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WENDELL COUTINHO Psicólogo Clínico e Analista do Comportamento Brigas no Casamento ? Aprenda a salvar seu relacionamento!

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WENDELL COUTINHOPsicólogo Clínico e Analista do Comportamento

Brigas noCasamento?

Aprenda a salvar seu relacionamento!

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Sumário

Porque as brigas constantes são preocupantes? .............................5

Quais os principais motivos de brigas no casamento? .................9

Como lidar com as brigas no relacionamento? ...........................18

É possível evitar as brigas constantes? ..........................................23

Quando procurar uma ajuda profissional? ..................................30

Conclusão .........................................................................................36

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Sobre o autor

Olá! Meu nome é Wendell Coutinho. Sou Psicólogo Clínico e Analista do Comportamento. Há alguns anos venho estudando e atendendo casais. Diariamente aprendo sobre esse mundo tão encantador, difícil e incrível que é a vida a dois.

Me dediquei a estudar os principais problemas que atrapalham os casais, seja no início do namoro ou na vida conjugal. Graças a isso, desenvolvi uma série de técnicas e estratégias clínicas foca-das no bem-estar e no desenvolvimento saudável da relação amo-rosa.

Desde então, venho ajudando casais, por meio do atendimento psicólogo online, a redescobrir o namoro e o casamento, acabar com as brigas dentro de casa e nutrir um verdadeiro amor e aceit-ação um pelo outro, seja na cama, nas tarefas diárias ou no apoio mútuo.

Caso queira falar comigo, minhas redes sociais estão disponíveis abaixo. Basta clicar em uma delas e você será redirecionado.

@wendell.Psicólogo

@coutinhowendell

[email protected]@

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Introdução

O casamento é uma união importante, na qual duas pessoas que compartilham alguns objetivos se juntam para viverem na com-panhia uma da outra. No primeiro momento isso parece um son-ho — e pode ser assim para sempre, mas só depende de você e do seu parceiro.

O problema é que ao conviver com alguém, compartilhar a roti-na da casa e lidar com os problemas da vida, algumas brigas começam a acontecer. Nessa hora, o casal precisa ter muita habil-idade, jogo de cintura e conhecimento para que as discussões não se tornem uma bola de neve que vai, pouco a pouco, destruindo o casamento.

O que você pode esperar deste e-book?

Por isso, quero te ajudar a superar esse desafio. Afinal de contas, as brigas são super comuns no relacionamento, e saber lidar com elas é uma das coisas mais importantes para que você e seu par-ceiro tenham uma vida feliz, repleta de companheirismo, confi-ança e amor.

Neste e-book explicarei o real problema que existe nas brigas, quais são os principais motivos que levam os casais a discutirem, qual é a melhor forma de lidar com esses problemas e como evi-tar que eles aconteçam.

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Também falarei sobre quando é o momento de procurar uma aju-da profissional para evitar que a situação atual do seu casamento termine em uma separação que poderia ser evitada.

Gostou da proposta? Então, aproveite a leitura!

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Porque as brigas constantessão preocupantes?

Tem muita gente por aí achando que casamento e brigas são a mesma coisa. Mas você sabia que é possível ter um relaciona-mento saudável, sem ataques, agressões ou discussões agressivas?

Pois é, isso ninguém fala. Já é tão comum acreditarmos que todo casamento é pautado em brigas constantes que nem pensamos que isso é algo completamente errado e que só prejudica nossa relação.

Ter um casamento cheio de brigas é normal?

A grande questão aqui é: estar em um relacionamento cheio de brigas NÃO É NORMAL. Isso provavelmente vai no sentido con-trário ao que você aprendeu em sua vida, viveu no seu casamento ou viu seus pais, avós e amigos passarem.

Mas não, não existe nada de normal em um relacionamento cheio de brigas. Infelizmente, temos uma cultura de não con-versar com nossos parceiros, deixar os problemas pela metade e nunca chegar a resolução de nossos conflito — é aquela lógica: vou guardar para mim e o meu parceiro tem a obrigação de adi-vinhar pelo que estou passando.

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Isso vai gerando pequenas mágoas que se acumulam. Pouco a pouco elas acabam com seu relacionamento. Assim, a irritação que você sente aumenta, até chegar ao ponto no qual a voz do seu parceiro já é o suficiente para tirar sua calma.

Quando chega nesse ponto, qualquer coisa vira motivo de briga: um chinelo fora do lugar, a comida que está com um pouco a mais de sal, o ar condicionado que está muito forte e por aí vai.

