BULLYING. O contexto do Bullying: O Bullying é uma triste realidade constada em muitas escolas...

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PROJETO DE DESENVOLVIMENTO LOCAL - PRODEL “BULLYING”

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  • O contexto do Bullying: O Bullying uma triste realidade constada em muitas escolas pesquisadas pelos acadmicos da UNISUL. A pesquisa foi realizada em 2012 atravs da aplicao de um questionrio em diversas escolas da regio sul do estado de Santa Catarina.
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  • Em uma das questes deste questionrio observamos que 3533 alunos entrevistados j identificaram casos de Bullying em suas escolas, o que expressa um nmero significativo e preocupante. Combater este tipo de violncia um desafio de toda a sociedade pois ela afeta a integridade fsica, moral e psicolgica de muitos jovens, trazendo conseqncias desastrosas para os seres humanos, suas famlias e, em muitos casos, suas comunidades.
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  • O que Bullying De acordo com o Prof. Dr. Carlos Neto (2011), o termo Bullying definido por vrios episdios abaixo relacionados: COLOCAR APELIDOS OFENDER GOZAR - SACANEAR HUMILHAR - FAZER SOFRER DESCRIMINAR - EXCLUIR- ISOLAR PERSEGUIR ASSEDIAR ATERRORIZAR AMEDRONTAR TIRANIZAR DOMINAR AGREDIR BATER CHUTAR EMPURRAR FERIR ROUBAR QUEBRAR OBJETOS
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  • importante salientar que os episdios citados, para se caracterizarem como Bullying, devem ocorrem de maneira sistemtica e sempre entre pares (Smith e Sharp, 1994), ou seja so agresses entre pares de forma continuada, no se tratando, portanto, de atos isolados.
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  • necessrio, portanto, uma anlise: Da frequncia dos episdios (tempo em que ocorre). Do contexto (motivo). Do agressor. Da vtima. Obs: O Bullying no um ato isolado, ele ocorre de forma contnua, sistemtica, entre os pares!
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  • Palavras usadas em outros pases para descrever o Bullying: Itlia Violenza Portugal Provocao Japo Ijiwaru Prepotenza Violncia (Perverseness) Aggressivit Abuso Iyagarase Cattiveria Rejeio (Harassment) Scorretto Insulto Ijime Approfittarsi (Bullying) Fare il duro Inglaterra Bullying Harassment Espanha Maltrato Teasing Egoismo Intimidation Abuso Tormenting Rechazo Picking on Meterse con Fonte: Smorti, Menesini, Smith, 2003
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  • Resumindo: Bullying: Exposio de uma pessoa ou um grupo de pessoas a aes negativas com inteno de magoar ou provocar desconforto repetidamente e ao longo do tempo. (Maines, 1993; Olweus, 1993, 1995, 1996; Fried & Fried, 1996; Pereira et al., 1997).
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  • Outras formas de Bullying: BULLYING RELACIONAL: O AGRESSOR PREJUDICA A VTIMA ATRAVS DO SEU GRUPO DE AMIGOS. BULLYING INDIRETO: REALIZADO POR UMA TERCEIRA PARTE ATRAVS DE BOATOS E RUMORES TEM COMO ELEMENTO COMUM A EXPRESSO DE UMA MANIPULAO SOCIAL E NORMALMENTE NOTICIADA POR TERCEIROS
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  • Bullying nos ambientes de trabalho: COMPORTAMENTO NEGATIVO QUE OCORRE REPETIDAMENTE AO LONGO DO TEMPO, CAUSANDO STRESSE E ANGSTIA. AMEAA AO ESTATUTO PROFISSIONAL (humilhao pblica, opinio depreciativa, acusao de falta de empenho) AMEAA AO ESTATUTO PESSOAL (comentrios ofensivos, chamar por nomes depreciativos, insultos, intimidao, desvalorizao em relao idade). ISOLAMENTO (excluso fsica e social, impedir o acesso a oportunidades, esconder informao). TRABALHO IRREAL (tarefas e metas impossveis, interrupes desnecessrias). DESESTABILIZAO (afastamento/ mudana de responsabilidades, falta de crdito, tarefas sem sentido, cenrio de fracasso). CONTATO FSICO INDESEJVEL. Fonte: BULLYING AT WORK - 2002
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  • Como funciona o ciclo de agresso: A seguir veremos um esquema do ciclo de agresso do Bullying com todas as partes envolvidas.
