Caderno de Avaliação e Resultados - Ministério do ... · Departamento de Promoção e Marketing...
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1
CAMPO GRANDE,
PANTANAL SUL E BONITO – MS
10 a 14 de dezembro de 2008
Caderno de Avaliação e Resultados
2
MINISTÉRIO DO TURISMO Luiz Eduardo Pereira Barretto Filho, Ministro de Estado
Secretaria Nacional de Políticas de Turismo Airton Nogueira Pereira Júnior, Secretário
Departamento de Promoção e Marketing Nacional Márcio Nascimento, Diretor Jurema Monteiro, Coordenadora-geral de Apoio à Comercialização
Departamento de Estruturação, Articulação e Ordenamento Turístico Tânia Brizolla, Diretora Rosiane Rockenbach, Coordenadora-geral de Segmentação
Equipe Técnica da Coordenação-Geral de Segmentação Carolina C. Neves de Lima
SEBRAE NACIONAL – Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas Paulo Tarciso Okamotto, Diretor-Presidente
Diretoria de Administração e Finanças Carlos Alberto dos Santos, Diretor
Diretoria Técnica Luiz Carlos Barboza, Diretor
Gerência da Unidade de Atendimento Coletivo, Comércio e Serviços Ricardo Guedes, Gerente Aryanna Nery Décio Coutinho Dival Schmidt Germana Magalhães Lara Franco Valéria Barros
BRAZTOA – Associação Brasileira das Operadoras de Turismo José Eduardo Barbosa – Presidente Mônica Eliza Samia – Diretora Executiva Daniela Sarmento – Coordenadora Geral Leandro Queiroz – Supervisor Técnico Fabricio Takayassu – Equipe Técnica Marina Telles – Equipe Técnica Nivea Lima – Equipe Técnica
Consultores Alessandro Rodrigues Pinto Ana Laura Ravagnani Eduardo Cecchini José Cordeiro Rafael Andreguetto Rosier Saraiva Simone Scorsato
Articulador Local Ney Gonçalves
3
SUMÁRIO
O Projeto Caravana Brasil.........................................................................04
1- Características do destino.....................................................................07
1.1- Campo Grande..............................................................................07
1.2- Miranda........................................................................................08
1.3- Bonito ..........................................................................................09
2- A oficina de capacitação para o Encontro de Conhecimento.....................11
3- A Viagem Técnica................................................................................13
4- Avaliação de características do destino ..................................................18
4.1- Da percepção do lugar: análise comparativa Fornecedores x Operadores
e Agentes............................................................................................18
5- Análise de produto .............................................................................27
5.1- Análise de produto – Participantes da Oficina de Capacitação ............27
5.2- Análise de produto – Operadores e Agentes.....................................28
6- Público-alvo – Operadores e Agentes ....................................................32
7- Avaliação de oportunidades comerciais por Operadores e Agentes ...........33
8- Considerações finais ............................................................................37
4
PROJETO CARAVANA BRASIL
O projeto Caravana Brasil, realizado pela Embratur desde 2003,
tem como principal meta incentivar a comercialização de novos
produtos turísticos brasileiros no mercado internacional. Com
isso, de forma geral, ampliou-se também a oferta turística
brasileira. Foram realizadas 100 caravanas para quase 450
destinos, com a participação de cerca de 900 profissionais
formadores de opinião, operadoras de turismo nacional e
internacional, além da imprensa.
A partir de 2007, o Ministério do Turismo e o SEBRAE
firmaram uma parceria com a Braztoa para realizar a Caravana
Brasil Nacional, que segue as mesmas linhas conceituais do
projeto original. Busca, no entanto, incorporar novas
características a fim de se adaptar com mais eficiência ao
mercado atual. Dessa forma, o projeto realiza:
1- Viagens com Agentes de Viagem, nas quais os
participantes conhecem destinos e produtos turísticos e também
visitam feiras e/ou eventos comerciais de destaque do setor;
2- Viagens com Agentes de Viagem e Operadoras de
Turismo, nas quais Agentes e Operadores conhecem melhor os
destinos já comercializados;
3- Viagens com Operadoras de Turismo, nas quais os
5
participantes conhecem novos destinos com a finalidade de
diversificar sua “cesta de produtos”.
