outra partedizia que ele era um atacante que recuava para

armação. Ídolo no Palmeiras e no Barcelona, jogoumuito mais do que buscou holofotes. Comos pés, escreveu sua história no futebol.

UM MEIA DE LANÇAMENTOS PERFEITOS E GOLSde categoria. Assim é Alex, às vezes, arco, emoutras, flecha. Revelado pelo Coritiba, era o principal

jogador da seleção brasileira sub-20 em 1997, quando chegou aoPalmeiras, onde marcaria época, com a conquista da Libertadores

dois anos depois. Depois de passagemapagada pelo futebol italiano, voltou ao

Palmeiras em 2002, quando marcouseu mais belo gol, após chapéus no

zagueiro Emerson e em Rogério Ceni.2003 foi o seu melhor ano, levando

o Cruzeiro aos títulos doCampeonato Mineiro, Copa doBrasil e Brasileirão. Com a camisada seleção venceu duas vezes a

Copa América (1999 e 2004), masnão foi às Copas do Mundo de 2002

e 2006. Esquecimento que Scolari eParreira nunca souberam explicar.

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6 7Ronaldo de Assis MoreiraNascimento: 21/3/1980Clubes: Grêmio, Paris Saint-Germain(FRA), Barcelona (ESP), Milan(ITA) e FlamengoPrincipais títulos: Copado Mundo pela seleção(2002); Liga dos Campeõespelo Barcelona (2005/06)EM BRASILEIROS: nenhum

Carlos Roberto de OliveiraNascimento: 13/4/1954Clubes: Vasco da Gama, Barcelona (ESP), Portuguesa eCampo GrandePrincipais títulos: Torneio Bicentenário dos Estados Unidos

pela seleção (1976); Campeão Carioca pelo Vasco (1977,1982, 1987, 1988 e 1992)EM BRASILEIROS: Vasco (1974)

MONTILLOCruzeiro

Depois da boa participaçãono Campeonato Brasileiro

do ano passado, o argentinocomeça a edição de 2011credenciado para ser o

melhor jogador do torneio.Recursos para isso não lhefaltam. O jogador consegueser um excelente armadorde jogadas, finaliza muito

bem com os dois pés eainda ajuda na marcação.

RONALDINHOGAÚCHOFlamengo

A estrela do Brasileirãonão terá como dar suas

arrancadas pela esquerda.No Flamengo, armado por

Vanderlei Luxemburgo,ele joga como um atacante

central, abrindo espaçopara os meias. Mesmo

com uma área delimitada,sempre há a expectativa de

um lance de gênio.

BREITNERFigueirense

Após poucas chances noSantos, a revelação com

nome de craque alemão tema oportunidade de ganharexperiência para voltar à

Baixada com condições deser titular em 2012. Parater sucesso, o novato tem

que aprender qual é a horade passar a bola para umcompanheiro ou quando épreciso tentar outra finta.

EMERSONFluminense

No atual campeão brasileiro,quem veste a 10 é um

atacante. Depois de vencera desconfiança da torcidatricolor, pois havia jogado

no Flamengo, o Sheikfoi peça de destaque na

campanha do ano passado.Em 2011, tenta se livrardas inúmeras contusões,

que o impedem de ter umasequência de jogos.

DOUGLASGrêmio

Muito se diz que a chegadado técnico Renato Gaúcho

foi fundamental para oGrêmio sair da zona do

rebaixamento e conquistaruma vaga na Libertadores.

Mas também é precisoreconhecer que o time

subiu muito de produçãoquando Douglas começou ase destacar com seus dribles

curtos e preciosos passes.

RONALDINHOGAÚCHO

ROBERTODINAMITE

>>UM ELÁSTICO E UM

rolinho em Dunga, nadecisão do Gauchão de 1999,

apresentaram Ronaldinho aos torcedoresbrasileiros. Logo depois, um chapéusobre o venezuelano Rey, no seu primeirotoque na bola, na estreia do Brasil naCopa América de 1999, o mostraram aomundo. Assim poderia se resumir todaa sua carreira. Lances fantásticos e golsmaravilhosos. Eleito duas vezes o melhorjogador do mundo, começou seu declíniocedo, quando a magia deixou de ser suacompanheira constante e lhe foi pedida aconstância. Agora, no Flamengo, todostorcem para que volte a ser fantástico.Será que ainda é possível?

A CAMISA ERA 10, MAS O FUTEBOL FOI O DE QUEMveste a 9, ou seja, um centroavante implacável, prontoa decidir. Os números comprovam:

marcou 748 gols na carreira, é o maiorartilheiro do campeonato brasileiro(190 gols) e do Vasco (698 gols em1110 jogos). É considerado o quintomaior goleador do mundo, quandose fala apenas de jogos de primeiradivisão, com 470 anotações em 758jogos. Com o passar do tempo,Roberto foi mudando seu estilo.Em 1988, mais recuado, foi autorde muitos passes que um certoRomário, em início de carreira,converteu em gols para o Vasco.Atualmente é o presidente do clube, aoderrotar a chapa apoiada por Eurico Miranda.Um gol a mais em sua carreira.

