C ––– iii aa a ,,, aaa o t AAA eee · 142 A maioria dos métodos analíticos requer que as...

79
C C C A A A P P P Í Í Í T T T U U U L L L O O O V V V A A A v v v a a a l l l i i i a a a ç ç ç ã ã ã o o o d d d a a a c c c o o o n n n t t t a a a m m m i i i n n a a a ç ç ç ã ã ã o o o c c c o o o m m m a a a f f f l l l a a a t t t o o o x x x i i i n n n a a a s s s , , , o o o c c c r r r a a a t t t o o o x x x i i i n n n a a a A A A e e e c c c i i i t t t r r r i i i n n n i i i n n n a a a e e e m m m d d d r r r o o o g g g a a a s s s v v v e e e g g g e e e t t t a a a i i i s s s 5 5 5 . . . 1 1 1 I I I N N N T T T R R R O O O D D D U U U Ç Ç Ç Ã Ã Ã O O O O desenvolvimento de métodos analíticos exatos, precisos e reprodutíveis para determinar a extensão da contaminação natural de micotoxinas, em geral na ordem de partes por bilhão, tornou-se um desafio (LIN et al, 1998; PITT, 1996; SHEPHARD, 2000; STROKA e ANKLAM, 2002; STROKA et al, 2000) e a necessidade de métodos mais sensíveis, específicos, rápidos e de fácil execução promoveu um avanço das técnicas instrumentais e de separação (PITT, 1996; SHEPHARD, 2000; SMEDSGAARD, 1997; STROKA e ANKLAM, 2002; STROKA et al, 2000). Apesar dos avanços tecnológicos, a análise de micotoxinas apresenta vários fatores que influenciam os resultados obtidos, tais como a distribuição não uniforme da contaminação, freqüentemente em baixas concentrações, torna de extrema importância os planos de amostragem aplicados, além de influências relacionadas com a natureza da amostra e a presença de substâncias interferentes, como pigmentos e lipídios (PITT, 1996; SHEPHARD, 2000; TRUCKSESS, 2000; VENTURA et al, 2004). Os métodos para análise de micotoxinas envolvem três procedimentos básicos: extração, purificação/separação e detecção (TRUCKSESS, 2000).

Transcript of C ––– iii aa a ,,, aaa o t AAA eee · 142 A maioria dos métodos analíticos requer que as...

Page 1: C ––– iii aa a ,,, aaa o t AAA eee · 142 A maioria dos métodos analíticos requer que as micotoxinas sejam extraídas para uma fase líquida composta por solventes orgânicos

CCCAAAPPPÍÍÍTTTUUULLLOOO VVV ––– AAAvvvaaallliiiaaaçççãããooo dddaaa cccooonnntttaaammmiiinnnaaaçççãããooo cccooommm aaaffflllaaatttoooxxxiiinnnaaasss,,,

ooocccrrraaatttoooxxxiiinnnaaa AAA eee ccciiitttrrriiinnniiinnnaaa eeemmm dddrrrooogggaaasss vvveeegggeeetttaaaiiisss

555...111 ––– IIINNNTTTRRROOODDDUUUÇÇÇÃÃÃOOO

O desenvolvimento de métodos analíticos exatos, precisos e reprodutíveis

para determinar a extensão da contaminação natural de micotoxinas, em geral na

ordem de partes por bilhão, tornou-se um desafio (LIN et al, 1998; PITT, 1996;

SHEPHARD, 2000; STROKA e ANKLAM, 2002; STROKA et al, 2000) e a necessidade

de métodos mais sensíveis, específicos, rápidos e de fácil execução promoveu um

avanço das técnicas instrumentais e de separação (PITT, 1996; SHEPHARD, 2000;

SMEDSGAARD, 1997; STROKA e ANKLAM, 2002; STROKA et al, 2000).

Apesar dos avanços tecnológicos, a análise de micotoxinas apresenta vários

fatores que influenciam os resultados obtidos, tais como a distribuição não uniforme

da contaminação, freqüentemente em baixas concentrações, torna de extrema

importância os planos de amostragem aplicados, além de influências relacionadas

com a natureza da amostra e a presença de substâncias interferentes, como

pigmentos e lipídios (PITT, 1996; SHEPHARD, 2000; TRUCKSESS, 2000; VENTURA et

al, 2004).

Os métodos para análise de micotoxinas envolvem três procedimentos

básicos: extração, purificação/separação e detecção (TRUCKSESS, 2000).

Page 2: C ––– iii aa a ,,, aaa o t AAA eee · 142 A maioria dos métodos analíticos requer que as micotoxinas sejam extraídas para uma fase líquida composta por solventes orgânicos

142

A maioria dos métodos analíticos requer que as micotoxinas sejam extraídas

para uma fase líquida composta por solventes orgânicos – como clorofórmio,

metanol, acetronitrila, acetona, diclormetano – ou misturas destes solventes e água

(SHEPHARD, 2000; STROKA et al, 2000; TRUCKSESS, 2000).

As técnicas utilizadas na homogeneização da amostra com o líquido extrator

podem influenciar a eficiência do procedimento de extração. Devem permitir contato

suficiente entre as duas fases e normalmente são empregados homogeneizadores e

shakers ou misturadores (RESNIK et al, 1995).

Técnicas de filtração e de centrifugação são utilizadas para separar as fases

líquida e sólida. Após a extração da matriz sólida, o extrato é purificado para

remover impurezas e isolar as toxinas antes dos procedimentos de detecção e

quantificação, sendo etapa necessária para alguns, mas não a todos os métodos

analíticos. A purificação do extrato, em geral, utiliza colunas de extração em fase

sólida, com afinidade por micotoxinas ou pelas impurezas (RESNIK et al, 1995;

TRUCKSESS, 2000; VENTURA et al, 2004).

A etapa final do protocolo analítico envolve a determinação qualitativa e

quantitativa da micotoxina. Muitos métodos analíticos têm sido desenvolvidos para a

determinação de micotoxinas, geralmente envolvendo técnicas cromatográficas. A

maioria dos métodos emprega a cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE), que

exige alto investimento inicial e técnicos capacitados a operar e manter tais

equipamentos. Outras técnicas analíticas envolvem a cromatografia em camada

delgada (CCD), a cromatografia gasosa (CG) e imunoensaios (GILBERT e ANKLAM,

2002; LIN et al, 1998; REIF E METZGER, 1995; RODRIGUEZ-AMAYA e SABINO,

Page 3: C ––– iii aa a ,,, aaa o t AAA eee · 142 A maioria dos métodos analíticos requer que as micotoxinas sejam extraídas para uma fase líquida composta por solventes orgânicos

143

2002; STROKA e ANKLAM, 2002; STROKA et al, 2000; TRUCKSESS, 2000; VENTURA

et al, 2004, 2005; YANG et al, 2005).

A cromatografia em camada delgada é uma técnica robusta e simples, mais

econômica que cromatografia líquida de alta eficiência e bastante utilizada na análise

de micotoxinas, permitindo a avaliação qualitativa e quantitativa em uma variedade

de matrizes (GILBERT e ANKLAM, 2002; LIN et al, 1998; RODRIGUEZ-AMAYA e

SABINO, 2002; SOARES e RODRIGUEZ-AMAYA, 1989; STROKA e ANKLAM, 2002;

STROKA et al, 2000; TRUCKSESS, 2000; YANG et al, 2005). No entanto, entre as

desvantagens deste método analítico podem ser citados o baixo poder de separação

e de discriminação de possíveis co-interferentes (GILBERT e ANKLAM, 2002; YANG et

al, 2005).

Os imunoensaios, como os ELISAs (Enzyme-linked immunosorbent assay),

encontram aplicação na detecção de micotoxinas, sendo disponíveis kits para

detecção de aflatoxinas, ocratoxinas, fumonisinas, zearalenonas e desoxinivalenol

(DON) (OLIVEIRA et al, 2000; STROKA et al, 2002; TRUCKSESS, 2000; YONG e

COUSIN, 2001). Em geral, a toxina presente na amostra compete com um marcador

por um número limitado de anticorpos; quanto maior a quantidade de toxina na

amostra, menor a ligação do marcador e menor é o sinal gerado pelo ensaio, sendo

nestes casos, a presença da micotoxina medida pela ausência de resposta (LIN et al,

1998; OLIVEIRA et al, 2000; TRUCKSESS, 2000). Substâncias presentes na matriz

podem se constituir em fatores de interferência estrutural com o anticorpo,

impedindo a conjugação ou absorvendo anticorpos e conjugados, ou de

desnaturação dos anticorpos, podendo acarretar falsos resultados (LIN et al, 1998;

YANG et al, 2005).

Page 4: C ––– iii aa a ,,, aaa o t AAA eee · 142 A maioria dos métodos analíticos requer que as micotoxinas sejam extraídas para uma fase líquida composta por solventes orgânicos

144

Apesar dos avanços obtidos no desenvolvimento de técnicas para avaliação

qualitativa e quantitativa de micotoxinas em matrizes alimentares, apenas em 2002,

houve a publicação de um método oficial para a pesquisa de aflatoxinas em produtos

naturais na 25a edição da Farmacopéia Americana (2002), que utiliza a técnica de

cromatografia em camada delgada para a avaliação de aflatoxinas extraídas destes

materiais.

Page 5: C ––– iii aa a ,,, aaa o t AAA eee · 142 A maioria dos métodos analíticos requer que as micotoxinas sejam extraídas para uma fase líquida composta por solventes orgânicos

145

555...222 ––– PPPAAARRRTTTEEE AAA::: AAAvvvaaallliiiaaaçççãããooo d ddeee dddeeessseeemmmpppeeennnhhhooo dddooo mmmééétttooodddooo fffaaarrrmmmaaacccooopppêêêiiicccooo pppaaarrraaa

dddeeettteeecccçççãããooo dddeee aaaffflllaaatttoooxxxiiinnnaaasss eeemmm dddrrrooogggaaasss vvveeegggeeetttaaaiiisss

É fundamental demonstrar que os métodos de ensaios executados permitem

conduzir a resultados confiáveis e adequados, além da capacidade em operar de

maneira adequada os métodos normalizados (ABNT, 2001; ANVISA, 2004; GILBERT

e ANKLAM, 2002; US Pharmacopeia, 2005).

A avaliação do desempenho do método oficial para detecção de aflatoxinas

em amostras de drogas vegetais (USP, 2005) foi realizada por comparação com

método desenvolvido por Soares e Rodriguez-Amaya (1989) para detecção destas

micotoxinas em alimentos, avaliando-se a recuperação de aflatoxina B1 adicionada à

amostra e considerando como valores aceitáveis, a recuperação entre 70% e 110%

(GILBERT e ANKLAM, 2002; PEARSON et al, 1999).

555...222...111 ––– MMMAAATTTEEERRRIIIAAAIIISSS EEE MMMÉÉÉTTTOOODDDOOOSSS

555...222...111...111 ––– AAAmmmooossstttrrraaa

Neste estudo, foi utilizada a droga vegetal alcachofra, pulverizada em moinho.

Page 6: C ––– iii aa a ,,, aaa o t AAA eee · 142 A maioria dos métodos analíticos requer que as micotoxinas sejam extraídas para uma fase líquida composta por solventes orgânicos

146

555...222...111...222 ––– MMMaaattteeerrriiiaaaiiisss

Padrão de aflatoxina B1 PPaaddrrããoo ddee aaffllaattooxxiinnaa BB11

Solução padrão-estoque de Aflatoxina B1, Sigma.

Concentração: 1,28 μg/mL, confirmada por método

espectrofotométrico (SCOTT, 1995).

Reagentes RReeaaggeenntteess

EEExxxtttrrraaaçççãããooo ––– UUUSSSPPP,,, 222000000555

Água deionizada

Diclorometano PA, Merck

Metanol PA, Merck

Reagente acetato de zinco – cloreto de alumínio

Composição: Acetato de zinco (200 g/L) e Cloreto de alumínio (50 g/L)

Solução de cloreto de sódio a 10%

Hexano PA, Merck

EEExxxtttrrraaaçççãããooo ––– SSSoooaaarrreeesss eee RRRooodddrrriiiggguuueeezzz---AAAmmmaaayyyaaa,,, 111999888999

Água deionizada

Clorofórmio PA, Merck

Metanol PA, Merck

Solução de cloreto de potássio a 4%

Solução de sulfato de cobre a 30%

Page 7: C ––– iii aa a ,,, aaa o t AAA eee · 142 A maioria dos métodos analíticos requer que as micotoxinas sejam extraídas para uma fase líquida composta por solventes orgânicos

147

DDDeeettteeecccçççãããooo

Acetato de etila PA, Merck

Ácido fórmico PA, Merck

Clorofórmio PA, Merck

Tolueno PA, Merck

CCCooonnnfff iiirrrmmmaaaçççãããooo

Acetona PA, Merck

Acetato de etila PA, Merck

Ácido fórmico PA, Merck

Clorofórmio PA, Merck

Tolueno PA, Merck

Insumos IInnssuummooss

Cromatoplaca de vidro para HPTLC, Merck

(10 x 20) cm, coberta com camada de 0,25 mm de espessura de

silicagel G60 sem indicador de fluorescência

Espátulas

Frascos de vidro, boca larga

Microsseringas, de 1 µL e de 10 µL, Hamilton

Papel de filtro, Whatman

Ponteiras descartáveis, com capacidade para 1000 µL

Terra diatomácea, Merck

Page 8: C ––– iii aa a ,,, aaa o t AAA eee · 142 A maioria dos métodos analíticos requer que as micotoxinas sejam extraídas para uma fase líquida composta por solventes orgânicos

148

Tubos de ensaio, 25 x 150 mm, bequeres, funis de separação, funis de

vidro

Equipamentos EEqquuiippaammeennttooss

Agitador mecânico tipo Shaker, Innova 4230, New Brunswick Scientific

Balança semi-analítica, Micronal

Banho-maria a 80ºC, alocado em capela de segurança química

Câmara para visualização com lâmpada UV (365 nm), Camag

Cuba cromatográfica, Camag

Freezer, Brastemp

Pipetador monocanal, volume variável, 100 a1000 µL, Boeco

555...222...111...333 ––– MMMééétttooodddooosss

555...222...111...333...111 ––– AAAvvvaaallliiiaaaçççãããooo dddaaa cccooonnntttaaammmiiinnnaaaçççãããooo nnnaaatttuuurrraaalll cccooommm aaaffflllaaatttoooxxxiiinnnaaa BBB111

Para verificar se a droga vegetal alcachofra, utilizada neste estudo,

apresentava contaminação natural com aflatoxina B1, foram pesadas duas alíquotas

de 50 g de amostra pulverizada de alcachofra, em frasco de vidro com boca larga.

Em seguida, cada alíquota foi submetida às técnicas de extração, conforme descrito

em compêndio farmacopêico (USP, 2005) e por Soares e Rodriguez-Amaya (1989).

Page 9: C ––– iii aa a ,,, aaa o t AAA eee · 142 A maioria dos métodos analíticos requer que as micotoxinas sejam extraídas para uma fase líquida composta por solventes orgânicos

149

555...222...111...333...222 ––– AAAvvvaaallliiiaaaçççãããooo dddeee dddeeessseeemmmpppeeennnhhhooo dddooosss mmmééétttooodddooosss aaannnaaalllííítttiiicccooosss eeemmmppprrreeegggaaadddooosss

nnnaaa eeexxxtttrrraaaçççãããooo dddeee aaaffflllaaatttoooxxxiiinnnaaa BBB111 eeemmm dddrrrooogggaaa vvveeegggeeetttaaalll

AAA))) PPPrrreeepppaaarrraaaçççãããooo dddaaasss aaammmooossstttrrraaasss aaarrrtttiiifffiiiccciiiaaalllmmmeeennnttteee cccooonnntttaaammmiiinnnaaadddaaasss

Alíquotas de 50 g de amostra pulverizada de alcachofra foram pesadas, em

frasco de vidro com boca larga.

