Cabeamento_Estruturado SENAI Excelente

114
CTAI – Centro de Tecnologia em Informática e Automação CABEAMENTO ESTRUTURADO PARA TELECOMUNICAÇÕES Organizador: FAIAL VARELLA KRAUSER Seta Tecnologia, Consultoria, Estudo e Planejamento Ltda Florianópolis 2003

Transcript of Cabeamento_Estruturado SENAI Excelente

Page 1: Cabeamento_Estruturado SENAI Excelente

CTAI – Centro de Tecnologia em Informática e Automação

CABEAMENTOESTRUTURADO PARATELECOMUNICAÇÕES

Organizador:FAIAL VARELLA KRAUSER

Seta Tecnologia, Consultoria,Estudo e Planejamento Ltda

Florianópolis2003

Page 2: Cabeamento_Estruturado SENAI Excelente

CABEAMENTOESTRUTURADO PARATELECOMUNICAÇÕES

Page 3: Cabeamento_Estruturado SENAI Excelente

FIESCJosé Fernando Xavier FaraccoPresidente

Sérgio Roberto ArrudaDiretor Regional

Mauro Faccioni FilhoDiretor de Centro Tecnológico

Golberi de Salvador FerreiraCoordenador de Educação Profissional

Sandro Volpato FariaCoordenador de Serviços Técnicos Tecnológicos

Carlos Fernando MartinsCoordenador de Pesquisa Aplicada

Beth SchirmerCoordenadora de Informação Tecnológica

Carlos Dhanyel RoqueFacilitador Núcleo de Apoio Administrativo

Page 4: Cabeamento_Estruturado SENAI Excelente

Federação das Indústrias do Estado de Santa CatarinaServiço Nacional de Aprendizagem Industrial

Centro de Tecnologia em Automação e Informática

CABEAMENTO ESTRUTURADOPARA TELECOMUNICAÇÕES

Organizador:Faial Varella Krauser

Seta Tecnologia, Consultoria, Estudo e Planejamento Ltda

Florianópolis2003

Page 5: Cabeamento_Estruturado SENAI Excelente

Proibida a reprodução total ou parcial deste material,

por qualquer meio ou sistema sem o prévio

consentimento do editor.

Diagramação e Design:Clehani Rauen da Luz

Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial

Departamento Regional de Santa Catarina

Centro de Tecnologia e Automação em Informática.

[email protected]

www.ctai.senai.br

Rodovia SC-401, 3730 – Saco Grande II

CEP 88032-005 – Florianópolis – SC

Fone: 0 xx (48) 239-5800 Fax: 0 xx (48) 239-5802

KRAUSER, Faial Varella. Cabeamento estruturado paratelecomunicações. Florianópolis: SENAI/CTAI, 2002. 118p.

TELECOMUNICAÇÕES.

Page 6: Cabeamento_Estruturado SENAI Excelente

SUMÁRIO

1

OBJETIVO ................................................................................................................. 7

1. INTRODUÇÃO....................................................................................................... 8

2. CONCEITOS INICIAIS....................................................................................... 10

3.CABOS PARA TELECOMUNICAÇÕES............................................................ 113.1 Características Elétricas para Cabos Metálicos ...................................................... 113.2. Banda Passante .................................................................................................... 133.3 Unidades de medida : ............................................................................................ 163.4 Cabo de Par trançado (Twisted pair) ..................................................................... 173.5 Cabo Coaxial ........................................................................................................ 193.6 Cabo de Fibra óptica ............................................................................................. 20

4.SISTEMA DE CABEAMENTO ESTRUTURADO ............................................. 25

5.CABEAMENTO HORIZONTAL......................................................................... 285.1-Definições ............................................................................................................ 285.2-Meios físicos reconhecidos ................................................................................... 285.3-Distâncias e topologia........................................................................................... 285.4 Escolha do tipo de tomada e cabos ........................................................................ 305.5.Cross-connect horizontal....................................................................................... 315.6-Caminhos e espaços para o cabeamento horizontal................................................ 335.7 Interferências eletromagnéticas ............................................................................. 45

6. ÁREA DE TRABALHO....................................................................................... 476.1 Cabeamento em escritórios abertos ....................................................................... 506.2 Conectores ............................................................................................................ 54

7. SALA DE TELECOMUNICAÇÕES................................................................... 57

8. CABEAMENTO DE BACKBONE...................................................................... 63

9. SALA DE EQUIPAMENTOS .............................................................................. 69

10.ENTRADA NO EDIFÍCIO.................................................................................. 72

11. PRÁTICAS DE INSTALAÇÃO......................................................................... 7611.2 Conectorização no bloco 110 .............................................................................. 7811.5.Organização dos cabos........................................................................................ 83

12. NORMA DE CABEAMENTO BRASILEIRA NBR 14.565.............................. 8712.3 Armário de telecomunicações.............................................................................. 8812.4 Cabeamento primário .......................................................................................... 88

Page 7: Cabeamento_Estruturado SENAI Excelente

12.5 Sala de equipamentos.......................................................................................... 8812.6. Sala de entrada de telecomunicações .................................................................. 8912.7 Proteção elétrica.................................................................................................. 8912.8 Administração..................................................................................................... 89

13. INSTALAÇÕES ELÉTRICAS EM INFORMÁTICA ...................................... 91

14. ATERRAMENTO............................................................................................... 93

15. TESTES E CERTIFICAÇÃO ............................................................................ 9515.1.Testes de campo para cabos de par trançado de 100 ohms ................................... 9515.2.Testes de desempenho de transmissão em fibra óptica....................................... 110

BIBLIOGRAFIA .................................................................................................... 113

Page 8: Cabeamento_Estruturado SENAI Excelente

Cabeamento Estruturado para Telecomunicações

SENAI/scCTAI/CENTRO DE TECNOLOGIA EM AUTOMAÇÃO E INFORMÁTICA

7

OBJETIVO

Este módulo tem por objetivo fornecer os conhecimentos básicos sobre osconceitos e as técnicas envolvidas nos projetos de cabeamento estruturado, tendo emvista que este é o estado da arte tratando-se de infra-estrutura de telecomunicações.

Page 9: Cabeamento_Estruturado SENAI Excelente

Cabeamento Estruturado para Telecomunicações

SENAI/scCTAI/CENTRO DE TECNOLOGIA EM AUTOMAÇÃO E INFORMÁTICA

8

1. INTRODUÇÃO

Antes de 1984 , nos Estados Unidos , os sistemas de telecomunicações e osprojetos de edifícios não estavam em sintonia. Existiam vários padrões de cabos paraatender uma instalação : par trançado para telefonia, cabos coaxiais de 50Ω para asnovas redes ethernet de 10 Mbps, cabos coaxiais de 75Ω para vídeo, cabos STP paratoken-ring, ou seja , não havia uma coordenação entre as empresas de construção e asaplicações desenvolvidas pelas indústrias de informática e comunicações.

Após aquela data, o Bell System, conglomerado de empresas prestadoras deserviço de telecomunicações, começou a pressionar os órgãos de normalização paratentar resolver os problemas de incompatibilidade que estavam surgindo. Assim em1985 o EIA (Eletronic Industry Association) e a TIA ( Telecommunication IndustryAssociation) organizaram comitês técnicos para desenvolver um rol de padrões para ossistemas de telecomunicações, que resultaram,em 1991, na publicação da normaconhecida por ANSI/TIA/EIA-568 –Commercial Building Telecommunications CablingStandard, que disseminou a técnica de projeto de infra-estrutura de telecomunicaçõesconhecida por cabeamento estruturado. Surge a ANSI/TIA/EIA-569 – CommercialBuilding Standard for Telecommunications Pathways and Spaces, para definir oscaminhos e espaços.

Dando continuidade a este trabalho, produziram-se diversas atualizações,listadas abaixas :

• ANSI/TIA/EIA-568 –Commercial Building Telecommunications Cabling Standard (,

julho de 1991 )

• ANSI/TIA/EIA-568A –Commercial Building Telecommunications Cabling Standard,(

outubro de 1995 )

• TIA/EIA TSB67 – Transmission performance Specifications for Field Testing of

Unshielded Twisted-Pair Cabling Systems ( outubro de 1995 )

• TIA/EIA TSB72 – Centralized Optical Fiber Cabling ( outubro de 1995 )

• TIA/EIA TSB75 – Additional Horizontal Pratices for Open Offices ( agosto de 1996 )

• TIA/EIA TSB95 – Additional Transmission Performance Guidelines for 4-Pair 100 ΩΩ

Category 5 Cabling ( outubro de 1999 )

• ANSI/ TIA/EIA-568-A-1, Propagation Delay and Delay Skew Specifications for 100 ΩΩ 4-

Pair Cable ( setembro de 1997 )

• ANSI/ TIA/EIA-568-A-2, Corrections and Additions to TIA/EIA-568-A ( agosto de 1998 )

• ANSI/ TIA/EIA-568-A-3, Addendum no. 3 to TIA/EIA-568-A ( dezembro de 1998 )

Page 10: Cabeamento_Estruturado SENAI Excelente

Cabeamento Estruturado para Telecomunicações

SENAI/scCTAI/CENTRO DE TECNOLOGIA EM AUTOMAÇÃO E INFORMÁTICA

9

• ANSI/ TIA/EIA-568-A-4, Production Modular Cord NEXT Loss Test Method and

Requirements for Unshielded Twisted-Pair Cable ( novembro 1999 )

• ANSI/ TIA/EIA-568-A-5, Transmission Performance Specifications for 4-Pair 100 ΩΩ

Category 5e Cabling ( fevereiro 2000 )

Em 2001 todas as normas, boletins e adendos acima condensaram-se na novanorma ANSI/TIA/EIA-568B– Commercial Building Telecommunications cablingStandard, maio de 2001 , subdividida em três partes :

• ANSI/TIA/EIA 568-B.1 –General Requirements

• ANSI/TIA/EIA 568-B.2 – Balanced Twisted Pair Cabling Components

• ANSI/TIA/EIA 568-B.3 – Optical Fiber Cabling Components Standard

A seguir. outras normas relacionadas ao cabeamento estruturado e a suaevolução cronológica:

• ANSI/TIA/EIA-569 – Commercial Building Standard for Telecommunications Pathways

and Spaces,( outubro 1990)

• ANSI/TIA/EIA-569A – Commercial Building Standard for Telecommunications

Pathways and Spaces, ( fevereiro de 1998 )

• ANSI/TIA/EIA-570- residential and Light Commercial Telecommunications Wiring

Standard,( junho de 1991 )

• ANSI/TIA/EIA-570A- residential and Light Commercial Telecommunications Wiring

Standard,( outubro de 1999 )

• TIA/EIA-606 - The Administration Standard For The Telecommunications Infrastruture

Of Commercial Buildings,( fevereiro de 1993 )

• ANSI/EIA/TIA-607- Commercial Building Grounding And Bonding Requirements For

Telecommunications, ( agosto de 1994 )

No Brasil com a crescente demanda de sistemas de telecomunicações a ABNTformou um comitê para desenvolver a norma de cabeamento estruturado brasileira,dando origem à ABNT/NBR 14565- " Procedimentos básicos para elaboração deprojetos de cabeamento de telecomunicações para rede interna estruturada" deagosto de 2000, Esta norma baseou-se na ANSI/TIA/EIA-568A de outubro de 1995.

Page 11: Cabeamento_Estruturado SENAI Excelente

Cabeamento Estruturado para Telecomunicações

SENAI/scCTAI/CENTRO DE TECNOLOGIA EM AUTOMAÇÃO E INFORMÁTICA

10

2. CONCEITOS INICIAIS

O cabeamento estruturado é uma técnica utilizada para projetar , em prédioscomerciais, um sistema de telecomunicações genérico, ou seja, não dedicado aaplicação específica. Ele estabelece critérios técnicos e de desempenho para atender amaioria das aplicações existentes.

Atualmente o termo telecomunicações é mais do que voz e dados: , englobatambém vídeo, sensores, alarmes, etc., ou seja , sistemas que utilizam sinais de baixavoltagem.

Outra idéia importante é projetar sem dependência do tipo de equipamento a serutilizado, isto é, seguir as recomendações da norma . Como elas estão em consonânciacom a técnica, a estrutura terá condições de atender os requisitos da maior parte dosequipamentos. Não impedindo a existência de circuitos exclusivos para atender umaaplicação específica.

Essas normas tendem a balizar o trabalho do projetista de sistemas detelecomunicações de tal forma, que um prédio poderá ser construído sem depender dosclientes que vão utilizá-lo e, se posteriormente, alguma alteração for necessária, o custopara tal será mínimo.

Para atender a estes princípios criou-se o conceito de área de trabalho levandoem consideração o espaço necessário para que uma pessoa realizar suas atividades. Porexemplo, um funcionário precisa de uma mesa, cadeira, computador , telefone e umapoltrona de visita, então este material somado aos espaços para movimentação ( sentare levantar da mesa) ocuparão 10m2 . . Se a sala para ocupação possuir 100m2, deverá terno máximo 10 funcionários , senão a funcionalidade do escritório ficará comprometida.

Outra normalização está relacionada a definição de tipos e categorias de cabos econectores a serem utilizados. Isso possibilita, às indústrias de equipamentos, aadequação de seus novos produtos à infra-estrutura que encontrarão nas edificações .

E finalizando, tem-se a especificação de salas ou espaços, dutos e canaletasprevendo as possíveis expansões e uma metodologia de administração para manteratualizadas todas as informações relativas às estruturas de telecomunicações.

Page 12: Cabeamento_Estruturado SENAI Excelente

Cabeamento Estruturado para Telecomunicações

SENAI/scCTAI/CENTRO DE TECNOLOGIA EM AUTOMAÇÃO E INFORMÁTICA

11

3.CABOS PARA TELECOMUNICAÇÕES

Os meios físicos utilizados nos sistemas de telecomunicações poderão basear-seem meios confinados ( cobre ou fibras ópticas) ou em não confinados ( espaço livre).

3.1 Características Elétricas para Cabos Metálicos

Os cabos metálicos podem ser modelados através dos seus parâmetros principaisresistência, indutância, capacitância e condutância. A associação destes produz ascaracterísticas conhecidas como : atenuação, banda passante, corrente máxima,resistência ao ruído, interferências,etc.

Figura 1 – Modelo elétrico de um cabo UTP

A seguir, análise de cada um destes parâmetros e verificação da influência totalno cabo.

Resistência (R)

A resistência é a oposição que um determinado material faz a passagem dacorrente elétrica. O valor da resistência é diretamente proporcional ao comprimento docondutor e a temperatura, e é inversamente proporcional a área da seção reta transversaldo mesmo. A unidade de medida de resistência é o ohm ( Ω )..

Na medida que aumenta a freqüência do sinal transmitido, a corrente elétricatende a se propagar na parte mais externa do condutor, a este fato dá-se o nome deEfeito Pelicular. Quando isto acontece a área da seção do condutor diminui provocandoo aumento da resistência. A conseqüência principal será o aumento da resistência nasfreqüências mais altas prejudicando a transmissão do sinal.

G C

R L

LR

C G

Page 13: Cabeamento_Estruturado SENAI Excelente

Cabeamento Estruturado para Telecomunicações

SENAI/scCTAI/CENTRO DE TECNOLOGIA EM AUTOMAÇÃO E INFORMÁTICA

12

Figura 2 – EFEITO PELICULAR - Na figura 1 temos os sinais de baixa freqüência ocupando toda aseção reta do condutor e na 2 os de alta ocupando parcialmente.

Tabela 1 – Variação dos fatores que influenciam a resistência

Variação Fator Resistência AtenuaçãoAumento Comprimento Aumento AumentoAumento Temperatura Aumento AumentoAumento Seção reta Diminuição DiminuiçãoAumento Freqüência Aumento AumentoDiminuição Comprimento Diminuição DiminuiçãoDiminuição Temperatura Diminuição DiminuiçãoDiminuição Seção reta Aumento AumentoDiminuição Freqüência Diminuição Diminuição

Indutância(L)

A indutância está relacionada ao campo magnético gerado quando uma correnteelétrica atravessa um condutor. Este campo armazena energia do sinal transmitido,tornando-se mais um fator de atenuação. O valor da indutância depende basicamenteda geometria do cabo e sua unidade é o Henry ( H ).

Capacitância(C)

A capacitância está associada a energia armazenada no campo elétrico ente ocondutor e o seu isolante. Como efeitos prejudicais temos a atenuação dos sinais de altafreqüência e o acoplamento capacitivo que facilita a interferência de sinais gerados emcondutores próximos ( diafonia). A unidade é o Farad ( F ).

1

ALTAS FREQÜÊNCIAS

2

BAIXAS FREQÜÊNCIAS

Page 14: Cabeamento_Estruturado SENAI Excelente

Cabeamento Estruturado para Telecomunicações

SENAI/scCTAI/CENTRO DE TECNOLOGIA EM AUTOMAÇÃO E INFORMÁTICA

13

Condutância(G)

Representa a perda de potência devido a correntes conduzidas pelo isolante docabo. No caso de isolantes de polietileno é extremamente baixa e pode ser desprezada.A unidade é o Siemens ( S ). A principal influência da condutância está na velocidadedo sinal elétrico no condutor.

Impedância(Z)

A impedância representa a influência total da resistência , indutância ecapacitância de um determinado condutor , na presença de sinais . Sua unidade é ohm(Ω).

Ao acoplar dispositivos elétricos a meios de transmissão deve-se observar ocasamento de impedância, isto é, a impedância dos dois deverá possuir o mesmo valorpois caso contrário, não haverá a transmissão integral da energia, ocorrendo uma perdapor reflexão .

Figura 3 – Esta figura mostra o retorno de parte do sinal devido ao descasamento de impedância.

