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Caderno de Palavras 1 _________________________________________________________________________

Caderno de

Palavras

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Abril de 2009

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Foram Três (3), e estas motivaram a fazer Palavras

“Saudade”, “ Oi”, “Amor”.

A primeira poesia que senti É muito pequena,

Só duas letras, Em uma só palavra.

Quase todos a usam Uns apenas decoram Outros apenas dizem.

e poucos a sentem.

Muitos nem consideram poesia Por ser fácil falar, Fácil de escutar,

E difícil de declamar.

Amigo(a ), são duas vogais unidas Que estou declamando agora

Deixo-a entre aspas Palavra que foi e é poesia,

"Oi"

(Antonio Ayrton Pereira da Silva

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Antonio Ayrton P. da Silva .................................................................................................. 43

Minha Linda Amiga ....................................................................................................... 43 Soneto às Sombras I ......................................................................................................... 46 Soneto às Sombras II ........................................................................................................ 47

Aurélio Osório Aquino de Gusmão...................................................................................... 42

Da Palavra ........................................................................................................................ 42 Celeste .................................................................................................................................. 21

Papel de areia ................................................................................................................... 21 Amour............................................................................................................................... 22 Simplicidade ..................................................................................................................... 23

Celina Vasques ...................................................................................................................... 6

Lamentos ............................................................................................................................ 6 Minh`alma .......................................................................................................................... 7 Pôr do sol ............................................................................................................................ 8

Cristina Nunes ...................................................................................................................... 15

Turqueza ........................................................................................................................... 15 Espelhos............................................................................................................................ 16 Água ardente..................................................................................................................... 17

Crystina................................................................................................................................. 30

Teus beijos........................................................................................................................ 30 Lençóis de seda................................................................................................................. 31 Eu gosto assim.................................................................................................................. 32

Dagmar Bs. ........................................................................................................................... 12

Pedaços ............................................................................................................................. 12 Almas gêmeas................................................................................................................... 13 Feitiço ............................................................................................................................... 14

Doces Rimas......................................................................................................................... 27

Maravilha *!* ................................................................................................................... 27 Crônica****Poesia*!*...................................................................................................... 28 Queria ser Poeta.............................................................................................................. 29

DORIVAL JOSÉ GILBERT ................................................................................................ 36

ISABELA ......................................................................................................................... 36 Esquina ............................................................................................................................. 37 A Amazônia está ferida ................................................................................................... 38

Fátima Mota.......................................................................................................................... 33

Queda Livre .................................................................................................................... 33

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Bola de gude .................................................................................................................... 34 Candeia ............................................................................................................................ 35

Marilda Corrêa..................................................................................................................... 18

A Saudade e os Aromas................................................................................................. 18 O que me faz Feliz ! ......................................................................................................... 19 Sinfonia das Palavras...................................................................................................... 20

Mateus Araujo ...................................................................................................................... 39

Somos Nuvens .................................................................................................................. 39 Canção .............................................................................................................................. 40 Assassino .......................................................................................................................... 41

Ricardo Novaes .................................................................................................................... 24

Ser..................................................................................................................................... 24 A LUA .............................................................................................................................. 25

Syl Signoretti .......................................................................................................................... 9

Estranho Amor................................................................................................................... 9 Cativa................................................................................................................................ 10 Intensa............................................................................................................................... 11

Thumas Augusto Vieira S.L. Teixeira.................................................................................. 48

Olhando uma Rosa ........................................................................................................... 48 Walfrido Oliveira da Silva.................................................................................................... 26

A estrela lá no céu ............................................................................................................ 26

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Celina VasquesManaus/AM

Lamentos(14 de dezembro 2008)

Minh'alma dói

acorrentada torturada

escuto teus passos sou escrava de ti!

Caminho entre nuvens no espaço

no aroma dos amores lágrimas lavam como chuvas

a poeira do meu coração em pedaços!

Minh'alma dói Já não sou nada

ninguém apenas o silêncio da tua ausência esperança de

um cego procurando luz tateando o teu amor desvalido

E os dias passam e os ventos

nos trazem lamentos nebulosos sentimentos sobre os teus encantos!

Minh'alma dói

desolada apaixonada aprisionada

e nessa agonia das minhas fantasias

quedo-me aos teus desencontros na minha mente agora doente

já não sei quem sou...

E nesse abismo profundo vislumbro sonhos loucos

os meus desejos mais ardentes vividos em ti!

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Celina VasquesManaus/AM

Minh`alma

(14 de dezembro 2008 às 11:43)

Devolve minh'alma não me queres

para que reténs ela pra ti?

