C. Monet, 1877 - Suma Economica · 2 Resta Suma Economica ... estarão em menos de 3,0% no fim...

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JULHO DE 2017 | Edição: 470 C. Monet, 1877 Instabilidade, incertezas e inflação em queda Instabilidade, incertezas e inflação em queda

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Instabilidade, incertezas e inflação em queda

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CAPA JULHO

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Saiba como maximizar os lucros fazendo o trade-off entre preços e quantidade de vendas, como preparar a matriz de preços de sua empresa para atingir o melhor resultado financeiro. Aprenda a melhorar o mix de seus produtos e fazer estratégia de preços.O planejamento orçamentário é um diferencial que determina muitas

vezes o sucesso ou fracasso de uma empresa. Aprenda a calcular todos os aspectos essenciais de seu negócio, tais como a receita à vista, o cálculo das despesas proporcionais de venda, o prazo de recebimento, a projeção futura de resultados e outros.

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O Estado da EconomiaTHE STATE OF THE ECONOMY

Nos últimos meses, apesar da instabilidade política, das reformas em ritmo lento e da economia estagnada, o preço do dólar não foi às alturas, o

mercado de ações permaneceu relativamente tranquilo e a inflação continuou caindo.

A percepção que se consolida, nas empresas e no mercado financeiro, é que o fim do governo Dilma-PT foi uma mudança para melhor. E, ainda que persista a crise política, a administração atual já aprovou um “teto” para os gastos públicos, a reforma trabalhista pode ser aprovada e as mudanças microeconômicas continuam em andamento. Em um curto período de tempo se avançou muito em termos de modernização da estrutura do Estado.

A delação do empresário Joesley Batista, somada a atuação do Procurador-Geral da República Rodrigo Janot, foi um “golpe de mestre” da esquerda e dos setores mais atrasados da política, em deter o processo de reformas. Conseguiram parte do que queriam. Paralisaram os avanços do país em direção a um futuro melhor e mobilizaram a imprensa em uma campanha para a destituição do presidente que - se ocorresse, e ainda pode ocorrer - aprofundaria a recessão, aumentaria o desemprego e abriria o caminho para mais um aventureiro na presidência em 2018.

O cenário político continua incerto, mas a cada dia fica mais claro que o presidente não renuncia e partiu para a ofensiva. E, como a PGR e o judiciário estão se comportando com a “certeza de infalibilidade” dos militares durante a ditadura, a aproximação entre Temer e o Congresso tende a se fortalecer. E, se esta aliança se formar, existe possibilidade de novos passos em direção às reformas que o país precisa.

Este parece ser o cenário mais provável e é relativamente positivo. Por outro lado, nas últimas décadas o país tomou muitas direções erradas que mais uma não seria surpresa.

LENTA RECUPERAÇÃO E INFLAÇÃO EM QUEDAO ponto favorável, na situação atual, é que a economia

se mantenha em recuperação e que a inflação continue em forte queda. Se continuar na tendência atual, muitos índices estarão em menos de 3,0% no fim deste ano.

Nesta situação, é grande o espaço para o Banco Central manter a redução nos juros básicos. O que manteria o espaço para Selic entre 8% e 9% no fim de 2017, e permitiria uma redução, de longo prazo, no serviço da dívida pública brasileira.

Entretanto, no curto prazo, o problema crucial para as empresas, sobretudo pequenas e médias, continua sendo

Instabilidade, incertezas e inflação em queda

as taxas muito altas para os empréstimos de curto prazo e a redução das linhas de crédito por parte do sistema financeiro, para se proteger do risco crescente de financiamentos em uma economia em baixo crescimento. E, sem taxas de juros substancialmente mais baixas para as empresas, a economia continuará “patinando”.

Um bom exemplo do reflexo dos juros baixos nas atividades econômicas é o crescimento da produção agropecuária no país. A produção agrícola é subsidiada em todo mundo. No Brasil, os subsídios são praticamente zero. O que o setor tem como benefício são juros baixos, que estimulam o avanço da fronteira física e tecnológica. O setor não para de crescer e teve, neste ano, uma safra excelente, impulsionada pelo bom tempo e juros baixos.