Em seguida, duas a duas, foram contaminadas pela adição de solução padrão

de aflatoxina B1 em quantidade suficiente para obter concentração final de 0,5 μg/kg

de amostra, 1,0 μg/kg de amostra, 2,0 μg/kg de amostra e 5,0 μg/kg de amostra.

Após a evaporação do solvente da solução padrão, cada par de amostras foi

submetida às técnicas de extração conforme descritas pela Farmacopéia Americana

(USP, 2005) e por Soares e Rodriguez-Amaya (1989).

BBB))) EEExxxtttrrraaaçççãããooo dddeee aaaffflllaaatttoooxxxiiinnnaaa BBB111 eeemmm dddrrrooogggaaa vvveeegggeeetttaaalll cccooonnnfffooorrrmmmeee UUUSSSPPP,,, 222000000555

Sobre alíquota de 50 g da amostra pulverizada, foram adicionados 170 mL de

metanol e 30 mL de água deionizada, sendo a mistura mantida sob agitação em

agitador horizontal do tipo shaker, por 40 minutos, e em seguida filtrada.

Aos 100 mL do filtrado, coletados a partir do início da filtração, foram

adicionados 20 mL de reagente acetato de zinco-cloreto de alumínio e 80 mL de

água deionizada, que foram submetidos à agitação e mantidos em repouso por 5

Page 10: C ––– iii aa a ,,, aaa o t AAA eee · 142 A maioria dos métodos analíticos requer que as micotoxinas sejam extraídas para uma fase líquida composta por solventes orgânicos

150

minutos. Em seguida, foram misturados 5 g de terra diatomácea e realizada nova

filtração, sendo que os primeiros 50 mL do filtrado foram descartados.

80 mL do filtrado foram transferidos a funil de separação e adicionados 40 mL

de solução de cloreto de sódio a 10% e 25 mL de hexano. Após um minuto de

agitação e a separação das fases, a fase aquosa foi transferida para outro funil de

separação.

Sobre a fase aquosa foram adicionados 25 mL de diclorometano, e após um

minuto de agitação e a separação das fases, a fase orgânica foi coletada em frasco

de vidro, de boca larga. O procedimento foi repetido, sendo a segunda fase orgânica

recolhida no mesmo frasco anteriormente utilizado. Após a execução das duas

extrações, foi realizada a evaporação do solvente, em banho-maria a 80ºC e o

resíduo foi congelado até o momento do uso.

CCC))) EEExxxtttrrraaaçççãããooo dddeee aaaffflllaaatttoooxxxiiinnnaaa BBB111 eeemmm dddrrrooogggaaa vvveeegggeeetttaaalll cccooonnnfffooorrrmmmeee SSSoooaaarrreeesss eee

RRRooodddrrriiiggguuueeezzz---AAAmmmaaayyyaaa,,, 111999888999

Sobre alíquota de 50 g da amostra pulverizada de alcachofra, foram

adicionados 270 mL de metanol e 30 mL de solução aquosa de cloreto de potássio a

4%, sendo a mistura mantida sob agitação, em agitador horizontal do tipo shaker

por 40 minutos, e em seguida filtrada.

Aos 150 mL do filtrado, coletados a partir do início da filtração, foram

adicionados 150 mL de solução de CuSO4 a 30%, que foram submetidos à agitação e

Page 11: C ––– iii aa a ,,, aaa o t AAA eee · 142 A maioria dos métodos analíticos requer que as micotoxinas sejam extraídas para uma fase líquida composta por solventes orgânicos

151

mantidos em repouso por 5 minutos. Em seguida, foram misturados 50 g de terra

diatomácea e realizada nova filtração.

150 mL do filtrado foram transferidos a funil de separação e adicionados 150

mL de água deionizada e 20 mL de clorofórmio. Após um minuto de agitação e a

separação das fases, a fase orgânica foi coletada em frasco de vidro, de boca larga.

O procedimento foi repetido, sendo a segunda fase orgânica recolhida no mesmo

frasco anteriormente utilizado. Após a execução das duas extrações, foi realizada a

evaporação do solvente, em banho-maria a 80ºC e o resíduo foi congelado até o

momento do uso.

A Figura 5.1 apresenta esquema dos procedimentos de extração utilizados.

Page 12: C ––– iii aa a ,,, aaa o t AAA eee · 142 A maioria dos métodos analíticos requer que as micotoxinas sejam extraídas para uma fase líquida composta por solventes orgânicos

152

Soares e

USP, 2005 Rodriguez-Amaya, 1989

Droga vegetal 50 gramas

FIGURA 5.1 – Esquema dos procedimentos para extração utilizados na detecção de

aflatoxinas em drogas vegetais

Metanol: 170 mL Água deionizada: 30 mL

Metanol: 270 mL Cloreto de potássio 4%: 30 mL

Shaker: 40 min Filtração

Filtrado

Filtrado 80 mL

Cloreto de sódio 10%: 40 mL Hexano: 25 mL

Extrato aquoso

Diclorometano: 25 mL (2x)

Extrato orgânico

Resíduo

Extração

Evaporação (banho-maria a 80ºC)

Resíduo

Extrato orgânico

100 mLFiltrado 150 mL

Reagente acetato de zinco-cloreto de alumínio: 20 mL Água deionizada: 80 mL

Solução de sulfato de cobre 30%: 150 mL

Filtrado 150 mL

Água deionizada: 150 mL Clorofórmio: 20 mL (2x)

Page 13: C ––– iii aa a ,,, aaa o t AAA eee · 142 A maioria dos métodos analíticos requer que as micotoxinas sejam extraídas para uma fase líquida composta por solventes orgânicos

153

DDD))) DDDeeettteeecccçççãããooo

As micotoxinas foram quantitativamente detectadas por cromatografia em

camada delgada.

Foram marcados spots na cromatoplaca, localizados a 2,0 cm da base inferior

da placa e com distância mínima de 1,0 cm entre eles.

O resíduo obtido foi ressuspendido em 100 μL de clorofórmio e alíquota de 10

μL do extrato foi aplicada, com auxílio de microsseringa. Em seguida, foram

aplicadas alíquotas de 6,0 μL, 5,5 μL, 5,0 μL, 4,8 μL, 2,5 μL, 2,0 μL, 1,8 μL, 1,5 μL,

1,0 μL, 0,9 μL, 0,5 μL, 0,4 μL e 0,3 μL da solução padrão de aflatoxina B1

(concentração 1,28 μg/mL).

O cromatograma foi desenvolvido a temperatura ambiente, em cuba não

saturada, utilizando sistema de solventes composto por tolueno, acetato de etila e

ácido fórmico (50:40:10). Embora a Farmacopéia Americana (2005) indique a

utilização de sistema de solventes composto por clorofórmio, acetona e álcool

isopropílico (85:10:5), foi utilizado o sistema de solventes proposto por Soares e

Rodriguez-Amaya (1989) para avaliação simultânea de micotoxinas em alimentos.

A visualização foi realizada sob luz ultravioleta (365 nm), para verificar a

presença de fluorescência característica, bem como a comparação da intensidade da

fluorescência e entre as distâncias Rf de padrões e amostra.

Page 14: C ––– iii aa a ,,, aaa o t AAA eee · 142 A maioria dos métodos analíticos requer que as micotoxinas sejam extraídas para uma fase líquida composta por solventes orgânicos

154

EEE))) CCCooonnnfffiiirrrmmmaaaçççãããooo dddaaa iiidddeeennntttiiidddaaadddeee

A alta incidência de substâncias interferentes, como pigmentos e lipídios,

presentes nos extratos de drogas vegetais podem dificultar a visualização da

fluorescência da micotoxina, conforme pode ser verificado na Figura 5.2.

Extrato +

Padrão AFB1 Padrão AFB1

FIGURA 5.2 – Placa cromatográfica obtida na avaliação de método farmacopêico para

detecção de aflatoxina B1 em drogas vegetais

Page 15: C ––– iii aa a ,,, aaa o t AAA eee · 142 A maioria dos métodos analíticos requer que as micotoxinas sejam extraídas para uma fase líquida composta por solventes orgânicos

155

Nestes casos, foram realizados testes confirmatórios da presença da

micotoxina, por cromatografia bi-dimensional (SCOTT, 1995). A Figura 5.3 apresenta

exemplo de placas de cromatografia bi-dimensional obtidas, sendo que:

(A) representa o cromatograma obtido utilizando sistema de solventes composto por

tolueno, acetato de etila e ácido fórmico (50:40:10 v/v/v) e

(B), o cromatograma desenvolvido em segundo sistema de solventes, composto por

clorofórmio e acetona (90:10 v/v).

(A) (B)

FIGURA 5.3 – Placa obtida com a técnica de cromatografia bi-dimensional, sendo (A)

cromatograma obtido após o primeiro sistema de solventes, composto por tolueno,

acetato de etila e ácido fórmico (50:40:10 v/v/v) e (B) cromatograma obtido após o

segundo sistema de solventes, composto por clorofórmio e acetona (90:10 v/v).

Page 16: C ––– iii aa a ,,, aaa o t AAA eee · 142 A maioria dos métodos analíticos requer que as micotoxinas sejam extraídas para uma fase líquida composta por solventes orgânicos

156

555...222...111...333...333 ––– TTTaaaxxxaaa dddeee rrreeecccuuupppeeerrraaaçççãããooo dddeee aaaffflllaaatttoooxxxiiinnnaaa BBB111 eeemmm dddrrrooogggaaasss vvveeegggeeetttaaaiiisss

ooobbbtttiiidddaaa cccooommm ooosss mmmééétttooodddooosss aaannnaaalllííítttiiicccooosss

Para avaliar a recuperação obtida em cada método, calculou-se a

concentração de AFB1 (μg/kg) em cada extrato, através da fórmula:

C μg/kg = (S x Y x V)/(X x W)

onde,

S = volume (em μL) do padrão de AFB1 que apresentou fluorescência com

intensidade igual à apresentada pela amostra

Y = concentração do padrão de AFB1 (em μg/mL)

V = volume (em μL) utilizado para ressuspender o resíduo da amostra

X = volume (em μL) aplicado do extrato da amostra que apresentou fluorescência

com intensidade igual à apresentada pelo padrão

W = quantidade (em g) de amostra aplicada

Os valores de W para o método farmacopêico (WI) e para o método

desenvolvido para análise em alimentos (WII) foram calculados levando-se em

consideração os esquemas de diluições aplicados, sendo

WI = (M x 100 x 120)/(200 x 200) e WII = (M x 150 x 150)/(300 x 300)

onde,

M = quantidade (em g) de amostra

Page 17: C ––– iii aa a ,,, aaa o t AAA eee · 142 A maioria dos métodos analíticos requer que as micotoxinas sejam extraídas para uma fase líquida composta por solventes orgânicos

157

555...222...222 ––– RRREEESSSUUULLLTTTAAADDDOOOSSS EEE DDDIIISSSCCCUUUSSSSSSÃÃÃOOO

Os resultados obtidos na avaliação de contaminação natural por aflatoxina B1

indicaram que a amostra utilizada estava livre de contaminação.

Foram realizadas dez replicatas de cada nível de concentração utilizando cada

técnica de extração aplicada, sendo os resultados obtidos para a recuperação de

aflatoxina B1 apresentados na Tabela 5.1.

Tabela 5.1 – Recuperação de aflatoxina B1 (AFB1) obtida por método farmacopêico

(Método I) e por método descrito por Soares e Rodriguez-Amaya (Método II)

Réplica Concentração de AFB1 (μg/kg)

Método I Método II 1 0,30 0,74 1,60 4,40 0,33 0,68 1,55 4,41

2 0,30 0,76 1,63 4,39 0,31 0,74 1,62 4,32

3 0,32 0,75 1,58 4,32 0,30 0,71 1,62 4,29

4 0,30 0,71 1,61 4,41 0,32 0,73 1,58 4,39

5 0,35 0,75 1,64 4,37 0,31 0,68 1,61 4,33

6 0,31 0,68 1,58 4,39 0,30 0,73 1,55 4,29

7 0,32 0,74 1,63 4,38 0,33 0,75 1,70 4,35

8 0,32 0,68 1,66 4,30 0,30 0,69 1,64 4,41

9 0,32 0,68 1,63 4,24 0,33 0,73 1,61 4,30

10 0,33 0,72 1,65 4,29 0,32 0,76 1,70 4,32

Média 0,317 0,721 1,621 4,349 0,315 0,720 1,618 4,341

DP 0,016 0,032 0,028 0,057 0,013 0,029 0,052 0,047

CAFB1 (μg/kg) 0,5 1,0 2,0 5,0 0,5 1,0 2,0 5,0

R (%) 63,40 72,10 81,05 86,98 63,00 72,00 80,90 86,82

CAFB1: concentração final de AFB1 adicionada à amostra.

R (%): porcentagem de AFB1 recuperada em cada método aplicado

Page 18: C ––– iii aa a ,,, aaa o t AAA eee · 142 A maioria dos métodos analíticos requer que as micotoxinas sejam extraídas para uma fase líquida composta por solventes orgânicos

158

A Figura 5.4 apresenta o gráfico de correlação entre as recuperações de

aflatoxina B1 obtidas pelo método farmacopêico (USP, 2005) e pelo método de

Soares e Rodriguez-Amaya (1989).

y = 0,9980x + 0,000005R2 = 0,999274

0

1

2

3

4

5

0 1 2 3 4

Método I

Mét

odo

II

5

FIGURA 5.4 – Curva de regressão linear obtida na comparação da eficiência de extração

entre os métodos USP, 2005 (Método I) e descrito por Soares e Rodriguez-Amaya

(Método II)

Os resultados, apresentados na Tabela 5.1 e Figura 5.4, indicam coeficiente

de correlação entre as duas técnicas de extração utilizadas de 0,9996 e recuperação

acima de 70%, para nível de contaminação superior a 1,0 μg/kg de amostra.

Page 19: C ––– iii aa a ,,, aaa o t AAA eee · 142 A maioria dos métodos analíticos requer que as micotoxinas sejam extraídas para uma fase líquida composta por solventes orgânicos

159

555...222...333 ––– CCCOOONNNCCCLLLUUUSSSÃÃÃOOO

Os resultados obtidos na avaliação do método oficial de extração de

aflatoxinas, preconizado na Farmacopéia Americana, indicam sua adequação para a

detecção de micotoxinas em amostras de drogas vegetais.

Page 20: C ––– iii aa a ,,, aaa o t AAA eee · 142 A maioria dos métodos analíticos requer que as micotoxinas sejam extraídas para uma fase líquida composta por solventes orgânicos

160

555...333 ––– PPPAAARRRTTTEEE BBB::: PPPeeesssqqquuuiiisssaaa dddeee aaaffflllaaatttoooxxxiiinnnaaasss,,, ooocccrrraaatttoooxxxiiinnnaaa AAA eee ccciiitttrrriiinnniiinnnaaa eeemmm dddrrrooogggaaasss

vvveeegggeeetttaaaiiisss

É esperado que drogas vegetais estejam contaminadas por amplo espectro de

microrganismos, sendo os fungos componentes normais da microflora destes

materiais. Altas cargas fúngicas e a presença de cepas toxigênicas são indicativas da

possibilidade de contaminação com micotoxinas (EFUNTOYE, 1999; ELSHAFIE et al,

1999, 2002; HALT, 1998; LUTOMSKI e KEDZIA, 1980; MANDEEL, 2005; YONG e

COUSIN, 2001;).