Vai! Segue teu caminho não seguirei teus rastros

deixa-me aqui!

Se a saudade chegar chorarei por ti, vou ver o mar

ouvir o marulho das ondas a fragrância crua

é o teu cheiro... amor pensarei que estas ali!

Devolve minh'alma

preciso dormir, sonhar, viver

e ela estando contigo é como tivesse morrido

vivendo só para ti!

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Celina VasquesManaus/AM

Pôr do sol(14 de dezembro 2008 às 11:56)

Ao cair da tarde em frente ao mar o céu se faz rubro fecho meus olhos

e penso em ti!

No meu coração tuas palavras doces

me fazem estrela da noite A paixão fala por nós o vento se faz poema

e meus versos se fazem canção!

A solidão minha fiel companheira me diz

que não posso viver sem ti... a saudade cúmplice da lua me faz completamente tua!

E em meus delírios

te amo ali o horizonte distante

e nessa magia no encantamento

tua alma me aquece Meu corpo no teu minha boca na tua

teus braços me enlaçam e fazes de mim tua mulher!

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Syl SignorettiItajubá /Mg

Estranho Amor(10 de abril 2009 às 8:19)

Mergulho na imensa onda azul Como espiral sigo o fluxo,

Delírio e sonho Pesadelo e alucinação Fragmentos de ilusão Certezas do querer,

Lanço-te beijos de fogo E dentro da carruagem o doce,

Abóbora madura e coco, Peixinhos na areia,

Brincadeira... Gotas em flor, Magia e sabor,

É só o começo do amor!

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Syl SignorettiItajubá /Mg

Cativa(10 de abril 2009 às 8:19)

Minha gaiola dourada, emoldurada de amor, eu cá a espera do canto sublime, do meu pássaro cantador

Da vida, alguns sonhos desfeitos, Eterna busca do amor

Na imensidão do campo, todo verde e em flor! O céu reflete a saudade,

que por entre minhas grades vejo com dor, Raios de sol, me protejam, por favor!

Nesta gaiola dourada, Há tanto tempo guardada, vejo a vida,

Escuto os pios, de um momento esquecido, Onde em meu canto, era tenor.

Hoje, canto suave, melodia de angustia, De um pássaro cativo, que agora Saudoso, sem plumas, sofrido,

só queria poder voar, voar, voar...

Poema inspirado em Olavo Bilac em seu poema "O Pássaro Cativo"

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Syl SignorettiItajubá /Mg

Intensa(10 de abril 2009 às 8:19)

Sou Que da natureza

Brota Flor

Que perfuma o dia Com cheiro de melancia

Rubra Sou carne

Que desejos afloram Beijos estalam E a noite brilha

Palpita... No peito que chora

A dor Do amor que implora,

A saudade que fica Intensa

Na mulher que sou Agora!

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Dagmar Bs.São Paulo / SP

Pedaços (3 de dezembro 2008 às 19:00)

Me encontro fragmentada Tento desenhar palavras

Somente o silêncio permanece Doces lembranças...

Tento fazê-las saltar dos meus lábios Não posso juntar tantos pedaços

Pois sou quase infinita

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Dagmar Bs.São Paulo / SP

Almas gêmeas(8 dezembro 2008 às 19:30)

Logo que te conheci Senti-me em ebulição

Alguma coisa dentro de mim, Como torrentes de lavas,

Percorrendo minhas veias, Outras vezes calmas águas

Nem sei explicar... A princípio temor,

Depois encantamento Sinto-me novamente viva

Será isso amor? Atualmente um pouco perdida...

Parece que te conheço De outra vida

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Dagmar Bs.São Paulo / SP

Feitiço (18 dezembro 2008 às 4:30)

Que força é essa Que tudo que olho só vejo você

Que me faz lembrar o bem a cada instante Que toda música toca meus sentimentos...

Que poder é esse Que por vezes me faz sonhar, outras sofrer

Que me faz esquecer o não poder... Que magia é essa

Que exerce sobre mim Me sinto encantada!

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Cristina NunesRio de Janeiro / RJ

Turqueza(28 de abril 2009 às 15:39)

São minhas mãos que te alisam os cabelos, os pelos do teu braço que roça no meu e me enlaça de véu e fumaça.

