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CADERNO DE RESUMOS DO ENCONTRO DIDÁTICO CIENTÍFICO DO CURSO DE MEDICINA Ano I Número 1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO Ouro Preto Minas Gerais 2009

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CADERNO DE RESUMOS

DO ENCONTRO DIDÁTICO CIENTÍFICO

DO CURSO DE MEDICINA

Ano I – Número 1

UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO

Ouro Preto – Minas Gerais

2009

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V ENCONTRO

DIDÁTICO CIENTÍFICO DO CURSO DE MEDICINA

UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO

João Luiz Martins

Reitor

Antenor Rodrigues Barbosa Júnior

Vice-Reitor

ESCOLA DE FARMÁCIA

Marta de Lana

Diretora

Carla Penido Serra

Vice-Diretora

CADERNO DE RESUMOS DO ENCONTRO DIDÁTICO

CIENTÍFICO DO CURSO DE MEDICINA

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS MÉDICAS

George Luiz Lins Machado Coelho

Chefe do Departamento

COLEGIADO DE MEDICINA

Márcio Antonio Moreira Galvão

Presidente

17 E 18 DE DEZEMBRO DE 2009

CENTRO DE ARTES E CONVENÇÕES DA

UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO

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OURO PRETO – MINAS GERAIS

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REALIZAÇÃO

UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO

COMISSÃO ORGANIZADORA

Professora Dra. Palmira de Fátima Bonolo (UFOP)

Professora Dra. Maria Lilian Sales - (UFOP)

Professora Dra. Adriana Maria de Figueiredo (UFOP)

Professora Msc. Kerlane Ferreira da Costa (UFOP)

Professor Dr. Márcio A. Moreira Galvão (UFOP)

Acadêmico de Medicina Alessandro de Sousa Veiga (UFOP)

Acadêmico de Medicina Gustavo André Almeida de Oliveira (UFOP)

Acadêmico de Medicina Luís Paulo Vilela (UFOP)

CADERNO DE RESUMOS ORGANIZADO POR

Professora Dra. Adriana Maria de Figueiredo (UFOP)

Acadêmico de Medicina Alessandro de Sousa Veiga (UFOP)

Acadêmico de Medicina Flávio Alexandre Pereira Pinto (UFOP)

Acadêmico de Medicina Gustavo André Almeida de Oliveira (UFOP)

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SUMÁRIO

PREFÁCIO

1 APRESENTAÇÕES ORAIS

1.1 Formas de humanização para o tratamento de câncer: suporte oferecido pelas casas

de apoio.

1.2 Experiência educativa em grupos operativos de atenção a saúde da criança em uma

Unidade de Saúde de Mariana - MG.

1.3 Enteroparasitoses: prevalência, conhecimento e percepção da população do distrito

de Cachoeira do Campo.

1.4 Análise qualitativa do papel da educação no controle a incidência de verminoses no

distrito de Cachoeira do Brumado.

1.5 UFOP mais saúde: qualidade de vida para a comunidade de Glaura.

1.6 Intersetorialidade: atuação conjunta da pastoral da criança e do SUS na promoção da

saúde infantil no distrito de Passagem de Mariana.

1.7 Estudo descritivo da atenção primária a saúde do município de Ouro Preto – MG.

1.8 Educação popular em saúde: uma interlocução afetivo-sexual com os jovens da

Escola Municipal Dr. Benedito Xavier.

1.9 A qualidade da comunicação na relação médico - paciente: reflexos nas estratégias

terapêuticas.

1.10 Talcose pulmonar em trabalhadores de pedra sabão no município de Ouro Preto;

uma abordagem pré e pós-intervenção.

1.11 Reforma psiquiátrica: estudo de casos em hospitais psiquiátricos e serviços

assistenciais de saúde na região com ênfase na visão do paciente.

1.12 Projeto ConViver: a influência de grupos de convivência na vida da população

idosa.

1.13 Água e saúde: alcances e limites das políticas para garantir a qualidade da água em

Ouro Preto, MG.

1.14 Projeto Amarantina: adesão a terapia anti-hipertensiva e de controle do diabetes

mellitus pré e pós intervenção.

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1.15 Doe vidros, doe vida: campanha de incentivo ao aleitamento materno.

1.16 Cuidados em saúde na gravidez com enfoque a gestante adolescente na unidade de

saúde de Cabanas, Mariana – MG.

2 APRESENTAÇÃO DE PÔSTERES

2.1 Bases neuroanatômicas e considerações clínicas sobre a síndrome da negligência

unilateral.

2.2 Dor do membro fantasma: princípios neurológicos de uma síndrome ilusória, mas

real.

2.3 Dinâmica relacional familiar em contexto de vulnerabilidade social: adesão a terapia

anti-hipertensiva.

2.4 A saúde da criança e do adolescente como uma questão social.

2.5 Projeto Passagem Unida, construção de parcerias e alianças: integração entre

universidade, comunidade e serviços de saúde.

2.6 Projeto Recriavida: aplicação da epidemiologia no planejamento das ações de

promoção à saúde para uma população de idosos do município de Mariana, Minas

Gerais.

2.7 Projeto HAART: humanização da assistência através das artes.

2.8 Doenças cerebrovasculares: a importância da comunicação médico-paciente.

2.9 Perfil dos idosos de uma instituição de longa permanência em Ouro Preto, Minas

Gerais.

2.10 Dinâmica relacional familiar em contexto de vulnerabilidade social: avaliação

nutricional.

2.11 Meningite tuberculosa: uma revisão bibliográfica sobre a doença, diagnóstico e

medidas terapêuticas.

2.12 Bases neuroanatômicas e considerações clínicas da esclerose múltipla:

abordagem das características multifatoriais.

2.13 O apadrinhamento do hipertenso como uma estratégia de estímulo ao auto-

cuidado no controle da hipertensão descontrolada na comunidade de Monsenhor

Horta, Mariana/MG.

2.14 Curso de atualização em atendimento pré-hospitalar de urgências para

profissionais de saúde de Ouro Preto.

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2.15 Alternativas à terapêutica convencional: o benefício dos trabalhos em grupo para

pacientes em uso de psicofármacos.

2.16 Perfil nutricional dos indivíduos cadastrados no programa hiperdia.

2.17 Detecção de grupos de alto risco para doenças cardiovasculares – hiperdia.

2.18 “Kinsey dialoga com Freud que dialoga com Foucault”: estratégia de ensino da

sexualidade humana na disciplina de psicologia médica no curso de medicina em

Ouro Preto, Minas Gerais.

2.19 Histórico do apoio ao idoso carente no município de Ouro Preto, Minas Gerais.

2.20 Idosos institucionalizados: fatores associados a perdas na funcionalidade.

2.21 Síndrome do mutismo cerebelar.

2.22 Promoção a saúde em uma população de idosos do “Projeto Recriavida” em

Mariana – MG.

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PREFÁCIO

A integração estabelecida entre a Universidade Federal de Ouro Preto e o Sistema de Saúde do

município de Mariana e Ouro Preto, tem construído espaços ativos e significativos de

aprendizagem, iniciação ao trabalho e aperfeiçoamento em serviço no âmbito do Sistema Único

de Saúde. Essa integração busca ampliar a prática educacional na rede pública de serviços

básicos de saúde, proporcionando uma formação geral em diferentes cenários e serviços de

saúde nos quais o cuidado é realizado, incluindo a atenção primária no domicílio, em unidades

básicas de saúde e ambulatórios, assim como em outros equipamentos sociais como creches,

instituições para idosos, escolas, dentre outros.

Dessa forma, buscam-se construir novos saberes, a partir da articulação ensino - pesquisa -

comunidade, para melhor qualificação dos docentes, discentes, usuários e equipe técnica-

administrativa do sistema de saúde, proporcionando uma formação mais completa e efetiva,

objetivando a melhoria da saúde e, por extensão, da qualidade de vida da sociedade.

O V Encontro Didático-Científico teve como objetivo geral acolher reflexões, experiências e

pesquisas em saúde realizadas pelos estudantes e desta forma consolidar os conhecimentos

adquiridos no curso. O Encontro primou-se pela excelência dos trabalhos evidenciando o

compromisso de todos os envolvidos nas ações e intervenções realizadas junto às comunidades

dos distritos e da sede dos municípios de Mariana e Ouro Preto.

É com sentimento de um trabalho coletivo e audacioso que apresentamos a segunda edição do

Caderno de Resumos do Encontro Didático-Científico e expressamos nossas congratulações e

agradecimentos a todos os participantes e colaboradores.

PALMIRA DE FÁTIMA BONOLO

PRESIDENTE DA COMISSÃO ORGANIZADORA

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APRESENTAÇÃO ORAL DE TRABALHOS

FORMAS DE HUMANIZAÇÃO PARA O TRATAMENTO DE CÂNCER: SUPORTE

OFERECIDO PELAS CASAS DE APOIO

Pedro Marcos Silva e Gonçalves1

Michele Carolina de Araújo1

Cynthia Mairink Félix Da Silveira1

Helbert José da Silva1

Lívia Isabela de Oliveira1

Maria Cristina Fernandes Souza1

Helmuth Soares Goetz1

Palmira de Fátima Bonolo2

Introdução: Neste trabalho será abordada a assistência social oferecida pelas casas de apoio Amarela e

Rosa (nomes fictícios das casas de apoio) da cidade de Belo Horizonte. Dando ênfase à importância do

trabalho realizado por essas, que têm o objetivo de propiciar um ambiente acolhedor para pacientes e

familiares no decorrer do tratamento do câncer. Como proposta de intervenção foi utilizada a arte da

música como complemento das atividades oferecidas pela casa amarela.

Objetivo: Investigar as maneiras de humanização conferidas pelas casas de apoio amarela e rosa.

Métodos: Visitas nas duas casas de apoio, com realização de entrevistas com questionário para

voluntários, acompanhantes e funcionários, a fim de saber o funcionamento das casas. Além disso,

realizou-se uma intervenção por meio da música como atividade complementar na casa amarela.

Resultados: Decorrente do trabalho observou-se que as casas de apoios são fundamentais para

continuidade do tratamento, uma vez que o suporte conferido por essas, em sua maioria, destina-se para

pacientes de baixa renda do interior do estado e da própria cidade. Um ponto importante do aspecto

social, referente ao paciente acometido pelo câncer, é a convivência familiar que muda drasticamente com

a doença, principalmente quando esse tem que se deslocar de suas cidades para a capital do estado. A

convivência em seu núcleo familiar é afetada em conseqüência da luta contra a doença. Nesse contexto,

as casas de apoio, como a casa amarela e rosa, atuam como um suporte para as famílias e para o paciente

já que essas instituições se assemelham a um ambiente familiar.

Conclusão: Portanto, o suporte oferecido pelas casas de apoio Amarela e Rosa minimiza o estresse do

tratamento tanto para o paciente quanto para seus familiares, visando à humanização a partir de atividades

que contribuem para a qualidade de vida e bem estar desses.

1. Acadêmicos de Medicina da Universidade Federal de Ouro Preto. 2. Professor Adjunto do Departamento de Ciências Médicas da Universidade Federal de Ouro Preto.

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APRESENTAÇÃO ORAL DE TRABALHOS

EXPERIÊNCIA EDUCATIVA COM GRUPOS OPERATIVOS DE ATENÇÃO A SAÚDE DA

CRIANÇA EM UMA UNIDADE DE SAÚDE DE MARIANA - MG

Ana Luiza Leite Costa1

Fellype Rodrigues Freitas Lopes1

Gustavo Ferreira do Nascimento1

Lucas Leandro Araújo Silva1

Renato Gomes de Souza Nascimento1

Adriana Maria de Figueiredo2

Introdução: A desnutrição infantil é um problema mundial que assola milhões de famílias em

vulnerabilidade social. No Brasil, estima-se que crianças desnutridas representem 15,4% do total da

população infantil. Diante da gravidade dessa situação e através de uma experiência educativa com

grupos de atenção à criança em Mariana-MG, procuramos desenvolver formas de educação participativa

em saúde com grupos operativos envolvendo mães de crianças desnutridas. Objetivos: Melhorar a

interatividade entre profissionais e população por meio de estratégias participativas e lúdicas envolvendo

as mães. Métodos: Pesquisa bibliográfica para subsidio teórico para desenvolvimento de dinâmicas

adaptadas ao tema proposto pelo programa existente: “Os benefícios que a brincadeira e o entretenimento

trazem para o desenvolvimento da criança.” Dinâmicas de apresentação e avaliação também foram

realizadas. Houve auxilio da brinquedoteca da UFOP. Resultados: Os trabalhos interventivos foram

desenvolvidos em um período de dois meses, sendo que inicialmente foi realizada uma dinâmica de

apresentação com o intuito de conhecer melhor cada grupo, uma vez que os grupos eram diferentes e cada

um freqüentava mensalmente realizando rodízios semanais. No mês seguinte, estabelecemos uma

estratégia de educação popular em saúde, na qual realizamos um jogo de entrevistas com o intuito de

promover o aprendizado das mães acerca da importância da brincadeira e do entretenimento para o

desenvolvimento da criança, tema do mês vigente no programa já existente. Realização de uma roda de

discussões e dinâmica de avaliação. Conclusão: A aproximação entre profissionais de saúde e população,

historicamente pautada pela dicotomia entre o saber técnico e o saber popular, é beneficiada por ações

que levam em consideração a construção de espaços de diálogo e conhecimento, como as que foram

introduzidas pelo grupo com o suporte da metodologia da educação popular.

