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Cncer de PrstataAmbulatrio de Urologia Prof. Farley CarneiroJssica Alves do Vale

13 de maro de 2012

Anatomia da Prstata

Anatomia da Prstata

Anatomia da PrstataAnatomia Zonal

Anatomia da PrstataZona de Transio

Anatomia da PrstataZona Central

Anatomia da PrstataZona Perifrica

Fatores de Risco Idade

Raa: afroamericano Histria familiar Dieta rica em gordura animal Obesidade

Ann Internal Med 1993;118:798-803

Fatores de Risco - IdadePrevalncia do Cncer da Prstata em Autpsia 50%45% 40% 35% 30% 25% 20% 15% 10% 5% 0% 40-49 50-59 60-69 70-79 80+

Idade

Fatores de Risco - Raa250 200 150 100 50 0 Incidncia Mortalidade Incidncia Mortalidade Branca Negra

Taxa de Cncer da Prstata por 100.000 homens

1985

1992-

Fatores de Risco - Gentica

Urologia: princpios e prtica: 1.ed. 1999 J Urol 1993; 150(3): 797-802.

Fatores de Risco - Dieta

Urologia: princpios e prtica: 1.ed. 1999 J Urol 1993; 150(3): 797-802.

Epidemiologia Cncer de prstata o tumor slido

mais frequente em humanos e um dos principais em mortalidade. De cada 6 homens, 1 ter Ca de prstata Causa de morte de 1 em cada 30 homens Segundo tipo de cncer mais comum em homens brasileiros (atrs do Ca de pele) Ann Internal Med 1993;118:798-803

Epidemiologia Brasil (previso 2010):

Incidncia: 53.000 Casos fatais: 8.000 Estados Unidos (2009): Incidncia: 192.000

Prevalncia: 2.200.000 Casos fatais: 27.000Ann Internal Med 1993;118:798-803

EpidemiologiaTaxa de Incidncia por 100.000 habitantes

Cancer Biol 1998; 8(4): 219-35 Br J Urol 1987; 59(6): 493-502 London, Mosby, 1996; p. 170.

EpidemiologiaIncidncia Anual de Cncer de Prstata 350.000 EUA300.000 250.000 200.000 150.000 100.000 50.000 01985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003

Introduo do PSA

Epidemiologia A partir do uso do PSA para diagntico,

80% dos casos de Ca de prstata so diagnoticados em fase inicial, subclnica, por vezes sem alteraes palpveis ao toque retal (estadio T1c). So Paulo (2005): 76% Cncer localizado 16,6% Cncer localmente avanadoAnn Internal Med 1993;118:798-803

7,6%

Cncer com metstases

Histria Natural No bem compreendida. Grande parte no progride ou progride

lentamente: 1-2 cm a cada 2 a 4 anos.

Histria NaturalEpitlio prosttic o normal Cncer de prstata histolgi co 10 a 15 anos

Cncer de prstata localizad o

Cncer de prstata localmente avanado

Cncer de prstata andrgeno

Cncer de prstata

Diagnstico

Ann Internal Med 1993;118:798-803

Rastreamento Sociedade Brasileira de Urologia (1998):

Realizao anual de EDR e dosagem

de PSA nos homens com mais de 50 anos, ou acima de 45 anos se forem negros ou tiverem histria de antecedentes de cncer de prstata em parentes de primeiro grau.

Ann Internal Med 1993;118:798-803

Rastreamento Controverso!

A incidncia de cncer de prstata,

detectado por rastreamento ao longo da vida, excede em muito a probabilidade de morte por este, o que pode sugerir um excesso de tumores clinicamente no importantes. Uma desvantagem do rastreamento a baixa especificidade que resulta em alto nmero de bipsias negativas com consequente aumento de custos e de Ann Internal Med 1993;118:798-803

Quadro clnico As manifestaes clnicas so evento

tardio. Ocorre quando a doena avanou localmente ou h metstases. Destacam-se a reteno urinria e a hematria. Os demais sintomas so os decorrentes da hiperplasia prosttica (sintomas obstrutivos, funcionais e irritativos).Ann Internal Med 1993;118:798-803

Exame Digital Retal Busca-se alteraes na consistncia e

na superfcie prosttica palpada, como irregularidades e ndulos.

