bullying no ambiente escolar Maria de Fátima Moreira Resumo · pleno desenvolvimento da pessoa e...
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Intervenção do professor de Educação Física na prevenção e na redução do
bullying no ambiente escolar
Maria de Fátima Moreira
Resumo
O estudo apresenta investigação sobre a ocorrência do bullying no cotidiano escolar, mediante análise de alvos e autores do fenômeno, sua relação com a família, e a proposição de intervenção orientada do professor para prevenir e reduzir o comportamento agressivo. Inicialmente, abordaram-se os valores humanos, entre eles a solidariedade, a tolerância, o diálogo e o respeito ao outro. Em seguida o histórico do fenômeno, conceito e classificação da expressão bullying. Na sequência, apresentou-se os resultados da intervenção de campo, de caráter qualitativo, articulada com a fundamentação teórica. A coleta e a análise dos dados, possibilitaram investigar o perfil dos educando em relação as atitudes de bullying. Também, foram desenvolvidas ações de sensibilização por meio de estratégias como recreio solidário, elaboração de cartazes e apresentação de peça teatral, no Programa do Governo da rede Estadual de Ensino - Fera Consciência. Concluindo, pode-se perceber as manifestações do bullying incutidas no ambiente escolar, e estratégias de intervenção.
Palavras-chave: Bullying. Violência escolar. Intervenção.
Abstract This research presents an investigation into the occurrence of Bullying in the school daily life, where the targets and the authors of the phenomenon were analyzed, as well as their relationship with the family, the teacher´s guided interference to prevent and to reduce the aggressive behavior was proposed. Initially, human values , like solidarity, tolerance, dialogue and respect , were approached among other things . After that, the phenomenon detailed report, concept and classification of the bullying expression. Subsequently the field work was presented , of qualitative character, articulated with theoretical base. The data collection and the analysis , made it possible to investigate the student's profile related to Bullying attitudes. Tasks in sensitiveness were also accomplished through strategies such as solidary recreation , posters preparation and play presentation, in the state public school programme - “Fera Consciência”. In conclusion , manifestations of Bullying infused in the school environment and intervention strategies can be noticed. Key- words : Bullying. School violence. Intervention.
Introdução
A Organização Mundial da Saúde define violência como uso intencional
da força física ou do poder, real ou em ameaça, contra si próprio, contra outra
pessoa, ou contra um grupo ou uma comunidade, que resulte ou tenha grande
possibilidade de resultar em lesão, morte, dano psicológico, deficiência de
desenvolvimento ou privação.
A violência é um problema mundial, segundo Minayo é um dos eternos
problemas da teoria social e da prática política e relacional da humanidade. Podendo
ser entendida sob diferentes âmbitos em que se cruzam problemas da política, da
economia, da moral, do direito, da psicologia, das relações humanas e institucionais,
e do plano individual.
Em 1996, a Quadragésima Nona Assembléia Mundial de Saúde adotou a
Resolução WHA49. 25, declarando a violência como um problema importante, e
crescente, de saúde pública no mundo. Na resolução, a Assembléia chamou a
atenção para as sérias conseqüências da violência em curto e longo prazo para
indivíduos, famílias, comunidades e países, e destacou os efeitos prejudiciais que
ela gera no setor de serviços de saúde. Seu impacto pode ser visto de várias
formas, em diversas partes do mundo. Anualmente, mais de um milhão de pessoas
perdem suas vidas e muitas outras sofrem lesões, resultantes da violência auto-
infligida, interpessoal ou coletiva. De forma geral, no mundo todo, a violência está
entre as principais causas de morte de pessoas na faixa etária de 15 a 44 anos. A
violência pode ser evitada, podem-se encontrar exemplos bem sucedidos em todo o
mundo, desde trabalhos individuais e comunitários em pequena escala até políticas
nacionais e decisões legislativas.
De fato, a violência apresenta sérias consequências individuais e sociais
para os jovens, que, nas estatísticas, aparecem como os que mais morrem e os que
mais matam em todo o mundo. Os meios de comunicação também relatam o alto
índice de violência praticada por jovens nas escolas ou nas ruas. Ao abordarmos a
violência nas escolas, verificamos que se trata de um problema social grave e
complexo e, provavelmente, o tipo mais freqüente e visível da violência juvenil.
Primeiramente é importante entender que o termo violência escolar diz
respeito a todos os comportamentos agressivos e anti-sociais, incluindo os conflitos
interpessoais, danos ao patrimônio, atos criminosos, dentre outros. Este
comportamento que causa preocupação e temor resulta da interação entre o
desenvolvimento individual e os contextos sociais, como a família, a escola e a
comunidade. O modelo do mundo exterior é reproduzido nas escolas, fazendo com
que essas instituições deixem de ser ambientes seguros, modulados pela disciplina,
amizade e cooperação, e se transformem em espaços onde há violência, sofrimento
e medo (. Lopes Neto AA Jornal de Pediatria - Vol. 81, Nº5(Supl), 2005 S165).
Para Ortega e Rey, aprender a conviver é um seguro de habilidades
sociais tanto no presente, quanto no futuro, sendo um indicador de bem-estar social.
