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CENTRO ESCOLAR DE GAFANHA DE AQUÉM PROJETO DE ARQUITETURA C ÂMARA M UNICIPAL DE Í LHAVO D IVISÃO DE P LANEAMENTO U RBANÍSTICO E P ROJETOS 1

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PROJETO DE ARQUITETURA

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1. MEMÓRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA

ÂMBITO

Esta Memória Descritiva respeita ao projeto para a construção de uma nova infraestrutura

escolar, para substituição da antiga escola e em novo local, muito menos condicionado

em termos de topografia e amplitude da parcela e melhor servido por infraestruturas

viárias, abrangendo as valências de ensino pré-escolar e do ensino básico 1.º ciclo, que a

Câmara Municipal de Ílhavo pretende levar a efeito em terreno que possui na freguesia de

Gafanha de Aquém, à Rua de Ílhavo.

Encontra-se estruturada nos seguintes capítulos:

1. Objetivos e Enquadramento

2. Normativos aplicáveis

3. Descrição da Proposta de Intervenção

4. Programa de espaços e Áreas

5. Caracterização Construtiva

6. Maqueta

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1. OBJETIVOS E ENQUADRAMENTO

Relativamente ao antigo estabelecimento, tendo em conta as necessidades de

ampliação do número de salas de aula e todos os requisitos regulamentares entretanto

aplicáveis, a par de todos os constrangimentos físicos em presença - como sejam a

diversidade das construções e as diversas cotas de soleira que seria necessário

compatibilizar, a que acresce ainda a insuficiência das áreas de recreio - todas as

tentativas de projeto desenvolvidas vieram demonstrar como inviável um cumprimento

ainda que apenas satisfatório de todas as variáveis em presença.

Nestes termos, foi colocada a possibilidade de relocalização do novo

estabelecimento para uma zona de acessibilidades mais francas, num terreno de

planimetria homogénea e já propriedade privada municipal, no caso possível pela

alteração substancial do que foi para ser o Parque da Carreira - em resultado da

reconversão da antiga «carreira de tiro» - e que era constituído por uma parcela de

aproximadamente 60 metros de largura por aproximadamente 750 metros de

profundidade, estabelecida perpendicularmente à principal via distribuidora da localidade,

a Rua de Ílhavo (que liga a cidade ao antigo cais da Bruxa, a poente, que foi em tempos, o

ponto de travessia para a Costa Nova e a zona de costa atlântica). Alteração de

substância, ainda, que derivou da cedência ao Estado de 3 dos seus 4 hectares, tendo a

autarquia permanecido em posse da faixa contígua ao arruamento.

Neste enquadramento, este executivo propôs-se a constituição, na área sobrante

supra referida, de uma área de concentração de equipamentos, a saber: relocalizando a

nova escola, mais um equipamento de centro-de-dia que será promovido por uma

associação local e, entre ambos um recinto de jogos polidesportivo com uma edificação

de apoio para balneários e demais espaços de apoio, segundo uma perspetiva de

articulação funcional e intergeracional, que igualmente poderá ser disponibilizada à

utilização da população local.

Sendo o principal objetivo da intervenção, há muito pretendido, que fosse também

esta freguesia devidamente servida por umas instalações escolares condignas,

estrategicamente localizadas e desenvolvidas segundo os mais atuais preceitos

regulamentares e recomendações técnicas, nomeadamente em matéria de implantação e

orientação, medidas e sistemas de autossuficiência energética e francas acessibilidades,

nomeadamente para pessoas com mobilidade condicionada.

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1 - estabecimento existente 2 - localização do futuro Centro Escolar da Gafanha de Aquém

2. NORMATIVOS APLICÁVEIS

No que refere a normativas, referenciais técnicos e requisitos em vigor, devem ter-

se em conta especialmente:

Despacho Conjunto Nº. 258/97 de 21 de agosto e Nº. 268/97 de 25 agosto:

respetivamente referentes a equipamentos, e construção e requalificação de

instalações destinadas à educação pré-escolar;

Decreto-Lei Nº.314/97 de 15 novembro: define as tipologias dos estabelecimentos

ensino

Decreto-Lei Nº.163/2006 de 08 de agosto: normativo geral das acessibilidades

para pessoas com mobilidade condicionada;

Decreto-Lei Nº.414/98 de 31 dezembro e Portaria Nº 1444/02 de 7 novembro:

segurança contra incêndios em edifícios escolares;

