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Os Acordos de Resultados de 2º etapa: alinhando a
SEPLAG com a segunda geração do Choque de Gestão
em Minas Gerais
Renata Vilhena1 & Caio Marini2
1. A Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão no contexto Choque de Gestão
A experiência recente (a partir de 2003) levada a cabo em Minas Gerais
que recebeu a denominação sugestiva de “Choque de Gestão”3 representa uma
concepção inovadora de reforma da gestão publica baseada na combinação de
medidas orientadas para o ajuste estrutural das contas públicas com iniciativas
voltadas para a geração de um novo padrão de desenvolvimento. Foi, neste
sentido, uma das primeiras aplicações da abordagem do Governo Matricial:
“A idéia de Governo Matricial se posiciona na perspectiva de
implementação de um modelo de governança social baseado em redes, na
perspectiva intra e extragovernamental. O Governo Matricial é um modelo de
gestão governamental voltado para resultados de desenvolvimento que se
baseia na definição e gerenciamento intensivo de pontos nodais entre
programas (desdobrados de um projeto de desenvolvimento) e organizações (ou
parte delas) necessárias a sua implementação”. (Marini & Martins, 2004).
A gravidade da situação4 e a experiência recente de outros Estados que
passaram por situação semelhante, induziam quase que naturalmente a adoção
1 Renata Vilhena é Secretária de Estado de Planejamento e Gestão do Estado de Minas Gerais 2 Caio Marini é Diretor do Instituto Publix e professor da Fundação Dom Cabral 3 Durante o ano de 2002 o Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais – BDMG - realizou (como tem feito sistematicamente a cada 10 anos) um estudo sobre a economia mineira, denominado Minas Século XXI, sendo que nessa edição resolveu introduzir um capitulo sobre a situação da administração pública estadual. Nele é destacada a necessidade de um “verdadeiro choque de gestão”, expressão logo incorporada como idéia-força no programa de governo. 4 À semelhança de outros Estados federados, Minas Gerais apresentava um gravíssimo quadro fiscal, com notório déficit orçamentário, existente desde 1996, pelo que faltavam recursos para todas as despesas, inclusive para o regular e tempestivo pagamento da folha de pessoal.
de uma estratégia típica das reformas de primeira geração (orientação
meramente fiscalista). Entretanto, e este é o aspecto que marca a singularidade
da estratégia mineira, optou-se por uma abordagem dual claramente identificada
com a das reformas de segunda geração5. Assim, os primeiros movimentos se
deram em duas direções:
• Medidas emergenciais de ajuste a realidade para enfrentar a grave
situação econômico-financeira do Estado e a necessidade de
reconstrução da máquina administrativa. Para promover o
equilíbrio fiscal e recuperar a capacidade de investimento optou-se
por um orçamento realista e pela adoção de ações voltadas para o
aumento da receita tributária (sem incremento de alíquotas) e
ações de racionalização do gasto (gerenciamento matricial de
despesas). Para promover racionalidade à estrutura organizacional
do Estado foi solicitada à Assembléia Legislativa a delegação de
poderes ao Governador para realizar a reforma administrativa6 do
Poder Executivo gerando economias e redução de cargos, funções
e unidades.
• Medidas estruturantes, visando estabelecer as bases para um novo
processo de desenvolvimento econômico e social para o Estado. A
nova agenda estratégica teve como pilar a declaração de uma
visão de futuro inspiradora e ambiciosa: “Tornar Minas Gerais o
melhor Estado para se viver” desdobrada em três opções
Naturalmente, investimentos com recursos do Tesouro não existiam, levando a um processo de sucateamento da máquina administrativa, mercê, também, de cortes agudos nos recursos destinados ao custeio (Vilhena et al, 2006). 5 Para maior aprofundamento sobre os conteúdos das reformas de 1ª e 2ª gerações ver: Marini, C. & Martins, H - Um Governo Matricial: estruturas em rede para geração de resultados de desenvolvimento. IX Congreso del CLAD – Madrid 2004. 6 Foram editadas 63 Leis Delegadas, em janeiro de 2003, implicando na redução ou fusão de 6 Secretarias de Estado, 59 Superintendências da administração direta ou Diretorias de autarquias e fundações e 388 unidades administrativas de hierarquias inferiores, com a extinção de 1.326 cargos comissionados, cerca de um quinto do total.
estratégicas7 direcionadoras dos demais componentes do plano.
