Caderno 5 - professor - Avaliação Diagnóstica_Alfabetização no Ciclo Inicial

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    Orientaespara a organizao doCclo Inicial deAlfabetizao

    AVALIAODIAGNSTICA:ALFABETIZAONOCCLOINICALCaderno

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    GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS Acio Neves da Cunha

    SECRETARIA DO ESTADO DA EDUCAO Vanessa Guimares Pinto

    SECRETRIO-ADJUNTO DA EDUCAO Joo Antnio Filocre Saraiva

    SECRETRIA DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAO Maria Eliana Novaes

    SUBSECRETRIO DE ADMINISTRAO Gilberto Jos Rezende dos SantosDO SISTEMA DE EDUCAO

    EQUIPE TCNICA

    SUPERINTENDNCIA DE EDUCAO Raquel Elizabete de Souza Santos

    DIRETORIA DE DESENVOLVIMENTO Maria Helena Brasileiro

    DA EDUCAO INFANTIL E FUNDAMENTALSUPERINTENDNCIA DE DESENVOLVIMENTO Syene Maria Coelho de Toledo

    DE RECURSOS HUMANOS PARA A EDUCAO

    DIRETORIA DE CAPACITAO DE RECURSOS HUMANOS Maria Clia Basques Moura

    SUPERINTENDNCIA DE ORGANIZAO EDUCACIONAL Maria Regina da Silva Moreira

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    Ceale*Centro de alfabetizao, leitura e escritaFaE / UFMG

    Faculdade de Educao da UFMGBelo Horizonte 2005

    Orientaespara a organizao doCclo Inicial deAlfabetizao

    AVALIAODIAGNSTICA:ALFABETIZAONOCCLOINICALCaderno

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    FICHA TCNICA

    Elaborao

    Antnio Augusto Gomes Batista

    Ceris S. Ribas da Silva

    Maria das Graas de Castro Bregunci

    Maria Lcia Castanheira

    Sara Mouro Monteiro

    Reviso

    Heliana Maria Brina Brando

    Projeto Grfico

    Marco Severo

    Editorao Eletrnica

    Augusto Cabral

    Marco Severo

    U58a Universidade Federal de Minas Gerias. Faculdade de Educao.

    Centro de Alfabetizao, Leitura e Escrita.

    Avaliao diagnstica : alfabetizao no ciclo inicial / Centro de Alfabetizao,

    Leitura e Escrita. - Belo Horizonte : Secretaria de Estado da Educao deMinas Gerais, 2005.

    52 p. + encarte com 32 folhas avulsas - (Coleo: Orientaes para a

    Organizao do Ciclo Inicial de Alfabetizao ; 5)

    ISBN 85-86503-05-3

    Este volume foi elaborado pelos seguintes pesquisadores: Antnio

    Augusto Gomes Batista; Ceris Salete Ribas da Silva; Maria das Graas de

    Castro Bregunci; Maria Lcia Castanheira e Sara Mouro Monteiro.

    1. Alfabetizao - Metodologia. 2. Avaliao educacional. I. Ttulo.

    II. Batista, Antnio Augusto Gomes. III. Silva, Ceris Salete Ribas.

    IV. Bregunci, Maria das Graas de Castro. V. Castanheira, Maria Lcia.

    VI. Monteiro, Sara Mouro. VII. Ttulo da coleo.

    CDD - 372.4

    Ceale*

    O Centro de Alfabetizao, Leitura e Escrita integra a Rede Nacional de Centros de Formao

    Continuada e Desenvolvimento da Educao, do Ministrio da Educao. Parte de suas aes

    desenvolvida com recursos do MEC.

    Catalogao da Fonte : Biblioteca da FaE/UFMG

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    SUMRIO

    1 - APRESENTAO 7

    Como usar o instrumento de avaliao diagnstica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7

    Objetivo da proposta e a legislao sobre o Ciclo Inicial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8

    A matriz de referncia: pressupostos, objetivos, estrutura . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9Campo de abrangncia: focos de ateno e capacidades . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9

    A estrutura da matriz . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10

    2 - MATRIZ DE REFERNCIA DA AVALIAO DIAGNSTICA 11

    3 - INSTRUMENTO DE AVALIAO DIAGNSTICA 15

    O instrumento se dirige s trs fases do Ciclo Inicial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16

    O instrumento apresenta atividades de avaliao e no atividades de ensino . . . . . . . . . . . . . 17

    O instrumento exige a mediao do professor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17

    O instrumento deve ser aplicado com flexibilidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18

    O instrumento pressupe uma anlise cuidadosa dos erros dos alunos . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18

    O instrumento s cumprir seus objetivos se seus resultados forem

    analisados, comunicados e utilizados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19

    O instrumento apresenta vrias possibilidades de registro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20

    Comunicando os resultados da avaliao aos alunos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23

    A relao com as famlias dos alunos: comunicando resultados e

    compartilhando projetos pedaggicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24

    Capacidade 1 - Compreender diferenas entre o sistema de escrita

    e outras formas de representao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28

    Capacidade 2 - Conhecer o alfabeto e diferentes tipos de letra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29Capacidade 3 - Dominar convenes grficas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31

    Capacidade 4 - Reconhecer unidades fonolgicas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32

    Capacidade 5 - Dominar a natureza alfabtica do sistema de escrita . . . . . . . . . . . . . . . . 33

    Capacidade 6 - Dominar relaes entre fonemas e grafemas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35

    Capacidade 7 - Ler e compreender palavras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36

    Capacidade 8 - Ler e compreender frases . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38

    Capacidade 9 - Compreender globalmente o sentido do texto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39

    Capacidade 10 - Identificar gneros e funes de textos e localizar informaes . . . . . . . . . 40

    Capacidade 11 - Realizar inferncias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42

    Capacidade 12 - Formular hipteses . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43Capacidade 13 - Ler com fluncia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44

    Capacidade 14 - Escrever palavras de cor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45

    Capacidade 15 - Escrever palavras com grafia desconhecida . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45

    Capacidade 16 - Escrever sentenas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45

    Capacidade 17 - Recontar histrias lidas pelo professor. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46

    Capacidade 18 - Redigir textos curtos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46

    4 - CONCLUSO 49

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    7AVALIAO DIAGNSTICA: ALFABETIZAO NO CICLO INICIAL

    1 - APRESENTAO

    Este volume da coleo "Orientaes para a Organizao do Ciclo |Inicial de

    Alfabetizao" apresenta uma proposta de avaliao diagnstica das capaci-

    dades dos alunos do Ciclo Inicial de Alfabetizao. Essa proposta integra o conjuntode aes desenvolvidas pela SEE-MG, para assessorar os educadores da rede

    estadual nos processos de formao continuada e de acompanhamento da

    implementao do Ciclo Inicial.

    Trata-se de um instrumento j previsto no quarto volume desta coleo, que teve como

    foco questes relacionadas avaliao diagnstica e ao acompanhamento da apren-

    dizagem dos alunos no Ciclo.

    A proposta de instrumento abrange:

    1. Uma matriz de referncia para avaliao diagnstica das capacidades dos alunos

    do Ciclo Inicial de Alfabetizao.

    2. Um instrumento de avaliao diagnstica com exemplos de questes rela-

    cionadas s capacidades discriminadas na matriz de referncia.

    3. Sugestes para o uso do instrumento, para anlise e registro dos resultados da

    avaliao e para comunicao desses resultados a pais e alunos.

    Como usar o instrumento de avaliao diagnstica?

    1. Leia a matriz e o instrumento de avaliao e saiba:

    Quais as capacidades avaliadas? Por que avaliar essas capacidades?

    Quais so as possibilidades de avaliao de cada capacidade? Que atividades

    podem ser feitas para sua avaliao?

    2. Selecione as atividades a serem realizadas por seus alunos.

    3. Faa uma reviso das atividades e amplie este instrumento de avaliao, fazendo

    novas questes ou atividades que voc julga importante avaliar.

    4. Desenvolva as atividades selecionadas (e tambm as que voc elaborou) com

    seus alunos.

    5. Analise seus resultados

    6. Comunique seus resultados a pais e alunos

    Na pgina 6, voc

    encontrar informaes

    sobre as finalidades de

    uma matriz de referncia.

    bb

    bb Para discutir como utilizar

    os resultados da avaliao

    no planejamento de seu

    trabalho, voc dever

    recorrer ao prximo

    volume desta coleo,

    que apresenta instrumentode planejamento.

    CEALE. Orientaes para a

    Organizao do Ciclo

    Inicial de Alfabetizao.

    Belo Horizonte: SEE-MG,

    2004. 4 vol.

    bb

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    8 AVALIAO DIAGNSTICA: ALFABETIZAO NO CICLO INICIAL

    Objetivo da proposta e a legislao sobre o Ciclo Inicial

    O objetivo central desta proposta propiciar subsdios para a avaliao diagnstica

    da aprendizagem dos alunos do Ciclo Inicial de Alfabetizao, por meio da definio

    das capacidades esperadas para esse Ciclo e por meio da apresentao de uminstrumento de avaliao.

    Esse objetivo est articulado s diretrizes que atualmente regulamentam o Ciclo

    Inicial. Segundo a Resoluo da SEE-MG n 469/2003, esse Ciclo, com durao de trs

    anos, compreende trs fases:

    Fase introdutria: destinada a alunos que ingressem no ensino fundamental

    aos seis anos (completos at abril) e a alunos que completem sete anos

    no segundo semestre.

    Fase I: destinada aos alunos provenientes da Fase Introdutria, aps o

    cumprimento dos objetivos da mesma ou a alunos de sete anos (completos

    no segundo semestre) que evidenciem domnio dos objetivos da Fase

    Introdutria (...)

    Fase II: destinada aos alunos que atingiram os objetivos da Fase I (...) finali-

    zando os objetivos previstos para o Ciclo Inicial de Alfabetizao . (Artigo 4)

    A mesma resoluo, nos artigos 18 e 19, preconiza uma avaliao contnua e

    diagnstica do processo de aprendizagem, para que a progresso continuada

    dentro de cada Ciclo seja apoiada e garantida por estratgias de atendimento

    pedaggico diferenciado. Enfatiza, ainda, que, ao final de cada ano, no Ciclo, haja

    uma avaliao global do desenvolvimento dos alunos em relao aos objetivos da

    Fase em que se encontram, de forma a orientar o planejamento didtico do ano

    seguinte, garantindo a continuidade do processo de aprendizagem (art. 19, nico).

    Isso significa que, embora o Ciclo Inicial pressuponha um tempo global de trs anos

    para o desenvolvimento do conjunto de capacidades envolvidas no domnio inicial da

    lngua escrita, no se pode perder de vista nem os objetivos correspondentes a cadaFase ou patamar do Ciclo, nem a necessidade de reagrupamentos dinmicos,

    temporrios e rotativos, para atendimento de alunos com dificuldades ou necessidades

    especficas de aprendizagem (Orientao SEE-MG, 01/2004 vide Resoluo SEE n

    469/2003).