1. Acadêmicos de Medicina da Universidade Federal de Ouro Preto 2. Professor Adjunto do Departamento de Ciências Médicas da Universidade Federal de Ouro Preto

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APRESENTAÇÃO ORAL DE TRABALHOS

ENTEROPARASITOSES: PREVALÊNCIA, CONHECIMENTOS E PERCEPÇÕES DA

POPULAÇÃO DO DISTRITO DE CACHOEIRA DO CAMPO (OURO PRETO, MG)

Leandro César Soares Ferreira

1

Maíra Lucília Monteiro Ferreira 1

Rafaela Gontijo Manso1

Sâmara Corrêa Silva 1

Sanny Kemelly Miquelante Yoshida1

Kerlane Ferreira da Costa Gouveia2

Introdução: As enteroparasitoses constituem um problema de saúde pública mundial; e os parasitas

intestinais estão entre os patógenos de maior incidência nos seres humanos. Essas doenças podem afetar

o desenvolvimento do indivíduo, principalmente devido ao desequilíbrio nutricional a que levam.

Objetivos: Conhecer a prevalência das principais enteroparasitoses na localidade do Alto da Beleza, do

Distrito de Cachoeira do Campo e os conhecimentos e percepções da população sobre o tema. Métodos:

A comunidade do bairro Alto da Beleza participou da coleta de fezes para realização dos exames

parasitológicos. Foram aplicados questionários aos moradores do bairro, os quais contemplaram questões

sobre as parasitoses intestinais, sua forma de transmissão, prevenção e tratamento, questões referentes às

condições de moradia, tratamento de água e saneamento local. Foram realizados dois Grupos Operativos

na tentativa de transformar possíveis mitos e crenças relativos a essas doenças e incentivar a prevenção.

Resultados: Foram feitas entrevistas em 47 casas, as famílias entrevistadas possuem renda Média de 959

reais. A avaliação da utilização da água demonstrou que 80,9% a filtram antes de beber. Em relação à

conservação da água, 83,0% utilizam caixa d’água com tampa. Em 76,6% dos casos entrevistados

verificou-se o hábito de lavar alimentos com água natural e 12,8% o fazem com água e vinagre.

Interrogadas sobre os sintomas das parasitoses a maioria referiu-se a pelo menos um sintoma, sobre a

forma de transmissão de parasitoses a maioria das pessoas fez referência a pelo menos uma maneira de

pegar vermes. Conclusões: Através do estudo realizado pode-se evidenciar que a população avaliada

possui um bom nível de informação sobre parasitoses intestinais. Conhecer as pessoas dentro do seu

próprio ambiente, entender seus hábitos e crenças é uma forte estratégia para o estabelecimento de

alianças entre profissionais de saúde e a população.

1. Acadêmicos de Medicina da Universidade Federal de Ouro Preto 2. Professor Assistente do Departamento de Ciências Médicas da Universidade Federal de Ouro Preto

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APRESENTAÇÃO ORAL DE TRABALHOS

ANÁLISE QUALITATIVA DO PAPEL DA EDUCAÇÃO NO COMBATE À INCIDÊNCIA DE

VERMINOSES NO DISTRITO DE CACHOEIRA DO BRUMADO

Ana Cláudia Ramos Donatelli

1

Antônio Gilson Prates Júnior1

Diego Luiz Guimarães Lacerda1

Felipe Guilherme Nascimento Garcia1

Rodrigo Pastor Alves Pereira2

Introdução: As doenças diarréicas agudas e parasitoses intestinais são responsáveis por milhares de

mortes todos os anos. Estudos epidemiológicos e de intervenção demonstram a correlação entre

deficiências na educação em saúde e incidência de enteroparasitoses. Assim, optamos por uma

intervenção voltada à Educação em Saúde no distrito de Cachoeira do Brumado (CB) como possível

prática para redução da morbimortalidade associada ao problema. Objetivos: Conscientizar a população

em idade escolar e de usuários do posto de saúde em relação à transmissão, prevenção, ciclo de vida e

sintomas das principais enteroparasitoses presentes em CB. Métodos: Realizaram-se apresentações

acerca das verminoses mais recorrentes no distrito, precedidas de aplicação de questionário semi-

estruturado para subsidiar uma análise do conhecimento prévio da população-alvo sobre o tema em

questão. As apresentações foram sempre seguidas de dinâmicas para fixação do conteúdo, seja na escola

(cartazes, “quiz”) ou no posto de saúde (caixa de perguntas-surpresa). Para avaliação dos resultados

utilizou-se da aplicação, após as apresentações, de questionário com questões semelhantes ao anterior.

Resultados: A análise dos questionários iniciais revela que a população de CB apresentava conhecimento

prévio acerca das enteroparasitoses. A análise comparativa dos questionários não revelou aumento

significativo do conhecimento. Entretanto, pode-se perceber interesse pelas atividades educativas e relatos

de aumento da procura por atendimento na UBS pelos usuários. Discussão: Apesar de o questionário ter

mostrado pouco avanço no conhecimento, acredita-se que a ação educativa pode ter facilitado mudanças

comportamentais posteriores, seja na maior procura pelo posto de saúde ou maior higiene e cautela da

população. Conclusão: O caráter de conscientização foi cumprido, incluindo na rotina escolar e

comunitária práticas salutares profiláticas às verminoses. Por fim, o projeto foi capaz de estabelecer/

fortalecer vínculos entre a comunidade, o posto e a Universidade.

1. Acadêmicos de Medicina da Universidade Federal de Ouro Preto 2. Professor Assistente do Departamento de Ciências Médicas da Universidade Federal de Ouro Preto

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APRESENTAÇÃO ORAL DE TRABALHOS

UFOP MAIS SAÚDE: QUALIDADE DE VIDA

PARA A COMUNIDADE DE GLAURA

Dhyego Bonelle de Sousa

1

Evandro Guedes Gonçalves1

Marcella Barbosa Sampaio1

Palmira de Fátima Bonolo2

Introdução: Em Glaura, observamos que o principal problema a adesão aos tratamentos de hipertensão e

diabetes é o aspecto comportamental. Esse é complexo, fortemente influenciado pelo meio social e

abrange dimensões socioeconômicas, psicológicas e culturais do indivíduo. Assim um aumento no grau

de adesão significaria uma mudança de alguns maus hábitos da comunidade. Objetivo: Reforçar a

prevenção e tratamento da hipertensão arterial através de estímulo a mudança dos hábitos de vida com

dieta adequada, prática de exercícios físicos, eventos de promoção à saúde e controle desses dados através

da vigilância epidemiológica e reforçando parcerias com Secretaria de Saúde e outras Secretarias.

Metodologia: Inicialmente fez-se uma dinâmica de apresentação. Em seguida, foi aplicado um

questionário em que se pode aferir o hábito alimentar e a freqüência de exercícios físicos praticados pelos

entrevistados. Embasados nesses dados, foram realizados pela equipe ações efetivas, tais como:

caminhadas comunitárias, oficinas de alimentação saudável e grupos operativos. Finalmente, a fim de

qualificar a eficácia do projeto foi realizado um novo questionário onde foram averiguados os mesmos

aspectos do primeiro. Resultados: Mudança nos hábitos de vida da parcela participante da comunidade no

projeto. Tais mudanças incluem principalmente no hábito alimentar e no aumento na frequência de

práticas de exercícios físicos. Conclusão: A hipertensão arterial e diabetes constituem-se em relevante

problema de saúde pública e a população atendida no PSF- Caminho dos Diamantes não constitui uma

exceção a essa regra. Em virtude do caráter crônico dessas doenças, os pacientes têm seus hábitos

cerceados e muitas vezes esse é o motivo que leva a taxas elevadas de não adesão. O tratamento para

essas enfermidades constitui além do aspecto farmacêutico, grade preocupação com o fator cultural que

engloba os hábitos alimentares e exercícios físicos regulares.

1. Acadêmicos de Medicina da Universidade Federal de Ouro Preto 2. Professor Adjunto do Departamento de Ciências Médicas da Universidade Federal de Ouro Preto

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APRESENTAÇÃO ORAL DE TRABALHOS

INTERSETORIALIDADE: ATUAÇÃO CONJUNTA DA PASTORAL DA CRIANÇA E DO SUS

NA PROMOÇÃO DA SAÚDE INFANTIL NO DISTRITO DE PASSAGEM DE MARIANA

Mariana Fajardo de Oliveira1

Vanessa Nogueira de Paiva1

Adriana Maria Figueiredo2

Introdução: A intersetorialidade é descrita como: “(...) articulação entre sujeitos de setores sociais

diversos e, portanto, de saberes, poderes e vontades diversos, para enfrentar problemas complexos”

(REDE UNIDA, 2004). Por meio dessa definição, fica clara a importância da atuação de

organizações sociais como a Pastoral da Criança (PC) para a promoção da saúde da população.

Objetivos: Verificar como setores diferentes da sociedade (PC e o SUS) interagem no

acompanhamento e desenvolvimento infantil. Além disso, verificar a efetividade do trabalho da PC

nos seguintes aspectos: combate à desnutrição infantil, acompanhamento pré-natal e realização de

ações educativas. Buscando entender como a intersetorialidade contribui para melhorar a qualidade

de vida da população infantil do distrito de Passagem de Mariana. Métodos: Os alunos participaram

das atividades realizadas pela PC: visitas domiciliares, fabricação da farinha multi-mistura, pesagem

das crianças e acompanhamento das gestantes. Foram elaborados questionários com perguntas sobre

a atuação da PC e da UBS no local, esse questionário foi aplicado às líderes da Pastoral e aos

funcionários do centro de saúde. Resultados: Foi observada uma relação informal entre as entidades

analisadas, sendo que essa interação se dá, principalmente, por meio da atuação de uma profissional

que integra as duas equipes. No tocante à atuação da PC no distrito, a adesão popular é grande, foi

observado que a farinha multi-mistura é bem aceita pela população, o acompanhamento das gestantes

e das crianças é feito de forma efetiva. No entanto, não há projetos educativos organizados pela PC.

Conclusões: Embora as ações das entidades sejam eficientes até certo ponto, a integração delas

poderia contribuir para aumentar de forma significativa a promoção da saúde infantil, uma vez que a

PC consegue entender melhor a comunidade e com ela criar um vínculo forte. Para isso, os

funcionários do posto precisam conhecer melhor a atuação da PC e vice-versa.

1. Acadêmicos de Medicina da Universidade Federal de Ouro Preto 2. Professor Adjunto do Departamento de Ciências Médicas da Universidade Federal de Ouro Preto

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APRESENTAÇÃO ORAL DE TRABALHOS

ESTUDO DESCRITIVO DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE NO MUNICÍPIO DE OURO

PRETO

Camila de Alcântara Casagrande Castro1

César Augusto Nunes Costa1

Diógenes Coelho Júnior1

Gabriela Miranda Mendes1

Humberto Rodrigues Parreira1

Rodrigo Vieira Gomes1

Tânia Mara Quintão Castro1

Rodrigo Pastor Alves Pereira2

INTRODUÇÃO Após a implementação do Sistema Único de Saúde (SUS), houve um fortalecimento da

Atenção Básica à Saúde (ABS), por meio de medidas enfatizadoras da integralidade no cuidado à saúde.

Entre elas, observou-se a criação do Programa Saúde da Família (PSF) em 1994 e sua contínua expansão

nacional. Em Ouro Preto, o PSF iniciou-se em 1998 com equipes na zona rural. Em 2008, após a

estruturação de 10 PSF’s rurais, 9 equipes foram implementadas no núcleo histórico, como forma de

fortalecer o gerenciamento e ampliar a resolutividade da ABS. OBJETIVO Analisar a estrutura

organizacional da ABS de Ouro Preto. MÉTODOS Foi realizada entrevista semi-estruturada com

informante-chave da gestão da Atenção Primária à Saúde (APS) do município, utilizados dados do

DATASUS e arquivos da Secretaria Municipal de Saúde cedidos pela gestora. RESULTADOS A análise

temática da entrevista e dos dados secundários possibilitou a descrição do acesso geográfico e sócio-

organizacional da rede, o vínculo dos profissionais, o elenco de serviços das unidades básicas e as

necessidades de educação permanente. DISCUSSÃO A rede parece ter boa integralidade, com vários

procedimentos e profissionais necessários para os atendimentos. Em relação à acessibilidade, os dados

sugerem dificuldades com o deslocamento das equipes e ressaltam a necessidade de ampliação do horário

de atendimento das unidades e de melhorias em sua estrutura física. A porta de entrada do SUS parece

não ocorrer prioritariamente pelas UBS’s, e a rotatividade dos profissionais parece fragilizar o vínculo

profissionais/população. A gestão municipal parece valorizar a educação permanente, oferecendo cursos

de aperfeiçoamento e especialização para capacitação dos profissionais. Não obstante, a abordagem

comunitária e familiar pelas equipes não é rotineira, sugerindo necessidade de capacitação nessa área.

