Breve Revisão Sobre a Farmacoterapia da Acne

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1 WPÓS BREVE REVISÃO SOBRE A FARMACOTERAPIA DA ACNE CASCAVEL 2014

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WPÓS

BREVE REVISÃO SOBRE A FARMACOTERAPIA DA ACNE

CASCAVEL

2014

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WPÓS

BRUNA BRASIL RODRIGUES FURTADO

BREVE REVISÃO SOBRE A FARMACOTERAPIA DA ACNE

Trabalho apresentado como requisito de avaliação parcial dadisciplina de Trabalho de Conclusão de Curso daEspecialização em Farmacologia Aplicada à r!tica Cl"nicada #nstituição $os%

ro&essora' (aniela )artins da *ilva

CASCAVEL

2014

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RESUMO

 A acne , uma dermatose resultante de diversos &atores- se desenvolvendo

nos &ol"culos polisseb!ceos- por alteraç.es no processo de queratinização-

hiperatividade das gl/ndulas seb!ceas e multiplicação de microorganismos

envolvidos no processo in&lamat0rio% uma das doenças de pele mais &requentes-

a&etando principalmente adolescentes cerca de 3456% As les.es iniciam7se na

puberdade e podem a&etar at, em idades mais avançadas- caracterizadas por 

comed.es- p!pulas- p8stulas e nas &ormas mais graves- por abcessos- cistos e

cicatrizes em graus vari!veis% 9 presente trabalho tem por ob:etivo de realizar uma

revisão bibliogr!&ica acerca da terap;utica utilizada atualmente no tratamento da

acne , constitu"da principalmente de antimicrobianos- retin0ides e agentes

abrasivos- assim como os cuidados &armac;uticos pertinentes a essa patologia

dermatol0gica%

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<

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%=

2. OBJETIVOS%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%>

2%19b:etivo ?eral%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%>

2%29b:etivos Espec"&icos%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%>

3. METODOLOGIA%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%3

4. REFERENCIAL TEÓRICO%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%@

<%1(esenvolvimento da acne%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%@

<%2Farmacoterapia%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%1=

<%2%1 Antibi0ticos%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%1=

<%2%2 etin0ides%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%21

<%2%+ Agentes abrasivos%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%2=

<%2%< Tratamentos hormonais%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%2B

<%2%= 9utros agentes%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%2>

. CONCLUSÃO%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%+2

!. REFER"NCIAS BIBLIOGRÁFICAS%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%++

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=

1. INTRODUÇÃO

 A acne , uma doença crnica da unidade pilosseb!cea- que atinge

aproDimadamente 345 da população :ovem do mundo- principalmente indiv"duos do

seDo masculino devido à in&lu;ncia dos hormnios andr0genos% ão , uma situação

patol0gica de potencial &atal- mas de signi&ic/ncia &"sica e psicol0gica- onde as

les.es e cicatrizes re&letem na autoimagem- causando inibição social- depressão e

ansiedade GHE* et al - 24126%

 A ideia popular de que a acne , uma a&ecção eDclusiva do per"odo da

adolesc;ncia- menosprezando7se a intervenção m,dica deve ser combatida- pois

cada vez mais nota7se que apresenta um padrão de recidiva e curso prolongado-

persistindo na idade adulta em cerca de =45 dos indiv"duos% Iuanto mais

precocemente e persistentemente inicia7se a terapia sendo a terapia combinada a

primeira escolha para a abordagem do quadro acneico6- maiores as chances de

resultados &avor!veis- diminuição da recidiva e recuperação da autoestima

)9TA?EJ C9*TA- 24146%

Contudo- diversos estudos apontam que entre aqueles que procuram o auD"lio

m,dico e recebem terap;utica medicamentosa para a acne- muitos são os que não

persistem no tratamento- principalmente pelos e&eitos colaterais que muitas vezes

não são devidamente esclarecidos- ocasionando percas &inanceiras e at, problemas

como a resist;ncia bacteriana- pela incorreta maneira de tomar os medicamentos

AKE* et al - 24116%

(essa &orma- veri&icou7se a necessidade de apro&undar7se sobre a terap;utica

da acne dispon"vel atualmente- de &orma a prestar uma melhor Atenção

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Farmac;utica para os pacientes que apresentam essa &requente a&ecção cut/nea-

esclarecendo aspectos relevantes durante a dispensação- al,m de buscar 

compreender e elencar as medidas não7&armacol0gicas necess!rias para o

tratamento e que estão dispon"veis na &arm!cia%

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>

2. OBJETIVOS

2%1 9b:etivo ?eral

ealizar uma revisão bibliogr!&ica sobre a &armacoterapia da acne%

2%2 9b:etivos Espec"&icos

(e&inir e caracterizar a acne%

 Apresentar os principais tratamentos para o dist8rbio- com a apresentação do

mecanismo de ação%

(eterminar os bene&"cios e e&eitos colaterais e adversos dos tratamentos

&armacol0gicos%

Luscar apresentar os principais avanços e perspectivas no tratamento da

acne%

 Apresentar aspectos da atenção &armac;utica ao paciente com acne- assim

como medidas não &armacol0gicas que contribuem para a e&etividade do tratamento

medicamentoso%

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3. METODOLOGIA

9 presente estudo , do tipo revisão bibliogr!&ica que visa principalmente

apresentar cuidados &armac;uticos no dist8rbio da acne- com uma revisão da

&armacoterapia utilizada atualmente- evidenciando cuidados necess!rios- assim

como cuidados não7medicamentosos- como modi&icaç.es de h!bitos que predisp.e

a doença%

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4. REFERENCIAL TEÓRICO

<%1(esenvolvimento da acne

 A pele , o maior 0rgão do corpo humano- representando 1B5 do peso

corporal- &az parte do sistema tegumentar% constitu"da por duas camadas- derivada

de dois &olhetos germinativos' o mesoderma e o ectoderma C9EA et al - 24146%

Estruturalmente- pode ser dividida em epiderme porção origin!ria da

ectoderma6- derme porção con:untiva derivada da mesoderme6 e a hipoderme-

tamb,m conhecida como tecido subcut/neo- que não &az parte da pele- mas realiza

a união desta com os 0rgãos sub:acentes C9EA et al - 24146%

 A pele possui &unç.es de proteção contra desidratação e atrito- regulação de

temperatura- reserva de nutrientes- &ormação da vitamina ( e contenção de

terminaç.es nervosas% *ão estruturas aneDas a pele' pelos- unhas- gl/ndulas

seb!ceas e gl/ndulas sudor"paras &igura 16 C9EA et al - 24146%

Figura 1' Estruturas da pele

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*obre a pele- pode ainda complementar7se a a&irmação de Mbila N )artins