    A exposio dessas diretrizes evidencia a relevncia atribuda avaliao diagns-

    tica ao longo do Ciclo. por essa razo que se apresenta esta proposta de instru-

    mento de avaliao, para que ela seja assumida como um ponto de partida para o

    diagnstico das aprendizagens dos alunos, bem como para o planejamento deaes e intervenes necessrias ao longo do Ciclo.

    bbO Caderno 4 da Coleo

    Orientaes para o CicloInicial de Alfabetizao

    analisa as bases

    conceituais da avaliao

    processual e continuada,

    alm de sugerir instru-

    mentos para diagnstico

    e acompanhamento da

    progresso do aprendizado

    dos alunos. Sua leitura

    oferece articulaes

    importantes para acompreenso desta

    proposta de avaliao.

    bbMINAS GERAIS. Secretaria

    de Estado da Educao.

    Resoluo n 469, de

    22/12/2003. [Dispe sobre

    organizao e funciona-

    mento dos anos iniciais

    do ensino fundamental

    com nove anos de

    durao nas escolas

    estaduais de Minas Gerais]

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    9AVALIAO DIAGNSTICA: ALFABETIZAO NO CICLO INICIAL

    A matriz de referncia: pressupostos, objetivos, estrutura

    Uma matriz de referncia discrimina conhecimentos e competncias a serem

    avaliados. Sua finalidade orientar a elaborao de estratgias ou questes de

    avaliao. Desse modo, ao se elaborar uma estratgia ou uma questo, sabe-se,de maneira controlada e sistemtica, as habilidades que sero avaliadas e, assim,

    os objetivos dessa questo.

    importante que se considere a matriz de referncia apenas como uma baliza para

    professores e especialistas do Ciclo Inicial de Alfabetizao, sem pretenses de

    esgotar o repertrio de capacidades ou de procedimentos possveis para avaliao.

    Tambm importante considerar que a matriz poder servir avaliao de alunos

    das trs fases do Ciclo Inicial, pois apresenta capacidades progressivas e diferen-

    ciadas quanto ao grau de complexidade. Assim, enquanto determinadas crianaspodero evidenciar o desenvolvimento de capacidades incipientes ou prprias

    Fase Introdutria, outras podero estar transitando em domnios esperados para a

    Fase I e outras, por sua vez, podero demonstrar j ter consolidado capacidades

    projetadas para a Fase II, ao final do Ciclo Inicial.

    Para que a matriz aqui proposta seja melhor compreendida, apresentam-se, abaixo,

    algumas de suas caractersticas.

    CAMPO DE ABRANGNCIA: FOCOS DE ATENO E CAPACIDADES

    A matriz de referncia da avaliao diagnstica apresenta capacidades que

    devem ser desenvolvidas ao longo de todo o Ciclo Inicial, englobando, de forma

    indissocivel, os processos de alfabetizao e letramento. Esses dois proces-

    sos so os focos principais de ateno da matriz.

    O foco na alfabetizao enfatiza a apropriao do sistema de escrita alfabtico-

    ortogrfico, bem como o desenvolvimento de capacidades motoras e cognitivas

    pertinentes a esse processo. O foco no letramento, como dimenso complementar

    e indissocivel da alfabetizao, privilegia aspectos relativos insero e partici-pao do indivduo na cultura escrita, abrangendo capacidades de uso do sistema

    de escrita e de seus equipamentos e instrumentos na compreenso e na produo

    de textos, em diversas situaes ou prticas sociais.

    Em contextos de avaliao mais formal, aspectos relativos alfabetizao so

    mais facilmente observados. Por isso, a necessria perspectiva do letramento

    precisa ser explorada e avaliada nas interaes dos professores com as crianas,

    nas quais se possa examinar, de forma mais natural, a relao dos alunos com

    bb Os conceitos de alfabeti-

    zao e letramento so

    explorados em todos os

    cadernos da Coleo

    Orientaes para a organi-

    zao do Ciclo Inicial da

    Alfabetizao, mas podem

    ser revistos, de forma

    mais pontual, no

    Caderno 1 (p.16-17) e no

    Caderno 2 (p. 13).

    As capacidades

    selecionadas para a

    matriz esto articuladas

    s capacidades lingsticas

    descritas no

    Caderno 2.

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    Estes trs domnios de

    capacidades so bastante

    explorados no Caderno 2

    desta coleo

    (Quadros 2, 3, 4).

    10 AVALIAO DIAGNSTICA: ALFABETIZAO NO CICLO INICIAL

    diversos gneros e suportes textuais (por exemplo, revistas em quadrinhos, livros,

    bilhetes, jornais, propagandas). Assim, situaes efetivas de uso da escrita e da

    leitura devem ser criadas em sala de aula para que se possa saber como a criana

    se relaciona com a escrita no seu dia-a-dia e para que se possa avaliar o que a

    criana conhece e entende sobre a escrita.

    Para articular, na matriz, alfabetizao e letramento (apesar da ressalva que se

    fez no pargrafo acima), foram enfatizados trs domnios de capacidades; aqueles

    relacionados :

    aquisio do sistema de escrita;

    leitura;

    produo de textos;

    A ESTRUTURA DA MATRIZ

    A matriz proposta apresentada em quadros. Em uma leitura vertical, apreendem-se

    as capacidades a serem dominadas, apresentadas em graus de dificuldade. Quando

    a perspectiva de leitura horizontal, a matriz aponta, em trs colunas:

    o que est sendo avaliado: as capacidadesa serem desenvolvidas ao longo do

    Ciclo Inicial da Alfabetizao;

    a discriminaodessas capacidades: os descritores pertinentes s capacidades

    enumeradas;

    como avaliar as capacidades: exemplosde procedimentos e alternativas para opera-

    cionalizar a matriz num instrumento de avaliao.

    bb

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    10/48

    11AVALIAO DIAGNSTICA: ALFABETIZAO NO CICLO INICIAL

    2 - MATRIZ DE REFERNCIA DA AVALIAO DIAGNSTICA

    AQUISIO DO SISTEMA DE ESCRITA

    CAPACIDADES AVALIADAS DESCRITORES PROCEDIMENTOS

    DE AVALIAO

    Compreender as diferenas existentes

    entre os sinais do sistema de escrita

    alfabtico-ortogrfico e outras formas

    grficas e sistemas de representao.

    Verificar se a criana faz distines entre:

    letras e nmeros

    sinais do sistema de escrita alfabtico-ortogrfico,

    marcas ou sinais grficos, como acentos e sinais de

    pontuao;

    outros sistemas de representao.

    Exemplos

    de atividade

    1, 2

    Conhecer o alfabeto e os diferentes

    tipos de letras

    Verificar se a criana identifica as letras do alfabeto e se

    faz distino entre as letras de imprensa maiscula e

    minscula, e a cursiva, maiscula e minscula. Eviden-temente, as distines entre os tipos de letras constituem

    etapas mais avanadas do domnio da lngua escrita.

    Exemplos

    de atividade

    3, 4, 5, 6

    Dominar a natureza alfabtica do

    sistema de escrita

    Verificar se a criana compreende o princpio alfabtico

    que regula o sistema de escrita do portugus, ou seja, se

    sabe que nosso sistema de escrita representa sons oufonemas e no slabas, por exemplo.

    Exemplos

    de atividade

    11, 12

    Dominar convenes grficas:

    orientao da escrita;

    alinhamento da escrita;

    segmentao dos espaos em;

    branco e pontuao.

    Verificar se a criana reconhece:

    a direo correta da escrita (esquerda/direita, de

    cima/para baixo) e utiliza corretamente a folha (pautada

    ou no, de acordo com o planejamento do professor);

    as formas grficas destinadas a marcar a segmentao

    na escrita (espaamento entre palavras e pontuao).

    Exemplos

    de atividade

    7, 8

    Reconhecer palavras e unidades fono-

    lgicas ou segmentos sonoros comorimas, slabas (em diversas posies) e

    aliteraes (repeties de um fonema

    numa frase ou palavra).

    Verificar se a criana identifica:

    as rimas, as slabas e sons existentes no incio, nomeio e no final de palavras compostas com sons

    semelhantes e diferentes (ateno: sons e slabas no

    incio de palavra so mais facilmente reconhecidas; a

    tarefa mais difcil quando se localizam no meio da

    palavra);

    a segmentao oral de palavras em slabas;

    a segmentao oral de frases em palavras.

    Exemplos

    de atividade9, 10

    1

    2

    3

    5

    6 Dominar relaes entre grafemas efonemas, sobretudo aquelas relaes

    que so regulares.

    Verificar se a criana utiliza os princpios e as regras

    ortogrficas do sistema de escrita, considerando:

    as correspondncias entre grafemas e fonemas que

    so invariveis, como P, B, V. F, por exemplo;

    as correspondncias que dependem do contexto

    (regulares contextuais), ou seja, em que se define, por

    exemplo, o valor sonoro da letra considerando a sua

    posio na slaba ou na palavra e os sons que vm antes

    e/ou depois. Um exemplo: a letra S, no incio de palavra,

    representa sempre o fonema /s/, como em SAPO; a

    mesma letra, na posio entre vogais, representa o

    fonema /z/ como em CASA.

    Exemplos

    de atividade

    12, 14

    4

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    12 AVALIAO DIAGNSTICA: ALFABETIZAO NO CICLO INICIAL

    LEITURA

    CAPACIDADES AVALIADAS DESCRITORES PROCEDIMENTOS

    DE AVALIAO

    Ler e compreender palavras

    compostas por slabas cannicas e

    no cannicas.

    Verificar se a criana capaz de ler palavras compostas

    por diferentes estruturas silbicas, considerando-se as

    disposies de consoante (C) e vogal (V):

    CV - padro silbico cannico: (ex: s-la-ba)

    V - (ex: a-ba-ca-te)

    CVC - (ex: tex-to, ve-ri-fi-car)

    CCV - (ex: pa-la-vra).

    Exemplos

    de atividade

    12, 15, 16

    Ler e compreender frases. Verificar se a criana capaz de compreender frases com

    estrutura sinttica simples (ex: "O menino comprou muitasbalas ontem" mais simples que "Ontem, muitas balas

    foram compradas pelo menino" .

    Exemplo

    de atividade17

    Inferir informaes. Verificar se a criana capaz de associar elementos

    diversos, presentes no texto ou que se relacionem sua

    vivncia, para compreender informaes no explicitadas

    no texto.

    Exemplo

    de atividade

    22

    Compreender globalmente o texto lido,

    identificando o assunto principal.

    Verificar se a criana capaz de identificar o assunto de

    que trata um texto e de dizer como ele abordado.

    Exemplo

    de atividade

    18

    Identificar diferenas entre gneros

    textuais e localizar informaes em

    textos de diferentes gneros.

    Verificar se a criana utiliza diferentes estratgias de

    leitura adequadas ao gnero textual e ao suporte em

    que o texto veiculado, bem como se utiliza

    conhecimentos sobre diferentes gneros de textos

    para localizar informaes.