Sou eu quem desembaraça teus nós e retira teus cravos, afasta tuas penas, abre tuas asas e varre tuas queixas,

como uma gueixa preparo meu colo prá que possas pousar. Eu te dou um ninho e um céu prá voar,

e te acalanto os meses, te conto os dias, teus feriados te mostro as cruzes no calendário e danço contigo em agosto,

me arranho em teu rosto, em teu queixo e amoleço desleixo sabor alcaçuz, raiz forte, anis.

Te sopro as cores do meu arco íris, um cílio, um segredo, na ponta dos dedos te toco no peito, no fio do corte, cicatriz.

Sou eu que te faço passos descalços na pele dos ventos te invento um caminho de signos, flor de algodão, flor de lis,

e te deixo vestígios na palma da mão. Sou eu que te vejo caleidoscópio de luzes girando alto, azul turquesa no teu asfalto

as minhas estrelas jogadas no chão.

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Cristina NunesRio de Janeiro / RJ

Espelhos(28 de abril 2009 às 22:20)

Eu te falava coisas soprava cílios alisava a face

inventava um brilho. Eu me pintava

com as cores do sol me enfeitava de conchas

caracol. Te encarava de frente

me encarava meus olhos fundos

na tua vertente. Te serenava

garoa por dentro te enluarava

com meu sereno. Eu te velejava

no corpo da noite tão pura de sal

de mar temporal e te cobria

com lençóis brancos eu te protegia

dos raios espantos...

... mas de nada valeu te confiar segredos

o vento bateu quebrou meus espelhos...

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Cristina NunesRio de Janeiro / RJ

Água ardente28 abril 2009 às 22:14

Na lua fria no sol quente

na dança sobre o ventre num gosto de mel chocolate, canela

num sorriso, intenção aguardente...

aflita de sonhos no dia na pele azuleja a noite

percorre todo o mistério dilata os poros e as pupilas

e tudo fica tão sério... o desejo ardente na boca mata de sede e não peca crava um rubi no olho

e uma lágrima que não seca...

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Marilda CorrêaRS

A Saudade e os Aromas (24 de abril 2009 às 4:30)

A noite cai... Chove, O silêncio é quebrado, Por ruídos de pneus,

Pelos pingos que batem na janela E o som das teclas do PC.

Sinto saudades : De minha netinha Rafaela e da Gabriela,que hoje esta com seu pai Saudades dos meus filhos que estão distante e a muito não os vejo:

São situações que a vida impõe. Acabei de passar um cafezinho

O aroma gostoso, se espalha pela casa. Que perfume! Que Delícia!

Cheirinho de infância. Bateu saudades de minha vovó Do seu jeitinho, dos seus doces, Dos caldinhos bem quentinhos Na caneca branca esmaltada. Saudades de seu coque que

Desfazia-se numa comprida trança E com seus dedos ágeis ela Desmanchava lentamente

Enquanto contava suas histórias. E sentados aos pés de sua cama

Atentos nos deliciávamos neste ritual De todas as noites... Doces momentos,

Gestos simples com o qual fazia com que nos sentíssemos acarinhados Que eu seja doce como minha vovó Flora

Saudades... Doces saudades.

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Marilda CorrêaRS

O que me faz Feliz ! 24 de abril 2009 às 4:30)

O que me faz feliz? O que me faz feliz? A família reunida

Na Paz amor e união, Alegria, lindo dia.

Noite estralada Roda de viola

Vozes entoando uma canção! O que me faz feliz?

Um dengo um chamego Um carinho bem gostoso

E dormir agarradinha Nos braços do meu esposo!

O que me faz feliz? Ter todos bem pertinho

Este é o prazer que mais prezo Ficar com meus filhinhos,

Juntinhos, juntinhos de mim O que me faz feliz?

É ter um Deus que me ama Um Deus misericordioso e fiel

Que guiará meus queridos A buscarem as coisas do céu

O que me faz feliz? Uma fogueira, um churrasco Meus amores, meus amigos

E um gostoso chimarrão Ficaria mais feliz

Se soubesse tocar violão! O que me faz feliz?

Estar viva, ter o sol o mar. Toda a natureza Para contemplar

Sentir o cheiro da praia Ouvir as ondas no cais arrebentar

E as gaivotas planando no céu a cantar Deitada em minha rede Buscando a inspiração

Para juntar palavras, sentimentos E emoção"

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Marilda CorrêaRS

Sinfonia das Palavras

(24 de abril 2009 às 20:30)

Na boêmia desta noite Em que meus olhos Negam-se em fechar

Sem artifícios me desnudo e me entrego Ao prazer que me inspira a criar

Na solidão e no silêncio

Penetrando nas entrelinhas, De meus pensamentos

Entre lágrimas ...