244@6'

OA pele , de &ato uma barreira &"sica- biol0gica e imunol0gica- que se op.eàs agress.es mec/nicas- às poluiç.es diversas- aos raios solares- àpenetração das subst/ncias estranhas ao organismo- microorganismos eoutros ant"genos% A pele- portanto- , o mais sens"vel de nossos 0rgãos-nosso primeiro meio de comunicação e nosso mais e&iciente protetor- sendoa" localizada nossa primeira e 8ltima linha de de&esa% ogo- são muitas as&unç.es da pele' base de receptores sensoriais- localização do sentido dotato- &onte organizadora e processadora de in&ormaç.es- mediadora desensaç.es- barreira entre o organismo e o meio ambiente- &onte imunol0gicade hormnios para di&erenciação de c,lulas protetoras- proteção contra ose&eitos da radiação- traumas mec/nicos e el,tricos- barreira contra materiaist0Dicos e organismos estranhos- regulação da pressão do &luDo sangu"neo e

lin&!tico- regulação da temperatura- metabolismo e armazenamento degordura- reservat0rio de alimento e !gua- importante na respiração- sintetizacompostos importantes com a vitamina (- barreira contra microorganismos%PML#AJ )AT#*- 241<6%

um 0rgão &leD"vel e auto regenerativo que reveste e molda o corpo- atuando

como uma barreira protetora que previne a penetração de subst/ncias e organismos

irritantes e al,rgenos do ambiente- evitando a perda de !gua- mantendo a

homeostase interna% A pele tamb,m protege &isicamente os 0rgãos internos- limita a

passagem de subst/ncias e contribui para a manutenção da temperatura corporal6

e da pressão sangu"nea% #ndispens!vel à vida e que isola os componentes org/nicos

do meio eDterior% Constitui7se em compleDa estrutura de tecidos de v!rias naturezas-

dispostos e inter7relacionados de modo a adequar7se- harmonicamente- ao

desempenho de suas &unç.es ML#AJ )AT#*- 241<6%

Como revestimento eDterno- a pele tem uma grande import/ncia na apar;ncia

e- consequentemente- na autoestima individual% A acne , uma doença in&lamat0ria

da pele- causada primariamente por uma produção de sebo pelas gl/ndulas

seb!ceas- seguida do ac8mulo de c,lulas mortas que obstruem o poro- iniciando o

processo in&lamat0rio que pode levar a &ormação de cicatrizes- que desencadeia

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processos psicol0gicos- que vão desde a discriminação at, o isolamento social do

indiv"duo C9EA et al - 24146%

 A acne a&eta cerca de 3473=5 dos indiv"duos compreendidos com idades

entre 12 a 2= anos- com decl"nio para 35 nos indiv"duos entre 2= e os +< anos- e

para +5 entre os += e os << anos% Atinge ambos os seDos- com maior gravidade

entre os homens e maior persist;ncia entre as mulheres% #ndiv"duos de origem

asi!tica ou a&rodescente apresentam menor incid;ncia de acne KAQ- 244+6%

 Al,m do per"odo da adolesc;ncia- a acne pode ocorrer tamb,m em outras&ases da vida% A ação dos andr0genos maternos nas primeiras seis semanasde vida , respons!vel pela acne neonatal% A acne in&antil , mais comum emmeninos e se inicia entre o terceiro e seDto m;s de vida- pelas secreç.esprecoces de andr0genos gonadais% A acne do adulto , mais &reqRente emmulheres acne da mulher madura6- sendo uma continuação da acne daadolesc;ncia ou tendo in"cio na idade adulta% a acne da mulher madura oquadro se eDacerba com o ciclo menstrual e pode estar associado a outrossinais de hiperandrogenismo- como seborr,ia- acne- hirsutismo e alopecia%

9utras variantes incluem a acne escoriada- &undamentalmente de origemneur0tica ou psic0ticaJ a acne estival ou do verão- que ocorre ap0s aeDposição solar- e a acne cosm,tica- decorrente do uso de produtos t0picosoclusivos%LEE et al - p% 2=@- 244B6

uma patologia eDtremamente comum- cu:o in"cio geralmente ocorre na

puberdade- onde a produção de hormnios andr0genos , aumentada pela

necessidade do amadurecimento dos caracteres seDuais% Esses hormnios

&avorecem a hipertro&ia das c,lulas seb!ceas- ocasionando a dilatação dos 0stios-

principalmente nas !reas que apresentam maior quantidade de unidades

pilosseb!ceas% Al,m disso- esses hormnios andr0genos incrementam a produção

seb!cea por essas gl/ndulas- representando o quadro cl"nico de oleosidade e acne

C9EA et al - 24146%

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9s < &atores &isiopatol0gicos prim!rios para o desenvolvimento da acne são

F#?SE#E(9 et al - 2411aJ LEE et al - 244B6'

1% iperplasia seb!cea seguida de hiperseborreia sob in&lu;ncia de

hormnios andr0genos testosterona- (EA7*- androtestosterona6%

Esses hormnios não reduzidos a n"vel dos receptores na gl/ndula

seb!cea pela enzima = U7redutase tipo # e di7hidrotestosterona (T6

que , a subst/ncia respons!vel pelas !reas pilosseborreicas &ace e

tronco6J

2% 9correm anomalias na di&erenciação e adesão queratinocit!ria no

&ol"culo piloso- que condiciona entupimento do &ol"culo e &ormação de

comed.es cravos6% Estas anomalias tamb,m são consequ;ncia da

estimulação androg;nicaJ

+% Colonização do &ol"culo piloso por microorganismos- principalmente

Propionibacterium acnes e Staphylococcus albus% Estas bact,rias

promovem alteraç.es nos lip"dios eDcretados no sebo- com

consequente liberação de !cidos graDos livres- que possuem

propriedades in&lamat0rias% Em alguns casos- um !caro Demodex 

foliculorum6 tamb,m coloniza o &ol"culo pilosoJ

<% 9corre a reação in&lamat0riaVimune- com a liberação de mediadores

in&lamat0rios que levam a ruptura da parede da gl/ndula- o que ,

respons!vel pelas les.es in&lamat0rias%

 A perspectiva de que a acne , um problema transit0rio da adolesc;ncia pode

&azer com que se postergue a consulta com especialista- acarretando no

desenvolvimento de cicatrizes &"sicas e psicossociais- As les.es in&lamat0rias são

