Caderno de Teses - 27º Consinasefe

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27º CONSINASEFE CONGRESSO ESTATUTÁRIO “UNIR OS TRABALHADORES/AS EM DEFESA DA EDUCAÇÃO PÚBLICA”. Rio de Janeiro/ RJ - DE 6 A 9 DE DEZEMBRO DE 2012.

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Caderno de TEses do 27º Congresso Nacional do Sinasefe - Consinasefe: "UNIR OS TRABALHADORES/AS EM DEFESA DA

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27º

CONSINASEFE

CONGRESSO ESTATUTÁRIO

“UNIR OS TRABALHADORES/AS EM

DEFESA DA EDUCAÇÃO PÚBLICA”.

Rio de Janeiro/ RJ - DE 6 A 9 DE DEZEMBRO DE 2012.

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Sumário

A) TESES DE ALTERAÇÃO ESTATUTÁRIA

TESE 1 - Proposta de alteração no Capítulo V, Título VI: Do Patrimônio e da Receita, Art. 60 – contribuição da mensalidade sindical; TESE 2 - Proposta de alteração Art. 10 e 16 - Da proporcionalidade como critério para constituição dos delegados em plenas; TESE 3 - Proposta de alteração Títulos I e II; TESE 4 - Fortalecer financeiramente a organização de base; TESE 5 - Informar e documentar para unir a classe trabalhadora: implantação da Coordenação de Informação e Documentação - Acréscimo Capítulo III: Art. 19; TESE 6 - Votação por local de trabalho: um (a) filiado (a) um voto – Alterações Capítulo I, V, Título IV; TESE 7 - Proposta de alteração Título V - Da Comissão de Apuração Prévia, Comissão de Ética Constituição e Sansões; TESE 8 - Novas Perspectivas para o Fortalecimento das Bases do SINASEFE – DN Frente à Expansão da Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica; TESE 9 - Responsabilidade da Direção Nacional com as bases na realização de seus Eventos; TESE 10 - Diminuição do percentual de contribuição sindical das Seções Sindicais para o Sinasefe – DN; TESE 11 - Alteração de parágrafo único do Art. 25 Estrutura organizativa da Seção Sindical do SINASEFE - Pará e suas bases territoriais no contexto da expansão da Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica; TESE 12 - Proposta de alteração Art. 19º - Reestruturação da Direção Nacional por Classes.

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B) TESES A PARTIR DO TEMA CENTRAL DO CONGRESSO “UNIR OS

TRABALHADORES EM DEFESA DA EDUCAÇÃO”

TESE 1 - O Brasil precisa de uma primavera!; TESE 2 - Democracia, educação e relações de trabalho: o respeito ao direito de greve nas instituições militares de ensino; TESE 3 - Inserção dos informes na pasta da Plena; TESE 4 - Seção Sindical de Inconfidentes/MG; TESE 5 - Avançar na unidade da luta das seções sindicas e na organização de base e na solidariedade com os movimento sindical e popular , Já ! TESE 6 - Depois da greve a luta continua!

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A) TESES: PROPOSTAS DE ALTERAÇÃO DO ESTATUTO

TESE 1

Proposta de alteração no Capítulo V, Título VI: Do Patrimônio e da Receita, Art. 60

– contribuição da mensalidade sindical.

Proponentes: Marival Coan e Márcio Moreira

Assim aparece explícito no Artigo 60 do estatuto do SINASEFE: “A

mensalidade sindical, prevista no Inciso I do artigo anterior1, será nacionalmente

unificada, e de um por cento (1%) sobre a remuneração do(a) sindicalizado(a).

Parágrafo único. Remuneração, para efeito deste Estatuto, é o vencimento básico ou

provento do(a) sindicalizado(a), acrescido de todas as vantagens pecuniárias

estabelecidas em lei, de caráter permanente ou não, excetuando-se auxílio pré-escolar,

auxílio alimentação, adicionais de insalubridade/periculosidade, adicional noturno,

salário-família, vale-transporte,

décimo terceiro salário e um terço (1/3) de férias.

PROPOSIÇÃO:

Artigo 60. A mensalidade sindical, prevista no Inciso I do artigo anterior, será

nacionalmente unificada, e de um por cento (1%) sobre a remuneração líquida do(a)

sindicalizado(a).

Parágrafo primeiro. Remuneração líquida, para efeito deste Estatuto, é o montante

que o trabalhador (a) recebe, após descontado a contribuição ao Plano Seguridade

Social e o Imposto de renda Retido na Fonte é é composto pelo vencimento básico ou

provento do(a) sindicalizado(a), acrescido de todas as vantagens pecuniárias

estabelecidas em lei, de caráter permanente ou não, excetuando-se auxílio pré-escolar,

auxílio alimentação, adicionais de insalubridade/periculosidade, adicional noturno,

salário-família, vale-transporte,

décimo terceiro salário e um terço (1/3) de férias.

1 O ARTIGO 59 ASSIM APARECE NA ÍNTEGRA: A receita do SINASEFE será composta de:

a) Mensalidade sindical; b) Percentual sobre ações judiciais; c) Juros provenientes de aplicações no mercado financeiro; d) Subvenções de qualquer natureza, e

e) Renda de doações feitas ao SINASEFE.

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Parágrafo segundo. O servidor (a) que porventura fizer uso do crédito consignado

deverá contribuir normalmente com o 1% sobre o salário líquido, ou seja, o crédito

consignado não caracteriza situação de exceção.

JUSTIFICATIVA: A proposta apresentada visa sanar a cobrança sobre o percentual da

remuneração bruta trabalhador que inclui, por exemplo, o desconto de imposto de

renda e INSS. Esse dinheiro não faz parte da renda líquida do trabalhador e, em alguns

caos, além do desconto na fonte, quando da declaração, dependendo da situação, há a

necessidade de mais pagamentos à receita federal por parte do trabalhador (a).

Juridicamente a cobrança sobre o valor bruto do salário do trabalhador pode ser

considerado como cobrança a mais (cobrança dupla), elevando, dessa forma, a

contribuição para além do 1% quando se considera como base de sustentação do

trabalhador o valor líquido que esse dispõe para produzir sua existência e não o valor

total bruto que é, em parte, um dinheiro fictício.

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TESE 2

Proposta de Alteração Estatutária Art. 10 e 16 - Da proporcionalidade como

critério para constituição dos delegados em plenas

Proponentes: Shilton Roque dos Santos e Alcindo Mariano de Souza

INTRODUÇÃO

O Estatuto do Sinasefe rege que a Plenária Nacional, instância deliberativa do

SINASEFE, somente inferior ao CONSINASEFE, é constituída por dois delegados de

cada Seção Sindical, através do seu artigo 16.

De forma adversa, nosso sindicato adota como critério para eleição de delegados

do CONSINASEFE, instância deliberativa máxima, a proporcionalidade, nos termos do

Art. 10º, § 3º, onde o número de delegados de cada Seção Sindical está estabelecido

na proporção de um delegado para cada 50 sindicalizados.

Com o escopo de garantir real representatividade as deliberações das Plenas, a

presente tese apresenta a necessidade de rediscutirmos os critérios para constituição

da mesma diante do quantitativo de delegados por seção.

DAS PLENAS

Ao longo dos anos e da construção histórica do nosso sindicato tornou-se

perceptível valorar o peso político das Plenárias Nacionais. Hoje é possível afirmar que

nosso sindicato orienta seus rumos políticos imediatos através das Plenas, restando a

Direção Nacional executar as deliberações que as bases consolidam e aprovam nesse

espaço de discussão.

Não obstante essa observação prática, o próprio estatuto do SINASEFE já traz

essa previsão de poder de deliberação das Plenas, quando eu seu art. 9º apresenta a

Plenária como instância deliberativa apenas inferior ao Congresso.

Nos últimos períodos as grandes decisões do SINASEFE foram retiradas das

plenas, pois é através das mesmas que temos decidido nossa entrada, manutenção e

saída de greves, além das estratégias e rumos dessas.

Dessa forma, apesar de ser a segunda instância deliberativa mais forte em nossa

organização estrutural, ela tem sido a mais importante, haja vista sua frequência e

consequentemente o quantitativo de decisões e deliberações tomadas nessas.

DA NECESSIDA DE ALTERAR OS CRITÉRIOS DE CONSTITIUÇÃO DA PLENA

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Apesar da referida importância das Plenas para o SINASEFE, elas obedecem a

um critério fixo de paridade que determina o quantum de delegados por seção, sendo o

número de dois para cada, independente da quantidade de filiados.

A regra vigente garante igualdade entre as seções na medida em que

independente do seu tamanho e alcance terão direito a um número máximo de dois

votantes, dois delegados, porém esse conceito não garante a real representatividade e

gera desigualdade das decisões, que tem desarticulado nosso sindicato.

Inclusive, esse conceito de igualdade já fora amplamente abordado pelos filósofos

e juristas, e diante do recorte que fazemos das complicações dessa igualdade desigual

forçada para a fixação do número de delegados nas plenas, faz-se mister citar Rui

Barbosa que ao parafrasear Aristóteles afirmou:

“A regra da igualdade não consiste senão em quinhoar

desigualmente aos desiguais, na medida em que se desigualam.

Nesta desigualdade social, proporcionada à desigualdade natural,

é que se acha a verdadeira lei da igualdade... Tratar com

desigualdade a iguais, ou a desiguais com igualdade, seria

desigualdade flagrante, e não igualdade real.”

A título de exemplo do quão prejudicial e anti-representativo pode ser esse

critério, deve-se analisar a seguinte situação hipotética: em uma plena com 14

delegados de 7 seções, deve-se decidir a manutenção ou saída do movimento

paredista, todavia dessas 7 seções apenas duas estão mobilizadas para a continuação

da greve, entretanto, essas duas seções representam 80% dos trabalhadores em

greve, sendo que aquelas outras 5, são seções pequenas que abarcam o restante dos

servidores. Quando da votação final, a retirada da greve vence por 10 votos a 4, e a

verdadeira grande maioria dos trabalhadores que tinham como anseio a continuidade

da luta irá retomar as atividades normais diante de uma decisão tomada por uma

minoria, quando contabilizar o quantitativo de servidores representados.

O exemplo anterior revela a preocupação em garantir a real representatividade

nas votações e deliberações votadas em Plenas, uma vez que, nosso estatuto permite

que seções sindicais sejam fundadas com apenas 20 servidores.

Dessa forma, urge a necessidade de alterar o critério de habilitação de delegados

por seção sindical para as Plenas, com o escopo de garantir o real alcance às

deliberações e a representatividade a nível nacional do sindicalizado.

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DA PROPOSTA

Com o intuito de atingir a igualdade discutida na presente tese, apresenta-se

como proposta para composição dos delegados das seções sindicais nas plenas a

seguinte regra: Cada seção terá direito a 1 delegado para cada 200 filiados, todavia, as

seções que tem número de filiados abaixo dos 200 tem garantido a participação de 1

delegado.

Alterar o artigo 16 em seu texto e parágrafos.

Art. 16. A Plenária Nacional – PLENA, instância deliberativa do SINASEFE, somente

inferior ao CONSINASEFE, é constituída por delegados (as) eleitos(as) pelas Seções

Sindicais.

§10 . OS (As) delegados (as) das Seções Sindicais serão eleitos (as) nas respectivas

Assembleias Gerais, observando aos critérios da proporcionalidade qualificada

previstos para o CONSINASEFE.

§20. O número de delegados(as) de cada Seção Sindical está indicado no quadro

abaixo, seguindo a proporção de um(a) delegado(a) para cada 200 sindicalizados(as)

ou da sua fração:

NÚMERO DE SINDICALIZADOS(AS) NÚMERO DE DELEGADOS(AS)

De 20 a 200 01 (um)

De 201 a 400 02 (dois)

De 401 a 600 03 (três)

De 601 a 800 04 (quatro)

De 801 a 1000 05 (cinco)

De 1001 a 1200 06 (seis)

De 1201 a 1400 07 (sete)

De 1401 a 1600 08 (oito)

De 1601 a 1800 09 (nove)

De 1801 a 2000 10 (dez)

De 2001 a 2200 11 (onze)

De 2201 a 2400 12 (doze)

De 2401 a 2600 13 (treze)

De 2601 a 2800 14 (quatorze)

De 2801 a 3000 15 (quinze)

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§ 30. Cada Seção Sindical terá direito a um(a) delegado(a) a mais, independentemente

do número de sindicalizados(as) descrito no quadro acima.

§ 40. Poderão convocar a PLENA:

a) A Coordenação Geral;

b) A Direção Nacional, por deliberação da maioria simples dos seus integrantes;

c) O Conselho Fiscal, por deliberação da unanimidade dos seus integrantes;

d) Um terço (1/3) das Seções Sindicais em dia com suas obrigações estatutárias, e

e) Um quinto (1/5) dos sindicalizados em dia com as suas obrigações estatutárias.

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TESE 3

Proposta de Alteração - Títulos I e II

Proponentes: David Lobão e José Araújo Pereira

Apresentamos uma série de alterações estatutárias objetivando consolidar o processo

democrático na nossa entidade. Acreditamos que estas propostas vem apenas corrigir

algumas falhas que consideramos no nosso estatuto.

Os aspectos que queremos consolidar é o princípio da DEMOCRACIA OPERÁRIA, em

que a proporcionalidade garante o direito de expressão à todos no movimento sindical,

para isso aprofundamos esta ferramenta não só nas eleições da DN, como também,

garantindo as eleições proporcionais dos delegados para as instâncias do SINASEFE.

Esperamos com essas propostas, contribuir para o fortalecimento da democracia na

nossa entidade.

Título I

Capítulo I

Art. 10 –

§ 1º. Os (as) delegados (as) das Seções Sindicais serão eleitos(as) por chapas, nas

respectivas assembleias Gerais ou locais, conforme deliberação da seção, obedecendo

aos mesmos critérios de proporcionalidade qualificada, previstos para eleições da

Direção Nacional do SINASEFE.

Justificativa: Dispor nos estatutos de uma prática já deliberada em PLENA (eleições

em assembleias gerais ou locais) e garantir o princípio da proporcionalidade nas

eleições dos delegados, evitando as possíveis manobras de forças majoritárias de não

permitir a participação das forças minoritárias.

§2º. Exclusão

Justificativa: Já explicado no item anterior.

§3º O número de delegados(as) de cada Seção Sindical está estabelecido na

proporção de um(a) delgado(a) para cada 50 trabalhadores na base ou da fração,

conforme o descrito abaixo:

Justificativa: Cabe ao sindicato representar os interesses de todos(as) os

trabalhadores(as) da base, sejam eles sindicalizados ou não, a sindicalização é uma

questão de consciência e não de representatividade.

§4º. Exclusão

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Justificativa: Como o CONGRESSO é uma instância de base, não deve garantir

delegados por seção além do critério por trabalhadores(as) na base. Ademais este

critério incentiva a construção de pequenas seções apenas para ter mais um delegado.

§5º. A Assembleia Geral que constar no seu edital de convocação, a eleição de

delegados para o CONSINASEFE, deverá ter um quorum de pelo menos cinco (05)

trabalhadores(as) para cada delegado(a) eleito(a).

Art. 12. O CONSINASEFE reunir-se-á ordinariamente, no primeiro quadrimestre de

cada ano, por convocação da DN, a partir da aprovação de uma PLENA convocada

para este fim.

Justificativa: O Congresso no inicio do ano, prepara a categoria para as lutas do ano

que se inicia, não permitindo que as férias sirvam de desmobilização para o devido

enfrentamento que devemos fazer a cada ano em defesa dos nossos interesses.

Art. 13

§2º. A proposta do Regimento Interno do CONSINASEFE será elaborada pela DN e

votada na instalação do CONGRESSO.

Justificativa: Dificilmente uma PLENA terá condições objetiva para se debruçar para

elaborar um regimento e está garantido que é o plenário do congresso que decide qual

regimento teremos.

Capítulo II

Art. 16. A Plenária Nacional – PLENA, instância deliberativa do SINASEFE, somente

inferior ao CONSINASEFE, é constituída por delegados(as) eleitos da mesma forma

que no CONSINASEFE em assembleias de base na proporção de um(a) delegado(a)

para cada 300 trabalhadores(as) na base ou da sua fração, conforme o descrito no

quadro abaixo:

1) Número de

Trabalhadores na Base

2) Número de Delegados

(as)

3) De 20 a 300 4) 01 (um)

5) De 301 a 600 6) 02 (dois)

7) De 601 a 900 8) 03 (três)

9) De 901 a 1200 10) 04 (quatro)

11) De 1201 a 1500 12) 05 (cinco)

13) De 1501 a 1800 14) 06 (seis)

15) De 1801 a 2100 16) 07 (sete)

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17) De 2101 a 2400 18) 08 (oito)

19) De 2401 a 2700 20) 09 (nove)

21) De 2701 a 3000 22) 10 (dez)

§1º. Cada Seção Sindical terá direito a um(a) delegado(a), além do número de

delegados(as) descritos no art.16, que será, prioritariamente, membro da Diretoria e

eleito(a), entre seus membros.

§2º. A Assembleia Geral que constar no seu edital de convocação a eleição de

delegados para a PLENA deverá ter um quorum de, pelo menos, dez (10)

trabalhadores(as) para cada delegado(a) eleito(a).

§3º. Os(as) delegados(as) das Seções Sindicais serão eleitos(as) por chapas, nas

respectivas Assembleias Gerais ou locais, conforme deliberação da seção,

obedecendo aos mesmo critérios da proporcionalidade qualificada previstos para

eleições da Direção Nacional do SINASEFE.

Justificativa: Devemos por fim a forma federativa de deliberação no nosso sindicato,

este modelo não garante a democracia plena, iguala o que não é igual, precisamos

fortalecer nossa organização a partir do retrato fiel do que é a nossa base. Ademais,

fortalecer estas instâncias com a participação de base nos fortalece. Portanto,

podemos sem prejuízo de fazer boas discussões, ampliar a participação da base nas

nossas instâncias de deliberação.

Capítulo IV

Art. 25. A Seção Sindical terá por base territorial a área de um campus da Instituição

Federal de Educação Básica, Profissional e Tecnológica, podendo ter essa base

territorial estendida para mais de um campus ou uma instituição, atendendo aos

interesses organizativos dos (as) sindicalizados(as).

Justificativa: regulamentar o que hoje já existe nas nossas bases.

Art. 32.(Novo) Em Instituição Federal de Educação Básica, Profissional e Tecnológica,

onde houver mais de uma Seção Sindical, será constituída uma Coordenação Sindical

Representativa dos(as) Trabalhadores(as) da Instituição, composta de representantes

das seções Sindicais existentes na Instituição na proporção de um(a) represente de

cada Seção Sindical para cada 100 trabalhadores na base ou da sua fração.

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Justificativa: É preciso fortalecer a organização dos(as) trabalhadores(as) por local de

trabalho sem perder de vista a necessidade de termos uma organização sindical capaz

de dá resposta aos dirigentes das Instituições quando estes atacar os interesses dos

trabalhadores.

Título IV

Art. 41.

§1º. Quando se apresentarem mais de uma chapa, a representação na DN, será obtida

pela proporcionalidade direta entre as chapas,ficando de fora da composição apenas a

chapa que não obtiver votos suficiente para garantia de um cargo, 1/17 avos dos

cargos titulares e 1/10 avos dos votos dos suplentes.