Foram revitalizados os dois instrumentos formais de planejamento:
PMDI – Plano Mineiro de Desenvolvimento Integrado - proposto
pelo Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, que, a
partir do estudo de cenários exploratórios para os contextos
mundial, nacional e estadual, propôs objetivos prioritários de
governo e o PPAG – Plano Plurianual de Ação Governamental, que
estabeleceu os programas de governo e a carteira de projetos
estruturadores8.
É neste contexto que surge a SEPLAG – Secretaria de Planejamento e
Gestão, herdando as funções das antigas Secretarias de Planejamento e de
Administração e Recursos Humanos, e com o desafio de promover a
coordenação geral de governo para o alcance dos resultados pretendidos a
partir da adoção de uma nova cultura gerencial orientada a resultados visando à
melhoria da prestação de serviços públicos ao cidadão.
2. As primeiras experiências de planejamento estrat égico na SEPLAG
Ainda no primeiro semestre de 2003, a SEPLAG deu inicio ao seu
primeiro processo de formulação estratégica que teve como objetivo o de
promover o alinhamento institucional da Secretaria com a nova diretriz de
orientação do modelo de gestão pública estadual para resultados. Foram
definidos os principais Componentes Estratégicos9, até hoje vigentes:
7 Opções Estratégicas: (1) Promover o desenvolvimento econômico e social em bases sustentáveis; (2) Reorganizar e modernizar a administração pública estadual; e (3) Recuperar o vigor político de Minas Gerais. 8 O Projeto Estruturador caracteriza-se como uma iniciativa que: busca transformar a visão de futuro em resultados concretos que sinalizam a mudança desejada; possui efeito multiplicador do desenvolvimento econômico e social em virtude de sua capacidade de gerar outras iniciativas privadas ou públicas; mobiliza e articula recursos públicos, privados ou em parceria; gera percepção na sociedade de que quem governa tem uma visão de futuro que está sendo construída mediante ações concretas; pode se organizar como um projeto com elementos que permitem um gerenciamento intensivo (Vilhena, 2006). 9 Ver www.planejamento.mg.gov.br
Missão
institucional
Integrar as ações governamentais, por meio da
coordenação do planejamento e da gestão pública,
visando ao desenvolvimento do Estado e à melhoria d a
qualidade de vida dos que vivem em Minas Gerais
Visão de futuro Ser marco na transformação da gestão pública de Minas
Gerais.
Negócio Coordenação do Planejamento e Gestão Pública.
Também foram definidos Objetivos Estratégicos por Área de Resultados
(Ver Anexo 1).
O segundo momento de reflexão estratégica se deu um ano depois (2º
semestre de 2004) em razão da necessidade de elaboração do Acordo de
Resultados10. A principal diretriz foi a de promover a integração sistêmica entre
as diversas unidades organizacionais da Secretaria, o que provocou uma
revisão nas Áreas de Resultados11, que passaram a ser as seguintes: Gestão da
estratégia - Equilíbrio das contas públicas - Inovação gerencial - Prestação de
serviços (ver Anexo 2). Em seguida foram definidos os principais indicadores e,
a eles, associadas Metas e Ações. A abordagem metodológica utilizada foi a da
cadeia de valor, instrumento de modelagem organizacional que permite
visualizar a organização como uma cadeia de insumos que são processados
para gerar produtos que, por sua vez, destinam-se a geração de impactos
desejáveis para seu público de interesse (beneficiários). Desta forma o
desempenho institucional será definido por meio de indicadores, que serão
10 A contratualização de resultados teve início após a publicação da lei n� 14.694, de 30 de julho de 2003, 11 O conceito de Área de Resultados foi utilizado como forma promover uma visão integrada e estratégica da Secretaria. A tentação original indicava o desdobramento por unidades organizacionais e o riso seria o de produzir uma concepção fragmentada dos resultados a serem pactuados.
