Briefing para desenvolvimento

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BRIEFING PARA DESENVOLVIMENTO DE PLANO DE COMUNICAÇÃO INTEGRADA 1 A Organização/Cliente 1.1 Dados da empresa Nome Fantasia: Casa dos Quadrinhos Endereço físico: Av. João Pinheiro, 277, Funcionários CEP: 30.130-180 - Fone: 55 (31) 3224-0040 - 55 (31) 3212-7829 Endereço Eletrônico: http://www.casadosquadrinhos.com.br Blog: http://casadosquadrinhos.blogspot.com.br/ 1.2 Negócio A Casa dos Quadrinhos atua no ramo de artes visuais, no segmento de desenhos e animação à mão livre, oferecendo diversos cursos divididos em técnicos, regulares e complementares. A instituição oferece opções como: computação gráfica tridimensional, cartum, desenho artístico completo; escultura e modelagem de personagens e outros. A metodologia é um dos princípios da empresa; os alunos aprendem como fazer narrativas, elaborar um bom roteiro, posicionamentos de câmera, iluminação, entre outros. Diferentemente de outras escolas, adota como política o ensino focado na arte à mão livre e utiliza de softwares apenas como base para finalização das animações. Preocupada em não se limitar somente a conceitos acadêmicos tradicionais, a empresa define sua filosofia de ensino incentivando um aprendizado abrangente e completo, buscando

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BRIEFING PARA DESENVOLVIMENTODE PLANO DE COMUNICAÇÃO INTEGRADA

1 A Organização/Cliente

1.1 Dados da empresa

Nome Fantasia: Casa dos Quadrinhos

Endereço físico: Av. João Pinheiro, 277, Funcionários

CEP: 30.130-180 - Fone: 55 (31) 3224-0040 - 55 (31) 3212-7829

Endereço Eletrônico: http://www.casadosquadrinhos.com.br

Blog: http://casadosquadrinhos.blogspot.com.br/

1.2 Negócio

A Casa dos Quadrinhos atua no ramo de artes visuais, no segmento de desenhos e animação à mão livre, oferecendo diversos cursos divididos em técnicos,

regulares e complementares. A instituição oferece opções como: computação gráfica

tridimensional, cartum, desenho artístico completo; escultura e modelagem de personagens

e outros.

A metodologia é um dos princípios da empresa; os alunos aprendem como fazer narrativas, elaborar um bom roteiro, posicionamentos de câmera, iluminação, entre outros. Diferentemente de outras escolas, adota como política o ensino focado na arte à mão livre e utiliza de softwares apenas como base para finalização das animações. Preocupada em não se limitar somente a conceitos acadêmicos tradicionais, a

empresa define sua filosofia de ensino incentivando um aprendizado abrangente e completo,

buscando desenvolver novos sensos artísticos, capacidades e habilidades, e formando além

de artistas, verdadeiros observadores do mundo.

Sua praça de atuação está vinculada a região metropolitana de Belo Horizonte, onde

está capacitada para receber alunos advindos de cidades vizinhas à capital. Buscando

sempre manter grande sintonia com as necessidades do moderno mercado nacional e

internacional de artes aplicadas, a Casa constrói a estrutura curricular de seus cursos de

maneira direta e eficiente, visando a ascensão profissional de seus alunos, valorizando

ainda as possibilidades criativas individuais, principal diferencial de um bom artista. Possui

ainda, corpo docente altamente qualificado e atuante no mercado, com grande experiência

acadêmica.

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1.3 História

A Casa dos Quadrinhos atua no ramo da educação há 15 anos. Desde a sua

fundação, está situada a Avenida João Pinheiro, nº. 277, no Bairro Funcionários.

Foi a realização de um sonho do diretor Cristiano Seixas abrir uma escola de

desenho. Há 15 anos, ele e alguns amigos, abriram um estúdio de produção de quadrinho e

desenho animado. Nesse período, conheceram integrantes da Fábrica de Quadrinhos de

São Paulo, que viriam a se tornar também sócios da escola, e a auxiliar no início do

desenvolvimento das atividades. Ao fim da sociedade, o grupo se dividiu e remanescentes,

com a direção de Cristiano, atual diretor-executivo, fundaram a Casa dos Quadrinhos, em

1999.