Justificativa: Este § substitui os § 1º e 2º, do artigo 41, este mecanismo amplia a

democracia não permitindo que sobras de vagas proveniente da proposta atual na

divisão de cargos sejam preenchidos por chapas que a priori não tenham direito.

Título VI

Art. 60. A mensalidade sindical, prevista no Inciso I do artigo anterior, será

nacionalmente unificada, e de um por cento (1%) sobre a remuneração do(a)

sindicalizado(a).

Parágrafo único. Remuneração, para efeito deste Estatuto, é o vencimento básico ou

provento do(a) sindicalizado(a), acrescido de todas as vantagens pecuniárias

estabelecidas em lei, de caráter permanente ou não, excetuando-se auxílio pré-escolar,

auxílio alimentação, adicionais de insalubridade/periculosidade, adicional noturno,

salário-família, vale-transporte, décimo terceiro salário e um terço (1/3) de férias.

Art. 61. A Seção Sindical, ao receber a mensalidade sindical, repassará, em conta

própria, à DN, 20% (vinte por cento) do montante arrecadado.

Obs. Nos artigos 61 e 62 apesar de não propor nenhuma alteração, achamos

importante registrar a posição, pois, estes artigos tem sido muito discutidos em várias

instâncias do SINASEFE. Defendemos a manutenção integral destes artigos por

entendermos que qualquer alteração pode enfraquecer nossa entidade nacional, o que

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causaria sérios prejuízos para nossa luta, ao mesmo tempo, registramos que as

propostas de alteração não viabilizarão um fortalecimento das organizações de base,

pois, um aumento de 10% da arrecadação na seção terá um efeito muito menor que

um corte de 10% na arrecadação nacional. Podemos melhorar a distribuição desta

arrecadação aumentado os valores com o qual o SINASEFE deve contribuir, seja nos

encontros regionais, seja no seminário de educação. Para isso podemos aprovar tal

deliberação em uma PLENA.

Título VII

Art. 66. É vedado, a qualquer tempo, o exercício simultâneo de qualquer cargo previsto

neste

Estatuto com:

a) Cargos de Direção (CD);

b) Funções Gratificadas (FG), salvo as ocupadas por um processo eletivo reconhecido

pela comunidade acadêmica.

Justificativa: Consideramos uma injustiça, não permitir que companheiros(as) que

ocupam o cargo de Função gratificada eleita pela comunidade acadêmica não possa

ocupar um cargo sindical.

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TESE 4

Fortalecer financeiramente a organização de base

Proponente: Marcos Neves

A expansão da Rede Federal de Educação Básica, Técnica e Tecnológica impõe novos

desafios organizativos ao Sinasefe, entidade sindical que de forma legitima e legal

representa os trabalhadores dessa rede.

Porém os desafios organizativos recaem principalmente para as Seções Sindicais que

devem buscar consolidar suas presenças em todos os Campi das autarquias que

compõem essa Rede. Nesse novo contexto político-educacional devemos repensar os

percentuais de repasse a Direção Nacional que pelo nosso estatuto retêm 20 % da

arrecadação da contribuição sindical dos sindicalizados.

A razão que levou em outro momento histórico a estabelecer este valor percentual de

20% já cumpriu seu papel, qual seja, consolidar em Brasília/DF uma estrutura física e

administrativa capaz de dar as condições políticas e financeira para atuação da DN.

Hoje temos uma sede administrativa própria e uma casa capaz de alojar até 25

pessoas.

Quando temos movimentos de maior porte, como uma greve nacional, que exige um

esforço financeiro extra constituímos o fundo de greve e atualmente o nosso congresso

nacional – Consinasefe já adota um sistema de rateio solidário.

Estes avanços consolidados ao longo dos anos pelo Sinasefe, permite que hoje a DN

possa perfeitamente realizar todas suas atividades de articulação política e de

manutenção da estrutura administrativa-residencial com 10% da contribuição sindical

dos sindicalizados, principalmente de adotar um planejamento adequado dos seus

plantões e do calendários de atividades.

Por outro lado os desafios organizativos da Seções Sindicais se multiplicarão neste

último período o que tem consumido recursos financeiros com atividades de articulação

cotidiana da base sindical espalhada hoje nos quase 400 campi, espalhados por todo

território nacional ,das autarquias da nossa Rede Federal de Educação Básica, Técnica

e Tecnológica.

Sendo assim, proponho a seguinte alteração estatutária.

Titulo VI “Do patrimônio e da receita”

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Artigo 61 – A Seção Sindical, ao receber a mensalidade sindical, repassará, em conta

própria, à DN, 10% (dez por cento) do montante arrecadado.

PLENA DO SINASEFE: DISTORÇÃO DA REPRESENTAÇÃO, ATÉ QUANDO?

Conforme consta do estatuto do Sinasefe no titulo III “da estrutura organizativa e

administrativa da entidade” no seu artigo 9º a PLENA – Plenária Nacional é um das

instâncias deliberativas do sindicato nacional.

Em todas instâncias deliberativas as suas deliberações representam uma determinada

correlação de força estabelecida no momento da decisão (é o caso do CONSINASEFE

que reflete a tirada de delegados momentos antes de sua instalação) ou em algum

momento passado (é o caso da DN que cristaliza por dois anos uma correlação de

forças estabelecida no Congresso).

A PLENA foi inicialmente pensada, na fundação do Sinasefe, como instância

deliberativa de caráter federativo onde a realidade da rede federal de educação básica,

técnica e tecnológica era composta de Cefets, Escolas Técnicas, Agrotécnicas e o

Colégio Pedro II, todas elas autarquias com uma única unidade, a exceção do PedroII

que já possuía várias unidades. Assim buscou-se valorizar todas as Seções Sindicais

dessas autarquias com um mesmo peso, independente do seu tamanho já que cada

Seção do Sinasefe representava e negociava as questões relativas às condições de

trabalho dos servidores e a democratização da instituição diretamente com o Diretor

(gestor máximo e ordenador de despesas da autarquia).

Esta realidade institucional da rede foi mudando ao longo dos tempos, inicialmente com

a criação das UNEDs (unidades descentralizadas) das ETs e CEFETs e mais

recentemente com o reordenamento institucional da rede com a fusão das autarquias e

criação dos Institutos Federais de natureza multicampi.

Este processo de mudanças institucionais foi alterando às condições iniciais que

justificavam ter um instância deliberativa como a PLENA de caráter federativo, cujo

peso das Seções Sindicais é igual, independentemente do número de sindicalizados.

Hoje com a criação de inúmeras seções sindicais por campus de uma mesma

autarquia deve nos levar a repensar a PLENA com instância de deliberação pois sua

representatividade vem sofrendo uma distorção insustentável da representatividade da

base do Sinasefe.

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A proposta que apresento abaixo tenta preservar a representação de cada Seção

Sindical na PLENA, a medida que esta instância tem o papel de formação política e

socialização das informações , porém busca restabelecer a representatividade da

PLENA quanto a expressão do pensamento da base sindicalizada, ou seja, recupera o

vínculo que qualquer instância deliberativa deve ter com o pensamento majoritário

daqueles que contribuem política e financeiramente com a entidade sindical.

Alteração do Capitulo II “da Plenária Nacional – PLENA”

“Artigo 16- A Plenária Nacional – PLENA, instância deliberativa do Sinasefe, somente

inferior ao Consinasefe, é constituída de dois delegados de cada Seção Sindical com

direito a voto, sendo garantida a participação dos membros da Direção Nacional sem

direito a voto, a não ser que eleito pela sua base como delegado.

§ 1º - Um dos delegados de cada Seção Sindical, será prioritariamente, de sua diretoria

e eleito, entre os seus membros, o outro será de base, eleito em Assembléia Geral da

Seções Sindical, que tenha no mínimo a presença de 5 (cinco) sindicalizados.

§ 1º - As votações das propostas apresentadas na PLENA deverão levar em

consideração o número de sindicalizados de cada Seção Sindical através de um fator

multiplicativo que será aplicado ao voto do delegado. O valor máximo deste fator

multiplicativo corresponderá ao número de sindicalizados da maior Seção Sindical do

Sinasefe e o mínimo correspondente a 20 sindicalizados, conforme registro da última

consignação em posse da DN.

§ 2º - Caberá a DN providenciar o software que operacionalize o processo de votação

conforme o § 1º desse artigo, assim como o registro dos dados em cada PLENA para

contabilidade das votações.

§ 3º - idêntico ao atual § 2º do estatuto.

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TESE 5

Informar e documentar para unir a classe trabalhadora: implantação da

Coordenação de Informação e Documentação - Acréscimo Capítulo III: Art. 19;

Proponente: Valfredo Lima da Silva

A presente tese tem como propósito, realizar um destaque

de acréscimo da alínea VIII ao Estatuto do SINASEFE em

seu Capítulo III: Da Direção Nacional (DN), artigo 19, Da

composição das coordenações. O objetivo principal é criar a

Coordenação de Informação e Documentação, que terá 2

membros, com formação superior técnica ou docente em

Biblioteconomia e/ou Arquivologia. Alterando

automaticamente o Artigo 18 do Estatuto do SINASEFE, que

passará a ter 29 membros.

No âmbito das competências gerais são atribuições da Coordenação de Informação e

Documentação coletar, tratar e processar todo material documental, em diversos

suportes, produzido pelo SINASEFE, garantindo a prestação de uma Assessoria de

Informação para todas as demais Coordenações, bem como assegurar a digitalização,

organização e arquivo da documentação (jornais, fotos, atas, periódicos, livros,

multimídias etc) em pastas e arquivos digitais ou físicos. Implementar uma gestão

intercâmbio com bibliotecários e arquivista filiados ao SINASEFE para criar uma

política de informação que incentive a criação de células de bibliotecas e centros de

documentação ou informação, em todas as seções sindicais do Brasil filiadas ao

SINASEFE.

JUSTIFICATIVA

Com a explosão documental e a crescente produção de papel é necessário cada vez

mais que as organizações cuidem da gestão documental para que tenha um acesso

rápido aos documentos produzidos no âmbito organizacional.

Informação é poder, logo é necessário que o SINASEFE invista em estratégias de ação

com o objetivo de criar bibliotecas, centro de documentação (CEDOC) e arquivos,

Page 19: Caderno de Teses - 27º Consinasefe

19

revitalizando o parque informacional e incentivando a leitura nas seções sindicais Brasil

afora.

Para tanto, é necessário que o SINASEFE crie uma unidade gestora de informação:

Centro de Documentação ou Informação do SINASEFE, inicialmente em Brasília,

coordenado pela nova pasta de Informação e Documentação, conforme proposta

apresentada nesta tese estatutária. Não perdemos perde a memória do SINASEFE e

permitir o acesso a todo material publicado na história deste sindicato, precisamos criar

espaços de leitura e traçar uma política de disseminação da informação. Para tanto, é

necessário que a pasta seja conduzida por profissionais do quadro técnico

especializados em Biblioteconomia ou da Arquivologia: áreas multidisciplinares e

transdisciplinares que estudam as práticas da gestão da informação e do

conhecimento: catalogando, classificando, indexando e conservando a memória

institucional no contexto do novo paradigma de mudanças constantes na história da

sociedade.

Desta forma, para contextualizar na revisão da literatura, nota se atualmente, o

despertar do paradigma de que a história da ciência não é gradual e cumulativa, mas,

ao contrário entremeada por uma série de mudanças de paradigmas (paradigms shif),

mais ou menos radicais, Thomas Kuhn no livro The Structure of Scientifcs Revolutions.

(UNESP 2006, p.6) já afirmava que a sociedade atual, da informação, passa por

fundamentos de uma nova modelagem, com alterações nas formas de produção, tendo

como matéria prima a informação em rede sociais e virtuais, que geram conhecimento.

CONCLUSÃO

Desse modo, companheiros (as), é de vital importância investir em capital intelectual,

informação e conhecimento. Pois, estamos vivendo um período em que as revoluções

dos trabalhadores estão sendo realizadas no campo das novas tecnologias e da

informação, cada vez mais voláteis e dinâmica, precisamos estar informado com mais

velocidade e de forma ubíqua, em qualquer lugar. Embora, no espaço físico, não

podemos esquecer de registrar o material produzido no passado, bem como memória

arquivística do SINASEFE como instrumento de organização da classe trabalhadora,

para fins histórico institucional. Por fim, pretende-se que esta tese contribua como

recomendação para unir os trabalhadores, principalmente os correlatos a área da

informação (bibliotecários e arquivistas) na bases do SINASEFE. Espera-se também

Page 20: Caderno de Teses - 27º Consinasefe

20

implantar o Grupo de Trabalho (GT) Informação e Documentação para estar

presente no próximo Seminário de Educação.

SÍNTESE DA PROPOSTA DE ALTERAÇÃO ESTATUTÁRIA

Art. 18. A Direção Nacional – DN é um plenário colegiado, composto de vinte e sete

(27) membros, ( 29membros), sendo dezessete (17) titulares (19 titulares) e dez

(10) suplentes.

Parágrafo Único. Aos membros titulares da Direção Nacional cabe a responsabilidade

pela coordenação de todas as ações do SINASEFE e pela execução das resoluções

aprovadas pelo CONSINASEFE, pela PLENA e pela própria DN.

Art.19. A DN é composta pelas seguintes Coordenações:

I. Coordenação Geral, que terá três (3) membros;

II. Coordenação de Administração e Finanças, que terá três (3) membros;

III. Coordenação de Pessoal, que terá três (3) membros;

IV. Coordenação de Comunicação, que terá dois (2) membros;

V. Coordenação de Políticas Educacionais e Culturais, que terá dois (2) membros;

VI. Coordenação de Formação Política e Relações Sindicais, que terá dois (2)

membros;

VII. Coordenação Jurídica e Relação de Trabalho, que terá dois (2) membros;

VIII. Coordenação de Informação e Documentação, que terá dois (2) membros.

REFERÊNCIAS

SINASEFE. Estatuto do SINASEFE (2009) Disponível em

<http://www.sinasefe.org.br/antigo/estatuto_set09.pdf> Acesso em: 08 de out.2012.

UNESP. O caminho desde a estrutura/editado por James Conant e John Haugeland .

São Paulo: Editora UNESP, 2006.p.9

Page 21: Caderno de Teses - 27º Consinasefe

21

TESE 6

Votação por local de trabalho: um (a) filiado (a) um voto – Alterações Capítulo I,

V, Título IV

Proponentes: Antonio Vitorino de Morais e Bruno Andrade da Silva

INTRODUÇÃO

A palavra democracia tem sua origem na Grécia Antiga (demo=povo e

kracia=governo). Este sistema de governo foi desenvolvido em Atenas (uma das

principais cidades da Grécia Antiga). Embora tenha sido o berço da democracia, nem

todos podiam participar nesta cidade. Mulheres, estrangeiros, escravos e crianças não

participavam das decisões políticas da cidade. Portanto, esta forma antiga de

democracia era bem limitada.

Atualmente a democracia é exercida, na maioria dos países, de forma mais

participativa. É uma forma de governo do povo para o povo.

Existem várias formas de democracia na atualidade, porém as mais comuns são:

direta e indireta.

Na democracia direta, o povo, através de plebiscito, referendo ou outras formas

de consultas populares, pode decidir diretamente sobre assuntos políticos ou

administrativos de sua cidade, estado ou pais, Não existem intermediários (deputados,

senadores, vereadores). Esta forma não é muito comum na atualidade.

Na democracia indireta, o povo também participa porem através do voto,

elegendo seus representantes (deputados, senadores, vereadores) que tomam

decisões em nome daqueles que os elegeram. Esta forma é conhecida como

democracia representativa.

O Brasil segue o sistema de democracia representativa.

Page 22: Caderno de Teses - 27º Consinasefe

22

JUSTIFICATIVA

A democracia participativa é um conceito que pressupõe a participação de todos

que pertencem a uma determinada coletividade, desta forma e como o Sinasefe é um

sindicato que representa os servidores e servidoras da rede federal do Ensino Básico,

Técnico Tecnológico, entendemos que o atual procedimento ou metodologia de

escolha dos membros da Direção Nacional – DN – e dos membros do Conselho Fiscal

– CF- não está alinhado com este conceito de democracia participativa.

Na escolha de seus dirigentes nacionais, os sindicalizados e as sindicalizadas

assinam uma procuração para que os delegados e (as) delegadas possam votar no

CONSINASEFE (Congresso do Sinasefe) numa chapa que depois de obedecida a

proporcionalidade de votos, têm-se então os respectivos dirigentes nacionais, mas

nesta eleição o delegado e a delegada votarão em chapas que representam os

coletivos, que por sua vez são grupos políticos que se organizam para debates e

deliberações. A grande questão é que o (a) delegado (a) vota sem que a base a qual

este pertence tenha sequer conhecimento desta forma de organização denominada de

coletivos. Neste momento é importante ressaltar que esta tese não coloca em debate a

questão de termos ou não esta organicidade de coletivos, apenas propõe uma nova

metodologia de votação.

Partindo desta afirmativa podemos dizer que a diretoria executiva eleita

representa a vontade dos delegados e das delegadas e não a vontade dos

sindicalizados, porque como já afirmamos a votação é feita através de “procuração”, ou

seja, ATA da ASSEMBLEIA GERAL que elegeu o delegado para o congresso.

Existe também a possibilidade de uma base ter seus membros da Direção

Executiva pertencentes a um determinado coletivo e a base sequer entender esta

organização e metodologia de votação.

Desta forma, para que tenhamos um sindicato que realmente representa a

vontade dos sindicalizados e sindicalizadas em sua totalidade é necessário que

façamos uma eleição com a participação de todos e todas, usando o direito de voto

direto que expressa à vontade de cada sindicalizado (a) e não por uma votação

indireta.

Page 23: Caderno de Teses - 27º Consinasefe

23

Na folha de consignação do Sindportal referente ao mês de fevereiro de 2012 e

de acordo com o Artigo 10° §3° do estatuto do Sinasefe temos 512 delegados (as) e 77

delegados (as) extras conforme Artigo 10° §4º. Conforme o Estatuto do Sinasefe

deveria em um CONSINASEFE um total de 589 (quinhentos e oitenta e nove)

delegados (as). Tabela 1 de 2 e Tabela 2 de 2.

Participaram do XXVI Consinasefe eleitoral, realizado no mês de março e abril

de 2012, 384 (trezentos e oitenta e quatro) delegados (as) que representaram 23.681

(vinte e três mil, seiscentos e oitenta um) sindicalizados (as), segundo análise da folha

de consignação do Sindportal referente ao mês de fevereiro de 2012, e que em termos

percentuais temos 1,6% (um vírgula seis por cento), podemos afirmar que esta

representação num universo de 23.681 sindicalizados (as) é ínfima e

conseqüentemente não representa a vontade de todos.

Na folha de consignação do SINDPORTAL referente ao mês de julho de 2012

temos um total de 24.374 (vinte e quatro mil, trezentos e setenta e quatro)

sindicalizados (as), se não houver mudança até o mês de setembro de 2012 teremos

496 (quatrocentos e noventa e seis) delegados (as) eleitos (as) em Assembléia Geral e

79 (setenta e nove) delegados (as) extras, tendo uma representação total de 575

delegados (as) no XXVII CONSINASEFE e em termos percentuais temos 2,35% (dois

vírgula trinta e cinco por cento) que é uma representação ínfima.

