[c7s] Diabetes

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Caio Baima (Nº 56) Giulia Ferrari (Nº 20) Marina Braga (Nº 34) Marina Ramalho (Nº 35) 1º 2º Manhã Rose Lopes - Biologia

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Caio Baima (Nº 56)Giulia Ferrari (Nº 20)Marina Braga (Nº 34)Marina Ramalho (Nº 35)

1º 2º Manhã

Rose Lopes - Biologia

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Ocorre quando o pâncreas não produz insulina suficiente (diabetes tipo 1) ou

quando a insulina produzida pelo pâncreas não age adequadamente,

devido a uma resistência do corpo à ação da insulina (diabetes tipo 2). Sem insulina suficiente para fazer a glicose passar para o interior das células, esta

glicose acaba se acumulando no sangue, onde atinge níveis maiores

que o normal.

Doença provocada pela deficiência de produção ou de ação da insulina, que leva a sintomas agudos e a complicações crônicas características. O distúrbio envolve o metabolismo da glicose, das gorduras e das proteínas e tem graves

conseqüências. É um desequilíbrio dos níveis de glicose no sangue.

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Diabetes Mellitus tipo I: Diabetes Mellitus tipo II:

Ocasionado pela destruição da célula beta do pâncreas, em

geral por decorrência de doença auto-imune, levando a

deficiência absoluta de insulina.

Provocado predominantemente por um estado de resistência à

ação da insulina associado a uma relativa deficiência de sua

secreção.

Outras formas de Diabetes Mellitus: quadro associado a desordens genéticas, infecções, doenças pancreáticas, uso

de medicamentos, drogas ou outras doenças endócrinas.

Diabetes Gestacional: Circunstância na qual a doença é diagnosticada durante a gestação, em

paciente sem aumento prévio da glicose.

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No Diabetes tipo I, a causa básica é uma doença auto-imune que lesa irreversivelmente as células pancreáticas produtoras de insulina

(células beta). Assim sendo, nos primeiros meses após o início da doença, são detectados no sangue dos pacientes, diversos anticorpos

sendo os mais importantes o anticorpo anti-ilhota pancreática, o anticorpo contra enzimas das células beta (anticorpos

antidescarboxilase do ácido glutâmico - antiGAD, por exemplo) e anticorpos anti-insulina.

No Diabetes tipo II, ocorrem diversos mecanismos de resistência a ação da insulina, sendo o principal deles a obesidade, que está

presente na maioria dos pacientes. Nos pacientes com outras formas de Diabetes o que ocorre em geral

é uma lesão anatômica do pâncreas, decorrente de diversas agressões tóxicas seja por álcool, drogas, medicamentos ou infecções,

entre outras.

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Ambos os tipos 1 e 2 tem fatores genéticos importantes, sendo o principal fator desencadeante de 20-30% dos casos de tipo 1, e de 5-10% dos casos de diabetes tipo

2. Geralmente essa predisposição genética resulta em disfunção do pâncreas na produção de insulina. O tipo 1 é desencadeado mais cedo, atingindo crianças e

adolescentes (principalmente por volta dos 10 aos 14 anos), pelo fato de ser genético. Pode ter tanto origem monogênica (um único gene defeituoso em áreas centrais da

produção de insulina), quanto poligênica (vários genes em áreas secundárias). Os estudos indicam por volta de 20 genes responsáveis mas apenas 13 foram

comprovados.Estudos indicam que cerca de 12% da população ocidental possui um ou mais genes

favoráveis ao desenvolvimento de diabetes.A diabetes tipo 2 (Diabetes Mellitus tipo 2) também tem um fator genético, ocorrendo simultaneamente em 50 a 80% dos gêmeos idênticos e 20% dos não-idênticos. Entre

os Pima (nativos americanos do Arizona) 50% da população desenvolve a Diabetes Mellitus tipo 2 enquanto em certos grupos orientais atinge menos de 1%. Porém, é

importante lembrar que mesmo com uma genética favorável, hábitos saudáveis servem para prevenir e adiar o aparecimento dessa doença que acomete geralmente

apenas os obesos, hipertensos e dislipidêmicos (que compreendem de 90-95% de todos os casos).

