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CONTABILIDADE CUSTOS – CONTABILIDADE ANALÍTICA

Mário Figueiredo ISCAP - Ano Lectivo 2008/2009 Folha 2 → 150

PARTE I – ASPECTOS FUNDAMENTAIS DA CONTABILIDADE DE CUSTOS

CAPÍTULO I – Introdução1. Uma abordagem contextual e sistémica da empresa 2. O ciclo de gestão das organizações3. A necessidade de sistemas de informação para a gestão4. Os objectivos principais dos sistemas contabilísticos

4.1. Contabilidade de Custos, Contabilidade Financeira e Contabilidade de Gestão 4.2. A Gestão de Custos e os sistemas contabilísticos

5. A importância da informação como base do processo de tomada de decisão5.1. Os gestores como clientes da Informação Contabilística5.2. A cadeia de valor das funções de negócio

CAPÍTULO II – Conceitos básicos sobre custos1. Conceitos e terminologia2. O custo e os objectos de custos3. A acumulação e a afectação de custos4. A multiplicidade das noções de custos

4.1. Custo primário ou primo4.2. Custo industrial ou custo de produção4.3. Custo complexivo ou preço de custo4.4. Custo económico-técnico ou preço de venda normal

5. Análise das margens e dos resultados face às diversas noções de custos6. As cadeias de valor, o ciclo de custeio e os níveis de custeio

6.1. As cadeias de valor da empresa e do produto6.2. O ciclo de custeio: custos do produto e custo do período6.3. Níveis de custeio: a importância do cálculo do custo industrial da produção

CAPÍTULO III – A classificação dos custos e o seu significado1. Os custos e o seu cálculo

1.1. Custos directos e custos indirectos1.2. Custos reais e custos teóricos1.3. Custos totais e custos unitários

2. Os custos e o processo de decisão e controlo2.1. Custos relevantes e custos irrelevantes2.2. Custos evitáveis e custos irreversíveis2.3. Custos de oportunidade e custos/rendimentos marginais2.4. Custos controláveis e não controláveis

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3. Os custos e o seu comportamento face às alterações do volume de produção3.1. O volume de produção e o processo de decisão3.2. Os custos variáveis e os custos fixos

4. A importância do conhecimento dos custos para a determinação dos resultados4.1. A estrutura básica do planeamento da Contabilidade de Custos4.2. A ligação da Contabilidade de Custos com a Contabilidade Financeira

CONTABILIDADE

É o mais importante instrumento proporcionador de informação para gerir as organizações.

CONTABILIDADE GERAL

Ramo da contabilidade orientado para o conhecimento da situação patrimonial e financeira e dos resultados globais das organizações.

Revela essencialmente o valor do activo (disponibilidades financeiras, créditos sobre terceiros, existências de toda a natureza, imobilizado, etc.), o montante do passivo, e a situação líquida da empresa por diferença daquelas duas grandezas, e apura os resultados do período pelo confronto dos custos com os proveitos (estes por natureza/tipo: despesas com o pessoal, serviços e fornecimentos de terceiros, etc.).

CONTABILIDADE ANALÍTICA

Ramo da contabilidade que proporciona um adequado domínio dos custos, proveitos e resultados, constituindo um elemento privilegiado da gestão económica das organizações.

Sistema de informação que tem em vista a medida e análise dos custos, proveitos e resultados (de forma analítica e não globalizante) relacionados com os diversos objectivos prosseguidos pelas organizações.

Permite a medição e controlo da eficiência e eficácia dos diversos segmentos organizacionais, da forma como aqueles contribuem para os resultados globais da empresa (toda esta informação é disponibilizada por períodos mais curtos).

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Possibilita a comparação de custos e proveitos entre períodos, empresas similares, etc.

A empresa deverá ter capacidade organizativa para mensurar.

CONTABILIDADE GERAL vs CONTABILIDADE ANALÍTICA

81 - Resultados Correntes do Exercício

Existências iniciais Vendas de mercadorias e produtos 1.150.000

Matérias-primas 200.000 Resultados líquidos (prejuízo) 100.000

Compras

Matérias-primas 400.000

Existências finais

Matérias-primas 200.000

Custo das existências consumidas 400.000

Outros custos por naturezas 850.000

Total 1.250.000 Total 1.250.000

Como se distribuíram os custos por cada um dos produtos fabricados?

Quais os custos unitários dos produtos fabricados (informação essencial à determinação dos preços de venda, valorização das existências finais e controlo dos custos de produção)?

Quais os resultados com que cada produto contribuiu para o resultado corrente do exercício (todos deram prejuízo, ou só alguns)?

Contrariamente à Contabilidade Geral, a Contabilidade Analítica dá a resposta a estas questões:

Determinação e análise dos custos inerentes ao desenvolvimento da actividade da empresa e consequente concretização dos seus objectivos.

A actividade da empresa implica custos que deverão ser determinados o mais objectivamente possível para que seja possível fazer a análise dos dados históricos, o planeamento e a tomada de decisões.Nota: qualquer sistema de apuramento de custos gera encargos e estes devem ser sempre comparados com os benefícios deles decorrentes.

A Contabilidade Analítica integrada com a Contabilidade Orçamental permite obter o Modelo Económico da Empresa. Estamos a falar da Contabilidade de Gestão – apurar desvios para implementar as respectivas acções correctivas.

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Análise das Vendas

Produtos Preço de Venda Unidades produzidas e vendidas Importância %A 30,00 20.000 600.000 52B 50,00 5.000 250.000 22C 20,00 15.000 300.000 26

40.000 1.150.000 100

Análise dos Custos da Vendas

Produtos Vendas MP Outros Custos Total C. Unitário Resultados Rend. A 600.000 200.000 375.000 575.000 28,75 + 25.000 + 4%B 250.000 80.000 145.000 225.000 45,00 + 25.000 + 10%C 300.000 120.000 330.000 450.000 30,00 - 150.000 - 50%

1.150.000 400.000 850.000 1.250.000 - 100.000 - 9%

Análise dos Custos Unitários

Produtos MP MOD Combustíveis Amort. Outros Custos C. Unitário Resultado UnitárioA 10,00 12,00 1,00 0,75 5,00 28,75 + 1,25B 16,00 20,00 2,00 0,50 6,50 45,00 + 5,00C 8,00 14,00 1,00 1,00 6,00 30,00 - 10,00

Compensa mais produzir as matérias-primas ou adquiri-las a terceiros?

Deverá a empresa ter serviço próprio de manutenção/reparação ou recorrer a terceiros?

Compensa mais reparar uma máquina ou substitui-la por uma nova?

Qual a justificação para os diversos custos parcelares?

Precisam os custos parcelares de acções correctivas?

Estas são algumas das questões respondidas pela Contabilidade Analítica, que a Contabilidade Geral não consegue satisfazer.

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ORGANIZAÇÕES

Decompõem-se em segmentos organizacionais;

Cada segmento organizacional tem funções a desempenhar e objectivos a atingir;

O responsável do segmento organizacional motiva e coordena o grupo humano que o compõe com vista à prossecução dos objectivos definidos;

Aquele responsável responde perante uma autoridade superior sobre o desempenho do segmento que comanda;

A determinação e comparação dos custos com os benefícios proporcionados à organização são assim de extrema importância.

TIPO DE ORGANIZAÇÕES

Essencialmente, existem empresas industriais, comerciais, e de prestação de serviços.

EMPRESA INDUSTRIAL – CICLOS

Os serviços de aprovisionamento adquirem matérias aos fornecedores (preço da facturas e demais gastos suportados até à chegada ao armazém de matérias-primas: transporte, seguros, descargas, assim como também os encargos de armazenagem);

As matérias-primas são requisitadas pela fabricação que as transforma em produtos acabados (custos das matérias consumidas e custos de conversão: mão-de-obra, combustíveis, amortizações, etc.);

Fluxo da produção para o armazém de produtos acabados, originando novos custos de armazenamento;

Os serviços comerciais encarregam-se da venda e distribuição dos produtos acabados, resultando daqui custos de distribuição (ou comerciais, de venda);

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Os serviços administrativos e financeiros ocupam-se de gestão e controlo das operações da empresa, bem como da obtenção de capitais para o seu normal funcionamento (custos administrativos e financeiros).

CUSTOS

Há que suportar custos para incorrer em proveitos;

É um sacrifício, esforço, dispêndio efectuado para obter certa coisa ou alcançar certo objectivo;

Valor monetário associado à utilização ou consumo de um recurso, seja um bem ou um serviço;

Conceito de carácter económico que corresponde à utilização dos recursos numa organização.

PROVEITOS

Conceito de carácter económico que corresponde à cedência de bens ou serviços a terceiros.

Matérias armazenáveis e matérias não armazenáveis: está implícito a questão temporal. As matérias não armazenáveis são adquiridas e imediatamente consumidas.

Aqui, todos os produtos (mesmo que acabados) consideram-se em curso de fabrico

ÓPTICA ECONÓMICA / ÓPTICA DA DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS

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DESPESA

Conceito de carácter jurídico e monetário que corresponde à assumpção da obrigação de pagar custos.

RECEITA

Conceito de carácter jurídico e monetário que corresponde ao direito de receber os proveitos.

PAGAMENTO

Conceito de carácter financeiro (em sentido restrito) que corresponde a fluxos de saída de meios líquidos das organizações, pela contraprestação dos recursos adquiridos.

RECEBIMENTO

Conceito de carácter financeiro (em sentido restrito) que corresponde a fluxos de entrada de meios líquidos das organizações, pela contraprestação dos bens ou serviços cedidos a terceiros.

CUSTOS TECNOLÓGICOS

São custos materiais, correspondendo ao conjunto das quantidades de bens e serviços que se consumiram ou utilizaram.

CUSTOS POR NATUREZAS

Conforme preconizado no POC e adoptado pela Contabilidade Financeira, os resultados de um exercício económico são classificados por natureza (independentemente da função a que respeitem).

O custo monetário resulta primeiramente do seu custo tecnológico ou material (quantidade de bens e serviços que se consumiram ou utilizaram).

ÓPTICA FINANCEIRA / ÓPTICA DO BALANÇO

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CUSTOS POR FUNÇÕES

Adoptado pela Contabilidade de Gestão, os resultados de um exercício económico são classificados por funções/actividades. Os custos por funções são determinados de acordo com a estrutura organizacional (organigrama funcional da empresa), ou seja, são identificadas as funções com que os custos estão relacionados, e dentro de cada função quais as diferentes actividades que a integram.

CUSTOS DE PRODUÇÃO E OS SEUS DIVERSOS ESTÁDIOS

São vários os tipos de custo associados à actividade de uma unidade industrial:

Custo das Matérias Consumidas

Identificam-se sempre, em qualquer empresa, cinco funções e respectivos custos:

Custos de Aprovisionamento → custos dos armazéns de matérias e de produtos acabados e semi-acabados;

Custo de Produção → ou custo industrial, representa a valorização dos recursos utilizados na elaboração dos produtos ou serviços;

Custos de Distribuição → ou custo comercial, estão relacionados com o funcionamento da estrutura comercial;

Custos Administrativos → resultam do funcionamento da estrutura administrativa;

Custos Financeiros → custo associado à utilização de capitais alheios (não correspondem ao funcionamento de qualquer estrutura da empresa).

O consumo da matéria-prima constitui um custo directo do produto. O seu valor depende do custo a que se encontra registado no armazém (Qtd x custo unitário) e do critério valorimétrico de saída (FIFO, LIFO, CMP ou outros).

O custo unitário é o somatório do custo de aquisição (custo total suportado até à chegada da matéria à empresa), bem como de todos os custos que se verifique internamente e devam ser imputados às matérias antes de se registar a sua entrada em armazém (preparação prévia da matéria, custos de armazenagem que devam ser repartidos em função das compras…).

A quantidade de matéria consumida é calculada através das requisições que a fábrica faz aos armazéns de matérias (registo da matéria requisitada e respectivo objecto de custo/custeio).

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ÇÕESREGULARIZASfCOMPRASSoCMC MPMP

Como funcionam os critérios valorimétricos FIFO, LIFO e CMP?

Valorização dos consumos e respectivas existências finais segundo o FIFO:

000.11922500.420000.1€ CONSUMO €

500500.5000.5000.1.. CONSUMOSCOMPRASINICIAISEXISTFINAISEXIST Q Kg

00,000.1100,22500. € FINAISEXIST €

Valorização dos consumos e respectivas existências finais segundo o LIFO:

00,000.12000,2050000,22000.5€ CONSUMO €

00,000.1000,20500. € FINAISEXIST €

Valorização dos consumos e respectivas existências finais segundo o Custo Médio Ponderado:

67,21000.6

00,22000.500,20000.1

MPCMP €/Kg

00,185.11967,21500.5€ CONSUMO €

00,835.1067,21500. € FINAISEXIST €

Existências iniciais: 1.000 Kg a 20 €/KgCompras: 5.000 Kg a 22 €/KgConsumos: 5.500 Kg

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Custos de Transformação/Conversão

São custos que envolvem o custo da Mão-de-Obra Directa e Gastos Gerais de Fabrico.

MODMPPRIMOCUSTO .

.... FGGMODÇÃOTRANSFORMACUSTO

Mão-de-Obra Directa

Incluem-se nesta rubrica os custos associados à remuneração do factor trabalho específico ao objecto de custo/custeio (horas registadas e respectivo custo horário).

Estes custos são calculados à priori, e por esta razão é feita a especialização mensal mediante uma taxa teórica apurada que permite redistribuir os custos (remunerações e encargos com remunerações) de forma regular ao longo do período de laboração. Exemplo da taxa de encargos sociais teórica para uma remuneração mensal de 1.500,00 €:

A. Ordenados relativo ao tempo de trabalho: 1.500,00 x 11 meses = 16.500,00 €B. Encargos Sociais

Mês de Férias 1.500,00Subsídio de Férias 1.500,00Subsídio de Natal 1.500,00Segurança Social → 1.500 x 14 x 0,2375 = 4.987,50Seguro de A.T. e outros encargos 412,50 9.900,00

C. Taxa de Encargos Sociais (B/A) → %6060,0500.16900.9

Assim, o custo da mão-de-obra será acrescido de 60%:

60,1..º HorárioCustoHorasNrMOD

Os custos evidenciados na Contabilidade Financeira (se mensualizados) serão coincidentes com os custos a repercutir mensalmente nas várias funções pela Contabilidade de Gestão.

Gastos Gerais de Fabrico

São todas as outras naturezas de custos industriais (custos indirectos) que não estejam directamente relacionados com o objecto de custo (Produto), e portanto, a este não sejam custos directos.

Refira-se que a componente dos G.G.F. tem em muitos casos um peso significativo no custo total, pelo que existe uma preocupação em fazer a repartição/imputação destes custos pelos diferentes objectos de custeio o mais correctamente possível, por forma a não originar tomadas de decisões desadequadas.

São exemplos de Gastos Gerais de Fabrico:

MOI (mão-de-obra indirecta); Consumos de água, electricidade e combustíveis; Consumo de matérias subsidiárias; Amortizações de edifícios e equipamentos; Seguros (excepto os que respeitam ao pessoal); Rendas;

Etc.

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Custo Industrial do Produto

É o custo de fabricação do produto.

CTMPFGGPRIMOCUSTOFGGMODMPCIP ......

Custo Industrial da Produção Acabada

É o custo da produção terminada e transferida para o armazém de produtos acabados.

Este custo valoriza os produtos acabados durante o período, independentemente do momento em que foram iniciados. Ou seja, incorpora também para além do CIP , eventual produção em vias de fabrico existente no início e no fim do período.

O custo unitário do CIPA permite valorizar os produtos vendidos bem como as existências em armazém no final do mês (tendo em atenção o critério valorimétrico utilizado e as existência iniciais de produtos acabados).

PCFPCF SfCIPSoCIPA

produzidaQtdCIPA

CIPA unitário .

Custo Industrial da Produção Vendida

É o custo da produção que se encontra no armazém de produtos acabados e que é vendida.

O CIPV ou custo das vendas corresponde ao somatório dos custos incorporados nos produtos e/ou serviços vendidos num determinado período, independentemente do momento em que foram produzidos. Trata-se de um custo do período.

Nota: a produção em curso de fabrico distingue-se do conceito de produto intermédio ou semi-acabado. Este último pode ser comercializado ou ser sujeito a operações de transformação adicionais, enquanto a produção em via de fabrico corresponde ao valor de um produto iniciado em determinado período e que no final deste ainda não se encontra concluído.

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Este custo pode ser determinado também pelo método directo, calculando-se para o efeito o produto da quantidade vendida pelo custo de produção unitário.

É este custo que se repercute na DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS POR FUNÇÕES(na rubrica Custos das Vendas).

PAPA SfCIPASoCIPV

CUSTO NÃO INDUSTRIAIS

Custos de Distribuição ou Comerciais;

Custos Administrativos;

Custos Financeiros ou Proveitos Financeiros;

À soma algébrica destes custos chamamos Custo Comercial, em sentido lato.

CUSTO COMPLETO OU COMPLEXIVO

É um custo do período e corresponde a todos os custos que afectam o resultado naquele período.

SFINANCEIROCTIVOSADMINISTRACÃODISTRIBUIÇCCIPVCOMPLEXIVOCUSTO ....

CUSTOS NÃO INDUSTRIAIS

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Se adicionarmos ao custo industrial do produto (CIPV) a quota-parte que lhe compete em todos os restantes gastos da empresa (custos não industriais: de distribuição, administrativos e financeiros, obtém-se o custo complexivo. Este constitui o preço de venda abaixo do qual a empresa terá prejuízo.

Ao adicionar os custos figurativos (estes incluem a quota-parte a atribuir à remuneração dos capitais investidos na empresa pelos seus sócios e ao risco decorrente do exercício da actividade a que se dedica) obtém-se o custo económico-técnico, a que equivale ao preço de venda normal.

O preço de venda superior ao custo económico-técnico proporciona o chamado lucro puro.

CUSTOS DO PRODUTO versus CUSTOS DO PERÍODO

No período que se considerar (para efeitos de gestão, geralmente é o mês civil), as empresas fabricam os seus produtos. Os que não são vendidos no período considerado ficam em stock no armazém (variação de produção).

Temos então custos dos produtos que correspondem à valorização das existências e somente os custos dos produtos que são vendidos é que são considerados também custos do período (afectam o resultado). Os custos do período incorporam pois o custo industrial dos produtos que são vendidos e os custos das restantes funções que ocorram nesse intervalo de tempo.

CUSTOS DIRECTOS

São aqueles que se identificam exclusiva e especificamente com o objecto de custo/custeio.

CUSTOS INDIRECTOS

São aqueles que respeitam a diferentes objectos de custo/custeio. A sua repartição pelos vários objectos de custo/custeio assenta em critérios de imputação por vezes subjectivos e questionáveis.

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CUSTO FIXOS versus CUSTOS VARIÁVEIS

Consoante varia o nível de actividade da empresa, alguns dos custos atrás referidos comportam-se como Custos Fixos e outros como Custos Variáveis.

Os Custos Variáveis dependem do nível de actividade da empresa e os Custos Fixos, no curto prazo, são constantes independentemente da actividade desenvolvida. A variabilidade do nível de actividade da empresa mede-se para os custos industriais em função da quantidade produzida e para os custos não industriais em função das quantidades vendidas.

Normalmente os Custos Fixos identificam-se com os custos de estrutura, considerando uma determinada capacidade instalada.

EXERCÍCIO NR.º 1 – Dra. Maria Hélder

A Generosa da Estremadura S.A. dedica-se ao fabrico de uma afamada marca de vinho moscatel. O balancete do razão em 31.Dez.”N” apresenta entre outros os seguintes valores em €:

Compras 3.820.000,00Fornecimentos e serviços externos 210.000,00Gastos com o pessoal 752.000,00Gastos de amortização 136.000,00Outros gastos e perdas (operacionais) 40.000,00Gastos e perdas de financiamento 245.000,00Vendas 5.166.000,00Outros rendimentos e ganhos (operacionais) 48.200,00Rendimentos e ganhos de financiamento 2.800,00

Relativamente ao ano “N” foram ainda recolhidos os seguintes elementos (valores em €):

Repartição de alguns gastos por destino Fábrica Distribuição Administrativos TOTAISFornecimentos e serviços externos 62.000,00 95.000,00 53.000,00 210.000,00Gastos com o pessoal 242.000,00 284.000,00 226.000,00 752.000,00Gastos de depreciação e de amortização 74.000,00 37.000,00 25.000,00 136.000,00Outros gastos e perdas 4.000,00 6.000,00 30.000,00 40.000,00

TOTAIS 382.000,00 422.000,00 334.000,00 1.138.000,00

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Existências Em 01.Jan.”N” Em 31.Dez.”N”Matérias-primas e subsidiárias € 740.000,00 € 860.000,00Produtos em curso de fabrico € 42.000,00 € 34.000,00 Produtos acabados e intermédios € 117.000,00 € ? Produtos acabados e intermédios 36.000 litros 48.000 litros

Quantidade de vinho “Moscatel” vendida no ano “N”: 1.148.000 litros.

O critério de valorimetria adoptado para o custeio das saídas é o FIFO.

PEDIDO:

Prepare as demonstrações dos resultados por funções e por naturezas, admitindo que a taxa de IRC é de 20%.

RESOLUÇÃO DO EXERCÍCIO NR.º 1

Balancete do razão é um balancete que só inclui contas de razão (contas principais, de dois dígitos).

1) Apuramento do Custo das Matérias Consumidas

MPfMPO SCMPSCMC 000.860000.820.3000.740 CMC

00,000.700.3CMC €

Significa que, no período, se verificou o fluxo do AMP para a FABRICAÇÃO de € 3.700.000,00 de matérias-primas

€740.000,00

€860.000,00

€42.000,00

€34.000,00

€117.000,0036.000 litros

1.148.000 litros vendidos

€3.700.000,00

€ ?48.000 litros

€4.090.000,00

€3.820.000,00

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2) Apuramento do Custo de Fabricação/Produção (Custo Industrial – CIP)

GGFModCT çãotransformac . 000.4000.74000.242000.62. çãotransformacCT

00,000.382. çãotransformacCT

GGFModMPCIP 000.382000.700.3 CIP00,000.082.4CIP €

Significa que o custo de produção do período ascendeu a € 4.082.000,00

3) Apuramento do Custo da Produção Acabada/Terminada (Pt)

PCFPCFt SfCIPSoCIPAP 000.34000.082.4000.42 CIPA00,000.090.4000.090.4 tPCIPA €

Significa que, no período, o fluxo para o APA da produção terminada foi de € 4.090.000,00

4) Apuramento do Custo das Vendas (CIPV)

Sabemos que vendemos 1.148.000 litros de vinho “Moscatel” no período “N” e queremos apurar o seu custo:

PAPA SfCIPASoCIPV

Mas, para calcular o CIPV temos que previamente calcular o PASf – stock de existências finais de produtos acabados (este dado não é fornecido no enunciado do exercício).

Todos os fluxos de saída na unidade industrial são valorizados/custeados pelo critério FIFO. Assim, temos:

Stock inicial no APA em quantidades…………………….: 36.000 litrosProdução vendida em quantidades (que saiu do APA)...: 1.148.000 litrosStock final no APA em quantidades………………………: 48.000 litros

000.160.1000.48000.36000.148.1 litros

A quantidade de produção terminada que foi transferida da FABRICAÇÃO para o APA foi de 1.160.000 litros de “Moscatel”

000.160.1tP litros

Q

custosuc .. 52586,3

000.160.100,000.090.4..

.. lP

Pdacustouc

t

t €/litro

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00,241.16952586,3000.48..000.48€ unitárioclitrosSfPA

PAPA SfCIPASoCIPV 241.169000.090.4000.117 CIPV00,759.037.4CIPV €

Os 1.148.000 litros que foram vendidos no período “N” tiveram um custo industrial de € 4.037.759,00

5) Apuramento da Variação da Produção

A variação da produção: calcula-se a diferença algébrica entre os stocks finais e os stocks iniciais das contas “Produtos acabados e intermédios”, “Subprodutos, desperdícios, resíduos e refugos” e “Produtos e trabalhos em curso”, tomando ainda em consideração o movimento registado em “Regularização de existências”.

PCFPAPCFPA OOff SSSSPRODUÇÃOV .

