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I Seminário de Grupos de Pesquisa sobre Leitura e Literatura Infantil e Juvenil I Seminário de Grupos de Pesquisa sobre Leitura e Literatura Infantil e Juvenil I Seminário de Grupos de Pesquisa sobre Leitura e Literatura Infantil e Juvenil I Seminário de Grupos de Pesquisa sobre Leitura e Literatura Infantil e Juvenil II Encontro de Literatura Infantil e Juvenil do Norte do Paraná II Encontro de Literatura Infantil e Juvenil do Norte do Paraná II Encontro de Literatura Infantil e Juvenil do Norte do Paraná II Encontro de Literatura Infantil e Juvenil do Norte do Paraná CADERNO DE RESUMOS CADERNO DE RESUMOS CADERNO DE RESUMOS CADERNO DE RESUMOS ISSN: 2177 ISSN: 2177 ISSN: 2177 ISSN: 2177-3254 3254 3254 3254 UENP-CAMPUS DE CORNÉLIO PROCÓPIO 0xx43 3904-1922 - Rodovia PR 160 – Km 0 – 86300-000 www.faficp.br/dirposgrad/crelit I Seminário de Grupos de Pesquisa sobre Leitura e Literatura Infantil e Juvenil II Encontro de Literatura Infantil e Juvenil do Norte do Paraná 14 a 16/04/2011 Grupos de Pesquisa: CRELIT (UENP-CP) – CELLE (UEM) – LITERAÇÃO (UNICENTRO) – LITERATURA E ENSINO (UENP-JCR) – CELLIJ (UNESP – Presidente Prudente)

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II Encontro de Literatura Infantil e Juvenil do Norte do ParanáII Encontro de Literatura Infantil e Juvenil do Norte do ParanáII Encontro de Literatura Infantil e Juvenil do Norte do ParanáII Encontro de Literatura Infantil e Juvenil do Norte do Paraná

CADERNO DE RESUMOS CADERNO DE RESUMOS CADERNO DE RESUMOS CADERNO DE RESUMOS ISSN: 2177ISSN: 2177ISSN: 2177ISSN: 2177----3254325432543254

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I Seminário de Grupos de Pesquisa sobre Leitura e Literatura Infantil e

Juvenil

II Encontro de Literatura Infantil e Juvenil do Norte do Paraná

14 a 16/04/2011

Grupos de Pesquisa: CRELIT (UENP-CP) – CELLE (UEM) – LITERAÇÃO

(UNICENTRO) – LITERATURA E ENSINO (UENP-JCR) – CELLIJ (UNESP – Presidente Prudente)

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SumárioApresentação ..............................................................................................................7 Programação...............................................................................................................9

RESUMOS

Palestras e Mesas : Mesa redonda : LITERATURA INFANTIL E JUVENIL: A ARTE DA CRIAÇÃO E A LIBERDADE DA RECEPÇÃO...........................................................................................................11

A LEITURA LITERÁRIA DE CRIANÇAS E JOVENS: QUESTÕES TEÓRICAS E PRÁTICAS.........................................................................................................11

Dra. Neuza Ceciliato (UEL/CRELIT) LITERATURA INFANTIL E JUVENIL SOB O VIÉS DA RECEPÇÃO: UM ESTUDO A PARTIR DA OBRA SAPATO DE SALTO, DE LYGIA BOJUNGA..........................................................................................................12

Dra. Clarice Lottermann (UNIOESTE) Palestra : LEITURA DA LITERATURA NA ESCOLA EM TEMPOS DE INTERNET.............12

Dra. Vera Teixeira de Aguiar (PUC-RS) Mesa redonda : LITERATURA JUVENIL E FORMAÇÃO DE LEITORES: A PERSPECTIVA DO ESCRITOR, DO EDITOR E DA CRÍTICA..............................................................12

Dr. João Luís Cardoso Tápias Ceccantini (UNESP-ASSIS) e Dr. José Batista Sales (UFMS)

Palestra : LITERATURA E MERCADO .................................................................................13

Dr. Carlos Erivany Fantinati (UNESP-ASSIS)

Minicursos : LITERATURA INFANTOJUVENIL NO CIBERESPAÇO: O BLOG COMO MEDIADOR DE LEITURA.....................................................................................14

Dr. Márcio Roberto do Prado (UEM/ GP CELLE) ESTRATÉGIAS PARA LEITURA DA LITERATURA INFANTIL E JUVENIL .........14

Dr. Cláudio José de Almeida Mello (UNICENTRO/ GP LITERAÇÃO) LEITORES INICIANTES E BIBLIOTECA VIVIDA .................................................15

Dra. Eliane Aparecida Galvão Ribeiro Ferreira (FEMA/GP CRELIT) A IMAGEM NO LIVRO INFANTIL .........................................................................15

Dra. Clarice Zamonaro Cortez (UEM/GP CELLE)

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LITERATURA INFANTOJUVENIL NA ESCOLA: CONTRIBUIÇÕES DAS METODOLOGIAS.................................................................................................16

Dra. Hiudéa Tempesta Rodrigues Boberg (UENP) LETRAMENTO LITERÁRIO NA ESCOLA: PRÁTICAS DE LEITURA ..................17

Dra. Vanderléia da Silva Oliveira (UENP-CP/GP CRELIT) Comunicações :

1. Leitura e LIJ no Ciberespaço A TECNOLOGIA E O BEST-SELLER NA SALA DE AULA: POSSIBILIDADES...18

Murilo Filgueiras Correa (FACINTER) 2. Sociedade e Práticas Leitoras A FORMAÇÃO DO LEITOR CRÍTICO: REFLEXÕES EM TORNO DO TEXTO NO ÔNIBUS, DE CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE...........................................19

Patrícia Irina Loose de Moraes (FEMA/G) A IMPORTÂNCIA DOS OBJETIVOS NA LEITURA PARA A COMPREENSÃO DOS GÊNEROS TEXTUAIS.................................................................................19

Tatiane Portela Vinhal (Unesp/Cellij) A RELAÇÃO FAMILIAR DO PERSONAGEM PEDRO NAS OBRAS DE TELMA GUIMARÃES C. ANDRADE..................................................................................20

Fabiana Moretto Calumby (UEL/PG) ADAPTAÇÃO DE OBRAS PARA O CINEMA: UMA ANÁLISE DE LISBELA E O PRISIONEIRO, DE OSMAN LINS, NA VERSÃO CINEMATOGRÁFICA DE GUEL ARRAES ...............................................................................................................20

Camila Rita Galvão Ferreira (UNESP/G) ALBERT CAMUS E O ROCK' N ROLL: O DESPERTAR DO GOSTO PELA LEITURA ENTRE OS JOVENS ............................................................................21

Lucas Osório Silva (UNESP/FEMA) ALTERNATIVAS METODOLÓGICAS PARA O ENSINO DE LITERATURA ........22

Thaysa Acordi (I. C./UNICENTRO) HARRY POTTER E A ORDEM DA FÊNIX PARA O CINEMA: TRABALHO ESTÉTICO OU PRODUTO DA INDÚSTRIA CULTURAL?...................................22

Laís Gabriele Brancalhão de Souza (FEMA/G) CLÁSSICOS NA ESCOLA: RESULTADOS DA INTERPRETAÇÃO DE UMA PEÇA ADAPTADA DO LIVRO PEQUENO PRÍNCIPE POR ALUNOS DA ESCOLA DE TEMPO INTEGRAL ..............................................................................................23

Jorge Esteban Sepúlveda Tejos (UNESP/ Docente escola integral) LEITOR, ESCRITOR, USUÁRIO OU CONSUMIDOR DE SIGNOS?....................23 Dra. Alcioni Galdino Vieira (PUC/SP) MACHADO NA SALA DE AULA: UMA ABORDAGEM DIALÓGICA DA ADAPTAÇÃO AGULHA OU LINHA, QUEM É A RAINHA, DE PAULO BENTANCUR........................................................................................................24

Dra. Eliane Aparecida Galvão Ribeiro Ferreira (FEMA/CRELIT) Dr. Ricardo Magalhães Bulhões (UFMS)

O FAZEDOR DE AMANHECER E OUTRAS MÁQUINAS: UMA POSSIBILIDADE DE LEITURA DA POESIA DE MANOEL DE BARROS.........................................24

Janaina Jenifer de Sales (UNESP/G)

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PONTOS E CONTRA-PONTOS: ESTUDO COMPARATIVO ENTRE OS TEXTOS ANA.Z AONDE VAI VOCÊ? E ALICE NO PAÍS DAS MARAVILHAS ...................25

Mariana Matheus Pereira da Silva (UENP/G-LLIJ) Vagna Mendes (Graduação UENP/G-LLIJ)

PROPOSTA PEDAGÓGICA PARA A FORMAÇÃO DO COMPORTAMENTO PERENE DE LEITURA .........................................................................................25

Joselma de F. Antoniacomi (IC - Unicentro) REPRESENTAÇÃO DA MEMÓRIA E EMANCIPAÇÃO EM CORDA BAMBA, DE LYGIA BOJUNGA .................................................................................................26

Diana Rocilda da Rocha Ávila (UENP-CP) TCHAU, LYGIA BOJUNGA: ANÁLISE LITERÁRIA E ESTÉTICA DA RECEPÇÃO.. ...............................................................................................................................26

Luciene Ribeiro da Silva (UENP-CP/PG) 3. Literatura Infantil e Juvenil: história e crític a A FORMAÇÃO DO LEITOR NA CONCEPÇÃO DE HAROLD BLOOM EM SUA INTRODUÇÃO A CONTOS E POEMAS PARA CRIANÇAS EXTREMAMENTE INTELIGENTES DE TODAS AS IDADES.............................................................27

Luiz Fernando Martins de Lima (Doutorando – UNESP-ASSIS) A PRESENÇA DA LITERATURA INFANTOJUVENIL ALEMÃ NO BRASIL .........28

Lucila Bassan Zorzato (Doutoranda – UNESP-ASSIS) A REPRESENTAÇÃO DA FAMÍLIA EM SAPATO DE SALTO .............................28

Eliane Nunes Silva Maciel (UENP/G) Karla Flancyelli de Almeida (UENP/G)

A VIDA EM RETRATOS DE CAROLINA, DE LYGIA BOJUNGA NUNES ............29 Dra. Alice Atsuko Matsuda (SEED-CP/FACCREI/GP-CRELIT-UENP-CP)

ALICE: ENTRE O SONHO E A LITERATURA INFANTIL.....................................29 Guilherme Magri da Rocha (UNESP/G)

AS REPRESENTAÇÕES DA SOCIEDADE BRASILEIRA NA OBRA CORDA BAMBA .................................................................................................................30

Bruna Naiara de Oliveira (UENP-CP/G) Neusa da Silva Leme(UENP-CP/G)

CINDERELA: UMA AUTOBIOGRAFIA AUTORIZADA, DE PAULA MASTROBERTI: A REESCRITA FEMININA NO CONTO DOS IRMÃOS GRIMM... ................................................................................................................................30

Olga Ozaí da Silva (CELLE/UEM) CORRESPONDÊNCIAS, LEITORES E FANTASIA: UMA PROPOSTA DE ANÁLISE DE O CARTEIRO CHEGOU (2007)......................................................31

Dr. Fernando Teixeira Luiz (FAPEPE/CRELIT) Berta Lúcia Tagliari Feba (FAPEPE/CRELIT/CELLIJ)

DO LIVRO À LEITURA (LITERÁRIA) EM BIBLIOTECAS.....................................31 Lucas Santos Macedo (UEM/PG)

LITERATURA INFANTIL E JUVENIL BRASILEIRA: CRÍTICA DE OBRAS CONTEMPORÂNEAS...........................................................................................32

Elizabete Rodrigues Fernandes de Souza (UENP-CP-IC/Fundação Araucária) MONTEIRO LOBATO E SUA VISÃO LINGUÍSTICA: UMA RELEITURA DE EMÍLA NO PAÍS DA GRAMÁTICA (1934) ........................................................................33

Marcos Antonio Rodrigues (Graduando/UNESP-ASSIS) MUDANÇA DE HORIZONTE NO POEMA JUVENIL: UMA LEITURA DE DUELO DO BATMAN CONTRA A MTV DO ESCRITOR SÉRGIO CAPPARELLI .............33

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Lígia Maria Fabretti (PG-UEM/CELLE, CAPES) O PICAPAU AMARELO E MEMÓRIAS DA EMÍLIA, DE MONTEIRO LOBATO: O MUNDO DO SÍTIO E O SÍTIO NO MUNDO..........................................................34

Meiryellen Herling Uloffo (UEM – CELLE) O PROCESSO EDUCATIVO DAS FÁBULAS INFANTIS .....................................34

Camila Akemi Abe (UNESP-ASSIS/G-GP GEPEES - PIBIC/CNPq) O “TCHAU” DE BOJUNGA: QUESTÕES SOCIAIS NA TESSITURA LITERÁRIA.... .............................................................................................................................35

Elizabete Rodrigues Fernandes de Souza (UENP-CP-IC/Fundação Araucária) Mariana Lacerda Zucoloto (UENP-CP-TCC) Dr. Thiago Alves Valente (UENP-CP/GP CRELIT)

4. Literatura: Recepção de Leitura A LITERATURA EM SALA DE AULA: O ALUNO COMO PERSONAGEM PRINCIPAL.............................................................................................................35

Elaine Cristina Amorin (CENTRO EDUCACIONAL CRIARTE) A MUSICALIDADE NOS POEMAS INFANTIS DE CECÍLIA MEIRELES..............36

Carla Kühlewein (UNESP) A RECEPÇÃO DE O TRISTE FIM DE POLICARPO QUARESMA, POR ALUNOS DO ENSINO MÉDIO .............................................................................................36

Marlene Cecília Castagna-PG-UEM/CELLE ANTES QUE O MUNDO DA LEITURA ACABE: UM ESTUDO DA RECEPÇÃO DE UMA OBRA JUVENIL NA ESCOLA PÚBLICA PAULISTA ...................................37

Fábio Coutinho Silva (Mestrando – UNESP-ASSIS) A RECEPÇÃO DE TCHAU: UM OLHAR SOBRE O FEMININO...........................37

Eliseu Marcelino da Silva (SESP) Dra. Isabel Cristiane Jerônimo (FAPEPE)

A RECEPÇÃO DO TEXTO LITERÁRIO POR ALUNOS DE DUAS ESCOLAS MUNICIPAIS DE FOZ DO IGUAÇU......................................................................38

Marcos Douglas Pereira (CELLE/UEM) AS FACES DE CHAPEUZINHO VERMELHO: OS GÊNEROS TEXTUAIS PERCORRERAM A FLORESTA...........................................................................39

Izabel Cristina Marson (SEED-PR/UTFPR GP EDITEC) FORMAÇÃO DE LEITOR: DIFICULDADES E DESAFIOS...................................39

Alãine Cássia da Cunha Pires (UENP - PG) “HISTÓRIA DOS LOBOS DE TODAS AS CORES”: UMA PROPOSTA PRÁTICA PARA TRABALHO EM SALA DE AULA ...............................................................40

Patrícia de Fátima Ferreira (Pós-graduação/UEL) INFLUÊNCIAS DA LITERATURA DE MONTEIRO LOBATO: UM ESTUDO SOBRE A FORMAÇÃO DE LEITORES NA PERSPECTIVA DE DOCENTES DO ENSINO FUNDAMENTAL DA REGIÃO SUDOESTE DO PARANÁ.....................40

Cristina Hinterlang (UNIOESTE/PG) LEITURA E GÊNEROS TEXTUAIS: O TRABALHO COM TEXTO CULINÁRIO NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL...... .....................................41

Jacqueline Lidiane de Souza (UENP-CP/G) LITERATURA E HISTÓRIA: UMA CONVERSA SOBRE DIÁRIO DE MENINA....41

Penha Lucilda de Souza Silvestre (UNESP- bolsista CNPQ) LITERATURA INFANTIL INTERAGINDO NA PRODUÇÃO DE TEXTO...............42

Elizabete Benedita Augusto (UENP-CP/PDE)