3.2. Banda Passante

O conceito de banda passante ou largura de banda vem do início dos estudos dossinais e das técnicas de transmissão analógicas. Ela caracteriza a capacidade detransmissão de um meio físico e as exigências do sinal para garantir a qualidade dainformação.

O hertz mede a quantidade de ciclos de um determinado sinal por segundo que éequivalente a freqüência. Os sinais que representam informações como voz, dados eimagem são representados por um conjunto de freqüências de amplitudes diferentes,cuja soma produz a forma do sinal original. Ao analisar um determinado canal decomunicações, este atenua de maneira diferente cada freqüência que compõe o sinaltransmitido. Para conservar as características do mesmo, deve-se determinar qual a faixa

Page 15: Cabeamento_Estruturado SENAI Excelente

Cabeamento Estruturado para Telecomunicações

SENAI/scCTAI/CENTRO DE TECNOLOGIA EM AUTOMAÇÃO E INFORMÁTICA

14

de freqüências onde a atenuação possui uma pequena variação. Assim quando aamplitude das freqüências começar a cair pela metade , esta faixa será a banda-passantedo canal.

Figura 4 – Sinal periódico senoidal com freqüência de 4 Hz

Nas tabelas abaixo há exemplos de banda passante de sinais e de canais decomunicações. A noção mais importante que precisa-se ter é que a banda do canaldeverá ser sempre maior do que a do sinal

Tabela 2 – Banda passante de alguns sinais

Tipo de sinal Banda passante( Hz)

Voz em telefonia 3.100

Música clássica 18.000

Sinal de vídeo (banda base) 4.200.000

Sinal de vídeo (videolaser) 5.000.000

Sinal de vídeo HDTV 6.000.000

Tabela 3 - Banda passante dos meios de transmissão

Meio de transmissão Banda passante( Hz)

Rede telefônica antiga 4.000

Linha para transmissão HDSL 196.000

Linha para transmissão ADSL 1.040.000

Rádio AM 5.000

Rádio FM 15.000

CD de áudio 20.000

Cabo de par trançado categoria 3 16.000.000

Cabo de par trançado categoria 5 100.000.000

Cabo de par trançado categoria 6 250.000.000

Cabo coaxial 1.000.000.000

Page 16: Cabeamento_Estruturado SENAI Excelente

Cabeamento Estruturado para Telecomunicações

SENAI/scCTAI/CENTRO DE TECNOLOGIA EM AUTOMAÇÃO E INFORMÁTICA

15

Tabela 4 – Taxa de transmissão digital para alguns sinais

Tipo de sinal Taxa de transmissão( bits\s)

Voz em telefonia 64.000

Som estéreo com qualidade de FM 768.000

Som estéreo com qualidade de CD 1.500.000

Vídeo ocupando ¼ de tela, som estéreo de boaqualidade

384.000.000

TV convencional 23.000.000

TV de alta definição compactada 19.000.000

TV de alta definição sem compactação 1.200.000.000

Ethernet 10.000.000

Com a chegada dos Sistemas Digitais passaram a existir duas origens para asinformações: os sinais digitais propriamente ditos ( gerados num computador) e ossinais digitalizados ( vídeo e voz são naturalmente analógicos). Da mesma forma anossa medida da capacidade de transmissão passou a utilizar o bit por segundo comounidade básica .

Os sinais de origem analógica são bastante críticos pois possuem restriçõesespeciais quanto a atrasos e perdas e também quanto a precisão necessária a suaconversão em bits. Na tabela abaixo há alguns sinais e seus requisitos de taxas detransmissão necessárias.

A grande confusão que existe hoje está baseada na apropriação do conceito debanda passante dos sinais analógicos medida em hertz para os dos sistemas digitaismedidos em bits por segundo. O problema dessa confusão está em achar que estesvalores tem uma correspondência direta, o que na maioria das vezes não é verdade.

A técnica utilizada para transmitir uma determinada quantidade de bits sobreuma certa banda passante é chamada de Codificação de Linha.

Tabela 5 – Aplicações com banda passante e taxa de transmissão correspondentes

Aplicação Banda passante( Hz)

Taxa de transmissão(bps)

Relação decompressão

HDSL 196.000 784.000 1:4

Token ring

16 Mbps12.000.000 16.000.000 1:1,33

Ethernet 7.500.000 10.000.000 1:1,33

Fast-Ethernet 31.250.000 100.000.000 1:3,2

Gigabit ethernet 65.200.000 250.000.000 ( por par) 1:4

ATM 155 77.000.000 155.000.000 1:2

ATM 622 31.250.000 622.000.000 1:19,9

Page 17: Cabeamento_Estruturado SENAI Excelente

Cabeamento Estruturado para Telecomunicações

SENAI/scCTAI/CENTRO DE TECNOLOGIA EM AUTOMAÇÃO E INFORMÁTICA

16

3.3 Unidades de medida :

Uma das medidas mais importantes nos sistemas de comunicação é a depotência. Os termos atenuação e ganho de um sistema refere-se a diminuição e aumentoda potência do sistema, respectivamente, que por sua vez se relaciona com a amplitudedos sinais transmitidos. Os estudos ligados a transmissão de sinais elétricos começaramno século XIX, onde o logaritmo era a ferramenta matemática mais utilizada. Surgiu oBEL, como unidade de medida que relacionava duas potências. Com o uso notou-se queum submultiplo do Bel era mais prático de usar, obtendo assim o decibel (dB). Veja afórmula abaixo:

( )POT LOGPOT

POTdBSAIDA

ENT

=

10*

POT= potência em decibéis

POTSAIDA= potência de saída do circuito

POTENT = potência de entrada ou de referência do circuito

Ao trabalhar com valores logarítmicos, as multiplicações e as divisões deverãopassa a ser somas e subtrações respectivamente.

Tabela 6 – Relação de valores em dB com relação de potencia

Valor em dB Relação POTSAIDA / POTENT

30 1000

20 100

10 10

6 4

3 2

0 1

-3 0,5

-6 0,25

-10 0,1

-20 0,01

-30 0,001

Juntamente com o dB outra unidade criada foi o dBm onde a POTSAIDA édividida pela potência padrão de 1mW. Assim converte-se a potência de umequipamento para unidades logarítmicas facilitando os cálculos.

Exemplo:

Tendo um cabo com atenuação de 4 dB/km e os terminais distanciados em10km , a atenuação total do percurso deverá ser :

Page 18: Cabeamento_Estruturado SENAI Excelente

Cabeamento Estruturado para Telecomunicações

SENAI/scCTAI/CENTRO DE TECNOLOGIA EM AUTOMAÇÃO E INFORMÁTICA

17

Atota l= 4dB/km x 10km = 40 dB ou 10.000 vezes

Se o nosso transmissor tiver a potência de saída de 1 W , qual seráa potência dechegada no receptor?

dBmmW

mWdBm 30

1

1000log10 =

∗=

POTRx = 30dBm – 40dB=-10dBm

Resposta 0,1 mW

3.4 Cabo de Par trançado (Twisted pair)

O par trançado consiste em dois fios de cobre isolados, que são trançados entresi para produzir um efeito de cancelamento de correntes, protegendo o par deinterferências externas. Quanto mais apertado for o passo de trancamento maispróximos serão os valores das correntes induzidas nas duas espiras adjacentes,produzindo a neutralização da influência dos campos magnéticos.

Figura 5 – As correntes geradas pelos campos magnéticos que atingem as tranças dos pares , são maissemelhantes quanto menor for o passo.

Estes pares são recobertos por uma ou mais camadas protetoras formando o cabode par trançado. Um cabo pode conter 1 ou mais pares, dependendo da necessidade ,sendo que para redes de cabeamento estruturado são utilizados 4 ou 25 pares.

Os cabos podem ser classificados pelo uso ou não de uma camada de blindagemmetálica. Os cabos que não utilizam blindagem são chamados de UTP - UnshieldedTwisted Pair que possuem uma impedância de 100Ω. Os cabos que utilizam blindagem,poderá ser individualizada a cada par , são conhecidos como Shielded Twisted Pair

Page 19: Cabeamento_Estruturado SENAI Excelente

Cabeamento Estruturado para Telecomunicações

SENAI/scCTAI/CENTRO DE TECNOLOGIA EM AUTOMAÇÃO E INFORMÁTICA

18

(STP) com impedância de 150Ω, ou sobre o conjunto de pares , sendo conhecida porScreened Twisted Pair (ScTP) com impedância de 100Ω.

A tabela 6 mostra a classificação dos cabos UTP e ScTP quanto ao desempenho.

Figura 6 – Exemplo cabo UTP de 4 pares

Tabela 7 – Categoria de cabeamento UTP e ScTP

CATEGORIA LIMITE OBSERVAÇÃO

3 Testado até 16 MHz

5E Testado até 100 MHz ,

6 Testado até 250 MHz ,

7 Testado até 600 MHz Está em fase de aprovação e o cabo passa ater blindagem individual em cada par

Figuras 7 – Acima dois tipos de conectores, , conector para cabo ScTP e conector para cabo UTP (daesquerda para direita)

Page 20: Cabeamento_Estruturado SENAI Excelente

Cabeamento Estruturado para Telecomunicações

SENAI/scCTAI/CENTRO DE TECNOLOGIA EM AUTOMAÇÃO E INFORMÁTICA

19

A técnica de transmissão utilizada em cabos de par trançado é chamada detransmissão balanceada, na qual o sinal é transmitido em cada condutor com polaridadeinvertida, fazendo com que o ruído absorvido ao longo do percurso seja anulado quandoo sinal for recomposto.

Figura 8– Modelo de transmissão balanceada mostrando o ruído sendo absorvido no sinal e sendo anuladono receptor.

3.5 Cabo Coaxial

O cabo coaxial é constituído por um núcleo de metal condutor ,recoberto por umdielétrico, este recoberto por uma malha metálica e sobre esta, uma camada de plásticoprotetor. Existem vários tipos de cabos coaxiais que diferem pela impedância, diâmetroe aplicações. Para comunicações analógicas o mais utilizado é o cabo de 75Ω ( RG-59,RG6 ou RG11). As comunicações digitais em banda básica utilizam o cabo de 50Ω , noqual o RG-58 thin-net ou cheap-net e o RG-8 o think-net ou yellow cable são os maisusados. A técnica de transmissão utilizada é conhecida como não-balanceada onde osinal é transmitido pelo condutor central. A malha externa é ligada a referência de terraformando uma blindagem, evitando a entrada e saída de ruído .

Figura 9 – Dois principais cabos coaxiais utilizados em comunicação de dados, o RG-8 acima e RG-58abaixo

Page 21: Cabeamento_Estruturado SENAI Excelente

Cabeamento Estruturado para Telecomunicações

SENAI/scCTAI/CENTRO DE TECNOLOGIA EM AUTOMAÇÃO E INFORMÁTICA

20

Em termos de aplicações, os cabos coaxiais possuem uma banda passante naordem de 1 GHz e a atenuação varia de acordo com o modelo do cabo.

Tabela 8- Atenuações em dB em 100 m de cabos coaxiais

Tipo de cabo 187 MHz 250 MHz 350 MHz 500 MHz 750 MHz 1000 MHz

RG-59 10,76 12,5 14,86 17,91 22,15 25,82

RG-6 8,6 10,01 11,94 14,4 17,85 20,83

RG-11 5,54 6,46 7,74 9,42 12,17 13,78

3.6 Cabo de Fibra óptica

3.6.1 Conceitos Iniciais de Fibras Ópticas

A fibra óptica é constituída de um condutor cilíndrico central,chamado denúcleo, feito de vidro ou plástico de altíssima pureza e de pequenas dimensões (microns ) recoberto de uma camada chamada de casca , de vidro ou de plástico, comíndice de refração menor. Diferente dos cabos de cobre, a fibra transmite luz através doprincípio da reflexão total, podendo ser gerada por laser ou por LED. Entre suasprincipais vantagens estão:

a) Imunidade a interferências eletromagnéticas

b) Dimensões reduzidas

c) Capacidade de transmissão a longas distâncias

d) Elevadas taxas de transmissão de dados

e) Segurança

De acordo com as características básicas de transmissão da luz, as fibras podemser classificadas em monomodo e multimodo .

A fibra monomodo tem o seu núcleo com dimensões muito pequenas ( 8 a 10µm), que possibilita somente um modo para a propagação da luz, fato que garante umagrande banda passante. Possui baixa atenuação ( menor que 0,5 dB/km, chegando a0,16 dB/km) permitindo alcances de até 100 km, e uma grande banda passante de 10 a100 GHz.

Devido as pequenas dimensões do núcleo torna-se necessário concentrar omáximo de energia no mesmo , o que implicará na utilização de fontes laser, tornando ocusto dos equipamentos transmissores bastante elevado.

Page 22: Cabeamento_Estruturado SENAI Excelente

Cabeamento Estruturado para Telecomunicações

SENAI/scCTAI/CENTRO DE TECNOLOGIA EM AUTOMAÇÃO E INFORMÁTICA

21

Figura 10 – Raio luminoso propagando-se dentro de uma fibra monomodo

Este tipo de fibra é bastante utilizada nos sistemas de telecomunicações, onde asdistâncias e a bandas são grandes , como nas redes metropolitanas ( MAN ) e redes degrande alcance ( WAN ). Nas redes locais ( LAN ) seu emprego está ligado àsdistâncias superiores a 2 km ( tecnologias de 100 Mbps), a 550 m (tecnologias de 1.000Mbps ) e 300 m (tecnologias de 10.000 Mbps

A fibra multimodo pode ser de dois tipos índice degrau e índice gradual.

A fibra índice degrau é a mais fácil de ser produzida possuindo as maioresdimensões (100/140 µm) , porém perde nos itens atenuação (6 dB/km) e banda passante(20 MHz.km a 850 nm). Ela oferece diversos caminhos de propagação para o sinalluminoso, provocando uma grande dispersão, pois os raios luminosos apresentamtempos de propagação muito diferentes, diminuindo a banda passante disponível.

Figura 11 – Sinal de luz propagando-se numa fibra índice degrau

A fibra índice gradual tem o núcleo com dimensões um pouco menores (62,5/125 ìm ou 50/125µm ) e possui uma varia ção gradual do seu índice de refração donúcleo. Esta alteração proporciona caminhos de propagação com tempos maispróximos reduzindo a dispersão ( 160,200,400,500 e 2000 MHz.km a 850 nm ) . Outracaracterística aperfeiçoada foi a atenuação para valores da ordem de 3,5 dB/km@850nm .

Figura 12 – Sinal de luz propagando-se numa fibra índice gradual

Page 23: Cabeamento_Estruturado SENAI Excelente

Cabeamento Estruturado para Telecomunicações

SENAI/scCTAI/CENTRO DE TECNOLOGIA EM AUTOMAÇÃO E INFORMÁTICA

22

Nas redes locais ( LAN ) seu emprego está ligado às distâncias até 2 km (tecnologias de 100 Mbps), a 550 m (tecnologias de 1.000 Mbps com fibra 50/125) e300 m (tecnologias de 10.000 Mbps)

A fibra multimodo índice gradual 62.5/125µm é a mais utilizada para redeslocais, porém com o advento do gigabit a fibra de 50/125µm começou a se tornar maispopular por conseguir atingir a distância de 550m contra os 275m nas tecnologias detransmissão de 850 nm.

Tabela 9- Tecnologias e distâncias com as diversas fibras

TecnologiaMMF 62.5/125µµm

850nm(200MHz.km)

MMF 50/125µµm

850nm(500MHz.km)

MMF 50/125µµm

850nm(2000MHz.km)

SMF

1310 nm

10BaseF 2000m 2000m ND ND

100BaseF 2000m 2000m ND 40.000m

1000BaseSX 275m 550m ND ND

1000BaseLX 550m 550m ND 5000m

10GBaseSR/SW 35m 86m 300m ND

10GBaseLX4/LW4 ND ND ND 10.000m

Figura 13 – Diversos tipos de fibra

3.6.2 Tipos de Cabos

A fibra óptica é sensível a curvas, tensões e a umidade, sendo necessárioprotegê-la para estas situações críticas. A estrutura básica da fibra pode ser de doistipos:

a) Loose ( solto ) : no qual a fibra , com sua proteção primária, fica alojadanum tubo plástico de dimensões maiores (3000 µm ) que ajuda a isolá-la dastensões externas. Normalmente é preenchido com uma substância gelatinosade origem petroquímica , que evita a penetração de umidade e funciona

Page 24: Cabeamento_Estruturado SENAI Excelente

Cabeamento Estruturado para Telecomunicações

SENAI/scCTAI/CENTRO DE TECNOLOGIA EM AUTOMAÇÃO E INFORMÁTICA

23

como um lubrificante para os movimentos da fibra. Estes tubos , que sãoconhecidos como tubo loose podem armazenar de 2 a 24 fibras. Estes são oselementos básicos para os cabos de uso externo.

Figura 14 – Tubo loose de um cabo para uso externo

A Norma NBR 14566 – Cabo óptico para aplicação subterrânea em duto eaérea espinado – Especificação, fornece as características mínimas exigidaspara estes tipos de cabos. Na tabela 10 tem-se as cores padronizadas paracada uma das fibras no tubo loose.

Tabela 10- Tecnologias e distâncias com as diversas fibras

FIBRA COR

1 VERDE

2 AMARELO

3 BRANCO

4 AZUL

5 VERMELHO

6 VIOLETA

7 MARROM

8 ROSA

9 PRETO

10 CINZA

11 LARANJA

12 AGUA-MARINHA

b) Light (compacto) : neste caso as fibras recebem uma proteção secundária edepois de reunidas são revestidas com uma camada plástica. Sua principalaplicação está nas instalações internas , onde há uma infra-estrutura decalhas ou canaletas, que respeitam os raios de curvaturas exigidas eprotegem o cabo das influências externas.