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dolorosas e os epis0dios de eDacerbação da acne provocam quadros de baiDa

autoestima- perda de con&iança- mudanças de humor- isolamento social e at,

mesmo depressão KAQ- 244+6%

Clinicamente- a acne pode ser classi&icada em não in&lamat0ria e in&lamat0ria-

de acordo com o tipo de lesão predominante'

 As les.es não in&lamat0rias são popularmente conhecidas como cravos%

Clinicamente- são denominadas de comedão ou cmedo% 9s cmedos podem ser 

abertos- com a apar;ncia de um ponto negro ou acastanhado devido a oDidação

lip"dica e o aumento da deposição de melanina6- sendo caracterizado por ser uma

lesão plana ou ligeiramente elevada- que pode atingir = mm de di/metro% 9s

comed.es &echados são les.es ligeiramente palp!veis- esbranquiçadas ou com

coloração semelhante a da pele- com di/metro habitual de 1 a + mm KAQ- 244+6%

 As les.es in&lamat0rias podem ser as p!pulas lesão palp!vel- rosada ou

avermelhada- com menos de = mm de di/metro6- p8stula que evolui da p!pula- com

aparecimento de pus em seu interiorJ popularmente denominada de espinha6- n0dulo

lesão s0lida e elevada- com di/metro superior a = mm- situada numa zona mais

pro&unda da derme que a p!pula6 e o cisto que , um n0dulo el!stico não aderente

às estruturas ad:acentes- que &acilmente in&lama e supuraJ localiza7se abaiDo da

camada basal e com isso resulta a cicatriz% os casos mais graves comunicam entre

si- as &"stulas6% As cicatrizes são resultado da acne in&lamat0ria- estando

relacionadas a um aumento do col!geno cicatrizes hipertr0&icas ou queloides6 ou a

perda do col!geno cicatrizes &ibr0ticas- deprimidas super&iciais ou pro&undas e

manchas atr0&icas6 KAQ- 244+6%

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1<

 A severidade da acne tamb,m , utilizada para classi&icar o tipo de acne do

paciente%

 A acne vulgar pode ser dividida em in&lamat0ria e não in&lamat0ria- con&ormeas les.es predominantes- podendo ser graduada de # a K con&orme agravidade do quadro% A acne grau #- não in&lamat0ria ou comedoniana-apresenta predom"nio de cmedos% A acne in&lamat0ria , respons!vel pelosgraus ##- ###- #K e K% a acne grau ## h! predom"nio de les.es p!pulo7pustulosas al,m dos cmedos% a acne grau ### n0dulos e cistos podem ser observados% A acne grau #K ou conglobata , uma &orma severa da doençacom m8ltiplos n0dulos in&lamat0rios- &ormação de abscessos e &"stulas% Sma&orma rara e grave- de instalação abrupta- acompanhada de mani&estaç.essist;micas &ebre- leucocitose e artralgia6- , a acne &ulminante ou grau K%LEE et al - pp 2=@72B4- 244B6

 A in&lu;ncia da alimentação no desenvolvimento eVou agravamento ainda não

est! bem estabelecida- necessitando7se de maiores evid;ncias cient"&icas que

comprovem ou não a real associação entre dieta e acne%

evisão realizada por Costa et al  24146 analisaram hip0teses que relacionam

h!bitos e situaç.es relacionadas a dieta e sua relação com a acne' obesidade- dieta

ocidental rica em carboidratos de &!cil digestão e gorduras- pobre de prote"nas6-

nutrição como &ator de aceleração da maturação seDual e desenvolvimento da acne-

in&lu;ncia da hiperinsulinemia na concentração de androg;nios e produção de sebo-

consumo de leite- consumo de chocolate- associação do metabolismo de insulina

com acne- bene&"cios cl"nicos de uma dieta com baiDo teor glic;mico em pacientes

com acne- modulação do metabolismo de !cidos graDos- e&eitos protetores de dieta

rica em zinco e vitamina A%

9s autores chegaram à conclusão- a partir de estudos em populaç.es que

não &azem uso de dietas ocidentais- que a incid;ncia da acne , bem menor e que o

"ndice glic;mico , um importante &ator de controle da acne- :! que o metabolismo da

glicose e da insulina in&luenciam no hiperandrogenismo ou se:a- aumentam a

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secreção de andr0genos6- com consequente aumento da produção seb!cea-

desencadeando os demais &atores que in&luenciam no desenvolvimento da acne%

ecomendam uma dieta com mais &ibras- prote"nas e redução do consumo de

carboidratos simples- que aumentam consideravelmente o "ndice glic;mico- com

consequente hiperinsulinemia e tend;ncia a resist;ncia insul"nica- assim como-

redução do consumo de !cidos graDos C9*TA et al - 24146%

<%2Farmacoterapia

 A terap;utica utilizada atualmente no tratamento da acne , constitu"da

principalmente de antimicrobianos- retin0ides e agentes abrasivos #AAJ CAT9-

24146%

<%2%1 Antibi0ticos

9s agentes antimicrobianos atuam nos microorganismos como o relatado P.

acnes6 que liberam !cidos graDos livres e promovem a in&lamação% odem ser de

uso t0pico- como o !cido azel!ico- o per0Dido de benzoila e a clindamicina e para o

uso sist;mico- tetraciclina- eritromicina e doDiciclina #AAJ CAT9- 24146%

odem ser combinados com outros agentes t0picos como derivados do !cido

retin0ico6 para re&orçar a pot;ncia anti7acn,ica e diminuir a toDicidade% 9s

antibi0ticos de uso t0pico- assim como os antibi0ticos administrados por outras vias-

começam a ter sua ação inibida em &unção do surgimento de resist;ncias

bacterianas tamb,m pelas bact,rias causadores da acne )9TE#9- 24126%

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1B

9 per0Dido de benzo"la &igura 26 tem atividade bacteriana e queratol"tica-

sendo a primeira linha de tratamento da acne leve a moderada% Combinado com

antibi0ticos t0picos como eritromicina e clindamicina6 ou retin0ides t0picos- , mais

e&iciente que a monoterapia% 9s e&eitos comedol"tico e anti7in&lamat0rio do per0Dido

de benzo"la são menores que os retin0ides t0picos% 9s microorganismos da

microbiota residente não desenvolvem resist;ncia ao per0Dido de benzo"la

LEE et al - 244B6%

Figura 2' Estrutura do er0Dido de Lenzo"la

9 mecanismo de ação do per0Dido de benzo"la deriva da liberação de

esp,cies radicalares de oDig;nio- que oDidam as prote"nas do P. acnes% A redução

da população bacteriana leva a diminuição da produção de !cidos graDos livres que

possuem ação comedog;nica e irritativa6 e de &atores quimiot!ticos que medeiam o

processo in&lamat0rio% Adicionalmente- reduz o tamanho das gl/ndulas seb!ceas

KAQ- 244+6

ossui atividade secante e descamativa- não devendo ser aplicado sobre a

pele irritada ou em queimaduras pelo vento e pelo sol% 9s e&eitos adversos mais

comuns são enri:ecimento- ressecamento e sensação de ardor% EDige a utilização de