Ainda em relação à capacidade de os juros baixos permitirem uma rápida recuperação nas crises, vale o exemplo da pós-crise de 2008. Os países que saíram na frente na ampliação do crédito e redução das taxas de juros, como os EUA e Inglaterra, foram os primeiros a se recuperar. Em seguida, foi a vez do Japão. O Banco Central Europeu começou mais tarde e os resultados estão surgindo. Com o que, a economia mundial deve crescer entre 3,6% e 3,7% neste ano.

Como resultado do crescimento do PIB em todos os continentes, o ambiente é favorável às exportações brasileiras. O que, combinado com a estagnação da demanda no país, tem permitido que o Brasil mantenha um saudável superávit comercial. Os resultados poderiam ser melhores com uma desvalorização do real.

Em suma, em um ambiente político tumultuado, com a economia se recuperando lentamente e com a inflação em queda, as principais tendências que impactarão sobre os seus negócios são as seguintes:- Economia internacional crescendo entre 3,6% e 3,7% no ano.- Recuperação do PIB no Brasil.- Indústria e comércio ainda com dificuldades, mas iniciando uma recuperação no final do ano.- Taxas de juros entre 8,0% e 9,0% se o cenário político ficar menos turbulento.- Preço das ações oscilando muito; juros mais baixos tendem a impulsionar os preços para cima e incertezas políticas derrubando o mercado, com fortes oscilações, para cima e para baixo.

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DIRETOR: Alexis Cavicchini - [email protected]

BANCO DE DADOS E PESQUISA ECONÔMICA: Fernando Lopes de Mello - [email protected]

COLABORAÇÃO:Alexis Cavichini Filho - Jorge Clapp

TRADUÇÃO:Melanie Siqueira

PROjETO GRAfICO:CRIA Comunicação - www.criavisual.com.br

DIAGRAMAÇÃO:Suma Economica

DIRETORIA COMERCIAL:Salete Gondim - [email protected]

ATENDIMENTO:[email protected] DESIGNER/INTERNET:Alessandra Moura - [email protected] CENTRAL DE ATENDIMENTO AO CLIENTE:(0xx21) 2501-2001www.sumaeconomica.com.brCIRCULAÇÃO:Otacílio Vieira FilhoRIO DE jANEIRO: Rua Baronesa do Engenho Novo, 189 - Cep 20961-210 - Engenho Novo - Rio de Janeiro - RJ. Tel.: (0xx21) 2501-2001 - Fax: (0xx21) 2501-2648TIRAGEM DESTA EDIÇÃO: 45.000 exemplares. Todas as análises e estatísticas são cuidadosamente preparadas pela equipe da SUMA ECONOMICA, de acordo com os últimos dados disponíveis no seu fechamento. Contudo, o uso destas informações para fins comerciais e de investimento é de exclusiva responsabilidade e risco dos seus usuários.foto Capa: Chegada do trem da Normandia, Gare Saint-Lazare, Claude Monet, 1877. Óleo sobre tela, The Art Institute of Chicago.

Suma Economica A revista SUMA ECONOMICA é uma publicação mensal da COP EDITORA LTDA.

Índice

TAXA DE JUROSMeta de inflação alterada

Crise política afeta rendimento em maio

Ritmo de crescimento desacelera

Confiança não embala

Dados chineses perdem força

Capacidade maior de armazenagem

Cenário político indefinido impede retomada do mercado

Confiança ainda baixa

EUA embargam carne bovina

AÇÕES

PRODUÇÃO INDUSTRIAL

CÂMBIO &COMÉRCIO EXTERIOR

BRIEFINGS

PRINCIPAIS INDICADORES

FUNDOS DEINVESTIMENTOS

EVOLUÇÃO EPREVISÕES

SEGUROS

VENDAS DO COMÉRCIO

ECONOMIAINTERNACIONAL

AGRÍCOLA ECOMMODITIES

ATUALIZAÇÃO DE ATIVOS

ESTATÍSTICA

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3138

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03

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Instabilidade, incertezas e inflação em queda