CONCLUSÃO O trabalho proporcionou conhecimento sobre a APS do município, ressaltando a

possibilidade de sinergia de ações do curso de Medicina da UFOP e a gestão local.

1. Acadêmicos de Medicina da Universidade Federal de Ouro Preto 2. Professor Assistente do Departamento de Ciências Médicas da Universidade Federal de Ouro Preto

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APRESENTAÇÃO ORAL DE TRABALHOS

EDUCAÇÃO POPULAR EM SAÚDE: UMA INTERLOCUÇÃO AFETIVO-SEXUAL COM OS

JOVENS DA ESCOLA MUNICIPAL DR. BENEDITO XAVIER

Daniela Fernanda de Almeida Santos 1

Edith Márcia Valadares Silva1

Otávio Montovanelli Monteiro1

Raphael Botelho Sá1

Palmira de Fátima Bonolo2

Introdução: O Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde foi criado para facilitar o processo de

integração entre ensino e serviços de saúde. Sob a ótica desse programa, realizou-se uma pesquisa-ação

em conjunto com o Centro de Saúde e a escola de Glaura, um distrito de Ouro Preto-MG. 123 alunos da

escola, entre 12 e 18 anos, participaram de encontros semanais, que se iniciaram em maio deste ano e

terminarão em dezembro. Objetivos: Promover a integração Universidade-Escola-Comunidade-Centro de

saúde; construir vínculo com os adolescentes, intercambiando consciências com os mesmos; desenvolver

a autonomia do cuidado com os estudantes. Metodologia: Inicialmente, utilizou-se um questionário com

o intuito diagnóstico e de avaliação do trabalho. As intervenções realizadas foram dirigidas à luz da visão

freiriana de educação popular, pautando-se pela horizontalidade da relação entre os acadêmicos, o médico

do centro de saúde e os adolescentes, na qual todos ensinavam e aprendiam conjuntamente. Os temas

abordados nas diversas atividades em grupo foram escolhidos, com ampla participação, pelos próprios

alunos da escola. Higiene, auto-estima, gripe suína e, principalmente, sexualidade foram os assuntos mais

enfocados. A partir deles, fez-se uma proposta de elaboração de ferramentas didáticas pelos próprios

estudantes, na espera que eles pudessem multiplicar o conhecimento adquirido. Resultados: Criou-se um

cenário de integração entre a Universidade-Escola-Comunidade-Centro de saúde; promoveu-se a

autonomia do cuidado com os estudantes; estabeleceu-se vínculo com a comunidade; aproximou-se os

acadêmicos aos cenários de prática de promoção da saúde. Conclusão: O trabalho desenvolvido cumpre

a função primeira da criação do Pet-Saúde: ambienta o aprendizado médico nos serviços de saúde e nas

comunidades de seu entorno. Por fim, vale destacar a relevância da interlocução entre os alunos e os

acadêmicos realizada nos bastidores das intervenções: a principal responsável pelo vínculo criado, pelos

conhecimentos trocados e pelas saudades guardadas e deixadas.

1. Acadêmico de Medicina da Universidade Federal de Ouro Preto

2. Professor Adjunto do Departamento de Ciências Médicas da Universidade Federal de Ouro Preto

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APRESENTAÇÃO ORAL DE TRABALHOS

A QUALIDADE DA COMUNICAÇÃO MÉDICO-PACIENTE: REFLEXO NAS ESTRATÉGIAS

TERAPÊUTICAS

Luís Fernando Resende Marques

1

Guilherme Freitas Bernardo Ferreira1

Lahis Cristina Bragança e Souza1

Diogo Ruza de Queiroz1

Davi Gasparini Baraldi1

Eduardo Marrara Brandão1

Ivan Batista Coelho2

A Medicina, apesar de sua base teórica acerca da morfofisiologia humana, ultrapassa a premissa de

simplesmente curar, tendo como alicerce a ciência do homem, um ser amplo e, portanto, devendo ser

visto como tal. Assim, o contexto científico acerca da medicina e do médico seria irrelevante caso não

houvesse uma relação interpessoal entre médico e paciente. Isso é endossado pela aplicação do modelo

biopsicossocial, que viabiliza, além da análise fisiológica/biológica do processo de doença, os seus

aspectos psicológicos e sociais. Por meio de uma revisão literária e da realização de entrevistas com

profissionais da área e com pacientes, este trabalho visa observar se o modelo biopsicossocial se aplica à

realidade do atendimento médico e busca compreender a relevância desse fato na terapêutica.As

entrevistas tiveram um enfoque qualitativo, e pudemos observar certas diferenças quanto aos relatos dos

pacientes e dos médicos: os profissionais da saúde relataram que atendem focando uma boa relação com o

paciente, buscando, principalmente a comunicação e o entendimento mútuo como prevê o modelo

biopsicossocial. Por outro lado, quando os pacientes foram incentivados a falar sobre o assunto, alguns

relatos confrontaram e outros endossaram o discurso do médico – inclusive em relação a um mesmo

médico. Assim, pudemos observar que o modelo teórico proposto para a relação médico-paciente não tem

sido implantado, revelando uma falha na comunicação, haja vista que muitos pacientes estavam

insatisfeitos enquanto os médicos diziam se esforçar para seguir o modelo. Essa falha pode ser observada

nos dois lados da relação e, consequentemente, prejudica a formação da aliança terapêutica que, mal

estabelecida, compromete a adoção e a aplicação das estratégias terapêuticas. Dessa forma, pode ocorrer

ineficácia do tratamento, que, assim, não ameniza o sofrimento do paciente e invalida parcialmente o

trabalho do médico.

1. Acadêmicos de Medicina da Universidade Federal de Ouro Preto 2. Professor Adjunto do Departamento de Ciências Médicas da Universidade Federal de Ouro Preto

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APRESENTAÇÃO ORAL DE TRABALHOS

TALCOSE PULMONAR EM TRABALHADORES DE PEDRA SABÃO NO MUNICÍPIO

DE OURO PRETO: UMA ABORDAGEM PRÉ E PÓS-INTERVENÇÃO

Carolina Silva Bernardes

1

Flávia Assad Gostaldon1

Lorena de Souza Bueno1

Marina Costa Jonas1

Patrícia Toledo Lustosa de Andrade1

Rogério Magno do Nascimento Filho1

Márcio Antônio Moreira Galvão2

Em Ouro Preto, conhecida pela riqueza cultural, destaca-se o artesanato de pedra-sabão. Em localidades

como Mata dos Palmitos, distrito de Santa Rita de Ouro Preto, famílias dedicam-se à manufatura da

pedra-sabão e têm essa atividade como fonte de renda. No processo produtivo, além de acidentes, há

desprendimento de pó, que provoca distúrbios respiratórios, como Talcose, causada pela deposição de

partículas de talco nos pulmões. Além disso, a população está vulnerável a problemas de saúde

relacionados à falta de saneamento básico e infra-estrutura. Objetiva-se com esse trabalho: analisar o

estudo idealizado pela Professora Olívia Maria de Paula Alves Bezerra, que descreve as condições de

vida, produção e saúde de mineiros e artesãos em pedra-sabão em Ouro Preto; avaliar a realidade local

após intervenção desse estudo. Para isso, apresentaremos dados e resultados da investigação da professora

e informações obtidas em entrevistas padronizadas com a autora do trabalho e com os moradores. O

cenário pré-intervenção apresentava problemas sócio-econômicos e más condições de trabalho, que

acarretam problemas de saúde. A intervenção resultou na construção de uma Unidade-Piloto que prevê a

instalação de equipamentos para redução de poeira, acidentes e a melhoria da situação laboral, como

também a realização de cursos de capacitação dos artesãos e orientação para uso de EPIs. No pós-

intervenção, observa-se descaso quanto a medidas de prevenção, devido a evolução lenta e assintomática

da Talcose. Além disso, foi constatado inexistência de atendimento pneumológico na cidade, bem como

dificuldade de encontrar equipamentos e técnicos especializados para realização e interpretação dos

exames radiográficos. Assim, é necessário melhor estruturação do serviço público de saúde, para

diagnosticar a doença e promover conscientização da população, como também implementação de

medidas que melhorem as condições de vida dos habitantes e ofereçam suporte para continuação de seu

trabalho de maneira mais saudável.

1. Acadêmicos de Medicina da Universidade Federal de Ouro Preto 2. Professor Associado do Departamento de Ciências Médicas da Universidade Federal de Ouro Preto

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APRESENTAÇÃO ORAL DE TRABALHOS

REFORMA PSIQUIÁTRICA: ESTUDO DE CASO EM HOSPITAIS PSIQUIÁTRICOS E

SERVIÇOS ASSISTENCIAIS DE SAÚDE COM ENFOQUE NO PACIENTE

Armanda Resende1

Diego Pires de Melo1

Igor Belo Fernandes1

Ludmylla Gomes Neves1

Priscilla Bedeschi Araújo1

Saulo Ribeiro de Rezende Júnior1

Márcio Antônio Moreira Galvão2

O processo de Reforma Psiquiátrica no Brasil está inscrito no contexto internacional de mudanças em

relação à violência em asilos. Vários movimentos se fizeram presentes nesse contexto, procurando

modificar os então “Porões da Loucura”, tirando-lhes a função de depositário e possibilitando a eles

realmente promover alguma forma de saúde. A Política de Saúde Mental tem como uma de suas

principais diretrizes a reestruturação da assistência hospitalar psiquiátrica, objetivando a redução contínua

e programada de leitos em hospitais psiquiátricos, com a garantia da assistência destes pacientes na rede

de atenção extra-hospitalar, buscando sua reinserção no convívio social. O objetivo do trabalho é fazer

uma análise desse processo ainda em curso, mostrando o que muda nas instituições, na sociedade e,

principalmente, o que isso traz como consequências para o cotidiano de pessoas portadoras de sofrimento

psíquico. É feita também uma avaliação das redes de atendimento comunitário, que vêm para possibilitar

a redução de leitos e a desospitalização propostas pela Reforma Psiquiátrica, redes estas compreendidas,

especialmente, por CAPS e Residências Terapêuticas. O método de realização do trabalho se baseia,

principalmente, em visitas às instituições de saúde mental nas regiões de Ouro Preto, Mariana e Belo

Horizonte, mas foram utilizadas também pesquisas bibliográficas. Como resultado, temos correlacionadas

algumas características de Hospitais Psiquiátricos e CAPS que diferem ou assemelham entre si e como

contribuem para o atendimento à população, possibilitando a nós a conclusão de que não se pode haver

radicalismo quando se trata do campo da saúde mental, ou seja, não se deve simplesmente propor a

substituição dos Hospitais Psiquiátricos pela rede extra-hospitalar, mas sim uma ação conjunta e integrada

entre os modelos hospitalocêntricos e de base comunitária, cada um com suas características específicas

que contribuem para a melhor prestação de serviço à população.

1. Acadêmicos de Medicina da Universidade Federal de Ouro Preto

2. Professor Associado do Departamento de Ciências Médicas da Universidade Federal de Ouro Preto

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APRESENTAÇÃO ORAL DE TRABALHOS

“PROJETO CONVIVER”: A INFLUÊNCIA DE GRUPOS DE CONVIVÊNCIA NA VIDA DA

POPULAÇÃO IDOSA

Bernardo Pinto Coelho Keuffer Mendonça1

Débora Camargos de Lima1

Thiago Pereira Andrade1

Luiz Felipe Miranda Mendes1

Palmira de Fátima Bonolo2

Introdução: Os grupos de convivência para idosos acarretam na promoção do envelhecimento ativo

e preservação das capacidades e do potencial do indivíduo idoso. Desse modo, criou-se o Grupo

ConViver direcionado principalmente para a população idosa da comunidade do Catete (bairro de

Santo Antônio do Leite – Distrito de Ouro Preto), na qual observam-se índices de ansiedade e

depressão relevantes, conforme evidenciados por profissionais da área da saúde mental da região. Objetivo: O Grupo ConViver visa interferir positivamente no bem-estar mental de seus participantes,

através de oficinas que valorizem o convívio e promovam um envelhecimento ativo, ou seja, um

envelhecimento que preserve a capacidade física e psíquica dos idosos. Metodologia: O trabalho foi

realizado por meio de oficinas operativas desenvolvidas ao longo de várias semanas, sempre

abordando ou executando temas diferentes. Atividade física e alongamentos; música e dança; jogos;

alimentação saudável; discussão sobre ansiedade e depressão foram algumas das práticas executadas

nas oficinas. Ao final do projeto foi realizada uma conversa na qual cada participante relatou a

interferência desses grupos operativos em suas vidas. Dessa forma, foi possível obter informações

acerca da influência do Grupo ConViver na vida de seus integrantes. Resultados: Criou-se um forte

vínculo entre os integrantes do Grupo ConViver; promoveu-se um intercambio de conhecimentos;

houve adesão de grande parte da população às oficinas, apesar de não ser a totalidade dos

necessitados; houve a adoção pela comunidade de alguns hábitos de vida mais saudáveis; aproximou-

se os acadêmicos aos cenários de prática de promoção da saúde; Conclusão: Os resultados obtidos

demonstram que de fato os grupos operativos promovem o bem-estar dos idosos, estimulando a

socialização a partir da convivência de seus integrantes. Além disso, o Grupo ConViver propiciou a

interlocução entre os idosos e os acadêmicos, sendo esta a principal responsável pelas experiências

trocadas, pelo vínculo criado e pelas amizades concretizadas.