A Caravana Brasil Nacional promove ainda:
1- Capacitação para os fornecedores locais dos destinos
visitados, a fim de melhor prepará-los para atender Agentes de
Viagem e Operadoras de Turismo, bem como adequar seus
produtos às necessidades do mercado. Esta ação acontece
durante a viagem precursora em que representantes do projeto
visitam o destino para a validação do roteiro final.
2- Encontros de Negócios, que são encontros entre
Operadoras de Turismo, Representantes Institucionais e
Fornecedores Locais, e possibilitam a convergência de interesses
e o estabelecimento de negócios. Esta ação acontece durante as
viagens com Operadoras de Turismo.
3- Encontros de Conhecimento, que propõem a apresentação
do destino de forma diferenciada para Operadoras e Agentes.
Esta ação acontece durante as viagens entre Operadoras de
Turismo e Agentes de Viagem.
4- Encontros para Apresentação dos Resultados das
Avaliações, que constituem um retorno ao destino das
avaliações feitas pelos Agentes de Viagem e Operadoras de
Turismo. Esta ação acontece em um evento previsto para
aproximadamente um mês depois da viagem.
6
O projeto Caravana Brasil Nacional pretende, com suas ações,
desenvolver o mercado turístico nacional de forma geral. As
ações realizadas, então, constituem uma importante ferramenta
para acompanhar essas mudanças e proporcionar conhecimento
qualificado aos profissionais envolvidos nesse setor, um
importante gerador de divisas do país.
7
1- CARACTERÍSTICAS DO DESTINO
1.1- CAMPO GRANDE-MS
Campo Grande é um município da Região Centro-Oeste do Brasil.
Seu atual nome se originou do primeiro nome, que era Arraial de
Santo Antônio de Campo Grande. O desenho do sítio urbano é
plano, com avenidas retas em formato de xadrez. Por causa da
cor de sua terra (roxa ou vermelha), é carinhosamente chamada
de Cidade Morena. Com suas avenidas largas e arborizadas, a
capital e cidade mais importante do estado do Mato Grosso do
Sul se destaca por ser uma cidade planejada e muito bem
cuidada. Além disso, ali está localizado um importante centro de
pesquisas, a unidade de Gado de Corte da Embrapa (Empresa
Brasileira de Pesquisa Agropecuária). É povoada
predominantemente por paulistas, mineiros e gaúchos, por
colônias árabes e italianas e possui uma das maiores colônias
japonesas do país. Os índios Terena e Kadiwéu, além dos
vizinhos paraguaios e bolivianos, também contribuíram na fusão
de raças e culturas que predominam na cidade. Toda essa
mistura é claramente evidenciada na multiplicidade dos hábitos,
nos costumes, expressões artísticas e, é claro, na gastronomia,
farta e muito saborosa. Hoje, a cidade com quase 700 mil
habitantes cresce de forma organizada e oferece uma excelente
qualidade de vida aos seus moradores. Os grandes prédios
comerciais, um enorme shopping center, um moderno aeroporto
internacional e estradas que a ligam ao resto do país, colaboram
8
para o seu desenvolvimento. A vida noturna na cidade é bastante
movimentada. Bons restaurantes, dezenas de bares, casas
noturnas temáticas, além de shows, agitam a noite de Campo
Grande. Outra grande atração são os leilões de gado da Estância
Orsi, realizados diariamente há 10 anos, que além de gerar
negócios se transformaram em ponto obrigatório no roteiro
turístico. É por Campo Grande (por meio de seu aeroporto
internacional) que se inicia toda a aventura turística a quem se
propõe conhecer Pantanal e Bonito. Outros atrativos da região
são: o Museu Dom Bosco e o Museu da FEB, o parque das
Nações Indígenas, a Feira Central e a visita ao Pantanal e a
Bonito.