Turbulência política ainda prejudica cenário

O ESTADO DAECONOMIA

05 Instability, uncertainties and falling inflation

THE STATE OFTHE ECONOMY

ANÁLISE DA CONJUNTURA

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The State of The EconomyO ESTADO DA ECONOMIA

In recent months, despite political instability, slow-paced reforms and stagnant economy, the dollar price has not risen, the stock market has remained relatively quiet and

inflation continues to fall.Companies and the financial market have the perception

that the end of the Dilma-PT government was a change for the better. And even if the political crisis persists, the current administration has already approved a spending cap, labor reform can be approved, and microeconomic changes continue. Much progress has been made in modernizing the state structure over a short period of time.

The plea bargain from businessman Joesley Batista plus the performance of Attorney General Rodrigo Janot was a “masterstroke” of the left wing, and from the most backward sectors of politics, to stop the reform process. They got some of what they wanted. They paralyzed the country’s progress toward a better future and mobilized the press in a campaign to remove the president who - if it happens - would deepen the recession, increase unemployment and pave the way for yet another adventurer in the presidency in 2018.

The political landscape remains uncertain, but every day it becomes clear that the president will not resign and has gone on the offensive. And as the Attorney General and the judiciary are behaving with the “certainty of infallibility” of the military during the dictatorship, the rapprochement between Temer and Congress tends to strengthen. And if this alliance is formed, there is scope for further steps towards the reforms that the country needs.

This seems to be the most likely scenario and is relatively positive. On the other hand, in recent decades the country has taken many wrong directions. One more would not be surprising.

SLOW RECOVERY AND SLOWDOWN IN THE RATE OF INFLATION The favorable point, in the current situation, is that the

economy is still recovering and inflation continues to fall sharply. If it continues in the current trend, many indexes will be lower than 3.0% by the end of this year.

In this situation, there is room for the Central Bank to maintain the reduction in basic interest rates. This would keep the Selic between 8% and 9% by the end of 2017, which would allow a long-term reduction in the Brazilian public debt service.

In the short term, however, the crucial problem for enterprises, especially small and medium-sized ones, remains

Instability, uncertainties and falling inflation

the very high rates for short-term loans and the reduction of credit lines by the financial system, to protect themselves in a low-growth economy. And without substantially lower interest rates for businesses, the economy will continue to face challenges.

A good example of the reflection of low interest rates in economic activities is the growth of agricultural production in the country. Agricultural production is subsidized worldwide. In Brazil, subsidies are practically zero. What the sector has as a benefit are low interest rates, which stimulate the advance of the physical and technological frontier. The sector continues to grow and has had an excellent harvest this year, driven by good weather and low interest rates.

Still in relation to the capacity of low interest rates to allow a rapid recovery in crises, the example of the post-crisis of 2008 is worthy of mention. The countries that went ahead in the expansion of credit and interest rate reductions, such as the USA and England, were the first to recover. Then it was Japan’s turn. The European Central Bank started later and the results are emerging. With that, the world economy should grow between 3.6% and 3.7% this year.

As a result of GDP growth in all continents, the environment is favorable to Brazilian exports. This, combined with the stagnation of demand in the country, has allowed Brazil to maintain a healthy trade surplus. The results could be better with a devaluation of the real.

In short, in a tumultuous political environment, with the economy recovering slowly and falling inflation, the main trends that will impact your business are the following:- International economy growing between 3.6% and 3.7% in the year.

- Recovery of GDP in Brazil.- Industry and trade still in difficulties, but starting a recovery at the end of the year.- Interest rates between 8.0% and 9.0% if the political scenario becomes less turbulent.

- Stock price fluctuating a lot; lower interest rates tend to push upward prices and political uncertainties knocking the market, with strong oscillation.

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Briefings

Comportamento da demanda por crédito por parte das empresas

Volume do setor de serviços

Abates de bovinos, suínos e frangosNo primeiro trimestre deste ano o abate de bovinos alcançou 7,37 milhões de cabeças,

montante 0,7% maior do que o registrado no mesmo trimestre de 2016. No caso, 11 das 27 unidades da federação apresentaram alta no abate, destaques positivos para Goiás e Tocantins, compensando a queda em estados importantes como São Paulo e Mato Grosso do Sul. Mato Grosso possui 15,2% de participação no abate de bovinos do país, seguido do Mato Grosso do Sul e de Goiás.