Vou com maestria, deixando surgir A sinfonia de palavras,suave e macia...

Como rosas exalando perfumes. Que me embriagam me inebriam.

Perco-me no tempo

Em meio a este branco Que me fascina seduzida por

Palavras, versos, prosas e rimas

E pelas letras que saltitam do teclado Povoando a tela branca do PC

Aonde vou modelando, tecendo Com leves pinceladas

Embelezando com cor e luz esta pagina

Num êxtase eloqüente Explodindo de contente

Pelo desabrochar de mais uma poesia.

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CelesteLyon / União Européia

Papel de areia (28 de abril de 2009 0:30)

Lembranças vindas de longe

Sonhos vindos do mar

palavras escritas num papel de areia

palavras de sonhos que a alma não esqueceu

Duvidas e vontades em busca da pequena esperança

palavras cheias de sonhos de praia quente com sol, lua e muitas estrelas

Palavras vindas da alma que escreve sonhos e lembranças numa noite fria e escura de inverno

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CelesteLyon / União Européia

Amour (28 de abril de 2009 as 0.30)

Il ma suffit ton regard pour être heureuse Tu es mon roché

Moi je suis l'eau qui glisse sur toi Tu ma pris par la main Tu ma montré la vie

tu vis en moi Nous sommes le passé, le présent, le futur

La haine et la passion L'oubli et le souvenir

La mer, le soleil, le jour, la nuit

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CelesteLyon / União Européia

Simplicidade (28 de abril de 2009 as 0.30)

Não quero o mundo louco de cimento, correria e ganância

Não, não quero essa agressividade Quero viver em liberdade

Quero tocar na vida E quero que em mim ela toque

Tal qual ela é Quero rir pelos caminhos ver a beleza verdadeira Quero deitar no mato tomar banho de chuva

E quando o sol quente voltar Molhar meus pés no rio de água limpa

Quero o silencio tranquilo Que vem do som da natureza E sentir que faço parte dela.

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Ricardo NovaesCampinas / SP

Ser(19 de abril 2009 às 18:15)

O que me atrai É o Ser amigo O Ser tranqüilo O Ser menino Ser sentindo

Parido em todos os caminhos O que me atrai É o Ser sorriso

É o Ser indo e vindo Para longe, lá dentro de mim

O que me atrai É o Ser positivo ou negativo È o Ser completo e bonito

É saber que existe O Ser comigo.

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Ricardo NovaesCampinas / SP

A LUA (22 de abril 2009 às 17:11)

A Lua Lua de mim Lua de todos

Se quiser assim A Lua

Sobre o chão Cisma Brilha

Como o brilho do diamante É belo

Lhe querer Aqui

Dentro de mim

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Walfrido Oliveira da SilvaSão Paulo/SP

A estrela lá no céu

(28 de abril 2009 as 14:55)

Estava de noite, sem nenhuma nuvem no céu.

E entre todas as estrelas deste imenso véu, Vi uma diminuta estrela anã no imenso firmamento.

Brilhado, espalhando luz com seu encantamento.

Na noite seguinte: lá olhei novamente, E lá ela estava com seu brilho incandescente. Dia após dia, eu contemplava aquela beleza;

Dia após dia, aumentava uma certeza...

O tempo ia se decorrendo e seu brilho me dominava. A contemplação para aquele brilho ofuscante aumentava.

Contudo, me intrigava no fundo de minha mente, Como tamanha beleza caberia em um pequeno recipiente?

A certeza, que agora morava em mim, dar lugar a um sentimento;

Algo que não tem como descrever, eu lamento. Resta apenas, no meio disso tudo, uma só pergunta:

Onde se origina tamanha beleza toda junta?

Mas certo dia, para meu espanto, ela estava mais ali; O céu nublado estava; e eu a esperar por aqui...

Porém as nuvens não se iam, e a estrela não aparecia; As nuvens aumentavam e a chuva nascia; e eu entristecia...

Meu corpo molhava-se, meu espírito se descontrolava;

A chuva aumentava, trovões iluminavam o céu; e eu lamentava. O sol eu não mais via; sons eu não escutava; eu ficava maluco.

A vida já não tinha sentido algum; meu peito um oco.

E assim esperei, noite após noite, as nuvens saírem; E ainda aqui estou a esperar que aqueles raios me iluminem.

Que um dia a noite possa mostrar aquela estrela do céu, Como um diamante, como o cintilar de um belo anel.