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LITERATURA JUVENIL: PERSPECTIVA TEÓRICO-PRÁTICA PARA O DESENVOLVIMENTO DA LEITURA E DA ESCRITA ..............................................................................................................................43

Leslie Felismino Barbosa (UEL/PG) PARA GOSTAR DE LER.......................................................................................43

Alaine Costa Nader Perusso (UENP – CP/PDE) POESIA COMO GÊNERO VIVO NA SALA DE AULA...........................................44

Rosana Gonçalves Torquato Gallassi (UENP-CP/PDE) POESIA INFANTOJUVENIL NA SALA DE AULA: LEITURA TRANSDISCIPLINAR DE POEMA DE RICARDO AZEVEDO..................................................................44

Suellen Santos Alves (UENP/G-GP Literatura e Ensino - FA) Dra. Hiudéa Tempesta Rodrigues Boberg (UENP/GP Literatura e Ensino)

RELEITURAS CONTEMPORÂNEAS DOS CONTOS DE FADAS........................45 Mírian Terue Kamei (UENP)

VIVENCIANDO A EXPERIÊNCIA DE LEITORES E EDITORES DE TEXTOS.....45 Rosangela Maria de Almeida (UENP)

5. Letramento Literário: Interfaces A IMPORTÂNCIA DO CONTO DE FADAS NA FORMAÇÃO DO LEITOR A PARTIR DAS QUINTAS SÉRIES DO ENSINO FUNDAMENTAL.........................46

Zilê Rosolem Maduenho (PDE – Língua Portuguesa) A REPRESENTAÇÃO DA VOZ NA OBRA REINAÇÕES DE NARIZINHO (1931), DE MONTEIRO LOBATO .....................................................................................47

Tatiana Ribeiro Costa (Especialização - UENP) 6. Literatura Infantil e Juvenil, e Imagem A LEITURA COMO RECURSO DE INICIAÇÃO ÀS ARTES: UM ESTUDO DA OBRA MONDRIAN, O HOLANDÊS VOADOR......................................................47

Dra. Márcia Valéria Seródio Carbone (FEMA) DISCURSO NÃO-VERBAL: UM ESTUDO DA OBRA INFANTO-JUVENIL, O OUTRO LADO DO PARAÍSO, DE LUIZ FERNANDO EMEDIATO.......................48

Luciana Brasil (EEBRB) O ALIENISTA EM HQ: PROCESSOS DE ADAPTAÇÃO E CONSTRUÇÃO DO PROJETO GRÁFICO-EDITORIAL........................................................................48

Andressa Fajardo (UEM/G - GP CELLE)

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Apresentação O evento

Evento bienal e estadual com o objetivo de verificar periodicamente o estado da questão referente às pesquisas nas áreas de leitura e literatura infantil e juvenil, cujos desdobramentos pretendidos são: a) publicação de material bibliográfico como referência para os Grupos de Pesquisa que atuam na área de Leitura e Literatura Infantil e Juvenil Brasileira; b) intensificação das parcerias entre as instituições de ensino superior paranaenses e de outros Estados para fomento da pesquisa nas mesmas áreas.

O evento encerrará a realização do Encontro de Literatura Infantil e Juvenil do Norte do Paraná (regional), tendo em vista a convergência de esforços para que, a cada dois anos, ocorra um evento cada vez mais consistente em nível estadual, com expectativas de nacionalização. Instituições envolvidas : UENP, UEM, UEL UNICENTRO, UNIOESTE e demais que vierem a se agregar ao trabalho. Coordenação geral Dra. Alice Áurea Penteado Martha (UEM) Dr. Thiago Alves Valente (UENP-CP/GP CRELIT) Docentes Dra. Alice Atsuko Matsuda (FACCREI/SEED-PR) Me. Berta Lúcia Tagliari Feba (FAPEPE-Presidente Prudente) Dr. Cláudio José de Almeida Mello (UNICENTRO/ GP LITERAÇÃO) Dra. Eliane Aparecida Galvão Ribeiro Ferreira (FEMA/UNESP-ASSIS/CRELIT) Eveline Message Cunha (PG UFPR) Dr. Fernando Teixeira Luíz (FAPEPE-Presidente Prudente) Ieda Sorgi Pinhaz (SEED-PR) Me. Maria Aparecida Miguel (UENP-CP) Dra. Neuza Ceciliato de Carvalho (GP CRELIT) Dra. Vanderléia da Silva Oliveira (UENP-CP) Monitores Ana Claudia Rabelo da Cruz Bruna Naiara de Oliveira Sampaio Eliane Nunes Silva Maciel Elizabete Rodrigues Fernandes de Souza (IC/FA – Coordenação) Jéssica Rech (IC) Karla Francyelli de Almeida Lívia Helena Ferreira da Costa Luciana Angélica Fratoni Maria Beatriz da Silva (IC – PIBIC Jr.)

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Mariana Lacerda Zucoloto Neuza da Silva Leme Rejane Antonia Alves Ishimatsu (IC) Sueli de Fátima Santos (IC) Tuanny Gomes Siqueira Amaral Priscila Fernandes Moreno Picoli (CEPEL – Secretaria) Simone Rodrigues Jaques (CEPEL – Secretaria)

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Programação De 14 a 16/04/2011

14/04 (QUINTA-FEIRA) MANHÃ – Anfiteatro PDE Das 9 às 11h Entrega do material (recepção) Abertura – Dra. Hiudéa Tempesta Rodrigues Boberg (UENP/PROPG) Mesa redonda : LITERATURA INFANTIL E JUVENIL : A ARTE DA CRIAÇÃO E A LIBERDADE DA RECEPÇÃO Dra. Neuza Ceciliato (CRELIT) e Dra. Clarice Lotterman (UNIOESTE) Mediador: Dr. Fernando Teixeira Luíz (FAPEPE-Presidente Prudente) TARDE – Salas do campus Das 14 às 17h Minicursos (membros do CRELIT e de outros GPs):

1. C-01 1. “LIJ no ciberespaço: o blog como mediador de leitura” – Dr. Márcio Roberto do Prado (UEM-CELLE)

2. C-02 2. “Estratégias para leitura da literatura infantil e juvenil” – Dr. Cláudio José de Almeida Mello (UNICENTRO/ GP LITERAÇÃO)

3. C-03 3. “Leitores iniciantes e biblioteca vivida” – Dra. Eliane Galvão (UENP-CRELIT)

4. C-04 4. “A imagem no livro infantil” – Dra. Clarice Zamonaro Cortez (UEM-CELLE)

5. C-06 5. “Literatura infanto-juvenil na escola: contribuições das metodologias” – Dra. Hiudéa Tempesta Rodrigues Boberg (UENP-LITERATURA E ENSINO)

6. Anfiteatro PDE – “Letramento literário na escola: práticas de leitura” – Dra. Vanderléia da Silva Oliveira (UENP-CRELIT)

NOITE – Anfiteatro PDE 19h30 – 22h Palestra : LEITURA DA LITERATURA NA ESCOLA EM TEMPOS DE INTERN ET Dra. Vera Teixeira de Aguiar (PUC-RS) Mediadora: Dra. Alice Áurea Penteado Martha (UEM)

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15/04 (SEXTA-FEIRA) MANHÃ – Anfiteatro PDE Das 9h às 11h30 Mesa redonda : LITERATURA JUVENIL E FORMAÇÃO DE LEITORES : A PERSPECTIVA DO ESCRITOR, DO EDITOR E DA CRÍTICA Dr. João Luís Cardoso Tápias Ceccantini (UNESP-ASSIS) e Dr. José Batista de Sales (UFMS) Mediadora: Dra. Alice Atsuko Matsuda (FACCREI/SEED-PR/GP CRELIT) TARDE – Salas do campus Das 13h às 17h Comunicações: 1. Leitura e LIJ no ciberespaço. 2. Sociedade e práticas leitoras. 3. Literatura infantil e juvenil: história e crítica. 4. Literatura: recepção de leitura. 5. Letramento literário: Interfaces. 6- Literatura infantil e juvenil e imagem. NOITE – Anfiteatro PDE Das 19h30 às 22h30 Encerramento : Dra. Vanderléia da Silva Oliveira (UENP-CP) Palestra : LITERATURA E MERCADO Dr. Carlos Erivany Fantinati (UNESP-ASSIS) Mediador: Dr. Thiago Alves Valente (UENP-CP/GP CRELIT)

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RESUMOS

Palestras e Mesas

MESA REDONDA: LITERATURA INFANTIL E JUVENIL : A ARTE DA CRIAÇÃO E A LIBERDADE DA RECEPÇÃO

A LEITURA LITERÁRIA DE CRIANÇAS E JOVENS: QUESTÕES TEÓRICAS E PRÁTICAS

Dra. Neuza Ceciliato (UEL/CRELIT)

Mediador: Dr. Fernando Teixeira Luíz (FAPEPE-Presidente Prudente)

RESUMO: Nas últimas décadas, muitos autores, no processo criativo de suas obras infantis e juvenis, priorizaram a fantasia em detrimento da premissa utilitária, bem como, a linguagem coloquial em lugar do discurso formal em suas histórias, o que resultou em uma forma de comunicação mais descontraída com público leitor. Com isso, grande parte da produção literária para este público tornou-se menos doutrinária e pedagógica, o que pressupõe leitores livres do compromisso de apenas apreenderem a moral das histórias. E, também, induziu os leitores infantis e juvenis a fazerem uma leitura interativa e dinâmica com o que os textos apresentam, uma vez que o foco narrativo das histórias privilegia a forma de ver e sentir das personagens mirins e jovens. Esta tendência estética contemporânea do gênero, ao enfatizar o sentido lúdico e emancipatório da literatura para o público infantil e juvenil, aliada à concepção de leitura literária trazida pela teoria da Estética da Recepção, que prevê um leitor atuante no ato de constituição da leitura, levou a uma revisão crítica das propostas metodológicas de trabalho com a literatura infantil e juvenil em sala de aula. Sem abandonar o caráter formal dos textos literários, os teóricos da Estética da Recepção têm defendido a necessidade de integração do leitor ao processo de recepção da obra literária, o que implica dizer que o texto deve ser absorvido estética e prazerosamente pelo leitor. Neste sentido, a liberdade da recepção pressupõe a adesão à arte da criação, questão que, nem sempre, é levada em conta pela escola quando se pensa na formação do leitor da literatura. PALAVRAS-CHAVE : Criação literária infantil e juvenil contemporânea. Leitor infantil e juvenil. Estética da Recepção. Leitura literária e propostas metodológicas.

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LITERATURA INFANTIL E JUVENIL SOB O VIÉS DA RECEPÇÃ O: UM ESTUDO A PARTIR DA OBRA SAPATO DE SALTO, DE LYGIA BOJUNGA

Dra. Clarice Lottermann (UNIOESTE)

Mediador: Dr. Fernando Teixeira Luíz (FAPEPE-Presidente Prudente)

RESUMO: Pretende-se abordar questões relativas à recepção do texto Sapato de salto, de Lygia Bojunga, por uma turma de alunos de 8ª série do Ensino Fundamental. A leitura da obra foi orientada pela professora de Língua Portuguesa e seguiu uma estratégia previamente definida, cujo objetivo principal era solicitar aos alunos que correlacionassem ficção e realidade. Para tanto, o desenvolvimento das atividades de leitura levou em consideração o contexto dos alunos, suas vivências e conhecimentos prévios relacionados a temas que são abordados na obra em tela. PALAVRAS-CHAVE : Estratégias de leitura. Literatura juvenil contemporânea. Leitor juvenil. Leitura literária.

PALESTRA:

LEITURA DA LITERATURA NA ESCOLA EM TEMPOS DE INTERN ET

Dra. Vera Teixeira de Aguiar (PUC-RS) Mediadora: Dra. Alice Áurea Penteado Martha (UEM)

RESUMO: Apresentação dos resultados de uma pesquisa que coloca à disposição do professor um método de ensino com um banco de conhecimentos, a partir do qual ele pode planejar as atividades de leitura, seguindo as instruções do computador para fazer suas escolhas, dentre as várias opções listadas para cada etapa. O método foi criado à luz da teoria hermenêutica de Paul Ricoeur, concebendo a leitura como um processo de interpretação do texto que acaba por resultar para o leitor na descoberta de si. PALAVRAS-CHAVE : Pesquisa. Método de ensino. Banco de conhecimentos. Estratégias de leitura. Computador. MESA REDONDA:

LITERATURA JUVENIL E FORMAÇÃO DE LEITORES : A PERSPECTIVA DO

ESCRITOR, DO EDITOR E DA CRÍTICA

Dr. João Luís Cardoso Tápias Ceccantini (UNESP) e Dr. José Batista Sales (UFMS) Mediadora: Dra. Alice Atsuko Matsuda (FACCREI/SEED-PR/GP CRELIT)

RESUMO: Como um dos filões mais rentáveis do mercado editorial, os livros voltados para crianças e jovens atraem os mais diversos segmentos que atuam com o objeto “livro”. A batalha editorial por se estabelecer nesse meio, ou mesmo manter

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um patamar mínimo de vendas, exige a constante busca de cativar tanto as crianças quanto os mediadores de leitura: pais, avós, amigos, educadores. Muitos dos livros publicados apressadamente para não perder os potenciais consumidores nascem marcados pelo descuido em muitos aspectos. Textos frágeis, ilustrações simplórias e encadernações pouco adequadas abundam nas prateleiras. No entanto, as políticas públicas de leitura e a constituição de certa consciência coletiva em alguns círculos sociais também mostram suas exigências de qualidade do livro direcionado para os leitores incipientes e jovens. Essa postura reflete-se na oferta de obras que primam pelo texto literário, ilustração criativa e materiais que conseguem compor um todo significativo com a obra que traz impressa. Portanto, dimensões como a do escritor, das editoras e da crítica compõem um quadro importante para a compreensão do produto livro como suporte e componente da obra lida por crianças e jovens na escola e fora dela. PALAVRAS-CHAVE : Livro. Mercado. Literatura. Mediadores de leitura. PALESTRA:

LITERATURA E MERCADO

Dr. Carlos Erivany Fantinati (UNESP-ASSIS) Mediador: Dr. Thiago Alves Valente (UENP-CP/GP CRELIT)

RESUMO: “Literatura” e “mercado” são termos recorrentes nos estudos sobre literatura infantil e juvenil. A autonomia que o gênero – ou gêneros – tem conquistado nas últimas décadas só pode ser compreendida em relação a um dos principais agentes de divulgação e disseminação de objetos culturais no Brasil, o mercado editorial. As discussões a respeito das convergências e divergências entre estas duas instâncias, perceptíveis em debates e análises de especialistas das mais diversas áreas, demonstram que a dialética presente e constante entre os meios literários e editoriais atingem, por vezes, a própria natureza do livro direcionado ao público infantil ou juvenil. Por ser uma relação complexa, o tema exige um olhar atento aos desdobramentos que acarreta tanto no contexto acadêmico, quanto na comunidade leitora de modo geral. Isto implica discutir também comportamento do mercado livreiro e cultural no Brasil; a postura das editoras e autores de obras para crianças e jovens; a relação da escola e de outras agências mediadoras de leitura; o objeto “livro”; enfim, as interfaces que melhor explicam e direcionam políticas públicas para o fomento da leitura no Brasil. PALAVRAS-CHAVE : Literatura. Mercado. Dialética. Gênero.