Tubo Loose

Geléia

FibraÓptica

Page 25: Cabeamento_Estruturado SENAI Excelente

Cabeamento Estruturado para Telecomunicações

SENAI/scCTAI/CENTRO DE TECNOLOGIA EM AUTOMAÇÃO E INFORMÁTICA

24

Figura 15– Cabo do tipo tight e seus componentes

Os tubos loose são reunidos junto com outros elementos de proteção produzindocabos para diversas aplicações como:

a) Instalação aérea espinado

b) Instalação aérea auto-sustentado

c) Instalação em dutos enterrados

d) Instalação diretamente enterrada

Page 26: Cabeamento_Estruturado SENAI Excelente

Cabeamento Estruturado para Telecomunicações

SENAI/scCTAI/CENTRO DE TECNOLOGIA EM AUTOMAÇÃO E INFORMÁTICA

25

4.SISTEMA DE CABEAMENTO ESTRUTURADO

Um sistema de cabeamento estruturado é composto de 6 elementos funcionais,cada um com especificações próprias a saber:

a) Entrance Facility – Sala de Entrada de Telecomunicações : asinstalações de entrada no edifício fornecem o ponto no qual é feita ainterface entre o cabeamento externo( provedores de serviço e interligaçãode campus) e a infra-estruturade telecomunicações interna ao edifício;

b) Equipment Room - Sala de Equipamento : possui os equipamentos detelecomunicações com maior complexidade que as salas detelecomunicações(core switch ,roteadores ,bancos de modem,multiplexadores, centrais telefônicas, central de CFTV,etc. etc.);

c) Telecommunication Room – Salas de Telecomunicações : tem comofunção receber o cabeamento horizontal, abrigar o cross-connect, fazer ainterconexão com o backbone e também alojar os equipamentos ativosbásicosl ;

d) Work Area - Área de Trabalho: compreende a área destinada ao trabalhodo usuário e também ; computadores, terminais de dados, telefones, cabosde adaptação de PC ,tomada de telecomunicações

e) Horizontal Cabling - Cabeamento Secundário: é o cabeamento que seestende dos armários de telecomunicações até a saída de telecomunicaçõesda área de trabalho, compreendendo : cabeamento horizontal, saída detelecomunicações, terminações de cabos e conexões cruzada;

f) Backbone Cabling – Cabeamento Primário : este cabeamentoproporciona a interligação entre os armários de telecomunicações, salas deequipamentos e instalações de entrada, compreendendo também :ligaçãovertical entre pisos, cabos entre sala de equipamentos e entrada do edifícioe cabos entre prédios;

Page 27: Cabeamento_Estruturado SENAI Excelente

Cabeamento Estruturado para Telecomunicações

SENAI/scCTAI/CENTRO DE TECNOLOGIA EM AUTOMAÇÃO E INFORMÁTICA

26

Figura 16 – Estruturas do cabeamento

Page 28: Cabeamento_Estruturado SENAI Excelente

Cabeamento Estruturado para Telecomunicações

SENAI/scCTAI/CENTRO DE TECNOLOGIA EM AUTOMAÇÃO E INFORMÁTICA

27

Figura 17 – Infra-estrutura e espaços para o cabeamento

Page 29: Cabeamento_Estruturado SENAI Excelente

Cabeamento Estruturado para Telecomunicações

SENAI/scCTAI/CENTRO DE TECNOLOGIA EM AUTOMAÇÃO E INFORMÁTICA

28

5.CABEAMENTO HORIZONTAL

5.1-Definições

É constituído pelos cabos e seus caminhos desde a saída de telecomunicações,localizada na área de trabalho , inclusive, até o cross-connect horizontal (distribuidorsecundário)no armário de telecomunicações, considerando os cabos de interligação (jumper) e os pontos de consolidação ou de transição. Pela Norma Brasileira ocabeamento horizontal é chamado de Cabeamento Secundário.

5.2-Meios físicos reconhecidos

Os meios físicos reconhecidos para o cabeamento horizontal são :

a) Cabo UTP de 4 pares, 100ΩΩ ou ScTP ,definidos pela ANSI\TIA\EIA568-B.2;

Figura 18 – cabo UTP de 4 pares

b) Cabo de fibra óptica de 2 ou mais fibras, multimodo de 62,5/125µµm ou50/125µµm, definida de acordo com a ANSI\TIA\EIA568-B.3;

Figura 19 – Cabo de fibra óptica

O cabo STP de dois pares e 150Ω, é reconhecido, mas não deve ser utilizado emobras novas.

5.3-Distâncias e topologia

A topologia utilizada no cabeamento horizontal é a estrela, cujo centro é ocross-connect horizontal (HC), localizado na sala de telecomunicações e as pontasformadas pelas tomadas de telecomunicações da área de trabalho. Não são permitidasemendas e nem extensões, no mesmo cabo.

Page 30: Cabeamento_Estruturado SENAI Excelente

Cabeamento Estruturado para Telecomunicações

SENAI/scCTAI/CENTRO DE TECNOLOGIA EM AUTOMAÇÃO E INFORMÁTICA

29

Figura 20 – Topologia em estrela com o centro no cross connect

Todos estes meios devem cobrir a distância máxima de 90m entre a tomada decomunicações e o cross-connec horizontal. Para os cabos de interligação da tomada detelecomunicações aos equipamentos da área de trabalho têm-se 5m e dentro das salas detelecomunicações 5m. As distâncias estão resumidas no quadro abaixo:

Figura 21– Distâncias do cabeamento horizontal

CROSS-CONNECT

CM8v

Workstation

90m

5m

5m

Page 31: Cabeamento_Estruturado SENAI Excelente

Cabeamento Estruturado para Telecomunicações

SENAI/scCTAI/CENTRO DE TECNOLOGIA EM AUTOMAÇÃO E INFORMÁTICA

30

Tabela 11 - Resumo das distâncias do cabeamento horizontal

DESCRIÇÃO DISTÃNCIA

1.Cabeamento horizontal, incluindo pontos detransição e de consolidação

90m no máximo

2.Cabos de equipamento 5m no máximo

3.Cabos de manobra 5m no máximo

A Soma dos itens 2 e 3 não deve ultrapassar 10m

Quando o meio físico do cabeamento horizontal for a fibra óptica , tem-se aopção de utilizar uma topologia chamada de cabeamento centralizado.

Nela os cabos vão diretamente da tomada de telecomunicações para a sala deequipamentos, na qual haverá um cross-connect único para a fibra, mas a distância paraisto ficará limitada a 300m. Este comprimento inclui os cordões ópticos e o cabeamentohorizontal

5.4 Escolha do tipo de tomada e cabos

Para cada área de trabalho deve-se ter, no mínimo, duas tomadas detelecomunicações, que poderão ser colocadas no mesmo espelho ou não. Sistemas maisavançados trabalham com 4 a 5 tomadas sendo normalmente 4 para cabos metálicos e 1para fibras ópticas.

Como deverão ser pelo menos duas das tomadas a serem utilizadas :

a) Uma tomada deverá utilizar cabeamento metálico de 4 pares e 100 ohms ,com classificação na categoria 3 ( banda passante de 16 MHz) ou superior(categorias 5e,6) de acordo com a ANSI/TIA/EIA-568-B.2;

Figura 22 – Conectores modulares de 8 vias

b) A outra tomada poderá utilizar cabeamento metálico ou fibra óptica,escolhidos entre:

Page 32: Cabeamento_Estruturado SENAI Excelente

Cabeamento Estruturado para Telecomunicações

SENAI/scCTAI/CENTRO DE TECNOLOGIA EM AUTOMAÇÃO E INFORMÁTICA

31

b.1. cabo de 4 pares de 100 ohms categoria 5e ou 6( UTP ou ScTP ) deacordo com a ANSI/TIA/EIA-568-B.2

b.2. cabo de fibra com pelo menos 2 fibras multimodo 62,5/125 µm ou50/125 µm de acordo com a ANSI/TIA/EIA-568-B.3

Figura 23 – Adaptador SC duplex para fibra óptica (E) e conector SC (D)

5.5.Cross-connect horizontal

O cross-connect horizontal é o ponto onde ocorre a interconexão ou a conexãocruzada, que permite a distribuição dos sinais de telecomunicações ( voz,dados,imagem,automação, etc.) nas tomadas da área de trabalho.

Os dispositivos de conexão são utilizados para terminar os cabos reconhecidos (UTP, fibra óptica) que vem da área de trabalho, em conectores reconhecidos ( Conectormodular de 8 vias, IDC, SC, etc.). Entre os dispositivos pode-se destacar:

a) Patch panel

Figura 24 – Patch panel de 48 portas

Page 33: Cabeamento_Estruturado SENAI Excelente

Cabeamento Estruturado para Telecomunicações

SENAI/scCTAI/CENTRO DE TECNOLOGIA EM AUTOMAÇÃO E INFORMÁTICA

32

b) locos IDC

Figura 25 – No item 1 da figura vê-se os blocos de conexão, no 2 a base do bloco 110 onde serãoconectados os cabos e no 3, os blocos de conexão já conectorizados sobre os cabos.

c) Distribuidor Interno Óptico

Figura 26 – Vista de um DIO de parede(E) e DIO para rack padrão 19”.

Existem dois esquemas de conexão reconhecidos:

a) Conexões cruzadas ( Cross-connections ) : os cabos vindos das tomadasde telecomunicações e dos equipamentos ativos, são ligados a dispositivosde conexão diferentes, sendo necessário a utilização de cordões demanobra para fazer a sua interligação. Isto pode ser motivado pelo uso deespelhamento do ativos ou para integrar equipamentos que não possuemportas baseadas em conectores reconhecidos pelas normas.

1

3

2

Page 34: Cabeamento_Estruturado SENAI Excelente

Cabeamento Estruturado para Telecomunicações

SENAI/scCTAI/CENTRO DE TECNOLOGIA EM AUTOMAÇÃO E INFORMÁTICA

33

Figura 27 – Exemplos de conexão cruzada entre equipamento e cabeamento horizontal

b) Interconexões ( Interconnection) : onde os cabos vindos das tomadas detelecomunicações são ligados a dispositivos de conexão e os equipamentosativos podem ser ligados diretamente a estes, via cordões de manobra.

Figura 28 – Exemplos de interconexão

5.6-Caminhos e espaços para o cabeamento horizontal

Neste item há os tipos mais usados de caminhos e espaços que envolvem adistribuição do cabeamento horizontal entre as Áreas de Trabalho e o Armário deTelecomunicações. Os principais são :

1) Canaletas metálicas ou de PVC

2) Eletrodutos

3) Eletrocalhas

4) Leito de cabos

5) Malha de piso

6) Piso Elevado ou Piso Falso

7) Distribuições pelo teto

Page 35: Cabeamento_Estruturado SENAI Excelente

Cabeamento Estruturado para Telecomunicações

SENAI/scCTAI/CENTRO DE TECNOLOGIA EM AUTOMAÇÃO E INFORMÁTICA

34

5.6.1.Canaletas

São utilizadas para distribuir os pontos de telecomunicações nas áreas detrabalho , normalmente fixados sobre as paredes. Sua capacidade é apresentada portabelas fornecidas pelo fabricante, que são calculadas com a taxa de ocupação de 40%ou, quando a ocupação já for definitiva, a 60%. Fazem parte do sistema de distribuiçãoas curvas e adaptadores para tomadas de telecomunicações específicos.Podem sermetálicas (alumínio ou ferro) ou não-metálicas (normalmente PVC): No caso decanaletas metálicas deve-se ligar uma de suas extremidades ao sistema de aterramentode telecomunicações do prédio. Quando circuitos elétricos e de telecomunicaçõesseguirem pela mesma canaleta, esta deverá possuir compartimentos separados para osdois serviços.

Figura 29 - Exemplos de canaletas não-metálicas.

Page 36: Cabeamento_Estruturado SENAI Excelente

Cabeamento Estruturado para Telecomunicações

SENAI/scCTAI/CENTRO DE TECNOLOGIA EM AUTOMAÇÃO E INFORMÁTICA

35

Figura 30- Exemplos de canaletas metálicas e seus acessórios.

5.6.2.Eletrodutos

Tem o formato cilíndrico, sendo rígidos ou flexíveis, de aço carbono ou PVC.Normalmente são vendidos em barras de 3m de comprimento com ou sem rosca eutilizam diversos acessórios para fazer as mudanças de direções. Os eletrodutos de açocarbono podem ser pintados ou galvanizados.

São normalmente utilizados para eletricidade e instalações telefônicas, podendoser instalados aparentes ou embutidos. .

Figura 31 - Eletroduto rígido terminado em conduletes com tomadas elétricas e de dados (a) e flexível (b)

b

a

Page 37: Cabeamento_Estruturado SENAI Excelente

Cabeamento Estruturado para Telecomunicações

SENAI/scCTAI/CENTRO DE TECNOLOGIA EM AUTOMAÇÃO E INFORMÁTICA

36

Para o dimensionamento deve-se observar a tabela abaixo, nela considera-se nomáximo duas curvas de 900 e 30m ,entre caixas de passagem. Caso isto não sejaatendido, deve ser considerada uma nova taxa de ocupação.

Tabela 12 – Taxa de ocupação de eletrodutos

Diâmetro do cabo(milímetros)

EletrodutosDiâmetro Comercial

(Polegadas/mm 3,3 4,6 5,6 6,1 7,4 7,9 9,4 13,5 15,8 17,8½ 15 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0¾ 20 6 5 4 3 2 2 1 0 0 01 25 8 8 7 6 3 3 2 1 0 0

1 ¼ 32 16 14 12 10 6 4 3 1 1 11 ½ 40 20 18 16 15 7 6 4 2 1 12 50 30 26 22 20 14 12 7 4 3 2

2 ½ 65 45 40 36 30 17 14 12 6 3 33 80 70 60 50 40 20 20 17 7 6 6

3 ½ 90 - - - - - - 22 12 7 64 100 - - - - - - 30 14 12 7

Recomendações

• Quando projeta-se a utilização de eletrodutos deve-se considerar a ocupação de3 cabos para cada área de trabalho, mesmo que haja somente 2 tomadas. Sehouver 4 ou mais tomadas deve-se considerar então, a ocupação de 4 ou maiscabos.

• A taxa de ocupação dos eletrodutos deverá ser no máximo de 40%.

• Para garantir a taxa de ocupação nos eletrodutos, atende-se no máximo 3 caixasde tomadas ( 100x100 mm ou 100x50 mm)

• No caso dos eletrodutos deve-se considerar o raio de curvatura mínimo, paradiâmetros até 50 mm de 6 vezes e superior de 10 vezes o diâmetro interno doeletroduto.

• Quando forem passadas fibras ópticas pelos eletrodutos deve-se considerar oraio de curvatura mínimo de 10 vezes o diâmetro interno do eletroduto.

• Caso haja mais de duas curvas de 90º deve-se colocar uma caixa de passagementre elas.

• Se a distância do lance for superior a 30m deve-se colocar uma caixa depassagem para facilitar o puxamento.

• Não devem ser utilizados conduletes de tipo LB , pois não garantem o raio decurvatura mínimo do cabo.

• Os eletrodutos metálicos devem ser aterrados em uma ou nas duasextremidades.

• Só utilizar eletrodutos flexíveis quando este for a única solução e com odiâmetro nominal um valor acima do escolhido para o rígido e não deve superar6 m de comprimento.

Page 38: Cabeamento_Estruturado SENAI Excelente

Cabeamento Estruturado para Telecomunicações

SENAI/scCTAI/CENTRO DE TECNOLOGIA EM AUTOMAÇÃO E INFORMÁTICA

37

• No caso de escritórios pequenos pode-se utilizar uma distribuição comeletrodutos embutidos no piso.

5.6.3.Eletrocalhas

São utilizadas normalmente como alimentadores para levar o cabeamento doarmário de telecomunicações para as salas e então utilizar canaletas ou eletrodutos paradistribuição nas áreas de trabalho.

Podem ser ventiladas ou não. Quando utilizar a mesma eletrocalha paradistribuir sinais de comunicação e eletricidade, deve-se colocar uma separação metálicaaterrada entre eles.

Devem ser utilizadas curvas especificas, pré-fabricadas, na dimensão daeletrocalha escolhida, que respeite os raios de curvatura máximos dos cabos dentro dasmesmas, evitando a exposição a cantos vivos:

• UTP 4 pares -4 vezes o diâmetro do cabo

• Fibra optica -10 vezes o diâmetro do cabo

Figura 32 – Exemplo de eletrocalhas e acessórios para curvas.

Page 39: Cabeamento_Estruturado SENAI Excelente

Cabeamento Estruturado para Telecomunicações

SENAI/scCTAI/CENTRO DE TECNOLOGIA EM AUTOMAÇÃO E INFORMÁTICA

38

Figura 33 – Exemplos de instalações com eletrocalhas, mostrando uma alimentação e as derivações paraos escritórios

A taxa de ocupação recomendada para eletrocalhas é de 40 % da área útiltransversal, tendo como limite máximo 50%. Na tabela abaixo, encontram-se asprincipais dimensões comerciais.