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Doces RimasCampinas/SP

Maravilha *!*(11 de março 2009 às 23:08)

Maravilha É sorrir

E receber um sorriso É ser sincero

E receber sinceridade Maravilha é ser feliz E espalhar Felicidade

Maravilha é levar a Paz Onde haja a guerra

Maravilha é receber de braços abertos Aquele amigo sincero Maravilha é universal

Amar um amigo Que goste de ti de verdade..

Neste virtual Maravilha é

O raiar do Sol O beija-Flor

O canto do rouxinol O Jardim do Amor*!*

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Doces RimasCampinas/SP

Crônica****Poesia*!*(16 de abril 2009 às 8:36)

Poesia*!*

..........................madrugada fria,dor no rosto,alergia na cena Sono se foi,mas a inspiração ficou então lápis e papel na mão

Até é bom para me refazer...................

Poesia*!*

Poesia um Mundo de fantasias,magias....

Nas Doces Rimas,nas entrelinhas e nas linhas demonstram Alegria,Paz e harmonia...

Delicada como uma flor,transparência no amor,retrata a beleza Da natureza,a benção do “Senhor”

Poesia,o Universo conspira nos versos,levam seus sonhos,para seus

Amores,amados,namorados amantes..

Revela uma porção de sentimentos que se extravazam corações De união ,feitas de emoções...

Eternos Amores,todos em flores,sabores e cores...

Poesia ,um Jardim do Amor,em festa,colorido todo florido,beijaflores e seus néctares com

flores, Borboletas azuis,Rouxinol cantando paro o Sol e as

Donzelas que vivem em janelas,a espera do amor e do Trovador...

Arco Íris ,sobre o Jardim ressaltam a chuva com seu bálsamo abençoando a chegada de mais um dia cheio de alegria..

Um Mundo Feliz......

Essência da Vida*!*

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Doces RimasCampinas/SP

Queria ser Poeta(18 de março 2009 às 0:17)

Queria ser

Poeta Para que na frase dileta

Transmitisse somente o amor Nas doces rimas

Demonstrasse todo meu calor E que as letras fossem

Impregnadas de lirismo Para que não houvesse

Um abismo Entre eu e o leitor Que ele sonhasse

Tanto como eu a compor Que sentisse todo esse meu clamor

Que eu fosse uma Luz pura

Que Iluminasse Teus caminhos,com carinho Queria que encontrasse aqui A Paz , ventura e muito amor

E que tocasse fundo teu coração Esta sinfonia cheia de emoção

Que acabo de compor para ti.......... Meu beija-Flor Nobre Senhor*

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CrystinaCampinas / SP

Teus beijos (1 de dezembro 2008 às 17:48)

Beijo tua boca macia Este beijo me sacia

Desperta em mim fantasia Que transformo em poesia

O teu beijo é envolvente

Desperta um desejo ardente E o que vem a minha mente É te beijar constantemente

Tudo que quero é me envolver

Em teus beijos me prender Só tu és meu bem querer

O teu beijo me fascina

Faz loucuras e me alucina Te amar é minha doce sina

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CrystinaCampinas / SP

Lençóis de seda

Em nossa cama macia Envolto a lencóis de seda Nos amamos com alegria

Corpos queimam _labareda

Cheia de desejos Sedenta por teu amor

Provando dos teus beijos Me entregando sem pudor

Sentindo o teu gosto

Mergulhando no teu prazer Deixando meu corpo exposto

Avançando todos os sinais

Eu a te enlouquecer Ouvindo você pedir mais!

Brincando de fazer poesias!

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CrystinaCampinas / SP

Eu gosto assim(7 de março 2009 às 18:54)

Gosto quando você chega de mansinho Me faz um carinho

E me chama de amorzinho

Fico toda dengosinha Não me sinto sozinha

Sou sua rainha

Baixinho entoa uma canção Que embala meu coração E me enche de emoção

Gosto das doces lembranças Em seus braços sou criança Nosso amor eterna aliança

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Fátima Mota Natal / RN

Queda Livre

(28 abril 2009 às 10:04)

De tanto correr tropeçou

nas próprias pernas.

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Fátima Mota Natal / RN

Bola de gude (27 de abril 2009 às 11:03)

Rola que rola a bola, transparente e colorida Bolinha de gude, pinica , conhecida por biloca Na mão do menino esperto, a esfera ganha vida

Quica , esbarra ,pula, pula, dá um salto, se desloca.

O jogo está começando, outra bola se coloca Um moleque chega esperto, querendo ganhar partida

Rola que rola a bola, transparente e colorida Bolinha de gude, pinica , também chamada biloca.