000.42000.117000.34241.169. PRODUÇÃOV

00,241.44000.159241.203. PRODUÇÃOV

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CONTABILIDADE CUSTOS – CONTABILIDADE ANALÍTICA

Mário Figueiredo ISCAP - Ano Lectivo 2008/2009 Folha 19 → 150

DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS POR NATUREZASPOC Custos e Perdas Ano “N”61 Custos das mercadorias vendidas e matérias consumidas 3.700.000,0062 Fornecimento e serviços externos 210.000,0063 Impostos 0,0064 Custos com o pessoal 752.000,0065 Outros custos e perdas operacionais 40.000,0066 Amortizações e ajustamentos do exercício 136.000,0067 Provisões do exercício 0,00

(A) 4.838.000,0068 Custos e perdas financeiras 245.000,00

(C) 5.083.000,0069 Custos e perdas extraordinárias 0,00

(E) 5.083.000,0086 Imposto sobre o rendimento do exercício – 20% 35.648,00

(G) 5.118.648,088 Resultado líquido do exercício 142.593,00

Total 5.261.241,00Proveitos e Ganhos

71 Vendas 5.166.000,0072 Prestações de serviços 0,00

Variação da produção 44.241,0073 Proveitos suplementares 0,0074 Subsídios à exploração 0,0075 Trabalhos para a própria empresa 0,0076 Outros proveitos e ganhos operacionais 48.200,0077 Reversões de amortizações e ajustamentos 0,00

(B) 5.258.441,0078 Proveitos e ganhos financeiros 2.800,00

(D) 5.261.241,0079 Proveitos e ganhos extraordinários 0,00

Total (F) 5.261.241,00

RESUMO:Resultados Operacionais: (B) – (A) 420.441,00Resultados Financeiros: ( D-B ) – ( C-A ) - 242.200,00Resultados Correntes: (D) – (C) 178.241,00Resultados Antes de Impostos: ( F-E) 178.241,00Resultados Líquidos: (F) – (G) 142.593,00

DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS POR FUNÇÕESAno “N”

Vendas e prestações de serviços 5.166.000,00Custos das vendas e das prestações de serviços - 4.037.759,00Resultados brutos 1.128.241,00Outros proveitos e ganhos operacionais 48.200,00Custos de distribuição - 422.000,00Custos administrativos - 334.000,00Outros custos e perdas operacionais 40.000,00Resultados operacionais 420.441,00Custo líquido de financiamento - 242.200,00Ganhos (perdas) em filiais e associadas 0,00Ganhos (perdas) em outros investimentos 0,00Resultados correntes 178.241,00Impostos sobre os resultados correntes (20%) - 35.648,00Resultados correntes após impostos 142.593,00Resultados extraordinários 0,00Impostos sobre os resultados extraordinários (20%) 0,00Resultados líquidos 142.593,00Resultados por acção -

TPC: RESOLUÇÃO DO EXERCÍCIO UTILIZANDO O MÉTODO LIFO E CUSTO MÉDIO PONDERADO

Já estão incorporados

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CONTABILIDADE CUSTOS – CONTABILIDADE ANALÍTICA

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ARTICULAÇÃO ENTRE A CONTABILIDADE ANALÍTICA E A CONTABILIDADE FINANCEIRA

Em Portugal não existe normalização quanto à Contabilidade Analítica. Cada empresa concebe o seu plano de Contabilidade Analítica (classe 9). Os sistemas que existem para fazer a articulação entre a Contabilidade Financeira e Contabilidade Analítica são:

SISTEMAS MONISTAS (1 só plano de contas: C. Geral)

Sistema Monista Radical ou único indiviso Sistema Monista Diviso ou Monisto Moderado

SISTEMAS DUALISTA (2 planos de contas)

Sistema Duplo-Contabilístico Sistema Duplo-Misto

EXERCÍCIO NR.º 2 – Dra. Maria Hélder

Considere a unidade industrial BETA SA que fabrica um único produto e que em determinado período apresentou a seguinte informação:

1. Balancete de verificação em anexo (em milhares de €).

2. Existências em 31.DEZ.”N” (valores em milhares de €):

Mercadorias 100Produtos fabricados 1.500Produtos em curso de fabrico 1.000Matérias-primas 2.000

3. Classificação dos custos do período por funções ou por destino (valores em milhares de €):

Custos do sector fabril 4.500 (1.000 de MOD)Custos do sector comercial 1.280Custos do sector administrativo 400Gastos de financiamento 400Outros gastos e perdas 70TOTAIS 6.650

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CONTABILIDADE CUSTOS – CONTABILIDADE ANALÍTICA

Mário Figueiredo ISCAP - Ano Lectivo 2008/2009 Folha 21 → 150

4. Os impostos sobre o resultado do exercício representam 20%.

5. A produção do período é avaliada ao custo industrial.

ANEXO

Balancete de verificação em 31.DEZ.”N” da unidade industrial BETA SA obtido na Contabilidade Financeira (valores em milhares de €):

CONTAS MOV. ACUMULADO SALDOS

Débito Crédito Devedor Credor

Caixa e depósitos à ordem 16.000 15.500 500Clientes 23.000 20.000 3.000Fornecedores 17.000 18.200 1.200Provisões 100 100Compras de Matérias-primas 15.500 500 15.000Mercadorias 100 100Matérias-primas, subsidiárias e de consumo 3.000 3.000Produtos acabados e intermédios 2.000 2.000Produtos e trabalhos em curso 500 500Activos fixos tangíveis 6.800 6.800Capital 3.000 3.000Fornecimentos e serviços externos 3.000 100 2.900Gastos com o pessoal 2.000 2.000Gastos da amortização e de depreciação 1.100 1.100Provisões do período 180 180Outros gastos e perdas 70 70Gastos e perdas de financiamento 400 400Vendas 600 33.600 33.000Outros rendimentos e ganhos 410 410Rendimentos e ganhos de financiamento 40 40Resultado líquido do período 940 940

TOTAIS 92.290 92.290 37.650 37.650

PEDIDOS:

1. Registos na Contabilidade Interna do movimento do período e do apuramento do resultado, em sistema dualista duplo-contabilístico.

2. Elabore as demonstrações dos Resultados por Funções e por Naturezas.

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CONTABILIDADE CUSTOS – CONTABILIDADE ANALÍTICA

Mário Figueiredo ISCAP - Ano Lectivo 2008/2009 Folha 22 → 150

1) Apuramento do Custo das Matérias Consumidas e das Mercadorias Vendidas

MPMP SfComprasSoCMC

000.2000.15000.3 CMC000.16CMC m€

MercadoriaMercadoria SfComprasSoCMV

1000100 CMV0CMV

2) Apuramento do Custo de Fabricação/Produção (Custo Industrial – CIP)

CTMPCI GGFMODMPCI

500.3000.1000.16 CI500.20CI m€

3) Apuramento do Custo da Produção Acabada/Terminada (Pt)

PCFPCF SfCISoCIPA

000.1500.20500 CIPA000.20CIPA m€

m€ 100

m€ 1.500

m€ 2.000

m€ 1.000

m€ 2.000

m€ 500m€ 3.000

m€ 15.000

m€ 100

Mercadorias

m€ 16.000 m€ 20.00

m€ 20.500

Page 23: Caderno analitica

CONTABILIDADE CUSTOS – CONTABILIDADE ANALÍTICA

Mário Figueiredo ISCAP - Ano Lectivo 2008/2009 Folha 23 → 150

4) Apuramento do Custo das Vendas (CIPV)

PAPA SfCIPASoCIPV

500.1000.20000.2 CIPV500.20CIPV m€

5) Apuramento da Variação da Produção

A variação da produção: calcula-se a diferença algébrica entre os stocks finais e os stocks iniciais das contas “Produtos acabados e intermédios”, “Subprodutos, desperdícios, resíduos e refugos” e “Produtos e trabalhos em curso”, tomando ainda em consideração o movimento registado em “Regularização de existências”.

PCFPAPCFPA SoSoSfSfPRODUÇÃOV . 500000.2000.1500.1. PRODUÇÃOV

0500.2500.2. PPRODUÇÃOV

Demonstração de Resultados por Naturezas (em milhares de €):

CUSTOS E PERDAS PROVEITOS E GANHOS

61 – C.M.C.M.V. 16.000 71 – Vendas 33.00062 – Fornecimentos e Serviços Externos 2.900 72 – Prestação de Serviços 063 – Impostos 0 73 – Proveitos Suplementares 064 – Custos com o pessoal 2.000 74 – Subsídios à Exploração 065 – Outros custos operacionais 70 75 – Trabalhos p/a própria Empresa 066 – Amortizações e Ajustam. do Exerc. 1.100 76 – Outros Proveitos Operacionais 41067 – Provisões do Exercício 180 77 – Reversão Amort. e Ajustamentos 068 – Custos Financeiros 400 78 – Proveitos Financeiros 4069 – Custos Extraordinários 0 79 – Proveitos Extraordinários 0

22.650 Variação da Produção 0Imposto s/ o rendimento do Exercício 2.160Resultado Líquido do Exercício 8.640

33.450 33.450

800.10650.22450.33 RAI m€Imposto s/Rendimento do Exercício (30%) 160.22,0800.10 m€

640.8160.2800.10 RLE m€

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CONTABILIDADE CUSTOS – CONTABILIDADE ANALÍTICA

Mário Figueiredo ISCAP - Ano Lectivo 2008/2009 Folha 24 → 150

Demonstração de Resultados por Funções (em milhares de €):

TOTAL

Vendas e Prestação de Serviços 33.000Custo das Vendas e Prestação de Serviços (20.500)

Resultado Bruto 12.500Outros Proveitos Operacionais 410Custos de Distribuição (1.280)Custos Administrativos (400)Outros Custos Operacionais (70)

Resultados Operacionais 11.160Resultados Financeiros (360)

Resultados Correntes 10.800Impostos sobre os Resultados Correntes (20%) (2.160)

Resultados Correntes após Impostos 8.640Resultados Extraordinários 0Imposto sobre os Resultados Extraordinários (20%) 0

RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 8.640

RELEVAÇÃO DIGRÁFICA EM SISTEMA DUALISTA DUPLO-CONTABILÍSTICO

São 3 as fases da Relevação Digráfica em Sistema Dualista Duplo-Contabilístico:

Abertura dos saldos iniciais; Movimentos do período; Apuramento de resultados.

Contas 91.X – são contas reflectidas, contas de contrapartidaContas 92.X – são contas de reclassificação dos custosContas 93.X – são contas de existências

( - 400 + 40 )

( 10.800 x 0,20 )

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CONTABILIDADE CUSTOS – CONTABILIDADE ANALÍTICA

Mário Figueiredo ISCAP - Ano Lectivo 2008/2009 Folha 25 → 150

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EXERCÍCIO NR.º 1 – Dr. Luís Abrantes SISTEMA DUPLO-CONTABILÍSTICO – DR POR FUNÇÕES – DR POR NATUREZAS.

Considere uma empresa industrial e os seguintes dados relativos ao ano N (valores em €):

1. Existências iniciais do activo de exploração:

Matérias-primas 200.000,00Produtos em curso de fabrico 50.000,00Produtos acabados 120.000,00

2. Compras de matérias-primas: 2.000.000,003. Custos do mês, classificados segundo a natureza específica (classe 6, contabilidade geral):

Fornecimentos e serviços externos 540.000,00Custos com o pessoal 200.000,00Amortizações do exercício 160.000,00Custos e perdas financeiras 80.000,00Custos e perdas extraordinárias 20.000,00

4. Reclassificação dos mesmos custos, por funções (classe 9, contabilidade analítica):

Custos fabris 630.000,00Custos de distribuição 150.000,00Custos administrativos 120.000,00Custos e perdas financeiras 80.000,00Custos e perdas extraordinárias 20.000,00

5. Custo das matérias consumidas: 1.900.000,006. Custo da produção terminada: 2.300.000,007. Custo dos produtos vendidos: 1.800.000,008. Proveitos e ganhos do mês:

Vendas 2.300.000,00Proveitos suplementares 30.000,00Proveitos e ganhos financeiros 10.000,00Proveitos e ganhos extraordinários 30.000,00

9. Impostos sobre os lucros: 30%

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CONTABILIDADE CUSTOS – CONTABILIDADE ANALÍTICA

Mário Figueiredo ISCAP - Ano Lectivo 2008/2009 Folha 27 → 150

PEDIDOS:

a) Relevação digráfica do movimento do período e apuramento dos resultados, em sistema dualista duplo-contabilístico;

b) Demonstração de resultados por funções (contabilidade analítica);c) Demonstração de resultados por naturezas (contabilidade geral).

1) Apuramento do Custo das Vendas (CIPV)

PAPA SfCIPASoCIPV

PASf 000.300.2000.120000.800.100,000.620PASf

2) Apuramento do Custo da Produção Acabada/Terminada (Pt)

PCFPCF SfCISoCIPA

PCFSf 000.530.2000.50000.300.200,000.280PCFSf

3) Apuramento do Custo de Fabricação/Produção (Custo Industrial – CIP)

CTMPCI 000.630000.900.1 CI

00,000.530.2CI

€ 200.000,00

€ 2.000.000,00 € 120.000,00

€ 620.000,00

CIPV= € 1.800.000,00

CIPA= € 2.300.000,00

€ 280.000,00

€ 50.000,00

€ 1.900.000,00

CI = € 2.530.000,00

€ 300.000,00

Page 28: Caderno analitica

CONTABILIDADE CUSTOS – CONTABILIDADE ANALÍTICA

Mário Figueiredo ISCAP - Ano Lectivo 2008/2009 Folha 28 → 150

4) Apuramento do Custo das Matérias Consumidas e das Mercadorias Vendidas

MPMP SfComprasSoCMC

MPSf 000.000.2000.200000.900.100,000.300MPSf

5) Apuramento da Variação da Produção

A variação da produção: calcula-se a diferença algébrica entre os stocks finais e os stocks iniciais das contas “Produtos acabados e intermédios”, “Subprodutos, desperdícios, resíduos e refugos” e “Produtos e trabalhos em curso”, tomando ainda em consideração o movimento registado em “Regularização de existências”.

PCFPAPCFPA SoSoSfSfPRODUÇÃOV . 000.50000.120000.280000.620. PRODUÇÃOV

000.170000.900. PRODUÇÃOV00,000.730. PRODUÇÃOV

DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS POR NATUREZAS

Demonstração dos Resultados LíquidosCUSTOS E PERDAS PROVEITOS E GANHOS

61 – C.M.C. 1.900.000 71 – Vendas 2.300.00062 – Fornecimentos e Serviços Externos 540.000 72 – Prestação de Serviços63 – Impostos 73 – Proveitos Suplementares 30.00064 – Custos com o pessoal 200.000 74 – Subsídios à Exploração65 – Outros custos operacionais 75 – Trabalhos p/a própria Empresa66 – Amortizações e Ajustam. do Exerc. 160.000 76 – Outros Proveitos Operacionais67 – Provisões do Exercício 77 – Reversão Amort. e Ajustamentos68 – Custos Financeiros 80.000 78 – Proveitos Financeiros 10.00069 – Custos Extraordinários 20.000 79 – Proveitos Extraordinários 30.000

2.900.000 Variação da Produção 730.000Imposto s/ o rendimento do Exercício 60.000Resultado Líquido do Exercício 140.000

3.100.000 3.100.000

Imposto s/Rendimento do Exercício (30%) 00,000.603,0000.900.2000.100.3

00,000.140000.60000.200000.60000.900.2000.100.3 RLE

Page 29: Caderno analitica

CONTABILIDADE CUSTOS – CONTABILIDADE ANALÍTICA

Mário Figueiredo ISCAP - Ano Lectivo 2008/2009 Folha 29 → 150

DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS POR FUNÇÕES (Contabilidade Analítica)

TOTALVendas e Prestação de Serviços 2.300.000,00Custo das Vendas e Prestação de Serviços - 1.800.000,00

Resultado Bruto 500.000,00Outros Proveitos Operacionais 30.000,00Custos de Distribuição - 150.000,00Custos Administrativos - 120.000,00Outros Custos Operacionais 0,00

Resultados Operacionais 260.000,00Resultados Financeiros - 70.000,00

Resultados Correntes 190.000,00Impostos sobre os Resultados Correntes (30%) - 57.000,00

Resultados Correntes após Impostos 133.000,00Resultados Extraordinários 10.000,00Imposto sobre os Resultados Extraordinários (30%) - 3.000,00

RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 140.000,00

Nota: As empresas com sistemas de contabilidade analítica devem adoptar o Sistema de Inventário Permanente.

Proveitos Suplementares

( - 80.000 + 10.000 )

( 190.000 x 0,30 )

( - 20.000 + 30.000 )

Page 30: Caderno analitica

CONTABILIDADE CUSTOS – CONTABILIDADE ANALÍTICA

Mário Figueiredo ISCAP - Ano Lectivo 2008/2009 Folha 30 → 150

Page 31: Caderno analitica

CONTABILIDADE CUSTOS – CONTABILIDADE ANALÍTICA

Mário Figueiredo ISCAP - Ano Lectivo 2008/2009 Folha 31 → 150

EXERCÍCIO NR.º 2 – Dr. Luís Abrantes SISTEMA DUPLO-CONTABILÍSTICO – DR POR FUNÇÕES – DR POR NATUREZAS.

Considere uma empresa que no mês passado apresentava os seguintes dados (valores em €):

PRODUÇÃO DISTRIB. ADMIN. OUTROS FINANCEIROS EXTRAORD. TOTALVendas 1.400.000Proveitos Suplementares 700Subsídios à Exploração 3.000Trabalhos Própria Empresa 27.000Outros Prov. Operacionais 300Reversão de Ajustamentos 800Proveitos Financeiros 500Proveitos Extraordinários 4.800Forn. e Serviços Externos 120.000 40.000 36.000 4.000 200.000Impostos 500 1.000 4.400 5.900Custos com o Pessoal 160.000 31.400 40.000 231.400Outros Custos Operaci. 1.200 200 1.300 200 2.900Amort. e Ajust. Exercício 80.000 20.000 14.000 600 114.600Custos Financeiros 100 600 2.000 8.000 10.700Custos Extraordinários 200 500 1.300 800 2.800

362.000 93.700 99.000 4.800 8.000 800

Relativamente às existências, são conhecidos os seguintes valores (em €):

INICIAIS FINAISProdutos Acabados 40.000 65.000Mercadorias 6.000 2.000Produtos em Curso 50.000 70.000Matérias-Primas 75.000 55.000Compra de Mercadorias 36.000Compra de Matérias-Primas 780.000

Do custo dos trabalhos para o imobilizado, € 15.000 dizem respeito a consumo de matérias-primas, sendo o restante referente a custos de transformação.

Imposto sobre os lucros: 30%

PEDIDOS:

1) Contabilização do movimento do período e do apuramento de resultados, em sistema dualista duplo-contabilístico;

2) Demonstração dos resultados, por funções e por naturezas.

Page 32: Caderno analitica

CONTABILIDADE CUSTOS – CONTABILIDADE ANALÍTICA

Mário Figueiredo ISCAP - Ano Lectivo 2008/2009 Folha 32 → 150

1) Apuramento do Custo das Matérias Consumidas e das Mercadorias Vendidas

MPMP SfComprasSoCMC

000.55000.780000.75 CMC00,000.800CMC €

MercadoriaMercadoria SfComprasSoCMV

000.2000.36000.6 CMV00,000.40CMV €

2) Apuramento do Custo de Fabricação/Produção (Custo Industrial – CIP)

CTMPCI 000.362000.800 CI

00,000.162.1CI €

3) Apuramento do Custo da Produção Terminada (Pt - CIPA)

PCFPCF SfCISoCIPA

000.70000.162.1000.50 CIPA00,000.142.1CIPA €

00,000.115.1000.27000.142.1 CIPA € (transferidos para o APA)

Destes € 1.142.000,00 de Produção Terminada, € 27.000 vão para imobilizado (trabalhos para a própria empresa).

€ 75.000,00

€ 780.000,00 € 120.000,00

€ 620.000,00

CIPV= € 1.800.000,00

CIPA= € 1.115.000,00

€ 70.000,00

€ 50.000,00

€ 800.000,00

CI = € 1.162.000,00

€ 55.000,00

€ 36.000,00 Armazémde

Mercadorias

€ 6.000,00

€ 2.000,00

IMOBILIZADO(trabalhos para a própria empresa)

Page 33: Caderno analitica

CONTABILIDADE CUSTOS – CONTABILIDADE ANALÍTICA

Mário Figueiredo ISCAP - Ano Lectivo 2008/2009 Folha 33 → 150

4) Apuramento do Custo das Matérias Consumidas e das Mercadorias Vendidas

PAPA SfCIPASoCIPV

000.65000.115.1000.40 CIPV00,000.090.1CIPV €

5) Apuramento da Variação da Produção

A variação da produção: calcula-se a diferença algébrica entre os stocks finais e os stocks iniciais das contas “Produtos acabados e intermédios”, “Subprodutos, desperdícios, resíduos e refugos” e “Produtos e trabalhos em curso”, tomando ainda em consideração o movimento registado em “Regularização de existências”.

PCFPAPCFPA SoSoSfSfPRODUÇÃOV . 000.50000.40000.70000.65. PRODUÇÃOV

000.90000.135. PRODUÇÃOV00,000.45. PRODUÇÃOV €

DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS POR NATUREZAS

Demonstração dos Resultados LíquidosCUSTOS E PERDAS PROVEITOS E GANHOS

61 – C.M.V.M.C. 840.000 71 – Vendas 1.400.00062 – Fornecimentos e Serviços Externos 200.000 72 – Prestação de Serviços 063 – Impostos 5.900 73 – Proveitos Suplementares 70064 – Custos com o pessoal 231.400 74 – Subsídios à Exploração 3.00065 – Outros custos operacionais 2.900 75 – Trabalhos p/a própria Empresa 27.00066 – Amortizações e Ajustam. do Exerc. 114.600 76 – Outros Proveitos Operacionais 30067 – Provisões do Exercício 0 77 – Reversão Amort. e Ajustamentos 80068 – Custos Financeiros 10.700 78 – Proveitos Financeiros 50069 – Custos Extraordinários 2.800 79 – Proveitos Extraordinários 4.800

1.408.300 Variação da Produção 45.000Imposto s/ o rendimento do Exercício 22.140Resultado Líquido do Exercício 51.660

1.482.100 1.482.100

00,73800300.408.1100.482.1 RAI €Imposto s/Rendimento do Exercício (30%) 00,140.223,0800.73 €

00,660.51140.22800.73 RLE

Page 34: Caderno analitica

CONTABILIDADE CUSTOS – CONTABILIDADE ANALÍTICA

Mário Figueiredo ISCAP - Ano Lectivo 2008/2009 Folha 34 → 150

DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS POR FUNÇÕES (Contabilidade Analítica)

TOTAL1. Vendas das Mercadorias e dos Produtos 1.400.000,002. Custos das Mercadorias e Produtos Vendidos - 1.130.000,003. Sub-Total 270.000,004. Custos de Trabalhos para Imobilizado - 27.000,005. Resultado Bruto (3-4) 243.000,006. Outros Proveitos Operacionais (700+3.000+27.000+300+800) 31.800,007. Custos de Distribuição - 93.700,008. Custos Administrativos - 99.000,009. Outros Custos Operacionais - 4.800,0010. Resultados Operacionais (5+6+7+8+9) 73.300,0011. Resultados Financeiros - 7.500,0012. Resultados Correntes 69.800,0013. Impostos sobre os Resultados Correntes (30%) - 20.940,0014. Resultados Correntes após Impostos 48.860,0015. Resultados Extraordinários 4.000,0016. Imposto sobre os Resultados Extraordinários (30%) - 1.200,00

RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 51.660,00

TOTAL Produção T. EmpresaCompra de Matérias-Primas 780.000Exist. Iniciais Matérias-Primas 75.000Exist. Finais Matérias-Primas 55.000Custo Matérias Consumidas 800.000 785.000 15.000Custos de Transformação 362.000 350.000 12.000

1.090.000 + 40.000

Page 35: Caderno analitica

CONTABILIDADE CUSTOS – CONTABILIDADE ANALÍTICA

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PARTE II – A MEDIDA DA PRODUÇÃO

CAPÍTULO I – Quadro Conceptual6. Conceitos de produto, de processo produtivo e de sistema produtivo7. Estudos dos sistemas e dos processos produtivos

2.1. Classificação dos sistemas produtivos – uniformes e múltiplos2.2. Segmentação dos processos e dos sistemas produtivos2.3. Estruturas dos sistemas e dos processos produtivos

8. Os conceitos de medida da produção4.3. A produção terminada 4.4. A produção inacabada e graus de acabamento4.5. A produção equivalente a acabada: os coeficientes de acabamento4.6. A produção acabada 4.7. A produção efectiva

CAPÍTULO II – A medida das produções efectiva e terminada7. A medida da produção efectiva de um produto e o método das unidades equivalentes

1.1. Num segmento do seu processo produtivo1.2. Num sistema produtivo segmentado

8. A medida das produções efectiva e terminada de um centro produtivo2.1. O método de homogeneização das produções efectivas

Produto: coisa produzida (um bem ou serviço).

Processo produtivo: conjunto das acções, de diversos agentes/factores, a que as matérias-primas são sujeitas para a sua transformação em produtos acabados.

Sistema produtivo: tipo de sistema de produção utilizado pela unidade produtiva. O tipo de produção pode ser uniforme (quando elabora um único produto – P1) ou múltipla (se fabrica dois ou mais produtos – P1, P2, P3, …Pn). Em produção múltipla, ela será disjuntaquando se fabrica um produto em cada ciclo do processo produtivo (exemplo de uma indústria de mobiliário), e conjunta quando em simultâneo no mesmo ciclo do processo produtivo se obtém dois ou mais produtos (exemplo da indústria petrolífera ou lacticínios).

Processo produtivo não segmentado: inexistência de segmentos menores… uma só fase de fabricação (por razões técnicas ou convencionais).

Processo não segmentado

0 1

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Processo produtivo segmentado: quando a elaboração dos produtos está sujeita a várias fases de fabricação (exemplo da indústria do calçado, onde normalmente se identificam 4 fases de fabricação: corte, costura, montagem, e acabamento).

Processo segmentado

Estádio de elaboração de um produto: é a parte já decorrida do processo produtivo.

Regimes de fabrico: A unidade industrial poderá trabalhar no regime de fabricação contínua, ininterruptamente (caso da indústria do vidro, em que parar a actividade do forno implicaria o seu colapso), sendo este regime típico da produção uniforme. Ou poderá trabalhar em regime de fabricação descontínua (é necessário parar a fabricação de certos produtos para se produzirem outros), podendo ser em série ou por encomenda (produtos com características específicas).

Estrutura do processo produtivo: forma como se ordenam as operações no processo da produção, podendo a unidade produtiva ter uma estrutura linear, convergente, divergente, ou mista.

EEssttrruuttuurraa lliinneeaarr:: as operações sucedem-se por ordem cronológica formando uma série única.

nAAAA ...321

EEssttrruuttuurraa ccoonnvveerrggeennttee:: se uma dada operação é precedida de duas ou mais séries lineares de operações.

nAAAA ...321

nCCC ...21

nBBB ...21

EEssttrruuttuurraa ddiivveerrggeennttee:: se a uma dada operação sucedem duas ou mais séries lineares de operações.

nBBB ...21

nAAA ...21

nCCC ...21

EEssttrruuttuurraa mmiissttaa:: combinação de duas ou mais das estruturas anteriores.

0 1 2 3 ww-1

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CONTABILIDADE CUSTOS – CONTABILIDADE ANALÍTICA

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Produção terminada: contabilisticamente a produção terminada pressupõe um fluxo – a produção terminada de um certo segmento j é a que, tendo nele sido acabada, transita para o segmento j+1; a produção terminada na unidade industrial como um todo é a que, tendo sido acabada no segmento w, último integrante do processo, transita dali para os pontos de armazenagem dos produtos prontos para venda.

PAOFw SSPvPtPA

O valor da produção terminada numa das fases de fabrico e que transitou para outro segmento é conseguida através da variação dos stocks de produtos em curso de fabrico, variação essa observada no segmento que se sucedeu (“anda-se para trás até chegar ao valor). Nas unidades produtivas é utilizado o método directo de registo/anotação dos valores.

Repare-se que a Produção Terminada corresponde ao CIPA, com a diferença que a primeira é medida em unidades físicas e a segunda em unidades monetárias (euros).

Produção inacabada ou em curso de fabrico: é a produção que num dado momento ainda se encontra nas linhas de fabrico, e que não é susceptível de ser transferida para o segmento seguinte ou para o armazém de produtos acabados.

Produção equivalente a acabada: para se conseguir medir a Produção Efectiva no período há a necessidade de valorizar a Produção em Curso em unidades de produto, convertendo os seus stocks iniciais e finais em unidades equivalentes a acabadas (de facto não conseguiríamos chegar à Produção Efectiva com valores medidos em horas de trabalho ou quilogramas de factores). Para o efeito, utilizam-se coeficientes de acabamento que espelham o grau de acabamento(comparativamente com a produção acabada – produtos prontos a serem vendidos) da produção inacabada.

Coeficiente de Acabamento:factordessenecessáriatotalQuantidade

oincorporadjáfactordoQuantidade....

....

Produção Terminada no último segmento do processo de fabrico e que transita para o armazém de produtos acabados, calculada pelo método indirecto, utilizando para o efeito a Produção Vendida.

Page 39: Caderno analitica

CONTABILIDADE CUSTOS – CONTABILIDADE ANALÍTICA

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Produção efectiva: é a produção que efectivamente se produziu no período, esteja ou não totalmente acabada.

PCjPCj OOFFj ScaScaPtPe ..

j factor produtivo

Regimes de incorporação de factores: diz respeito ao modo como, numa perspectiva económica e não física, os factores de produção (MP, MOD, GGF) são incorporados num dado segmento.

Incorporações Pontuais:

Incorporações Lineares:

EXEMPLOS DE INCORPORAÇÕES E COEFICIENTES DE ACABAMENTO

São incorporações instantâneas que podem acontecer tanto num único ponto do processo produtivo como em várias vezes ao longo da fase de fabricação.