Em um ambiente de guerra não é possível relaxar

Com o casamento desse jeito, parecendo uma guerra, é impos-sível ter uma vida saudável ou feliz. Você precisa se policiar o tempo todo, medir as palavras e ter atenção a cada coisa que faz, já que o menor descuido, mesmo que seja uma vírgula errada, inicia outra briga.

Essa situação faz com que o casamento se torne estressante. A casa de vocês já não serve mais para descansar, mas sim para se atacarem. Com isso, tudo na sua vida começa a desmoronar.

A falta de descanso atrapalha no seu desempenho no trabalho. As brigas em casa influenciam no desenvolvimento dos seus filhos. Quando você sai com seus amigos é só para reclamar do casa-mento e cada dia é um inferno na terra.

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Qual é o real problema das brigas?

Quando pensamos dessa forma, as brigas parecem ser o principal problema do relacionamento de várias pessoas, não é mesmo? Mas não é bem assim. Todas as discussões, ataques e agressões são um sinal, um sintoma. Elas são para o casamento o que a febre é para a gripe, ou o que a dor é para um corte no dedo.

Quando brigamos com alguém, estamos mostrando que algo em nossa relação não está indo bem e que ficamos magoados com algo (comportamento, ação, decisões) que nosso parceiro fez, ou com o rumo que o casamento está tomando.

A briga serve para chamar a atenção para algo que está nos in-comodando no relacionamento. Essa não é, nem de longe, a melhor estratégia para passar essa informação, mas é isso que elas significam.

Só que no início essas situações eram objetivas. Você brigava por coisas que podiam ser apontadas como reais problemas, como o ciúme. Entretanto, com o aumento das brigas esses motivos par-am de existir e a troca de ofensas acontece por qualquer coisa.

Se uma briga é o sinal de que alguma coisa não está bem no relacionamento, o que será que várias brigas constantes signifi-cam?

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Infelizmente a resposta é óbvia: elas sinalizam que o seu casa-mento está desmoronando. A cada nova briga a relação de vocês se enfraquece e empobrece um pouco mais, sendo destruída va-garosamente.

Em outras palavras, se as brigas constantes continuarem, o seu casamento vai acabar. Mesmo que vocês não se separem, o com-panheirismo tende a morrer e em vez de dormir com seu mari-do/esposa, você se deitará com um estranho que mal olha em seus olhos.

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Quais os principais motivos de bri-gas no casamento?

Depois do cenário catastrófico que pintei no capítulo anterior (prometo que isso tem solução e até o final do e-book você vai saber o que fazer!), provavelmente você ficou curioso sobre o que gera as brigas no casamento.

Afinal de contas, ninguém começa um relacionamento como se fosse um gladiador lutando pela própria vida no coliseu, não é mesmo? Todas essas brigas e conflitos tem que ter um ponto de partida e só depois elas são generalizadas, correto?

Bom, chegou a hora de falar disso. A seguir você vai encontrar os principais motivos que fazem as brigas acontecerem em um rela-cionamento.

Ciúme

Ciúme é, provavelmente, o motivo de brigas mais conhecido por todos os casais. Ele acontece quando uma pessoa se sente inse-gura sobre o relacionamento e tem o receio de que seu parceiro possa abandoná-la, trocando-a por outra ou traindo-a.

De modo geral, podemos de dizer que o ciúme é o medo que uma pessoa tem de perder a outra. Só que não adianta pensar

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nesse sentimento com romantismo: o ciúme é um sério proble-ma dentro do relacionamento.

O que começa com uma insegurança, pode ir crescendo e se tor-nando mais agressivo. O parceiro, que antes só não gostava que você ficasse a sós com outra pessoa, pode passar a controlar sua forma de vestir, falar e até as amizades que faz.

Quanto mais uma pessoa tenta controlar a vida da outra, piores são as brigas. E o pior: aos poucos é como se você se tornasse uma propriedade do seu parceiro e ele tivesse total controle so-bre suas ações e corpo.

Dinheiro

Outro tema clássico da discussão dos casais é o dinheiro, prin-cipalmente nos momentos de crise financeira. Normalmente as pessoas têm prioridades diferentes, visões diferentes e até dão importância diferente para esse recurso.

Como nem todo casal tem a habilidade de sentar, conversar sobre o assunto para estabelecerem juntos os objetivos e planejarem o uso do dinheiro, tudo termina em um jogo de acusações.