7Ronaldo de Assis Moreira

Grêmio, Paris Saint-Germain (FRA), Barcelona (ESP), Milan

(2002); Liga dos Campeões pelo Barcelona (2005/06)

nenhum

Carlos Roberto de OliveiraNascimento:Clubes:Campo Grande

títulos: Principais pela seleção (1976); Campeão Carioca pelo Vasco (1977,

1982, 1987, 1988 e 1992)EM BRASILEIROS:

RONALDINHO GAÚCHORONALDINHO GAÚCHORONALDINHO

> E UMrolinho em Dunga, na decisão do Gauchão de 1999,

apresentaram Ronaldinho aos torcedores brasileiros. Logo depois, um chapéu sobre o venezuelano Rey, no seu primeiro toque na bola, na estreia do Brasil na Copa América de 1999, o mostraram ao mundo. Assim poderia se resumir toda a sua carreira. Lances fantásticos e gols maravilhosos. Eleito duas vezes o melhor jogador do mundo, começou seu declínio cedo, quando a magia deixou de ser sua companheira constante e lhe foi pedida a constância. Agora, no Flamengo, todos torcem para que volte a ser fantástico.

marcou 748 gols na carreira, é o maior artilheiro do campeonato brasileiro (190 gols) e do Vasco (698 gols em

1110 jogos). É considerado o quinto maior goleador do mundo, quando se fala apenas de jogos de primeira

758 em anotações 470 com divisão, jogos. Com o passar do tempo,

Roberto foi mudando seu estilo. Em 1988, mais recuado, foi autor

de muitos passes que um certo Romário, em início de carreira,

converteu em gols para o Vasco. Atualmente é o presidente do clube, ao

derrotar a chapa apoiada por Eurico Miranda.Um gol a mais em sua carreira.

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Gérson de Oliveira NunesNascimento: 11/1/1941Clubes: Canto do Rio, Flamengo, Botafogo, São Paulo eFluminensePrincipais títulos: Copa do Mundo pela seleção (1970),Bicampeão Carioca pelo Botafogo (1967/68);Bicampeão Paulista pelo São Paulo (1970/71)EM BRASILEIROS: Botafogo (1968)

D’ALESSANDROInternacional

Apesar de ganhar títulosimportantes nos últimos

anos, o Inter não vence umBrasileirão desde 1979. A

esperança para o final dessejejum está no desempenho

do argentino, que precisa sermais regular – se há partidasem que ele decide, em outrasparece não entrar em campo–, o que é fundamental nos

pontos corridos.

PH GANSOSantos

Se ficar no clube depoisde vários boatos de

transferência, o meiavai precisar resgatar a

confiança dos santistas,que começaram a chamaro atleta de mercenário. Eo Brasileirão vai ser uma

excelente chance paraGanso mostrar que está

recuperado dos problemasque teve no joelho.

VALDÍVIAPalmeiras

No time bem armadotaticamente por Felipão,

o talentoso chileno é aesperança da torcida

para decidir uma partidanuma jogada individual.

Temperamental, o jogadorvai ter que aprender a ser

disciplinado para diminuir onúmero de cartões recebidose não desfalcar o Verdão em

jogos importantes.

RIVALDOSão Paulo

Com 39 anos, não vaiconseguir suportar a

maratona do Brasileiro.Assim, o craque não

participará como titular namaioria dos jogos e deve seruma excelente opção paraentrar nos minutos finais.

Com os adversários cansados,ele pode tanto mudar um

placar quanto prender a bolapara segurar o resultado.

DIEGO SOUZAVasco

Eleito melhor jogador doBrasileirão em 2009, foi

muito mal no ano passado– acabou dispensado do

Palmeiras e não se firmouno Atlético-MG. Principalreforço do Vasco, o meia-atacante tenta recuperar

os bons momentos – ea forma física – que lhepossibilitaram vestir acamisa 10 da seleção.

GÉRSON

RAÍ

> >NO FUTEBOL POUCOS JOGADOREStêm a oportunidade de se recuperarapós um fracasso. Gérson teve

sua redenção na Copa de 1970, depois de sertitular na Olimpíada de 1960, de ficar longe doMundial de 1962, por ser muito novo, e de fracassar em1966, ouvindo ainda insinuações de haver se omitidoem campo. No México, aos 29 anos, jogou muito. Efalou ainda mais, justificando o apelido de Papagaio.Deu passes e longos lançamentos que pareciamprogramados por algum GPS, saindo de sua chuteirapara os pés ou cabeças de Jairzinho e Pelé. E na final,contra os italianos, ainda fez um gol. Há quem duvideque um jogador com o seu estilo pudesse brilharatualmente. Mas, se fosse Gérson, as dúvidasacabariam ao primeiro toque na bola.

TODO JOGADOR CRIATIVO SABE COMO Édifícil se livrar de “sombras”, aquele marcadorcarrapato que exagera na marcação individual.