Por sua vez, visto de seu lado negativo, o efeito de risco, situado na permanência
por tempo prolongado em ambientes de convivência muito conflituosos, quando não
claramente violentos, aumenta, de forma importante, outros riscos sociais, como a
tendência ao consumo de produtos nocivos à saúde, hábitos de consumo de fumo e
álcool, etc. Expõe ainda que abordagens de prevenção de conflitos associados à
violência são fundamentais na formação do magistério, em todos os níveis, para que
a prevenção venha incluída nos planos educacionais, diretamente vinculada ao
currículo.
Sabe-se que o período do ensino fundamental ao médio interfere
diretamente no processo de formação do ser humano, período este em que se
constroem as identidades, portanto deveria ocorrer num ambiente de convívio social
sadio, em que houvesse respeito às diferenças, como os de ordem física, religiões,
etnia, valores, enfim, um espaço onde as relações fossem estabelecidas a partir do
diálogo e da tolerância.
Estão previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente e na
Convenção sobre os Direitos da Criança da Organização das Nações Unidas o
direito ao respeito e à dignidade, sendo a educação um dos meios de promover o
pleno desenvolvimento da pessoa e seu preparo para o exercício da cidadania.
Infelizmente, nos dias atuais, o que se evidencia é a violência na escola e
esta tem despertado em muitos professores sentimentos de impotência e temor
perante o fato. A escola deixou de ser vista como ambiente de convívio social sadio,
levando os professores à descrença com relação à perspectiva de melhora.
Muitas atitudes anti-sociais podem ser observadas, tais como:
agressividade, prepotência, individualismo, zoação, humilhação, perseguição e
exclusão.
Esta problemática é vista como o bullying, que de acordo com Antunes e
Soares (2007), é uma expressão de denominação inglesa, surgida em 1970 na
Noruega, conceituada como um conjunto de comportamentos agressivos, físicos ou
psicológicos, que ocorre entre educandos onde vitimizam outrem, por repetidas
vezes, manipulando a vida social do educando agredido.
O bullying ocorre mediante ações discriminatórias e violentas, por meio de
atos de opressão e intimidação que se traduzem em ofensas, apelidos, humilhações,
perseguições, empurrões, chutes, roubos, enfim, em muitos casos levando a uma
situação de exclusão social. Nota-se um profundo desrespeito a individualidade do
outro, não atribuindo valor a isso, ignorando o direito à dignidade humana.
Segundo Lopes e Saavedra, o bullying acontece entre colegas de
trabalho, idosos em asilos, crianças em área de lazer e educandos da mesma
escola. No ambiente escolar, apresenta-se como a forma mais frequente de
violência, causando com isso inúmeros problemas para a formação do educando,
chegando até mesmo tornar-se a motivação para as tentativas de suicídio.
Em estudos da Abrapia (2002) constatou-se que temos quatro tipos de
papéis a serem assumidos em relação ao envolvimento com o bullying, são eles
definidos como: alvos, educandos que sofrem o bullying; alvos e autores: educandos
que ora agridem, ora são agredidos; autores: educandos que somente agridem e
ainda as testemunhas: que não participam nem como alvos nem como autores, mas
presenciam o fato no ambiente escolar.
Ainda de acordo com Antunes e Soares (2007), os praticantes desses
atos o fazem com o objetivo de afirmação, poder interpessoal. Essas atitudes
agressivas são características de preconceito que causam no agressor a rejeição.
Evidenciando a necessidade de um trabalho voltado ao bullying no
ambiente escolar, Lopes e Saavedra colocam a necessidade de sensibilizar toda a
comunidade escolar para apoiar os alunos alvos, e ainda à interferência mediada
pelo professor, em que se estabeleçam regras claras contra o bullying e a
cooperação de todos os envolvidos na comunidade escolar: pais, alunos,
professores e gestores.
Fante coloca ainda em seu programa de Educar para a Paz, algumas estratégias
para reduzir o bullying, dentre elas, a necessidade de conscientizar toda
comunidade escolar sobre o fenômeno e, sobretudo, suas consequências.
Estabelece ainda a necessidade de se trabalhar com valores humanos, entre eles, a
tolerância e a solidariedade, por serem elementos essenciais para a construção da
paz. Por considerar que a violência se aprende por meio das relações sociais, pode-
se também aprender comportamentos não violentos, comportamentos em que os
conflitos sejam resolvidos por meios pacíficos.
Nesse contexto, observa-se perante o exposto a necessidade da
preocupação ética compreendendo violência por meio de analise social, que deveria
estar em todos os âmbitos da vida humana, por pretendermos uma melhor
integração individual e social. Uma forma de tratar o fato é o trabalho baseado na
discussão de valores humanos.
Para Cortina (2003), a educação moral constitui-se “artigo de primeira
necessidade”, entendendo o sujeito em um processo de exclusão social.
Pensamos a educação moral vinculada à construção de valores que se
adquirem pela consciência ética, que nos possibilita definirmos o que é ser bom ou
moralmente correto e que nos fornece explicações para nosso senso de dever
moral.