Tabela 13 – Taxa de ocupação de eletrocalhas

Diâmetro do cabo(milímetros)

EletrocalhasDimensões comerciais

LarguraXAltura 5,2 6,550x25 20 1350x50 40 2675x50 60 3975x75 92 59100x50 80 52100x75 120 78

100x100 160 104150x100 245 157200x100 327 209300x100 190 314

Page 40: Cabeamento_Estruturado SENAI Excelente

Cabeamento Estruturado para Telecomunicações

SENAI/scCTAI/CENTRO DE TECNOLOGIA EM AUTOMAÇÃO E INFORMÁTICA

39

Figura 34 – Exemplos de instalações com eletrocalhas

5.6.4.Leito de cabos

Os leitos de cabos são aplicados principalmente nas salas de telecomunicaçõesou salas de equipamentos para receber e rotear as grandes quantidades de cabos quechegam nestes espaços. Eles permitem um acesso e gerenciamento bastante facilitado,porém não devem ficar em locais abertos por não proteger contra o acesso indesejado.

Os cabos de fibra ópticas devem ser conduzidos separadamente, quando houvercompartilhamento do leito com outros tipos de cabos. Para garantir esta separação pode-se utilizar dutos corrugados exclusivos.

Page 41: Cabeamento_Estruturado SENAI Excelente

Cabeamento Estruturado para Telecomunicações

SENAI/scCTAI/CENTRO DE TECNOLOGIA EM AUTOMAÇÃO E INFORMÁTICA

40

Figura 35 – Exemplos de instalações com leitos de cabos

Os cabos devem ser fixados a estrutura preferencialmente com velcros e semprecom atenção para evitar curvaturas de cabos além dos limites permitidos. Caso sejamutilizadas abraçadeiras plásticas na fixação dos cabos devem ser apertadas sem marcá-los.

Page 42: Cabeamento_Estruturado SENAI Excelente

Cabeamento Estruturado para Telecomunicações

SENAI/scCTAI/CENTRO DE TECNOLOGIA EM AUTOMAÇÃO E INFORMÁTICA

41

Figura 36 – Exemplos de acessórios envolvidos na montagem do leito de cabos

5.6.5.Malha de Piso

É um sistema de distribuição com dutos alimentadores e distribuidores, que sãodispostos sobre a laje ficando embutidos no contra- piso. No seu dimensionamento,pela ANSI\TIA\EIA 569-A, deve ser considerado para cada 10 m2 uma seçãotransversal de duto com 650 mm2. No Brasil, os fabricantes destes sistemas utilizamuma taxa de ocupação de 30% dos dutos.

Page 43: Cabeamento_Estruturado SENAI Excelente

Cabeamento Estruturado para Telecomunicações

SENAI/scCTAI/CENTRO DE TECNOLOGIA EM AUTOMAÇÃO E INFORMÁTICA

42

Deve ser observado espaço no suporte de equipamento para o conector semocupar a seção da calha.

Figura 37 – Exemplos de sistemas de malha de piso

Figura 38 – Dutos para sistema se malha

Page 44: Cabeamento_Estruturado SENAI Excelente

Cabeamento Estruturado para Telecomunicações

SENAI/scCTAI/CENTRO DE TECNOLOGIA EM AUTOMAÇÃO E INFORMÁTICA

43

A principal vantagem deste sistema está na flexibilidade para atender a áreas detrabalho, especialmente em grandes salões onde as distâncias entre as paredes dificultamo atendimento com distribuições de perímetro.

A principal desvantagem está ligada ao custo e ao fato de ser instalada durante aconstrução antes do contrapiso.

Figura 39 – Exemplos de tomadas utilizadas em sistema de malha de piso

5.6.6.Piso Elevado

É constituído por placas, que são sobrepostas a uma malha de sustentaçãometálica fornecendo um espaço por onde serão passados os cabos. Ele étradicionalmente encontrado em CPDs e salas onde há grande quantidade deequipamentos de telecomunicações. Alguns escritórios com necessidade de muitosrecursos de telecomunicações também o utilizam.

Figura 40– Exemplos de instalações com piso elevado

Este sistema é constituído por uma estrutura metálica que suporta os painéisremovíveis. Esta estrutura utiliza pedestais metálicos reguláveis, que variam de 15 cm a

Page 45: Cabeamento_Estruturado SENAI Excelente

Cabeamento Estruturado para Telecomunicações

SENAI/scCTAI/CENTRO DE TECNOLOGIA EM AUTOMAÇÃO E INFORMÁTICA

44

30 cm de altura e hastes metálicas que são fixadas nos pedestais formando umreticulado aonde são encaixados as placas.

Ao escolher um sistema de piso elevado deve-se analisar :

a) Cargas dinâmicas , estáticas e de impacto

b) Dissipação de eletricidade estática

c) Proteção contra incêndio

d) Aterramento

e) Administração dos cabos

Neste último, convém destacar, que embaixo do piso todos os cabos devem serencaminhados via eletrocalhas, eletrodutos ou outro sistema específico.

5.6.7.Distribuição pelo teto

É constituído normalmente por uma malha de eletrocalhas , que através deelementos específicos realiza baixadas através de postes ou eletrodutos, os quais descemdo teto até às áreas de trabalho. Todo o cabeamento deve ser protegido e acondicionado.Os postes são divididos para acondicionar a parte de eletricidade e comunicaçõespossuindo diversos tipos de acabamento para harmonizar com o ambiente

Figura 41 – Exemplos de instalações com postes de distribuição pelo teto

Page 46: Cabeamento_Estruturado SENAI Excelente

Cabeamento Estruturado para Telecomunicações

SENAI/scCTAI/CENTRO DE TECNOLOGIA EM AUTOMAÇÃO E INFORMÁTICA

45

Figura 42 – Vista em detalhe de postes

Para fazer a distribuição pode-se utilizar eletrocalhas ou sistemas de suspensãode cabos tipo ganchos , que devem ser colocados com uma distância máxima de 1,5 m.

Figura 43 – Exemplos de sistema de distribuição com ganchos ( J-Hook)

5.7 Interferências eletromagnéticas

As interferências eletromagnéticas são um dos problemas que poderão ocorrerno cabeamento metálico. Deve-se evitar que os cabos passem perto de fontes deinterferência como :

• motores elétricos

• reatores de lâmpadas fluorescentes,

• máquinas fotocopiadoras

• máquinas de solda

• cabos de energia( alimentadores).

Page 47: Cabeamento_Estruturado SENAI Excelente

Cabeamento Estruturado para Telecomunicações

SENAI/scCTAI/CENTRO DE TECNOLOGIA EM AUTOMAÇÃO E INFORMÁTICA

46

• cabos elétricos e de dados, quando necessário, devem cruzar-se a 90°

Sempre devem ser observadas as normas locais de segurança quanto a instalaçãode sistemas elétricos e de comunicação de dados.

A norma EIA/TIA569 de 1991, utilizava uma tabela para distanciar estes doissistemas( tabela 14 ), baseada na interferência que poderia ocorrer, perturbando aperformance do cabeamento.

Após a edição da norma EIA/TIA569-A em 1997, ficou estabelecido que não hánecessidade de uma distância entre cabos de telecomunicações e cabos de energia, cujascorrentes não ultrapassem o limite de 20 A em 120/240V. Porém exige-se umaseparação mecânica entre eles, para fins de segurança física (curto circuito, sobrecargas,choques, etc...).

Tabela 14 - Separação entre cabos de comunicação e energia de até 480v (ANSI\ TIA\EIA 569 – 1990 )

Distância Mínima deSeparaçãoCONDIÇÕES DO CABEAMENTO

<2kVA 2-5 kVA >5kVACabos de energia não blindados ou equipamentos elétricos emproximidade com eletrodutos/ conduítes abertos ou nãometálicos

127mm 305mm 610mm

Cabos de energia não blindados ou equipamentos elétricos emproximidade com eletrodutos/ conduítes metálicos aterrados

64mm 152mm 305mm

Cabos de energia instalados dentro de conduítes metálicosaterrados( ou com blindagerm equivalente) em proximidadecom eletrodutos/conduítes metálicos aterrados

- 76mm 152mm

Page 48: Cabeamento_Estruturado SENAI Excelente

Cabeamento Estruturado para Telecomunicações

SENAI/scCTAI/CENTRO DE TECNOLOGIA EM AUTOMAÇÃO E INFORMÁTICA

47

6. ÁREA DE TRABALHO

A área de trabalho é o espaço dedicado aos funcionários para que realizem suasatividades diárias. Em termos gerais, tem-se 10 m2 como uma dimensão capaz deacomodar uma pessoa com o computador, telefone, mesa e cadeira dentro de umescritório comercial.

Nela encontra-se a tomada de telecomunicações, que deverá possuir no mínimoduas saídas de telecomunicações, podendo estar localizadas no mesmo espelho ou não.Estas são constituídas por conectores tanto para par trançado como para fibra óptica.Sendo que uma deverá ser pelo menos de categoria 3 (com UTP de 4 pares) e a outra deUTP categoria 5e/6 ou fibra óptica multimodo dupla, índice gradual 62,5/125µm ou50/125µm com conectores SC. Atualmente coloca-se todos os conectores para UTP decategoria 5e ou superior.

Para garantir as futuras ampliações é recomendado utilizar 3 a 4 saídas detelecomunicações por área de trabalho.

Figura 44 - Exemplo de tomadas de telecomunicações

Se na determinação dos pontos na área de trabalho considerar-se áreasmenores como 6 m2 ( valor bastante usual), deve-se ter cuidado pois todas as tabelas dedimensionamento da EIA/TIA568-B e EIA/TIA569-A são baseadas em 10 m2 .

Page 49: Cabeamento_Estruturado SENAI Excelente

Cabeamento Estruturado para Telecomunicações

SENAI/scCTAI/CENTRO DE TECNOLOGIA EM AUTOMAÇÃO E INFORMÁTICA

48

Figura 45 – Tomadas de telecomunicações em um toten

Os cabos que interligam os equipamentos ( telefones, computadores, vídeos, fax,etc.) às tomadas de telecomunicações devem ter as mesmas características daquelesutilizados no cabeamento horizontal. Por exemplo, se houver uma instalação decategoria 5e e os cordões de equipamento com categoria 3, o desempenho dessa redeficará limitado ao da menor categoria. Normalmente estes cabos devem ser flexíveis,devido as movimentações que habitualmente ocorrem no ambiente de escritório (limpeza e mudança de posição).

Figura 46 – Patch cords de diversas cores para facilitar o gerenciamento

Page 50: Cabeamento_Estruturado SENAI Excelente

Cabeamento Estruturado para Telecomunicações

SENAI/scCTAI/CENTRO DE TECNOLOGIA EM AUTOMAÇÃO E INFORMÁTICA

49

Tabela 15 – Padrões de cores para patch cords

CÓDIGO DE CORES (ABREVIATURA)

Opção 1

PAR CÓDIGO DE CORES

(ABREVIATURA) Opção 1

branco-azul W-BL Verde G

azul BL1

Vermelho R

branco-laranja W-O Preto BK

laranja O2

Amarelo Y

branco-verde W-G Azul BL

verde G3

Laranja O

branco-marrom W-BR Marrom BR

marrom BR4

Cinza S

Os patch cords de conectores modulares (RJ-RJ) NÃO PODEM SERFABRICADOS EM CAMPO (EIA/TIA568-B). Devem ser confeccionados em fábrica etestados um a um para NEXT e Return Loss com equipamentos adequados.

Fazem parte da área de trabalho as adaptações especiais necessárias ainterligação dos equipamentos de telecomunicações com os serviços disponíveis. Entreelas destacam-se :

• Cordões com conectores diferentes nas duas pontas;

Figura 47 – Patch cords ópticos e metálicos com terminações diferentes nas extremidades.

Page 51: Cabeamento_Estruturado SENAI Excelente

Cabeamento Estruturado para Telecomunicações

SENAI/scCTAI/CENTRO DE TECNOLOGIA EM AUTOMAÇÃO E INFORMÁTICA

50

• Para aproveitar os pares não utilizados e compartilhar serviços semelhantesatravés de um mesmo cabo utiliza-se um adaptador em “Y”;

• Este adaptador serve para resolver situações após a instalação, não devendoser considerados no projeto inicial.

Figura 48 – Adaptador em Y.

• Quando precisar interligar cabos e tomadas com impedâncias ou pinagensdiferentes utiliza-se adaptadores passivos ( por exemplo baluns);

• Se o equipamento do usuário e o equipamento de telecomunicações utilizamtécnicas de sinalização diferentes deve-se utilizar adaptadores ativos.

6.1 Cabeamento em escritórios abertos

Devido a grande variação de lay-out em escritórios que utilizam divisórias ,foram desenvolvidas algumas técnicas para minimizar os problemas de tantasreconfigurações.

Multi-User Telecommunications Outlet Assembly - MUTOA

A multi-user telecommunication outlet assembly (MUTOA) é uma tomadaespecial na qual múltiplos cabos horizontais terminam dentro de um escritório. Nestecaso o cabeamento que vem do HC segue direto dentro da infra-estrutura até a MUTOAe dela saem os cordões para a área de trabalho. Uma MUTOA pode servir no máximo12 áreas de trabalho.

Ela deve ser instalada em local de fácil acesso, sobre um meio permanente comocolunas e paredes estruturais. Não pode ser colocada em área obstruída, nem emmobiliário, a não ser que este seja permanentemente fixado na estrutura do prédio.

Page 52: Cabeamento_Estruturado SENAI Excelente

Cabeamento Estruturado para Telecomunicações

SENAI/scCTAI/CENTRO DE TECNOLOGIA EM AUTOMAÇÃO E INFORMÁTICA

51

Figura 49 – MUTOA

Figura 50 - Exemplos de MUTOA

No seu projeto ela permite a utilização de um patch cord com tamanho superiora 5 m, porém isto tem implicações diferentes caso haja cabos de par trançado ou fibraóptica.

È bom salientar que existe uma limitação de 10 m para o comprimento total depatch cords no cabeamento horizontal, pois, no caso dos cabos metálicos de partrançado, estes são do tipo flexível, cuja atenuação é 20% maior do que a do rígido,sendo assim , para não prejudicar a atenuação total do canal, foi desenvolvida umafórmula para definir o comprimento do patch cord, que segue:

XCROSS CONNECT

HORIZONTAL

MUTOA

Workstation

70 a 90 m

22 a 5 m

Page 53: Cabeamento_Estruturado SENAI Excelente

Cabeamento Estruturado para Telecomunicações

SENAI/scCTAI/CENTRO DE TECNOLOGIA EM AUTOMAÇÃO E INFORMÁTICA

52

a) Para cabos com pares de 24AWG UTP/ScTP

C=(102-H)/(1,2)

W=C-T≤≤ 22m

b) Para cabos com pares de 26AWG ScTP

C=(102-H)/(1,5)

W=C-T≤≤ 17m

Onde:

C é o valor máximo de cabos flexíveis permitido

H é o comprimento total do cabeamento horizontal

CENT é o comprimento do cabeamento centralizado

W é o comprimento máximo do cabo da área de trabalho

T é o tamanho total de patch cords sala de telecomunicações ( 5 m )

No caso dos cabos ópticos não há redução do tamanho do canal para abaixo de100m . Quando houver cabeamento óptico centralizado, a distância máxima permitidacontado cabeamento horizontal, backbone e patch cords, é de 300m.

Para cabos ópticos

H+T+W=100 m (cabeamento normal)

CENT+T+W=300 m

Tabela 16 – Distâncias dos cabos utilizando MUTOA

Patch cord de 24AWG UTP/ScTP Patch cord de 26AWG ScTPCabo Horizontal

H(m) W(m) C(m) W(m) C(m)

90 5 10 4 8

85 9 14 7 11

80 13 18 11 15

75 17 22 14 18

70 22 27 17 21

Page 54: Cabeamento_Estruturado SENAI Excelente

Cabeamento Estruturado para Telecomunicações

SENAI/scCTAI/CENTRO DE TECNOLOGIA EM AUTOMAÇÃO E INFORMÁTICA

53

Consolidation Point ( ponto de consolidação)

O consolidation point é um ponto dentro do cabeamento horizontal que utilizahardwares de conexão de acordo com a ANSI/TIA/EIA-568-B.2 e com aANSI/TIA/EIA-568-B.3. Só pode haver um ponto de consolidação no cabeamentohorizontal, que deverá estar distante de no mínimo 15 m do armário detelecomunicações para reduzir os efeitos de NEXT e perda de retorno. O ponto deconsolidação não impede a existência de um MUTOA e deverá atender no máximo 12áreas de trabalho.

O ponto de consolidação deve ser instalado em local de fácil acesso, sobre ummeio permanente como colunas e paredes estruturais. Não pode ser colocado emqualquer área obstruída, nem em mobiliário, a não ser que este seja permanentementefixado na estrutura do prédio.

O ponto de consolidação não poderá ser utilizado como ponto de conexãocruzada.

Figura 51 - Exemplo de ponto de consolidação CP

Page 55: Cabeamento_Estruturado SENAI Excelente

Cabeamento Estruturado para Telecomunicações

SENAI/scCTAI/CENTRO DE TECNOLOGIA EM AUTOMAÇÃO E INFORMÁTICA

54

Figura 52 – O Ponto de consolidação

6.2 Conectores

Conectores para Cabo UTP

O conector modular de oito posições é o padrão para cabos UTP de 100W,podendo ser conectorizado de acordo com dois padrões principais, o T568A e o T568B.No caso de tomadas de comunicações o conector é conhecido por jack modular ou RJ-45 fêmea e para cabo, por plug ou RJ-45 macho. Outro detalhe importante é aclassificação em categorias, da mesma forma que o cabo UTP ,tanto a tomada como oconector devem ser da mesma categoria do cabo ou superior.

Figura 53 - Padrões para conectorização .