Decreto-Lei Nº.379/97 de 27 dezembro: no que refere ao arranjo do recreio exterior

e equipamentos instalados;

Decreto-Lei Nº129/2002 de 11 maio: requisitos acústicos dos edifícios;

Normas para a conceção e construção de instalações escolares para o 1.º Ciclo

do Ensino Básico: texto orientador publicado pelo Ministério da Educação / DSIEE,

em junho 2005 e revisto posteriormente;

Decreto-Lei Nº.80/2006 de 4 abril: requisitos de comportamento térmico;

Decreto-Lei Nº.79/2006 de 4 abril: requisitos de sistemas energéticos climatização;

Decreto-Lei Nº.9/2007 de 17 janeiro: regulamento geral do ruído;

Decreto-Lei Nº.220/2008 de 12 de novembro: estabelece o regime jurídico da

segurança contra incêndios em edifícios;

Portaria N.º1532/2008 de 29 dezembro: regulamento técnico de segurança contra

Incêndio em edifícios;

EN 1176 e 1177: define as normas de segurança, nomeadamente em parques de

recreio das escolas.

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3. DESCRIÇÃO DA PROPOSTA DE INTERVENÇÃO

3.1. Localização

Conforme os preceitos dos Referenciais Técnicos, a nova localização proposta permite

integrar a nova instalação segundo o princípio da interdependência e complementaridade

com outros equipamentos de cariz social, como sejam o Recinto Polidesportivo e um

Centro de Idosos.

3.2. Implantação e orientação geográfica

A edificação implanta-se segundo a dimensão maior da parcela e voltada sobre o novo

arruamento de serventia, sendo integralmente desenvolvida em piso térreo e explorando a

melhor orientação solar possível, ou seja, ao quadrante sudeste. Segundo a mesma

preocupação, as fenestrações dos espaços de maior permanência dos alunos procuram

maximizar o aproveitamento do percurso solar diário e anual, de forma a evitar o excesso

de incidência no Verão e o seu aproveitamento no Inverno.

Também na definição do recorte da sua volumetria se integraram as zonas de recreio

coberto, bem protegidas contra os ventos e chuvas dominantes.

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3.3. Conforto e luminosidade

Na sua conceção procurou-se criar condições para que a luminosidade natural dos

espaços fosse aproveitada ao máximo bem como estabelecidas as fenestrações e

respetivos níveis de forma a favorecer os circuitos naturais de renovação de ar e as

possibilidades de encaminhamento de luz natural a determinados espaços, como por

exemplo, as salas de aula e as circulações, e um conjunto de outros espaços centrais; por

esse motivo a edificação é dotada de uma sobrelevação do espaço correspondente ao

corredor longitudinal de distribuição, dotado de fenestração cuja orientação, ritmos de

abertura e controlo de luminosidade serão definidos em função dos níveis de conforto

pretendidos em cada compartimento que lhe é contíguo. Serão igualmente tidas em conta

todas as recomendações técnicas em matéria de tipos, cores e demais características dos

materiais de revestimento.

3.4. Particularidades construtivas e infraestruturas

O perfil-tipo construtivo adotado prevê a centralização segundo um ducto longitudinal para

as redes de distribuição das infraestruturas, nomeadamente circuitos elétricos e tubagens

de renovação de ar e climatização complementares, apoiadas depois num sistema de

caixas de teto para os ramais secundários, em todos os compartimentos dos espaços

servidos.

Em termos de malha estrutural procurou-se definir um sistema ortogonal e a utilização de

elementos leves de compartimentação que permitam uma eventual reconfiguração dos

espaços.

Uma ampla cobertura plana permite um eficaz sistema de recolha e reaproveitamento das

águas da chuva do mesmo modo que a sua orientação permite integrar um sistema

básico de aproveitamento do sol para, tanto quanto possível, permitir suprir as

necessidades diárias de consumo de energia do mesmo modo que para o aquecimento

das águas sanitárias.

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3.5. Segurança

Em termos das condições de segurança face à ocorrência de sinistros serão seguidos os

normativos específicos aplicáveis, seja em matéria de riscos contra incêndios e

compartimentação corta-fogo, instalações e equipamentos elétricos, gás, e demais

instalações especiais que comportem potencial de risco para o utilizador.

Do mesmo modo, em termos de segurança passiva, serão tidas em conta as

determinações do normativo regulamentar em matéria de mobilidade, geral ou

especialmente destinada a pessoas com limitações de locomoção.