Já Raí, para ser reconhecido como craque, venceu a maisdura das sombras: as comparações com o irmão Sócrates,onze anos mais velho, bem mais habilidoso e menos

preocupado com a preparação física. As desconfianças com ojogador no São Paulo só terminaram em 1990, quando TelêSantana assumiu o time. Até então, Raí havia marcado 26gols. Por conta do trabalho e da parceria com o treinador, sóem 1991, ele marcou 28 e comandou o time nas conquistas doPaulista e do Brasileiro. Nos anos seguintes, foi a referênciado clube nas conquistas do bi da Libertadores de um Mundialde Clubes. O São Paulo, que deu espaço para Raí se livrar dasombra do irmão, teve a recompensa de sair da sombra dosrivais nacionais e ganhar relevância mundial.

Raí de Souza Vieira de OliveiraNascimento: 15/5/1965Clubes: Botafogo (SP), Ponte Preta, São Paulo eParis-Saint Germain (FRA)Principais títulos: Copa do Mundo pela seleção (1994);Campeão do Mundial de Clubes pelo São Paulo (1992);

Bicampeão da Copa Libertadores pelo SãoPaulo (1992/93)

EM BRASILEIROS: São Paulo (1991)

Gérson de Oliveira Nunes

GÉRSON Canto do Rio, Flamengo, Botafogo, São Paulo e

Copa do Mundo pela seleção (1970), Copa do Mundo pela seleção (1970), Bicampeão Carioca pelo Botafogo (1967/68); Bicampeão Paulista pelo São Paulo (1970/71)

Botafogo (1968)

> JOGADORES

têm a oportunidade de se recuperarapós um fracasso. Gérson teve

sua redenção na Copa de 1970, depois de ser titular na Olimpíada de 1960, de ficar longe do Mundial de 1962, por ser muito novo, e de fracassar em 1966, ouvindo ainda insinuações de haver se omitido em campo. No México, aos 29 anos, jogou muito. E falou ainda mais, justificando o apelido de Papagaio. Deu passes e longos lançamentos que pareciam programados por algum GPS, saindo de sua chuteira para os pés ou cabeças de Jairzinho e Pelé. E na final,

duvide quem contra os italianos, ainda fez um gol. Há que um jogador com o seu estilo pudesse brilhar

atualmente. Mas, se fosse Gérson, as dúvidas

TODO JOGADOR CRIATIVO difícil se livrar de “sombras”, aquele marcador carrapato que exagera na marcação individual.

Já Raí, para ser reconhecido como craque, venceu a mais dura das sombras: as comparações com o irmão Sócrates,

onze anos mais velho, bem mais habilidoso e menos preocupado com a preparação física. As desconfianças com o

jogador no São Paulo só terminaram em 1990, quando Telê Santana assumiu o time. Até então, Raí havia marcado 26

gols. Por conta do trabalho e da parceria com o treinador, só em 1991, ele marcou 28 e comandou o time nas conquistas do

Paulista e do Brasileiro. Nos anos seguintes, foi a referência do clube nas conquistas do bi da Libertadores de um Mundial

de Clubes. O São Paulo, que deu espaço para Raí se livrar da sombra do irmão, teve a recompensa de sair da sombra dos

rivais nacionais e ganhar relevância mundial.

Nascimento: 15/5/1965Clubes: Botafogo (SP), Ponte Preta, São Paulo e Paris-Saint Germain (FRA)Principais títulos: Copa do Mundo pela seleção (1994);

Campeão do Mundial de Clubes pelo São Paulo (1992); Bicampeão da Copa Libertadores pelo São

Paulo (1992/93)EM BRASILEIROS: São Paulo (1991)

que um jogador com o seu estilo pudesse brilhar atualmente. Mas, se fosse Gérson, as dúvidas

98Brasileirao.indd 31 15/4/2011 20:05:20

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3 2 + M O N E T + M A I O

FOTO

S:D

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13

10 11

12

José Ferreira NetoNascimento: 9/9/1966Clubes: Guarani, Bangu, São Paulo, Palmeiras,Corinthians, Millionários (COL), Santos,Matsubara, Atlético-MG, Araçatuba, Osan Indaiatuba,Paulista e Deportivo Italia (COL)Principais títulos: Campeão Paulista pelo São Paulo (1987)EM BRASILEIROS: Corinthians (1990)

Djalma Feitosa DiasNascimento: 9/12/1970

Clubes: Flamengo, Guarani, Shi-mizu S-Pulse (JAP), Palmeiras,

La Coruña (ESP), Austria Wien(AUT) e América (MEX)Principais títulos: Copa

América pela seleção (1997);Campeão Espanhol pelo La Coruña

(1999/2000)EM BRASILEIROS: Flamengo (1992)

PH GANSO

NETOPEDROROCHA

> >OS ”FIÉIS” JURAM QUE NETO NASCEUvestindo a camisa do Corinthians. Mas nãofoi assim. Antes de se tornar o herói da maior

torcida paulista, Neto, com apenas 24 anos, já haviamostrado lampejos de craque no Guarani, Bangu, São Pauloe Palmeiras. Mas, com seu estilo rebelde, de habilidade maspouca participação no jogo, muita raça e dificuldades com opeso, ele só poderia dar certo mesmo quando respaldadopelos passionais corintianos. Depois do Brasileirode 1990, quando o time sucessivamente eliminou oAtlético-MG (dois gols dele), o Bahia (um de Neto) e oSão Paulo, o craque virou xodó eterno da Fiel.