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  • O Ciclo da Agresso Agressor (Bully) Vtima (Bullied) Agressor/Agressores (inicia a agresso e toma parte nela) Seguidores (tomam parte ativa mas no so eles a iniciarem o processo) Apoiantes (apoiam a tortura mas no tomam parte nela So bullies passivos) Apoiantes Passivos (Esto do lado dos bullies mas sem apoio declarado) Voyeurs ((assistem mas no tomam partido) Defensores potenciais (no gostam dos agressores mas no ajudam a Vtima) Defensores da vtima (detestam o bullying e ajudam ou tentam ajudar a vtima) Os EspectadoresQuebrar o Ciclo The bullying Circle (Dan Olweus) Podem o no
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  • Formas de vitimizar: Bullying Emocional (falar mal ou ignorar o colega) Bullying Verbal (chamar denomes depreciativos, gozar, rir, meter medo). Bullying Fsico (dar socos, bater, chutar, arranhar, puxar o cabelo, etc. pode acompanhar o bullying verbal) Bullying Racista (piadas sobre a raa ou a cultura do outro). Bullying Sexual (contato fsico no desejado, comentrios inapropriados e abusivos). Bullying Ciberntico (um novo fenmeno: Facebook, twitter, sms, e-mail, etc) (Pendley, 2004).
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  • Jogos X Brigas importante saber diferenciar os jogos de lutas (brincadeiras) das brigas (agresses), para identificar a presena do Bullying na escola.
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  • Jogos com contato (lutas): H um ritual inicial, uma certa organizao das partes. H um comportamento social (regras). O contato fsico no apresenta grandes riscos. H uma proximidade maior entre os pares pois existem limites pr-definidos. O distanciamento ocorre sem a perseguio agressiva do oponente.
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  • Brigas: Confronto fsico severo, no h regras. Comportamento defensivo, principalmente dos mais fracos fisicamente ou vtimas constantes da agresso. Comportamento ofensivo, principalmente dos alunos com fama de agressores. Fuga com perseguio contnua.
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  • Locais onde o Bullying ocorre com maior frequncia nas escolas: No intervalo do recreio. Nos corredores e nas escadas da escola. Nos estacionamentos e no porto da escola. Nas filas dos bares e cantinas da escola. Nas salas de aula. Nos banheiros. Obs: A lista acima foi elaborada pelo nmero de incidncia (ocorrncias) segundo Carlos Neto 2011.
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  • O Bullying: um problema novo? uma preocupao atual, porqu? Quais so as consequncias da agresso/vitimao entre pares? Para a vtima Para o agressor Para os observadores Para a instituio
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  • O Bullying no um problema novo, talvez ele sempre tenha ocorrido, porm com a velocidade das informaes atuais (globalizao/internet) este fenmeno circula na mdia diariamente e vm crescendo de forma assustadora; preciso adotarmos medidas para que seja combatido de forma eficaz.
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  • Consequncias do Bullying: As Consequncias a curto, mdio e longo prazo,ocorrem quer para o agressor quer para a vtima.
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  • Consequncias para os agressores: Admite-se que os alunos que praticam o bullying tm grande probabilidade de se tornarem adultos com comportamentos anti-sociais e violentos (por exemplo, brigas freqentes e leses relacionadas a estas, porte de armas), podendo vir a adotar, inclusive, atitudes delinqentes e/ou criminosas (Lopes Neto e Saavedra, 2003). Olweus (1989) afirmou que a probabilidade de condenao em penas julgadas (crimes) 4 vezes maior para os agressores na escola do que os no agressores. Os comportamentos desviantes ou perturbaes de conduta vo permanecer e agravar-se ao longo dos anos.
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  • Consequncias para as vtimas: Vtimas A sua histria de vida tambm no mais otimista. As crianas rejeitadas pelos seus colegas ficam isoladas, sem amigos no desenvolvendo capacidades relativas proteo pessoal, sendo mais expostos rejeio e agresso social. Parker & Asher (1987) afirmaram que a rejeio a que as vtimas so submetidas um slido indicador de problemas de ajustamento na adolescncia e na vida adulta.
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  • Em geral, ficam amedrontados, estressados e com um quadro de baixa auto-estima, capacidade mnima de auto-aceitao e auto-expresso, podendo at desenvolver doenas de origem psicossomtica. Muitos alunos passam a ter baixo desempenho escolar, resistem ou recusam-se a ir para a escola, chegando a simular doenas.
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  • Sentem-se infelizes, sofrem com o medo, desenvolvem quadro de depresso e ansiedade.Trocam de colgio com freqncia e/ou abandonam os estudos. H jovens com extrema depresso e que se sentem to oprimidos que acabam tentando ou cometendo o suicdio. Alm disto, podem atingir a vida adulta com os mesmos problemas, tendo dificuldades para se desenvolverem e se adaptarem ao ambiente de trabalho (Lopes Neto e Saavedra, 2003).