1.2- MIRANDA-MS
Localizada a meio caminho entre Campo Grande e Corumbá, a
cidade de Miranda é considerada como “Portal do Pantanal”, já
que a grande planície alagadiça começa praticamente dentro da
cidade, e se torna uma espécie de ante-sala que apresenta aos
visitantes toda a exuberância da flora e fauna pantaneiras. Quem
faz o trajeto em direção a Corumbá, pela BR-262, principalmente
nos meses de cheia do Pantanal, já começa a avistar os alagados
assim que ultrapassa o trevo de acesso à cidade. A partir da
entrada de Miranda, o turista já encontra uma flora tipicamente
pantaneira nos dois lados da rodovia, assim como espécies da
fauna, com destaque para as aves. O município pertence à Bacia
9
do Paraguai. Os principais cursos de água do município são os
rios Miranda, Salobra e Agachi. O encontro das águas cristalinas
do Rio Salobra com as águas turvas do Rio Miranda é um atrativo
que o turista não pode deixar de conhecer. A comunidade
indígena Terena é o segundo maior grupo étnico do estado. A
maior concentração desses índios está nas regiões de Miranda e
Aquidauana. É um dos grupos indígenas mais aculturados do
Brasil.
1.3- BONITO-MS
Essa tímida cidade do interior do Mato Grosso do Sul surpreende
por seus rios de águas cristalinas repletos de peixes, suas grutas
e cachoeiras que atraem turistas do mundo todo. Seu exuberante
complexo aquático é formado por mais de dez rios de águas de
incrível transparência, mais de cinqüenta grutas e cavernas secas
e inundadas que possuem em seu interior formações calcárias
denominadas estalagmites e estalactites, além de uma variedade
infinita de peixes, plantas e cachoeiras, corredeiras, remansos de
águas que formam piscinas naturais, além da variedade botânica
de suas matas ciliares, diversidade de pássaros e animais
silvestres.
Com exceção dos Balneários, os passeios em Bonito são
realizados de forma controlada de acordo com a capacidade de
carga dos atrativos, sendo obrigatório o acompanhamento de
guias de turismo. Todos os passeios devem ser previamente
10
agendados junto às diversas agências locais. Bonito é um centro
de prática de esportes na natureza por excelência e cidade
modelo em termos de organização turística. Algumas de suas
principais atrações são: a Gruta do Lago Azul, flutuação ou
mergulho autônomo pelos rios para a observação de peixes, Rio
da Prata, Parque Ecológico Baía Bonita (Aquário Natural), Rio
Sucuri, rapel e mergulho no abismo Anhumas e Ybirá Pe
(arvorismo).
11
2- A OFICINA DE CAPACITAÇÃO PARA O
ENCONTRO DE CONHECIMENTO
Houve a participação de representantes de empresas e de
instâncias de governança local da região que abrange Campo
Grande, Bonito, Miranda e Aquidauana.
Ao todo participaram 19 pessoas de municípios diferentes
conforme tabela abaixo:
Participantes por município
Campo Grande 7 Bonito 5 Aquidauana 4 Miranda 3 Total 19
Entre os participantes encontravam-se representantes de
diversos setores empresariais como pousadas, hotéis, receptivo
local, restaurantes e instituições como secretarias e SEBRAE –MS,
conforme tabela seguinte.
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EMPRESAS E INSTITUIÇÕES - OFICINA DE CAPACITAÇÃO
EMPRESA REPRESENTANTE
1 Águas do Pantanal Operadora Fatima Cordella
2 Cacimba de Pedra Selvagem R. Lattiner
3 Eco DMC Operadora Rodrigo Coinete
4 Eco DMC Operadora Lilian Rodrigues
5 Estância Mimosa Ecoturismo Simone Spengler
6 Fazenda 23 de março Bruno Dittmar
7 Fazenda 23 de março Evani Rodrigues
8 Fazenda Embiara Joelson Gonçalves
9 Fazenda Embiara Márcia Andréa
10 Fazenda Sanfrancisco Elisabeth Coelho
11 Fundtur – MS Débora Bordin
12 Fundtur – MS Alessandra Fernandes
13 Japacanim Ecoturismo Simone Spengler
14 Parque das Cachoeiras/Praia da Figueira João Henrique Pirez
15 Pousada Pequi Virginia Queiroz
16 Saab Tour Eco Adventure Lilian Saab
17 Satur Dep. Turismo Mariana Ribeiro
18 SEBRAE-MS Marcia Gonzaga
19 Zagaia Resort Hotel Katienka Dias
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3- A VIAGEM TÉCNICA
A viagem técnica aconteceu de 10 a 14 de dezembro de 2008
seguindo o seguinte roteiro:
10 de dezembro (quarta-feira)
Campo Grande
– Almoço típico (Comitiva Pantaneira)
– City tour panorâmico
– Visita Técnica: Hotéis Exceler Plaza/Novotel/Hotel Bahamas
– Encontro de Conhecimento
– Jantar com empresariado (Jandaia Hotel)
– Hospedagem (Jandaia Hotel)
Cacimba de Pedra Refúgio Ecológico – Visita Técnica. Foto: Bolivar Porto.