O REI PELÉ DECRETOU:“Pedro Rocha foi um dos cincomaiores jogadores do mundo”.

Só a chancela real seria suficiente para que o uruguaio,que no Brasil marcou época jogando no São Paulo na década

de 1970 estivesse nesta lista. Mas também é preciso dizer quePedro Rocha era um jogador completo. Ao mesmo tempo que eraum armador de passes e lançamentos perfeitos, aparecia semprena área do adversário e marcava muitos gols – inclusive de falta ecabeça. O faro de goleador foi visto no Campeonato Brasileiro de1972, quando, ao marcar 17 gols, ele se tornou o primeiro estrangeiroa ser artilheiro do Nacional – terminou empatado com Dario.

Pedro Virgilio Rocha FranchettiNascimento: 3/12/1942Clubes: Peñarol (URU), São Paulo, Coritiba,Palmeiras, Monterrey (MEX) e Al-Nasser (ARA)Principais títulos: Mundial de Clubes pelo Penãrol (1961e 66); Libertadores pelo Penãrol (1960, 61 e 66);Campeão Paulista pelo São Paulo (1970, 71 e 75)

EM BRASILEIROS: nenhum

DJALMINHA

>

>DJALMINHA COMEÇOU A SER CONHECIDOna Copa São Paulo de 1992, quando comandou oFlamengo na conquista do título. Foi o suficiente

para que não o chamassem mais de filho de Djalma Dias,o zagueiro de técnica exemplar. Tinha o estilo dos anosromânticos, com passes precisos e total domínio do ritmode jogo, mandava no meio-campo. Por isso o chamavam degênio. Ao mesmo tempo, era rebelde, não fugia de uma brigae por isso foi chamado de louco. Em 2002, ficou marcado poruma cabeçada em Javier Irueta, seu técnico no La Coruña. Commedo desses momentos, Felipão abdicou da genialidade domeia e o cortou da seleção que venceria a Copa de 2002.

FOI O ÍDOLO GIOVANNI QUEM FACILITOU Avinda de Ganso para o Santos, diretamente deBelém. Mais um motivo para ser idolatrado pela

torcida. Ganso formou com Neymar, a partir de 2009,a dupla que deu esperança para acreditar no retorno

ao futebol brasileiro de antes, com velocidade e muitatécnica. Venceram o Campeonato Paulista e criou-seuma corrente espontânea, exigindo a presença dosdois na Copa do Mundo. A vaga que o povo queriaver com Ganso ficou com Julio Batista. A estreia

na seleção foi após a eliminação na Copa, masuma contusão impediu que continuasse

como titular no time de Mano Menezes.Recuperado, ele voltou aos

gramados, um presente paratodos que gostam de futebol

bem jogado.

Paulo Henrique Chagas de LimaNascimento: 12/10/1989

Clube: SantosPrincipais títulos: Copa do Brasil (2010) e

Campeão Paulista (2010) pelo SantosEM BRASILEIROS: nenhum

11

Palmeiras, Paulo, São Bangu, Guarani,

Indaiatuba, Osan Araçatuba, Atlético-MG, Matsubara,

(1987) Paulo São pelo Paulista Campeão

PEDROROCHA

NASCEU vestindo a camisa do Corinthians. Mas não

foi assim. Antes de se tornar o herói da maior torcida paulista, Neto, com apenas 24 anos, já havia

mostrado lampejos de craque no Guarani, Bangu, São Paulo e Palmeiras. Mas, com seu estilo rebelde, de habilidade mas

pouca participação no jogo, muita raça e dificuldades com o peso, ele só poderia dar certo mesmo quando respaldado

pelos passionais corintianos. Depois do Brasileiro de 1990, quando o time sucessivamente eliminou o

Atlético-MG (dois gols dele), o Bahia (um de Neto) e o

Só a chancela real seria suficiente para que o uruguaio, que no Brasil marcou época jogando no São Paulo na década

de 1970 estivesse nesta lista. Mas também é preciso dizer que Pedro Rocha era um jogador completo. Ao mesmo tempo que era

um armador de passes e lançamentos perfeitos, aparecia sempre na área do adversário e marcava muitos gols – inclusive de falta e cabeça. O faro de goleador foi visto no Campeonato Brasileiro de

1972, quando, ao marcar 17 gols, ele se tornou o primeiro estrangeiroa ser artilheiro do Nacional – terminou empatado com Dario.