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  • Relao entre o nmero de reprovaes escolares e os agressores: O insucesso escolar parece estar relacionado com o comportamento agressivo das crianas estudadas; a percentagem de agressores aumenta com a percentagem das reprovaes. O agressor, geralmente, no tem grande interesse pelo estudo e a sua formao escolar.
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  • O comportamento das vtimas: As vtimas frequentes de agresses (Bullying) apresentam atitudes caractersticas que podem ser identificadas pelos pais, professores, amigos ou colegas. A seguir algumas caractersticas apresentadas pelas vtimas do Bullying:
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  • Comportamento das vtimas: Recusar-se a ir para a escola. Comportamentos de tristeza, melancolia e angstia (choro, stress, impulsividade, etc.). Procura ir por caminhos alternativos na ida e volta da escola Diminuio do rendimento escolar.
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  • Reduo da socializao com colegas. Pedidos injustificados de dinheiro Arranhes e cortes no justificados. Aparecimento de objetos pessoais danificados. Queixas de mal estar geral (fadiga, dores de cabea, de estmago, etc.)
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  • Atitude dos pais e dos professores: Mediante a identificao do Bullying, qual a atitude de pais e professores?
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  • Dos pais: Procurar o dilogo e escutar seu filho. Resolver o problema sem precipitaes e humilhaes. Promover a auto-confiana. Encontrar conjuntamente as formas de ajuda.
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  • Dos professores: Registar os incidentes. Observar a intensidade e durao dos fatos. Informar os responsveis institucionais. Definir um plano de interveno. Acompanhar a sua evoluo.
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  • Atitude dos colegas: A atitude dos colegas de fundamental importncia para a implantao de um ambiente de harmonia e tranquilidade na escola, portanto se voc no concorda com este tipo de violncia e deseja contribuir para uma sociedade mais justa e feliz algumas dicas a seguir podem ser aplicadas:
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  • Denuncie de forma direta (pode ser anonimamente para no se expor a um grupo de risco) ao seu professor ou diretor da escola. No apie esta conduta, mesmo que seja executada por amigos. Procure relacionar-se com todos os colegas respeitando suas caractersticas individuais. Quando discordar de algum procure o dilogo de forma respeitosa, caso isso no seja possvel procure os rgos de apoio escolar competentes.
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  • Lembre-se que: DETERIORAO DE ESPAOS E EQUIPAMENTOS (Vandalismo). AUSNCIA DE SEGURANA E MANUTENO. COMPORTAMENTOS ANTI-SOCIAIS. Tambm promove o BULLYING!
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  • Alguns famosos que sofreram Bullying Taylor Lautner O ator da franquia Crepsculo, atualmente um dos atores mais bens pagos de Hollywood, foi alvo de seus colegas de escola que caoavam do seu desempenho nos filmes. Ele no se intimidou com as gozaes e continua enchendo os bolsos de dinheiro com seus filmes.
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  • Kate Winslet A linda atriz, famosa por protagonizar o filme Titanic, disse ter sido vtima de bullying por ser gordinha nos tempos de escola. Com o tempo ela conseguiu emagrecer e se tornou uma linda e atraente mulher.
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  • Demi Lovato A jovem cantora tambm foi vtima de bullying na escola e por isso, ela e seus pais optaram que ela terminasse seus estudos em aulas particulares em casa. Esta deciso ocorreu aps ela ser trancada no banheiro da escola onde acabou ficando por um bom tempo at ser descoberta e libertada.
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  • Robert Pattison O ator que ganhou fama devido a sua atuao do filme Crepsculo, assim como Taylor, sofreu bullying na escola ao dizer ter escolhido a profisso de ator. Ele era caoado e ningum acreditava que ele conseguiria atingir este seu objetivo.
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  • Rihanna A cantora era caoada pelos seus colegas de escola devido a cor de sua pele, no por ser escura, mas por ser mais clara que as das outras crianas.
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  • Madonna A atriz dizia que se considerava uma aberrao nos tempos de escola, pois no se encaixava em nenhum grupo social, por isso sofria algumas ridicularizaes por andar quase sempre sozinha.
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  • Lady Gaga A cantora pop confessou que era assediada nos tempos de escola por causa do tamanho de seu nariz e por ser gordinha naquela poca. Hoje ela diz a todos os seus fs que ser diferente legal.
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  • Bibliografia: Os Comportamentos de Bullying no Contexto Escolar Prof. Dr. CARLOS NETO - VIII Encontro da Sociedade Internacional para Estudos da Criana (SIEC). Florianpolis SC 2007. Botelho, Rafael Guimares ; Souza, Jos Maurcio Capinuss de. BULLYING E EDUCAO FSICA NA ESCOLA: CARACTERSTICAS, CASOS, CONSEQNCIAS E ESTRATGIAS DE INTERVENO. Artigo de Reviso 2007.