São incorporações contínuas que podem acontecer com intensidade constante ou não ao longo do processo produtivo.

60%0% 100%

Pt = 5.000 UF(de automóveis)SO=0

LOTE EM LABORAÇÃO= 2.000 UF

t

Incorporação linear e constante de MP1

Incorporação pontual de MP2 = 60%

30%

Incorporação pontual de MP2 = 40%

Pe de MP1 e MP2 ?

Page 40: Caderno analitica

CONTABILIDADE CUSTOS – CONTABILIDADE ANALÍTICA

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UEAUEAScaScaPtPe MPOMPFMPMP MP600.5600000.50000.23,0000.5.. 1111 1

UEAUEAScaScaPtPe MPOMPFMPMP MP200.6200.1000.50000.26,0000.5.. 2222 2

UEAUEAScaScaPtPe MPOMPFMPMP MP600.6600.1000.50000.28,0000.5.. 1111 1

UEAUEAScaScaPtPe MPOMPFMPMP MP000.72000000.50000.21000.5.. 2222 2

60%0% 100%

Pt = 5.000 UF(de automóveis)SO=0

LOTE EM LABORAÇÃO= 2.000 UF

t

Incorporação linear e constante de MP1

Incorporação pontual de MP2 = 60%

30%

Incorporação pontual de MP2 = 40%

Pe de MP1 e MP2 ?

80%

60%0% 100%t

Incorporação linear e constante de MP2 = 50%

Incorporação pontual de MP1

30%

Incorporação pontual de MP2 = 50%

ca de MP1 e MP2 ?

80%

Page 41: Caderno analitica

CONTABILIDADE CUSTOS – CONTABILIDADE ANALÍTICA

Mário Figueiredo ISCAP - Ano Lectivo 2008/2009 Folha 41 → 150

Coeficientes de Acabamento decorridos 80% do período?

%1001 MPca

%75%25%50 *2 MPca

* %40%60%10012 tt de tempo ainda a decorrer

t ca%504,0 ?2,0 x

Coeficientes de Acabamento decorridos 80% do período?

%1001 MPca

%60%40%20 *2 MPca

* %40%60%10012 tt de tempo ainda a decorrer

t ca%804,0 ?2,0 x

60%0% 100%t

Incorporação pontual de MP1

30%

Incorporação pontual de MP2 = 20%

ca de MP1 e MP2 ?

80%

Incorporação linear e constante de MP2

Page 42: Caderno analitica

CONTABILIDADE CUSTOS – CONTABILIDADE ANALÍTICA

Mário Figueiredo ISCAP - Ano Lectivo 2008/2009 Folha 42 → 150

EXERCÍCIOS SOBRE A MEDIDA DA PRODUÇÃO – Produções Terminadas, Produções Efectivas, Produções Acabadas e Produções Equivalentes a Acabadas).

1.PROCESSO PRODUTIVO NÃO SEGMENTADO

EXERCÍCIO NR.º 1 – Dra. Maria Hélder

Considere uma unidade industrial que apresenta as seguintes características estruturais: O processo de fabrico é constituído por um único segmento (processo produtivo não

segmentado). No processo de transformação é fabricado um único produto P (produção uniforme ou única).

INFORMAÇÃO RELATIVA A UM DADO PERÍODO

1. Existências iniciais de produtos em curso de fabrico: 2.000 UF com 50% de acabamento.2. Produção transferida para o armazém de produtos fabricados (ou produção terminada) no

período: 15.000 UF do produto P.3. Existências finais de produtos em curso de fabrico: nulas.

PEDIDO:Calcule a produção efectiva do período, sendo a incorporação dos factores efectuada do seguinte modo:

Pontualmente no início do processo de fabrico; Linearmente ao longo de todo o processo de produção; Linearmente entre 0 e 50% do processo produtivo; Linearmente entre 50% e o final do processo de fabrico; Pontualmente no início do processo 50% dos factores e os restantes a 60% desse processo.

PCjPCj OOFFj ScaScaPtPe ..

50%0% 100%

Pt = 15.000 UF

SF = 0SO = 2.000 UF

Todos os factores foram incorporados (100%) pontualmente no início do processo de fabrico

t

O lote está localizado a meio do processo produtivo

PePeríodo= 13.000 UF

Page 43: Caderno analitica

CONTABILIDADE CUSTOS – CONTABILIDADE ANALÍTICA

Mário Figueiredo ISCAP - Ano Lectivo 2008/2009 Folha 43 → 150

000.2%1000000.15 Pe000.13000.2000.15 Pe UF

PCjPCj OOFFj ScaScaPtPe ..

000.2%500000.15 Pe000.14000.1000.15 Pe UF

PCjPCj OOFFj ScaScaPtPe ..

000.2%1000000.15 Pe000.13000.2000.15 Pe UF

PCjPCj OOFFj ScaScaPtPe ..

000.2%00000.15 Pe000.150000.15 Pe UF

50%0% 100%

Pt = 15.000 UF

SF = 0SO = 2.000 UF

Todos os factores foram incorporados linearmente ao longo do processo de produção

t PePeríodo= 14.000 UF

50%0% 100%

Pt = 15.000 UF

SF = 0SO = 2.000 UF

Todos os factores foram incorporados linearmente entre 0% e 50% do processo produtivo

t PePeríodo= 13.000 UF

50%0% 100%

Pt = 15.000 UF

SF = 0SO = 2.000 UF

Todos os factores foram incorporados linearmente entre 50% e o final do processo produtivo

t PePeríodo= 15.000 UF

Page 44: Caderno analitica

CONTABILIDADE CUSTOS – CONTABILIDADE ANALÍTICA

Mário Figueiredo ISCAP - Ano Lectivo 2008/2009 Folha 44 → 150

PCjPCj OOFFj ScaScaPtPe ..

000.2%500000.15 Pe000.14000.1000.15 Pe UF

EXERCÍCIO NR.º 1 – Dr. Luís Abrantes

DADOS GERAIS: A Sociedade Industrial X Lda tem como objecto a produção e comercialização do único produto P. O processo produtivo de P decorre numa única fase, sendo caracterizado pelo seguinte esquema

de incorporação de factores:Matérias-primas: MP1: 50% instantaneamente no ponto 0,3 do processo produtivo e o restante no

ponto 0,7 do mesmo processo; MP2: 80% no início do processo produtivo e os restantes 20% decorridos 60% do

mesmo.Custos de conversão Linearmente ao longo de todo o processo produtivo.

DADOS RELATIVOS AO ACTIVO DE EXPLORAÇÃO: As existências em 31.12.N-1 eram as seguintes:

Produtos em curso de fabrico – 4.000 unidades físicas de P com 35% de acabamento temporal.

Produtos acabados – 4.000 unidades. Fluxos relativos ao ano N:

Vendas de P – 100.000 unidades.Um incêndio destruiu 1.000 unidades físicas de produtos em curso de fabrico que se encontravam no ponto 0,5 do processo produtivo.

50%0% 100%

Pt = 15.000 UF

SF = 0SO = 2.000 UF

Os factores foram incorporados pontualmente em 50% no início do processo e os restantes a 60% desse processo

t PePeríodo= 14.000 UF60%

F 50% F 50%

Page 45: Caderno analitica

CONTABILIDADE CUSTOS – CONTABILIDADE ANALÍTICA

Mário Figueiredo ISCAP - Ano Lectivo 2008/2009 Folha 45 → 150

No fim do exercício N o activo de exploração apresentava a seguinte composição: Produtos em curso de fabrico – 5.000 unidades físicas de P com 65% de

acabamento temporal. Produtos acabados – 5.000 unidades.

PEDIDOS:Cômputo dos valores dos fluxos e stocks relativos ao produto P e para o ano N.

PAPA OF SSPvPt 000.101000.4000.5000.100 Pt UF

QuebracaSocaSfcaPtPe qPCFoPCFfj jj...

Sf = 5.000 UF caMP1 50% 2.500 UEAcaMP2 100% 5.000 UEA

t = 65% caCT 65% 3.250 UEA

So = 4.000 UF caMP1 50% 2.000 UEAcaMP2 80% 3.200 UEA

t = 35% caCT 35% 1.400 UEA

Q = 1.000 UF caMP1 50% 500 UEAcaMP2 80% 800 UEA

t = 50% caCT 50% 500 UEA

50%0% 100%

SoPCF = 4.000 UF

t60%

MP1 = 50%

30% 35% 65% 70%

MP1 = 50%MP2 = 80%

MP2 = 20%

Custos de Conversão

SfPCF = 5.000 UF

Quebra = 1.000 UF

Page 46: Caderno analitica

CONTABILIDADE CUSTOS – CONTABILIDADE ANALÍTICA

Mário Figueiredo ISCAP - Ano Lectivo 2008/2009 Folha 46 → 150

QTA: Quadro Tecnicamente Adequado

Cômputo da Pe: UEA → Unidades Equivalentes às Acabadas

M1 M2 C.Conversão

UF ca UEA ca UEA ca UEA

Produção Terminada + 101.000 100% 101.000 100% 101.000 100% 101.000Stock final produção em curso + 5.000 50% 2.500 100% 5.000 65% 3.250Stock inicial produção em curso - 4.000 50% 2.000 80% 3.200 35% 1.400Quebra + 1.000 50% 500 80% 800 50% 500Produção Efectiva Total 102.000 103.600 103.350Produção Efectiva Útil 101.500 102.800 102.850

QuebracaSocaSfcaPtPe qPCFoPCFfj jj...

000.102500000.2500.2000.1011

MPTOTALPe UF

500.101000.2500.2000.1011

MPÚTILPe UF

600.103800200.3000.5000.1012

MPTOTALPe UF

800.102200.3000.5000.1012

MPÚTILPe UF

350.103500400.1250.3000.101 CTTOTALPe UF850.102400.1250.3000.101 CTÚTILPe UF

LOCALIZAÇÃO DA PRODUÇÃO vs REGIMES DE INCORPORAÇÃO DE FACTORES

Situações/Casos Localização da Produção (L) Incorporação de Factores (I)1º Pontual Pontual2º Pontual Linear (contínua)3º Linear (contínua) Pontual4º Linear (contínua) Linear (contínua)

16 combinações possíveis

Page 47: Caderno analitica

CONTABILIDADE CUSTOS – CONTABILIDADE ANALÍTICA

Mário Figueiredo ISCAP - Ano Lectivo 2008/2009 Folha 47 → 150

Processo Produtivo em que:

As 2.000 UF são constituídas por dois lotes de 1.000 UF cada, localizadas:Lote 1 – no ponto 0,3 do processo;Lote 2 – no ponto 0,6 do processo produtivo.

Factor F é incorporado instantaneamente a 40% do processo.

Calcule o cam e as UEA.

LI

L LI

Page 48: Caderno analitica

CONTABILIDADE CUSTOS – CONTABILIDADE ANALÍTICA

Mário Figueiredo ISCAP - Ano Lectivo 2008/2009 Folha 48 → 150

MÉTODO DA SEPARAÇÃO DOS LOTES

L1: %0ca 0 UEA 00000.1 UF UEA

%50000.2000.1

UFUFcam

L2: %100ca 000.1 UEA 000.1%100000.1 UF UEA

MÉTODO DO COEFICIENTE DE ACABAMENTO MÉDIO (PONDERADO)

(% Lote 1 ca) + (% Lote 2 ca) = cam

%50%100%500%50 cam

000.1%50000.2 UFPCF UEA UEA

Processo Produtivo em que:

As 2.000 UF estão localizadas:Lote 1 – 60% no ponto 0,3 do processo;Lote 2 – restantes 40% no ponto 0,8 do processo produtivo.

Factor F é incorporado da seguinte forma:40% no início do processo;60% no ponto 0,6 do processo produtivo.

Calcule o cam e as UEA.

LL I

Page 49: Caderno analitica

CONTABILIDADE CUSTOS – CONTABILIDADE ANALÍTICA

Mário Figueiredo ISCAP - Ano Lectivo 2008/2009 Folha 49 → 150

Lote 1 (60%)Incorporou 40% de F %24%60%40

Lote 2 (40%)Incorporou 100% de F %40%40%100

%64%40%24 mca

280.1%64000.2 UFPCF UEA UEA

ca UF40% 1.200 = 480 UEA100% 800 = 800 UEA

1.280 UEA

Processo Produtivo em que:

As 2.000 UF estão localizadas:Lote 1 – 40% no ponto 0,2 do processo;Lote 2 – restantes no ponto 0,7 do processo produtivo.

Factor F é incorporado linearmente entre 40% e 80% do processo produtivo.

Calcule o cam e as UEA.

Lote 1 (40%)Incorporou 0% de F %0%40%0

Lote 2 (60%)Incorporou 75% de F %45%60%75

→ %64000.2280.1

LL

I

Page 50: Caderno analitica

CONTABILIDADE CUSTOS – CONTABILIDADE ANALÍTICA

Mário Figueiredo ISCAP - Ano Lectivo 2008/2009 Folha 50 → 150

t caf

80% - 40% = 40% 100%70% - 40% = 30% x

%75%40

%30%100

x

%45%45%0 mca

900%45000.2 UFPCF UEA UEA

Processo Produtivo em que:

As 2.000 UF estão localizadas:Lote 1 – 40% no ponto 0,2 do processo;Lote 2 – restantes no ponto 0,9 do processo produtivo.

Factor F é incorporado linearmente:60% entre o início e 40% do processo;40% entre o 80% e o termo do processo produtivo.

Calcule o cam e as UEA.

Lote 1 (40%)Incorporou 30% de F %12%40%30

Lote 2 (60%)Incorporou 20% de F, mais os 60% já incorporados %48%60%60%20

Page 51: Caderno analitica

CONTABILIDADE CUSTOS – CONTABILIDADE ANALÍTICA

Mário Figueiredo ISCAP - Ano Lectivo 2008/2009 Folha 51 → 150

t caf

40% - 0% = 40% 60%20% - 0% = 20% x

%30%40

%20%60

x %20

%20%10%40

x

%60%48%12 mca

200.1%60000.2 UFPCF UEA UEA

UEAUF 240800%30 UEAUF 960200.1%80

%60000.2200.1

000.2960240

mca

REGRA:

%021 caILL

%10012 caLLI

t caf

100% - 80% = 20% 40%90% - 80% = 10% x

Page 52: Caderno analitica

CONTABILIDADE CUSTOS – CONTABILIDADE ANALÍTICA

Mário Figueiredo ISCAP - Ano Lectivo 2008/2009 Folha 52 → 150

Processo Produtivo em que:

As 2.000 UF estão linearmente distribuídas ao longo de todo o processo produtivo. Factor F é incorporado pontualmente:

40% no ponto 20% do processo;60% no ponto 80% processo produtivo.

Calcule o cam e as UEA.

Incorporação (momento t) % lotes (t) ca (físico) Ponderação0% – 20% 20% 0% 0,0020% – 80% 60% 40% 0,2480% – 100% 20% 100% 0,20

Coeficiente de Acabamento Médio 44%

PCF (UEA) UEAUF 880%44000.2

Page 53: Caderno analitica

CONTABILIDADE CUSTOS – CONTABILIDADE ANALÍTICA

Mário Figueiredo ISCAP - Ano Lectivo 2008/2009 Folha 53 → 150

Incorporação (momento t) % lotes (t) ca (físico) Ponderação0% – 40% 40% 0% 0,0040% – 50% 25% 0% 0,0050% – 80% 75% 100% 0,75

Coeficiente de Acabamento Médio 75%

REGRA:

122

22 LLIL

caLIL

Page 54: Caderno analitica

CONTABILIDADE CUSTOS – CONTABILIDADE ANALÍTICA

Mário Figueiredo ISCAP - Ano Lectivo 2008/2009 Folha 54 → 150

%502

%100%02

212

21

LLII

11 LI SEMPRE cam=50%

22 LI

REGRA: Se o intervalo de localização e de incorporação forem coincidentes, o coeficiente de acabamento médio é de 50% %50;; 2121 mcaIILL

Page 55: Caderno analitica

CONTABILIDADE CUSTOS – CONTABILIDADE ANALÍTICA

Mário Figueiredo ISCAP - Ano Lectivo 2008/2009 Folha 55 → 150

Processo Produtivo em que:

As 2.000 UF estão linearmente distribuídas entre o ponto 0,4 e 0,8 do processo produtivo. Factor F é incorporado linearmente entre 20% e o ponto 60% do processo.

Calcule o cam e as UEA.

Incorporação (momento t) % lotes (t) ca (físico) Ponderação40% – 60% 50% 75% 0,37560% – 80% 50% 100% 0,500

Coeficiente de Acabamento Médio 87,5%

Page 56: Caderno analitica

CONTABILIDADE CUSTOS – CONTABILIDADE ANALÍTICA

Mário Figueiredo ISCAP - Ano Lectivo 2008/2009 Folha 56 → 150

PCF (UEA) UEAUF 750.1%5,87000.2

50% da produção está localizada entre o ponto 40% e 60% e incorpora um mínimo de 50% de factor e um máximo de 100%. Logo o coeficiente de acabamento médio (cam) será de 75%.

%752

%50%100

Processo Produtivo em que:

As 2.000 UF estão linearmente distribuídas entre o início e o termo do processo produtivo. Factor F é incorporado linearmente:

40% entre o início e o ponto 0,4 do processo;60% entre os pontos 0,6 e 0,8 do processo produtivo.

Calcule o cam e as UEA.

Incorporação (momento t) % lotes (t) % incorporação ca (físico) Ponderação0% – 40% 40% 40% 50% 0,0840% – 60% 20% 40% 100% 0,0860% – 80% 20% 100% 70% 0,1480% – 100% 20% 100% 100% 0,20

Coeficiente de Acabamento Médio 50%

PCF (UEA) UEAUF 000.1%50000.2

Page 57: Caderno analitica

CONTABILIDADE CUSTOS – CONTABILIDADE ANALÍTICA

Mário Figueiredo ISCAP - Ano Lectivo 2008/2009 Folha 57 → 150

EXERCÍCIO NR.º 2 – Dr. Luís Abrantes

O processo produtivo da Unidade Industrial X é constituído por um único segmento, sendo fabricados os produtos P1 e P2 (produção múltipla disjunta), caracterizado pelo seguinte esquema de incorporação de factores:

MATÉRIAS-PRIMAS: M1: instantaneamente, no início do processo produtivo; M2: instantaneamente, no ponto 0,60.

MÃO-DE-OBRA E GGF: linearmente, desde o ponto 0,20 até ao fim do processo.

INFORMAÇÃO RELATIVA A UM DADO PERÍODO:

Produções Terminadas: P1: 30.000 UF P2: 35.000 UF

Existências iniciais de produtos em curso de fabrico: P1: 2.500 UF com 20% de acabamento P2: 3.000 UF com 70% de acabamento

Existências finais de produtos em curso de fabrico: P1: 2.000 UF com 65% de acabamento P2: 2.400 UF com 20% de acabamento

PEDIDOS:Calcule as produções efectivas com referência a todos os factores.

0% 100%t60%40% 70%

PtP1= 30.000 UFPtP2= 35.000 UF

MP1 = 100%

MP2 = 100%

MOD + GGF

SfP1 = 2.000 UF (PCF)

SoP1 = 2.500 UF (PCF)

SfP2 = 2.400 UF (PCF)

20% 65%

SoP2 = 3.000 UF (PCF)

Page 58: Caderno analitica

CONTABILIDADE CUSTOS – CONTABILIDADE ANALÍTICA

Mário Figueiredo ISCAP - Ano Lectivo 2008/2009 Folha 58 → 150

PRODUTO P1:

caM1: 100%So = 2.500 UF ; t = 0,2 caM2: 0%

caCT: 0%

caM1: 100%Sf = 2.000 UF ; t = 0,65 caM2: 100%

caCT: 56,25%

t caCT

100% - 20% = 80% 100%65% - 20% = 45% X

5625,08,045,0

%80%45%100

X

1111 ..11 MoMfMM SocaSfcaPtPe

MM

500.200,1000.200,1000.301 MPe500.291 MPe UF

2222 ..22 MoMfMM SocaSfcaPtPe

MM

500.200,0000.200,1000.301 MPe000.321 MPe UF

CToCTfCTCT SocaSfcaPtPeCTCT

..

500.200,0000.25625,0000.301 MPe125.311 MPe UF

Se 100% dos CT são incorporados linearmente em 80% do segmento, a quanto corresponderá 45% desse mesmo segmento em termos da incorporação daquele factor?

Page 59: Caderno analitica

CONTABILIDADE CUSTOS – CONTABILIDADE ANALÍTICA

Mário Figueiredo ISCAP - Ano Lectivo 2008/2009 Folha 59 → 150

PRODUTO P2:

caM1: 100%So = 3.000 UF ; t = 0,7 caM2: 100%

caCT: 62,5%

caM1: 100%Sf = 2.400 UF ; t = 0,20 caM2: 0%

caCT: 0%

t caCT

100% - 20% = 80% 100%70% - 20% = 50% X

625,08,050,0

%80%50%100

X

1111 ..11 MoMfMM SocaSfcaPtPe

MM

000.300,1400.200,1000.351 MPe400.341 MPe UF

2222 ..22 MoMfMM SocaSfcaPtPe

MM

000.300,1400.200,0000.351 MPe000.321 MPe UF

CToCTfCTCT SocaSfcaPtPeCTCT

..

000.3625,0400.200,0000.351 MPe125.331 MPe UF

121IIIL

ca

Se 100% dos CT são incorporados linearmente em 80% do segmento, a quanto corresponderá 50% desse mesmo segmento em termos da incorporação daquele factor?

Page 60: Caderno analitica

CONTABILIDADE CUSTOS – CONTABILIDADE ANALÍTICA

Mário Figueiredo ISCAP - Ano Lectivo 2008/2009 Folha 60 → 150

EXERCÍCIO NR.º 3 – Dra. Maria Hélder

Considere uma unidade industrial que apresenta as seguintes características estruturais: O processo de fabrico é constituído por um único segmento (processo produtivo não

segmentado). No processo de transformação são fabricados vários produtos – P1 e P2 – (produção múltipla

disjunta). No processo produtivo são consumidos quatro factores produtivos: Matéria-prima M1 e M2,

MOD e GGF. O regime de incorporação dos factores no processo de fabrico é o seguinte:

M1: instantaneamente, no início do processo.M2: instantaneamente, no ponto 0,6.MOD: linearmente, desde o ponto 0,2 até ao fim do processo.GGF: linearmente, entre o início e o ponto 0,4 do processo.

INFORMAÇÃO RELATIVA A UM DADO PERÍODO1. Produções terminadas: P1: 20.000 UF

P2: 45.000 UF2. Existências iniciais de produtos em curso de fabrico:

P2: 3.000 UF uniformemente distribuídas ao longo do processo.3. Existências finais de produtos em curso de fabrico:

P1: 2.000 UF com 70% de acabamento.P2: 4.000 UF com 30% de acabamento.

PEDIDO: Calcule as produções efectivas com referência a todos os factores.

0% 100%t60%

GGF

30% 40% 70%

PtP1= 20.000 UFPtP2= 45.000 UF

MP1 = 100%MP2 = 100%

MOD

SoP2 = 3.000 UF (PCF)

SfP2 = 4.000 UF (PCF) SfP1 = 2.000 UF (PCF)

20%

Page 61: Caderno analitica

CONTABILIDADE CUSTOS – CONTABILIDADE ANALÍTICA

Mário Figueiredo ISCAP - Ano Lectivo 2008/2009 Folha 61 → 150

Cômputo da Pe de P1: UEA

Produção Terminada + 20.000 100% 20.000 100% 20.000 100% 20.000 100% 20.000Stock final produção em curso + 2.000 100% 2.000 100% 2.000 62,5% 1.250 100% 2.000Stock inicial produção em curso - 0 0% 0 0% 0 0% 0 0% 0Produção Efectiva Total 22.000 22.000 21.250 22.000

A produção terminada tem sempre um coeficiente de acabamento de 100%. É o primeiro valor a registar-se no QTA (quadro tecnicamente adequado).

As incorporações de M1 e M2 foram efectuadas (na sua totalidade e pontualmente) antes da localização do stock final da produção em curso de P1 (este localiza-se a 70% do processo produtivo), pelo que o coeficiente de acabamento do stock final da PCF de P1 é de 100%, em termos destes dois factores.

No que respeita à MOD, verifica-se que esta é incorporada a 100%, de forma linear, a partir de 20% do processo produtivo até ao fim deste (100%). Há que fazer as seguintes contas/proporção:

t caMOD

100% - 20% = 80% 100%70% - 20% = 50% X

625,08,05,0

%80%50%100

X

Em termos de GGF, a sua incorporação é total, e de forma linear, para o intervalo de 0% a 40% do processo produtivo. Logo, na localização de 70% do processo produtivo (precisamente onde se encontra o stock final da produção em curso de P1), o coeficiente de acabamento dos GGF é de 100%.

M1 M2 MOD GGF

UF ca UEA ca UEA ca UEA ca UEA

Se 100% da MOD é incorporada linearmente em 80% do segmento, a quanto corresponderá 50% desse mesmo segmento em termos da incorporação daquele factor?

Page 62: Caderno analitica

CONTABILIDADE CUSTOS – CONTABILIDADE ANALÍTICA

Mário Figueiredo ISCAP - Ano Lectivo 2008/2009 Folha 62 → 150

Cômputo da Pe de P2: UEA

Produção Terminada + 45.000 100% 45.000 100% 45.000 100% 45.000 100% 45.000Stock final produção em curso + 4.000 100% 4.000 0% 0 12,5% 500 75% 3.000Stock inicial produção em curso - 3.000 100% 3.000 40% 1.200 40% 1.200 80% 2.400Produção Efectiva Total 46.000 43.800 44.300 45.600

A produção terminada tem sempre um coeficiente de acabamento de 100%. É o primeiro valor a registar-se no QTA (quadro tecnicamente adequado).

A incorporação de M1 é de 100% (logo no início do segmento) pelo que o coeficiente de acabamento do stock final PCF de P2 é de 100%.

A incorporação de M2 é de 100% pontualmente a 60% do processo produtivo, logo à direita do stock final PCF de P2, pelo que o coeficiente de acabamento é de 0%.

No que respeita à MOD, verifica-se que esta é incorporada a 100%, de forma linear, a partir de 20% do processo produtivo até ao fim deste (100%). Há que fazer as seguintes contas/proporção:

t caMOD

100% - 20% = 80% 100%30% - 20% = 10% X

125,08,01,0

%80%10%100

X

Em termos de GGF, a sua incorporação é total, e de forma linear, para o intervalo de 0% a 40% do processo produtivo. Logo, na localização de 30% do processo produtivo (precisamente onde se encontra o stock final da produção em curso de P2), o coeficiente de acabamento dos GGF será de:

t caMOD

40% - 0% = 40% 100%30% - 0% = 30% X

M1 M2 MOD GGF

UF ca UEA ca UEA ca UEA ca UEA

Se 100% da MOD é incorporada linearmente em 80% do segmento, a quanto corresponderá 10% desse mesmo segmento em termos da incorporação daquele factor?