    Exemplos

    de atividade

    19, 20, 21

    7

    8

    9

    11

    12 Formular hipteses sobre o contedodo texto.

    Verificar se a criana formula hipteses sobre o assunto de

    um texto com apoio de elementos textuais e contextuais,

    como: manchete, ttulos, formatao do texto e imagens.

    Exemplo

    de atividade

    23

    13 Ler com maior ou menor fluncia. Verificar se a criana l escandindo e com hesitaes ouse capaz de realizar leitura oral de palavras, sentenas e

    textos com fluncia, expressando compreenso do que l.

    Exemplo

    de atividade

    24

    10

  • 8/3/2019 Caderno 5 - professor - Avaliao Diagnstica_Alfabetizao no Ciclo Inicial

    12/48

    13AVALIAO DIAGNSTICA: ALFABETIZAO NO CICLO INICIAL

    DOMNIO DA ESCRITA E DA PRODUO DE TEXTOS

    CAPACIDADES AVALIADAS DESCRITORES PROCEDIMENTOS

    DE AVALIAO

    Escrever palavras de cor. Verificar se a criana capaz de escrever de cor

    palavras como o prprio nome e de seus colegas, o

    nome da escola e da professora, o nome da cidade.

    Exemplo

    de atividade

    13

    Escrever palavras com grafia

    desconhecida.

    Verificar se, num ditado, a criana capaz de escrever,

    mesmo com erros ortogrficos (troca de letras, por

    exemplo) palavras cuja grafia desconhecida. Nesse caso

    verifica-se se o aluno desenvolveu a capacidade da

    codificao.

    Exemplo

    de atividade

    12

    Redigir textos curtos adequados:

    ao gnero;

    ao objetivo do texto;

    ao destinatrio;

    s convenes grficas apropriadas

    ao gnero;

    s convenes ortogrficas.

    Verificar se a criana capaz de produzir, com maior ou

    menor adequao, textos levando em conta sua situao

    de produo e a situao em que ser lido.

    Exemplo

    de atividade

    25

    Escrever sentenas. Verificar se a criana escreve, mesmo com alguns erros,

    sentenas, com maior ou menor extenso (quanto maior

    a extenso, maior a dificuldade, pela sobrecarga de

    ateno e pelo esforo motor).

    Exemplos

    de atividade

    8, 14

    Recontar narrativas lidas pelo professor. Verificar se a criana capaz de reproduzir, oralmente ou

    por escrito, um texto lido em voz alta, mantendo no

    apenas os elementos do enredo, mas tambm estruturas

    da linguagem escrita; quanto maior for a fidelidade

    leitura oral, maior a indicao de que a criana est

    ampliando seu domnio de estruturas da linguagem escrita.

    Exemplos

    de atividade

    26, 27

    14

    15

    16

    18

    17

  • 8/3/2019 Caderno 5 - professor - Avaliao Diagnstica_Alfabetizao no Ciclo Inicial

    13/48

    15AVALIAO DIAGNSTICA: ALFABETIZAO NO CICLO INICIAL

    3 - Instrumento de Avaliao Diagnstica

    A proposta que se segue apresenta exemplos comentados de atividades para a

    avaliao do aluno do Ciclo Inicial, nas fases Introdutria, 1 e 2. Sua elaborao possui

    duas grandes finalidades.

    1. Fornecer subsdios para a organizao da prtica de ensino da lngua escrita

    Esta proposta busca auxiliar os educadores do Ciclo Inicial na organizao de seu

    processo de trabalho:

    contribuindo para a apropriao das capacidades descritas no Caderno 2

    desta coleo, por meio da concretizao dessas capacidades em atividades de

    natureza pedaggica;

    mostrando como podem ser elaboradas atividades de avaliao diagnstica

    com base nessas capacidades;

    fornecendo um modelo de instrumento de avaliao, para que o educador

    possa elaborar, a partir dele, novas atividades ou instrumentos de avaliao

    diagnstica.

    2. Servir de material didtico para a formao continuada de alfabetizadores

    A SEE-MG pretende implementar, de forma progressiva, um amplo programa deformao continuada de alfabetizadores. Esse programa foi criado para fortale-

    cer processos autnomos de formao; para lhes atribuir um carter perma-

    nente; para fazer com que os resultados dessa formao tenham repercusses

    imediatas nas escolas e em seus processos de ensino-aprendizado.

    Sero criados, em geral por escola, grupos de estudo coordenados por um

    profissional indicado pela escola (professor, orientador educacional ou supervisor).

    Esse coordenador ter uma formao especfica orientada por tcnicos da SEE-MG

    e das Superintendncias, bem como por professores de instituies de ensinosuperior de Belo Horizonte e do interior do Estado.

    para dar base ao trabalho dos grupos de estudo e formao desses coorde-

    nadores que foram preparados diferentes materiais para formao. Este instru-

    mento um deles. Ser discutido pelos educadores em grupos de estudo; receber

    acrscimos decorrentes das caractersticas do trabalho de cada escola; ser utiliza-

    do nessas escolas e a anlise dos resultados fornecer bases para o planejamento.

    Para que esses objetivos sejam alcanados, preciso estar atento para as orientaes

    apresentadas a seguir.

    bb Aps a elaborao deste

    instrumento de avaliao

    diagnstica, sero elabora-

    dos outros instrumentos:

    de planejamento do

    trabalho com crianas

    no processo de

    ensino-aprendizado da

    lngua escrita; de avaliao

    da escola e de seu

    trabalho; de criao de

    rotinas de trabalho

    para os trs diferentes

    anos do Ciclo Inicial,

    dentre outros.

  • 8/3/2019 Caderno 5 - professor - Avaliao Diagnstica_Alfabetizao no Ciclo Inicial

    14/48

    16 AVALIAO DIAGNSTICA: ALFABETIZAO NO CICLO INICIAL

    O INSTRUMENTO SE DIRIGE S TRS FASES DO CICLO INICIAL

    Como se trata de um instrumento de avaliao diagnstica, pode ser utilizado nas

    trs fases do Ciclo Inicial. Isso no significa, porm, que quaisquer resultados sejam

    aceitveis. Como se pode constatar abaixo, espera-se que, a cada fase, os alunos

    atinjam nveis claramente definidos de alfabetizao.

    Fase Introdutria

    Na concluso da Fase Introdutria ou no incio da Fase 1, o ideal que aluno

    domine, mesmo que com erros, o princpio alfabtico da escrita (capacidade 5,

    na matriz de referncia), isto , que a criana saiba que nosso sistema de escrita

    representa sons ou fonemas.

    Isto significa que o aluno deve ser capaz de escrever e ler palavras com certa

    autonomia, ainda que com muitos erros e hesitaes. O importante que mani-feste conhecer que as letras ou grafemas representam sons ou fonemas. Isto

    tambm significa que as capacidade de 1 a 4 devem estar dominadas e, em

    grande parte, consolidadas.

    Ainda na concluso da Fase Introdutria (ou no incio da Fase 1), espera-se que

    os alunos sejam capazes de compreender e produzir sentenas ou textos, com

    apoio do professor, quando este serve de escriba e de leitor (a criana dita

    textos e ouve textos lidos pelo professor).

    Fase 1

    Ao final da Fase 1 ou iniciando a Fase 2, o ideal que o aluno demonstre dominar

    as capacidades trabalhadas na Fase Introdutria e que, alm disso:

    leia e escreva, com autonomia, palavras e sentenas com fluncia;

    leia e escreva, com autonomia, textos curtos, mesmo que com algumas

    hesitaes e erros, e mesmo que com fluncia e rapidez um pouco limitadas;

    compreenda e produza textos, com maior grau de autonomia, porm

    contando ainda com a ajuda do professor.

    bb importante lembrar:

    algumas das capacidades

    devem ser trabalhadas ao

    longo de todo o Ciclo

    Inicial, com maior ou

    menor nfase; o caso,por exemplo, das

    capacidades ligadas

    insero do aluno na

    cultura escrita, a sua

    familiarizao com

    diferentes gneros textuais

    e espaos de circulao de

    textos (como a banca de

    revistas, a livraria,

    a biblioteca, mesmo que

    de sala de aula).

  • 8/3/2019 Caderno 5 - professor - Avaliao Diagnstica_Alfabetizao no Ciclo Inicial

    15/48

    17AVALIAO DIAGNSTICA: ALFABETIZAO NO CICLO INICIAL

    Fase 2

    Espera-se que, ao final da Fase 2, o aluno esteja plenamente alfabetizado:

    lendo e escrevendo com fluncia e rapidez textos mais extensos e com-

    plexos que os lidos em avaliaes da Fase 1:

    compreendendo e produzindo textos com autonomia, quer dizer, semajuda do professor.

    Sintetizando

    Ao analisar o desempenho de seus alunos no desenvolvimento das atividades

    propostas neste instrumento, pode-se utilizar, como referncia, o quadro abaixo:

    FASE CAPACIDADES

    Introdutria 1, 2, 3, 4, 5, 9, 10, 12, 14

    1 6, 7, 8, 9, 10, 11, 13, 15, 16, 17, 18

    2 6, 7, 11, 12, 13, 18

    O INSTRUMENTO APRESENTA ATIVIDADES DE AVALIAO E NO ATIVIDADES

    DE ENSINO

    Embora muitas das atividades de avaliao propostas possam ser utilizadascomo atividades de ensino, importante ter em mente que isso nem sempre

    acontece. Um bom exemplo diz respeito s atividades voltadas para a capaci-

    dade 7 compreender palavras compostas por slabas mais simples (por ape-

    nas uma vogal e por consoante e vogal) e, em momentos mais avanados do

    aprendizado, ler palavras com slabas complexas. Com certeza, nos momentos

    em que o professor quer trabalhar a anlise de slabas, ser mais interessante

    comear por slabas mais simples; isso no significa, porm, que, durante toda

    a Fase Introdutria ou em boa parte da Fase 1, as atividades de ensino devam

    se resumir ao contato apenas com slabas mais simples.

    O INSTRUMENTO EXIGE A MEDIAO DO PROFESSOR

    Um instrumento com objetivos diagnsticos pode criar situaes artificiais e exces-

    sivamente controladas; pode, ainda, trazer tona a pouca familiaridade dos alunos

    com certos conceitos e contextos explorados ou com o prprio tipo de avaliao

    por exemplo, com alguns de seus enunciados ou instrues. Por essa razo, uma

    primeira recomendao enftica que os professores se coloquem como mediadores

  • 8/3/2019 Caderno 5 - professor - Avaliao Diagnstica_Alfabetizao no Ciclo Inicial

    16/48

    18 AVALIAO DIAGNSTICA: ALFABETIZAO NO CICLO INICIAL

    efetivos em tais situaes e estabeleam condies de interao com as crianas:

    lendo enunciados para alunos ainda sem autonomia de leitura;

    conferindo a compreenso de elementos textuais ou no textuais (como

    imagens);

    adaptando situaes propostas s vivncias scio-culturais das crianas;

    monitorando o nvel de desempenho e a margem de frustrao que pode ocorrer

    em alunos da fase introdutria do Ciclo, quando no podem demonstrar certas

    capacidades.

