Briófitas
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BRIÓFITAS
Introdução
As primeiras plantas, que
provavelmente se assemelhavam as
briófitas (vem do grego e significa
“plantas musgos”) modernas,
provavelmente tenham surgido na terra
durante o período Ordoviciano cerca de
450 milhões de anos atrás, sendo as
briófitas, hoje, as descendentes vivas
mais próximas das primeiras plantas
terrestres. As plantas desse grupo
também são chamadas de não-
traqueófitas ou não-vasculares por não
possuírem tecido vascular.
São plantas pequenas, raramente
ultrapassando 10 cm de altura,
necessitam de um ambiente úmido para crescimento ativo e reprodução.
Consistem de cerca de 16.000 espécies distribuídos por três filos distintos:
musgos (filo Bryophyta), hepáticas (filo Hepatophyta) e antóceros (filo
Anthocerophyta). Estes três grupos são diferentes em muitas formas e podem
não estar intimamente relacionados. Normalmente são estudados em conjunto,
porque compartilham a não existência de tecidos vasculares e a semelhança
em seus ciclos de vida.
Todas as plantas terrestres possuem um ciclo de vida denominado
haplodiplobionte ou haplodiplonte, significa que um mesmo indivíduo possui
duas fases adultas, uma haplóide e outra diplóide. No caso das briófitas a fase
haplóide é chamada de fase dominante e é caracterizada pelo desenvolvimento
do gametófito que possui vida independente e duradoura, já a fase diplóide é
caracterizada pelo desenvolvimento do esporófito que possui vida dependente
nutricionalmente do gametófito e efêmera.
Hepáticas (filo Hepatophyta)
Consiste de mais de 6.000 espécies. Algumas hepáticas comuns têm
gametófitos achatados com lobos (talos) semelhantes aos do fígado, daí o
nome de "hepática". Embora as
hepáticas talosas sejam
representantes mais conhecidos
desse filo, constituem apenas cerca
de 20% das espécies (figura 30.7). Os
outros 80% são folhosa e lembram
superficialmente musgos. Os
gametófitos estão prostrados em vez de eretos, e os rizóides são unicelulares.
De acordo com a doutrina medieval, acreditava-se que Deus indicava
como certas plantas deveriam ser utilizadas, dando-lhes, portanto, uma
aparência distinta. Assim, naquela época, os chás de hepáticas eram utilizados
como tratamento para doenças do fígado.
Antóceros (filo Anthocerophyta)
Trata-se de um pequeno grupo de
cerca de 100 espécies, cujo gametófito
superficialmente se assemelha as
hepáticas talosas. Na maioria das espécies
de antóceros, os esporófitos têm
estômatos que funcionam como os de
plantas vasculares.
Musgos (filo Bryophyta)
São conhecidas
mais de 9.000 espécies
de musgos. Embora
sejam mais comuns em
florestas úmidas, estes
vegetais também podem
ser encontradas em
ambientes mais extremos, como desertos, habitats sem árvores no Ártico,
FOTO: Benutzer:Oliver_s.
Antártida, ou no topo de montanhas. Nessas condições severas, musgos são
capazes de prosperar, porque seus corpos podem tornar-se extremamente
secos, sem morrer. Quando o tempo dificulta a realização de fotossíntese,
estes indivíduos secam e ficam dormentes ou inativos. Então, quando as
chuvas chegam ou a temperatura aumenta, as plantas reidratam-se e começar
a fotossíntetizar e reproduzir.
Ao contrário de outras briófitas, o gametófito dos musgos tipicamente
consiste em pequenas estruturas chamadas de filoides (folhas não verdadeiras,
que não contêm tecido vascular) dispostas de forma helicoidal ou
alternativamente em torno de um eixo denominado cauloide, que está ancorado
ao seu substrato, por meio de rizóides. Cada rizóide consiste de várias células
que absorvem a água.
Reprodução (Musgos)
Dá-se por alternância de gerações e ocorre da seguinte forma: o
gametófito, muitas vezes, possui um gametângio na parte superior da planta.
Muitas espécies de musgo têm sexos separados: plantas masculinas
desenvolvem o anterídeo e plantas femininas plantas desenvolvem o
arquegônio. Outros musgos produzir anterídio e arquegônio no mesmo
indivíduo.
A fertilização ocorre quando uma das células haplóides produzidas pelo
anterídio (os anterozóides) se funde com a oosfera, também haplóide, dentro
do arquegônio. Os anterozóides, flagelados, “nadam” do anterídio para o
arquegônio através de fluxo de água, provinientes, principalmente das gotas de
chuva.
A fecundação origina um zigoto diplóide que após varias divisões
celulares mitóticas forma o embrião multicelular e se desenvolve em um
esporófito que cresce a partir do arquegônio e nele fica ligado. O esporófito é
dependente nutricionalmente do gametófito durante todo o seu período de vida.
Inicialmente é verde e capaz de realizar fotossíntese, perdendo esta
capacidade quando atinge a maturidade. É composto de três partes principais:
um pé, que ancora o esporófito ao gametófito e absorve os minerais e
nutrientes a partir dele, uma seta ou haste e uma cápsula, que contém células
esporogênicas (célula que produzem os esporos). A cápsula de algumas
espécies é coberta por
uma “tampa”, a caliptra,
que é derivada do
arquegônio. As células
esporogênicas sofrem
meiose para formar
esporos haplóides.
Quando os
esporos estão maduros, a
cápsula se abre e libera
os esporos, que são
transportados pelo vento
ou chuva. Se os esporos
forem deslocador para
um local adequado, ele
germina e cresce em um
filamento de células
chamado de protonema.
O protonema, que
superficialmente se
assemelha a um
filamento de alga verde, forma brotos, cada um dos quais cresce em um
gametófito verde, e o ciclo de vida continua.
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