Caderno de atividades das leituras do vestibular

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Page 1: Caderno de atividades das leituras do vestibular

1ª OFICINA LITERÁRIA DO MÁRIO BARBOSA

LEITURAS INDICADAS DOS VESTIBULARES UFPA E UEPA

APOSTILA DE QUESTÕES

Page 2: Caderno de atividades das leituras do vestibular

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL

MEC/CAPES/FNDE

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA

PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSAS DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA-

PIBID

PROGRAMA DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA DO IFPA

PROJETO ARTE E LITERATURA- ESCOLA MÁRIO BARBOSA.

EXERCÍCIOS.

QUESTÃO 01

Em relação ao Romantismo é correto afirmar que:

a) Os símbolos nacionais são exaltados e idealizados como expressão de amor à

Pátria e formação de uma identidade.

b) Valoriza, na obra literária, o indivíduo e toda a sua complexidade, enfatizando a

necessidade do controle racional.

c) Os textos literários traçam o perfil de anti-heróis que agem, sofrem e superam

obstáculos para se qualificarem como exemplares.

d) A literatura romântica combate os valores burgueses, dentre os quais estão a

honra, o trabalho, a sinceridade e o heroísmo.

e) A linguagem dos textos românticos é marcada pela rigidez, em que as fórmulas

literárias contribuem para a expressão dos sentimentos.

QUESTÃO 02

Leia o trecho abaixo, extraído de Navio Negreiro, de Castro Alves, e as

alternativas.

Era um sonho dantesco!... o tombadilho,

Que das luzernas avermelha o brilho,

Em sangue a se banhar.

Tinir de ferros... estalar de açoite...

Legiões de homens negros como a noite,

Horrendos a dançar...

Negras mulheres, suspendendo às tetas

Magras crianças, cujas bocas pretas

Rega o sangue das mães:

Outras, moças, mas nuas e espantadas,

No turbilhão de espectros arrastadas,

Em ânsia e mágoa vãs!

Nesse fragmento, o poeta:

I. Denuncia a permanência do tráfico de escravos, embora esse tenha sido

proibido pela Lei Eusébio de Queirós, de 1850.

II. Descreve a luta dos negros, transportados no navio, contra os seus opressores,

apontando para a possibilidade de libertação.

III. Usa as exclamações como suporte para o tom de indignação e repúdio ao ato

escravocrata.

IV. Alude, com a expressão “sonho dantesco” ao “Inferno”, de A Divina

Comédia, para enfatizar o drama dos condenados à escravidão.

Page 3: Caderno de atividades das leituras do vestibular

As afirmativas corretas são:

a) I e II.

b) I e IV.

c) II e III.

d) III e IV.

e) I, III e IV.

QUESTÃO 03

A produção poética do Romantismo brasileiro apresentou características variadas,

muitas vezes divergentes entre si. Assinale, abaixo, a alternativa que associa

corretamente uma característica do nosso Romantismo e o poeta romântico que

melhor a representa:

a) Indianismo — Álvares de Azevedo

b) Nacionalismo — Tomás Antônio Gonzaga

c) Expressão do mal-do-século — Gonçalves Dias

d) Denúncia da realidade sociopolítica — Castro Alves

e) Abolicionismo — Cruz e Sousa

QUESTÃO 04

Por meio dos personagens de O primo Basílio, Eça de Queirós, sendo fiel às teses

realistas, critica a sociedade de seu tempo. Assinale a alternativa em que a

caracterização do personagem não ganha dimensão de crítica social:

a)Luísa é o protótipo da mulher burguesa que, por alimentar sonhos pueris, se

frusta com a vida conjugal entediante.

b) Jorge, funcionário público, orienta-se por princípios conservadores e preocupa-

se com a preservação das aparências.

c) Conselheiro Acácio é um intelectual superficial, raso, que valoriza as

aparências, sendo, na realidade, sobretudo hipócrita.

d) Julião ressente-se de sua condição de inferioridade, no entanto, acomoda-se com

o respeito discreto que um cargo público lhe confere.

e) D. Felicidade é a mulher que, não tendo casado até os cinqüenta anos, conserva

recato e pudor.