1.4 Estrutura física

A sede é tombada pelo Patrimônio Histórico Municipal e o diploma que a escola

oferece (de Técnico em Artes Visuais) possui validade em território Nacional. É uma escola

totalmente regularizada junto à Secretaria Estadual de Educação e ao MEC.

A Casa possui mais de 500 metros quadrados de estrutura, e duas unidades, ambas

localizadas na Av. João Pinheiro, bairro Funcionários.

A matriz, situada na Avenida João Pinheiro, 277, possui laboratório de Mac, e

estrutura adequada a capacidade de alunos atual. Este prédio também adequa espaços

para pequenas palestras ou conferência de Skype.

Sua filial, posicionada a dois quarteirões abaixo da matriz, possui três amplas salas para

aulas específicas. Um delas, dedicada exclusivamente a arte digital, com materiais que

possibilitam o tratamento de imagens e animação, com computadores iMac APPLE e

Wacomtablets.

1.5 Comunicação na empresa

A empresa promove oficinas e exposições em parceria com órgãos públicos e

iniciativa privada; workshops, palestras e lançamentos de livros e revistas. Além de ser uma

das únicas escolas da área no Brasil aprovada pelo PEP – Programa de Ensino

Profissionalizante em 2011, a Casa anualmente está presente no FIQ (Festival Internacional

de Quadrinhos), e usa deste meio para divulgação e conhecimento do público-alvo no

evento para apresentação dos cursos e o que é a organização.

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A comunicação entre alunos, professores e a coordenação da Casa é feita por meio

de e-mails, avisos em mural e recados na porta das salas. Quando os avisos são

direcionados aos professores, eles são inseridos nos diários antes das aulas começarem.

É feita uma pesquisa com os alunos ao final de cada semestre, sendo uma destinada

aos que acabaram de entrar e outra aos que já estão há mais tempo na Casa. Para os

novatos, a pesquisa de perfil é mais longa, considerando assuntos desde a música que o

aluno escuta, a qual equipamento de tecnologia ele possui. A direção da casa reúne os

dados das pesquisas e desenvolve ações internas e externas de comunicação.

Reuniões são feitas no início e fim de cada semestre entre os professores. Entre a

área administrativa são feitas reuniões menos frequentes. Os cronogramas e calendários

são planejados pelo coordenador geral, e enviados para a Direção para depois de

aprovados, serem repassados aos professores.

1.6 Missão e Visão

A empresa não possui um planejamento estratégico bem definido e constituído de visões e

missões desdobradas; estas precisam ser atualizadas e revistas, conforme análise do

próprio dono. Com a ausência desses desdobramentos dissipados pela organização, não há

uma concepção clara dos principais objetivos a serem atingidos a médio e longo prazo,

pelos funcionários.

1.7 Logotipo

A primeira marca do cliente, fig. 1, baseada no antigo nome de Fábrica de Quadrinhos,

consistia na complementação visual do conceito de fábrica, relacionado a arte aplicada na

escola.

FIGURA 1 - Logotipo Fábrica de Quadrinhos

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Fonte: Casa dos Quadrinhos

Com o fim do contrato, houve uma reformulação da marca e do nome da empresa

findando-se na construção do nome: Casa dos Quadrinhos, que trouxe novo conceito e nova

identidade visual para a marca. Alterando a ideia inicial, que tinha foco na formação de

profissionais, a nova marca e o novo conceito dão ênfase na qualidade no ensino,

valorizando a metodologia e acreditando no potencial do aluno.

A marca do cliente, ilustrada na Fig. 3, é constituída pelo nome da Instituição em

fonte simples, sem serifa, que transmite suavidade, leveza e clareza do conteúdo passado.

A cor alaranjada é símbolo da criatividade, princípio fundamental para quem está inserido no

segmento do cliente. A tarja abaixo da casa, com a classificação do negócio, está em

destaque, pois o intuito é valorizar a diversidade de cursos de artes visuais existentes na

Casa.