Em matéria da segurança efetiva contra intrusão e proteção de bens serão observadas as

recomendações dos Referenciais Técnicos, nomeadamente quanto às características de

oclusão dos espaços de biblioteca / informática, cozinha e das arrecadações em geral.

4. PROGRAMA DE ESPAÇOS E ÁREAS

(espaço) (área útil)

Área E.B.1

salas de aula: 4 55.40m2 cada

educação plástica: 2 espaços, partilhados por cada 2 salas 12.00m2 cada

arrumo de material didático: 1 por sala 2.14m2 cada

arrumo material limpeza 5.50m2

instalações sanitárias meninos 10.60m2 (x2)

instalações sanitárias meninas 10.60m2 (x2)

instalações sanitárias pessoas c/mobilidade condicionada 4.90m2

espaços p/cacifos: 1 por sala 12.00m2

Área J.I.

sala de atividades 54.30m2

arrecadação 4.40m2

instalação sanitária crianças 9.00m2

vestiário 8.30m2

Geral

átrio 52.60m2

sala apoio pedagógico / associação de pais 13.90m2

biblioteca 69.00m2

armazenamento 13.80m2

arrecadação geral 11.00m2

sala polivalente 50.00m2

refeitório (capacidade: 2 turnos de 64 pessoas) 76.50m2

instalação sanitária senhoras 2.90m2

instalação sanitária homens 2.90m2

circulações 84.70+47.00m2

arrumo de material de exterior 10.00m2

Serviços

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antecâmara 5.50m2

vestiário / sala do pessoal não docente 12.00m2

instalação sanitária e banho 6.20m2

despensa de víveres 7.00m2

cozinha (1)

27.40m2

espaço técnico / máquinas 19.30m2

Professores

gabinete atendimento / direção 11.50m2

gabinete de trabalho 16.20m2

sala de professores 15.80m2

instalação sanitária senhoras 2.70m2

instalação sanitária homens 2.70m2

economato 2.70m2

circulação 5.00m2

Espaços cobertos exteriores

lixos diferenciados 12.30m2

recreio coberto 90.70m2

galeria coberta 132.30m2

Outros espaços

recinto polidesportivo (18x12m) 216.00m2

parque infantil pré-escolar 116.00m2

Nota (1)

: A cozinha destina-se unicamente à distribuição das refeições, empratamento e

lavagem, uma vez que aquelas são confecionadas nos Armazéns Gerais Municipais e

distribuídas a toda a rede local de estabelecimentos de ensino.

Áreas gerais

Área de Implantação da Edificação: 1.395,80m2

Área Bruta de Construção: 1.093,60m2

5. CARACTERIZAÇÃO CONSTRUTIVA

A compatibilidade do custo/m2 de construção oficialmente admitido com a

manutenção de níveis de qualidade e conforto adequados, constituíram factores

preponderantes na elaboração do projecto, com particular incidência na organização

cuidada do programa de espaços, associada ao tipo de materiais de revestimento a

utilizar, que se procurou que fossem apropriados e duráveis.

5.1) Caracterização geral

De um modo sucinto, podemos estabelecer que o sistema construtivo

proposto assenta num esqueleto de grau de complexidade corrente, baseado numa

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malha quadrícula simples, e constituído por pilares, vigas, e lajes aligeiradas e/ou

maciças de betão armado.

Pontualmente, no corpo saliente da biblioteca, será usada uma estrutura

metálica porticada para enformar o efeito de um corpo assente num envidraçado baixo e

que se prolonga para cima a ligar a outro vão alto voltado para o lado oposto.

Os elementos de compartimentação interna serão executados em

alvenaria de tijolo vazado de barro vermelho de espessura variável, e os de delimitação

exterior - porque necessária outra capacidade de inércia térmica - serão executados em

alvenaria de bloco de betão leve de agregados de argila expandida de espessura

variável, que serão complementados pela aplicação de um sistema de correção térmica

aplicado pelo exterior, que terá depois um revestimento de massa espessa texturada.

Os materiais de revestimento exterior seguem as preocupações

compositivas dos respectivos planos e componentes, tendo como palete de referência as

texturas do betão simplesmente descofrado em articulação com os pisos de betonilha

lisa e esquartelada usada nas pavimentações envolventes, o preenchimento de vãos com

caixilharias de alumínio no mesmo tom dos restantes elementos de serralharia mais o

efeito das grelhas de proteção solar. Internamente, à preocupação de criação de um todo

harmonioso, vêm juntar-se outras que procuram as melhores condições de conforto e

satisfação dos seus utilizadores.