    Na avaliao, torna-se fundamental, antes mesmo de qualquer aferio de desem-

    penhos especficos, que o professor investigue o campo de experincias da criana,

    dentro e fora da escola, por meio de sondagens sobre seu processo de insero na

    cultura escrita e, em particular, na cultura escolar.

    O INSTRUMENTO DEVE SER APLICADO COM FLEXIBILIDADE

    As consideraes apresentadas acima evidenciam que a aplicao do instrumento

    diagnstico admite variaes quanto ao uso do tempo e organizao dos alunos.

    Quanto ao tempo utilizado, o professor poder optar por dividir o repertrio de

    questes por ele selecionadas em algumas sesses, para melhor controle dos

    fatores j apontados. Uma sugesto organiz-las em trs sesses, de acordo com

    domnios propostos (aquisio do sistema, leitura e produo textual).

    Quanto organizao dos alunos, grande parte das questes supe envolvimento

    coletivo prvio, ou em pequenos grupos, para contextualizao e confirmao de

    percepes. A explorao da linguagem oral, por exemplo, no poderia ser feita de

    outra forma. Por outro lado, outras capacidades podem exigir avaliaes mais indi-

    vidualizadas, como em situaes de leitura cujo foco a verificao do nvel de

    fluncia do aluno. A mesma observao pode-se aplicar a crianas com descom-

    passos nas progresses esperadas; nesses casos, os focos de observao e anlise

    podero ser ampliados, com a aplicao do instrumento em pequenos grupos ou

    individualmente.

    O INSTRUMENTO PRESSUPE UMA ANLISE CUIDADOSA DOS ERROS DOS ALUNOS

    A realizao de um diagnstico depender, sempre, da perspectiva assumida em

    relao abordagem dos erros dos alunos em situaes de testes.

    necessrio transformar os erros dos alunos em observveis que permitam

    inferir hipteses ou conflitos cognitivos subjacentes a cada resposta ou a

    desempenhos alternativos em relao ao esperado. Somente nessa perspectiva

    se torna possvel realimentar o processo de aprendizagem e efetuar intervenes que

    bbComo se discutiu no

    Caderno 4, vrias

    questes so pertinentes

    a essa sondagem, tais

    como: o que a criana j

    sabe sobre a escrita?

    O que no sabe? Quantaspessoas da famlia sabem

    ler e escrever? O que elas

    lem? Que materiais de

    escrita a criana utiliza na

    escola e fora dela?

    O que ela acha difcil?

    O que acha mais fcil?

    O que mais aprecia?

    Tais questes pressupem

    um contexto interativo, no

    cotidiano das aespedaggicas, que escapa

    s possibilidades de

    qualquer instrumento com

    um perfil pretensamente

    objetivo; por essa razo,

    esse espao de atuao

    do professor no pode ser

    negligenciado.

  • 8/3/2019 Caderno 5 - professor - Avaliao Diagnstica_Alfabetizao no Ciclo Inicial

    17/48

    19AVALIAO DIAGNSTICA: ALFABETIZAO NO CICLO INICIAL

    possam retomar ou consolidar capacidades no desenvolvidas. Desse modo, os

    erros possibilitam a verificao de conceitos e estratgias utilizados pelas crianas

    na resoluo da atividade.

    Para isto, o lugar de mediao do professor, anteriormente referido, coloca-se em

    destaque. Sua postura investigativa o elemento central nesse tipo de avaliao:

    ele transforma o erro em fonte de informao, por exemplo, sobre o que a criana

    pensa sobre a escrita ou sobre o que ela acha que a escrita representa. Assim, o pro-

    fessor poder tomar decises mais consistentes quanto regulao do processo

    de ensino-aprendizado, avanando em certos objetivos ou prolongando o trabalho

    de consolidao de certas capacidades ainda no desenvolvidas.

    O INSTRUMENTO S CUMPRIR SEUS OBJETIVOS SE SEUS RESULTADOS FOREM

    ANALISADOS, COMUNICADOS E UTILIZADOS

    O instrumento proposto inclui textos dirigidos ao professor, com comentrios e

    explicaes sobre cada bloco de atividades. O objetivo desses textos possibilitar

    ao professor conhecer, de modo mais aprofundado, as finalidades das atividades

    ou outras alternativas de avaliao de uma mesma capacidade, de modo a auxili-lo

    na tarefa de mediao que lhe est sendo atribuda. Os textos buscam, ainda,

    contextualizar o instrumento e suas condies de aplicao, para que seu uso

    no se reduza apenas a um teste classificatrio, aplicado de forma isolada e

    desvinculada das prticas pedaggicas conduzidas pelo professor.

    De nada adianta utilizar o instrumento de avaliao diagnstica apenas para dar

    uma nota ao aluno e classific-lo numa categoria como atrasado ou adiantado.

    Para que o instrumento alcance os objetivos para os quais foi proposto,

    necessrio que o professor e seus colegas:

    analisem os resultados dos alunos (em grupo e individualmente);

    registrem esses resultados de modo a visualizar adequadamente os diferentes

    nveis de rendimento (em grficos ou nas fichas de registro propostas) e a

    acompanhar, ao longo do ano e do Ciclo, o crescimento do aluno;apresentem os registros da turma aos alunos, estabelecendo com eles objetivos

    e metas a serem alcanadas;

    comuniquem os resultados aos pais, para incentivar o acompanhamento do

    aluno e dar a eles conhecimentos para faz-lo;

    utilizem os resultados para orientar o planejamento a ser elaborado, para pro-

    por e executar aes, na sala de aula e na escola, para buscar a resoluo dos

    problemas encontrados; para modificar estratgias e procedimentos de ensino

    que no se mostraram adequados; para avanar naqueles pontos em que os

    resultados se mostraram satisfatrios.

    bb A postura do professor

    diante da correo dos

    erros dos alunos e de seuregistro foi comentada no

    Caderno 4 desta coleo

    (p. 16).

  • 8/3/2019 Caderno 5 - professor - Avaliao Diagnstica_Alfabetizao no Ciclo Inicial

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    20 AVALIAO DIAGNSTICA: ALFABETIZAO NO CICLO INICIAL

    O INSTRUMENTO APRESENTA VRIAS POSSIBILIDADES DE REGISTRO

    O desempenho dos alunos numa avaliao diagnstica pode ser registrado de

    diferentes formas: por exemplo, por meio de fichas descritivas, relatrios individuais

    de natureza mais qualitativa, dirios de campo que acompanhem o processo de

    aprendizagem da turma, de grupos ou de alunos especficos.

    O instrumento de avaliao aqui sugerido comporta possibilidades diversas de registro,

    dependendo da nfase e do foco pretendido desde um relatrio de aprendizagem de

    cada aluno at fichas descritivas do desempenho de um grupo ou turma (que

    podem at ser representadas por grficos). No caso de fichas, algumas direes podem

    ser esboadas quanto a sua estrutura mais geral.

    A primeira ficha apresentada (Ficha I) se destina a um registro individual, ou seja,

    avaliao da situao de cada aluno em relao s capacidades focalizadas no diag-

    nstico, explicitadas na matriz de referncia e aqui retomadas apenas parcialmente:

    CAPACIDADES

    AVALIADAS

    NVEL 1

    (no desenvolvida)

    NVEL 2

    (domnio parcial)

    NVEL 3

    (consolidada)

    OBSERVAES

    QUANTO A DIFICULDADES

    DO(A) ALUNO(A)

    1 X

    2 X

    3 X

    4 X

    5 X

    6 X

    ... ... ... ...

    Ficha I. Avaliao diagnstica de capacidades desenvolvidas no Ciclo Inicial de Alfabetizao

    Aluno(a):

    Idade: Fase do Ciclo:

    Escola:

    Professora: Perodo de avaliao:

    Data do registro:

    bbO Caderno 4 desta

    coleo apresenta

    e descreve possibilidades

    de registro.

    Paul o B at i s t aInt r odut or ia6

    Raul S oar e sMar l y 1

    o b i me s t r e3 0 / 0 3 / 0 4

    Fichas desse tipo oferecem relatrios individuais que podero ser explorados junto

    aos prprios alunos, a seus pais e equipe pedaggica da escola, para decises

    referentes vida escolar do aluno, a sua trajetria no Ciclo e a sua situao ao

    final de cada Fase. Propiciam direes para a reorientao do planejamento do

    professor, que poder avanar em campos com capacidades consolidadas ou trabalhar

    as lacunas de capacidades ainda no desenvolvidas, propondo formas de interveno

    mais especficas, conforme se enfatizou no Caderno 4 desta coleo(p. 18-24).

  • 8/3/2019 Caderno 5 - professor - Avaliao Diagnstica_Alfabetizao no Ciclo Inicial

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    21AVALIAO DIAGNSTICA: ALFABETIZAO NO CICLO INICIAL

    Ana 1 1 1 1 1 1 ... 6 ... ...

    Beatriz 2 2 2 2 2 1 ... 1 5 ...

    Carlos 3 3 3 3 3 2 ... ... 1 5

    Dinlson 3 3 2 2 1 1 ... 2 2 2

    ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ...

    A segunda ficha (Ficha II) apresentada se destina a um diagnstico da situao de

    cada aluno, tendo como referncia o coletivo da classe. Aps registrar a situao

    de cada aluno, por nveis de capacidades, o professor poder chegar a uma viso

    geral do desenvolvimento de sua turma pelos nveis evidenciados:

    Alunos Nveis dos alunos nas capacidades avaliadas

    1 2 3 4 5 6 ...

    Total

    Nvel 1 Nvel 2 Nvel3

    As capacidades avaliadas esto apenas sugeridas nessa ficha, no sentido horizontal. Na

    matriz de referncia (apresentada na seo anterior) poder ser encontrado o

    conjunto de capacidades focalizadas. Isso significa que o registro ser prolongado at

    a capacidade de nmero 18.

    No sentido vertical, esto sendo sugeridos trs nveis para registro do desempenho do

    aluno nestas capacidades:

    nvel 1 > capacidades ainda no desenvolvidas (sem domnio)nvel 2 > capacidades em desenvolvimento (domnio parcial, transio de nveis)

    nvel 3 > capacidades j consolidadas

    Pelo registro apresentado, de forma parcial, constata-se que o professor poder

    obter um quadro geral das capacidades desenvolvidas pelos alunos desta turma.

