BULIMIA E SEUS EFEITOS SOBRE A SAÚDE BUCAL: UM …siaibib01.univali.br/pdf/Dayane Luiza...
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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
CURSO DE ODONTOLOGIA
DAYANE LUIZA STÄHELIN
BULIMIA E SEUS EFEITOS SOBRE A SAÚDE BUCAL: UM ESTUDO
EM POPULAÇÃO DE JOVENS AGENCIADAS PARA MODELOS.
Itajaí, (SC) 2007
1
DAYANE LUIZA STÄHELIN
BULIMIA E SEUS EFEITOS SOBRE A SAÚDE BUCAL: UM ESTUDO
EM POPULAÇÃO DE JOVENS AGENCIADAS PARA MODELOS.
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito parcial para a obtenção do título de cirurgião-dentista do Curso de Odontologia da Universidade do Vale do Itajaí. Orientador: Prof. Fabiano Rodrigues Palma
Itajaí SC, 2007
2
DAYANE LUIZA STÄHELIN
BULIMIA E SEUS EFEITOS SOBRE A SAÚDE BUCAL: UM ESTUDO
EM POPULAÇÃO DE JOVENS AGENCIADAS PARA MODELOS.
O presente Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito parcial para a obtenção do título de cirurgião-dentista do Curso de Odontologia da Universidade do Vale do Itajaí, aos vinte sete dias do mês de julho do ano de dois mil e sete, é considerado aprovado.
1. Prof. Juliana Reis Patiño_________________________________________ Curso de Odontologia da Universidade do Vale do Itajaí
2. Prof. Maria Regina Orofino Kreuger________________________________
Curso de Odontologia da Universidade do Vale do Itajaí
3
AGRADECIMENTOS
Agradeço em primeiro lugar a Deus que iluminou o meu caminho durante
esta caminhada.
Aos meus pais que nunca mediram esforços para proporcionar uma boa
educação e o incondicional amor que sempre me deram.
Ao meu namorado pela compreensão, apoio e amor que me motivou.
Aos meus irmãos e sobrinhos pelos incentivos, carinhos e alegrias que
sempre me proporcionam.
Aos professores da banca, ao professor orientador Fabiano, em especial a
professora Juliana pela atenção, amizade em toda essa etapa.
Agradeço a agência ID models pelo espaço cedido, as modelos pela sua
colaboração nessa pesquisa.
4
BULIMIA E SEUS EFEITOS SOBRE A SAÚDE BUCAL: UM ESTUDO EM POPULAÇÃO DE JOVENS AGENCIADAS PARA MODELOS.
Dayane Luiza STÄHELIN Orientador: Prof. Fabiano Rodrigues PALMA Data de defesa: setembro de 2007 Resumo: A bulimia nervosa é caracterizada por surtos de ingestão compulsiva e rápida de grande quantidade de alimentos com pouco ou nenhum prazer, alternando-se em comportamentos dirigidos a evitar o ganho de peso através de episódios freqüentes de vômito, uso de laxantes e diuréticos, ou de submeter-se a períodos de jejum e exercícios excessivos. Este trabalho tem como objetivo descrever as condições de saúde bucal de modelos agenciadas na agência ID Models Management Camboriú (Balneário Camboriú). A metodologia compreendeu 39 modelos escolhidas no momento de casting de 2007. O instrumento de coleta de dados foi o Eating Attitudes Test, avaliação das condições bucais com Índice de Desgaste Dental, Índice Periodontal Comunitário, Exame salivar. Entre as 39, 17 modelos deram resultado positivo no EAT, onde 8 modelos aceitaram participar da avaliação odontológica. Percebeu-se que não foram detectadas lesões de erosão; 50% apresentaram sangramento gengival 62% a capacidade tampão foi classificada como baixa; 75% o fluxo salivar foi considerado baixo. O cirurgião-dentista pode ser o primeiro profissional da saúde a suspeitar da anorexia e bulimia nervosa, devido aos sinais e sintomas de erosão dental resultantes de um ambiente bucal cronicamente ácido. Portanto, há necessidade do profissional estar familiarizado com os sinais das doenças e preparado para tratar e encaminhar os pacientes que apresentem tais distúrbios, contribuindo para o tratamento do transtorno alimentar.
Palavras-chaves: Bulimia, erosão dentária, gengiva.
5
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO.........................................................................................
06
2 REVISÃO DE LITERATURA....................................................................
09
3 MATERIAIS E MÉTODOS...................................................................... 3.1 População............................................................................................ 3.2 Instrumento de coleta de dados........................................................ 3.3 Biossegurança..................................................................................... 3.4 Aspectos éticos................................................................................... 4 RESULTADOS e DISCUSSÃO................................................................
16 16 16 25 26
27 5 CONCLUSÃO.......................................................................................... 34
6
1 INTRODUÇÃO
A adolescência é a fase em que ocorrem mudanças morfológicas e
psicológicas que aproximam o organismo jovem à condição de adulto. Assim,
alguns aspectos do comportamento do adolescente podem ter implicações na vida
adulta. Em se tratando de alimentação, os extremos de consumo alimentar podem
evoluir para desordens incluindo anorexia nervosa, bulimia e obesidade, refletindo
diretamente no crescimento somático, composição corporal e função hormonal
(TRAEBERT; MOREIRA, 2001).
No Brasil a incidência de casos de obesidade vem aumentando com maior
rapidez do que os casos de desnutrição. Não é raro no país da desnutrição
ocorrerem óbitos relacionados à transtornos alimentares alertando para os riscos
de um novo padrão estético, interferindo diretamente na maneira como o indivíduo
se relaciona com sua alimentação e seu corpo. Entre 1996 e 2004 foram
verificados 193 casos de óbito por anorexia no país, apesar de outros transtornos
alimentares não apresentarem dados é provável que haja um aumento crescente
deste em todas as cidades brasileiras. É a “ditadura da estética”, que não só
diminui a qualidade de vida da população, como onera os cofres públicos com
Previdência, seguros de saúde e atividade produtiva (BUISHI, 2007).
Outro aspecto que reflete esta mesma realidade é o alto consumo de
remédios para emagrecer, aproximadamente 12,5 por 1000 habitantes brasileiros
correspondendo a 39,2% mais do que nos Estados Unidos onde o consumo é de
4,9 por 1000 (BUISHI, 2007; ONU, 2006).
7
Segundo Travaglini (2004) estima-se que, ao longo da vida, entre 0,5% e 4%
das mulheres terá Anorexia Nervosa, e de 1% a 4,2% destas pacientes
apresentará Bulimia Nervosa.
Esta desordem alimentar afeta, principalmente, adolescentes e adultos
jovens, 90% são do sexo feminino na idade entre 12 e 18 anos, podendo estender-
se até os 40 anos. Apresenta elevada prevalência não só em países
desenvolvidos, onde subsistem as características econômicas e socioculturais para
seu desencadeamento, como também nos países de terceiro mundo na busca do
corpo perfeito (LUCAS et al., 1991; OYEWUMI; KAZARIAN, 1992; HOEK, 1993).