elaborados em conformidade com a cadeia de valor, para os quais serão
estabelecidas metas a serem atingidas. Os indicadores podem ser de:
eficiência (indicam a relação entre o que foi entregue e o que foi consumido de
recursos, usualmente sob a forma de custos ou produtividade na execução dos
programas e ações); eficácia (indicam a quantidade e qualidade de produtos e
serviços entregues ao usuário); e efetividade (indicam o impacto desejado dos
produtos sobre os seus usuários, ou seja, o grau se satisfação gerado ou ainda
o valor agregado, a transformação produzida no contexto em geral). A Figura 1
abaixo ilustra o processo de construção da cadeia de valor e de elaboração dos
indicadores:
Figura 1 – Construção da Cadeia de Valor
A abordagem da Cadeia de Valor
No Anexo 3 são apresentados exemplos de indicadores e metas que
foram pactuados. Durante os anos seguintes os compromissos pactuados no
Acordo de Resultados foram permanentemente avaliados e ajustados.
3. O estágio atual: os Acordos de Resultados de 1ª e 2ª etapa no contexto do Estado para Resultados
A experiência dos quatro primeiros anos criou as bases para a
implantação do novo modelo de gestão e, permitiu extrair o aprendizado
fundamental para a definição da nova estratégia. As principais inovações
dotaram o Estado de um sistema de planejamento governamental mais
consistente, um processo de desenvolvimento institucional coerente com a
lógica da gestão orientada para resultados (em bases contratuais), uma
sistemática de gerenciamento intensivo dos projetos estruturadores e uma nova
política de gestão de pessoas, que dentre outras inovações, introduziu a figura
do premio de produtividade vinculando o desempenho individual com o
desempenho institucional.
A nova estratégia implantada a partir de 2007, denominada Estado para
Resultados teve como propósito integrar, em Minas Gerais, a análise dos
resultados para a sociedade vis-a-vis o ônus determinado pela arrecadação de
receitas públicas, com o intuito de se obter a máxima eficiência alocativa do
orçamento do estado. O desempenho do governo passa a ser medido, de um
lado, pelos resultados mensurados por meio de indicadores finalísticos de
qualidade e universalização dos serviços e, de outro, pelo custo do governo para
a sociedade. Por meio de qualidade fiscal e gestão eficiente, o objetivo-síntese
da estratégia Estado para Resultados é reduzir a participação do poder público
mineiro na riqueza, medida pelo Produto Interno Bruto (PIB), e ainda, melhorar
os resultados para a sociedade, avaliados mediante indicadores sensíveis à
evolução na qualidade de vida dos mineiros12.
Segundo Melo & Neves, “para a materialização dessa estratégia, foram
identificadas onze Áreas de Resultados (ver Anexo 4). As áreas de resultados
são “núcleos focais” de concentração dos melhores esforços e recursos visando
às transformações e melhorias desejadas na realidade. Cada área de resultado
agrega os principais desafios, objetivos e metas para administração pública,
12 Extraído do sítio do GERAES: http://www.geraes.mg.gov.br/diretriz-estado-para-resultados.asp
bem como iniciativas essenciais para transformar a estratégia em resultados
efetivos. Duas dimensões complementares do Estado para Resultados, a
Qualidade Fiscal e a Qualidade e Inovação na Gestão Pública, contendo metas
de desempenho para a administração pública, são os pilares para a realização
dos resultados”.
Para viabilizar este novo conceito foi necessário rever a sistemática de
avaliação institucional baseada nos Acordos de Resultados. O novo modelo
pressupõe a contratualização em duas etapas:
• A 1ª etapa focada nos compromissos a serem alcançados para a
realização da agenda estratégica (Áreas de Resultados) para cada
sistema operacional (secretarias e entidades vinculadas), incluindo
os resultados finalísticos, o cumprimento do planejado nos Projetos
Estruturadores, metas de racionalização do gasto e ainda o
cumprimento da Agenda Setorial.
• A 2ª etapa focada no desdobramento do Acordo de 1ª etapa. Tem
por objetivo identificar o grau de compromisso e responsabilidade
de cada equipe de trabalho, em cada órgão, no atingimento das
metas globais.