555...333...111 ––– MMMAAATTTEEERRRIIIAAAIIISSS EEE MMMÉÉÉTTTOOODDDOOOSSS

555...333...111...111 ––– AAAmmmooossstttrrraaasss

Neste estudo, foram utilizadas as mesmas 91 amostras, abrangendo 65 tipos

de drogas vegetais distintas, apresentadas na Tabela 2.1.

Page 21: C ––– iii aa a ,,, aaa o t AAA eee · 142 A maioria dos métodos analíticos requer que as micotoxinas sejam extraídas para uma fase líquida composta por solventes orgânicos

161

555...333...111...222 ––– MMMaaattteeerrriiiaaaiiisss

Reagentes RReeaaggeenntteess

EEExxxtttrrraaaçççãããooo ––– UUUSSSPPP,,, 222000000555

Água deionizada

Diclorometano PA, Merck

Metanol PA, Merck

Reagente acetato de zinco – cloreto de alumínio

Composição: Acetato de zinco (200 g/L) e Cloreto de alumínio (50 g/L)

Solução de cloreto de sódio a 10%

Hexano PA, Merck

DDDeeettteeecccçççãããooo

Acetato de etila PA, Merck

Ácido fórmico PA, Merck

Clorofórmio PA, Merck

Tolueno PA, Merck

CCCooonnnfff iiirrrmmmaaaçççãããooo

Acetona PA, Merck

Acetato de etila PA, Merck

Ácido fórmico PA, Merck

Ácido trifluoroacético, Sigma

Clorofórmio PA, Merck

Page 22: C ––– iii aa a ,,, aaa o t AAA eee · 142 A maioria dos métodos analíticos requer que as micotoxinas sejam extraídas para uma fase líquida composta por solventes orgânicos

162

Solução de ácido sulfúrico a 50%

Solução etanólica de BF3

Tolueno PA, Merck

Padrão de micotoxinas PPaaddrrããoo ddee mmiiccoottooxxiinnaass

Aflatoxinas B1, B2, G1 e G2, Sigma

Ocratoxina A, Sigma

Citrinina, Sigma

Insumos IInnssuummooss

Cromatoplaca de vidro para HPTLC, Merck

(20 x 10) cm, coberta com camada de 0,25 mm de espessura de

silicagel G60 sem indicador de fluorescência

Espátulas

Frascos de vidro, boca larga

Papel de filtro, Whatman

Ponteiras descartáveis, com capacidade para 1000 µL

Terra diatomácea, Merck

Tubos de ensaio, 25 x 150 mm, bequeres, funis de separação, funis de

vidro

Equipamentos EEqquuiippaammeennttooss

Agitador mecânico tipo Shaker, Innova 4230, New Brunswick Scientific

Balança semi-analítica, Micronal

Page 23: C ––– iii aa a ,,, aaa o t AAA eee · 142 A maioria dos métodos analíticos requer que as micotoxinas sejam extraídas para uma fase líquida composta por solventes orgânicos

163

Banho-maria a 80ºC, alocado em capela de segurança química

Câmara para visualização com lâmpada UV (365 nm), Camag

Cuba cromatográfica, Camag

Freezer, Brastemp

Microsseringas, de 1 µL e de 10 µL, Hamilton

Pipetador monocanal, volume variável, 100 a1000 µL, Boeco

555...333...111...333 ––– MMMééétttooodddooosss

A avaliação da presença de aflatoxinas, ocratoxina A e citrinina foi realizada

por cromatografia em camada delgada de extrato obtido por método oficial (USP,

2005).

O cromatograma foi desenvolvido a temperatura ambiente, em cuba não

saturada, utilizando sistema de solventes composto por tolueno, acetato de etila e

ácido fórmico (50:40:10) e a visualização foi realizada sob luz ultravioleta (365 nm),

para verificar a presença de fluorescência característica, bem como a comparação

entre as distâncias Rf de padrões e amostra.

A confirmação química da identidade da micotoxina foi realizada por técnicas

adequadas.

A presença de aflatoxinas foi confirmada por derivatização com ácido

trifluoracético (SCOTT, 1995), por aplicação de solução aquosa de ácido sulfúrico

(50%) após o desenvolvimento do cromatograma (CHOURASIA, 1995; REIF e

Page 24: C ––– iii aa a ,,, aaa o t AAA eee · 142 A maioria dos métodos analíticos requer que as micotoxinas sejam extraídas para uma fase líquida composta por solventes orgânicos

164

METZGER, 1995; ROY e CHOURASIA, 1989; ROY e KUMARI, 1991) e por

cromatografia bi-dimensional (SCOTT, 1995).

A presença de ocratoxina A foi confirmada por cromatografia bi-dimensional e

por exposição do cromatograma a vapor de NH3 (SCOTT, 1995).

A presença de citrinina, pela exposição do cromatograma a vapor de NH3

seguida da aplicação de solução etanólica de BF3 (CHOURASIA, 1995; ROY e

KUMARI, 1991).

555...333...222 ––– RRREEESSSUUULLLTTTAAADDDOOOSSS EEE DDDIIISSSCCCUUUSSSSSSÃÃÃOOO

A análise micotoxicológica das amostras de drogas vegetais não revelou a

presença de aflatoxinas, ocratoxina A ou citrinina em qualquer das 91 amostras

analisadas.

Embora tenham sido detectados fungos toxigênicos em 35 amostras (Tabela

4.1), fica evidente que presença destes microrganismos não implica necessariamente

na produção de micotoxinas, principalmente se estes fungos não estiveram

submetidos a condições favoráveis à expressão de sua capacidade toxigênica.

Alguns estudos indicam a ausência de micotoxinas em amostras de produtos

naturais, mesmo em amostras altamente contaminadas por cepas de Aspergillus spp,

como Elshafie et al (2002), que não detectaram aflatoxinas em nenhuma das 15

amostras altamente contaminadas com Aspergillus flavus.

Page 25: C ––– iii aa a ,,, aaa o t AAA eee · 142 A maioria dos métodos analíticos requer que as micotoxinas sejam extraídas para uma fase líquida composta por solventes orgânicos

165

Em nenhuma das 100 amostras de plantas medicinais avaliadas por Abou-Arab

et al (1999) foram detectadas micotoxinas, embora tenham sido isoladas cepas de

Aspergillus, Penicillium e Fusarium. Resultados similares foram obtidos por Aziz et al

(1998), que detectaram alta incidência de várias espécies de Aspergillus, Penicillium

e Fusarium, com capacidade para produção de micotoxinas em meios sintéticos, mas

não detectaram a ocorrência de micotoxinas em amostras em amostras de plantas

medicinais, e por Hitokoto et al (1978), que verificaram alta freqüência de Aspergillus

e Penicillium, mas não detectaram micotoxinas em amostras de drogas vegetais

analisadas.

Alguns autores sugerem que drogas vegetais não oferecem condições para a

expressão da capacidade toxigênica dos contaminantes, sendo este o motivo para a

baixa ocorrência natural de micotoxinas (ABOU-ARAB et al, 1999; LUTOMSKI e

KEDZIA, 1980). No entanto, Efuntoye (1999) verificou a produção de micotoxinas por

cepas de Aspergillus flavus, Aspergillus parasiticus e Aspergillus ochraceus em

amostras de plantas medicinais em níveis comparáveis aos obtidos em meios

sintéticos, assim como Ventura et al (2004), que determinaram a ocorrência de

aflatoxinas em amostras de plantas medicinais intencionalmente contaminadas com

Aspergillus parasiticus e por Chourasia e Roy (1991), que também determinaram a

ocorrência de aflatoxinas em amostras intencionalmente contaminadas com

Aspergillus flavus.

Apesar de não ter sido detectada a ocorrência de micotoxinas neste estudo,

vários trabalhos verificaram a ocorrência de diversas micotoxinas em amostras de

drogas vegetais e preparações de origem vegetal. Omurtag e Yazicioglu (2004)

Page 26: C ––– iii aa a ,,, aaa o t AAA eee · 142 A maioria dos métodos analíticos requer que as micotoxinas sejam extraídas para uma fase líquida composta por solventes orgânicos

166

verificaram a ocorrência de fumonisina B1 em 2% das amostras de chás e plantas

medicinais analisadas.

Tassaneeyakul et al (2004) detectaram ocorrência natural de aflatoxina B1 em

18% das amostras de preparações de origem vegetal, em concentrações que

variaram entre 1,7 e 14,3 μg/kg. Halt (1998) detectou ocratoxina A em 14% das

amostras de plantas medicinais analisadas.

Chourasia (1995) detectou a ocorrência de aflatoxina B1, ocratoxina A e

citrinina em 64%, 4% e 2% das amostras de drogas vegetais.

Roy e Kumari (1991) verificaram a ocorrência de aflatoxina B1 em quase todas

as amostras de plantas medicinais analisadas, em concentrações entre 1,0 e 11,8

μg/kg, além da ocorrência de citrinina.

81% das amostras de plantas medicinais analisadas por Roy e Chourasia

(1989) apresentaram aflatoxina B1, em concentrações entre 1,4 e 11,1 μg/kg,

enquanto que Roy et al (1988) detectaram ocorrência natural de aflatoxina B1 em

93% das amostras de drogas vegetais analisadas, em concentrações que variaram

entre 0,9 e 12,0 μg/kg.

555...333...333 ––– CCCOOONNNCCCLLLUUUSSSÃÃÃOOO

A análise micotoxicológica das amostras de drogas vegetais não revelou a

presença das micotoxinas estudadas em qualquer das 91 amostras analisadas,

embora tenha sido detectada a presença de fungos toxigênicos em parte das

Page 27: C ––– iii aa a ,,, aaa o t AAA eee · 142 A maioria dos métodos analíticos requer que as micotoxinas sejam extraídas para uma fase líquida composta por solventes orgânicos

167

amostras analisadas, evidenciando que estes podem não ter sido expostos a

condições favoráveis à expressão de sua capacidade toxigênica.

Page 28: C ––– iii aa a ,,, aaa o t AAA eee · 142 A maioria dos métodos analíticos requer que as micotoxinas sejam extraídas para uma fase líquida composta por solventes orgânicos

168

555...444 ––– PPPAAARRRTTTEEE CCC::: AAAvvvaaallliiiaaaçççãããooo dddaaa tttééécccnnniiicccaaa dddeee iiimmmuuunnnoooeeexxxtttrrraaaçççãããooo,,, uuutttiiillliiizzzaaannndddooo cccooollluuunnnaaa

dddeee iiimmmuuunnnoooaaafffiiinnniiidddaaadddeee AAAffflllaaaTTTeeesssttt®®®,,, pppaaarrraaa aaa dddeeettteeecccçççãããooo dddeee aaaffflllaaatttoooxxxiiinnnaaasss eeemmm dddrrrooogggaaasss

vvveeegggeeetttaaaiiisss

A purificação do extrato de amostra é essencial nos métodos analíticos para

micotoxinas, especialmente quando a cromatografia é utilizada na determinação

final, sendo que a utilização de colunas de imunoafinidade tem se tornado uma

importante técnica de purificação, particularmente com a disponibilidade comercial

de colunas para aflatoxinas, ocratoxina A, fumonisinas, zearalenona e deoxinivalenol

(HAGE, 1998; PEARSON et al, 1999; SCOTT e TRUCKSESS, 1997; SOLFRIZZO et al,

1998; VENTURA et al, 2005; ZHANG et al, 2005).

A técnica de imunoextração refere-se à utilização de colunas de

imunoafinidade para a remoção do analito ou grupo de analitos de uma amostra

antes de sua determinação, quantitativa ou qualitativa. Envolve a adsorção do analito

presente no extrato, seguida de posterior liberação e detecção (HAGE, 1998;

PEARSON et al, 1999; SCOTT e TRUCKSESS, 1997).

A coluna de imunoafinidade é um tipo de coluna de extração em fase sólida,

que envolve o uso de anticorpos imobilizados em um suporte inerte. A Figura 5.5

apresenta uma esquematização referente ao uso de colunas de imunoafinidade para

detecção de aflatoxinas. O extrato de amostra é aplicado à coluna de

imunoafinidade, sendo a micotoxina presente adsorvida pelos anticorpos imobilizados

na coluna, enquanto outros componentes do extrato não são retidos, sendo

portanto, eliminados. Em seguida, a micotoxina é removida pelo uso de eluente

Page 29: C ––– iii aa a ,,, aaa o t AAA eee · 142 A maioria dos métodos analíticos requer que as micotoxinas sejam extraídas para uma fase líquida composta por solventes orgânicos

169

adequado, que rompe a ligação micotoxina-anticorpo, liberando a micotoxina para

ser detectada.

FIGURA 5.5 – Esquema do princípio de utilização de colunas de imunoafinidade

Devido à presença de anticorpos, as colunas de imunoafinidade oferecem

maior especificidade que os métodos tradicionais de extração líquido-líquido ou de

extração em fase sólida aos procedimentos de purificação, entretanto, existem

fatores que podem influenciar sua habilidade de ligação com as micotoxinas e a

capacidade de recuperação destas no substrato, tais como a quantidade de

anticorpos, que precisa ser suficiente para adsorver altas concentrações de

micotoxinas, o volume do extrato e a velocidade do fluxo de passagem pela coluna,

além do tipo de solvente utilizado para separar as micotoxinas ligadas aos anticorpos

(HAGE, 1998; SCOTT e TRUCKSESS, 1997; TRUCKSESS, 2000).

Os solventes mais utilizados para extração de aflatoxinas em alimentos são

compostos por misturas de metanol e água, nas proporções 60 + 40 (v/v) ou 80 +20

(v/v); de acetonitrila e água, nas proporções 60 + 40 (v/v) ou 75 +25 (v/v) ou de

acetona e água, nas proporções 80 + 20 (v/v) ou 85 +15 (v/v). Altas concentrações

Page 30: C ––– iii aa a ,,, aaa o t AAA eee · 142 A maioria dos métodos analíticos requer que as micotoxinas sejam extraídas para uma fase líquida composta por solventes orgânicos

170

destes solventes requerem a diluição para reduzir a concentração de metanol para

16 a 30%, de acetronitrila para 7% e acetona para 8,5%, antes da aplicação na

coluna de imunoafinidade (SCOTT e TRUCKSESS, 1997).

Entre as vantagens da utilização de colunas de imunoafinidade podem ser

citadas a maior especifidade do método – que permite eliminar a maioria dos

interferentes presentes no extrato, a purificação do extrato, a concentração do

analito, a facilidade de uso e a rapidez da análise, o baixo consumo de solventes e

utilização de soluções aquosas para a extração das micotoxinas, substituindo os

solventes como clorofórmio e diclorometano (HAGE, 1998; PEARSON et al, 1999;

SCOTT e TRUCKSESS, 1997).

Alguns estudos utilizam as colunas de imunoafinidade durante procedimentos

para a detecção de aflatoxinas em amostras de drogas vegetais e outros produtos

naturais, sendo o método de extração e purificação proposto neste estudo, uma

modificação destes estudos previamente publicados (REIF e METZGER, 1995;

STROKA et al, 2000; TASSANEEYAKUL et al, 2004; VENTURA et al, 2004).

555...444...111 ––– MMMAAATTTEEERRRIIIAAAIIISSS EEE MMMÉÉÉTTTOOODDDOOOSSS

555...444...111...111 ––– AAAmmmooossstttrrraaa

Neste estudo, foi utilizada a droga vegetal alcachofra, pulverizada em moinho.

