Bullying liliana (1)

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Universidade Fernando Pessoa Liliana nº 26289

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Universidade Fernando Pessoa

Liliana nº 26289

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Introdução

Este trabalho pretende dar a conhecer o que é o Bullying, de que forma

este pode ser expresso, qual o perfil dos agressores, bem como, das vítima e

explicar de que forma este ocorre em contexto escolar, procurando encontrar

os factores que possam estar na sua origem. A razão pela qual abordo este

tema, prende-se com o facto de este ser um tema actual, que desperta no ser

humano vontade de agir/reagir, que necessita ser explorado e apresentado a

todos de forma a consciencializar cada indivíduo do desenvolvimento deste

fenómeno, para as suas consequências e para o perigo que o Bullying

representa, quer para o presente das nossas crianças e jovens, como para o

futuro de todos nós e da sociedade.

Atualmente, as crianças passam grande parte do seu dia-a-dia na

escola, junto com professores, funcionários e colegas. Envolvidos em aulas,

em actividades de tempo livre, jogos e brincadeiras, as crianças vão

construindo a sua identidade e adquirindo valores que os conduzirão ao longo

da vida deles. No entanto, a escola sofreu uma grande evolução e tornou-se

além de um lugar de partilha, um lugar de diferença: diferentes culturas,

religiões, pensamentos, ideais e estilos de vida. Neste sentido, desenvolve-se

um novo fenómeno nas escolas: o Bullying, ou seja, um acto de intimidação ou

provocação de um grupo de pares dominante às outras crianças. O Bullying

acaba por estar associado às desigualdades sociais, à diferença de

oportunidades e ainda aos impactos psicológicos a que os jovens estão

sujeitos, que os conduz a agir de determinada forma. Não é um fenómeno

novo, mas está a deixar cada vez mais todos os agentes educativos

preocupados e em alerta, até porque as consequências do Bullying podem ser

nefastas.

Como tal, é de ressaltar a necessidade urgente das escolas e todos os

agentes educativos agirem e cumprirem o seu papel de prevenção e

intervenção. Todos devem estar atentos aos sinais que estas crianças nos dão,

sendo o medo de ir para a escola o mais visível. Ao procurarmos diminuir a

violência vivida nas escolas, estaremos a contribuir para a diminuição da

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criminalidade futura, porque uma criança agressora corre sérios riscos de se

tornar um delinquente no futuro.

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O Bullying na escola

Todos os dias os canais de televisão apresentam notícias de bullying

associadas ao ambiente escolar e às crianças que partilham desse espaço.

Além do mais, muitas destas notícias têm um desfecho trágico e, muitas vezes,

conduzem ao silêncio e posterior suicídio de uma criança vítima de bullying.

Este fenómeno não é recente e tem tido sua constante presença nas escolas,

contudo, agora é muito mais exteriorizado e mais frequente. Segundo Olweus o

bullying ocorre quando um aluno está a ser provocado/vitimado, quando ele ou

ela está exposto, repetidamente e ao longo do tempo, a acções negativas da

parte de uma ou mais pessoas. Considera-se uma acção negativa quando

alguém intencionalmente causa, ou tenta causar, danos ou mal-estar a outra

pessoa. Esse repetido importunar pode ser físico, verbal, psicológico e/ou

sexual (Susana Carvalhosa, Luísa Lima e Margarida de Matos, Bullying – A

provocação/vitimação entre pares no contexto escolar português, Análise

Psicológica (2001), pág. (s) 523-537).

Desde sempre existiu um predomínio do mais forte sobre o mais fraco,

sempre existiram crianças que usavam da sua força ou rebeldia para se

imporem, mas agora este fenómeno acabou por ganhar novas e maiores

dimensões. Os agressores que ameaçam as outras crianças podem ser

constituídos por um grupo, que se une com o intuito de agredir ou provocar,

mas também apenas por um indivíduo, independente do sexo, podendo ser

rapazes ou raparigas. Contudo, importa salientar que, por norma, as raparigas

praticam violência verbal e/ou social, como por exemplo, a exclusão do grupo e

nos rapazes é mais comum a violência física. Tal como afirmam Beatriz

Pereira, Marta Iossi Silva e Berta Nunes quanto ao sexo os meninos vitimizam

mais que as meninas e utilizam mais agressão física, com confronto físico e

verbal e comportamentos agressivos assumidos, sendo que as meninas

quando agressoras usam mais de agressão indirecta a exemplo de fofocas,

excluir outros do grupo, espalhar rumores e histórias humilhantes (Beatriz

Pereira, Marta Iossi Silva, Berta Nunes, DESCREVER O BULLYING NA

ESCOLA: estudo de um agrupamento de escolas no interior de Portugal, Rev.