A preocupação sob o ponto de vista de educar em valores pode, muitas
vezes, levar-nos a tomar atitudes que não seriam indicadas, como a utilização da
coação ou imposição de valores.
Vê-se como importante o diálogo, quando se pretende contribuir para a
plenitude do educando, para que este tenha participação ativa na sociedade e se
efetive a construção da cidadania. Sabemos que para estabelecermos o diálogo, a
tolerância e a solidariedade em nosso dia a dia, devemos praticar os mesmos.
Para Piaget (1996), não se ensina cooperação como um valor sem a
prática da cooperação, não se ensina justiça, sem a reflexão sobre modos
equilibrados de se resolverem conflitos; não se ensina tolerância sem a prática do
diálogo.
2. DESENVOLVIMENTO
O estudo realizado foi de natureza quase-experimental. Além do intuito
de fazer o levantamento de atitudes de violência caracterizadas como Bullying,
também se preocupou com as causas e as consequências dessas atitudes e como o
professor pode mediar à assimilação de um comportamento não-violento através do
diálogo e, consequentemente, favorecer a construção da autonomia e criticidade do
aluno a fim de promover a valorização da dignidade humana. Parte-se, portanto do
pressuposto de que familiaridade com o fenômeno pode favorecer ações de
prevenção e redução desta problemática.
Participaram deste estudo 576 alunos que cursavam a 5ª a 8 ª séries do
ensino fundamental do Colégio Estadual Attílio Codato, situado em Cambé, no
Estado do Paraná, sendo o trabalho ampliado, de forma indireta, para 75 alunos do
1ª ano do ensino médio.
O trabalho foi desenvolvido durante cinco meses, em três etapas: 1ª fase
coleta de dados por meio de aplicação de um questionário, 2ª fase mediação da
proposta utilizando-se de textos, discussões, elaboração de cartazes, projeção de
filmes, elaboração de peça teatral e realização de grupo de estudos com
professores, 3ª fase re-aplicação do questionário.
Utilizou-se como instrumento de coleta de dados um questionário
elaborado pela Universidade Federal de São Carlos, onde se estabeleceu divisões
por categorias: 1ª Bullying, 2ª Violência entre os pais, 3ª Violência dos pais contra os
participantes.
Para tratamento dos dados, foram feitos cálculos e teste de significância
envolvendo estatísticas não paramétricas de Qui–Quadrado (x²), como estão
demonstrados nas tabelas que seguem. A análise será apresentada segundo as
divisões por categorias citadas acima.
2.1. Bullying
Tabela 1 – Proporção (%) de ocorrências de intimidações sofridas na escola nos
últimos três meses.
Xingamentos, brincadeira de mau gosto e provocações
1ª Aplicação 2ª Aplicação Teste χ2
Nenhuma Vez 1-2 vezes nos últimos 3 meses 2-3 vezes/mês 1 vez/semana Várias vezes/semana
61 23 5 2 9
55 22 8 3 12
p = 0,043
Exclusão Social 1ª Aplicação 2ª Aplicação Teste χ2
Nenhuma Vez 1-2 vezes nos últimos 3 meses 2-3 vezes/mês 1 vez/semana Várias vezes/semana
79 14 2 2 3
80 14 2 1 3
ns
Agressão física 1ª Aplicação 2ª Aplicação Teste χ2
Nenhuma Vez 1-2 vezes nos últimos 3 meses 2-3 vezes/mês 1 vez/semana Várias vezes/semana
88 8 1 1 2
85 11 1 1 2
ns
Mentiras e rumores falsos 1ª Aplicação 2ª Aplicação Teste χ2
Nenhuma Vez 1-2 vezes nos últimos 3 meses 2-3 vezes/mês 1 vez/semana Várias vezes/semana
66 24 4 2 4
66 24 3 2 5
ns
Ridicularização por raça ou cor 1ª Aplicação 2ª Aplicação Teste χ2
Nenhuma Vez 1-2 vezes nos últimos 3 meses 2-3 vezes/mês 1 vez/semana Várias vezes/semana
95 3 1 0 1
95 3 1 0 1
ns
Ridicularização por religião 1ª Aplicação 2ª Aplicação Teste χ2
Nenhuma Vez 1-2 vezes nos últimos 3 meses 2-3 vezes/mês 1 vez/semana Várias vezes/semana
95 3 0 1 1
95 3 1 0 1
ns
Piadinhas, gestos ou comentários de natureza sexual 1ª Aplicação 2ª Aplicação Teste χ2
Nenhuma Vez 1-2 vezes nos últimos 3 meses 2-3 vezes/mês 1 vez/semana Várias vezes/semana
86 10 1 0 3
87 9 1 1 2
ns
Ter pertences tomados 1ª Aplicação 2ª Aplicação Teste χ2
Nenhuma Vez 1-2 vezes nos últimos 3 meses 2-3 vezes/mês 1 vez/semana Várias vezes/semana
60 31 4 2 3
63 24 4 2 7
ns
Bilhetes ou mensagens com ameaças 1ª Aplicação 2ª Aplicação Teste χ2
Nenhuma Vez 1-2 vezes nos últimos 3 meses 2-3 vezes/mês 1 vez/semana Várias vezes/semana