    Perceber, por exemplo, que Ana permanece no nvel 1, na maioria das capacidades,

    mesmo nas j exploradas na Fase Introdutria do Ciclo e, portanto, merecer

    ateno especial em seu processo de apropriao do sistema de escrita. Carlos,

    Ficha II. Avaliao diagnstica de capacidades desenvolvidas no Ciclo Inicial de Alfabetizao

    Escola:

    Professora: Turma:

    Fase do Ciclo: Perodo de avaliao:

    Data do registro:

    Int r odut or iaXMar l y

    3 0 / 0 3 / 0 4

    Raul S oar e s

    1o

    b i me s t r e

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    22 AVALIAO DIAGNSTICA: ALFABETIZAO NO CICLO INICIAL

    por sua vez, j revela domnio ou consolidao de vrias das capacidades exploradas

    e desenvolve, atualmente, outras esperadas para a Fase I do Ciclo.

    Os nveis encontrados podero estar, portanto, congruentes com o patamar esperado

    para a Fase do Ciclo em que os alunos se encontram ou em descompasso com os

    objetivos projetados para a Fase. Nesse ltimo caso, as metas precisam ser redefinidas,

    do ponto de vista dos contedos e dos procedimentos propostos, para que se

    trabalhe de forma mais sistemtica sobre as reas de defasagem ou de transio.

    Um terceiro exemplo de registro (Ficha III) pode oferecer um mapeamento ainda

    mais global da turma.

    Capacidades Avaliadas Observaes quanto a casos especficosTotal de alunos por nvel avaliado

    Nvel 1 Nvel 2 Nvel3

    (sem domno) (domnio parcial) (domnio ou

    consolidao)

    1 1 2 22

    2 2 2 21

    3 2 3 20

    4 3 4 18

    5 4 5 16

    ... ... ... ...

    Da mesma forma que na ficha anterior, esse tipo de registro est parcialmente apre-

    sentado. Na matriz de referncia podero ser identificadas todas as capacidades

    sugeridas na primeira coluna. Com um registro descritivo dessa natureza, o profes-

    sor poder determinar de modo mais claro as capacidades efetivamente desen-

    volvidas na Fase do Ciclo avaliada, tendo o conjunto da classe como referncia. Por

    exemplo, poder perceber que determinados alunos esto sem domnio de capaci-

    dades da Fase Introdutria, que devero, portanto, ser retomadas. Tambm poder

    constatar que outros alunos apresentam problemas em relao ao reconhecimento

    de unidades fonolgicas, capacidade que dever ser trabalhada sistematicamente.

    O professor ter, desse modo, um ponto de partida para o monitoramento da

    trajetria dos alunos no Ciclo, do ponto de vista de suas aprendizagens efetivas.

    A partir da organizao dos domnios de capacidades, o professor se orientar

    quanto s demandas para o ensino: Introduzir, Trabalhar ou Consolidar,

    Ficha III. Avaliao diagnstica de capacidades desenvolvidas no Ciclo Inicial de Alfabetizao

    Escola:

    Professora: Turma:

    Fase do Ciclo: Perodo de avaliao:

    Data do registro:

    Int r odut or iaXMar l y

    3 0 / 0 3 / 0 4

    Raul S oar e s

    1o b i me s t r e

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    23AVALIAO DIAGNSTICA: ALFABETIZAO NO CICLO INICIAL

    Retomar e Avanar quanto a determinados conhecimentos ou capacidades.

    Alm disso, poder estar atento s dificuldades evidenciadas na ltima coluna,

    sobretudo nos casos de alunos que ainda no desenvolveram capacidades

    esperadas ou que revelam inconsistncia em outras que deveriam estar em

    desenvolvimento.

    COMUNICANDO OS RESULTADOS DA AVALIAO AOS ALUNOS

    A comunicao dos resultados da avaliao aos alunos pode ser feita por fichas

    descritivas ou grficos (individuais ou de toda a turma), relatrios dirios ou peridicos,

    entre outros. Algumas sugestes de fichas foram apresentadas na seo anterior e

    outras possibilidades de registro foram exemplificadas no quarto Caderno desta

    coleo.

    Uma outra estratgia que possibil ita o levantamento de informaes relevantes

    para reorientar o processo de construo de significados pelo prprio aluno a

    realizao de auto-avaliaes. Sua principal finalidade fazer com que o aluno

    tome conscincia de seus avanos e de suas dificuldades, de modo a elaborar,

    com autonomia, novas formas de estudo, direcionadas para os problemas que

    enfrenta. Esse exerccio pode ser desenvolvido j a partir do levantamento de

    suas primeiras percepes sobre o processo de insero no mundo da escrita e

    da leitura.

    Exemplificando, pode-se perguntar ao aluno: o que julga que j sabe sobre a

    escrita? o que no sabe? quais so suas dificuldades nas aprendizagens da

    escrita e da leitura?

    Essas questes podem ser respondidas atravs da anlise das atividades que

    foram selecionadas para a aplicao do instrumento de avaliao diagnstica ou

    a partir de registros de resultados feitos pelo professor.

    Os registros de auto-avaliao do aluno podem se apoiar tambm em debates,

    textos individuais ou coletivos, anlise comparativa de atividades desenvolvidas

    por ele durante o perodo de aplicao do instrumento de avaliao diagnstica,entre outros.

    Uma outra sugesto para a reflexo sobre o desempenho escolar a organizao

    de portiflios compostos por algumas das atividades consideradas mais repre-

    sentativas do processo de aprendizagem dos alunos. Dessa forma, o professor

    dispor de um conjunto de informaes relevantes e teis para explicar os

    aspectos significativos do processo de aprendizagem de um aluno, ao longo de

    um determinado perodo.

    Portiflio uma organiza-

    o e arquivo de registros

    das aprendizagens dos

    alunos, selecionados por

    eles prprios ou pelo

    professor, com inteno

    de fornecer uma sntese

    de percurso do aluno ou

    de sua trajetria deaprendizagem.

    bb

  • 8/3/2019 Caderno 5 - professor - Avaliao Diagnstica_Alfabetizao no Ciclo Inicial

    22/48

    24 AVALIAO DIAGNSTICA: ALFABETIZAO NO CICLO INICIAL

    A organizao dos portiflios pelo prprio aluno deve ser orientada pelas

    seguintes questes: O que aprendi? De que forma aprendi? A partir desses

    eixos, cada aluno poder construir o registro de aes, atividades espontneas

    ou dirigidas pelo professor, produes prprias ou reprodues de informaes

    e documentos, apreciaes e dificuldades. A periodicidade de sua elaborao

    ser sempre determinada pelos objetivos do Ciclo e pelas motivaes ao longodo processo, podendo ser trimestral, semestral ou mesmo anual.

    Seja qual for o modo pelo qual os resultados dos alunos so comunicados,

    importante, em seguida, estabelecer novas metas para o aprendizado. Cada

    aluno e a turma como um todo devem saber o que se espera que desenvolvam

    num determinado perodo de tempo. Fazer cartazes com essas metas ou obje-

    tivos (para a turma) e registrar nos cadernos de cada aluno suas metas individuais

    uma boa forma de organizar e favorecer o processo de ensino-aprendizado.

    Um outro aspecto deve ser levado em conta: no momento de comunicao de

    resultados da avaliao, tambm oportuno incentivar os alunos a no mas-

    cararem suas lacunas, procurando expor e refletir sobre seus erros mais recor-

    rentes, sem receios de censuras. Assim, os alunos sero incentivados a buscar

    informaes e conhecimentos que possibilitem a superao dos problemas e

    lacunas ainda constatados. Por isso, fundamental que o aluno no s revele

    suas dvidas e dificuldades, como tambm sinta confiana no professor e nos

    seus colegas para pedir ajuda quando julgar necessrio.

    A RELAO COM AS FAMLIAS DOS ALUNOS: COMUNICANDO RESULTADOS E

    COMPARTILHANDO PROJETOS PEDAGGICOS

    Cabe considerar que a deciso de adotar uma prtica de avaliao mais formativa

    passa, necessariamente, por uma explicao dos objetivos do trabalho pedaggico aos

    pais dos alunos, a seus responsveis, ou queles que acompanham sua vida escolar,

    como tios ou irmos mais velhos. Essa explicao deve ser capaz de reafirmar e

    reconstruir o compromisso entre a famlia e a escola. Se existem relaes de

    confiana, explicaes sobre processos alternativos de avaliao podem ser bem rece-bidas; os pais podem compreender, assim, que uma avaliao sem notas, mais descri-

    tiva e processual, importante para situar e posicionar o avano escolar de seu filho.

    Quando a escola adota algum tipo de relatrio ou ficha descritiva do processo de

    aprendizagem, em substituio aos tradicionais boletins, precisa estar atenta para

    organiz-los numa linguagem bem clara, sem rebuscamentos tcnicos que s os

    profissionais da escola compreendem e que possibilitem a qualquer familiar identi-

    ficar o que cada aluno aprendeu e o que precisa aprender.

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    AVALIAO DIAGNSTICA: ALFABETIZAO NO CICLO INICIAL 25

    As fichas apresentadas na seo anterior podem ser uma fonte de esclareci-

    mento aos pais, desde que as capacidades avaliadas sejam descritas de forma

    mais acessvel. O ideal que se apresente a cada pai uma ficha relacionada ao

    desempenho do prprio filho (como j sugerido), com o diagnstico das capaci-

    dades desenvolvidas em determinada Fase do Ciclo.

    Tais capacidades podem ser expostas com nfase nos campos de leitura, escrita e

    produo de textos, para que os pais visualizem claramente as reas que esto

    sendo avaliadas. Alm disso, a pontuao pode estar implcita ou explcita, quando

    se posiciona o aluno em nveis de aprendizagem e isto deve ser traduzido de forma

    compreensvel. Por exemplo, quando o registro aponta trs nveis de desenvolvimento

    de capacidades dos alunos, pode-se esclarecer aos pais que:

    nvel 1 > representa capacidades no desenvolvidas pela criana, que precisar

    de acompanhamento mais atento da escola e da famlia para superar dificuldades

    iniciais e avanar em direo a capacidades mais elaboradas;

    nvel 2 > representa capacidades em desenvolvimento, ou seja, um processo

    intermedirio no qual a criana revela domnio apenas parcial.

    nvel 3 > representa capacidades j dominadas ou consolidadas e, portanto, traduzem

    um desempenho mais avanado em relao aos demais nveis, predispondo a criana

    a novas aprendizagens em capacidades mais elaboradas.

    Alm da ficha de registro individual, podero ser apresentadas aos pais fichas

    de sntese do desempenho global da turma (como j sugerido na Ficha III), para

    que eles percebam o desempenho do filho no contexto da turma. Um grfico, eviden-

    ciando a situao de toda a classe, poder ser apresentado para uma melhor visu-

    alizao, como no exemplo que se segue:

    Nvel 2

    Grfico 1. Desempenho dos alunos da Escola A

    Fase 1 - Ciclo Inicial de Alfabetizao- Dezembro/2004

    1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14

    35

    40

    30

    25

    20

    15

    10

    5

    15 16 17 18

    CAPACIDADE AVALIADA

    TOTAL

    DE

    ALUNOS

    POR

    NVEL

    AVALIADO

    Aquisio do sistema Leitura Escrita e produo de textos

    Nvel 1 Nvel 3

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    26 AVALIAO DIAGNSTICA: ALFABETIZAO NO CICLO INICIAL

    Mesmo que muitos pais tenham dificuldade em interpretar grficos como este,

    algumas explicaes gerais podero oferecer pistas sobre a situao da turma.