Com relação aos suínos, foram 10,46 milhões de cabeças abatidas entre janeiro e março de 2017, alta de 2,6% frente ao mesmo período de 2016. Estado líder no abate, com 26,8% de participação no mercado, Santa Catarina impulsionou o aceleração do abate no primeiro trimestre, com desempenho também do Mato Grosso e no Paraná.

Para frangos, foram 1,48 bilhão de cabeças abatidas no primeiro trimestre de 2017, alta de 0,3% na comparação com o mesmo período de 2016. 16 das 24 unidades da federação apresentaram alta no abate, com destaque para o maior abatedor, o Paraná (31,1% do mercado), que puxou a melhora no abate entre janeiro e março.

De acordo com o IBGE, o volume do setor de serviços apresentou queda de 5,6% em abril na comparação com o mesmo mês de 2016, mantendo a trajetória de queda. Frente ao mês de março, alta de 1,0%. Em 12 meses, queda de 5,0%. No primeiro quadrimestre, retração de 4,9%. Em receita, queda de 0,4% frente abril de 2016. Houve alta de 0,5% frente ao mês de março, com o resultado acumulado em 12 meses apresentando estabilidade. Nos quatro primeiros meses do ano, alta de 0,6%.

O destaque no volume de serviços frente ao mês de abril de 2016 ficou para Armazenagem e Serviços de Transporte e Correio, com alta de 3,6%, sendo que, juntamente com Tecnologia de Informação (+2,7%), foram as únicas a apresentar alta nesta base. A maior queda foi em Serviços Técnico-Profissionais (-20,3%). Na comparação com março o melhor desempenho ficou para Transporte Aquaviário. Em 12 meses e no ano, Serviços de Tecnologia de Informação têm a liderança. Por estado, frente ao mês de abril de 2016, apenas Paraná registrou estabilidade, com os demais registrando queda.

De acordo com o Serasa Experian, a demanda das empresas por crédito caiu 5,4% em maio na comparação com o mesmo mês de 2016, Frente a abril, alta de 12,3%, com mais dias úteis em maio. O resultado acumulado nos primeiros cinco meses do ano aponta uma queda de 3,2%. Em 12 meses, retração de 1,6%.

Por porte de empresa, todas tiveram retração frente ao mês de maio de 2016. Em contrapartida, frente ao mês de abril houve alta generalizada. O resultado acumulado dos cinco primeiros meses do ano e o em 12 meses apontam queda em todos os portes.

Na análise por setor, também houve queda generalizada frente ao quinto mês do ano passado. Frente ao mês de abril, alta em todos os setores pesquisados. No resultado acumulado entre janeiro e maio, queda generalizada. Em 12 meses, o setor de serviços apresenta alta. Na pesquisa por região, queda em todas elas no mês de maio frente ao mesmo mês do ano anterior. Na comparação com abril, alta em todas as regiões. No ano e em doze meses, queda generalizada.

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Principais IndicadoresMAIN INDEX

DESEMPENHO NA INDúSTRIA | PERFORMANCE OF THE INDUSTRYNa comparação com o mês anterior, em %

VENDAS NO VAREJO | RETAIL SALES BEHAVIOUREm %

RENDIMENTO MÉDIO MENSAL | AVERAGE INCOME IN REAL TERMSMédia trimestral em trimestres móveis, em R$

TAxA DE DESOCUPAÇÃO | UNEMPLOYMENTMédia trimestral em trimestres móveis, em R$

A produção industrial brasileira caiu 4,5% em abril na comparação com o mesmo mês do ano passado, influenciada pela queda de 9,8% em Bens de Consumo Semiduráveis e não Duráveis.

Em abril, as vendas do comércio cresceram 1,9% na comparação com o mesmo mês de 2016, apoiadas no bom desempenho do ramo de Hiper e Supermercados, com peso relevante no índice total.