14
11 de dezembro (quinta-feira)
Campo Grande
– Café da manhã
– Transfer Campo Grande/Recanto Ecológico Rio da Prata
– Flutuação: Recanto Ecológico Rio da Prata
– Almoço (Recanto Ecológico Rio da Prata)
– Transfer Recanto Ecológico Rio da Prata/Bonito
Bonito
– Visita Técnica: Hotéis Wetiga/Hotel Piramiúna
– Jantar e Visita Técnica: Zagaia Eco-Resort Hotel
– Hospedagem (Zagaia Eco-Resort Hotel)
12 de dezembro (sexta-feira)
Bonito
– Café da manhã
– Transfer Zagaia Eco-Resort Hotel/Gruta do Lago Azul
– Visita: Gruta do Lago Azul
– Transfer Gruta do Lago Azul/Boca da Onça Ecotur
– Visita: Boca da Onça Ecotur
– Almoço (Restaurante Boca da Onça Ecotur)
– Transfer Boca da Onça Ecotur/Miranda
– Visita Técnica: Pousada Águas do Pantanal
– Jantar (Fazenda San Francisco)
– Safári Noturno
– Hospedagem (Fazenda San Francisco)
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13 de dezembro (sábado)
Bonito/Pantanal Sul
– Café da manhã
– Safári fotográfico diurno e passeio de chalana – Corixo São
Domingos
– Transfer Fazenda San Francisco/Fazenda 23 de Março
– Visita ao Centro de Cultura Indígena.
– Almoço e Visita Técnica: Fazenda 23 de Março
– Transfer Fazenda 23 de Março/Cacimba de Pedra Reino
Selvagem
– Jantar (Pousada Cacimba de Pedra)
– Visita Técnica e hospedagem: Pousada Cacimba de Pedra
Gruta Lago Azul – Visita Técnica. Foto: Bolivar Porto
16
14 de dezembro (domingo)
Pantanal Sul
– Café da manhã
– Visita: Projeto Jacaré-do-Pantanal
– Almoço (Pousada Cacimba de Pedra)
Hotel Bahamas – Campo Grande/MS. Foto: Bolivar Porto
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Participantes:
OPERADORES DE TURISMO
EMPRESA REPRESENTANTE CIDADE/UF
BessiTur Operadora Claudia Corrêa Rio de Janeiro/RJ
Shangri-lá Operadora de Turismo Wheskley Lourenço Rio de Janeiro/RJ
AGENTES DE VIAGEM
Canoa da Serra Turismo Deyvidson Guilande Nova Friburgo/RJ
Etoile Viagens e Turismo Célia Mendes Rio de Janeiro/RJ
Irmãos Cupello Câmbio e Turismo Leandra Moreira Rio de Janeiro/RJ
Luxtour Agência de Viagens e Turismo Sabina Lux Maricá/RJ
Rio G Viagens e Turismo Eduardo Lima Rio de Janeiro/RJ
Rio Paradise Tour Michelle Silva Rio de Janeiro/RJ
Rossi Turismo Celso Oliveira Rio de Janeiro/RJ
Terraltur Viagens e Turismo Paula Dias Rio de Janeiro/RJ
Tourist Club Jorge Aguiar Rio de Janeiro/RJ
Welcome Turismo Manuel Gonçalves Rio de Janeiro/RJ
18
4- AVALIAÇÃO DE CARACTERÍSTICAS DO
DESTINO
As atividades propostas na oficina de capacitação tiveram como
objetivo analisar o olhar e a percepção dos empresários locais
(fornecedores) sobre seu destino. Para isto foram elaboradas
atividades e das tabulações de cada uma delas extraídos índices
de avaliação.