Figura 2 – Logotipo do Cliente

Fonte: http://migre.me/cePJB

Na tentativa de aproximar o público e estabelecer uma identidade para eventuais

ações promocionais e cursos, a Casa constantemente provoca adaptações na sua marca.

Um desses exemplos é o apontado pela fig. 3.

FIGURA 3 - Logotipo Escolinha de Artes para Crianças

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Fonte: Casa dos Quadrinhos

Recém-reformulada no final de 2012, a marca da empresa, representada na Fig. 4,

ganhou novos conceitos: dar ênfase na diversidade de cursos ofertados e favorecer a

liberdade do artista. Esta identidade está presente somente na entrada da filial da empresa,

localizada em frente ao Museu Mineiro e na fachada da escola; em seu endereço eletrônico

e outros locais, ainda é presente a marca apresentada na Fig. 2. Com a reformulação, o

cliente pretendeu dar destaque ao primeiro nome da Instituição, com o objetivo de fazer com

que os artistas se sintam em casa, com liberdade para expressar e criar durante os cursos.

FIGURA 4 - Logotipo reformulado pelo Cliente

Fonte: http://cargocollective.com/arisonaguiar/Big-Jack-Casa-Dos-Quadrinhos

O ícone da casa foi preservado, mas reformulado esteticamente, para criar um

logotipo uniforme e centralizado. Retirou-se a consoante “q” pois remetia ao curso-referência

da escola. Ao posicionar a casa acima do nome e ilustrar as duas vogais da palavra casa,

remetendo seu desenho a isso, a nova marca busca se posicionar como um lar que abriga

inúmeros cursos do segmento de artes visuais.

2 Análise do ambiente interno

Conforme pesquisa conceitual realizada, o ambiente interno de uma empresa é

composto essencialmente por preço, praça, promoção e produto. Na Casa dos Quadrinhos,

a prestação de serviço atende as necessidades técnicas de um profissional de artes visuais,

considerando a alta qualidade de ensino, busca por novas tendências e outros fatores. Ela

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se localiza na região central de Belo Horizonte, mas seu raio de atuação penetra toda a

região metropolitana.

2.1 Produtos/Serviços

A escola oferece como serviço o ensino por meio de cursos técnicos no segmento

em que está inserida. Os cursos ministrados são divididos conforme a periodicidade. Os

cursos técnicos, com duração de 2 anos, são divididos em módulos: básico, intermediário,

avançado e laboratório. Os regulares variam entre 6 e 18 meses, com opções entre: 3D

computação gráfica tridimensional, cartum e outros. Os cursos complementares têm

duração média de 10 dias, para um público que busca um aperfeiçoamento a curto prazo. O

curso destinado ao público infantil (arte para crianças) possui duração maior e é ministrado

no período das férias.

O curso técnico em artes visuais forma profissionais capacitados para desenvolver e

produzir projetos relacionados à área. Utilizando tecnologia de ponta, possibilita o

desenvolvimento da sensibilidade e criatividade do aluno, habilitando-o para o exercício das

técnicas relativas às artes plásticas e gráficas. O curso possui três módulos: básico,

intermediário e avançado, com carga horária de 1.080 horas, findando com o módulo de

laboratório, com duração de 360 horas, que possui aprofundamento e aprimoramento das

matérias cursadas. Ao concluir o curso, o aluno recebe um diploma de técnico em artes

visuais, registrado na Secretaria Estadual de Educação, com validade em todo o país.

Ao se tornar um técnico, o profissional pode atuar em diversas áreas como: artista

pesquisador; profissional em estúdios de animação e ilustração; desenhista e restaurador

artístico; storyboarder; ilustrador para mídias digitais e/ou para o mercado editorial e

publicitário; gestor de projetos de cultura; quadrinista ou animador. Os cursos oferecidos são

distribuídos em 4 módulos que vai do básico (desenho de figura humana, composição e

teoria cromática, entre outros), passando pelo intermediário e avançado, e concluindo no

módulo laboratório que nele se insere: ilustração digital avançada, ilustração editorial e

publicitária, narrativa visual, animação e 3D computação gráfica. Para ingresso neste curso,

com duração de 2 anos, o aluno deve ter concluído ou estar cursando o ensino médio ou

superior, além de haver a análise do histórico escolar e avaliação do portfólio acompanhado

de uma entrevista, por parte da direção. Tais análises e pré-requisitos são utilizados a fim de

primar pela qualidade dos profissionais formados na instituição e o nome consolidado no

mercado.