Com isso, ambos acabam acreditando que a culpa é do outro parceiro, que só se preocupa com sigo mesmo e que não tem in-teresse em respeitar os seus desejos e vontades.

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Celular

O celular é uma invenção maravilhosa que permite que nos conectemos com o mundo todo com facilidade. Entretanto, pou-cas pessoas sabem lidar com tanta comodidade assim.

Frequentemente vemos casais usando o celular e deixando de se olharem. Cada dia isso fica mais comum e acaba com a química e a dinâmica que você e seu parceiro poderiam ter.

Pior ainda: o celular é o vetor de várias brigas. Quando tentam-os falar com nosso parceiro, mas ele começa a usar esse aparelho, podemos perder a calma e iniciar uma discussão pelo fato de ele não estar nos dando a devida atenção.

Além disso, os conteúdos que acessamos no celular e as pessoas que conversamos também servem de base para o início de bri-gas. Afinal de contas, ao mesmo tempo que queremos saber o que se passa na vida privada de nosso parceiro, também temos que dar liberdade e privacidade para ele.

Sexo

O sexo é uma das bases do relacionamento. É por meio dele que você e seu parceiro dão e recebem prazer. Quando feita da maneira correta, essa prática une o casal, aumenta a confiança, a intimidade e permite uma vida muito mais saudável para os

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dois.

Na verdade, existem alguns estudos que mostram que casais que fazem sexo pelo menos uma vez por semana são mais felizes. E o motivo nem é o sexo em si, acredita? Na verdade, o que as pesquisas mostram é que o carinho e o afeto (aquele abraço gos-toso, selinho e cafuné pós-sexo), que acontecem depois da transa, se mantém durante toda a semana.

Então, uma ótima dica para quem quer ter uma semana feliz com seu parceiro é fazer sexo ao menos uma vez.

Mas é claro que isso também é motivo de brigas, não é mesmo? Afinal de contas, a frequência que uma pessoa quer sexo é difer-ente da outra. Além disso, cada um tem suas vontades e desejos, as fantasias e fetiches nem sempre conversam e alguém sempre sai insatisfeito.

Assim, quanto mais brigas sobre o sexo e mais experiências ru-ins na cama, menor é a frequência que você e seu parceiro vão transar. Isso só contribui para o aumento da insatisfação e dos conflitos.

Nesse caso, é comum que a pessoa diga que seu parceiro não lhe dá atenção, não respeitar sua vontade e nem se preocupar com seu prazer.

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Educação diferente

Não sei se você sabia disso, mas a forma como somos educados em nossa infância e adolescência tem um grande impacto no nosso relacionamento amoroso. Como nesse período nos são en-sinados todos os preceitos, valores e crenças que precisamos res-peitar, essas coisas nos acompanham durante boa parte de nossas vidas (ou durante a vida toda).

Assim, o casamento nada mais é do que a união entre duas pes-soas que acreditam em coisas diferentes, tem valores e crenças distintas e criaram, em suas mentes, um modelo de relaciona-mento ideal que só elas sabem qual é.

Com isso, as duas pessoas que estão se relacionando tentam criar o seu modelo de casamento ideal. O problema é que o relaciona-mento perfeito para um não é o mesmo para o outro e, claro, isso também gera conflitos.

Uma pessoa acredita que os dois precisam trabalhar, a outra acha que a mulher deve cuidar dos filhos. Um quer ter dois filhos, o outro não quer ter nenhum. Um quer morar em um apartamen-to, o outro em uma casa. E por aí vai.

Essa quebra de expectativa e constante dúvida sobre qual von-tade vai ser respeitada é um problema. Afinal de contas, se uma decisão é tomada significa que uma pessoa teve o que queria, mas

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a outra não.

E para lidar com isso, minha cara leitora, meu caro leitor, é preci-so muita maturidade.

Criação dos filhos

Qual é a melhor forma de educar um filho? Vou ser bem sincero com você: existem métodos muito eficientes para a formação de um ser-humano, mas para aplicá-los é preciso ter um doutorado em Psicologia.

Como isso não é possível, o que fazemos é dar o nosso melhor na criação das crianças, correto? Para isso, usamos a educação que recebemos em nossa infância como parâmetro.

Mas acho que você já percebeu o problema, não é mesmo? Você recebeu uma criação, e seu parceiro outra. No final das contas, é esperado que os dois comecem a discutir sobre qual a melhor abordagem para cuidar dos seus filhos.