Assim e com o objetivo de realizar votação por local de trabalho para que seja

obedecida a democracia participativa dentro do SINASEFE.

Page 24: Caderno de Teses - 27º Consinasefe

24

Page 25: Caderno de Teses - 27º Consinasefe

25

CAPITULO I

DO CONSINASEFE – ASSEMBLEIA GERAL NACIONAL

Page 26: Caderno de Teses - 27º Consinasefe

26

Artigo – 14º. Compete privativamente ao CONSINASEFE:

a) Eleger dar posse, a cada dois anos, à Direção Nacional e ao Conselho Fiscal; a

letra (a) será retirada do estatuto, teremos uma numeração nova; a= b, b=c, c=d,

d= e e f=g.

b) Eleger, de acordo com a proporcionalidade qualificada do CONSINASEFE

eleitoral anterior, e dar posse, em caso de vacância, a membros da Direção Nacional e

do Conselho Fiscal;

B) DE ACORDO COM A PROPORCIONALIDADE QUALIFICADA O

CONSINASEFE ORDINARIO CONSTITUINTE DARÁ POSSE, EM CASO DE

VACANCIA, A MEMBROS DA DIRAÇÃO NACIONAL E DO CONSELHO FISCAL; nova

redação do item (b)

c) Destituir membros da Direção Nacional e do Conselho Fiscal, após parecer emitido

pela Comissão de Ética designado para apurar o processo de destituição em

questão;

d) Aprovar o programa de trabalho do biênio;

e) Alterar o Estatuto, desde que conste da pauta do edital de sua convocação;

f) Aprovar o próprio Regimento o Regimento Interno na Sessão Plenária de

Instalação; e

g) Dissolver o SINASEFE.

§ 1°. A alteração do estatuto e a destituição dos membros da Direção Nacional e

do Conselho Fiscal somente poderão ser deliberadas em CONSINASEFE, convocado

para este fim, pela maioria simples dos (as) delegados (as) presentes.

§ 2º. A dissolução do SINASEFE somente poderá ser deliberada em

CONSINSEFE, extraordinário, especialmente convocado para essa finalidade,

mediante a aprovação de, no mínimo, dois terços dos (as) delegados (as) presentes.

Page 27: Caderno de Teses - 27º Consinasefe

27

Artigo 15º.............

CAPITULO V

DO CONSELHO FISCAL - CF

Artigo 33º. O CF será eleito no mesmo CONSINASEFE que eleger a Direção Nacional.

ARTIGO 33°. O CONSELHO FISCAL SERÁ ELEITO NA MESMA ELEIÇÃO QUE

ELEGER A DIREÇÃO NACIONAL. nova redação do artigo 33º.

Artigo 34º. Compete ao Conselho Fiscal:

.................

TITULO IV

DAS ELEIÇÕES

(35º) Artigo 35º - AS ELEIÇÕES PARA A DIREÇÃO NACIONAL E PARA O

CONSELHO FISCAL OCORRERÃO EM TODAS AS SEÇÕES SINDICAIS DO

SINASEFE EM UM MESMO DIA E NO MESMO HORARIO DE BRASILIA/DF. novo

artigo 35º

Artigo 35º - O CONSINSEFE ordinário, não eleitoral, deverá eleger uma Comissão

Eleitoral, composta por cinco (5) membros titulares e três (3) suplentes, para coordenar

o processo eleitoral da DN e CF, de acordo com o Código Eleitoral.

(36º) ARTIGO 35º. - O CONSINASEFE ORDINARIO CONSTITUINTE DEVERÁ

ELEGER UMA COMISSÃO ELEITORAL CENTRAL, COMPOSTA POR CINCO (5)

MEMBROS TITULARES E TRÊS SUPLENTES, PARA COORDENAR O PROCESSO

ELEITORAL DA DIREÇÃO NACIONAL E DO CONSELHO FISCAL, DE ACORDO

COM O CÓDIGO ELEITORAL. nova redação do artigo 35º que será o artigo 36º

§ 1º. O Código Eleitoral, aprovado pelo CONSINASEFE, é parte integrante deste

Estatuto.

Page 28: Caderno de Teses - 27º Consinasefe

28

§ 1º - O CODIGO ELEITORAL, APROVADO PELO CONSINASEFE CONSTITUINTE,

É PARTE INTEGRANTE DESTE ESTATUTO. nova redação do § 1º

§ 2º. A DN garantirá a estrutura necessária para o funcionamento da Comissão

Eleitoral.

§ 2º - A DIREÇÃO NACIONAL GARANTIRÁ A ESTRUTURA NECESSÁRIA PARA O

FUNCIONAMENTO DA COMISSÃO ELEITORAL CENTRAL. nova redação do § 2º.

§ 3º. É vedada a participação de qualquer membro da Comissão Eleitoral em qualquer

chapa concorrente ao pleito.

§ 3º - É VEDADO À PARTICIPAÇÃO DE QUALQUER MEMBRO DA COMISSÃO

ELEITORAL CENTRAL E DE MEMBROS DAS SUBCOMISSÕES EM QUALQUER

CHAPA CONCORRENTE AO PLEITO E TAMBÉM AO CONSELHO FISCAL. Nova

redação do § 3º.

§ 4º – A COMISSÃO ELEITORAL CENTRAL DEVERÁ COMUNICAR AS SEÇÕES

SINDICAIS PARA QUE SEJA ELEITA EM CADA BASE UMA SUBCOMISSÃO

ELEITORAL LOCAL.

§ 5º – AS ELEIÇÕES OCORREÃO NO MESMO DIA E NO MESMO HORARIO DE

BRASILIA/DF, PODENDO SER POR MEIO ELETRONICO OU MANUAL.

§ 6º – AS SUBCOMISSÃO ELEITORAL ABRIRÁ A URNA QUE COLHERÁ OS VOTOS

NA PRESENÇA DO FISCAL DE CADA CHAPA CONCORRENTE AO PLEITO E AO

FINAL DA VOTAÇÃO SERÁ FEITO A CONTAGEM DOS VOTOS NA PRESENÇA DO

FISCAL DE CADA CHAPA.

§ 7º – AS SUBCOMISSÃO ELEITORAL FARÁ ESCRUTINAMENTO DOS VOTOS E

LAVRARÁ UMA ATA COM A TOTALIZAÇÃO DOS VOTOS PARA CADA CHAPAS

CONCORRENTES E PARA OS CANDIDATOS AO CONSELHO FISCAL. A ATA COM

OS RESULTADOS DA VOTAÇÃO SERÁ ENVIADA IMPRETERIVELMENTE ATÉ AS

19:00 HORAS HORARIO DE BRASILIA/DF PARA A COMISSÃO ELEITORAL

CENTRAL.

Page 29: Caderno de Teses - 27º Consinasefe

29

§8º - CASO O NUMERO DE VOTOS EM BRANCO SEJA MAIOR QUE O NUMERO

VOTOS VALIDOS, A COMISSÃO ELEITORAL CENTRAL REALIZARÁ NOVA

ELEIÇÃO PARA A DIREÇÃO NACIONAL.

Artigo 36º. Poderão votar todos os (as) delegados (as) credenciados (as) ao

CONSINASEFE, com direito a voto.

(37º) ARTIGO 37º. - PODERÃO VOTAR TODOS OS SINDICALIZADOS E TODAS AS

SINDICALIZADAS COM SUAS OBRIGAÇÕES ESTATUTARIAS E REGIMENTAIS EM

DIA. nova redação do artigo 36º que será o artigo 37º

Artigo 37º. As a que se refere este artigo constarão, obrigatoriamente, do Edital de

Convocação do CONSINASEFE ELEITORAL.

(38º) Artigo 38º. - AS ELEIÇÕES A QUE SE REFERE ESTE ARTIGO CONSTARÃO,

OBRIGATORIAMENTE, DO EDITAL DE CONVOCAÇÃO DO CONSINASEFE

ORDINARIO PRE- ELEITORAL DA DIREÇÃO NACIONAL E DO CONSELHO FISCAL.

nova redação do artigo 37º que será o artigo 38º.

(39º) Artigo 38º - Quando se apresentarem duas ou mais chapas concorrentes ao

pleito, ocorrerá um debate entre as chapas concorrentes, que será realizado seguindo

os seguintes procedimentos: o artigo 38º será o artigo 39º.

a) O mediador do debate será obrigatoriamente um membro da Comissão Eleitoral.

A) O MEDIADOR DO DEBATE SERÁ OBRIGATORIAMENTE UM MEMBRO DA

COMISSÃO ELEITORAL CENTRAL;

b) Somente participarão do debate três (3) concorrentes por chapa;

c) O tempo necessário para o debate será estabelecido na programação do

CONSINASEFE, e

Page 30: Caderno de Teses - 27º Consinasefe

30

d) As demais regras do debate serão propostas pela Comissão Eleitoral e

apreciadas pelo CONSINASEFE.

D) AS DEMAIS REGRAS DO DEBATE SERÃO PROPOSTAS PELA COMISSÃO

ELEITORAL CENTRAL E APRECIADAS PELO CONSINASEFE PRE-ELEITORAL.

nova redação do item d.

E) O DEBATE ENTRE AS CHAPAS SERÁ AO VIVO PELA WEB PARA TODOS (AS)

SINDICALIZADOS (AS).

F) É NECESSARIO QUE TENHA COMO PAUTA, APRESENTAÇÃO DE TESES DE

FORMAÇÃO SINDICAL;

(40º) Artigo 39º É vedada a reeleição de qualquer membro da DN e do CF por mais de

dois (2) mandatos consecutivos, independente de cargos. o artigo 39º será o artigo

40º.

(41º) ARTIGO 41°. - O EDITAL DE CONVOCAÇÃO PARA ELEIÇÃO DA DIREÇÃO

NACIONAL E PARA OS MEMBROS DO CONSELHO FISCAL DEVERÁ SER

PUBLICADO NUM PRAZO DE PELO MENOS SESSENTA (60) DIAS ANTES DO

CONSINASEFE PRE-ELEITORAL. um novo artigo

§ 1º AS ELEIÇÕES QUE SE REFERE ESTE ARTIGO ACONTECERÃO

IMPRETERIVELMENTE ATÉ TRINTA (30) DIAS APÓS A REALIZAÇÃO DO

CONGRESSO PRE-ELEITORAL.

Artigo 40º. A posse dos eleitos dar-se-á no mesmo CONSINASEFE, após a apuração

dos votos e proclamação oficial dos resultados, lavrando-se ata

Especifica. O ARTIGO 40º passa a SER O ARTIGO 42º com nova redação.

Artigo 42º. A POSSE DOS ELEITOS DAR-SE-Á EM UM PRAZO DE ATÉ DEZ (10)

DIAS APÓS AS ELEIÇÕES, EM UMA PLENA CONVOCADA ESPECIALMENTE PARA

DAR POSSE AOS MEMBROS DA DIRETORIA EXECUTIVA DE ACORDO COM A

PROPORCIONALIDADE QUALIFICADA E AOS MEMBROS DO CONSELHO FISCAL,

APÓS APURAÇÃO DOS VOTOS DOS SINDICALIZADOS E DAS SINDICALIZADAS

Page 31: Caderno de Teses - 27º Consinasefe

31

NAS SUAS RESPECTIVAS SEÇÕES SINDICAIS E REPASSADOS A TOTALIZAÇÃO

PARA COMISSÃO ELEITORAL CENTRAL, LAVRANDO-SE EM ATA ESPECIFICA.

nova redação do artigo 40º passa a ser o artigo 42º.

(43º) Artigo 41º. A composição da DN será proporcional ao numero de votos que cada

chapa obtiver no pleito. O ARTIGO 41º PASSAR A SER O ARTIGO 43º.

§ 1º Quando se apresentarem apenas duas chapas, para que cada uma consiga

representação na DN, terá que obter um mínimo de 20% (vinte por cento) dos votos

validos.

§ 2º ..............

§ 3º ..............

§ 4º ..............

§ 5º ..............

§ 6º. Os cargos serão distribuídos proporcionalmente ao numero de votos obtidos, nos

seguintes termos:

a) A parte inteira estará garantida às chapas mais votadas;

b) ..............;

c) ..............;

d) Quando a diferença entre o numero de cargos relativos a duas chapas mais

próximas de empate for de apenas uma unidade inteira do numero, e a chapa mais

votada entre elas estiver ameaçada de perder sua maioria (empate no numero de

cargos) pelo critério do decimal maior, esta deverá ficar com o cargo em disputa, desde

que a diferença entre as porcentagens das duas seja igual ou superior a 30% (trinta por

cento).

§ 7º ..................

§ 8º. As chapas poderão preencher os cargos, conforme o parágrafo anterior deste

artigo, com os nomes indicados pela chapa, independente da ordem de inscrição.

Page 32: Caderno de Teses - 27º Consinasefe

32

Artigo 42º. O registro das chapas perante a Comissão Eleitoral dar-se-á em

requerimento próprio com apresentação, por escrito, do nome de seus membros

efetivos e suplentes no exato numero de cargos admitidos para a DN. O ARTIGO 42º

PASSAR A SER O ARTIGO 44º com nova redação.

(44º) ARTIGO 44º. - O REGISTRO DAS CHAPAS PERANTE A COMISSÃO

ELEITORAL CENTRAL DAR-SE-Á EM REQUERIMENTO PROPRIO COM

APRESENTAÇÃO, POR ESCRITO, DO NOME DE SEUS MEMBROS EFETIVOS E

SUPLENTES NO EXATO NUMERO DE CARGOS ADMITIDOS PARA A DIREÇÃO

NACIONAL. nova redação do artigo 42º.

§1º. Somente serão aceitos os nomes de sindicalizados (as) vinculados às Seções

Sindicais que estejam em dia com suas obrigações estatutárias.

§ 2º. Em hipótese alguma poderá ocorrer repetição de nomes nas chapas inscritas no

pleito.

§3º. APÓS A COMISSÃO ELEITORAL CENTRAL RECEBER AS CHAPAS INSCRITAS

TERÁ ATÉ AS 18:00 HORAS HORARIO DE BRASILIA/DF PARA PUBLICAR O

RESULTADO NA PAGINA ELETRONICA DO SINASEFE E ENVIAR PARA AS

SEÇÕES SINDICAIS. novo §3º.

(45º) Artigo 43º....... passa a ser o - Artigo 45º. O Código Eleitoral disporá sobre as

regras da eleição para o Conselho Fiscal, observadas as disposições deste

Estatuto.

(46º) Artigo 44º ...... passa a ser o - Artigo 46º. As eleições, no âmbito da cada

Seção Sindical, realizar-se-ão a cada dois anos e observarão os princípios do

voto secreto, direito e universal.

§ Único. As regras complementares a estas eleições deverão ser definidas no âmbito

da Seção Sindical.

Page 33: Caderno de Teses - 27º Consinasefe

33

TESE 7

Proposta de alteração Título V: Da Comissão de Apuração Prévia, Comissão de

Ética Constituição e Sansões;

Proponente: Sonia Maria de Moura Damasceno

TÍTULO V

DA COMISSÃO DE APURAÇÃO PRÉVIA, COMISSÃO DE ÉTICA CONSTITUIÇÃO E

SANSÕES

TÍTULO ORIGINAL

TÍTULO V

DA COMISSÃO DE APURAÇÃO PRÉVIA, COMISSÃO DE ÉTICA

CONSTITUIÇÃO E SANSÕES

TÍTULO PROPOSTO

TÍTULO V

DA CONSTITUIÇÃO DA COMISSÃO DE APURAÇÃO PRÉVIA,

DA CONSTITUIÇÃO DA COMISSÃO DE ÉTICA

DA COMPETÊNCIA DAS SANSÕES ESTATUTÁRIAS

CAPÍTULO I

REDAÇÃO ORIGINAL REDAÇÃO PROPOSTA

ART-11 A comissão de

apuração prévia deverá apurar

denúncia por escrito de

sindicalizado(a)(s) devidamente

identificado(a)(s) de ato, fato ou

conduta que infrinja os princípios e

deveres insculpidos no estatuto ou

regimento interno do sinasefe

ART-11 A comissão de apuração prévia

deverá apurar denúncia feita por escrito e por

sindicalizado(a)(s)devidamente

identificado(a)(s) de ato(s), fato(s) ou

conduta(s)praticadas por quaisquer

sindicalizados que comprovadamente no

âmbito da competência estatutária desta

comissão, infrinja(m) os princípios e deveres

insculpidos no estatuto ou regimento interno

vigente do sinasefe

ART-11-§ 2º A Comissão de

Apuração Prévia buscará reunir

documentos e identificar o causador

da suposta irregularidade,

Art 11- § 2º A Comissão de Apuração

Prévia DEVERÁ reunir todas as provas

documentais sobre a(s) denúncia(s) da(s)

suposta(s) irregularidade (s) identificando de

Page 34: Caderno de Teses - 27º Consinasefe

34

oportunizando que este seja ouvido

antes do perecer final

modo irrefutável o (a) (s) agente(s) da (s)

prática antiestatutária, devendo oferecer o

amplo direito do contraditório a ou aos

denunciado(a)(s) antes de emitir seu parecer

final sobre o (s) fato(s) apurado(s) PARA a

instância deliberativa competente

Art-11-§ 3º A Comissão de

Apuração Prévia terá um prazo de

até sessenta (60) dias para

apresentar parecer final devidamente

fundamentado opinando:

Art-11-§ 3º A Comissão de Apuração

Prévia terá um prazo de até sessenta (60) dias

para apresentar à instância competente

parecer final devidamente fundamentado

sugerindo:

ART11-§ 3º -I-pelo

arquivamento da denúncia do

sindicalizado(a)(s) se não for possível

apontar quem cometeu a

irregularidade ou, então não

encontrou provas suficientes

ART11--§3º-I- O arquivamento sumário

da(s) denúncia(s) efetuadas quando esta(s)

não oferecer(em) irrefutável(is) prova(s) do(s)

fato(s) denunciado(s) assim como a devida

identificação do(s) agente(s) citado(a) (s) na

(s)denuncia(s) EFETUADA(S)

ART11--§ 3º II-pela

constituição de comissão de ética, se

houver indícios ou provas da

irregularidade e uma vez identificado

quem as praticou.

ART 11- -§3ºII- Após apuração

comprobatória documental de prática(s)

antiestatutária(s) pelo (a)(s)

denunciado(a)(s),essa comissão de apuração

prévia deverá emitir seu PARECER FINAL, às

Instâncias deliberativas competentes com a

decisão de que é imperioso a constituição de

uma Comissão de Etica para QUE ESSA CE –

POSSA provocar o devido processo sindical

juntamente com a proposição de aplicação das

sansões previstas no Estatuto em vigor, e

também no que couber com objetivo de

priorizar a defesa e o zelo pelo nome e

patrimônio do SINASEFE tomar a iniciativa das

devidas providências de encaminhamentos no

âmbito de quaisquer outra instância jurídica

que se fizer necessário.