Foi dentro deste novo enfoque que a SEPLAG deu inicio ao processo de
redefinição de sua estratégia organizacional. O propósito era o de alinhar sua
estratégia ao Programa Estado para Resultados, em especial no que diz
respeito aos pilares Qualidade Fiscal & Qualidade e Inovação na Gestão
Pública, visando a elaboração dos novos compromissos a pactuar (Acordos de
1ª e 2ª etapa).
4. O processo de elaboração: a construção do Mapa E stratégico e desdobramento nas unidades
Para a elaboração deste novo estágio do processo de gestão estratégica
da Secretaria, optou-se por uma concepção metodológica combinando as
abordagens do Governo Matricial e do Balanced Scorecard. O processo se
desenvolveu em dois momentos:
• A elaboração do Acordo de Resultados de 1ª etapa, celebrado
entre o Governador do Estado de Minas Gerais e a Secretaria de
Estado de Planejamento e Gestão, a Fundação João Pinheiro e o
Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais
com a interveniência da Secretaria de Estado de Fazenda.
• A elaboração do Acordo de Resultados, celebrado entre a
Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão e os dirigentes
das equipes de trabalho que compõem a estrutura organizacional
da SEPLAG (desdobramento).
Inicialmente foram identificados os principais compromissos da Secretaria
para a realização da agenda estratégica de governo (nas onze Áreas de
Resultados e nos pilares Qualidade Fiscal & Qualidade e Inovação na Gestão
Pública) organizados em quatro blocos de compromissos: indicadores de
resultados finalísticos, execução dos projetos estruturadores, itens da Agenda
Setorial do Choque de Gestão, indicadores de racionalização do gasto e
Indicadores de Melhoria de Desempenho (o Anexo 5 mostra os indicadores de
resultados finalísticos pactuados). Estes compromissos conformam o escopo do
Acordo de Resultados 1ª etapa.
Para a elaboração do Acordo de 2ª etapa foram realizadas reuniões com
a alta liderança para discussão e validação da agenda e cronogramas de
trabalho e oficinas com o corpo gerencial para mobilização e conhecimento da
metodologia. O ponto de partida para a tarefa de desdobramento foi o Mapa
Estratégico da SEPLAG (ver Anexo 6) – lista de Objetivos organizados em
quatro perspectivas: Sociedade e governo; Cliente e beneficiário; Processos
internos e Aprendizagem e desenvolvimento. Estes objetivos foram construídos
tendo como referência os compromissos pactuados na 1ª etapa e validados pelo
corpo gerencial da Secretaria. Em seguida, foram realizadas diversas oficinas
(pelo menos três por Superintendência, IPSEMG e FJP) com a finalidade de
desdobrar os objetivos do Mapa em metas e produtos para cada equipe. O
resultado desta atividade conforma o Acordo de Resultados 2ª etapa, a ser
disponibilizado no sítio eletrônico da SEPLAG. A figura 2, mostrada a seguir
ilustra esta etapa:
ESTADO PARA RESULTADOS:Caderno de Compromissos & AR 1ª Etapa
2ª etapa:
Validação do
Documento
Direcionamento
(Reunião coordenação)
3ª etapa:
Sensibilização e
comprometimento equipes
(Reunião gerencial
ampliada)
4ª etapa:
Desdobramento
nas
Superintendências:
Diagnóstico
Metas e
Plano de Ações(oficinas de
trabalho internas
com apoio da
consultoria)
5ª etapa: Validação do
Desdobramento
(Reunião
Coordenação)
7ª etapa:
Definição do
Sistema de
Monitoramento
6ª etapa:
Pactuação
interna:AR 2ª
9ª etapa:
Plano de Mobilização
ALINHAMENTO DESDOBRAMENTO PRÉ-IMPLEMENTAÇÃO
1ª etapa:
Elaboração de
Documento
Direcionamento
Estratégico
8ª etapa:
Sensibilização e
comprometimento
equipes
(Reunião gerencial
ampliada)
5. Conclusões: as lições aprendidas A experiência de gestão estratégica na SEPLAG deixou uma serie de
lições aprendidas, a saber:
• Comprometimento da alta liderança executiva de governo
(governador, vice e secretários de Estado) com uma agenda
estratégica. Muitas vezes, a crise (financeira) e a agenda de ajuste
decorrente capturam integralmente a agenda de governo fazendo
com que as urgências se sobreponham às importâncias. A
singularidade do modelo de Minas Gerais foi dada pela abordagem
dual: medidas de ajustes & agenda estratégica de desnvolviemnto.