Pedro Virgilio Rocha FranchettiNascimento: 3/12/1942Clubes: Coritiba, Paulo, São (URU), Peñarol Palmeiras, Monterrey (MEX) e Al-Nasser (ARA)Principais títulos: Mundial de Clubes pelo Penãrol (1961

e 66); Libertadores pelo Penãrol (1960, 61 e 66);Campeão Paulista pelo São Paulo (1970, 71 e 75)

EM BRASILEIROS: nenhum

Djalma Feitosa DiasNascimento:

Clubes:mizu S-Pulse (JAP), Palmeiras,

La Coruña (ESP), Austria Wien (AUT) e América (MEX)

América pela seleção (1997); Campeão Espanhol pelo La Coruña

(1999/2000)EM BRASILEIROS:

PEDROROCHA

Pedro Virgilio Rocha Franchetti

E S P E C I A L

13 9/12/1970

Flamengo, Guarani, Shi-mizu S-Pulse (JAP), Palmeiras,

La Coruña (ESP), Austria Wien (AUT) e América (MEX)

Copa América pela seleção (1997);

Campeão Espanhol pelo La Coruña

Flamengo (1992)

PH GANSODJALMINHA

>DJALMINHA COMEÇOU A SER CONHECIDO

na Copa São Paulo de 1992, quando comandou o Flamengo na conquista do título. Foi o suficiente

para que não o chamassem mais de filho de Djalma Dias, o zagueiro de técnica exemplar. Tinha o estilo dos anos

românticos, com passes precisos e total domínio do ritmo de jogo, mandava no meio-campo. Por isso o chamavam de

gênio. Ao mesmo tempo, era rebelde, não fugia de uma briga e por isso foi chamado de louco. Em 2002, ficou marcado por

uma cabeçada em Javier Irueta, seu técnico no La Coruña. Com medo desses momentos, Felipão abdicou da genialidade do

meia e o cortou da seleção que venceria a Copa de 2002.

FOI O ÍDOLO GIOVANNI QUEMvinda de Ganso para o Santos, diretamente de Belém. Mais um motivo para ser idolatrado pela

torcida. Ganso formou com Neymar, a partir de 2009, a dupla que deu esperança para acreditar no retorno

ao futebol brasileiro de antes, com velocidade e muita técnica. Venceram o Campeonato Paulista e criou-se uma corrente espontânea, exigindo a presença dos dois na Copa do Mundo. A vaga que o povo queria ver com Ganso ficou com Julio Batista. A estreia

na seleção foi após a eliminação na Copa, mas uma contusão impediu que continuasse

como titular no time de Mano Menezes. Recuperado, ele voltou aos

gramados, um presente para todos que gostam de futebol

bem jogado.

Paulo Henrique Chagas de LimaNascimento: 12/10/1989

Clube: SantosPrincipais títulos: Copa do Brasil (2010) e

Campeão Paulista (2010) pelo SantosEM BRASILEIROS: nenhum

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M A I O + M O N E T + 3 3

MARCOS

12Com esse número, ele ganhou o apelido de “Santo”. Na maiorconquista do Palmeiras, a Copa Libertadores de 1999, o go-

leiro saiu da reserva para ser o herói. Tendo Marcos como ídolo, éraro um palmeirense usar uma camiseta de goleiro com o número 1.

FALCÃO

5 Esqueça os volantes atuais que só sabem dar carrinho e fazerfaltas. Falcão era um volante que jogava com a cabeça

erguida e raramente errava um passe. Técnico, sempre chegava àárea do adversário fazendo tabelas com meias e atacantes.

NILTONSANTOS

6 “A Enciclopédia”. Não haveria melhor apelido para um jogadorque sabia tudo de bola. Nilton Santos, que só jogou no Bo-

tafogo durante toda a sua carreira, conseguia ter tanta visão de jogo,que chegava a driblar um adversário só observando a sombra do rival.

LUÍS PEREIRA

3 Um dos mais completos zagueiros do nosso futebol. Eleera perfeito na antecipação dos atacantes e preciso nos

carrinhos – acertava sempre a bola, nunca o adversário. Ainda tinhafôlego de sobra para partir em seguidas arrancadas para o ataque.

ZIZINHO

8 O meia jogava tanto que foi o ídolo de Pelé e era chamadopelos companheiros de “Mestre”. Suas atuações na Copa do

Mundo de 1950 foram tão magistrais que a imprensa europeia com-parava suas jogadas a quadros de grandes gênios da pintura.

DJALMASANTOS

2 Presente em quatro Copas do Mundo (1954, 58, 62 e 66),o lateral-direito, além de ser muito bom na marcação, já

arriscava apoiar o ataque numa época em que os jogadores daposição dificilmente passavam da linha central.

GARRINCHA

7 Com suas pernas tortas, o jogador não se cansava de driblarlaterais pelo mundo – todos apelidados de João. Seu grande

momento foi no bicampeonato Mundial em 1962, quando carregouo time nas costas e praticamente ganhou o torneio sozinho.

CARLOSALBERTO

4 O jogador imortalizou a camisa 4 da seleção ao marcar oquarto gol do Brasil na final da Copa do Mundo de 1970. Excelente

lateral-direito, o capitão do tri aparece no nosso time como quarto-zagueiro, posição em que atuou com categoria ao final da carreira.

RONALDO

9 Maior artilheiro da história das Copas do Mundo, teve a carreiramarcada por várias contusões e voltas por cima, quando já

consideravam sua aposentadoria. Goleador implacável, o Fenômenofoi eleito o melhor jogador do Mundo em três oportunidades.

ROMÁRIO

11O grande trunfo do artilheiro era saber se colocar na área.Por isso, vários dos mais de mil gols – contagem própria – fo-

ram feitos com o atacante aparecendo livre de marcação. Sabendose posicionar, o baixinho também fez vários tentos de cabeça.

