Bruner apresentação 3

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Jerome Seymour Bruner Discentes: Antônio Carlos Faneca Santos Dirlei Perin Elaine Cristina da Silva Moreira DISCIPLINA: TEORIAS DE APRENDIZAGEM PROFESSORES: EDWARD BERTHOLINE E CARLOS RINALDI

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Trabalho apresentado na disciplina "Teorias de Aprendizagem".

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Jerome Seymour Bruner

Discentes:

Antônio Carlos Faneca Santos

Dirlei Perin

Elaine Cristina da Silva Moreira

DISCIPLINA: TEORIAS DE APRENDIZAGEM

PROFESSORES: EDWARD BERTHOLINE E CARLOS RINALDI

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Introdução

• Jerome Bruner nasceu em New York, em

1915 e obteve o título de Doutor em

psicologia em Harvard em 1941.

• É um dos principais representantes

da "Teoria Cognitiva".

• Atualmente professor pesquisador sênior da

Universidade de Nova York.

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Algumas obras:

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Embora Bruner seja um psicólogo por formação e tenha

dedicado grande parte das suas obras ao estudo da

psicologia, ganhou grande notoriedade no mundo da

educação graças à sua participação no movimento de

reforma curricular, ocorrido, nos EUA, na década de 60.

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“Ensinar é, em síntese, um esforço para

auxiliar ou moldar o desenvolvimento”

(BRUNER, 1969, p. 15)

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“E uma teoria de ensino versa, com efeito, sobre as

várias maneiras de auxiliar o desenvolvimento e o

crescimento” (idem, p.15)

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É possível ensinar qualquer assunto, de uma maneira

honesta, a qualquer criança em qualquer estágio de

desenvolvimento. Desde que se levasse em

consideração as diversas etapas de desenvolvimento

intelectual

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Segundo Bruner, o indivíduo ao se desenvolver passa por 3

formas de representação do mundo:

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1ª Representação Ativa;

2ª Representação Icônica;

3ª Representação Simbólica.

Desenvolvimento intelectual

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Representação Ativa:

“Essencialmente de manipulação,

caracterizados por elevada

instabilidade e singeleza de

atenção. Presume-se o

conhecimento a fazer,

despendendo-se o mínimo de

reflexão.” (idem, 43)

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Representação Icônica:

“Período de maior de reflexão, no

qual a criança é capaz de

representação inversa, através de

imagens representativas, de

crescentes porções no meio

ambiente. O cume desse estágio é

atingido entre cinco e sete anos.”

(Idem, p. 42)

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Representação Simbólica:

“[...] Por volta da adolescência, quando a linguagem

se torna cada vez mais importante como meio de

pensamento: é a capacidade de trabalhar mais com

proposições do que com objetos; conceitos que se

tornam hierárquicos em sua estrutura; possibilidades

alternativas que podem ser consideradas de forma

combinatória.” (idem, p. 43)

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O autor enfatiza que:

Não é a linguagem em si que faz a diferença, mas, antes,

seu uso como instrumento para raciocinar [...]. Para ele a

linguagem tem um papel amplificador das competências

cognitivas das crianças, ajudando-a a uma maior interação

com o meio cultural.

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• Para Bruner não são exatamente “estágios” e sim fases

internas de desenvolvimento.

• “Esses arranjos – ou estágios – não são, ao que parece

ligados à idade; alguns ambiente podem retardar ou

mesmo paralisar a sequência, outros fazem acelerá-lo.”

(idem, p. 42)

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Sugere que “[...] o crescimento depende em grau

considerável do crescimento de fora para dentro –

em dominar técnicas que estão incorporadas na

cultura e que são comunicadas em um diálogo

contingente com agentes da cultura” (idem, p. 35)

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“ Muitas dessas técnicas são ensinadas na

sutil interação entre pais e filhos – como os

primeiros conhecimentos linguísticos [...]

só quando a ultrapassa a sociedade tais

técnicas primárias é que se precisa da

educação escolar, menos espontânea; nesse

ponto a cultura passa a exigir a educação

formal para prover as técnicas necessárias”.

(idem, p. 41)

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Um outro aspecto central na teoria da aprendizagem de

Bruner é a importância concedida ao método da

descoberta, com base na ideia de que o conhecimento da

estrutura das disciplinas exige a utilização das

metodologias das Ciências que suportam as várias

disciplinas do currículo.

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O autor julga que, logo no início, o aluno deve poder

resolver problemas, conjecturar, discutir da mesma maneira

que se faz no campo científico da disciplina”

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Pressupostos

• Processo de descoberta

• Exploração de alternativas

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Currículo em espiral: o aprendiz deve ter a oportunidade de

ver o mesmo tópico mais de uma vez com diferentes níveis

de profundidade e com diferentes formas de

representação.IF/UFMT Programa de Pós-graduação em Ensino de Ciências

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Segundo o autor, uma teoria de aprendizagem

deve ser:

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Não só descritiva, mas também prescritiva, por

estabelecer regras concernentes à melhor maneira de

obter conhecimentos ou técnicas;

E também normativa, pois estabelece critérios e fornece

condições para atendê-los.

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Ou seja...