Tenha o nome que tiver, essa bolinha atrevida

De gude , baleba, bolíndri, um peteleco a desloca A brincadeira é gostosa, da criança, preferida. Se é uma cabiçulinha, berlinde ou uma biloca Rola que rola a bola, transparente e colorida.

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Fátima Mota Natal / RN

Candeia (27 de abril 2009 às 9:52)

Este olhar enluarado Revela sutis paisagens

Desvenda os meus mistérios Pousam firmes no regaço.

Teu olhar esmaecido

Freme de amor Cingido

Aprisiona os olhos meus.

Sereno o olhar mortiço Devassa, me tira o juízo

Ameno, arranca-me véus.

Pequenas fendas criaram Obscenos alagaram

Teus rios tornaram-se meus.

O teu olhar de estrelas Pelo meu corpo vagueia Pequenos rastros de luz Ao por do sol incendeia E aos inocentes... seduz.

Na tua face rebrilha Dois pirilampos azuis.

Cúmplices e seresteiros Em noites de lua cheia Enluarados teus olhos

No quarto, lua_ candeia.

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DORIVAL JOSÉ GILBERTSÃO JOSÉ DOS CAMPOS / SP

ISABELA (29 de abril 2009 às 16:46)

Eu sei não era aquele pai que estava dentro do senhor Pois, se fosse aquele pai ele iria me salvar.

Porque eu gritei: Pai! Papai! Mas o senhor não me escutou.

Eu estava tão confusa algo apertava a minha garganta E eu não conseguia respirar.

Então eu gritei: Pai! Papai! Mas o senhor não me escutou. O inimigo estava a sua frente, certamente, o cegou.

Porque eu gritei: Pai! Papai! Mas o senhor não me escutou!

A janela se abriu, Eu senti um grande frio

Era a falta de amor.

No ar inda tentei segurar a sua mão Mas, ela se abriu e eu me vi no chão.

Lá, também tentei respirar não consegui.

A minha luz se fez escuridão, Mas algo forte segurou a minha mão

E uma luz intensa tomou conta de mim.

Mãezinha perdoa quem abriu a janela A mão que fez o buraco na tela

E os braços fracos que me passaram por ela.

Mãezinha perdoa!

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DORIVAL JOSÉ GILBERTSÃO JOSÉ DOS CAMPOS / SP

Esquina(29 de abril 2009 às 16:44)

Nesta selva de pedra Não sei o que vou encontrar

Quando à frente uma esquina dobrar.

“Não tenho medo de bicho, O que me apavora é gente”.

Pois, a cobra só pica pra se defender. Mas, o homem fere por puro prazer.

Tenho medo da rua, Da sombra da lua,

Do fantasma que domina Além da esquina.

Do homem que causa dor:

Ladrão, seqüestrador, Da falta de amor Do estuprador.

Tenho medo do homem que não conheço,

Da bala que mata sem endereço, Da polícia ao avesso,

Da lei que não mereço.

“Não tenho medo de bicho O que me apavora é gente”.

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DORIVAL JOSÉ GILBERTSÃO JOSÉ DOS CAMPOS / SP

A Amazônia está ferida(29 abril 2009 às 16:43)

O mundo passou mal Foi em consulta ao hospital.

Após vários exames diagnosticou-se Que a Amazônia está ferida (2x)

O pulmão do mundo está manchado

Pela ambição do Homem, e o machado. Caminha a passos largos à destruição...

Logo, não haverá mais rios nem fauna e nem flora.

Há de se tomar cuidado, agora! Pois, do contrário, o FUTURO é certo,

A Amazônia se transformará num grande deserto.

Veja só que triste imagem Tanta dor e desrespeito Estão os rios carregando

Nas lágrimas dos seus leitos.

O Homem vai em busca de riquezas Destrói cegamente a natureza Ignora o valor da fotossíntese E o bem maior que é a vida.

A Amazônia está ferida

Faça um filme na sua memória

Imagine o futuro, agora: O verde da Amazônia, só, sendo visto,

Nas imagens da História.

A Amazônia está ferida...

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Mateus AraujoRibeirão Preto / SP

Somos Nuvens(27 abril 2009 às 10:00)

Somos nuvens,

passeamos pelo céu hora carregadas, hora alvas em esplendor.

Hora impedimos

que os cancerígenos raios ultra-violeta queimem as campinas em frescor.

Hora formamos figuras

que "sempre" sempre são coisas simples.

Uma bola de futebol, um sorvete, um coração

ou mesmo um açor.