Nemtodocraqueprecisouusara camisapara ficar eternizadonamemóriados torcedores.Apresentamosumaseleçãode ídolosque fizerammuitos fãsabdicaremdecomprar evestir a 10doseuclubedecoração

OS 10 SEM 1014

Dener Augusto de SouzaNascimento: 2/4/1971Clubes: Portuguesa, Grêmio e VascoPrincipais títulos: Campeão Gaúcho

pelo Grêmio (1993) e CampeãoCarioca pelo Vasco (1993)

EM BRASILEIROS: nenhum

DENER

15Zenon de Souza FariasNascimento: 31/3/1954Clubes: Hercílio Luz, Avaí, Guarani, El-Helal(ARA), Corinthians, Atlético-MG,Portuguesa e São BentoPrincipais títulos: Bicampeão Paulista peloCorinthians (1982/83)EM BRASILEIROS: Guarani (1978)

ZENON

>

>

O FRANZINO DENER ERA Agrande esperança do futebolbrasileiro após a derrota

da pragmática seleção brasileira,comandada por Sebastião Lazaroni,na Copa de 1990. Revelado pela

Portuguesa e com passagens rápidaspor Grêmio e Vasco, Dener – com seus

dribles e uma sequênciade gols de placa quepareciam não ter maisfim – representava a

essência da habilidade dosnossos grandes craques, como

Garrincha e Pelé. Infelizmente,para quem gosta de futebol, o

craque morreu precocemente, aos23 anos, em um acidente automobilístico.

ZENON REPRESENTA UMAclasse de armador quenão existe mais. Aqueles

jogadores que dão longos e perfeitoslançamentos que acabam nospés dos atacantes. Foi com essespasses perfeitos que o catarinenseconseguiu destaque nacionaljogando no Guarani, queconquistou o CampeonatoBrasileiro de 1978.

14Dener Augusto de Souza

Nascimento: 2/4/1971Clubes: Portuguesa, Grêmio e VascoPrincipais títulos: Campeão Gaúcho

Campeão e (1993) Grêmio peloCarioca pelo Vasco (1993)

EM BRASILEIROS: nenhum

>O FRANZINO DENER ERA A

grande esperança do futebol brasileiro após a derrota da pragmática seleção brasileira,

comandada por Sebastião Lazaroni, na Copa de 1990. Revelado pela

Portuguesa e com passagens rápidas por Grêmio e Vasco, Dener – com seus

dribles e uma sequência de gols de placa que

pareciam não ter mais fim – representava a

essência da habilidade dos nossos grandes craques, como

Garrincha e Pelé. Infelizmente, para quem gosta de futebol, o

craque morreu precocemente, aos23 anos, em um acidente automobilístico.

ZENON REPRESENTA UMA classe de armador que

não existe mais. Aqueles jogadores que dão longos e perfeitos

lançamentos que acabam nos pés dos atacantes. Foi com esses

passes perfeitos que o catarinense conseguiu destaque nacional

conquistou o Campeonato

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3 4 + M O N E T + M A I O

16 17

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20

Dirceu Lopes MendesNascimento: 3/9/1946Clubes: Cruzeiro, Fluminense, Uberlândia e DemocrataPrincipais títulos: Campeão Mineiro pelo Cruzeiro (1965,66, 67, 68, 69, 72, 73, 74 e 75)EM BRASILEIROS: nenhum

Carlos Alberto TévezNascimento: 5/2/1984Clubes: Boca Jrs. (ARG), Corinthians, West Ham (ING),Manchester United (ING), Manchester City (ING)Principais títulos: Mundial Interclubes pelo Boca Jrs. (2003) e peloManchester Utd (2008); Libertadores pelo Boca Jrs. (2003)EM BRASILEIROS: Corinthians (2005)

Giovanni Silva de OliveiraNascimento: 4/2/1972

Clubes: Tuna Luso, Sãocarlense, Santos,Barcelona(ESP),Olympiakos(GRE),El-Helal

(ARA), Sport, Mogi MirimPrincipais títulos: Copa América pela seleção (1997), Bicam-peão Espanhol pelo Barcelona (1998/99 e 1999/2000)EM BRASILEIROS: nenhum

Edvaldo Oliveira ChavesNascimento: 4/8/1958

Clubes: Santos, São Paulo, Racing Estrasburgo(FRA), Nagoia Grampus Eight (JAP), Inter-SP

Principais títulos: Campeão Paulista pelo Santos(1978) e pelo São Paulo (1985 e 87)

EM BRASILEIROS: São Paulo (1986)

Andrés Nicolás D’AlessandroNascimento: 15/4/1981Clubes: River Plate (ARG), Wolfsburg (ALE), Ports-mouth (ING), Zaragoza (ESP), San Lorenzo (ARG),InternacionalPrincipais títulos: Mundial sub-20 pela Argentina(2001); Copa Libertadores pelo Inter (2010)EM BRASILEIROS: nenhum

TÉVEZDIRCEULOPES

D́ ALESSANDRO

GIOVANNI PITA

>

> >

>

>ASSIM COMO ADEMIR DA GUIA, DIRCEU LOPES Éoutro craque que não conseguiu ter sucesso na seleçãobrasileira em Mundiais. Era nome certo para disputar

a Copa de 70, mas com a troca de técnico – a substituição de JoãoSaldanha por Zagallo – acabou sendo cortado pelo novo treinador.Mesmo assim, com a camisa do Cruzeiro, time que defendeu durante14 anos, foi um armador que se deslocava por todo o gramado.Formou uma dupla excepcional com Tostão na década de 60.