• A iniciativa de implementação de processos de gestão estratégica
em órgãos públicos tem maior efetividade quando fazem parte de
um processo macro-governamental de gestão estratégica. Neste
sentido, a experiência vivida pela SEPLAG teve como elemento
propulsor o fato de toda a administração pública do Estado de
Minas Gerais estar comprometida com o tema. Muitas vezes as
iniciativas são isoladas e com isto perdem força gerando riscos de
descontinuidade.
• A adoção de modelos de gestão orientados para resultados
pressupõe a utilização de mecanismos de incentivos. A figura dos
prêmios por produtividade atrelados ao desempenho institucional
foi decisiva para os avanços obtidos. Gestão estratégica não
significa apenas elaborar plano estratégicos, significa comprometer
as equipes com a estratégia, numa perspectiva que vem sendo
denominada do pensamento estratégico.
• Implementar uma nova cultura baseada na gestão estratégica
implica necessariamente no fortalecimento dos sistemas de
monitoramento de avaliação de resultados. Isto não quer dizer que
se limite apenas à construção de sistemas de controle. É
fundamental a adoção de praticas permanentes e sistematizadas
de avaliação e correção de rumos. Neste sentido as reuniões
gerencias mensais realizadas pela equipe de direção da SEPLAG
foi fundamental para os avanços obtidos.
• A sustentabilidade de iniciativas como estas pressupõe a estreita
vinculação dos resultados de governo com as expectativas da
sociedade, o que significa alcançar resultados de desenvolvimento
econômico e social e, além disto, a melhoria da percepção da
sociedade sobre estes resultados. Para isto torna-se fundamental
estabelecer mecanismos de fortalecimento da governança social,
isto é comprometer a sociedade na formulação da agenda de
governo, na implementação dos projetos e no controle (social) dos
resultados.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Marini, C. & Martins, H. (2004). Um Governo Matricial: estruturas em rede para geração de resultados de desenvolvimento. IX Congreso del CLAD – Madrid 2004.
BDMG Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais. (2002) Minas Gerais do Século XXI. Belo Horizonte: Rona Editora.
Vilhena, Renata et al (organizadores). (2006) O Choque de Gestão em Minas Gerais: políticas de gestão pública para o desenvolvimento. Belo Horizonte: Editora UFMG.
Melo, Frederico & Neves, Fernanda (2007) O Estado para resultados em Minas Gerais: inovações no modelo de gestão. XII Congreso del CLAD – Santo Domingo
ANEXO 1. OBJETIVOS ESTRATÉGICOS POR ÁREAS DE RESULT ADOS (2003)
RECURSOS
HUMANOS
Imprimir medidas inovadoras na adequação dos recursos humanos do
Governo Estadual, tendo em vista a melhoria da qualidade e produtividade
da administração, tomando-se como referência as melhores práticas
públicas e privadas, mediante: motivação; capacitação; Avaliação;
realocação; gestão pelo conhecimento. previdência; plano de saúde
RECURSOS
TECNOLÓGICOS
Colocar a tecnologia da informação a serviço das estratégias do PPAG.
Dar especial atenção à melhoria da produtividade dos serviços, à qualidade
do atendimento ao usuário à transparência das ações da APE.
Orientar, mediante a ação normativa, o uso das TIC's para o atendimento
ao usuário, com ênfase nos serviços diretamente relacionados com a
qualidade de vida.
Fortalecer a integração dos atuais sistemas de informação e dar ênfase à
implantação de sistemas gerenciais que melhorem o desempenho das
áreas fins do Governo Estadual.