Exercício 1 – Percepção do lugar: a hospitalidade do
destino/cidade
Exercício 2 – Análise de produto e mercado
No decorrer da viagem técnica os operadores e os agentes foram
convidados a opinar e destas opiniões também foram extraídos
índices de avaliação com o objetivo de informar os fornecedores
e também de propiciar, quando possível, referenciais de
comparação entre as visões (fornecedor x operadores e agentes).
4.1- Da percepção do lugar: análise comparativa
Fornecedores x Operadores e Agentes
A análise das características do destino foi feita por meio de
atividade individual e os fornecedores avaliaram os aspectos de
relacionados ao conceito de hospitalidade, de acordo com valores
de referência na tabela seguinte.
Estes conceitos são o da hospitalidade “em geral”, acesso,
19
legibilidade, identidade, notoriedade e concentração de oferta.
Estas avaliações foram agrupadas e tabuladas de acordo com a
cidade dos participantes.
Assim, foi possível verificar as diferentes percepções entre as
cidades do destino alvo do Projeto Caravana Brasil Nacional do
ponto de vista dos fornecedores locais.
Responderam a esta avaliação durante a oficina:
• 7 participantes de Campo Grande
• 5 participantes de Bonito
• 4 participantes de Aquidauana
• 3 participantes de Miranda
Durante a viagem técnica foram coletadas informações
semelhantes dos operadores e agentes, o que possibilita as
comparações exibidas a seguir. Cabe destacar os critérios
adotados para a tabulação, de acordo com a tabela abaixo:
Valores de referência para as tabelas 0 – Inexistência de tais aspectos
1 – Insuficiência e/ou deficiência nos serviços ou produtos 2 – Serviços ou produtos regulares
3 – Excelência nos atributos indicados
Operadores e agentes Fornecedores (média)
ótimo acima de 2,25
bom de 1,5 à 2,25
regular de 0,75 à 1,49
ruim abaixo de 0,75
20
A avaliação do índice hospitalidade pelos fornecedores locais
resultou na média “BOM”. Nenhum dos conceitos tomados
isoladamente escapa a esta faixa de avaliação em que pese
notar-se conceito um pouco mais alto para Bonito.
Na avaliação dos operadores houve predomínio do conceito
“BOM” conforme gráfico a seguir.
21
Por acesso entendeu-se o grau de facilidade com o que o lugar e
seus produtos podem ser acessados. Aqui a avaliação se refere
aos meios de transporte que trazem o turista ao destino e ao
grau de mobilidade que se tem dentro do destino, qualidade dos
transportes turísticos de todos os tipos, estradas, etc. A média
geral aproximada mostra que se considerou o item acesso “Bom”.
Apesar disso deve-se observar que o conceito não foi “REGULAR”
por 0,06 uma diferença insignificante. Tomado isoladamente o
conceito de Bonito seria “REGULAR”.
Para os operadores e agentes o item acesso foi avaliado como
“REGULAR” para mais participantes, entretanto, as opiniões
mostraram-se bastante divididas conforme o gráfico seguinte.
22
A Legibilidade, entendida como a facilidade com a qual as partes
da cidade podem ser visualmente apreendidas, reconhecidas e
organizadas de acordo com uma imagem coerente foi avaliada
conforme os gráficos que seguem.
23
Nota-se que a média é elevada pelo conceito de Campo Grande.
Há coincidência na visão por parte dos participantes da viagem e
a grande maioria avalia o item como “bom” ou “ótimo”.
No olhar dos fornecedores, o item notoriedade, aqui considerado
como o grau de conhecimento do destino pelo mercado, foi
avaliado como “REGULAR”, conforme gráfico:
24
Percebe-se entre os fornecedores locais a sensação de que os
destinos deveriam ser mais conhecidos, exceção feita a Miranda
que isoladamente teve conceito equivalente a “ÓTIMO”.
O mesmo conceito que predomina entre os operadores e
agentes, com predomínio de “REGULAR”, evidenciando
semelhança na percepção de que deve haver ações que tornem o
destino mais conhecido.
Já o item identidade que está relacionado ao grau de experiência
que o turista pode ter no destino por meio da interpretação dos
hábitos, costumes, história e memória do lugar, teve avaliação
bastante positiva.
25
A avaliação dos operadores e agentes, considerada a média, é
igualmente positiva com predomínio do conceito “ótimo”.