A bulimia nervosa é caracterizada por surtos de ingestão compulsiva e
rápida de grande quantidade de alimentos com pouco ou nenhum prazer,
alternando-se em comportamentos dirigidos a evitar o ganho de peso através de
episódios freqüentes de vômito, uso de laxantes e diuréticos, ou de submeter-se a
períodos de jejum e exercícios excessivos (RIBEIRO et al.,1998).
A aparência da paciente no momento da consulta pode ser a de uma obesa,
outras têm peso normal e, mais raramente, estão desnutridas. Os sintomas que
podem ocorrer com os episódios freqüentes de provocação do vômito e uso de
diuréticos e laxantes são muitos, tais como: dor de garganta, de estômago, fadiga,
desidratação, “cara inchada”, diarréia, vômitos com sangue, irregularidades
menstruais, episódios de sudorese, aumento das glândulas parótidas, braquicardia,
erosão, calosidades nas mãos e IMC abaixo do eutrófico (HERSCOVICI; BAY,
1997).
Para OMS (1998) o IMC menor que 18 é considerado condição de risco a
saúde. Além destes podem ocorrer complicações médicas tais como, problemas
8
cardiovasculares, distúrbios metabólicos, nefropatias, endócrinas, pulmonares,
neurológicas, gastrintestinais e alterações dentárias (HERSCOVICI; BAY, 1997).
O cirurgião-dentista pode ser o primeiro profissional da saúde a suspeitar da
anorexia e bulimia nervosas, devido aos sinais e sintomas de erosão dental
resultantes de um ambiente bucal cronicamente ácido. Além da erosão, outras
manifestações podem estar presentes como o aumento assintomático das
parótidas, xerostomia, irritação da mucosa oral, queilite angular e sensibilidade
dental à alteração de temperatura. Portanto, há necessidade do profissional estar
familiarizado com os sinais das doenças e preparado para tratar e encaminhar os
pacientes que apresentem tais distúrbios, contribuindo para o tratamento do
transtorno alimentar (TRAEBERT; MOREIRA, 2001).
Apesar da importância destas desordens alimentares e as alterações que
ocorrem na cavidade bucal dos indivíduos em função destas, a literatura
odontológica ainda é muito escassa, poucos são os pesquisadores que estão
sensibilizados com o tema. Assim, o objetivo do trabalho foi descrever as
condições de saúde bucal de modelos agenciadas na agência ID Models
Management Camboriú (Balneário Camboriú) e chamar a atenção da comunidade
odontológica para o problema.
9
2 REVISÃO DE LITERATURA
A conduta de empanturramentos alimentares exagerados, seguidos de
sensações variáveis, geralmente de prazer e de vômitos auto-induzidos, para se
continuar comendo depois, nos lembra a história da antiga Roma e seus festins,
que foi evocada pela literatura, pelo cinema e outras artes. Isto acontecia nas
classes sociais altas e era um sinal de poder. Mais tarde, estas condutas foram
condenadas pela sociedade, quando a obesidade deixou de ser considerada um
sinal de prosperidade (HERSCOVICI; BAY, 1997).
A bulimia, como sintoma da anorexia nervosa (AN), é conhecida há séculos,
mas o reconhecimento como síndrome distinta apareceu por volta de 1940
(CASPER, 1983). O termo bulimia deriva de bou (grande quantidade de) ou de boul
(boi) e limos (fome), designando “fome raivosa” ou “fome de comer um boi”. Os
primeiros relatos de comportamento bulímico datam de 1874, referindo-se a uma
paciente anoréxica descritas por Gull (LASÉGUE, 1973; RUSSEL, 1979; NUNES et
al., 1998). Em 1979 Russel publicou a primeira descrição clínica exata da doença
(HERSCOVICI; BAY, 1997).
Tanto a bulimia quanto a anorexia predominam em jovens do sexo feminino
de classe média alta. Essa prevalência deve-se, principalmente, aos apelos da
mídia e da sociedade em torno da supervalorização de uma imagem esguia. O
ideal de manter, a qualquer custo, o peso e as medidas corporais dentro da “moda”
geram uma busca obsessiva de jovens por dietas permanentes e meios
“desumanos” de sobrevivência. Essas atitudes distorcidas em relação ao próprio
10
corpo podem gerar estresse e problemas psicoemocionais e induzir ao
aparecimento da bulimia ou da anorexia nervosa (PEGORARO et al., 2000).
A bulimia nervosa foi definida como uma síndrome com traços próprios, há
não mais de dez anos, caracteriza-se por alternar períodos de restrição alimentar,
com episódios de ingestões copiosas, seguidas de vômitos auto-induzidos e pelo
uso de laxantes e/ou diuréticos. Estes episódios de superalimentação
descontrolada foram denominados, em língua inglesa, de binge eating, que não
possui uma tradução literal em nosso idioma, mas que significa na realidade uma
“folia” ou “festa” alimentar, onde se unem o descontrole e o prazer (HERSCOVICI;
BAY, 1997).
Segundo Traebert e Moreira (2001), nos chamados episódios bulímicos há
uma sensação de perda de controle sobre a própria alimentação, levando a
comportamentos recorrentes e inapropriados de compensação para prevenir o
ganho de peso. Os episódios bulímicos e estes comportamentos compensatórios
ocorrem em média duas vezes por semana, durante pelo menos três meses
quando, geralmente, ocorre uma auto-avaliação indevidamente influenciada pela
forma e pesos corporais. A primeira característica clínica é dada pela descrição de
que o paciente ingere compulsivamente, sem controle, grande quantidade de
alimento em um curto espaço de tempo, ou às vezes em um longo ritual de várias
horas ou uma noite inteira. Normalmente, tais episódios ocorrem às escondidas
revestidos de vergonha, sensação de culpa e desejo de autopunição.
Vários distúrbios gastrintestinais são causados pela bulimia, alguns deles
sérios e mesmo potencialmente fatais, entre eles, a dilatação gástrica aguda,
inclusive com a possibilidade de ruptura, hipertrofia de parótidas, esofagite, ruptura
11
esofagiana, esvaziamento gástrico anormal e síndrome do cólon irritável (RIBEIRO
et al., 1998).
Além disso, episódios freqüentes de vômitos, regurgitações, refluxos e
náuseas podem influenciar na saúde bucal, pois, um meio bucal ácido significa uma
saliva com pH baixo, fator predisponente para a desmineralização do elemento
dental, seja pelo desenvolvimento de lesões cariosas ou erosões do esmalte dental
(NEWBRUN, 1988; SHAFER et al., 1987; THYLSTRUP ; FEJERSKOV, 1998).
Segundo Asher e Read (1987), a erosão dental é um tipo de lesão no
esmalte dental localizada no terço cervical da coroa, não cariosa que se
desenvolve como conseqüência da perda de estrutura dental causada por ação
química, sem o envolvimento de bactérias.