1. Acadêmicos de Medicina da Universidade Federal de Ouro Preto 2. Professor Adjunto do Departamento de Ciências Médicas da Universidade Federal de Ouro Preto

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APRESENTAÇÃO ORAL DE TRABALHOS

ÁGUA E SAÚDE: ALCANCES E LIMITES DAS POLÍTICAS PARA GARANTIR A

QUALIDADE DA ÁGUA EM OURO PRETO, MG

Ananda Christiny Silvestre Morais1

Débora Londe Moura1

Fernanda Carolina Moreira Rocha1

Ivy Carolina Pereira de Oliveira1

Sarah Mendonça Mendes de Souza1

Tayana Moreira de Faria1

Adriana Maria de Figueiredo2

Introdução: Segundo a OMS, a água é considerada potável quando apresenta concentração de sais

inferior a 500 ppm, e não deve oferecer riscos à saúde de quem a consome. A oferta adequada de água

deve ser de quantidade suficiente para atender a todas as necessidades domésticas, estar disponível

continuamente e ter um custo acessível. A maioria dos governos, no entanto, não tem investido o

suficiente para que essas condições sejam efetivadas. Aproximadamente, 1,1 bilhões de pessoas não têm

fornecimento adequado de água potável e 6,3% das mortes ainda são causadas por doenças decorrentes da

má qualidade da água. No município de Ouro Preto, uma vez que essa questão é delicada, faz-se

necessária uma análise aprofundada sobre o assunto. Objetivos: Analisar a qualidade da água de Ouro

Preto e associá-la à sua influência na saúde da população, baseando-se nas políticas de tratamento,

distribuição, acompanhamento parasitológico e físico-químico da água do município. Métodos: Foram

utilizados dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), do DataSUS, do VigiÁgua-OP, de teses e

dissertações referentes à qualidade da água. Em complemento, foram realizadas visitas ao órgão de

Serviço Municipal de Água e Esgoto de Ouro Preto (SEMAE) e à Estação de Tratamento de Água (ETA)

de Itacolomi. Resultados: O município de Ouro Preto conta com o programa de acompanhamento

parasitológico da água (VigiÁgua), além de uma autarquia municipal responsável pelo fornecimento,

manutenção e execução dos serviços de água e esgoto do município (SEMAE). Existem teses e

dissertações universitárias referentes às condições físico-químicas que apontam a presença de arsênio na

água de Ouro Preto. Conclusões: A partir de análises e pesquisas realizadas constatou-se que existem em

Ouro Preto projetos de controle da qualidade da água. Estes, no entanto, deveriam ser mais efetivos,

abrangendo maior parcela da população e otimizando o tratamento e as análises da água.

1. Acadêmicos de Medicina da Universidade federal de Ouro Preto 2. Professor Adjunto do Departamento de Ciências Médicas da Universidade Federal de Ouro Preto

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APRESENTAÇÃO ORAL DE TRABALHOS

DOE VIDROS, DOE VIDA:

UMA CAMPANHA DE INCENTIVO AO ALEITAMENTO MATERNO

Alyne Hoth Trindade1

Amanda de Assis Silveira1

Camila Nicolela Geraldo Martins1

Caroline Guimarães Dantas de Siqueira1

Luiza Gonçalves Martins1

Ramine Almeida Torreão Mota1

Palmira de Fátima Bonolo1

Motivado pela visita à Santa Casa de Ouro Preto, o grupo optou pelo tema aleitamento materno. Ao

conhecer o Banco de Leite Humano (BLH) e a necessidade de recipientes adequados para o

armazenamento do leite doado, idealizou-se uma campanha a fim de arrecadá-los por meio da

mobilização da população. Foram realizadas entrevistas com a coordenadora do Banco de Leite Rotary da

Amizade da Santa Casa da Misericórdia, duas ex-doadoras de leite, residentes em Ouro Preto e o

ginecologista e professor da Universidade Federal de Ouro Preto. Pesquisou-se sobre as vantagens do

aleitamento e problemas que podem impedi-lo, sobre o funcionamento do BLH e do Hospital Amigo da

Criança. Por fim, realizou-se uma campanha para arrecadação de recipientes ideais para o armazenamento

do leite doado ao BLH, cujo lema é “Doe vidros, doe vida: uma campanha de incentivo ao aleitamento

materno”. Incentivar o aleitamento materno por meio da informação e conscientização da população a

respeito de quão imprescindível é a amamentação natural, ao menos durante os primeiros seis meses de

vida da criança. Arrecadar potes de vidro adequados para a manutenção do leite via campanha. Até o dia

11 de dezembro a campanha realizada resultou na arrecadação de 36 potes de vidro que serão repassados

ao Banco de Leite Rotary da Amizade da Santa Casa da Misericórdia. A campanha acontece até o dia 15

de dezembro de 2009, portanto esse número pode aumentar. O aleitamento é essencial para a promoção

da saúde do bebê e bem-estar da mãe, por isso a orientação a partir dos profissionais de saúde e a

participação da comunidade são imprescindíveis. A campanha realizada contribuiu para a concretização

do objetivo do trabalho, uma vez que a escassez de frascos pode prejudicar a doação e o funcionamento

do BLH.

1. Acadêmicos de Medicina da Universidade federal de Ouro Preto

2. Professor Adjunto do Departamento de Ciências Médicas da Universidade Federal de Ouro Preto

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APRESENTAÇÃO ORAL DE TRABALHOS

CUIDADOS EM SAÚDE NA GRAVIDEZ COM ENFOQUE À GESTANTE ADOLESCENTE NA

UNIDADE DE SAÚDE DE CABANAS, MARIANA - MG

Bárbara Furquim Werneck Campos Valadão1

Lídia de Souza Braz1

Talitha Cristina Maletta de Moura1

Simone Floresta Leal1

Adriana Maria de Figueiredo2

Introdução: Segundo a OMS, a água é considerada potável quando apresenta concentração de sais

inferior a 500 ppm, e não deve oferecer riscos à saúde de quem a consome. A oferta adequada de água

deve ser de quantidade suficiente para atender a todas as necessidades domésticas, estar disponível

continuamente e ter um custo acessível. A maioria dos governos, no entanto, não tem investido o

suficiente para que essas condições sejam efetivadas. Aproximadamente, 1,1 bilhões de pessoas não têm

fornecimento adequado de água potável e 6,3% das mortes ainda são causadas por doenças decorrentes da

má qualidade da água. No município de Ouro Preto, uma vez que essa questão é delicada, faz-se

necessária uma análise aprofundada sobre o assunto. Objetivos: Analisar a qualidade da água de Ouro

Preto e associá-la à sua influência na saúde da população, baseando-se nas políticas de tratamento,

distribuição, acompanhamento parasitológico e físico-químico da água do município. Métodos: Foram

utilizados dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), do DataSUS, do VigiÁgua-OP, de teses e

dissertações referentes à qualidade da água. Em complemento, foram realizadas visitas ao órgão de

Serviço Municipal de Água e Esgoto de Ouro Preto (SEMAE) e à Estação de Tratamento de Água (ETA)

de Itacolomi. Resultados: O município de Ouro Preto conta com o programa de acompanhamento

parasitológico da água (VigiÁgua), além de uma autarquia municipal responsável pelo fornecimento,

manutenção e execução dos serviços de água e esgoto do município (SEMAE). Existem teses e

dissertações universitárias referentes às condições físico-químicas que apontam a presença de arsênio na

água de Ouro Preto. Conclusões: A partir de análises e pesquisas realizadas constatou-se que existem em

Ouro Preto projetos de controle da qualidade da água. Estes, no entanto, deveriam ser mais efetivos,

abrangendo maior parcela da população e otimizando o tratamento e as análises da água.

1. Acadêmicos de Medicina da Universidade federal de Ouro Preto 2. Professor Adjunto do Departamento de Ciências Médicas da Universidade Federal de Ouro Preto

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POSTERES

BASES NEUROANATÔMICAS E CONSIDERAÇÕES CLÍNICAS SOBRE A SÍNDROME DA

NEGLIGÊNCIA UNILATERAL

Simone Floresta Leal

1

Ana Cláudia Ramos Donatelli1

Edith Márcia Valadares Silva1

Fellype Rodrigues Freitas1

Luciana Hoffert Castro Cruz2

Introdução: O Acidente Vascular Encefálico, caracterizado como uma doença neurológica causada por

morte tecidual, pode estar associado a diversas complicações clínicas. Caso ocorra necrose do lobo

temporo-parietal, do córtex cerebral, a complicação será, em 40% dos pacientes, a síndrome da

negligência unilateral (SNU) ou heminegligência. Essa está relacionada ao deslocamento da atenção

devido ao excesso de atividade do hemisfério íntegro em relação ao lesado. A sintomatologia pode variar

desde respostas diminuídas a estímulo sensorial até distorções graves da percepção. Objetivos: Investigar

e analisar as bases neuroanatômicas da SNU, sua sintomatologia e seus variantes clínicos. Metodologia:

Levantamento bibliográfico acerca das características, sintomatologia e tratamento da SNU, nas bases de

dados Pubmed e Scielo, além de leitura de livros-texto sobre neurociência. Resultados: A SNU ocorre

devido ao acometimento do lobo temporo-parietal, geralmente o direito, podendo estar associado a lesões

do lobo frontal, córtex do cíngulo, tálamo e núcleos da base. Como essa região é a responsável pela

atenção e exploração do espaço, haverá inabilidade do indivíduo em registrar, integrar, ou responder a

eventos provenientes do hemicorpo ou hemiespaço contralateral à lesão cerebral. Podem ser observados

nas atividades diárias desses pacientes, distúrbios de imagem corporal e distorções visuo-espaciais. Além

disso, complicações como perda do controle emocional e do campo visual podem ocorrer. Os tipos

clínicos da doença são: negligência sensorial (diminuição das respostas a estímulos sensoriais),

negligência motora (desordem de ação/intenção de movimento), desordens de representação mental

(distorções de percepção e concepção). Conclusão: O diagnóstico pode ser feito pela avaliação

neuropsicológica com testes específicos. Observa-se relativa melhora em pacientes submetidos à

estimulação da atenção espacial, com pistas visuais e auditivas que solicitam exploração/utilização do

campo visual e hemicorpo negligenciado. Como o sistema nervoso possui plasticidade, algumas

informações a respeito da organização dos objetos podem ser enviadas por neurônios adjacentes à lesão.

1. Acadêmicos de Medicina da Universidade Federal de Ouro Preto

2. Professora Substituta do Departamento de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Ouro Preto

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POSTERES

DOR DO MEMBRO FANTASMA:

PRINCÍPIOS NEUROLÓGICOS DE UMA SÍNDROME ILUSÓRIA, MAS REAL.

Daniela Fernanda de Almeida Santos

1

Marcella Barbosa Sampaio1

Talitha Cristina Maletta de Moura1

Marcos Rodrigues da Silva.1

Luciana Hoffert Castro Cruz2

Introdução: Em indivíduos amputados observa-se grande incidência do fenômeno do membro

fantasma, transtorno caracterizado pela sensação, percepção e cinesia deste membro, com alto grau

de realidade. A dor do membro fantasma corresponde à sensação causada pelo estímulo de áreas

próximas à amputada, por meio da despolarização de vias álgicas e interpretação pelo córtex cerebral

desta informação como sendo proveniente da região amputada. Objetivos: Analisar os princípios

neuroanatômicos e neurofisiológicos envolvidos nesse fenômeno, correlacionando-os à

sintomatologia apresentada pelos pacientes, além de investigar as propostas terapêuticas destinadas

aos portadores dessa afecção. Metodologia: Foi realizado levantamento bibliográfico na base de

dados Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e livros textos nas línguas portuguesa, inglesa e espanhola.