Em relação à concentração de oferta, ou seja, o destino possuir
uma gama abrangente de produtos e serviços a serem ofertados
ao turista, ampliando as taxas de permanência e gasto, houve
por parte dos fornecedores avaliação que resulta na média
“BOM”.
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Convém observar a grande diferença nos conceitos entre as
cidades e que a média é impulsionada pelo elevado conceito de
Bonito (próximo ao máximo). Miranda e Campo Grande se
tomadas isoladamente tiveram conceito regular.
Os operadores e agentes, avaliando a mesma questão pareceram
concordar, sendo que apenas um deles avaliou a média das
cidades neste item como regular, conforme gráfico a seguir.
27
5- ANÁLISE DE PRODUTO
5.1 – Análise de produto – Participantes da Oficina de
Capacitação
Os participantes, em grupos formados aleatoriamente, foram
convidados a citar e avaliar produtos turísticos regionais. O
objetivo era verificar aqueles produtos mais lembrados
espontaneamente e a forma que são avaliados (precário, regular,
bom ou excelente).
MATO GROSSO DO SUL – PRODUTOS AVALIADOS
Produto Avaliação
Boca da Onça EXCELENTE
Estância Mimosa EXCELENTE(2)
Safari Pantaneiro EXCELENTE
Cavalgada Pantanal EXCELENTE
Observação de jacarés EXCELENTE
Pesca EXCELENTE
Gruta do Lago Azul EXCELENTE/BOM/REGULAR
Passeio de barco - Rio Aquidauana EXCELENTE
Centro de Convenções de Bonito EXCELENTE(2)
fazenda Pontal das Águas EXCELENTE/BOM
Fazenda Embiara Lodge BOM(2)
Fazenda San Francisco EXCELENTE(2)/BOM
Recanto Ecológico Rio da Prata EXCELENTE(2)
Cacimba de Pedra BOM
Rio Sucuri BOM
City Tour Campo Grande BOM
Parque das Cachoeiras BOM
PRAIA da Figueira BOM
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Os números entre parênteses indicam o número de repetições da
mesma avaliação do produto por grupos diferentes. Já os
conceitos diferentes separados por barra (/) referem-se a
conceitos diferentes de grupos diferentes em relação ao mesmo
produto.
Notou-se uma tendência à citação de produtos com avaliação
positiva.
5.2- Análise de produto – Operadores e Agentes
Os operadores e agentes participantes da viagem técnica
avaliaram pontos fortes e fracos dos locais visitados. As tabelas
abaixo representam uma síntese da avaliação, lembrando que
são citações espontâneas (não estimuladas).
Merecem destaque as avaliações reincidentes referentes à
singularidade dos atrativos naturais e a qualidade da
receptividade notada na região, itens bastante importantes ao
desenvolvimento da atividade turística.
29
Considerações dos agentes e operadores de viagens participantes
da viagem técnica:
“Grande preocupação com o meio ambiente e com o
desenvolvimento do turismo sustentável. A Caravana nos deu a
oportunidade de conhecer um belíssimo ecossistema e interagir
com ele”.
“Hotelaria adequada para os diversos públicos com objetivos
diversos.”
“Podemos ver que o Estado já está preparado para receber
turistas, por sua diversidade de ofertas – restaurantes, hoteis,
pousadas, atrativos, serviço de receptivo , segurança e saúde.”
“A hospitalidade dos agentes locais em todos os passeios e hotéis
são os principais aspectos positivos do destino.”
“A diversidade de atrativos para receber vários segmentos de
mercado.”
30
Em relação aos pontos fracos, merecem mais atenção as
reincidentes citações acerca da falta de divulgação do destino e
às condições das vias de acesso.
Observe-se também que as demais observações são bastante
pontuais e que poderiam ser justificadas por detalhes no
momento das visitas que foram em sua maioria realizadas em
curto espaço de tempo.
Considerações dos agentes e operadores de viagens participantes
da viagem técnica:
“Não me agrada o projeto para asfaltar a estrada, pois não está
em bom estado e o tempo percorrido não é tão grande, que
justifique. Poderia acabar com a identidade do local.”
“O principal fator negativo do destino é a falta de malha aérea, o
que pode encarecer o produto.”