5.2) Acabamentos

Pretende-se seguidamente caracterizar de forma resumida o tipo de

revestimentos e acabamentos que nos propomos empregar devendo, para uma

informação mais aprofundada, ser consultados o Mapa de Acabamentos e as Peças

Desenhadas que complementam a presente memória.

Vãos exteriores:

Os vãos serão em alumínio anodizado de cor natural com acabamento

fosco e com corte térmico, preenchidos com vidro duplo incolor, de baixo teor emissivo, e

serão dotados de proteção solar por meio de lamelas exteriores em tubulares igualmente

em alumínio, quando a respetiva orientação assim o aconselhe.

Estes caixilhos, quando situados à cota da laje sobrelevada, serão

dotados de sistemas individuais ou combinados de comando eletromecânico da

respectiva abertura para efeitos de ventilação e arejamento complementares.

Nas salas de aula, de atividades e sala polivalente está ainda prevista a

possibilidade de oclusão total por recurso a estores interiores de rolo tipo ‘blackout’, que

terão igualmente comando motorizado a partir de botoneiras, nos casos de vãos situados

à cota mais elevada.

Peitoris e soleiras:

Na generalidade dos peitoris e soleiras será empregue pedra granito

amaciado, que será em peça inteira e dotada de recortes para colocação do perfil de

recolha de ressoados que integram as caixilharias, mais recorte de pingadeira e rebaixo

inferior para aplicação dos vedantes de assentamento.

Vãos interiores:

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A generalidade dos vãos interiores será executado por recurso a

componentes de madeira maciça de Mogno e folheados correntes do mesmo material,

assim como a portas pré-fabricadas de estrutura de favo revestidas no mesmo folheado,

que poderão incorporar um óculo de visualização nos casos de portas que integram os

espaços de utilização principal e quando no respectivo conjunto não esteja integrado um

módulo fixo envidraçado, como as salas de actividades e a biblioteca. O seu acabamento

será sempre pintura com tinta de esmalte de acabamento mate.

Para a execução dos armários, estantes diversas e bancos de apoio

(cabides), será empregue madeira maciça e MDF, segundo idêntico critério.

Pavimentos e paredes interiores:

Nas áreas interiores de circulação - à escepção de instalações sanitárias e

espaços da cozinha e com ela relacionados - está previsto o emprego de um

revestimento de piso em rolo vinílico, que será aplicado sobre um selante de base

apropriado contra eventuais humidades ascendentes, incluindo em rodapés e dobrando

em meia-cana sobre perfil de apoio.

Nas zonas húmidas, em chão e paredes, serão empregues materiais

cerâmicos vitrificados, que subirão a toda a altura do compartimento e terão juntas

alinhadas conforme procedimento a definir em obra, dado que se procurou standardizar

os respectivos dimensionamentos em função da modularidade das peças.

Nas restantes paredes interiores prevê-se o revestimento também em rolo

de vinílico até ao alinhamento superior dos vãos interiores, sendo apenas até à altura de

0,8m em salas de aula, de atividades e outros espaços específicos em sejam necessários

espaços de afixação, sendo que acima desta faixa será aplicada uma faixa de um

material espesso e flexível composto por fibras naturais à base de linóleo.

Tectos:

Está previsto, de um modo geral, o emprego de tectos duplos em sistema

de gesso cartonado, integralmente emassados e pintados, com as armaduras de

iluminação embutidas.

Serão em placas hidrófugas nas zonas húmidas, e perfurados para

espaços com especiais necessidades de correção acústica como as circulações, as

salas de aula, a sala de atividades, a biblioteca, o refeitório e a sala polivalente.

Nas zonas exteriores e espaços interiores secundários, como

arrecadações, o acabamento previsto é o betão simplesmente descofrado e pintado á

pistola.

Revestimentos exteriores, paredes:

As paredes exteriores enterradas, em betão armado serão hidrofugadas e

pintadas com duas demãos cruzadas de emulsão betuminosa.

Os restantes paramentos exteriores compreendem elementos de betão

aparente, simplesmente descofrado e pintados a esmalte de poliuretanos - caso dos

pilares do recreio, panos de parede executados em bloco de betão leve revestido

exteriormente com sistema de correção térmica ETICS, ou serão revestidos a chapa de

zinco a partir da cota da face inferior da primeira laje, sendo o volume saliente da

biblioteca integralmente revestido neste material.