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Para detectar a doença, o exame básico, é a chamada glicemia de jejum, que deve estar entre 70 a 110 mg por 100 ml de sangue. Se o resultado ultrapassar 126 em dois exames seguidos, é diagnosticado a diabetes, mas se os números apontarem entre 110 e 125, pede-se o teste oral de tolerância à glicose para tirar a duvida. O indivíduo ingere 75 gramas de glicose diluída em água e, após duas horas, faz o exame de sangue. O diabete é diagnosticado se estiver acima de 200. Um valor entre 140 e 199 acusa um quadro de pré-diabete.Uma vez diagnosticado, o diabético terá que incorporar à sua rotina diária o glicosímetro - o aparelho que mede a glicemia. Dependendo do caso, ele deverá monitorá-la várias vezes ao dia pois é o único jeito de evitar descompensações. Além disso, para manter a doença sob controle, essas pessoas devem realizar, pelo menos duas vezes ao ano, o exame da hemoglobina glicada, ou A1C. Só ele detecta como se comportou o açúcar nos últimos dois ou três meses, dado essencial para saber a quantas andam os estragos no organismo. O exame dosa a quantidade de glicose que se combinou com a hemoglobina dos glóbulos vermelhos, ou seja, o quanto de açúcar circulou pelo sangue naquele período, que é justamente o tempo de vida das hemácias.

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Os sintomas do Diabetes são decorrentes do aumento da glicemia e das complicações crônicas que se desenvolvem em longo prazo. Quando existe um aumento da glicemia pode ocorrer:•Sede excessiva.•Aumento do volume da urina.•Aumento do número de micções.•Surgimento do hábito de urinar à noite.•Fadiga, fraqueza, tonturas.•Visão borrada •Aumento de apetite •Perda de peso.

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Os sintomas das complicações envolvem queixas visuais, cardíacas, circulatórias, digestivas, renais, urinárias, neurológicas, dermatológicas e ortopédicas, entre outras. O prolongamento da hiperglicemia (altas taxas de açúcar no sangue) pode causar sérios danos à saúde:

Retinopatia diabética: lesões que aparecem na retina do olho, podendo causar pequenos sangramentos e, como consequência, a perda da acuidade visual

Nefropatia diabética: alterações nos vasos sanguíneos dos rins que fazem com que ocorra uma perda de proteína pela urina. O órgão pode reduzir a sua função lentamente, mas de forma progressiva até a sua paralisação total.

Neuropatia diabética: os nervos ficam incapazes de emitir e receber as mensagens do cérebro, provocando sintomas, como formigamento, dormência ou queimação das pernas, pés e mãos, dores locais e desequilíbrio, enfraquecimento muscular, traumatismo dos pelos, pressão baixa, distúrbios digestivos, excesso de transpiração e impotência.

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Pé diabético: ocorre quando uma área machucada ou infeccionada nos pés desenvolve uma úlcera (ferida). Seu aparecimento pode ocorrer quando a circulação sanguínea é deficiente e os níveis de glicemia são mal controlados. Qualquer ferimento nos pés deve ser tratado rapidamente para evitar complicações que podem levar à amputação do membro afetado Infarto do miocárdio e acidente vascular: ocorrem quando os grandes vasos sanguíneos são afetados, levando à obstrução (arteriosclerose) de órgãos vitais como o coração e o cérebro. O bom controle da glicose, a atividade física e os medicamentos que possam combater a pressão alta, o aumento do colesterol e a suspensão do tabagismo são medidas imprescindíveis de segurança. A incidência desse problema é de duas a quatro vezes maior em pessoas com diabetes.

Infecções: o excesso de glicose pode causar danos ao sistema imunológico, aumentando o risco da pessoa com diabetes contrair algum tipo de infecção. Isso ocorre porque os glóbulos brancos (responsáveis pelo combate a vírus, bactérias etc.) ficam menos eficazes com a hiperglicemia. O alto índice de açúcar no sangue é propício para que fungos e bactérias se proliferem em áreas como boca e gengiva, pulmões, pele, pés, genitais e local de incisão cirúrgica.