Foram utilizados os seguintes descritores: amputação (amputation), membro fantasma (phantom

limb), dor do membro fantasma (pain) e neuroma (neurom). Resultados: Quando um nervo é

estimulado ao longo de seu trajeto, a sensação dolorosa é sentida não no ponto estimulado, mas no

território cortical que ele inerva. Em pacientes amputados, áreas corticais adjacentes assumem a

função do território sensorial responsável pela região amputada, graças à plasticidade cerebral. Como

conseqüência tem-se a dor fantasma, assim denominada por ser sentida em um membro que não

existe. No coto de amputação também podem ser originados neuromas, ramificações de axônios que

crescem desorganizadamente e são locais de descargas ectópicas agravantes do quadro álgico. A dor

neuropática percebida por indivíduos amputados pode ser resultante de fatores fisiológicos e

psíquicos. Dessa forma, a abordagem terapêutica implica técnicas não-invasivas como acupuntura,

fármacos, psicoterapia e invasivas, por exemplo, a remoção cirúrgica dos neuromas. A abordagem

preventiva baseia-se no bloqueio epidural pré-operatório com morfina. Conclusão: Uma vez que

vários pacientes amputados apresentam a dor fantasma, faz-se necessária maior compreensão das vias

neuroanatômicas e mecanismos fisiológicos desse sintoma para que a abordagem terapêutica seja

mais eficaz.

1. Acadêmicos de Medicina da Universidade federal de Ouro Preto

2. Professora Substituta do Departamento de Ciências Médicas da Universidade Federal de Ouro Preto

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POSTERES

DINÂMICA RELACIONAL FAMILIAR EM CONTEXTO DE VULNERABILIDADE SOCIAL

Maria Eugênia Silveira

1

Fernanda Valério Henriques1

Laís Silva Andrade2

Mariana Santos2

Palmira de Fátima Bonolo3

Introdução: O programa Bolsa Família beneficia famílias em situação de pobreza que tenham crianças

de até 15 anos de idade matriculadas na escola. Estudos apontam que programas que visem melhorar a

renda familiar aumentam o número de crianças matricludas e melhoram o estado nutricional e de saúde

das crianças. O genograma facilita a visualização do perfil familiar e permite compreender as mudanças

alimentares e desempenho escolar das famílias que recebem o benefício. Objetivos: Realização de

genograma a fim de identificar possíveis mudanças nos hábitos alimentares de famílias beneficiadas ou

não com o Programa Bolsa Família no Distrito de Cachoeira do Campo, Ouro Preto-MG. Métodos:

Aplicação de questionário a duas famílias (uma beneficiada pelo PBF e outra não) e posterior construção

de genograma. Resultados: Com o Genograma foi possível identificar fatores que influenciam a relação

entre os membros da família e sua influência tanto na alimentação quanto no rendimento escolar. Com o

benefício Bolsa Família, foi declarado aumento no consumo de alimentos como leite e frutas, assim como

de produtos industrializados. Conclusão: As relações familiares são afetadas pelas condições precárias de

moradia e alimentação, assim, o programa Bolsa Família é importante para melhorar as condições de

vida destas. Porém, é necessário manter e aprofundar o programa associando-o a outras políticas públicas

capazes de melhorar as condições de saúde e bem estar das famílias mais vulneráveis. O genograma

possibilitou definir os vínculos familiares, o que serve como ferramenta para implementação de

atividades que visem a promoção da saúde.

1. Acadêmicos de Medicina da Universidade Federal de Ouro Preto 2. Acadêmicos de Nutrição da Universidade Federal de Ouro Preto

3. Professora Ajunta do Departamento de Ciências Médicas da Universidade Federal de Ouro Preto

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POSTERES

A SAÚDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE COMO UMA QUESTÃO SOCIAL

Fernanda Valério Henriques1

Ana Yin Yin Mao1

Janaíssa Mara Neto Diniz Ribeiro1

Maria Eugênia Silveira1

Thiago Roberto da Silva1

Palmira de Fátima Bonolo2

Introdução: A saúde e o bem-estar da criança e do adolescente não é somente uma questão médica; é

uma questão social. Uma boa saúde remete uma dimensão importante da qualidade de vida. Objetivos:

Desenvolver atividades que visem à promoção da saúde, principalmente no que tange a sexualidade, de

crianças e adolescentes do CAIC de um distrito de Ouro Preto, Minas Gerais, no período de abril a junho

de 2009. Métodos: Para a realização do trabalho, utilizou-se uma caixa onde os participantes deixaram

por escrito dúvidas sobre o assunto a ser abordado tendo, assim, participação ativa na maneira como o

tema poderia ser trabalhado. Tanto no grupo das crianças quanto no grupo dos adolescentes, o trabalho foi

desenvolvido por meio de dinâmicas e aulas realizadas ao longo de cinco encontros. Resultados:

Percebeu-se que as dúvidas dos adolescentes se relacionavam a aspectos fisiológicos dos sistemas

reprodutores e relacionados à menstruação, gravidez e DSTs. Com as crianças, ocorreu um diagnóstico

secundário de “bullying”, com isso o foco de intervenção foi alterado e passou-se a trabalhar temas como

respeito e convivência social. Por problemas internos na direção da escola, nosso trabalho foi

interrompido desvinculando nossas atividades do cotidiano dos alunos. Conclusão: O convívio social

harmonioso, o bom desempenho escolar, a adoção de hábitos saudáveis é suprimido pela realidade de

exclusão e violência presente no cotidiano dos alunos. A interação entre os ambientes doméstico e escolar

ocupa papel fundamental na formação de indivíduos conscientes de seu papel social. Desse modo, a

escola precisa repensar a sua contribuição para a formação humana e saúde de seus alunos. A troca de

experiências proporcionada por este trabalho evidencia a importância de o médico se aproximar da

realidade cotidiana de seu paciente e buscar compreender as suas necessidades, o que torna a medicina

um potente instrumento de inclusão social.

1. Acadêmicos de Medicina da Universidade Federal de Ouro Preto

2. Professora Adjunta do departamento de Ciências Médicas da Universidade Federal de Ouro Preto

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POSTERES

PROJETO PASSAGEM UNIDA, CONSTRUÇÃO DE PARCERIAS E ALIANÇAS: INTEGRAÇÃO

ENTRE UNIVERSIDADE, COMUNIDADE E SERVIÇOS DE SAÚDE

Rosana Aparecida Rodrigues Cardoso

1

Ana Carolina Santana e Silva1

Monize Romualdo de Carvalho Rocha1

Natália Reis de Carvalho1

Robert Eduardo Emídio1

Kerlane Ferreira da Costa Gouveia2

Introdução. A saúde física, mental, individual e social não é construída de forma independente. É o

resultado dos esforços em vários âmbitos. A conveniência da integração Serviço de Saúde, Comunidade e

Universidade tem sido lembrada como fator indispensável à boa prestação de cuidados às comunidades.

Inquietação semelhante, ocorrida na década de noventa, visava estabelecer um maior elo entre essas três

classes, em que a sociedade se articulava para uma maior participação social nas estratégias de assistência

à saúde, intitulados projetos IDA, Uni e, mais tarde, Rede Unida. Passagem de Mariana, distrito de

Mariana – MG, conta com a Policlínica Dr. Oswaldo Guimarães, que atende aproximadamente 3.700

pessoas, de um total de 7.000 habitantes. Objetivo. Proporcionar a aproximação entre Universidade,

Serviço de Saúde e Comunidade. Metodologia. Desenvolvimento de atividades integrativas e propor a

formação de um Comitê abrangendo as três esferas, em prol da promoção de saúde. Coleta de dados

históricos e relatos de informantes-chaves. Resultados. No distrito, diversas outras entidades promotoras

de saúde atuam paralelamente ao Serviço de Saúde, com uma grande adesão social. Identificaram-se

líderes comunitários, voluntários, participativos nas necessidades da população. Através das atividades

desenvolvidas em conjunto, o grupo tentou promover a integração das três pilares: Universidade,

Comunidade e Serviço de Saúde. Na tentativa de implementação dessa idéia de integração, houve a

formação de um comitê aliando representantes dessas esferas. Conclusão. Percebeu-se, através das

aspirações dos participantes do comitê, que essa proposta de integração instigou o interesse de todos,

ampliando a interação entre esses e a adesão popular às práticas desenvolvidas pelo Serviço de Saúde. A

mudança dos cenários para o desenvolvimento das estratégias de promoção da saúde se confirmou como

fator de grande relevância para o efetivo cumprimento da proposta de integração, valorizando as

vivências da comunidade e conhecendo a situação real dos Serviços de Saúde.

1. Acadêmicos de Medicina da Universidade federal de Ouro Preto 2. Professora Assistente do Departamento de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Ouro Preto

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POSTERES

PROJETO RECRIAVIDA: APLICAÇÃO DA EPIDEMIOLOGIA NO PLANEJAMENTO DAS

AÇÕES DE PROMOÇÃO À SAÚDE PARA UMA POPULAÇÃO DE IDOSOS DO MUNICÍPIO

DE MARIANA, MINAS GERAIS.

Aline Fernandes Silva

1

André Silva Rodrigues1

Marlus Sérgio Borges Salomão Junior1

Vinícius Nobre Flávio1

George Luiz Lins Machado Coelho2

Introdução: Diante do atual contexto demográfico da população brasileira e das fragilidades trazidas pelo

processo de envelhecimento, a demanda por atenção e estratégias especiais de promoção à saúde para a

população idosa têm se tornado cada vez maior. Baseando-se nessa necessidade, foi elaborado dentro do

programa PET-Saúde, financiado pelo Ministério da Saúde, um estudo epidemiológico para descrever o

perfil de saúde dos idosos participantes do projeto Recriavida, um centro de promoção à saúde ao idoso,

localizado em Mariana, Minas Gerais. Objetivos: Estimar a prevalência dos principais agravos à saúde,

bem como dos fatores de risco cardiovasculares no universo dos 158 idosos participantes do Projeto

Recriavida, a fim de planejar estratégias de promoção à saúde do idoso. Métodos: Levantamento de

informações existentes nos formulários arquivados na secretaria do Recriavida, as quais tinham caráter

demográfico, clínico, sobre uso de medicamentos, história familiar e atividades lúdicas e físicas

realizadas no projeto. Os dados foram processados no EpiInfo e analisados no SPSS. As medidas

bioquímicas (glicose, colesterol total, HDL e LDL) e a aferição da pressão arterial foram realizadas no

momento das atividades da equipe com os idosos. Resultados: Os agravos à saúde mais frequentes nessa

população foram: alterações osteoarticulares e musculares (46,84%), fatores de risco cardiovasculares

(36,08%), doenças cardiovasculares (27,85%), lesões vasculares (15,82%) e afecções psiquiátricas e

psicológicas (14,57%). Dos 103 participantes que compareceram para realização dos exames

bioquímicos, 17,48%; 57,28%, 45,63% apresentaram, respectivamente, glicose, colesterol total, colesterol

LDL acima do desejável; 94,17% apresentavam colesterol HDL nos limites desejáveis e 32,04% dos

idosos apresentavam níveis pressóricos altos. Conclusão: O estudo evidencia a necessidade do vínculo

indissociável entre a pesquisa epidemiológica e o planejamento para o aprimoramento da assistência

integral à saúde. Já que, ao se conhecer as necessidades da população estudada, pode-se delimitar o foco

de atuação, obtendo-se assim, melhores resultados.

1. Acadêmicos de Medicina da Universidade Federal de Ouro Preto

2. Professor Associado do Departamento de Ciências Médicas da Universidade Federal de Ouro Preto

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POSTERES

PROJETO HAART:

HUMANIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA ATRAVÉS DAS ARTES

Diogo Milioli Ferreira1

Bruno de Oliveira Rocha1

Camila Corrêa de Freitas1

Fabiana Chamon de Moura1

Flávio Alexandre Pereira Pinto1

Lídia Lacerda Guimarães1

Monize Romualdo de Carvalho Rocha1

Tatiane Rufino Vieira1

Laíssa Reis Paixão1

Felipe Moreira Dias1

Andréia Barbosa2

Bruno Sardenberg de Castro Lima3

Kerlane Ferreira da Costa Gouveia4

INTRODUÇÃO: No ambiente hospitalar as regras técnicas se sobrepõem aos comportamentos

espontâneos da vida gerando uma ambiente de estranheza e ameaça para os pacientes, o que muitas vezes

interfere no processo de cura e recuperação dos enfermos e em especial para as crianças que são

submetidas a essa realidade. Muitas pesquisas já apontam para os efeitos positivos que a intervenção

lúdica em instituições de saúde pode acarretar para a melhora dos enfermos. O brincar fornece

possibilidades de vencer realidades dolorosas e dominar medos instintivos. Os doentes extravasam

sentimentos e emoções através de gargalhadas que possibilitam uma redução da dor com a entrada da

alegria. É nessa realidade que se insere o projeto HAART, que busca através do lúdico quebrar a rotina

trazida pela doença, buscando acelerar e suavizar o processo de cura. OBJETIVOS: utilizar atividades

artísticas e lúdicas como instrumentos de humanização das relações pessoais existentes no campo da

saúde; contribuir para o processo terapêutico e para a melhoria da qualidade de vida de pacientes

internados. METODOLOGIAS: O projeto conta com a participação de 12 voluntários e 5 orientadores, e

a partir das aulas de expressão corporal, música e estudo do ciclo da vida humana e suas repercussões,

tem planejado e realizado atividades lúdicas e de cunho educativo nas diferentes instituições de saúde.