Essa discussão é até saudável, desde que não gere uma briga. Só que é isso que costuma acontecer: ao discordar de uma ação que seu parceiro fez, a outra pessoa envolvida no relacionamento pode ensinar para o filho o oposto do que foi dito ou explicado — isso tira a autoridade de quem deu a ordem.

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Essa desautorização constante gera embates sobre a educação dos filhos e o resultado é sempre duas pessoas magoadas. — isso, é claro, quando os filhos também não são atingidos pelas brigas.

Frequência afetiva

Cada pessoa tem uma “demanda afetiva” diferente da outra. Isso significa que eu, por exemplo, posso querer ficar perto e receber carinho durante uma hora por dia, mas talvez você precise disso durante quatro ou cinco horas.

Quanto menor a frequência afetiva de alguém, mais tempo essa pessoa gosta de passar sozinha para fazer suas coisas. Logo, é comum que no casamento exista alguém que precisa ficar perto e conversar durante mais tempo e outra pessoa que preza pelo seu tempo sozinha.

Moral da história: os dois acabam ofendidos por causa da fre-quência afetiva do outro. Quem tem alta demanda pensa que o parceiro não dá atenção suficiente para ele, e quem tem baixa demanda acredita que o companheiro não respeita sua privaci-dade e seu tempo de reflexão, ou trabalho.

Intromissão da família

As famílias também são um grande dificultador da vida a dois. Cada família tem sua ideia de casamento ideal e defende isso

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com unhas e dentes. Por isso, não é raro encontrarmos casos nos quais os familiares falam o que deve ou não ser feito no casamen-to.

Quando isso acontece, algumas coisas podem acontecer. A mais comum delas é que você, ou seu parceiro, escute o que a família está dizendo, leve isso para dentro de casa e insista para que algo seja mudado no relacionamento de vocês — mesmo que nenhum de vocês concorde, de fato, com aquilo.

A outra alternativa é uma das pessoas brigar com a família do cônjuge por causa dessas intromissões constantes. Isso pode ma-goar o parceiro, que tende a defender a própria família e, por isso, entra na discussão para atacar seu marido ou esposa.

Existe ainda uma terceira alternativa, mas é raro os casais escol-herem por ela. Estou falando da opção na qual cada pessoa lida com sua própria família, estabelece limites e deixa claro que o casamento é delas e de mais ninguém — essa é a opção que não gera brigas no seu relacionamento.

Tarefas domésticas

Já perdi a conta de quantas vezes presenciei brigas de casais que foram causadas graças às temidas tarefas domésticas. Parece até brincadeira, mas esse assunto, que já foi falado em mil e um lugares, continua rodeando a vida dos casais nos dias de hoje.

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O principal problema é a falta de divisão das tarefas. Normal-mente uma pessoa cuida da maior parte dos trabalhos domésti-cos (tende a ser a mulher que faz isso) e a outra fica mais acomo-dada. Em alguns casos, um dos cônjuges sequer lava o prato que usa, ou leva a roupa suja para o cesto.

Com isso, algumas brigas podem começar com acusações de abandono e falta de respeito, como:

“— Você não respeita o que eu faço nessa casa. Eu acabei de lim-par e já tá tudo sujo de novo”;

“— Parece que sou seu empregado. Faço tudo nessa casa, não tenho tempo para mim”;

“— Você não faz nada. Fica o dia inteiro aí deitado e eu tenho que me virar sem ajuda”.

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Como lidar com as brigas no rela-cionamento?

O seu casamento tem brigas constantes, é difícil conversar com seu parceiro e parece que o relacionamento de vocês está por um fio (ou quase lá). Será que nessa situação ainda dá para fazer al-guma coisa?

Vou dizer com toda a sinceridade e experiência que tenho: sim, dá para fazer alguma coisa! Mas é preciso que você se esforce, e seu parceiro também. Mas olhe por esse lado: se vocês estão jun-tos é porque, em algum momento, gostavam da companhia um do outro, correto? Então, só temos que resgatar isso.

Existem algumas coisas que você pode fazer. Confira!

Entenda o que levou vocês até esse ponto

Como já deixei bem claro, nenhum casal começa a sua vida a dois brigando 24 horas por dia. Concorda? Então, significa que algo aconteceu para que você e seu parceiro parassem de se comu-nicar e se tratar da forma como faziam antes.

Se vocês conseguirem entender o que aconteceu, qual foi o es-topim, tudo fica mais fácil. Nem sempre vai ser possível descobrir isso. Mas caso consigam, debater sobre o assunto e discutir o

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que pode ser feito, nos dias de hoje, para corrigir aquele proble-ma é uma ótima saída.