Os cursos regulares possibilitam a formação de um profissional altamente qualificado

para o mercado nacional e internacional. As turmas têm início sempre nos meses de

fevereiro e agosto de cada ano, com um número de alunos que varia entre 9 a 16 por turma,

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com faixa etária mínima de 13 anos. Os pré-requisitos se diferem de curso para curso, onde

alguns não possuem a necessidade de avaliação prévia. O tempo de duração e faixa etária

também varia de acordo com o curso.

Dentre os nove cursos, apenas dois não requerem conhecimento prévio do aluno

para efetuar matrícula, contudo os demais exigem uma qualificação em desenho, por se

tratarem de técnicas mais avançadas, com o objetivo de fazer com que o aluno desenvolva

melhor sua arte. O tempo de duração mínimo é de seis meses e os cursos oferecidos nessa

modalidade são: desenho artístico; computação gráfica 3D; cartum, charge e tira; escultura

e modelagem de personagens; mangá; narrativa visual; ilustração e Pintura digital;

ilustração e pintura manual; animação.

Os cursos complementares disponibilizados são oferecidos com uma carga horária

menor que os demais. Voltados para iniciação nas artes visuais, complementação de

portfólio, aperfeiçoamento de técnicas já desenvolvidas e abordagem artística em geral, eles

têm um período de duração menor que um mês e são ministrados com no máximo 34

horas/aula. Nessa modalidade, dos 9 cursos, há restrição de idade em apenas um, o “Arte

para crianças”, onde a faixa etária é de 7 a 12 anos. Os cursos oferecidos são: arte final –

curso de imersão com o arte-finalista; arte para crianças; aerografia; anatomia;

antropomorfismo e criaturas fantásticas; fotografia digital; iniciação a aquarela; pintura em

tecido e pintura em tela. A Casa não exige pré-requisitos para nenhum desses cursos.

A proposta dos cursos oferecidos é de aliar a base das artes clássicas com as novas

possibilidades digitais disponíveis no mercado. A partir desse conceito, foi desenvolvida uma

metodologia de ensino com foco na criatividade e aptidões de seus alunos, por meio do seu

principal ponto forte: a qualificação do corpo docente. Tendo como matéria-prima o

conhecimento dos professores, a empresa se destaca no segmento pelo ensino direcionado

e de alta qualidade, com técnicas desenvolvidas para o ensino das diversas linguagens das

artes visuais. O corpo docente é formado, em sua maioria, por mestres e especialistas

formados nas melhores escolas do Brasil e do exterior, que desenvolvem constantemente

trabalhos para o mercado nacional e internacional.

Para que o ensino seja continuamente qualificado, a relação professor e aluno é tida

como primordial pela empresa, sendo assim tratada sempre como uma parceria,

incentivando o aperfeiçoamento, respeitando o estilo, técnica e gosto de cada aluno. A

grande maioria dos cursos envolve o ensino relacionado à quadrinhos, sendo elas

conceituais, técnicas ou aplicativas.

2.2 Preço

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A política de preços praticada na Casa é baseada em fatores mercadológicos,

econômicos e internos. A utilização do processo de benchmarking, onde há uma

comparação de produtos/serviços e práticas empresariais no intuito de obter um

desempenho superior em relação a concorrência, é feita pela diretoria e desempenha um

papel fundamental na definição dos valores dos cursos oferecidos.

Outro fator relevante na definição da tabela de preços é a avaliação das taxas de

inflação, e como está a situação do mercado financeiro atual, uma vez que tais taxas

influenciam qualquer tipo de prestação de serviço em qualquer empresa. A direção da Casa

dos Quadrinhos avalia também todos os custos, fixos e variáveis, relacionados aos cursos

ofertados para que, semestralmente, seja feita a reavaliação das parcelas. Há também o

estudo de disponibilidade das turmas, feito semestralmente, onde são identificadas as aulas

que estão tendo maior procura e as que não estão sendo viáveis economicamente.