II-§4º O parecer final da II-4º -SUPRIMIR – CONTEMPLADO NO

Page 35: Caderno de Teses - 27º Consinasefe

35

comissão prévia, não poderá indicar

e nem sugerir penalidades

INCISO II DO §3º proposto

II-§5ºa comissão de AP deverá

submeter...

II-§5º -suprimir contemplado no nciso II

§3º proposto

II-§6º A Plena ou Consinasefe,

apreciando o parecer da final da

comissão de apuração prévia ,

constando indícios ou provas de

irregularidades e quem as praticou

poderá deliberar pela constituição de

comissão de ética.

II-§6º -É de competência exclusiva da

Plena ou do CONSINASEFE, após

APROVAÇÃO DO parecer comprobatório

da(s) denuncia(s) imputada (s) a

sindicalizado(a)(s) do SINASEFE, emitido pela

Comissão de apuração Prévia, a deliberação

da Constituição de Comissão de Ética.

CAPÍTULO II – DA

COMISSÃO DE ÉTICA

ART-12-A Comissão de ética

será instalada........

ART-12 -SUPRIMIR – ESTÁ

CONTEMPLADO No Art 11- § 2º proposto

ART 14--§ 3º As provas

documentais..poderão

Ser juntadas...

ART 14--§ 3º As provas

documentais..deverão

Ser juntadas...

ART 14--§ 4º concluída a

coleta das provas, a comissão

promoverá o interrogatório do(a)(s)

denunciado(a)(s) e, neste ato,

concederá o prazo de quinze(15) dias

úteis para se manifestar por escrito

em razões finais no procedimento

ART 14--§ 4º concluída a coleta das

provas, a comissão pelo princípio da ampla

defesa e do exercício do contraditório ouvirá

todo(a)(s) denunciado(a)(s) e, nesta fase do

processo, concederá o prazo de quinze(15)

dias úteis para que possa(m)se manifestar por

escrito individual ou coletivamente e se

desejarem fazer com a ajuda de um

profissional da área jurídica.

ART 14--§ 5º A comissão de ética

primando pela imparcialidade e pela legalidade

de sua competência avaliará administrativa e

juridicamente as contestações do(a)(s)

denunciado(a)(s) sobre a(s)denuncia(a) que lhe

(s) são imputadas podendo esses juntar

prova(s) da(s)sua (s) alegação(ões) de defesa

ou invocar a presença de testemunhos de

Page 36: Caderno de Teses - 27º Consinasefe

36

pessoas desde que estes não estejam no rol

de denuniciado(s).

ART 14--§ 7º Suprimir – SE NÃO HÁ PROVAS DO

QUE TRATA O ART 11-§ 2º COMBINADO

COM O REFORÇO DO -§3º-I- O processo

não chegará a ter que ser arquivado por

indicação da CE isso já é competência da CAP

– não se arquiva o que não foi tinha pra ser

apurado.

Art 14 -§8º das punições

aplicadas pelas instâncias

inferiores.....

ART 14 -§8º - Em defesa do princípio

da razoabilidade no âmbito da competência

local da Seção Sindical, a Comissão de ètica

deve orientar que a(s) seção(ões) sindical(is)

originária(s) do (a)(s) denunciado(a)(s) antes

da decisão de aplicar quaisquer penalidades)

estatutária(s) deva aguardar o parecer final

da(s) comissão (ões) que estiverem apurando e

avaliado cada situação de denúncia para que

não se fira o princípio da inocência até que se

prove o contrário e para que decisões

precipitadas não concretize injustiças morais e

materiais dentro da entidade.

CAPÍTULO III – DAS

SANSÕES

CAPÍTULO III – DAS SANSÕES

ART -16 §1º Quando o

parecer da comissão de ética

contrariar as provas dos autos..

ART -16 §1º com observância ao rol das

penalidades previstas no estatuto do

SINASEFE o (s) denunciado(s) mediante o

grau de culpabilidade que lhes for imputada

nos fatos denunciados, comprovados ou não

poderá obter uma penalidade:

a) agravada

b) atenuada

c)inaplicável por falta de provas da

prática dos) ilícito(s) denunciado(s)-fato(s) E

QUE não estão comprovado(s) administrativa e

Page 37: Caderno de Teses - 27º Consinasefe

37

juridicamente no processo.

QUEART -16 §2 º A

penalidade de destituição do cargo

eletivo será aplicada pelo

CONSINASEFE

ART -16 §2 º suprimir- já está

contemplado no Art 14 letra “ c” do estauto

ART -16 §3 º as penas de

advertência por escrito e suspensão

serão aplicadas pela plena.......

ART -16 §3 º suprimir há redundância

entre este parágrafo com os art 18 e 19 e 20 e

entre estes artigos.

CAPÍTULO II – DAS

PENALIDADES

CAPÍTULO II- DAS PENALIDADES

ADMINISTRATIVAS\ESTATUTÁRIAS –

CIVIL E PENAL

ART IGOS–

18-

19-

20

ART17- CONSIDERA-SE

PENALIDADE ADMINISTRATIVA as previstas

estatutariamente aplicáveis AO universo de

dirigentes nacionais pelas seguintes instâncias:

A) PLENA

B) CONSINASEFE

ART -18 §1 º a essas instâncias

compete ainda: penalizar com sua substituição

no cargo, a falta de dirigente nacional, não

justificada por duas (2) reuniões seguidas ou

tres (03) intercaladas Não cabendo recurso (s)

sobre essa decisão.

ART 21 A 23 MATER

TÍTULO VIII- DISPOSIÇÕES

GERAIS

ART 24 A 27 MANTER

ORIGINAL

TÍTULO VIII- DISPOSIÇÕES GERAIS

ART 28

AINDA SOBRE DENÚNCIA (S) este

estudo preconiza que: A ser constatado no

animus do (s) denunciante(s)mero cunho

ideológico político ou constrangente

direcionado à (s) pessoa(s) do(s)

denunciado(s) A comissão de ética será

instituída com o objetivo de anulabilidade da

Page 38: Caderno de Teses - 27º Consinasefe

38

pretensão assim como encampar a ampla

defesa do(s) denunciado(s) orientando as

devidas sansões estatutárias ou civis e penal

em atendimento ao que trata o Cap. V do

Título I da Parte Especial do Código Penal

Brasileiro sobre “Dos Crimes Contra a Honra”

sabidamente, crimes que violam a honra , seja

ela objetiva ou subjetiva a saber : a Calúnia (

art. 138 ) , a Difamação ( art. 139 ) e a Injúria (

art. 140 ) .responsabilizando o(s)

denunciante(s) para plena reparação de

quaisquer danos moral ou material que recaia

sobre o(s) denunciado (s)como

consequência(s) da(s) denúncia(S) sem

consistência ou amparo legal e estatutário que

a sustente e comprove..

Page 39: Caderno de Teses - 27º Consinasefe

39

TESE 8

Novas Perspectivas para o Fortalecimento das Bases do SINASEFE – DN Frente à

Expansão da Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica.

Proponentes:

Joilson Cruz da Silva

Lindon Johnson Silva Ferreira

Colaboradores:

Julio Ramos Junior

Thiago Luiz Moretto

Objetivo da proposta

Esta proposta tem como objetivo sensibilizar e mostrar as bases e aos

sindicalizados do SINASEFE para a importância e a necessidade do fortalecimento da

luta sindical nas seções sindicais. (Principalmente pelo fato da rápida expansão da

rede federal de educação tecnológica e o considerável aumento do número de seções

sindicais e de sindicalizados.)

Justificativa da proposta

A rápida expansão da rede federal de ensino, fez com que houvesse um

aumento significativo das seções sindicais, fazendo com que as seções ficassem mais

isoladas e distantes umas das outras. Sabendo da importância do acompanhamento

das seções sindicais nas PLENAS e Congressos Nacionais, para que as mesmas

cumpram com suas obrigações previstas no Art. 48, Capítulo III do Regimento Interno e

Estatuto do SINASEFE, faz-se necessário o fortalecimento do poder financeiro das

bases, para que as mesas tenham condições de representar o interesse de seus

sindicalizados perante os fóruns da Entidade.

Nesse sentido, torna-se indispensável à presença do SINASEFE nos diversos

campi, de modo a efetivar novas filiações e promover os debates em prol de melhores

salários, condições dignas de trabalho e qualidade na expansão. Para isso, faz-se

necessário o uso de maior parcela dos recursos financeiros das mensalidades pagas

pelos sindicalizados, para o custeio das atividades e ações imprescindíveis para o

crescimento e fortalecimento deste sindicato.

Em contra partida, a DN do SINASEFE aumentou sua arrecadação no mesmo

ritmo da expansão da rede. Conforme cresce o número de Institutos, crescem o

Page 40: Caderno de Teses - 27º Consinasefe

40

número de seções sindicais e conseqüentemente de sindicalizados, o que viabiliza um

aumento significativo na arrecadação da DN.

Mediante estes aspectos, percebe-se que diminuindo o repasse das seções para

a DN, a organização nacional não perde poder aquisitivo, mesmo sabendo claro, que o

aumento do número de seções e sindicalizados justifica a necessidade do aumento

conseqüente dos gastos da DN. Do mesmo modo, justifica-se a necessidade do

fortalecimento das bases, tornando as seções mais fortes financeiramente, garantindo

a representação de cada base nas discussões de âmbito nacional.

De acordo com o Ministério da Educação, o número de escolas da rede federal

de educação tecnológica, de 2008 a 2010, passou de 215 para 366 escolas, como

mostra o gráfico1, o que representa um aumento de aproximadamente 70% em relação

a 2008 e, segundo o governo a expansão atingirá 562 unidades em 2014 o que atingirá

o aumento de 161% em relação a 2008. Em consequência, o número de servidores

cresce consideravelmente e, no entanto, grandes partes das seções sindicais do

SINASEFE encontram-se em uma situação de colapso financeiro, não por má gestão,

mas pela constante necessidade de fazer frente a uma nova realidade advinda da

ampliação da rede e da obrigatoriedade de um elevado repasse de 20% da

arrecadação total para a direção nacional (DN).

Gráfico1: Expansão da Educação Profissional e Tecnológica –

Fonte:(redefederal.mec.gov.br)

Atualmente, a atividade sindical das seções não se restringe somente ao

campus-sede, como no passado, pois com a ampliação dos institutos, o número de

deslocamentos para atendimento às novas seções aumentaram significativamente,

havendo assim, uma ampliação das despesas com passagens, diárias, estádias em

hotel, material de divulgação, além do aumento dos gastos administrativos, com

pessoal, contas telefônicas, correspondências, assessorias jurídicas, contábil e

imprensa, etc. Nesta nova realidade, as seções sindicai devem ter condições de manter

Page 41: Caderno de Teses - 27º Consinasefe

41

a eficiência no atendimento aos sindicalizados e fazer frente às demandas da luta

sindical, estando disponível diariamente em seu horário de expediente comercial.

Para exemplificar, considera-se uma seção com 200 filiados em 2008 e uma

arrecadação mensal de R$ 6.000,00(seis mil reais). Eram repassados para a DN R$

1.200,00 (um mil e duzentos reais). Suponha que, com a expansão da rede, o número

de filiados em 2010 passou para 260 (aumento de 30%). Neste caso, o repasse

aumentou para R$ 1.560,00 (um mil quinhentos e sessenta reais). Com a redução do

percentual de 20% para 17% o repasse ficaria em R$ 1.326,00(um mil trezentos e vinte

e seis reais).

Portanto, observa-se que a redução gradativa do percentual de 20% não

representa perdas para a DN, considerando a expansão anual da rede, mas garante a

efetividade das ações das seções sindicais nas demandas locais de base.

Ainda para exemplificar, considera-se uma seção com 100 filiados, com

arrecadação mensal de R$ 3.000,00 ( três mil reais). Hoje, são repassados R$ 600,00 (

seiscentos reais) a DN, restando R$ 2.400,00 ( dois mil e quatrocentos reais) a seção.

Considerando que a seção queira participar com dois delegados, que é de seu direito,

as Plenárias, que acontecem uma vez a cada trinta dias em média (salvo épocas de

movimentos como greve, onde os encontros se intensificam), o gasto com passagem

para a Capital, bem como pagamento de diárias e/ou hotel e despesas ultrapassa

tranquilamente o montante que fica na seção sindical, sendo assim, esta seção, não

tem condições financeiras de participar dos fóruns da entidade, sendo Plenas, GT’s e

Plantões de base.

Neste contexto, o repasse de 20% para a entidade nacional, frente a esta nova

realidade, tem sido um fator que dificulta as atividades das seções, uma vez que estas

ainda têm que atender as convocações da DN para as plenas, congressos, GTs,

seminários, plantões de base, reuniões da CNESF e outros eventos que surgem e que

são do interesse da categoria. Isto tem representado para as seções um gasto

financeiro superior àquele que elas podem arcar, resultando em uma baixa participação

nesses eventos, existindo, inclusive, rodízios para as plenas, uma vez que existem

seções que só conseguem participar em datas alternadas.

Efetivação da proposta

Assim, a proposta prevê uma alteração no ART. 61 do Capítulo VI do Regimento

Interno e Estatuto do SINASEFE, que seria a redução gradativa do percentual de 20%

de repasse para a DN, considerando o fato de que a mesma não representará redução

Page 42: Caderno de Teses - 27º Consinasefe

42

na arrecadação, devido a perda em percentuais ser compensada pelo aumento do

valor arrecadado com um maior número de filiados. Ressalta-se que o elevado repasse

de (20%) não mais se justifica uma vez que a entidade nacional já possui um

patrimônio considerável que garante o apoio logístico e dá suporte às atividades em

Brasília. Por outro lado, é preciso fortalecer as seções sindicais e, a questão financeira

é crucial para que estas possam realizar a efetivação de suas demandas em prol dos

sindicalizados, bem como o seu trabalho de conscientização e de sindicalização de

novos associados.

Atualmente, cerca de 50% dos servidores da rede federal de educação

profissional e tecnológica são sindicalizados. Assim, considerando que a expansão da

rede, em pior das hipóteses, atinja no ano de 2014 um percentual de 150% de aumento

em relação a 2008, teremos um aumento considerável no número de sindicalizados,

com uma arrecadação da DN além de suas necessidades e um elevado volume de

demandas nas ações das seções sindicais. Por esse motivo, sugerimos a redução

gradativa do percentual de repasse para a DN, da seguinte forma:

A) Até Dezembro de 2012, que o repasse seja de 17%;

B) De janeiro de 2013 a dezembro de 2013, o repasse seja de 15%;

C) De janeiro 2014 a dezembro de 2014 seja de 13%;

D) Que a partir de janeiro de 2015 o repasse seja de 10%.

As mesmas propostas de valores em suas respectivas datas seriam também

usadas na alteração do § 1º do Art. 62 do Capítulo VI do Regimento Interno e Estatuto

do SINASEFE, garantindo assim a redução do repasse dos recursos obtidos pela

Seção Sindical, provenientes de ações judiciais para a DN, que hoje é de 20 % (vinte

por cento), partindo dos mesmos princípios contidos na justificativa da proposta

anterior.

Page 43: Caderno de Teses - 27º Consinasefe

43

TESE 9

Responsabilidade da Direção Nacional com as bases na realização de seus

Eventos

Proponente: Elane de Souza Mafra

A cada evento da Direção Nacional do SINASEFE, realizado fora de Brasília/DF:

CONSINASEFEs, Encontros Regionais, Seminário de Educação e o Encontro de

Assuntos de Aposentadoria e Seguridade Social, as preocupações com a organização

e a prestação de contas dos mesmos, são cada vez mais complicadas.

Não existem regras ou orientações escritas para que as bases sediadoras, já que o

Evento é da DN, possam se guiar e realizar um evento dentro das regras e normas

postas, visando os gastos com o patrimônio do Sindicato e das bases como um todo.

Algumas bases não sabem, por exemplo, que sendo o evento da Direção Nacional a

mesma tem o direito de intervir/sugerir na arte dos cartazes, folders, escolha de

palestrantes, local (hotel, clubes, etc.) onde se realizará o mesmo, enfim em toda

estrutura, sempre escutando a base sediadora.

O não cumprimento das bases sediadoras de regras apenas costumaz, não pode ser

punido ou cobrado. Punições essas que por muitas vezes levam seções inteiras a não

poderem credenciar-se em atividades de formação que engrandeceriam o debate em

nossas bases.

Tendo a preocupação de amenizar os desgastes pré e pós eventos é que esta tese

sugere a elaboração de Orientações que norteiem a realização dos mesmos.

ORIENTAÇÕES PARA REALIZAÇÕES DE EVENTOS DA DIREÇÃO NACIONAL DO

SINASEFE

I – DA RESPONSABILIDADE:

1) A Direção Nacional é responsável pela sugestão de calendário anual de eventos

e encaminhamento do mesma a uma Plenária Nacional – PLENA para sua

aprovação;

2) A organização dos Eventos é de responsabilidade das bases sediadoras em

conjunto com a Direção Nacional do SINASEFE, para esse fim orientamos:

a. A criação de uma Comissão composta por membros da Direção Nacional

Page 44: Caderno de Teses - 27º Consinasefe

44

e da base sediadora, que ficará com a responsabilidade de acompanhar

toda execução do Evento desde sua fase inicial até a elaboração de

relatório final da prestação de constas do mesmo.

3) Toda e qualquer despesa efetuada nos eventos devem ser previamente

aprovadas nas instâncias deliberativas do SINASEFE. No caso de despesas que

ultrapassem o valor aprovado, a Direção Nacional poderá autorizar até 40%

(quarenta por cento) a mais, do valor anteriormente deliberado.

4) Sendo um Evento da Direção Nacional, a mesma custeará todas as despesas

para sua realização, com exceção dos CONSINASEFEs que terão seus

delegados/as custeados/as pelas regras já existentes.

II – DO USO DAS DESPESAS

1) O valor deliberado será usado visando sempre o menor custo para a Entidade

sem contudo desviar-se do fim a que o Evento se propõe.

2) Toda e qualquer despesa deverá ter 03 (três) cotações de preços, escolhendo-

se sempre a de menor valor;

3) Na impossibilidade de se obter três cotações, a Comissão deverá elaborar

justificativa, por escrito, para, no máximo, 04 (quatro) das referidas despesas;

4) Todas as despesas deverão ser seguidas de fornecimento de notas ou cupons

fiscais, visando a não sonegação de imposto pelo fornecedor;

5) No relatório final da prestação de contas do Evento, deverá constar

notas/cupons fiscais originais.

6) O relatório final das despesas deve ser entregue/enviado a Direção Nacional no

prazo máximo de 15(quinze) dias.

III – DA COMISSÃO RESPONSÁVEL PELO EVENTO

1) Fica a cargo da Comissão responsável pelo Evento a elaboração, confecção e

divulgação dos cartazes, folders, camisetas e pastas referentes ao mesmo;

2) A escolha de palestrantes para comporem as mesas fica a cargo da Comissão;

3) As despesas com deslocamento, hospedagem e diárias dos membros da

Comissão pela DN, ficará por conta mesma;

4) A Comissão só será desfeita após a prestação de constas do evento para a

Page 45: Caderno de Teses - 27º Consinasefe

45

Coordenação Geral e Coordenação de Administração e Finanças da Direção

Nacional.