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Minicursos

14/04 – das 14h às 17h Sala: C-01

LITERATURA INFANTOJUVENIL NO CIBERESPAÇO : O BLOG COMO MEDIADOR DE LEITURA

Dr. Márcio Roberto do Prado (UEM/ GP CELLE)

[email protected]

RESUMO: Atualmente, o ciberespaço configura-se como uma realidade das mais presentes, inclusive no âmbito da educação, constituindo ora um elemento visto com reservas, ora um valioso aliado em termos de democratização cultural e dinamização do processo de ensino-aprendizagem, duplicidade esta que traduz o quão necessário e útil é seu estudo. Deste modo, o minicurso propõe-se a discutir o ciberespaço a partir de uma de suas facetas mais valiosas, instigantes e produtivas: a literatura infantojuvenil produzida, lida e debatida na internet. Utilizando em especial o blog como mediador de leitura, serão tecidas considerações a respeito da importância e natureza da cibercultura a partir das propostas de Pierre Lévy e das relações estabelecidas pela cultura de convergência tal como vista por Henry Jenkins. Unindo a reflexão teórica à abordagem prática de exemplos retirados do ciberespaço, veremos como antigas demandas e pressupostos são recuperados, atualizados e problematizados, lançando questionamentos e desafios que interessam não apenas a alunos e professores, mas a todos aqueles que se encontram imersos em um universo cibercultural que, a cada dia, faz-se mais familiar e urgente, definindo-nos à medida que tentamos defini-lo. PALAVRAS-CHAVE : Blog. Mediação de leitura. Ciberespaço. Socialização da leitura. Literatura infantojuvenil. Sala: C-02

ESTRATÉGIAS PARA LEITURA DA LITERATURA INFANTIL E J UVENIL

Dr. Cláudio José de Almeida Mello (UNICENTRO/ GP LITERAÇÃO) [email protected]

RESUMO: O minicurso consiste em um laboratório de práticas de leitura de textos literários infantis e juvenis, explorando potencialidades para a formação de um leitor perene, caracterizado pelo hábito da leitura mesmo fora dos muros escolares. Atividades de contação de história e dramatização de leituras poéticas serão realizadas com bibliotecários, professores da rede básica, alunos do Ensino Superior

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de Letras e Pedagogia, entre outros mediadores de leitura, de forma integrada, visando ao aprofundamento do sentido dos textos, com um referencial metodológico situado no campo das leituras compartilhadas e nas estratégias de leitura, de forma lúdica e descontraída. O objetivo é vincular a compreensão do sentido estético do texto à sedução do leitor, resultando naquilo que Jauss chama de fruição compreensiva. PALAVRAS-CHAVE : Mediação de leitura. Leitura literária. Formação do leitor. Leitura compartilhada. Socialização da leitura. Sala: C-03

LEITORES INICIANTES E BIBLIOTECA VIVIDA

Dra. Eliane Aparecida Galvão Ribeiro Ferreira (FEMA/GP CRELIT)

[email protected]

RESUMO: A não explicitação da dialogia entre obras impede, muitas vezes, que a leitura se torne mais interessante e saborosa para os jovens leitores, pois eles perdem a capacidade de perceber a remissão, a citação intertextual presente no jogo ficcional. O diálogo entre obras, uma vez detectado pelos leitores ou manifesto por um mediador, pode transformar o espaço escolar em local de debates e expressões, inclusive de interpretações diversas. A eleição pelo caminho da dialogia deve-se, então, ao pressuposto de que uma estratégia para incentivar a leitura plurissignificativa reside no diálogo entre textos diversos de um mesmo autor ou de diferentes autores, que se instaura no interior de cada texto e o define. Assim, objetiva-se neste minicurso, por meio da leitura de textos diversos, solicitar de seus participantes que observem o diálogo que se estabelece entre diferentes tipos de textos de vários autores ou do mesmo autor. Mais especificamente, busca-se conceituar o termo biblioteca vivida e apresentar estratégias que permitam aos mediadores constituí-la. PALAVRAS-CHAVE : dialogia; mediação de leitura; leitura literária; formação do leitor; biblioteca vivida. Sala: C-04

A IMAGEM NO LIVRO INFANTIL

Dra. Clarice Zamonaro Cortez (UEM/GP CELLE)

[email protected]

RESUMO: Os primeiros passos na arte são experiências coloridas e mágicas para uma criança, ao folhear as páginas de um livro ou numa visita a um museu. Nos últimos anos, o número de livros infantis relacionados à história da Arte, tanto no

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Brasil como no exterior, tem sido significativo. As coleções cumprem um mesmo objetivo – desenvolver na criança a imaginação criadora, de mãos dadas com obras de arte já consagradas, numa viagem através do tempo, resgatando valores e identidade cultural. A prática da leitura escolar no Brasil é determinada por uma política nacional de produção, de apropriação e circulação do livro didático e de diversas coleções onde a imagem se faz presente, mas nem sempre o professor pratica a sua leitura. No livro didático, a imagem muitas vezes não está relacionada ao texto e, em alguns casos, o autor não chega a justificar a sua presença. Considerando esses pontos, o procedimento metodológico para este minicurso será a leitura da imagem realizada sob três práticas distintas: a formal, a discursiva e a estética. Objetivamos auxiliar o professor, considerando a precariedade de material de apoio, destacando-se determinados pontos como a identificação dos elementos formais e composicionais da imagem, a determinação da função da imagem em relação ao seu suporte, a definição do termo “representação” de acordo com a proposta de leitura e domínio de conhecimentos, a função enunciativa e uma abordagem descritiva e interpretativa. PALAVRAS-CHAVE : Imagem. Arte. Formação do leitor. Função enunciativa.

Sala: C-06

LITERATURA INFANTOJUVENIL NA ESCOLA : CONTRIBUIÇÕES DAS

METODOLOGIAS

Dra. Hiudéa Tempesta Rodrigues Boberg (UENP) [email protected]

RESUMO: O minicurso explora as contribuições que metodologias de ensino de literatura podem facultar ao professor de língua portuguesa da educação básica, especialmente no tratamento dado aos textos literários infantojuvenis. Além da abordagem das metodologias em voga nas salas de aula, o minicurso ainda focaliza a necessidade da pesquisa sobre o assunto, destacando o papel do Grupo de Pesquisa Literatura e Ensino no âmbito da UENP. PALAVRAS-CHAVE : Metodologias de ensino. Literatura infantojuvenil. Leitura literária. Educação básica.

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Sala: Anfiteatro PDE

LETRAMENTO LITERÁRIO NA ESCOLA : PRÁTICAS DE LEITURA

Dra. Vanderléia da Silva Oliveira (UENP-CP/GP CRELIT)

[email protected]

RESUMO: Que papel a literatura tem a cumprir na escola? Em meio aos debates que perpassam as áreas de Pedagogia e Letras, dentre outras, a proposta deste minicurso é tão-somente a de pensar a leitura da obra literária numa abordagem dialógica da linguagem para a formação do leitor. A leitura compartilhada da obra literária não só possibilita o contato do leitor com a literatura, mas também proporciona uma situação de contato da obra literária com o leitor, assim, ambos se transformam e constroem conjuntamente o sentido do texto. Entretanto, abordar o texto literário no espaço escolar exige alguns procedimentos de leitura distintos daqueles empregados em outros textos. Se isso requer do professor conhecimento da especificidade do que se tem denominado letramento literário, este minicurso oferta ao cursista um contato com uma breve apresentação sobre a importância de se letrar para a literatura, dando-lhe a oportunidade de refletir sobre algumas das questões constitutivas no processo de formação do leitor. Pretende-se, assim, discutir alguns subsídios teóricos e metodológicos que permitam ao professor pensar modos de produção e recepção de leitura de textos literários em sala de aula que estimulem a criatividade, o senso estético e crítico dos leitores. PALAVRAS-CHAVE : Literatura na escola. Letramento literário. Formação de leitor.

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Comunicações

1. Leitura e LIJ no Ciberespaço

A TECNOLOGIA E O BEST-SELLER NA SALA DE AULA : POSSIBILIDADES

Murilo Filgueiras Correa (FACINTER)

RESUMO: É impossível ignorar os fenômenos proporcionados pela evolução tecnológica, pois a velocidade da informação estende seus efeitos como tentáculos que atingem toda e qualquer atividade do cidadão no século XXI. A educação não fica de fora desse processo, também sofre consequências: os professores encontram dificuldades crescentes para conduzir seu trabalho, grande parte dos alunos já tem suas mentes dispostas para a interação no mundo digital, tornando a sala de aula um lugar de martírio, sem vínculo algum com seus anseios e atividades cotidianas. No intuito de sugerir possíveis caminhos metodológicos, este artigo tenta demonstrar como o uso de best-seller pode contribuir para o desenvolvimento das duas competências tidas como as mais importantes: a de ler e escrever. Tais obras geram reflexos na atitude de seus leitores, e estes são identificados nas interações cibernéticas, concentradas quase que exclusivamente nas redes sociais. Sob pressupostos da Estética da Recepção, a análise do processo de concepção de fanfics destaca os elementos postos em prática pelo jovem na sua construção. Além de estruturação de ideias, personagens e desenvolvimento de enredo, são postas em pauta opiniões particulares dos leitores/escritores acerca de embates morais e éticos, sejam eles remanescentes dos livros originais, ou novas tramas criadas pelos novos autores. Julgando necessária a total integração e interação do professor com os elementos tecnológicos atuais, este se mostra um dos caminhos pelos quais ele pode andar em direção ao desenvolvimento do currículo, trazendo para a sala de aula aquilo que interessa aos adolescentes. PALAVRAS-CHAVE : Leitura. Fanfic. Crepúsculo. Estética da Recepção. Redes sociais.

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2. Sociedade e Práticas Leitoras

A FORMAÇÃO DO LEITOR CRÍTICO : REFLEXÕES EM TORNO DO TEXTO NO ÔNIBUS, DE CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE

Patrícia Irina Loose de Moraes (FEMA/G)

Orientadora: Dra. Eliane Aparecida Galvão Ribeiro Ferreira (FEMA/CRELIT) RESUMO: A pesquisa tem por objetivo observar no texto “No ônibus”, de Carlos Drummond de Andrade, o emprego de recursos como dialogismo, a polifonia e intertextualidade. O texto em prosa, construído sob a forma de conto, embora, tenha sido concebido num espaço temporal que sugere o fim do período de ditadura militar no Brasil, continua a nos revelar problemáticas urbanas de um passado presente com questões polêmicas envolvendo o contexto social caótico segundo Drummond. Sob a ótica das relações sociais, destaca questões sérias, envolvendo crianças e adultos com um tom discursivo que nos remete à ironia. Há presente todo um jogo polifônico que nos conduz à observação lógica do discurso entre a moral e a ética, entre a verdade e a inverdade, do ser ou não ser, entre justiça e injustiça, entre razão e emoção. O texto nos permite mergulhar em duas questões centrais acerca da leitura crítica: como é possível introduzir crianças e jovens em discussões interdisciplinares entre várias ciências como a história, a matemática, o direito, a filosofia e o espaço da construção literária; e quais são as possibilidades de se trabalhar um texto em prosa, explorando as temáticas abordadas na forma de conto. PALAVRAS-CHAVE : Drummond. Leitura crítica. Ironia. Jovem leitor.

A IMPORTÂNCIA DOS OBJETIVOS NA LEITURA PARA A COMPR EENSÃO DOS GÊNEROS TEXTUAIS

Tatiane Portela Vinhal (Unesp/Cellij)

Orientadora: Dra. Renata Junqueira de Souza (UNESP- Presidente Prudente)

RESUMO: O ensino da leitura tem sido muito discutido, pois o conceito do que é leitura, os objetivos de sua aprendizagem na escola e o que o leitor pretende com a leitura nem sempre estão definidos. Este artigo pretende discutir os objetivos da leitura diante dos diversos gêneros textuais. Assim, a leitura é entendida como um processo que se fundamenta na compreensão e no estabelecimento de objetivos que vem auxiliar nessa busca pelo entendimento. Já os gêneros textuais são definidos como práticas sócio-comunicativas que se caracterizam por serem dinâmicos e variáveis na sua constituição, porém são estáveis quanto à composição, estilo e conteúdo. Por isso, a forma é um elemento importante na constituição dos gêneros, mas não é o aspecto mais relevante, pois o que sobressai nos gêneros textuais é a sua função comunicativa. O que possibilita aos indivíduos compreender e produzir gêneros é a competência metagenérica. Diante disso, fica evidente que a definição de objetivos na leitura e a ativação de conhecimentos prévios são facilitadores na compreensão leitora dos diversos gêneros textuais.

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PALAVRAS-CHAVE : Leitura. Compreensão. Gêneros textuais. Objetivos.

A RELAÇÃO FAMILIAR DO PERSONAGEM PEDRO NAS OBRAS DE TELMA GUIMARÃES C. ANDRADE

Fabiana Moretto Calumby (UEL/PG)

Orientador: Dr. Frederico Augusto Garcia Fernandes (UEL) RESUMO: A pesquisa apresenta a relação familiar do personagem Pedro em três obras: A grande sacada de Pedro; O diário (nem sempre) secreto de Pedro e Pedro Médio & Rita Doce, da autora Telma Guimarães Castro Andrade, que escreve para crianças e jovens desde 1988. Pedro é um adolescente de classe média, em fase de transição, tem de doze para treze anos, é filho único e mora com seus pais na cidade de São Paulo, mas tem uma relação com o campo, pois seus avós maternos moram em um sítio na cidade de Caçapava, interior de São Paulo. Basicamente, a relação familiar de Pedro se passa dentro desses dois espaços, cidade grande e campo. Além dos laços familiares que estão presentes em todos os momentos das três obras selecionadas para essa pesquisa, podemos perceber também um posicionamento político diante da situação do país no final da década de 1980, início de 1990, bem como inquietações e questionamentos peculiares do garoto que acabou de sair da infância para entrar na adolescência. PALAVRAS-CHAVE : Telma Guimarães Castro Andrade. Literatura Infantojuvenil. Relação Familiar. Adolescência.

ADAPTAÇÃO DE OBRAS PARA O CINEMA : UMA ANÁLISE DE LISBELA E O PRISIONEIRO, DE OSMAN LINS, NA VERSÃO CINEMATOGRÁFICA DE GUEL

ARRAES

Camila Rita Galvão Ferreira (UNESP/G) Orientadora: Dra. Eliane Aparecida Galvão Ribeiro Ferreira (FEMA/CRELIT)

RESUMO: Esta comunicação tem por objetivo apresentar uma reflexão acerca da adaptação cinematográfica, feita por Guel Arraes, da obra Lisbela e o prisioneiro, de Osman Lins. Partindo do pressuposto de que toda adaptação é uma recriação, pretende-se neste texto desenvolver uma reflexão sobre o que torna a obra de Osman Lins atraente para o jovem leitor. Além disso, almeja-se observar se a adaptação desta para o cinema resultou em um trabalho estético ou em apenas mais um produto da indústria cultural. No confronto entre a obra e o filme, buscaremos refletir acerca do trabalho do professor em sala de aula, visando cativar o aluno para uma visão crítica acerca de literatura e cinema. O texto de Osman Lins interessa enquanto objeto de análise, justamente porque propõe revisão de valores e pelo humor desconstrói estereótipos, convocando, desse modo, seu leitor a rever conceitos prévios e, por consequência, a ampliar seus horizontes de expectativa. Por sua vez, a versão fílmica interessa, tanto pelo contexto em cenário nordestino, pela trilha sonora atraente e proximidade com o cordel, quanto pela metalinguagem que

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convoca seu espectador a refletir sobre o próprio fazer cinematográfico. Para a consecução dos objetivos, analisaremos ambas narrativas segundo os aspectos elencados e pautando-nos na concepção de que há analogias entre as duas poéticas. PALAVRAS-CHAVE : Cinema. Leitura. Adaptação. Lisbela e o prisioneiro. Literatura.