2.3 Praça

A área de atuação da empresa é na cidade de Belo Horizonte e região metropolitana.

Essa localidade em que a empresa está presente é de grande valorização, pois consegue

atingir um público maior. Com a qualidade e visibilidade que a Casa possui, os alunos que lá

estudam conseguem atingir outros níveis se inserindo no mercado em outros estados e até

mesmo o mercado internacional.

Considerando a retração do mercado de artes visuais no estado, a escola incentiva

seus alunos e artistas a se projetarem fora do estado e também do país, de forma que são

expostos em postagens nas redes sociais especificamente no facebook ou no blog da Casa

periodicamente alguns cursos, feiras, etc. E por outro lado há indicações dos alunos que

estão no mercado e os trabalhos que estão fazendo.

Tal fato reitera o posicionamento da diretoria sobre manter prioridade quanto à

metodologia de ensino, valorizando as aptidões dos seus alunos e sendo assim projetando-

os a outros níveis no mercado.

2.4 Promoção

A forma de comunicação mais utilizada pela empresa, prioritariamente, é feita no

meio digital, com atualizações frequentes no site e nas redes sociais, principalmente o

facebook. Há também divulgações in loco com banners e informativos. O site e o blog são

as maiores fontes de informação sobre a Casa, onde é possível saber a respeito dos cursos,

a história da escola, trabalhos dos alunos, corpo docente e outras informações. O facebook

da empresa é explorado de diversas formas, tanto para divulgação dos serviços quanto para

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assuntos relacionados ao segmento, no intuito de aproximá-la do seu público, considerando

a presença de alunos, pessoas interessadas no ramo e profissionais da área nessa rede

social.

Além de participar de feiras e eventos do segmento, a empresa já esteve presente

em mídias out of home, com a divulgação em TVs situadas em estabelecimentos como:

academias, bares e restaurantes, por meio de VTs feitos pela própria Casa.

3 Análise da Concorrência

Conforme observado, principalmente no briefing e na pesquisa de mercado, para

desenvolvimento do plano de comunicação da empresa foram identificados diferentes

stakeholders que influenciam, consistentemente, em seu microambiente.

Dentre os parceiros, pode-se reforçar a relação tida com o Museu Mineiro, localizado

em frente à filial da escola. A parceria se aplica a utilização do espaço para exposição de

modelos vivos e Mostra da História da Arte, criando vínculo com a Casa. Regularmente, o

Museu ainda oferece uma oficina de quadrinhos, onde as crianças aprendem técnicas para

a introdução ao mundo do desenho, enquanto os alunos constroem retratos de suas

próprias personagens. Há também uma ligação com o Governo Estadual, por meio de um

programa de concessão de bolsas, através do Programa de Educação Profissional - PEP,

que até o momento já ofertou 44 vagas para os alunos da Casa.

A empresa não possui nenhum fornecedor fixo. Para a obtenção de materiais de

escritório e demais itens são realizadas cotações, em busca do menor preço, e a compra é

realizada pela coordenação ou diretoria, sem compromisso com nenhuma empresa. Logo, o

material dos alunos é de responsabilidade destes.

No início das atividades, a Casa possuía um número maior de alunos com o domínio

técnico nos desenhos e que desejavam aprimorá-los, com média etária de 14 a 18 anos e

em sua maioria do sexo masculino. Atualmente, o novo direcionamento estabelecido pela

direção, propõe expandir os cursos para alunos que não possuem conhecimento na área,

reunindo uma variedade de homens e mulheres com média acima de 20 anos de idade.

Grande parte desse público faz cursos superiores e complementam seu dia em estágios.

Alguns alunos que estão fazendo graduação procuram a Casa dos Quadrinhos para

complementar e agregar valores à sua formação. Para esse target, o curso de desenho

pode ter duas funções: a primeira de fornecer um complemento ao aprendizado já adquirido

em cursos superiores da área e a segunda, de suprir uma necessidade de conhecimento em

outras áreas para o jovem que, profissionalmente, exerce função inerente ao segmento de

artes técnicas e visuais.