Page 63: Caderno analitica

CONTABILIDADE CUSTOS – CONTABILIDADE ANALÍTICA

Mário Figueiredo ISCAP - Ano Lectivo 2008/2009 Folha 63 → 150

75,04,03,0

%40%30%100

X

A incorporação de M1 é de 100% (pontualmente logo no início do segmento) pelo que o coeficiente de acabamento do stock inicial PCF de P2 (este distribuído uniformemente ao longo do processo produtivo) é de 100%.

Quanto à incorporação pontual de M2, verifica-se o seguinte:

Incorporação (momento t) % lote (t) ca físico Ponderação0% – 60% 60% 0% 0

60% – 100% 40% 100% 0,4Coeficiente acabamento médio 0,4

Relativamente à MOD (que é incorporada totalmente e de forma linear entre 20% e 100% do processo produtivo), verifica-se o seguinte:

Incorporação (momento t) % lote (t) ca físico Ponderação0% – 20% 20% 0% 0

20% – 100% 80% 50% 0,4Coeficiente acabamento médio 0,4

Em termos de GGF, verifica-se o seguinte:

Incorporação (momento t) % lote (t) ca físico Ponderação0% – 40% 40% 50% 0,2

40% – 100% 60% 100% 0,6Coeficiente acabamento médio 0,8

Se 100% da MOD é incorporada linearmente em 40% do segmento, a quanto corresponderá 30% desse mesmo segmento em termos da incorporação daquele factor?

Repare-se que a 20% do segmento (início da incorporação da MOD) o coeficiente de acabamento mínimo é de 0%, e a 100% do segmento (incorporação total da MOD) o coeficiente de acabamento máximo é de 100%. Logo, o coeficiente de acabamento médio é de 50% em 80% do segmento, o que dá uma ponderação de 40%.

%502

%100%0

mca

%40%80%50

Page 64: Caderno analitica

CONTABILIDADE CUSTOS – CONTABILIDADE ANALÍTICA

Mário Figueiredo ISCAP - Ano Lectivo 2008/2009 Folha 64 → 150

EXERCÍCIO NR.º 4 – Dr. Luís Abrantes

A unidade industrial Z apresenta as seguintes características estruturais:

Processo de fabrico que decorre em 3 fases sucessivas a que correspondem os centros produtivos A, B, e C, isto é, três segmentos.

Produção uniforme ou única. Regime de incorporação dos três factores – MP, MOD, GGF – nos seguintes termos:

MATÉRIAS-PRIMAS: no início do segmento A e no ponto 0,5 dos segmentos B e C;MÃO-DE-OBRA DIRECTA: linearmente ao longo de todo o processo em cada

segmento; GASTOS GERAIS DE FABRICO: linearmente entre o ponto 0,1 e 0,9 em cada um

dos segmentos.

INFORMAÇÃO RELATIVA A UM DADO PERÍODO:

1. Produção terminada no centro C: 30.000 UF2. Existências iniciais de produtos em curso de fabrico:

Centro A: 4.000 UF uniformemente distribuídas ao longo do segmento. Centro B: 5.000 UF uniformemente distribuídas ao longo do segmento. Centro C: 3.000 UF uniformemente distribuídas ao longo do segmento.

3. Existências finais de produtos em curso de fabrico: Centro A: 2.000 UF uniformemente distribuídas entre 0% e 50% do segmento. Centro B: 1.500 UF uniformemente distribuídas entre 50% e o termo do segmento. Centro C: 1.200 UF uniformemente distribuídas entre 30% e 80% do segmento.

PEDIDO: Calcule as produções efectivas dos centros A, B, e C com referência a cada um dos factores.

Repare-se que entre 0% e 40% do segmento ocorre a incorporação total dos GGF, ou seja, 100% deste factor é linearmente incorporado em 40% do processo produtivo, o que perfaz um coeficiente de acabamento médio de 50% para aquele hiato de tempo. Para os restantes 60%, a incorporação é de 100% (de 40% a 100% do processo produtivo), o que dá um coeficiente de acabamento médio de 60% para esta parte do segmento.

Page 65: Caderno analitica

CONTABILIDADE CUSTOS – CONTABILIDADE ANALÍTICA

Mário Figueiredo ISCAP - Ano Lectivo 2008/2009 Folha 65 → 150

CENTRO A:

CENTRO B:

CENTRO C:

0% 100%t50%

MOD

MP = 100%

GGF

SoA = 4.000 UF (PCF)

SfA = 2.000 UF (PCF)

10% 90%

0% 100%t50%

MOD

MP = 100%

GGF

SoB = 5.000 UF (PCF)

SfB = 1.500 UF (PCF)

10% 90%

Pt = 30.000 UF

0% 100%t50%

MOD

MP = 100%

GGF

SoC = 3.000 UF (PCF)

SfC = 1.200 UF (PCF)

10% 90%30% 80%

Page 66: Caderno analitica

CONTABILIDADE CUSTOS – CONTABILIDADE ANALÍTICA

Mário Figueiredo ISCAP - Ano Lectivo 2008/2009 Folha 66 → 150

Cômputo da Pe do CENTRO C: UEA

Produção Terminada + 30.000 100% 30.000 100% 30.000 100% 30.000Stock final produção em curso + 1.200 60% 720 55% 660 56,25% 675Stock inicial produção em curso - 3.000 50% 1.500 50% 1.500 50% 1.500Produção Efectiva Total 28.200 29.220 29.110 29.175

Já sabemos que a Produção Terminada é sempre considerada com um acabamento de 100% para cada um dos factores produtivos.

STOCK FINAL O Stock final da produção em curso no Centro C corresponde a um lote de 1.200 UF que se encontram

distribuídas uniformemente entre os pontos 0,3 e 0,8 do processo produtivo. Em termos de matérias-primas, o coeficiente de acabamento médio é de 60%:

CAMP = ?t ca físico % produção Ponderação

30% – 50% 20% 0% 40% 0,050% – 80% 30% 100% 60% 0,6

Coeficiente acabamento médio 0,6

t %lote%1005,0

?1,0 x

2,05,0

11,0

x

Em termos de MOD verifica-se o seguinte:

CAMOD = ?t ca físico % produção Ponderação

0% – 30% 30% 30% 0% 0,0030% – 80% 50% 55% 100% 0,5580% – 100% 20% 0% 0% 0,00

Coeficiente acabamento médio 0,55

%30]3,0[ mínimoCA%80]8,0[ máximoCA

%552%110

2%80%30

médioCA

MP MOD GGF

UF ca UEA ca UEA ca UEA

Se o lote (100%) está compreendido entre os pontos 0,3 e 0,8 do segmento (t), ou seja, ocupa 50% desse segmento, poderemos afirmar que cada 10% desses 50% de segmento (uma quinta parte) “vale” 20%. Assim, duas quintas partes correspondem a 40% do lote, e as restantes três quintas partes corresponderão a 60% da produção.

Page 67: Caderno analitica

CONTABILIDADE CUSTOS – CONTABILIDADE ANALÍTICA

Mário Figueiredo ISCAP - Ano Lectivo 2008/2009 Folha 67 → 150

Em termos de GGF verifica-se o seguinte:CAGGF = ?

t ca físico % produção Ponderação10% – 30% 20% 25% 0% 0,000030% – 80% 50% 56,25% 100% 0,5625

Coeficiente acabamento médio 0,5625

t ca%10080,0

?2,0 x

25,08,0

12,0

x

t ca%10080,0

?7,0 x

875,08,0

17,0

x

%25]3,0[ mínimoCA %5,87]8,0[ máximoCA

%25,562

%5,1122

%5,87%25

médioCA

STOCK INICIAL O Stock inicial da produção em curso no Centro C corresponde a um lote de 3.000 UF que se encontram

distribuídas uniformemente por todo o processo produtivo (não existindo pois necessidade de se calcular proporções de produção em relação ao segmento).

Em termos de matérias-primas, o coeficiente de acabamento médio é de 50%:

CAMP = ?t ca físico % produção Ponderação

0% – 50% 50% 0% 50% 0,050% – 100% 50% 100% 50% 0,5

Coeficiente acabamento médio 0,5

Em termos de MOD e GGF verifica-se o seguinte:

CAMOD = 50% CAGGf = 50%

Entre o ponto 0,1 e 0,3 do segmento assistiu-se à incorporação de 25% do factor GGF. Para chegar-se a este valor temos que calcular a proporção, isto é, se 100% da incorporação se dá no intervalo de 80% do segmento (90%-10%), então teremos uma incorporação de 25% para 20% do segmento. Sabemos agora que o coeficiente de acabamento mínimo (no ponto 0,3) vale 25%.

Tem que se efectuar os cálculos para se saber qual é o montante de incorporação dos GGF em 70% do segmento (80% – 10%). De facto, interessa-nos saber a percentagem de incorporação no ponto 0,8 dado que este representa o coeficiente de acabamento máximo do stock final de PCF de P1.

É sabido que quando os pontos de início e fim entre a produção/lote e a incorporação coincidem (em incorporação linear e localização linear), o coeficiente de acabamento médio é SEMPRE de 50%.

Page 68: Caderno analitica

CONTABILIDADE CUSTOS – CONTABILIDADE ANALÍTICA

Mário Figueiredo ISCAP - Ano Lectivo 2008/2009 Folha 68 → 150

Cômputo da Pe do CENTRO B: UEA

Produção Terminada + 28.200 100% 28.200 100% 28.200 100% 28.200Stock final produção em curso + 1.500 100% 1.500 75% 1.125 80% 1.200Stock inicial produção em curso - 5.000 50% 2.500 50% 2.500 50% 2.500Produção Efectiva Total 24.700 27.200 26.825 26.900

A Produção Terminada no Centro B corresponde à Produção Efectiva do Centro C (anda-se para trás). A matéria-prima tem um coeficiente de acabamento de 100%: o lote do stock final de PCF encontra-se à

direita da incorporação. Em termos de MOD, verifica-se o seguinte para as existências finais de PCF:

CAMOD = ?t ca físico % produção Ponderação

0% – 50% 50% 50% 0% 0,0050% – 100% 40% 75% 100% 0,75

Coeficiente acabamento médio 0,75

%50]5,0[ mínimoCA %100]1[ máximoCA

%752%150

2%100%50

médioCA

Em termos de GGF, verifica-se o seguinte para as existências finais de PCF:

CAGGF = ?t ca físico % produção Ponderação

10% – 50% 50% 50% 0% 0,0050% – 90% 40% 75% 80% 0,6090% – 100% 10% 100% 20% 0,20

Coeficiente acabamento médio 0,80

t ca%10080,0

?1,0 x

%125,08,0

11,0

x

%50]5,0[ mínimoCA %100]9,0[ máximoCA

%752%150

2%100%50

médioCA

MP MOD GGF

UF ca UEA ca UEA ca UEA

Os GGF são incorporados a 100% entre o ponto 0,1 e 0,9 (80% do segmento), sendo que cada parte do total de oito vale 0,125. Então, quatro partes (do ponto 0,1 a 0,5) valem 50% de incorporação de GGF. O que significa que o coeficiente de acabamento mínimo (no ponto 0,5 – início do lote) é de 50%.

Page 69: Caderno analitica

CONTABILIDADE CUSTOS – CONTABILIDADE ANALÍTICA

Mário Figueiredo ISCAP - Ano Lectivo 2008/2009 Folha 69 → 150

Cômputo da Pe do CENTRO A: UEA

Produção Terminada + 24.700 100% 24.700 100% 24.700 100% 24.700Stock final produção em curso + 2.000 100% 2.000 25% 500 20% 400Stock inicial produção em curso - 4.000 100% 4.000 50% 2.000 50% 2.000Produção Efectiva Total 22.700 22.700 23.200 23.100

A Produção Terminada no Centro A corresponde à Produção Efectiva do Centro B (anda-se para trás). A matéria-prima tem um coeficiente de acabamento de 100% pois é incorporada no início do processo. Em termos de MOD, verifica-se o seguinte para as existências finais de PCF:

%0]0[ mínimoCA %50]5,0[ máximoCA

%252%50

2%50%0

médioCA

Em termos de GGF, verifica-se o seguinte para as existências finais de PCF:

CAGGF = ?t ca físico % produção Ponderação

0% – 10% 10% 0% 20% 0,0010% – 50% 40% 25% 80% 0,20

Coeficiente acabamento médio 0,20

%0]1,0[ mínimoCA %50]5,0[ máximoCA

%252%50

2%50%0

médioCA

PRODUÇÃO DIFERENCIADA E PRODUÇÃO HOMOGENEIZADA

Produção Diferenciada (Pd)

É a produção de cada um dos produtos expressa em termos da respectiva unidade de medida física:

P1: 1.000 caixasP2: 5.000 litrosP3: 4.000 kgEtc…

MP MOD GGF

UF ca UEA ca UEA ca UEA

Page 70: Caderno analitica

CONTABILIDADE CUSTOS – CONTABILIDADE ANALÍTICA

Mário Figueiredo ISCAP - Ano Lectivo 2008/2009 Folha 70 → 150

Não podemos somar produções diferenciadas, como por exemplo, produção de garrafas de água de quantidades diferentes (garrafas de água de um quarto, meio litro, três quartos, etc.).

A forma de resolver o problema, isto é, de agregar a Produção Diferenciada, é feita através da Homogeneização da Produção.

Produção Homogeneizada (Ph)

É a produção expressa numa unidade de medida comum que permite a agregação de produção diferenciadas. Essa unidade é chamada unidade homogeneizadora. A produção homogeneizada é calculada utilizando-se coeficientes de homogeneização F, .

Exemplo: unidade industrial de produção múltipla (P1, P2, P3) em que os consumos de MP M1 são:

Consumos UnitáriosP1: 1.000 UF 5,0 KgP2: 2.000 UF 2,0 KgP3: 5.000 UF 8,0 Kg

Estes consumos unitários (5 Kg , 2 Kg e 8 Kg) podem ser utilizados como coeficientes de homogeneização.

1. Eleger um produto que vai funcionar como elemento homogeneizador

Coeficiente da homogeneização Fi , – cálculo dos coeficientes de homogeneização

i

P1: 5,0 Kg 1,0P2: 2,0 Kg 0,4P3: 8,0 Kg 1,6

Factor

CoeficienteHomogeneizante

Não se podem somar produções

Page 71: Caderno analitica

CONTABILIDADE CUSTOS – CONTABILIDADE ANALÍTICA

Mário Figueiredo ISCAP - Ano Lectivo 2008/2009 Folha 71 → 150

2. Calcular a produção homogeneizada

Cálculo da Produção Homogeneizada

UF i iiP

P1: 1.000 1,0 1.000P2: 2.000 0,4 800P3: 5.000 1,6 8.000Total da Produção: 9.800

E se fosse com referência ao Produto P3?

UF i iiP

P1: 1.000 0,625 625P2: 2.000 0,25 500P3: 5.000 1,0 5.000Total da Produção: 6.125

Corresponde a um coeficiente técnico que exprime a relação entre consumos normais de um mesmo factor para vários produtos. A produção que assumir o valor 1 designa-se de unidade homogeneizadora e pode ser expresso em termos absolutos ou relativos.

ii PFiFPh ,.,

Deste modo, é possível repartir pelos diferentes produtos custos comuns de factores. Exemplo:

CONSUMO DE M1: € 980.000,00. QUANTO CUSTA P1, P2, P3 EM TERMOS DE MP?

Se conseguir agregar/homogeneizar a produção…

UFUF

/€100800.9

00,000.980€ 100€1 P 40€2 P 160€3 P

i

P1: 5,0 Kg 0,625P2: 2,0 Kg 0,25P3: 8,0 Kg 1,0

Corresponde ao somatório da produção (múltipla) homogeneizada, com referência ao factor F, para os diversos produtos

Page 72: Caderno analitica

CONTABILIDADE CUSTOS – CONTABILIDADE ANALÍTICA

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EXERCÍCIO NR.º 5 – Dr. Luís Abrantes

PRODUÇÃO DIFERENCIADA vs PRODUÇÃO HOMOGENEIZADA

Considere uma unidade industrial de produção múltipla num processo não segmentado.

INFORMAÇÃO RELATIVA A UM DADO PERÍODO:

1. Produção terminada: P1 = 2.400 UF P2 = 1.200 UF

2. Existências iniciais e finais de produção em curso nulas.

3. Custo de factores consumidos: Matérias-primas = € 50.400 Custos de transformação = € 48.000

4. Consumos unitários de factores:

MP CTP1 2,5 Kg 1,50 UFP2 1,0 Kg 1,0 UF

PEDIDO: Calcule os custos globais e unitários da produção do mês

MP: Cálculo do custo global e unitário

CTMPP kKK 1

ADAHOMOGENEIZPeMPGlobalCusto

KMP..

PRODUTOS PRODUÇÃO COEF. HOM. PRODUÇÃO HOM. CUSTO MP CUSTO UNITÁRIOP1 2.400 2,5 6.000 42.000 17,50P2 1.200 1,0 1.200 8.400 7,00

Não se soma 7.200 50.400

Custo Unitário homogeneizador

Page 73: Caderno analitica

CONTABILIDADE CUSTOS – CONTABILIDADE ANALÍTICA

Mário Figueiredo ISCAP - Ano Lectivo 2008/2009 Folha 73 → 150

Uma vez determinada a Produção Homogeneizada (7.200 UF) e sabendo-se que o custo global da matéria-prima foi de € 50.400, obtém-se o custo unitário homogeneizador:

00,7200.7

00,400.50€2

UF

kPMP 400.8€200.100,7€ UF

00,000.42€00,400.8€00,400.50€

50,17€5,200,7€ ou UFUFPRODUÇÃO

GLOBALCUSTO/€50,17

400.200,000.42€.

CT: Cálculo do custo global e unitário

SÍNTESE: custos globais e unitários dos produtos (P1+P2)

CÁLCULO DO CUSTO DA PRODUÇÃO

EXERCÍCIO NR.º 6 – Dr. Luís Abrantes

Considere uma unidade industrial que se dedica à fabricação de um único produto P (produção uniforme) e cuja produção decorre apenas num segmento (processo produtivo não segmentado).

O regime de incorporação dos factores – Matérias-primas (M1,M2) e Custos de Transformação (CT) é o seguinte:

M1: pontualmente, no início do segmento; M2: instantaneamente no ponto 0,6 do processo de fabrico; CT: linearmente ao longo do processo de fabrico.

PRODUTOS PRODUÇÃO COEF. HOM. PRODUÇÃO HOM. CUSTO MP CUSTO UNITÁRIOP1 2.400 1,5 3.600 36.000 15,00P2 1.200 1,0 1.200 12.000 10,00

Não se soma 4.800 48.000

Matéria-prima Custos de Transformação TOTALPRODUTOS Global Unitário Global Unitário Global Unitário

P1 42.000 17,50 36.000 15,00 78.000 32,50P2 8.400 7,00 12.000 10,00 20.400 17,00

TOTAL 50.400 48.000 98.400

Custo Unitário homogeneizador

Page 74: Caderno analitica

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Mário Figueiredo ISCAP - Ano Lectivo 2008/2009 Folha 74 → 150

O critério de valorimetria utilizado para a saída das existências é o custo cronológico directo (FIFO).

INFORMAÇÃO RELATIVA A UM DADO PERÍODO

1. Produção vendida de P = 32.000 UF

2. Existências de produtos acabados: Existências finais: 2.400 UF Existências iniciais: 400 UF, no valor de € 8.000

3. Existências em curso de fabrico: Existências finais: 800 UF, com 80% de acabamento Existências iniciais: 1.200 UF, com 50% de acabamento, no valor de €18.900 (M1 = €18.000)

4. Custos do período (valores em €): Matérias-primas: M1 = 588.000 e M2 = 95.700 Mão-de-obra e Gastos Gerais de Fabrico: 59.570

PEDIDOS:1. Calcule os custos globais e unitários da produção;2. Calcule o custo da produção terminada e o valor da existência final;3. Idem para os critérios valorimétricos CUSTO MÉDIO e LIFO;4. Calcule o custo da produção vendida.

CÁLCULO DE CUSTOS TOTAIS E CUSTOS UNITÁRIOS

PRODUÇÃOTOTALCUSTOkunitáriocusto ..

n

ffktotalK

1, factorf

Custo Unitário com referência a um factor (por exemplo, MP):

MPPePRODUÇÃOMPTOTALCUSTO

MPk ..

Page 75: Caderno analitica

CONTABILIDADE CUSTOS – CONTABILIDADE ANALÍTICA

Mário Figueiredo ISCAP - Ano Lectivo 2008/2009 Folha 75 → 150

1. Cálculo dos custos globais e unitários da produção

Cômputo da Pe : UEA

M1 M2 CTPRODUTO P UF/UEA ca UEA ca UEA

PRODUÇÃO TERMINADA + 34.000 100% 34.000 100% 34.000STOCK FINAL PCF + 800 100% 800 80% 640STOCK INICIAL PCF – 1.200 0% 0 50% 600PRODUÇÃO EFECTIVA 33.600 34.800 34.040

Para se calcular a Produção Efectiva (UEA) há que primeiramente calcular-se a Produção Terminada (UF) – “andar para trás”:

000.34000.32400.2400 PtPtPvPASfPtPASo UF

NOTA: só se homogeneíza produções nos casos de produção múltipla. Em produção uniforme não se calculam homogeneizações.

0% 100%t60% 80%50%

Pt= ?

MP1 = 100% MP2 = 100%

MOD + GGF

SoPCF= 1.200 UF SfPCF = 800 UF

ARMAZÉM DE PRODUTOSACABADOS

FABRICAÇÃO

Pv = 32.000 UF

SoPA = 400 UF

SfPA = 2.400 UF

SoPCF = 1.200 UF

SfPCF = 800 UF

Pt = 34.000 UF

Page 76: Caderno analitica

CONTABILIDADE CUSTOS – CONTABILIDADE ANALÍTICA

Mário Figueiredo ISCAP - Ano Lectivo 2008/2009 Folha 76 → 150

Cada um dos factores dos factores produtivos (M1, M2 e CT) tem o seu valor/quantidade de Produção Efectiva (produção que efectivamente se produziu no período, esteja ou não totalmente acabada):

Produção Efectiva em termos de factores: Quantidades:M1 33.600 UEAM2 34.800 UEACT 34.040 UEA

NOTA: Nunca se somam Produções Efectivas

Cálculo do custo global e unitário da Produção EfectivaFactores Custos Globais Produção Efectiva Custo Unitário

M1 588.000 € 33.600 UEA 17,50 €M2 95.700 € 34.800 UEA 2,75 €CT 59.570 € 34.040 UEA 1,75 €

TOTAL 743.270 € 22,00 €

É necessário proceder ao cálculo dos custos globais e unitários da Produção Efectiva para se

poder chegar ao custo da Produção Terminada. Até porque estamos perante o critério FIFO.

Só não seria necessário se não existissem Stocks iniciais nem finais – situação em que Produção Terminada seria igual à Produção Efectiva.

2. Cálculo do custo da Produção Terminada e valor da Existência Final (FIFO)

Não podemos calcular directamente o custo da Produção Terminada multiplicando as quantidades (34.000 UF) pelo custo unitário de € 22,00 (custo unitário de todos os factores da Produção Efectiva).

Teremos sim que verificar, para cada um dos factores e respeitando o critério valorimétrico FIFO, qual a “quota-parte” que corresponde às existências iniciais e a “quota-parte” que é imputável à produção do período, valorizando-as, respectivamente, como custos de produtos (existências) e custos do período (Pe):

Page 77: Caderno analitica

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Mário Figueiredo ISCAP - Ano Lectivo 2008/2009 Folha 77 → 150

Cálculo do custo da Produção Terminada (FIFO)FIFO M1 M2 CT

UF C. Unit. C. Total UF C. Unit. C. Total UF C. Unit. C. Total

Custo Total

Stock Inicial 1.200 15,00 18.000 0 0,00 0 600 1,50 900 18.900

Período (Pe) 32.800 17,50 574.000 34.000 2,75 93.500 33.400 1,75 58.450 725.950

Pt 34.000 592.000 34.000 93.500 34.000 59.350 744.850

No critério FIFO, saem primeiro as existências iniciais e completa-se/soma-se a produção do período necessária para se obter a Produção Terminada (sempre por factores, para depois chegar ao total). Como estamos a calcular custos, o valor das Existências iniciais é dado no enunciado (não de forma imediata) e o valor da Produção Efectiva é calculado com os custos unitários que achamos anteriormente (agora em função das novas quantidades, precisamente aquelas que foram adicionadas às existências iniciais para totalizar o valor de 34.000 UF).

Cálculo do custo do Stock Final de produtos em curso (FIFO)FIFO M1 M2 CT

UF C. Unit. C. Total UF C. Unit. C. Total UF C. Unit. C. Total

Custo Total

Stock Final 800 17,50 14.000 800 2,75 2.200 640 1,75 1.120 17.320

No critério FIFO, as Existências finais são as “sobrantes” à Produção Efectiva, isto é, as que restam após se ter tirado a “quota-parte” que integrou a Produção Terminada, e portanto, valorizadas a custos do período (por factores, e a seus custos unitários).

Cálculo do custo da Produção Terminada

Fabricação (em €)

NOTA: Poderia-se ter chegado ao valor dos Sf subtraindo à Pt o valor € 762.170

Si (PCF) 18.900Consumos

M1 588.000M2 95.700CT 59.570

762.170

34.000 x 22 = 748.000 Produção Terminada (errado: atenção ao FIFO) 744.850 Produção Terminada 17.320 Sf (PCF)

762.170

Page 78: Caderno analitica

CONTABILIDADE CUSTOS – CONTABILIDADE ANALÍTICA

Mário Figueiredo ISCAP - Ano Lectivo 2008/2009 Folha 78 → 150

Fabricação (em €)

3. Cálculo do custo da Produção Terminada e valor da Existência Final, considerando os critérios valorimétricos LIFO e CUSTO MÉDIO

Utilizando o critério LIFO

Cálculo do custo da Produção Terminada (LIFO)LIFO M1 M2 CT

UF C. Unit. C. Total UF C. Unit. C. Total UF C. Unit. C. Total

Custo Total

Stock Inicial 400 15,00 6.000 0 0,00 0 0 0,00 0 6.000

Período (Pe) 33.600 17,50 588.000 34.000 2,75 93.500 34.000 1,75 59.500 741.000

Pt 34.000 594.000 34.000 93.500 34.000 59.500 747.000

A Produção Efectiva em termos do factor matéria-prima M1 foi de 33.600 UEA (ver cálculo acima das produções efectivas). O Stock inicial era de 1.200 UF. Pelo sistema LIFO, a produção efectiva do período é a que “sai primeiro”. O resto que falta para atingir 34.000 UF da Produção Terminada é “retirado” ao stock inicial – ou seja, 400 UF. As 33.600 UF são um custo do período, sendo valorizadas ao custo unitário de € 17,50. As 400 UF do stock inicial (custo do produto) encontravam-se valorizadas a € 18.000 quanto ao factor M1 e € 900 quanto ao factor CT (o factor M2 não tem valor, pois só é incorporado depois do ponto 0,5). Rapidamente se chega ao custo unitário de M1 pela divisão dos € 18.000 pelas 1.200 UF (€15,00):

00,15€200.1

00,000.18€€1900.18€

UFMSoSo

Si (PCF) Consumos

Pe M1 Pe M2

Pe CT

Produção Terminada

Sf (PCF)

FABRICAÇÃO

Si (PCF) Consumos

Pe M1 Pe M2

Pe CT

Prod. Term.