Os fatores etiológicos associados à erosão podem ser de origem extrínsica
ou intrínsica. Aquelas de origem extrínsica ocorrem freqüentemente em função de:
ingestão de sucos de frutas ácidas, bebidas ácidas, doces de frutas cítricas, chá de
limão, refrigerantes; exposição a vapores ácidos no ambiente de trabalho ou
ambientes ácidos como a água de piscina com excesso das substâncias para
tratamento da água; uso de cocaína, ácido nítrico (maníacos-depressivos) no
vestíbulo bucal; uso freqüente de aspirina, ácido clorídrico e vitamina C; bruxismo
associado à escovação inadequada com substâncias abrasivas; diminuição do
fluxo salivar por doença sistêmica por exemplo a Diabete Melittus (PEGORARO et
al., 2000).
As lesões por erosão, decorrente da ingestão de frutas e sucos cítricos,
localizam-se com maior freqüência por vestibular no terço cervical dos dentes
12
anteriores, apesar de existir a possibilidade de ocorrerem em qualquer região do
elemento dental (ASHER; READ, 1987).
A área cervical é normalmente a mais afetada porque a autolimpeza é
menor do que em outras regiões e com isso o ácido permanece neste local por um
período mais prolongado. Inicialmente, a característica clínica mais comum da
lesão por erosão é a perda do brilho do esmalte, a superfície apresenta-se lisa. A
lesão mostra-se larga, rasa e sem ângulos nítidos. Quando atinge a dentina
provoca sensibilidade ao frio, calor e pressão osmótica, perda da anatomia dos
dentes hígidos e ausência de manchamento extrínsico no esmalte dentário. Nos
dentes restaurados o esmalte é destruído e a restauração fica acima das margens
do esmalte; pode ocorrer exposição da polpa dental comprometendo a vitalidade;
incapacidade de manter a intercuspidação durante os movimentos mandibulares;
superfícies oclusais e incisais com forma cônica e esmalte com aspecto “polido”;
perda do brilho natural do esmalte dental. (O’SULLIVAN et al., 1998; PEGORARO
et al., 2000).
Em elementos restaurados com amálgama estas alterações levam a
formação de “ilhas de metal”. (PEGORARO et al., 2000). De acordo com
Abrahamsen (2005), quando há dúvidas quanto ao diagnóstico ou cura do distúrbio
alimentar, pode ser realizado um pequeno teste na superfície palatina de um dente
anterior superior que consiste em uma reconstituição de amálgama de forma tal
que esta fique nivelada à superfície do esmalte e observá-la seis meses após. Se
esta estiver elevada é confirmado o diagnóstico ou comprovada a não cura.
Hazelton e Faine (1996) destacaram que o periodonto também pode ser
afetado pelos episódios bulímicos, pois, verificaram que as papilas mostram-se
13
aumentadas devido à irritação constante advinda do vômito ácido. A mucosa bucal
também sofre os efeitos de tal comportamento.
Em todos os distúrbios citados, devido às crises de vômito repetidas, os
componentes gástricos com pH próximo a 1 afetam a superfície dental
severamente, levando a uma taxa de erosão cerca de 31 vezes maior do que nos
indivíduos normais. Os episódios de vômitos são, geralmente, seguidos de prática
de limpeza dental vigorosa, que pode favorecer ainda mais a perda dos tecidos
duros dentais (abrasão). Além disso, essas desordens podem levar a alterações
químicas e diminuição do fluxo salivar alterando a sua ação neutralizadora sobre
os componentes ácidos gástricos. A acidez se mantém especialmente na
superfície da língua, o que levará a uma exposição interrupta das superfícies
palatinas dos dentes anteriores superiores, nas quais a lesão irá se iniciar. Nos
casos mais graves, essas lesões podem também se encontrar nas superfícies
linguais dos incisivos inferiores e na superfície oclusal dos dentes posteriores.
(RESENDE et al., 2005)
O indice de massa corporal (IMC) é uma medida internacional usada para
calcular obesidade.Ele foi desenvolvido pelo polímata Lambert Quételet no fim do
século XIX. Trata-se de um método fácil e rápido para a avaliação do nível de
gordura de cada pessoa, ou seja, é um preditor internacional de obesidade adotado
pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
onde a massa está em quilogramas e a altura está em metros.
14
Resultado final Categoria
<18,5 Abaixo do peso
18,5 - 24,9 Peso normal
25,0 - 29,9 Sobrepeso
30,0 - 34,9 Obesidade grau I
35,0 - 39,9 Obesidade grau II
>40,0 Obesidade grau III Tabela 1: Tabela que indica o grau de obesidade do indivíduo.
O IMC apresenta alguns problemas:
� O IMC precisa de gráficos específicos para ser aplicado a crianças
� O IMC não discrimina os componentes gordo e magro da massa corporal
total
� Pessoas brevelineas e musculosas podem ter um IMC inadequado a sua
realidade e serem consideradas obesas
� Diferenças étnicas também influenciam no IMC, por exemplo pessoas de
origem asiática podem ser consideradas mais obesas
� O IMC não é aplicável para idosos, possuem classificação diferenciada.
Desta forma, o profissional da Odontologia pode desempenhar um papel
fundamental no diagnóstico de distúrbios de alimentação de ordem
comportamental, devido à presença de erosão dental, alterações em tecidos moles
ou na realização de um teste salivar. Tem por obrigação orientar o paciente quanto
à severidade da doença e encaminhá-lo a outros profissionais da saúde. É
importante que durante a anamnese o cirurgião-dentista tenha a habilidade de
abordar o assunto de forma que se obtenha a confiança do paciente para não
agredir ou assustá-lo (TRAEBERT; MOREIRA, 2001).
15
O tratamento de paciente com distúrbios alimentares obtém maior sucesso
quando realizado por uma equipe multiprofissional formada por médicos,
nutricionistas, psicoterapêutas e cirurgiões-dentistas (NUNES et al., 1998).
A fim de favorecer o tratamento e evitar o mau prognóstico, é fundamental
que o diagnóstico dessas síndromes seja realizado o mais precoce possível. O
método de diagnóstico considerado padrão para a detecção de doenças
normalmente é a entrevista clínica. Por esta razão, outras formas de abordagens
têm sido propostas com escalas e questionários de auto-administração que se
prestam a triar possíveis casos de doença. O Eating Attitudes Test é um dos
instrumentos mais utilizados atualmente, sendo um teste psicométrico utilizado em
estudos com o objetivo de medir sintomas da síndrome de maneira mais fácil e
rápida, favorecendo assim, a precocidade do diagnóstico e tratamento, evitando a
evolução da doença. O teste constitui-se de 40 ítens de múltipla escolha, sendo o
resultado do teste, o somatório dos valores atribuídos às questões e os autores
estabelecem o ponto de corte de 30 pontos como sendo indicador positivo da
possibilidade de existência de distúrbio alimentar (GARNER et al., 1983).
Além de diagnosticar e controlar os efeitos bucais dos transtornos
alimentares, o dentista deve também atuar na manutenção da saúde geral do
paciente, incluindo a mental, considerando-se que anorexia e bulimia estão
associadas a uma taxa relativamente alta de suicídio. Através do
encaminhamento de pacientes com suspeita de transtornos alimentares a
profissionais habilitados, o dentista e sua equipe passam a desempenhar papel
crucial no processo de salvar a vida de seus pacientes (BUISHI, 2007).