    Por exemplo:

    A turma em que seu filho se encontra, no Ciclo inicial de Alfabetizao, com 36

    alunos, est em excelentes condies de desempenho, pois a grande maioria j

    desenvolveu e consolidou as capacidades esperadas para essa fase do Ciclo como

    mostram as colunas relativas ao nvel 3.

    Alguns alunos se encontram no nvel 2 em vrias capacidades (17, 13, 18).

    Isso evidencia que essas capacidades ainda precisam ser trabalhadas, pois

    este nvel revela um processo ainda em desenvolvimento.

    A capacidade 11 a que apresenta maior dificuldade nesta turma. H 18

    alunos ainda no nvel 1, ou seja, sem domnio desta capacidade, que no foi

    desenvolvida ou suficientemente trabalhada. Essa constatao, porm, mais

    importante para o professor do que para os pais, pois ela indica que o docente devereorientar seu trabalho, explorando mais detidamente a capacidade em questo.

    Uma leitura mais simples do eixo horizontal poder tambm ser feita, sem

    detalhamento de capacidades, agrupando-as pelas reas principais da alfa-

    betizao (de 1 a 6 = aquisio do sistema de escrita; de 7 a 13 = leitura; de

    14 a 28 = escrita e produo de textos). Desse modo, o grfico poder ser

    mais acessvel compreenso dos pais.

    Finalmente, a localizao de casos especficos de dificuldades poder ser feita

    pela consulta ao registro na ficha consolidada pelo professor, a partir de observaes

    pontuais sobre desempenhos individuais dos alunos. Essa estratgia orientar os

    pais em relao situao de seus filhos e s necessidades de maior apoio

    (por parte da famlia e da escola) em suas aprendizagens.

    importante acentuar que poder haver uma tendncia, por parte dos pais, de

    traduzirem os nveis registrados de forma quantitativa (1, 2 ou 3) como conceitos

    de fraco, mdio ou forte desempenho, de forma cristalizada. Assim, deve-se

    procurar esclarecer o carter dinmico dos processos de aprendizagem e, por-

    tanto, a possibilidade de que a criana esteja sempre mudando de nvel ou patamar,

    em uma mesma Fase do Ciclo ou de uma Fase para outra.

    Muitas vezes, as fichas descritivas criadas pela escola podem no ser sufi-

    cientes para orientar, de forma adequada, alguns grupos de familiares. Nesses

    casos, preciso definir outras estratgias que o professor possa utilizar para

    repassar as informaes sobre o processo de aprendizagem dos alunos, como,

    por exemplo:

    A elaborao de uma lista dos itens que foram ensinados em determinado

    perodo, seguida da apresentao de alguns exemplos de como foi o desem-penho da classe.

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    AVALIAO DIAGNSTICA: ALFABETIZAO NO CICLO INICIAL 27

    A seleo de algumas capacidades nas quais os alunos apresentam maior

    dificuldade, com explicaes paralelas sobre como elas so desenvolvidas em

    sala e com exemplos de atividades e sugestes de tarefas. Assim, os pais

    podem acompanhar melhor o progresso de seus filhos.

    A apresentao de portiflios elaborados pelo alunos ou pelo professor, con-

    forme j enfatizado anteriormente. O professor poder sugerir que esses registrossejam apresentados pelos prprios alunos aos seus pais, criando, assim, situaes

    em que a criana possa compartilhar e refletir sobre seu processo de apren-

    dizagem, sucessos e dificuldades. O professor poder acompanhar essas

    situaes de interao entre pais e filho, fornecendo apoio e informao. O

    professor poder, tambm, destacar situaes e momentos significativos na

    trajetria de aprendizagem das crianas, para que os pais percebam progressos

    em relao a patamares anteriores.

    As informaes a serem repassadas pela escola devem possibilitar aos familiaressaber realmente o que a aluno j aprendeu e aquilo que ainda precisa aprender.

    Os momentos de encontro com as famlias devem servir para esclarecimentos,

    compreenso e reflexo sobre os desafios que precisam ser superados e para a

    construo de um compromisso entre escola e famlia para a busca de alterna-

    tivas para resoluo de dificuldades. Tais momentos devem se prestar a um balano

    do trabalho j realizado ou a ser realizado, e tambm socializao entre edu-

    cadores, alunos e seus familiares. uma boa oportunidade de se quebrar a tenso

    to comum nesses momentos.

    O esprito que deve guiaras relaes entre famlia

    e escola o do compro-

    misso de ambos para o

    aprendizado. Ambos so

    importantes; ambos so

    responsveis.

    bb

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    28 AVALIAO DIAGNSTICA: ALFABETIZAO NO CICLO INICIAL

    Capacidade 1 Compreender diferenas entre o sistema de escrita e outras formas de representao

    O objetivo das atividades propostas verificar se a criana faz distines entre

    o sistema de escrita alfabtico, sinais grficos e outros sistemas de represen-

    tao grfica. A criana poder fazer isso apenas identificando o que se pode lere o que no se pode ler ou, ainda, sendo capaz de identificar, nomear, prever o signi-

    ficado e o uso funcional dos diferentes sinais encontrados. Nesse ltimo caso,

    estar demonstrando um conhecimento ainda mais especfico sobre os diferentes

    sistemas de representao.

    A realizao dessas atividades exige que o professor selecione vrios materiais de

    leitura e motive os alunos a folhearem esses materiais. A tarefa pode ser proposta

    para pequenos grupos (de at trs membros) separadamente, para que se possa

    observar o comportamento e o conhecimento de cada criana ao manusear osmateriais. Assim que elas comearem a faz-lo, o professor dever fazer perguntas

    sobre os diferentes sinais grficos, por meio de questes como: o que se pode

    ler na pgina? Onde est escrito com letras? Quais letras voc conhece? Voc

    conhece esses sinais (relativos a outros sistemas de representao)? Onde h

    desenhos e onde h coisas escritas?

    1 Apresentar criana diferentes suportes (livros, revistas, jornais, folhetos, cartes e

    outros) para que, folheando esses suportes, distinga o sistema de escrita de outros sis-temas de representao.

    2 Observe o quadro abaixo:

    34590 "/, * ?~! CAVALO

    #$+{}=%

    Marque com X o quadrinho com nmeros.

    Faa um trao onde est escrito o nome de um animal.

    bbComo voc pode observar,

    algumas orientaes so

    dirigidas a voc, professor

    (a questo 1, por exemplo),

    outras so dirigidas

    ao aluno (por exemplo, a

    questo 2).

    No caso de questes

    dirigidas ao aluno, voc

    deve avaliar se deve l-la

    para a criana, se deveexplic-la ou se deve

    deixar que o aluno leia a

    questo sozinho. A

    questo 2, evidentemente,

    deve ser lida para o aluno.

    bbAs respostas das crianas

    e outras observaes

    devem ser anotadas em

    um caderno de registro

    que permita, em outromomento, ser possvel

    fazer uma anlise e

    sntese do que as

    crianas j sabem e do

    nvel de conceitualizao

    em que elas

    se encontram.

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    29AVALIAO DIAGNSTICA: ALFABETIZAO NO CICLO INICIAL

    Capacidade 2 Conhecer o alfabeto e diferentes tipos de letra

    Os objetivos das atividades apresentadas a seguir so:

    verificar que letras do alfabeto a criana j reconhece e sabe nomear, em ditado

    de letras feito pela ordem alfabtica; e se ela capaz de

    fazer distino entre as letras de imprensa maiscula e minscula, bem como

    entre a cursiva maiscula e minscula;

    ler com compreenso palavras grafadas com diferentes tipos de letras.

    Avaliando no dia-a-dia

    preciso lembrar que as atividades cotidianas de escrita e de leitura, em sala de

    aula, so tambm momentos que permitem observar e avaliar o desenvolvimentodas habilidades que constituem a capacidade 2.

    Alm dessas observaes dirias, pode-se, ainda, apresentar criana palavras,

    frases ou pequenos textos, impressos e manuscritos, para que ela indique

    semelhanas e diferenas entre tipos de letras.

    3 Abaixo voc encontra o conjunto de letras do alfabeto.

    Circule letras que aparecem em seu nome.

    A C H L

    P Q U K

    T

    B D E R

    J F M V G

    I

    O W S N Z X Y

    4 Ditado de letras

    Escreva nos quadrinhos abaixo as letras que sua professora ditar. Se voc no souber

    alguma letra, deixe o quadrinho vazio.

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    30 AVALIAO DIAGNSTICA: ALFABETIZAO NO CICLO INICIAL

    5 Leia as palavras abaixo, com ajuda do(a) professor(a). Ligue as palavras que esto

    escritas com o mesmo tipo de letra.

    boneca PA PAGAIO

    CABANA abacaxi

    BANANA

    PIPOCA

    6 Que animal este?

    Ligue a figura aos quadros em que o nome do animal est escrito.

    c av a l o

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    AVALIAO DIAGNSTICA: ALFABETIZAO NO CICLO INICIAL 31

    Capacidade 3 Dominar convenes grficas

    As atividades propostas a seguir dizem respeito ao domnio das convenes grficas

    do sistema de escrita, com foco na direo correta da escrita (esquerda/direita, de

    cima/para baixo) e na forma grfica destinada a marcar a segmentao na escrita(espaamento entre palavras).

    Avaliando no dia-a-dia

    Vale lembrar que a explorao da organizao da escrita pode ocorrer em out-

    ras situaes cotidianas de sala de aula, como, por exemplo, quando a criana sinal-

    iza com o dedo a direo da escrita em situaes de leitura simulada (ela

    finge que l um livro) ou quando copia corretamente frases e textos, obser-

    vando as convenes. Para isso, podero ser realizadas as seguintes atividades:

    apresentar, por exemplo, narrativas, poemas, pginas de revistas em quadrinhos

    e pedir que a criana reconhea, acompanhando ou sinalizando com o dedo, a

    direo e o alinhamento da escrita;

    solicitar que a criana copie frases ou que aponte palavras e pontuao pre-

    sentes no texto.

    7 Leia a quadrinha abaixo com a ajuda do(a) seu(sua) professora.

    MEIO DIA

    MACACA SOFIA

    PANELA NO FOGO

    BARRIGA VAZIA

    Circule cada palavra da quadrinha.

    8 Entregar uma folha de papel em branco, ditar uma frase para ser escrita.

    (Ex.: Meu nome bonito.).

    Se voc achar mais

    adequado, pode ditar

    apenas uma palavra, j

    decorada ou no.

    bb

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    32 AVALIAO DIAGNSTICA: ALFABETIZAO NO CICLO INICIAL

    Capacidade 4 Reconhecer unidades fonolgicas

    As atividades de avaliao do reconhecimento de unidades da fala pelas crianas

    privilegiam situaes de interao oral entre professor(a) e alunos. O desempenho

    das crianas deve ser, portanto, registrado em um instrumento especfico e de usoexclusivo do professor.