Sf (PCF)

Page 79: Caderno analitica

CONTABILIDADE CUSTOS – CONTABILIDADE ANALÍTICA

Mário Figueiredo ISCAP - Ano Lectivo 2008/2009 Folha 79 → 150

A Produção Efectiva em termos do factor matéria-prima M2 foi de 34.800 UF. Pelo LIFO, sai primeiro este valor. Como este valor é superior a 34.000 UF da Produção Terminada, não foi necessário “retirar” qualquer valor ao Stock inicial.

A Produção Efectiva em termos do factor CT foi de 34.040 UF. Pelo LIFO, sai primeiro este valor. Como este valor é superior a 34.000 UF da Produção Terminada, não foi necessário “retirar” qualquer valor ao Stock inicial.

Cálculo do custo do Stock Final de produtos em curso (LIFO)LIFO M1 M2 CT

UF C. Unit. C. Total UF C. Unit. C. Total UF C. Unit. C. TotalCusto Total

Período (Pe) - - - 800 2,75 2.200 40 1,75 70 2.270

So 800 15,00 12.000 - - - 600 1,50 900 12.900

Sf 800 15,00 12.000 800 2.200 640 970 15.170

Fabricação (em UEA)

Fabricação (em €)

SoM1 = 1.200SoM2 = 0SoCT = 600

PeM1 = 33.600 UEAPeM2 = 34.800 UEAPeM3 = 34.040 UEA

Pt = 34.000

SfM1 = 800SfM2 = 800SfCT = 640

Si (PCF) 18.900Consumos

M1 588.000M2 95.700CT 59.570

762.170

747.000 Produção Terminada

15.170 Sf (PCF)

762.170

Page 80: Caderno analitica

CONTABILIDADE CUSTOS – CONTABILIDADE ANALÍTICA

Mário Figueiredo ISCAP - Ano Lectivo 2008/2009 Folha 80 → 150

Utilizando o critério CUSTO MÉDIO PONDERADO

UEAPeSoPeSomédioC

€€.

4138,17600.33200.1000.588000.18

1. MmédioC 1/€ MP

75,2800.340700.950

2. MmédioC 2/€ MP

7457,1040.34600570.59900.

CTmédioC CTP/€

00,922.744€9095,21000.34€. PtC

04,931.13€4138,17800€1

MPCFSf

00,200.2€75,2800€2

MPCFSf

248,117.1€7457,1640€1

MPCFSf

Cálculo do custo do Stock Final de produtos em curso (CUSTO MÉDIO)C.MÉDIO M1 M2 CT

UF C. Unit. C. Total UF C. Unit. C. Total UF C. Unit. C. Total

Custo Total

Stock Final 800 17,4138 13.931 800 2,75 2.200 640 1,117 1.117 17.248

Fabricação (em €)

Si (PCF) 18.900Consumos

M1 588.000M2 95.700CT 59.570

762.170

744.922 Produção Terminada

17.248 Sf (PCF)

762.170

9095,21€

248.17€

Page 81: Caderno analitica

CONTABILIDADE CUSTOS – CONTABILIDADE ANALÍTICA

Mário Figueiredo ISCAP - Ano Lectivo 2008/2009 Folha 81 → 150

4. Cálculo do custo da Produção Vendida

Utilizando o critério FIFO

Cálculo do custo da Produção Vendida (FIFO)UF/UEA CUSTO UNITÁRIO CUSTO TOTAL

Existência Inicial PA 400 20,00 8.000,00Produção Terminada (So) - - -

M1 1.200 15,00 18.000,00M2 0 0 0CT 600 1,50 900,00

Produção Terminada (período) - - -M1 30.400 17,50 532.000,00M2 31.600 2,75 86.900,00CT 31.000 1,75 54.250,00

PRODUÇÃO VENDIDA 32.000 700.050,00

A produção vendida de 32.000 UF desdobra-se em Existências iniciais de produtos acabados, mais produção terminada no período que deu entrada no APA (armazém de produtos acabados).

Para se calcular o custo da Produção Vendida há pois que se apurar, à “luz” do critério FIFO, as quantidades de Existências iniciais de produtos acabados e de Produção Terminada do período e os seus respectivos custos, que integram a produção vendida.

O valor total da existência inicial de Produtos Acabados consta no enunciado: consegue-se assim achar o seu custo unitário.

ARMAZÉM DE PRODUTOSACABADOS

FABRICAÇÃO

Pv = 32.000 UF

SoPA = 400 UF → € 8.000

SfPA = 2.400 UF

SoPCF = 1.200 UF

SfPCF = 800 UF

Pt = 34.000 UF

Page 82: Caderno analitica

CONTABILIDADE CUSTOS – CONTABILIDADE ANALÍTICA

Mário Figueiredo ISCAP - Ano Lectivo 2008/2009 Folha 82 → 150

Como estamos no critério FIFO, tem que se recolher primeiramente as quantidades de factores e respectivos custos que integram o stock inicial e fazem parte da Pt, e o que falta (que pertence à produção do período) que também integrou a Pt. O somatório deverá corresponder a 32.000 UF da Produção Vendida:

M1: UFPePCFSoPASo 000.32400.30200.1400

M2: UFPePCFSoPASo 000.32600.310400

CT: UFPePCFSoPASo 000.32000.31600400

Cálculo do custo do Stock Final de produtos acabados (FIFO)UF/UEA CUSTO UNITÁRIO CUSTO TOTAL

Existência Final PA 2.400 22,00 52.800,00

A quantidade da Existência final de PA é dada no enunciado. Como estamos no FIFO, é um custo do período (dado as Existências iniciais de produtos acabados se terem esgotado, restando produção do período).

PRODUTOS FABRICADOS

Quantidades Euros

So (PA) 400 UF 8.000,00 Produção Terminada 34.000 UF 744.850,00

34.400 UF 752.850,00

Quantidades Euros

32.000 UF 700.050,00 Produção Vendida 2.400 UF 52.800,00 Sf (PA)

34.400 UF 752.850,00

Page 83: Caderno analitica

CONTABILIDADE CUSTOS – CONTABILIDADE ANALÍTICA

Mário Figueiredo ISCAP - Ano Lectivo 2008/2009 Folha 83 → 150

Utilizando o critério LIFO

Cálculo do custo da Produção Vendida (LIFO)Produção Efectiva Produção Vendida Produção Período Transferida

M1 33.600 32.000 1.600M2 34.000 32.000 2.000CT 34.000 32.000 2.000

No critério LIFO, são utilizadas primeiramente as quantidades produzidas no período (Pe) que integram/estão implícitas na Produção Terminada (e depois, se necessário, retirar-se-ia o que faltava às existências iniciais de produtos acabados). Verificamos pois que a produçãodo período implícita na Produção Terminada é sempre superior à Produção Vendida, bastando por isso efectuar a multiplicação das 32.000 UF vendidas pelos custos do período para se ter o custo da produção vendida. A produção do período transferida para o APA é que vai constar das Existências finais de produtos acabados.

Cálculo do custo da Produção Vendida (LIFO)UF/UEA CUSTO UNITÁRIO CUSTO TOTAL

Produção Terminada (período) - - -M1 32.000 17,50 560.000,00M2 32.000 2,75 88.000,00CT 32.000 1,75 56.000,00

PRODUÇÃO VENDIDA 32.000 22,00 704.000,00

Cálculo do custo do Stock Final de produtos acabados (LIFO)UF/UEA CUSTO UNITÁRIO CUSTO TOTAL

Produção Terminada (período)

M1 1.600 17,50 28.000,00M2 2.000 2,75 5.500,00CT 2.000 1,75 3.500,00

Produção Terminada (So)

M1 400 15,00 6.000,00M2 0 0 0CT 0 0 0

Existência Inicial PA 400 20,00 8.000,00EXISTÊNCIA FINAL PA 2.400 51.000,00

Page 84: Caderno analitica

CONTABILIDADE CUSTOS – CONTABILIDADE ANALÍTICA

Mário Figueiredo ISCAP - Ano Lectivo 2008/2009 Folha 84 → 150

A quantidade da existência final de Produtos Acabados foi dada no enunciado: 2.400 UF. Estas Existências finais são compostas por Produção Terminada transferida no período para o armazém de produtos acabados (Pe do período “que sobrou, não incluída nas vendas” + SoPCF) e pelas existências que já encontravam no APA. Assim, temos:

M1: UFPASoPCFSoPe 400.2400400600.1

M2: UFPASoPCFSoPe 400.24000000.2

CT: UFPASoPCFSoPe 400.24000000.2

Utilizando o critério CUSTO MÉDIO

PRODUTOS FABRICADOS

88726,21400.34

00,922.752. MÉDIOC

00,392.70088726,21000.32.. VENDIDAPC

00,530.5288726,21400.2€ PASf

Quantidades Euros

So (PA) 400 UF 8.000,00 Produção Terminada 34.000 UF 744.922,00

34.400 UF 752.922,00

Quantidades Euros

32.000 UF 700.392,00 Produção Vendida 2.400 UF 52.530,00 Sf (PA)

34.400 UF 752.922,00

Page 85: Caderno analitica

CONTABILIDADE CUSTOS – CONTABILIDADE ANALÍTICA

Mário Figueiredo ISCAP - Ano Lectivo 2008/2009 Folha 85 → 150

EXERCÍCIO NR.º 7 – Dr. Luís Abrantes

CÁLCULO DO CUSTO COMPLETO DA PRODUÇÃO EM PROCESSO PRODUTIVO NÃO SEGMENTADO – PRODUÇÃO MÚLTIPLA

Considere uma unidade industrial que se dedica à fabricação de P1, P2 e P3 (produção múltipla disjunta) e cuja produção decorre apenas num segmento (processo produtivo não segmentado).

1. O regime de incorporação e o respectivo consumo de factores – matérias-primas (M1, M2 e M3) e custo de transformação (CT) – é o seguinte:

5.1. Todos os produtos consomem a matéria-prima básica M1, cuja incorporação ocorre no início do processo; cada unidade de P1 necessita de uma unidade de M1; para produzir P2 e P3 são necessárias 2,0 UF e 1,5 UF de M1, respectivamente.

5.2. Os produtos P1 e P2 consomem também M2, sendo a incorporação em P1 feita entre o ponto 0,5 e o termo do processo produtivo; com uma unidade de M2 obtêm-se duas unidades de P1; em P2 a incorporação de M2 é feita em dois momentos: a 30% do processo de fabrico (0,6 UF de M2/UF de produto) e a 60% do processo (0,4 UF de M2/UF do produto);

5.3. O produto P3 também utiliza M3, que é incorporada linearmente entre 40% e 80% doprocesso produtivo.

5.4. O custo de transformação é incorporado linearmente ao longo do processo de fabrico para todos os produtos, sendo o consumo de P1 superior em 20% ao de P2 e o consumo de P3

superior em 10% ao de P1.

2. O critério de valorimetria utilizado para a saída de existências é o custo cronológico directo (FIFO).

INFORMAÇÃO RELATIVA A UM DADO PERÍODO:

3. Produção vendida:☻ P1 = 10.000 UF ; P2 = 12.000 UF ; P3 = 8.000 UF

4. Existências de produtos acabados:☻ Existências iniciais: P1 = 1.000 UF ; P2 = 3.500 UF ; P3 = 1.000 UF☻ Existências finais: P1 = 1.000 UF ; P2 = 1.500 UF ; P3 = 2.000 UF

Page 86: Caderno analitica

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5. Existências em curso de fabrico:5.1. Existências iniciais:

☻ P1 = 3.000 UF, linearmente distribuídas ao longo do processo produtivo.☻ P2 = 400 UF, com 75% de acabamento.

5.2. Existências finais: ☻ P1 = 2.000 UF, linearmente distribuídas ao longo do processo produtivo. ☻ P2 = 800 UF, com 50% de acabamento. ☻ P3 = 1.000 UF, com 50% de acabamento.

6. O custo das existências iniciais, referidas anteriormente, é o seguinte (valores em €):

P1 P2 P3

Produtos acabados 20.000,00 105.000,00 26.100,00Produtos em curso 42.850,00 11.300,00 0,00

7. Custos do período (valores em €):☻ Matérias-primas: M1 = 448.000,00 ; M2 = 59.820,00 ; M3 = 23.125,00☻ Custos de Transformação = 255.300,00

PEDIDOS:

1. Cálculo dos custos globais e unitários da produção.2. Cálculo do custo da produção terminada e do custo da existência final de produtos em curso.3. Apresentação da conta de FABRICAÇÃO da unidade industrial.4. Cálculo do custo da produção vendida e do custo da existência final de produtos acabados.

PARA UMA MAIOR SIMPLIFICAÇÃO, VAMOS DESENHAR O ESQUEMA DO PROCESSO PRODUTIVO POR PARTES (caso contrário o desenho ficaria muito complexo e pouco perceptível)

ARMAZÉM DE PRODUTOSACABADOS

FABRICAÇÃO

PVP1 = 10.000 UFPVP2 = 12.000 UFPVP3 = 8.000 UF

SoP1 = 1.000 UFSoP2 = 3.500 UFSoP3 = 1.000 UF

SfP1 = 1.000 UFSfP2 = 1.500 UFSfP3 = 2.000 UF

Page 87: Caderno analitica

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PRODUTO P1:

PRODUTO P2:

PRODUTO P3:

0% 100%t50%

MP1

MP2

CT

SfP1 = 2.000 UF (PCF)

SoP1 = 3.000 UF (PCF)

0% 100%t60% 75%50%

MP1

MP2 (0,60 UF)

CT

SfP2= 800 UF (PCF) SoP2 = 400 UF (PCF)

30%

MP2 = (0,40 UF)

0% 100%t80%50%

MP1 CT

SfP3= 1.000 UF (PCF)

40%

MP3

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1. Cálculo dos custos globais e unitários da produção

Cômputo da Pe : UEA

M1 M2 M3 CTPRODUTO P1

UF/UEA ca UEA ca UEA ca UEA

PRODUÇÃO TERMINADA + 10.000 100% 10.000 - - 100% 10.000STOCK FINAL PCF + 2.000 25% 500 - - 50% 1.000STOCK INICIAL PCF – 3.000 25% 750 - - 50% 1.500PRODUÇÃO EFECTIVA 9.000 9.750 0 9.500

PRODUTO P2

PRODUÇÃO TERMINADA + 10.000 100% 10.000 - - 100% 10.000STOCK FINAL PCF + 800 60% 480 - - 50% 400STOCK INICIAL PCF – 400 100% 400 - - 75% 300PRODUÇÃO EFECTIVA 10.400 10.080 0 10.100

PRODUTO P3

PRODUÇÃO TERMINADA + 9.000 - - 100% 9.000 100% 9.000STOCK FINAL PCF + 1.000 - - 25% 250 50% 500STOCK INICIAL PCF – - - - - - - -PRODUÇÃO EFECTIVA 10.000 0 9.250 9.500

Para se calcular a Produção Efectiva (UEA) há que primeiramente calcular-se a Produção Terminada (UF) – “andar para trás”:

000.101000.10000.11000.1111 PPtPPtPPVPSfPPtPASo UF

000.102000.12500.12500.322 PPtPPtPPVPASfPPtPASo UF

000.93000.8000.23000.133 PPtPPtPPVPASfPPtPASo UF

Quanto ao cálculo do coeficiente de acabamento da MP M3 do Produto P3, justifica-se da seguinte forma: se em 40% do segmento se dá a incorporação total (100%) de M3, então para 10% desse mesmo segmento assistiremos à incorporação de 25% daquele factor.

NOTA: como estamos numa situação de produção múltipla (vários produtos) há que homogeneizar a produção.

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Ficha de incorporação de factores – ficha técnicaP1 P2 P3

M11,00 2,00 1,50

M20,50 1,00 -

M3- - 1,00

CT 1,20 1,00 1,32

Estes “pesos” que os factores têm nos produtos encontra-se no enunciado.

Cálculo do custo global e unitário da produção efectiva, por produtosFACTORES PRODUTOS CUSTOS PRODUÇÃO COEF. HOM. PROD. HOM. (Ph) CUSTO UNITÁRIO

P1 90.000 9.000 1,00 9.000 10,00

M1P2 208.000 10.400 2,00 20.800 20,00

P3 150.000 10.000 1,50 15.000 15,00448.000 44.800

P1 19.500 9.750 0,50 4.875 2,00M2

P2 40.320 10.080 1,00 10.080 4,00

P3 - - - - -59.820 14.955

P1 - - - - -M3

P2 - - - - -

P3 23.125 9.250 1,00 9.250 2,50

23.125 9.250 2,50P1 85.500 9.500 1,20 11.400 9,00

CT P2 75.750 10.100 1,00 10.100 7,50

P3 94.050 9.500 1,32 12.540 9,90255.300 P. Efectiva 34.040

O enunciado informa-nos os custos globais do período em termos de factores (M1=448.000 ; M2=59.820 ; M3=23.125 ; CT=255.300). Fazendo a homogeneização da produção, já podemos somar o que se produziu (em termos de cada factor) para os três produtos – no caso de M1 temos uma produção total de 44.800 UF. Por uma regra de três simples, se um total de 44.800 UF produzidas corresponde a um custo global de €448.000, então, para P2, 20.800 UF produzidas corresponderão a €208.000. Para se calcular o custo unitário:

iPifPe

CTMMMPPPGLOBAISCUSTOSk

321321.

Ou, faz-se a proporção entre o custo unitário do elemento homogeneizador (€10,00) e o coeficiente homogeneizador do custo unitário que se pretende determinar.

Page 90: Caderno analitica

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Síntese de CustosP1 P2 P3

FACTORES C. Total C. Unit. C. Total C. Unit. C. Total C. Unit.

M1 90.000 10,00 208.000 20,00 150.000 15,00

M2 19.500 2,00 40.320 4,00 - -

M3 - - - - 23.125 2,50

CT 85.500 9,00 75.750 7,50 94.050 9,90

TOTAL 195.000 21,00 324.070 31,50 267.175 27,40

2. Cálculo do custo da Produção Terminada e valor da Existência Final (FIFO)

Cálculo do custo da Produção Terminada para P1 (FIFO)FIFO M1 M2 CTP1 UEA C. Unit. C. Total UF C. Unit. C. Total UF C. Unit. C. Total

Custo Total

De So 3.000 - ? 750 - ? 1.500 - ? 42.850

Período (Pe) 7.000 10,00 70.000 9.250 2,00 18.500 8.500 9,00 76.500 165.000

Pt 10.000 - ? 10.000 - ? 10.000 - ? 207.850

Sabemos que a Produção Terminada para P1 corresponde a 10.000 UF (já determinadaanteriormente) – é este valor que começaremos a colocar na tabela. Como estamos perante o critério valorimétrico FIFO, as existências iniciais de PCF são as primeiras a “sair” – estes valores deverão ser colocados na tabela. O seu custo global é dado no enunciado, pelo que colocaremos este valor (€42.850) na tabela. Neste momento, só é necessário preencher a produção do período (quantidades) que falta para se obter o valor de 10.000 da Pt. Como sabemos os custos unitários daquela produção (Pe) em termos dos factores, rapidamente chegamos ao custo global. A soma dos custos dos produtos/existências e dos custos do período/Pe dá-nos o custo da Produção Terminada. Quanto aos custos unitários e totais por factores, a informação não é relevante para a determinação do custo da Pt, pelo que se deixa “em branco”.

Cálculo do valor da Existência Final para P1 (FIFO)FIFO M1 M2 CTP1 UEA C. Unit. C. Total UF C. Unit. C. Total UF C. Unit. C. Total

Custo Total

Sf PCF 2.000 10,00 20.000 500 2,00 1.000 1.000 9,00 9.000 30.000

Page 91: Caderno analitica

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O valor das Existências Finais é calculado com base nos custos unitários do período, pois estamos no critério FIFO (à produção do período que “sobrou” chamámos Existências Finais).

Cálculo do custo da Produção Terminada para P2 (FIFO)FIFO M1 M2 CTP2 UEA C. Unit. C. Total UF C. Unit. C. Total UF C. Unit. C. Total

Custo Total

De So 400 - ? 400 - ? 300 - ? 11.300

Período (Pe) 9.600 20,00 192.000 9.600 4,00 38.400 9.700 7,50 72.750 303.150

Pt 10.000 - ? 10.000 - ? 10.000 - ? 314.450

Cálculo do valor da Existência Final para P2 (FIFO)FIFO M1 M2 CTP2 UEA C. Unit. C. Total UF C. Unit. C. Total UF C. Unit. C. Total

Custo Total

Sf PCF 800 20,00 16.000 480 4,00 1.920 400 7,50 3.000 20.920

Cálculo do custo da Produção Terminada para P3 (FIFO)FIFO M1 M3 CTP3 UEA C. Unit. C. Total UF C. Unit. C. Total UF C. Unit. C. Total

Custo Total

De So - - - - - - - - - 0

Período (Pe) 9.000 15,00 135.000 9.000 2,50 22.500 9.000 9,90 89.100 246.600

Pt 9.000 - 135.000 9.000 - 22.500 9.000 - 89.100 246.600

Poderia dispensar-se a tabela:

00,600.24690,950,200,15000.93000.9 PkUFPtPe

00,600.246€3PPt

Cálculo do valor da Existência Final para P3 (FIFO)FIFO M1 M3 CTP3 UEA C. Unit. C. Total UF C. Unit. C. Total UF C. Unit. C. Total

Custo Total

Sf PCF 1.000 15,00 15.000 250 2,50 625 500 9,90 4.950 20.575

Page 92: Caderno analitica

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3. Apresentação da conta de FABRICAÇÃO da unidade industrial (FIFO)

FABRICAÇÃO

4. Cálculo da Produção Vendida e do custo da Existência Final de produtos acabados (FIFO)

Cálculo do custo da Produção Vendida (FIFO)Método da Identificação/Sequenciação dos Lotes

P1 P2 P3UF/UEA C. Unit. C. Total UF/UEA C. Unit. C. Total UF/UEA C. Unit. C. Total

So PA 1.000 20,00 20.000 3.500 30,00 105.000 1.000 26,10 26.100

Pt (So)M1 3.000 - - 400 - - - - -M2 750 - - 400 - - - - -CT 1.500 - - 300 - - - - -

42.850 11.300 0

Pt (período)M1 6.000 10,00 60.000 8.100 20,00 162.000 7.000 15,00 105.000M2 8.250 2,00 16.500 8.100 4,00 32.400 7.000 2,50 17.500CT 7.500 9,00 67.500 8.200 7,50 61.500 7.000 9,90 69.300

P. VENDIDA 10.000 206.850 12.000 372.200 8.000 217.900

Si (PCF) P1 42.850P2 11.300 54.150

Consumos

M1 448.000M2 59.820M3 23.125CT 255.300 786.245

840.395

Produção TerminadaP1 207.850P2 314.450P3 246.600 768.900

Sf (PCF)P1 30.000P2 20.920P3 20.575 71.495

840.395

Page 93: Caderno analitica

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Cálculo do valor do Stock Final (FIFO)P1 P2 P3

UF/UEA C. Unit. C. Total UF/UEA C. Unit. C. Total UF/UEA C. Unit. C. Total

So PA 1.000 21,00 21.000 1.500 31,50 47.250 2.000 27,40 54.800

Correctamente, para se calcular o custo dos produtos vendidos, deve ser efectuada a sequênciação dos lotes, isto é, se se trabalha com o FIFO, deverão ser identificados os lotes iniciais e completados com a produção do período até se obter a produção vendida. Esta é a forma correcta do ponto de vista conceptual. Contudo, no ISCAP, admite-se que se possa utilizar o custo médio da Pt, através do método simplificador.

Cálculo do custo da Produção Vendida (Custo Médio da Pt) - Método SimplificadorP1 P2 P3

UF/UEA C. Unit. C. Total UF/UEA C. Unit. C. Total UF/UEA C. Unit. C. Total

So PA 1.000 20,00 20.000 3.500 30,00 105.000 1.000 26,10 26.100

Pt 9.000 20,785 187.065 8.500 31,445 267.283 7.000 27,40 191.800

P. VENDIDA 10.000 207.065 12.000 372.283 8.000 217.900

Cálculo do custo unitário (médio) da PtCusto da Pt Pt (UF) Custo Unitário

P1 207.850 10.000 20,785P2 314.450 10.000 31,445P3 246.600 9.000 27,400

Cálculo do valor do Stock Final (FIFO)P1 P2 P3

UF/UEA C. Unit. C. Total UF/UEA C. Unit. C. Total UF/UEA C. Unit. C. Total

So PA 1.000 20,785 20.785 1.500 31,445 47.168 2.000 27,40 54.800

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PRODUTOS FABRICADOS

RESOLUÇÃO DO PROFESSOR – DR. LUIS ABRANTES

Si (PA) P1 20.000P2 105.000P2 26.100 151.100

Pt

P1 207.850P2 314.450P3 246.600 768.900

920.000

Produção VendidaP1 207.065P2 372.283P3 217.900 797.248

Sf (PA)P1 20.785P2 47.168P3 54.800 122.753

920.000

Page 95: Caderno analitica

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EXERCÍCIO NR.º 8 – Dr. Luís Abrantes

CÁLCULO DO CUSTO COMPLETO DA PRODUÇÃO EM PROCESSO PRODUTIVO SEGMENTADO – PRODUÇÃO MÚLTIPLA

Considere uma unidade industrial com dois centros produtivos principais – Centro A e Centro B, com as seguintes características:

1. No Centro A produz-se o produto P1, sendo parte comercializada e a parte restante transferida para o Centro B, onde se obtém os produtos P2 e P3. A produção do Centro A é medida em Kg de P1, sendo a produção do Centro B medida em UF de P2 e P3.

2. As matérias-primas são incorporadas nos seguintes termos: Centro A: M1 no início do processo, com um desperdício de 10%. Centro B: M2 a 50% do processo; cada unidade de P2 consome 1,0 Kg de M2 e 2,0

Kg de P1; cada unidade de P3 consome 2,0 Kg de M2 e 1,0 Kg de P1.

3. Os tempos de laboração no Centro B são de 20 e 40 minutos para cada unidade de P2 e P3, respectivamente.

4. A MOD e os GGF são incorporados linearmente ao longo do processo produtivo e os respectivos custos são imputados com base em orçamentos anuais de € 750.000 e € 1.500.000, respectivamente.