Page 31: C ––– iii aa a ,,, aaa o t AAA eee · 142 A maioria dos métodos analíticos requer que as micotoxinas sejam extraídas para uma fase líquida composta por solventes orgânicos

171

555...444...111...222 ––– MMMaaattteeerrriiiaaaiiisss

Padrão de aflatoxina B1 PPaaddrrããoo ddee aaffllaattooxxiinnaa BB11

Solução padrão-estoque de Aflatoxina B1, Sigma.

Concentração: 1,28 μg/mL, confirmada por método

espectrofotométrico (SCOTT, 1995).

Reagentes RReeaaggeenntteess

EEExxxtttrrraaaçççãããooo

Água deionizada

Cloreto de sódio, Merck

Metanol PA, Merck

Tween 20®, Merck

DDDeeettteeecccçççãããooo

Acetato de etila PA, Merck

Ácido fórmico PA, Merck

Clorofórmio PA, Merck

Tolueno PA, Merck

CCCooonnnfff iiirrrmmmaaaçççãããooo

Acetona PA, Merck

Acetato de etila PA, Merck

Ácido fórmico PA, Merck

Clorofórmio PA, Merck

Tolueno PA, Merck

Page 32: C ––– iii aa a ,,, aaa o t AAA eee · 142 A maioria dos métodos analíticos requer que as micotoxinas sejam extraídas para uma fase líquida composta por solventes orgânicos

172

Insumos IInnssuummooss

Coluna de imunoafinidade AflaTest®, Vicam

Cromatoplaca de vidro para HPTLC, Merck

(10 x 20) cm, coberta com camada de 0,25 mm de espessura de

silicagel G60 sem indicador de fluorescência

Espátulas

Frascos de vidro, boca larga

Microsseringas, de 1 µL e de 10 µL, Hamilton

Papel de filtro, Whatman

Ponteiras descartáveis, com capacidade para 1000 µL

Terra diatomácea, Merck

Tubos de ensaio, 25 x 150 mm, bequeres, funis de separação, funis de

vidro

Equipamentos EEqquuiippaammeennttooss

Agitador mecânico tipo Shaker, Innova 4230, New Brunswick Scientific

Balança semi-analítica, Micronal

Banho-maria a 80ºC, alocado em capela de segurança química

Câmara para visualização com lâmpada UV (365 nm), Camag

Cuba cromatográfica, Camag

Freezer, Brastemp

Pipetador monocanal, volume variável, 100 a1000 µL, Boeco

Page 33: C ––– iii aa a ,,, aaa o t AAA eee · 142 A maioria dos métodos analíticos requer que as micotoxinas sejam extraídas para uma fase líquida composta por solventes orgânicos

173

555...444...111...333 ––– MMMééétttooodddooosss

555...444...111...333...111 ––– PPPrrreeepppaaarrraaaçççãããooo dddaaasss aaammmooossstttrrraaasss aaarrrtttiiifffiiiccciiiaaalllmmmeeennnttteee cccooonnntttaaammmiiinnnaaadddaaasss

Alíquotas de 5 g de amostra pulverizada de alcachofra (livre de aflatoxina B1)

foram pesadas, em frasco de vidro com boca larga.

Em seguida, foram contaminadas pela adição de solução padrão de aflatoxina

B1 em quantidade suficiente para obter concentração final de 1,0 μg/kg de amostra,

2,0 μg/kg de amostra, 5,0 μg/kg de amostra e 10,0 μg/kg de amostra.

Após a evaporação do solvente da solução padrão, as amostras foram

submetidas à técnica de imunoextração utilizando coluna de imunoafinidade

AflaTest®, com a finalidade de verificar a recuperação de aflatoxina B1.

555...444...111...333...222 ––– IIImmmuuunnnoooeeexxxtttrrraaaçççãããooo

Sobre alíquota de 5 g da amostra, foram adicionados 30 mL de metanol a

70% e 1 g de cloreto de sódio, sendo sendo a mistura mantida sob agitação, em

agitador horizontal do tipo shaker, por 40 minutos e, em seguida, filtrada.

Page 34: C ––– iii aa a ,,, aaa o t AAA eee · 142 A maioria dos métodos analíticos requer que as micotoxinas sejam extraídas para uma fase líquida composta por solventes orgânicos

174

Aos 20 mL do filtrado, coletados a partir do início da filtração, foram

adicionados 50 mL de solução aquosa de Tween 20® a 1%. A mistura foi submetida

à agitação por 5 minutos e, em seguida, foi realizada nova filtração.

A coluna AflaTest® foi pré-condicionada com 10 mL de água deionizada e 10

mL de solução aquosa de Tween 20® a 1%, com fluxo de 3 mL/min. Em seguida, 50

mL do filtrado foram passados pela coluna AflaTest®, com fluxo constante de 3

mL/min. Em seguida, a coluna AflaTest® foi lavada com duas porções de 10 mL de

água deionizada e, então foi seca por passagem de ar por 2 a 3 segundos.

A aflatoxina foi então eluída da coluna AflaTest® com duas porções de 1,0 mL

de metanol, com fluxo de 1 mL/min. O eluato foi coletado em frasco de vidro com

boca larga, sendo, em seguida, realizada a evaporação do solvente em banho-maria

a 80ºC e o resíduo, congelado até o momento do uso.

A figura 5.6 apresenta a esquematização das técnicas de extração efetuadas.

Page 35: C ––– iii aa a ,,, aaa o t AAA eee · 142 A maioria dos métodos analíticos requer que as micotoxinas sejam extraídas para uma fase líquida composta por solventes orgânicos

175

Droga vegetal 5 gramas

Metanol a 70%: 30 mL

Cloreto de sódio: 1 g

Shaker: 40 min Filtração

FIGURA 5.6 – Esquema do procedimento para imunoextração de aflatoxina B1 em drogas

vegetais, utilizando coluna de imunoafinidade AflaTest®

Metanol (2x): 1,0 mL

Água deionizada (2x): 10 mL

Filtrado 20 mL

Tween 20® a 1%: 50mL Filtração

Filtrado 50 mL

Eluato

Page 36: C ––– iii aa a ,,, aaa o t AAA eee · 142 A maioria dos métodos analíticos requer que as micotoxinas sejam extraídas para uma fase líquida composta por solventes orgânicos

176

Um segundo experimento foi realizado utilizando solução aquosa de etanol a

70%, no lugar de metanol a 70%, para a extração da micotoxina adicionada em

quantidade suficiente para obter concentração final de 10 μg/kg de amostra.

555...444...111...333...333 ––– DDDeeettteeecccçççãããooo

As micotoxinas foram detectadas por cromatografia em camada delgada.

Foram marcados spots na cromatoplaca, localizados a 2,0 cm da base inferior

da placa e com distância mínima de 1,0 cm entre eles.

O resíduo obtido foi ressuspendido em 50 μL de clorofórmio e alíquota de 10

μL do extrato foi aplicada, com auxílio de microsseringa, em um spot marcado. Em

seguida, foram aplicadas alíquotas de 2 μL, 1,5 μL e 1,0 μL da solução padrão de

aflatoxina B1 (concentração 1,28 μL/mL) em spots marcados.

O cromatograma foi desenvolvido a temperatura ambiente, em cuba não

saturada, utilizando sistema de solventes composto por tolueno, acetato de etila e

ácido fórmico (50:40:10) e a visualização foi realizada sob luz ultravioleta (365 nm),

para verificar a presença de fluorescência característica, bem como a comparação da

intensidade da fluorescência e entre as distâncias Rf de padrões e amostra.

Page 37: C ––– iii aa a ,,, aaa o t AAA eee · 142 A maioria dos métodos analíticos requer que as micotoxinas sejam extraídas para uma fase líquida composta por solventes orgânicos

177

555...444...111...333...444 ––– TTTaaaxxxaaa dddeee rrreeecccuuupppeeerrraaaçççãããooo dddeee aaaffflllaaatttoooxxxiiinnnaaa BBB111 eeemmm dddrrrooogggaaasss vvveeegggeeetttaaaiiisss

ooobbbtttiiidddaaa pppooorrr i iimmmuuunnnoooeeexxxtttrrraaaçççãããooo

Para avaliar a recuperação obtida, calculou-se a concentração de AFB1

(μg/kg), através da fórmula:

C μg/kg = (S x Y x V)/(X x W)

onde,

S = volume (em μL) do padrão de AFB1 que apresentou fluorescência com

intensidade igual à apresentada pela amostra

Y = concentração do padrão de AFB1 (em μg/mL)

V = volume (em μL) utilizado para ressuspender o resíduo da amostra

X = volume (em μL) aplicado do extrato da amostra que apresentou fluorescência

com intensidade igual à apresentada pelo padrão

W = quantidade (em g) de amostra aplicada, sendo seu valor calculado a partir da

fórmula

(M x 20 x 50)/(30 x 70)

onde,

M é a quantidade (em g) de amostra.

Page 38: C ––– iii aa a ,,, aaa o t AAA eee · 142 A maioria dos métodos analíticos requer que as micotoxinas sejam extraídas para uma fase líquida composta por solventes orgânicos

178

555...444...222 ––– RRREEESSSUUULLLTTTAAADDDOOOSSS EEE DDDIIISSSCCCUUUSSSSSSÃÃÃOOO

Foram realizadas dez replicatas, para cada concentração de aflatoxina B1,

sendo os resultados obtidos para a recuperação apresentados na Tabela 5.2.

TABELA 5.2 – Recuperação de aflatoxina B1 (AFB1) obtida por imunoextração utilizando

coluna AflaTest®

Réplica Recuperação de AFB1 (μg/kg)

1 9,37 4,54 1,70 0,72 9,29

2 9,29 4,45 1,65 0,76 9,30

3 9,32 4,50 1,64 0,79 9,12

4 9,23 4,57 1,65 0,82 9,17

5 9,15 4,41 1,62 0,78 9,19

6 9,27 4,48 1,66 0,76 9,29

7 9,41 4,49 1,72 0,81 9,34

8 9,38 4,50 1,65 0,74 9,33

9 9,39 4,59 1,63 0,75 9,25

10 9,21 4,46 1,69 0,73 9,34

Média 9,302 4,499 1,661 0,766 9,262

DP 0,087 0,055 0,032 0,033 0,077

CAFB1 (μg/kg) 10,0 5,0 2,0 1,0 10,0*

R (%) 93,02 89,98 83,05 76,60 92,62

* Extração utilizando solução aquosa de etanol

CAFB1: concentração final de AFB1 adicionada à amostra.

R (%): porcentagem de AFB1 recuperada em cada método aplicado

Page 39: C ––– iii aa a ,,, aaa o t AAA eee · 142 A maioria dos métodos analíticos requer que as micotoxinas sejam extraídas para uma fase líquida composta por solventes orgânicos

179

Os resultados obtidos na recuperação de aflatoxina B1 por imunoextração

foram compatíveis com os resultados obtidos por outros pesquisadores. Yang et al

(2005) verificaram médias de recuperação entre 84,49 e 98,12% de aflatoxina B1

em amostras de medicamentos naturais utilizados na medicina tradicional chinesa.

Zhang et al (2005) verificaram média de recuperação de aflatoxinas da ordem de

90%, em amostras de plantas medicinais e extratos vegetais.

Os dados apresentados na Tabela 5.2 indicam a possibilidade de utilizar

solução aquosa de etanol para a extração de aflatoxina B1 em amostras de drogas

vegetais. A média de recuperação da micotoxina em extrato etanólico foi de 92,62%,

enquanto que a média de recuperação da micotoxina em extrato metanólico foi de

93,02%.

A Tabela 5.3 apresenta os dados da porcentagem de recuperação de

aflatoxina B1 obtidos para as técnicas de extração descrita na Farmacopéia

Americana e de imunoextração.

TABELA 5.3 – Comparação entre as taxas de recuperação de Aflatoxina B1 em drogas

vegetais obtidas por método de imunoextração e por método farmacopêico

Método de extração Recuperação de AFB1 (%)

10,0 μg/kg 5,0 μg/kg 2,0 μg/kg 1,0 μg/kg

Imunoextração 93,02 89,98 83,05 76,60

Farmacopéia Americana --------- 86,98 81,05 72,10

Os dados apresentados na Tabela 5.3 indicam que a técnica de imunoextração

utilizando colunas de imunoafinidade apresentam melhores resultados na

Page 40: C ––– iii aa a ,,, aaa o t AAA eee · 142 A maioria dos métodos analíticos requer que as micotoxinas sejam extraídas para uma fase líquida composta por solventes orgânicos

180

recuperação de diferentes concentrações de aflatoxina B1 em drogas vegetais em

relação ao método farmacopêico. Estes resultados foram compatíveis com aqueles

obtidos por Carvajal et al (1990), que verificaram 82,0% e 93,0% de recuperação de

aflatoxina B1 em amendoim artificalmente contaminado (10 μg/kg) para o método

convencional de extração (método CB, AOAC) e para o método de imunoextração,

respectivamente.

A Figura 5.7 apresenta cromatograma obtido na avaliação do método de

imunoextração de aflatoxina B1, sendo que (A) representa extrato obtido por

extração conforme Farmacopéia Americana e (B) representa extrato obtido por

imunoextração.

(A) (B)

FIGURA 5.7 – Placa cromatográfica obtida na avaliação da técnica de imunoextração em

relação ao método farmacopêico para detecção de aflatoxina B1 em amostra de

alcachofra, sendo que (A) representa extrato obtido por método oficial e (B), o extrato

obtido por imunoextração.

Page 41: C ––– iii aa a ,,, aaa o t AAA eee · 142 A maioria dos métodos analíticos requer que as micotoxinas sejam extraídas para uma fase líquida composta por solventes orgânicos

181

Conforme verificado na Figura 5.7, a utilização de coluna de imunoafinidade

antes do procedimento de detecção por cromatografia em camada delgada permitiu

a purificação do extrato e facilitou a visualização da micotoxina presente, sem a

necessidade de efetuar testes adicionais, como cromatografia bi-dimensional.

A utilização de colunas de imunoafinidade permitiu maior rapidez, eficiência e

menor consumo de solventes na detecção de aflatoxinas B1 em amostras de drogas

vegetais artificialmente contaminadas.

555...444...333 ––– CCCOOONNNCCCLLLUUUSSSÃÃÃOOO

A utilização de colunas de imunoafinidade demonstrou ser alternativa

satisfatória para a detecção de aflatoxina B1 em amostras de drogas vegetais,

permitindo a purificação do extrato, maior precisão e sensibilidade, além de

facilidade e rapidez na execução analítica e menor consumo de solventes.

Page 42: C ––– iii aa a ,,, aaa o t AAA eee · 142 A maioria dos métodos analíticos requer que as micotoxinas sejam extraídas para uma fase líquida composta por solventes orgânicos

182

555...555 ––– PPPAAARRRTTTEEE DDD::: PPPeeesssqqquuuiiisssaaa dddeee aaaffflllaaatttoooxxxiiinnnaaa BBB111 eeemmm eeexxxtttrrraaatttooo fffllluuuiiidddooo dddeee aaalllcccaaaccchhhooofffrrraaa

aaarrrtttiiifffiiiccciiiaaalllmmmeeennnttteee cccooonnntttaaammmiiinnnaaadddaaa c ccooommm ccceeepppaaa aaaffflllaaatttoooxxxiiigggêêênnniiicccaaa dddeee AAAssspppeeerrrgggiiilllllluuu f asss fflllaavvvuuusss

Alguns autores sugerem que drogas vegetais não oferecem condições para a

expressão da capacidade toxigênica dos contaminantes, sendo este o motivo para a

baixa ocorrência natural de micotoxinas (ABOU-ARAB et al, 1999; LUTOMSKI e

KEDZIA, 1980).