92 6 0 1 1
92 6 0 1 1
ns
Apelidos ou nomes ofensivos 1ª Aplicação 2ª Aplicação Teste χ2
Nenhuma Vez 1-2 vezes nos últimos 3 meses 2-3 vezes/mês 1 vez/semana Várias vezes/semana
58 28 3 2 9
60 23 6 3 8
ns
Piadinhas sobre característica física 1ª Aplicação 2ª Aplicação Teste χ2
Nenhuma Vez 1-2 vezes nos últimos 3 meses 2-3 vezes/mês 1 vez/semana Várias vezes/semana
60 26 4 3 7
63 22 5 3 7
ns
Piadinhas sobre roupa ou calçado 1ª Aplicação 2ª Aplicação Teste χ2
Nenhuma Vez 1-2 vezes nos últimos 3 meses 2-3 vezes/mês 1 vez/semana Várias vezes/semana
91 6 1 1 1
89 7 1 1 2
ns
Ameaças de agressão física 1ª Aplicação 2ª Aplicação Teste χ2
Nenhuma Vez 1-2 vezes nos últimos 3 meses 2-3 vezes/mês 1 vez/semana Várias vezes/semana
75 17 2 1 5
77 14 4 1 4
ns
Tabela 2 – Proporção (%) de ocorrências quanto à realização de intimidações na escola nos últimos 3 meses. Xingamentos, brincadeiras de mau gosto e provocações 1ª Aplicação 2ª Aplicação Teste χ2
Nenhuma Vez 1-2 vezes nos últimos 3 meses 2-3 vezes/mês 1 vez/semana Várias vezes/semana
74 19 2 1 4
55 28 5 2 10
p = 0,000
Exclusão social 1ª Aplicação 2ª Aplicação Teste χ2
Nenhuma Vez 1-2 vezes nos últimos 3 meses 2-3 vezes/mês 1 vez/semana Várias vezes/semana
83 14 1 1 1
80 13 4 1 2
ns
Agressão física 1ª Aplicação 2ª Aplicação Teste χ2
Nenhuma Vez 1-2 vezes nos últimos 3 meses 2-3 vezes/mês 1 vez/semana Várias vezes/semana
85 11 1 1 2
75 15 4 2 4
p = 0,000
Mentiras e rumores falsos 1ª Aplicação 2ª Aplicação Teste χ2
Nenhuma Vez 1-2 vezes nos últimos 3 meses 2-3 vezes/mês 1 vez/semana Várias vezes/semana
90 7 0 0 3
88 7 2 2 1
ns
Ridicularização por raça ou cor 1ª Aplicação 2ª Aplicação Teste χ2
Nenhuma Vez 1-2 vezes nos últimos 3 meses 2-3 vezes/mês 1 vez/semana Várias vezes/semana
96 3 0 1 0
93 4 1 1 1
ns
Ridicularização por religião 1ª Aplicação 2ª Aplicação Teste χ2
Nenhuma Vez 1-2 vezes nos últimos 3 meses 2-3 vezes/mês 1 vez/semana Várias vezes/semana
97 2 1 0 0
98 1 1 0 0
ns
Piadinhas gestos ou comentários de natureza sexual 1ª Aplicação 2ª Aplicação Teste χ2
Nenhuma Vez 1-2 vezes nos últimos 3 meses 2-3 vezes/mês 1 vez/semana Várias vezes/semana
87 11 1 1 0
75 13 3 4 5
p = 0,000
Ter os pertences tomados 1ª Aplicação 2ª Aplicação Teste χ2
Nenhuma Vez 1-2 vezes nos últimos 3 meses 2-3 vezes/mês 1 vez/semana Várias vezes/semana
93 6 1 0 0
92 6 1 0 1
ns
Bilhetes ou mensagens com ameaças 1ª Aplicação 2ª Aplicação Teste χ2
Nenhuma Vez 1-2 vezes nos últimos 3 meses 2-3 vezes/mês 1 vez/semana Várias vezes/semana
94 4 0 1 1
93 4 2 1 0
ns
Apelidos ou nomes ofensivos 1ª Aplicação 2ª Aplicação Teste χ2
Nenhuma Vez 1-2 vezes nos últimos 3 meses 2-3 vezes/mês 1 vez/semana Várias vezes/semana
74 21 3 1 1
65 20 6 3 6
p = 0,001
Piadinhas sobre características físicas 1ª Aplicação 2ª Aplicação Teste χ2
Nenhuma Vez 1-2 vezes nos últimos 3 meses 2-3 vezes/mês 1 vez/semana Várias vezes/semana
75 22 1 1 1
64 21 7 2 6
p = 0,000
Piadinhas sobre roupa ou calçado 1ª Aplicação 2ª Aplicação Teste χ2
Nenhuma Vez 1-2 vezes nos últimos 3 meses 2-3 vezes/mês 1 vez/semana Várias vezes/semana
90 8 1 1 0
85 10 3 1 1
p = 0,037
Ameaças de agressão física 1ª Aplicação 2ª Aplicação Teste χ2
Nenhuma Vez 1-2 vezes nos últimos 3 meses 2-3 vezes/mês 1 vez/semana Várias vezes/semana
87 9 1 1 2
80 12 3 2 3
p = 0,048
Após o desenvolvimento do projeto, observou-se que houve um aumento no
número de xingamentos e brincadeiras de mau gosto (tabela 1), caracterizado como
bullying verbal direto, pois o aluno passou a identificar em suas atitudes um
comportamento agressivo. O mesmo ocorrendo com relação ao processo de
intimidação, o que pode ser mostrado na tabela 2. No que se refere a atitudes de
agressão física (bullying físico), também houve aumento no número de ocorrências,
demonstrando que, provavelmente, tais atitudes que, anteriormente, eram vistas
como brincadeiras inocentes, sem consequências, passaram a ser entendidas como
agressões sérias a partir da reflexão e do conhecimento do fenômeno construído
pelo projeto. Portanto, neste caso, não significariam aumento da pratica da
agressão, mas sim, uma forma diferente de analisar certas atitudes.