Se não conseguirem descobrir quando as brigas começaram, também não tem problema. Sentem-se e conversem sobre o rela-cionamento de vocês no passado e listem o que mudou no com-portamento de cada um.

Façam o seguinte: cada um de vocês deve fazer uma lista com as coisas que mudaram no seu parceiro nos últimos anos e com as coisas que mudaram em você nos últimos anos.

Isso já vai dar material para ótimas conversas.

Tenha empatia com seu parceiro

A empatia também é uma grande aliada na hora de parar com as brigas do seu relacionamento. Mas… o que é empatia? Esse é o nome que damos para a capacidade que o ser humano tem de “se colocar no lugar do outro”.

Em outras palavras, empatia é quando você se coloca no lugar do seu parceiro, tenta entender pelo que ele tá passando, procura ver o mundo pelos olhos dele, considera seus sentimentos e só depois faz algum julgamento.

Essa ideia de empatia é até muito bonita, não é mesmo? Só que

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na prática não é tão fácil de aplicar. Para conseguir ver o mun-do pelos olhos do seu parceiro você precisará lidar com toda a explosão de emoções que sente quando quer brigar. Ou seja: é preciso respirar fundo, contar até 10, escutar e entender o que seu parceiro tem a dizer e só depois fazer alguma coisa.

Quando entendemos as motivações de uma pessoa e a forma como ela com a vida, passamos a aceitar seus comportamentos e temos mais facilidade para conversar com ela.

Reconheça seus erros

Outra atitude que com certeza vai ajudar na evolução do seu rel-acionamento é o reconhecimento de erros. Você, assim como eu e a grande maioria das pessoas, tem dificuldade para aceitar que algumas coisas acontecem graças à sua falta de atenção, conhe-cimento ou habilidade.

Por isso, é comum culparmos os outros pelos nossos erros. Assim não temos que assumir nossas falhas e nem lidar com o fato de não sermos perfeitos — parece exagero, mas é exatamente assim que fazemos.

Isso gera algumas situações muito complicadas em casa. Imagine, por exemplo, que você quer mudar de emprego. Chegando em casa, você decide conversar com seu parceiro e começa a listar os pontos negativos do seu emprego atual e os pontos positivos do

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emprego que quer.

Diante dessa situação, e das coisas que você falou, ele resolve te apoiar. Após uma semana no novo emprego você percebe que ele não é tão bom assim e que as desvantagens são maiores do que sua antiga ocupação.

Com raiva da situação, você chama seu parceiro para conversar e diz:

“— Por que você me deixou mudar de emprego? Você não devia ter insistido para eu fazer isso. Eu estou nessa merda por culpa sua!”

Como dá para ver nesse exemplo (que eu aposto que você já viu algo assim na sua frente, ou talvez você mesmo tenha agido dessa maneira), tendemos a culpar as outras pessoas pelos erros que nós mesmos cometemos. Afinal de contas, mesmo que seu par-ceiro tenha apoiado sua decisão em determinada situação, quem teve a iniciativa e mudou de emprego foi você.

Infelizmente, nós aplicamos essa lógica em todas as áreas da nos-sa vida. Vale para a mudança de emprego, escolha de curso, edu-cação dos filhos, cuidados com o dinheiro, quantidade de sal na comida, duração da bateria do celular etc.

Não preciso nem falar que isso gera brigas desnecessárias no seu

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casamento, concorda?

Então, para evitar que isso aconteça só existe uma saída: assuma seus erros. Não estou dizendo que é para se martirizar e dizer que a responsabilidade de tudo que acontece é sua. Mas que é preciso aceitar quando o erro é seu e evitar colocar a responsa-bilidade em seu parceiro.

Quando assumimos nossa parte na responsabilidade pelas bri-gas, paramos de atacar a outra pessoa e começamos a pensar em como resolver o problema. Enquanto ficamos nesse jogo de “en-contrar o culpado” nada se resolve e as discussões só se tornam mais e mais agressivas.

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É possível evitar as brigas con-stantes?

Mesmo fazendo o que falei no capítulo anterior, temos que con-cordar que uma hora a energia acaba e você não conseguirá ficar lidando com as brigas e sendo paciente todas as vezes, não é?

Por isso, além de saber lidar com as brigas, você e seu parceiro precisam trabalhar para acabar com esse problema que atrapal-ha o relacionamento de vocês. Quer saber qual é a boa notícia? É possível ser casado e brigar menos de três vezes por ano.