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Em relação a seus concorrentes, é possível identificar que na cidade de Belo

Horizonte há algumas escolas técnicas e teóricas para desenvolvimento de artes visuais.

Podem-se classificar como concorrentes diretos as especializadas em cursos do segmento

e, como indiretos, as faculdades que ofertam esse tipo de ensino, mas que não tem uma

estrutura totalmente voltada para essa área.

A Casa dos Quadrinhos é referência em Minas Gerais na questão de artes visuais e

ilustração, conforme afirmação do próprio diretor Cristiano Seixas. É considerada ainda, em

âmbito nacional, uma das referências no uso do software livre Blender. Segundo Seixas:

“enquanto diferentes escolas de arte preocupam-se com o talento do aluno, a Casa se

preocupa com o ensino das técnicas, independentemente se o educando já inicia o curso

sabendo desenhar” (Informação Verbal).

Considerado o formato que a escola possui hoje, tanto em estrutura, quanto em

número de funcionários ou de cursos oferecidos, não há outras empresas que possuam um

porte superior. Neste segmento ainda é válido ressaltar que existem os cursos ministrados

por escolas com estruturas menores ou o ensino aplicado por professores isolados, que

oferecem o ensino particular e/ou individual.

Entre seus concorrentes diretos, o Studio A4 é um deles: empresa constituída em

2006, na cidade de Contagem, em Minas Gerais e pioneira em seu ramo. Possui o objetivo

de preparar e formar profissionais nas áreas que se dedicam e sua missão, disponível em

seu portal, é “ensinar, preparar, orientar e formar jovens e adultos no campo das artes

visuais dentro de um desenvolvimento profissional e social.” Com a preocupação de orientar

o profissional no mercado de trabalho, o Studio prepara o aluno para ser autônomo ou

reinserido no mercado. A empresa é considerada como concorrente direto da Casa dos

Quadrinhos, por possuir estrutura, serviços e cursos similares, como desenho gráfico,

desenho digital, desenho para quadrinhos e modelagem. Assim como a Casa, eles também

possuem uma Gibiteca, para servir de referência e consulta aos alunos; além de uma área

de informática e oficinas ao público.

Um dos concorrentes indiretos é a Escola de Belas Artes da Universidade Federal de

Minas Gerais (UFMG), localizada na região da Pampulha. Oferece cursos de cinema e

animação – construção de roteiros, design de personagem, design sonoro, arte digital,

fotografia básica, animação 3D, além de cursos de artes visuais, que contemplam: Artes

Gráficas, Desenho, Escultura, Gravura e Pintura. Por sua gama de cursos no segmento de

artes visuais, pelo alto grau de qualificação dos professores, a formação do profissional

nessa instituição é amplamente enaltecida no mercado de trabalho.

O Instituto de Arte e Projeto (INAP) oferece cursos superiores (Design de Interiores e

Design Gráfico), cursos técnicos (Comunicação Visual, Design de Interiores, Edificações,

Mecânica, Meio Ambiente e Paisagismo) e outros de aperfeiçoamento e qualificação. A

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Escola dispõe de duas unidades, ambas localizadas no bairro Santa Efigênia, em Belo

Horizonte, com amplo espaço físico, salas excelentes para estudo, laboratórios com

tecnologia avançada, biblioteca atualizada, auditório, recursos multimídia e professores

capacitados, com vasto embasamento teórico e prático. O Instituto é considerado

concorrente indireto da Casa pela semelhança nos cursos oferecidos, boa localização,

qualidade de ensino e corpo docente capacitado.No entanto, a estrutura do Instituto é maior

no que tange a equipamentos e espaço físico.

A escola Guignard, situada no bairro Mangabeiras, em Belo Horizonte, possui cursos

de artes visuais com ênfase em desenho, pintura, escultura, gravura e fotografia.