1 2 3 4 5 6 78T568-A

1 2 3 4 5 6 7

1

2

3 4V VV

V

T568-B

1 2 3 4 5 6 7

1

2

3 4V VV

V

XCROSS CONNECT

HORIZONTAL

Workstation

TOMADADE

TELECOMUNICAÇÕES

PONTODE

CONSOLIDAÇÃO

90 m

5 m

Page 56: Cabeamento_Estruturado SENAI Excelente

Cabeamento Estruturado para Telecomunicações

SENAI/scCTAI/CENTRO DE TECNOLOGIA EM AUTOMAÇÃO E INFORMÁTICA

55

Figura 54 – A esquerda um conector macho e à direita uma tomada.

Tabela 17 – Padrão T568A

PAR PINO POSIÇÃObranco-verde T3 1

verde R3 2branco-laranja T2 3

azul R1 4branco-azul T1 5

laranja R2 6branco-marrom T4 7

marrom R4 8

Tabela 18 –Padrão T568B (AT&T)

PAR PINO POSIÇÃObranco-laranja T3 1

laranja R3 2branco-verde T2 3

azul R1 4branco-azul T1 5

verde R2 6branco-marrom T4 7

marrom R4 8

Conectores para Cabos de Fibra Óptica

Conector reconhecido pelas normas é o SC, porem também é admitido oconector tipo ST, caso já existam, devido ao grande parque instalado e a necessidade dealguns equipamentos ativos. O conector SC é encontrado na versão para fibra ópticamultimodo ou monomodo e a maioria dos equipamentos com tecnologia fast e gigabitethernet.

Page 57: Cabeamento_Estruturado SENAI Excelente

Cabeamento Estruturado para Telecomunicações

SENAI/scCTAI/CENTRO DE TECNOLOGIA EM AUTOMAÇÃO E INFORMÁTICA

56

Figura 55 - Exemplos de conectores ópticos

Atualmente é reconhecido um conjunto de conectores chamados Small FormFactor (SFF), que atendem as normas TIA-FOCIS( Fiber Optic connectorIntermateability Standard). Destaca-se:

• MT-RJ

• LC

• Opti-Jack

• Volition

MT-RJ

SCST

LC

Page 58: Cabeamento_Estruturado SENAI Excelente

Cabeamento Estruturado para Telecomunicações

SENAI/scCTAI/CENTRO DE TECNOLOGIA EM AUTOMAÇÃO E INFORMÁTICA

57

7. SALA DE TELECOMUNICAÇÕES

A principal função da sala de telecomunicações é a terminação do cabeamentohorizontal e de backbone, abrigando os correspondentes hardwares de conectividade eequipamentos ativos de telecomunicações que forem necessários. Além do horizontalcross-connect (HC), ela também pode conter o intermediate cross-connect(IC) ou omain cross-connect(MC). para diferentes partes do cabeamento de backbone.

Proporciona também um ambiente controlado de fornecimento de energia(UPS), temperatura e umidade para abrigar os equipamentos de telecomunicações,hardware de conexão e caixas de emenda servindo a parte do prédio.

A sala de telecomunicações é um ponto estratégico dentro do sistema decabeamento estruturado, pois é nele que é realizado a interconexão dos cabeamentoshorizontal e vertical (backbone), sendo efetuado todo o gerenciamento de conexõescruzadas das tomadas com as diversas utilidades disponíveis no edifício. No interior dasala de telecomunicações também é possível criar sistemas exclusivos e independentesdas outras áreas do edifício, utilizando somente o cabeamento horizontal respectivo ecentralização do sistema no seu interior.

Recomenda-se que haja pelo menos uma sala de telecomunicações por piso, equando a área útil for maior que 1.000 m2 ou o comprimento do cabo de distribuiçãohorizontal até a work area for maior que 90m, deve-se colocar TR adicionais. Quandohá múltiplos TRs em um único piso, recomenda-se interconectar esses armários com aomenos um eletroduto (diâmetro de 75 mm) ou equivalente.

Este espaço é dimensionado em função da área útil do andar a que serve,seguindo a tabela 18.

Tabela 19 – Dimensionamento de salas de telecomunicações

Área atendida ( m2) WA( 10m2) Dimensões

100 10 Rack de Parede ou gabinete

100<área<500 11 a 49 Shaft de 2,60x0,60 , gabinetes ou racks

500 50 Sala 3,0x2,2m

800 80 Sala 3,0x2,8m

1000 100 Sala 3,0x3,4m

>1000 Recomenda-se a instalação de um segundo TC

Page 59: Cabeamento_Estruturado SENAI Excelente

Cabeamento Estruturado para Telecomunicações

SENAI/scCTAI/CENTRO DE TECNOLOGIA EM AUTOMAÇÃO E INFORMÁTICA

58

Figura 56 - Bracket

Figura 57 - Shaft

Page 60: Cabeamento_Estruturado SENAI Excelente

Cabeamento Estruturado para Telecomunicações

SENAI/scCTAI/CENTRO DE TECNOLOGIA EM AUTOMAÇÃO E INFORMÁTICA

59

Figura 58 - Exemplos de rack em sala de telecomunicações com blocos

Figura 59 - Exemplos de rack em sala de telecomunicações comblocos e patch panel

Page 61: Cabeamento_Estruturado SENAI Excelente

Cabeamento Estruturado para Telecomunicações

SENAI/scCTAI/CENTRO DE TECNOLOGIA EM AUTOMAÇÃO E INFORMÁTICA

60

Figura 60 - Exemplos de sala de telecomunicações

Ao projetar a sala de telecomunicações deve-se observar algumas característicasprincipais, para que ela possa atender as suas funções. Que são:

a) A altura mínima da sala deverá ser de 2,6 m

b) Recomenda-se utilizar a codificação padrão de cores dos dispositivos deconectividade ( tabela abaixo)

Figura 61 - Exemplos de patch panel com cores identificando as portas

Page 62: Cabeamento_Estruturado SENAI Excelente

Cabeamento Estruturado para Telecomunicações

SENAI/scCTAI/CENTRO DE TECNOLOGIA EM AUTOMAÇÃO E INFORMÁTICA

61

Tabela 20 - Cores para terminações

TIPO DETERMINAÇÃO

COR DEIDENTIFICAÇÃO COMENTÁRIOS

Cabo de entrada detelecomunicações

LaranjaEsta identificação é feita por meio de etiquetas nosblocos de terminação no PTR, na sala de entrada detelecomunicações

Conexão à rede pública detelecomunicações

VerdeEtiquetas na sala de equipamentos ou armário detelecomunicações

Equipamentos (PABX,ativos instalados em

bastidores, etc.)Púrpura

Etiquetas em painéis ou blocos de conexão deacesso interconectados aos equipamentos

Backbone Branca Etiquetas em painéis ou blocos de conexão

Backbone 2º nível CinzaEtiquetas em painéis e blocos de conexãointermediário e no painel de conexão à redesecundária

Cabeamento horizontal AzulEtiquetas em painéis e blocos de conexão e nasoutras terminações, tomada e ponto de consolidaçãode cabos

Bacbone entre prédios(campus)

MarromTerminação de saída e entrada dos prédios de umcampus

Miscelâneas e circuitosespeciais

Amarela Circuitos auxiliares, circuitos-ponte em redes debarramento, etc.

c) Para permitir o máximo de flexibilidade não deve-se utilizar rebaixamentosde teto

d) Para a iluminação na sala, recomenda-se 500 lux medidos a 1m de altura dopiso.,

e) A carga suportada pelo piso deve ser no mínimo de 2,4 kPa

f) Tamanho mínimo da porta deverá ser 910 mm de largura por 2.000 mm dealtura e ter sua abertura voltada para fora do TR;

g) O sistema de controle ambiental, com pressão positiva, deverá funcionar 24horas por dia e 365 dias por ano com os seguintes valores:

Tabela 21 – Condições ambientais para Salas de Telecomunicações

Sala de Telecomunicações Condições

Sem equipamentos ativos Temperatura: 10ºC a 35ºC

Umidade : abaixo de 85 %

Com equipamentos ativos Temperatura: 18ºC a 24ºC

Umidade : entre 30% e 55%

h) Proteção contra incêndio

i) Deverá acessar o ponto principal de aterramento do edifício

Page 63: Cabeamento_Estruturado SENAI Excelente

Cabeamento Estruturado para Telecomunicações

SENAI/scCTAI/CENTRO DE TECNOLOGIA EM AUTOMAÇÃO E INFORMÁTICA

62

Figura 62- Barra de vinculação secundária

j) Caso não existam racks, pelo menos uma parede de 2,4m (8 pés) de alturadeve ser forrada com painéis de madeira compensada de 20 mm para fixaçãode hardware (blocos IDC110, etc.), com aplicação de duas mãos de tintaantichama.

k) Devem ser fornecidas tomadas de energia estabilizadas para os racks dosequipamentos e tomadas normais para atividades de manutenção, localizadasem intervalos de 1,8m por todo o perímetro da sala

Figura 63 - Exemplos UPS

l) Espaço utilizado pelo TR não deverá ter distribuição elétrica, a não seraquela necessária para os equipamentos de telecomunicação;

m) Deve ser deixado um espaço de 1,2 m do rack tanto para frente como paratrás.

Page 64: Cabeamento_Estruturado SENAI Excelente

Cabeamento Estruturado para Telecomunicações

SENAI/scCTAI/CENTRO DE TECNOLOGIA EM AUTOMAÇÃO E INFORMÁTICA

63

8. CABEAMENTO DE BACKBONE

O Cabeamento de Backbone é responsável pela interligação entre os diversos TRdentro do mesmo prédio e a interligação entre os prédios do campus considerado. Comofoi comentado no item anterior, em cada TR existe a presença do cross-conect , que éresponsável pela interligação do cabeamento horizontal com o backbone. A sala deequipamentos é o ponto da instalação onde encontra-se os principais equipamentos detratamento da informação, isto é, servidores, centrais telefônicas, hardwares maiscomplexos de interligação ( rádio modems, multiplexadores, etc..) e nesta sala há oprincipal cross-connect, chamado de MAIN CROSS-CONNECT(MC), de onde partemas principais ligações para todo o complexo de telemática.

Outra categoria é o INTERMEDIATE CROSS-CONEC(IC) , que corresponde aum nível intermediário ,mais complexo que o horizontal, porém não é o principal. Atopologia empregada é a Estrela Hierárquica.

Figura 64 – Topologia estrela hierárquica

Tendo em vista perdas no sinal considera-se que não pode haver mais do quedois níveis hierárquicos de cross-connect, ou seja, do MC têm-se ligações diretas paraIC e HC e dos IC para HC.

Para o cabeamento de backbone existem meios de transmissão homologados:

a) Cabo de par trançado de 100 ohms de acordo com ANSI/TIA/EIA-568-B.2

Page 65: Cabeamento_Estruturado SENAI Excelente

Cabeamento Estruturado para Telecomunicações

SENAI/scCTAI/CENTRO DE TECNOLOGIA EM AUTOMAÇÃO E INFORMÁTICA

64

b) Cabo de fibra óptica multímodo de 62,5/125µµm ou 50/125µµm e cabo defibra óptica monomodo, de acordo com a ANSI/TIA/EIA-568-B.3

Figura 65 - Da esquerda para direita têm-se a distribuição de sinais de voz com cabos categoria 3, cabosde fibra óptica (ao centro) e cabos UTP de 4 pares para distribuição de outros serviços de alta velocidade

Em termos de tecnologia atual, quando um cabo UTP for transportar dados háum limite de 90m a ser observado, pois 800m atenderia somente aplicações de voz.

Dentro das condições técnicas e econômicas no Brasil, para atender adistribuição dos sinais de voz, deve-se utilizar os cabos telefônicos padrão TELEBRASno número de pares necessários e, no HC, manobrá-los para o cabeamento horizontalcorrespondente.

No dimensionamento do backbone deve-se considerar um par de fibra ópticapara cada aplicação e 100% de reservas, caso utilize-se cabos UTP, também considerara mesma reserva.

Tabela 22 – Dimensionamento de Backbone

APLICAÇÃO FIBRA

VOZ 2

DADOS 2

IMAGEM 2

RESERVA 6

TOTAL 12

Page 66: Cabeamento_Estruturado SENAI Excelente

Cabeamento Estruturado para Telecomunicações

SENAI/scCTAI/CENTRO DE TECNOLOGIA EM AUTOMAÇÃO E INFORMÁTICA

65

Figura 66- Topologia de Backbone

Tabela 23 – Distância de interligaçaõ para Backbone

MEIO MC(direto ao HC) IC HC

Cabo UTP 800m 500m 300m

Fibra Multimodo 2000m 1700m 300m

Fibra Monomodo 3000m 2700m 300m

Devemos observar que para cabos UTP trafegando sinal de dados não poderemos exceder a distância total de 100m.

Os cabos de fibra óptica e de par trançado devem seguir as normas deretardância a chama para evitar a propagação de incêndios. No backbone , aonde oscabos atravessam vários andares deve-se utilizar cabos do tipo RISER (CMR ou COR),que são recomendados para aplicações verticais em poços de elevação (shaft), eminstalações onde o cabo ultrapasse mais de um andar.

Percursos verticais ou para backbones

Define-se como aqueles que suportam e protegem o cabeamento que interliga assalas de telecomunicações, estas com as salas de equipamentos e de entrada, ou aindaas interligações entre edifícios em um campus. São compostos por dutos, conexões,fendas e bandejas. Como os percursos verticais realizam conexões entre andares, deve-se ter uma preocupação muito grande com o bloqueio de propagação de chamas nestas

TOMADA DE TELECOMUNICAÇÕES

X MAINCROSS CONNECT

(MC)

X XX

TOMADA DE TELECOMUNICAÇÕES

X XX

90 m

90 m

X

iNTERMEDIATECROSS CONNECT

(IC)

HORI ZONTAL CROSS-CONNECT

(HC)

HORI ZONTAL CROSS-CONNECT

(HC)

Page 67: Cabeamento_Estruturado SENAI Excelente

Cabeamento Estruturado para Telecomunicações

SENAI/scCTAI/CENTRO DE TECNOLOGIA EM AUTOMAÇÃO E INFORMÁTICA

66

interligações. Como a EIA/TIA 569A determina o uso de uma sala de telecomunicaçõespor andar e elas normalmente ficam umas sobre as outras, basta efetuar aberturas naslajes entre os pavimentos e o percurso vertical estará montado. A EIA/TIA 569Adetalha como devem ser feitas estas aberturas, propondo duas soluções, a utilização dedutos de passagem (sleeves) ou aberturas de passagem (slots), conforme mostram asfiguras a seguir:

Figura 67 - Exemplos de Slot

Figura 68 - Exemplos de sleeve em sala de telecomunicações

Page 68: Cabeamento_Estruturado SENAI Excelente

Cabeamento Estruturado para Telecomunicações

SENAI/scCTAI/CENTRO DE TECNOLOGIA EM AUTOMAÇÃO E INFORMÁTICA

67

Figura 69 - Esquema de ligação dos percursos de backbone

Tabela 24 – Taxa de Ocupação de Eletrodutos em Backbones

Área do EletrodutoMáxima

Ocupação RecomendadaRaio Mínimo de

CurvaturaEletroduto

Área =0,79 D²

A B C D ETam.De

merc.(pol.)

DiâmetroInterno

Total100%

1 Cabo53%

2 Cabos31%

3 Cabose acima

40%

10 xdiâmetroint. duto

6 xdiâmetroint. duto

mm pol. mm² Pol² mm² Pol² mm² Pol² Mm² pol² mm Pol. mm pol.

3/4 20,9 0,82 345 0,53 183 0,28 107 0,16 138 0,21 210 8 130 5

1 26,6 1,05 559 0,87 296 0,46 173 0,27 224 0,35 270 11 160 6

1 1/4 35,1 1,38 973 1,51 516 0,8 302 0,47 389 0,6 350 14 210 8

1 1/2 40,9 1,61 1.322 2,05 701 1,09 410 0,64 529 0,82 410 16 250 10

2 52,5 2,07 2.177 3,39 1.154 1,80 675 1.05 871 1,36 530 21 320 12

2 1/2 62,7 2,47 3.106 4,82 1.646 2,56 963 1,49 1.242 1,93 630 25 _ _

3 77,9 3,07 4.794 7,45 2.541 3,95 1.486 2,31 1.918 2,98 780 31 _ _

3 1/2 90,1 3,55 6.413 9,96 3.399 5,28 1.988 3,09 2.565 3,98 900 36 _ _

4 102,3 4,03 8.268 12,83 4.382 6,80 2.563 3,98 3.307 5,13 1.020 40 _ _

5 128,2 5,05 12.984

20,15 6.882 10,68 4.025 6,25 5.194 8,06 1.280 50 _ _

6 154,1 6,07 18.760

29,11 9.943 15,43 5.816 9,02 7.504 11,64 1.540 60 _ _

Coluna D : Utilizada para instalação de cabos com blindagens ou com camadas metálicas de

proteção e para todos os eletrodutos de diâmetro superior a 2” (50mm);

Coluna E : Utilizada para instalação de outros tipos de cabos em eletrodutos de até 2” (50mm)

Page 69: Cabeamento_Estruturado SENAI Excelente

Cabeamento Estruturado para Telecomunicações

SENAI/scCTAI/CENTRO DE TECNOLOGIA EM AUTOMAÇÃO E INFORMÁTICA

68

Figura 70 - Eletrodutos utilizados para backbone

Page 70: Cabeamento_Estruturado SENAI Excelente

Cabeamento Estruturado para Telecomunicações

SENAI/scCTAI/CENTRO DE TECNOLOGIA EM AUTOMAÇÃO E INFORMÁTICA

69

9. SALA DE EQUIPAMENTOS

É o espaço destinado para alocação dos equipamentos principais detelecomunicações, nela ficam centralizados equipamentos como servidores de rede,PABX, roteadores, switches, modems, CLPs, centrais de alarme, de CFTV, etc. A salade equipamentos deverá ter área mínima de 14 m², sendo localizada estrategicamentedentro do edifício, prevendo as conexões com todas as salas de telecomunicações dosandares e com as entradas, além do acesso das pessoas de gerenciamento e manutenção.Abriga o Main Cross-Connect, o Intermediate Cross-Connect e o Horizontal cross-connect do andar a que pertence.