ALBERT CAMUS E O ROCK' N ROLL : O DESPERTAR DO GOSTO PELA LEITURA ENTRE OS JOVENS

Lucas Osório Silva (UNESP/FEMA)

Orientadora: Dra. Eliane Aparecida Galvão Ribeiro Ferreira (FEMA/CRELIT)

RESUMO: O presente trabalho tem por objetivo criar motivações para que jovens compreendam a literatura e a música como veículos sensíveis no fomento de uma educação emancipatória. Tanto a trajetória do filósofo e escritor francês Albert Camus, carregada de acontecimentos que o fizeram conceber de maneira negativa o “sentido” da vida, quanto o rock´n roll, como expressão juvenil de contestação dos padrões da sociedade capitalista, podem atuar como meios de comunicação para que o jovem pratique um exercício reflexivo sobre seus medos e anseios, seus sonhos. Neste texto, parte-se do pressuposto de que essas duas manifestações culturais fornecem elementos fundamentais para a formação de identidades. A matéria-prima deste exercício só pode ser a leitura, pois com o despertar do gosto, os jovens conhecerão novas formas de se perceber a realidade, distanciando-se dos esquemas do senso comum, ou seja, farão uma revisão de seus conceitos prévios e ampliarão seus horizontes de expectativa. Objetiva-se, portanto, neste texto apresentar um trabalho de prática de leitura, conciliando a obra “O estrangeiro” de Albert Camus, com letras de rock que provoquem no jovem um estranhamento em relação ao problema da crise de identidade. Tal proposta está sendo aplicada na sala de aula por mim, enquanto professor de Sociologia da rede pública de ensino do Estado de São Paulo. Vale lembrar que a proposta se justifica, tendo em vista que um dos temas curriculares de Sociologia para a 2ª série do Ensino Médio é a construção da identidade pelos jovens. Por fim, os resultados previstos consistem na expectativa de que eles construam suas relações entre o texto de Camus com outros textos, mergulhando nas experiências lúdicas possibilitadas pelo rock´n roll, despertando o gosto pela leitura e superando suas crises existenciais, para que possam enfrentar outras, em um infindável devir. PALAVRAS-CHAVE : Leitura. Crise de identidade. Albert Camus. Rock’n roll.

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ALTERNATIVAS METODOLÓGICAS PARA O ENSINO DE LITERAT URA

Thaysa Acordi (I. C./UNICENTRO) Orientador: Dr. Cláudio José de Almeida Mello (UNICENTRO/ GP LITERAÇÃO)

RESUMO: Por meio de estudo pautado em revisão bibliográfica, este trabalho apresenta alternativas metodológicas para o ensino de literatura. Entre estes, destacam-se o método científico, caracterizado pela investigação e experimentação; o método criativo, marcado por ser um meio de apropriação e transformação da realidade; o método recepcional, pautado na ênfase no leitor em suas etapas, conforme embasamento da Estética da Recepção; o método comunicacional, que pretende resgatar o sentido amplo do entendimento da linguagem como molde e descrição do fazer e do pensar humanos; e o método semiótico, centrado na linguagem no seu uso social. Além destas propostas, criadas na década de 1980 por Bordini e Aguiar e, ainda, presentes nos estudos da área de ensino de literatura, este trabalho apresenta a proposta, mais atual de letramento literário, conforme Rildo Cosson, que indica o desenvolvimento de sequências didáticas chamadas por ele de básicas e expandidas no percurso de formação do leitor. O objetivo é contribuir para a disseminação de alternativas para a promoção da leitura literária, a partir da reflexão sobre o modo como diversas propostas podem ser revistas ou complementadas entre si. PALAVRAS-CHAVE : Formação do leitor. Promoção da leitura literária. Educação literária. Literatura e educação.

HARRY POTTER E A ORDEM DA FÊNIX PAR A O CINEMA : TRABALHO ESTÉTICO OU PRODUTO DA INDÚSTRIA CULTURAL?

Laís Gabriele Brancalhão de Souza (FEMA/G)

Orientadora: Dra. Eliane Aparecida Galvão Ribeiro Ferreira (FEMA - CRELIT)

RESUMO: O presente trabalho tem por objetivo apresentar uma análise do processo de adaptação para o cinema da obra literária destinada ao público juvenil Harry Potter e a Ordem da Fênix, da escritora britânica J. K. Rowling. Durante a análise, buscamos verificar se a narrativa, uma vez transposta para o cinema, perdeu seu conteúdo artístico, social e cultural, ou na versão adaptada resultou em um produto bem elaborado. Mais especificamente, buscamos descrever o processo de transposição da obra para o cinema, com o filme lançado em 2007. PALAVRAS-CHAVE : Leitura. Adaptação. Cinema. Harry Potter.

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CLÁSSICOS NA ESCOLA : RESULTADOS DA INTERPRETAÇÃO DE UMA PEÇA ADAPTADA DO LIVRO PEQUENO PRÍNCIPE POR ALUNOS DA ESCOLA DE

TEMPO INTEGRAL

Jorge Esteban Sepúlveda Tejos (UNESP/ Docente escola integral) Orientadora: Dra. Eliane Aparecida Galvão Ribeiro Ferreira (FEMA/CRELIT)

RESUMO: Esta comunicação tem por objetivo apresentar uma reflexão acerca do ensino do teatro e educação artística para alunos do ensino fundamental da escola de período integral. Partindo do pressuposto da necessidade de uma releitura dos clássicos na primeira fase escolar, pretende-se neste texto desenvolver uma reflexão acerca dos paradigmas da Escola Nova, o ensino de teatro e os clássicos, assim como as relações pertinentes entre a necessidade da transposição de uma obra cultural, como a de Antoine de Saint-Exupéry, para o universo escolar infantojuvenil. Além disso, almeja-se colocar em pauta a discussão entre um trabalho estético de cunho artístico e a capacidade cognitiva dos alunos pertencentes a um grupo social de baixo poder aquisitivo. Pragmaticamente, buscaremos refletir acerca da experiência da docência e sua contribuição no desenvolvimento das aptidões que compõe a grade curricular da Escola de Tempo Integral. Desta forma, buscar-se-á oferecer um breve panorama acerca das contradições e benefícios concernentes à instituição de tempo integral. O regime integral na escola interessa enquanto objeto de análise, justamente porque propõe a revisão de valores, de novos métodos de ensino, além de atividades lúdicas que possibilitam ampliar horizontes de expectativa social. Para a consecução dos objetivos, será desenvolvido um paralelo entre o regime de ensino inspirado na Escola Nova e a prática no universo da literatura clássica como forma de contribuição ao aprendizado. PALAVRAS-CHAVE : Teatro. Escola integral. Clássicos. Literatura.

LEITOR, ESCRITOR, USUÁRIO OU CONSUMIDOR DE SIGNOS?

Dra. Alcioni Galdino Vieira (PUC/SP)

RESUMO: Desde a sua chegada, o hipertexto digital tem alterado profundamente a forma com que o leitor se coloca diante do texto. Por exemplo, não se lê um hipertexto, mas se navega por ele. Surgem, assim, diversos questionamentos, tais como: Quais são os efeitos dessa nova forma de ler, à qual os jovens estão amplamente familiarizados, feita de cliques e zappings, sobre a leitura e a escrita? Que mudanças o hipertexto digital e em rede produz no jovem leitor e escritor? O fato é que no limiar dessa civilização estruturada na tecnologia digital da informação, surge uma nova forma de leitura: circunstancial, selecionadora, visual e tabular, mais propensa à exploração de novos territórios do que a uma postura contemplativa. Possivelmente, essa modificação nas atitudes de leitura carrega também mudanças do imaginário, assim como ocorreu na Idade Média com a chegada do livro. Trata-se de uma sociedade centrada no tratamento dos signos, indicando que o processo de personalização do leitor em curso tende a acelerar-se e tornar-se ainda mais acentuado. Seduzido pelas possibilidades oferecidas pelo texto digital, o novo leitor constrói expectativas que o papel não pode satisfazer de maneira tão instantânea.

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Caminha-se, desse modo, a uma hibridação e diversificação dos suportes de leitura, assim como dos gêneros textuais. Diante desse contexto, este trabalho busca refletir sobre o novo universo de leitores, usuários e consumidores de signos no ambiente virtual. PALAVRAS-CHAVE : Hipertexto. Comunicação. Novo leitor.

MACHADO NA SALA DE AULA : UMA ABORDAGEM DIALÓGICA DA ADAPTAÇÃO AGULHA OU LINHA, QUEM É A RAINHA, DE PAULO BENTANCUR

Dra. Eliane Aparecida Galvão Ribeiro Ferreira (FEMA/CRELIT)

Dr. Ricardo Magalhães Bulhões (UFMS)

RESUMO: Este texto tem por objetivo apresentar uma análise do texto Agulha ou linha, quem é a rainha?, realizado por Paulo Bentancur, a partir do reconto do famoso texto Um apólogo, de Machado de Assis. Mais especificamente, pretende-se, a partir dos princípios bakhtinianos, verificar como se efetiva a dialogia entre o texto de Bentancur e o de Machado. Entende-se por dialogismo a característica essencial da linguagem e princípio constitutivo, muitas vezes mascarado, de todo discurso. Na obra de Bentancur, esse dialogismo se estabelece de forma explícita, sendo inclusive anunciado na quarta capa. Para esta análise, parte-se do pressuposto de que o texto de Bentancur, pelo seu caráter lúdico e pelo apoio das ilustrações, desperta o gosto pela leitura no jovem e, justamente, por isso o convida a posterior leitura do texto original de Machado. Constrói-se, então, a hipótese de que a eleição de uma adaptação pode favorecer a formação do leitor estético, aquele que se preocupa com o “como” um texto foi construído. PALAVRAS-CHAVE : Adaptação. Leitura. Formação do leitor. Apólogo.

O FAZEDOR DE AMANHECER E OUTRAS MÁQUINAS : UMA POSSIBILIDADE DE LEITURA DA POESIA DE MANOEL DE BARROS

Janaina Jenifer de Sales (UNESP/G)

Orientadora: Dra. Eliane Aparecida Galvão Ribeiro Ferreira (FEMA/CRELIT) RESUMO: O poeta Manoel de Barros, em O Fazedor de Amanhecer, apresenta-nos suas engenhosas capazes de fazer “amanhecer" ou de levar alguém a "pegar no sono". Com essa estratégia de recurso ao fantástico, ele nos convida a fazer um passeio por suas máquinas, a refletir sobre uma linguagem que desmonta e reinventa a gramática e, assim, revela a infância da palavra. Pela leitura de seus textos, pode-se notar que o escritor constrói sua poesia com sedimentos, restos, musgos, animais pequenos e rastejantes, a fim de nos revelar a beleza contida nas insignificâncias "do mundo”, inclusive nas nossas. Esta comunicação tem por objetivo chamar a atenção para a importância da leitura da boa poesia e, principalmente, para a leitura deste gênero voltado para o jovem leitor. Parte-se do pressuposto de que a poesia é indispensável à formação do jovem leitor, pois quando emancipatória convoca esse indivíduo a rever seus conceitos prévios, a

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ampliar seus horizontes de expectativa e a interagir com o poético que convoca à desautomatização do emprego da linguagem. Sendo assim, pretende-se neste texto mostrar que a poesia de Manoel de Barros é própria para crianças e mesmo para adultos que já estejam “árvores”, pois o texto literário, graças às suas potencialidades poéticas, não possui idade, comove todo tipo de leitor que com ele interage, pois estabelece comunicação, aciona o imaginário e as memórias afetivas. PALAVRAS-CHAVE : Manoel de Barros. O Fazedor de Amanhecer. Poesia Infantil.

PONTOS E CONTRA-PONTOS: ESTUDO COMPARATIVO ENTRE OS TEXTOS ANA.Z AONDE VAI VOCÊ? E ALICE NO PAÍS DAS MARAVILHAS

Mariana Matheus Pereira da Silva (UENP/G-LLIJ)

Vagna Mendes (Graduação UENP/G-LLIJ) Orientadora: Me. Penha Lucilda de Souza Silvestre (UENP-LLIJ)

RESUMO: A presente comunicação, intitulada “Pontos e contra-pontos: estudo comparativo entre as obras Ana Z. aonde vai você? e Alice no País das Maravilhas”, resulta de pesquisas desenvolvidas no grupo Leituras da literatura infanto-juvenil, vinculado a linha de pesquisa Literatura e Ensino da Universidade Estadual do Norte do Paraná, na cidade de Jacarezinho. O estudo tem por objetivo realizar uma leitura comparada entre os textos Ana Z. aonde vai você? (1993), da escritora Marina Colasanti, e Alice no país das maravilhas (1832), de Lewis Carrol, no tocante à busca pela identidade, como também destacar as transformações psicológicas e físicas constante em tais obras. Além disso, observar a notoriedade quanto à construção da qualidade literária e o caráter emancipatório presente nos textos em questão. Para o embasamento teórico, os estudos de Nelly Novaes Coelho, Regina Zilbermam, Maria Alice Faria, Antonio Candido, entre outros são indispensáveis para a realização da pesquisa em pauta. PALAVRAS-CHAVE : Estudo comparativo. Qualidade literária. Ana Z. aonde vai você? Alice no país das maravilhas.

PROPOSTA PEDAGÓGICA PARA A FORMAÇÃO DO COMPORTAMENT O

PERENE DE LEITURA

Joselma de F. Antoniacomi (IC - Unicentro) Orientador: Dr. Cláudio José de Almeida Mello (UNICENTRO/ GP LITERAÇÃO)

RESUMO: Mediante revisão bibliográfica acerca de propostas de leitura literária a partir da escola (A. CANDIDO, T. COLOMER, CECCANTINI, V. T. AGUIAR e outros), este trabalho apresenta reflexões acerca da relevância de um planejamento de leitura de longo prazo, extrapolando as séries anuais, de acordo com proposta pedagógica fundamentada no sócio-interacionismo e na Estética da Recepção, com vistas à promoção da leitura literária. O trabalho aborda, ainda, o papel fundamental da biblioteca no planejamento escolar, concebida como espaço de promoção da cultura. Como alternativa metodológica para o ensino de literatura, apresenta o

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método recepcional, o qual propõe uma trajetória de leitura que parte do horizonte de expectativa mais próximo do aluno e vai, gradativamente, incluindo leituras e atividades mais elaboradas. Esse método, alicerçado nos fundamentos teóricos da Estética da Recepção, coaduna com a proposta pedagógica calcada na concepção de leitura literária como prática social por valorizar o leitor em todas as suas etapas. O objetivo é contribuir para a formação de um comportamento perene de leitura que esteja presente em todas as etapas do desenvolvimento do leitor, permitindo, assim que a leitura se torne um hábito, prazeroso, constante. PALAVRAS-CHAVES : Educação literária. Formação do leitor. Sócio-interacionismo.

REPRESENTAÇÃO DA MEMÓRIA E EMANCIPAÇÃO EM CORDA BAMBA , DE LYGIA BOJUNGA

Diana Rocilda da Rocha Ávila (UENP-CP)

Orientador: Dr. Thiago Alves Valente (UENP-CP/GP CRELIT)

RESUMO: Considerando a importância da Literatura Infantil, bem como sua contribuição para a formação da personalidade do indivíduo, e também para formação da cultura de leitores, adultos e, principalmente, crianças, este projeto de pesquisa será desenvolvido a partir da obra Corda Bamba, de Lygia Bojunga Nunes, e terá como foco principal a personagem Maria. Na obra, Maria é uma menina de dez anos que presencia a morte trágica de seus pais. Para emancipação de seus medos e receios, Maria passa a utilizar fatos do passado para encontrar a si mesma. Somente a partir desses momentos passados é que ela compreende melhor a si, ao mundo e aos fatos de sua vida, passando a encarar de outra forma os momentos que tanto lhe entristecem. Lygia Bojunga em suas obras, nesta em especial, usa o lúdico como resposta para solução de problemas reais e nos apresenta, portanto, a superação. Como respaldo para elaboração desta pesquisa, serão utilizados alguns estudos tanto voltados para análise dos elementos narrativos da obra em questão, quanto para trabalhos de recepção. PALAVRAS-CHAVE : Formação da personalidade. Emancipação pessoal. Formação da cultura. Superação.