Esperamos ter contribuído para um melhor uso do patrimônio da Entidade,

incentivando as bases a realização de eventos de âmbito nacional de e vários

desgastes ao longo destes anos de existência desta Entidade.

Page 46: Caderno de Teses - 27º Consinasefe

46

TESE 10

Diminuição do percentual de contribuição sindical das Seções Sindicais para o

Sinasefe – DN

Proponentes: Joílson Cruz da Silva e Fábio Lemos Mota

O objetivo desta tese é demonstrar para os sindicalizados do SINASEFE a

necessidade de reforçarmos as seções sindicais, principalmente neste momento de

expansão da rede dos IFET’s, onde necessariamente o nosso sindicato deve se fazer

presente nos diversos novos campi criando e construído novas seções sindicais ou

sindicalizando os novos servidores ingressos na rede.

Hoje uma grande parte das seções sindicais encontra-se em uma situação de colapso

financeiro, não por uma questão de má gestão das suas finanças, mais pela

necessidade de fazer frente a esta nova realidade com a ampliação e criação dos

novos campi e unidades, a nossa atividade sindical não esta afeita só ao campus-sede

como antigamente, com a ampliação dos institutos o número de deslocamento em

visita as novas seções aumentaram, aumentando consequentemente também as

despesas com passagens, diárias, material de divulgação e etc. Os gastos

administrativos também tem aumentado consideravelmente, com contas telefônicas,

correspondências e etc, sem falar dos gastos com o pessoal administrativo que é

essencial nesta nova realidade, onde o sindicato deve estar disponível diariamente em

seu horário de expediente comercial para atender as demandas dos seus associados.

O repasse de 20% para a entidade nacional, frente a esta nova realidade tem sido um

fator de dificuldade para as seções, uma vez que as mesmas ainda têm que atenderas

convocações da DN quando da existência de convocações, tendo gastos financeiros

com a ida de representantes a Brasília para as atividades da DN, como participação

nos GT’s, plenas e eventos que são convocados, nos encontros e nos congressos, que

mesmo tendo o “rateio” solidário tem sido também um fator de dificuldades para

algumas seções.

A DN hoje, não carece de um repasse tão elevado (20%), uma vez que já possui um

patrimônio que a tranquiliza no encaminhamento e no suporte das nossas atividade

sem Brasília, é preciso fortalecer as seções e a questão do fortalecimento financeiro

das mesmas é crucial para que estas possam estar realizando a efetivação de suas

demandas e o seu trabalho de conscientização e de sindicalização de novos

associados.

Page 47: Caderno de Teses - 27º Consinasefe

47

Sendo assim, proponho que seja reduzido gradativamente o repasse das seções para

a DN da seguinte forma:

A) Até março de 2013, que o repasse seja de 17%;

B) De março de 2013 a janeiro de 2014, o repasse seja de 15%;

C) De janeiro 2014 a janeiro de 2015 seja de 13%;

D) Que a partir de janeiro de 2015 o repasse seja de 10%.

Seguem dados financeiros/contábeis da DN para demonstrar em números a viabilidade

técnica da redução:

BALANCETE ANALÍTICO - NOVEMBRO/2011Pós-Greve

Ativos 1.264.527,98

ATIVO CIRCULANTE 461.778,12

ATIVO PERMANENTE 802.749,86

EMPRESTIMO COLATINA 2.200,00

EMPRESTIMO SENHOR DO

BONFIM

3.000,00Permanece sem

quitação

EMPRESTIMO CAMBORIU 500,00

EMPRESTIMO LUZIANIA-GO 1.700,00

EMPRESTIMO

RONDONOPOLIS

5.000,00

SILVIO DE JESUS ROTTER 16.400,00

RECEITAS 278.293,24

REPASSE ESTATUTARIO 228.449,69

DESPESAS 191.450,91

PESSOAL 43.315,83

TELEFONE SEDE 5.316,87

TELEFONE CASA NET 1.179,18

TELEFONES CELULAR 7.171,62

COM INFORMATICA 14.505,18

BALANCETE ANALÍTICO - NOVEMBRO/2010Sem-Greve

Page 48: Caderno de Teses - 27º Consinasefe

48

Ativos 1.466.014,66

ATIVO CIRCULANTE 690.262,01

ATIVO PERMANENTE 775.752,65

EMPRESTIMO SANTA

TERESA

7.100,00

EMPRESTIMO SENHOR DO

BONFIM

3.000,00

EMPRESTIMO COLATINA 2.240,00

EMPRESTIMO SINTIETFAL 6.000,00

EMPRESTIMO

RONDONOPOLIS

5.000,00

EMPRESTIMO CAMBORIU 500,00

TOTAL: 23.840,00

RECEITAS 218.435,45

REPASSE ESTATUTARIO 211.692,54

DESPESAS 167.032,11

PESSOAL 31.239,34

TELEFONE SEDE 3.630,39

TELEFONE CASA NET 709,34

TELEFONES CELULAR 4.737,31

ASSESSORIAJURIDICA 18.971,05

OUTRAS DESPESAS

ADMINISTRATIVAS

17.655,12

COM INFORMATICA 9.898,29

Fonte:

http://www.sinasefe.org.br/v3/index.php?option=com_docman&task=cat_view&gid=62&

Itemid=57

Análise:

A despesa – apesar de muito alta - representa apenas 79% da arrecadação.

A sobra de recursos no caixa estimula o crescimento da despesa.

Acreditamos que assim as seções sindicais poderão desenvolver as suas atividades a

contento nas suas bases, estando mais perto e atendendo satisfatoriamente os anseios

Page 49: Caderno de Teses - 27º Consinasefe

49

dos seus sindicalizados através de compra de veículos, sede própria, promoção de

cursos e palestras, envio de mais observadores para formação de novos quadros e

outros.

TESE 11:

Alteração de parágrafo único do Art. 25 - Estrutura organizativa da Seção

Sindical do SINASEFE - Pará e suas bases territoriais no contexto da expansão

da Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica.

Proponente: Antonio Élcio Padilha do Amaral

CONJUNTURA

Os Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia surgiram no contexto

de expansão e valorização da educação profissional desencadeado pelo Governo Lula

no país, a partir do ano de 2003, através de um plano estruturante de expansão da

Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica, que em 2010, passou de 140

para 354 instituições. No estado do Pará, com um imenso território geográfico e de

difícil acesso, além dos 05 Campi existentes (Belém, Castanhal, Marabá Industrial,

Tucuruí e Altamira), 06 novos campi foram implantados nessa primeira expansão

(Santarém, Itaituba, Bragança, Conceição do Araguaia, Rural de Marabá, Breves e

Abaetetuba), além dos pólos de Vigia, Ponta de Pedras e Ananindeua. Em fase de

implantação estão os Campi (Cametá, Paragominas, Parauapebas, Óbidos), ver

quadro demonstrativo no anexo I. Diante do contexto sócio, econômico, político e

geográfico, um imenso desafio deve ser considerado aos processos de mudança de

gestão a que terão de submeter-se para adequação à nova realidade institucional,

antes, CEFET-Pará com apenas três unidades descentralizadas. Hoje cada Instituto

Federal é estruturado com uma Reitoria, Proreitorias e vários Campi/pólos, com gestão

interdependente entre entres. Cada Campus, por sua vez é responsável pela execução

dos objetivos finalísticos institucionais, necessita de uma estruturação híbrida, através

da associação da departamentalização funcional e a matricial – para viabilizar o diálogo

e interação dos departamentos da área acadêmica com as unidades operacionais dos

demais departamentos das áreas de administração, de apoio ao ensino, de extensão e

de pesquisa.

Com o objetivo de debater os desafios trazidos pela expansão da Rede Federal

de Ensino Básico, Profissional e Tecnológico, foi realizado entre os dias 29 de março e

01 de abril de 2011, o 26º CONSINASEFE, em Brasília-DF, com a participação de mais

de 400 pessoas, dentre delegados(as), observadores(as) e convidados(as). Destacou

Page 50: Caderno de Teses - 27º Consinasefe

50

no evento a importância de estreitar os laços entre os trabalhadores e a comunidade

escolar para fortalecer a luta em defesa da educação pública, melhores condições de

trabalho, salários dignos e abertura do processo democrático, através de participações

ativas e mais próximas dos locais de trabalho. Fizeram-se críticas da situação de

precarizacão na rede federal e das péssimas condições de trabalho em diversos

Institutos, especialmente nos campi localizados no interior dos estados. Diante dessa

conjuntura política educacional, surge nosso desafio enquanto entidade representativa

dos trabalhadores da Educação Profissional e Tecnológica do SINASEFE, não

permitindo criar institutos e novos campi, sem as condições mínimas necessárias e

adequadas ao trabalho, a fim de garantir uma educação pública, gratuita e de

qualidade. Criticou-se também que a expansão da Rede Federal de Educação

Profissional e Tecnológica tem sido feita sem nenhum planejamento e nenhuma

participação das entidades sindicais representativas da comunidade escolar, muito

menos da sociedade civil, onde seriam instalados os campi. A maioria das

considerações feitas no congresso foi destacando que a participação dos trabalhadores

no processo de formulação das políticas é fundamental para que a expansão seja feita

de forma que não precarize o trabalho, com o objetivo de manter a qualidade da

educação oferecida nas instituições, e não apenas com visão quantitativa.

CONDIÇÕES DE TRABALHO

A origem dos sindicatos deve-se a Revolução Industrial na Inglaterra que

produziu um exército de trabalhadores miseráveis, vivendo em condições desumanas e

nas piores condições de trabalho. A intensificação do trabalho e as metas do governo

nos Institutos Federais tem levado a trabalho precários e sem qualidade. Essa

situação gera conflitos entre os trabalhadores e o governo que podem ser resolvidos

em mesas de negociações e acordos, porém sem resultados satisfatórios a classe

trabalhadora.

A condição de trabalho e salários baixos dos profissionais de educação torna a

vida cada vez mais insuportável, em detrimento a concentração da riqueza nas mãos

dos grandes empresários, latifundiários e banqueiros.

È notório em todo o Brasil que a expansão da rede federal de ensino tem

precarizado as condições de vida dos trabalhadores da educação que atuam nos

Institutos. Especificamente no IFPA, notamos: Campi sem Laboratórios; obras

inacabadas; salas de aulas improvisadas; ausência de salas de professores ou

inadequadas; turmas superlotadas; sobrecarga de aulas pela falta de concurso para

Page 51: Caderno de Teses - 27º Consinasefe

51

professores; carência de funcionários; falta de material de consumo/suprimentos; falta

de espaços para esporte e lazer. Isto são alguns problemas e dificuldades apontadas

em nossas visitas realizadas nos diversos campi do Instituto Federal do Pará. Além

disso, são comuns as queixas de servidores reclamando ao sindicato sobre a pressão

das chefias, perseguição, retaliações, caracterizando-se como Assédio Moral no

Trabalho, levando as pessoas a se transferirem, redistribuírem e sofrerem doenças

mentais por conta da tensão instalada no Instituto como um todo, além de que os

servidores públicos de um modo geral serem humilhados pela mídia empresarial

acusados de preguiçosos, negligentes e corruptos.

O papel do sindicato é relevante na busca por condições de trabalho não

degradantes, garantias aos direitos dos servidores ativos, aposentados e pensionistas

e de salários que valorizem os trabalhadores da educação. Portanto nós do sindicato

dos servidores da educação, como é o caso do SINASEFE - Pará tem um papel

importante para o fortalecimento e atuação do sindicato mais próxima dos locais de

trabalho (Campi/similares). Sabe-se que governo não tem buscado a construção do

diálogo com os servidores, sem mesa de negociação permanente defendida pelo

sindicato. Os conflitos geram enfrentamentos através das greves, paralisações,

ocupação de prédios públicos, notas de repúdios, manifestações de ruas, etc.

Com o crescimento de servidores sindicalizados nos diversos Campi do Instituto

Federal do Pará, tem demonstrado a força de nossa mobilização ao longo desses

últimos anos, porém a seção sindical sente-se distante territorialmente e pessoalmente

afastada da realidade em cada unidade, a fim de ter uma atuação mais efetiva. Logo, a

nossa tese é poder descentralizar o sistema organizativo do Sindicato através das

Seções Sindicais no sentido de garantir estatuariamente o direito de atuar com mais

autonomia política, administrativa e financeira e poder combinar luta política, com a

garantia de melhores condições de trabalho e salários a todos os trabalhadores da

educação que fazem parte da Instituição e dessa forma estar contribuindo para a

qualidade do ensino profissional no Estado do Pará.

PROPOSIÇÃO DE MUDANÇA NO ESTATUTO

Descrição atual do Artigo 25 e seu parágrafo único:

Art. 25. A Seção sindical terá por base territorial área de uma Instituição Federal de

Educação Básica, Profissional e Tecnológica, podendo ter essa base territorial

estendida para mais de uma Instituição, atendendo os interesses Organizativos dos(as)

Organizativos dos(as) sindicalizados(as).

Page 52: Caderno de Teses - 27º Consinasefe

52

Parágrafo Único. Os servidores dos Campi e similares, atendendo a interesses

organizativos poderão constituir uma Seção Sindical.

Diante da conjuntura organizacional do IFPA apresentado, passando pelas

discussões feitas durante o 26º CONSINASEFE e pelas circunstâncias de nossa

realidade regional para atendimento aos nossos filiados lotados nos mais diversos

Campi do interior do Estado é que estamos propondo a permanência do caput do artigo

25º do Estatuto, porém com mudança em seu paragrafo único,

devendo ficar da seguinte forma: Parágrafo Único. Os servidores dos Campi e

similares, atendendo a interesses organizativos poderão constituir uma Seção Sindical.

Os Campi e similares, com mais de 50 servidores filiados, atendendo aos seus

interesses organizativos, poderão constituir Sub Seções Sindicais, vinculadas a

seção sindical da Instituição Federal de Educação Básica, Profissional e

Tecnológica, todas (Seções e Sub Seções) com autonomia, política,

administrativa e financeira.

Em decorrência da alteração do Art. 25, propomos que seja alterado o Art. 16,

que trata da representatividade nas PLENAS.

Vejamos como está descrito o Art. 16. A Plenária Nacional – Plena, instância

deliberativa do SINASEFE, somente inferior ao CONSINASEFE, é constituída por

dois(as) delegados(as) de cada Seção Sindical, sendo garantida a participação dos

membros da Diretoria Nacional – DN, sem direito a voto.

Para contemplar a proposta de criação de Sub Seção Sindical das Seções

Sindicais, deveremos alterar o Art. 16, devendo ficar assim descrito:

A Plenária Nacional – Plena, instância deliberativa do SINASEFE, somente

inferior ao CONSINASEFE, é constituída por dois(as) delegados(as) de cada Seção

Sindical, sendo garantida a participação dos membros da Diretoria Nacional – DN, sem

direito a voto e um(01) delegado por Sub Seção Sindical, escolhido em Assembleia

Geral.

Para adequar essa mudança deverá haver alteração no regimento interno da

Seção Sindical para a constituição da Sub Seção sindical, dando total autonomia

administrativa e política, bem como os procedimentos de repasse dos recursos

financeiros proporcionais aos números de seus filiados. Diante dessa alteração

sugerimos alguns pontos organizativos a serem considerados para a estrutura e

funcionamento das Sub Seções Sindicais:

Page 53: Caderno de Teses - 27º Consinasefe

53

1. A diretoria da Sub Seção Sindical deverá ser escolhida em Assembléia

Geral da Seção Sindical no Campus ou similar, seguida da posse

imediata.

2. Cada Sub Seção deverá elaborar seu regimento interno para cumprir a

rigor o estatuto do Sindicato.

3. Os campi que possuem até 50 filiados deverão continuar com as

delegacias sindicais, previsto no Regimento Interno da Seção Sindical,

como forma de ter representatividade garantida em todos os campi, até

que consigam atingir o mínimo necessário para se transformar em Sub

Seção Sindical. Se observarmos o anexo I, das 20 unidades das

nossas bases, de imediato, 03 já podem ser transformadas (Belém,

Castanhal e ETRB). Por outo lado dependendo do potencial de

mobilização para filiação, outras 07 poderão passar para Sub Seção

Sindical, em função do número de servidores lotados no Campus

(acima de 50).

4. A estrutura mínima para funcionamento de uma Sub Seção Sindical

será de dois subcoordenadores, um secretário com suplente, um

tesoureiro com suplente e dois conselheiros fiscais.

5. Cada Sub Seção Sindical deverá repassar 20% da receita para a

Seção Sindical, a fim de que possa repassar para a Nacional e

continuar contribuindo e debitando através do Sindportal, para todos os

filiados.

6. Cada Sub Seção Sindical deverá abrir conta bancária em agência do

Banco do Brasil, a fim de facilitar o repasse da receita.

7. O mandato da subdiretoria da Sub Seção Sindical deverá coincidir com

o mandato da Diretoria Executiva da Seção Sindical.

8. Os filados de um modo geral continuaram sendo beneficiados das

assessorias de comunicação, contábil e jurídica da Seção Sindical,

bem como de toda infraestrutura da sede.

9. Deverá ocorrer a cada semestre do ano, um encontro de delegados

sindicais juntamente com os subcoordenadores das Sub Seções

Sindicais.

10. Cada Sub Seção Sindical terá direito a escolher 01 (um) representante

como delegado em Plenas, bem como 01 (um) delegado aos

Congressos. Para os demais Eventos Nacionais e GT’s, ficará de

Page 54: Caderno de Teses - 27º Consinasefe

54

acordo com a disponibilidade financeira e deliberação em Assembleia

Geral.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Acreditamos que com essa nova estrutura organizativa das Seções Sindicais,

através da criação das Sub Seções Sindicais, estaremos proporcionando e

oportunizando maior representatividade e autonomia as bases em todos os Campi do

Instituto e unidades similares, garantindo participação efetiva da diretoria do sindicato

em cada local de trabalho, com possibilidade de promover escolha de seus

representantes nos fóruns da entidade, bem como desenvolver atividades políticas

sindicais, aos seus filiados com mais independência atendendo as peculiaridades e

demandas regionais.

ANEXO 1

Quadro demonstrativo dos Campi no IFPA e Similares

Nº de

Unidade

s

IFPA/Campi e

Similares

Nº de

Servidore

s

Nº de

Filiados %

Diferenç

a %

Campi já existentes

1 Belém 471 422

89,60

% 49 10,40%

2 Castanhal 190 73

38,42

% 117 61,58%

3 Industrial de Marabá** 48 23

47,92

% 25 52,08%

4 Altamira* 59 38

64,41

% 21 35,59%

5 Tucuruí* 89 23

25,84

% 66 74,16%

Campi implantados a partir de 2003 - 1ª etapa de expansão

6 Bragança* 76 42

55,26

% 34 44,74%

7 Abaetetuba* 74 20

27,03

% 54 72,97%

8 Santarém* 72 49 68,06 23 31,94%

Page 55: Caderno de Teses - 27º Consinasefe

55

Fonte: DIGEP-IFPA – Agosto/2012 e SINDPORTAL-SINASEFE – Outubro/2012

*Campus com número de servidores acima de 50, com possibilidade de ser Sub Seção

Sindical.

**Campus com possibilidade de atingir maior número de servidores em função do

concurso público.