DISCUSSÃO/RESULTADOS: A partir de suas intervenções o grupo já pôde perceber que: a população

parece vivenciar um momento de escape da realidade em que está inserida, os profissionais da saúde

esquecem-se por algumas horas da rigidez das regras que devem cumprir; os participantes do projeto

vivenciam realidades diferentes daquelas com as quais estão acostumados. CONCLUSÃO: Tendo em

vista o impacto que o projeto causa nas pessoas que assiste e nos participantes envolvidos, pode-se

perceber a importância que ele apresenta para a sociedade e para a própria universidade.

1. Acadêmicos de Medicina da Universidade Federal de Ouro Preto 2. Acadêmicos de Engenharia Ambiental da Universidade Federal de Ouro Preto

3. Acadêmicos de Engenharia Química da Universidade Federal de Ouro Preto

4. Professora Assistente do departamento de Ciências Médicas da Universidade Federal de Ouro Preto

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POSTERES

DOENÇAS CEREBROVASCULARES: A IMPORTÂNCIA DA COMUNICAÇÃO MÉDICO-

PACIENTE

Vinicius Neves

1

Luciana Hoffert Castro Cruz2

INTRODUÇÃO: Doenças cerebrovasculares são a terceira causa de morte no Brasil. Em 2006, houve

mais de 90.000 óbitos - 10% em Minas Gerais. Percebe-se, porém, o desconhecimento da população leiga

em relação ao funcionamento e importância do sistema nervoso, bem como das doenças que o acometem.

Muitos termos relacionados a tais enfermidades caíram num senso comum, dificultando sua compreensão.

OBJETIVO: Analisar a importância do estabelecimento da clara comunicação entre médico e paciente,

observando que o primeiro deve transpor seus conhecimentos neuroanatômicos e neurofisiológicos de

forma explícita, sem desconsiderar o senso comum em que os pacientes estão inseridos. MÉTODOS:

Revisões bibliográficas de artigos científicos em bases de dados (Pubmed, Scielo e Biblioteca Virtual de

Saúde) nas línguas portuguesa, inglesa e espanhola, publicados entre 2005 e 2009. Foram incluídos

livros-textos, dados estatísticos e epidemiológicos e literatura sobre divulgação científica e antropologia.

RESULTADOS: No entendimento leigo das doenças cerebrovasculares predomina uma compreensão

coloquial que difere em demasia da realidade. Os profissionais da área da saúde têm certa dificuldade em

esclarecer aos pacientes tais questões, uma vez que sua vivência e conhecimento diferem do que têm a

maioria da população; a vivência da população é regada a experiências e interpretações próprias, sem

esclarecimentos adequados e com troca de informações entre si, o que corrobora para com a permanência

e disseminação de uma compreensão errônea sobre os sintomas e sinais relacionados a tais doenças.

CONCLUSÃO: A solução da questão requer que a relação médico-paciente seja muito bem estabelecida;

para isso, o estudante deve aprender a transpor seus conhecimentos para uma linguagem coloquial,

simples e direta. Assim, torna-se relevante a observação do contexto social dos pacientes para evitar a má

compreensão das enfermidades cerebrovasculares.

1. Acadêmico de Medicina da Universidade Federal de Ouro Preto

2. Professora Substituta do Departamento de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Ouro Preto

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POSTERES

PERFIL DOS IDOSOS DE UMA INSTITUÍÇÃO DE LONGA PERMANÊNCIA EM OURO

PRETO, MINAS GERAIS

Alexandrina Batista Rodrigues

1

Guilherme Almeida Maia1

Juliana Nascimento1

Mariana Carla Santos Rossini1

Fausto Aloísio Pedrosa Pimenta2

INTRODUÇÃO: Condições clínicas podem interferir na qualidade de vida e funcionalidade de idosos

institucionalizados. Torna-se imperativa a necessidade de formação e de capacitação de profissionais na

abordagem desses indivíduos. OBJETIVOS: Avaliar o perfil dos internos de uma ILP em Ouro Preto,

Minas Gerais. MÉTODOS: Realizou-se um estudo observacional transversal entre fevereiro e março de

2009 com 65 internos em uma ILP em Ouro Preto. Utilizou-se um formulário contendo informações

demográficas, funcionais, dados relacionados à saúde e sobre a institucionalização. RESULTADOS:

51% dos internos eram do sexo feminino. A idade média foi de 73 anos, a máxima foi 98 anos. Os

analfabetos somaram 35%. A mediana do tempo de institucionalização foi de 5 anos, e 48 anos foi o

tempo máximo. 17% estavam na instituição por vontade própria. Quanto à funcionalidade, 54% eram

dependentes para atividades básicas da vida diária e 60% necessitavam de ajuda para mobilizar-se. No

último ano, 34% dos institucionalizados sofreram quedas, 22% fraturas e 32% apresentaram pelo menos

uma hospitalização. Os fumantes somaram 42%, e 52% apresentaram história de alcoolismo. 15%

praticavam atividade física e 35% apresentavam distúrbios do sono. A média do uso de medicamentos foi

5, o máximo foi 14. Deficiência vacinal foi encontrada em 46% dos indivíduos. No último ano, houve

pelo menos uma hospitalização em 32% dos internos. As doenças neuropsiquiátricas e cardiovasculares

foram as mais prevalentes. CONCLUSÃO: Observou-se um maior número de internos do sexo

masculino na instituição quando comparada a outras instituições brasileiras. Os internos apresentam pior

escolaridade, são mais dependentes e com maior risco de iatrogenias e quedas. O alto número de

indivíduos com doenças neuropsiquiátricas está de acordo com o encontrado em outras instituições, assim

como os distúrbios do sono. Programas para melhoria da funcionalidade e da qualidade de vida deverão

ser implementados nesta instituição.

1. Acadêmicos de Medicina da Universidade Federal de Ouro Preto 2. Professor Assistente do Departamento de Ciências Médicas da Universidade Federal de Ouro Preto

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POSTERES

DINÂMICA RELACIONAL FAMILIAR EM CONTEXTO DE VULNERABILIDADE SOCIAL

Maria Eugênia Silveira

1

Fernanda Valério Henriques1

Laís Silva Andrade2

Mariana Santos2

Palmira de Fátima Bonolo3

Introdução: O programa Bolsa Família beneficia famílias em situação de pobreza que tenham crianças

de até 15 anos de idade matriculadas na escola. Estudos apontam que programas que visem melhorar a

renda familiar aumentam o número de crianças matriculadas e melhoram o estado nutricional e de saúde

das crianças. O genograma facilita a visualização do perfil familiar e permite compreender as mudanças

alimentares e desempenho escolar das famílias que recebem o benefício. Objetivos: Realização de

genograma a fim de identificar possíveis mudanças nos hábitos alimentares de famílias beneficiadas ou

não com o Programa Bolsa Família no Distrito de Cachoeira do Campo, Ouro Preto-MG. Métodos:

Aplicação de questionário às duas famílias (uma beneficiada pelo PBF e outra não) e posterior construção

de genograma. Resultados: Com o genograma foi possível identificar fatores que influenciam a relação

entre os membros da família e sua influência tanto na alimentação quanto no rendimento escolar. Com o

benefício Bolsa Família, foi declarado aumento no consumo de alimentos como leite e frutas, assim como

de produtos industrializados. Conclusão: As relações familiares são afetadas pelas condições precárias de

moradia e alimentação, assim, o programa Bolsa Família é importante para melhorar as condições de vida

destas. Porém, é necessário manter e aprofundar o programa associando-o a outras políticas públicas

capazes de melhorar as condições de saúde e bem estar das famílias mais vulneráveis. O genograma

possibilitou definir os vínculos familiares, o que serve como ferramenta para implementação de

atividades que visem à promoção da saúde.

1. Acadêmico de Medicina da Universidade Federal de Ouro Preto 2. Acadêmico de Nutrição da Universidade Federal de Ouro Preto

3. Professora Adjunta do Departamento de Ciências Médicas da Universidade Federal de Ouro Preto

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POSTERES

MENINGITE TUBERCULOSA: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA SOBRE A DOENÇA,

DIAGNÓSTICO E MEDIDAS TERAPÊUTICAS

Fabiana Chamom de Moura

1

Trícia Guerra de Oliveira2

Introdução: A tuberculose é uma das doenças infecciosas mais frequentes no mundo, sendo a meningite

tuberculosa uma forma de manifestação rara, porém a mais grave da doença. As manifestações clínicas

podem ser inespecíficas o que retarda o diagnóstico, o tratamento e compromete a sobrevida. Objetivos:

Realizar uma revisão bibliográfica acerca das características epidemiológicas, clínicas, diagnósticas e

terapêuticas da meningite tuberculosa na população adulta. Métodos: Foram realizadas pesquisas

bibliográficas em três bases de dados: Scielo, Medline e Lilacs. Foram analisados artigos de revisão,

relatos de caso e estudos de caso único publicados no período de 1992 à 2009. Foram incluídos estudos

em humanos, na faixa etária de 19 a 44 anos, publicados nos idiomas: inglês, português e espanhol. As

palavras-chave utilizadas foram: Mycobacterium tuberculosis, tuberculous meningitis, tubeculosis. Após

a leitura dos títulos e resumos dos artigos, foram selecionados apenas aqueles que estudaram as

manifestações clínicas da doença, as formas de diagnóstico e de tratamento. Resultados: Foram

encontrados 20 artigos que preencheram os critérios de inclusão. Destes, 4 foram excluídos por

apresentarem casuística e resultados semelhantes (efeitos de associação medicamentosa), 2 pela

especificidade dos resultados e outros 4 pela indisponibilidade de acesso na íntegra. Assim, 10 estudos

foram utilizados nesta revisão. A síntese dos dados dos trabalhos mostrou que a meningite tuberculosa é

uma doença grave com 50% de morbi-mortalidade. O diagnóstico precoce e a sobrevida apresentaram

relação de positividade. A análise bacteriológica do líquor pode ser negativa para Mycobacterium

tuberculosis, mesmo em casos de infecção. O uso de corticosteróides como auxiliar no tratamento reduziu

a mortalidade pela doença. Conclusão: A literatura analisada aponta para a importância do diagnóstico

precoce no aumento da sobrevida destes doentes e dada a alta taxa de mortalidade, o tratamento deve ser

iniciado no caso de suspeita da infecção, mesmo sem a confirmação da presença do bacilo.

1. Acadêmicos de Medicina da Universidade Federal de Ouro Preto

2. Professora Substituta do Departamento de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Ouro Preto

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POSTERES

BASES NEUROANATÔMICAS E CONSIDERAÇÕES CLÍNICAS DA ESCLEROSE MÚLTIPLA:

ABORDAGEM DAS CARACTERÍSTICAS MULTIFATORIAIS

Renato de Oliveira

1

Débora Camargos Lima1

Diego Luiz Guimarães Lacerda1

Thiago Pereira Andrade1

Luciana Hoffert Castro Cruz2

Introdução: A esclerose múltipla (EM) acomete cerca de três milhões de pessoas no mundo e exige

investimentos de aproximadamente oito bilhões de dólares. Esta doença é multifatorial e caracteriza-se

por uma tríade de inflamação, desmielinização axonal e gliose. Fatores genéticos, ambientais, auto-

imunidade e algumas infecções predispõem o indivíduo a desenvolver tal doença. A sintomatologia é

diversa e abrange nistagmo, nefrite óptica, ataxia cerebelar, diplopia, entre outras. É prevalente em altas

latitudes devido à redução do efeito protetor gerado pela radiação solar e acomete mais mulheres e

brancos. O tratamento é realizado com antiinflamatórios como o INF-beta, terapias de grupo, exercícios e

relaxantes musculares. Objetivos: Identificar as principais regiões neuroanatômicas acometidas pela EM,

analisar a patogenia da doença e relacionando-a aos quatro tipos clínicos de evolução. Metodologia:

Realizou-se levantamento bibliográfico acerca da definição, patogenia, neuroanatomia, fisiologia,

sintomatologia, métodos de diagnóstico, prognóstico e terapêutica. A partir dos sites da Associação

Brasileira de Esclerose Múltipla obtivemos levantamentos epidemiológicos acerca da doença.

Resultados: A esclerose múltipla acomete apenas o sistema nervoso central e seu diagnóstico é auxiliado

por alguns métodos como exame do potencial evocado e ressonância magnética. A patogenia caracteriza-

se por uma resposta auto-imune descontrolada, desmielinização dos axônios de neurônios e destruição de

oligodendrócitos. Assim, há diminuição da velocidade de condução do potencial de ação. O prognóstico

da doença é caracterizado por 80% das pessoas apresentarem algum grau de déficit neurológico e

normalmente o óbito é oriundo não de forma direta pela doença, mas pelas incapacidades acumuladas. As

variantes da doença são: recidivante-remitente, progressivas primária e secundária e recidivante-

recorrente. Conclusão: Em praticamente todas as variações clínicas da doença verifica-se um acúmulo de

lesões axonais característico dessa doença crônica neurodegenerativa. Por tratar-se de uma doença

altamente angustiante, o médico deve estar atento às bases neuranatômicas e características

patofisiológicas para o diagnóstico de EM.