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&iltro solar- por ser &otossensibilizante% Tamb,m , necess!rio lembrar que este

medicamento pode manchar as roupas e tecidos% Comercialmente- est! dispon"vel

na &orma de gel ou creme- em concentraç.es que variam de 15 a 145- devendo ser 

aplicada duas vezes ao dia #AAJ CAT9- 24146%

9 !cido azel!ico , indicado no tratamento da acne in&lamat0ria nas &ormas

leves p!pulo7pustulosas6 e não7in&lamat0ria- por possuir atividades bactericidas e

comedol"ticas% Atua normalizando a queratinização &olicular e reduzindo a

concentração de P. acnes  e Streptococcus epidermidis na unidade pilosseb!cea%

Sma grande vantagem do !cido azel!ico- , que , seguro na utilização durante a

gestação e amamentação KAQ- 244+J LEE et al - 244BJ C9*TAJ LA?AT#-

241+6%

uma boa alternativa para pacientes com pele secaVressecada e clara- pois

tamb,m apresenta um e&eito hidratante- causa irritação cut/nea m"nima- reduz a

hiperpigmentação p0s7in&lamat0ria% Comparado a outros agentes t0picos- o !cido

azel!ico tem baiDa &otossensibilidade- o que- contudo- não dispensa a utilização de

protetor solar% Sm cuidado , necess!rio com pacientes de pele mais escura- pois

pode causar hipopigmentação KAQ- 244+6%

9s principais e&eitos adversos do !cido azel!ico são mais &requentes no in"cio

do tratamento e consistem de prurido- sensação de queimadura e picada- que

tendem a desaparecer no decorrer do tratamento% relativamente at0Dico- não

eDistindo evid;ncias at, o momento de interação medicamentosa- por ter baiDa

absorção sist;mica% A utilização concomitante com per0Dido de benzo"la-

clindamicina- eritromicina ou tretino"na aumentam sua e&ic!cia% (ispon"vel em

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concentraç.es de 1=5 a 245- pode ser aplicado duas vezes ao dia KAQ- 244+J

#AAJ CAT9- 24146%

 A eritromicina e a clindamicina são os antimicrobianos t0picos mais utilizados

e estão dispon"veis na &orma de soluç.es- g,is e loç.es- bem como associados a

per0Dido de benzo"la e isotretino"na% Adiciona7se ainda que a combinação de

eritromicina ou clindamicina com per0Dido de benzoila demonstrou um e&eito aditivo

em comparação com a monoterapia desses agentes- prevenindo a resist;ncia

bacteriana aos antimicrobianos t0picos LEE et al - 244B6%

9s antibi0ticos de via sist;mica são prescritos nos casos de acne moderada a

grave #AAJ CAT9- 24146%

 A eritromicina , o antibi0tico tradicional de menor utilização atual- se:a via

sist;mica doses de =44 a 1444 mgVdia6 ou t0pica concentração de 1-=5 a <56

devido à resist;ncia por P. acnes  e Staphylococcus epidermidis% *ua utilização ,

contra7indicada em quem tem hipersensibilidade à eritromicina e em hepatopatias%

Tamb,m , contra7indicada durante a gravidez e amamentação- pois atravessa a

placenta e , distribu"da no leite materno% 9s principais e&eitos adversos são n!useas

e colite pseudomembranosaJ raramente- pode ocorrer perda de audição e hepatites

por aumentar o dano hep!tico- principalmente se utilizada concomitantemente

outros medicamentos hepatot0Dicos6% a administração t0pica observa7se

descamação- irritação e ressecamento da pele% A eritromicina interage de &orma

inibit0ria no metabolismo hep!tico da var&arina- da carbamazepina e da ciclosporina-

potencializando os e&eitos destes medicamentos prolongamento do tempo de

protrombina e aumento do risco hemorr!gico- aumento do e&eito anticonvulsivante e

hepatotoDicidade- respectivamente6% or diminuir a microbiota intestinal- eleva as

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1@

concentraç.es plasm!ticas de digoDina- cu:a absorção adequada depende dessa

microbiota% ão deve ser utilizada concomitante com clindamicina- isotretino"na e

outras subst/ncias irritantes para a pele #AAJ CAT9- 24146%

 A azitromicina , outro antimicrobiano da classe dos macrol"deos que pode ser 

utilizada no tratamento da acne- pela sua a&inidade com o tecido in&lamat0rio e

atividade contra bact,rias anaer0bias- como o P. acnes% Ao contr!rio de outros

antibi0ticos sist;micos- a azitromicina possui uma &armacocin,tica que a torna capaz

de mover7se rapidamente do sangue para os tecidos- permanecendo por per"odos

prolongados em uma concentração inibit0ria para a maioria dos agentes

patog;nicos% Comparada a outros macrol"deos- possui poucos e&eitos adversos

gastrintestinais% utilizada na posologia de =44 mg di!rias- por tr;s dias- com

intervalos de sete dias- em at, tr;s ciclos LEE et al - 244B6%

 A clindamicina , derivada da lincomicina- possuindo e&eito de redução de

!cidos graDos livres da pele- com consequente diminuição da proli&eração de P.