16
3 MATERIAIS E MÉTODOS
3.1 População
A população de estudo compreendeu 39 modelos agenciadas na agência ID
Models Management Camboriú (Balneário Camboriú), no momento de casting de
2007. Participaram da pesquisa as modelos que, após explanação dos objetivos da
pesquisa tiveram suas possíveis dúvidas sanadas e assinaram o Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido (Apêndice A e B).
3.2 Instrumento de coleta de dados
Os dados foram coletados em um único dia, no momento do casting
(quando são escolhidas as modelos que participarão de uma campanha
publicitária).
3.2.1 Eating Attitudes Test
Eating Attitudes Test (EAT) ou teste de atitudes alimentares, que foi
desenvolvido por Garner e Garfinkel (1979), é o mais utilizado atualmente e foi
validado pelos autores utilizando população feminina do Canadá, pacientes com
anorexia nervosa e jovens universitárias sem a história da doença. A versão
original do teste (EAT-40) tem 40 itens de múltipla escolha, sendo o resultado o
17
somatório dos valores atribuídos às questões e os autores estabeleceram o ponto
de corte de 30 pontos como sendo indicador positivo da possibilidade de distúrbio
alimentar. Mais tarde Garner et al. (1983) propuseram a versão abreviada (EAT-26)
com 26 itens sendo o ponto de corte de 21 pontos. As 26 questões estão divididas
em três escalas: escala da dieta que reflete uma recusa patológica a comidas de
alto valor calórico e preocupação intensa com a forma física; escala de bulimia e
preocupação com os alimentos que se refere a episódios de ingestão compulsiva
dos alimentos, seguidos de vômitos e outros comportamentos para evitar o ganho
de peso; escala de controle oral que demonstra o autocontrole em relação aos
alimentos e reconhece forças sociais no ambiente que estimulam a ingestão
alimentar.
Cada questão é dividida em 3 escalas do tipo Likert, apresenta 6 opções de
resposta, conferindo-se pontos de 0 a 3, dependendo da escolha (sempre=3
pontos, muitas vezes=2 pontos, às vezes=1 ponto, poucas vezes=0 ponto, quase
nunca=0 ponto e nunca=0 ponto). A única questão que apresenta pontos em
ordem invertida é a 25, sendo que para as respostas mais sintomáticas, como
¨sempre¨, ¨muitas vezes¨ e ¨às vezes¨, não são dados pontos, e para as
alternativas ¨poucas vezes¨, ¨quase nunca¨ e ¨nunca¨, são conferidos 1, 2, 3
pontos. (Anexo A).
Para os autores do EAT-26, um resultado maior que 21 pontos indica um
teste positivo e o entrevistado poderá ser incluído em um grupo de risco passando
por entrevista clínica para averiguar se os critérios diagnósticos são preenchidos
(GARNER; GARFINKEL, 1979).
18
3.2.2 Avaliação das condições bucais
Após o resultado positivo quanto à possível presença da bulimia, através
do EAT, foram avaliados dados pertinentes a alterações desta patologia, na
cavidade bucal.
Para tanto, foi realizado exame clínico utilizando os índices de IDD (Índice
de Desgaste Dental) e IPC (índice Periodontal Comunitário) de acordo com os
códigos e critérios descritos pela Organização Mundial da Saúde (OMS, 1996).
Além destes, foram realizados exames salivares (capacidade tampão e fluxo
salivar).
Tendo em vista a importância do diagnóstico nesta pesquisa, torna-se
necessária a padronização dos critérios de diagnóstico, visando uma constância na
forma de examinar do examinador.
De acordo com o Manual de Instrução da OMS, (1999) (Levantamentos
Básicos em Saúde Bucal), os objetivos da padronização e calibragem são:
assegurar a interpretação, compreensão e aplicação uniforme do profissional que
realiza os exames, quanto aos códigos e critérios para as várias doenças e
condições a serem observadas e registradas e assegurar que o profissional que
realiza, possa examinar de maneira constante.
De acordo com as metas de calibração de diagnóstico, a intraconcordância
deve abranger valores mínimos de concordância em 90% dos casos. A constância
de diagnóstico deve aproximar-se deste valor sendo que se não ocorrer de tal
19
maneira, o examinador deve rever os seus critérios de diagnóstico e realizar novos
testes de calibragem.
Em data estabelecida o exame de calibração foi realizado na agência de
modelos onde, 10 modelos foram convidadas a responder o inquérito e
submeterem-se ao exame intrabucal. Ao final do período aquelas que foram
identificadas por números ímpares (1, 3, 5, 7 e 9) foram novamente inqueridas e
examinadas para verificação da intraconcordância.
3.2.2.1 Índice de Desgaste Dental
Elaborado por Smith e Knight em 1984, tem por objetivo comparar o padrão
de desgaste dental com os fatores etiológicos para o referido desgaste (dieta,
episódios de vômitos, uso de medicamentos, problemas digestivos entre outros).
O resultado do índice de desgaste dental foi realizado adicionando códigos
para um grupo de superfícies dentárias (oclusal, lingual, vestibular e cervical) e
dividindo pelo número de superfícies avaliadas no grupo. Os dentes superiores e
inferiores foram registrados separadamente, perfazendo um total de 16 grupos. Os
códigos e critérios atribuídos às superfícies estão dispostos no quadro 1.
20
Código Superfícies Critérios
0 V/L/O/I Esmalte normal
C Sem alteração de contorno
1 V/L/O/I Perda superficial de esmalte
C Perda mínima de contorno
2 V/L/O Perda de esmalte exposição de dentina < 1/3menor
I Perda de esmalte exposição de dentina
C Defeito no esmalte menor que 1mm
3 V/L/O Perda de esmalte exposição de dentina > 1/3menor
I não há exposição de polpa ou dentina secundária
C Defeito de 1 a 2mm
4 V/L/O Exposição de polpa e dentina secundária
I Exposição de polpa e dentina secundária
C Defeito > 2mm exp. Polpa e dent. Secundária
Quadro 1 – Códigos e critérios para classificação das superfícies com desgaste analisadas no índice de desgaste dental.
3.2.2.2 Índice Periodontal Comunitário
Através deste índice é possível avaliar a condição periodontal quanto à
higidez, sangramento e presença de cálculo ou bolsa. Para realizar o exame
utilizou-se sonda específica, denominada sonda IPC, com esfera de 0,5mm na
ponta e área anelada em preto situada entre 3,5mm e 5,5mm da ponta. Outras
duas marcas na sonda permitem identificar distâncias de 8,5mm e 11,5mm da
ponta do instrumento (Figura 1).
21
3 ,5 m m
5 ,5 m m
8 ,5 m m
11 ,5 m m
3 ,5 m m
5 ,5 m m
8 ,5 m m
11 ,5 m m
Figura 1. Sonda IPC, ilustrando as marcações com as distâncias, em milímetros, à ponta da sonda.
