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BRASILEIROS DESAPARECIDOS Após intensas investiga- ções sobre o paradeiro dos 12 brasilerios – entre eles o ca- sal de goioerense Sérgio Cas- telhani e Rosi Vaz, desapare- cidos desde o dia 6 de novem- bro, a Polícia Federal não des- carta a hipótese de que o bar- co do grupo tenha naufragado durante o trajeto de Bahamas até a Flórida, nos Estados Uni- dos. Segundo informações um trajeto de pouco mais de 60 quilômetros. A matéria com as declara- ções da Polícia Federal foi di- vulgada no final de semana pela Folha de São Paulo onde relata que a Polícia Federal prendeu “três coiotes” que le- varam os 12 brasileiros desa- parecidos na travessia entre Bahamas e a Flórida. PIRATAS DO CARIBE . A operação da Polícia Federal para tentar elucidar o paradei- ro dos brasileiros desapareci- dos, foi batizada de “Opera- ção Piratas do Caribe” que após o desaparecimento dos brasileiros passou a investi- gar a quadrilha responsável por levar imigrantes brasilei- ros ilegalmente aos Estados Unidos. Nas investigações a PF prendeu três coiotes e cumpriu sete mandados de busca e apreensão nos Esta- dos de Minas Gerais, Rôndo- nia e Santa Catarina. Os 12 desaparecidos são de Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Rondônia e Paraná. Entre eles está o casal de Goi- oerê, Sergio Castelhani e Rosi Vaz. SEM REGISTRO. Autorida- des das Bahamas e dos Es- tados Unidos informaram re- Para PF barco que transportava imigrantes pode ter naufragado Os goioerenses Sergio Castelhani e Rosi Vaz estão desaparecidos juntamente com outros 10 brasileiros centemente à Polícia Federal que não há registro das pri- sões dos brasileiros. Com isso, cresce a hipótese de que o barco que levava o grupo te- nha naufragado durante o tra- jeto. Até a noite de sexta-feira (13), a PF ainda não havia lo- calizado outros dois coiotes (agenciadores e atravessado- res de imigrantes) com man- dados de prisão expedidos. Os mandados de busca incluíram agências de turismo usadas para organizar as viagens e casas de participantes do es- quema. PROPINA. A investigação recolheu indícios de que o es- quema pagava propina para funcionários de imigração no aeroporto de Nassau, capital das Bahamas, para evitar a deportação, o que configura corrupção de agentes públi- cos. De avião, grupos de imi- grantes viajavam na data em que o acesso havia sido nego- ciado e recebiam a orientação de passar em um determina- do guichê, onde estaria o fun- cionário subornado. Nas Bahamas, os brasilei- ros costumam se hospedar juntos em hotéis ou casas par- ticulares à espera do embar- que para os Estados Unidos. Os principais portos de saída são Freeport e Bimini, mais próximos da Flórida. INTIMIDAÇÃO DE PAREN- TES: Apesar de receber diver- sas informações anônimas so- bre a quadrilha, a Polícia Fe- deral tem dificuldades para convencer parentes dos desa- parecidos a testemunhar con- tra os coiotes. Isso atrasou o processo de coleta de indíci- os e, em decorrência disso, a autorização judicial da opera- ção. “A primeira coisa que os coi- otes fazem é ir na casa de todo mundo e conhecer a família in- teira. Então é muito perigoso”, disse um parente de um dos 12 desaparecidos, sob a condição do anonimato. “Não dá pra co- locar nome porque a gente cor- re risco de morte.” MENOR USADO . Apesar de ser menos usada do que o caminho pela fronteira mexica- na, a rota das Bahamas ga- nhou destaque no fim de de- zembro, quando o desapareci- mento do grupo de 12 brasi- leiros chegou à imprensa. Para a viagem, cada um deles teria se comprometido a pagar cerca de US$ 20 mil (R$ 64,4 mil). APREENSÕES . O caso ocorre em um momento de crescimento do número de brasileiros que tentam emigrar aos EUA. Só nos meses de no- vembro e dezembro, a Patru- lha da Fronteira dos EUA pren- deu em média 15,4 brasileiros por dia. É um aumento de 73% em relação à média diária do ano fiscal de 2016 (1° de outubro de 2015 a 30 de setembro de 2016), quando houve 8,9 pri- sões/dia de brasileiros. Mais de 90% dos casos ocorre per- to da fronteira com o México e tentam desesperadamente entrar nos Estados Unidos correndo grandes riscos, como ao que tudo indica te- nha ocorrido com o grupo de 12 brasileiros que estão de- saparecidos desde o dia 6 de novembro. Brasileiros desaparecidos no Caribe. Possível trajeto do grupo que tentava ir de barco aos EUA COPACOL ALERTA O alerta da Copacol abrange as atividades produtoras do frango O acesso as propriedades que atuam na avicultura está proibida na área da Copacol Está proibida a visita sem autorização nas propriedades dos associados Após a confirmação da Influ- enza Aviária no Chile, todos as empresas produtoras e expor- tadoras de carne de frango do Brasil, estão proibidas de rece- ber qualquer tipo de visitas nas suas estruturas. Na Copacol, o alerta e de- terminação da ação que abran- ge todas as atividades de pro- dução animal da Cooperativa, já que a maioria dos associa- dos possuem mais de uma ati- vidade em suas propriedades, como informa o presidente Val- ter Pitol. “A doença já foi confirmada em mais de 30 países e o Bra- sil é o único que nunca teve um registro da Influenza. Neste sentido, precisamos se preve- nir ainda mais para continuar li- vre desta doença e por isso, estamos tomando medidas ri- gorosas com o propósito de manter a sanidade de toda a nossa integração avícola” - ex- plicou o presidente Valter Pitol. ALERTA. A Cooperativa já têm determinações de biosse- guridade no setor da avicultu- ra, orientando os associados sobre a importância de não ter criações de outras espécies de aves e pássaros, nas áreas e propriedades que tenham a produção de frango. “Caso o Brasil tenha algum foco da doença, as consequên- cias serão graves para as nos- sas integrações, porque não será cancelada as exporta- ções, comercialização e produ- ção de frango. Isso vai gerar reflexos devastadores para toda a economia do país”, des- tacou Valter Pitol. Além disso, a equipe da Co- pacol também pede que os pro- dutores não façam emprésti- mos de equipamentos entre os avicultores, utilizem roupas e calçados exclusivos para entrar nos galpões e realizem os ma- nejos diários de biossegurida- de, assim como manter uma caixa com cal virgem e álcool em gel na entrada da área de serviço e também na entrada dos aviários, para desinfetar os calçados e mãos. Quarta-feira, 18 de Janeiro/2017 5