RECURSOS
LOGÍSTICOS
Promover a gestão estratégica de suprimentos, a partir de referência em
modelos públicos e privados de reconhecida excelência.
PATRIMÔNIO Promover a gestão eficiente do patrimônio do Estado.
Otimizar o uso dos imóveis disponíveis no Estado, "vis a vis" às reais
necessidades do desempenho do papel do Governo.
Introduzir a noção de uso de custo do patrimônio na avaliação da eficiência
das atividades do setor público.
POLÍTICA DE
GESTÃO
PÚBLICA
Introduzir modelos inovadores de gestão dos recursos humanos, logísticos
e tecnológicos disponíveis, com vistas a alcançar a excelência na
prestação dos serviços públicos à sociedade, os quais deverão contemplar:
Ações efetivas de monitoramento e avaliação da qualidade dos serviços
prestados;
Otimização de processos e adequação de estruturas, quando for o caso;
Gestão por resultados baseados em indicador de desempenho, via acordo
de resultados;
Adoção de modelo eficiente de prestação de serviços, fomentando a
parceria público-privada e com o terceiro setor;
Implementação de sistema de gestão de conhecimento.
PLANEJAMENTO
DAS AÇÕES DE
GOVERNO
Garantir a eficácia dos projetos estruturadores como modelo estratégico de
desenvolvimento econômico e social do Estado para os próximos 4 anos.
Promover a adequação do orçamento de forma a retratar as prioridades e
diretrizes de governo.
Promover a eficácia das políticas públicas estaduais integrando as ações
de planejamento, orçamento e coordenação da ação governamental.
Colaborar para a busca de recursos alternativos para o desenvolvimento e
implantação de projetos.
Apoiar na elaboração e monitoramento das políticas públicas.
ANEXO 2. DESCRIÇÀO ÁREAS DE RESULTADOS (2004)
GESTÃO DA
ESTRATÉGIA
Assegurar a gestão estratégica para que o governo a lcance os
objetivos de desenvolvimento econômico e social.
• Garantir a coerência na concepção da agenda estraté gica;
• Garantir a implementação dos programas;
• Garantir a integração interorganizacional para a so lução de
problemas transversais.
EQUILÍBRIO DAS
CONTAS
PÚBLICAS
Garantir o equilíbrio das finanças públicas
INOVAÇÃO
GERENCIAL
Assegurar o alinhamento do modelo de funcionamento com a
agenda estratégica de governo.
• Garantir a modernização do aparelho estatal para a busca de
resultados
• Garantir a adequação da estrutura organizacional (m acro e
micro)
• Garantir a eficiência na alocação dos recursos e a qualidade do
gasto
Assegurar o alinhamento das pessoas e do modelo de gestão de
pessoas com a agenda estratégica e modelo de funcio namento.
• Garantir a atração e a retenção de pessoas
• Garantir a motivação e o comprometimento
• Garantir um perfil de competências coerente com as
necessidades da administração pública
• Garantir a qualidade de vida dos servidores
PRESTAÇÃO DE
SERVIÇOS
Assegurar o provimento de serviços administrativos visando o
adequado funcionamento do Estado e as informações n ecessárias
para a formulação de políticas publicas e para o pr ocesso decisório
governamental.