Gostou dessa ideia, não é mesmo? Imagine como seria seu rel-acionamento sem brigas. Você e seu parceiro juntos, fazendo as coisas de que gostam e sem se preocupar em dizer uma palavra errada e isso estragar o dia dos dois.

Uma relação saudável é assim: muita conversa, diálogo, várias discussões construtivas e nenhuma briga. E chegou a hora de ensinar para você o que é preciso ser feito para conseguir isso.

Está preparado? Então, leia com atenção as próximas orientações, compartilhe-as com seu parceiro e coloque-as em prática!

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Tenham o hábito de conversar

É até estranho quando paramos para pensar sobre isso, mas a maior parte dos casais não conversa. Eles falam sobre seus dias, contam piadas e até saem juntos, mas não dizem o que real-mente importa.

Você e seu cônjuge precisam desenvolver o hábito de conversar. É preciso falar sobre seus sonhos, objetivos de vida, das coisas que gosta e tem vontade de fazer, as fantasias sexuais, dos desejos, dos medos e das inseguranças.

Se abrir para uma pessoa e expor coisas tão íntimas não é nada fácil — não mesmo! —, mas é exatamente por isso que é tão im-portante fazê-lo. Logo, você e seu companheiro podem usar des-sas conversas para se tornarem mais próximos.

Ao saber sobre os desejos, vontades, sonhos, objetivos e medos podemos respeitar a outra pessoa de uma forma que hoje você nem imagina ser possível. Além disso, pequenos combinados feitos ao longo das semanas fazem com que cada pessoa res-peite o espaço individual e as coisas que são importantes para a outra.

Isso ajuda a acabar com as brigas por conta de privacidade, di-visão de tarefas, uso de dinheiro, distanciamento e várias outras.

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Façam sexo regularmente

Alguns casais menosprezam o valor que o sexo tem para a sua vida. Além de ser uma atividade extremamente prazerosa, ele tem várias funções e atributos importantes para o casamento.

Em primeiro lugar, por meio do sexo conseguimos ter uma in-timidade muito mais genuína do que apenas conversando. No momento de tesão e excitação, quando existe a entrega de ver-dade, deixamos que nossas fantasias se aflorem, perdemos o pudor e exploramos tudo o que nosso parceiro pode nos ofere-cer.

Essa conexão e sintonia — que só acontece quando transam-os de verdade, sem pensar em mais nada a não ser naquele momento juntos — gera uma intimidade muito gostosa. Quem nunca ficou depois do sexo conversando um pouco com o côn-juge, abraçados, se beijando ou só olhando para o rosto um do outro e rindo não sabe o que é ter intimidade de verdade.

Esses momentos são importantes para criar laços de afeto.

Além disso, não podemos desconsiderar a liberação de hormôni-os que acontece durante o sexo. Eles não servem apenas para nos dar prazer, mas também para atrair nosso parceiro e para nos fazer sentir atração por ele.

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Em outras palavras: quanto mais você se aproxima e sente atração pelo seu parceiro, e mais vocês se relacionam, mais tesão você sentirá por essa pessoa — é um ciclo sem fim que aumenta o desejo que um tem pelo outro.

Ah, e não se preocupem em virarem maratonistas e transarem 300 vezes na semana, okay? Apenas façam o sexo no ritmo de vocês, mas mantenham a frequência e respeitem aquilo que gostam na cama.

Critique as atitudes, não a pessoa

Grande parte das brigas que acontecem em um relacionamento são iniciadas porque uma pessoa começa a atacar a outra. As-sim, a que está sendo atacada revida e a confusão parece não ter fim.

Normalmente é mais ou menos assim que essa avalanche começa: alguém deixa uma roupa fora do lugar. O outro parceiro, então, fica nervoso e diz algo sobre aquilo, mas criticando a pessoa dire-tamente. Poderia ser, por exemplo: “você é porco, não sabe arru-mar nada”.

Nessa situação, quem está sendo repreendido só tem duas escol-has, revidar ou ignorar. Nos dois casos o problema continua e ninguém sai melhor dessa história. Quem deixou a roupa fora do lugar continuará fazendo isso e quem brigou continuará

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nervoso.

Qual é o grande problema desse exemplo? A falta de diálogo! Além disso, tem outro ponto muito importante: a pessoa que ini-ciou a discussão atacou o seu parceiro por completo, dizendo que ELE é porco e não sabe arrumar nada.

Uma conversa dessas nunca vai resultar em algo positivo. Acred-ite!