1. Acadêmicos de Medicina da Universidade Federal de Ouro Preto

2. Professora Substituta do Departamento de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Ouro Preto

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POSTERES

O APADRINHAMENTO DO HIPERTENSO COMO UMA ESTRATÉGIA DE ESTÍMULO AO

AUTOCUIDADO NO CONTROLE DA HIPERTENSÃO DESCONTROLADA NA

COMUNIDADE DE MONSENHOR HORTA, MARIANA/MG

Gustavo André Almeida de Oliveira

1

Alessandro de Sousa Veiga1

Bruno de Oliveira Rocha1

Daniel do Nascimento Antônio1

Diogo Milioli Ferreira1

Felipe Moreira Dias1

Gustavo André Almeida de Oliveira1

Adriana Maria de Figueiredo2

Objetivos: Reconhecer dentre os hipertensos, quais apresentam descontrole pressórico. Realizar grupos

operativos para estimular a adesão ao tratamento. Acompanhar individualmente os casos mais graves.

Método: Busca ativa dos hipertensos para identificação dos descontrolados. Classificação desses em

GRUPO ESPECIAL (sistólica >150mmHg e/ou diastólica >100mmHg) e GERAL (demais). O GRUPO

GERAL recebe orientações no grupo operativo enquanto o GRUPO ESPECIAL, além de participar do

mesmo grupo, foi apadrinhado por um dos alunos. Discussões/Resultados: Estudos mostram que

indivíduos com hipertensão conhecem o processo de desenvolvimento da doença, entretanto, nem sempre

realizam as práticas de autocuidado. Este fato nos remete a reflexão de que o autocuidado é apreendido

por meio da interação humana, sendo de certa forma resultado da relação entre médico e cliente/família.

Sob essa ótica, percebemos o apadrinhamento como instrumento para gerir essa interação. A figura do

padrinho, por um lado, é uma referência/apoio para o paciente que se beneficia com um atendimento

diferenciado. Por outro lado, permite ao aluno, seja através de uma conversa informal ou uma visita

domiciliar, a oportunidade de vivenciar quais fatores são preponderantes no descontrole pressórico,

permitindo intervenção pontual e individualizada junto ao afilhado. Conclusões: O apadrinhamento busca

em sua essência fornecer ferramentas para que o hipertenso possa ter um maior envolvimento durante o

tratamento, tornando-os protagonistas no processo de saúde/doença. Também engloba a família, que deve

ser considerada objeto importante da intervenção no controle da hipertensão, uma vez que esta contribui,

de forma direta, na construção de significados de saúde, doença e cuidado do indivíduo, influenciando

assim seus hábitos de vida e atitudes para o autocuidado.

1. Acadêmicos de Medicina da Universidade Federal de Ouro Preto 2. Professora Adjunta do Departamento de Ciências Médicas da Universidade Federal de Ouro Preto

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POSTERES

CURSO DE ATUALIZAÇÃO EM ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR DE URGÊNCIAS

PARA PROFISSIONAIS DE SAÚDE DE OURO PRETO

Alessandro de Sousa Veiga

1

Mariana Sales Costa1

Thaís Marina Camêlo1

Henrique Pereira Faria2

Introdução: A incidência global de mal súbito é de 0,1 a 0,2 % ao ano. O índice de sucesso no

atendimento depende diretamente do tempo transcorrido entre o pedido de socorro e a desfibrilação -

tempo "chamada-choque". Este tempo varia com o local onde ocorre o evento e a preparação dos

profissionais é fundamental para o sucesso do socorro a vítima de mal súbito. Nos EUA essa taxa de

sucesso varia de 3% nos centros onde o trânsito prejudica a chegada de socorro a no máximo 33% nos

locais mais qualificados nesse tipo de atendimento. As chances são sempre maiores se a ressucitação é

iniciada dentro dos primeiros 4 minutos do colapso por um profissional bem treinado. Objetivos:

Contribuir para a qualificação de profissionais de urgência/emergência da região. Introduzir o acadêmico

de medicina nos cenários de simulações. Programar trabalhos de iniciação científica, a partir da avaliação

do nível de aprendizagem/fixação dos profissionais submetidos ao treinamento. Métodos: Identificação

junto aos serviços de urgência/emergência da demanda dos profissionais atuantes nessa área. Preparação,

junto aos alunos, do material didático. Promoção de cursos e avaliações teórico/ prática antes e após os

mesmos. Discussões/Resultados: Encontra-se finalizado o material didático para os cursos e os alunos já

receberam o treinamento em suporte básico de vida. Espera-se que este treinamento permita estabelecer

conteúdo técnico/prático/teórico em estações algorítmicas com finalidade de proporcionar, aos

profissionais, bases para atendimento de situações em urgência/emergência clínica, sobretudo no apoio a

Parada Cárdiorrespiratória com manuseio do desfibrilador externo automático. Conclusões: O

atendimento a vítima de morte súbita é imprevisível. A única chance de sobrevivência na parada cardíaca

é um socorro rápido, ordenado e qualificado, capaz de reverter o ritmo fibrilatório. Portando, a

qualificação dos profissionais por meio de treinamentos em cenários de simulação torna-se uma

ferramenta essencial no atendimento de qualidade ao paciente.

1. Acadêmicos de Medicina da Universidade Federal de Ouro Preto 2. Professor Adjunto do Departamento de Ciências Médicas da Universidade Federal de Ouro Preto

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POSTERES

ALTERNATIVAS À TERAPÊUTICA CONVENCIONAL:

O BENEFÍCIO DOS TRABALHOS EM GRUPO PARA PACIENTES EM USO DE

PSICOFÁRMACOS

Leonardo Pereira Ramiro

1

Marcos Kamilo Castro e Fonseca1

Bernardo Pinto Coelho Keuffer Mendonça1

Débora Camargos de Lima1

Thiago Pereira Andrade1

Luiz Felipe Miranda Mendes1

Ivanilde do Carmo Alfenas2

Palmira de Fátima Bonolo3

Introdução: Santo Antonio do Leite é um distrito de Ouro Preto com aproximadamente 1400 habitantes

que se distribuem em diversos núcleos adjacentes, é atendido pela ESF Manoca, onde se constatou um

uso excessivo e crônico de psicofármacos. Objetivos: Trabalhamos saúde mental numa dimensão

ampliada, com meio ambiente e intervenções comunitárias, juntamente com equipe profissional e

comunidade. Demos enfoque aos grupos, com a proposta de auxiliar e planejar ações, supervisionar e

capacitar as equipes de Saúde da Família e Comunidade em ações coletivas de promoção da saúde, para

além da doença, apesar da doença. Metodologia: Propusemos a formação de um grupo em que foram

acompanhados os pacientes usuários crônicos de psicofármacos. Criamos um instrumento de avaliação a

fim de analisar os resultados obtidos baseado em duas escalas; a WHOQOL-Bref criada pela OMS para

mensurar qualidade de vida e a HAD, criada para analisar os níveis de ansiedade e depressão em

pacientes hospitalizados. Ambas foram previamente validadas em outros estudos brasileiros. Utilizou-se o

programa EpiInfo 2002 na análise dos dados. Resultados: Foram aplicados 25 questionários e a análise

preliminar aponta uma prevalência de depressão de 28%, apesar de 52% e 60% se considerarem

satisfeitos ou muito satisfeitos com a própria saúde e com o acesso aos serviços de saúde respectivamente.

Discussão: A análise da qualidade de vida é um mecanismo importante na definição das diretrizes sob as

quais se basearão as políticas de saúde. O grupo ainda demonstrou ser um instrumento válido para

melhorar a qualidade de vida dos usuários de psicofármacos, somando-se à ação dos mesmos.

Conclusão: A prevalência de depressão é considerada alta comparando-se com os valores estimados pela

Associação Brasileira de Psiquiatria (entre 3 e 11%). Através de depoimentos de vários participantes que

se disseram amparados pelo grupo, pudemos avaliar sua importância na melhora dos quadros.

1. Acadêmicos de Medicina da Universidade Federal de Ouro Preto 2. Psicóloga e preceptora do Pet-Saúde UFOP/SMS Ouro Preto

3. Professora Adjunta do Departamento de Ciências Médicas da Universidade Federal de Ouro Preto

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POSTERES

PERFIL NUTRICIONAL DOS INDIVÍDUOS CADASTRADOS NO PROGRAMA HIPERDIA

Marina Rodrigues Reis de Castro

1

Talita Ribeiro Corrêa1

Rogéria Maura,Machado Lisboa1

Carolina Olivares de Abreu1

Maíra Cota Silva1

Sílvia Nascimento de Freitas2

O aumento da expectativa de vida da população brasileira promoveu o crescimento da prevalência de

Hipertensão Arterial (HA) e Diabetes Mellitus (DM). O Programa HiperDia, criado em 2002, é um

sistema de cadastramento de hipertensos e diabéticos em UAP do SUS que visa reorganizar a atenção à

HA e DM. O objetivo deste estudo foi determinar o perfil nutricional da população cadastrada no

Programa Hiperdia, entre março e setembro de 2009. Aplicou-se questionário padrão do Hiperdia e

aferiram-se as medidas peso, estatura, circunferência da cintura (CC), pressão arterial (PA) e glicemia

capilar (GC). Para avaliação nutricional, classificou-se o IMC (OMS, 1998 para adultos e Lipschitz, 1994

idosos), CC e GC (Projeto Diretrizes 2004) e PA (IV Diretrizes Brasileiras de HA, 2002). A população

adstrita à UAP corresponde a 4.101 indivíduos, sendo 866 portadores de HA e/ou DM. Destes, foram

cadastrados 170 (19,6%) no Hiperdia até o momento. Segundo o IMC, 20 dos indivíduos (11,7%)

apresentaram baixo peso, 53 eutrofia (31,3%), 94 sobrepeso/obesidade (55,3%) e 3 não foram

classificados (1,7%). Segundo a CC, 43 não tinham risco para complicações metabólicas (25,3%), 24

risco aumentado (14,1%), 92 risco muito aumentado (54,1%) e 11 não foram classificados (6,5%).

Quanto a GC, 120 estão dentro da normalidade (70,5 %), 3 são pré-diabéticos (1,8%), 2 são diabéticos

(1,2%) e 45 não foram classificados por falta de aparelho (26,5%). Observou-se também que em relação

a PA, 70 estavam dentro do padrão de normalidade (41,3%), 55 com HA leve (32,3%), 32 HA moderada

(18,8%) e 13 com HA grave (7,6%). Alguns indivíduos não foram classificados pelo IMC e CC por

estarem acamados. Nesta população há alta prevalência de HA associada a indicadores nutricionais de

risco para as DCV, o que nos remete sobre a necessidade da atenção nutricional a fim de reduzir estes

riscos e controlar tais doenças.

1. Acadêmicos de Nutrição da Universidade Federal de Ouro Preto 2. Professora Adjunta da Escola de Nutrição da Universidade Federal de Ouro Preto

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POSTERES

DETECÇÃO DE GRUPOS DE ALTO RISCO PARA DOENÇAS CARDIOVASCULARES –

HIPERDIA

Talita Ribeiro Corrêa

1

Marina Rodrigues Reis de Castro1

Rogéria Maura1

Machado Lisboa1

Carolina Olivares de Abreu1

Maíra Cota Silva1

Sílvia Nascimento de Freitas2

O aumento da expectativa de vida da população brasileira levou a um crescimento da ocorrência de

doenças crônicas, entre elas a Hipertensão Arterial (HA) e o Diabetes Mellitus (DM). O Sistema de

cadastramento e acompanhamento dos portadores de DM e HA, Sistema HiperDia, foi criado em 2002

pelo Ministério da Saúde e visa a Reorganização da Atenção a este grupo. O objetivo deste trabalho é

demonstrar os resultados obtidos com o cadastramento da população hipertensa e diabética adstrita à UAP

Antônio Dias e a determinação do perfil nutricional e definição de grupos de alto risco nesta população, o

que possibilitou subsidiar o planejamento das ações efetivas e de promoção da saúde. No período de

março de 2009 a setembro 2009 realizou-se atendimento e busca ativa da população adstrita à UAP para

cadastramento. No processo aplicou-se questionário padrão do Programa HIPERDIA e aferidas as

medidas de peso, estatura e circunferência da cintura. Assim como também a pressão arterial e glicemia

capilar. Na avaliação do risco para DCV utilizou-se a V Diretriz Brasileira de HA (Estratificação do risco

individual do paciente hipertenso). Estima-se que a HA e/ou DM esteja presente em 866 (21,1%) da

população adstrita, sendo 104 (12%) diabéticos, 678 (78,3%) hipertensos e 84 (9,7%) com diabetes e

hipertensão. Até o momento, foram cadastrados 170 (19,6%) indivíduos de ambos os sexos. Detectando-

se 50 indivíduos (29,41%) com alto risco e 13 (7,65%) com muito alto risco para DCV, os quais foram

selecionados para um programa de intervenção nutricional individualizada. Observou-se que a incidência

de portadores de alto risco para DCV é relevante na população em estudo, portanto o HiperDia é

imprescindível para detecção deste grupo e possibilita melhor qualidade de vida.