TCHAU, LYGIA BOJUNGA : ANÁLISE LITERÁRIA E ESTÉTICA DA RECEPÇÃO

Luciene Ribeiro da Silva (UENP-CP/PG) Orientadora: Dra. Eliane Aparecida Galvão Ribeiro Ferreira (FEMA/CRELIT)

RESUMO: Esta comunicação refere-se a um projeto de pesquisa que tem por intuito analisar o conto Tchau (1982), de Lygia Bojunga Nunes (1932), inserido em obra homônima, utilizando-se para tanto dos pressupostos teóricos da estética da recepção. O conto, marcado por relações sociais e familiares, embora estabeleça verossimilhança com o universo do jovem leitor, também o surpreende ao desafiá-lo quanto à concepção de família idealizada que aparece nas narrativas com as quais está habituado a ler em âmbito escolar. O texto de Bojunga interessa enquanto

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objeto de análise, justamente porque desconstrói estereótipos e, assim, convoca seu leitor a rever seus conceitos prévios e, por consequência, a ampliar seus horizontes de expectativa. Assim, objetiva-se neste trabalho, apresentar uma análise do conto em questão. Para a consecução deste objetivo, analisaremos a narrativa, pautando-nos em leituras antropológicas e sociológicas que sustentam a temática das relações entre os gêneros. Mais especificamente, pretendemos compreender como o texto se insere no gênero conto. Para a análise, partimos do pressuposto de que todo texto expressa uma visão de mundo e seu sentido não é apenas apreendido através de uma simples leitura e sim por uma análise de níveis de leitura. Desse modo, almejamos mostrar que o sentido apreendido no texto nasce na cultura, uma vez que os valores que circulam nos textos trazem marcas sociais, históricas e ideológicas. O trabalho teve a preocupação em tecer um caminho para que o leitor possa percorrer o texto e encontrar nele identidades ou adversidades, enfim, valorizar a relação leitor/texto como interação em que o leitor torna-se um co-autor do texto e não um receptor passivo da mensagem. PALAVRAS-CHAVE : Tchau. Lygia Bojunga. Estética da recepção. Leitor/texto.

3. Literatura Infantil e Juvenil: história e crítica

A FORMAÇÃO DO LEITOR NA CONCEPÇÃO DE HAROLD BLOOM E M SUA INTRODUÇÃO A CONTOS E POEMAS PARA CRIANÇAS EXTREMAMENTE

INTELIGENTES DE TODAS AS IDADES

Luiz Fernando Martins de Lima (Doutorando – UNESP-ASSIS) Orientador: Dr. João Luís Cardoso Tápias Ceccantini (UNESP-ASSIS)

RESUMO: Em meio às discussões sobre a validade da leitura da obra Harry Potter, da escritora britânica J.K. Rowling, Harold Bloom publica a sua coletânea Contos e poemas para crianças extremamente inteligentes de todas as idades (2001, publicado em 4 volumes no Brasil em 2003). Na introdução do livro, Bloom questiona a validade da categoria “Children´s literature” (Literatura infantil), a qual, para o crítico norte-americano, tem sido frequentemente uma “máscara para o emburrecimento que está destruindo nossa cultura literária”. Esta comunicação tem como objetivo colocar em debate as concepções de Bloom acerca da formação do leitor e da leitura por meio de uma atenta leitura da introdução de sua coletânea, de modo a identificarmos pontos-chave de seu pensamento no que diz respeito à iniciação à leitura. Além disso, buscar-se-á também debater os critérios de elaboração de sua seleção de textos, o que pode vir a trazer uma luz para o nosso próprio fazer crítico enquanto professores e mediadores da leitura, visto que todos, como professores, temos papel nas elaborações de corpora literários. PALAVRAS-CHAVE : Leitura. Harold Bloom. Literatura Infantil.

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A PRESENÇA DA LITERATURA INFANTOJUVENIL ALEMÃ NO BR ASIL

Lucila Bassan Zorzato (Doutoranda – UNESP-ASSIS) Orientador: Dr. João Luís Cardoso Tápias Ceccantini (UNESP-ASSIS)

RESUMO: Ao travar contato com títulos da Literatura infantojuvenil alemã traduzidos e/ou adaptados para o português, é possível observar que sua circulação entre nós não está restrita ao século XIX, quando é intensa a presença de obras estrangeiras direcionadas para o público infantil, e a autores clássicos, como os Irmãos Grimm, Heinrich Hoffmann ou Wilhelm Busch. Mais tarde, nos séculos XX e XXI, o número dessas publicações no mercado brasileiro ainda é expressivo e, neste caso, além da presença contínua dos clássicos, ganham destaque também nomes ligados aos últimos sucessos editoriais alemães, a exemplo de Cornelia Funke, e a gêneros e temas que representam diferentes momentos da história da literatura infantil na Alemanha, como Erich Kästner (na literatura pós guerra), Michael Ende e Ottfried Preussler (destaques na década de 1960), entre outros. Neste sentido, o presente trabalho tem como objetivo ilustrar, através do levantamento dessas obras, a significativa influência de textos de escritores alemães na formação cultural dos leitores brasileiros. PALAVRAS-CHAVE : Literatura infantojuvenil. Adaptação e tradução. Mercado. Alemanha.

A REPRESENTAÇÃO DA FAMÍLIA EM SAPATO DE SALTO

Eliane Nunes Silva Maciel (UENP/G) Karla Flancyelli de Almeida (UENP/G)

Orientador: Dr. Thiago Alves Valente (UENP-CP/GP CRELIT)

RESUMO: Esta comunicação visa abordar o tema da representação da família na obra Sapato de Salto, de Lygia Bojunga Nunes, analisando os possíveis problemas familiares encontrados dentro da obra. Sapato de Salto relata, entre outras temáticas, a da família desestruturada, desencadeadora de todos os problemas físicos e psicológicos sofridos pela protagonista mirim Sabrina, que é órfã, foi criada em abrigo para menores, abusada sexualmente e jogada na prostituição aos 11 anos. Sofreu com a fome, a falta de carinho e o abandono dentro de uma sociedade egoísta e preconceituosa. A breve apresentação aponta os modelos familiares existentes na história, o encadeamento dos fatos repetitivos nas diversas gerações e o perfil daquela criança dentro de todo este contexto. Agregadas à protagonista, diversas situações se entrelaçam, finalizando um universo de expectativa. O texto atende ao conceito de narrativa crítica que convoca seu leitor à reflexão e revisão de conceitos prévios. PALAVRAS-CHAVE : A representação da família em Sapato de Salto. Lygia Bojunga Nunes. Sapato de Salto.

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A VIDA EM RETRATOS DE CAROLINA , DE LYGIA BOJUNGA NUNES

Dra. Alice Atsuko Matsuda (SEED-CP/FACCREI/GP CRELIT)

RESUMO: Lygia Bojunga Nunes é uma das escritoras da Literatura Intantojuvenil que trabalha com a palavra como uma artesã, tanto que se autodenomina “artesã da palavra”. Por meio da linguagem esteticamente bem trabalhada, consegue levar seus leitores ao mundo literário, envolvendo-os nas tramas de seus textos. Em suas últimas publicações tem trabalhado com temas voltados mais ao público jovem, porém a personagem criança sempre está presente, conforme se observa na sua publicação Retratos de Carolina (2002). A menina Carolina, personagem principal da trama, leva os leitores à reflexão de todas as fases de sua vida: a infância cheia de sonhos e descobertas; a adolescência recheada de paixões e a fase adulta marcada por paixões, frustrações, sofrimentos, mudanças e transformações. A análise dessa obra faz parte do Projeto de Pesquisa – Viagem pelo mundo imaginário de Lygia Bojunga Nunes –, ligado à linha “Literatura infantil e juvenil brasileira: crítica literária”, do Grupo de Pesquisa CRELIT, da UENP-CP. PALAVRAS-CHAVE : Retratos de Carolina. Lygia Bojunga Nunes. Análise de obras literárias.

ALICE : ENTRE O SONHO E A LITERATURA INFANTIL

Guilherme Magri da Rocha (UNESP/G) Orientador: Dr. Sérgio Augusto Zanoto (FCL/UNESP)

RESUMO: Quando a curiosidade tomou conta de Alice e a menina decidiu seguir o apressado Coelho Branco, ela não pensou que, descendo pela toca do animal, chegaria a um mundo totalmente instável e mutável, constituído de um universo onírico, por isso distante de qualquer lógica. Neste local, lágrimas culminam em lagos, as rosas são pintadas e bebês se transformam em porcos. O objetivo desta comunicação é tecer um panorama da protagonista carrolliana, desde o seu ingresso no País das Maravilhas, deslumbrada, perdida em um mundo no qual chega a se esquecer da própria identidade - não tem certeza sequer do próprio nome –, até sua consagração como anti-heroína, quando aceita o conceito menipeano filosófico de loucura. PALAVRAS-CHAVE : Alice’s Adventures in Wonderland. Carroll, Lewis (1832-1878). Literatura inglesa. Sátira menipéia.

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AS REPRESENTAÇÕES DA SOCIEDADE BRASILEIRA NA OBRA CORDA BAMBA

Bruna Naiara de Oliveira (UENP-CP/G)

Neusa da Silva Leme(UENP-CP/G) Orientador: Dr.Thiago Alves Valente (UENP-CP/GP CRELIT)

RESUMO: Neste trabalho, temos como objetivo apresentar a obra Corda Bamba, de Lygia Bojunga Nunes, bem como estudar as representações da sociedade brasileira apresentadas neste texto. Partindo do pressuposto de que a literatura infantojuvenil, atualmente, tem seu lugar assinalado no mercado e na crítica literária, optamos pela escolha de uma renomada escritora, cujo trabalho fosse marcado por um padrão de reconhecida qualidade estética. A autora convida o seu leitor a acompanhar a história da personagem Maria que, após assistir à morte dos seus pais, faz de seu instrumento de trabalho (uma corda bamba) o fio condutor de uma viagem para dentro de si mesma. Muitas personagem estão envolvidas em um espaço no qual se cruzam diversas representações das camadas sociais brasileiras típicas dos anos 1970 e 1980. Justamente, por isso, atuam como objetos de análise no âmbito da tessitura narrativa. PALAVRAS-CHAVE : Corda Bamba. Bojunga. Sociedade.

CINDERELA : UMA AUTOBIOGRAFIA AUTORIZADA, DE PAULA MASTROBERTI: A REESCRITA FEMININA NO CONTO DOS IRMÃOS GRIMM

Olga Ozaí da Silva (CELLE/UEM)

Orientadora: Dra. Alice Áurea Penteado Martha (CELLE/UEM)

RESUMO: Este trabalho tem como objetivo analisar como se deu a mudança na construção das personagens femininas na reescrita de contos de fadas; especificamente da reescrita do conto de fadas Cinderela, dos Irmãos Grimm – conhecido universalmente –, realizada pela escritora Paula Mastroberti em sua obra Cinderela: uma autobiografia autorizada, publicada em 1997. A transformação da personagem feminina em sujeito de seu destino, ou seja, capaz de alterar os rumos de sua própria história, em oposição à situação de objeto dominado nos contos clássicos, tem sido uma realidade na literatura chamada “literatura de autoria feminina”; além disso, também tem sido uma estratégia de reescrita na literatura infantil e juvenil, utilizada por escritoras brasileiras contemporâneas, reinventando o modo de construção e representação do universo da mulher. Assim, pretendemos observar como esta estratégia foi utilizada na reescrita do conto em questão e como se deu esta transformação na construção e representação de suas personagens femininas.

PALAVRAS-CHAVE : Literatura infantojuvenil. Paula Mastroberti. Reescrita feminina contemporânea.

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CORRESPONDÊNCIAS, LEITORES E FANTASIA : UMA PROPOSTA DE ANÁLISE DE O CARTEIRO CHEGOU (2007)

Dr. Fernando Teixeira Luiz (FAPEPE/CRELIT)

Me. Berta Lúcia Tagliari Feba (FAPEPE/CRELIT/CELLIJ)

RESUMO: O objetivo desta comunicação é apresentar uma proposta de leitura do livro intitulado O carteiro chegou, de Janet e Allan Ahlberg (Companhia das Letrinhas, 2007), verificando especificamente possibilidades de ampliação dos sentidos do texto em decorrência das relações intertextuais nele presentes. O carteiro chegou, revelando-se como uma narrativa labiríntica, intercala diversos quadros que recuperam os clássicos infantis, unidos basicamente pelas peripécias do personagem Carteiro. Os diferentes discursos instaurados nas correspondências conduzidas, por outro lado, refletem, por meio da criteriosa seleção lexical, as múltiplas formas de linguagem (a infantil, a jurídica, a dos contadores de histórias etc.), veiculadas em desdobramentos do gênero textual epistolar. Assim, alicerçado em uma reflexão acerca da participação do leitor implícito e de seu papel no ato de ler, o trabalho busca tratar das condições para a leitura, como projeto gráfico-editorial e qualidade estética da linguagem, os quais contribuem para a ampliação das referências culturais do jovem leitor. A esse respeito, nossa proposta de análise contemplará tanto o jogo sígnico inscrito no decorrer da narrativa, quanto a coerência intersemiótica instaurada a partir da articulação entre os textos verbais e visuais. Por conseguinte, pretende-se problematizar a atuação do narrador intruso, a paródia do cânone europeu, a construção de personagens excêntricos, o diálogo mantido com diferentes gêneros textuais, a metalinguagem e, em especial, a plurissignificação. Na narrativa, o Carteiro tem a função de entregar cartas a moradores de uma aldeia, representados por personagens das histórias que fazem parte do repertório das crianças, como “Cachinhos dourados e os Três ursos”, “João e o pé de feijão”, “Cinderela”, “Chapeuzinho Vermelho”. O livro reproduz as cartas e propicia a interação do leitor, uma vez que ultrapassa a condição linear da leitura, provoca descobertas por folhear, abrir, dobrar, bem como desenvolve a imaginação e convida à diversão. Outro traço marcante no livro em questão está no processo de construção do humor, em que a obra se vale de situações inusitadas, de neologismos, de emprego de expressões coloquiais e imagens bastante sugestivas que enredam o destinatário. Assim, a leitura do livro suscita a vivência de uma experiência estética que oferece subsídios para a formação do leitor. PALAVRAS-CHAVE: Literatura contemporânea. Leitura. Leitor. Humor. Intertextualidade.

DO LIVRO À LEITURA (LITERÁRIA) EM BIBLIOTECAS

Lucas Santos Macedo (UEM/PG) Orientadora: Dra. Alice Áurea Penteado Martha (UEM)

RESUMO: Este trabalho procurou investigar questões pertinentes à leitura de textos literários em bibliotecas sob diferentes perspectivas, sobretudo, considerando as produções teóricas específicas do campo literário. Nesse quadro, a leitura sempre foi tema controverso. Se, historicamente, os estudos literários percorreram um caminho

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que se orientou, de início, pela crítica biográfica, passando pelos estudos imanentistas, é com os estudos da recepção, em meados do século XX, que o leitor e a leitura passaram a ser considerados efetivamente no processo. Tal inovação implicou o abandono da postura de classificação da quantidade de interpretações possíveis de um texto, com possibilidades de interpretações falsas e uma só correta, para expandirem horizontes sobre o que permite a diferença das leituras. Aparecem como corolário outros pontos de discussão: limites da interpretação, liberdade condicionada do leitor, leitura por prazer, experiência estética, leitura especializada e não-especializada etc., os quais não se encerram num único ponto de vista; porém, não se pode negar a relação que estes pontos têm com o ensino de literatura e a formação de leitores. O interesse atual das ciências sociais que, de certa forma, envolvem as pesquisas sociológicas em leitura, reclama uma atenção ao ato de ler propriamente e às significações plurais que, no contato com os textos, os leitores produzem. Esse interesse solicita também um exame da historicidade dos textos, das categorias que os classificam e das práticas discursivas e não-discursivas que envolvem o ato de sua leitura É fundamental, portanto, para professores de literatura e formadores e mediadores de leitura que atuam em bibliotecas, que se conheça o que a teoria literária tem a contribuir para o processo de leitura da literatura. Partindo de um diagnóstico da falta de leitura de literatura nas escolas, o artigo procurou pensar tópicos específicos na tentativa de mostrar as especificidades da leitura do texto literário. PALAVRAS-CHAVE : Leitura. Teoria literária. Formação de leitores.