acnes% contra7indicada em pacientes com hipersensibilidade a lincomicina-

doenças renais e hep!ticas- bem como antecedentes de colites% *eus principais

e&eitos adversos são irritação local- dermatites de contato- enri:ecimento e

descamação da pele% A associação com outros antimicrobianos pode desenvolver 

colite pseudomembranosa% ara o tratamento da acne- sua utilização , t0pica- em

gel concentração de +56 ou solução 14 mgVg6- com aplicação de &ina camada

sobre a pele- duas vezes ao dia #AAJCAT9- 24146%

or muito tempo as tetraciclinas &oram os antimicrobianos de eleição na

terapia da acne- devido sua e&ic!cia- toler/ncia e margem de segurança elevada%

or,m- deiDou de ter preval;ncia- devido aos seus e&eitos adversos e interaç.es

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medicamentosas% 9s principais e&eitos adversos relacionados as tetraciclinas são

transtornos renais- &otossensibilidade- aumento dos n"veis de enzimas hep!ticas

produzindo hepatotoDicidade- pancreatites- toDicidade do sistema nervoso central-

colites pseudomembranosas- reaç.es de hipersensibilidade e vaginite causada por 

Candida albicans% )edicamentos e alimentos contendo c!lcio &ormam compleDos

com as tetraciclinas- diminuindo sua absorção% A associação com retin0ides

aumenta a hipertensão intracraniana% Caulim- pectina e colestipol diminuem a

absorção de tetraciclina- pois são adsorvidas nesta% e&rotoDicidade , aumentada

com metoDi&lurano e diur,ticos com e&eito adverso ne&rot0Dico% Contra7indicada na

insu&ici;ncia renal e hep!tica- gravidez e crianças at, 12 anos de idade- por &iDar7se

nos dentes em desenvolvimento- causando alteraç.es da cor e hipoplasia do

esmalte #AAJ CAT9- 2414J LEE et al - 244B6%

9s principais e&eitos adversos das tetraciclinas estão relacionados à primeira

geração desses compostos clortetraciclina- oDitetraciclina- hidrocloreto de

tetraciclina e dimetil7clortetraciclina6 que &oram introduzidas em 1@=1 e largamente

utilizadas no tratamento da acne% As tetraciclinas de segunda geração doDiciclina-

limeciclina e minociclina6 são subst/ncias semi7sint,ticas- de meia7vida mais longa-

melhor atividade bacteriana e menor toDicidade% *eu e&eito , bacteriost!tico por 

inibição da s"ntese de prote"nas bacterianas LEE et al - 244B6%

 A terap;utica usual das tetraciclinas de primeira geração , de =44 mg duas

vezes ao dia% A doDiciclina , mais e&icaz que as tetraciclinas de primeira geração-

pode ser tomada com alimentos- contudo- est! associada a uma maior incid;ncia de

&otossensibilidade% contra7indicada em gr!vidas e crianças de at, 12 anos e a

dose habitual , de =4 a 144 mg- duas vezes ao dia KAQ- 244+6%

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21

 A minociclina , tão e&icaz quanto a doDiciclina- podendo ser tomada com

alimentos- raramente causando &otossensibilidade e ocasionar um e&eito mais

r!pido% indicada para o tratamento da acne in&lamat0ria que não respondeu ao

tratamento convencional% Sma grande desvantagem , seu elevado custo% Tamb,m

contra7indicada em gr!vidas e crianças de at, 12 anos- a dose habitual , de =4 a

144 mg duas vezes ao dia- que deve ser reduzida con&orme a acne &or &icando

controlada geralmente tr;s a seis semanas ap0s o in"cio do tratamento KAQ- 244+6%

<%2%2 etin0ides

9s retin0ides incluem compostos naturais e sint,ticos derivados do retinol-

atuando na proli&eração e di&erenciação celular- atividade imune- in&lamação e

produção de sebo% 9 mais empregado por via sist;mica , a isotretino"na e por via

t0pica h! o adapaleno- o tazaroteno e a tretino"na #AAJ CAT9- 24146%

#sotretino"na , o !cido 1+7cis7retin0ico &igura 26- cu:a obtenção &oi realizada

atrav,s de modi&icação qu"mica no grupo terminal polar e na cadeia lateral de

polieno da vitamina A% ossui comprovada e&ic!cia contra a acne- principalmente

nas les.es &aciais *C#)#(TJ *#KA- 244@6%

Figura 2' Estrutura qu"mica da #sotretino"na

*obre a ação da isotretino"na- *chmidt N *ilva 244@6 esclarecem que'

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22

OA isotretino"na- assim como os demais retin0ides- diminui a queratinizaçãoin&undibular- destruindo a coesão do estrato c0rneo alterando apermeabilidade do conduto pilosseb!ceo- o que termina &avorecendo aeDpulsão da massa c0rnea %%%6% Al,m disso- , o &!rmaco mais e&icaz naredução do tamanho da gl/ndula seb!cea atrav,s da redução da

proli&eração dos seb0citos basais e da supressão da produção de sebo invivo. (etectou7se redução acentuada dos ,steres de cera- pequenadiminuição do esqualeno e um aumento relativo do n"vel de colesterol noslip"dios da super&"cie da pele% (emonstrou7se- tamb,m- que a isotretino"naoral diminui a &ração de triglicer"deos e de ester0is livres- enquanto que asceramidas totais aumentam na &ração lip"dica do comedão %%%6% A inibiçãodas gl/ndulas seb!ceas na maioria dos pacientes ocorre entre dois a quatromeses- embora as vezes se prolongue por um ano- mas a regressão dasles.es e duradoura- sendo eDcepcionais as recidivas %%%6%P*C)#(TJ *#KA- pp% 14711- 244@6

 A isotretino"na , o &!rmaco mais utilizado no tratamento da acne% Foi

sintetizada em 1@== e seu uso no tratamento da acne in&lamat0ria grave dos tipos

c"stica e conglobata6 iniciou7se a partir de 1@>B na Europa e nos Estados Snidos a

partir de 1@34% o Lrasil iniciaram as investigaç.es sobre as alegaç.es terap;uticas

do princ"pio ativo em 1@32% o ano de 1@3= realizou7se a primeira eDperi;ncia

brasileira com a isotretino"na com a participação de 2= indiv"duos- tratados com

doses variadas- pois não havia um consenso% 9 resultado demonstrou7se satis&at0rio

em 2< pacientes e regular em apenas 41 )9AE* et al - 24116%

9 in"cio do tratamento , acompanhado da piora da sintomatologia- incluindo

sangramento e in&lamação gengival- aumento do ressecamento labial e das

mucosas oculares- podendo estar associado a s"ndrome da hipervitaminose A

)9AE* et al - 24116%

9utros e&eitos colaterais da utilização da isotretino"na são depressão nervosa-

aumento de !cidos graDos livres no sangue e complicaç.es pulmonares% A

teratogenicidade , o mais severo dos e&eitos t0Dicos da isotretino"na e esse e&eito ,

acentuado quando o medicamento , administrado no primeiro trimestre de gestação%

or todos esses e&eitos colaterais a utilização desse medicamento , controlada-

sendo prescrito ap0s minuciosa avaliação dermatol0gica- seguida de an!lises de

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2+

&unção hep!tica- pancre!tica e da &ração lip"dica% Tais an!lises devem ser re&eitas

durante todo o per"odo de tratamento EA et al - 2443J )9AE* et al - 24116%

 An!lises de glicose- creatina quinase- gravidez e poss"veis e&eitos colaterais e

psicol0gicos tamb,m devem ser realizados durante o tratamento com a isotretino"na%