Considerando a preocupação com as qualidades artísticas, a instituição proporciona a seus

alunos a projeção humana que revela um novo olhar sobre suas potencialidades e

descobertas individuais. É concorrente indireto da empresa analisada por sua tradição, por

oferecer um serviço de qualidade.No entanto, a entrada do aluno na Escola é feita por meio

de uma prova de vestibular, pertencente à Universidade Estadual de Minas Gerais (UEMG),

e sua permanência é gratuita, diferente da Escola Técnica analisada.

A Maison Escola de Arte, em sua trajetória, tem importante destaque na formação e

lançamentos de novos talentos no cenário das artes. A escola, com sede no bairro

Funcionários, em Belo Horizonte, oferece cursos de pintura, aquarela, desenho e outros.

Com mais de 3000 alunos formados, é considerada escola-modelo no ensino de arte. Além

disso, exposições coletivas e individuais são realizadas mensalmente, lançando novos

artistas e trazendo aqueles já renomados. Considerando a localização, a estrutura, a

diversidade e qualidade de cursos, a Maison é considerada concorrente indireto da Casa

dos Quadrinhos.

A Seven, escola especializada na qualificação de profissionais para o mercado de

computação gráfica e artes visuais, localizada no bairro Floresta, em Belo Horizonte, é

reconhecida nacionalmente como a melhor escola de computação gráfica, segundo o site1

da própria organização. Torna-se uma concorrente indireta da Casa pela qualidade de seus

cursos, abrangência de cursos em artes digitais, reconhecimento no mercado pelo público-

alvo e diversidade de cursos oferecidos.

A Saga é uma escola especializada em desenho manual, digital, esculturas em 3D,

entre outros. A empresa, no centro de Belo Horizonte, possui cursos que abrangem vários

segmentos como publicidade, escultura, animação e games. É concorrente da Casa dos

Quadrinhos por sua tradição, abrangência de cursos em artes digitais e reconhecimento no

mercado de entretenimento digital. Contudo, a Saga é uma das poucas escolas de BH que

possui certificação da Adobe Digital.

1http://www.sevencg.com.br/2012/sobre.php

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Após a avaliação do microambiente é possível identificar que os stakeholders

apresentados, embora atuem de maneira independente a Casa, exercem influência contínua

na atuação do Cliente, assim como inferem diretamente nos direcionamentos que a escola

aplica para consolidação no mercado mineiro como referência na técnica que oferta aos

alunos.

4 Análise SWOT

A análise SWOT compreende aspectos que diagnosticam a situação atual do cliente,

identificando seus pontos a serem melhorados e suas oportunidades em relação ao

mercado em que atua.

4.1 Forças

a. Estrutura localizada na região central de Belo Horizonte, favorecendo o acesso dos

alunos;

b. Reconhecida, pelo seu público, como referência no ramo dos quadrinhos na cidade

de Belo Horizonte;

c. Corpo docente qualificado;

d. Gibiteca estruturada com número vasto de exemplares para pesquisas dos alunos;

e. Utilização de software livre, favorecendo o negócio de forma legal diante das

legislações.

f. Frequente atualização nas redes sociais, aproximando o público interno da Casa e

atraindo potenciais alunos.

4.2 Fraquezas

a. Direcionamento estratégico diferente do posicionamento estratégico atual;

b. Planejamento estratégico não desdobrado em todos os níveis da organização;

c. Conflito no uso da marca nas peças feitas pela escola, pois criaram nova marca, mas

mantém a antiga em paralelo.

d. Utilização de pesquisas internas sem aproveitamento nas ações de comunicação;

4.3 Ameaças

a. Mercado com pouca absorção da cultura dos quadrinhos em Minas Gerais, apesar

do crescimento da busca pelas artes visuais no estado;

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b. Aumento do número de concorrentes diretos e indiretos, que oferecem ensino no

segmento;

c. Diminuição do percentual investido em relação à classe de educação dentro das

despesas da população de Belo Horizonte.

4.4 Oportunidades

a. Relevante quantidade de eventos realizados no Brasil do segmento;

b. Incentivo do governo com bolsas de estudos para jovens no segmento das artes

visuais;

c. Com a maior rigidez para utilização de softwares pagos e valor elevado das licenças

de exploração, tendência do consumidor a buscar ensinos que valorizem softwares

livres.