%

9

Conceição do

Araguaia* 65 41

63,08

% 24 36,92%

10 Itaituba** 49 36

73,47

% 13 26,53%

11 Breves** 26 3

11,54

% 23 88,46%

12 Rural de Marabá* 58 23

39,66

% 35 60,34%

Pólos vinculados aos campi

13 Vigia 8 0 0,00% 8

100,00

%

14 Ponta de Pedras - - - - -

15 Ananindeua - - - - -

Campi em fase de implantação - 2ª etapa da

expansão

16 Paragominas - - - - -

17 Parauapebas - - - - -

18 Óbidos - - - - -

19 Cametá - - - - -

Unidade Educacional fora da estrutura do IFPA, mas filiada ao

SINASEFE-PA

20

Escola Ten. Rêgo

Barros 123 103

83,74

% 20 16,26%

Total

1408 896

63,64

% 512 36,36%

Page 56: Caderno de Teses - 27º Consinasefe

56

TESE 12

Proposta de alteração Art. 19º - Reestruturação da Direção Nacional por Classes

Proponentes: Técnico Administrativo Adão Pillar Damasceno

Professor Alessandro de Franceschi

Professor Eduardo Bonnuncielli Marafiga

Professor José Abilio Lima de Freitas

Professora Lidiane Bittencourt Barroso

Professora Narà de Fátima Quadros da Silveira

Professor Norberto Bolzan

Professora Rosamari Piaia

INTRODUÇÃO

Para avançarmos na luta dos servidores federais da educação precisamos cada

vez mais fortalecer a entidade sindical que nos representa, isto é, o SINASEFE.

Os servidores federais da educação para o exercício da sua função tem acesso à

carreira pública por meio de concurso público. O concurso público na área educacional

faz distinção em duas classes: classe de docente e classe de técnico administrativo.

O SINASEFE é a entidade sindical que representa essas duas classes tendo na sua

composição de base companheiros(a) com diferentes históricos profissionais. Assim, o

SINASEFE é constituído pelos servidores federais da educação (ativos e aposentados),

representados pelos docentes e técnicos administrativos. Tem como objetivo

fundamental organizar, representar e dirigir a luta dos servidores federais da Educação

Básica, Técnica e Tecnológica (EBTT), em caráter sindical, numa perspectiva

classista, autônoma, democrática e participativa.

Para avançarmos na luta por uma educação de qualidade e para que o

SINASEFE cumpra seu papel, é relevante que na Direção Nacional ocorra a

participação efetiva das duas classes ao qual representa, com a paridade na

composição das coordenações.

Page 57: Caderno de Teses - 27º Consinasefe

57

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

O docente da EBTT tem suas atividades distribuídas entre Ensino, com

atividades frente ao aluno e também extraclasse, Pesquisa e Extensão, o que conduz

esses profissionais a exaustão, porque se extrapola os limites das quarenta horas

semanais, devido as cargas horárias pedagógica e didática.

Da mesma forma a pouca valoração dos profissionais deste mercado de

trabalho leva muitos docentes a participar das políticas educacionais neoliberais

implantadas pelo Governo Federal, para complementar a renda familiar.

Como reflexo desse Sistema Educacional a classe docente atua de forma engessada e

muitas vezes alienada pelas politicas implantadas, que dificultam a participação desses

docentes nas atividades sindicais e consequentemente, os afastam da luta dos

servidores federais da educação. Logo, a classe de docente tem seus diretos cada vez

mais comprometidos pela carreira desestruturada, pouco atrativa e assim não atende

os anseios da sociedade no que diz respeito a Educação Brasileira.

Utilizando o princípio do SINASEFE de que defendemos os servidores federais,

docentes e técnicos administrativos da EBTT e de forma que se organizem com total

independência frente ao Estado e às instituições de ensino, mantendo a sua autonomia

frente aos partidos políticos ou a qualquer outro tipo de organização da sociedade civil,

devendo decidir livremente suas formas de organização, sindicalização e sustentação

material como também garantir o exercício da mais ampla democracia em todas as

suas instâncias, assegurando completa liberdade de expressão aos seus

sindicalizados(as), combinada com a unidade de ação que está totalmente

comprometida pela não efetivação destes princípios no cotidiano da organização

da Direção Nacional.

Da mesma forma considerando que a defesa do SINASEFE é os interesses das

classes que representa e a luta em defesa da educação pública, de qualidade, gratuita

e laica, com referência social e em consonância com os interesses da classe

trabalhadora. Missão indissociável da liberdade de pensamento como direito inalienável

do cidadão e que tem como compromissos desenvolver, organizar e apoiar, nos

aspectos políticos, educacionais, econômicos, sociais e culturais, todas as ações que

visem às conquistas de melhores condições na educação, de vida e de trabalho para

toda a classe servidores federais da educação, vêm hoje a pouca participação dos

Page 58: Caderno de Teses - 27º Consinasefe

58

profissionais na construção de políticas que contribuam para a evolução da

qualidade educacional.

Portanto, buscando a efetiva participação das classes que o SINASEFE representa é

de extrema relevância que em sua composição exista paridade em todas as

coordenações da Direção Nacional, composta pelos servidores federais da

educação (docente e técnicos administrativo).

PROPOSTA:

- Alteração do artigo 19º do Estatuto do SINASEFE de forma que considere a

paridade nas coordenações de acordo com as classes que representam docentes

e técnicos administrativos, conforme:

I. Coordenação Geral, com quatro (4) membros, sendo dois (2) representantes da

classe de docentes e dois (2) representantes da classe de técnicos administrativos;

II. Coordenação de Administração e Finanças, com quatro (4) membros, sendo dois (2)

representantes da classe de docentes e dois (2) representantes da classe de técnicos

administrativos;

III. Coordenação de Pessoal, com quatro (4) membros, sendo dois (2) representantes

da classe de docentes e dois (2) representantes da classe de técnicos administrativos;

IV. Coordenação de Comunicação, com dois (2) membros, sendo um (1) representante

da classe de docente e um (1) representante da classe de técnico administrativo;

V. Coordenação de Políticas Educacionais e Culturais, com dois (2) membros, sendo

um (1) representante da classe de docente e um (1) representante da classe de técnico

administrativo;

VI. Coordenação de Formação Política e Relações Sindicais, com dois (2) membros,

sendo um (1) representante da classe de docente e um (1) representante da classe de

técnico administrativo;

VII. Coordenação Jurídica e Relação de Trabalho, com dois (2) membros, sendo um (1)

representante da classe de docente e um (1) representante da classe de técnico

administrativo;

§ 1º. A coordenação prevista no inciso I será composta de dois (2) secretários(a),

sendo um(a) primeiro(a) tesoureiro(a) e um(a) segundo(a) tesoureiro(a).

Page 59: Caderno de Teses - 27º Consinasefe

59

§ 2º. As atribuições das coordenações previstas nos Incisos II, III, IV, V, VI e VII serão

definidas no Regimento Interno. (grifo nosso).

CONSIDERAÇÕES FINAIS:

A composição proposta permitirá a participação igualitária das duas classes: a classe

de docentes e a classe de técnicos administrativo da Educação Básica, Técnica e

Tecnológica na composição da Direção Nacional. Isto atenderá aos princípios

fundamentais que regem essa entidade sindical, bem como a efetiva participação das

duas classes na luta pela educação laica e de qualidade, contribuindo para a maior

participação da classe de docentes, corroborando junto a luta dos servidores federais

da educação.

Assim, neste processo democrático que rege a nossa entidade sindical, apresentamos

esta tese para o 27º. CONSINASEFE.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

Estatuto do SINASEFE- Sindicato Nacional de Servidores Federais de Educação

Básica, Técnica e Tecnológica.

Page 60: Caderno de Teses - 27º Consinasefe

60

B) TESES SOBRE TEMA CENTRAL DO CONGRESSO “UNIR OS TRABALHADORES EM DEFESA DA EDUCAÇÃO”

TESE 1

O Brasil precisa de uma primavera!

Proponentes: David Lobão e José Araújo Pereira

Construir a UNIDADE dos Trabalhadores nas lutas de Classe

Uma nova situação vem se desenvolvendo nestes dois anos de mandato do

governo Dilma com três traços fundamentais:

1) Desaceleração do crescimento do PIB pelo segundo ano consecutivo, como

resultado da crise internacional, com alguns indicadores de estagnação econômica, tais

como a brutal queda do investimento das empresas, o aumento da inadimplência e a

freada na criação de empregos formais, ao lado do avanço relativo à perda de direitos

da classe trabalhadora e à ampliação das privatizações;

b) Uma significativa retomada das greves por parte da classe trabalhadora,

diversificada em amplos setores;

c) Lutas populares de resistência, tais como a luta contra as remoções e

especulação imobiliária e em defesa do direito à moradia, à resistência aos desastres

socioambientais, como Belo Monte.

Há uma retomada expressiva e crescente do número de greves no país, nos

dois primeiros anos do governo Dilma/PMDB. No primeiro semestre deste ano, houve

greves e mobilizações expressivas na construção civil (mais de 300 mil operários em

20 estados), em redes estaduais de educação e importante mobilização dos

bombeiros, uma inédita e expressiva rede de greves nos transportes ferroviários e

metroviários, em nível interestadual.

Ao longo do mês de agosto de 2012, segundo cálculo dos sindicatos e

federações, mais de 300 mil servidores federais cruzaram os braços por reajustes

salariais e reestruturação das carreiras. Some-se a estes dados a greve dos

trabalhadores dos correios, bancários e petroleiros, ocorridas em outubro. Destaque-se

nestas lutas a conjunção entre nossa greve e a dos servidores públicos federais.

Aos sinais inequívocos de extensão e aprofundamento da crise internacional,

Page 61: Caderno de Teses - 27º Consinasefe

61

que neste ano provocam consequências dramáticas no continente europeu, o governo

Dilma/PMDB vem, desde 2011, cortando gastos públicos e sociais, arrochando salários

dos servidores. Diante da volta do fantasma da inflação e do turbulento cenário

externo, que ameaçam também as exportações do país, tanto o governo como o setor

privado sinalizaram apertos nos salários e ataques aos direitos trabalhistas.

Ou seja, diante da crise, a coalizão dominante capitalista – o capital financeiro, o

agronegócio, os grandes grupos siderúrgicos, empreiteiras – cerrou ainda mais suas

fileiras em torno do governo PT-PMDB. E este não lhes faltou. Estão aí para comprovar

as inúmeras medidas, projetos e políticas que o governo vem adotando em benefício

deste condomínio, tais como:

a) A revisão do Código Florestal;

b) Os recentes pacotes de privatização da infraestrutura do país, como as

concessões dos aeroportos e as novas “parcerias” com o setor privado nas estradas e

ferrovias;

c) Manutenção dos privilégios ao capital financeiro e à especulação pela via do

pagamento dos juros da dívida pública;

d) Cortes dos impostos para o empresariado, sob pretexto de manter a

economia aquecida e garantir empregos (argumento desmentido ao assegurar a

continuidade do corte de impostos da General Motors, mesmo depois que a empresa

anunciou a demissão de mais de mil trabalhadores em São José dos Campos!);

e) A ofensiva para aprovar o “Acordo Coletivo de Trabalho com Propósito

Específico” que flexibiliza a CLT;

f) A retomada da discussão para uma nova “mudança” na previdência social,

para dificultar ainda mais as aposentadorias dos trabalhadores;

g) O ataque ao direito de greve, com cortes dos salários dos servidores e a

edição do decreto anti-greve de Dilma: o 7.777/2012.

Neste cenário, a abertura do Brasil ao investimento de capital excedente, vindo

do exterior, que não encontra situações de valorização em seus locais de origem –

capitais europeus, estadunidenses – na construção das mega obras para a Copa e

Olimpíadas, mesmo com a criação de milhares de novos empregos, tende a acirrar a

luta pelo direito ao espaço urbano: moradia, acesso aos centros urbanos e aos serviços

públicos, contra os deslocamentos e desapropriações.

Page 62: Caderno de Teses - 27º Consinasefe

62

Enquanto o BNDES atua fortemente como instrumento para grandes injeções de

dinheiro público no capital, o governo Dilma endureceu as negociações com todas as

categorias do setor público. Não por acaso, a oposição de direita, do bloco PSDB-DEM,

não tem o que criticar nesta sucessão de pacotes e benefícios para os ricos. Resta a

pauta da corrupção em período de julgamento do mensalão, que poderá desgastar

muito o PT, mas que tem sido comentada com muita “moderação” pela oposição de

direita, pois a CPI de Carlos Cachoeira deu evidências tão fortes das podres relações

de altos dignitários deste bloco, que praticamente estão em processo de sepultamento

do DEM.

Aprofunda-se igualmente o retrocesso, no ataque sem trégua aos direitos humanos no

Brasil, patrocinado pelos governos, com apoio das burguesias locais e nacional, bem

como dos setores mais fundamentalistas da burguesia:

a) o ataque, sob diversas formas, aos povos indígenas e quilombolas;

b) o retrocesso na política de reforma agrária;

c) a não afirmação das políticas públicas de combate ao racismo, machismo e

homofobia; d) o grande processo de remoção e destruição de moradias populares, que

afeta centenas de milhares de pessoas em nome dos mega eventos, como a Copa do

Mundo, e do capital imobiliário;

e) a tentativa de consolidar a concepção de que política de segurança significa

repressão à população pobre, ao invés de políticas públicas ativas;

f) a criminalização do direito de greve e de organização popular;

g) a crescente transformação do meio ambiente em mercadoria.

Isto tudo coloca na ordem do dia o compromisso com a unificação das lutas

sindicais e populares e dos setores que as apoiam, além da necessidade de não

retroceder na construção programática de interesse da classe trabalhadora.

O lugar do SINASEFE na conjuntura

É nesta conjuntura que o governo enviou para o Congresso Nacional o PL 4368/2012,

o qual está muito longe de responder a nossas reivindicações, mesmo após quase três

meses de greves. A este cenário nacional somam-se as mazelas no âmbito das

cidades: a precariedade dos serviços públicos, o colapso do transporte público, o

Page 63: Caderno de Teses - 27º Consinasefe

63

drama da violência policial sobre a população mais jovem e pobre, nas grandes

periferias e morros, no déficit do saneamento básico.

O SINASEFE pode e deve representar uma consequente e coerente oposição de

esquerda no movimento sindical; podemos defender que a CSP-CONLUTAS construa

uma rede de apoio e solidariedade às demandas e lutas sociais, colocando-se como

seu porta-voz. Por isso, é fundamental ligar as questões e mazelas, no âmbito

municipal, com as questões nacionais oriundas do modelo que mantém a desigualdade

social estrutural do Brasil.

A alternativa a esta situação é de projeto, de modelo. Diante dessa situação, o

SINASEFE tem que defender um programa que inverta a lógica do favorecimento do

capital através da exploração da classe trabalhadora e da apropriação de recursos

destinados aos direitos fundamentais da população.

O SINASEFE tem que ser a expressão da luta pela inversão das prioridades, capaz de

fazer parar a sangria do pagamento da dívida pública, de combater as máfias nas

cidades, priorizando os serviços públicos e estatais de qualidade – transporte,

educação, saúde e moradia - de defender uma política de tributação progressiva sobre

o capital, o lucro e a fortuna e o direito de greve em todos os setores da classe

trabalhadora e de ocupação nas cidades. É necessário é urgente que o SINASEFE tem

que se engaje na luta contra a criminalização das lutas populares e da pobreza,

pautando para isso a desmilitarização das polícias e guardas civis.

É parte da construção desse projeto denunciar o desastre sócio-ambiental e o

retrocesso nos direitos humanos - que se agudiza com o modelo de “desenvolvimento”

colocado em prática pelo governo PT/PMDB - e os principais setores da burguesia,

como os bancos, as grandes empresas e o agronegócio. Será preciso para isso afirmar

uma visão ecológica e socialista que se contraponha às falsas saídas para a crise

ambiental, oferecidas pelo “capitalismo verde”, do qual Marina Silva é a principal

representante brasileira na atualidade.

Precisamos urgentemente construir condições favoráveis para convocar ainda

para o início de 2013 um grande encontro de todos os trabalhadores que lutaram em

2012, fazendo unidade com todas as organizações representativas dos trabalhadores

Page 64: Caderno de Teses - 27º Consinasefe

64

que mostraram disposição para a construção da nossa luta. A classe trabalhadora

precisa urgentemente construir sua resposta unitária contra o projeto do governo.

Com este perfil que iremos afirmar nesta conjuntura como um sindicato

independente, plural, democrático e comprometido com a luta dos trabalhadores

brasileiros.

E tem que ser assim porque o Brasil também precisa de uma primavera!!

GREVE 2012 – Um Balanço Necessário

Entramos num movimento grevista quando o governo anunciava que só

responderia aos trabalhadores no sentido de discutir qualquer reajuste somente em 31

de julho e que não negociaria com grevistas. Ademais, éramos ameaçados por um PL-

549, ainda em tramitação no Congresso, mas já aprovado no Senado, que congela

nossos salários por 10 anos.

Fizemos uma greve numa conjuntura muito difícil. A CRISE do capital batendo

as portas do nosso país e o governo anunciando repasse de bilhões e bilhões de

dinheiro para salvar os interesses dos capitalistas. Na mesa de negociação, quando o

IBGE divulgou os índices de crescimento do Brasil para 2012, cerca de 2%, muito

abaixo da previsão do governo (5%), os representantes governamentais, de forma

tácita, acenaram com a possibilidade de não terem condições de reajustar salários dos

Servidores Públicos Federais para 2013, deixando clara a opção por salvar os

interesses dos capitalistas, em detrimento dos interesses da classe trabalhadora.

A confirmação do cenário de grandes dificuldades foi concretizada durante todo

o processo de negociação, quando, de forma muito truculenta, o governo não

respondia a nenhuma das reivindicações dos trabalhadores do serviço público federal.

A partir desta postura imperial do governo, iniciou-se a construção de um

importante movimento na base dos trabalhadores, encabeçado pelo ANDES, os

Servidores Públicos Federais começavam a construir uma importante greve nacional,

tornando-a a maior greve dos trabalhadores em educação federal do país; SINASEFE,

ANDES e FASUBRA, num processo muito difícil, construíram uma unidade importante

para enfrentar o governo.

Pautados em um grande suporte da grande mídia brasileira que sempre esteve

a seu serviço, na força da grande aprovação na sociedade, principalmente frutos de

Page 65: Caderno de Teses - 27º Consinasefe

65

uma política assistencialista aos mais pobres, o governo brasileiro enfrentou nossa

greve sem responder as principais reivindicações. Aos docentes, em nenhum momento

sequer, respondeu sobre sua principal reivindicação, que era a Carreira Docente; aos

Técnicos-administrativos sequer acenava com a reivindicação de manutenção do poder

aquisitivo da categoria, apresentando propostas inferiores à inflação acumulada no

período.

Mas, sem dúvida, foi a força da greve da Educação Federal responsável por

fazer o governo entrar em contradição e ser obrigado a abrir a mesa de negociação. É

verdade que, no primeiro instante, somente para docentes, mas já demonstrava que o

resultado do nosso movimento poderia ser outro, diferente do que o governo desejava,

ou seja, 0% para todos.

