Buscando Maior Sustentabilidade Na Agricultura Com Silicatos

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BUSCANDO MAIOR SUSTENTABILIDADE NA AGRICULTURA COM SILICATOS A agricultura brasileira tem se caracterizado por aumentos da produção, área plantada, exportação e quantidade de tecnologias aplicadas. Mas ao produzir alimentos, o agricultor deve levar em conta a sustentabilidade, tanto econômica como ambiental. Desse modo, o objetivo da agricultura moderna deve ser orientado pela produção de alimentos sem impactos negativos ao meio ambiente e no custo de produção, sem contaminar o trabalhador rural e com segurança alimentar ao consumidor. Uma tecnologia útil é a utilização de silicatos no manejo nutricional das lavouras. O seu uso está regulamentado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), que considera o silício um micronutriente. O silício, de modo geral, é absorvido pelas plantas em grandes quantidades. Em muitas espécies, por exemplo, os teores nos tecidos superam aqueles encontrados para nitrogênio e potássio, nutrientes majoritários em plantas. Mas para que isso ocorra é necessário que o solo tenha quantidades adequadas desse elemento em forma assimilável pelas plantas, ou seja, como ácido silícico. Solos que em sua origem são inférteis, mesmo corrigidos e adubados posteriormente, e os mais arenosos, normalmente possuem baixos níveis de silício que possa ser aproveitado pelas culturas. O silício, por meio de uma série de ações no metabolismo da planta, tanto do ponto de vista químico como físico, pode contribuir para que haja aumento no crescimento e na produtividade. A palavra-chave para este elemento é antiestressante, pois ele tem um papel importante nas relações planta-ambiente, fornecendo à cultura melhores condições para suportar adversidades climáticas, biológicas e do solo, tendo como resultado final um aumento e maior qualidade de produção. Os efeitos do silício nas plantas são mais evidentes quando elas são submetidas a algum tipo de estresse, seja ele de natureza química, física ou biológica. Maior rigidez estrutural, menor transpiração, maior tolerância a doenças e pragas, maior resistência ao acamamento, encharcamento, veranicos e geadas, bem como neutralização ou diminuição dos efeitos tóxicos de metais pesados, como manganês e alumínio, são alguns dos importantes benefícios que a adubação silicatada pode proporcionar para as plantas cultivadas. A aplicação no solo de silicatos de cálcio ou silicatos de cálcio e magnésio, os quais passam por um tratamento térmico a altas temperaturas, pode trazer inúmeros benefícios para as culturas, como cereais, frutíferas, hortaliças, cana-de-açúcar, etc. Pesquisas também têm demonstrado que a adubação foliar com silicato de potássio pode ser uma boa estratégia para diminuir o uso de agrotóxicos no combate a doenças e pragas, principalmente. O silicato de potássio não é um fungicida e nem substitui esse tipo de produto, mas pode ser usado como um complemento para aumentar a resistência das plantas a várias doenças, propiciando a diminuição no uso de agrotóxicos nas culturas. Vale lembrar, também, que este fertilizante é uma eficiente fonte de potássio para aplicação foliar. Nesse sentido, a Embrapa Agropecuária Oeste, em Dourados, está conduzindo estudos com o silicato de potássio para prover o agricultor de informações e subsídios mais concretos sobre o uso desse fertilizante na cultura da soja. A tecnologia baseada no uso do silício é limpa e sustentável, com potencial para diminuir o uso de agrotóxicos e aumentar a produtividade por meio de uma nutrição mais equilibrada e fisiologicamente mais eficiente. AUTORIA Oscar Fontão de Lima Filho Pesquisador da Embrapa Agropecuária Oeste Dourados, MS LINKS REFERENCIADOS Embrapa Agropecuária Oeste www.cpao.embrapa.br Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento www.agricultura.gov.br Oscar Fontão de Lima Filho [email protected] Página 1 de 1 AGROSOFT BRASIL Fonte: www.agrosoft.org.br/agropag/209296.htm Publicação: 12/02/2009 Impresso: 12/12/2011