GIOVANNI É CHAMADO DE MESSIAS PELOSsantistas. Também, pudera, no início da década de 1990, oSantos vivia uma fase tão ruim que somente um salvador

poderia fazer o time ser grande novamente. E o paraense fez essepapel muito bem. Com suas passadas longas e grandes arrancadas, elelevou o Santos ao vice-campeonato Brasileiro de 1995. Ainda voltouao alvinegro praiano em duas ocasiões: em 2005 e no início de 2010,para abençoar o nascimento de craques como Neymar e PH Ganso.

DESDE QUE PELÉ PAROU DE USAR A 10, EM 1974, OSsantistas esperaram quase quatro anos para que um craquevoltasse a usar a mítica camisa. A agonia acabou quando o

jovem Pita a vestiu. Canhoto, com muita habilidade – capaz de enfileirarvários adversários em uma arrancada – e excelente finalizador, ele

comandou os “Meninos da Vila” que ganharam o Campeonato Paulistade 1978. No meio da década de 1980, já experiente, no São Paulo, foi

o maestro de um time formado de garotos como Silas, Müller eSidney, apelidados de “Menudos” e que ganhou vários títulos.

OS BRASILEIROS CONHECERAM O HABILIDOSOmeia canhoto na Libertadores de 2003, quando,jogando pelo River Plate, D’Alessandro desmontou o

time do Corinthians, no Morumbi. Depois de uma passagemapagada pelo futebol europeu – jogou na Alemanha e na

Espanha –, ele desembarcou em Porto Alegre em 2008para virar ídolo da torcida do Colorado, principalmente após a

conquista da Libertadores do ano passado. O pavio curto emalgumas ocasiões e o “desaparecimento” em outros momentosda partida não ofuscam o brilho desse que representa o clássicoarmador argentino, sempre tirando da cartola um passe

perfeito, algum drible desconcertante ou uma finalização mortal.

NA HISTÓRIA DO CORINTHIANS, NENHUM ESTRANGEIROse identificou tanto com a torcida quanto o argentino Tévez. Nasua curta passagem, pouco mais de um ano no clube – entre

2005 e 2006 –, o atacante conquistou a Fiel pela vontade mostrada emcampo, dividindo bolas com os zagueiros e não desistindo de nenhumajogada. Destaque na conquista do Brasileiro de 2005, Tévez sempre é umnome lembrado quando o Corinthians cogita trazer um reforço para o ataque.

Cruzeiro, Fluminense, Uberlândia e Democrata

DIRCEU

Boca Jrs. (ARG), Corinthians, West Ham (ING),

18Giovanni Silva de Oliveira

Nascimento:Clubes:

El-Helal (ESP), Olympiakos (GRE), Barcelona(ARA), Sport, Mogi Mirim

Principais títulos: Copa América pela seleção (1997), Bicam-

Tuna Luso, Sãocarlense, Santos, El-Helal (ESP), Olympiakos (GRE), Barcelona

Copa América pela seleção (1997), Bicam-

Edvaldo Oliveira ChavesNascimento:

Clubes:(FRA), Nagoia Grampus Eight (JAP), Inter-SP

títulos: Principais(1978) e pelo São Paulo (1985 e 87)

EM BRASILEIROS:

GIOVANNI

River Plate (ARG), Wolfsburg (ALE), Ports- mouth (ING), Zaragoza (ESP), San Lorenzo (ARG),

Mundial sub-20 pela Argentina (2001); Copa Libertadores pelo Inter (2010)

D́ ALESSANDRO >

Santos vivia uma fase tão ruim que somente um salvador poderia fazer o time ser grande novamente. E o paraense fez esse

papel muito bem. Com suas passadas longas e grandes arrancadas, ele levou o Santos ao vice-campeonato Brasileiro de 1995. Ainda voltou ao alvinegro praiano em duas ocasiões: em 2005 e no início de 2010,

Ganso. para abençoar o nascimento de craques como Neymar e PH

jovem Pita a vestiu. Canhoto, com muita habilidade – capaz de enfileirar vários adversários em uma arrancada – e excelente finalizador, ele

comandou os “Meninos da Vila” que ganharam o Campeonato Paulista de 1978. No meio da década de 1980, já experiente, no São Paulo, foi

o maestro de um time formado de garotos como Silas, Müller e Sidney, apelidados de “Menudos” e que ganhou vários títulos.