    Avaliando no dia-a-dia

    Alm das atividades sugeridas, o professor dever propor outras atividades em sala

    de aula, para que se possa verificar se a criana reconhece tais unidades, como

    rimas e aliteraes (repeties de um fonema numa frase ou palavra).

    Exemplos de atividades consistem em apresentar criana palavras ou pequenos

    textos, como poemas, quadrinhas, cantigas, trava-lnguas, parlendas. Na explorao

    desses textos, deve-se pedir que ela identifique as semelhanas e as diferenas

    de sons de algumas das palavras do texto.

    9 Realizar oralmente a atividade ldica L vai uma barquinha carregadadinha de ...,

    pedindo para cada criana da turma ou do grupo completar a frase com palavras ter-

    minadas em -o, -eza, -ol, -inha, etc.)

    10 Realizar oralmente atividades ldicas como Macaco mandou ... falar s palavras

    comeadas com... (Em momentos mais avanados do processo de alfabetizao,

    o comando poder ser para escrever as palavras, de modo a explorar as relaes

    entre grafemas e fonemas.)

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    33AVALIAO DIAGNSTICA: ALFABETIZAO NO CICLO INICIAL

    Capacidade 5 Dominar a natureza alfabtica do sistema de escrita

    A avaliao da compreenso do princpio alfabtico do sistema de escrita se orienta

    pelo objetivo de se investigar o estgio de conceitualizao da criana a

    respeito desse sistema, ou seja, o nvel de aquisio do sistema de escrita emque a criana se encontra.

    Para isso, podem-se propor atividades em que a criana:

    a) seja desafiada a comparar o significado (aquilo que a palavra representa) ao

    significante (representao grfica da palavra), fazendo distino entre o tamanho

    do objeto e a extenso da palavra (varivel conforme a quantidade de letras);

    b) produza escritas sem apoio de modelos, em situaes mais livres (como, por

    exemplo, a produo de pequenos textos), e em situaes de produo maiscontroladas (como, por exemplo, ditados de frases ou palavras).

    A anlise da escrita dos alunos deve levar em conta os sinais grficos usados e o

    tipo de correspondncia entre fala e escrita que a criana estabelece ao escrever,

    observando se ela:

    produz rabisco indicando no reconhecer os sinais prprios da escrita alfabtica;

    escreve letras indicando saber que a escrita produzida por sinais convencionais;

    escreve muitas letras para palavras que representam objetos grandes e poucas

    letras para os pequenos;

    escreve utilizando critrios ligados quantidade e variedade de letras (no

    usa, por exemplo, apenas uma letra para representar uma palavra e no repre-

    senta uma palavra sem variar o tipo de letra, como, tambm, por exemplo,

    AAAA;

    escreve uma letra para cada slaba, estabelecendo ou no correspondncias entre

    sons da fala e letras convencionais (ex: a palavra CAVALO grafada com trs letras,

    porque tem trs slabas: CVL quando a criana estabelece correspondnciasentre grafemas e fonemas presentes na slaba ou BTA, quando no estabelece;

    escreve uma letra para cada fonema, demonstrando conhecer o princpio alfabtico

    do sistema de escrita.

    Avaliando no dia-a-dia

    O ditado de palavras ou de frase um procedimento que leva a criana a produzir

    a escrita a partir de suas hipteses a respeito do funcionamento do sistema de

    escrita ou do conhecimento que tem das suas convenes. Portanto, esse procedi-mento bastante usado na prtica dos professores. Para se ter elementos adequados

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    34 AVALIAO DIAGNSTICA: ALFABETIZAO NO CICLO INICIAL

    de anlise do processo de aprendizagem e do nvel de conceitualizao da criana,

    preciso, porm, propor a ela palavras com nmeros diferentes de slabas:

    monosslabas, disslabas, trisslabas e polisslabas.

    Quando se quer verificar o conhecimento de alguma regra ortogrfica pela criana, o

    critrio de seleo das palavras a serem ditadas estar relacionado regra especfica

    que se quer focalizar no diagnstico.

    11 Apresentar para as crianas uma folha com as palavras abaixo e pedir que elas faam

    um X onde estiver escrita a palavra BOI. (exemplo de instruo falada pelo professor:

    faa um X onde est escrita a palavra boi.)

    PERNILONGO

    BOI

    FORMIGA

    12 Ditado de palavras

    Escreva nas linhas abaixo as palavras que seu(sua) professor(a) vai ditar.

    Professor, utilize a lista de palavras, apresentadas a seguir, para fazer o ditado:

    1 - CANETA 7 - PREGO

    2 - APONTADOR 8 - CASA

    3 - QUEIJO 9 - CORAO

    4 - GALINHA 10 - OMBRO5 - CHURRASCO 12 - MUQUIRANA

    6 - FOLHA 13 - DEBLATERAR

    13 Escreva nas linhas abaixo palavras que voc sabe escrever sozinho:

    7

    8

    9

    10

    11

    12

    1

    2

    3

    4

    5

    6

    bbNa organizao desse

    ditado, foram

    selecionadas palavras

    compostas por slabas

    cannicas

    (consoante-vogal),

    no-cannicas (consoante-

    consoante-vogal, por

    exemplo, e ainda palavras

    provavelmente

    desconhecidas pelas

    crianas. Esse o caso de

    muquirana e deblaterar.

    Sabemos que essas duas

    palavras no fazem parte

    do universo das crianas.

    Mas justamente por isso

    que foram escolhidas,

    pois, assim, permitem

    verificar se a criana

    capaz de escrever

    palavras novas.

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    AVALIAO DIAGNSTICA: ALFABETIZAO NO CICLO INICIAL 35

    Capacidade 6 Dominar relaes entre fonemas e grafemas

    A avaliao da compreenso dos princpios e das regras ortogrficas do sistema de

    escrita pode se dar por meio da anlise de textos produzidos pelas crianas em

    situao de menor controle das palavras a serem escritas pelas crianas. Mas pre-ciso tambm elaborar atividades nas quais se possa ter um controle maior das

    palavras a serem escritas (por exemplo, a escrita de listas de palavras e os ditados

    de palavras, frases e pequenos textos). Alm disso, preciso estar atento s regras

    ortogrficas que esto relacionadas leitura e no escrita. Nesses casos, ser

    preciso observar se a criana enfrenta dificuldades na decodificao de palavras

    quando l um pequeno texto ou uma lista de palavras, por no saber algumas

    regras de correspondncia entre letra e som.

    14 Ditado de um pequeno texto

    Escreva nas linhas abaixo o texto que seu (sua) professor(a) vai ditar.

    Professor, escolha um dos textos apresentados a seguir para o ditar aos seus alunos.

    Texto 1

    O menor co do mundo

    O menor cachorro que j existiu no mundo era do

    tamanho de uma fita cassete. Quando ficou adulto, ele

    media seis centmetros de altura e dez centmetros de

    comprimento. Era da raa Terrier. Em vez de caar gatos,

    fugia deles. Pensavam que era um camundongo.

    (Folha de So Paulo, Caderno Folhinha, 2/3/91)

    Texto 2

    Dona Barata

    A Barata diz que tem

    sete saias de fil.

    mentira da barata

    que ela tem

    uma s.

    A Barata diz que tem

    um anel de formatura.

    mentira da barata

    que ela tem casca dura.

    (Cantiga de domno popular)

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    36 AVALIAO DIAGNSTICA: ALFABETIZAO NO CICLO INICIAL

    Capacidade 7 Ler e compreender palavras

    A leitura de palavras pode fornecer evidncias sobre o desenvolvimento das capaci-

    dades de decifrao e compreenso da escrita. A leitura dessas palavras pode ocorrer,

    por exemplo, quando a professora l com as crianas a lista de tarefas planejadaspara o dia escolar, algumas palavras localizadas num texto lido em sala de aula ou,

    ainda, fichas de palavras selecionadas para uma atividade especfica de trabalho

    com a escrita comum encontrarmos crianas que demonstram ter desenvolvi-

    do a capacidade de decodificar sem, no entanto, compreender o que est sendo

    lido. O diagnstico dessa situao ao longo do processo de ensino-aprendizado

    fundamental para que o professor planeje atividades de leitura que possibil item

    o desenvolvimento de estratgias de construo de sentido por parte do apren-

    diz (como, por exemplo, a estratgia de antecipao do contedo do texto em

    funo dos objetivos de leitura ou em funo do suporte e do gnero textual, a

    estratgia de identificao da primeira letra ou slaba como pista para descobrir a

    qual figura ela se relaciona, o reconhecimento global da palavra, etc.).

    15 Lcia ganhou dois brinquedos de presente.

    Marque os nomes dos brinquedos.

    BOTINABOLA

    BONITA

    BONECA

    bb

    Avalia-se aqui acapacidade de ler, com

    compreenso, palavras

    mais simples,

    compostas de slabas

    consoante + vogal (CV).

    Mas note que as palavras

    BONITA e BONECA podem

    trazer dificuldades

    adicionais para o aluno.

    Na leitura, ele pode sepa-

    rar a slaba como

    BO ou como BON.

    Leve em conta tambm

    que, de acordo com o

    dialeto dominado pelo

    aluno, ele pode manifestar

    dificuldades em funo de

    a letra O, em "botina " e

    "bonita' e "boneca" poder

    representar o fonema /u/.

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    AVALIAO DIAGNSTICA: ALFABETIZAO NO CICLO INICIAL 37

    16 Ligue as palavras s figuras.

    CAMINHO

    DINOSSAURO

    BOLA

    PASSARINHO

    ABELHA

    BICICLETA

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    38 AVALIAO DIAGNSTICA: ALFABETIZAO NO CICLO INICIAL

    Capacidade 8 Ler e compreender frases

    As atividades permitem verificar se o aluno capaz de ler frases e palavras com

    compreenso. A imagem, nas atividades, serve como pista do contedo das frases

    e das palavras propostas para a leitura. A professora deve observar se, ao ler, oaluno demonstra ter domnio do cdigo escrito e se l com compreenso.

    17 Leia para o(a) professor(a) o que est escrito em cada quadro.

    PEDRO E CARLOS JOGAM FUTEBOL.

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    39AVALIAO DIAGNSTICA: ALFABETIZAO NO CICLO INICIAL

    Capacidade 9 Compreender globalmente o sentido do texto

    Pretende-se que, aps a leitura de um texto, com ou sem ajuda do professor, a criana:

    responda a questes relacionadas ao seu tema central;

    resuma o texto lido ou, ainda,

    reconte o texto para algum.

    Isso pode ser feito oralmente, por meio de uma conversa individual ou coletiva com

    as crianas (especialmente quando ainda no tm o domnio do cdigo para

    responder por escrito s questes propostas) ou por meio de uma atividade escrita.