Somos, às vezes, aquelas nuvens no âmago da tarde

da qual o anil é nosso único envolto Daí somos nós com nós mesmos,

gotejando as secas açucenas e as casas que se recolhem da chuva.

Hora, nas tempestades conduzimos

as mais incontáveis correntes elétricas e transportamo-as uns aos outros

sem mesmo modificar a nossa estrutura.

Somos nuvens incapazes apenas de saber

que o chover é necessário.

Existem também dias, em que o sol , as deixa alaranjadas, ígneas, abrasadas

fazendo a tarde mais bela.

Somos nuvens, passeamos pelo céu

hora carregadas, hora alvas em esplendor.

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Mateus AraujoRibeirão Preto / SP

Canção(21 de abril 2009 às 13:00)

Vai a compreensão almejante usufluir convexa e convicta

do espectador inerte e amante da vida.

Por quês que gotejam amenos a cada orvalho que eterno ilida a campina em verdor sintilante

contida.

Irmão das aves trilantes voejo ileso e perdido

Dentre as nuvens da irrealidade resido.

No vasto ardor busco a morte

e afável ao norte consisto Entorno da melancolia

existo.

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Mateus AraujoRibeirão Preto / SP

Assassino(29 de março 2009 às 18:00)

Com tua foice sangra-me como leito e vem desconexo ao amor e ao presente

És tu tempo assassino quem dança um "alegro" rondó em meu peito.

Volta-te às incógnitas origens triviais

e liberta as aves que para o sul voejam, brancas, alvas, recessas, ilustres ao vôo trêmulo dos ventos rivais.

Passageiro e árduo és tu

que torna próximas as nuvens entreabertas que me troveja as tempestades incertas

mesmo no aconchego das casas encobertas.

E no leviano coração alenta como uma flor, em minha cama, dormente.

És tu tempo em furor assassino que seca o ardor de minha rama contente.

...E passa, inda e já...

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Aurélio Osório Aquino de GusmãoJoão Pessoa / PB

Da Palavra(8 de abril 2009 às 0:00)

Largo a palavra no poema

como um gesto manifesto de quem teima

em dizer do verbo o que convenha

letra que se queira maior do que quem a entenda

pois em ter-se dita no meio do verso

nada lhe ateste mais usada que o cérebro

é que lhe sobra uma feição de água mesmo pedra

largo a palavra

no poema e quase nem distingo

como a tenho é que me sobram razões

que nem entendo.

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Antonio Ayrton P. da SilvaSão Paulo / SP

Minha Linda Amiga (5 de novembro 2008 às 9:21)

Poesia, quem é que não fez Para uma linda menina

Lembrei-me do grupo escolar fui à diretoria, perdi a sabatina, Ela não quis minhas palavras

Me entregou, suspensão foi a sina.

Mas o fim não foi só isso Levei sermão ao chegar em casa

Uma carteira vazia na sala de aula, Foram dois dias de mágoa não rasa

Bela menina contou também a sua família No segundo dia seu pai bateu na minha casa.

Meu pai atende, logo que o vi, o desespero Corri, me escondi, coisa ia ficar mais brava Conversas entre Pais, muitas vezes risadas

Passos, meu nome no ar, Meu Pai me chamava Eu no canto tinha encolhido para dois anos

Me achou, arregalei os olhos, ele não falava.

Tremi, indicador em movimentos me chamava Emagreci, não adiantou, escutei, vem cá Levantei em chamas, me sentia apertado

Uma pessoa quer lhe falar, vai lá Pai, não fiz nada, foi só uma poesia

Tentei enrolar, não adiantou. Só disse: vá.

O caminho da cozinha até a sala foi eternidade Quero ir ao banheiro eu disse, meu Pai sorriu

Não sabia mais o que fazer, só queria mais tempo Mas o momento chega, O grande inimigo me viu Chego perto, Ele estava sorrindo e ainda disse:

Vamos dar uma volta, abriu a Porta, e saiu.

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Eu estava estático, ele, vamos, ta com medo de quê? Não estou com medo, quero ir de novo ao banheiro

Não adiantou, meu Pai me empurrou, vento frio me tocou. Passos na calçada, silêncio, só a desgraça como cheiro Pesadelo, tava com o pé na cova, só queria ir embora, Uma Porta, abriu, fui para traz, nada de ser o primeiro.

No fim tomei coragem e entrei, não tinha o que fazer

Fomos a sala, mandou sentar, sentei, sinta-se a vontade A vontade? Que jeito, nem mais falar conseguia direito Oi, agora a Mãe, Antes de jantar, quer suco de tomate?