O presente estudo teve por finalidade verificar a ocorrência de micotoxinas em

amostra de droga vegetal artificialmente contaminada com cepa toxigênica de

Aspergillus flavus, após ter sido mantida sob condições que permitissem a expressão

da capacidade aflatoxigênica do fungo (umidade: 88%; temperatura: 26 + 1 ºC) e

verificar também a ocorrência da micotoxina em preparação derivada desta matéria-

prima.

555...555...111 ––– MMMAAATTTEEERRRIIIAAAIIISSS EEE MMMÉÉÉTTTOOODDDOOOSSS

555...555...111...111 ––– AAAmmmooossstttrrraaa

Neste estudo, foi utilizada a droga vegetal alcachofra.

Page 43: C ––– iii aa a ,,, aaa o t AAA eee · 142 A maioria dos métodos analíticos requer que as micotoxinas sejam extraídas para uma fase líquida composta por solventes orgânicos

183

555...555...111...222 ––– MMMaaattteeerrriiiaaaiiisss

Cepa microbiana CCeeppaa mmiiccrroobbiiaannaa

Foi utilizada cepa de Aspergillus flavus isolada em amostra de droga

vegetal com capacidade para produção de aflatoxina B1.

Meio de cultura MMeeiioo ddee ccuullttuurraa

Agar Dextrose Batata, Difco

Agar Sabouraud com cloranfenicol (0,5%), Difco

Reagentes RReeaaggeenntteess

Solução de cloreto de sódio 0,9%, estéril

EEExxxtttrrraaaçççãããooo

Água deionizada

Cloreto de sódio, Merck

Metanol PA, Merck

Tween 20®, Merck

DDDeeettteeecccçççãããooo

Acetato de etila PA, Merck

Ácido fórmico PA, Merck

Clorofórmio PA, Merck

Tolueno PA, Merck

CCCooonnnfff iiirrrmmmaaaçççãããooo

Acetona PA, Merck

Page 44: C ––– iii aa a ,,, aaa o t AAA eee · 142 A maioria dos métodos analíticos requer que as micotoxinas sejam extraídas para uma fase líquida composta por solventes orgânicos

184

Acetato de etila PA, Merck

Ácido fórmico PA, Merck

Clorofórmio PA, Merck

Tolueno PA, Merck

Insumos IInnssuummooss

Coluna de imunoafinidade AflaTest®, Vicam

Cromatoplaca de vidro para HPTLC, Merck

(10 x 20) cm, coberta com camada de 0,25 mm de espessura de

silicagel G60 sem indicador de fluorescência

Espátulas

Frascos de vidro, boca larga

Microsseringas, de 1 µL e de 10 µL, Hamilton

Papel de filtro, Whatman

Ponteiras descartáveis, com capacidade para 1000 µL

Terra diatomácea, Merck

Tubos de ensaio, 25 x 150 mm, bequeres, funis de separação, funis de

vidro

Equipamentos EEqquuiippaammeennttooss

Agitador mecânico tipo Shaker, Innova 4230, New Brunswick Scientific

Autoclave, Sercon

Balança semi-analítica, Micronal

Banho-maria a 80ºC, alocado em capela de segurança química

Page 45: C ––– iii aa a ,,, aaa o t AAA eee · 142 A maioria dos métodos analíticos requer que as micotoxinas sejam extraídas para uma fase líquida composta por solventes orgânicos

185

Câmara para visualização com lâmpada UV (365 nm), Camag

Cuba cromatográfica, Camag

Freezer, Brastemp

Percolador

Pipetador monocanal, volume variável, 100 a1000 µL, Boeco

555...555...111...333 ––– MMMééétttooodddooosss

555...555...111...333...111 ––– PPPrrreeepppaaarrraaaçççãããooo dddooo iiinnnóóócccuuulllooo dddeee AAAssspppeeerrrgggiiilllllluuu asss ffflllaavvvuuusss

Cepa de Aspergillus flavus, isolada em amostra de droga vegetal, com

capacidade para produção de aflatoxina B1 foi inoculada em placas contendo Agar

Dextrose Batata, seguindo-se de incubação a (26 + 1) ºC, por 10 a 15 dias. Após o

período de incubação, o crescimento fúngico foi removido da superfície do meio de

cultura, com auxílio de espátula estéril, transferido a frasco de vidro contendo

pérolas de vidro e 25 mL de solução estéril de cloreto de sódio a 0,9% estéril e após

agitação vigorosa, a suspensão foi filtrada e o filtrado submetido à contagem do

número de conídios/mL.

A determinação do número de conídios/mL da suspensão obtida foi realizada

por técnica de semeadura em profundidade utilizando Agar Sabouraud com

Page 46: C ––– iii aa a ,,, aaa o t AAA eee · 142 A maioria dos métodos analíticos requer que as micotoxinas sejam extraídas para uma fase líquida composta por solventes orgânicos

186

cloranfenicol (0,5%). A suspensão de Aspergillus flavus foi ajustada, com solução

estéril de cloreto de sódio a 0,9%, para conter 106 conídios/mL.

555...555...111...333...222 ––– CCCooonnntttaaammmiiinnnaaaçççãããooo aaarrrtttiiifffiiiccciiiaaalll dddeee aaalllcccaaaccchhhooofffrrraaa,,, mmmaaatttééérrriiiaaa---ppprrriiimmmaaa,,, cccooommm

AAAssspppeeerrrgggiiilllllluuu f asss fflllaavvvuuusss

Sobre porção de 350 g de alcachofra, em recipiente de vidro, foram

adicionados 350 mL de água destilada estéril. A mistura foi inoculada com 3,5 mL de

suspensão ajustada de Aspergillus flavus, homogeneizada e incubada a (26 + 1) ºC

por 14 dias, no escuro.

Como controle positivo para a produção de toxina, foram pesadas 350 g de

arroz, em frasco de vidro, sobre os quais foram adicionados 350 mL de água

destilada estéril. A mistura foi inoculada com 3,5 mL de suspensão ajustada de

Aspergillus flavus e incubada a (26 + 1) ºC por 14 dias, no escuro.

555...555...111...333...333 ––– PPPrrreeepppaaarrraaaçççãããooo dddeee eeexxxtttrrraaatttooo fffllluuuiiidddooo dddeee aaalllcccaaaccchhhooofffrrraaa

Após período de incubação, a droga vegetal foi autoclavada. Porção de 250 g

foi utilizada na preparação de extrato fluido, empregando o “processo A” de

percolação, conforme indicado na Farmacopéia Brasileira, 2a edição (1959) em álcool

Page 47: C ––– iii aa a ,,, aaa o t AAA eee · 142 A maioria dos métodos analíticos requer que as micotoxinas sejam extraídas para uma fase líquida composta por solventes orgânicos

187

etílico diluído (263 mL de álcool etílico em 250 mL de água destilada) como líquido

extrator.

555...555...111...333...444 ––– AAAvvvaaallliiiaaaçççãããooo dddaaa ppprrreeessseeennnçççaaa dddeee aaaffflllaaatttoooxxxiiinnnaaa BBB111 e eemmm aaalllcccaaaccchhhooofffrrraaa,,, mmmaaatttééérrriiiaaa---

ppprrriiimmmaaa v vveeegggeeetttaaalll

Após autoclavação da droga vegetal, porção de 50 g da amostra de alcachofra

foi separada para a pesquisa de aflatoxina B1.

A pesquisa da micotoxina foi realizada por cromatografia em camada delgada

de extrato obtido por técnica de imunoextração utilizando coluna de imunoafinidade

AflaTest®, conforme descrito no Capítulo V – Parte C.

O cromatograma foi desenvolvido a temperatura ambiente, em cuba não

saturada, utilizando sistema de solventes composto por tolueno, acetato de etila e

ácido fórmico (50:40:10) e a visualização realizada sob luz ultravioleta (365 nm).

O mesmo procedimento foi utilizado para avaliar a produção de aflatoxina B1

em arroz.

Page 48: C ––– iii aa a ,,, aaa o t AAA eee · 142 A maioria dos métodos analíticos requer que as micotoxinas sejam extraídas para uma fase líquida composta por solventes orgânicos

188

555...555...111...333...555 ––– AAAvvvaaallliiiaaaçççãããooo dddaaa ppprrreeessseeennnçççaaa dddeee aaaffflllaaatttoooxxxiiinnnaaa BBB111 eeemmm eeexxxtttrrraaatttooo fffllluuuiiidddooo dddeee

aaalllcccaaaccchhhooofffrrraaa

Porção de 50 mL do extrato fluido de Alcachofra foi utilizada para a pesquisa

de aflatoxina B1.

A pesquisa da micotoxina foi realizada por cromatografia em camada delgada

de extrato obtido por técnica de imunoextração utilizando coluna de imunoafinidade

AflaTest®, conforme descrito no Capítulo V – Parte C.

O cromatograma foi desenvolvido a temperatura ambiente, em cuba não

saturada, utilizando sistema de solventes composto por tolueno, acetato de etila e

ácido fórmico (50:40:10) e a visualização realizada sob luz ultravioleta (365 nm).

A confirmação química da identidade da micotoxina foi realizada por aplicação

de solução aquosa de ácido sulfúrico (50%) após o desenvolvimento do

cromatograma (CHOURASIA, 1995; REIF e METZGER, 1995; ROY e CHOURASIA,

1989; ROY e KUMARI, 1991).

555...555...222 ––– RRREEESSSUUULLLTTTAAADDDOOOSSS EEE DDDIIISSSCCCUUUSSSSSSÃÃÃOOO

A análise cromatográfica do extrato de arroz revelou a presença de aflatoxina

B1, indicando que as condições de incubação foram adequadas para a expressão da

capacidade toxigênica da cepa de Aspergillus flavus utilizada no estudo.

Page 49: C ––– iii aa a ,,, aaa o t AAA eee · 142 A maioria dos métodos analíticos requer que as micotoxinas sejam extraídas para uma fase líquida composta por solventes orgânicos

189

Os resultados obtidos na análise cromatográfica da matéria-prima alcachofra

artificialmente contaminada revelou a presença de aflatoxina B1, indicando a matéria-

prima vegetal forneceu substrato adequado à expressão da capacidade toxigênica da

cepa de Aspergillus flavus, quando a esta foi oferecida condições adequadas em

termos de temperatura e umidade.

Com relação à análise cromatográfica do extrato fluido de alcachofra

preparado com matéria-prima intencionalmente contaminada, verificou-se a presença

de aflatoxina B1, indicando que a contaminação da matéria-prima vegetal pode ser

transferida à preparação derivada.

555...555...333 ––– CCCOOONNNCCCLLLUUUSSSÃÃÃOOO

Apesar de hipóteses de que as drogas vegetais não são substratos adequados

à produção de micotoxinas, a análise micotoxicológica de amostra artificialmente

contaminada com cepa toxigênica de Aspergillus flavus revelou a presença da

aflatoxina B1, indicando a possibilidade da ocorrência de contaminação com

micotoxinas, quando os contaminantes fúngicos encontrem condições favoráveis ao

seu desenvolvimento e à produção de toxinas. Além disso, os resultados deste

estudo indicaram que a eventual contaminação da matéria-prima pode ocasionar em

contaminação de preparações derivadas.

Page 50: C ––– iii aa a ,,, aaa o t AAA eee · 142 A maioria dos métodos analíticos requer que as micotoxinas sejam extraídas para uma fase líquida composta por solventes orgânicos

190

666 ––– CCCOOONNNCCCLLLUUUSSSÃÃÃOOO FFFIIINNNAAALLL

A análise da contaminação microbiana em amostras de drogas vegetais

revelou que 92,3% das espécies vegetais estavam em desacordo com um ou mais

parâmetros microbiológicos, considerando-se as especificações adotadas para a

enumeração da carga microbiana presente e para a pesquisa de microrganismos

específicos.

Verificou-se a presença de Bacillus cereus, Citrobacter spp, Escherichia coli,

Enterobacter spp, Klebsiella spp, Staphylococcus spp, Acinetobacter spp,

Pseudomonas spp e Stenotrophomonas spp em 6,5%, 1,1%, 24,2%, 50,5%, 49,5%,

2,2%, 26,4%, 4,4% e 1,1% das amostras de drogas vegetais analisadas,

respectivamente.

Com relação à contaminação fúngica, verificou-se a presença de Aspergillus

flavus, Aspergillus parasiticus, Aspergillus ochraceus, Aspergillus niger, Aspergillus

fumigatus, outros Aspergillus spp, Penicillium citrinum, Penicillium chhrysogenum,

Alternaria spp, Chaetomium spp, Cladosporium spp, Mucor spp, Paecilomyces spp,

Phoma spp, Rhizopus spp e Trichoderma spp em 63,7%, 12,1%, 28,6%, 57,1%,

8,8%, 26,4%, 34,1%, 14,3%, 1,1%, 2,2%, 4,4%, 4,4%, 1,1%, 2,2%, 9,9% e 2,2%

das amostras analisadas, respectivamente. A presença de contaminação por gêneros

fúngicos conhecidos por sua capacidade em produzir micotoxinas evidencia a

potencialidade de contaminação por micotoxinas.

Page 51: C ––– iii aa a ,,, aaa o t AAA eee · 142 A maioria dos métodos analíticos requer que as micotoxinas sejam extraídas para uma fase líquida composta por solventes orgânicos

191

89,9% das cepas isoladas em 91 amostras de drogas vegetais

corresponderam a gêneros de importância do ponto de vista micotoxicológico

(Aspergillus e Penicillium), sendo que 21,97% destas cepas comprovaram a

capacidade em produzir micotoxinas, como aflatoxinas (42,9%), ocratoxina A

(22,4%) e citrinina (34,7%).

Apesar de ter sido detectada a presença de fungos toxigênicos em 35

amostras de drogas vegetais, a análise micotoxicológica revelou a ausência de

aflatoxinas, ocratoxina A e citrinina em todas as amostras analisadas, indicando que

a presença de cepas toxigênicas não implica na detecção de micotoxinas,

principalmente se não estiveram submetidos a condições favoráveis à expressão de

sua capacidade toxigênica.

Quando oferecidas condições adequadas de umidade, temperatura e tempo,

verificou-se a produção de aflatoxina B1 por cepa toxigênica de Aspergillus flavus

inoculada em amostra de droga vegetal, sendo que a micotoxina foi detectada em

preparação derivada desta matéria-prima.

Os dados obtidos sugerem que drogas vegetais podem ser consideradas

produtos de alto risco, sendo necessário definir medidas adequadas de controle

higiênico-sanitário para garantir a qualidade e segurança deste tipo de produto

desde a coleta, armazenamento, manipulação até o produto final.

Page 52: C ––– iii aa a ,,, aaa o t AAA eee · 142 A maioria dos métodos analíticos requer que as micotoxinas sejam extraídas para uma fase líquida composta por solventes orgânicos

192

777 ––– BBBIIIBBBLLLIIIOOOGGGRRRAAAFFFIIIAAA***

ABARCA, M. L.; ACCENSI, F.; BRAGULAT, M. R. CABAÑES, F. J. Current importance

of ochratoxin A-producing Aspergillus spp. J. Food Prot., Ames, v. 64, n. 6, p. 903-

906, 2001.

ABOU-ARAB, A. A. K; KAWTHER, M. S.; EL TANTAWY, M. E.; BADEAA, R. I.;

KHAYRIA, N. Quantity estimation of some contaminants in commonly used medicinal

plants in the Egyptian market. Food Chem., Barking, v. 67, p. 357-363, 1999.

ABU-IRMAILEH, B. E.; AFIFI, F. U. Herbal medicine in Jordan with special emphasis

on commonly used herbs. J. Ethnopharmacol., Lausanne, v. 89, p. 193-197, 2003.