Atenção nos aspectos quanto a sua localização:

a) Ser afastada de fontes de EMI

b) Possuir fácil acesso para a entrada de novos equipamentos

c) Deve possuir sistema de condicionamento da rede elétrica ( no-break eestabilizadores)

d) Deve ter condições controladas de temperatura, umidade e poeira

e) Estar localizada na posição central em relação ao prédio

f) Devem ser observadas as normas relativas a provedores de serviçosexternos( Companhias Telefônicas, EMBRATEL)

Page 71: Cabeamento_Estruturado SENAI Excelente

Cabeamento Estruturado para Telecomunicações

SENAI/scCTAI/CENTRO DE TECNOLOGIA EM AUTOMAÇÃO E INFORMÁTICA

70

Figura 71- Exemplos de rack com ativos e patch panel

Para seu dimensionamento multiplica-se o número de áreas de trabalho por0,07m2, sendo que para locais com menos de 200 áreas, considera-se o tamanho de14m2.

Tabela 25 – Dimensionamento da Sala de Equipamentos

ESTAÇÕES DETRABALHO

ÁREA DA SALAEQUIPAMENTOS(m²)

até 100 14

de 101 a 400 37

de 401 a 800 74

de 801 a 1200 111

Page 72: Cabeamento_Estruturado SENAI Excelente

Cabeamento Estruturado para Telecomunicações

SENAI/scCTAI/CENTRO DE TECNOLOGIA EM AUTOMAÇÃO E INFORMÁTICA

71

Figura 72- Exemplos de sala de equipamentos mostrando o MC

Page 73: Cabeamento_Estruturado SENAI Excelente

Cabeamento Estruturado para Telecomunicações

SENAI/scCTAI/CENTRO DE TECNOLOGIA EM AUTOMAÇÃO E INFORMÁTICA

72

10.ENTRADA NO EDIFÍCIO

As instalações de entrada no edifício podem ser localizadas dentro da sala deequipamentos ou em espaço próprio de acordo com o tamanho do projeto e dasexigências das concessionárias locais dos serviços fornecidos.

Nesta entrada, considera-se a chegada do cabo da companhia telefônica, doscabos provenientes de sistemas de antenas ( satélite, microondas), TV a cabo e ocabeamento de backbone vindo dos demais prédios que constituem o campus.

Deve-se considerar a possibilidade de entradas duplicadas no caso de instalaçõesespeciais que necessitem de continuidade dos serviços , por exemplo : aeroportos,hospitais, bases militares, serviços de polícia e bombeiros centros de computação etelecomunicações.

Considerações de projeto:

a) Deve ser providenciado um sistema de proteção e aterramento adequados,para evitar que induções eletromagnéticas ocorridas nos cabos externosvenham causar danos pessoais e materiais ao prédio.

Figura 73 – Blocos com protetores para serviços de telecomunicações via par metálico

b) Todos os cabos que possuem malha de aterramento deverão ser aterrados,

c) Nos cabos geleados de fibra ou metálico, deverá ser providenciada acontenção da geléia e a transição para cabos internos não propagantes achama. Pode-se utilizar caixas de emendas ou DIOs.

Page 74: Cabeamento_Estruturado SENAI Excelente

Cabeamento Estruturado para Telecomunicações

SENAI/scCTAI/CENTRO DE TECNOLOGIA EM AUTOMAÇÃO E INFORMÁTICA

73

Figura 74 – Caixa de emendas para fixação em rack padrão 19”

d) Cabos deste tipo não podem entrar mais de 15m no prédio, devido àscaracterísticas inflamáveis da mesma.

e) Caso o prédio possua diversos links de microondas, satélite e outrossistemas de rádioenlace , há necessidade de uma entrada especial parareceber o sinal destas antenas e levá-los até a sala de equipamentos.

A tabela 26 abaixo determina o espaço em parede (com 2,5 m de altura) paramontagem das terminações e equipamentos de entrada numa área aberta. A tabela 27determina as dimensões mínimas da sala para montagem das terminações de entrada eequipamentos sobre racks em local fechado. A decisão do uso de uma sala ou áreaaberta deve ser baseada nos critérios de segurança, quantidade, tipo de terminações eequipamentos, dimensões do edifício e localização dentro do mesmo. Para edifícios comáreas maiores que 2.000 m² uma sala fechada é mais adequada.

Tabela 26 - Espaço mínimo em parede de uma área aberta

ÁREA GERAL (m²) COMPRIM. DA PAREDE (m)

500 0,99

1.000 0,99

2.000 1,06

4.000 1,725

5.000 2,295

6.000 2,40

8.000 3,015

10.000 3,63

Page 75: Cabeamento_Estruturado SENAI Excelente

Cabeamento Estruturado para Telecomunicações

SENAI/scCTAI/CENTRO DE TECNOLOGIA EM AUTOMAÇÃO E INFORMÁTICA

74

Tabela 27 - Dimensões mínimas para a sala de entrada

ÁREA GERAL (m²) DIMENSÕES DA SALA (m)

7.000 3,66 x 1,93

10.000 3,66 x 1,93

20.000 3,66 x 2,75

40.000 3,66 x 3,97

50.000 3,66 x 4,77

60.000 3,66 x 5,59

80.000 3,66 x 6,81

100.000 3,66 x 8,44

Outra consideração importante relacionada a entrada no prédio é a forma comoos cabos chegam, podendo ser :

a) entrada aérea

b) entrada subterrânea via dutos

c) entrada subterrânea com cabos diretamente enterrados

Proteção contra incêndio

A norma EIA/TIA 569A obriga a utilização de bloqueadores de chama em todasas aberturas existentes entre dois pavimentos: Na realidade brasileira, dentro daconstrução civil atual, esta é uma preocupação com pouca evidência, técnicas debloqueio de chamas nas aberturas destinadas a passagem de cabos entre pavimentos sãopouco utilizadas. Como não existe uma cobrança real destes procedimentos dentro dasinstalações de redes, estes pouco ocorrem na prática. Abaixo há dois exemplos deinstalação de bloqueio de chamas existentes na EIA/TIA 569A:

Figura 75 - Bloqueador de chamas com eletroduto

Page 76: Cabeamento_Estruturado SENAI Excelente

Cabeamento Estruturado para Telecomunicações

SENAI/scCTAI/CENTRO DE TECNOLOGIA EM AUTOMAÇÃO E INFORMÁTICA

75

Figura 76 - Bloqueador de chamas com cabos

Page 77: Cabeamento_Estruturado SENAI Excelente

Cabeamento Estruturado para Telecomunicações

SENAI/scCTAI/CENTRO DE TECNOLOGIA EM AUTOMAÇÃO E INFORMÁTICA

76

11. PRÁTICAS DE INSTALAÇÃO

A instalação é uma atividade crítica, pois dela depende o correto funcionamentodos componentes. Ao utilizar-se todos os componentes de mesma categoria , deixando ocabo cheio de nós e dobras, não obter-se-á o desempenho desejado. Uma conectorizaçãomal feita é igual a um mau contato. Sendo assim, é importante que observe-se astécnicas corretas de instalação para garantir o investimento.

• O componente ( bloco, patch panel, patch cord, tomadas , cabos, etc.) de menorcategoria define a categoria do sistema . Se utilizar um patch panel com tomadascategoria 6 e o cabo for categoria 5, todo o sistema será classificado comocategoria 5

• Os patch cords não devem ser confeccionados em campo

• Quando o sistema for blindado , deve-se ter cuidado com a ligação do fio drenodo cabo FTP com o hardware de conectividade.

• Nos cabos ópticos de 2 ou 4 fibras, no cabeamento horizontal, o raio decurvatura não deverá ser menor do que 25mm, sem tensionamento, ou 50mmcom tensionamento.

• O raio de curvatura mínimo para o cabo UTP é 4x o diâmetro do mesmo e 10 xnocaso de fibra óptica

• São proibidas extensões e/ou emendas nos cabos

• Durante a instalação deve-se prever uma sobra de cabo tendo em vista manobrase pequenos reparos de acordo com a tabela abaixo:

Tabela 28 – Sobras de cabo

CABO ARMÁRIO DECOMUNICAÇÕES

TOMADA DECOMUNICAÇÕES

UTP 3m 30cm

Fibra 3m 1m

• Para o cabo UTP a força de tração máxima admitida é de 110N

Page 78: Cabeamento_Estruturado SENAI Excelente

Cabeamento Estruturado para Telecomunicações

SENAI/scCTAI/CENTRO DE TECNOLOGIA EM AUTOMAÇÃO E INFORMÁTICA

77

11.1.Conectorização da tomada

• Com o auxílio de um decapador retira-se 5 cm da capa do cabo

Figura 77 – Retirar a capa

• 2. Corta-se o ripcord,

Figura 78 – Cortar o ripcord

Page 79: Cabeamento_Estruturado SENAI Excelente

Cabeamento Estruturado para Telecomunicações

SENAI/scCTAI/CENTRO DE TECNOLOGIA EM AUTOMAÇÃO E INFORMÁTICA

78

11.2 Conectorização no bloco 110

1. Com o auxílio de um decapador retira-se 5 cm da capa do cabo

Figura 77 – Retirar a capa

2. Insere-se os pares no bloco 110 , na ordem da tabela.

Tabela 29 – Ordem de inserção dos pares no bloco

PAR 1ª POSIÇÃO 2ª POSIÇÃO1 BRANCO AZUL2 BRANCO LARANJA3 BRANCO VERDE4 BRANCO MARROM

Figura 78 – Introduzir os pares no bloco

Page 80: Cabeamento_Estruturado SENAI Excelente

Cabeamento Estruturado para Telecomunicações

SENAI/scCTAI/CENTRO DE TECNOLOGIA EM AUTOMAÇÃO E INFORMÁTICA

79

3. Utiliza-se a ferramenta de inserção múltipla, fixando os pares na base dobloco e automaticamente o excesso será cortado.

Figura 79 – Colocar os pares no bloco

Figura 80 – Pares colocados

Page 81: Cabeamento_Estruturado SENAI Excelente

Cabeamento Estruturado para Telecomunicações

SENAI/scCTAI/CENTRO DE TECNOLOGIA EM AUTOMAÇÃO E INFORMÁTICA

80

4.Coloca-se o bloco de conexão com auxílio da ferramenta de inserção múltipla

Figura 81 – Colocação do connect block

Figura 82 – Colocação do connect block ( outro ângulo )

Page 82: Cabeamento_Estruturado SENAI Excelente

Cabeamento Estruturado para Telecomunicações

SENAI/scCTAI/CENTRO DE TECNOLOGIA EM AUTOMAÇÃO E INFORMÁTICA

81

5. Aspecto final.

Figura 83 – Serviço pronto

11.4 Conectorização de petch panel

1. Com o auxílio de um decapador retira-se 5 cm da capa do cabo e separa-seos pares colocando-os nos conectores 110 de cor correspondente.

Figura 84 – Colocação do connect block

Page 83: Cabeamento_Estruturado SENAI Excelente

Cabeamento Estruturado para Telecomunicações

SENAI/scCTAI/CENTRO DE TECNOLOGIA EM AUTOMAÇÃO E INFORMÁTICA

82

2. Com a ferramenta de inserção conectoriza-se os pares.

Figura 85 – Inserir os pares

3. Aspecto depois de concluído.

Figura 86 – Conectorização pronta

Page 84: Cabeamento_Estruturado SENAI Excelente

Cabeamento Estruturado para Telecomunicações

SENAI/scCTAI/CENTRO DE TECNOLOGIA EM AUTOMAÇÃO E INFORMÁTICA

83

Figura 87 – Vista frontal do patch e equipamento

11.5.Organização dos cabos

Outro fator importante durante a instalação é a organização e acomodação doscabos. Neste momento observa-se o raio de curvatura dos diversos tipos de cabos paragarantir a sua performance

1. Pode-se utilizar tanto cintas plásticas, como cintas de velcro, porém naprimeira deve-se ter muito cuidado para não apertar demais os cabos , pois corre-se orisco de alterar o seu desempenho

Figura 88 – Organização com cinta plástica Figura 89 – Organização com Velcro(RECOMENDADO)

Page 85: Cabeamento_Estruturado SENAI Excelente

Cabeamento Estruturado para Telecomunicações

SENAI/scCTAI/CENTRO DE TECNOLOGIA EM AUTOMAÇÃO E INFORMÁTICA

84

Figura 90 – Cross connect organizado

2. Pode-se utilizar tanto patch cords coloridos como velcros coloridos paraajudar na organização

Figura 91 – Patch cords coloridos

Page 86: Cabeamento_Estruturado SENAI Excelente

Cabeamento Estruturado para Telecomunicações

SENAI/scCTAI/CENTRO DE TECNOLOGIA EM AUTOMAÇÃO E INFORMÁTICA

85

Figura 92 – Acessórios de fixação coloridos

3. Ao organizar um rack , o conjunto de cabos que chegam deve ser dividido aomeio, sendo distribuídos uma metade do centro para a direita e a outra metade do centropara esquerda.

Figura 93 – Rack organizado

Page 87: Cabeamento_Estruturado SENAI Excelente

Cabeamento Estruturado para Telecomunicações

SENAI/scCTAI/CENTRO DE TECNOLOGIA EM AUTOMAÇÃO E INFORMÁTICA

86

4. Outro fator importante na acomodação dos cabos no rack é manter os raios decurvatura dentro dos valores da norma.

Tabela 30 – Raios de curvatura dos diversos tipos de cabos

Cabo Raio de curvatura

UTP 4 pares 4 vezes o diâmetro

ScTP 4 pares 8 vezes o diâmetro

UTP 25 pares 10 vezes o diâmetro

Fibra com 2 a 4 pares 25 mm sem tensão

Fibra com 2 a 4 pares 50 mm sem tensão

Fibra com mais de 4 pares 10 vezes o diâmetro sem tensão

Fibra com mais de 4 pares 15 vezes o diâmetro com tensão

5. Atualmente o cabo de 25 pares é utilizado no backbone para aplicações queexijam até a categoria 5E. È previsto na . ANSI/TIA/EIA 568-B.2 – Balanced TwistedPair Cabling Components o cabo categoria 5e , porém a própria norma adverte quedevem ser testadas todas as aplicações, que ocuparão o cabo, quanto a problemas deinterferência. A tabela 33 abaixo mostra o código de cores utilizado na conectorizaçãoem bloco 110.

Tabela 31 – Código de cores do cabo UTP de 25 pares

PAR COR COR1 BRANCO AZUL2 BRANCO LARANJA3 BRANCO VERDE4 BRANCO MARROM5 BRANCO CINZA6 VERMELHO AZUL7 VERMELHO LARANJA8 VERMELHO VERDE9 VERMELHO MARROM

10 VERMELHO CINZA11 PRETO AZUL12 PRETO LARANJA13 PRETO VERDE14 PRETO MARROM15 PRETO CINZA16 AMARELO AZUL17 AMARELO LARANJA18 AMARELO VERDE19 AMARELO MARROM20 AMARELO CINZA21 VIOLETA AZUL22 VIOLETA LARANJA23 VIOLETA VERDE24 VIOLETA MARROM25 VIOLETA CINZA

Page 88: Cabeamento_Estruturado SENAI Excelente

Cabeamento Estruturado para Telecomunicações

SENAI/scCTAI/CENTRO DE TECNOLOGIA EM AUTOMAÇÃO E INFORMÁTICA

87

12. NORMA DE CABEAMENTO BRASILEIRA NBR 14.565

A NBR 14565 - Procedimento Básico para Elaboração de Projetos deCabeamento de Telecomunicações para Rede Interna Estruturado é a primeiranorma brasileira de cabeamento estruturado, foi publicada em julho de 2000, comvalidade a partir de 31 de agosto do mesmo ano. Ela baseou-se nas normas americanasANSI/EIA/TIA568-A de 1995 e ANSI/EIA/TIA 606 de 1993. A tabela 34 compara asduas normas em relação a nomenclatura dos componentes.

Tabela 32 - Comparação entre a Norma Brasileira e a Americana

NBR 14565 ANSI/TIA/EIA 568B

Área de trabalho; Área de trabalho;

Cabeamento secundário; Cabeamento horizontal;

Armário de telecomunicações; Sala de telecomunicações;

Cabeamento primário; Cabeamento de ackbone;

Sala de equipamentos; Sala de equipamentos;

Sala de entrada de telecomunicações. Entrada de facilidades.

Distribuidor Geral de telecomunicações Main Cross connect

Distribuidor Intermediário Intermediate Cross connect

Distribuidor,m Secundário Horizontal Cross c,onext

12.1 Área de trabalho

Mantém as características originais, ou seja, no mínimo 2 tomadas detelecomunicações para cada 10 m² de área .

12.2 Cabeamento secundário

Uma diferença importante está nas distâncias dos patch cord, que é de 3 e 7 mcontra 5 m e 5 m. Outra questão é a falta da categoria 5 e, só reconhece 3 e 5. Porém autilização de categorias superiores as reconhecidas, está completamente correto, poisestamos superando as exigências.

Page 89: Cabeamento_Estruturado SENAI Excelente

Cabeamento Estruturado para Telecomunicações

SENAI/scCTAI/CENTRO DE TECNOLOGIA EM AUTOMAÇÃO E INFORMÁTICA

88

Figura 94 – Distâncias do cabeamento secundário

12.3 Armário de telecomunicações

Mantém as mesmas funções e não define um dimensionamento

12.4 Cabeamento primário

Inicialmente a NBR considera a utilização de cabos STP no backbone, que nãosão mais recomendados na ANSI/TIA/EIA 568-B.