Estava vermelho, com muita sede, gaguejei um não obrigado. Pensei, querem me dar a última refeição antes do abate.

Outro Oi, agora é ela, menina bela, como estava linda

Arrepios vinham dos pés a cabeça, quase cai da cadeira Todos saíram, menos eu e ela, sentou a minha frente Minha cor era branco, amarelo, aquela cor de asneira

Começou a falar: mostrei sua poesia ao meus pais Nós conversamos, falaram que sua suspensão foi babozeira

Quase sussurrando disse, e dai, já fui suspenso mesmo

Não quero saber, quero ir embora, já fui castigado Meus Pais disseram que podemos ser amigos, você quer? Amigos? Fui suspenso por sua causa, estou abagunçado Espera, fui eu que mandei meu Pai te buscar, acredite Eu quero pedir desculpas, não precisa ficar abalado.

Tá bom, obrigado, já ia sair, quando ela disse:

Olha tira esse obrigado, entre amigos não há obrigado Não sabia o que dizer, fiquei pasmo, até mais calmo

Estava um bobo, meu medo passou, mas estava acarrado, Foi a primeira vez que senti o espontâneo da lágrima

Que lambuzava, senti vergonha do meu rosto acebolado.

Bobo, rindo disse ela, vamos jantar, meus pais te esperam Não entendi no momento, mas me deixei levar pela acolhida

Entramos na cozinha sentamos ela quebrou meu silencio Está tudo certo, somos amigos agora, desavença rompida Esta tudo bem garoto! Os Pais disseram. Eu: sim, obrig...

Cortei, Comecei a compreender a maior lição da minha vida.

Ela não foi minha namorada, foi a mais linda das amigas Crescemos quase juntos, houve despedidas, minha partida

Fui em busca de novos rumos, mas um dia voltei amargurado Coração arrasado, ela estava despedindo de sua breve vida

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De novo me lambuzava com o espontâneo da lágrima Só escutei, Bobo, seu rosto está acebolado, não é despedida.

Eu tenho certeza que não foi despedida, ainda vive

Na minha saudade, alguns atos, na amizade completa Menina linda, subi na mangueira pra ver você passar

Mas como não passou, vendi minha bicicleta.... Esses dois versos acima foi a poesia que fiz na época

Hoje fiz uma outra pois estou com muitas saudades dela.

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Antonio Ayrton P. da SilvaSão Paulo / SP

Soneto às Sombras I (19 de outubro 2008 às 9:4)

Não sei mais em que imensidão estou Só sei que sou passado como a noite;

Que meus lábios sussurram o que ficou; Em túmulos de pedras, de açoite.

Quero morte de um papel vivo, sem vida Coma não desperta, nem rasga a mortalha

Pois é um lugar profundo sem partida Nem vejo mais a carcaça que se espalha.

Eu pintei de azul o céu das vésperas Em algum lugar ao redor das curvas Que hoje são texturas das sombras.

Só manchas e penumbras que saem da lua Trazem em silêncio a dança das sombras

E os olhos apenas vêem imagens obscuras.

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Antonio Ayrton P. da SilvaSão Paulo / SP

Soneto às Sombras II (19 de outubro 2008 às 9:4)

Meus olhos turvaram, agora um cadáver Um corpo rijo, esticado, sangue parado

Nada movimenta, sem sentidos, sem ver? Caixão lacrado, repouso do verso acabado

Reunião, uns choram, outros falam, risos

Comentam, uns lamentam, outros só ignoram chega a hora, vão entregar-me a terra liso

Mas fico no coração dos que no momento oram..

Escuro, túmulo, sou agora refeição, Um prato, vermes me atacam, não sinto

Quem foram voltam, levando minha feição.

Se estou morto, como consigo contar isso? Esqueci, apenas meu corpo ficou sem a vida Eu sou vida dentro de quem sabe que existo.

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Thumas Augusto Vieira S.L. TeixeiraLorena / SP

Olhando uma Rosa(26 de Abril de 2009)

Se cada pétala de rosa estivesse sempre firme e forte, a flor existiria para sempre. Só que aqui é apenas uma etapa, um caminho...E ela tem que morrer para outra nascer, e

também para que ela transpareça sua luz...Rumo a evolução...Rumo a Deus...Então ame quem tiver que amar, chore por quem tiver que chorar e alegrar com todos que estão com você..Não deixe que os espinhos chamado Dor seja mais forte na sua vida,

mais sim ser um guia do amadurecimento

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