Para o exame, a boca foi dividida em sextantes definidos pelos dentes: 18-
14, 13-23, 24-28, 38-34, 33-43 e 44-48. A presença de dois ou mais dentes sem
indicação de exodontia (p.ex. comprometimento de furca, mobilidade etc.), foi pré-
requisito ao exame do sextante. Sem isso, o sextante foi cancelado (quando há,
p.ex., um único dente presente).
Nos sextantes foram examinados os dentes-índices 17, 16, 11, 26, 27, 37,
36, 31, 46 e 47 de acordo com a figura 2. Se nenhum deles estiver presente,
examinam-se todos os dentes remanescentes do sextante, não se levando em
conta a superfície distal dos terceiros molares.
22
3837363534333231
4847 46 45 44 43 42 41
1112131415161718 21 22 23 24 25 26 27 28
INFERIOR
ESQUERDODIREITO CENTRAL
ESQUERDODIREITO CENTRAL
SUPERIOR
Figura 2 - Divisão da arcada em sextantes e destaque dos dentes-índices para Índice Periodontal Comunitário (IPC).
Foram examinados pelo menos 6 pontos em cada um dos 10 dentes-
índices, nas superfícies vestibular e lingual, abrangendo as regiões mesial, média e
distal. Os procedimentos de exame foram iniciados pela área distovestibular,
passando-se para a área média e daí para a área mesiovestibular. Após,
inspecionam-se as áreas linguais, indo de distal para mesial. A sonda foi
introduzida levemente no sulco gengival ou na bolsa periodontal, ligeiramente
inclinada em relação ao longo eixo do dente, seguindo a configuração anatômica
da superfície radicular. Movimentos de vai-e-vem vertical, de pequena amplitude,
foram realizados. A força na sondagem foi inferior a 20 gramas (recomenda-se o
seguinte teste prático: colocar a ponta da sonda sob a unha do polegar e
pressionar até obter ligeira isquemia).
Obs: Embora 10 dentes foram examinados, apenas 6 anotações foram feitas: uma
por sextante, relativa à pior situação encontrada. Quando não teve no sextante
pelo menos dois dentes remanescentes e não indicados para extração, cancelou o
sextante registrando um "X".
23
Códigos e Critérios
0 - sextante hígido;
1 - sextante com sangramento (observado diretamente ou com espelho, após
sondagem);
2 - cálculo (qualquer quantidade, mas com toda a área preta da sonda
visível);
3 - bolsa de 4mm a 5mm (margem gengival na área preta da sonda);
4 - bolsa de 6mm ou mais (área preta da sonda não está visível);
X - sextante excluído (menos de 2 dentes presentes);
9 - sextante não examinado.
0 2 31 4
WH
O 9
62
19
Figura 3. Codificação do Índice Periodontal Comunitário (IPC), ilustrando a posição da sonda para o exame.
24
3.2.2.3 Exame salivar
O exame salivar compreende a medida do fluxo salivar e da capacidade
tampão da saliva utilizando-se uma mesma amostra de saliva.
Para a realização do exame os pacientes estiveram com pelo menos 2
horas de jejum para a coleta da saliva. De acordo com Flink et al. (2000), a coleta
da saliva, deve seguir as seguintes instruções: não comer, beber ou fumar por 1 a
2 horas antes do exame; o paciente deve ser orientado ao relaxamento, quando
necessário por 5 minutos, antes do exame salivar e ficar sentado em uma posição
confortável.
A técnica consiste em: o indivíduo mascou um pedaço de parafina até que
amoleceu. A saliva produzida neste espaço de tempo foi deglutida (primeiros 30
segundos). O paciente continuou mascando a parafina e a saliva produzida foi
coletada durante os cinco minutos seguintes em um cálice graduado.
Para análise foram seguidas as recomendações propostas por Krasse
(1988): o fluxo normal ≥ a 1ml/min; diminuído ≥ a 0,7 e <1ml/min e baixo <
0,7ml/min.
A capacidade tampão foi realizada a partir de uma amostra de 1,5ml de
saliva retirado da saliva coletada no copo graduado. A amostra foi submetida a
uma solução ácida e, através de solução indicadora, foi realizado o teste
colorimétrico para verificação da capacidade tampão sendo que a cor da mistura
será comparada com a escala de cores que acompanha o Kit Dento Buff. De
acordo com o fabricante INODON a capacidade tampão, é normal com resultado ≥
5; moderada entre 4,55 e 5 e, baixa ≤ 4,5.
25
3.3 Biossegurança
Para a realização dos exames foram utilizados espátula de madeira, espelho
bucal, sonda CPI, guardanapos, cubas de inox e bandeja com divisórias, além de
materiais acessórios tais como: gaze, papel toalha, sacos para acondicionamento
do lixo, detergente neutro, álcool 70% (limpeza de superfície), lápis de anotação,
borracha, pranchetas, crachá, fichas individuais e envelopes para as fichas.
Alguns procedimentos foram seguidos pelo examinador visando à
biossegurança:
- lavagem das mãos no início e término do exame (ou quando foi
necessário);
- uso de máscara, luva, touca e jaleco;
- troca de luva a cada exame;
- não foi tocado em materiais que não fossem instrumentos de exame;
- após a utilização do instrumental este foi dispensado no recipiente
adequado para limpeza e posterior esterilização em autoclave.
Quanto aos anotadores:
- lavagem das mãos no início e término do dia de trabalho (ou quando for
necessário);
- uso do jaleco;
- não tocou no instrumental de exame;
- manuseou exclusivamente o seu material (lápis, borracha, apontador,
prancheta.).
26
É de suma importância para um bom diagnóstico uma boa visualização da
cavidade oral do individuo com uma iluminação adequada. Sendo assim, foi
utilizada a luz de caráter natural.
3.5 Aspectos éticos
O projeto de pesquisa foi aprovado sob o nº. de protocolo 298/07 pelo
Comitê de Ética em Pesquisa com seres humanos da Universidade, de acordo com
as normas estabelecidas pela Resolução 196/196 do Conselho Nacional de Saúde.
Os resultados serão levados ao conhecimento dos sujeitos da pesquisa
através de orientação direta na agência.
27
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
O perfil das modelos da agência ID Models Management Camboriú que
participaram da pesquisa aponta para jovens com idade média de 17 anos, sexo
feminino, com Índice de Massa Corporal (IMC) médio de 17,75 (variando de 13,79
à 20,67) o qual, é considerado abaixo da eutrofia em condição de risco à saúde
pela OMS, 1998.
A adolescência é uma fase marcada por diversas alterações; é também o
momento que o jovem quer se sentir aceito pelos seus pares. Além das mudanças
morfológicas que aproximam o organismo jovem à condição de adulto, as
alterações psicológicas orientam na maioria das vezes todo o estilo de vida que
este indivíduo passará a ter na fase adulta. Assim, alguns aspectos do
comportamento do adolescente podem ter implicações na vida adulta. Em se
tratando de alimentação, os extremos de consumo alimentar podem evoluir para
desordens incluindo anorexia nervosa e bulimia, refletindo diretamente no
crescimento somático, composição corporal e função hormonal (TRAEBERT;
MOREIRA, 2001).