LITERATURA INFANTIL E JUVENIL BRASILEIRA : CRÍTICA DE OBRAS CONTEMPORÂNEAS

Elizabete Rodrigues Fernandes de Souza (UENP-CP-IC/Fundação Araucária)

Dr. Thiago Alves Valente (UENP-CP/GP CRELIT) RESUMO: Este trabalho tem como objetivo apresentar uma reflexão acerca das obras Literatura Infantil Brasileira, de Leonardo Arroyo, publicada em 1968, e a obra Literatura Infantil Brasileira: História e Histórias, das autoras Marisa Lajolo e Regina Zilberman, publicada em 1984. A escolha do Corpus se fez na medida em que se buscava analisar as semelhanças e diferenças das duas obras que, publicadas mais de uma década de diferença, traz traços peculiares de uma história literária infantil carregada de ideologias e conceitos que foram mudando com o passar dos anos. Se, de um lado, Arroyo monta uma imensa pesquisa da formação da literatura infantil e sua produção até então, Lajolo e Zilberman, por sua vez, também o fazem, mas apresentam adicionais em relação a obras e autores que publicaram depois de 1968 e, ainda, deixam bem marcados seus conceitos de textos esteticamente literários para a infância e o contexto de produção dessas obras, o que ressalta ainda mais a premissa de que a segunda obra, embora apresente bem marcadamente influências da produção de Leonardo Arroyo, já contém em seu cerne conceitos formulados recentemente, como a relação obra/sociedade. PALAVRAS-CHAVE : História da literatura infantil brasileira. Leonardo Arroyo. Marisa Lajolo e Regina Zilberman.

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MONTEIRO LOBATO E SUA VISÃO LINGUÍSTICA : UMA RELEITURA DE EMÍLA NO PAÍS DA GRAMÁTICA (1934)

Marcos Antonio Rodrigues (Graduando/UNESP-ASSIS) Orientador: Dr. Márcio Roberto Pereira (UNESP-ASSIS)

RESUMO: Monteiro Lobato (1882-1948) foi um dos criadores e precursores da literatura infantojuvenil brasileira e um dos maiores escritores nessa área, ficando popularmente conhecido pelas suas obras educativas que constituem um conjunto de livros infantis. Além de ser considerado um dos escritores brasileiros mais influentes do século XX, Lobato também desenvolveu carreira como editor, crítico, tradutor, professor, desenhista, caricaturista e diplomata. Ele foi um homem que persistiu em seus ideais e esteve inserido no contexto da modernidade, defendendo sempre uma arte que fosse devidamente brasileira. Diante desse impasse, em que vemos uma mentalidade brilhante que esteve sempre à frente das ideias de seu tempo, pretendemos apontar sua visão linguística e sua proposta de ensino de língua portuguesa ao público infantil a partir de uma releitura de sua obra: Emília no País da Gramática (1934). Neste livro, a gramática é tratada, ou melhor, ensinada de forma fantástica, pois a língua passa a ser figurada como um país – O País da Gramática –, por onde as personagens fazem uma impressionante viagem. Almejamos, portanto, analisar essa importante obra literária, mostrando que a literatura infanto-juvenil tem sido um importante instrumento pedagógico por visar ao desenvolvimento emocional e à formação cultural das crianças. PALAVRAS-CHAVE : Monteiro Lobato. Linguística. Gramática. Literatura infantojuvenil. MUDANÇA DE HORIZONTE NO POEMA JUVENIL : UMA LEITURA DE DUELO DO

BATMAN CONTRA A MTV DO ESCRITOR SÉRGIO CAPPARELLI

Lígia Maria Fabretti (PG-UEM/CELLE, CAPES) Orientadora: Dra. Alice Áurea Penteado Martha (UEM/CELLE)

RESUMO: O trabalho proposto pretende percorrer as três etapas interpretativas propostas por Hans Robert Jauss em O texto poético na mudança de horizonte da leitura (1983). Com base teórica na Estética da Recepção e textos que fundamentam a literatura infantojuvenil, esta comunicação aplica a metodologia proposta por Jauss no poema contemporâneo Duelo do Batman contra a MTV, presente no livro juvenil de mesmo nome, do escritor contemporâneo Sérgio Capparelli. Notou-se que esta teoria pode ser aplicada em um poema contemporâneo, como pode contribuir para os estudos relacionados à Literatura infantojuvenil no que se refere à recepção desses textos por parte dos leitores. PALAVRAS-CHAVE : Estética da recepção. Literatura juvenil. Duelo do Batman contra a MTV. Sérgio Capparelli.

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O PICAPAU AMARELO E MEMÓRIAS DA EMÍLIA, DE MONTEIRO LOBATO : O MUNDO DO SÍTIO E O SÍTIO NO MUNDO

Meiryellen Herling Uloffo (UEM – CELLE)

Orientadora: Dra. Alice Áurea Penteado Martha (UEM – CELLE) RESUMO: Apontar traços renovadores da obra lobatiana é um trabalho que não se esgota, especialmente, no caso de sua produção infantil. Como se sabe, no final do século XIX e nas primeiras décadas do século XX, a literatura brasileira destinada à infância era totalmente dependente da europeia, o que lhe conferia uma visão conservadora. Essa produção tinha por objetivo veicular noções didáticas e pedagógicas, ligadas a questões religiosas, morais, educacionais ou de civismo. Mesmo antes da publicação de A menina do Narizinho arrebitado (1920), Lobato manifestava sua preocupação com as leituras destinadas às crianças, arquitetando um modo diferente de levar a fantasia aos pequenos leitores, posicionando-se decisivamente contra o pensamento literário da época. Cioso da necessidade de adaptação, antecipou, na produção infantil, o processo antropofágico que caracterizaria mais tarde o Modernismo brasileiro. É, nesse contexto que, a partir de um recorte em toda a produção de Monteiro Lobato, esta comunicação apresenta os resultados do projeto “O picapau amarelo e Memórias da Emília, de Monteiro Lobato, o mundo do sítio e o sítio no mundo”, tendo em vista o caráter inovador da fusão entre o real e a fantasia na organização da narrativa, em especial da obra Memórias da Emília (1936). Os resultados consideram, sobretudo, a participação do narrador na construção das personagens e da ambientação (tempo e espaço) no mundo narrado, posicionamento que garantiu naturalidade, tanto às personagens, quanto aos leitores, à transição entre o mundo real e o fantástico apresentados na obra. PALAVRAS-CHAVE: Literatura Infantil. Monteiro Lobato. Memórias da Emília.

O PROCESSO EDUCATIVO DAS FÁBULAS INFANTIS

Camila Akemi Abe (UNESP-ASSIS/G-GP GEPEES - PIBIC/CNPq) Orientador: Dr. Alonso Bezerra de Carvalho (UNESP-ASSIS/GP GEPEES)

RESUMO: A fábula é uma das formas literárias de maior antiguidade da humanidade e que continua presente até hoje na literatura infantil, porém de um modo diferente do tempo antigo, pois antes persistia nas histórias a imposição de passar conhecimentos sistematizados ao aluno, sem oportunidades de questionamentos e reflexões, e atualmente estas histórias adquiriram mais consistência. Devido a escritores modernos, como Monteiro Lobato, foram adaptadas ao público infantil. Com a finalidade de propor uma reflexão sobre o caráter moralizante do qual as fábulas se revestem, queremos atribuir a estas uma maior valorização, mostrar sua significação no processo educativo, como forma de instruir e despertar uma sensibilização moral desde cedo nas crianças. Partindo como tema de estudo a questão da amizade, que está enlaçada com atitudes e valores éticos, manifestando interesses de comportamento e de conhecimento, selecionamos para análise duas narrativas, ambas abordam o tema da amizade, porém de modos diferentes. A primeira história, intitulada “O urso e os viajantes”, é de Esopo e a segunda, “O

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macaco e gato”, do moderno Monteiro Lobato, sendo assim, serão apresentados alguns resultados parciais obtidos com o estudo.

PALAVRAS- CHAVE: Fábulas. Literatura infantil. Ética. Educação. Amizade.

O “TCHAU” DE BOJUNGA : QUESTÕES SOCIAIS NA TESSITURA LITERÁRIA

Elizabete Rodrigues Fernandes de Souza (UENP-CP-IC/Fundação Araucária) Mariana Lacerda Zucoloto (UENP-CP-TCC)

Dr. Thiago Alves Valente (UENP-CP/GP CRELIT)

RESUMO: Este trabalho apresenta o conto “O Bife e a Pipoca” que compõe a obra Tchau, de autoria de Lygia Bojunga Nunes. O objetivo é apresentar o conto, que publicado em 1986, se torna o primeiro experimento de texto curto realizado pela autora. Observa-se que a autora elenca no conto aspectos formais e composicionais que refletem sua renovação e inovação comparada aos últimos 30 anos da literatura infantil nacional, que se encontrava em estado de dormência em questões temáticas e estéticas da produção de textos para a infância. No conto analisado, podem-se encontrar traços da chamada “literatura de protesto”, realizada após a década de 1960, que tematizava as mazelas sociais e o cotidiano das crianças expostas a esses meios. Como resultado de sua qualidade estética, não só “O Bife e a Pipoca”, como também, todas as demais obras da autora, são dignas de ser estudadas e analisadas em função de sua contribuição como texto literário e como obra de qualidade que expande a criação do universo infantil e auxilia como base pilar no processo de formação de leitores. PALAVRAS-CHAVE : Literatura infantil brasileira. Lygia Bojunga Nunes. O Bife e a Pipoca.

4. Literatura: Recepção de Leitura

A LITERATURA EM SALA DE AULA : O ALUNO COMO PERSONAGEM PRINCIPAL

Elaine Cristina Amorin (CENTRO EDUCACIONAL CRIARTE)

RESUMO: O ensino de literatura em âmbito escolar tem se mostrado, na maioria das vezes, desmotivador e desinteressante para os alunos. Tal fato ocorre, porque muitos professores trabalham com a definição clássica de literatura, baseado no que se chama de boa literatura, ou seja, ao aluno não é dada a oportunidade de formular o seu próprio cânone literário. Dessa maneira, as aulas de literatura devem ser organizadas e sistematizadas de modo que se evite a automatização do processo de ensino-aprendizagem, para que esta não se reduza a um mero condicionamento desprovido de reflexão, vinculado apenas a normas pré-estabelecidas.

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Inquestionavelmente, a literatura deve ser apresentada ao aluno como uma das diversas maneiras de se ver a realidade, pois, se a perspectiva da obra e a do leitor não forem as mesmas, isso poderá resultar em um conflito que determinará um processo de reflexão e meditação por parte do aluno-leitor e, consequentemente, ele poderá compreender as diversas concepções de si próprio e do mundo. PALAVRAS-CHAVE : Literatura. Leitor. Recepção.

A MUSICALIDADE NOS POEMAS INFANTIS DE CECÍLIA MEIRE LES

Carla Kühlewein (UNESP)

RESUMO: A origem do gênero poético revela seu vínculo estreito com elementos típicos dessa forma de composição artística, como o ritmo, a rima, a divisão silábica, enfim, há uma profunda conexão entre o texto e as manifestações sonoras. Nesse sentido, o poema passa a ser analisado não apenas enquanto texto literário escrito, mas também enquanto composição rítmica que convida o leitor à apreciação interativa e à observação de versos, sons e ritmos como um todo coeso, responsável pela significação do texto literário propriamente dito. Pensar o poema dessa forma permite à prática educativa dinamizar a leitura desse tipo de texto no contexto escolar, uma vez que a musicalidade poética tem se restringido às velhas práticas de recitação inócua. Sob esse enfoque, apresentam-se leituras estratégicas de poemas da obra de Cecília Meireles Ou isto ou aquilo, seguidas de atividades de criação artística, no intuito de se desenvolver em sala de aula uma prática de leitura poética que contemple aspectos estruturais e temáticos. PALAVRAS-CHAVE : Cecília Meireles. Ou isto ou aquilo. Poema. Musicalidade.

A RECEPÇÃO DE O TRISTE FIM DE POLICARPO QUARESMA , POR ALUNOS DO ENSINO MÉDIO

Marlene Cecília Castagna (PG-UEM/CELLE)

Orientadora: Dra. Alice Áurea Penteado Martha (UEM-CELLE)

RESUMO: O presente trabalho traz resultados parciais da dissertação “A recepção de O Triste Fim de Policarpo Quaresma, de Lima Barreto, por alunos do Ensino Médio”. Este trabalho, aplicado em forma de oficina de leitura e escrita, teve como ponto de observação a recepção de alunos do Ensino Médio de escolas públicas da cidade de Maringá, no Estado do Paraná. A fundamentação teórica desta pesquisa é ancorada nas pesquisas de Wolfgang Iser e Hans Robert Jauss sobre a Teoria da recepção. Esse arcabouço teórico leva a pesquisa para a investigação de como ocorre a recepção dos textos canônicos no espaço escolar. Outra base teórica relevante, suporte teórico da oficina de leitura, foram os níveis de leitura descritos por Hans Kügler, texto com tradução livre de Carlos Erivany Fantinati. A Sociologia da Leitura mereceu, pelo caráter do trabalho, relevância na base teórica do projeto. A preocupação da pesquisa foi pensar o maior número de possibilidades para que ocorra uma situação no espaço acadêmico favorável à leitura.

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PALAVRAS-CHAVE : Triste fim de Policarpo Quaresma, Lima Barreto. Oficina de leitura. Recepção.

ANTES QUE O MUNDO DA LEITURA ACABE : UM ESTUDO DA RECEPÇÃO DE

UMA OBRA JUVENIL NA ESCOLA PÚBLICA PAULISTA

Fábio Coutinho Silva (UNESP-ASSIS-PG) Orientador: Dr. João Luís Cardoso Tápias Ceccantini (UNESP-ASSIS)

RESUMO: O presente trabalho é resultado de uma pesquisa-ação a partir de um trabalho de incentivo à leitura, promovendo o contato dos alunos com narrativas literárias, no Ensino Fundamental II (5ª a 8ª séries, ou 6º ao 9º ano), da Escola Estadual “Jardim Primavera”, da cidade de Cerqueira César/SP. A aplicação do projeto, em parceria com professores da escola, dispôs da carga horária semanal da disciplina de Leitura e Produção de Textos do Ensino Fundamental II, durante o segundo semestre do ano de 2009. Essa parceria demandou também um programa de aperfeiçoamento da prática docente no ensino da leitura, por meio de encontros de formação. Desse modo, o projeto trazia os seguintes objetivos: estudar o papel da literatura infanto-juvenil para a efetiva formação do leitor, buscando contribuir para a superação do baixo desempenho dos alunos das escolas públicas na competência leitora; discutir sobre o aproveitamento de narrativas literárias na sala de aula, abrangendo aspectos ligados à prática docente e às metodologias de ensino da literatura; e analisar as impressões de leitura desses alunos, com base nos postulados da Estética da Recepção (Hans Robert Jauss). Para o corpus de análise, verificou-se a possibilidade de um estudo comparativo da recepção nas três turmas de sétima série, para as quais foi oferecida para leitura a obra juvenil Antes que o mundo acabe, de Marcelo Carneiro da Cunha. A análise implicou na tentativa de transferência dos fundamentos da Estética da Recepção para uma leitura interpretativa dos dados coletados, para o levantamento de algumas hipóteses a respeito do horizonte de expectativas dos alunos ou para inferências sobre problemas ou dificuldades na compreensão leitora, frequentemente afetada pelo contexto da formação e das vivências do educando. PALAVRAS-CHAVE : Literatura infanto-juvenil; leitura; estudo e ensino; Literatura; História e crítica.