• Garantir qualidade na prestação dos serviços de adm inistração
de pessoal (pagamento e concessão de benefícios par a o
funcionalismo)
• Garantir a qualidade na prestação de serviços logís ticos
(compras, patrimônio, infra-estrutura de TI etc)
• Garantir o provimento de informações para a gestão interna
• Garantir o provimento de informações para o cidadão
• Garantir transparência das ações do governo
ANEXO 3. EXEMPLOS DE INDICADORES E METAS (AR 2004)
ÁREAS DE RESULTADO TEMA
RESULTADOS
INDICADORES UnidadeRealiz. 2004
Meta 2005 PESO
GESTÃO DA ESTRATÉGIA
Implementação da Agenda Estratégica
1. Índice de Sucesso do Alinhamento Horizontal = quantidade de acordos de resultados horizontais avaliados satisfatoriamente / quantidade de acordos de resultados horizontais celebrados com avaliação prevista para o período
% - 100,00 2
2. Índice de execução dos projetos estruturadores = quantidade de Projetos Estruturadores com execução de acordo com o cronograma / 31
% 16,13 50,00 3
3. Índice de execução física dos programas prioritários finalísticos = Σ dos percentuais de execução das metas físicas das ações do PPAG / total de ações do PPAG
% 2
ÁREAS DE RESULTADO TEMA
RESULTADOS
INDICADORES Unidade Realiz. 2004
Meta 2005 PESO
EQUILÍBRIO DAS
CONTAS PÚBLICAS
Limite com Gastos de Pessoal
4. Limite com Pessoal = despesa total com pessoal para fins de apuração do limite / receita corrente líquida
% 47,31 49,00 3
Resultado Primário
5. Resultado Primário = Total de Receitas Fiscais - Total de Despesas Fiscais
R$ milhões 1.181,001.274,00 3
Integração Orçamento e
Finanças
7. Índice de Integração Orçamento-Finanças = Σ das cotas financeiras aprovadas / Σ das cotas orçamentárias aprovadas
% 80,00 95,00 3
ÁREAS DE RESULTADO TEMA
RESULTADOS
INDICADORES UnidadeRealiz. 2004
Meta 2005 PESO
INOVAÇÃO GERENCIAL
Avaliações individuais
8. Índice de Cobertura/Abrangência da Avaliação = quantidade de servidores avaliados / total de servidores aptos a serem avaliados
% - 100,00 3
Novas Carreiras
9. Índice de Migração para as Novas Carreiras = quantidade de servidores posicionados nas novas carreiras / quantidade de servidores
% - 84,85 3
Acordos de resultado
10. Quantidade de Acordos de Resultado Verticais celebrados Unidade 6,00 16,00 2
11. Índice de Sucesso do Alinhamento Vertical = quantidade de acordos de resultados verticais avaliados satisfatoriamente / quantidade de acordos de resultados verticais avaliados
% 100,00 100,00 3
Parceria com o terceiro
setor
13. Índice de Sucesso do Termo de Parceria = quantidade de Termos de Parceria avaliados satisfatoriamente / quantidade de Termos de Parceria avaliados
% - 100,00 2
ÁREAS DE RESULTADO TEMA
RESULTADOS
INDICADORES UnidadeRealiz. 2004
Meta 2005 PESO
PRESTAÇÃODE
SERVIÇOS I
Gestão de Patrimônio
20. Índice de Compras Eletrônicas 1 = quantidade de aquisições e contratações via internet / total de aquisições e contratações
% 2
21. Índice de Compras Eletrônicas 2 = despesa em aquisições e contratações via internet / despesa total em aquisições e contratações
% 2
23. Índice de Registro de Imóveis = quantidade de imóveis registrados / quantidade total de imóveis do Estado
% 90,90 95,00 2
ANEXO 4. AS ONZE ÁREAS DE RESULTADOS DO PROGRAMA ES TADO PARA RESULTADOS (2007) • Educação de Qualidade: melhorar a qualidade dos Ensinos Fundamental e
Médio, e contribuir para o aprimoramento da Pré-escola. • Protagonismo Juvenil : aumentar o percentual de jovens que concluem o
Ensino Médio e ampliar as suas oportunidades de inclusão produtiva. • Investimento e Valor Agregado da Produção: ampliar o volume anual de
investimentos produtivos- privados, públicos ou em parcerias - e qualificar a mão-de-obra em parceria com o setor privado.
• Inovação, Tecnologia e Qualidade: induzir uma agenda de inovação visando o aprimoramento do que já temos e o desenvolvimento do que ainda não temos, definida juntamente com os stakeholders relevantes, aí incluídos o setor produtivo, universidades e centros de pesquisa.
• Desenvolvimento do Norte de Minas, Jequitinhonha, M ucuri e Rio Doce: aumentar o volume de investimentos privados nestas regiões por meio da atração de capitais produtivos e da melhoria da infra-estrutura, da educação, da qualificação para o trabalho e das condições de saúde e saneamento.