5 Diagnóstico de comunicação

Após a realização da pesquisa e da coleta de dados, foi possível perceber

oportunidades de melhoria em diversos âmbitos da comunicação do cliente, assim como

pontos fortes a serem conservados e perpetuados.

O planejamento estratégico encontra-se em processo de consolidação, sem a

geração de uma diretriz sólida que norteie a empresa. Por consequência, sua comunicação

externa se estabelece de forma deficitária, não obtendo uma aplicação coerente com os

objetivos almejados pelos sócios, entre eles, o de reforçar a diversidade de cursos e

posicionamento enquanto Escola Técnica de Artes Visuais. Não há preocupação com a

divulgação em massa, pois o ideal da instituição é sua longevidade e não aumento

excessivo de alunos, o que poderia prejudicar a qualidade do ensino, que é um dos pontos

fortes do cliente.

Enquanto a comunicação interna da organização se sustenta e atinge as

expectativas em relação à divulgação das informações e a coleta de novos dados, percebe-

se que existem oportunidades em relação à atuação da comunicação externa. As redes

sociais são atualizadas pelas recepcionistas e secretárias sem um planejamento mensal de

conteúdo e de postagens. Pesquisas são feitas, mas há pouco conhecimento no que tange

ao real aproveitamento dos dados coletados. A divulgação dos serviços é esporádica, sendo

feita em períodos de matrícula, utilizando as redes sociais, eventos do segmento realizados

no Brasil em determinadas épocas do ano e, principalmente, no site.

O público da Casa, com variedade de homens e mulheres, possui faixa etária acima

de 20 anos de idade. Com a pesquisa focal realizada, foi possível perceber que há um

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público potencial, de crianças e jovens, com faixa etária entre 6 e 15 anos, com interesse

nos cursos de artes visuais ofertados pelo cliente. Esse público não encontra divulgação de

escolas com estrutura adequada para se capacitarem, com isso, muitas vezes são

desestimulados ou procuram tardiamente os cursos. A Casa oferece um curso voltado para

a faixa etária entre 6 e 12 anos, com carga horária regular de 60 horas, no período das

férias; contudo, não preocupam-se em realizar divulgação efetiva a fim de atingir tal público.

Considerando a metodologia de ensino e aplicação das técnicas oferecidas nos

cursos, a empresa reforça seu posicionamento de formar profissionais altamente

capacitados, buscando em eventos no exterior, tendências que podem agregar o ensino de

artes visuais. Esse acompanhamento do mercado exterior e os resultados das pesquisas

que priorizam o conceito e a necessidade do aluno, são expostos somente ao público

interno; não há divulgação para que o mercado também conheça essa preocupação do

cliente com o aprimoramento dos seus serviços.

A empresa se posiciona como escola técnica de artes visuais, mostrando a

diversidade de cursos ofertados; como referência na formação de profissionais bem

qualificados; e também como escola em busca de tendências tecnológicas internacionais

que o mercado necessita. O direcionamento dela não condiz totalmente com seu

posicionamento, uma vez que é referência no ensino de quadrinhos; suas ações de

comunicação tendenciam o mercado a não perceber essa diversidade de cursos, mas

somente aquele que a tornou reconhecida.

Embora a escola seja reconhecida como referência no ensino de quadrinhos, no

âmbito da comunicação não possui ações que consolidem o vínculo conceitual existente

entre o serviço ofertado e a imagem que a sociedade atribui à Casa. Tal problema será

solucionado com plano desenvolvido, considerando todas as informações coletadas e

identificados durante o projeto.

6 Objetivos marketing

Reforçar o conceito da Casa como escola referência em quadrinhos no mercado mineiro, a

partir de uma divulgação para todos os públicos, conhecedores ou não do segmento.

7 Objetivos de comunicação

7.1 Objetivo Geral

Desenvolver uma campanha conceitual, buscando o fortalecimento institucional da marca.

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7.2 Objetivos Específicos

a. Divulgar os outros cursos que a casa oferece.

b. Incentivar a cultura de quadrinhos em Minas Gerais.

c. Divulgar a Casa como referência em quadrinhos no mercado mineiro.