 A an!lise psicol0gica , importante porque pode a&etar o sistema nervoso- podendo

levar a um quadro de depressão #AAJ CAT9- 2414J )9AE* et al - 24116%

9 tratamento , iniciado com doses de 4-= mgVHgVdia a 1 mgVHgVdia% A dose de

manutenção deve ser a:ustada a cada paciente- situando7se entre 4-1 mgVHgVdia a 1

mgVHgVdia #AAJ CAT9- 24146%

9 pro&issional &armac;utico no momento da dispensação de qualquer 

tratamento medicamentoso para a acne- principalmente no caso da isotretino"na-

deve re&orçar a necessidade da utilização de protetor solar% Apesar de não ser um

medicamento- o protetor solar , muito importante para indiv"duos em tratamento da

acne- pois muitas subst/ncias destinadas ao tratamento dessa patologia são

&otossens"veis- o que sem a proteção solar pode levar ao aparecimento de manchas

na pele% Al,m disso- o ve"culo utilizado para os protetores solares promove um e&eito

hidratante sobre a pele- protegendo e&eitos nocivos do sol- permitindo que a barreira

cut/nea consiga se reestabelecer- al,m de minimizar o ressecamento e a

descamação AKE* et al - 24116%

ara mulheres- em &unção de sua teratogenicidade- manter a utilização de um

anticoncepcional e&iciente , de eDtrema import/ncia- devendo o pro&issional

&armac;utico re&orçar a import/ncia de evitar esse e&eito )9AE* et al - 24116%

! ainda os retin0ides de uso t0pico- que demonstram atividade sobre a acne

in&lamat0ria pelos e&eitos imunomoduladores diretos e pela reversão do

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2<

microcmedo- com redução de at, B45 dos cmedos pr,7eDistentes% Atuam na

comedog;nese- normalizando a descamação do epit,lio &olicular% ão possuem

e&eito antibacteriano- por,m- seu e&eito comedol"tico permite a penetração no &ol"culo

de outras subst/ncias antibicaterianas LEE et al - 244B6%

9s mesmos cuidados dispensados à isotretino"na retin0ides sist;mico6-

devem ser dispensados aos retin0ides t0picos- como lembrar que são

&otossensibilizantes- evitando7se a eDposição solar durante o tratamento as

aplicaç.es devem ser no per"odo noturno6 e utilização de protetor solar durante o

per"odo diurno% ão utilizar concomitantemente com antibi0ticos da classe das

tetraciclinas por aumento da hipertensão intracraniana e tamb,m evitar a associação

com vitamina A- devido a problemas de hipervitaminose A #AAJ CAT9- 24146%

 A tretino"na &oi por muito tempo o principal retin0ide t0pico- com ação

queratol"tica- com emprego na acne leve a moderada contendo p!pulas e p8stulas%

teratog;nica% Contra7indicada para pacientes com diabetes mellitus-

hiperlipidemias- hipervitaminose A e insu&ici;ncia hep!tica% *eu uso tornou7se

limitado com o decorrer do tempo por causar irritação logo ap0s o in"cio da terapia%

9s novos retin0ides são mais toler!veis e podem ser associados com

antimicrobianos desde o in"cio da terapia para a acne in&lamat0ria% comercializada

na &orma de gel ou creme na concentração de 4-15- com duas aplicaç.es ao dia

#AAJ CAT9- 2414J LEE et al - 244B6%

9 adapaleno , um !cido na&t0ico com ação retin0ica- no qual observa7se

melhor ação anticomedog;nica- melhor ação anti7in&lamat0ria e menor preval;ncia

dos e&eitos adversos em relação a outros retin0icos% contra7indicado na gravidez e

tamb,m eDige que não se eDponha ao sol- ao vento e a temperaturas muito &rias%

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2=

ão deve ser utilizado com outros retin0ides% 9s principais e&eitos adversos que

ocorrem são eritema- prurido e descamação e geralmente ocorrem nas quatro

primeiras semanas de tratamento% (ispon"vel nas &ormas de gel ou solução

concentração de 4-156- com uma aplicação ao dia #AAJ CAT9- 24146%

9 tazaroteno , um retin0ide acetil;nico% um produto sint,tico e , a mais

recente inovação no que se re&ere a retin0ides% contra7indicado em pacientes com

pele eczematosa e tamb,m apresenta um pequeno e&eito teratog;nico- sendo

contra7indicado na gravidez% 9s e&eitos adversos mais comuns são irritação-

descamação- sensação de queimação e ressecamento da pele% (ispon"vel nas

&ormas de gel ou creme 4-156- devendo ser aplicado uma vez ao dia #AAJ

CAT9- 24146%

<%2%+ Agentes abrasivos

9s agentes abrasivos como enDo&re e !cido salic"lico promovem descamação

e es&oliação%

9 !cido salic"lico , um queratol"tico e a:uda a reduzir os cmedos% usado na

&ormulação de loç.es e sabonetes em concentraç.es que variam de 4-=5 a 256-

geralmente associada a outras terapias% 9s principais e&eitos adversos são eritema e

descamação% Aplica7se na pele a&etada de duas a tr;s vezes por dia LEE et 

al - 244BJ #AAJ CAT9- 24146%

9 enDo&re , utilizado na &orma de sabonete ou cremes de limpeza- na

concentração de 25% ão deve ser aplicado concomitante a retin0ides e

antimicrobianos% ecomenda7se utilizar duas vezes ao dia #AAJ CAT9- 24146%

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2B

9utros agentes com ação abrasiva como resorcinol- sul&acetamida de s0dio-

cloreto de alum"nio e zinco6 possuem limitaç.es quanto à qualidade da evid;ncia

cient"&ica dispon"vel sobre o mane:o da acne C9*TAJ LA?AT#- 241+6%

<%2%< Tratamentos hormonais

9s contraceptivos orais são e&etivos em mulheres com acne severa-

desordens hormonais e em pacientes com tratamento re&rat!rio e prolongado de

antibi0ticos% Atuam inibindo a produção de sebo e no bloqueio de receptores

androg;nicos #AAJ CAT9- 24146%

9 e&eito antiandrog;nico na acne pode ser obtido de &ormas diversas

F#?SE#E(9 et al - 2411b6'