As desordens alimentares afetam, principalmente, adolescentes e adultos
jovens, 90% são do sexo feminino na idade entre 12 e 18 anos. Essa prevalência
deve-se, principalmente, aos apelos da mídia e da sociedade em torno da
supervalorização de uma imagem esguia. (PEGORARO et al., 2000).
28
17,55
16,69
18,69
12a - 15a 16a - 18a 19a +
idade
IMC
Figura 1: Relação entre o IMC médio e idade das modelos
Na figura 1 verificou-se o aumento do IMC médio com o aumento da idade
das entrevistadas, o que preocupa os profissionais da saúde, pois, as jovens
tentam ingressar o mais cedo possível para garantirem um IMC baixo, afinal ainda
não sofreram as mudanças morfológicas e quando isto começa a acontecer ficam
desesperadas com o aumento, embora “natural”, do seu IMC. Assim, o ideal de
manter, a qualquer custo, o peso e as medidas corporais dentro da “moda” geram
uma busca obsessiva de jovens por dietas permanentes e meios “desumanos” de
sobrevivência. (LUCAS et al., 1991; OYEWUMI; KAZARIAN, 1992; HOEK, 1993).
Quando aplicou-se o EAT verificou-se que das 39 jovens, 17 apresentaram
resultado positivo ao teste (figura 2)
29
44%56%
EAT positivo EAT negativo
Figura 2: Distribuição percentual das modelos em relação ao resultado do EAT
O Eating Attitudes Test é um dos instrumentos fácil, rápido e favorece ao
diagnóstico precoce da doença. Neste teste as questões estão divididas em três
escalas de valores: escala da dieta que reflete uma recusa patológica a comidas de
alto valor calórico e preocupação intensa com a forma física; escala de bulimia e
preocupação com os alimentos que se refere a episódios de ingestão compulsiva
dos alimentos, seguidos de vômitos e outros comportamentos para evitar o ganho
de peso; escala de controle oral que demonstra o autocontrole em relação aos
alimentos e reconhece forças sociais no ambiente que estimulam a ingestão
alimentar. (GARNER; GARFINKEL, 1979; GARNER et al.,1983)
Assim, foram analisadas as questões que abordavam diretamente a escala
da bulimia e preocupação com os alimentos (questões 3, 4, 9, 18, 21 e 26)
3- Sinto-me preocupada com os alimentos.
4- Continuar a comer em exagero faz com que eu sinta que não sou capaz
de parar.
30
9- Vômito depois de comer.
18- Sinto que os alimentos controlam a minha vida.
21- Passo muito tempo pensando em comer.
26- Sinto vontade de vomitar após as refeições.
Estas questões foram analisadas separando as entrevistadas em dois
grupos: grupo A modelos que após a entrevista o resultado do EAT resultou em
negativo e grupo B aquelas em que o EAT resultou positivo.
Freq. em % Sempre
Muitas vezes As vezes
Poucas vezes
Quase nunca Nunca
Questões 3 4,5 4,5 45,4 22,7 9,09 13,6 4 4,5 13,6 4,5 13,6 63,6 9 4,5 95,4 18 4,5 13,6 13,6 9,09 59,09 21 4,5 13,6 18,1 9,09 27,2 27,2 26 9,09 4,5 86,3
Tabela 1 - Distribuição em percentual das respostas das entrevistadas do Grupo A em relação as questões sobre bulimia e preocupação com os alimentos.
Freq. em % Sempre
Muitas vezes As vezes
Poucas vezes
Quase nunca Nunca
Questões 3 52,9 17,6 17,6 11,7 4 11,7 17,6 23,5 47,05 9 100 18 11,7 29,4 11,7 23,5 23,5 21 11,7 29,4 23,5 29,4 5,8 26 5,8 11,7 82,3
Tabela 2 - Distribuição em percentual das respostas das entrevistadas do Grupo B em relação às questões sobre bulimia e preocupação com os alimentos.
Avaliando as tabelas (1 e 2) verifica-se a perda de controle no momento da
alimentação (questão 4) maior no grupo B acompanhada de preocupação e culpa
na ingestão de alimentos (52,9%).
31
Nos chamados episódios bulímicos há uma sensação de perda de controle
sobre a própria alimentação, levando a comportamentos recorrentes e
inapropriados de compensação para prevenir o ganho de peso. A primeira
característica é dada pela descrição da ingestão compulsiva, sem controle, grande
quantidade de alimento em um curto espaço de tempo, ou às vezes em um longo
ritual de várias horas ou uma noite inteira. Normalmente, tais episódios ocorrem às
escondidas revestidos de vergonha, sensação de culpa e desejo de autopunição.
(TRAEBERT; MOREIRA, 2001)
Entre as 17 modelos onde o EAT resultou em positivo solicitou-se a
realização do exame odontológico, índice de desgaste dental, índice periodontal
comunitário e teste salivar. De acordo com o termo de consentimento livre e
esclarecido as voluntárias poderiam a qualquer momento desistir de continuar a
pesquisa. Assim, apenas 8 aceitaram a avaliação odontológica.
Nestas não foram encontradas lesões de erosão, porém, em 50% das
examinadas havia sangramento gengival.
Hazelton e Faine (1996) destacaram que o periodonto também pode ser
afetado pelos episódios bulímicos, pois, verificaram que as papilas mostram-se
aumentadas devido à irritação constante advinda do vômito ácido. A mucosa bucal
também sofre os efeitos de tal comportamento.
Em relação ao teste salivar verificou-se que tanto o fluxo salivar quanto a
capacidade tampão foram classificadas como baixo entre as examinadas
(segundo o fabricante do Kit Dento Buff - INODON).
32
00,5
11,5
22,5
33,5
44,5
55,5
66,5
77,5
Capacidade Tampão Fluxo salivar
Figura 3: Distribuição da capacidade tampão e fluxo salivar nas modelos.
Nos dados dispostos na figura 3 observa-se que 62% das entrevistadas que
se submeteram ao exame de saliva apresentaram a capacidade tampão da saliva
baixa e 75% destas com o fluxo salivar baixo, ou seja, meio bucal que permite o
desenvolvimento de lesões de erosão e lesões cariosas.
Episódios freqüentes de vômitos, regurgitações, refluxos e náuseas podem
influenciar na saúde bucal, pois, um meio bucal ácido significa uma saliva com pH
baixo, fator predisponente para a desmineralização do elemento dental, seja pelo
desenvolvimento de lesões cariosas ou erosões do esmalte dental (NEWBRUN,
1988; SHAFER et al., 1987; THYLSTRUP ; FEJERSKOV, 1998).
Em função destes problemas bucais o cirurgião-dentista, normalmente, é o
primeiro profissional da área da saúde a ser procurado. Por isso, é de fundamental
importância que este conheça as características das desordens alimentares, suas
33
causas e conseqüências para diferenciá-la de outras patologias e, principalmente,
integrar uma equipe de saúde multiprofissional no tratamento destes problemas
cuja incidência vem crescendo em nosso país não apenas como um quadro
crônico de comportamento alimentar, mas como Causas mortis.