Em um primeiro instante, a força do movimento grevista foi suficiente para

arrancar duas propostas do governo para os docentes, as quais, apesar de não

representarem o que a categoria almejava, também não representavam o que o

governo queria impor. Mesmo sem dialogar com a nossa reivindicação de carreira, o

governo viu-se pressionado pela greve e apresentou uma resposta as nossas

reivindicações que garantia reajuste de 30% a 47% (levando em conta os 4% de março

de 2012), reconheceu o direito da aceleração da progressão dos docentes ingressos na

rede após 2008, diminui para 12 níveis a carreira (13 para os doutores), garantindo,

assim, que todos chegassem ao topo da carreira em um tempo menor que o atual,

além de igualar a malha salarial dos docentes do EBTT com o MS, o que representa

um passo importante na luta por uma carreira única dos docentes da Rede Federal.

Essas conquistas, apesar de importantes, foram insuficientes para que nossa

entidade assinasse um acordo com o governo; faltou o reconhecimento por parte do

governo em algumas questões decisivas, tais como: fim do estágio probatório para a

aceleração da promoção direta dos especialistas, mestre e doutores, para depois de

março de 2013 (mudança de níveis, DI para D II ou DIII), respeito à autonomia das

nossa instituições, pois o governo está impondo a realização de Grupos de Trabalho

(GT) para discutir questões que hoje são debatidas e deliberadas nos âmbitos das

nossas instituições. Ademais, a não assinatura do acordo garantiu a manutenção da

unidade com o ANDES.

No segundo instante, o governo viu-se obrigado a mais uma vez recuar nos

seus propósitos e abrir a mesa de negociação com os Técnicos-administrativos (TAs),

antes do prazo por eles divulgados: 31 de julho. Nesta primeira rodada de negociação

o governo apresentou aos TAs uma proposta de reajuste linear de 5 % para todos, a

Page 66: Caderno de Teses - 27º Consinasefe

66

ocorrer nos meses de março dos próximos 03 anos. Mesmo sendo esta a proposta

definitiva apresentada pelo governo aos demais trabalhadores do serviço público, com

a rejeição do SINASEFE e da FASUBRA a esta proposta o governo sentiu-se obrigado

a melhorar sua proposta inicial.

Coube aos TAs, mesmo com um reajuste muito aquém do que se pretendia, a

obtenção das principais vitórias na carreira, a saber: aumento do índice do step e

garantia do direito ao percentual de qualificação (graduação, aperfeiçoamento,

especialista, mestre e doutores) para toda a carreira. Apesar de ser uma proposta

bastante rebaixada para as reivindicações da categoria, também, mais uma vez, não

era a proposta que o governo queria oferecer.

Diante dessas propostas, coube ao SINASEFE estudar os cenários e deliberar o

destino a ser tomado.

A greve dos Servidores Públicos Federais (SPF), que, no final do mês de julho e

começo de agosto, mostrou um crescimento importante, demonstrava claramente que

sua maioria exigia os 5% a cada mês de março, nos próximos 03 anos, pois, com a

iniciativa do governo em apresentar esta proposta às categorias em greve, muitas

aderiram ao movimento com o medo de ficar de fora desses reajustes e terem seus

salários congelados por mais um ano.

O cenário apontava, e hoje podemos ver que se concretizou, para um desmonte

da greve dos SPF; foram poucas as categorias que disseram não à proposta do

governo e deliberaram por continuar na luta. Apesar de o ANDES continuar o

movimento grevista em defesa da carreira docente, o SINASEFE preferiu buscar outra

saída, a qual se apresentou mais correta.

A primeira questão que nos faz acreditar que tomamos a decisão correta é a

correlação de força. Naquele momento ficaríamos numa greve isolada, em que a

maioria dos SPF aceitaram propostas muito mais reduzidas do que foram apresentadas

aos trabalhadores em educação, o que dificultaria em muito o poderoso e importante

apoio da sociedade ao nosso movimento. Discursos de intransigentes seriam muito

mais facilmente assimilados pela população.

Outra questão muito importante é a falta de conhecimento do que significa a

defesa da carreira. Note-se que o ANDES apresentou uma contraproposta aceitando o

piso (D I – 1, T-20 ) e o teto (doutor titular) propostos pelo governo, quando estruturou a

tabela. Esta significa um aumento do impacto orçamentário de 4,2 bilhões para 9,8

bilhões, não que isso signifique muito para um governo que se propõe a gastar 135

bilhões para garantir que as grandes empresas cheguem à falência com a tal crise que

Page 67: Caderno de Teses - 27º Consinasefe

67

elas criaram, mas, infelizmente, o movimento não acumula força suficiente para

conquistar essa reivindicação nesta conjuntura.

Construir na base uma crença na possibilidade de conquistar uma reivindicação

desta dimensão nesta correlação de força, em que os PL e a LOA estão circulando

num Congresso fisiológico, onde cerca de 80% é governista e sua oposição é

majoritariamente de direita, nos restando dialogar com muito pouco parlamentares, é

criar ilusões que podem ter consequências muito sérias no futuro das nossas lutas.

Por outro lado, o desgaste da greve, depois de mais de 80 dias, começam a

causar várias pressões. Alguns Institutos já tinham voltado a trabalhar e a maioria

demonstrava nas suas assembleias um cansaço natural do movimento.

Foi de forma heroica que esta categoria voltou à greve este ano, afinal viemos

de uma experiência de 76 dias de greve no ano passado, quando sequer fomos

recebidos para negociar. Se não fosse a greve dos docentes das universidades,

possivelmente não teríamos força para deflagrar o movimento e, assim, entraríamos

em 2013 com os salários congelados.

Manter a GREVE naquele cenário exigiria de nós estar em um patamar de

mobilização muito superior ao que estávamos, com grandes mobilizações em todas as

cidades onde existia um campus, pressão sobre os parlamentares federais que os

deixasse totalmente comprometidos com nossas ações.

Infelizmente não era este o quadro. Ainda nesse contexto, outro fato digno de

nota é o de que Haddad, candidato do PT à prefeitura de São Paulo, cresceu nas

pesquisa de intenções de voto, saiu de míseros 3% de intenções de votos para garantir

sua presença no 2º turno. Sua campanha tem como principal eixo os IF’s. Para quem

não lembra, ele foi o ministro de Educação anterior.

Enfrentar o Congresso na busca de conquistar uma carreira que praticamente

triplica o custo dos gastos do governo, nos obrigaria a desenvolver, 24 horas por dia,

ações em todo o Brasil, postura para a qual, até agora, não demonstramos capacidade.

Portanto, apresentar mudanças radicais no PL 4368/2012, criando perspectiva de que

a luta por uma carreira estruturada continua ainda para este ano, é criar falsas ilusões

na base que poderá acarretar sérios prejuízos nos futuros embates que, com certeza,

travaremos contra este governo.

Apontar o fim da greve, reconhecer seus resultados como vitória do movimento

e recuar, para, mais na frente, dar continuidade à luta da carreira, faz com que nossa

categoria saia desta greve com a cabeça erguida na busca de outras vitórias.

Nossa carreira ainda é um sonho. Não conquistamos nesta greve, nem

Page 68: Caderno de Teses - 27º Consinasefe

68

infelizmente será conquistada pelo ANDES, caso eles continuem na luta, mas outros

passos podem ser dados.

A luta Pela Carreira Única dos Trabalhadores em Educação continua.

E tem que ser assim porque o Brasil também precisa de uma primavera!!

Nossas Propostas:

1) Encontro Nacional dos Trabalhadores que lutaram em 2012,

previsto para o primeiro trimestre de 2013. Esta convocação, feita através de

sua representação na SEN da CSP-CONLUTAS, deverá ocorrer em UNIDADE

com outras organizações representativas dos trabalhadores brasileiros que

demonstraram disposição de luta neste período;

2) Construção, em UNIDADE com o ANDES e a FASUBRA, de uma

plenária nacional dos trabalhadores em Educação Federal, para avaliarmos

nossa GREVE 2012 e o futuro da nossa luta;

3) Reafirmação de sua disposição de lutar por uma Carreira Única dos

Trabalhadores em Educação, participando ativamente da construção de um

Encontro Nacional dos Educadores do Brasil;

4) Convite ao ANDES e à FASUBRA para desenvolver, por todo o ano

de 2013, a construção de uma pauta única da Educação Federal, objetivando

um jornada de luta e enfrentamento com o governo para 2014;

5) Desenvolvimento de uma campanha, em conjunto com a

FASUBRA, em que se atribua aos reitores das IFEs a responsabilidade pela

defesa da progressão por capacitação, per saltun, já paga por algumas

instituições;

6) Desenvolvimento de uma Campanha Nacional em defesa da

construção dos Estatutos das IFEs, através de Estatuintes, com o intuito de

denunciar as Instituições que construíram seus Estatutos de forma

antidemocrática.

Page 69: Caderno de Teses - 27º Consinasefe

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TESE 2

Democracia, educação e relações de trabalho: o respeito ao direito de greve nas

instituições militares de ensino

Proponentes: Cláudio Roberto Cavalcanti Fonseca

Flávio dos Santos Babosa

Marcelo Teixeira da Silva

Renan Luis de Freitas

INTRODUÇÃO

A partir do pressuposto desenvolvido por Marx e Engels de que "o homem se

educa, se faz homem, na produção e nas relações de produção", faz-se necessário

uma reflexão sobre o trabalho, ou seja, que é um exercício desempenhado por um

profissional que tem compromisso com a sociedade. Encontramos em Freire (2001)

que o compromisso profissional não se trata apenas de uma expressão, de um ato

comprometido, isto implica as relações de uma estrutura e suas relações e uma

determinada posição, a de quem expressou. Assim sendo, ao nos aproximarmos da

natureza do ser que é capaz de se comprometer, estaremos nos aproximando da

essência do ato comprometido e determinado, que a primeira condição para que um

ser possa assumir um ato comprometido está em ser capaz de agir e refletir.

Dessa maneira, pode-se perceber que a relação do ser com o mundo sofre

interferências e reações pelo fato de estar comprometido com as relações sociais do

seu mundo e como o compromisso ao seu desempenho profissional. Essas atitudes

são mencionadas por Freire (2001), ao apontar que o ser é imerso no mundo, no seu

estar, adaptado a ele e pelos limites que são impostos por esse mundo, e que podem

ser capazes de transpor os seus limites. Um dos fatores importante para o ser capaz

de sair do seu contexto e enfrentar e transformar a sua realidade é a partir do seu

histórico e da sua estória com o mundo. Com isso ele ainda afirma que um ser que se

neutraliza frente ao mundo, frente ao histórico, frente aos valores, reflete apenas o

medo que tem de revelar o compromisso. Assim, o ser não pode ser impedido nem se

negar de atuar, de refletir como seres do seu próprio compromisso com o mundo e

com a sua história e sua responsabilidade em realizar-se onde se encontram

engajados com a sua realidade e comprometido com o seu compromisso.

Este compromisso é estabelecido nas relações de trabalho, onde segundo

Page 70: Caderno de Teses - 27º Consinasefe

70

Machado (1997), a produção do conhecimento não é uma mercadoria que esteja

disponível em uma prateleira, em um estoque, que quando se acaba apenas se

repõem e não sendo necessária originalidade e inovação. Isto significa que a condição

do conhecimento possibilita a reflexão sobre si, sobre o seu estar no mundo,

despertando um novo olhar nas condições de trabalho. Um das situações importante

nas relações trabalhista é o estado democrático, pois através dele podem-se expor

ideias e buscar conhecimento, fortalecendo o seu compromisso e envolvimento da sua

realidade.

O Brasil atravessou um período de uma severa intervenção abrupta da ditadura

civil-militar, que desmobilizou, enfraqueceu e tolheu a criatividade, bem como o

compromisso espontâneo e verdadeiro, isso devido a situações de medo e repressão

da classe trabalhadora. A sociedade brasileira neste período sofreu uma forte

marcação na liberdade de expressão e organização da classe trabalhadora, passando

por momentos injustos e negação dos direitos econômicos e sociais. Após vários anos

desta situação, surge nos anos 80 uma nova organização civil da classe trabalhadora:

sindicalismo e movimentos sociais, que procuraram resgatar o seu espaço de debate

público expondo as situações desiguais refletidas por este período obscuro. Um dos

setores sociais que mais sofreu repressão com o regime militar foi a educação, onde

segundo Frigotto in Fávero e Semearo (2003), relata a privatização institucional do

pensamento, a educação e a ditadura do capital:

As reformas educativas protagonizadas pelo período da ditadura

civil-militar, desde sua promulgação por força do arbítrio,

encontraram resistência por parte das organizações científicas e

sindicais dos educadores. Estas críticas e resistências

transformaram-se, no período da transição ao processo de

redemocratização, em elementos propositivos de inúmeras

experiências em prefeituras e depois em alguns Estados. Sob

estas bases desenvolveram-se as teses e propostas do capítulo

sobre a educação no processo Constituinte, na constituição de

1998 e, em seguida, no projeto da Lei de Diretrizes e Bases da

Educação (LDB) e no Plano Nacional de Educação (PNE).

As IFE Militares e a sua origem: um breve histórico

Page 71: Caderno de Teses - 27º Consinasefe

71

O surgimento das instituições federais de ensino militares (IFE Militares)

remonta a um período histórico do nosso país, mais precisamente aos meados d0,o

século XIX, quando já se projetava uma escola que atendesse aos filhos de militares.

Tal período é evidenciado pelo Departamento de Ensino e Pesquisa do Exército

quando do relato histórico da origem das instituições de ensino:

Desde os primeiros tempos do Brasil como nação independente,

os militares pleiteavam a criação de uma instituição encarregada

de educar os filhos dos servidores do Exército e da Armada. Em

1840, no período regencial, com Araújo Lima surge o "Colégio

Militar do Imperador". A ideia é nobre, mas não chega a se tornar

uma realidade. Em 1853, apresentou um projeto ao senado,

criando um Colégio Militar na Corte. Não conseguiu convencer os

seus pares e a iniciativa não prosperou. O mesmo Caxias, em

1862, insistiu, novamente, na criação de uma Escola “[...] que

amparasse os órfãos, filhos de militares da Armada e do Exército

que participaram na defesa da Independência, da Honra Nacional

e das Instituições [...]". Mas uma vez não se concretizou. Apenas

no final do Império, o Conselheiro Tomás Coelho, ex-Ministro da

Agricultura, Comércio e Indústria, consegue a criação do Imperial

Colégio Militar (Decreto Nº 10.202 de 9 de março de 1889). O

educandário, em pouco tempo, se impõe dentro do cenário

educacional do País. Em 1912, são criados mais dois Colégios

Militares: o de Porto Alegre e o de Barbacena. (DEPA, 2001).

As IFE militares abrigam servidores civis que de uma forma ou de outra contribuem

para o andamento dessas instituições. Não se sabe ao certo como se deu a chegada

desta classe trabalhadora nestes setores. Algumas indagações são levantadas: em

uma delas acredita-se que nestas instituições era necessário representar a composição

da sociedade e todos os seus setores; em outra desde a criação das forças armadas

não se tinha os artífices para suprir as suas necessidades ou mão de obra

especializada. Esta necessidade ou carência é exemplificada nas unidades de ensino e

é percebida com a criação da ESAEx, que só aparece na década de 90, e tem a

incumbência de formar militares em diversas áreas do conhecimento, como podemos

Page 72: Caderno de Teses - 27º Consinasefe

72

perceber neste resumo histórico publicada na página da Escola de Administração do

Exército (EsFCEX-EsAEX).

Criada em 05 de abril de 1988, a Escola de Administração do

Exército está sediada na cidade de Salvador-BA. Suas atividades

se iniciaram com os cursos ministrados a oficiais e graduados de

carreira do Exército. Em 02 de outubro de 1989, a Lei nº 7.831

cria o Quadro Complementar de Oficiais, atendendo às mudanças

exigidas pelo processo de modernização por que passava a

Instituição. Coube, então, à EsAEx a missão de formar os oficiais

desse novo Quadro.

Um significativo momento para a Escola e, consequentemente,

para o Exército, foi a inclusão do sexo feminino em 1992, ao

formar a primeira turma composta por ambos os sexos,

denominada Turma Maria Quitéria. Desde então, a Escola forma

anualmente homens e mulheres com formação em distintas áreas

do conhecimento, oriundos das mais diversas instituições de

ensino superior reconhecidas pelo Ministério da Educação, que,

aprovados em concurso de âmbito nacional, passam pelo Curso

de Formação de Oficiais - o CFO/QC, para desempenhar e

assumir as responsabilidades e funções de oficial do Exército, de

acordo com suas especialidades.

Atualmente, os oficiais do Quadro Complementar estão

contribuindo com o seu conhecimento técnico nos mais variados

setores administrativos do Exército, seja no assessoramento

direto ao escalão superior, seja no trabalho específico nas OM.

Ao implantar o QCO, o Exército possibilitou um avanço

significativo para o cumprimento de sua missão, otimizando suas

atividades administrativas com a inclusão de pessoal

especializado que alia aos seus conhecimentos acadêmicos, a

disciplina, o patriotismo e os valores característicos da carreira

militar que são desenvolvidos na Escola de Administração do

Exército.

Assim, as forças armadas, neste caso específico o Exército, resolveria a

carência de mão de obra especializada nas suas diversas unidades. Então a vida

funcional do servidor civil em alguns setores tem diminuído, por não ser mais de

Page 73: Caderno de Teses - 27º Consinasefe

73

interesse ocupacional. Um dos setores que futuramente ou desde já tem sofrido com

esta implantação da ESAEx é área de educação, onde todos os anos abre-se concurso

para diversas áreas do Magistério, diminuindo assim a presença dos professores civis

nas diversas escolas militares do exército. Assim, a carreira do servidor civil público

federal pertencente ao Ministério da Defesa está com os dias contados, motivo este

acentuado pela não mais serventia deste trabalhador.

A vida funcional ou as suas relações de trabalho com esta instituição é

conduzida de maneira incomum se comparada com outros servidores federais.

A convivência com os militares é ambígua e, às vezes, arbitrárias quando da

necessidade em exigir o cumprimento da legislação trabalhista de um servidor civil.

Sendo que esta relação é estabelecida pela ética onde, desde já, existe a diferença

entre um servidor militar e um servidor civil em que a natureza ética são diferentes,

conforme Santos (2007):

Dada a inexistência de um Código de Ética dos Militares,

não se pode aplicar-lhes o Código de Ética do Servidor Civil,

porque o Decreto Presidencial que aprovou este último não indica

os militares como destinatários, e nem poderia fazê-lo, sob pena

de incidir em ilegalidade. A diferença da natureza da ética civil e

da ética militar é tão profunda que nem se pode imaginar um

servidor civil prestando compromisso idêntico ao prestado pelo

militar, ao ingressar na carreira, no sentido de dedicar-se com

exclusividade "ao serviço da Pátria, cuja honra, integridade e

instituições" jura defender "com o sacrifício da própria vida". E

este compromisso não está apenas na lei. Este compromisso é

assumido com a alma e o coração.

Direito de Greve: só para as instituições civis?