[ANVISA] AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Guia para qualidade

em química analítica – uma assistência a acreditação. Brasília: Editora

Agência Nacional de Vigilância Sanitária, 2004, 80 p.

ALEXANDER, R. G.; WILSON, D. A.; DAVIDSON, A. G. Medicines control agency

investigation of the microbial quality of herbal products. The Pharmaceutical

Journal, London, v. 259, p. 259-261, 1997.

* De acordo com ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6023: informação e documentação: referências: elaboração. Rio de Janeiro, 2002.

Page 53: C ––– iii aa a ,,, aaa o t AAA eee · 142 A maioria dos métodos analíticos requer que as micotoxinas sejam extraídas para uma fase líquida composta por solventes orgânicos

193

[APHA] AMERICAN PUBLIC HEALTH ASSOCIATION. Compendium of Methods for

the Microbiological Examination of Foods. 4.ed., Washington: APHA, 2001.

676p.

ASSANTE, G.; CAMARDA, L.; LOCCI, R.; MERLINI, L.; NASINI, G.; PAPADOPOULOS,

E. Isolation and structure of red pigments from Aspergillus flavus and related

species, grown on a differential medium. J. Agric. Food Chem., Easton, v. 29, p.

785-787, 1981.

[ABNT] ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR ISO/IEC 17025:2001

– Requisitos gerais para competência de laboratórios de ensaio e calibração.

AZIZ, N. H.; YOUSSEF, Y. A.; EL-FOULY, M. Z.; MOUSSA, L. A. Contamination of

some common medicinal plant samples and spices by fungi and their mycotoxins.

Bot. Bull. Acad. Sinica, Cairo, v. 39, n. 4, p. 279-285, 1998.

BENNETT, J. W.; KLICH, M. Mycotoxins. Clin. Microbiol. Reviews, Washington, v.

16, n. 3, p. 497-516, 2003.

BENT, S.; KO, R. Commonly used herbal medicines in the United States: a review.

Am. J. Med., New York, v. 116, p. 478-485, 2004.

BERMUDEZ, A. D. M.; LECEA, J. R.; SOLIS, F. M.; ESTERAS, T. S. Micoflora de

matérias primas. Boll. Chim. Farm., Milano, v. 123, p. 123-129, 1983.

Page 54: C ––– iii aa a ,,, aaa o t AAA eee · 142 A maioria dos métodos analíticos requer que as micotoxinas sejam extraídas para uma fase líquida composta por solventes orgânicos

194

BEUCHAT, L. R.; NAIL, B. V.; BRACKETT, R. E.; FOX, T. L. Evaluation of a culture film

(PetrifilmTM YM) method for enumeration of yeasts and molds in selective dairy and

high-acid foods. J. Food Prot., Ames, v. 53, p. 869-874, 1990.

BEUCHAT, L. R.; NAIL, B. V.; BRACKETT, R. E.; FOX, T. L. Comparison of PetrifilmTM

Yeast and Mold culture film method to conventional methods for enumerating yeasts

and molds in foods. J. Food Prot., Ames, v. 54, p. 443-447, 1991.

BEUCHAT, L. R.; COPELAND, F.; CURIALE, M. S.; DANISAVICH, T.; GANGAR, V.;

KING, B. W.; LAWLIS, T. L.; LIKIN, R. O.; J. OKWUSOA; SMITH, C. F.; TOWNSEND,

D. E. Comparison of the simPlate total plate count method with petrifilm, redigel, and

conventional pour-plate methods for enumerating aerobic microorganisms in foods.

J. Food Prot., Ames, v. 61, n. 1, p. 14-18, 1998.

BLACKBURN, C. W.; BAYLIS, C. L.; PETTIT, S. B. Evaluation of petrifilm methods for

enumeration of aerobic flora and coliforms in wide range of foods. Lett. Appl.

Microbiol., Oxford, v. 22, p. 137-140, 1996.

BOUTRIF, E.; BESSY, C. Global significance of mycotoxins and phycotoxins.

In:_____. Mycotoxins and Phycotoxins in Perspective at the Turn of the

Millenium. The Netherlands: W.J. de Koe, 2000, cap. 01, p. 3-18.

Page 55: C ––– iii aa a ,,, aaa o t AAA eee · 142 A maioria dos métodos analíticos requer que as micotoxinas sejam extraídas para uma fase líquida composta por solventes orgânicos

195

BOVILL, R.; BEW, J.; ROBINSON, S. Comparison of selective media for the recovery

and enumeration of probiotic yeasts from animal feed. Int. J. Food Microbiol.,

Amsterdan, v. 67, p. 55-61, 2001.

BRAGULAT, M. R.; ABARCA, M. L.; CABAÑES, F.J. An easy screening method for

fungi producing ochratoxin A in pure culture. Int. J. Food Microbiol., Amsterdan,

v. 71, p. 139-144, 2001.

BRANDÃO, M. G. L.; FREIRE, N.; VIANNA-SOARES, C. D. Vigilância de fitoterápicos

em Minas Gerais. Verificação da qualidade de diferentes amostras comerciais de

camomila. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 14, p. 613-616, 1998.

BRASIL. Portaria nº 123, de 19 de outubro de 1994. Estabelece normas para o

registro de fitoterápicos. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil,

Brasília, DF, 20 out. 1994. Disponível em: <http://e-

legis.bvs.Br/leisref/public/showAct.php?id=775>. Acesso em: 22 mar. 2004.

BRASIL. Portaria nº 06, de 31 de janeiro de 1995. Institui e normatiza o registro de

produtos fitoterápicos junto ao Sistema de Vigilância Sanitária. Diário Oficial [da]

República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 01 fev. 1995. Disponível em:

<http://e-legis.anvisa.gov.br/leisref/public/showAct.php?id=5311&word=>. Acesso

em: 22 mar. de 2004.

Page 56: C ––– iii aa a ,,, aaa o t AAA eee · 142 A maioria dos métodos analíticos requer que as micotoxinas sejam extraídas para uma fase líquida composta por solventes orgânicos

196

BRASIL. Resolução RDC nº 17, de 24 de fevereiro de 2000. Dispõe sobre o registro

de medicamentos fitoterápicos. Diário Oficial [da] República Federativa do

Brasil, Brasília, DF, 25 fev. 2000. Disponível em: <http://e-

legis.anvisa.gov.br/leisref/public/showAct.php?id=1380&word=>. Acesso em: 22

mar. de 2004.

BRASIL. Resolução RDC nº 48, de 16 de março de 2004. Dispõe sobre o registro de

medicamentos fitoterápicos. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil,

Brasília, DF, 18 mar. 2004. Disponível em:

<http://www.anvisa.gov.br/legis/resol/2004/48_04rdc.htm>. Acesso em: 22 mar. de

2004.

BRESLER, G.; BRIZZIO, S. M.; VAAMONDE, G. Mycotoxin-producing potential of fungi

isolated from amaranth seeds in Argentina. Int. J. Food Microbiol., Amsterdan, v.

25, p. 101-108, 1995.

BRITISH Pharmacopoeia. London: The Stationery Office, 2004, Volume IV. p. A350,

A452-453.

CAIRNS-FULLER, V.; ALDRED, D.; MAGAN, N. Water, temperature and gas

composition interactions affect growth and ochratoxin A production by isolates of

Penicillium verrucosum on wheat grain. J. Appl. Microbiol., Oxford, v. 99, n. 5, p.

1215-1221, 2005.

Page 57: C ––– iii aa a ,,, aaa o t AAA eee · 142 A maioria dos métodos analíticos requer que as micotoxinas sejam extraídas para uma fase líquida composta por solventes orgânicos

197

CALIXTO, J. B. Efficacy, safety, quality control, marketing and regulatory guidelines

for herbal medicines (phytotherapeutic agents). Braz. J. Med. Biol. Res., v. 33, p.

179-189, 2000.

CALIXTO, J. B. Twenty-five years of research on medicinal plants in Latin America. A

personal view. J. Ethnopharmacol., Lausanne, v. 100, p. 131-134, 2005.

CAPASSO, F. The medicinal plants in our time. Boll. Chim. Farm., Milano, v. 125, n.

9, p. 322-327, 1986.

CARVAJAL, M.; MULHOLLAND, F.; CARNER, R.C. Comparison of the easi-extract

immunoaffinity concentration procedure with the AOAC CB method for the extraction

and quantitation of aflatoxin B1 in raw ground unskinned peanuts. J. Chromatogr.,

Amsterdan, v. 511, p. 379-383, 1990.

CHAIN, V. S.; FUNG, D. Y. C. Comparison of redigel, petrifilm, spiral palte system,

isogrid and aerobic plate count for determining the number of aerobic in selected

foods. J. Food Prot., Ames, v. 54; p. 208-211, 1991.

CHAN, K. Some aspects of toxic contaminants in herbal medicines. Chemosphere,

Oxford, v. 52, p. 1361-1371, 2003.

CHOI, D. W.; KIM, J. H.; CHO, S. Y.; KIM, D. H.; CHANG, S. Y. Regulation and

quality control of herbal frugs in Korea. Toxicology, v. 181-182, p. 581-586, 2002.

Page 58: C ––– iii aa a ,,, aaa o t AAA eee · 142 A maioria dos métodos analíticos requer que as micotoxinas sejam extraídas para uma fase líquida composta por solventes orgânicos

198

CHOURASIA, H. K. Mycobiota and mycotoxins in herbal drugs of Indian

pharmaceutical industries. Mycol. Res., London, v. 99, n. 6, p. 697-703, 1995.

CHOURASIA, H. K.; ROY, A. K. Effect of temperature, relative humidity and light on

aflatoxin B1 production in Neem and Datura seeds. Int. J. Pharmacogn., Lisse, v.

29, p. 197-202, 1991.

CORMIER, A.; CHIASSON, S.; LEGER, A. Comparison of maceration and enumeration

procedures for aerobic count in selected seafoods by standard method, PetrifilmTM,

RedigelTM and Isogrid. J. Food Prot., Ames, v. 56, p. 249-251, 1993.

CORRÊA, B.; GALHARDO, M.; COSTA, E. O.; SABINO, M. Distribution of molds and

aflatoxins in dairy cattle feeds and raw milk. Rev. Microbiol., São Paulo, v. 28, p.

279-283, 1997.

COSTA, L. L. F.; SCUSSEL, V. M. Toxigenic fungi in beans (Phaseolus vulgaris L.)

classes black and color cultivated in the state of Santa Catarina, Brazil. Braz. J.

Microbiol., São Paulo, v. 33, p. 138-144, 2002.

[CAST] COUNCIL for Agricultural Science and Technology. Mycotoxins: Risks in

plant, animal and human systems. Task Force Report n. 139, Ames: CAST,

2003. 217 p.

Page 59: C ––– iii aa a ,,, aaa o t AAA eee · 142 A maioria dos métodos analíticos requer que as micotoxinas sejam extraídas para uma fase líquida composta por solventes orgânicos

199

CVETNIC, Z.; PEPELJNJAK, S. Distribuition and mycotoxin-producing ability of some

fungal isolates from the air. Atmosphere Environment, v. 31, n. 3, p. 491-495,

1997.

CZECH, E.; KNEIFEL, W.; KOPP, B. Microbiological status of commercially available

medicinal herbal drugs – a screening study. Planta Med., Stuttgard, v. 67, p. 263-

269, 2001.

DE SMET, P. A. G. M. Health risks of herbal remedies: an update. Clin. Pharmacol.

Ther., v. 76, p. 1-17, 2004.

DENG, J. F. Clinical and laboratory investigations in herbal poisonings. Toxicology,

v. 181-182, p. 571-576, 2002.

DORES, R. G. R; VIANA, L. O.; PEREIRA, L. E.; PEDROSA; C. D.; SILVA, R. R.;

PINHEIRO, A. C. N.; NASCIMENTO, C. B.; SILVA, D. C. O.; CAMPOS, G. B. W.;

BORGES, J.; ALMEIDA, J. C. S.; FREITAS, L. S.; SILVA, L. C.; FONTES, S. D.;

PEREIRA, T. M. C.; MIRANDA, T. M. Fitoterapia e Alopatia: a atenção farmacêutica

“verde”. Infarma, Brasília, v. 15, n. 1/3, p. 62-66, 2003.

EFUNTOYE, M. O. Fungi associated with herbal drug plants during storage.

Mycopathogia, Den Haag, v. 136, p. 115-118, 1996.

Page 60: C ––– iii aa a ,,, aaa o t AAA eee · 142 A maioria dos métodos analíticos requer que as micotoxinas sejam extraídas para uma fase líquida composta por solventes orgânicos

200

EFUNTOYE, M. O. Mycotoxins of fungal strains from stored herbal plants and

mycotoxin contents of Nigerian crude herbal drugs. Mycopathogia, Den Haag, v.

147, p. 43-48, 1999.

EL-KADY, I. A.; EL-MARAGHY, S. S. M.; MOSTAFA, E. Contribution of the mesophilic

fungi of different spices in Egypt. Mycopathogia, Den Haag, v. 120, p. 93-101,

1992.

ELLIS, P.; MELDRUM, R. Comparison of the compact dry TC and 3M petrifilm ACP dry

sheet media methods with the spiral plate method for the examination of randomly

selected foods for obtaining aerobic colony counts. J. Food Prot., Ames, v. 65, p.

423-425, 2002.

ELSHAFIE, A. E.; AL-LAWATIA, T.; AL-BAHRY, S. Fungi associated with black tea

and tea quality in the Sultanate of Oman. Mycopathogia, Den Haag, v. 145, p. 89-

93, 1999.

ELSHAFIE, A. E.; AL-RASHDI, T.; AL-BAHRY, S. N.; BAKHEIT, C. S. Fungi and

aflatoxins associated with spices in the Sultanate of Oman. Mycopathogia, Den

Haag, v. 155, p. 155-160, 2002.

ELVIN-LEWIS, M. Should we be concerned about herbal remedies? J.

Ethnopharmacol., Lausanne, v. 75, p. 141-164, 2001.

Page 61: C ––– iii aa a ,,, aaa o t AAA eee · 142 A maioria dos métodos analíticos requer que as micotoxinas sejam extraídas para uma fase líquida composta por solventes orgânicos

201

ERNST, E. Herb-drug interactions: potentially important but woefully under-

researched. Eur. J. Clin. Pharmacol., Berlim, v. 56, p. 523-524, 2000.

ERNST, E. Adulteration of Chinese herbal medicines with synthetic drugs: a

systematic review. J. Internal Medicine, Oxon, v. 252, n. 2, p. 107-113, 2002.

ERNST, E. Toxic heavy metals and undeclared drugs in Asian herbal medicines.

Trends in Pharmacol. Sci., Amsterdan, v. 23, n. 3, p. 136-139, 2002 (b).

ESTEBAN, A.; ABARCA, M. L.; BRAGULAT, M. R.; CABAÑES, F. J. Effects of

temperature and incubation time on production of ochratoxin A by black Aspergilli.

Res. Microbiol., Paris, v. 155, p. 861-866, 2004.

EUROPEAN Pharmacopeia. 3. ed. Paris: Council of Europe, 2000. p. 70-78.

FARMACOPÉIA dos Estados Unidos do Brasil. 2. ed. São Paulo: Indústria Gráfica

Siqueira S.A., 1959, v.1. p. 432, 434, 444, 446-451.

FARMACOPÉIA Brasileira. Parte I. 4. ed. São Paulo: Atheneu, 1988. p. V.5.1.6.-1 –

V.5.1.7.-6.

FARMACOPÉIA Brasileira. Parte II, fascículo 1. 4. ed. São Paulo: Atheneu, 1996.

FARMACOPÉIA Brasileira. Parte II, fascículo 2. 4. ed. São Paulo: Atheneu, 2002.