Diálogo Educ., Curitiba, v. 9, n. 28, p. 455-466, set./dez. 2009).

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Para ocorrer Bullying basta para tal haver uma intenção, cujo objectivo é

provocar o outro, causar mal-estar e ganhar um certo domínio sobre essa

pessoa, chegando mesmo a causar medo. Por norma, este comportamento

ocorre repetidamente, ao longo do tempo, sobre vítimas que são consideradas

alvos fáceis, desconhecendo-se as razões que podem levar ao seu fim. O

Bullying pode assumir diferentes formas, que se traduzem nos seguintes

comportamentos: violência e ataques físicos, insultos verbais, ameaças e

intimidações, extorsão ou roubo de dinheiro e pertences e exclusão do grupo

de colegas. A maioria das situações de intimidação ocorre em contexto escolar

(recreios, casas de banho, refeitórios e salas de aula) ou no percurso entre a

casa e a escola, onde não existe supervisão de um adulto, através da Internet

ou mesmo do telemóvel, frequentemente, a sala de aula também se torna um

espaço propenso ao Bullying.

É neste sentido, que urge a necessidade de serem tomadas medidas

que procurem colocar um fim a esta situação. Todos nós somos responsáveis

por proporcionar um ambiente seguro a todas as crianças, quer sejamos pais,

professores ou funcionários. A todos cabe o papel de impedir que

comportamentos violentos como o Bullying surjam no recinto escolar ou mesmo

fora dela e de consciencializar todas as crianças, de modo a que estas também

denunciem os possíveis agressores. Tal como ressaltam Beatriz Pereira, Marta

Iossi Silva, Berta Nunes a ocorrência de bullying na vida de crianças e jovens

contribui para o desenvolvimento de problemas físicos e emocionais,

destacando-se o stress, o risco de diminuir ou perder sua autoestima,

desenvolver ansiedade e depressão, se sentirem infelizes, e até mesmo em

casos mais severos desenvolverem a ideia de suicídio (Beatriz Pereira, Marta

Iossi Silva, Berta Nunes, DESCREVER O BULLYING NA ESCOLA: estudo de

um agrupamento de escolas no interior de Portugal, Rev. Diálogo Educ.,

Curitiba, v. 9, n. 28, p. 455-466, set./dez. 2009). Assim, é fundamental que os

pais, familiares e a escola estejam sensibilizados e aprofundem o seu

conhecimento acerca deste tema.

Num mundo ideal as crianças jamais seriam sujeitas a qualquer tipo de

sofrimento, porém esta não é a nossa realidade. São vários os perigos que as

rodeiam e nem sempre encontramos a melhor forma de agir ou reagimos

atempadamente.

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Não existe uma razão específica que conduza ao Bullying, na sua

origem podem estar vários factores: físicos, sociais ou psicológicos. Os

agressores podem já ter sido vítimas de maus tratos e terem o mesmo

comportamento com outras crianças, pode ser a forma que encontram para

extravasar o que sentem, as suas emoções e frustrações, pode ter por base

diferenças sociais, entre outros aspectos. Os agressores não apresentam, um

único perfil, uns são violentos, abusam do poder sobre os pares pela força

enquanto que outros são manipuladores, sedutores até atingirem os seus

objectivos. Por isso quando se fala no perfil normalmente parece estar

associado a um sujeito com força física, encorpado e muitas vezes quando nos

confrontamos com as crianças verificamos que aparentam ser frágeis e

pequenas mesmo relativamente aos seus pares. Outros ainda há que são

pessoas muito agradáveis parecem preocupadas com os outros atenciosas e

são esses que manipulam os seus pares para atingirem os seus objectivos

como por exemplo extorquir dinheiro dos colegas não furtando (de forma

invisível) ou roubando (com recurso à força) mas pedindo dinheiro a troco de

atenção da sua amizade. Ainda neste sentido, o insucesso escolar parece estar

associado ao aumento percentual de crianças envolvidas com Bullying, sejam

enquanto agressoras ou vítimas (Beatriz Pereira, Marta Iossi Silva, Berta

Nunes, DESCREVER O BULLYING NA ESCOLA: estudo de um agrupamento

de escolas no interior de Portugal, Rev. Diálogo Educ., Curitiba, v. 9, n. 28, p.