• Logística de Integração e Desenvolvimento: expandir o percentual da malha rodoviária estadual em boas condições de conservação, otimizando custos e resultados, concluir o ProAcesso e construir, em conjunto com a União e demais Estados, uma solução para a malha federal.
• Rede de Cidades e Serviços: ampliar o número de municípios com Índice Mineiro de Responsabilidade Social (IMRS) adequado, provendo, sob a ótica de uma rede hierarquizada e interconectada entre as diversas áreas, serviços públicos e privados de qualidade.
• Vida Saudável : universalizar a atenção primária de saúde para a população, reduzir a mortalidade materno infantil, ampliar a longevidade e melhorar o atendimento da população adulta com doenças cardiovasculares e diabetes e ampliar significativamente o acesso ao saneamento básico.
• Defesa Social: reduzir, de forma sustentável, a violência no Estado, com a integração definitiva das organizações policiais, enfatizando as ações de inteligência, a ampliação das medidas preventivas e a modernização do sistema prisional.
• Redução da Pobreza e Inclusão Produtiva: minimizar o percentual de pobres em relação à população total, com medidas regionalmente integradas e com intensificação de parcerias nas áreas de educação, saúde, assistência social, habitação e saneamento.
• Qualidade Ambiental: aumentar o Índice de Qualidade da Água (IQA) do Rio das Velhas, consolidar a gestão das bacias hidrográficas, conservar o Cerrado e recuperar a Mata Atlântica, ampliar o tratamento de resíduos sólidos e tornar mais ágil e efetivo o licenciamento ambiental.
ANEXO 5. RESULTADOS FINALÍSTICOS DO ACORDO DE RESUL TADOS 1ª ETAPA (2007)
Área de Resultado Indicador Finalístico Peso Unidade de Medida Fonte Valor de
Referência Ano de
Referência METAS
2007 2011
Redução da Pobreza e Inclusão Produtiva
Número de regiões atendidas pelo Projeto Travessia (colaborador)
1 número 3 10
Rede de Cidades e Serviços
Proporção da população mineira vivendo em municípios com Índice Mineiro de Responsabilidade Social - IMRS maior que 0,7
1 % FJP 26,24 2004 N/A 38
Investimento e Valor Agregado da Produção
Investimento do governo e suas estatais em infra-estrutura 3
bilhões de reais
SEPLAG 4,18 2006 4,45 8,06
Qualidade e Inovação em Gestão Pública
Percepção da população quanto à confiança nas instituições públicas e qualidade dos serviços prestados
3 % a definir
Qualidade e Inovação em Gestão Pública
Número de empresas estaduais estatais com governança corporativa implantada
3 número SEPLAG 5 17
Qualidade e Inovação em Gestão Pública
Grau de implementação da agenda setorial do choque de gestão
3 % SEPLAG 100
Área de Resultado Indicador Finalístico Peso Unidade de Medida Fonte Valor de
Referencia Ano de
Referência METAS
2007 2011
Qualidade e Inovação em Gestão Pública
Número de funções de direção ou chefia com processo de certificação ocupacional implementado
3 número SEPLAG 1 2006 3 9
Qualidade e Inovação em Gestão Pública
Número de serviços disponibilizados pela internet 3 número SEPLAG 1100 2006 1150 1600
Qualidade Fiscal Participação dos investimentos (despesas de capital) na despesa orçamentária
3 % SEPLAG 13,52 2006 14,63 17
Qualidade Fiscal Participação dos projetos estruturadores na despesa orçamentária
3 % SEPLAG 6 2006 10 12
Qualidade Fiscal Economia anual com redução de custos unitários de serviços estratégicos
3 milhões de
reais SEPLAG 5,1 17,6
Qualidade Fiscal Economia com atividades-meio (valores acumulados) 3
milhões de reais
SEPLAG 140 1100
Qualidade Fiscal Participação das despesas correntes na despesa orçamentária (limite superior)
3 % SEPLAG 86,48 2006 83
Qualidade Fiscal Gasto público (despesa orçamentária) em relação ao PIB
3 % SEPLAG 13,23 2005 0,25%
(redução acumulada)