A RECEPÇÃO DE TCHAU : UM OLHAR SOBRE O FEMININO

Eliseu Marcelino da Silva (SESP) Dra. Isabel Cristiane Jerônimo (FAPEPE)

RESUMO: Este trabalho tem como base a análise literária do conto Tchau (2004), de Lygia Bojunga, cuja temática se desenvolve em torno da tomada de decisão de uma mulher que abdica de seus filhos para viver uma paixão. Teoricamente, esta guinada na vida da personagem só poderia se tornar verossímil diante de uma mentalidade contemporânea, segundo a qual a mulher ganhou o direito de exercer outros papéis

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além da maternidade, fundamento social e existencial feminino aceito ainda há pouco. Por meio de material escrito, da convivência com alunos de 4° série e com estudantes do curso Pedagogia Cidadã, responsáveis pela formação das crianças no primeiro ciclo do Ensino Fundamental, foi comprovado na dissertação “A Ficção de Mott e de Bojunga: Leituras de Professores e Alunos das Primeiras Séries do Ensino Fundamental” (2005), como as crianças e adultos estudados se atinham a valores tradicionais. Isto se dava quando os receptores tinham de buscar referências em situações envolvendo perspectivas sociais numa problematização ficcional mais ampla. Utilizando-nos da mesma metodologia, o trabalho tem como principal objetivo medir o quanto o universo de expectativas dos alunos do fim do segundo ciclo do Ensino Fundamental viabiliza a absorção das novas mentalidades femininas, presentes na sociedade contemporânea, diluídas na narrativa de Bojunga. A modernidade de pensamentos que coloca em xeque o determinismo social que estipulava a função atribuída à mulher está dissolvida na estrutura narrativa de Bojunga. Por meio das teorias da Recepção de leitura, buscamos saber de que forma os adolescentes identificam esses elementos sociais e como essa temática amplia seus horizontes de expectativas. Como última análise, procuramos lançar um olhar, segundo a visão de Bakhtin (2006), sobre o receptor do discurso, verificando de que maneira a linguagem escrita, pode ser limitadora. PALAVRAS-CHAVE: Lygia Bojunga. Estética da recepção. Horizonte de expectativas. Metodologia.

A RECEPÇÃO DO TEXTO LITERÁRIO POR ALUNOS DE DUAS ES COLAS MUNICIPAIS DE FOZ DO IGUAÇU

Marcos Douglas Pereira (CELLE/UEM)

Orientadora: Dra. Alice Áurea Penteado Martha (CELLE/UEM)

RESUMO: O caminho para a leitura começa na infância, quando as crianças passam a gostar de palavras e de ouvir histórias, além de sentirem necessidade de contar acontecimentos de seu cotidiano a pessoas próximas. A responsabilidade em estimular o hábito da leitura nas crianças é, entre outras instituições, dos pais e da escola, uma vez que gostar de ler não é um dom, mas um gosto que se forma. A partir do entendimento de ler não como um ato mecânico de decodificação de frases soltas proferidas de foram eficiente, mas como estabelecimento de relações dentro de contextos, de vivências de mundo, ato complexo que exige entradas e retornos ao texto e a criação de mecanismos para que a palavra tenha vida, esta comunicação apresenta resultados de breve pesquisa realizada com alunos do Ensino Fundamental de duas escolas municipais de Foz do Iguaçu, Padre Luigi Salvucci e Frederico Engel. Esta pesquisa foi motivada pelas dificuldades relatadas por professoras que buscam o melhor modo de introduzir e fixar o texto literário como objeto de desejo para seus alunos.

PALAVRAS-CHAVE : Leitura. Recepção. Leitura do texto literário.

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AS FACES DE CHAPEUZINHO VERMELHO : OS GÊNEROS TEXTUAIS PERCORRERAM A FLORESTA

Izabel Cristina Marson (SEED-PR/UTFPR GP EDITEC)

RESUMO: De que forma ensinar gêneros textuais? Sabemos que o contato com diferentes esferas da linguagem é o caminho. Lembrando Marisa Lajolo (1986): “É a propósito da literatura que a importância do sentido do texto se manifesta em toda a sua plenitude. É essa plenitude de sentido o começo, o meio e o fim de qualquer trabalho com o texto”. A proposta aqui apresentada sugere o viés da comparação tendo a personagem de ficção Chapeuzinho Vermelho como protagonista de Plano de Trabalho Docente realizado em 2010. Os alunos da 2ª série C, verpertino, do Colégio Estadual Cristo Rei-Ensino Normal, leram uma coletânea de textos que incluía desde Charles Perrault (1697), até versões contemporâneas inspiradas nesta primeira. Foram realizadas atividades de contextualização e identificação das vozes sociais do discurso. Como avaliação os alunos criaram um livro (publicação interna) formado por contos produzidos por eles e tendo a Chapeuzinho, o Lobo e a Vovó em novas aventuras. PALAVRAS-CHAVE : Chapeuzinho Vermelho. Gêneros textuais. Produção de contos.

FORMAÇÃO DE LEITOR : DIFICULDADES E DESAFIOS

Alãine Cássia da Cunha Pires (UENP-PG) Orientadora: Dra. Alice Atsuko Matsuda (UENP-CRELIT/FACCREI/SEED)

RESUMO: O presente projeto de pesquisa tem como objetivo realizar uma pesquisa de campo para analisar as necessidades e as dificuldades dos professores de Língua Portuguesa em relação à metodologia aplicada para formar leitores. A partir do que for constatada, como sugestão, será verificada a possibilidade de pôr em prática o Método Recepcional, organizado por Bordini e Aguiar (1988), conforme as Diretrizes Curriculares do Paraná, propondo novas maneiras de trabalhar a leitura para superar as dificuldades que o professor enfrenta nas escolas públicas. Geralmente, o que se tem presenciado são bibliotecas com falta de livros de literatura infantil e juvenil de bons escritores e com certa quantidade que possa desenvolver o Método Recepcional, além da carência de fundamentação teórica e metodológica do professor. Verifica-se também a necessidade de “programas de ensino que valorizem a literatura, e, sobretudo, uma interação democrática e simétrica entre alunado e professor”, de acordo com Bordini e Aguiar (1988, p.17). PALAVRAS-CHAVE : Formação do leitor. Método Recepcional. Pesquisa de campo.

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“HISTÓRIA DOS LOBOS DE TODAS AS CORES” : UMA PROPOSTA PRÁTICA PARA TRABALHO EM SALA DE AULA

Patrícia de Fátima Ferreira (UEL-PG)

RESUMO: O presente trabalho objetiva apresentar resultados de um exercício de leitura literária, realizado com crianças da Educação Infantil, de 3 a 4 anos. Na oportunidade, utilizou-se a obra “História dos Lobos de Todas as Cores”, de Meneer Zee, e aplicou-se metodologias variadas, em diferentes dias, para melhor assimilação do texto literário. Desta forma, foi considerado o seguinte roteiro: 1) leitura do texto literário e apresentação das imagens do livro; 2) leitura com duas professoras interpretando as vozes dos personagens; 3) desenho do que mais chamou a atenção no texto; 4) história representada em fantoches de vara; 5) pintura de máscaras de lobos e brincadeira com as máscaras; 6) dramatização da obra trabalhada; 7) leitura do livro em questão; 8) confecção de livretos. O escopo do exercício de leitura literária foi dar notório espaço a mesma em sala de aula, contribuir com a aquisição e desenvolvimento da linguagem, ampliar os horizontes de expectativas, estimular o raciocínio lógico, familiarizar a criança com histórias que vão além dos clássicos, promover o compartilhamento de sensações e compreensões, contribuir com o interesse pela leitura, conduzir a abstração de fatos e conceitos, experienciar conflitos de forma lúdica e estimular o raciocínio acerca de questões como o bem e o mal, o oportunismo, a esperteza e o certo e o errado. No tocante ao embasamento teórico, destacam-se Antonio Candido, Ligia Cademartori Magalhães e Regina Zilberman. PALAVRAS-CHAVE : Literatura infantil. Exercício literário. Lobo.

INFLUÊNCIAS DA LITERATURA DE MONTEIRO LOBATO : UM ESTUDO SOBRE

A FORMAÇÃO DE LEITORES NA PERSPECTIVA DE DOCENTES DO ENSINO FUNDAMENTAL DA REGIÃO SUDOESTE DO PARANÁ

Cristina Hinterlang (UNIOESTE/PG)

Orientadora: Dra. Clarice Lottermann (UNIOESTE) RESUMO: A presente pesquisa surge da necessidade de se investigar como é realizada a promoção da leitura do texto literário nas séries iniciais do Ensino do Fundamental, visando à formação de leitores de acordo com as necessidades da escola contemporânea. Partindo desse pressuposto, objetivamos investigar ações docentes desenvolvidas a partir da leitura de textos de Monteiro Lobato, a fim de se observar possíveis contribuições para o desenvolvimento do pensamento e da linguagem dos leitores em formação a partir da interação com textos literários do autor. Compreendemos que a leitura das obras de Lobato é importante, pois permite a discussão de temas caros no universo brasileiro e, particularmente, no universo da educação das crianças. E, devido ao reconhecimento da importância da literatura para o desenvolvimento individual e social, fica evidente a necessidade de pesquisas que investiguem sua manifestação no meio social. Dessa forma, a fim de realizarmos uma pesquisa que represente a realidade, far-se-á um estudo com amostras representativas da população para averiguar quais docentes, atuantes tanto nos primeiros, quanto nos quintos anos, do Ensino Fundamental da Região Sudoeste do

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Paraná, contemplam em suas práticas a literatura de Monteiro Lobato, e então, analisar as contribuições daquelas práticas leitoras. Metodologicamente, a pesquisa consiste em uma análise de dados coletados, por meio de questionário contendo perguntas abertas e fechadas, junto a professores das Escolas Municipais pertencentes ao Núcleo de Educação de Francisco Beltrão, no Sudoeste do Paraná. Trata-se de uma pesquisa quali-quantitativa de recorte transversal. Em nossa pesquisa, utilizar-se-á como suporte teórico autores da crítica literária contemporânea na perspectiva da Estética da Recepção, tais como Jauss e Iser, já que se pretende observar e analisar a recepção da literatura e, ainda, os principais autores da crítica literária brasileira como Regina Zilberman, Nelly Novaes Coelho, Marisa Lajolo, Leonardo Arroyo, entre outros. PALAVRAS-CHAVE : Literatura Infantojuvenil. Recepção literária. Monteiro Lobato.

LEITURA E GÊNEROS TEXTUAIS : O TRABALHO COM TEXTO CULINÁRIO NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL

Jacqueline Lidiane de Souza (UENP-CP/G)

Orientadora: Roberta Negrão de Araújo (UENP-CP)

RESUMO: O presente artigo resultou das atividades desenvolvidas na docência do Estágio Supervisionado nos anos iniciais do ensino fundamental em uma escola pública municipal no distrito de Congonhas/Cornélio Procópio. A turma encontrava-se no início do processo de alfabetização, o que foi considerado para a escolha da mesma, pelo desafio em trabalhar com as diferenças no processo de aprendizagem, tanto na leitura e na escrita, bem como na interpretação destas. Para desenvolver a docência, atividade imprescindível na formação do futuro professor, foram elaborados planos de aula para uma semana letiva. Estes foram implementados, tendo como foco uma postura interdisciplinar. Desta forma, o trabalho com os gêneros textuais proporcionou uma oportunidade única de se contemplar os eixos da Língua Portuguesa: oralidade, leitura e escrita, nas suas diversas manifestações, além de explorar sua função social. O texto culinário, na categoria de textos instrucionais, foi o selecionado para determinar as demais atividades. A mediação do professor entre os educandos e o conteúdo curricular proporcionou, além de rica experiência acadêmico-profissional, a possibilidade de aproximá-los à norma culta da língua, via um gênero textual muito utilizado no cotidiano de toda sociedade. PALAVRAS-CHAVE : Gêneros Textuais. Texto culinário. Anos iniciais. Ensino Fundamental.

LITERATURA E HISTÓRIA : UMA CONVERSA SOBRE DIÁRIO DE MENINA

Penha Lucilda de Souza Silvestre (UNESP- bolsista CNPQ) Orientador: Dr. Gilberto Figueiredo Martins (UNESP-ASSIS)

RESUMO: Estudos realizados pela crítica literária brasileira sobre o diário Minha vida de menina (1942), de Helena Morley, demonstram a carência de pesquisas, visto

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que há alguns trabalhos monográficos, dissertações e apenas duas teses. Em 1997, Roberto Schwarz publica o ensaio intitulado Duas meninas. Neste estudo, compara Capitu, personagem machadiana, e Helena, personagem de Morley, visto que ambas são marcadas pela complexidade e ambiguidade. O diário de Helena Morley foi escrito de 1893 a 1895, quando a personagem tinha treze anos de idade, mas foi publicado somente em 1942. Helena relata uma série de acontecimentos, registra suas relações com familiares, amigos e vizinhos. Tais acontecimentos atuam na maneira de ser e de perceber o mundo, e necessariamente, contribuem para a sua formação e interação social. Além desses aspectos, a igreja e a escola apresentam uma função decisiva, sobretudo no que se refere à inculcação de valores pré-estabelecidos pertinentes à burguesia do final do século XIX. A trama diz respeito ao cotidiano da vida em Diamantina, cidade mineira, onde os resquícios da escravidão eram latentes e a mineração em decadência. Dessa forma, Helena revela uma análise crítica da realidade histórica daquele momento, principalmente do olhar estrangeiro de Alexandre, pai da protagonista que, através de uma visão protestante, permite a exposição de diferentes perspectivas históricas, sociais e religiosas. Isso leva o leitor a visualizar e pensar sobre a realidade vivida no contexto ficcional que marca um tempo. Nesse sentido, temos o objetivo de propor uma possível leitura sobre o diário de Helena, como também repensar o contexto histórico. Para tanto, realizaremos uma crítica integradora ao abordarmos o gênero em pauta por conseguinte os estudos de Ecléa Bosi, Antonio Candido, Roberto Schwarz, Hans Robert Jauss, dentre outros são recorrentes para a realização deste estudo. PALAVRAS-CHAVE : Helena Morley. Diário. Literatura. História.

LITERATURA INFANTIL INTERAGINDO NA PRODUÇÃO DE TEXT O

Elizabete Benedita Augusto (UENP-CP/PDE) Orientador: Thiago Alves Valente (UENP-CP/GP CRELIT)

RESUMO: O processo de ensino-aprendizagem é uma atividade conjunta de professor e aluno, organizado sob a direção do professor, com a finalidade de implementar estratégias de ensino fundamentadas na leitura literária e na produção textual, para que os alunos assimilem ativamente conhecimentos e desenvolvam habilidades críticas para organizar ideias de modo a fortalecer sua argumentação. Este é o objeto de estudo neste projeto. Por meio deste projeto, propõe-se um trabalho de leitura e produção de texto para o ensino-aprendizagem de Língua Portuguesa do Ensino Fundamental, utilizando a literatura para o desenvolvimento de estratégias de leitura para o aperfeiçoamento das práticas sociais, possibilitando o aprimoramento da produção de textos por atividades sistematizadas de alguns gêneros textuais. Visando desenvolver o potencial criativo ou de investigação científica com as obras: Caçadas de Pedrinho, sendo esta a leitura sugerida para os alunos, e O Saci, leitura oral pela professora, de Monteiro Lobato, como subsídio teórico das estratégias cognitivas para a produção de texto. Utilizando-se do Método Científico, pretende-se, a partir da leitura de livros de Monteiro Lobato, chegar à produção de texto. Para a implementação deste projeto estão previstas atividades que irão compor um Caderno Pedagógico. As ações serão desenvolvidas no terceiro e quarto períodos do programa, períodos estes em que o professor PDE retorna à escola, provavelmente entre 19/07/2011 a 16/12/2011, na Escola Estadual do Bairro

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Bela Vista - Ensino Fundamental, localizada em Bandeirantes - PR, com alunos do 7º ano do Ensino Fundamental, do período vespertino. PALAVRAS-CHAVE : Leitura. Ensino. Aprendizagem. Literatura. Produção textual.