O rendimento médio nominal do trabalhador medido pela PNAD Contínua chegou a R$ 2.109,00 no trimestre móvel mar-abr-mai, acima do registrado no trimestre móvel fechado em abril. A população ocupada ficou em 89,7 milhões no período.

A taxa de desemprego (PNAD Contínua) medida pelo IBGE ficou em 13,3% no trimestre móvel fechado em maio, 0,3% abaixo do registrado na pesquisa do mês anterior. A população desocupada ficou em 13,8 milhões, montante 20,4% maior do que o registrado no mesmo trimestre móvel de 2016.

Brazilian industrial production fell 4.5% in April compared to the same month last year, influenced by the 9.8% fall in Semi-durable and non-durable Consumer Goods.

In April, commercial sales grew 1.9% compared to the same month in 2016, supported by the good performance in of the branch of Hyper and Supermarkets, with relevant weight in the total index.

The average nominal income of the worker measured by Continuous PNAD reached R$ 2,109.00 in the Mar-Apr-May mobile quarter, higher than the one recorded in the mobile quarter closed in April. The employed population is at 89.7 million in the period.

The unemployment rate (Continuous PNAD) measured by IBGE stood at 13.3% in the mobile quarter closed in May, 0.3% lower than the index accurated in the last research. The unemployed population is at 13.8 million, an amount 1.3% lower than that registered in the same mobile quarter of 2016.

D

2,3

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Jan. Fev.

2.068

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2.110

Mar. Abr.

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Jan.

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2016 2017

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Fev. Mar.

13,7 13,6

Abr. Mai.

13,3

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Principais IndicadoresMAIN INDEX

DESEMPENHO PRIMÁRIO DO GOVERNO | PRIMARY GOVERNMENT RESULTEm R$ milhões

RESERVAS INTERNACIONAIS | INTERNACIONAL RESERVESEm US$ milhões

TRANSAÇõES CORRENTES | CURRENT TRANSACTIONSAcumulada em 12 meses, em US$ milhões

INVESTIMENTO DIRETO NO PAíS | DIRECT INVESTMENT IN THE COUNTRYMês a mês, em US$ milhões

O Governo Central apresentou déficit primário de R$ 29,371 bilhões no mês de maio, o pior para o mês na história da série. No ano, resultado acumulado negativo de R$ 34,984 bilhões. Em 12 meses, o déficit ficou em R$ 165,522 bilhões, ou -2,59% do PIB.

As reservas internacionais brasileiras mantiveram a trajetória de alta, fechando em maio a US$ 376,491 bilhões. A receita de remuneração das reservas ficou em US$ 320 milhões.

Em maio, as transações correntes tiveram um superávit de US$ 2,884 bilhões. Nos primeiros cinco meses do ano, o déficit acumulado ficou em US$ 616 milhões, o melhor desde 2007. Em doze meses, o déficit chegou a US$ 18,147 bilhões, ou -0,96% do PIB.

O IDP de maio de 2017 ficou em US$ 2,926 bilhões, levando o resultado em doze meses passado para US$ 80,720 bilhões ou 4,28% do PIB. Nos cinco primeiros meses do ano, o IDP fechou em US$ 32,456 bilhões.

The Central Government showed a primary deficit of R$ 29.371 billion in May, the worst for the month in the series’ history. In the year, a negative accumulated result of R$ 34.984 billion. In 12 months, the deficit stood at R$ 165.522 billion, or -2.59% of GDP.

Brazilian international reserves continued their upward trajectory, closing May at US$ 376.491 billion. Revenue from reserves closed at US$ 320 million.

In may, current transactions had a surplus of US$ 2.884 billion. In the first five-month period, the accumulated deficit was US$ 616 million, the best since 2007. In twelve months, the deficit reached US$ 18,147 billion, or -0.96% of GDP.

Foreign Direct Investment for May 2017 closed at US$ 2.926 billion, bringing the result in twelve months to US$ 80.720 billion or 4.28% of GDP. In the first five months of the year, FDI closed at US$ 32.456 billion.

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18,968

F

-26.263

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12.570

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Jan.

367.708

2017

Fev.