2.2. Violência entre os pais Tabela 3 – Proporção (%) de ocorrências quanto à realização de violência do pai contra mãe Insultar ou xingar 1ª Aplicação 2ª Aplicação Teste χ2
Nunca 1 Vez Algumas vezes Muitas vezes Sempre acontece
74 16 6 2 2
87 8 3 1 1
p = 0,000
Gritar 1ª Aplicação 2ª Aplicação Teste χ2
Nunca 1 Vez Algumas vezes Muitas vezes Sempre acontece
65 21 10 2 2
76 14 6 2 2
p = 0,000
Ameaçar bater ou atirar alguma coisa 1ª Aplicação 2ª Aplicação Teste χ2
Nunca 1 Vez Algumas vezes Muitas vezes Sempre acontece
91 6 2 1 0
97 2 1 0 0
p = 0,043
Jogar, amassar, bater ou chutar algo durante briga 1ª Aplicação 2ª Aplicação Teste χ2
Nunca 1 Vez Algumas vezes Muitas vezes Sempre acontece
91 6 2 0 1
93 4 1 0 2
ns
Atirar alguma coisa 1ª Aplicação 2ª Aplicação Teste χ2
Nunca 1 Vez Algumas vezes Muitas vezes Sempre acontece
96 2 1 1 0
99 1 0 0 0
ns
Empurrar, bater, chutar 1ª Aplicação 2ª Aplicação Teste χ2
Nunca 1 Vez Algumas vezes Muitas vezes Sempre acontece
96 2 1 1 0
98 2 0 0 0
ns
Espancar ou estrangular 1ª Aplicação 2ª Aplicação Teste χ2
Nunca 1 Vez Algumas vezes Muitas vezes Sempre acontece
98 1 1 0 0
99 1 0 0 0
ns
Ameaçar com faca ou arma de fogo 1ª Aplicação 2ª Aplicação Teste χ2
Nunca 1 Vez Algumas vezes Muitas vezes Sempre acontece
94 4 1 1 0
99 1 0 0 0
ns
Autor da Agressão 1ª Aplicação 2ª Aplicação Teste χ2
Pai biológico Companheiro da mãe/madrasta Ex-companheiro da mãe/madrasta Namorado da mãe/madrasta Ex-namorado da mãe/madrasta
54 26 5 2 1
70 16 3 1 0
p = 0,000
Tabela 4 – Proporção (%) de ocorrências quanto à realização de violência da mãe contra o pai Insultar ou xingar 1ª Aplicação 2ª Aplicação Teste χ2
Nunca 1 Vez Algumas vezes Muitas vezes Sempre acontece
74 15 7 3 1
86 8 4 1 1
p = 0,000
Gritar 1ª Aplicação 2ª Aplicação Teste χ2
Nunca 1 Vez Algumas vezes Muitas vezes Sempre acontece
71 19 8 1 1
75 14 7 2 2
ns
Ameaçar bater ou atirar alguma coisa 1ª Aplicação 2ª Aplicação Teste χ2
Nunca 1 Vez Algumas vezes Muitas vezes Sempre acontece
93 4 2 1 0
96 3 1 0 0
ns
Jogar, amassar, bater ou chutar algo durante briga 1ª Aplicação 2ª Aplicação Teste χ2
Nunca 1 Vez Algumas vezes Muitas vezes Sempre acontece
95 3 1 1 0
97 2 1 0 0
ns
Atirar alguma coisa 1ª Aplicação 2ª Aplicação Teste χ2
Nunca 1 Vez Algumas vezes Muitas vezes Sempre acontece
96 3 1 0 0
97 1 1 1 0
ns
Empurrar, bater, chutar 1ª Aplicação 2ª Aplicação Teste χ2
Nunca 1 Vez Algumas vezes Muitas vezes Sempre acontece
97 2 1 0 0
98 1 1 0 0
ns
Espancar ou estrangular 1ª Aplicação 2ª Aplicação Teste χ2
Nunca 1 Vez Algumas vezes Muitas vezes Sempre acontece
97 2 1 0 0
99 1 0 0 0
ns
Ameaçar com faca ou arma de fogo 1ª Aplicação 2ª Aplicação Teste χ2
Nunca 1 Vez Algumas vezes Muitas vezes Sempre acontece
95 3 1 1 0
98 1 1 0 0
ns
Autora da Agressão 1ª Aplicação 2ª Aplicação Teste χ2
Mãe biológica Companheira do pai/padrasto Ex-companheira do pai/padrasto Namorada do pai/padrasto Ex-namorada do pai/padrasto
60 25 3 1 0
71 19 1 1 0
p = 0,000
Quanto à ocorrência de violência entre os pais, percebe-se que as atitudes de
violência psicológica (os insultos, xingamentos e ameaças de bater do pai com
relação à mãe) diminuíram, o que pode ser justificado por conta do trabalho sobre
valores desenvolvidos em sala de aula, que se expandiu às famílias através das
observações e comentários dos filhos. Dessa forma, evidencia-se um cuidado dos
pais com relação a este tipo de violência.