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O diagnóstico da doença acarreta muitas vezes um choque emocional para a pessoa, que não está preparada para conviver com as limitações decorrentes da condição crônica interferindo na vida familiar e comunitária, afetando seu

universo de relações. Ter que mudar hábitos de vida que já estão consolidados e assumir uma rotina que envolve disciplina rigorosa do

planejamento alimentar, da incorporação, ou incremento de atividade física, e uso permanente e contínuo de medicamentos. A modificação do estilo de

vida não se instala magicamente, mas no decorrer de um percurso que envolve repensar o projeto de vida e reavaliar suas expectativas de futuro. A mudança de hábitos de vida, é um processo lento e difícil. principalmente no

que se refere à alimentação. A doença exige um controle de alimentação adequada exercício físicos, medicação se necessário e controle glicêmico.

Essas medidas fazem parte do dia a dia do diabético.

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O diabetes não pode ser dissociado de outras doenças glandulares. Além da obesidade, outros distúrbios metabólicos (excesso de cortisona, do hormônio do crescimento ou maior produção de adrenalina pelas supra-renais) podem estar associados ao diabetes.O tipo IÉ também chamado de insulinodependente, porque exige o uso de insulina por via injetável para suprir o organismo desse hormônio que deixou de ser produzido pelo pâncreas. A suspensão da medicação pode provocar a cetoacidose diabética, distúrbio metabólico que pode colocar a vida em risco.

O tipo IINão depende da aplicação de insulina e pode ser controlado por medicamentos ministrados por via oral. A doença descompensada pode levar ao coma hiperosmolar, uma complicação grave que pode ser fatal.

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Dieta alimentar equilibrada é fundamental para o controle do diabetes. A orientação de umanutricionista e o acompanhamento de psicólogos e psiquiatras pode ajudar muito a reduzir opeso e, como consequência, cria a possibilidade de usar doses menores de remédios.Atividade física é de extrema importância para reduzir o nível da glicose nos dois tipos dediabetes.Atualmente estão disponíveis no mercado vários tipos de insulina que diferem entre si pelavelocidade de absorção, forma de aplicação e tempo de ação e de permanência no organismo,que podem ajudar no controle do diabetes tipo 1. "Existem aplicadores (canetas) que facilitam otrabalho do paciente. Há a opção também pela utilização de sistema de aplicação contínua deinsulina de rápida ação por dispositivos eletrônicos chamados ‘bombas de infusão”. Os modelosmais modernos são compactos e podem interagir com o sistema de aferição da glicemia.

Já para o tipo 2, pode ser utilizada não apenas a insulina (empregada em situações específicas),mas também medicamentos destinados ao controle da doença. As sulfoniluréias e as glinidasestimulam a secreção do hormônio pelas células beta do pâncreas. A acarbose reduz a absorçãode carboidratos. A metformina e as glitazonas facilitam a ação da insulina nos tecidosperiféricos. Já os incretinomiméticos aumentam os níveis de GLP-1. A administração de análogosdesta substância, produzida por células intestinais ou de agentes que reduzem sua degradaçãono organismo humano, melhora a função da célula beta e também provoca efeitos benéficos emtecidos periféricos. Infelizmente esta realidade não está disponível para a maioria absoluta dosbrasileiros em função do seu alto custo.

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Volta e meia aparecem na imprensa tratamentos que têm tudo para possibilitar a cura do diabetes. No entanto, na prática, mesmo que contribuam para a melhora, não cumprem a promessa de dar fim ao transtorno. A realização de estudos com células-tronco é a vertente mais promissora para os cientistas que investigam uma forma de acabar com a doença. "Talvez com o desenvolvimento das terapias genéticas e a superação de entraves jurídicos, devido ao conflito entre religião e ciência, ocorram avanços na investigação do diabetes do tipo 1.“Existe também um estudo sobre a realização de transplantes de pâncreas em pacientes com diabete tipo 2. Uma linha mais recente de pesquisa na Medicina tem buscado fazer o transplante apenas das ilhotas de Langerhans. O procedimento é simples, tem poucas complicações e exige uma hospitalização de curta duração. O grande problema é a obtenção das células, que são originárias de cadáveres. São necessários em média três doadores para se conseguir um número razoável de células.