OS BRASILEIROS CONHECERAM meia canhoto na Libertadores de 2003, quando,

jogando pelo River Plate, D’Alessandro desmontou o time do Corinthians, no Morumbi. Depois de uma passagem

apagada pelo futebol europeu – jogou na Alemanha e na Espanha –, ele desembarcou em Porto Alegre em 2008

para virar ídolo da torcida do Colorado, principalmente após a conquista da Libertadores do ano passado. O pavio curto em

algumas ocasiões e o “desaparecimento” em outros momentos da partida não ofuscam o brilho desse que representa o clássico

armador argentino, sempre tirando da cartola um passeperfeito, algum drible desconcertante ou uma finalização mortal.

E S P E C I A L

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BRASILEIRÃO–SÉRIEA, a partir do dia 21. Aos sábados, 18h30e21h,e domingos, 16h e 18h30,SPORTV, 39, ePFC •SÉRIEB, a partir do dia20. Terças e sextas, 21h, e sábados, 16h,SPORTV, 39, e PFC

Um título de competição nacional sempre é importante, mas noCampeonato Brasileiro da Série B, a quarta colocação é tão relevante quantolevar a taça. Explica-se. A competição, que conta 20 clubes (ABC, Americana,

ASA, Bragantino, Criciúma, Duque de Caxias, Goiás, Grêmio Prudente, Guarani,Icasa, Ituiutaba, Náutico, Paraná Clube, Ponte Preta, Portuguesa, Salgueiro, SãoCaetano, Sport, Vila Nova e Vitória), tem a mesma fórmula da Série A, com os timesjogando todos contra todos, em turno e returno. Os quatro mais bem colocadosgarantem vaga na elite do nosso futebol em 2012.

Mais uma vez, o campeonato está recheado de clubes que têm muita tradição nofutebol brasileiro. Entre eles aparece o Sport, campeão nacional de 1987, que contacom o caldeirão do seu estádio, a Ilha do Retiro, para conseguir o acesso. Outrocampeão brasileiro é o Guarani. Vencedor da edição de 1978, o time campineiro, comsérios problemas financeiros, tem dificuldades para montar um time competitivo.Há também Goiás e Vitória, que, depois de vários anos disputando a Série A, vãoenfrentar a segunda divisão. Para voltar logo, o Vitória não poupou e contratouo meia-atacante Giovanni, que teve passagem pelo Barcelona. Por fim, há aPortuguesa, que depois de dois anos terminando em quinto lugar, aposta nos gols doartilheiro Jael para acabar com a sina de morrer na praia.

Se existe luta para ficar entre os quatro mais bem colocados é bom não esquecer que osquatro piores caem para a Série C, o que, para times tradicionais, significa o fundo do poço.

M A I O + M O N E T + 3 5

FLUMINENSE X SÃOPAULODia 22 de maio, domingo, 18h30, SporTV, 39 e PFC

FLAMENGO X CORINTHIANSDia 5 de junho, domingo, 16h, PFC

CRUZEIRO X SANTOSDia 11 de junho, sábado, 18h30, SporTV, 39 e PFC

CORINTHIANS X SÃOPAULODia 26 de junho, domingo, 16h, PFC

ATLÉTICO-MG X INTERNACIONALDia 30 de junho, quinta, 21h, SporTV, 39 e PFC

FLAMENGO X FLUMINENSEDia 10 de julho, domingo, 18h30, PFC

GRÊMIO X SANTOSDia 24 de julho, domingo, 18h30, SporTV, 39 e PFC

FLUMINENSE X INTERNACIONALDia 4 de agosto, quinta, 21h, SporTV, 39 e PFC

BOTAFOGO X VASCODia 7 de agosto, domingo, 18h30, PFC

PALMEIRAS X CORINTHIANSDia 28 de agosto, domingo, 16h, PFC

JOGOS TOP 10Emumcampeonato de pontos corridos, ummau resultado na primeirarodada pode tirar o título de uma equipe. Por isso, selecionamos dezjogos fundamentais no primeiro turno doCampeonatoBrasileiro e que

>>No encontro de tricolores, o carioca inicia sua luta para conquistar o bi >>O clássico mais tradicional do nosso futebol reúne os dois últimos campeões

>> Ídolo da torcida do Fla, Adriano, agora no Corinthians, enfrenta seu ex-clube >>O futebol força do time gaúcho tenta parar a rapidez de Neymar e companhia

>>No encontro de dois favoritos, show de times que jogam ofensivamente >>Partida que envolve dois dos grandes favoritos à conquista do título.

>>A briga entre as diretorias dos dois clubes aumenta a rivalidade. >>Confronto para provar que os dois times não vão fazer o papel de coadjuvantes

>>Historicamente, o confronto entre os dois clubes é certeza de jogo bom

NASÉRIE B, 20 TIMES LUTAMPELASQUATROVAGASQUEGARANTEMOSONHADOACESSOÀPRIMEIRADIVISÃO

>>Para os torcedores dos dois times, ganhar do rival vale tanto quanto o título

terão grande influência na colocação final do torneio. Na nossa seleção,clássicos regionais, a rivalidade entre paulistas e cariocas, a força demineiros e gaúchos e a estreia de um ídolo contra o seu ex-clube.

EM BUSCA DE UMA VAGA NA ELITE

Jael – No ano passado,o artilheiro ajudou oBahia. Em 2011, ele é aesperança da fanáticatorcida da Lusa

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