CAATINGA

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CAATINGA Técnico em meio ambiente 1°modulo Nome:Valter Junior Nome: Nayara Susana

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CAATINGA

Técnico em meio ambiente

1°modulo

Nome:Valter Junior

Nome: Nayara Susana

1.0- INTRODUÇÃO.

“Caatinga (do tupi: caa (mata) + tinga (branca) = mata branca)”

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Este nome decorre da paisagem esbranquiçada apresentada pela vegetação no período da seca: a maioria das plantas perde as folhas e os troncos tornam-se esbranquiçados e secos. Este é o único bioma exclusivamente brasileiro, grande parte do patrimônio biológico da caatinga não poder ser encontrada em nenhum outro lugar do planeta A presença da caatinga no território brasileiro é uma área com cerca de 850.000 km², cerca de 10% do território nacional, presente da forma contínua parte dos estados do nordeste , Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia e parte do norte de Minas Gerais região sudeste do Brasil.

Das terras recobertas com a caatinga, 50 % são de origem sedimentar, ricas em águas subterrâneas. Os rios, em sua maioria, são intermitentes e o volume de água, em geral, é limitados, sendo insuficiente para a irrigação. A altitude da região varia de 0-600m. A temperatura varia de 24 a 28 º C. A precipitação média é de 250 a 1000mm e o déficit hídrico elevado durante todo o ano. As terras da caatinga possuem o índice xerotérmico igual ao do cerrado (100-150), porém de procedência diferenciada, no núcleo Nordeste do Escudo Brasileiro do período pré-cambriano, resultando em solos mais ricos (Andrade-Lima, 1981) e com 50% origem sedimentar rico em águas subterrâneas. Os rios, em sua maioria, são intermitentes e o volume de água, em geral, limitado e insuficiente para a irrigação. A altitude

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da região varia de 0-600m, com a temperatura entre 24 a 28 º C. A precipitação média é de 250 a 1000 mm e o déficit hídrico elevado durante todo o ano.

2.0- Fauna &Flora

A caatinga está tão próxima e ao mesmo tempo tão distante. Pelo menos é essa a sensação de quem mora nas capitais nordestinas. E quando pensamos na caatinga, vem logo em nossa mente o sertão, um lugar seco, sem vida. Mas estamos enganados. Na caatinga existe uma diversidade grande de fauna e flora.

A vegetação da caatinga é adaptada às condições de aridez (xerófila). Apresenta vegetação típica de regiões semi-Arias com perda de folhagem pela vegetação durante a estação seca; arbustos com galhos retorcidos e pouca folhagem, cactos e bromélias. Na maioria das espécies vegetais as folhas são finas ou mesmo inexistentes um fator de proteção contra o clima seco Anteriormente acreditava-se que a caatinga seria o resultado da degradação de formações vegetais mais exuberantes, como a Mata Atlântica ou a Floresta Amazonica essa crença sempre levou à falsa ideia de que o bioma seria homogêneo, com bioma pobre em espécies e em endemismo, estando pouco alterada ou ameaçada, desde o início da colonização do Brasil, tratamento este que tem permitido a degradação do meio ambiente e a extinção em âmbito local de várias espécies, principalmente de grandes mamíferos, cujo registro em muitos casos restringe-se atualmente à associação com a denominação das localidades onde existiram. Entretanto, estudos e compilações de dados mais recentes apontam a caatinga como rica em biodiversidade e endemismos, e bastante heterogênea. Muitas áreas que eram consideradas como primárias são, na verdade, o produto de interação entre o homem nordestino e o seu ambiente, fruto de uma exploração que se estende desde o século XVI, porém a caatinga compreende também uma forma de vegetação de porte mais elevado e denso que é a chamada caatinga arbórea, com espécies de mais de 20 metros de altura, raríssimas atualmente devido à exploração histórica desenfreada.

Adaptações das plantas Para sobreviver ao período seco do ano, as espécies vegetais da caatinga desenvolveram estratégias como xerofilia (tolerância a seca), microfilia (folhas pequenas) ou transformadas em espinhos para evitar a perda de água, suculência e presença de raízes tuberosas para armazenamento de água, o que permite a rebrota da planta mesmo após longos períodos de falta de água ou mesmo intervenções antrópicas.

Riqueza As formas de vida vegetal são das mais variadas e com uma rica biodiversidade e endemismo. São encontradas não só espécies arbóreas e arbustivas como também herbáceas, lianas e principalmente cactáceas. Os estratos arbóreos e arbustivos, que dão a feição característica da caatinga, têm como família de maior diversidade a Leguminosae, como exemplo temos: a catingueira (Caesalpinia pyramidales); o sabiá (Mimosa caesalpiniifolia); o angico (Anadenanthera colubrina); as juremas preta e branca (Mimosa tenuiflora e M.

PRINCIPAIS ESPÉCIES VEGETAIS:

Copernicia prunifera - Carnaubeira

Tabebuia caraiba - Crabeira

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Schinopsis brasiliensis – Baraúna

Zizyphus joazeiro – Juazeiro

Hancornia speciosa – Mangabeira

Auxemma oncacalyx – Pau Branco

Spondiar tuberosa – Umbuzeiro.