Por outro lado, a identificação dos pais como autores da violência aumentou,
como observamos nas tabelas de autores da agressão. Esse dado pode ser
justificado pelo fato de os alunos, ao responderem a 1ª fase do questionário, não
compreenderam com clareza do que se tratava esta pergunta, deixando-a muitas
vezes sem resposta, ou seja, não sabiam que nesta questão era preciso identificar o
autor da agressão.
2.3. Violência dos pais contra o participante Tabela 5 – Proporção (%) de ocorrências quanto à realização de violência da mãe contra o participante Espancar com tapas no bumbum, braços ou pernas 1ª Aplicação 2ª Aplicação Teste χ2
Nunca 1 Vez Algumas vezes Muitas vezes Sempre acontece
69 15 11 3 2
75 12 7 2 4
p = 0,046
Bater com cinto ou algum outro objeto 1ª Aplicação 2ª Aplicação Teste χ2
Nunca 1 Vez Algumas vezes Muitas vezes Sempre acontece
63 16 15 4 2
67 18 8 3 4
ns
Beliscar 1ª Aplicação 2ª Aplicação Teste χ2
Nunca 1 Vez Algumas vezes Muitas vezes Sempre acontece
57 21 15 4 3
62 19 10 4 5
p = 0,049
Sacudir 1ª Aplicação 2ª Aplicação Teste χ2
Nunca 1 Vez Algumas vezes Muitas vezes Sempre acontece
85 8 5 1 1
85 8 3 2 2
ns
Ameaçar espancar ou bater 1ª Aplicação 2ª Aplicação Teste χ2
Nunca 1 Vez Algumas vezes Muitas vezes Sempre acontece
65 17 13 3 2
54 16 10 5 15
p = 0,019
Dar um tapa no rosto, cabeça ou orelha 1ª Aplicação 2ª Aplicação Teste χ2
Nunca 1 Vez Algumas vezes Muitas vezes Sempre acontece
83 11 4 1 1
83 11 4 1 1
ns
Agarrar pelo pescoço tentando esganar 1ª Aplicação 2ª Aplicação Teste χ2
Nunca 1 Vez Algumas vezes Muitas vezes Sempre acontece
93 2 2 2 1
95 1 1 2 1
ns
Falar alto, berrar 1ª Aplicação 2ª Aplicação Teste χ2
Nunca 1 Vez Algumas vezes Muitas vezes Sempre acontece
47 26 16 6 5
37 19 14 9 21
p = 0,000
Xingar ou amaldiçoar 1ª Aplicação 2ª Aplicação Teste χ2
Nunca 1 Vez Algumas vezes Muitas vezes Sempre acontece
85 6 6 2 1
85 6 4 2 3
ns
Chamar de retardado e vadio 1ª Aplicação 2ª Aplicação Teste χ2
Nunca 1 Vez Algumas vezes Muitas vezes Sempre acontece
88 5 5 0 2
78 9 6 2 5
p = 0,000
Dar um soco ou chutar 1ª Aplicação 2ª Aplicação Teste χ2
Nunca 1 Vez Algumas vezes Muitas vezes Sempre acontece
96 2 1 0 1
96 2 0 1 1
ns
Atirar no chão 1ª Aplicação 2ª Aplicação Teste χ2
Nunca 1 Vez Algumas vezes Muitas vezes Sempre acontece
96 2 0 1 1
97 2 1 0 0
ns
Queimar ou jogar liquido quente de propósito 1ª Aplicação 2ª Aplicação Teste χ2
Nunca 1 Vez Algumas vezes Muitas vezes Sempre acontece
98 0 1 1 0
99 1 0 0 0
ns
Dizer que iria mandar embora ou expulsar de casa 1ª Aplicação 2ª Aplicação Teste χ2
Nunca 1 Vez Algumas vezes Muitas vezes Sempre acontece
93 5 1 1 0
90 5 2 1 2
ns
Ameaçar com faca ou arma 1ª Aplicação 2ª Aplicação Teste χ2
Nunca 1 Vez Algumas vezes Muitas vezes Sempre acontece
97 2 1 0 0
98 1 1 0 0
ns
Dar uma surra 1ª Aplicação 2ª Aplicação Teste χ2
Nunca 1 Vez Algumas vezes Muitas vezes Sempre acontece
85 9 3 2 1
88 7 4 1 0
ns
Autora da Agressão 1ª Aplicação 2ª Aplicação Teste χ2
Mãe biológica Companheira do pai/padrasto Ex-companheira do pai/padrasto Namorada do pai/padrasto Ex-namorada do pai/padrasto
32 49 3 1 0
20 62 0 0 0
p = 0,000
Tabela 6 – Proporção (%) de ocorrências quanto à realização de violência do pai contra o participante Espancar com tapas no bumbum, braços ou pernas 1ª Aplicação 2ª Aplicação Teste χ2