As distâncias entre o DS e o DI permaneceram em 500m

Tabela 33 – Distância do cabeamento primário

MEIO MC(direto ao HC) IC HC

Cabo UTP 800m 300m 500m

Fibra Multimodo 2000m 1500 m 500m

Fibra Monomodo 3000m 2500m 500m

12.5 Sala de equipamentos

Segue as mesmas funções da norma americana e não define dimensionamento.

Page 90: Cabeamento_Estruturado SENAI Excelente

Cabeamento Estruturado para Telecomunicações

SENAI/scCTAI/CENTRO DE TECNOLOGIA EM AUTOMAÇÃO E INFORMÁTICA

89

12.6. Sala de entrada de telecomunicações

Possui as mesmas funções da norma americana e define que é uma sala com nomínimo 6 m2 .

12.7 Proteção elétrica

Neste ponto a norma brasileira segue os princípios da americanaANSI/EIA/TIA-607- Commercial Building Grounding And Bonding Requirements ForTelecommunications, ( agosto de 1994 ).

Os componentes principais serão vistos no itém Aterramento.

Para interligar prédios com sistemas de aterramento distintos , érecomendado a utilização de fibra ópticas. Caso a interligação seja feita com cabosmetálicos, deve ser projetado um sistema de proteção adequado, com dispositivos deproteção contra sobretensão e sobrecorrente.

Utilização de módulos protetores para telefonia

12.8 Administração

A norma brasileira segue a mesma filosofia da americana, identificando todas aspartes da rede interna estruturada ( cabos, canaletas, espaços, etc.) e utilizando o códigode cores para os dispositivos de conexão.

Entre as exigências devemos destacar:

• O identificador deverá ser único para evitar confusões

• Os cabos do secundário deverão ser identificados nas duas extremidades

• As tomadas nas áreas de trabalhos deverão estar identificadas

• Os painéis ou blocos de conexão deverão estar identificados e suas portas ouposições também, de tal forma que ao alimentarmos uma determinada portasaberemos qual a tomada correspondente.

• Na identificação das portas dos hardwares de conectividade deverão serutilizadas as cores padronizadas

• As informações relativas aos elementos da rede estruturada deverão serguardadas em registro, que são tabelas cuja chave a identificação e os camposrepresentam as informações do elemento.

Page 91: Cabeamento_Estruturado SENAI Excelente

Cabeamento Estruturado para Telecomunicações

SENAI/scCTAI/CENTRO DE TECNOLOGIA EM AUTOMAÇÃO E INFORMÁTICA

90

• Ao final da obra deverá ser confeccionado um documento chamado “As Built”,,que é a consolidação das informações e alterações ocorridas no projeto original.Contendo de forma atualizadas os pontos, nas plantas dos andares, a planta desituação e cortes verticais e os testes de certificação do cabeamento

• Toda a alteração de pontos da rede deverá ser realizada através de ordem deserviço, para manter cão atualizada.

Tabela 34 - Cores para terminações

TIPO DETERMINAÇÃO

COR DEIDENTIFICAÇÃO

COMENTÁRIOS

Cabo de entrada detelecomunicações

LaranjaEsta identificação é feita por meio de etiquetas nosblocos de terminação no PTR, na sala de entrada detelecomunicações

Conexão à rede públicade telecomunicações

Verde Etiquetas na sala de equipamentos ou armário detelecomunicações

Equipamentos (PABX,ativos instalados em

bastidores, etc.)Púrpura

Etiquetas em painéis ou blocos de conexão de acessointerconectados aos equipamentos

Backbone Branca Etiquetas em painéis ou blocos de conexão

Backbone 2º nível CinzaEtiquetas em painéis e blocos de conexãointermediário e no painel de conexão à redesecundária

Cabeamento horizontal AzulEtiquetas em painéis e blocos de conexão e nas outrasterminações, tomada e ponto de consolidação decabos

Bacbone entre prédios(campus)

Marrom Terminação de saída e entrada dos prédios de umcampus

Miscelâneas e circuitosespeciais

AmarelaCircuitos auxiliares, circuitos-ponte em redes debarramento, etc.

Page 92: Cabeamento_Estruturado SENAI Excelente

Cabeamento Estruturado para Telecomunicações

SENAI/scCTAI/CENTRO DE TECNOLOGIA EM AUTOMAÇÃO E INFORMÁTICA

91

13. INSTALAÇÕES ELÉTRICAS EM INFORMÁTICA

As instalações elétricas que alimentam os diversos equipamentos detelecomunicações deverão atender a norma NBR 5410- Instalações Elétricas de BaixaTensão, de 1997.

Os equipamentos de informática deverão preferencialmente ser alimentados porcircuito elétrico específico com estabilizadores de tensão ou no-breaks centrais. Empequenas redes podemos utilizar circuitos específicos com estabilização feita após atomada.

Figura 95 – Quadro de elétrica estabilizada

Todos os circuitos elétricos deverão ser identificados no quadro de distribuição ena tomada do usuário.

As tomadas de energia para informática deverão ser montadas com o esquemade ligação mostrado na figura 18.

Figura 96 - Esquema de ligação de tomada de energia elétrica para aparelhos de informática.

O “no break” ou UPS ( “Uninterruptable Power Suplier”) possui baterias e umconversor DC/AC que reproduz a corrente alternada da rede. Existem diversos recursos

FaseNeutro

Terra

Page 93: Cabeamento_Estruturado SENAI Excelente

Cabeamento Estruturado para Telecomunicações

SENAI/scCTAI/CENTRO DE TECNOLOGIA EM AUTOMAÇÃO E INFORMÁTICA

92

como gerenciamento onde o equipamento monitora as condições de fornecimento deenergia pela concessionária e de entrega para a rede. Outra característica importantepara os servidores e equipamentos mais sensíveis é a utilização de UPS tipo senoidal ,no qual a forma de onda gerada é igual a da rede ( senóide de 60 Hz).

Os UPS podem ser classificados quanto ao comportamento diante da falta deenergia, podendo ser de três tipos:

a) On-line dupla conversão: são aqueles onde a rede elétrica aoentrar no UPS passa por um retificador e recarrega um banco debaterias, assim destas baterias sai uma tensão constante quealimenta um conversor e deste têm-se a tensão alternada . Este é dostrês métodos o mais eficiente pois não há transição entre a falta deenergia e a entrada em ação do UPS, bem como todo o tipo deinterferência que existir na rede pública não passará;

b) On-line: este é um tipo de UPS mais moderno onde têm-se a redeelétrica alimentando o equipamento e uma chave estática, quecomuta para as baterias no momento da falta de energia. Paramanter a estabilidade este utiliza capacitores ou sistemas de ferro-indução para manter o nível de tensão durante o chaveamento. Oque caracteriza este UPS é que o tempo de entrada das baterias, queé considerado zero , garante que a flutuação de tensão nãodanificará o equipamento;

c) Off-line ou Short-break: este é um tipo de UPS onde a redeelétrica alimenta o equipamento e uma chave eletrônica, que comutapara as baterias no momento da falta de energia,.

Page 94: Cabeamento_Estruturado SENAI Excelente

Cabeamento Estruturado para Telecomunicações

SENAI/scCTAI/CENTRO DE TECNOLOGIA EM AUTOMAÇÃO E INFORMÁTICA

93

14. ATERRAMENTO

O sistema de aterramento de telecomunicações é necessário para o corretofuncionamento dos equipamentos, tanto fornecendo referência de sinal como drenandoos ruídos e interferências. Deve-se observar as normas NBR 5410 - Instalações Elétricasde Baixa Tensão e NBR 5419 – Proteção de Estruturas Contra Descargas Atmosféricas,juntamente com a NBR- 14565 quando dimensionar e projetar o aterramento.

A norma americana ANSI\TIA\EIA 607- Grounding and Bonding Requirementsfor Telecommunications in Commercial Buildings e a brasileira utilizam a mesmatopologia , na qual existe uma barra principal de vinculação ( TMGB –Telecommunication Main Grounding Busbar) , que é ligada ao sistema de aterramentodo prédio e dela parte uma cordoalha ( TBB – Telecommunication Bonding Busbar ),que distribui o aterramento para os armários de telecomunicações. Nestes estarão barrasde vinculação secundárias ( TGB - Telecommunication Grounding Busbar ) ligadas porcondutores de vinculação( cabos isolados de 10 mm2 ) .

Na norma brasileira a barra de vinculação possui 6 mm de espessura e 50 mm dealtura com o comprimento proporcional a quantidade de elementos a vincular.

Figura 97 – Barra de vinculação

Figura 98 – Barra de vinculação secundária

50mm

6mm

Page 95: Cabeamento_Estruturado SENAI Excelente

Cabeamento Estruturado para Telecomunicações

SENAI/scCTAI/CENTRO DE TECNOLOGIA EM AUTOMAÇÃO E INFORMÁTICA

94

Figura 99 – Sistema de Aterramento de Telecomunicações

BARRASDE

ATERRAMENTO

SISTEMA DEATERRAMENTO

GERAL DO PRÉDIO

CORDOALHA DE NO MÍNIMO 25mm2

BARRA DE VINCULAÇÃOPRINCIPAL

PTR

SEQ

BARRA DE VINCULAÇÃO

AT

BARRA DE VINCULAÇÃO

CORDOALHA10mm2

CABO10mm2

CABO10mm2

PROTEÇÃOELÉTRICA

SEGUNDO ANBR 14.565

Page 96: Cabeamento_Estruturado SENAI Excelente

Cabeamento Estruturado para Telecomunicações

SENAI/scCTAI/CENTRO DE TECNOLOGIA EM AUTOMAÇÃO E INFORMÁTICA

95

15. TESTES E CERTIFICAÇÃO

Para garantir a qualidade das instalações e a performance desejada é necessárioque tenha-se certeza que a obra foi realizada dentro das normas. Então são realizadostestes através de equipamentos especiais de medidas, que confirmarão o trabalho. Osvalores e os tipos de testes estão especificados nas Normas ANSI/TIA/EIA 568-B.1 –General Requirements, ANSI/TIA/EIA 568-B.2 – Balanced Twisted Pair CablingComponents e ANSI/TIA/EIA 568-B.3 – Optical Fiber Cabling ComponentsStandard .

Figura 100 – Equipamentos de teste de cabeamento

15.1.Testes de campo para cabos de par trançado de 100 ohms

Existem duas configurações básicas de teste, o Canal e o Link Permanente,que serão considerados na caracterização dos cabos UTP e ScTP de 4 pares eimpedância de 100 ohms.

Figura 101 – Exemplo de um canal

Page 97: Cabeamento_Estruturado SENAI Excelente

Cabeamento Estruturado para Telecomunicações

SENAI/scCTAI/CENTRO DE TECNOLOGIA EM AUTOMAÇÃO E INFORMÁTICA

96

a) Teste de Canal: Inclui os 90 m do cabeamento horizontal, o patch cord doequipamento da área de trabalho, a tomada de telecomunicações, um ponto deconsolidação ou de transição, se houver, e duas conexões na sala de telecomunicações.O comprimento total dos patch cords não deve ultrapassar os 10 m. As conexões dosequipamentos nas duas extremidades não são incluídas na definição do canal.

f

Figura 102 – Teste de canal

b) Teste de Link Permanente : É o próprio cabeamento horizontal, com nomáximo 90m, considerando o dispositivo de conexão do cross connect horizontal (patch panel ou bloco) à tomada de telecomunicações na área de trabalho, podendoincluir um ponto de consolidação ou de transição. Ele utiliza um cabo especial,fornecido pelo fabricante do equipamento, que exclui a influência do mesmo.

Figura 103 - Teste de link permanente

CROSS-CONNECT

CM8v

90 m

CM8v

90m

Page 98: Cabeamento_Estruturado SENAI Excelente

Cabeamento Estruturado para Telecomunicações

SENAI/scCTAI/CENTRO DE TECNOLOGIA EM AUTOMAÇÃO E INFORMÁTICA

97

Parâmetros de teste

A seguir, testes exigidos para certificar o cabeamento de par trançado .

WIRE MAP

Este teste verificará a correta conexão de cada um dos quatro pares, de cada caboUTP 100Ω, e verificará para cada um dos oito condutores:

a) continuidade;

b) curto circuito entre dois ou mais fios;

c) pares transpostos: ocorre quando os dois condutores de um par estãoconectados na posição de um par diferente, figura 15;

d) pares invertidos: acontece quando a polaridade de um par é invertida em umadas extremidades, figura 14;

e) pares espalhados: ocorre quando pino a pino a conexão está correta, porémos pares estão fisicamente separados, figura 16;

f) qualquer outro erro de conexão.

1 12 23 36 65 54 47 78 8

Figura 104 - Esquema de ligação dos pares de um cabo UTP 100 Ω .

1 12 23 36 65 54 47 78 8

Figura 105- Pares invertidos em um cabo UTP 100 Ω.

Page 99: Cabeamento_Estruturado SENAI Excelente

Cabeamento Estruturado para Telecomunicações

SENAI/scCTAI/CENTRO DE TECNOLOGIA EM AUTOMAÇÃO E INFORMÁTICA

98

1 12 23 36 65 54 47 78 8

Figura 106- Pares transpostos em um cabo UTP 100 Ω .

1 12 23 36 65 54 47 78 8

Figura 107- Pares espalhados em um cabo UTP 100 Ω .

Comprimento

O comprimento pode ser físico ou elétrico. No primeiro, têm-se a soma doscomprimentos medidos de cada cabo envolvido no canal ou link permanente, nosegundo utiliza-se o tempo de propagação do sinal elétrico e multiplica-se pelavelocidade nominal de propagação ( NVP), que possui uma margem de 10 % de erro.

O scanner de cabos utiliza a técnica de reflectometria no domíno do tempo (TDR– “Time Domain Reflectometry”), que consiste basicamente em enviar um sinal atravésde uma das extremidades do cabo. O sinal se propagará até a outra extremidade, ondeencontrando uma mudança de impedância (cabo aberto ou curto circuitado), o mesmoserá refletido. Medindo-se o tempo desde o envio do sinal até o retorno da onda refletidae sabendo-se a velocidade nominal de propagação do sinal no cabo, têm-se os dadospara calcular o comprimento do mesmo.

A velocidade nominal de propagação (NVP – “Nominal Velocity ofPropagation”) depende do desenho do cabo e da freqüência do sinal a ser propagado. ANVP é fornecida pelo fabricante do cabo, expressa em fração da velocidade da luz (3 x108 m/s).

Insetion Loss ( perda de inserção)

Page 100: Cabeamento_Estruturado SENAI Excelente

Cabeamento Estruturado para Telecomunicações

SENAI/scCTAI/CENTRO DE TECNOLOGIA EM AUTOMAÇÃO E INFORMÁTICA

99

A perda por inserção é a atenuação medida no canal ou link permanente, sendoque o pior caso medido deve ser informado.

Figura 108 – Perda de inserção

Tabela 35 - Perda de Inserção @ 200 C –Teste de Canal

FREQÜÊNCIA

(MHz)

CATEGORIA 3

( dB)

CATEGORIA 5e

(dB)

1.0 4.2 2,2

4.0 7.3 4,5

8.0 10,2 6,3

10.0 11,5 7,1

16.0 14,9 9,1

20,0 - 10,2

25,0 - 11,4

31,25 - 12,9

62,5 - 18,6

100 - 24

Tabela 36 - Perda de Inserção @ 200 C –Teste de Link Permanente

FREQÜÊNCIA

(MHz)

CATEGORIA 3

( dB)

CATEGORIA 5e

(dB)

1.0 3,5 2,1

4.0 6,2 3,9

8.0 8,9 5,5

10.0 9,9 6,2

16.0 13 7,9

20,0 - 8,9

25,0 - 10,0

31,25 - 11,2

62,5 - 16,2

100 - 21,0

PERDA DE INSERÇÃO

PAR TRANÇADO

vpp

SINALTRANSMITIDO

SINALRECEBIDO

Page 101: Cabeamento_Estruturado SENAI Excelente

Cabeamento Estruturado para Telecomunicações

SENAI/scCTAI/CENTRO DE TECNOLOGIA EM AUTOMAÇÃO E INFORMÁTICA

100

Perda de NEXT par a par

A perda de NEXT par a par mede o acoplamento de um par sobre outro numlink de cabos de par trançados de 100 ohms. No seu cálculo temos a contribuição doscabos e dos conectores.

Figura 109 – NEXT

Tabela 37 - Perda de NEXT par a par no Teste de Canal

FREQÜÊNCIA (MHz)

CATEGORIA 3 ( dB)

CATEGORIA 5e(dB)

1.0 39,1 >60

4.0 29,3 53,5

8.0 24,3 48,6

10.0 22,7 47,0

16.0 19,3 43,6

20,0 - 42,0

25,0 - 40,3

31,25 - 38,7

62,5 - 33,6

100 - 30,1

PAR TRANÇADO 3

PAR TRANÇADO 2

SINALIRRADIADO

RUÍDO

TRANSMISSOR

RECEPTOR

NEXT

Page 102: Cabeamento_Estruturado SENAI Excelente

Cabeamento Estruturado para Telecomunicações

SENAI/scCTAI/CENTRO DE TECNOLOGIA EM AUTOMAÇÃO E INFORMÁTICA

101

Tabela 38 - Perda de NEXT par a par no Teste de Link Permanente

FREQÜÊNCIA(MHz)

CATEGORIA 3( dB)

CATEGORIA 5e(dB)

1.0 40,1 >60

4.0 30,7 54,8

8.0 25,9 50,0

10.0 24,3 48,5

16.0 21,0 45,2

20,0 - 43,7

25,0 - 42,1

31,25 - 40,5

62,5 - 35,7

100 - 32,3

Perda de PSNEXT

A perda de PSNEXT leva em consideração o crosstalk provocado por todos ospares em um, operando simultaneamente.