LITERATURA JUVENIL : PERSPECTIVA TEÓRICO-PRÁTICA PARA O DESENVOLVIMENTO DA LEITURA E DA ESCRITA

Leslie Felismino Barbosa (UEL-PG)

RESUMO: O estudo apresentado tem como objeto uma prática pedagógica desenvolvida no Ensino Médio, na rede Pública, em uma cidade do Norte do Estado do Paraná, tendo em vista a integração da literatura, leitura e escrita a partir de fundamentações teóricas pautadas nos gêneros discursivos na perspectiva interacionista da linguagem. Com base no entendimento que a escrita, enquanto prática social, redimensiona o sentido do ato de escrever e contribui para o desenvolvimento de leitores autônomos, a prática pedagógica proposta está centrada em atividades de produção textual (versão Moderna da Carta do Achamento), à luz do conceito de gênero de Bakhtin. Os resultados apontam que a leitura e escrita trabalhadas a partir dos gêneros discursivos contextualizados e relacionados aos saberes literários ampliaram e melhoraram a capacidade linguística, bem como a reflexão sobre a realidade social frente à vivência da leitura e da escrita de textos. PALAVRAS-CHAVE : Literatura. Metodologia. Leitura. Escrita.

PARA GOSTAR DE LER

Alaine Costa Nader Perusso (UENP – CP/PDE) Orientador: Dr. Thiago Alves Valente (UENP-CP/GP CRELIT)

RESUMO: Ler é uma atividade complexa que amplia a perspectiva sócio-cognitiva daquele que lê. Leitura é uma prática imprescindível para o contexto educacional, pois envolve o conhecimento prévio e o conhecimento de mundo do leitor acrescentados à decodificação de sinais. Essa atividade requer do sujeito atribuição de sentido e permite-lhe vivenciar experiências subjetivas, partilhar ideias, entender melhor a realidade. Enfim, a leitura torna o indivíduo apto a interpretar, questionar, refletir e interferir nas transformações do mundo. Este trabalho tem como finalidade compreender melhor como se efetiva o processo de leitura, ainda, se desenvolve no aluno o hábito de ler. Mais especificamente, pretende-se refletir sobre quais estratégias e técnicas seduzem para o prazer de ler, conduzem à busca por conhecimentos e formam o sendo crítico, para que o sujeito se torne um agente transformador da realidade. Partindo do pressuposto de que ler é uma prática básica, essencial para a vida do ser humano e visando incentivar o hábito da leitura, esse projeto será desenvolvido na Escola Estadual João XXIII – Ensino Fundamental, com alunos da 6ª série A, do período matutino na cidade de São Jerônimo da Serra. A

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metodologia consiste em uma série de atividades inter-relacionadas que abrangerá desde o trabalho de sensibilização até a prática da leitura. PALAVRAS-CHAVE : Leitura. Formação do leitor. Método recepcional.

POESIA COMO GÊNERO VIVO NA SALA DE AULA

Rosana Gonçalves Torquato Gallassi (UENP-CP/PDE) Orientador: Dr. Thiago Alves Valente (UENP-CP/GP CRELIT)

RESUMO: Pautada na indiferença do estudante em relação à leitura e à produção, a presente proposta possui a finalidade de promover o gosto pela leitura. Como esse gosto representa um dos grandes desafios do trabalho do professor, a proposta aqui apresentada consiste na tarefa de utilizar criatividade e técnicas variadas de ensino para formação de estudantes leitores. Neste sentido, consciente dessa realidade e da importância da leitura, elegeu-se como objeto de estudo a poesia como uma forma atrativa para o atendimento dos objetivos da presente proposta de intervenção pedagógica. E, considerando, que a poesia está em toda parte: nas canções de ninar, nas cantigas de roda, nos trava-línguas, nas parlendas, nos provérbios, nas quadrinhas populares, nas propagandas, nas letras de música, nos livros, o trabalho com poemas constitui uma estratégia valiosa no incentivo da leitura. Nas últimas décadas, presencia-se uma intensa revolução tecnológica e, tendo em vista tantos avanços, vê-se a necessidade de promover a evolução da prática pedagógica e adotar modos de ensinar e aprender mais adequados à nova realidade dos estudantes. O desenvolvimento de atividades será feito no laboratório de informática com a comunicação e a interação dos estudantes a partir de pesquisas e produção de poemas. Nessa perspectiva, a presente proposta tem o intuito de utilizar a expressão poética em diferentes textos para formação de leitores com a finalidade de contribuir para elevar o número de estudantes leitores do Colégio Estadual Barão do Rio Branco, em Assai, Paraná, no sentido de sua interação e comunicação, com alunos de 8º série do período matutino. PALAVRAS-CHAVE : Leitura. Ensino. Aprendizagem. Poema.

POESIA INFANTOJUVENIL NA SALA DE AULA : LEITURA TRANSDISCIPLINAR

DE POEMA DE RICARDO AZEVEDO

Suellen Santos Alves (UENP/G-GP Literatura e Ensino - FA) Dra. Hiudéa Tempesta Rodrigues Boberg (UENP/GP Literatura e Ensino)

RESUMO: A presente comunicação trata do termo transdisciplinaridade, vinculando-o a uma proposta pedagógica para o ensino de literatura. Por se tratar de um termo relativamente novo no meio educacional, vem gerando algumas dúvidas e especulações, sobretudo entre aqueles que não tiveram ainda a oportunidade de conhecê-lo em suas particularidades. Com o intuito de suscitar reflexões e, por ventura, responder a algumas expectativas, o Grupo de Pesquisa Literatura e Ensino propõe, a partir de pesquisas sobre o tema, apresentar a transdisciplinaridade como

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proposta metodológica, que ilustrarei ao abordar um poema de Ricardo Azevedo sob esta orientação. PALAVRAS-CHAVE : Metodologia de ensino. Poesia infantojuvenil. Leitura transdisciplinar.

RELEITURAS CONTEMPORÂNEAS DOS CONTOS DE FADAS

Mírian Terue Kamei (UENP)

Orientador: Dr. Thiago Alves Valente (UENP-CP/GP CRELIT) RESUMO: Promover o prazer e a prática de leitura nos estudantes vem se sedimentando como um grande desafio na educação moderna. O presente projeto propõe investigar a recepção dos contos de fadas e de suas releituras contemporâneas pelos alunos da 5ª série (6º ano), pois essa faixa etária sente-se atraída pelo mundo da fantasia e da magia. O ensino-aprendizagem de leitura é uma atividade complexa. Implica considerar as mudanças no perfil do estudante do século XXI, os aspectos sociais e históricos em que está inserido. Para ser um leitor, é preciso que ele se envolva e dialogue com os textos, confrontando-os com o próprio saber, com a sua experiência de vida; que reconheça as intenções e os interlocutores do discurso para se posicionar e interagir perante os outros, e fazer da leitura um hábito contínuo. Visando promover essa habilidade literária e considerando os pressupostos teóricos da Estética da Recepção, de Hans Robert Jaus, optou-se pela utilização do Método Recepcional, elaborado pelas professoras Vera Teixeira de Aguiar e Maria da Glória Bordini. Na etapa de ruptura do horizonte de expectativas será trabalhado o livro: O fantástico mistério de Feiurinha, de Pedro Bandeira e, na ampliação do horizonte, a obra de Monteiro Lobato, O Picapau Amarelo. PALAVRAS-CHAVE : Contos de Fadas. Estética da Recepção. Releituras Contemporâneas.

VIVENCIANDO A EXPERIÊNCIA DE LEITORES E EDITORES DE TEXTOS

Rosangela Maria de Almeida (UENP)

RESUMO: Os incentivos à prática de leitura como hábito cotidiano são, ao mesmo tempo, uma motivação e um desafio ao professor da Educação Básica. Frente a este cenário, como alternativa proposta em conjunto com os alunos da 8ª série C, período noturno, do Colégio Estadual de Guaravera, em 2010, desenvolveu-se o projeto “Concurso de Contos: Imaginação em Ação”. A base do projeto foram as DCEs de Língua Portuguesa e o PPP do colégio, inserido em uma realidade. O ponto de partida foi a idealização conjunta, inclusive na escolha do gênero a ser trabalhado e na montagem do regulamento, até o momento da seleção e editoração dos textos. Esta comunicação configura-se, portanto, em um relato de experiência desenvolvida em um bimestre, a partir dos temas “amor”, “terror” e “aventura”, utilizando-se como leitura prévia vários contos publicados na revista “Nova Escola”, edição especial “Contos” (ed 32. 2010) e do clássico conto “A Cartomante”, de Machado de Assis,

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entre outros, que serviram como modelo de gênero aos alunos no momento da seleção. O projeto envolveu todos os alunos do colégio, recebendo um total de 205 produções. Ao final do projeto, os alunos selecionaram 15 contos, apresentaram aos docentes do colégio e juntos elegeram o conto a ser premiado. A premiação ocorreu durante o encerramento da Semana Cultural de 2010. PALAVRAS-CHAVE : Leitura. Produções. Contos.

5. Letramento Literário: Interfaces A IMPORTÂNCIA DO CONTO DE FADAS NA FORMAÇÃO DO LEIT OR A PARTIR

DAS QUINTAS SÉRIES DO ENSINO FUNDAMENTAL

Zilê Rosolem Maduenho (PDE – Língua Portuguesa) Orientadora: Me. Maria Aparecida F. Miguel (UENP – CP)

RESUMO: Todos sabemos que a leitura é o caminho para a melhoria da educação. E a proposta é a de criar o hábito de ler por prazer, estimulando a observação, a reflexão e a criatividade dos adolescentes, reconhecendo no processo de leitura: uma técnica de construção de Identidade; o diálogo existente entre os textos; uma prática cotidiana prioritária que, lhe permita, finalmente, criar seus próprios contos de fadas. Pretende-se desenvolver uma reflexão sobre a fantasia e imagens simbólicas presentes nos contos de fadas como recursos fundamentais no desenvolvimento humano, por meio da imaginação. O método escolhido foi o Recepcional, exposto por Vera Teixeira de Aguiar e Maria da Glória Bordini, baseado na teoria da Estética da Recepção, do alemão Hans Robert Jauss. Constitui-se o método por quatro etapas: determinação do horizonte de expectativas (observa a preferência dos alunos); atendimento do horizonte de expectativas (textos ficcionais de satisfação dos alunos); ruptura do horizonte de expectativas (textos ficcionais complexos, contrário às convicções); questionamento do horizonte de expectativas (relação comparativa entre as leituras realizadas); e ampliação do horizonte de expectativas (expressa suas experiências na elaboração de contos). PALAVRAS-CHAVE : Leitura. Estética da Recepção. Formação do leitor. Conto de fadas.

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A REPRESENTAÇÃO DA VOZ NA OBRA REINAÇÕES DE NARIZINHO (1931), DE MONTEIRO LOBATO

Tatiana Ribeiro Costa (Especialização - UENP)

Orientador: Dr. Thiago Alves Valente (UENP-CP/GP CRELIT) RESUMO: Considerando a importância das obras de Monteiro Lobato (1882-1948) e o valor cultural que elas apresentam em relação à sociedade e à contribuição para a formação da personalidade do indivíduo, tomar-se-á como referência para essa pesquisa uma de suas obras Reinações de Narizinho, com o intuito de unir o lúdico e a imaginação ao processo de aquisição da linguagem. Este projeto de pesquisa será desenvolvido a partir da obra de Monteiro Lobato e terá como foco principal a personagem Emília que, em Reinações de Narizinho, é uma boneca a qual adquire voz e passa a utilizá-la, incansavelmente, como meio de comunicação. A história será abordada no contexto de muitas crianças surdas, as quais, por não utilizarem a voz como instrumento de comunicação, não exercem papel participativo na sociedade. Existe a intenção de uma pesquisa futura sobre Língua de Sinais (Libras), tomando como ponto de partida o artigo produzido a partir deste projeto. PALAVRAS-CHAVE : Linguagem. Representação da voz. Monteiro Lobato. Reinações de Narizinho.

6. Literatura Infantil e Juvenil, e Imagem A LEITURA COMO RECURSO DE INICIAÇÃO ÀS ARTES : UM ESTUDO DA OBRA

MONDRIAN, O HOLANDÊS VOADOR

Dra. Márcia Valéria Seródio Carbone (FEMA) RESUMO: Na presente comunicação, busca-se analisar a estratégia do artista plástico e cartunista Caulos em sua obra Mondrian, o holandês voador (2007). O cartunista relata ao público infantil, com muito bom humor e em uma linguagem plena de afetividade, traços marcantes da vida e da obra do pintor holandês Piet Mondrian (Amersfoort, 1872 – Nova Iorque,1944). Mondrian foi um pintor modernista que participou do movimento artístico Neoplasticismo, cujos ideais foram expostos na revista De Stijl (O Estilo). Dentro dessa concepção e procurando ressaltar o caráter artificial da arte, justamente por ser uma criação humana, Mondrian utiliza-se apenas das cores primárias (vermelho, amarelo, azul) em seu estado máximo de saturação, bem como do branco e do preto: este último como ausência total de luz e aquele como a total presença da luz. A leitura deste livro de Caulos é um convite à obra de Mondrian, de modo que aquele, usando as próprias pinturas deste último, vai apresentando, aos pequenos leitores, um pouco de Mondrian. Como não pensar em leitores sendo “alfabetizados” na arte! Pelo exposto, objetiva-se apresentar uma

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análise do livro em questão, refletindo acerca tanto da formação do gosto pela leitura, quanto pela arte. PALAVRAS-CHAVE : Leitura. Arte. Literatura. Formação.

DISCURSO NÃO-VERBAL : UM ESTUDO DA OBRA INFANTOJUVENIL, O OUTRO LADO DO PARAÍSO, DE LUIZ FERNANDO EMEDIATO

Luciana Brasil (EEBRB)

RESUMO: Neste trabalho, propomos uma reflexão sobre a imagem no livro infanto-juvenil, mais especificamente sobre a imagem no livro O Outro Lado do Paraíso, de Luiz Fernando Emediato (2001). Tomando a perspectiva teórica da análise de discurso de linha francesa, procuraremos compreender, segundo Orlandi (2010), “a imagem como discurso”. A autora afirma que a imagem carrega o deslocamento de sentidos, tem pontos de deriva, incide em outros discursos. Dessa maneira, funciona como instrumento verbal na construção da memória discursiva. Partindo dessa conceituação proposta por Orlandi, debruçar-nos-emos sobre a imagem como materialidade significante, no processo de significação em O Outro Lado do Paraíso. Assim poderemos investigar a literatura infanto-juvenil na opacidade do não-verbal, através das imagens. Tal estudo faz com que o tema da imagem seja revisto. A partir da análise do discurso não-verbal, pretendemos trazer contribuições para o campo da linguagem. Partimos do pressuposto de que a as imagens presentes, no livro de Emediato, podem se constituir em um “lugar de descoberta” (ORLANDI, 2003) num estudo sobre a literatura infanto-juvenil, já que, por meio do não-verbal, uma sociedade produz um discurso visual sobre si e sobre o redor. PALAVRAS-CHAVE : Literatura Infantojuvenil. Imagem. Análise de Discurso. Luiz Fernando Emediato.

O ALIENISTA EM HQ: PROCESSOS DE ADAPTAÇÃO E CONSTRUÇÃO DO PROJETO GRÁFICO-EDITORIAL

Andressa Fajardo (UEM/PIBIC/G; GP CELLE)

Orientadora: Dra. Alice Áurea Penteado Martha (UEM/GP CELLE) RESUMO: Em 2008, ano do centenário de falecimento do escritor Machado de Assis, o Brasil prestou homenagens ao escritor, um dos maiores expoentes da literatura em língua portuguesa através de inúmeras edições e publicações em suportes surpreendentes como, por exemplo, os quadrinhos (HQs) e a literatura de cordel. Nesta comunicação, além do levantamento sobre os processos de adaptação empregados no texto original, apontamos peculiaridades na construção do projeto gráfico-editorial da obra O Alienista, de Machado de Assis, com suporte HQ, pela Editora Ática em 2008 e endereçada a jovens leitores. A partir do entendimento que o público não possui, normalmente, percepção da influência de aspectos que configuram a construção do projeto gráfico-editorial de um livro, bem como dos processos de adaptação que transformam a obra original em uma nova modalidade

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literária e possibilitam o acesso do leitor jovem a textos de leitura e compreensão aparentemente difíceis, enfatizamos a importância de um olhar mais detalhado para os elementos que definem o corpo e a alma do livro. PALAVRAS-CHAVE: Adaptação. Projeto gráfico-editorial. Quadrinhos. Literatura infantojuvenil.