Quando o assunto é a cura do diabetes, torna-se impossível deixar de lado a proliferação de terapias alternativas apresentadas como poderosas aliadas no controle da doença. Tal crença serviu como ponto de partida para que pesquisadores da Universidade de Brasília (UNB) investigassem as propriedades do chá feito com extrato de pata-de-vaca. De acordo com informações divulgadas recentemente a substância ajuda a estimular a ação da insulina, mas também estimula outras substâncias, como o estrógeno, o que aumenta o risco de câncer de útero e mama, por exemplo. De acordo com pesquisas, não existem evidências cientificas que comprovem os efeitos deste tipo de tratamento. Mas mesmo os médicos 100% alopatas e descrentes de qualquer terapêutica dita ‘alternativa’, com alguma frequência costumam se deparar com situações que sugerem alguma participação positiva de determinados agentes. Em alguns casos, por uma questão motivacional e psicológica, desde que não ofereçam risco adicional os procedimentos convencionais não deveriam ser abandonados.

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Uma das técnicas usadas na biotecnologia foi modificar, bactérias para produzir insulina humana. A insulina é uma proteína simples normalmente produzida pelo pâncreas. Em pessoas com diabetes, o pâncreas não está em perfeito estado e não consegue produzir insulina. Já que a insulina é vital ao processamento de glicose no corpo os diabéticos devem injetar doses diárias de insulina em seus corpos. Antes dos anos 80, a insulina para os diabéticos vinha de porcos e era muito cara.

Para baratear o custo da insulina, o gene que produz a insulina humana foi adicionado aos genes de uma bactéria E. Coli. Assim que o gene foi colocado no lugar, o maquinário normal da célula produziu-a assim como faria com qualquer outra enzima. Ao fazer cultura de grandes quantidades de bactérias modificadas e então abri-las e matá-las, a insulina pôde ser extraída, purificada e usada de maneira muito menos dispendiosa.

O truque é não colocar o novo gene na bactéria. A maneira mais fácil é combinar o gene em um plasmídeo, um pequeno anel de DNA que uma bactéria costuma passar para outra em uma espécie de sexo primitivo. Cientistas já desenvolveram ferramentas muito precisas para cortar plasmídeos normais e combinar os novos gêmeos neles. Uma amostra de bactérias então é "infectada" com o plasmídeo. Algumas acabam incorporando o novo gene ao seu DNA. Para separar as infectadas das não infectadas, o plasmídeo também contém um gene que dá imunidade contra um antibiótico específico às bactérias. Ao tratar a amostra com o antibiótico, todas as células que não absorveram o plasmídeo são mortas. Agora é possível fazer a cultura de novas gerações de bactérias E. Coli. para criar insulina em grandes quantidades.

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Sheila Regina de Vasconcellos

“Meu nome é Sheila Regina de Vasconcellos, sou carioca, tenho 42 anos e sou diabéticatipo 1 há 26 anos. Quando descobri a doença era adolescente e muitas mudançasaconteceram na minha vida. O controle nem sempre era fácil e embora não tivesse umcontrole muito rígido, jamais fiquei um dia sequer sem tomar a insulina. Depois veio otrabalho e viver era sempre mais importante do que cuidar da diabetes. Mas depois queme casei, o medo de não conseguir ter filhos me coloquei novamente nos trilhos.

Tive dois filhos saudáveis: uma menina de 13 anos, e um menino de 7. Fui melhorandominha consciência e minha atitude com relação à doença, e após sofrer uma grave crisehipoglicêmica, que me causou uma fratura no tornozelo esquerdo, entrei na linha. Oreceio das complicações me fez passar a viver com diabetes dia a dia sem encobrir adoença, sem reclamar, com muito mais energia positiva.Hoje pratico exercícios 4 vezes na semana, mantenho uma dieta saudável, faço pelomenos 4 medições da glicemia por dia e tenho orgulho da minha glicada em menos de 7.Poder ver meus filhos crescerem é o que mais desejo na vida e por eles e por mim, cuidodo meu diabetes com muito amor.”