Ann Internal Med 1993;118:798-803

Exame Digital Retal Alteraes detectadas podem estar

realcionadas a: Hiperplasia prosttica benigna Calculose prosttica

Prostatite crnica Fibrose Infarto prosttico Cncer de prstataAnn Internal Med 1993;118:798-803

Exame Digital Retal Dos ndulos prostticos endurecidos,

apenas 50% so malignos. Somente as pores posterior e lateral da prstata (zona perifrica) podem ser palpadas, deixando cerca de 40% a 60% dos tumores fora do seu alcance. 25% das pessoas com doena metasttica apresentam prstata normal ao toque.Ann Internal Med 1993;118:798-803

PSA Antgeno prosttico especfico. Valor normal at 4,0ng/mL. Entre 4 e 10ng/mL, possibilidade de Ca

de prstata em 35% dos casos (zona cinzenta). Quando maior que 10ng/mL, possibilidade de leso maligna aumenta para 60%.Ann Internal Med 1993;118:798-803

Toque Retal + PSA

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PSA 20% dos exames de dosagem de PSA

menor que 4,0ng/mL so exames falso negativos.PSA < 0,6 0,6 - 2,5 2,5 - 4,0 Risco deAnn Internal Med 1993;118:798-803

CaP 0,4% 4% 24%

PSA Como o antgeno dosado produzido

pelas clulas epiteliais da prstata, a dosagem do PSA pode estar alterada em outras condies: Hiperplasia benigna prosttica Bipsia prosttica, cistoscopia Prostatite, infeco urinria Reteno urinria Ejaculao recente Ann Internal Med 1993;118:798-803 Toque retal

PSA Valor ajustado para idade/raa.

Aumento da especificidade.Antgeno Prosttico Especfico Srico (ng/mL) Limite superior normal do PSA srico Negro Amarelo Branco 2,0 2,0 2,5 4,0 3,0 3,5 4,5 4,0 4,5 5,5 5,0 6,5

Idade (anos) 40 - 49 50 - 59 60 - 69 70 - 79

Ann Internal Med 1993;118:798-803

Relao PSA livre/total til para pacientes com PSA entre 4 e

10ng/mL. Cncer de prstata produz menos PSA

livre que na hiperplasia prosttica benigna. Relao PSA livre/PSA total menor que

0,15 aumenta probabilidade de leso maligna. Ann Internal Med 1993;118:798-803

Relao PSA livre/total60% 56%

Probabilidade de CaP

50% 40% 28% 30% 20% 8% 10% 0% 0-10 10-15% 15-20% 20-25% > 25% 20% 16%

% de PSA Ann Internal Med 1993;118:798-803 livre

PSA Densidade do PSA = PSA/Peso da

prstata Anormal se maior que 0,15ng/mL/cm. Velocidade de PSA: Anormal se maior que 0,75ng/mL/ano.

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Diagnstico por Imagem Ultrassonografia transretal

Tomografia computadorizada Ressonncia magntica com bobina

endorretal Radiografia de esqueleto Cintilografia ssea Nenhuma modalidade de imagem diferencia efetivamente tecido prosttico maligno do tecido normal. Ann Internal Med 1993;118:798-803

Ultrassom Transretal til para guiar a agulha de bipsia.

Permite ver reas sugestivas de Ca de

prstata. 67% dos tumores so hipoecognicos; 32% isoecognicos; e 1% hiperecognicos.

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Bipsia Prosttica Indicaes:

Exame digital retal alterado PSA elevado (maior que 10ng/mL) Relao PSA L/PSA T menor que 0,15 Velocidade do PSA maior que

0,75ng/mL/ano

Ann Internal Med 1993;118:798-803

Bipsia Prosttica Insere-se agulha atravs da parede do

reto at a prstata para remoo de fragmentos de tecido suspeito de malignidade.

Ann Internal Med 1993;118:798-803

Bipsia Prosttica

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Diagnstico Histopatolgico O diagnstico de certeza do cncer da

prstata feito pelo estudo histopatolgico do tecido obtido pela bipsia da prstata.

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Diagnstico Histopatolgico A escala de graduao do cncer da prstata varia de

1 a 5:Grau 1: Clulas, geralmente, uniformes e pequenas, formando glndulas regulares, com pouca variao de tamanho e forma, com bordos bem definidos, densamente agrupadas, distribudas homogeneamente e com muito pouco estroma entre si. Grau 2: Clulas variam mais em tamanho e forma e as glndulas, ainda uniformes, mostram-se frouxamente agrupadas e com bordos irregulares. Grau 3: Clulas variam ainda mais em tamanho e forma, constituindo glndulas muito pequenas, uniformes, anguladas ou alongadas, individualizadas e anarquicamente espalhadas pelo estroma. Podem formar tambm massas fusiformes ou papilferas, com bordas lisas. Grau 4: Muitas das clulas esto fusionadas em grandes massas amorfas ou formando glndulas irregulares, que so distribudas anarquicamente, exibindo infiltrao irregular e invadindo os tecidos adjacentes. As glndulas podem apresentar clulas plidas e grandes, com padro hipernefride. Ann Internal Med 1993;118:798-803