Serralharias:

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Todos os elementos de gradeamentos, vedações de muros, de campo de

jogos, portões exteriores, frente do armário dos contadores, etc., serão constituídos por

tubulares e perfilado normalizados de aço e malha de aço electrosoldada e/ou chapa

distendida, pintados a esmalte, em cor aproximada à das caixilharias, ou ainda segundo

sistemas modulares industriais, podendo mesmo combinar estes sistemas conforme

melhor identificado nas fichas dos respectivos elementos.

Todas as caleiras, rufos, algerozes e tubos de queda serão executados em

chapa de zinco quinado e soldado.

Coberturas:

As coberturas serão geralmente planas e em sistema «invertido», em que

sobre a laje de betão maciço e as camadas de isolamento e de formação de pendentes

será aplicada uma impermeabilização por telas de PVC.

Apenas pontualmente, no volume mais elevado da biblioteca, serão

revestidas a chapa de zinco tipo camarinha aplicada sobre tela PEAD pitonada e

estrutura de barrotes e reguado de madeira tratada, sobre camada de forma de betão

leve formando pendentes, manta geotêxtil e cama da de isolamento térmico em placas

EPS 60mm.

As chaminés e os respiros da tubagem de saneamento e das ventilações

de cozinhas e instalações sanitárias, e outros, serão sempre rematados na cobertura com

tubos e capacetes de chapa de aço inoxidável.

Equipamento sanitário:

Serão de louça vitrificada, cor branca e aplicação suspensa, excepto na

instalação para pessoas com mobilidade condicionada, sendo as bases de chuveiro

embebidas no nível de pronto dos pavimentos e por rebaixo dos respectivos

revestimentos.

Todos os comandos serão em latão cromado e recorrendo a

temporizadores e reguladores de caudal, bem como a sistemas de descarga de embutir

na parede e, sempre que possível, dotados de sistemas auxiliares de poupança de água.

As barras de apoio e demais equipamentos auxilares serão em aço Inox.

Equipamento da copa:

As zonas afetas à copa serão dotadas de bancadas com lava-louças de 2

pios e escorredouro, integralmente executadas em aço inox, bem como torneiras

monobloco com mangueira de mola extensível mais sifão de garrafa em latão cromado,

cestas capta-gorduras e um extractor mecânico na zona do fogão.

Equipamentos e mobiliário:

Todos os espaços serão dotados com o equipamento fixo indispensável à

instalação de mobiliário e/ou equipamentos inerentes à respetiva utilização bem como de

todas as instalações elétricas, de abastecimento de águas e esgotos, de aquecimento e

outras necessárias a um nível de conforto e habitabilidade adequados.

Recreio:

Nos arranjos dos espaços envolventes ao estabelecimento de ensino

estão contemplados, para além das obras de execução de muros de vedação e estrema,

o recinto polidesportivo, a delimitação do espaço do parque infantil - onde será aplicado

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um pavimento específico de absorção de impacto, contínuo, em borracha EPDM

executado ‘insitu’ - a definição de uma área de horta ecológica e a pavimentação geral do

recreio livre em gravilha miúda solta.

No piso restante - campo de jogos, galeria e recreio coberto - será usada

betonilha afagada e esquartelada com marcação do campo de jogos e de diversos jogos

tradicionais por pintura com tinta de esmalte poliuretano ou APS, em cores diversas.

Geral:

Em tudo o que esta memória descritiva se revelar omissa –

nomeadamente no respeita às infra-estruturas das redes de abastecimento de águas, de

saneamento, instalações elétricas, mecânicas e telecomunicações, sistemas de

segurança e controlo, segurança contra riscos de incêndio, sistemas de ventilação e de

aquecimento, etc. - serão devidamente acautelados os respetivos projetos de

especialidade assim como os preceitos e recomendações que constam do documento

«Referenciais Técnicos para a Construção/Requalificação/Ampliação de Escolas na

perspectiva do Centro Escolar» disponibilizado portal do Ministério da Educação, bem

como outros preceitos regulamentares, relacionados e aplicáveis, seja em matéria do

ensino básico ou do ensino pré-escolar, de âmbito genérico aos estabelecimentos de

ensino ou específico à especialidade.

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6. MAQUETA

vista de nordeste

vista de noroeste

vista de sudoeste

vista de sudeste