455-466, set./dez. 2009). Por outro lado, no que respeita à vítima as suas

características são frequentemente as mesmas: normalmente têm uma baixa

auto-estima e uma fraca estrutura psicológica, têm também poucos amigos e

geralmente são pessoas socialmente isoladas. Estas não denunciam os seus

agressores porque acabam por ter medo de represálias, por nem sempre

compreenderem a gravidade da situação, por não saber como resolver o

problema e não terem em quem confiar e porque os adultos nem sempre

reagem de forma acertada, ignorando o que as crianças dizem ou não dando

importância. Contudo, se todos formos atentos e responsáveis, são vários os

sinais que estas crianças apresentam e que nos indicam que algo não está

bem, como por exemplo: ter um desinteresse súbito pela escola, ter um

desmazelo súbito com os trabalhos de casa, escolher um caminho diferente

para o percurso casa-escola, ter pesadelos e insónias durante a noite, voltar da

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escola com arranhões inexplicáveis e a roupa rasgada ou sentirem-se

deprimidas e a falar em suicídio. As manifestações são diferentes de criança

para criança, podendo, nalguns casos, ser pouco visíveis ou mesmo passarem

despercebidas, sem que isso signifique menor gravidade. É inegável que os

fatores que desencadeiam a violência podem estar fora da escola, nos

problemas sociais e familiares de cada criança, mas também dentro da escola,

ou seja, nos espaços e materiais a que os alunos têm acesso. (Lourenço Lélio

Moura , Pereira Beatriz, Paiva Débora Pereira, Gebara Carla. A GESTÃO

EDUCACIONAL E O BULLYING: UM ESTUDO EM ESCOLAS

PORTUGUESAS, no. 13, pp. 208-228 (2009))Para ajudar as vítimas de bullying

é imprescindível ser sensível para o facto de a vítima se sentir humilhada,

tentar saber o que aconteceu como, quando e porquê, não incitar a vítima a

retaliar, não pedir à vítima que ignore, comunicar a situação à escola e incluir a

vítima na tentativa de arranjar uma solução. De igual forma, deve-se procurar

sempre que o agressor seja castigado pelos seus actos, que não permaneça

impune e que beneficie de um acompanhamento psicológico. Na opinião de

Beatriz Pereira, Marta Iossi Silva e Berta Nunes para prevenir e reduzir o

bullying devemos a longo prazo proceder à inclusão desta temática na

formação académica de profissionais de diferentes áreas a exemplo da

educação, saúde, assistência social, judiciário, segurança pública; ao

melhoramento na arquitectura e qualificação dos recreios exteriores. E a curto

médio prazo tratar desta questão o mais cedo possível junto ao contexto

educacional e comunitário, uma vez que devemos falar em prevenção de

bullying desde o jardim-de-infância; sensibilizar e formar docentes,

funcionários, pais ou encarregados de educação; melhorar os recreios;

oferecer desporto escolar e outras actividades de ocupação de tempos livre e

actividades nas paragens lectivas; sensibilizar/formar de médicos pediatras,

enfermeiros, psicólogos e outros profissionais identificados como fundamentais

para um trabalho interdisciplinar e intersectorial; sensibilizar os alunos para

este problema e criar um clima não favorável à ocorrência destas situações. O

efeito destas medidas não é imediato, mas será certamente duradoiro. Beatriz

Pereira, Marta Iossi Silva, Berta Nunes, DESCREVER O BULLYING NA

ESCOLA: estudo de um agrupamento de escolas no interior de Portugal, Rev.

Diálogo Educ., Curitiba, v. 9, n. 28, p. 455-466, set./dez. 2009).

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Todos os profissionais envolvidos em contexto escolar, incluindo pais e

alunos devem estar conscientes sobre o que é o bullying e suas consequências

e estar capacitados para se aperceberem dos sinais que o denunciam e saber

agir, intervindo e prevenindo um futuro menos sorridente. O papel da escola é

de fundamental importância, devendo disponibilizar espaços para que as

crianças possam falar de suas emoções e sentimentos, que discutam, reflitam,

disponibilizem jogos e alternativas de lazer e interação social e encontrem

soluções para as diversas situações da vida. (Lourenço Lélio Moura , Pereira

Beatriz, Paiva Débora Pereira, Gebara Carla. A GESTÃO EDUCACIONAL E O

BULLYING: UM ESTUDO EM ESCOLAS PORTUGUESAS, no. 13, pp. 208-

228 (2009))

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Os diferentes tipos de bullying

Verbal: insultar, ser sarcástico, lançar calúnias ou gozar com alguma

característica particular do outro (“gordo”, “caixa de óculos”,…)

Físico: puxar, pontapear, bater, beliscar ou outro tipo de violência física

Emocional: excluir, atormentar, ameaçar, manipular, amedrontar,

chantagear, ridicularizar, ignorar

Racista: toda a ofensa que resulte da cor da pele, de diferenças

culturais, étnicas ou religiosas

Cyberbullying: utilizar tecnologias de informação e comunicação

(internet ou telemóvel) para hostilizar, deliberada e repetidamente, uma

pessoa, com o intuito de a magoar

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Casos reais – crianças vítimas de bullying por todo o mundo Jeremy suicidou-se a 8 de janeiro de 1991, aos 15 anos de idade, numa

escola na cidade de Dallas, Texas, EUA, dentro da sala de aula e em frente de

30 colegas e da professora de inglês, como forma de protesto pelos actos de

perseguição que sofria constantemente. Esta história inspirou uma música

(Jeremy) interpretada por Eddie Vedder, vocalista da banda estadunidense

Pearl Jam.