Insetos e Animais - Inseto Camuflado. Mede aproximadamente 7 centímetros, habita a região Nordeste do Brasil. Utiliza-se de sua aparência que se assemelha a vegetação típica da caatinga para livrar-se de seus predadores.

artemisiana) entre outras. Espécies arbóreas raras hoje na paisagem e de grande valor são: Ipê roxo (Tabebuia impetiginosa) e cumaru (Amburana cearensis); aroeira (Myracroduon urundeuva), sendo a última pertencente à lista oficial de espécies brasileiras ameaçadas de extinção. Nesse estrato encontramos ainda a palmeira endêmica e símbolo do Ceará, a carnaúba (Copernicia prunifera) que possui grande valor cultural e econômico.

O estrato herbáceo é constituído principalmente por ervas anuais (terófitas) e geófitas que aparecem apenas na curta estação chuvosa, sendo considerado por alguns estudos como mais diverso que a flora lenhosa. Entre as espécies temos: a malva branca (Wissadula SP); malícia (Mimosa pudica) e jitirana (Ipomoea sp.). A conservação de toda essa rica biodiversidade de formas vegetais da caatinga possibilitará a permanência de uma fauna igualmente rica, que depende direta e indiretamente dos recursos vegetais e da geração de diversos serviços ambientais diretos e indiretos, assim como são essenciais para uma sadia qualidade de vida do homem e para a manutenção do equilíbrio do planeta.

A maioria dos animais da caatinga tem hábitos noturnos, o que evita que se movimentem em horas mais quentes A dificuldade de se encontrar água é um obstáculo para a existência de grandes mamíferos na região. Entre as árvores secas e em terrenos pedregosos, vivem onças, gatos selvagens, capivaras, gambás, preás, macacos-prego, e o veado catingueiro, sapo cururu, asa branca, cotia, tatu-peba e o sagüi do Nordeste.

ANFÍBIOS48 tipos de sapos, rãs e pererecas são registrados na caatinga e nenhum deles é restrito ao ecossistema. O grupo é um dos menos conhecidos, mas guarda estratégias de sobrevivência que despertam o interesse de estudiosos da fisiologia animal. podemos citar o sapo cururu e a jia de parede.

RÉPTEISA fauna de répteis é abundante, podendo ser encontrados um grande número de lagartos e cobras. Os lagartos são muito comuns dois quais 47 espécies deles já foram catalogadas. Entre elas estão o calango verde e o calanguinho. Ainda entre os répteis também se destacam as serpentes. Até agora foram encontradas 45 espécies de serpentes. Dentre elas, podemos citar: a cascavel que é uma das cobras mais vistas na caatinga e a falsa coral.

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AVESEntre as varais espécies de aves da caatinga, podemos citar: o azulão, acauã, concriz, caboré, cacuruta, fura barreira, galo de campina, gavião de rapina, gavião pé-de-serra, gavião rasga rola, golinha, juriti, mané besta, papa sebo, rolinhas branca e cafufa, salta estaca, soldadinho, tiziu, tetéu, várias espécies de beija-flor, o periquito-vaqueiro, ou suiá (Aratinga cactorum) dentre outros. Algumas aves são moradoras típicas da caatinga. É o caso do carcará, da asa-branca e da gralha-canção. Neste bioma, vive a ararinha azul.

MAMÍFEROS144 espécies, 9 são exclusivas da região. Dessas 144 espécies registradas quase metade é composta por morcegos. Entre os primatas, podemos citar guigó-da-caatinga e o sagüi do Nordeste.

ESPÉCIES AMEAÇADAS DE EXTINÇÃO DA CAATINGA

São 20 as espécies ameaçadas de extinção, estando incluídas nesse conjunto duas das espécies de aves mais ameaçadas do mundo: a ararinha-azul (Cyanopsitta spixii), a arara-azul-de-lear (Anodorhynchus leari) e o veado catingueiro, o próprio gato-do-mato, o gato-maracajá, o patinho, a jararaca e a sucuri-bico-de-jaca.

A fauna da caatinga é bem diversificada, composta por répteis (principalmente lagartos e cobras), roedores, insetos, aracnídeos, cachorro-do-mato, arara-azul, (ameaçada de extinção), sapo-cururu, asa-branca, cutia, gambá, preá, veado catingueiro, tatupeba, sagui-do-nordeste, entre outros animais.

3.0- Atividades Econômicas.

A economia na caatinga é constituída através da agropecuária, entretanto, é obtido baixa produtividade, e com a falta de técnicas para com o solo o homem causa impactos neste ecossistema.

A extração de madeira, a monocultura da cana-de-açúcar e a pecuária nas grandes propriedades (latifúndios) deram origem à exploração econômica. Na região da Caatinga, ainda é praticada a agricultura de sequeiro.

A ação do homem já alterou 80% da cobertura original da caatinga, que atualmente tem menos de 1% de sua área protegida

Agricultura de sequeiro é uma técnica agrícola para cultivar terrenos onde a pluviosidade é diminuta. A expressão sequeiro deriva da palavra seco e refere-se a uma plantação em solo firme(o contrário de brejeiro, ou de brejo, como é comum nos países asiáticos e em Santa Catarina, no Sul do Brasil). Mas isso não impede que o plantio seja irrigado em época de seca. O plantio de sequeiro é intensivo e desenvolve-se nos planaltos da África, com pouca rotação de culturas e aproveitamento do estrume. Essa forma de agricultura também é utilizada no Cerrado e na Caatinga brasileira e na fronteira dos Estados Unidos com o México, uma região muito seca: máquinas escavam para revirar a terra úmida do solo e expô-la ao sol, reciclando o solo.

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