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BRASILEIROS DESAPARECIDOS

Após intensas investiga-ções sobre o paradeiro dos 12brasilerios – entre eles o ca-sal de goioerense Sérgio Cas-telhani e Rosi Vaz, desapare-cidos desde o dia 6 de novem-bro, a Polícia Federal não des-carta a hipótese de que o bar-co do grupo tenha naufragadodurante o trajeto de Bahamasaté a Flórida, nos Estados Uni-dos. Segundo informações umtrajeto de pouco mais de 60quilômetros.

A matéria com as declara-ções da Polícia Federal foi di-vulgada no final de semanapela Folha de São Paulo onderelata que a Polícia Federalprendeu “três coiotes” que le-varam os 12 brasileiros desa-parecidos na travessia entreBahamas e a Flórida.

PIRATAS DO CARIBE . Aoperação da Polícia Federalpara tentar elucidar o paradei-ro dos brasileiros desapareci-dos, foi batizada de “Opera-ção Piratas do Caribe” queapós o desaparecimento dosbrasileiros passou a investi-gar a quadrilha responsávelpor levar imigrantes brasilei-ros ilegalmente aos EstadosUnidos. Nas investigações aPF prendeu três coiotes ecumpriu sete mandados debusca e apreensão nos Esta-dos de Minas Gerais, Rôndo-nia e Santa Catarina.

Os 12 desaparecidos sãode Minas Gerais, São Paulo,Paraná, Rondônia e Paraná.Entre eles está o casal de Goi-oerê, Sergio Castelhani e RosiVaz.

SEM REGISTRO. Autorida-des das Bahamas e dos Es-tados Unidos informaram re-

Para PF barco que transportavaimigrantes pode ter naufragado

OsgoioerensesSergioCastelhani eRosi Vaz estãodesaparecidosjuntamentecom outros 10brasileiros

centemente à Polícia Federalque não há registro das pri-sões dos brasi le iros. Comisso, cresce a hipótese de queo barco que levava o grupo te-nha naufragado durante o tra-jeto.

Até a noite de sexta-feira(13), a PF ainda não havia lo-calizado outros dois coiotes(agenciadores e atravessado-res de imigrantes) com man-dados de prisão expedidos. Osmandados de busca incluíramagências de turismo usadaspara organizar as viagens e

casas de participantes do es-quema.