Figura 110 – PowerSum Next

PAR TRANÇADO 3

PAR TRANÇADO 2

SOMA DOSRUÍDOS

TRANSMISSOR

RECEPTOR

TRANSMISSOR

TRANSMISSOR

PAR TRANÇADO 4

PAR TRANÇADO 1

Page 103: Cabeamento_Estruturado SENAI Excelente

Cabeamento Estruturado para Telecomunicações

SENAI/scCTAI/CENTRO DE TECNOLOGIA EM AUTOMAÇÃO E INFORMÁTICA

102

Tabela 39 - Perda de PSNEXT par a par no Teste de Canal

FREQÜÊNCIA (MHz)

CATEGORIA 5e(dB)

1.0 >574.0 50,58.0 45,610.0 44,016.0 40,620,0 39,025,0 37,3

31,25 35,762,5 30,6100 27,1

Tabela 40- Perda de PSNEXT par a par no Teste de Link Permanente

FREQÜÊNCIA

(MHz)

CATEGORIA 5e

(dB)

1.0 >574.0 51,88.0 47,010.0 45,516.0 42,220,0 40,725,0 39,1

31,25 37,562,5 32,7100 29,3

Perda de ELFEXT e FEXT

O FEXT ( Far-end crosstalk) mede o acoplamento de um sinal indesejado dotransmissor na ponta próxima do par medido na extremidade afastada, é tambémchamado de telediafonia. O ELFEXT é expresso em dB como a diferença entre o FEXTe a perda de inserção do par perturbado.

Figura 111 – FEXT

PAR TRANÇADO 3

PAR TRANÇADO 2

SINALIRRADIADO

RUÍDO

TRANSMISSOR

RECEPTOR

FEXT

Page 104: Cabeamento_Estruturado SENAI Excelente

Cabeamento Estruturado para Telecomunicações

SENAI/scCTAI/CENTRO DE TECNOLOGIA EM AUTOMAÇÃO E INFORMÁTICA

103

Figura 112 – ELFEXT

Tabela 41 - Pior par a par ELFEXT no Teste de Canal

FREQÜÊNCIA

(MHz)

CATEGORIA 5e

(dB)

1.0 57,44.0 45,48.0 39,310.0 37,416.0 33,320,0 31,425,0 29,4

31,25 27,562,5 21,5100 17,4

Tabela 42 - Pior par a par ELFEXT no Teste de Link Permanente

FREQÜÊNCIA

(MHz)

CATEGORIA 5e

(dB)

1.0 58,6

4.0 46,68.0 40,610.0 38,616.0 34,520,0 32,625,0 30,7

31,25 28,762,5 22,7100 18,6

PAR TRANÇADO 3

PAR TRANÇADO 2

SINALIRRADIADO

RUÍDO

TRANSMISSOR

RECEPTOR

ELFEXT PERDA DE INSERÇÃO

FEXT

Page 105: Cabeamento_Estruturado SENAI Excelente

Cabeamento Estruturado para Telecomunicações

SENAI/scCTAI/CENTRO DE TECNOLOGIA EM AUTOMAÇÃO E INFORMÁTICA

104

Power Sum ELFEXT

O Power Sum ELFEXT leva em consideração todos os sinais da extremidadepróxima, influenciando simultaneamente o par da extremidade afastada.

Tabela 43 - PS ELFEXT no Teste de Canal

FREQÜÊNCIA

(MHz)

CATEGORIA 5e

(dB)

1.0 54,44.0 42,48.0 36,310.0 34,416.0 30,320,0 28,425,0 26,4

31,25 24,562,5 18,5100 14,4

Tabela 44- PS ELFEXT no Teste de Link Permanente

FREQÜÊNCIA

(MHz)

CATEGORIA 5e

(dB)

1.0 55,64.0 43,68.0 37,510.0 35,616.0 31,520,0 29,625,0 27,7

31,25 25,762,5 19,7100 15,6

Page 106: Cabeamento_Estruturado SENAI Excelente

Cabeamento Estruturado para Telecomunicações

SENAI/scCTAI/CENTRO DE TECNOLOGIA EM AUTOMAÇÃO E INFORMÁTICA

105

Figura 113 – Ruído em transmissões bi-direcionais

Perda de retorno

A perda de retorno mede a energia refletida devido as variações de impedânciano sistema de cabeamento.

Tx

Rx Tx

Rx

Rx

Rx

Tx

Rx

Rx

Tx

RxTx

Rx

Tx

Tx

Tx

Transmissão bi-direcional

NEXT

FEXT

Page 107: Cabeamento_Estruturado SENAI Excelente

Cabeamento Estruturado para Telecomunicações

SENAI/scCTAI/CENTRO DE TECNOLOGIA EM AUTOMAÇÃO E INFORMÁTICA

106

Figura 114 – Perda de retorno

Tabela 45 - Perda de retorno no Teste de Canal

FREQÜÊNCIA

(MHz)

CATEGORIA 5e

(dB)

1.0 17,04.0 17,08.0 17,010.0 17,016.0 17,020,0 17,025,0 16.0

31,25 15.162,5 12.1100 10.0

Tabela 46 - Perda de retorno no Teste de Link Permanente

FREQÜÊNCIA

(MHz)

CATEGORIA 5e

(dB)

1.0 19,04.0 19,08.0 19,010.0 19,016.0 19,020,0 19,025,0 18,0

31,25 17,162,5 14,1100 12,0

Propagation Delay

O tempo de propagação é o tempo que o sinal elétrico leva para ir de umaextremidade a outra. O tempo máximo permitido para todas as categorias naconfiguração de teste de canal é de no máximo 555 ns medidos a 10 MHz.

TRANSMISSOR

PERDA DE RETORNO

PONTO DE DESCASAMENTO

RECEPTOR

SINAL REFLETIDO

Page 108: Cabeamento_Estruturado SENAI Excelente

Cabeamento Estruturado para Telecomunicações

SENAI/scCTAI/CENTRO DE TECNOLOGIA EM AUTOMAÇÃO E INFORMÁTICA

107

O tempo máximo permitido para todas as categorias na configuração de teste delink permanente é de no máximo 498 ns medidos a 10 MHz.

Delay Skew

O delay skew compara as diferenças no tempo de propagação dos sinais emcada par, informando a maior diferença. O valor máximo permitido de delay skew paratodas as categorias na configuração de teste de canal é 50 ns e no link permanente 44 ns.

Figura 115 – Skew Delay

ACR( Attenuation to Crosstalk Ratio)

Este parâmetro é calculado subtraindo-se o pior caso de perda de inserção dopior caso de NEXT, ambos em decibéis. É utilizado como critério para determinar abanda passante disponível. Ele é definido pela ISO\IEC 11801, porém não faz parte dostestes de performance definidos pela ANSI/TIA/EIA 568-B

T4T3T2T1

SKEW DELAY

DELAY

Page 109: Cabeamento_Estruturado SENAI Excelente

Cabeamento Estruturado para Telecomunicações

SENAI/scCTAI/CENTRO DE TECNOLOGIA EM AUTOMAÇÃO E INFORMÁTICA

108

Cabos do backbone metálico

A norma ANSI/TIA/EIA 568-B.2 especifica as características de teste para oscabos de backbone de categoria 5e, no caso, seriam cabos de 25 pares . Atualmentepoucos fabricantes se habilitaram a produzir um cabo de 25 pares de categoria 5e,porque a própria norma prevê que o usuário é responsável por verificar se as aplicaçõesque rodarão no cabo multipar , não causarão interferências destrutivas entre si. Existemtabelas específicas deste cabo, mostradas a seguir.

NEXT em cabos UTP multipar

Para estimar a performance entre unidades adjacentes de 4 pares, cabos debackbone categoria 5e são avaliados em grupos ( grupo 1 = par 1 a 4, grupo 2 = par 5 a8, etc.) Para o 250 par , deve satisfazer todos os requisitos quando usado dentro de umgrupo de 4 pares.

Tabela 47 - Perda de NEXT no cabeamento de backbone na Cat 5e

FREQÜÊNCIA

(MHz)

CATEGORIA 5e

( Grupos de 4 pares)

( dB)

CATEGORIA 5e (o 25° par em relação

a grupos de 4 pares)

(dB)

0,772 67,0 67,01.0 65,3 65,34.0 56,3 56,38.0 51,8 51,8

10.0 50,3 50,316.0 47,2 47,220,0 45,8 45,825,0 44,3 44,331,25 42,9 42,962,5 38,4 38,4100 35,3 35,3

PSNEXT em cabos UTP multipar

Neste tipo de cabo haverá transmissão em todos os pares, produzindo múltiplasinterferências entre eles. Sendo assim o, PSNEXT deve ser especificado para cabos debackbone.

Page 110: Cabeamento_Estruturado SENAI Excelente

Cabeamento Estruturado para Telecomunicações

SENAI/scCTAI/CENTRO DE TECNOLOGIA EM AUTOMAÇÃO E INFORMÁTICA

109

Tabela 48- Perda de PSNEXT no cabeamento de backbone na Cat 5e

FREQÜÊNCIA

(MHz)

CATEGORIA 3

( dB)

CATEGORIA 5e

(dB)

0,772 43,0 64,01.0 41,0 62,34.0 32,0 53,38.0 28,0 48,810.0 26,0 47,316.0 23,0 44,220,0 - 42,825,0 - 41,3

31,25 - 39,962,5 - 35,4100 - 32,3

De maneira geral, se as aplicações que compartilharão o meio tiverem faixas defreqüência de operação completamente diferentes e receptores com banda passanterestrita há poucas chances de interferência. Porém se isto não acontecer, deve ser feitoum estudo prévio para garantir que não haverão interferências.

Em casos onde o cabeamento possuir mais de um grupo de 25 pares, o PSNEXTserá determinado dentro de cada grupo.

ELFEXT em cabos UTP multipar

No caso do ELFEXT segue-se a mesma regra do NEXT, para estimar aperformance entre unidades adjacentes de 4 pares, cabos de backbone categoria 5e sãoavaliados em grupos ( grupo 1 = par 1 a 4, grupo 2 = par 5 a 8, etc.) Para o 250 par ,deve-se satisfazer todos os requisitos quando usado dentro de um grupo de 4 pares.

Tabela 49- Perda de ELFEXT no cabeamento de backbone na Cat 5e

FREQÜÊNCIA

(MHz)

CATEGORIA 5e

( Grupos de 4 pares)

( dB)

CATEGORIA 5e (o 25° par em relação

a grupos de 4 pares)

(dB)

1.0 63,8 63,84.0 51,8 51,88.0 45,7 45,7

10.0 43,8 43,816.0 39,7 39,720,0 37,8 37,825,0 35,8 35,831,25 33,9 33,962,5 27,9 27,9100 23,8 23,8

Page 111: Cabeamento_Estruturado SENAI Excelente

Cabeamento Estruturado para Telecomunicações

SENAI/scCTAI/CENTRO DE TECNOLOGIA EM AUTOMAÇÃO E INFORMÁTICA

110

Atraso de propagação

Segue as mesmas especificações dos cabos horizontais.

Delay

Segue as mesmas especificações dos cabos horizontais.

Perda de retorno

Tabela 50 - Perda de retorno no Cabo Categoria 5e

FREQÜÊNCIA

(MHz)

CATEGORIA 5e

(dB)

1.0 20,04.0 23,08.0 24,510.0 25,016.0 25,020,0 25,025,0 24,2

31,25 23,362,5 20,7100 19,0

15.2.Testes de desempenho de transmissão em fibra óptica

É denominado link de fibra óptica o cabeamento passivo que inclui o cabo,conectores e emendas ( se houver) entre dois pontos de terminação em hardwares deconexão de fibra óptica. Ele pode ser horizontal , englobando a tomada detelecomunicações da área de trabalho até horizontal cross-connect na sala detelecomunicações, ou centralizado que considera o trecho da tomada detelecomunicações até o cross-connect centralizado.

No caso de backbones, há três situações : Main cross-connect até o Intermediatecross-connect; Main cross-connect até o Horizontal cross-connect; e Intermediate cross-connect até o Horizontal cross-connect.

Page 112: Cabeamento_Estruturado SENAI Excelente

Cabeamento Estruturado para Telecomunicações

SENAI/scCTAI/CENTRO DE TECNOLOGIA EM AUTOMAÇÃO E INFORMÁTICA

111

Equipamentos de Teste

Os três principais equipamentos para teste em campo são:

• Fonte de Luz Visível: efetiva somente o teste de continuidade não servindopara certificação

• Power Meter : possui uma fonte luminosa e um medidor de potência,realizando o teste de continuidade e fornecendo o volor da atenuação dotrecho medido. O valor é dado em dB e utilize mais de um comprimento deonda ( 850nm e 1300 nm)

• OTDR: mede indiretamente a atenuação através do retroespalhamento deum sinal luminoso emitido no canal. Como informações tem-se as emedas eas suas perdas ao longo do caminho e variações bruscas de atenuação que´podem representar DIOs , emendas de cabos com características diferentes eruptura do cabo. Todas estas informações estão relacionadas a distâncias.Sendo assim pode-se descobrir o ponto onde ocorreu um corte no cabo

Testes

No link horizontal necessita-se testar somente um comprimento de onda 850 nmou 1300 nm, numa única direção, tendo em vista que na distância de 90m as diferençasentre as atenuações são insignificantes. Os valores devem ser inferiores a 2 dB e sehouver um ponto de consolidação 2,75 dB.

No link óptico centralizado deve-se testar somente um comprimento de onda 850nm ou 1300nm, numa única direção, tendo em vista que na distância de 300m asdiferenças entre as atenuações são insignificantes. Os valores, considerando a perda de 3pares de conectores mais 300m de cabo devem ser inferiores a 3,3 dB e, se houver umponto de consolidação 4,1 dB

No backbone link deve-se testar, pelo menos em uma direção, e noscomprimentos de 850nm e 1300nm para fibras multímodo e 1310nm e 1550nm parafibras monomodo. No caso do backbone intrabuilding, o power meter é suficiente pararealizar as medidas, porém para o interbuilding deve-se utilizar o OTDR.

Cálculo de Atenuação

A atenuação esperada num determinado trecho é calculada com a seguintefórmula:

ATENUAÇÃO-MAXIMA= ATN@CONECTOR+ATN@CABO+ATN@EMENDAS

Page 113: Cabeamento_Estruturado SENAI Excelente

Cabeamento Estruturado para Telecomunicações

SENAI/scCTAI/CENTRO DE TECNOLOGIA EM AUTOMAÇÃO E INFORMÁTICA

112

ATN@CONECTOR= é fornecida pelo fabricante do conector, considerandoum par de conectores , com o valor máximo de 1,5 dB

ATN@CABO= é fornecida pelo fabricante do cabo , no formato dB/km, deve-se multipicar este valor pelo total de cabo do link

ATN@EMENDAS=o valor máximo admitido é de 0,3dB por emenda,multiplicamos o número de emendas por este valor

Exemplo:

Tem-se um link de backbone com 1500m de comprimento, com uma emenda econectores SC nas pontas. Será utilizado um equipamento que trabalha a 850 nm.

ATN@CONECTOR= 1,5 dB

ATN@CABO= 3,5 dB/km(850nm) x 1,5 km = 5,25 dB, deve-se multipicar estevalor pelo total de cabo do link

ATN@EMENDAS= 0,3dB x 1 = 0,3 db

ATENUAÇÃO-MAXIMA=1,5dB+5,25dB+0,3dB=7,05dB

Então quando utilizar o poer meter o resultado medido em campo não poderáultrapassar o calculado, se isto acontecer este NÃO PASSOU NA CERTIFICAÇÃO.

Page 114: Cabeamento_Estruturado SENAI Excelente

Cabeamento Estruturado para Telecomunicações

SENAI/scCTAI/CENTRO DE TECNOLOGIA EM AUTOMAÇÃO E INFORMÁTICA

113

BIBLIOGRAFIA

TDMM – Telecommunications Distribution Methods Manual, BICSI , 9th Edition,Tampa, USA, 2000.

Telecommunication Industry Assiciation /Eletronic Industry Alliance - ANSI/TIA/EIA-568B – Commercial Building Telecommunications cabling Standard

W. Clausen, M. Faccioni e M. Rabello Vallim, Infra-estrutura passiva para sistemas decomunicação e automação, Anais do 6º Encontro Nacional de Instalações Elétricas –ENIE, pp. 73-83, São Paulo/SP, 1998.

W. Clausen e M. Faccioni, Cabeação estruturada e infra-estrutura em edifíciosinteligentes, II CININTEL - Congresso Internacional de Infra-estrutura paraTelecomunicações, pp. 201-212, Fortaleza/CE, 1998.

W. Clausen e M. Faccioni, Sistemas convencionais versus sistemas estruturados emedifícios de alta tecnologia, III CININTEL - Congresso Internacional de Infra-estruturapara Telecomunicações, pp. 89-96, Florianópolis/SC, 2000.

W. Clausen e M. Faccioni, Estudo de caso – Cabeamento estruturado em edifíciosmultiusuários, ENIE / Infrabuild 2001- Encontro Nacional de Instalações Elétricas, SãoPaulo/SP, 2001.

ANSI/TIA/EIA-569A – Commercial Building Standard for TelecommunicationsPathways and Spaces, fevereiro de 1998

NBR 14565 “Procedimento básico para elaboração de projetos de cabeamento detelecomunicações para rede interna estruturada”.