“Uma teoria de aprendizagem porém deverá tratar como

melhor utilizar determinado contexto cultural para chegar

a determinados objetivos de ensino.” (Idem, p. 59)

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Características de uma teoria de aprendizagem:

• Deve apontar as experiências mais efetivas para implantar em um

indivíduo a predisposição para a aprendizagem;

• Deve, em segundo lugar, especificar como deve ser estruturado

um conjunto de conhecimentos, para melhor ser aprendido pelo

estudante;

• Deverá citar qual a sequência mais eficiente para apresentar as

matérias a serem estudadas;

• Deve, finalmente, deter-se na natureza e na aplicação dos prêmios

e punições, no processo de aprendizagem de ensino.

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Predisposições observáveis:

Curiosidade

Narrativa

ReciprocidadeProcura de Competência

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Curiosidade

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Procura de Competência

As crianças procuram imitar o que os mais velhos fazem,

com intuito de poderem reproduzir e recriar esses

comportamentos e competências.

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Reciprocidade

Envolve a profunda necessidade de responder aos outros

e de operar, em conjunto com os outros, para alcançar

objetivos comuns.

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Narrativa

É a predisposição para criar relatos e narrativas da nossa

própria experiência, como objetivo de transmitir essa

experiência aos outros.

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Predisposição para exploração de alternativas:

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Ativação

Manutenção

Direção

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Isso significa que:

“A exploração de alternativas

necessita de algo que a faça ter

início, algo que a mantenha em ação,

e alguma coisa para evitar que se

perca no azar” (idem, p. 59). A

condição básica para ativar a

exploração de alternativas, em uma

tarefa, é ter um nível ótimo de

incerteza.

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A importância da rotina:

“Rotinas esclerosadas provocam pouca ou

nenhuma exploração; rotina por demais

incertas despertarão confusão e angústia,

reduzindo a tendência a explorar”. (p. 60)

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Estrutura e forma de conhecimento

“Toda ideia, problema ou conjunto de conhecimentos pode

ser suficientemente simplificada para ser entendida por

qualquer estudante particular, sob forma reconhecível.” (p.

60)

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A estrutura de qualquer domínio de conhecimento pode

ser caracterizada em três maneiras ligadas a habilidade

do estudante para dominar o assunto:

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forma de

representação

economia

potência ativa

Estrutura

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Forma de Representação

Por um conjunto de ações apropriadas para obter determinado resultado –Representação Ativa;

Por um conjunto de imagens resumidas, ou gráficos que representamconceitos, sem defini-los completamente – Representação Icônica;

Ou por um conjunto de preposições, lógicas simbólicas, derivado de umsistema de simbólico regido por normas ou leis para formar ou transformarproposições – Representação Simbólica

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Economia

A economia na representação de um domínio de

conhecimentos relaciona-se a quantidade de informação a ser

conservada na mente e a ser processada para permitir

compreensão. (Idem, 62)

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Exemplo

Sustentabilidade

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Potência efetiva

A potência efetiva de determinada maneira de estruturar um

domínio do conhecimentos, para determinado aluno, refere-

se ao valor criativo de seu conjunto de proposições

aprendidas. (Idem, p. 64)

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Sequência“Consiste a instrução em conduzir o estudante ao longo de uma

sequência de proposições e confirmações, de um problema ou

conjunto de conhecimentos, que aumentem a sua aptidão para

compreender, transformar e transferir o assunto de estudo.”

(Idem, p. 65)

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A Sequência em que o aluno recebe a matéria facilita sua

compreensão.

“Se é verdade que o processo normal do

desenvolvimento intelectual passa da representação

ativa do mundo para icônica, e depois para a

simbólica, tudo indica que a sequência ótima se fará

na mesma direção.” (p.66)

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Prêmios e punições

“Intuitivamente parece claro que, como progresso da

aprendizagem, chega-se a um ponto que é melhor abster-se

de premiações extrínsecas – como elogios do professor, em

favor da recompensa intrínseca inerente à solução de um

problema complexo.” (Idem, p. 58)

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A instrução e o papel do professor

“O desenvolvimento intelectual baseia-se numa interação

sistemática e contingente, entre um professor e um aluno, na

qual o professor, amplamente equipado com técnicas

anteriormente inventadas, ensina a criança.” (MOREIRA,

1999, p. 90 apud BRUNER, 1969, p.20).

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Características básicas de uma teoria de ensino:

• Predisposições;

• Estrutura do conhecimento;

• Sequência;

• Reforço.

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Conclusão:

Principais contribuições da teoria de Bruner para educação:

- modos de representação pelos quais o sujeito passa ao

longo do desenvolvimento intelectual (ativo, icônico e

simbólico);

- Currículo em Espiral e Aprendizagem por descoberta.

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Conclusão

• A criança raramente constrói conhecimento por si só, mas sim

por meio de uma intencionalidade compartilhada.

• Tudo o que “entra” na consciência é o que foi “acordado”

interpessoalmente;

• Somente aquilo a que a criança pode assegurar “concordância

compartilhada” torna-se parte de sua representação do mundo.

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Referências bibliográficas

• BRUNER. Jeromes. Uma nova teoria da Aprendizagem. 2ª ed. Bloch

Editores S. A. Rio de Janeiro – Gb. Printed in Brazil. 1969.

• MOREIRA, Marco Antônio. Teorias de Aprendizagem. 1. ed. São Paulo:

EPU, 1999. 195 p.

• NYU Department of Psychology. Jerome Bruner. 2010. Disponível em: <

http://www.psych.nyu.edu/bruner/>. Acesso em: 8 mar 2011.

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