•  Aumento das prote"nas transportadores de hormnios seDuais'

reduzindo consequentemente a &ração livre de andr0genos por 

contraceptivos orais C96- que combinam estrog;nio e progestativo%

essa modalidade terap;utica- os C9 inibem a produção de

gonadotro&inas e a ovulação- al,m da inibição da produção ovariana de

androg;nios%

Este e&eito poder! ser potenciado utilizando C9 que combinam oestrog,nio- habitualmente o etinilestradiol EE6- com um progestativo de 2Wou +W geração- cu:o potencial de conversão peri&,rica em androg,nios ,m"nimo- ou que inclusivamente possuem alguma atividade antiandrog;nica%*ão eDemplos de progestativos de 2W geração levonorgestrel- noretindrona eo diacetato de dethinotiol e de +W geração o desogestrel- norgestimate egestodene- nestorone- acetato de nomegestrol- trimegestone e dienogest%F#?SE#E(9 et al - pp% >4- 24116

• 9s &!rmacos bloqueiam os receptores de androg;nios ou inibem sua

conversão em di7hidrotestosterona (T6% *ão o acetato de

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2>

ciproterona- o acetato de clordinona- o dienogest- o trimegestone- a

espironolactona e a drospirenona%

 As principais indicaç.es para tratamento hormonal da acne são' mulheres

com agravamento da acne no per"odo pr,7menstrualJ mulheres adultas com acne

envolvendo principalmente metade in&erior da &ace e pescoçoJ mulheres em qualquer 

idade com acne associada a seborreia- hirsutismo e irregularidades do ciclo

menstrual- com ou sem hiperandrogenismo e :ovens seDualmente ativas com acne

in&lamat0ria F#?SE#E(9 et al - 24116%

(e acordo com )ontagner N Costa 24146- o acetato de ciproterona , um

agente androg;nico indicado para acne precoce e grave ou suspeita de

hipersensibilidade dos seb0citos aos androg;nios peri&,ricos- sendo derivado da

subst/ncia denominada 1>7U hidroDiprogesterona- que inibe a secreção central de

gonadotro&ina e a atividade da =7U redutase no receptor peri&,rico% A associação

comercial mais comercial do acetato de ciproterona , na concentração de 2 mg com

etinilestradiol += mcg6- que geralmente- inibe o quadro cl"nico da acne em 12 a 2<

ciclos%

9 tratamento com espironolactona pode durar de 2 a 2< meses- podendo ser 

associada a tratamentos t0picos eVou sist;micos- bem como contraceptivos orais%

*ua dose habitual varia de 144 a 244 mgVdia )9TA?EJ C9*TA- 24146%

<%2%= 9utros agentes

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ovas perspectivas surgem com o avanço da ci;ncia e melhor elucidação da

bioqu"mica celular- maior compreensão de ativos naturais e desenvolvimento de

tecnologias%

 A pr0polis , uma resina obtida da apicultura principalmente da  Apis

mellifera6- com uma composição qu"mica bastante compleDa- tornando a pr0polis

importante ob:eto de estudo para as Ci;ncias Farmac;uticas- pois possui uma ampla

aplicabilidade% 9 e&eito antimicrobiano da pr0polis est! cada vez mais sendo

elucidado e h! resultados promissores re&erentes a ação antimicrobiana sobre

esp,cies relacionadas à &ormação da acne- contudo- maiores estudos sobre sua

estabilidade e e&ici;ncia em preparaç.es medicamentosas e cosm,ticas necessitam

de maior estudo LEQEAJ ?9XAKE*- 244@6%

 A nicotinamida , a &orma ativa da niacina !cido nicot"nico- vitamina L+6 que

apresenta um e&eito anti7in&lamat0rio- sendo indicada para a acne in&lamat0ria

moderada- possuindo e&ic!cia semelhante aos antibi0ticos t0picos% ?eralmente- ,

prescrita em &ormulaç.es magistrais KAQ- 244+6%

Com a elucidação do papel da insulina como estimulante de

hiperandrogenismo- a utilização de hipoglicemiantes orais tamb,m vem se revelando

uma terap;utica &armacol0gica no mane:o da acne%

 A met&ormina , um antidiab,tico da classe das biguanidas- agindo como

normoglicemiante- que na resist;ncia peri&,rica à insulina diminui a atividade do

hormnio luteinizante 6- inibe a secreção da prolactina- estimula a ovulação- inibe

a absorção intestinal da glicose- estimula a sensibilidade peri&,rica à insulina e

diminui os "ndices de triglicer"deos e lipoprote"na de baiDa densidade (6- al,m de

&avorecer o emagrecimento% Contudo- tem como principais e&eitos adversos diarreia-

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2@

&latul;ncia- n!useas e vmitos- que são observados nos casos dose7dependentes-

mas podem ser a:ustados% A dose di!ria varia de 1%=44 mg a 2%==4 mg

)9TA?EJ C9*TA- 24146%

 A glibenclamida , antidiab,tico oral da classe das sul&onilureias- que age

estimulando a s"ntese de insulina- sendo um hipoglicemiante di&erente da

met&ormina- que , um normoglicemiante6- podendo ocasionar e&eitos adversos

cl!ssicos de hipoglicemia- e gerar dist8rbios hematopoi,ticos% A dose habitual , 2-=

mg a =-4 mgVdia- com dose m!Dima de 1=-4 mgVdia )9TA?EJ C9*TA- 24146%

 A terapia &otodin/mica TF(6 , uma modalidade terap;utica relativamente

nova no tratamento do c/ncer e dist8rbios tais como psor"ase- artrite reumatoide

sist;mica- in&ecç.es bacterianas- micoses- A#(*- verrugas- etc% 9 princ"pio

terap;utico da t,cnica parte da associação de luz mais um composto &otossens"vel

que , introduzido no paciente e se acumula pre&erencialmente em c,lulas que se

reproduzem rapidamente% Essas c,lulas são posteriormente irradiadas com laser 

com luz para ativação do composto- gerando &ormas radicalares de oDig;nio que

necrosam ou a&etam convenientemente a !rea a ser tratada%

ara a acne- essa t,cnica atualmente , realizada :unto com o composto

hidrocloreto do !cido aminolevul"nico AA Cl Y nome comercial evulanZ

6% Iuando

aplicado na pele- o AA que , o precursor de todas as por&irinas in vivo6 , ciclizado