5. Critério de valorimetria: FIFO

INFORMAÇÃO RELATIVA A UM DETERMINADO MÊS:

6. Existências iniciais: ☻ Centro A: 2.000 Kg de P1, com 50% de acabamento; valor de € 9.875☻ Armazém: 10.000 Kg de P1, no valor de € 50.000

4.000 UF de P2, no valor de € 50.0003.000 UF de P3, no valor de € 27.000

Page 98: Caderno analitica

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Mário Figueiredo ISCAP - Ano Lectivo 2008/2009 Folha 98 → 150

7. Existências finais: ☻ Armazém: 10.000 Kg de P1 ☻ Centro B: 4.000 UF de P2, com 75% de acabamento

1.000 UF de P3, com 30% de acabamento

8. Vendas: P1= 25.000 Kg a 5,35 €/Kg ; P2= 20.000 UF a 13,50 €/UF ; P3= 20.000 UF a 13,50 €/UF

8. Custos do Período:

M1 M2

Matérias-primas 2,70 €/Kg € 27.000

Centro A Centro BMão-de-obra Directa € 49.200 € 26.800

PEDIDOS:

1. Cálculo do custo da produção terminada e do custo da existência final de produtos em curso.2. Apresentação das contas de FABRICAÇÃO Centro A e Centro B.3. Diga, justificando, qual será mais vantajoso:

3.1. “A produção e venda de P2 ou P3”?3.2. “A venda de P1 sem transformação ou a venda de P1 transformado em P2 e P3”?

PtP1CENTRO AP1 (kg)

CENTRO BP2 e P3 (UF)

APA

CLIENTES

PtP1 PtP2

PtP3

Produção Vendida →P1: 25.000 Kg ; 5,35 €/KgP2: 20.000 UF ; 13,50 €/kgP3: 20.000 UF ; 13,50 €/Kg

SoP1 = 2.000 Kg

SoP1 = 10.000 KgSoP2 = 4.000 UFSoP3 = 3.000 UF

SfP1 = 10.000 Kg

SfP2 = 4.000 UFSfP3 = 1.000 UF

Page 99: Caderno analitica

CONTABILIDADE CUSTOS – CONTABILIDADE ANALÍTICA

Mário Figueiredo ISCAP - Ano Lectivo 2008/2009 Folha 99 → 150

CENTRO A:

CENTRO B:

1. Cálculo do custo da Produção Terminada e do custo da Existência Final dos produtos em curso

Em virtude do tipo de elementos que são disponibilizados no enunciado, temos de “partir” da Produção Vendida para chegar às Produções Terminadas.

0% 100%t50%

M1 ; 10% desperdício

VENDA

SfP1 = 0 Kg ; €0,00SoP1 = 2.000 Kg ; €9.875,00

0% 100%t75%50%

MP1

MOD + GGF

SfP3= 1.000 UF SfP2 = 4.000 UF

30%

PtP1

SoP2 = 0 UF SoP3= 0 UF

PtP1

PtP2 PtP3

MOD + GGF

Page 100: Caderno analitica

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Mário Figueiredo ISCAP - Ano Lectivo 2008/2009 Folha 100 → 150

Cálculo da Produção TerminadaP1 (Kg) P2 (UF) P3 (UF)

Produção Vendida + 25.000 20.000 20.000Stock final de PA + 10.000 0 0Stock inicial de PA – 10.000 4.000 3.000Produção Terminada 25.000 16.000 17.000

PASoPASfPvPtPvPASfPtPASo

CENTRO B

Cômputo da Pe : UEA

P1 M2 CTPRODUTO P2

UF/UEA ca UEA ca UEA

PRODUÇÃO TERMINADA + 16.000 100% 16.000 100% 16.000STOCK FINAL PCF + 4.000 100% 4.000 75% 3.000STOCK INICIAL PCF – 0 0% 0 0% 0PRODUÇÃO EFECTIVA 20.000 20.000 19.000

PRODUTO P3 P1 M2 CTPRODUÇÃO TERMINADA + 17.000 100% 17.000 100% 17.000STOCK FINAL PCF + 1.000 0% 0 30% 300STOCK INICIAL PCF – 0 0% 0 0% 0PRODUÇÃO EFECTIVA 18.000 17.000 17.300

PtP1CENTRO AP1 (kg)

CENTRO BP1 e P2 (UF)

APA

PtP1 = 25.000 Kg

PtP2 = 16.000 UF PtP3 = 17.000 UF

Produção Vendida →P1: 25.000 Kg ; 5,35 €/KgP2: 20.000 UF ; 13,50 €/kgP3: 20.000 UF ; 13,50 €/Kg

SoP1 = 2.000 Kg

SoP1 = 10.000 KgSoP2 = 4.000 UFSoP3 = 3.000 UF

SfP1 = 10.000 Kg

SfP2 = 4.000 UFSfP3 = 1.000 UF

Page 101: Caderno analitica

CONTABILIDADE CUSTOS – CONTABILIDADE ANALÍTICA

Mário Figueiredo ISCAP - Ano Lectivo 2008/2009 Folha 101 → 150

CENTRO B – Ficha de incorporação de factoresP2 (UF) P3 (UF)

P1 Kg 2,00 1,00

M2 Kg 1,00 2,00

CT minutos 20,00 40,00

CENTRO B – Incorporações de P1 em P2 e P3

P2 (UF) P3 (UF)Produção Efectiva 20.000 18.000 UF

Incorporação 2,00 1,00 Kg

Total de necessidades de P1 40.000 18.000 Kg

Total das necessidades de fabrico de P1 58.000 KgPtP1 para venda (que vai para o APA) 25.000 KgTotal das Produções Terminadas de P1 83.000 Kg

Cômputo da Pe de P1: UEA

M1 CTPRODUTO P1

UF/UEA ca UEA

PRODUÇÃO TERMINADA + 83.000 100% 83.000STOCK FINAL PCF + 0 0% 0STOCK INICIAL PCF – 2.000 50% 1.000PRODUÇÃO EFECTIVA 81.000 82.000

CENTRO A:

%90000.81 Kg %100X KgX 000.90

0% 100%t50%

10% desperdício

90.000 Kg

81.000 Kg

Page 102: Caderno analitica

CONTABILIDADE CUSTOS – CONTABILIDADE ANALÍTICA

Mário Figueiredo ISCAP - Ano Lectivo 2008/2009 Folha 102 → 150

Taxa de desperdício 10%Incorporação de M1 90.000 KgCusto M1 2,70 €/KgCusto Total de M1 243.000,00

CENTRO A

Cálculo do custo global e unitário da Produção Efectiva de P1

Custo Total P. Efectiva Custo UnitárioM1 243.000,00 81.000 3,00 ou 2,70 : 0,90

MOD 49.200,00 82.000 0,60GGF (*) 98.400,00 82.000 1,20TOTAL 390.600,00 4,80

(*) Relação entre GGF e MOD com base no orçamento anual:

00,200,000.75000,000.500.1

CENTRO B

Cálculo do custo global e unitário da produção efectiva, por produtosFACTORES PRODUTOS CUSTOS PRODUÇÃO COEF. HOM. PROD. HOM. (Ph) CUSTO UNITÁRIO

P1P2 193.000 20.000 2,00 40.000 9,650

P3 86.850 18.000 1,00 18.000 4,825

279.850 58.000

M2P2 10.000 20.000 1,00 20.000 0,50

P3 17.000 17.000 2,00 34.000 1,0027.000 54.000

MOD P2 9.500 19.000 1,00 19.000 0,50

P3 17.300 17.300 2,00 34.600 1,0026.800 53.600

GGF P2 19.000 19.000 1,00 19.000 1,00

P3 34.600 17.300 2,00 34.600 2,0053.600 P. Efectiva 53.600

81.000 Kg (1-Taxa Desperdício)

Page 103: Caderno analitica

CONTABILIDADE CUSTOS – CONTABILIDADE ANALÍTICA

Mário Figueiredo ISCAP - Ano Lectivo 2008/2009 Folha 103 → 150

Cálculo da Produção Terminada e Existência Final do CENTRO AM1 CT

PRODUTO P1 UF C. Unit. C.Total UF C. Unit. C.Total TOTAL

De Exist. Inicial 2.000 ? ? 1.000 ? ? 9.875,00Do Período 81.000 3,00 243.000,00 82.000 1,80 147.600,00 390.600,00

Produção Terminada 83.000 ? 83.000 ? 400.475,00

Stock Final 0 0 0 0 0 0 0,00

KgKg

/€825,4000.83

€00,475.400

FABRICAÇÃO CENTRO A

Síntese de Custos de P2 e P3

P2 P3Custo Total Custo Unitário Custo Total Custo Unitário

P1 193.000,00 9,650 86.850,00 4,825M2 10.000,00 0,500 17.000,00 1,000Mod 9.500,00 0,500 17.300,00 1,000GGF 19.000,00 1,000 34.600,00 2,000

TOTAL 231.500,00 11,650 155.750,00 8,825

00,400.18665,11000.162 PCPt €00,025.150825,8000.173 PCPt €

Si (PCF) SoP1 9.875

Consumos

M1 243.000Mod 49.200GGF 98.400 390.600

400.475

Produção Transferida para BP1 279.850 (58.000 Kg)

Produção Transferida para VendaP1 120.625 (25.000 Kg)

(25.000 x 4,825 €)

SfPCF

400.475

Como não há Existências Iniciais (SoPCF) a Pt é valorizada exclusivamente a custos do Período.

Page 104: Caderno analitica

CONTABILIDADE CUSTOS – CONTABILIDADE ANALÍTICA

Mário Figueiredo ISCAP - Ano Lectivo 2008/2009 Folha 104 → 150

P2 P3PRODUÇÃO TERMINADA 16.000 17.000CUSTO UNITÁRIO TOTAL 11,650 8,825CUSTO DA PRODUÇÃO TERMINADA 186.400,00 150.025,00

Cálculo do Custo da Existência Final da Produção em CursoP1 M2 CT

UF C. Unit. C.Total UF C. Unit. C.Total UF C. Unit. C.Total TOTAL

Exist. Final P2 4.000 9,650 38.600 4.000 0,500 2.000 3.000 1,500 4.500 45.100,00Exist. Final P3 1.000 4,825 4.825 0 1,000 0,00 300 3,000 900 5.725,00

FABRICAÇÃO CENTRO B

Cálculo do Custo da Produção Vendida – CENTRO A (FIFO)P1

UF C. Unit. C.Total

Exist. Inicial PA 10.000 5,00 50.000Produção Terminada 15.000 4,825 72.375Produção Vendida 25.000 122.375Exist. Final PA 10.000 4,825 48.250

Cálculo do Custo da Produção Vendida – CENTRO B (FIFO)P2 P3

UF C. Unit. C.Total UF C. Unit. C.Total

Exist. Inicial PA 4.000 12,50 50.000 3.000 9,00 27.000Produção Terminada 16.000 11,65 186.400 17.000 8,825 150.025Produção Vendida 20.000 236.400 20.000 177.025Exist. Final PA 0 11,65 0 0 8,825 0

Si (PCF) SoP2 SoP3

ConsumosPt Cº A 279.850M2 27.000Mod 26.800GGF 53.600 387.250

387.250

Produção TerminadaP2 186.400 P3 150.025 336.425

SfPCF

P2 45.100P3 5.725 50.825

387.250

Page 105: Caderno analitica

CONTABILIDADE CUSTOS – CONTABILIDADE ANALÍTICA

Mário Figueiredo ISCAP - Ano Lectivo 2008/2009 Folha 105 → 150

Qual será mais vantajoso? Produzir e vender P2 ou P3?

Cálculo das Margens BrutasP2 P3

Vendas 270.000 210.000Custos das Vendas 236.400 177.025Margens Brutas 33.600 32.975Qtd. Vendida (UF) 20.000 20.000Margem Unitária (€/UF) 1,68 1,648

KgUF /€50,13000.20000.270 KgUF /€50,10000.20000.210

CONCLUSÃO:P2 é mais rentável em termos absolutos e unitários do que P3.Tem que se efectuar a análise através da Margem Unitária (a quantidade de P3 poderia ser diferente da quantidade de P2).

A venda de P1 (sem transformação) ou a venda de P1 transformado em P2 e P3? Qual será mais vantajoso?

Cálculo das Margens BrutasP1

Vendas 133.750Custos das Vendas 122.375Margens Brutas 11.375Qtd. Vendida 25.000 KgMargem Unitária (€/Kg) 0,4550

00,750.133/€35,5000.25 KgKg €

CONCLUSÃO:É mais rentável transformar P1 em P2 e P3. Note-se que P2 incorpora 2Kg de P1, a que corresponde uma margem de 0,4550 x 2Kg = €0,910, inferior a €1,680 e €1,6488 em P2 e P3.

UFP Kg /€910,02 2

UFP Kg /€455,03 1

Page 106: Caderno analitica

CONTABILIDADE CUSTOS – CONTABILIDADE ANALÍTICA

Mário Figueiredo ISCAP - Ano Lectivo 2008/2009 Folha 106 → 150

EXAME 11-JAN-2007 – I PARTE

Page 107: Caderno analitica

CONTABILIDADE CUSTOS – CONTABILIDADE ANALÍTICA

Mário Figueiredo ISCAP - Ano Lectivo 2008/2009 Folha 107 → 150

RESOLUÇÃO DO PROF. DR. LUÍS ABRANTES

Page 108: Caderno analitica

CONTABILIDADE CUSTOS – CONTABILIDADE ANALÍTICA

Mário Figueiredo ISCAP - Ano Lectivo 2008/2009 Folha 108 → 150

Page 109: Caderno analitica

CONTABILIDADE CUSTOS – CONTABILIDADE ANALÍTICA

Mário Figueiredo ISCAP - Ano Lectivo 2008/2009 Folha 109 → 150

Page 110: Caderno analitica

CONTABILIDADE CUSTOS – CONTABILIDADE ANALÍTICA

Mário Figueiredo ISCAP - Ano Lectivo 2008/2009 Folha 110 → 150

Page 111: Caderno analitica

CONTABILIDADE CUSTOS – CONTABILIDADE ANALÍTICA

Mário Figueiredo ISCAP - Ano Lectivo 2008/2009 Folha 111 → 150

Page 112: Caderno analitica

CONTABILIDADE CUSTOS – CONTABILIDADE ANALÍTICA

Mário Figueiredo ISCAP - Ano Lectivo 2008/2009 Folha 112 → 150

Page 113: Caderno analitica

CONTABILIDADE CUSTOS – CONTABILIDADE ANALÍTICA

Mário Figueiredo ISCAP - Ano Lectivo 2008/2009 Folha 113 → 150

PARTE III – A VALORIZAÇÃO DA PRODUÇÃO NAS UNIDADES INDUSTRIAIS

CAPÍTULO I – O custo das produções efectivas e terminadas – processo produtivo disjunto1. A avaliação da produção a custos reais 2. A relevância dos custos dos factores produtivos3. A importância da análise do comportamento dos custos face ao volume da actividade4. Técnicas de custeio: custeio total, custeio variável e custeio racional

4.1. A aplicação da técnica do custeio total ou completo4.1.1. As componentes do custo de produção4.1.2. A problemática da valorização da produção a custeio total

4.2. A avaliação da produção a custeio racional4.3. A importância do custeio variável para a decisão

4.3.1. Os efeitos da avaliação da produção a custo variável 4.3.2. O debate: custeio variável vs custeio total

5. Métodos de custeio5.1. Método indirecto ou custos por processos ou fases5.2. Método directo ou custos por ordens de produção

CAPÍTULO II – As novas metodologias de custeio1. O problema da imputação dos gastos indirectos ao custo dos produtos

1.1. O contributo do método dos centros de análise ou método das secções homogéneas1.2. A importância da repartição dos gastos gerais de fabrico (GGF)1.3. A aplicação prática do método

2. As críticas dirigidas ao método das secções pelos autores do custeio baseado nas actividades (ABC)

3. A comparação entre o custeio ABC e o custeio tradicional.

Page 114: Caderno analitica

CONTABILIDADE CUSTOS – CONTABILIDADE ANALÍTICA

Mário Figueiredo ISCAP - Ano Lectivo 2008/2009 Folha 114 → 150

REPARTIÇÃO DE GASTOS GERAIS DE FABRICO(problemática da imputação dos G.G.F.)

Gastos Gerais de Fabrico

São todos os custos comuns da área fabril que não respeitam às matérias-primas e à mão-de-obra directa;

Podem também ser custos directos do produto, mas que pelo seu reduzido valor são incluídos nos encargos gerais de fabrico;

São difíceis de repartir (p.ex., é difícil saber-se quanto gasta de electricidade determinado equipamento, ou então, teria de se suportar um custo elevado para se obter tal informação), daí a necessidade de se determinar uma taxa/coeficiente de imputação;

O “peso”/importância dos G.G.F. tem vindo a aumentar, no total dos custos de produção (transferência de custos directos para indirectos: desenvolvimento tecnológico/automação, o que aumenta os custos com equipamentos e MOI, em detrimento da MOD; aumento dos custos da energia; a própria exigência crescente de uma gestão mais eficiente, face às mudanças operadas no ambiente interno e externo das empresas);

A forma mais utilizada de repartir os G.G.F. é através da utilização de coeficiente teóricos (taxas de imputação pré-determinadas) em detrimento dos coeficientes reais (taxas de imputação com base em valores do período).

Nem sempre se pode esperar pelo final do mês para se calcular os coeficientes de imputação. Seguramente esta acção produziria inconvenientes na eficiência da empresa. Assim, determinam-se as quotas teóricas a imputar aos produtos ou às ordens de fabrico com base em valores previsionais do ano.

REALIMPUTAÇÃOBASEREAISGGF

REALCOEF.

. ANOLPREVISIONAIMPUTAÇÃOBASE

ANOISPREVISIONAGGFTEÓRICOCOEF

....

Page 115: Caderno analitica

CONTABILIDADE CUSTOS – CONTABILIDADE ANALÍTICA

Mário Figueiredo ISCAP - Ano Lectivo 2008/2009 Folha 115 → 150

EXERCÍCIO NR.º 1 – Dr. Luís Abrantes1

1. Uma determinada unidade industrial é constituída por centros principais – CA e CB – onde decorrem as duas fases de elaboração dos produtos, e por três centros auxiliares – CX, CY e CZ.

2. Os gastos gerais de fabrico de determinado mês foram os seguintes (valores em €):

Renda da Fábrica: 18.000,00Electricidade: 17.550,00Limpeza da Fábrica: 4.500,00Reparações CY: 2.650,00Amortizações: taxa anual de 12%

3. Para a repartição dos gastos gerais de fabricos, identificados anteriormente, é conhecida a seguinte informação:

Áreas ocupadas (m2) Consumo de Energia (kWh) Equipamento (€)

CA 1.000 60.000 1.260.000,00CB 2.000 150.000 1.616.000,00CX 200 6.000 60.000,00CY 300 12.000 60.000,00CZ 100 6.000 100.000,00

A matriz de repartição dos custos auxiliares pelos principais revela a seguinte estrutura:

DESTINO A B X Y Z TOTALORIGEM

Centro X 50% 35% 10% 5% 100%Centro Y 45% 40% 10% 5% 100%Centro Z 30% 70% 100%

PEDIDO:Repartição dos Gastos Gerais de Fabrico (repartição primária) e subsequente redistribuição dos custos dos centros auxiliares e imputação aos centros principais (repartição secundária).

1 Fonte: ISCAP – Exercícios de Contabilidade de Gestão Avançada. Ano lectivo 2007-2008. Adaptado.

A B X Y ZMão de Obra Indirecta 25.000,00 40.000,00 4.875,00 6.375,00 3.087,50

Page 116: Caderno analitica

CONTABILIDADE CUSTOS – CONTABILIDADE ANALÍTICA

Mário Figueiredo ISCAP - Ano Lectivo 2008/2009 Folha 116 → 150

CENTROS PRINCIPAIS CENTROS AUXILIARESREPARTIÇÃO DOS GGF A B X Y Z TOTALRepartição PrimáriaMOI 25.000,00 40.000,00 4.875,00 6.375,00 3.087,50 79.337,50Renda + Limpeza Fábrica 6.250,00 12.500,00 1.250,00 1.875,00 625,00 22.500,00Electricidade 4.500,00 11.250,00 450,00 900,00 450,00 17.550,00Conservação e Reparação --- --- --- 2.650,00 --- 2.650,00Amortizações do Exercício 12.600,00 16.160,00 600,00 600,00 1.000,00 30.960,00

48.350,00 79.910,00 7.175,00 12.400,00 5.162,50 152.997,50

Repartição SecundáriaCentro X 4.250,00 2.975,00 - 8.500,00 850,00 425,00 0,00Centro Y 5.962,50 5.300,00 1.325,00 - 13.250,00 662,50 0,00Centro Z 1.875,00 4.375,00 0,00 0,00 - 6.250,00 0,00

TOTAL GGF 60.437,50 92.560,00 0,00 0,00 0,00 152.997,50

REPARTIÇÃO PRIMÁRIA

Começa-se por preencher na coluna “TOTAL” os valores totais que fazem parte da repartição primária dos GGF (por natureza de gastos). Por exemplo, o total dos gastos com a Mão-de-Obra Indirecta corresponde ao somatório dos valores afectados aos centros (valores esses que foram dados no enunciado), e que corresponde a € 79.337,50.

Seguidamente, terá de se distribuir aqueles gastos totais pelos centros (o que obrigará fazer alguns cálculos), para que seja concluído o preenchimento da tabela quanto à Repartição Primária. Assim, temos:

Distribuição da Renda e Limpeza da Fábrica

Como a base de imputação para a Renda e para a Limpeza da Fábrica é a mesma – em função da área ocupada – poderemos agrupar estes dois tipos de GGF (na resolução do exame poupa-se tempo).

Renda + Limpeza 00,500.2200,500.400,000.18 €2600.3100300200000.2000.1 mÁreaTOTAL

Coeficiente de Imputação 25,6600.3

00,500.22. 2

mIMPUTAÇÃOBASEGGF

€/m2Incorpora-se no custo dos produtos fabricados, por cada m2 de área ocupada, € 6,25 de GGF (gastos na Renda e Limpeza).

Page 117: Caderno analitica

CONTABILIDADE CUSTOS – CONTABILIDADE ANALÍTICA

Mário Figueiredo ISCAP - Ano Lectivo 2008/2009 Folha 117 → 150

CENTRO A: 1.000 m2 x 6,25 € = 6.250,00 €CENTRO B: 2.000 m2 x 6,25 € = 12.500,00 €CENTRO X: 200 m2 x 6,25 € = 1.250,00 €CENTRO Y: 300 m2 x 6,25 € = 1.875,00 €CENTRO Z: 100 m2 x 6,25 € = 625,00 €

Distribuição da Electricidade

A base de imputação dos gastos com a electricidade é dada no enunciado – Consumo de Energia (kWh).

kWhConsumoTOTAL 000.234000.6000.12000.6000.150000.60

Coeficiente de Imputação 075,0000.234

00,550.17.

kWhIMPUTAÇÃOBASE

GGF€/kWh

CENTRO A: 60.000 kWh x 0,075 € = 4.500,00 €CENTRO B: 150.000 kWh x 0,075 € = 11.250,00 €CENTRO X: 6.000 kWh x 0,075 € = 450,00 €CENTRO Y: 12.000 kWh x 0,075 € = 900,00 €CENTRO Z: 6.000 kWh x 0,075 € = 450,00 €

Distribuição das Amortizações do Exercício

Como a taxa anual de amortização é de 12%, teremos uma taxa mensal de 1%, que iremos fazer incidir nos valores dos equipamentos (estes dados no enunciado).

CENTRO A: 1.260.000,00 x 0,01 = 12.600,00 €CENTRO B: 1.616.000,00 x 0,01 = 16.160,00 €CENTRO X: 60.000,00 x 0,01 = 600,00 €CENTRO Y: 60.000,00 x 0,01 = 600,00 €CENTRO Z: 100.000,00 x 0,01 = 1.000,00 €

REPARTIÇÃO SECUNDÁRIA

A redistribuição dos custos dos centros auxiliares e imputação aos centros principais (repartição secundária) é feita com apoio à matriz dada:

DESTINO A B X Y Z TOTALORIGEM

Centro X 50% 35% 10% 5% 100%Centro Y 45% 40% 10% 5% 100%Centro Z 30% 70% 100%

Incorpora-se no custo dos produtos fabricados, por cada unidade de kWh de consumo de energia, € 0,075 de GGF(gasto de electricidade).

Page 118: Caderno analitica

CONTABILIDADE CUSTOS – CONTABILIDADE ANALÍTICA

Mário Figueiredo ISCAP - Ano Lectivo 2008/2009 Folha 118 → 150

Fazendo a leitura na vertical, o centro auxiliar X recebe 10% do centro auxiliar Y, o centro auxiliar Y recebe 10% do centro auxiliar X, o centro auxiliar Z recebe 5% do centro auxiliar X e mais 5% do centro auxiliar Y.

Repare-se que não existe auto-consumo: o centro auxiliar não recebe de si próprio (um exemplo frequente de auto-consumo é a existência de centros auxiliares de fornecimento de energia que consomem também eles próprios energia para poder gerar energia para os centros principais).

Há pois que calcular o custo total da produção de cada centro auxiliar para depois imputá-los aos centros principais.

X – custo total da produção do centro auxiliar XY – custo total da produção do centro auxiliar YZ – custo total da produção do centro auxiliar Z

YX %.1000,175.7 00,500.8XXY %.1000,400.12 00,250.13Y

YXZ %.5%.550,162.5 00,250.6Z

Estes valores terão que ser inscritos na tabela (Repartição Secundária) na coluna vertical e horizontal do centro em causa.

Como representam custos que “vão sair” desse centro auxiliar e posteriormente divididos pelos restantes centros (principais e auxiliares), são valores negativos.

Note-se que, em relação ao centro auxiliar X, o custo apurado para o total da sua produção foi de € 8.500,00. Este valor foi distribuído, de acordo com a matriz de repartição secundária: € 4.250,00 (50%) para o centro principal A; € 2.975,00 (35%) para o centro principal B; € 850,00 (10%) para o centro auxiliar Y; e por último (para totalizar os 100%), € 425,00 (5%) para o centro auxiliar Z.

O centro X tem custos directos de € 7.175,00. No entanto recebe 10% do centro Y (prestações recíprocas).

Repare-se que o total dos GGF para os centros auxiliares é zero.

Não poderia ser de outra forma, pois os valores daqueles são absorvidos pelos centros principais.

Page 119: Caderno analitica

CONTABILIDADE CUSTOS – CONTABILIDADE ANALÍTICA

Mário Figueiredo ISCAP - Ano Lectivo 2008/2009 Folha 119 → 150

EXERCÍCIO NR.º 2 – Dr. Luís Abrantes

DADOS:

1. Uma unidade industrial é constituída por três centros principais e quatro centros auxiliares:

CENTROS PRINCIPAIS

Centro A: 1ª Fase de elaboração dos produtos

Centro B: 2ª Fase de elaboração dos produtos

Centro C: Fases de acabamento, verificação e embalagem CENTROS AUXILIARES

Centro X: Serviços gerais (direcção técnica, planeamento, controlo fabril,…)

Centro Y: Produção de vapor

Centro W: Manutenção dos equipamentos

Centro Z: Transformação de energia eléctrica

2. Os critérios de imputação dos custos dos centros auxiliares são os seguintes:

CENTROS CRITÉRIOS DE IMPUTAÇÃO

Centro X: Aos centros principais, proporcionalmente à MOD desses centros

Centro Y: % do consumo de vapor

Centro W: Com base nos serviços prestados a cada um dos centros

Centro Z: % do consumo de energia, com base em contadores instalados em cada centro

3. O edifício onde está instalada a unidade industrial foi adquirido por 200.000 euros, sendo amortizado por quotas constantes, com vida útil de 20 anos.