1. Acadêmicos de Nutrição da Universidade Federal de Ouro Preto 2. Professora Adjunta da Escola de Nutrição da Universidade Federal de Ouro Preto

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POSTERES

KINSEY DIALOGA COM FREUD QUE DIALOGA COM FOUCAULT: ESTRATÉGIA DE

ENSINO DA SEXUALIDADE HUMANA NA DISCIPLINA DE PSICOLOGIA MÉDICA NO

CURSO DE MEDICINA EM OURO PRETO, MINAS GERAIS.

Bruno Terra Junho

1

Hugo Alejandro Cano Prais2

Introdução: Há ainda bastantes lacunas no ensino da sexualidade humana na formação médica. Tais

lacunas repercutem em uma inabilidade no reconhecimento e tratamento dos transtornos sexuais, bem

como na formação de uma identidade médica com insuficiente compreensão do tema e de seus elementos

estruturadores e ou desestruturadores do aparato psíquico, tanto na vida do médico em formação quanto

do paciente. O contato com as diferentes teorias sobre o assunto pode, e deve ser abordado desde o início

da formação médica, visando à promoção da saúde sexual. Objetivo: construir um modelo de ensino da

sexualidade humana baseado na compreensão de sua complexidade, com o intuito de propiciar a

formação da identidade médica voltada à promoção da saúde sexual. Métodos: Utilizou-se a comparação

dos pensamentos de Freud, Foucault e Kinsey sobre a sexualidade, através de aulas expositivas, filmes e

seminários. Resultados: observou-se uma boa compreensão das teorias abordadas de modo geral. Os

alunos demonstraram maior familiaridade com os conceitos freudianos, bem como maior desenvoltura no

entendimento das idéias de Kinsey. Maior dificuldade foi observada na assimilação das teorias de

Foucault. Conclusão: apesar de dificuldades pontuais na compreensão das teorias acerca da sexualidade

humana desenvolvidas por Freud, Kinsey e Foucault, pondera-se a importância de seu ensino na formação

médica, visando à construção de uma identidade médica e, por conseguinte, de uma relação médico-

paciente menos dogmática e mais libertadora acerca da sexualidade humana.

1. Acadêmico de Medicina da Universidade Federal de Ouro Preto

2. Professor Assistente do Departamento de Ciências Médicas da Universidade Federal de Ouro Preto

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POSTERES

HISTÓRICO DO APOIO AO IDOSO CARENTE NO MUNICÍPIO DE OURO PRETO, MINAS

GERAIS

Alexandrina Batista Rodrigues

1

Guilherme Almeida Maia1

Juliana Nascimento1

Mariana Carla Santos Rossini1

Fausto Aloísio Pedrosa Pimenta2

Introdução: A primeira instituição para idosos, o Instituto Salpetrière, surgiu na França no século XIX.

Desde então outras entidades têm se dedicado a abrigar e cuidar de pessoas na terceira idade,

principalmente grupos filantrópicos, apoiados por instituições religiosas e ou particulares. Objetivo:

Analisar o histórico do apoio ao idoso carente no Município de Ouro Preto e sua associação a entidades

religiosas e particulares. Métodos: Pesquisa feita no do acervo da Biblioteca Pública do Município de

Ouro Preto e dados colhidos com residentes e funcionários da Instituição de Longa Permanência do

Município, Lar São Vicente de Paulo.Resultados: O serviço filantrópico iniciou-se através de um

Conselho Central, instalado em Mariana em junho de 1902 e passou, em 1905, à cidade de Ouro Preto.O

apoio assistencial foi direcionado à população sem moradia que era abrigada no Casarão, no bairro Alto

das Cabeças.Na década de noventa, o Estado decidiu reaver o sobrado. Então,a Associação São Vicente

de Paulo propôs ao Governo de Minas uma parceria para a construção de uma instituição educativa para a

terceira idade e, em setembro de 1997, o “ Asilo dos Velhos” foi inaugurado,onde atualmente residem

cerca de 70 idosos. Destes, 77% não teriam outro lugar para se manterem, sendo que 64% dos idosos são

dependentes para atividades básicas da vida diária. Há carência de profissionais capacitados e recursos

para a manutenção desta instituição.Conclusão: O apoio aos idosos carentes no município de Ouro Preto

aconteceu através do trabalho de entidade filantrópica vinculada à Igreja Católica, contou com a ajuda do

setor privado e com doações feitas por particulares, mediadas pelo Estado de Minas Gerais. No entanto, a

crescente necessidade destas instituições não esta associada a uma legislação que garanta financiamento

para a sua manutenção.

1. Acadêmicos de Medicina da Universidade Federal de Ouro Preto

2. Professor Assistente do Departamento de Ciências Médicas da Universidade Federal de Ouro Preto

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POSTERES

IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS: FATORES ASSOCIADOS A PERDAS NA

FUNCIONALIDADE

Guilherme Almeida Maia1

Alexandrina Batista Rodrigues1

Juliana Nascimento1

Mariana Carla Santos Rossini1

Fausto Aloisio Pimenta Pedrosa2

INTRODUÇAO: O aumento da população idosa no Brasil em Instituições de Longa Permanência

justifica a necessidade de avaliar os aspectos que podem interferir na saúde e na qualidade de vida desses

indivíduos. OBJETIVO: Avaliar o perfil da população de uma Instituição de Longa Permanência e

associá-los à dependência nas atividades básicas de vida diária. MÉTODOS: Foi realizado um estudo

observacional transversal entre fevereiro e março de 2009 com 65 internos em uma Instituição de Longa

Permanência em Ouro Preto, Minas Gerais. Utilizou-se um formulário contendo informações

demográficas (idade, sexo, estado conjugal), funcionais (atividades da vida diária básicas e

instrumentais), dados relacionados à saúde (comorbidades, quedas, número de medicamentos e

hospitalizações) e sobre a institucionalização (motivo, tempo). Os dados foram estudados através de uma

análise uni e multivariada. RESULTADOS: A análise univariada associou tempo de institucionalização e

doenças neuropsiquiátricas, doenças neuropsiquiátricas e distúrbios do sono, idade e doenças

neuropsiquiátricas, queda e uso de medicamentos, cor e doenças neuropsiquiátricas, queda com o tempo

de institucionalização (p<0,05). Após a análise multivariada utilizando-se a dependência como variável

resposta, evidenciou-se uma associação com cor não branca, doença mental, queda e maior tempo de

institucionalização. CONCLUSÃO: Estudos demonstram um crescente número de indivíduos com

incapacidade cognitiva em Instituições de Longa Permanência no Brasil, sendo esta uma das principais

causas de dependência funcional. A relação entre quedas, fraturas e perda da funcionalidade já é bem

estabelecida, e freqüentemente decorre de iatrogenias. Os resultados encontrados no estudo realizado

corroboram essas afirmações, e apontam para o possível efeito do Iceberg nessa população. Portanto,

dever-se-á considerar a individualidade das apresentações das morbidades dos idosos. Programas para

prevenção de quedas e melhor abordagem das mesmas serão oportunos nesta população.

1. Acadêmicos de Medicina da Universidade Federal de Ouro Preto 2. Professor Assistente do Departamento de Ciências Médicas da Universidade Federal de Ouro Preto

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POSTERES

SÍNDROME DO MUTISMO CEREBLAR

Letícia Barcelos

1

Mariana Fajardo Oliveira1

Vanessa Paiva1

Lívia Vasques1

Luciana Hoffert2

INTRODUÇÃO: Antigamente, acreditava-se que o cerebelo seria responsável exclusivamente pelo

equilíbrio, postura corporal e coordenação motora, trabalhando em conexão com o córtex cerebral e o

tronco encefálico. Recentemente, têm sido descritas outras funções para o cerebelo, como aprendizagem,

memória e linguagem. A Síndrome do Mutismo Cerebelar (SMC) é uma enfermidade caracterizada pela

redução da capacidade da fala, disartria, anartria e ataxia, podendo ocasionar também labilidade

emocional e algumas reações comuns ao autismo. Diversos fatores são relevantes no desenvolvimento do

quadro, sendo as cirurgias infratentoriais as causas principais. Sendo assim, fica clara a necessidade de se

identificar os mecanismos cerebelares envolvidos em processos cognitivos superiores e também no

surgimento da doença. OBJETIVO: Identificar as bases neuroanatômicas da SMC. METODOLOGIA:

Revisão de artigos científicos nas línguas portuguesa, inglesa e espanhola, nos sites PUBMED, Biblioteca

Virtual em Saúde e Scielo, entre os anos de 2005 e 2009. Foram utilizados os descritores mutismo

cerebelar, isquemia cerebelar, cerebelo e disfunção cerebelar. RESULTADOS: A maioria dos casos de

mutismo é observada em crianças após a ressecção de tumores cerebelares medianos, embora também se

observe o quadro em adultos operados de tumores cerebelares hemisféricos ou em pacientes com má-

formação arteriovenosa em ambos os hemisférios cerebelares. Casos de psicose, depressão e

esquizofrenia igualmente associam-se ao mutismo, além de ressecções envolvendo a área motora

suplementar do hemisfério cerebral. Sugere-se que a SMC não decorre de lesão vermiana propriamente

dita, mas de estruturas adjacentes ao vérmis e que edemas nos pedúnculos cerebelares médios aumentam

a incidência do mutismo pós-operatório. Lesões vasculares acometendo o diencéfalo ou o mesencéfalo,

além de hemorragia pontina, contribuem para o quadro patológico. CONCLUSÃO: Visto que a etiologia

da SMC é múltipla e sua fisiopatogenia é ainda controversa, devem-se conhecer as vias cerebelares para

que o esclarecimento desta doença seja possível.

1. Acadêmicas de Medicina da Universidade Federal de Ouro Preto 2. Professora Substituta do Departamento de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Ouro Preto

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POSTERES

PROMOÇÃO À SAÚDE EM UMA POPULAÇÃO DE IDOSOS DO “PROJETO RECRIAVIDA”

EM MARIANA – MG.

Núbia Bernardes Carvalho1

Marco Túlio Froes Duarte1

Camila de Freitas Corrêa1

Tuian Santiago Cerqueira1

Adriana Maria de Figueiredo2

Márcio Antônio Moreira Galvão2

Introdução: É uma prerrogativa atual das Diretrizes Curriculares Nacionais para os Cursos de Medicina,

que os alunos, desde os primeiros períodos, mantenham contato com os serviços e os profissionais da área

de Saúde, de forma a aplicar dinamicamente teorias e conhecimentos desenvolvidos em sala de aula.

Baseando-se nisso, foi proposta uma atuação no Projeto Recriavida, da Prefeitura de Mariana-MG. Esse

Projeto tem como objetivo a promoção à saúde do idoso; conta com 615 participantes, que lá

desenvolvem diversas atividades como artesanato, ginástica e fisioterapia. Objetivos: Promover ações

que visavam a conscientização, seguida da melhoria na qualidade de vida dos participantes do Projeto,

baseadas na mais nova proposta de Promoção à Saúde do Ministério da Saúde, enfocando a prática da

Educação Popular em Saúde. Metodologia: Os objetivos do trabalho foram expostos aos participantes do

Recriavida, e definiu-se o universo de pesquisa baseado no interesse individual – documentado pelo

Termo de Esclarecimento e Consentimento. A fim de esclarecer acerca das doenças crônico-degenerativas

que acometem os idosos, foram realizadas quatro dinâmicas: simulação da circulação sangüínea e seus

agravos, utilizando-se um modelo de artéria de grandes dimensões para explicar o mecanismo de

ocorrência da hipertensão e da dislipidemia; conscientização da importância da atuação conjunta do

paciente e do Sistema de Saúde para melhoria da qualidade de vida; teatro sobre diabetes mellitus tipo I e

tipo II e como a auto-estima elevada atua no combate à depressão. Resultados: Durante as dinâmicas,

observou-se desconhecimento do mecanismo de ocorrência das patologias pelos idosos. As perguntas

realizadas comprovaram o interesse em entender melhor sobre o que acontece no corpo humano.

Conclusões: As dinâmicas foram, a nosso ver, uma atuação eficaz na perspectiva da Educação Popular

em Saúde por aproximar os alunos dos pacientes, possibilitando a troca de conhecimento e contribuindo

para a adesão ao tratamento por parte dos pacientes.

1. Acadêmicos de Medicina da Universidade Federal de Ouro Preto

2. Professor Adjunto e Professor Associado do Departamento de Ciências Médicas da Universidade Federal de Ouro Preto