por bioss"ntese em protopor&irina #[ p #[6- que , a esp,cie &otoativa &igura +6%

(epois de 1< a 13 h a p #[ &ormada na pele , eDcitada por luz azul para o

tratamento de les.es pr,7c/ncer de pele- c/ncer de beDiga e acne *#)\C#9 et al -

24426%

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+4

Figura +' Trans&ormação do AA na especie &otoativa p

9utra metodologia- , eDplicitada no trabalho de Arruda et al  244@6- onde a luz

, utilizada sem a interação com o &!rmaco% esse artigo- a&irma7se que diversos

pacientes relatam que observam melhoria de les.es causadas por acne ap0s a

eDposição a luz solar- com corroboração de diversos trabalhos cient"&icos que

demonstraram que a luz vis"vel , uma modalidade alternativa e e&etiva para o

tratamento da acne%

Esse resultado pode ser eDplicado pela produção de por&irinas-especialmente uropo&irinas- copropor&irinas e protopor&irinas #[ pelo P.acnes% As protopor&irinas tem a capacidade de absorver luz e desse modopromover uma reação &otodin/mica que induz a destruição bacteriana%esse conteDto- a luz azul- que possui &aiDa de comprimento de onda de<4> a <24 nm- tamb,m pode ser capaz de ativar essas por&irinas e produzir a mesma reação &otodin/mica% ortanto- o tratamento com luz pode ser e&etivo na acne- pois causa dano seletivo a unidade pilosseb!cea edestruição do P. acnes- sem produzir dano vis"vel no seu entorno%

ecentemente- demonstrou7se que a irradiação do P. acnes com raios SKAe luz azul pode modi&icar o in&luDo de pr0tons transmembrana da bact,ria einduzir dano celular por alteraç.es do p intracelular% Sm aspectoimportante da luz azul e que- ao contr!rio do espectro da radiaçãoultravioleta do sol- não , carcinog;nica%AS(A et al - pp <B<- 244@6

Tratamentos alternativos- como os realizados com ervas-  Aloe vera-

piridoDina- !cidos derivados de &rutas- 0leo de melaleuca- acupunta e moDabustãoapresentam ainda limitaç.es- necessitando a realização de mais estudos cl"nicos e

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+1

bem conduzidos para que de&inam7se a e&ic!cia e a segurança das terap;uticas

alternativas C9*TAJ LA?AT#- 241+6%

ecess!rio ainda adicionar- em &ace da grande disponibilidade atual de

produtos cosm,ticos destinados à acne- que os cosm,ticos não devem ser 

considerados como agentes terap;uticos- mas como coad:uvantes no tratamento da

acne% 9 protetor solar- cu:o usado , bastante &risado durante a terapia da acne- se

enquadra como coad:uvante- por contribuir na e&ic!cia- diminuindo o e&eito da

radiação sobre a atividade pilosseb!cea- assim como de evitar a &ormação de

manchas na pele sensibilizada pelos &!rmacos F#?SE#E(9 et al - 2411b6%

9utros eDemplos são' produtos de limpeza da pele- hidratantes labiais para

compensar a queilite dos retin0ides- produtos de camu&lagem- emuls.es e loç.es

sem 0leo- onde a &ase oleosa , substitu"da por silicone vol!til% 9s cosm,ticos não

devem ser comedog;nicos- e- apesar- de não &azerem parte restrita da terap;utica-

sua utilização contribui na ritualização da terapia- &azendo o indiv"duo ser 

respons!vel por bons h!bitos de cuidado com a pele- al,m de um potencial e&eito de

autocon&iança F#?SE#E(9 et al - 2411b6%

ovamente- na indicação e orientação de produtos cosm,ticos- o

&armac;utico se sobressai por possuir em sua &ormação aspectos que abrangem a

&ormulaç.es de produtos cosm,ticos- conhecendo o potencial não7comedog;nico-

sebo7regulador e adstringente de ingredientes das &ormulaç.es cosm,ticos-

re&orçando a necessidade do cont"nuo estudo para uma adequada Atenção

Farmac;utica%

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+2

. CONCLUSÃO

 Atrav,s do presente trabalho- constatou7se que a acne , um dist8rbio de

grande relev/ncia na pr!tica cl"nica e que quanto mais precoce &or o tratamento-

melhor serão os resultados terap;uticos% Sma s,rie de compostos

&armacologicamente ativos estão dispon"veis no mercado atualmente para

prescrição do tratamento da acne- cabendo ao &armac;utico a orientação adequada

e o re&orço das medidas não7&armacol0gicos necess!rias ao sucesso da&armacoterapia- ressaltando a import/ncia da pr!tica da Atenção Farmac;utica na

adesão e consequente e&ic!cia do tratamento medicamentoso%

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++

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di&erencial e estudos complementares% evista ortuguesa de Cl"nica ?eral- v% 2>- p%=@7B=- 2411%

F#?SE#E(9- A%J )A**A- A%J #C9T9- A%J *9AE*- A% %J LA*T9- A% *%J 9E*-C%J E*E(E- C%J ELE9- C%J LA(9- F% )%J #T9- ?% )%J 9#KE#A- % *%J*E9E*- )%J ?9XA9- )%J LE9- % T% Tratamento t0pico- sist;mico ecir8rgico- tratamento da acne na gr!vida- algoritmo terap;utico% evista ortuguesade Cl"nica ?eral- v% 2>- p% BB7>B- 2411%

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evista #nspirar- v% <- n% 21- B p%- 2412%

)9TA?E- *%J C9*TA- A% (iretrizes modernas no tratamento da acne vulgar' daabordagem inicial à manutenção dos bene&"cios cl"nicos% *urgeon Cosmetolog and(ermatolog- v% 2- n% +- 24=721+- 2414%

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antiacneicos% *a8de *anta )aria6- v% +B- n% 2- p% +@ Y =<- 2414%

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+=

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KAQ- A% % Acne vulgar' bases para o seu tratamento% evista ortuguesa Cl"nica?eral- v% 1@- p% =B17=>4- 244+%