4. Valor de aquisição dos equipamentos por centros (€):

CENTROS VALORA 200.000B 120.000C 60.000Y 40.000W 30.000Z 50.000

500.000

Método de cálculo das amortizações: quotas constantes. Vida útil: 8 anos

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CONTABILIDADE CUSTOS – CONTABILIDADE ANALÍTICA

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5. Apresenta-se em ANEXO a repartição (primária) de alguns gastos gerais de fabrico pelos centros principais e auxiliares.

6. Programa de lubrificação dos Serviços de Manutenção aos centros principais:

CENTROS NR.º DE MÁQUINAS PERIODICIDADE CONSUMO POR LUBIRIFICAÇÃO (Kg)A 4 Trimestral 200,0B 12 Mensal 100,0C 10 Mensal 20,0

O custo do consumo dos lubrificantes destes centros foi de 5.700 euros.

7. A mão-de-obra directa reparte-se pelos centros produtivos nos seguintes termos (€):

TOTAL A B C50.000 10.000 15.000 25.000

8. Da leitura dos contadores obteve-se a seguinte distribuição relativa de consumo de energia eléctrica

A B C X Y W Z36,0% 27,0% 16,2% 0,9% 2,7% 7,2% 10,0%

9. A produção de vapor teve a seguinte afectação:

A B C Geral45,0% 30,0% 20,0% 5,0%

10. Os serviços prestados pelo centro W – Manutenção de Equipamento – distribuem-se:

A B C X Y55,0% 20,0% 15,0% 2,0% 8,0%

11. Critérios de imputação dos custos dos centros principais aos produtos:

CENTROS CRITÉRIOS DE IMPUTAÇÃO

Centro A: % à mão-de-obra directa

Centro B: % ao peso dos produtos

Centro C: % ao número de unidades homogeneizadas

Page 121: Caderno analitica

CONTABILIDADE CUSTOS – CONTABILIDADE ANALÍTICA

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12. Aplicação de mão-de-obra aos produtos no centro A:

a P1 a P2 a P3 a P4 TOTAL1.500 5.000 1.500 2.000 10.000

13. Produção efectiva e armazenadaToneladas

P1 P2 P3 P4100 200 150 50

14. Os coeficientes de homogeneização foram calculados com base no custo primário de cada tonelada de produto no centro A.

15. O custo das matérias-primas é de 100 euros por tonelada. O aproveitamento das matérias-primas é total.

PEDIDOS:

1. Repartição dos Gastos Gerais de Fabrico e subsequente redistribuição dos custos dos centros auxiliares e imputação aos centros principais.

2. Imputação dos GGF ao custo contabilístico dos produtos

NOTA: Sugere-se a criação de um centro meramente contabilístico para colectar os custos imputáveis em função da área ocupada por cada centro de actividade, cuja repartição é a seguinte:

A B C X Y W Z25,0% 25,0% 20,0% 12,0% 4,0% 8,0% 6,0%

Page 122: Caderno analitica

CONTABILIDADE CUSTOS – CONTABILIDADE ANALÍTICA

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ANEXO

Repartição de Gastos Gerais de FabricoCENTROS PRINCIPAIS CENTROS AUXILIARES

Fase 1 Fase 2 Acabamº Sos Gerais Vapor Manuten. Energ. Ele. Comum-Edif

TOTAL A B C X Y W Z K

REPARTIÇÃO PRIMÁRIA

Custo das Matérias ConsumidasMateriais de consumo corrente 6.990 1.776 1.518 1.376 930 715 480 195Sobressalentes de máquinas 7.840 3.000 2.000 500 500 1.340 500Fornecimentos e serviços externosElectricidade 16.300Combustíveis 7.820Lubrificantes 6.200 300 200Ferramentas e utensílios 1.200 200 300 300 50 300 50Comunicação 3.000Seguro do Equipamento 5.000Seguro do edifício 3.000Conservação e reparação de edifícios 1.000Trabalhos Especializados (assistª extª eqº) 6.000 6.000Impostos – IMI 2.650Custos com o pessoalMão-de-obra indirecta 100.000 30.000 25.000 20.000 5.000 16.000 4.000Ordenados 50.000 5.000 4.000 6.000 23.000 1.500 7.000 3.500Encargos sobre remunerações 32.000Seguros de Acidentes de Trabalho 6.000Amortizações do exercícioEdifícios e outras construções 10.000Equipamento básico 62.500Equipamento Administrativo 2.500TOTAL DOS GASTOS GERAIS 330.000

REDISTRIBUIÇÃO DE CUSTOSCENTROS AUXILIARES

XYWZK

TOTAL DOS GASTOS GERAIS 330.000 0 0 0 0 0

EMBORA NÃO ESTEJA AQUI A RESOLUÇÃO, ESTE EXERCÍCIO FOI RESOLVIDO NA AULA

Page 123: Caderno analitica

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EXERCÍCIO NR.º 1 – Dra. Maria Hélder – Repartição de Custos por C.os de Responsabilidade

Considere uma empresa Alfa SA cuja unidade industrial tem o seu sector fabril organizado do seguinte modo: dois centros produtivos A, B e três centros auxiliares X, Y, e Z.

INFORMAÇÃO RELATIVA A UM DETERMINADO MÊS DO ANO “N”:

Repartição Primária (valores em €)DESCRIÇÃO A B X Y Z TOTAL

Custos Fixos 39.000,00 46.300,00 30.450,00 11.500,00 34.250,00 161.500,00Custos Variáveis 9.032,00 14.500,00 21.640,00 3.800,00 3.078,00 52.050,00Custos Totais 48.032,00 60.800,00 52.090,00 15.300,00 37.328,00 213.550,00

Matriz das prestações de serviços (em unidade de obra – UO)DESCRIÇÃO A B X Y Z TOTAL

Centro X 1.000 750 500 --- 250 2.500Centro Y 600 1.500 750 --- 900 3.750Centro Z 250 200 50 --- --- 500

PEDIDOS:1. Partindo dos elementos acima, calcule o custo das unidades de obra (unidade de custeio)

dos centros X, Y e Z.2. Calcule os custos dos centros de produção A e B.

RESOLUÇÃO:

Unidades de Obra (UO) correspondem a unidades físicas – por exemplo, horas. Por unidade de custeio entende-se o valor unitário da unidade de obra.

CENTROS PRINCIPAIS CENTROS AUXILIARESREPARTIÇÃO DOS GGF A B X Y Z TOTALRepartição Primária 48.032,00 60.800,00 52.090,00 15.300,00 37.328,00 213.550,00

Repartição SecundáriaCentro X 30.000,00 22.500,00 (60.000,00) --- 7.500,00 0,00Centro Y 2.448,00 6.120,00 3.060,00 (15.300,00) 3.672,00 0,00Centro Z 24.250,00 19.400,00 4.850,00 --- (48.500,00) 0,00

TOTAL GGF 104.730,00 108.820,00 0,00 0,00 0,00 213.550,00

Page 124: Caderno analitica

CONTABILIDADE CUSTOS – CONTABILIDADE ANALÍTICA

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O centro X tem auto-consumo (poderá verificar-se na matriz das prestações de serviços que o centro X recebeu de si próprio 500 unidades de obra). Estas 500 unidades de obra vão ser redistribuídas pelos centros A, B, e Z. Isto é, os valores indicados na matriz das prestações de serviços relativamente à distribuição que o centro X faz para os restantes centros (1.000 UO para A, 750 UO para B, e 250 UO para Z) vão ser recalculados para ter em linha de conta a incorporação das 500 UOde auto-consumo.

CENTRO X – produziu um total de 2.500 UO

25,1500.2000.2

000.2500500.2

UOUO

UOUOUO

CENTRO A: 1.000 UO x 1,25 = 1.250 UOCENTRO B: 750 UO x 1,25 = 937,5 UOCENTRO Z: 250 UO x 1,25 = 312,5 UO

A matriz das prestações de serviços (em UO) passa a ter nova configuração:

DESCRIÇÃO A B X Y Z TOTALCentro X 1.250 937,5 --- --- 312,5 2.500Centro Y 600 1.500 750 --- 900 3.750Centro Z 250 200 50 --- --- 500

Passemos à redistribuição dos custos dos centros auxiliares e imputação aos centros principais (repartição secundária):

X – custo total da produção do centro auxiliar XY – custo total da produção do centro auxiliar YZ – custo total da produção do centro auxiliar Z

xUOX 500.2 ; sendo x a unidade de custeio do centro X €00,24x yUOY 750.3 ; sendo y a unidade de custeio do centro Y €08,4y

zUOZ 500 ; sendo z a unidade de custeio do centro Z €00,97Z

€00,000.60€00,24500.2 UOX€00,300.15€08,4750.3 UOY€00,500.48€00,97500 UOZ

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CONTABILIDADE CUSTOS – CONTABILIDADE ANALÍTICA

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MÉTODOS DE CUSTEIO – DIRECTO, INDIRECTO E MISTO(Métodos de Apuramento do Custo dos Produtos)

MÉTODO DIRECTO (job order costing)

Aplica-se a empresas cuja produção é diversificada ou descontínua, conseguindo-se com relativa facilidade distinguir e determinar (em qualidade e quantidade) cada um dos produtos ou lote de produtos em fabrico.

O facto da actividade da empresa estruturar-se em ordens de fabrico específicas possibilita a imputação directa dos respectivos custos. O produto é monitorizado ao longo de todo o processo produtivo, sendo portanto identificados e determinados todos os custos directos à produção. Estes são acumulados numa ficha de custeio.

Assim, à encomenda (a pedido do cliente ou de outro departamento da empresa) é atribuído um número que fará parte da ficha de custo. Neste documento serão acumulados todos os custos respeitantes à obra (MP, Mod, quota-parte de GGF).

Para imputação dos GGF (overhead charges) às Ordens de Fabrico são utilizadas taxas de imputação predeterminadas:

HUEqHModIMPUTAÇÃOBASEGGF

IMPUTAÇÃOTAXA;.

.

Estas taxas determinadas à priori poderão originar diferenças de imputação entre os GGF orçamentados e os efectivamente verificados no período.

PERÍODOIMPUTADOSGGFEFECTIVOSGGFDI

…ou de Custos Específicos;…ou de Custos por Lotes de Fabrico;…ou de Custos por Obra, Encomenda…ou de Custos por Tarefas

HMod: horas de mão-de-obra directa (Labor Time Ticket: actualmente as máquinas fazem a validação do tempo de trabalho do operador).HUEq: horas de utilização do equipamento.

Page 126: Caderno analitica

CONTABILIDADE CUSTOS – CONTABILIDADE ANALÍTICA

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Não sendo significativa a diferença, esta será contabilizada em contas próprias (Resultados Analíticos ou Resultados Industriais).

Caso a diferença seja significativa (regra geral, mais de 5%), deve-se ratear o desvio pela produção (encomendas ultimadas ou em curso).

VANTAGENS DO MÉTODO: Controlo detalhado dos resultados através da comparação dos custos de cada OF (obra de

fabrico) com o respectivo valor de venda. Ajustamentos/correcções de orçamentos futuros por análise/comparação com resultados

passados. Controlar a eficiência dos departamentos da empresa através da comparação entre os custos

orçamentados (apresentado ao cliente) e os efectivamente suportados.

INCONVENIENTES DO MÉTODO: Os custos administrativos são significativos (verificação e comparação das encomendas). O custo total surge apenas com o fecho da encomenda. As ordens de produção não dependem do período contabilístico. Não reflecte determinados factos de carácter conjuntural (greves, rupturas de

aprovisionamento, avaria de máquinas, etc).

Este sistema de custeio é utilizado por empresas de construção naval, metalomecânica, reparação de automóveis, serviços profissionais, e todas as que produzem por encomendas específicas.

MÉTODO INDIRECTO ou de CUSTOS POR PROCESSOS (process costing)

Aplica-se a empresas cuja produção não é diversificada (produtos homogéneos) ou que se desenrola de forma contínua ou ininterrupta, existindo a dificuldade (e por não ser também economicamente viável) na individualização dos produtos durante as fases de fabrico, acumulando-se sim os custos (por mês) em centros de fabricos.

VER SITE DO AUTOR HORNGREN

…ou de Custos por Fases de Fabrico…ou o método que se tem vindo a utilizar até agora no cálculo da Medida da Produção

Page 127: Caderno analitica

CONTABILIDADE CUSTOS – CONTABILIDADE ANALÍTICA

Mário Figueiredo ISCAP - Ano Lectivo 2008/2009 Folha 127 → 150

Conhecem-se assim as quantidades produzidas e respectivos graus de acabamento, converte-se em UEA as produções realizadas em termos de MP, Mod e GGF. Finalmente é feita a imputação dos custos do mês às unidades efectivamente produzidas e às unidades em curso de fabrico no final do período.

EXERCÍCIO: CUSTEIO POR ORDENS DE PRODUÇÃO (M. DIRECTO) – Dr. Luís Abrantes

1. Uma unidade industrial integrada por cinco centros de custo: os centros principais A e B e os centros auxiliares X, Y e Z.

2. Fabricação por encomenda, sob a especificação dos clientes.

3. Adopção de custos efectivos, com recurso, ao longo do exercício, a quotas predeterminadas para a imputação dos gastos gerais de fabrico.

4. Incorporação de matérias-primas exclusivamente no centro A (todas as encomendas passam, sucessivamente, pelo centros A e B).

5. Relevação digráfica por centros (contas previstas no plano contabilístico, além de outras: Laboração – Centro A e Laboração – Centro B.

6. Encomendas facturadas aos clientes pelo valor da transferência das linhas de fabrico para o armazém de produtos acrescido de 45%.

7. Critérios de imputação dos gastos gerais de fabrico às encomendas: Centro A – proporcionalmente ao número de horas de utilização do respectivo

equipamento (HUEq). Centro B – proporcionalmente ao número de horas de mão-de-obra directa (no

próprio centro).

DADOS RESPEITANTES A UM DETERMINADO PERÍODO

1. Inexistência de “stocks” iniciais de encomendas ultimadas.

Page 128: Caderno analitica

CONTABILIDADE CUSTOS – CONTABILIDADE ANALÍTICA

Mário Figueiredo ISCAP - Ano Lectivo 2008/2009 Folha 128 → 150

2. Inventário inicial de encomendas em curso de fabrico: CENTRO A CENTRO B

Nº Encª TOTAL M.P. H.M.O. C.M.O H.U.E. G.G.F. H.M.O. C.M.O. G.G.F.

1015 5.350,00 € 4.000,00 € 100 150,00 € 80 800,00 € 50 100,00 € 300,00 €1020 7.160,00 € 6.000,00 € 80 160,00 € 70 700,00 € 40 60,00 € 240,00 €1030 600,00 € 500,00 € 10 20,00 € 8 80,00 €

13.110,00 € 10.500,00 € 190 330,00 € 158 1.580,00 € 90 160,00 € 540,00 €

3. Síntese do “Registo de Encomendas Ultimadas”:CENTRO A CENTRO B

Nº Encª TOTAL M.P. H.M.O. C.M.O H.U.E. G.G.F. H.M.O. C.M.O. G.G.F.

…. …. …. …. …. …. …. …. …. ….

637.770,00 € 388.500,00 € 28.810 24.610,00 € 19.915 159.620,00 € 9.990 16.980,00 € 48.060,00 €

4. Inventário final de encomendas em curso de fabrico:CENTRO A CENTRO B

Nº Encª TOTAL M.P. H.M.O. C.M.O H.U.E. G.G.F. H.M.O. C.M.O. G.G.F.

1030 20.900,00 € 18.000,00 € 300 600,00 € 203 1.640,00 € 100 180,00 € 480,00 €1050 4.440,00 € 4.000,00 € 80 120,00 € 40 320,00 € ---- ---- ----

25.340,00 € 22.000,00 € 380 720,00 € 243 1.960,00 100 180,00 € 480,00 €

5. Inventário final de encomendas ultimadas: constituído apenas pela encomenda n.º 1.049 cujo custo a seguir se detalha:

Matérias-primas 10.000,00 Centro A

Mão-de-obra 400,00

Gastos Gerais de Fabrico imputados 2.400,00 Centro B

Mão-de-obra 300,00

Gastos Gerais de Fabrico imputados 720,00

13.820,00

6. Custos directos dos diferentes centros (valores em €):

Centro A 43.000,00 Centro B 40.000,00 Centro X 24.000,00 Centro Y 44.000,00 Centro Z 49.000,00

TOTAL 200.000,00

Page 129: Caderno analitica

CONTABILIDADE CUSTOS – CONTABILIDADE ANALÍTICA

Mário Figueiredo ISCAP - Ano Lectivo 2008/2009 Folha 129 → 150

Consumos relativos dos serviços dos Centros Auxiliares:

CENTROS DESTINATÁRIOS DOS SERVIÇOS

Centros Auxiliares A B X Y Z

X 40% 30% ---- 15% 15%Y 50% 20% 20% ---- 10%Z 60% 30% 10% ---- ----

PEDIDOS:

1. Cálculo, em quadros tecnicamente adequados, dos valores necessários à satisfação dos pedidos seguintes:

Custo da Produção Efectiva por centros produtivos. Custo da Produção Terminada por centros produtivos. Custo da Produção Vendida. Repartição secundária dos GGF efectivos. Apuramento das Diferenças de Imputação.

2. Relevação digráfica das operações anteriores.

APURAMENTO DO CUSTO DAS PRODUÇÕES EFECTIVAS E TERMINADAS

A produção terminada (ou encomendas ultimadas) que é transferida para o armazém de Produtos Acabados (ou Armazém de Encomendas Ultimadas) é constituída pela produção efectivamente ocorrida no período, mais a variação nas Existências.

PCFSoPCFSfPtPePtPCFSfPePCFSo

Pelos dados do enunciado, conseguimos determinar a Produção Efectiva (total e por centros produtivos).

AMP Centro A Centro B APAPV

Pt ouEnc. Ultim.

SoAPA=0 €PtA=581.160 €MP

SfPCF=20.900 € SfAPA=13.820 €(enc. n.º 1049)

SoPCF=12.510 €SoPCF=600 €

SfPCF=4.440 €

Page 130: Caderno analitica

CONTABILIDADE CUSTOS – CONTABILIDADE ANALÍTICA

Mário Figueiredo ISCAP - Ano Lectivo 2008/2009 Folha 130 → 150

CENTRO A CENTRO BC. TOTAIS M.P. H.M.O. C.M.O H.U.E. G.G.F. H.M.O. C.M.O. G.G.F.

Enc. Ultimadas 637.770,00 € 388.500,00 € 20.810 24.610,00 € 19.915 159.620,00 € 9.990 16.980,00 € 48.060,00 €Exist. Final PCF 25.340,00 € 22.000,00 € 380 720,00 € 243 1.960,00 € 100 180,00 € 480,00 €Exist. Iniciais PCF 13.110,00 € 10.500,00 € 190 330,00 € 158 1.580,00 € 90 160,00 € 540,00 €PROD. EFECTIVA 650.000,00 € 400.000,00 € 21.000 25.000,00 € 20.000 160.000,00 € 10.000 17.000,00 € 48.000,00 €

Conclui-se que: O custo da Produção Terminada transferida do centro B para o APA é de € 637.770,00. As existências finais no centro B estão valorizadas por € 20.900,00 (note-se que, pelo facto de existir dois centros e a produção das

encomendas transferir-se sucessivamente do centro A para o centro B, o valor pelo qual estão valorizadas as existências finais em B –encomenda n.º 1.030 – corresponde à acumulação dos custos desde o centro A até ao centro B, para aquela encomenda. Aliás, se ao custo total das existências finais dos produtos em curso de fabrico – de € 25.340,00 – retiramos o valor da existência final/encomenda n.º 1.050 no centro A – de € 4.440,00 –, obteremos a diferença de € 20.900,00).

As existências iniciais no centro B (encomendas nrs.º 1.015 e 1.020) estão valorizadas por € 12.510,00. O custo da Produção Efectiva do centro B é de € 646.160,00.

CENTRO AM.P. MOD GGF TOTAL

INCORPORAÇÃO + 400.000,00 € 25.000,00 € 160.000,00 € 585.000,00 €

Exist. Inicial PCF (encomenda n.º 1.030) + 500,00 € 20,00 € 80,00 € 600,00 €

Exist. Final PCF (encomenda n.º 1.050) – 4.000,00 € 120,00 € 320,00 € 4.440,00 €

PROD. TERMINADA (PtA) 396.500,00 € 24.900,00 € 159.760,00 € 581.160,00 €

Conclui-se que: O custo da Produção Terminada transferida do centro A para o centro B é de € 581.160,00. As existências finais no centro A estão valorizadas por € 4.440,00. As existências iniciais no centro A estão valorizadas por € 600,00. O custo da Produção Efectiva do centro A é de € 585.000,00.

APURAMENTO DO CUSTO DA PRODUÇÃO VENDIDA

DESCRIÇÃO CUSTO TOTALEncomendas Ultimadas 637.770,00 €Existências Iniciais de Encomendas Ultimadas (APA) 0,00 €Existências Finais de Encomendas Ultimadas (APA) 13.820,00 €Custo das Encomendas Vendidas 623.950,00 €Margem de Lucro sobre o Custo das Vendas: 45% 280.777,50 €Preço de Venda 904.727,50 €

Page 131: Caderno analitica

CONTABILIDADE CUSTOS – CONTABILIDADE ANALÍTICA

Mário Figueiredo ISCAP - Ano Lectivo 2008/2009 Folha 131 → 150

REPARTIÇÃO DOS GASTOS GERAIS DE FABRICO

CENTROS PRINCIPAIS CENTROS AUXILIARES

A B X Y Z TOTALRepartição Primária 43.000,00 40.000,00 24.000,00 44.000,00 49.000,00 200.000,00Redistribuição GGFe

Centro X 16.000,00 12.000,00 (40.000,00) 6.000,00 6.000,00 0,00Centro Y 25.000,00 10.000,00 10.000,00 (50.000,00) 5.000,00 0,00Centro Z 36.000,00 18.000,00 6.000,00 --- (60.000,00) 0,00

TOTAL GGF 120.000,00 80.000,00 0,00 0,00 0,00 200.000,00

CENTROS DESTINATÁRIOS DOS SERVIÇOS

Centros Auxiliares A B X Y Z

X 40% 30% ---- 15% 15%Y 50% 20% 20% ---- 10%Z 60% 30% 10% ---- ----

ZYX .1,0.2,0000.24 00,000.40X €XY .15,0000.44 00,000.50Y €

YXZ .10,0.15,0000.49 00,000.60Z €

APURAMENTO DAS DIFERENÇAS DE IMPUTAÇÃO (Repartição Final)

As diferenças entre os gastos imputados e os efectivos deverão ser tratadas da seguinte forma:

1. Ratear e redistribui-las.2. Torná-las como proveitos e levar à conta de Resultados Analíticos.

A solução depende de empresa para empresa, mas na vida prática não se costuma fazer rateio. Se no exame for omitido o rateio, ir para a segunda opção.

Page 132: Caderno analitica

CONTABILIDADE CUSTOS – CONTABILIDADE ANALÍTICA

Mário Figueiredo ISCAP - Ano Lectivo 2008/2009 Folha 132 → 150

GGFeA → HUEq

GGFeB → HMod

HUEqHUEq

TAXAA /€00,6000.20

00,000.120€

HModHMod

TAXAB /€00,8000.10

00,000.80€

A BGGFefectivos 120.000,00 € 80.000,00 €GGFimputados 160.000,00 € 48.000,00 €Diferença de Incorporação – 40.000,00 € 8.000,00 €

RELEVAÇÃO DIGRÁFICA DAS OPERAÇÕES

Balanço final positivo em €8.000,00

Proveito em termos económicos Custo em termos económicos

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CONTABILIDADE CUSTOS – CONTABILIDADE ANALÍTICA

Mário Figueiredo ISCAP - Ano Lectivo 2008/2009 Folha 133 → 150

Page 134: Caderno analitica

CONTABILIDADE CUSTOS – CONTABILIDADE ANALÍTICA

Mário Figueiredo ISCAP - Ano Lectivo 2008/2009 Folha 134 → 150

EXAME 11-JAN-2007 – II PARTE – PONTO NR.º 2

A unidade industrial “A AUTOCONTROLO, SA” fabrica componentes para a industria automóvel, por especificação dos seus clientes, em dois departamentos A e B. Para cálculo do custo da sua produção utiliza o método directo.

Os GGF são afectados às encomendas com base nas horas de utilização das máquinas no departamento A e com base no valor da mão-de-obra directa no departamento B. Para o ano “N” a empresa preparou as seguintes estimativas (valores em €):

DEPARTAMENTOS

A BGGF 300.000,00 240.000,00Mão-de-obra Directa 200.000,00 400.000,00Horas Máquinas 10.000 4.000

Durante o mês de Janeiro apenas a encomenda nr.º 64 foi terminada e o seu custo foi o seguinte (valores em €):

Mão-de-obra Directa Horas MáquinasMatérias-primas Departamento A Departamento B Departamento A Departamento B

10.000,00 8.000,00 18.000,00 200 90

PEDIDOS:

a) Determine a taxa predeterminada dos GGF. (1 val)

b) Calcule o custo total e unitário da encomenda nr.º 64 assumindo que foram produzidas 175 UF. (1 val)

c) Assumindo que para o ano “N” as horas reais/máquina do departamento A são 10.700, o valor da mão-de-obra real do departamento B é de € 370.000,00 e os GGF são € 310.000,00 e € 230.000,00 para os departamentos A e B, respectivamente, determine as diferenças de imputação para cada um dos departamentos. (1 val)

d) Comente: “O apuramento dos custos por ordens de produção é apropriado para as empresas de serviços”. (1 val)

Page 135: Caderno analitica

CONTABILIDADE CUSTOS – CONTABILIDADE ANALÍTICA

Mário Figueiredo ISCAP - Ano Lectivo 2008/2009 Folha 135 → 150

DETERMINAÇÃO DA TAXA PREDETERMINADA DOS GGF

No departamento A: GGF afectados às encomendas com base nas horas de utilização das máquinas.No departamento B: GGF afectados às encomendas com base no valor da mão-de-obra.

HUEqHUEqADepGGF /€00,30

000.1000,000.300€

_ €/€60,000,000.400€00,000.240€

_ CModBDepGGF

Ou seja: Para o departamento A, a empresa estimou que os GGF seriam imputados ao custo dos

produtos na razão de 30,00 euros por cada 1 hora de utilização do equipamento fabril. Para o departamento B, a empresa estimou que os GGF seriam imputados ao custo dos

produtos na razão de 0,60 euros por cada 1 euro de custo da mão-de-obra directa.