34
6 CONCLUSÕES E SUGESTÕES
Na pesquisa, das 39 modelos que participaram verificou-se:
� A idade média de 17 anos, sexo feminino, com IMC média de 17,75
(variando de 13,79 à 20,67) o qual, é considerado abaixo da eutrofia;
� O IMC médio aumenta com o aumento da idade;
� No EAT 44% apresentaram resultado positivo ao teste.
Ao dividir as entrevistadas em dois grupos: grupo A EAT negativo e grupo B
EAT positivo e relacionando com as questões específicas sobre bulimia e
preocupação com os alimentos observou-se:
� Perda de controle no momento da alimentação (17,6%) maior no grupo B;
� Preocupação e culpa na ingestão de alimentos (52,9%) maior no grupo B.
Entre as 8 voluntárias que aceitaram participar da avaliação odontológica
percebeu-se:
� não foram detectadas lesões de erosão;
� 50% apresentaram sangramento gengival;
� 62% a capacidade tampão foi classificada como baixa;
� 75% o fluxo salivar foi considerado baixo.
O cirurgião-dentista deve estar atento aos sinais clínicos das desordens
alimentares que devem ser tratados de forma interdisciplinar, sendo necessário o
35
acompanhamento médico devido às alterações sistêmicas, avaliação nutricional
para reeducar a alimentação, tratamento odontológico para proporcionar uma boa
saúde bucal e suporte psicológico para que o paciente possa lidar com o distúrbio
e aceitar o tratamento.
36
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ABRAHAMSEN, C. T. A dentição desgastada-padrões patognomónicos da abrasão e da erosão. Int Dent J, London, n.55, p.268-276, 2005. ASHER, C.; READ, M.J.F. Early enamel erosion in children associated with the excessive consumption of citric acid. Br Dent J, London, n. 162, p. 384-387, 1987. BUISHI, Y. P. Distúrbios alimentares. Revista ABO Nac, São Paulo, n. 82, fev./mar. 2007.
CASPER, R. C. On the emergence of bulimic nervosa as a syndrome: a historical view. Int J Eat Disord, New York, v. 2, p. 3-16, 1983. FLINK, H.; TEGELBERG, A.; SORENSE, S. Hypo salivation and iron stores among individuals with and without active dental caries, Sweden. Acta Odontol Scand, Oslo, v.58, p. 265-271, 2000. GARNER, D. M.; GARFINKEL, P. E. The Eating Attitudes Test: an index of the symptom of anorexia nervosa. Psychol Med, London, v. 9, n. 2, p. 273-279, 1979. GARNER, D.M.; OLMSTED, M.P.; POLIVY, J. Development and validation of a multidimensional eatin disorder inventory for anorexia nervosa and bulimia. Int J Eat Disord, New York, v. 2, p. 15-34,1983. HAZELTON, L. R.; FAINE, M. P. Diagnosis and dental management of eating disorder patients. Int J Prosthod, v. 9, n. 1, p. 65-73, Jan. 1996. HERSCOVICI, C. R.; BAY, L. Anorexia nervosa e bulimia. Porto Alegre: Artes Médicas, 1997. 184p. HOEK, H. M. Review of the epidemiological studies of eating disorders. Int Rev Psychiatry, Oxfordshire, v. 5, p. 61-74, 1993. KRASSE, D. D. S. Risco de cáries. 2. ed. São Paulo: Quintessence, 1988. 112p. LASÉGUE, C. On hystorical anorexia. Med Times Gaz, New York, v. 6, p. 265-266, 1973.
37
LUCAS, A. R. et al. 50- years trends in the incidence of anorexia nervosa in Rochester, Minnesota: a population – based- study. Am J Psychiatry, n.148, p. 917-922, 1991. NEWBRUN, E. Cariologia. 2. ed. São Paulo: Santos, 1988. NUNES, M. A. A. et al. Transtornos alimentares e obesidade. Porto Alegre: Artmed, 1998. OMS. Organização Mundial da Saúde. Levantamento epidemiológico em saúde bucal. Genebra, 1996.
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38
RUSSELL, G. F. M. Bulimia nervosa: an aminous variant of anorexia nervosa. Psychol Med, New York, v. 9, p. 429-448, 1979. SHAFER, W.G. et al. Tratado de Patologia Bucal. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,1987. SMITH, B. G. N.; KNIGHT, J. K. An index for measuring the wear of teeth. Br Dent J, London, v.156, p.435-438, 1984. THYLSTRUP, A.; FEJERSKOV, O. Cariologia clínica. 2.ed. São Paulo: Santos. 1998. p. 62-63. TRAEBERT, J.; MOREIRA, E. A. M. Transtornos alimentares de ordem comportamental e seus efeitos sobre a saúde bucal na adolescência. Pesqui Odontol Bras, v. 15, n. 4, p. 359-363, out./dez. 2001. TRAVAGLINI, F. Transtorno alimentar: o assunto da moda. APCD Jornal, São Paulo, 21 ago.2004. Disponível em: <http://www.apcd.org.br/noticias>. Acesso em: 21 ago.2007.
39
APÊNDICE A – TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE CURSO DE ODONTOLOGIA
Nome do participante:_______________________________________________________
As informações contidas neste documento têm o objetivo de firmar por escrito,
mediante o qual, o voluntário da pesquisa autoriza sua participação, com pleno
conhecimento da natureza dos procedimentos a que se submeterá, com capacidade de
livre arbítrio e sem qualquer coação.
1. Título do trabalho: Bulimia e seus efeitos sobre a saúde bucal: um estudo em
população de jovens agenciadas para modelos.
2. Objetivo: Identificar atividade positiva para bulimia e as possíveis seqüelas na cavidade
bucal.
3. Justificativa: Escolheu-se esta população, devido à inexistência de programas
preventivos e de assistência odontológica direcionados a ela. Espera-se que o
presente estudo possa contribuir com a obtenção de informações relativas tanto em
relação a condição bucal quanto a alteração do comportamento alimentar dos
participantes, além de poder contribuir para a formulação apropriada de políticas
públicas e desenvolvimento de ações de assistência para a coletividade.
4. Procedimentos realizados no estudo: O estudo será desenvolvido através de dados
obtidos com a realização dos seguintes procedimentos: questionário, coleta de saliva e
exame bucal.
5. Desconforto ou risco: Nenhum tipo de risco é esperado neste tipo de pesquisa, pois
será realizada dentro das normas de segurança, ou seja, usando material descartável
e coletas por pessoal qualificado. Os dados que serão coletados são: aplicação de
questionários, exames e avaliação bucal. Os métodos que serão utilizados são
indolores e não geram desconforto ao participante.
6. Benefícios do estudo: Através do presente estudo o participante será beneficiado com
informações sobre a condição bucal e comportamento alimentar, além de ser
informado sobre como evitar eventuais problemas futuros relacionados à transtornos
alimentares e a odontologia. Contribuir com a comunidade científica que, atualmente,
dispõe de poucos estudos de coletividade referentes à correlação do transtorno
alimentar com a condição bucal, especialmente em relação a esta população. Além
40
disto, poderá contribuir na formulação apropriada de políticas públicas e
desenvolvimento de ações de assistência para os mesmos.