Page 62: C ––– iii aa a ,,, aaa o t AAA eee · 142 A maioria dos métodos analíticos requer que as micotoxinas sejam extraídas para uma fase líquida composta por solventes orgânicos

202

FARMACOPÉIA Brasileira. Parte II, fascículo 3. 4. ed. São Paulo: Atheneu, 2003.

FARMACOPÉIA Brasileira. Parte II, fascículo 4. 4. ed. São Paulo: Atheneu, 2004.

FARMACOPÉIA Brasileira. Parte II, fascículo 5. 4. ed. São Paulo: Atheneu, 2005.

FARIAS, A. X.; ROBBS, C. F.; BITTENCOURT, A. M.; ANDERSEN, P. M.; CORRÊA, T.

B. S. Contaminação endógena por Aspergillus spp em milho pós-colheita no estado

do Paraná. Pesq. Agropec. Bras., Brasília, v. 35, n. 3, p. 617-621, 2000.

FARIAS, M. R.; SCHENKEL, E. P.; BERGOLD, A. M.; PETROVICK, P. O problema da

qualidade dos fitoterápicos. Cad. Farm., v. 1, n. 2, p. 73-82, 1985.

FASSIHI, R. A. Preservation and microbiological attributes of nonsterile

pharmaceutical products. In: Block, S. S. Desinfection Sterilization and

Preservation. 5. ed, Philadelphia: Lippincott Williams & Wilkins, 2001, p. 1263-

1281.

FENNELL, C. W.; LIGHT, M. E.; SPARG, S. G.; STAFFORD, G. I.; VAN STADEN, J.

Assessing African medicinal plants for efficacy and safety: agricultural and storage

practices. J. Ethnopharmacol., Lausanne, v. 95, p. 113-121, 2004.

FILTENBORG, O.; FRISVAD, J. C.; THRANE, U. Moulds in food spoilage. Int. J. Food

Microbiol., Amsterdan, v. 33, p. 85-102, 1996.

Page 63: C ––– iii aa a ,,, aaa o t AAA eee · 142 A maioria dos métodos analíticos requer que as micotoxinas sejam extraídas para uma fase líquida composta por solventes orgânicos

203

FISCHER, D. C. H.; SAITO, T. Contaminação microbiana em fitoterápicos. Rev.

Farm. Bioquim. Univ. S. Paulo, São Paulo, v. 24, p. 143-144, 1988.

FISCHER, D. C. H.; OHARA, M. T.; SAITO, T. Contaminação microbiana em

medicamentos fitoterápicos sob a forma sólida. Rev. Farm. Bioquim. Univ. S.

Paulo, São Paulo, v. 29, p. 81-88, 1993.

FISCHER, D. C. H.; OHARA, M. T.; SAITO, T. Padrão microbiano em medicamentos

não estéreis de uso oral. Rev. Bras. Farmacogn., São Paulo, v. 1, p. 29-54, 1996.

[FDA] FOOD AND DRUGS ADMINISTRATION – Center for Food Safety and Applied

Nutrition. Bacteriological Analytical Manual Online, 2001. Disponível em:

<http://www.cfsan.fda.gov/>. Acesso em: 10 jan. 2003.

FREIRE, F. C. O.; KOZAKIEWICZ, Z.; PATERSON, R. R. M. Mycoflora and mycotoxins

in Brazilian black pepper, white pepper and Brazil nuts. Mycopathogia, Den Haag,

v. 149, p. 13-19, 2000.

GARCIA, E. S.; SILVA, A. C. P.; GILBERT, B.; CORREA, C. B. V.; CAVALHEIRO, M. V.

S.; SANTOS, R. R.; TOMASSINI, T. Biodiversidade: perspectivas e oportunidades

tecnológicas. Fitoterápicos. Disponível em :

<http://www.bdt.org.br/publicações/padct/bio/cap10/Eloi.html>. Acesso em: 12 fev.

2003.

Page 64: C ––– iii aa a ,,, aaa o t AAA eee · 142 A maioria dos métodos analíticos requer que as micotoxinas sejam extraídas para uma fase líquida composta por solventes orgânicos

204

GARRIDO, D.; JODRAL, M.; POZO, R. Mold flora and aflatoxin-producing strains of

Aspergillus flavus in spices and herbs. J. Food Prot., Ames, v. 55, n. 6, p. 451-452,

1992.

GELLI, D. S.; JAKABI, M.; PORTO, E. Isolamento de Aspergillus spp, aflatoxigênicos

de produtos alimentícios – São Paulo, Capital. Rev. Inst. Adolfo Lutz, São Paulo, v.

50, n. 1/2, p. 319-323, 1990.

GILBERT, J.; ANKLAM, E. Validation of analytical methods for determining

mycotoxins in foodstuffs. TrAC, Amsterdan, v. 21, p. 468-486, 2002.

GINN, R. E.; PACKARD, V. S.; FOX, T. L. Enumeration of total bacteria and coliforms

in milk by dry rehydratable film methods: collaborative study. J. AOAC, Washington,

v. 69, n. 3, p. 527-531, 1986.

GIVEON, S.M.; LIBERMAN, N.; KLANG, S.; KAHAN, E. Are people who use “natural

drugs” aware of their potentially harmful side effects and reporting to family

physician? Patient Education and Counseling, Amsterdan, v. 53, p. 5-11, 2004.

GOLDBECK-WOOD, S.; DOROZYNSKI, A.; LIE, L. G.; YAMAUCHI, M.; ZIN, C.;

JOSEFSON, D.; INGRAM, M. Complementary medicine is booming worldwide

(alternative medicine). Brit. Med. J., London, v. 313, n. 7050, p. 131-134, 1996.

Page 65: C ––– iii aa a ,,, aaa o t AAA eee · 142 A maioria dos métodos analíticos requer que as micotoxinas sejam extraídas para uma fase líquida composta por solventes orgânicos

205

HAGE, D. S. Survey of recent advances in analytical applications of immunoaffinity

chromatography. J. Chromatogr. B, Amsterdan, v. 715, p. 3-28, 1998.

HALT, M. Moulds and mycotoxins in herb tea and medicinal plants. Eur. J.

Epidemiol., Roma, v. 14, p. 269-274, 1998.

HARA, S.; FENNELL, D. I.; HESSELTINE, C. W. Aflatoxin-producing strains of

Aspergillus flavus detected by fluorescence of agar medium under ultraviolet light.

Appl. Microbiol., Baltimore, v. 27, n. 6, p. 1118-1123, 1974.

HAYES, M. C.; RALYEA, R. D.; MURPHY, S. C.; CAREY, N. R.; SCARLETT, J. M.;

BOOR, K. J. Identification and characterization of elevated microbial counts in bulk

tank raw milk. J. Dairy Sci., Lancaster, v. 84, p. 292-298, 2001.

HESSELTINE, C. W.; SHOTWELL, O. L.; ELLIS, J. J.; STUBBLEFIELD, R. D. Aflatoxin

formation by Aspergillus flavus. Bacteriol. Rev., v. 30, n. 4, p. 795-805, 1966.

HITOKOTO, H.; MOROZUMI, S.; WAUKET, T.; SAKAI, S.; KURATA, H. Fungal

contamination and mycotoxyn detection of powdered herbal drugs. Appl.

Environm. Microbiol., Baltimore, v. 36, n. 2, p. 252-256, 1978.

HOLT, J.G.; KRIEG, N.R.; SNEATH, P.H.A.; STALEY, J.T.; WILLIAMS, S.T. Bergey’s

manual of determinative Bacteriology. 9. ed., Philadelphia: Lippincott Williams

& Wilkins, 2000. 787 p.

Page 66: C ––– iii aa a ,,, aaa o t AAA eee · 142 A maioria dos métodos analíticos requer que as micotoxinas sejam extraídas para uma fase líquida composta por solventes orgânicos

206

KNEIFEL, W.; BERGER, E. Microbiological criteria of random samples of spices and

herbs retailed on the Austrian market. J. Food Prot., Ames, v. 57, n. 10, p. 893-

901, 1994.

KNEIFEL, W.; CZECH, E.; KOPP, B. Microbial contamination of medicinal plants – a

review. Planta Med., Stuttgart, v. 68, n. 1, p. 5-15, 2002.

KOROLKOVAS, A. A riqueza potencial de nossa flora. Rev. Bras. Farmacogn., São

Paulo, v. 1, p. 1-7, 1996.

LACIAKOVA, A.; POPELKA, P.; PIPOVA, M.; LACIAK, V. Review of the most important

mycotoxins. Med. Weterynaryjna, v. 61, n. 5, p. 490-493, 2005.

LIN, L.; ZHANG, J.; WANG, P.; WANG, Y.; CHEN, J. Thin-layer chromatography of

mycotoxins and comparison with other chromatographic methods. J. Chromatogr.

A, Amsterdan, v. 815, p. 3-20, 1998.

LIN, M. T.; DIANES, J. C. A coconut-agar medium for rapid detection of aflatoxin

production by Aspergillus spp. Phytopathology, Lancaster, v. 66, n.12, p. 1466-

1469, 1976.

LLEWELLYN, G. C.; BURKETT, M. L.; EADIE, T. Potential mold growth, aflatoxin

production, and antimycotic activity of selected natural spices and herbs. J. Assoc.

Off. Anal. Chem., Washington, v. 64, n. 4, p. 955-960, 1981.

Page 67: C ––– iii aa a ,,, aaa o t AAA eee · 142 A maioria dos métodos analíticos requer que as micotoxinas sejam extraídas para uma fase líquida composta por solventes orgânicos

207

LLEWELLYN, G. C.; MOONEY, R. L.; CHEATLE, T. F.; FLANNIGAN, B. Mycotoxin

contamination of spices – an update. Int. Biodeterior. Biodegrad., v. 29, n. 2, p.

111-121, 1992.

LUTOMSKI, J.; KEDZIA, B. Mycoflora of crude drugs. Estimation of mould

contaminations and their toxicity. Planta Med., Stuttgard, v. 40, p. 212-217, 1980.

MAGAN, N.; HOPE, R.; CAIRNS, V.; ALDRED, D. Post-harvest fungal ecology: impact

of fungal growth and mycotoxin accumulation in stored grain. Eur. J. Plant Pathol.,

Dordrecht, v. 109, p. 723-730, 2003.

MAHADY, G. B. Global Harmonization of Herbal Health Claims. J. Nutrition,

Bethesda, v. 131, p. 1120S-1123S, 2001.

MANDEEL, Q. A. Fungal contamination of some imported spices. Mycopathologia,

Den Haag, v. 159, p. 291-298, 2005

MARQUES, L. C. Vigilância de fitoterápicos - I: o caso da arnica. Rev. Bras.

Farmacogn., São Paulo, v. 1, p. 8-19, 1996.

MARTINS, H. M.; MARTINS, M. L.; DIAS, M. I.; BERNARDO, F. Evaluation of

microbiological quality of medicinal plants used in natural infusions. Int. J. Food

Microbiol., Amsterdan, v. 68, p. 149-153, 2001.

Page 68: C ––– iii aa a ,,, aaa o t AAA eee · 142 A maioria dos métodos analíticos requer que as micotoxinas sejam extraídas para uma fase líquida composta por solventes orgânicos

208

MENITTI-IPPOLITO, F.; GARGIULO, L.; BOLOGNA, E.; FORCELLA, E. RASCHETTI, R.

Use of unconventional medicine in Italy: a nation-wide survey. Eur. J. Clin.

Pharmacol., Berlim, v. 58, p. 61-64, 2002.

MIZUOCHI, S.; KODAKA, H. Evaluation of dry sheet medium culture plate

(Compactdry TC) method for determining numbers of bacteria in food smaples. J.

Food Prot., Ames, v. 63, n. 5, p. 665-667, 2000.

MOLINIÉ, A.; FAUCET, V.; CASTEGNARO, M.; PFOHL-LESZKOWICZ, A. Analysis of

some breakfast cereals on the French market for their contents of ochratoxin A,

citrinin and fumonsin B1: development of a method for simultaneous extraction of

ochratoxin A and citrinin. Food Chem., Barking, v. 92, p. 391-400, 2005.

NORRED, W. P. Agriculturally important fungal toxins. Chem. Health & Safety,

Jul/Aug, 2000.

NUÑEZ, F.; RODRIGUES, M. M.; BERMUDEZ, M. E.; CORDOBA, J. J.; ASENSIO, M. A.

Composition and toxigenic potential of the mould population on dry-cured Iberian

ham. Int. J. Food Microbiol., Amsterdan, v. 32, p. 185-197, 1996.

OLIVEIRA, C. A. F.; GERMANO, P. M. L. Aflatoxinas: conceitos sobre mecanismos de

toxicidade e seu envolvimento na etiologia do câncer hepático celular. Rev. Saúde

Publ., São Paulo, v. 31, n. 4, 417-424, 1997.

Page 69: C ––– iii aa a ,,, aaa o t AAA eee · 142 A maioria dos métodos analíticos requer que as micotoxinas sejam extraídas para uma fase líquida composta por solventes orgânicos

209

OLIVEIRA, M. S.; PRADO, G.; JUNQUEIRA, R. G. Comparação das técnicas de

cromatografia em camada delgada e ELISA na quantificação de aflatoxinas em

amostras de milho. Cien. Tecnol. Alimentos, v. 20, p., 2000.

OMURTAG, G. Z.; YAZICIOGLU, D. Determination of fumonisins B1 and B2 in herbal

tea and medicinal plants in Turkey by high-performance liquid chromatography. J.

Food Prot., Ames, v. 67, n. 8, p. 1782-1786, 2004.

PARDO, E.; MARIN, S.; RAMOS, A. J.; SANCHIS, V. Occurrence of ochratoxigenic

fungi and ochratoxin A in green coffee from different origins. Food Sci. Tech. Int.,

Oxford, v. 10, v. 1, p. 45-49, 2004.

PARK, Y. H.; SEO, K. S.; AHN, J. S.; YOO, H. S.; KIM, S. P. Evaluation of petrifilm

plate method for the enumeration of aerobic microorganisms and coliforms in

retailed meat samples. J. Food Prot., Ames, v. 64, n. 11, p. 1841-1843, 2001.

PATTISON, T. L.; GEORNARAS, I.; HOLY, A. V. Microbial populations associated with

commercially produced South African sorghum beer as determined by conventional

and Petrifilm plating. Int. J. Food Microbiol., Amsterdan, v. 43, p. 115-122, 1998.

PEARSON, S. M.; CANDLISH, A. A. G.; AIDOO, K. E.; SMITH, J. E. Determination of

aflatoxin levels in pistachio and cashew nuts using immunoaffinity column clean-up

with HPLC and fluorescence detection. Biotechnol. Tech., v. 13, p. 97-99, 1999.

Page 70: C ––– iii aa a ,,, aaa o t AAA eee · 142 A maioria dos métodos analíticos requer que as micotoxinas sejam extraídas para uma fase líquida composta por solventes orgânicos

210

PESSOA, G. V. A.; SILVA E. A. M. Meios de Rugai e lisina-motilidade combinados em

um só tubo para identificação presuntiva de enterobactérias. Rev. Inst. Adolfo

Lutz, São Paulo, v. 32, p. 97-100, 1972.

PITT, J. I. Collaborative studies on methods in food mycology. Int. J. Food

Microbiol., Amsterdan, v. 29, p. 137-139, 1996.

PITT, J. I. The genus Penicillium. Sidney, Australia: Academic Press Inc., 1979.

PITT, J. I.; BASILICO, J. C.; ABARCA, M. L.; LOPEZ, C. Mycotoxins and toxigenic

fungi. Med. Mycol., Oxford, v. 38, Suppl. 1, p. 41-46, 2000.