CÁLCULO DO CUSTO TOTAL E UNITÁRIO DA ENCOMENDA NR.º 64

Matérias-primas € 10.000,00Mão-de-obra directa do departamento A € 8.000,00Mão-de-obra directa do departamento B € 18.000,00GGF imputados ao departamento A (30,00 €/HUEq x 200 HUEq) € 6.000,00GGF imputados ao departamento B (0,60 €/CMod x 18.000,00 €/CMod) € 10.800,00

CUSTO TOTAL DA ENCOMENDA NR.º 64 € 52.800,00UNIDADES DE OBRA DA ENCOMENDA NR.º 64 175 UFCUSTO UNITÁRIO DA ENCOMENDA NR.º 64 € 301,7143

CÁLCULO DAS DIFERENÇAS DE IMPUTAÇÃO POR DEPARTAMENTO

Departamento A Departamento BTaxa de Imputação 30,00 €/HUEq 0,60 €/CModUnidades de Obra 10.700 HUEq 370.000,00 €/CModGGF Imputados 321.000,00 € 222.000,00 €GGF Reais 310.000,00 € 230.000,00 €Diferença de Imputação – 11.000,00 € 8.000,00 €

Page 136: Caderno analitica

CONTABILIDADE CUSTOS – CONTABILIDADE ANALÍTICA

Mário Figueiredo ISCAP - Ano Lectivo 2008/2009 Folha 136 → 150

Note-se que os cálculos apresentados correspondem ao que foi dito anteriormente sobre a Diferença de Imputação:

PERÍODOIMPUTADOSGGFEFECTIVOSGGFDI

Por exemplo, 00,000.11""

700.10000.10000.300

700.10000.310

NAnoDI €

”O CUSTEIO DIRECTO É APROPRIADO PARA AS EMPRESAS DE SERVIÇOS?”

Uma empresa de serviços apresenta um tipo de produção diversificada, sendo possível determinar a qualidade e quantidade de cada ordem de produção. A imputação directa de todos os custos à tarefa produzida é assim efectuada com relativa facilidade.

SISTEMAS DE CUSTEIO

Até ao momento, os custos dos produtos têm sido determinados considerando na sua formação todos os custos industriais (ou custos de produção).

E nestes custos industriais encontramos vários tipos de custos: Custos Directos, Custos Indirectos, Custos Variáveis e Custos Fixos.

Consoante o tratamento que se dá aos CUSTOS FIXOS INDUSTRIAIS (directos e indirectos) na determinação do custo dos produtos teremos assim associado o respectivo Sistema de Custeio.

De facto, poderemos querer que no cálculo dos custos dos produtos fabricados seja valorizada a totalidade, parte, ou simplesmente omitir a componente dos CUSTOS FIXOS INDUSTRIAIS.

A decisão de incorporar (de forma total, parcial) ou não os CUSTOS FIXOS INDUSTRIAIS aos custos dos produtos relaciona-se com o volume de produção (que varia sensivelmente de período para período).

Custos Directos: relacionam-se directamente com os produtos;Custos Indirectos: sem relação directa com os produtos;Custos Variáveis: variam com o nível de produção;Custos Fixos: associam-se a determinada capacidade instalada, mantendo-se fixos independentemente do nível de produção.

Page 137: Caderno analitica

CONTABILIDADE CUSTOS – CONTABILIDADE ANALÍTICA

Mário Figueiredo ISCAP - Ano Lectivo 2008/2009 Folha 137 → 150

Nem sempre a capacidade instalada de uma unidade industrial é utilizada em pleno. Se aquela não estiver a ser utilizada ao seu nível normal, poder-se-á considerar custos de subactividade (ou inactividade) a parte dos custos fixos que corresponde à capacidade não utilizada.

De facto, o custo médio do produto pode variar sensivelmente de período para período sem que a justificação esteja na alteração no custo de aquisição/imputação dos factores nele incorporados, mas sim pelo facto de o nível de produção estar abaixo da produção normal (subactividade) ou acima da produção normal (sobreactividade). Os mesmos custos fixos de cada período vão-se distribuindo por quantidades produzidas sensivelmente diferentes.

UFUF

/€100100

00,000.10€ UF

UF/€50

20000,000.10€ UF

UF/€20

50000,000.10€

Se a capacidade de produção normal da empresa for de 200 UF, o custo fixo industrial unitário é de €50,00. Se por razões de mercado (ou outras) a quantidade produzida for de 100 UF (produção de menos 50%), o custo fixo industrial unitário aumenta para o dobro – € 100,00. Nesta situação de subactividade o custo total aumenta, e certamente o preço de venda não cobrirá o custo de produção.Este decréscimo de produção (200 UF para 100 UF) e das vendas pode não ter um impacto significativo nos resultados se pensarmos que as existências finais em armazém estarão valorizadas ao mesmo custo. Nem sempre faz sentido considerar todos os custos fixos industriais na avaliação das existências. Poderemos pois discutir se aqueles custos de inactividade deverão fazer parte do custo dos produtos.

1º Trim 2º Trim 3º TrimCv 500 €/UF 500 €/UF 500 €/UFCf 100 €/UF 50 €/UF 20 €/UFCt 600 €/UF 550 €/UF 520 €/UF

QTD produzida

100 UF 200 UF 500 UF

CF10.000

Cf

Page 138: Caderno analitica

CONTABILIDADE CUSTOS – CONTABILIDADE ANALÍTICA

Mário Figueiredo ISCAP - Ano Lectivo 2008/2009 Folha 138 → 150

Assim, teremos os seguintes SISTEMAS DE CUSTEIO:

Sistema de Custeio Total (absorption costing)Sistema de Custeio RacionalSistema de Custeio Variável (direct costing)

SISTEMA DE CUSTEIO TOTAL

Considera todos os custos industriais (fixos e variáveis) como custos dos produtos fabricados, independentemente do nível de actividade.

As existências finais de Produtos Acabados são avaliadas pelo custo total de produção.

Os custos fixos de um produto relativos a um período só se tornam efectivamente custos na altura em que são vendidos (se não houver vendas, os stocks absorvem todos os custos e os resultados são nulos).

CFIndQtdUnitIndCVCIPA .

Numa situação de subutilização da capacidade instalada e quando a produção do período é superior às vendas, o Sistema de Custeio Total/Completo difere os custos correspondentes à parte não utilizada para as unidades armazenadas (produzidas mas não vendidas), para os períodos seguintes.

SISTEMA DE CUSTEIO VARIÁVEL

Os custos fixos não são incorporados no custo dos produtos, mas antes, são levados directamente e na totalidade à rubrica CINI – Custos Industriais Não Incorporados. São custos do período que afectam o resultado desse período.

Evidencia de forma mais precisa as margens de contribuição (variabilidade dos lucros – MC=PV-CV) e simplifica o trabalho contabilístico.

Ajuda a decidir a melhor utilização a curto prazo da capacidade instalada, perante a análise dos resultados face à variação do nível de actividade.

Page 139: Caderno analitica

CONTABILIDADE CUSTOS – CONTABILIDADE ANALÍTICA

Mário Figueiredo ISCAP - Ano Lectivo 2008/2009 Folha 139 → 150

SISTEMA DE CUSTEIO RACIONAL

É incorporado no custo dos produtos os custos variáveis industriais e apenas uma parte dos custos fixos industriais.

%2010____

2_ PRODUZEMSEENORMALMENTQUANDOUFSEPRODUZIRAM

PnPe

A taxa de 20% corresponde ao coeficiente que permite imputar aos Custos Fixos Industriais a proporção da Produção Efectiva em relação à Produção Normal, no período.

PnPeCFIndQtdUnitIndCVCIPA .

DiferençaPnPeCFIndperíodoCFInd

A diferença entre os Custos Fixos Industriais ocorridos no período e os Custos Fixos Industriais incorporados no custo dos produtos é considerada como custo do período e incluída na Demonstração de Resultados na rubrica de CINI. (Ver NIC 2)

Coeficiente de Actividade NORMALPRODUÇÃO

EFECTIVAPRODUÇÃO__

CACICA 1%100 CUSTO DE INACTIVIDADE CACICA 1%100 PROVEITOS DE SOBREACTIVIDADE

CUSTOS FIXOS INDUSTRIAIS INCORPORADOS: PnPeCF

CUSTOS FIXOS INDUSTRIAIS NÃO INCORPORADOS:

PnPe

CF %100

O Sistema de Custeio Racional neutraliza no custo total do produto os efeitos da variação da actividade, sendo um bom instrumento de orientação da política de vendas.

Page 140: Caderno analitica

CONTABILIDADE CUSTOS – CONTABILIDADE ANALÍTICA

Mário Figueiredo ISCAP - Ano Lectivo 2008/2009 Folha 140 → 150

EXERCÍCIO NR.º 1 – Dr. Luís Abrantes (adaptado)

SISTEMAS DE CUSTEIO

Uma determinada unidade industrial com produção uniforme apresenta o seguinte custo de produção unitário para o produto P (valores em €):

Matérias-primas Mod GGF Variáveis GGF Fixos9,10 10,50 1,40 3,50

O preço de venda de P é de € 35,00. O custo unitário dos GGF Fixos foi calculado com base num orçamento trimestral de € 525.000,00

com referência a produção tida como normal de 150.000 UF. O orçamento de gastos de distribuição e administrativos (considerados como fixos) é de €

350.000,00 por trimestre.

A produção e as vendas de cada trimestre são as seguintes (unidades físicas):

1º Trim 2º Trim 3º Trim 4º TrimProdução 150.000 160.000 140.000 150.000Vendas 150.000 140.000 150.000 160.000

As existências iniciais são nulas.

O critério valorimétrico é o FIFO.

Admita que os custos efectivos ou reais são iguais aos custos estimados.

PEDIDO:

Calcule e comente os resultados globais de cada trimestre:1. Em custeio total e custeio variável.2. Em custeio racional.

Page 141: Caderno analitica

CONTABILIDADE CUSTOS – CONTABILIDADE ANALÍTICA

Mário Figueiredo ISCAP - Ano Lectivo 2008/2009 Folha 141 → 150

CUSTEIO TOTAL

1º TRIMESTRE

Quantidade Valor Unitário Total

Vendas 150.000 35,00 5.250.000,00Custo das Vendas 150.000 24,50 3.675.000,00Resultados Brutos 1.575.000,00Custos de Distribuição e Administração 350.000,00Resultados 1.225.000,00

€50,3000.150

00,000.525UF

GGF Fixos

MP € 9,10Mod € 10,50GGFV € 1,40GGFF € 3,50

€ 24,50

2º TRIMESTRE

Quantidade Valor Unitário Total

Vendas 140.000 35,00 4.900.000,00Custo das Vendas 140.000 24,28 3.399.375,00Resultados Brutos 1.500.625,00Custos de Distribuição e Administração 350.000,00Resultados 1.150.625,00

€28125,3000.160

00,000.525UF

GGF Fixos

MP € 9,10Mod € 10,50GGFV € 1,40GGFF € 3,28125

€ 24,28125

Ficaram em existências finais 20.000 UF (produziram-se 160.000 e venderam-se 140.000), valorizadas a € 24,28125. Teremos que ter em atenção este facto, pois estamos perante o critério FIFO.

Page 142: Caderno analitica

CONTABILIDADE CUSTOS – CONTABILIDADE ANALÍTICA

Mário Figueiredo ISCAP - Ano Lectivo 2008/2009 Folha 142 → 150

3º TRIMESTRE

Quantidade Valor Unitário Total

Vendas 150.000 35,00 5.250.000,00Custo das Vendas 150.000 24,28/24,75 3.703.125,00Resultados Brutos 1.546.875,00Custos de Distribuição e Administração 350.000,00Resultados 1.196.875,00

20.000 UF em Exist. Finais: (20.000 UF x € 24,28125) = 485.625,00140.000 UF produzidas no trimestre: (130.000 UF x € 24,75) = 3.217.500,00

3.703.125,0010.000 UF que ficam em Exist. Finais: (10.000 UF x € 24,75) = 247.500,00

€75,3000.140

00,000.525UF

GGF Fixos

MP € 9,10Mod € 10,50GGFV € 1,40GGFF € 3,75

€ 24,75

4º TRIMESTRE

Quantidade Valor Unitário Total

Vendas 160.000 35,00 5.600.000,00Custo das Vendas 160.000 24,75/24,50 3.922.500,00Resultados Brutos 1.677.500,00Custos de Distribuição e Administração 350.000,00Resultados 1.327.500,00

10.000 UF em Exist. Finais: (10.000 UF x € 24,75) = 247.500,00150.000 UF produzidas no trimestre: (150.000 UF x € 24,50) = 3.675.000,00

3.922.500,00

€50,3000.150

00,000.525UF

GGF Fixos

MP € 9,10Mod € 10,50GGFV € 1,40GGFF € 3,50

€ 24,50

Page 143: Caderno analitica

CONTABILIDADE CUSTOS – CONTABILIDADE ANALÍTICA

Mário Figueiredo ISCAP - Ano Lectivo 2008/2009 Folha 143 → 150

CUSTEIO VARIÁVEL

1º TRIMESTRE

Quantidade Valor Unitário Total

Vendas 150.000 35,00 5.250.000,00Custo das Vendas 150.000 21,00 3.150.000,00Margem de Contribuição 2.100.000,00Custos Fixos Industriais 525.000,00Resultados Brutos 1.575.000,00Custos de Distribuição e Administração 350.000,00Resultados 1.225.000,00

MP € 9,10Mod € 10,50GGFV € 1,40

€ 21,00

2º TRIMESTRE

Quantidade Valor Unitário Total

Vendas 140.000 35,00 4.900.000,00Custo das Vendas 140.000 21,00 2.940.000,00Margem de Contribuição 1.960.000,00Custos Fixos Industriais 525.000,00Resultados Brutos 1.435.000,00Custos de Distribuição e Administração 350.000,00Resultados 1.085.000,00

3º TRIMESTRE

Quantidade Valor Unitário Total

Vendas 150.000 35,00 5.250.000,00Custo das Vendas 150.000 21,00 3.150.000,00Margem de Contribuição 2.100.000,00Custos Fixos Industriais 525.000,00Resultados Brutos 1.575.000,00Custos de Distribuição e Administração 350.000,00Resultados 1.225.000,00

Os Custos Fixos Industriais são na sua totalidade imputados ao período. Mesmo que não se venda, o resultado é negativo pelos custos fixos.

A produção do 2º trimestre foi de 160.000 UF e venderam-se 140.000 UF. “Sobraram” pois 20.000 UF que ficam em armazém, valorizadas ao custo unitário de € 21,00.

Page 144: Caderno analitica

CONTABILIDADE CUSTOS – CONTABILIDADE ANALÍTICA

Mário Figueiredo ISCAP - Ano Lectivo 2008/2009 Folha 144 → 150

4º TRIMESTRE

Quantidade Valor Unitário Total

Vendas 160.000 35,00 5.600.000,00Custo das Vendas 160.000 21,00 3.360.000,00Margem de Contribuição 2.240.000,00Custos Fixos Industriais 525.000,00Resultados Brutos 1.715.000,00Custos de Distribuição e Administração 350.000,00Resultados 1.365.000,00

CUSTEIO RACIONAL

1º TRIMESTRE

Quantidade Valor Unitário Total

Vendas 150.000 35,00 5.250.000,00Custo das Vendas 150.000 24,50 3.675.000,00Resultados Brutos (PN) 1.575.000,00Proveitos/Custos Inactividade 0,00Resultados Brutos 1.575.000,00Custos de Distribuição e Administração 350.000,00Resultados 1.225.000,00

MP € 9,10Mod € 10,50GGFV € 1,40GGFF € 3,50

€ 24,50

Como estamos perante o critério FIFO, esgotam-se primeiramente as existências iniciais e seguidamente “entra” a produção do mês. No entanto, como o custo unitário é igual tanto na avaliação das existências como da produção do período, basta efectuar um só cálculo. Assim, sendo a produção do 3º trimestre de 140.000 UF, somando as 20.000 UF que transitaram do trimestre anterior, temos 160.000 UF. Destas, foram vendidas 150.000 UF, ficando 10.000 UF em existências.

A produção tida como Normal é de 150.000 UF. Neste 1º trimestre produziu-se 150.000 UF. Não se verifica pois subactividade nem sobreactividade, pelo que não existe diferença entre a Produção Efectiva e a Produção Normal. Daí, não ser necessário imputar qualquer valor à rubrica CINI.

Page 145: Caderno analitica

CONTABILIDADE CUSTOS – CONTABILIDADE ANALÍTICA

Mário Figueiredo ISCAP - Ano Lectivo 2008/2009 Folha 145 → 150

2º TRIMESTRE

Quantidade Valor Unitário TotalVendas 140.000 35,00 4.900.000,00Custo das Vendas 140.000 24,50 3.430.000,00Resultados Brutos (PN) 1.470.000,00Proveitos/Custos Inactividade 35.000,00Resultados Brutos 1.505.000,00Custos de Distribuição e Administração 350.000,00Resultados 1.155.000,00

MP € 9,10Mod € 10,50GGFV € 1,40GGFF € 3,50

€ 24,50

%67,106000.150000.160

UFUFCA

3º TRIMESTRE

Quantidade Valor Unitário Total

Vendas 150.000 35,00 5.250.000,00Custo das Vendas 150.000 24,50 3.675.000,00Resultados Brutos (PN) 1.575.000,00Proveitos/Custos Inactividade – 35.000,00Resultados Brutos 1.540.000,00Custos de Distribuição e Administração 350.000,00Resultados 1.190.000,00

MP € 9,10Mod € 10,50GGFV € 1,40GGFF € 3,50

€ 24,50

%33,93000.150000.140

UFUFCA

A produção deste trimestre excedeu em 6,67% a produção normal: quer dizer que se verificou uma situação de sobreactividade, originando um proveito a ser considerado na rubrica CINI daDR e que corresponde a 6,67% do montante global dos GGF Industriais Fixos (€ 525.000,00), ou seja, € 35.000,00.Fazendo as contas de outra forma, temos uma diferença de produção no trimestre de mais 10.000 UF: 10.000 UF x € 3,50 = € 35.000,00.

Entretanto, a produção não vendida foi de 20.000 UF, avaliadas unitariamente a € 24,50.

A produção deste trimestre diminuiu em 6,67% relativamente à produção normal: quer dizer que se verificou uma situação de subactividade, originando um custo a ser considerado na rubrica CINI da DR e que corresponde a 6,67% do montante global dos GGF Industriais Fixos (€ 525.000,00), ou seja, € 35.000,00.Fazendo as contas de outra forma, temos uma diferença de produção no trimestre de menos 10.000 UF: 10.000 UF x € 3,50 = € 35.000,00.

Entretanto, a produção do mês que “sobrou” foi de 10.000 UF (20.000+140.000-150.000), avaliadas unitariamente a € 24,50.

Page 146: Caderno analitica

CONTABILIDADE CUSTOS – CONTABILIDADE ANALÍTICA

Mário Figueiredo ISCAP - Ano Lectivo 2008/2009 Folha 146 → 150

4º TRIMESTRE

Quantidade Valor Unitário TotalVendas 160.000 35,00 5.600.000,00Custo das Vendas 160.000 24,50 3.920.000,00Resultados Brutos (PN) 1.680.000,00Proveitos/Custos Inactividade 0,00Resultados Brutos 1.680.000,00Custos de Distribuição e Administração 350.000,00Resultados 1.330.000,00

ANÁLISE DOS RESULTADOS GLOBAIS DE CADA TRIMESTRE

1º TRIMESTRECUSTEIO TOTAL CUSTEIO VARIÁVEL DIFERENÇAS

Resultados no final do trimestre 1.225.000,00 1.225.000,00 0,00Valor das Existências Finais 0,00 0,00 0,00

2º TRIMESTRECUSTEIO TOTAL CUSTEIO VARIÁVEL DIFERENÇAS

Resultados no final do trimestre 1.150.625,00 1.085.000,00 65.625,00Valor das Existências Finais 485.625,00 420.000,00 65.625,00

3º TRIMESTRECUSTEIO TOTAL CUSTEIO VARIÁVEL DIFERENÇAS

Resultados no final do trimestre 1.196.875,00 1.225.000,00 – 28.125,00Valor das Existências Finais 247.500,00 210.000,00 37.500,00

4º TRIMESTRECUSTEIO TOTAL CUSTEIO VARIÁVEL DIFERENÇAS

Resultados no final do trimestre 1.327.500,00 1.365.000,00 – 37.500,00Valor das Existências Finais 0,00 0,00 0,00

Como a produção do trimestre foi equivalente à produção normal, não à imputação a Custos Industriais Não Incorporados – CINI. Também não “sobrou” produção, pelo que as existências finais são nulas.

Libera o custo que ficou retido

Aumentou o stock, absorveu custo. A economia de resultados fica na variação de stocks.

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CONTABILIDADE CUSTOS – CONTABILIDADE ANALÍTICA

Mário Figueiredo ISCAP - Ano Lectivo 2008/2009 Folha 147 → 150

1º TRIMESTRECUSTEIO TOTAL CUSTEIO RACIONAL DIFERENÇAS

Resultados no final do trimestre 1.225.000,00 1.225.000,00 0,00Valor das Existências Finais 0,00 0,00 0,00

2º TRIMESTRECUSTEIO TOTAL CUSTEIO VARIÁVEL DIFERENÇAS

Resultados no final do trimestre 1.150.625,00 1.155.000,00 – 4.375,00Valor das Existências Finais 485.625,00 490.000,00 – 4.375,00

3º TRIMESTRECUSTEIO TOTAL CUSTEIO VARIÁVEL DIFERENÇAS

Resultados no final do trimestre 1.196.875,00 1.190.000,00 6.875,00Valor das Existências Finais 247.500,00 245.000,00 2.500,00

4º TRIMESTRECUSTEIO TOTAL CUSTEIO VARIÁVEL DIFERENÇAS

Resultados no final do trimestre 1.327.500,00 1.330.000,00 – 2.500,00Valor das Existências Finais 0,00 0,00 0,00

EXAME 11-JAN-2007 – II PARTE – PONTO NR.º 1

Uma unidade industrial transformadora fabrica um único produto P, o qual é vendido ao preço unitário de € 6,00. Durante o primeiro ano de actividade vendeu 500.000 UF de P ficando ainda em armazém uma existência final a determinar.

Para elaboração da demonstração dos resultados pelo sistema de custeio variável foram coligidos os seguintes dados:

Custo industrial variável das vendas: € 900.000,00

Custos fixos industriais: € 1.200.000,00

Outros custos variáveis: € 120.000,00

Outros custos fixos: € 550.000,00

Para elaboração da demonstração dos resultados pelo sistema de custeio racional foram determinados os seguintes dados adicionais:

Custo das vendas: € 1.700.000,00

Custos industriais não incorporados: € 240.000,00

Pe = Pn

Pe > PnVar. Stock > 0

Pe < PnVar. Stock < 0

Pe = Pn

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Mário Figueiredo ISCAP - Ano Lectivo 2008/2009 Folha 148 → 150

PEDIDOS:

a. Elabore as demonstrações de resultados pelos sistemas de custeio variável e racional (0,75 val.)b. Utilizando os dados referentes ao sistema de custeio racional, calcule:

b.1) O custo fixo das existências finais de produtos. (0,5 val)b.2) As existências finais e a produção efectiva (Pe) em unidades físicas. (0,5 val)

c. Aplicando o sistema de custeio total ou por absorção, determine:c.1) O custo da produção efectiva. (0,5 val)c.2) O custo das vendas. (0,5)

d. Elabore a demonstração dos resultados pelo sistema de custeio total ou por absorção. (0,75 val)e. Determine o valor das existências finais de produtos pelos três sistemas de custeio. (0,5 val)f. Calcule o coeficiente de actividade e a produção normal utilizados no sistema de custeio racional.

(0,5 val)g. Explique as diferenças encontradas nos resultados. (1 val)h. Comente e justifique: “É mais exacto falar da relação Custo-Volume-Resultado do que a análise

do ponto crítico”. (1 val)i. No exercício que está a resolver determine o ponto crítico das vendas. (0,5 val)

PvP = € 6,00Produção Vendida = 500.000 UFVendas = € 3.000.000,00 €00,6000.500 UF

Demonstração de Resultados (S.C. Variável e Racional)

Custo Variável Custo RacionalVendas 3.000.000,00 3.000.000,00Custo das Vendas 900.000,00 1.700.000,00Margem de Contribuição 2.100.000,00 1.300.000,00Custos Fixos Industriais (não imputáveis) 1.200.000,00 240.000,00Resultados Brutos 900.000,00 1.060.000,00Outros Custos Variáveis 120.000,00 120.000,00Outros Custos Fixos 550.000,00 550.000,00Resultados Antes de Impostos 230.000,00 390.000,00

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CONTABILIDADE CUSTOS – CONTABILIDADE ANALÍTICA

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Custo Fixo das Exist. Finais, UF de Exist. Finais e de Pe em S.C. Racional

Custos Fixos Imputados em Custeio Racional (€ 1.700.000,00 – € 900.000,00) 800.000,00 €Custo Variável Unitário 1,80 €/UFCusto Fixo Unitário Imputado à produção (800.000 UF : 500.000 UF) 1,60 €/UF1) Custos Fixos Totais 1.200.000,00 €2) Custos Fixos Não Imputáveis à produção 240.000,00 €3) Custos Fixos Imputados à Produção Efectiva (1-2) 960.000,00 €4) Custos Fixos Imputados à Produção Vendida 800.000,00 €5) Custos Fixos Incorporados nas Existências Finais (3-4) 160.000,00 €EXISTÊNCIAS FINAIS 100.000 UF

60,1000.750

00,000.200.1

PNCc F

f €

Produção Efectiva = 500.000 + 100.000 = 600.000 UF

000.60060,1

00,000.960 UF %80

000.750000.600

Taxa Actividade %8000,000.200.1

00,000.960

80,1000.500

00,000.900

Custo da Pe e Custo das Vendas em S.C. Total

Custo da Produção Efectiva = 1,80 € x 600.000 UF + Custos Fixos 1.080.000,001.200.000,002.280.000,00

Custo das VendasCusto Variável Unitário 1,80 €/UFCusto Fixo Unitário (€ 1.200.000,00 : 600.000 UF) 2,00 €/UF

3,80 €/UFProdução Vendida 500.000Custo das Vendas 1.900.000,00

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Mário Figueiredo ISCAP - Ano Lectivo 2008/2009 Folha 150 → 150

Demonstração de Resultados (S.C. Total)Custeio Total

Vendas 3.000.000,00Custo das Vendas 1.900.000,00Resultados Brutos 1.100.000,00Outros Custos Variáveis 120.000,00Outros Custos Fixos 550.000,00Resultados Antes de Impostos 430.000,00

Valor das Existências Finais pelos três Sistemas de CusteioExistências Finais: 100.000 UF

CUSTO UNITÁRIO CUSTO EXIST. FINAISCusteio Variável 1,80 180.000,00Custeio Racional 3,40 340.000,00Custeio Total 3,80 380.000,00

Coeficiente de Actividade e PN em S.C. Racional

Coeficiente de Actividade = 80% (CF imputados : CF totais)Produção Normal = 750.000 UF (Pe : 80%)

CUSTEIO VARIÁVEL CUSTEIO RACIONAL CUSTEIO TOTALResultados Brutos 900.000,00 1.060.000,00 1.200.000,00

Variação para CV 160.000,00 200.000,00Existência Final 180.000,00 340.000,00 380.000,00

Variação para CV 160.000,00 200.000,00

Os stocks em Custeio Variável não retêm Custos Fixos

Critério Valorimétrico Método Directo Custeio Total ou Variável ou Racional(FIFO ou LIFO ou CMP) Método Indirecto Custeio Total ou Variável ou Racional

.