7. Informações: Os pesquisadores assumem o compromisso de fornecer informações
atualizadas obtidas durante o estudo, ainda que estas possam afetar a vontade do
indivíduo em continuar participando. Os resultados obtidos na pesquisa serão
utilizados somente para fins de publicações científicas e/ ou cursos, palestras e aulas.
8. Aspecto legal: Este projeto foi elaborado de acordo com as diretrizes e normas que
regulamentam as pesquisas envolvendo seres humanos, atendendo às resoluções
196/96, 251/97 e 292/99 do Conselho Nacional de Saúde/ Ministério da Saúde –
Brasília – DF.
9. Garantia de sigilo: A participação do voluntário neste estudo é confidencial e nenhum
nome será divulgado em qualquer tipo de publicação. Todas as informações coletadas
só serão utilizados para fins científicos.
10. Retirada do consentimento: A participação neste estudo é voluntária, podendo o
participante retirar-se a qualquer momento e por qualquer razão, sem alguma
penalidade. No entanto, pedimos que caso deseje retirar-se do estudo entre em
contato com os pesquisadores pessoalmente ou por telefone (47-3264 1407).
11. Consentimento pós- informação:
Eu,___________________________________________________________, certifico
que tendo lido as informações acima e estando suficientemente esclarecido (a) de todos os
itens propostos, estou de pleno acordo com os dados a serem coletados, podendo os
mesmos serem utilizados para a realização da pesquisa. Assim, autorizo a participação no
trabalho de pesquisa proposto acima.
Itajaí,_____de_______________de 2007
Nome completo participante ou responsável:
_____________________________________________________________
RG:_______________________
Assinatura:_____________________________________________________
41
APENDICE B – TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE CURSO DE ODONTOLOGIA
Nome do participante:_______________________________________________________
As informações contidas neste documento têm o objetivo de firmar por escrito,
mediante o qual, o voluntário da pesquisa autoriza sua participação, com pleno
conhecimento da natureza dos procedimentos a que se submeterá, com capacidade de
livre arbítrio e sem qualquer coação.
12. Título do trabalho: Bulimia e seus efeitos sobre a saúde bucal: um estudo em
população de jovens agenciadas para modelos.
13. Objetivo: Identificar atividade positiva para bulimia e as possíveis seqüelas na cavidade
bucal.
14. Justificativa: Escolheu-se esta população, devido à inexistência de programas
preventivos e de assistência odontológica direcionados a ela. Espera-se que o
presente estudo possa contribuir com a obtenção de informações relativas tanto em
relação a condição bucal quanto a alteração do comportamento alimentar dos
participantes, além de poder contribuir para a formulação apropriada de políticas
públicas e desenvolvimento de ações de assistência para a coletividade.
15. Procedimentos realizados no estudo: O estudo será desenvolvido através de dados
obtidos com a realização dos seguintes procedimentos: questionário, coleta de saliva e
exame bucal.
16. Desconforto ou risco: Nenhum tipo de risco é esperado neste tipo de pesquisa, pois
será realizada dentro das normas de segurança, ou seja, usando material descartável
e coletas por pessoal qualificado. Os dados que serão coletados são: aplicação de
questionários, exames e avaliação bucal. Os métodos que serão utilizados são
indolores e não geram desconforto ao participante.
17. Benefícios do estudo: Através do presente estudo o participante será beneficiado com
informações sobre a condição bucal e comportamento alimentar, além de ser
informado sobre como evitar eventuais problemas futuros relacionados à transtornos
alimentares e a odontologia. Contribuir com a comunidade científica que, atualmente,
dispõe de poucos estudos de coletividade referentes à correlação do transtorno
alimentar com a condição bucal, especialmente em relação a esta população. Além
42
disto, poderá contribuir na formulação apropriada de políticas públicas e
desenvolvimento de ações de assistência para os mesmos.
18. Informações: Os pesquisadores assumem o compromisso de fornecer informações
atualizadas obtidas durante o estudo, ainda que estas possam afetar a vontade do
indivíduo em continuar participando. Os resultados obtidos na pesquisa serão
utilizados somente para fins de publicações científicas e/ ou cursos, palestras e aulas.
19. Aspecto legal: Este projeto foi elaborado de acordo com as diretrizes e normas que
regulamentam as pesquisas envolvendo seres humanos, atendendo às resoluções
196/96, 251/97 e 292/99 do Conselho Nacional de Saúde/ Ministério da Saúde –
Brasília – DF.
20. Garantia de sigilo: A participação do voluntário neste estudo é confidencial e nenhum
nome será divulgado em qualquer tipo de publicação. Todas as informações coletadas
só serão utilizados para fins científicos.
21. Retirada do consentimento: A participação neste estudo é voluntária, podendo o
participante retirar-se a qualquer momento e por qualquer razão, sem alguma
penalidade. No entanto, pedimos que caso deseje retirar-se do estudo entre em
contato com os pesquisadores pessoalmente ou por telefone (47-3264 1407).
22. Consentimento pós- informação:
Eu,___________________________________________________________, certifico
que tendo lido as informações acima e estando suficientemente esclarecido (a) de todos os
itens propostos, estou de pleno acordo com os dados a serem coletados, podendo os
mesmos serem utilizados para a realização da pesquisa. Assim,
autorizo___________________________________________________________ a
participação no trabalho de pesquisa proposto acima.
Itajaí,_____de_______________de 2007
Nome completo participante ou responsável:
_____________________________________________________________
RG:_______________________
Assinatura:_____________________________________________________
43
ANEXO A
44
ANEXO B: INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS
Nome:......................................................................................................... data:.................
Escore do EAT: ..........................................................
Teste salivar
Fluxo salivar ........ml:5min= .........ml/min classificação:................ ....................
Capacidade tampão ............ classificação:..................................................................
IDD
IPC
0 - sextante hígido;
1 - sextante com sangramento (observado diretamente ou com
espelho, após sondagem);
2 - cálculo (qualquer quantidade, mas com toda a área preta da
sonda visível);
3 - bolsa de 4 mm a 5 mm (margem gengival na área preta da
sonda);
4 - bolsa de 6 mm ou mais (área preta da sonda não está visível);
X - sextante excluído (menos de 2 dentes presentes);
9 - sextante não examinado.
18 17 16 15 14 13 12 11 21 22 23 24 25 26 27 28 0 V/L/O/I Esmalte normal C C Sem alteração de V 1 V/L/O/I Perda superficial de O/I C Perda mínima de P 2 V/L/O Perda de esmalte I Perda de esmalte L C Defeito no esmalte O/I 3 V/L/O Perda de esmalte V I não há exposição de C C Defeito de 1 a 2 mm 48 47 46 45 44 43 42 41 31 32 33 34 35 36 37 38
4 V/L/O Exposição de polpa e I Exposição de polpa e C Defeito > 2mm exp.
47/46 31 36/37
17/16 11 26/27