    Identificar informaes no corpo do texto uma capacidade que se relaciona

    fundamentalmente a uma leitura compreensiva do texto lido. Dessa forma, ao

    elaborar questes para avaliar se as crianas desenvolveram ou esto desenvolvendo

    essa capacidade, preciso considerar que as informaes que permitem umacompreenso global do texto esto, em geral, relacionadas estrutura ou forma

    composicional dos diferentes tipos de texto (por exemplo, no caso dos textos

    narrativos preciso que o leitor saiba quem fez o que, quando, como, onde e por qu).

    No se pode, portanto, saber se as crianas esto desenvolvendo essa capacidade

    por meio de perguntas que tendem a fazer com que elas localizem quaisquer infor-

    maes, dissociadas do sentido global do texto (por exemplo, quando perguntamos

    a elas se o personagem da histria um gato ou cachorro na histria do Gato de

    Botas, ou ainda quando propomos que as crianas leiam uma receita de bolo eperguntamos a elas se a receita de bolo ou de uma comida salgada para ser servida

    em um almoo. Nesse caso, as perguntas precisam fazer com que as crianas iden-

    tifiquem os ingredientes e os cuidados necessrios ao se fazer o bolo, as dicas que

    so dadas para um melhor resultado, etc.).

    18 Leia este texto:

    O Segredo da Luz do Sol

    A luz do sol feita de cores que voc pode ver

    quando aparece um arco-ris no cu. possvel perceber

    sete cores bem diferentes, uma ao lado da outra: violeta,

    anil, azul, verde, amarelo, laranja e vermelho.

    (CIBOUL, Adle. As cores. So Paulo: Moderna, 2003; Coleo CrianaCuriosa)

    Agora responda: 1) Sobre o que o texto est falando?

    2) O que voc descobriu sobre a luz do sol ao ler o texto?

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    40 AVALIAO DIAGNSTICA: ALFABETIZAO NO CICLO INICIAL

    Capacidade 10 Identificar gneros e funes de textos e localizar informaes

    A capacidade em questo supe que a criana identifique diferentes suportes da

    escrita, encontrados no cotidiano domstico como, por exemplo, agendas, catlogos,

    livros de receitas, embalagens, jornais, etc. O objetivo dessa atividade o de inves-tigar se esses diferentes suportes so conhecidos pelos alunos, sendo capazes de

    dizer para que servem e como so usados, a partir da identificao de suas par-

    ticularidades fsicas (formato, disposio e organizao do texto escrito, recursos de

    formatao do texto, interao entre a linguagem verbal e as linguagens visuais

    utilizadas com mais freqncia, etc.). As atividades de avaliao devem investigar

    que hipteses as crianas fazem sobre a natureza, as funes e o uso desses dife-

    rentes suportes de escrita e se sabem lidar com eles de maneira adequada.

    19 Leia a notcia abaixo.

    Golfinho leva turistas praia em Caragu

    Um golfinho nariz-de-garrafa uma das atraes

    do vero em Caraguatatuba. O golfinho, que recebeu o

    apelido de "Tio", mede 2,60 m e tem 200 kg, tem levado

    dezenas de turistas s praias Martin de S e Prainha diaria-

    mente. Ele macho, cinza e tem cerca de 15 anos. Oassdio dos turistas fez o Ibama criar um planto nas duas

    praias para evitar que os banhistas perturbem o animal.

    (Folha de So Paulo, Caderno Folhinha, 13/11/94)

    Sobre o que nos fala essa notcia?

    Preencha o quadro abaixo com as informaes sobre o golfinho.

    APELIDO

    PESO

    COMPRIMENTO

    COR

    IDADE

    bbAo conversar sobre um

    texto lido com seus

    alunos, importante

    explorar o vocabulrio que

    ele apresenta. Explore o

    conhecimento prvio de

    seus alunos, indagando

    sobre palavras, siglas,

    abreviaturas ou

    expresses possivelmente

    desconhecidas por eles.

    Converse sobre os signifi-

    cados dessas palavras,

    sobre o sentido em que

    esto sendo utilizadas no

    texto; procure saber se os

    alunos j ouviram ou

    leram essas palavras em

    outros textos. Na notcia

    sobre o golfinho, porexemplo, poder ser

    enriquecedor conversar

    sobre os golfinhos, sobre

    o apelido da cidade

    Caraguatatuba, sobre sua

    localizao e por que o

    autor preferiu utilizr o

    apelido no ttulo da

    notcia ou, ainda, sobre o

    significado da palavra

    assdio ou da siglaIbama.

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    AVALIAO DIAGNSTICA: ALFABETIZAO NO CICLO INICIAL 41

    20 Leia esta lista de telefones teis.

    Faa um crculo no nmero do telefone do SOS crianas.

    Risque o nmero do telefone do Pronto-socorro.

    Responda: qual o objetivo desse texto?

    21 Leia o texto abaixo:

    Para que serve esse texto?

    BOMBEIROS - 193 PRONTO SOCORRO - 192

    SOS CRIANAS - 1407 POLCIA CIVIL - 147

    POLCIA MILITAR - 190 COMDECDEFESA CIVIL - 199

    FARMCIAS DE PLANTO -136

    CET - ACIDENTESE OCORRNCIAS DETRNSITO - 194

    Telefones Emergenciais

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    Capacidade 11 Realizar inferncias

    Espera-se que o aluno realize uma inferncia, relacionando informaes que esto

    explcitas no texto com seus conhecimentos prvios sobre o assunto tratado. Esta

    outra capacidade que se articula com a capacidade 10, fundamental para a pro-duo de uma leitura compreensiva do texto. Para se avaliar essa capacidade, pre-

    ciso propor ao aluno que, aps a leitura de um texto, estabelea alguns tipos de

    relaes, por exemplo, entre o ttulo e o contedo do texto; ou que tire concluses

    sobre o que est implcito no texto, a partir do que pensa sobre o assunto. Para os

    alunos que ainda no sabem ler, a professora poder fazer a leitura oral e solicitar

    que a criana tente identificar e explicar os no-ditos do texto.

    22 Leia o texto abaixo:

    Mudando de cor

    O camaleo assume a cor do lugar em que seencontra. Ele tambm muda de cor em vrias situaes. Ele

    pode mudar de cor quando est com medo, quando est

    zangado e quando est apaixonado.(Adaptado de CIBOUL, Adle. As cores. So Paulo: Moderna, 2003; Coleo

    Criana Curiosa)

    Responda: Qual a cor do camaleo quando ele est na grama?

    42 AVALIAO DIAGNSTICA: ALFABETIZAO NO CICLO INICIAL

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    43AVALIAO DIAGNSTICA: ALFABETIZAO NO CICLO INICIAL

    Capacidade 12 Formular hipteses

    O objetivo dessa atividade verificar se a criana capaz de fazer previses ou

    levantar hipteses a partir de elementos do texto apresentado. Esse jogo de levan-

    tar e confirmar hipteses pode ter incio antes mesmo que a criana saiba ler comautonomia. O professor poder conduzir esse processo de explorao lendo o ttulo

    ou a manchete e fazendo perguntas sobre o assunto do texto ou da notcia. O pro-

    fessor pode, ainda, interromper a leitura de um texto e fazer perguntas sobre o que

    ir acontecer depois.

    23 Pelo ttulo, que informaes voc acha que essa notcia vai nos dar?

    Daiane fatura dois

    bronzes na Alemanha

    Foto

    -Christian

    Ballat

    importante, para avaliar a

    capacidade, verificar se os

    alunos possuem conheci-

    mentos prvios sobre o

    assunto e o gnero de

    texto. com base nesses

    conhecimentos que a

    criana poder formular

    hipteses

    bb

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    Capacidade 13 Ler com fluncia

    O professor dever verificar se, durante a leitura de pequenos textos, a decifrao

    feita com ou sem fluncia, ou seja, se a leitura marcada por lentido, se apre-

    senta hesitao e pausas prolongadas entre palavras e se a construo de sen-

    tido ocorre apenas depois da decifrao de todas as slabas de palavras ou depois

    de todas as palavras da frase.

    O professor poder tambm verificar se o aluno l globalmente palavras ou unidades

    que constituem uma sentena ou frase. Para isso, pode utilizar o mesmo procedi-

    mento sugerido, abaixo, para a leitura de um texto, ou pode apresentar, rapidamente,

    palavras ou sentenas em cartes e avaliar se o aluno capaz de dizer o que leu.

    24 Escolha entre os textos utilizados nas questes 18, 19, 22. Voc vai precisar de uma

    cpia do texto para ser usada pelos alunos e vrias cpias onde far suas obser-vaes do desempenho de cada um deles ao ler o texto.

    Solicite a cada aluno que faa a leitura oral do texto e faa anotaes de como o

    aluno o leu .

    Abaixo, apresentamos um exemplo de como a leitura de um aluno foi registrada por

    sua professora. Observe que foram registradas as trocas de palavras e os erros

    relacionados s dificuldades de decifrao do aluno. Tambm foram marcadas

    entonaes inadequadas devido desconsiderao dos sinais de pontuao.

    A professora usou as seguintes marcaes para registrar a leitura do aluno:

    Considerando que o texto acima composto por 100 palavras, a quantidade de

    erros cometidos pelo aluno indica que ele apresentou um bom nvel de fluncia

    44 AVALIAO DIAGNSTICA: ALFABETIZAO NO CICLO INICIAL

    O DESENHISTA

    A Professora pegou Juquinha na sala de aula desenhando caricaturas de

    seus amiguinhos. Tomou seu caderno e disse:

    Vamos mostrar para a diretora e ver o que ela acha disso!

    Chegando na sala da diretora, aps olhar com ateno os desenhos, a dire-

    tora exclamou com ironia:

    Muito bonito isso, no verdade, seu Juquinha?

    Respondeu Juquinha com a maior naturalidade do mundo:

    Bonito e bem desenhado! Na verdade, eu sempre soube que era um

    grande artista, mas a modstia me impede de dizer. Ento prefiro que os

    outros vejam e digam isso. A mais sincero!

    (http://www.sitedicas.uol.com.br/piadas1htm)

    c ar r i nho

    nat ur e z a AC

    +

    +

    ?

    bb

    O registro feito pela pro-

    fessora indica que o aluno

    teve dificuldades para ler

    algumas palavras

    (caricaturas, naturalidade,

    ironia, modstia). Essas

    dificuldades decorrem do

    fato de essas palavras

    serem novas para o aluno.

    Alm disso, a professora

    indicou em seu registro

    que o aluno demonstrou

    dificuldade com a

    entonao a ser dada

    frase "Muito bonito

    isso, no verdade

    seu Juquinha?".

    Apesar destes pequenos

    problemas, o registro

    mostra que o aluno l

    com fluncia.

    A professora usou

    os seguintes

    sinais demarcao:

    + (para marcar hesitao

    ao ler a palavra)/ (para indicar troca de

    palavra e registro da

    forma como o aluno leu)

    AC (para registrar

    auto-correo)

    ? (para marcar

    entonao inadequada)

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