368.981

Mar.

370.111374.945

Abr. Mai.

376.491

-18.147

17

16 17

11.528

5.306

7.109

5.5772.926

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Principais IndicadoresMAIN INDEX

VARIAÇÃO DA SELIC ANUAL | VARIATION OF THE ANNUAL SELICAcumulada em 12 meses, em %

MEIOS DE PAGAMENTO | BROAD MONEYM4

EVOLUÇÃO DA BOVESPA | STOCk MARkETFechamento do mês

INFLAÇÃO | INFLATIONEm %

Há espaço, apesar da crise política, para o Comitê de Política Monetária (Copom) manter a trajetória de queda da Selic até o final do ano, projetando um final de período em torno de 8,0% e 9,0%.

Em maio, os meios de pagamento ampliados no Brasil chegaram a R$ 6,311 trilhões, com influência significativa das Cotas dos Fundos de Investimentos e dos Títulos Privados.

Em junho o Ibovespa apresentou pequena variação em relação ao fechamento de maio, e aos 62899 pontos, o que representou uma alta de 0,30%.

O Índice Geral de Preços (IGP-M) de junho ficou em -0,67%, com os preços no atacado mais uma vez influenciando negativamente. Os preços ao consumidor também apresentaram deflação.

There is space, despite the political crisis, for the Monetary Policy Committee (Copom) to maintain the downward trend of the Selic until the end of the year, projecting a period end around 8.0% and 9.0%.

In May, the increased means of payment in Brazil reached R$ 6.311 trillion, with significant influence of Investment Funds Quotas and Private Investment Funds.

In June the Ibovespa showed a slight variation in relation to the May closing, ending at 62899 points, which represented a 0.30% increase.

The May General Price Index (IGP-M) closed june at -0.67%, with wholesale prices again negatively influencing. Deflation was also noted in consumer prices.

F

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6.300

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Principais IndicadoresMAIN INDEX

COMMODITIES | AGRICULTURAL COMMODITIESEm US$ cents/bushel

dólaR/REal | paRIty US dollaR/REalEm Junho

EURo/dólaR | paRIty EURo/US dollaREm Junho

BALANÇA COMERCIAL | TRADE BALANCEEm US$ bilhões

Em junho, as principais commodities em Nova York fecharam com os seus preços médios em queda. Em Chicago, o bom desempenho no último pregão do mês ajudou a milho e trigo fecharem em alta.

A moeda norte-americana iniciou o mês a R$ 3,230 e manteve o processo de valorização frente ao real ao ultrapassar o patamar de R$ 3,300 e permanecer nessa faixa oscilando pouco tanto para cima quanto para baixo. A moeda norte-americana fechou a R$ 3,308.

Em maio, o euro iniciou a US$ 1,121, porém o dólar conseguiu uma pequena valorização durante o mês, algo que não se sustentou, com a moeda europeia voltando a se valorizar na última semana, fechando em US$ 1,141, patamar não alcançado desde maio de 2016 e que foi atingido, entre outros motivos, em virtude de declarações de Mario Draghi sobre a política econômica do bloco europeu.

Em junho, as exportações brasileiras alcançaram US$ 19,788 bilhões, enquanto as importações chegaram a US$ 12,593 bilhões, levando a um saldo comercial de US$ 7,195 bilhões.

In June, major commodities in New York closed with their average falling prices. In Chicago, good performance on the last trading day of the month helped corn and wheat close higher.

The US currency started the month at R$ 3.23 and maintained the appreciation process against the Brazilian real by exceeding the level of R$ 3.30 and remain in this range oscillating little both up and down. The US currency closed at R $ 3.308.

In May, the euro started at US$ 1.121, but the dollar saw a slight appreciation during the month, something that was not sustained, with the European currency returning to a valuation process in the last week, closing at US$ 1.141, a level not reached since May Of 2016 and was hit, among other reasons, by statements of Mario Draghi on the economic policy of the European Union.

In June, Brazilian exports reached US$ 19.788 billion, while imports reached US$ 12.593 billion, leading to a trade balance of US$ 7.195 billion.

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957,39

434,76

142,447

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