Então, o que poderia ser feito? Bom, a resposta é bem simples: é preciso falar sobre as atitudes. Existe uma técnica muito legal, que você pode adaptar para o seu convívio, que podemos usar.

Quando algo desse tipo acontecer, diga o seguinte: “quando você faz X, eu sinto, penso, imagino Y”. Dessa forma, a crítica é pontu-al e o seu parceiro tem um parâmetro para mudar.

Usando essa técnica, o exemplo acima ficaria assim:

“— Quando você deixa a roupa pela casa eu sinto que não se importa com o trabalho que eu tenho para manter tudo organiza-do.”

ou

“— Quando você deixa a roupa em qualquer lugar eu penso que você ignora as coisas que são importantes para mim, como é

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a arrumação da casa.”

Viu como é simples? Essa técnica é uma das mais eficientes na hora de evitar as brigas em um relacionamento. Quando você faz uso dela, a tendência é que seu relacionamento seja muito mais pautado no diálogo e no trabalho em equipe do que nas decisões individuais e críticas constantes.

Transformem as brigas em

discussões construtivas

Pode anotar o que vou falar agora: NÃO EXISTE BRIGA SAU-DÁVEL EM UM RELACIONAMENTO. As brigas acontecem para que as pessoas possam se impor, atacar a outra e conquistar, por meio da força, o seu espaço, fazendo valer sua opinião.

Se alguém precisa fazer isso em um relacionamento, significa que as pessoas ainda não estão trabalhando juntas para construir uma vida melhor para ambas. Infelizmente, não dá para usar nenhum eufemismo aqui, essa é a pura verdade.

Mas as discussões, pautadas no respeito e na argumentação, são, sim, essenciais para um casamento. Então, o segredo é transfor-mar as suas brigas em argumentações e conversas.

E não existe forma fácil de fazer isso. Vocês precisam se acos-

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tumar a conversar. Isso leva tempo. Só que existe um ponto positivo: quanto mais vocês se esforçarem e trocarem as brigas por discussões construtivas, menos esforço será necessário nas próximas vezes.

É como se vocês estivessem se treinando para fazer isso. Da mes-ma forma que um jogador melhora depois de passar por horas e horas de treinamento, o seu casamento também melhorará de-pois de lutar contra a vontade de brigar e passar a conversar de maneira pacífica com seu companheiro.

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Quando procurar uma ajuda profissional?

Mesmo depois de ler o e-book até aqui, talvez até mesmo de ten-tar colocar algumas ideias em prática, você acha que seu relacion-amento precisa ainda de mais ajuda? Nesse caso, procurar um profissional é a sua melhor escolha.

Pela experiência que tenho atendendo casais, sei que alguns rel-acionamentos chegaram em um nível tão delicado que apenas colocar essas dicas em prática não vai resolver. Por isso, existe um momento adequado para buscar a ajuda de um psicólogo quali-ficado.

É sobre isso que falarei neste capítulo. Vamos lá?

Qual é o momento de procurar um psicólogo?

Em primeiro lugar, vamos entender qual é a hora certa de buscar uma ajuda profissional, tudo bem?

O brasileiro tem o costume de sempre buscar por opções alterna-tivas antes de recorrer a uma pessoa especializada. É como aque-la velha história: primeiro toma chá em casa, vai na benzedeira, compra medicamento por conta própria e só depois vai no méd-ico para entender o que está acontecendo com a tosse que não

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para a mais de quatro meses.

Isso é um grande erro. Assim como na Medicina, quanto o prob-lema é identificado e tratado na Psicologia, mais rápida é a solução.

Olha só que interessante: o comportamento humano funciona por um processo de treinamento contínuo. Quanto mais repeti-mos alguma coisa, mais fácil é para fazer essa mesma coisa no futuro.

Isso vale para a acadêmia, para estudos, e para o relacionamento. Em outras palavras, quanto mais tempo você passa em um casa-mento ruim, mais difícil é sair dele, porque você e seu parceiro já estão “treinados” a se comportarem de uma maneira que faz o relacionamento de vocês continuar assim.

Por isso, o melhor momento para procurar um Psicólogo é exatamente quando vocês percebem que as brigas estão con-stantes, que está difícil conversar e que a intimidade está dimin-uindo.

Desse ponto em diante o relacionamento só tende a piorar (mais brigas, mais acusações e menos companheirismo). Isso significa que a ajuda profissional fica mais e mais necessária à medida que o casamento piora. Também significa que quanto mais tempo o casal demora para procurar ajuda, mais longo será o trabalho

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que o psicólogo precisará fazer.