Em São Paulo, Brasil, uma menina foi espancada até desmaiar por colegas

que a perseguiam e em Porto Alegre um jovem foi morto com arma de fogo

durante um longo processo de bullying.

Carlos foi vítima de bullying por alguns colegas durante muito tempo, porque

não gostava de futebol. Era ridicularizado constantemente, sendo chamado de

homossexual nas aulas de educação física. Isso ofendia-o de sobremaneira,

levando-o a pensar em suicidar-se e matar muitos colegas na escola

Ana tem 14 anos e namora com João de 16. Gosta de enviar fotografias

"provocadoras" ao namorado e este guarda-as no computador. Hugo, de 18, é

amigo de João e utilizou o computador deste último. Descobriu as fotografias

de Ana e partilhou-as com colegas da escola. Ana e João de nada sabiam, mas

rapidamente se aperceberam da situação. Foi a vergonha para Ana. A sua vida

tornou-se num inferno, e afectou a família, que ponderou sair de Serpa. Hugo,

maior de idade, foi acusado de posse e distribuição de pornografia infantil. João

aguarda para saber se enfrentará problemas. Ana tenta ultrapassar a vergonha

e regressar à normalidade.

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Mitos e Factos sobre o Bullying

Mito: “Bullying é apenas uma fase, uma parte normal da vida. Eu passei por

isto e meus filhos vão passar também.

Fato: Bullying não é um comportamento nem `normal` nem socialmente

aceitável. Na verdade, se aceitarmos este comportamento estamos a incentivá-

lo.

Mito: “Se eu contar a alguém, vai piorar.’

Fato: As pesquisas mostram que o bullying pára quando adultos com

autoridade e os colegas se envolvem.

Mito: “Reaja e devolva as ofensas ou pancadas.”

Fato: Embora haja algumas vezes em que as pessoas podem ser forçadas a se

defender, responder agressivamente pode reforçar o bullying e aumenta o risco

de sério dano físico.

Mito: “Bullying é um problema escolar, os professores é que devem tratar

disto.”

Fato: Bullying é um problema social mais amplo e que ocorre com frequência

fora das escolas, na rua, nos shoppings, na piscina, no desporto e no local de

trabalho dos adultos.

Mito: “As pessoas já nascem com apetência para o bullying.”

Fato: Bullying é um comportamento aprendido e comportamentos podem ser

mudados.

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Conclusão

O Bullying traduz-se assim num comportamento consciente, por parte do

agressor, intencional, malicioso e repetido, cuja intenção é magoar o outro: a

vítima. É um fenómeno que recorre à violência, à agressão e que pode ocorrer

em idades diferentes e até em contextos diversos: Bullying escolar, assédio

sexual, ataques de gangue, violência no namoro, violência conjugal, abuso

infantil, assédio no local de trabalho e abuso de idosos.

O Bullying não é passageiro, não é de todo considerado normal ou

comum, é uma acção de provocação, é desagradável e magoa. Não é uma

provocação quando dois alunos da mesma idade ou tamanho se envolvem

numa discussão ou briga, é algo mais preocupante que isso e que pode ganhar

proporções imagináveis.

Prevenir atos de violência nas escolas, elucidar jovens e adultos e cuidar

dos que nos rodeiam é fundamental para pôr fim a um fenómenos que nunca

deveria ter existido e que está a provocar o caos nas escolas do mundo inteiro.

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Bibliografia

Pereira Beatriz, Silva Marta Iossi, Nunes Berta, DESCREVER O BULLYING

NA ESCOLA: estudo de um agrupamento de escolas no interior de Portugal,

Rev. Diálogo Educ., Curitiba, v. 9, n. 28, p. 455-466, set./dez. 2009)

Carvalhosa Susana, Lima Luísa e Matos Margarida, Bullying – A

provocação/vitimação entre pares no contexto escolar português, Análise

Psicológica (2001), pág. (s) 523-537

Lourenço Lélio Moura, Pereira Beatriz, Paiva Débora Pereira, Gebara Carla. A

GESTÃO EDUCACIONAL E O BULLYING: UM ESTUDO EM ESCOLAS

PORTUGUESAS, no. 13, pp. 208-228 (2009).