Nunca 1 Vez Algumas vezes Muitas vezes Sempre acontece
77 13 5 2 3
86 7 4 2 1
p = 0,000
Bater com cinto ou algum outro objeto 1ª Aplicação 2ª Aplicação Teste χ2
Nunca 1 Vez Algumas vezes Muitas vezes Sempre acontece
75 13 8 2 2
81 11 5 2 1
p = 0,046
Beliscar 1ª Aplicação 2ª Aplicação Teste χ2
Nunca 1 Vez Algumas vezes Muitas vezes Sempre acontece
82 10 6 1 1
86 8 2 2 2
ns
Sacudir 1ª Aplicação 2ª Aplicação Teste χ2
Nunca 1 Vez Algumas vezes Muitas vezes Sempre acontece
91 5 2 0 2
93 4 1 1 1
ns
Ameaçar espancar ou bater 1ª Aplicação 2ª Aplicação Teste χ2
Nunca 1 Vez Algumas vezes Muitas vezes Sempre acontece
80 11 5 2 2
70 12 7 3 8
ns
Dar um tapa no rosto, cabeça ou orelha 1ª Aplicação 2ª Aplicação Teste χ2
Nunca 1 Vez Algumas vezes Muitas vezes Sempre acontece
89 6 2 2 1
91 6 1 1 1
ns
Agarrar pelo pescoço tentando esganar 1ª Aplicação 2ª Aplicação Teste χ2
Nunca 1 Vez Algumas vezes Muitas vezes Sempre acontece
95 2 2 1 0
95 3 1 1 0
ns
Falar alto, berrar 1ª Aplicação 2ª Aplicação Teste χ2
Nunca 1 Vez Algumas vezes Muitas vezes Sempre acontece
65 17 13 2 3
64 14 11 4 7
ns
Xingar ou amaldiçoar 1ª Aplicação 2ª Aplicação Teste χ2
Nunca 1 Vez Algumas vezes Muitas vezes Sempre acontece
93 2 2 1 2
92 3 2 1 2
ns
Chamar de retardado e vadio 1ª Aplicação 2ª Aplicação Teste χ2
Nunca 1 Vez Algumas vezes Muitas vezes Sempre acontece
93 4 2 0 1
89 5 3 1 2
ns
Dar um soco ou chutar 1ª Aplicação 2ª Aplicação Teste χ2
Nunca 1 Vez Algumas vezes Muitas vezes Sempre acontece
96 1 1 1 1
97 1 1 1 0
ns
Atirar no chão 1ª Aplicação 2ª Aplicação Teste χ2
Nunca 1 Vez Algumas vezes Muitas vezes Sempre acontece
98 1 1 0 0
98 2 0 0 0
ns
Queimar ou jogar liquido quente de propósito 1ª Aplicação 2ª Aplicação Teste χ2
Nunca 1 Vez Algumas vezes Muitas vezes Sempre acontece
98 1 1 0 0
99 1 0 0 0
ns
Dizer que iria mandar embora ou expulsar de casa 1ª Aplicação 2ª Aplicação Teste χ2
Nunca 1 Vez Algumas vezes Muitas vezes Sempre acontece
95 2 0 2 1
97 1 1 1 0
ns
Ameaçar com faca ou arma 1ª Aplicação 2ª Aplicação Teste χ2
Nunca 1 Vez Algumas vezes Muitas vezes Sempre acontece
98 0 1 0 1
98 1 1 0 0
ns
Dar uma surra 1ª Aplicação 2ª Aplicação Teste χ2
Nunca 1 Vez Algumas vezes Muitas vezes Sempre acontece
89 6 3 1 1
93 4 1 1 1
Ns
Autor da Agressão 1ª Aplicação 2ª Aplicação Teste χ2
Pai biológico Companheiro da mãe/madrasta Ex-companheiro da mãe/madrasta Namorado da mãe/madrasta Ex-namorado da mãe/madrasta
35 42 3 1 1
41 47 2 0 0
p = 0,042
Com relação à ocorrência de violência de pais contra os participantes da
pesquisa percebe-se que houve uma diminuição do índice de mães que se
utilizavam da violência psicológica (ameaçava bater ou espancar, falava alto ou
berrava e ainda chamava de retardado ou vadio). Também houve diminuição na
violência física (espancamentos com tapas e alguns objetos, beliscões) cometidas
pelas mães e pelos pais. Tais índices podem ser justificados, como citado
anteriormente, pelo cuidado dos pais com relação às suas próprias atitudes. Porém
na identificação do autor da violência, houve um aumentou significativo, conforme
explicou-se anteriormente, pela incompreensão do aluno com relação ao
questionário.