Como o psicólogo pode ajudar o seu casamento?

A Psicologia é a ciência que estuda o comportamento humano. Ao longo de vários séculos esse campo do conhecimento desen-volveu uma série de métodos e estratégias que permitem que o psicólogo não só entenda o seu comportamento e o do seu côn-juge, como também saiba o que é preciso para mudá-los.

Como os problemas que acontecem no casamento são comporta-mentais, o melhor profissional para resolvê-los é o psicólogo.

Tudo começa no primeiro atendimento. Ele pode ser feito indi-vidualmente ou com você e seu cônjuge juntos (vai depender de cada caso). Nele, o psicólogo faz algumas perguntas para juntar informações sobre seu casamento.

É nesse momento que vocês explicam o que está acontecendo, porque procuraram ajuda e como é o dia a dia de cada um, como as brigas acontecem e qual é a dinâmica na casa de vocês.

O profissional, então, vai elaborar uma estratégia para ajudar o seu casamento. Ele pode usar vários recursos para fazer isso, como a criação de diários, exercícios que facilitem o diálogo, sug-estão de atividades a serem realizadas por vocês (encontros em ambientes diferentes, práticas afetivas e sexuais, jogos e várias

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outras coisas) etc.

Resumidamente, ele vai olhar para vocês, para a situação do casa-mento, vai entender os principais problemas (lembrando que as brigas não são o problema, elas são só um reflexo dele, um sinto-ma — da mesma forma que a febre é um sintoma da gripe) e con-struir pequenos passos que precisam ser dados para que vocês sejam treinados para mudarem a forma como se relacionam.

Todos os atendimentos podem ser feitos com você sozinho ou com seu cônjuge junto. Caso optem pela segunda opção, pode ser que em algum momento o psicólogo queira conversar com cada um de vocês individualmente — isso pode nunca acontecer, mas é uma possibilidade.

O mais importante é que o psicólogo vai focar no amadureci-mento do seu casamento. Ele não vai apenas acabar com as bri-gas e ajudar você e seu parceiro a se expressarem. Na verdade, esse profissional treina vocês para que não precisem mais dele no futuro.

Dessa forma, o psicólogo ajuda a desenvolver no casal as habili-dades necessárias para lidarem com os conflitos da vida contando com a ajuda um do outro.

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Por que o Atendimento Online é a melhor opção para casais?

Durante muito tempo a única forma de ter contato com um psicólogo era indo até um consultório. Isso já não é mais um problema. Hoje já é possível falar com um psicólogo por meio da internet em vários canais, como o WhatsApp, Appear.In e Skype — os atendimentos acontecem por mensagem de texto, ligações ou chamada de vídeo.

Essa alternativa é especialmente interessante para casais. Afinal de contas, conciliar o horário de apenas uma pessoa com um profissional já é difícil, mas conciliar o horário de um casal com a agenda do psicólogo é uma tarefa extremamente complicada.

Com as facilidades da internet, é possível que você fale com o psicólogo estando em sua casa enquanto o seu cônjuge conversa com ele mesmo estando na sala de reuniões do trabalho.

Desse modo, o atendimento fica mais acessível e o seu casa-mento pode receber a ajuda que merece sem sofrer os impactos do trânsito ou da dificuldade de conciliar agendas. Isso também cria horários bem flexíveis de atendimento — veja o meu caso: como posso atender online, disponibilizo minha agenda até as 23:00, coisa que não faço para atendimentos presenciais.

É importante falar que o atendimento online é igual ao presen-

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cial, com a diferença que ele acontece pela internet. O psicólogo continua respeitando as mesmas regras, o que é dito em atendi-mento não sai dali e as únicas pessoas que escutam o que está sendo falado são o profissional e o casal.

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Conclusão

Como você pôde ver ao longo deste e-book, as brigas são um grande problema no casamento. Elas indicam que algo está er-rado na relação e que isso precisa ser corrigido para que você e seu cônjuge possam desfrutar de um relacionamento saudável.

Por isso, é importante que você entenda o que está acontecendo e use as estratégias certas para encontrar e acabar com o proble-ma. Alguma das dicas que demos ao longo dos capítulos podem ser muito úteis — não tenha medo de testar e experimentar cada uma delas!

Se mesmo com as dicas você acredita que o melhor para o seu relacionamento é procurar uma ajuda profissional, dê uma olha-da na Psicoterapia de Casal que eu ofereço!