31
“Destino pouco divulgado no mercado nacional.”
“Em alguns hotéis há necessidade de ter lojas com artigos
essenciais como repelente, chapéus, toalhas, remédios, calçados,
camisas, etc...”
“Alguns hotéis do Pantanal devem adequar suas acomodações
para oferecer mais conforto ao hóspede.”
“Melhor acesso a internet para os hóspedes nos hotéis.”
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6- PÚBLICO-ALVO – OPERADORES E AGENTES
Os operadores e agentes participantes da visita identificaram os
principais públicos com o perfil para comercialização do destino.
Note-se certo equilíbrio que sugere que na visão dos operadores
e agentes o destino tem potencial de comercialização para
públicos diversos o que é bastante positivo.
Destaca-se também o fato das reincidentes citações ao público
de interesse específico o que parece se justificar pela qualidade
dos atrativos naturais do destino.
33
7- AVALIAÇÃO DE OPORTUNIDADES
COMERCIAIS POR OPERADORES E AGENTES
O objetivo foi avaliar se os operadores e agentes identificaram, a
partir da caravana e, sobretudo, do encontro de conhecimento,
novas possibilidades de comercialização e divulgação do destino.
A primeira questão, conforme gráfico abaixo, referia-se à
imagem:
Nota-se que apesar de se tratar de destino turístico estruturado e
conhecido pelo mercado, a Caravana contribuiu para a melhoria
da imagem para os participantes.
O próximo gráfico diz respeito à identificação de novas
possibilidades de comercialização, com a diversificação do
portfólio das empresas.
34
Nota-se também que o objetivo de projeto foi alcançado, já que
todos os participantes avaliadores identificaram novas
oportunidades de comercialização através da Caravana. (ainda
que apenas parcialmente para 1 deles)
Outra indagação se fez sobre o Projeto: Notou esforço comercial
e de promoção por parte do destino?
Novamente, as respostas foram satisfatórias como se vê no
próximo gráfico, merecendo atenção, entretanto, duas respostas
negativas.
35
As opiniões dos operadores e agentes sobre a qualidade no
atendimento percebida na Caravana é também bastante
satisfatória, conforme gráfico abaixo:
Finalmente a avaliação sobre o grau de adequação de preços
praticados no destino:
36
Para a grande maioria existe adequação. Há que se observar que
são empresas diferentes e que podem trabalhar com públicos
diferentes, ou seja, o preço adequado a um pode não ser a outro
em função disso.
37
8- CONSIDERAÇÕES FINAIS
Por tudo o que se avaliou neste documento, os objetivos do
Projeto Caravana Brasil nacional em sua edição no Mato Grosso
do Sul, foram satisfeitos.
Os operadores e agentes apontaram alguns problemas que
devem ser considerados para efeito de planejamento, gestão e
comercialização porque tendem a estar próximos da visão dos
próprios turistas.
Mais importante ainda é o fato de haver tantas “surpresas”
positivas ao longo das avaliações, ou seja, mesmo se tratando de
um destino estruturado e conhecido, a Caravana parece ter
propiciado uma nova visão de alguns aspectos do roteiro.
Encontro de Conhecimento – Hotel Jandaia. Foto: Bolivar Porto
38
O Encontro de Conhecimento, realizado no Centro de Eventos do
Hotel Jandaia no dia 10 de dezembro de 2008, foi avaliado muito
positivamente também conforme gráficos abaixo.
Os participantes mostraram-se também satisfeitos com a forma
com que foram apresentados os produtos.
39
Além disso, o último gráfico reforça o fato de terem sido, ainda
que parcialmente (4), surpreendidos pela existência de novos
produtos.
Em relação à oficina de capacitação, ela parece ter propiciado
reflexão coletiva suficiente à melhoria dos resultados do Encontro
de Conhecimento.
A aproximação entre fornecedores e os canais de distribuição
parece ter ocorrido de forma bastante satisfatória.
O desafio que se sugere vencer é o de ampliar tanto a reflexão
coletiva quanto a aproximação dos fornecedores com os canais
de distribuição e, mais que isso, fazer com que isso ocorra com a
máxima freqüência possível.
Os resultados positivos serão constantes.
É para o que se espera ter contribuído este projeto.
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42