PITTET, A. Natural occurrence of mycotoxins in foods and feeds: a decade in review.

In:_____. Mycotoxins and Phycotoxins in Perspective at the Turn of the

Millenium. The Netherlands: W.J. de Koe, 2000, cap. 06, p. 153-172.

POZETTI, G. L. Controle de qualidade aplicado a fitoterápicos e a produtos

homeopáticos. Rev. Racine, São Paulo, v. 25, n. mar/abr, p. 5-6, 1995.

RAPPER, K. B.; FENNEL, D.I. The genus Aspergillus. Baltimore: The Williams and

Wilkins Company, 1965.

RATES, S. M. K. Plants as source of drugs. Toxicon, Oxford, v. 39, p. 603-613,

2001.

Page 71: C ––– iii aa a ,,, aaa o t AAA eee · 142 A maioria dos métodos analíticos requer que as micotoxinas sejam extraídas para uma fase líquida composta por solventes orgânicos

211

REIF, K.; METZGER, W. Determination of aflatoxins in medicinal herbs and plant

extracts. J. Chromatogr. A, Amsterdan, v. 692, p. 131-136, 1995.

REN, P.; AHEARN, D. G.; CROW Jr, S. A. Comparative study of Aspergillus mycotoxin

production on enriched media and construction material. J. Ind. Microbiol.

Biotechnol., Hampshire, v. 23, p. 209-213, 1999.

RESNIK, S.; COSTARRICA, M. L.; PACIN, A. Mycotoxins in Latin America and the

Caribbean. Food Control, Guildford, v. 6, n. 1, p. 19-28, 1995.

RIZZO, I.; VEDOYA, G.; MAURUTTO, S.; HAIDUKOWSKI, M.; VARSAVSKY, E.

Assessment of toxigenic fungi on Argentinean medicinal herbs. Microbiol. Res.,

Buenos Aires, v. 159, n. 2, p. 113-120, 2004.

RODRIGUEZ-AMAYA, D. B.; SABINO, M. Mycotoxin research in Brazil: tha last decade

in review. Braz. J. Microbiol., São Paulo, v. 33, p. 1 -11, 2002.

ROY, A. K; CHOURASIA, H. K. Aflatoxin problems in some medicinal plants under

storage. Int. J. Crude Drug Res., Lisse, v. 27, n. 3, p. 156-160, 1989.

ROY, A. K.; KUMARI, V. Aflatoxin and citrinin in seeds of some medicinal plants

under storage. Int. J. Pharmacogn., Lisse, v. 29, n. 1, p. 62-65, 1991.

Page 72: C ––– iii aa a ,,, aaa o t AAA eee · 142 A maioria dos métodos analíticos requer que as micotoxinas sejam extraídas para uma fase líquida composta por solventes orgânicos

212

ROY, A. K.; SINHA, K. K.; CHOURASIA, H. K. Aflatoxin contamination of some

common drug plants. Appl. Environm. Microbiol., Balimore, v. 54, n. 3, p. 842-

843, 1988.

RUGAI, E.; ARAUJO, A. Meio de cultura para identificação preseuntiva de bacilos

intestinais gram-negativos. Rev. Inst. Adolfo Lutz, São Paulo, v. 28, p. 79-83,

1968.

RUIZ, C. G.; HERNANDEZ, E. F.; SANCHEZ, M. S.; GONZALEZ, M. M. Sobre la

micoflora de plantas medicinales IV. Rev. Cubana Farm., Havana, v. 23, n. 1-2, p.

161-172, 1989.

RUIZ, J. A.; BENTABOL, A.; GALLEGO, C.; ANGULO, R.; ACOSTA, I.; JODRAL, M.

Aflatoxin-producing strains of Aspergillus flavus in mould flora of the different

greenhouse substrates for the cultivation of cucumber (Cucumis sativus, L.). Int. J.

Food Microbiol., Amsterdan, v. 29, p. 193-199, 1996.

RUSTOM, I. Y. S. Aflatoxin in food and feed: occurrence, legislation and inactivation

by physical methods. Food Chem., Barking, v. 59, p. 57-67, 1997.

SANTOS, P. R. V.; OLIVEIRA, A. C. X.; TOMASSINI, T. C. B. Controle microbiológico

de produtos fitoterápicos. Rev. Farm. Bioquim. Univ. S. Paulo, São Paulo, v. 31,

p. 35-38, 1995.

Page 73: C ––– iii aa a ,,, aaa o t AAA eee · 142 A maioria dos métodos analíticos requer que as micotoxinas sejam extraídas para uma fase líquida composta por solventes orgânicos

213

SARDESAI, V. M. Herbal medicines: poisons or potions? J. Lab. Clin. Med., v. 139,

p. 343-348, 2002.

SCHENKEL, E. P.; GOSMANN, G.; FARIAS, M. R.; SANTOS, R. I.; VIANNA, R. M. J.;

SIMÕES, C. M. O. O controle de qualidade de insumos vegetais e fitoterápicos na

Faculdade de Farmácia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Cad. Farm.,

v. 2, n. 2, p. 139-151, 1986.

SCOTT, P. M. Natural toxins. In: AOAC International. Official Methods of Analysis

of AOAC International, 16. ed., 1995, cap. 49.

SCOTT, P. M.; TRUCKSSES, M. W. Application of immunoaffinity columns to

mycotoxin analysis. J. AOAC Int., Washington, v. 80, n. 5, p. 941-949, 1997.

SENYK, G. F.; KOZLOWSKI, S. M.; NOAR, P. S.; SHIPE, W. F.; BANDLER, D. K.

Comparison of dry culture medium and conventional plating techniques for

enumeration of bacteria in pasteurized fluid milk. J. Dairy Sci., Lancaster, v. 70, p.

1152-1158, 1987.

SHEPHARD, G. S. Analytical methodology for mycotoxins: recent advances and future

challenges. In:_____. Mycotoxins and Phycotoxins in Perspective at the Turn

of the Millenium. The Netherlands: W.J. de Koe, 2000, cap. 02, p. 19-28.

Page 74: C ––– iii aa a ,,, aaa o t AAA eee · 142 A maioria dos métodos analíticos requer que as micotoxinas sejam extraídas para uma fase líquida composta por solventes orgânicos

214

SHOTWELL, O. L.; HESSELTINE, C. W.; STUBBLEFIELD, R. D.; SORENSON, W. G.

Production of aflatoxin on rice. Appl. Microbiol., Baltimore, v. 14, n. 3, p. 425-428,

1966.

SILANO, M.; DE VINCENZI, M.; DE VINCENZI, A.; SILANO, V. The new European

legislation on traditional herbal medicines: main features and perspectives.

Fitoterapia, Milano, v. 75, p. 107-116, 2004.

SIMÕES, C. M. O. Farmacognosia: da planta ao medicamento. 2. ed.

Florianópolis: Ed da UFRGS/Ed da UFSC, 2002. 821 p.

SIMÕES, C. M.; SCHENKEL, E. P. A pesquisa e a produção brasileira de

medicamentos a partir de plantas medicinais: a necessária interação da indústria

com a academia. Rev. Bras. Farmacogn., São Paulo, v. 12, n. 1, p. 35-40, 2002.

SMEDSGAARD, J. Micro-scale extraction procedure for standardized screening of

fungal metabolite production in cultures. J. Chromatogr. A, Amsterdan, v. 760, p.

264-270, 1997.

SMOLINSKE, S. C. Herbal product contamination and toxicity. J. Pharm. Practice,

v. 18, n. 3, p. 188-208, 2005.

SOARES, L. M. V.; RODRIGUEZ-AMAYA, D. B. Survey of aflatoxins, ochratoxins A,

zearalenone and sterigmatocistin in some Brazilian foods by using multi-toxin thin

Page 75: C ––– iii aa a ,,, aaa o t AAA eee · 142 A maioria dos métodos analíticos requer que as micotoxinas sejam extraídas para uma fase líquida composta por solventes orgânicos

215

layer chromatographic method. J. Assoc. Off. Anal. Chem., Washington, v. 72, p,

22-26, 1989.

SOLFRIZZO, M.; AVANTAGGIATO, G.; VISCONTI, A. Use of various clean-up

procedures for the analysis of ochratoxin A in cereals. J. Chromatogr. A,

Amsterdan, v. 815, p. 67-73, 1998.

SONAGLIO, D.; FARIAS, M.R.; DIEHL, E.E.; SIMÕES, C.M.O. Fitoterápicos: um

recurso terapêutico. Rev. Ciências da Saúde, Florianópolis, v. XI, n. 2, p. 147-149,

1992.

SORENSEN, W. G.; HESSELTINE, C. W.; SHOTWELL, O. L. Effect of temperature on

production of aflatoxin on rice by Aspergillus flavus. Mycopathologia et Mycologia

Applicata, Den Haag, v. 33, n. 1, p. 49-55, 1967.

SPANGENBERG, D. S.; INGHAM, S. C. Comparison of methods for enumeration of

yeasts and molds in shredded low-moisture, part-skim mozzarella cheese. J. Food

Prot., Ames, v. 63, n. 4, p. 529-533, 2000.

SPEIJERS, G. J. A. Risk assessment of mycotoxins and food safety. In:_____.

Mycotoxins and Phycotoxins in Perspective at the Turn of the Millenium.

The Netherlands: W.J. de Koe, 2000, cap. 05, p. 111-121.

Page 76: C ––– iii aa a ,,, aaa o t AAA eee · 142 A maioria dos métodos analíticos requer que as micotoxinas sejam extraídas para uma fase líquida composta por solventes orgânicos

216

STOLOFF, L. The three eras of fungal toxin research. J. Am. Oil Chem. Soc., v. 56,

n. 9, p. 784-788, 1979.

STROKA, J.; ANKLAM, E. New strategies for screening and determination of

aflatoxins and the detection of aflatoxin-producing moulds in food and feed. TrAC,

Amsterdan, v. 21, n. 2, p. 90-95, 2002.

STROKA, J.; OTTERDIJK, R.; ANKLAM, E. Immunoaffinity column clean-up prior to

thin-layer chromatography for the determination of aflatoxins in various food

matrices. J. Chromatogr. A, Amsterdan, v. 904, p. 251-256, 2000.

SWEENEY, M. J.; DOBSON, A. D. W. Mycotoxin production by Aspergillus, Fusarium

and Penicillium species. Int. J. Food Microbiol., Amsterdan, v. 43, p. 141-158,

1998.

TANIWAKI, M. H.; IAMANAKA, B. T.; BANHE, A. A. Comparison of culture media to

recover fungi from flour and tropical fruit pulps. J. Food Mycol., v. 2, p. 291-302,

1999.

TANIWAKI, M. H.; SILVA, N.; BANHE, A. A.; IAMANAKA, B. T. Comparison of culture

media, simplate, and petrifilm for enumeration of yeasts and molds in food. J. Food

Prot., Ames, v. 64, n. 10, p. 1592-1596, 2001.

Page 77: C ––– iii aa a ,,, aaa o t AAA eee · 142 A maioria dos métodos analíticos requer que as micotoxinas sejam extraídas para uma fase líquida composta por solventes orgânicos

217

TASSANEEYAKUL, W.; RAZZAZI-FAZELI, E.; PORASUPHATANA, S.; BOHM, J.

Contamination of aflatoxins in herbal medicinal products in Thailand.

Mycopathologia, Den Haag, v. 158, p. 239-244, 2004.

[USP] THE PHARMACOPEIA of The United States of America. 11. ed. Easton: Mack

Printing Company, 1936.

[USP] THE PHARMACOPEIA of The United States of America. 12. ed. Easton: Mack

Printing Company, 1942.

[USP] THE PHARMACOPEIA of The United States of America. 13. ed. Easton: Mack

Printing Company, 1947.

[USP] THE UNITED States Pharmacopeia. 18. ed. Rockville: United States

Pharmacopeial Convention, 1970.

[USP] THE UNITED States Pharmacopeia. 19. ed. Rockville: United States

Pharmacopeial Convention, 1975.

[USP] THE UNITED States Pharmacopeia. 25. ed. Rockville: United States

Pharmacopeial Convention, 2002. p. 1995.

[USP] THE UNITED States Pharmacopeia. 28. ed. Rockville: United States

Pharmacopeial Convention, 2005. 3013 p.

Page 78: C ––– iii aa a ,,, aaa o t AAA eee · 142 A maioria dos métodos analíticos requer que as micotoxinas sejam extraídas para uma fase líquida composta por solventes orgânicos

218

TRUCKSESS, M. W. Mycotoxins. J. AOAC Int., Washington, v. 84, n. 1, p. 202-211,

2001.

TRUCKSESS, M. W. Rapid analysis (thin layer chromatopgarphic and immunochemical

methods) for mycotoxins in food and feeds. In:_____. Mycotoxins and

Phycotoxins in Perspective at the Turn of the Millenium. The Netherlands:

W.J. de Koe, 2000, cap. 02, p. 29-40.

VEIGA Jr, V. F.; PINTO, A. C.; MACIEL, M. A. M. Plantas medicinais: cura segura?

Química Nova, São Paulo, v. 28, p. 519-528, 2005.

VENTURA, M.; GÓMEZ, A.; ANAYA, I.; DÍAZ, J.; BROTO-PUIG, F.; AGUT, M.;

COMELLAS, L. Determination of aflatoxins B1, G1, B2 and G2 in medicinal herbs by

liquid chromatography-tandem mass spectrometry. J. Chromat. A, Amsterdan, v.

1048, p. 25-29, 2004.

VENTURA, M.; ANAYA, I.; BROTO-PUIG, F.; AGUT, M.; COMELLAS, L. Two-

dimensional thin-layer chromatographic method for the analysis of ochratoxin A in

green coffee. J. Food Prot., Ames, v. 68, n. 9, p. 1920-1922, 2005.

VLAEMYNCK, G. M. Comparison of PetrifilmTM and plate count methods for

enumerating molds and yeasts in cheese and yogurt. J. Food. Prot., Ames, v. 57, p.

913-914, 1994.

Page 79: C ––– iii aa a ,,, aaa o t AAA eee · 142 A maioria dos métodos analíticos requer que as micotoxinas sejam extraídas para uma fase líquida composta por solventes orgânicos

219

[WHO] WORLD HEALTH ORGANIZATION. Quality control methods for medicinal

plant materials. Geneva: WHO, 1998. 115 p.

YANG, M. H.; CHEN, J. M.; ZHANG, X. H. Immunoaffinity column clean-up and liquid

chromatography with post-column derivatization for analysis od aflatoxin in

traditional chinese medicine. Chromatographia, [online first], 2005.

YONG, R. K.; COUSIN, M. A. Detection of moulds producing aflatoxins in maize and

peanuts by an immunoassay. Int. J. Food Microbiol., Amsterdan, v. 65, p. 27-38,

2001.

ZARONI, M.; PONTAROLO, R.; ABRAHãO, W. S. M.; FÁVERO, M. L. D.; CORREA Jr,

C.; STREMEL, D. P. Qualidade microbiológica das plantas medicinais produzidas no

Estado do Paraná. Rev. Bras. Farmacogn., São Paulo, v. 14, n. 1, p. 29-39, 2004.

ZHANG, X. H.; LIU, H. L.; CHEN, J. M. Immunoaffinity column clean-up with liquid

chromatography using post-column bromination for aflatoxins in medicinal herbs and

plant extracts. J. Chromatogr. Sci., Amsterdan, v. 43, p. 47-51, 2005.

ZOLLMAN, C.; VICKERS, A. Users of practitioners of complementary medicine. Brit.

Med. J., London, v. 319, p. 836-838, 1999.