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Silício

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A agricultura brasileira tem se caracterizado por aumentosda produção, área plantada, exportação e quantidade detecnologias aplicadas. Mas ao produzir alimentos, oagricultor deve levar em conta a sustentabilidade, tantoeconômica como ambiental. Desse modo, o objetivo daagricultura moderna deve ser orientado pela produção dealimentos sem impactos negativos ao meio ambiente e nocusto de produção, sem contaminar o trabalhador rural e comsegurança alimentar ao consumidor. Uma tecnologia útil é autilização de silicatos no manejo nutricional das lavouras. Oseu uso está regulamentado pelo Ministério daAgricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), queconsidera o silício um micronutriente. O silício, de modo geral, é absorvido pelas plantas emgrandes quantidades. Em muitas espécies, por exemplo, osteores nos tecidos superam aqueles encontrados paranitrogênio e potássio, nutrientes majoritários em plantas.Mas para que isso ocorra é necessário que o solo tenhaquantidades adequadas desse elemento em formaassimilável pelas plantas, ou seja, como ácido silícico.Solos que em sua origem são inférteis, mesmo corrigidos eadubados posteriormente, e os mais arenosos,normalmente possuem baixos níveis de silício que possa seraproveitado pelas culturas. O silício, por meio de uma série de ações no metabolismo daplanta, tanto do ponto de vista químico como físico, podecontribuir para que haja aumento no crescimento e naprodutividade. A palavra-chave para este elemento éantiestressante, pois ele tem um papel importante nasrelações planta-ambiente, fornecendo à cultura melhorescondições para suportar adversidades climáticas, biológicas edo solo, tendo como resultado final um aumento e maiorqualidade de produção. Os efeitos do silício nas plantas sãomais evidentes quando elas são submetidas a algum tipo deestresse, seja ele de natureza química, física ou biológica.Maior rigidez estrutural, menor transpiração, maior tolerância adoenças e pragas, maior resistência ao acamamento,encharcamento, veranicos e geadas, bem como neutralizaçãoou diminuição dos efeitos tóxicos de metais pesados, comomanganês e alumínio, são alguns dos importantes benefíciosque a adubação silicatada pode proporcionar para as plantascultivadas. A aplicação no solo de silicatos de cálcio ou silicatos decálcio e magnésio, os quais passam por um tratamentotérmico a altas temperaturas, pode trazer inúmerosbenefícios para as culturas, como cereais, frutíferas,hortaliças, cana-de-açúcar, etc. Pesquisas também têmdemonstrado que a adubação foliar com silicato de potássiopode ser uma boa estratégia para diminuir o uso deagrotóxicos no combate a doenças e pragas, principalmente.O silicato de potássio não é um fungicida e nem substituiesse tipo de produto, mas pode ser usado como umcomplemento para aumentar a resistência das plantas avárias doenças, propiciando a diminuição no uso deagrotóxicos nas culturas. Vale lembrar, também, que estefertilizante é uma eficiente fonte de potássio para aplicaçãofoliar. Nesse sentido, a Embrapa Agropecuária Oeste, emDourados, está conduzindo estudos com o silicato depotássio para prover o agricultor de informações e subsídiosmais concretos sobre o uso desse fertilizante na cultura dasoja.

A tecnologia baseada no uso do silício é limpa esustentável, com potencial para diminuir o uso deagrotóxicos e aumentar a produtividade por meio de umanutrição mais equilibrada e fisiologicamente mais eficiente. AUTORIA Oscar Fontão de Lima Filho Pesquisador da Embrapa Agropecuária Oeste Dourados, MS

LINKS REFERENCIADOS

Embrapa Agropecuária Oeste www.cpao.embrapa.br

Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento www.agricultura.gov.br

Oscar Fontão de Lima Filho [email protected]

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