QUESTÃO 05

Como se sabe, Eça de Queirós concebeu o livro O primo Basílio como um

romance de crítica da sociedade portuguesa cujas "falsas bases" ele considerava

um "dever atacar". A crítica que ele aí dirige a essa sociedade incide mais

diretamente sobre:

a) o plano da economia, cuja estagnação estava na base da desordem social.

b) os problemas de ordem cultural, como os que se verificavam na educação e na

literatura.

c) a excessiva dependência de Portugal em relação às colônias, responsável pelo

parasitismo da burguesia metropolitana.

d) a extrema sofisticação da burguesia de Lisboa, cujo luxo e requinte conduziam à

decadência dos costumes.

e) os grupos aristocráticos, remanescentes da monarquia, que continuavam a

exercer sua influência corruptora em plena regime republicano.

QUESTÃO 06

Das alternativas abaixo, indique a que NÃO condiz com o romance O Primo

Basílio, de Eça de Queirós:

a) É uma obra realista-naturalista e nela o narrador aparece como um observador

imparcial que vê os acontecimentos com neutralidade.

b) Apresenta como tema central o adultério e o autor explora o erotismo ao

detalhar a relação entre os amantes.

c) Mostra-se como uma lente de aumento sobre a intimidade das famílias e revela

criticamente a pequena burguesia do final do século XIX em Lisboa.

d) Ataca as instituições sociais como a Família, a Igreja, a Escola e o Estado,

sempre com a preocupação de fazer um vasto inquérito da sociedade portuguesa e

moralizar os costumes da época.

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e) Caracteriza-se por ironia fina, caricaturismo e humor na composição das

personagens, entre as quais se destaca o Conselheiro Acácio.

QUESTÃO 07

Nos versos, fica evidente o perfil do heterônimo de Fernando Pessoa, Alberto

Caeiro, pois ele:

a)Entende que o homem está atrelado a uma visão subjetiva

da existência.

b) Volta-se para o mundo sensível que o rodeia como forma

de conceber a existência.

c)Concebe a existência como apreensão dos elementos

místicos e indefinidos.

d)Nnão acredita que a existência possa ser definida em termos

de objetividade.

e)Busca na metafísica a base de uma concepção da existência

subjetiva.

QUESTÃO 08

O teólogo Leonardo Boff, em entrevista à revista Filosofia, diz: Eu me lembro

agora, sábado, de um menino de oito anos, que veio e me disse: “Vô, por que as

coisas existem?” A filosofia começa com isso. Respondi que elas existem porque

existem. E aí até citei um poeta, Angelus Silesius: “A flor floresce por florescer /

Não pergunta se a olham / E sorri pro universo. A rosa é sem porquê.” E ele

disse: “E eu? O que eu faço aqui nesse mundo?” Oito anos de idade e já colocou

as questões da metafísica fundamentais.

(Filosofia – ciência & vida, Ano 1, n.º 05.)

No poema de Caeiro, o ponto de vista de Silesius, com o qual concorda Boff, é:

a)Confirmado, pois o eu lírico entende que a existência está ligada a um deus.

b)Negado, pois o eu lírico entende que se deve evitar o questionamento da

metafísica.

c)Negado, pois o eu lírico entende que a existência é uma grande falta de razão.

d)Confirmado, pois o eu lírico entende que o existir por si só já basta.

e)Negado, pois o eu lírico entende que não se apreende a realidade senão por

intermédio de um deus.

QUESTÃO 09

Leia:

O Tejo é mais belo que o rio que corre pela minha aldeia,

Mas o Tejo não é mais belo que o rio que corre pela minha aldeia

Porque o Tejo não é o rio que corre pela minha aldeia

(Fernando Pessoa, Poemas de Alberto Caeiro)

Curiosamente (ou propositadamente), Alberto Caeiro dispensa o substantivo “rio”

para Tejo (como que suficientemente famoso) e por outro lado não nomeia o rio de

sua aldeia (como que insignificante). Em função disso, pode-se afirmar que nesse

trecho há a temática do(a):

a)Regionalismo, pois o “eu” poético destaca a beleza do rio de sua aldeia, em

detrimento do maior e mais conhecido

rio de Portugal.

b)Nacionalismo, pois o “eu” poético, embora exalte o rio de sua aldeia,

indiretamente valoriza o rio Tejo, que está

ligado à história lusa.

c)Paradoxo, pois o “eu” poético proclama a beleza do maior e mais famoso rio de

Portugal (de lá saíram as grandes navegações) e em seguida se contradiz.

d)Individualismo, pois para o “eu” poético um objeto (no caso o rio de sua aldeia)

só passará a ter significado se esse mesmo objeto representar suas origens.

e)Relatividade, pois a importância significativa de um objeto (no caso o rio de sua

aldeia) depende da identificação existente entre o “eu” poético e o próprio objeto.