PROPINA. A investigaçãorecolheu indícios de que o es-quema pagava propina parafuncionários de imigração noaeroporto de Nassau, capitaldas Bahamas, para evitar adeportação, o que configuracorrupção de agentes públi-cos.

De avião, grupos de imi-grantes viajavam na data emque o acesso havia sido nego-ciado e recebiam a orientaçãode passar em um determina-

do guichê, onde estaria o fun-cionário subornado.

Nas Bahamas, os brasilei-ros costumam se hospedarjuntos em hotéis ou casas par-ticulares à espera do embar-que para os Estados Unidos.Os principais portos de saídasão Freeport e Bimini, maispróximos da Flórida.

INTIMIDAÇÃO DE PAREN-TES: Apesar de receber diver-sas informações anônimas so-bre a quadrilha, a Polícia Fe-deral tem dificuldades paraconvencer parentes dos desa-

parecidos a testemunhar con-tra os coiotes. Isso atrasou oprocesso de coleta de indíci-os e, em decorrência disso, aautorização judicial da opera-ção.

“A primeira coisa que os coi-otes fazem é ir na casa de todomundo e conhecer a família in-teira. Então é muito perigoso”,disse um parente de um dos 12desaparecidos, sob a condiçãodo anonimato. “Não dá pra co-locar nome porque a gente cor-re risco de morte.”

MENOR USADO . Apesarde ser menos usada do que ocaminho pela fronteira mexica-na, a rota das Bahamas ga-nhou destaque no fim de de-zembro, quando o desapareci-mento do grupo de 12 brasi-le i ros chegou à imprensa.Para a viagem, cada um delesteria se comprometido a pagarcerca de US$ 20 mil (R$ 64,4

mil).APREENSÕES . O caso

ocorre em um momento decrescimento do número debrasileiros que tentam emigraraos EUA. Só nos meses de no-vembro e dezembro, a Patru-lha da Fronteira dos EUA pren-deu em média 15,4 brasileirospor dia.

É um aumento de 73% emrelação à média diária do anofiscal de 2016 (1° de outubrode 2015 a 30 de setembro de2016), quando houve 8,9 pri-sões/dia de brasileiros. Maisde 90% dos casos ocorre per-to da fronteira com o Méxicoe tentam desesperadamenteentrar nos Estados Unidoscorrendo grandes r iscos,como ao que tudo indica te-nha ocorrido com o grupo de12 brasileiros que estão de-saparecidos desde o dia 6 denovembro.

Brasileiros desaparecidos no Caribe.Possível trajeto do grupo que tentava

ir de barco aos EUA

COPACOL ALERTA

O alerta da Copacol abrange asatividades produtoras do frango

O acesso as propriedades que atuam na avicultura está proibida na área da Copacol

Está proibida a visita sem autorizaçãonas propriedades dos associados

Após a confirmação da Influ-enza Aviária no Chile, todos asempresas produtoras e expor-tadoras de carne de frango doBrasil, estão proibidas de rece-ber qualquer tipo de visitas nassuas estruturas.

Na Copacol, o alerta e de-terminação da ação que abran-ge todas as atividades de pro-dução animal da Cooperativa,já que a maioria dos associa-dos possuem mais de uma ati-vidade em suas propriedades,como informa o presidente Val-ter Pitol.

“A doença já foi confirmadaem mais de 30 países e o Bra-

sil é o único que nunca teve umregistro da Influenza. Nestesentido, precisamos se preve-nir ainda mais para continuar li-vre desta doença e por isso,estamos tomando medidas ri-gorosas com o propósito demanter a sanidade de toda anossa integração avícola” - ex-plicou o presidente Valter Pitol.

ALERTA. A Cooperativa játêm determinações de biosse-guridade no setor da avicultu-ra, orientando os associadossobre a importância de não tercriações de outras espécies deaves e pássaros, nas áreas epropriedades que tenham a

produção de frango. “Caso o Brasil tenha algum

foco da doença, as consequên-cias serão graves para as nos-sas integrações, porque nãoserá cancelada as exporta-ções, comercialização e produ-ção de frango. Isso vai gerarreflexos devastadores paratoda a economia do país”, des-tacou Valter Pitol.

Além disso, a equipe da Co-pacol também pede que os pro-dutores não façam emprésti-mos de equipamentos entre osavicultores, utilizem roupas ecalçados exclusivos para entrarnos galpões e realizem os ma-nejos diários de biossegurida-de, assim como manter umacaixa com cal virgem e álcoolem gel na entrada da área deserviço e também na entradados aviários, para desinfetar oscalçados e mãos.

Quarta-feira, 18 de Janeiro/2017 5