Diagnstico Histopatolgico Para se obter o escore total da

classificao de Gleason, que varia de 2 a 10, o patologista gradua de 1 a 5 as duas reas mais frequentes do tumor e soma os resultados. Quanto mais baixo o escore de

Gleason, melhor ser o prognstico do paciente.Ann Internal Med 1993;118:798-803

Diagnstico Histopatolgico

Baseada no arranjo arquitetural

Ann Internal Med 1993;118:798-803

Estadiamento Objetivos:

Estimar extenso da doena Auxiliar deciso teraputica Prever resultados (prognstico)

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Estadiamento Estadiamento clnico:

Toque e PSA TC ou RM da prstata Radiografia de esqueleto Cintilografia ssea

Ann Internal Med 1993;118:798-803

Cintilografia ssea Mltiplas

reas de metstases sseas no esqueleto axial e apendicular. Portador de neoplasia prosttica.Ann Internal Med 1993;118:798-803

Estadiamento Estadiamento patolgico:

Confirmao da extenso da doena

aps prostatectomia radical, com estudo da pea cirrgica e dos gnglios.

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Estadiamento - TNMTumor Primrio TX No se pode avaliar o tumor primrio T0 Nenhuma evidencia do tumor primrio T1 Tumor inaparente clinicamente, pela palpao e mtodos de imagem T1a Tumor achado incidental em 5% ou menos de tecido ressecado T1b Achado incidental em mais de 5% do tecido ressecado T1c Tumor identificado por bipsia por agulha (p.ex., por PSA elevado) T2 Tumor confinado prstata T2a Tumor confinado a metade de um lobo ou menos T2b Tumor em mais da metade de um lobo, ma sem atingir o outro T2c Tumor envolvendo ambos os lobos T3 Tumor extendendo-se alm da cpsula prosttica T3a Extenso extra-capsular T3b Extenso extra-capsular bilateral T3c Tumor invadindo as vesculas seminais T4 Tumor fixo invadindo estruturas adjacentes, que no vesculas seminais T4a Tumor invadindo colo vesical, esfncter externo ou reto T4b Tumor invadindo msculos elevadores ou parede plvica

Estadiamento - TNMLinfonodos Regionais NX Linfonodos regionais no podem ser avaliados N0 Nenhuma metstase em linfonodos regionais N1 Metstase em um nico linfonodo com menos de 2cm no maior dimetro N2 Metstase em um nico linfonodo com mais de 2cm no maior dimetro, mas menos de 5cm no seu maior dimetro; ou metstases em mais de um linfonodo, nenhuma com mais de 5 cm de dimetro N3 Metstase em linfonodo com mais de 5 cm de dimetro Metstases Distncia MX No se pode avaliar metstases distncia M0 Ausncia de metstases distancia M1 Metstases distancia M1a Linfonodos (exceto os regionais) M1b sseas M1c Em outros locais

Classificao de Risco

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Tratamento Localizado (T1 e T2) Conduta expectante (Watchful waiting) Prostatectomia radical (disf. ertil e incontinncia) Retropbica Perineal Laparoscpica Robtica

Radioterapia Externa tradicional (7.000rads) Externa conformacional (8.000rads) Ann Internal Med 1993;118:798-803

Tratamento Localmente avanado (T3) Esquema BOLLA Hormonioterapia por 4 meses, seguida de radioterapia; Posteriormente, 6 meses de hormonioterapia. Prostatectomia radical seguida de radioterapia. Hormonioterpia seguida de prostatectomia radical no funciona.Ann Internal Med 1993;118:798-803

Tratamento Metasttico Endocrinoterapia Orquiectomia Estrgenos Anlogos do GHRH Antiandrgenos perifricos Quimioterapia Terapia gnica - vacinas Terapias alternativasAnn Internal Med 1993;118:798-803

Tratamento Recidivas Local: Radioterapia da loja prosttica Sistmica: Endocrinoterapia

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Seguimento Recidiva de PSA: Maior que 0,2, aps 90 dias de cirurgia radical. Maior que 0,4, aps 12 a 24 meses de radioterapia. Doena sistmica: Tempo de duplicao do PSA menor que 10 meses.Ann Internal Med 1993;118:798-803

Referncias NARDOZZA Jr, A; ZERATI Filho, M; REIS, R. B. Urologia

Fundamental. So Paulo: Planmark Editora, 2010. Disponvel em: . INSTITUTO NACIONAL DO CNCER. Cncer de prstata: consenso. 2002. Disponvel em: . INSTITUTO NACIONAL DO CNCER. Rastreamento para o cncer da prstata: diretrizes. 2008. Disponvel em: . SOCIEDADE BRASILEIRA DE UROLOGIA. Cncer de prstata: preveno e rastreamento. Projeto Diretrizes, 2006. Disponvel em: .

Obrigada!