Durante o desenvolvimento do trabalho, pode-se observar que ocorreram
mudanças de atitudes, vários alunos passaram a demonstrar solidariedade, respeito
ao outro, diálogo como caminho para resolução de conflitos, análise crítica de suas
atitudes e dos demais, compromisso com o exercício diário de comportamentos
colaborativos. A seguir o depoimento da aluna P. de 14 anos, que evidencia a
conscientização sobre o fenômeno:
“tem na sala de aula que ser bonito gostoso pra ser legal, pessoas são julgadas por
uma só palavra que falam na sala, por isso acabam excluídas. Ao invés de falar uma
palavra de afeto ajudam a piorar o problema ocorre a perda da auto-estima não se
valoriza , a pessoa com raiva acaba descontando em todos o que sofre,sendo
grosseira. To trabalhando agora e to vendo muita gente bebendo para esquecer as
magoas,to sentada na carteira chega um aluno novo,exemplo o C.(aluno tímido)quieto
posso sentar próximo dele,é um aluno que deve ser respeitado.Queria estar passando
o bullying aqui dentro dessa sala,tem que acabar é melhor termos consciência e não
fazer”.
Porém existem alguns que mesmo depois do trabalho realizado, entendem
que suas atitudes são negativas, mas continuam a praticar o bullying conforme diz
aluno F.D.16 anos:
“professora, se a gente não vir na escola pra zoar não tem graça,o legal é isso, se não
for para fazer isso, o que a gente vai vir fazer aqui?Vai ficar tudo muito chato.”
Este aluno tem consciência do erro e para que isso acabe se transforme em
mudança de comportamento é preciso existir regras claras de proibição do bullying,
a fim de que a sensibilização não tenha um fim em si mesmo, mas sim extrapole
para a aprendizagem de um comportamento de não-violência.
3. CONCLUSÃO
Após intervenção do professor, constatou-se que o projeto conseguiu chamar
a atenção dos alunos e da comunidade escolar para o problemática, pois
aprenderam analisar e julgar o bullying em suas atitudes e dos outros. O que antes
era entendido como brincadeiras, passou a ser compreendido como algo que fere e
maltrata o outro, trazendo danos,algumas vezes,irreversíveis. Assim, é importante
dizer que da compreensão se chegue a mudança no modo de agir é um grande
caminho a ser percorrido, pois envolve questões que ultrapassam os limites da
escola. É preciso que haja maior envolvimento da comunidade escolar, o tema seja
abordado nos planejamentos de todos os professores da escola e que ações
conjuntas voltadas para o bullying sejam planejadas pela escola. Outro ponto
imprescindível é a construção de normas e regras anti bullying, a fim de que
comportamentos agressivos persistentes sejam tolhidos e que se reaprenda o
convívio coletivo, enfim, que um ambiente tranquilo e seguro de aprendizagem, onde
os alunos convivam entre si com relações harmoniosas.
Referencias AGUDELO, S. F., 1990. La Violencia: Un problema de salud pública que se agrava en la región. Boletin Epideniologico de la OPS, 11: 01-07. ANTUNES, D.C.; ZUIN, Antonio A.S. Do Bullying ao preconceito: os desafios da Barbárie à educação-revista psicologia e sociedade, 20 (l) 33-42, 2008 CAMBÉ, Escola Estadual Attílio Codato. Regimento Escolar, 2002. Cambé - Pr CORTINA, Adela. Cidadãos do Mundo – para uma teoria da cidadania. São Paulo: Loyola, 2005. FANTE, Cléo. Fenômeno Bullying – como prevenir a violência nas escolas e educar para a paz. Campinas-SP: Verus, 2005. LOPES NETO, Aramis Antonio; SAAVEDRA, Lucia Helena. Diga não ao Bullying-programa de redução do comportamento agressivo entre estudantes. 2 ed. Passo Fundo-RS: Battistel, 2008.
LOPES Neto, Aramis Antonio; Bullying: Comportamento agressivo entre estudantes. J Pediatr (Rio J). 2005; 81(5 Supl):S164-S172. MINAYO Maria Cecília de S; Violência social sob a perspectiva da saúde pública. Cad. Saúde Pública vol.10 suppl. 1Rio de Janeiro 1994. ROSARIO Ortega; ROSARIO Del Rey; tradução de Joaquim Ozório. Estratégias educativas para a prevenção da violência. Unesco,Brasília,2002. PARANÁ, Secretaria de Estado da Criança e de Assuntos da Família. Estatuto da Criança e do Adolescente-publicado em diário oficial da união, de 16 de julho de 1990. [S.I: s.n. 19-] PIAGET, J. Os procedimentos de educação moral. In: MACEDO, L. (Org.) Cinco estudos de educação moral. São Paulo: Casa do Psicólogo, 1996 PINHEIRO, Fernanda Martins França. Violência intrafamiliar e envolvimento em bullying no ensino fundamental, 2006. Dissertação (Mestrado em Educação Especial)-Universidade Federal de São Carlos, São Carlos GENEBRA, Organização mundial da saúde-Relatório Mundial sobre Violência e Saúde, 2002