A Constituição Federal de 1969 no seu artigo 162 não permitia que os

servidores públicos fizessem greve. Sabendo-se que neste período o nosso país era

regido pelos militares, é mister a compreensão que nas instituições militares de ensino

esse direito era “duplamente” repreendido. Contudo a Constituição Federal de 1988 no

inciso VII do artigo 37 assegura o direito de greve aos servidores públicos civis, bem

como, a Súmula nº 316 do Supremo Tribunal Federal que define que a simples adesão

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74

a greve não constitui falta grave, exceto quando há abusos no exercício do direito de

greve, cabendo ao movimento paredista a organização evitando assim os abusos.

Devemos refletir ainda que se o movimento de greve é um direito do trabalhador

e, portanto, fica sem sustentação a alegação de “falta injustificada” pelos órgãos

públicos, a fim de efetivar os descontos destes trabalhadores.

Partindo deste pressuposto podemos fazer algumas considerações relevantes

ao tema: 1) ainda há um “ranço” do período ditatorial nas instituições militares de

ensino do nosso país, quanto ao direito de greve, alguns servidores ainda permanecem

com a ideia de que tais instituições não podem fazer greve. 2) a “cultura do medo”, da

represália, da perda de uma função gratificada, ainda é latente no meio dessas

instituições; 3) a falta de unidade e de intra e intercomunicação entre os servidores a

respeito da necessidade de discutir sobre os direitos do trabalhador público é outro

fator de destaque; 4) A proibição das reuniões da classe dos trabalhadores civis dentro

das instituições militares de ensino é algo que merece uma atenção especial dentro do

setor público e jurista do nosso país, a fim de garantir o direito a organização sindical.

Conclusão

Da parte dos civis, cabe o entendimento de que há nas instituições militares uma

cultura de completa aversão, negação e apagamento de qualquer alusão ou ação

sindical. A maioria dos militares de carreira são treinados a nem sequer estudar a

função e a atuação dos movimentos sindicais, o que explica também a ignorância

deles. Diante disso, é preciso criar uma cultura de conscientização no sentido de, de

nossa parte, tentar fazer um trabalho (material escrito ou em mídia) para divulgação

nas OMs (organizações militares) sobre a atuação e importância do sindicato numa

Nação como o Brasil que é um Estado Democrático de Direito, e, como tal, necessita

da atuação dos seus mais diversos setores e segmentos da sociedade civil organizada.

Com isso conseguiremos atenuar essa cultura de aversão, medo e indiferença.

Precisamos erguer a cabeça, buscar seriedade e respeito no interior das OMs onde

atuamos.

Atualmente o movimento sindical nas IFE militares tem crescido e ampliado

acerca da presença dos servidores civis nestas instituições. Um dos motivos da

organização desta classe trabalhadora é a necessidade de obter a sua valorização e

reconhecimento dos que comandam as diversas unidades militares, principalmente por

estes não entenderem que o sindicato é uma entidade jurídica e garantida na

Page 75: Caderno de Teses - 27º Consinasefe

75

constituição. A participação sindical de algumas unidades militares de ensino no

movimento paredista mais recente reforçou a união da classe trabalhadora na busca

por melhores salários e condições de trabalho bem como reforçou a união desta

categoria. Contudo, nesta mobilização, a classe trabalhadora enfrentou e está

enfrentando retaliações dos dirigentes destas unidades de ensino e assim está

marcada pela convivência e rancor daqueles que não respeitam o direito de luta.

Diante de tudo isso, é prerrogativa cinequanon a união dos servidores civis

públicos federais nas instituições militares de ensino, partindo de princípios como o da

solidariedade e da aliança, a fim de que as articulações horizontais entre essas

instituições possam romper com as velhas relações verticalizadas de poder imposta

pelos comandos desses estabelecimentos de ensino. A fragmentação dessa relação é

o principal objetivo do poder público dessas instituições militares, pois só assim eles

poderão nos dividir enquanto categoria, dividir o poder da união, evitando que ocorram

relações horizontais entre trabalhadores de dentro e destes com os de outras

instituições.

Neste sentido reforçamos a importância da participação sindical na mediação e

articulação entre trabalhador e poder público. O sindicato neste processo exerce

grande importância quando proporciona maior conhecimento sobre o Estado e o

funcionalismo público. Quando da reivindicação por melhores salários e condições de

trabalho, os trabalhadores também buscam novas identidades por meio da consciência

sindical e política. Nesta convergência de interesses nossa categoria se fortalece

visando a formação de um movimento unificado dessa classe tendo em vista a

projeção de um novo período dentro das instituições militares de ensino: o direito de

reivindicar pelos seus direitos, o “direito a ter direito”, o direito de greve.

Bibliografia

BRASIL. Ministério da Defesa. Exército Brasileiro. Departamento de Ensino e Pesquisa

do Exército. Disponível em: <http://www.depa.ensino.eb.br/pag_historico.htm> Acesso

em 24 out 2012.

______. Ministério da Defesa. Exército Brasileiro. Escola de Formação Complementar

do Exército. Disponível em:

Page 76: Caderno de Teses - 27º Consinasefe

76

<http://www.esaex.ensino.eb.br/index.php?option=com_content&view=article&id=95&It

emid=96> Acesso em 24 out 2012.

FÁVERO, O. e SEMERARO, G. (orgs) Democracia e construção do público no

pensamento educacional brasileiro. Editora Vozes. Petrópolis. Rio de Janeiro. 2002.

FREIRE, P. Educação e mudança. Rio de Janeiro. Paz e Terra. 2001.

MACHADO, N. J. Ensaios transversais: cidadania e educação. São Paulo. Escrituras

Editora. 1997.

SANTOS, B. P. Código de ética do servidor civil e sua inaplicabilidade ao militar.

Revista Jus Navigandi. 2007. Disponível em:

<http://jus.com.br/revista/texto/10785/codigo-de-etica-do-servidor-civil-e-sua-

inaplicabilidade-ao-militar> Acesso em 24 out 2012.

Page 77: Caderno de Teses - 27º Consinasefe

77

TESE 3

Inserção dos informes na pasta da Plena

Proponente: Luciano Ludwig Loder

A união dos trabalhadores em educação é um tema muito importante. Nesse

último movimento paredista só foi possível forçar o governo a negociar, mesmo que

parcamente, por conta da mobilização tanto das várias seções sindicais do Sinasefe

(totalizando 293 seções sindicais no auge da greve) quanto dos outros sindicatos dos

trabalhadores em educação, ANDES e FASUBRA, resultando em vários atos

unificados no Brasil inteiro.

Uma das formas de troca de informação entre as várias seções sindicais que

compõem o nosso sindicato é justamente a plena, onde delegados e observadores de

seções sindicais de todo o brasil podem trocar informações sobre ações locais,

problemas e soluções obtidos. Nesse cenário, a otimização do tempo das plenas se

torna crucial para permitir uma maior integração entre os delegados e observadores

das seções sindicais presentes na plena.

A transmissão da plena via internet já foi um passo importante, pois permite que

as bases possam assistir as reuniões e discutir localmente, em paralelo com a plena

nacional, permitindo até que a seção local possa atualizar os delegados presentes na

plena durante as discussões. Os informes, por sua vez, consomem em média uma

manhã inteira, e a posição de cada seção nem sempre fica bem explicitada. Como já

possuímos, de praxe, a entrega de uma pasta por delegado/observador, sugiro que se

inclua na pasta, como material permanente, os informes de cada seção, enviados por

e-mail com antecedência. Essa prática permitiria que, no espaço destinado aos

informes, fosse inserido mais uma mesa de discussões, aumentando assim o número

de assuntos que se possa discutir em uma plena.

Creio que essa pequena iniciativa possam aprimorar em muito o papel do

sindicato, de unir e defender os trabalhadores em educação, tornando mais produtiva a

reunião dos representantes de cada seção sindical.

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TESE 4

OFÍCIO nº 41/2012

Inconfidentes/MG. 25 de outubro de 2012.

Assunto: Teses para CONSINASEFE

À direção

SINASEFE NACIONAL

O SINDICATO NACIONAL DOS SERVIDORES FEDERAIS DA EDUCAÇÃO

BÁSICA, PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA - SINASEFE, através da sua SEÇÃO

SINDICAL INCONFIDENTES, inscrita no CNPJ sob nº 03.658.82010024-50, com sede

na cidade de Inconfidentes/MG, neste ato representado pela presidente da Seção

Sindical, senhora Sindynara Ferreira, vem indicar as teses propostas por essa sessão.

Os referentes itens abaixo são decorrentes de um levantamento das

necessidades que foram verificadas no Campus Inconfidentes/MG, que necessitam

fazer parte de uma política de discussão profunda e de propriedade que possam

atender os anseios políticos e técnicos dos servidores deste respectivo Instituto

educacional. Dessa forma, a Seção de Inconfidentes elencou alguns itens de maior

importância que devem fazer parte do programa de uma plataforma de negociação

realizada pela representação sindical em conjunto com o Ministério de Educação e

Ministério do Planejamento. Neste contexto passa a ser de maior relevância que os

respectivos itens abaixo relacionados, possam fazer parte de uma estrutura de

negociação.

A) Defesa da data-base como direito do trabalhador federal.

B) Adicional noturno: discussão de sua manutenção e valores pagos para

professores e técnicos.

C) Auxílio alimentação: aumento dos valores/equiparação com o tribunal de

contas da União.

D) Auxílio saúde: reajuste de acordo com os fixados pelos planos de saúde

privados.

E) Insalubridade: estudo e abrangência.

F) Carga horária de 30h para os funcionários técnicos de nível superior (visando

uma possível extensão a todos os técnicos).

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Obs: Os referidos itens correspondem à estrutura de análise dos elementos que fazem

parte do plano de carreira e fatores de avaliação de desempenho.

Certa de contar com a colaboração agradeço.

Atenciosamente,

Sindynara Ferreira

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TESE 5

Avançar na unidade da luta das seções sindicas e na organização de base e na

solidariedade com os movimento sindical e popular , Já !

Proponente: Luiz Sérgio

Parceria: Movimento Nacional Quilombo Raça e Classe filiado à CSP CONLUTAS

A maioria de nós toma conhecimento sobre o que acontece no mundo, pelo que a

TV ou os jornais nos mostram. E o que temos visto nos últimos dois anos? Revoluções

no norte da África e no Oriente Médio. Greves e manifestações na Europa. Assassinato

de trabalhadores na África do Sul. Esses fatos não são isolados, são manifestações de

um mesmo processo, que é a crise do capitalismo.

Após o estouro da bolha imobiliária nos Estados Unidos em 2008, os governos

dos países desenvolvidos torraram trilhões de dólares para salvar bancos e indústrias.

Esperavam com isso retomar o crescimento de suas economias. Mas países como

Grécia, Irlanda, Itália, Portugal e Espanha seguem em recessão, profundamente

endividados, à beira da falência. Cada um deles tem uma dívida maior do que o próprio

PIB (Produto Interno Bruto), ou seja, impossível de pagar. A situação é tão grave que o

desemprego da juventude na Espanha ultrapassa 50%.

A Europa absorve 38% das exportações mundiais, mas tende a importar menos

agora, afetando a economia dos demais países que exportam seus produtos. Embora

ainda não haja uma recessão mundial, já se registra uma desaceleração no

crescimento do PIB de países como Estados Unidos, Japão, China, Brasil, Rússia,

Índia, dentre outros.

Para resolver a crise, o Fundo Monetário Internacional (FMI) propõe

congelamento e cortes de salários, demissões, redução das aposentadorias,

privatizações, cortes nos recursos destinados às políticas sociais, etc. Direitos básicos

estão sendo atacados. A chamada troika (Banco Central Europeu, União Européia e

FMI) exigiu recentemente da Grécia o fim da jornada de 40 horas.

Diante de ataques tão violentos, a classe trabalhadora só dispõe de uma

resposta: a luta. Grandes manifestações têm tomado as ruas e praças públicas,

pressionando seus governos. Vimos isso especialmente na Grécia, país mais atingido

pela crise até o momento. Agora é na Espanha onde grandes marchas operárias têm

sido organizadas como reação aos ataques. No próprio coração do imperialismo a

classe trabalhadora começa a se organizar. Foi nos Estados Unidos que surgiu um

Page 81: Caderno de Teses - 27º Consinasefe

81

movimento de grande impacto midiático e que se alastrou por vários países, o Occupy

Wall Street. No norte da África e no Oriente Médio, o povo foi às ruas e derrubou

ditaduras na Tunísia, Egito e Líbia. E a luta prossegue na Síria.

O imperialismo não assiste quieto a esses acontecimentos. Sempre tenta intervir

e conduzir o processo de transição nesses países, instaurando uma suposta

“democracia” na região, impedindo o povo de realmente assumir o poder. Essa

contradição ficou evidente no Egito, onde as massas voltaram às ruas, desta vez em

protesto contra a junta militar que substituiu o ditador Mubarak com o apoio do governo

de Barack Obama.

No mundo todo a classe trabalhadora se revolta. Ainda não há uma direção clara

para esse movimento mundial que aponte para a superação da exploração capitalista.

É isso que as organizações dos trabalhadores precisam construir. Por isso, temos de

pensar nosso sindicato integrado a essa conjuntura mundial, em que só a solidariedade

de classe pode unir os povos na construção de uma sociedade onde não haja a

exploração do homem pelo homem. Esse é o objetivo da luta classista. Chegamos a

este Congresso do SINASEFE com dois anos de mandato de Dilma Rousseff. Aca-

bamos de encerrar uma grande greve unificada do funcionalismo que enfrentou a

acirrada intransigência da presidente. O endurecimento no trato com os trabalhadores

tem sido uma característica marcante deste governo. Temos visto a continuidade do

governo Lula em muitos aspectos.

Os grandes privilegiados pela política econômica continuam os mesmos:

banqueiros, latifundiários e multinacionais, com os quais Dilma negocia e faz con-

cessões. Sob o pretexto de “evitar demissões dos que não têm estabilidade”, o governo

já liberou R$ 170 bilhões aos empresários, via BNDES, além de abrir mão de

arrecadação por meio da redução de IPI para as grandes montadoras. Mas as

empresas, mesmo beneficiadas, ainda querem demitir, como é o caso da GM em São

José dos Campos, e o governo não toma nenhuma providência para preservar os

empregos.

É fato que o Brasil já começa a sentir os efeitos da crise. Embora o PIB brasileiro

tenha crescido acima de 7% em 2010, houve uma queda expressiva em 2011, com

crescimento de apenas 2,75%. Esse índice deve ser ainda menor em 2012. Mesmo

com o crescimento do PIB, não houve uma melhora na qualidade de vida da

população. Basta constatar que o Brasil ainda ocupa a 84ª posição entre os países de

acordo com o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).

Page 82: Caderno de Teses - 27º Consinasefe

82

Para salvar empresários e manter o pagamento de juros da dívida, de onde sai o

dinheiro? Da Saúde, da Educação e de outras políticas sociais. Neste ano, o corte

orçamentário foi recorde: R$ 55 bilhões. O governo segue transferindo metade do

orçamento da União para os banqueiros. Em 2012, a rolagem da dívida deve consumir

mais de 50% do orçamento. E o pior é que a dívida só cresce. Em 2013, para pagar os

reajustes acordados com os servidores, o governo vai gastar pouco mais de R$ 10

bilhões. Enquanto isso, a previsão de gastos com pagamento de juros da dívida é de

quase R$ 1 trilhão. Ou seja, o governo promove uma transferência de renda, sim, mas

em favor dos mais ricos.

Muitos aspectos da política econômica do governo, porém, não são apenas

respostas a uma conjuntura de crise. Lula e Dilma seguem privatizando. As Parcerias

Público-Privadas nada mais são do que privatizações disfarçadas. Agora, com Dilma,

ocorre esse processo com as rodovias, ferrovias e aeroportos.

E o que é Funpresp senão uma privatização das aposentadorias do funcionalismo? A

presidente quer criar mais um grande fundo de pensão para que o setor financeiro

possa especular com o dinheiro dos trabalhadores. Lucro fácil para alguns, mas, e as

nossas aposentadorias, estarão garantidas? O que acontece se um fundo desses for à

falência? A resposta é simples: ficamos sem o complemento da nossa aposentadoria.

Estamos vendo agora parte do que foi a corrupção no governo Lula com o julgamento

do “mensalão”. Dilma também iniciou seu governo com várias denúncias envolvendo

ministros. Foi forçada a demitir 7 deles e fez a opinião pública acreditar que estava

fazendo uma “faxina”. Mas a verdade é que a corrupção nem de longe foi realmente

enfrentada pelo governo e continua sangrando os cofres públicos. A corrupção é

favorecida pelo loteamento político dos órgãos, sobretudo nos cargos de direção de

autarquias, fundações e outras entidades. Ocupados por políticos indicados pelos

respectivos partidos, esses órgãos são usados como cabides de emprego, fonte de

financiamento para o caixa 2 das campanhas e palanque eleitoral. O aparelhamento do

Estado não combina com o discurso de “gestão técnica”, com o qual a presidente tenta

construir sua imagem.

Num contexto em que a própria CUT vem propor a flexibilização das leis trabalhistas,

Dilma se sente à vontade para reprimir e criminalizar as lutas. Foi assim na greve dos

bombeiros, em que a presidente acusou a categoria de praticar atos criminosos; na

omissão frente à violência do governo Alckmin contra os moradores do Pinheirinho, em

São José dos Campos. Da mesma forma no ataque ao funcionalismo com a determina-

ção do corte do ponto dos grevistas e a possibilidade de substituição de servidores em

Page 83: Caderno de Teses - 27º Consinasefe

83

greve. Além disso, a presidente quer ver aprovado o projeto do senador tucano Aloysio

Nunes que restringe o direito de greve no serviço público. O governo não aceita discutir

data-base e o cumprimento da Constituição no que diz respeito à revisão anual dos

salários, mas quer impor regras para bloquear a luta dos servidores.

A presidente tentou criar a imagem de que o funcionalismo é privilegiado, tem “sangue

azul” para a opinião pública e os setores mais pauperizados cria políticas foquistas,

assistencialistas como o Bolsa escola, e Bolsa família para acabar com a pobreza e

aumentar seus índices de popularidade , quase um retorno ao discurso de Collor que o

levou à Presidência da República em 1989, ao se fazer passar por “caçador de

marajás”. Mas, desta vez, o discurso não colou. A popularidade de Dilma, embora

ainda elevada, caiu significativamente nas capitais. Ela perdeu pontos em São Paulo e

6 pontos no Rio de Janeiro. Certamente pesou para a opinião pública o fato de que a

presidente não conseguiu negociar com os servidores e teve de enfrentar a greve mais

forte desde 2003, quando ocorreu a luta contra a reforma da Previdência feita por Lula.

Ou seja, a classe trabalhadora está sob ataque, ameaçada pelo governo do

partido que se diz dos Trabalhadores, e mesmo assim a CUT quer flexibilizar a CLT. O

projeto Acordo Coletivo de Trabalho com Propósito Específico (também conhecido

como Acordo Coletivo Especial - ACE) entregue pelo Sindicato dos Metalúrgicos do

ABC ao governo, se for aprovado e virar lei, permitirá acordos que prejudiquem os

trabalhadores, como redução de salários, aumento da jornada de trabalho e

fragmentação das férias. Hoje, já é possível negociar condições de trabalho melhores

do que as previstas em lei. O que a CLT não permite é a redução de direitos. É essa

novidade que a CUT quer introduzir, alegando que a legislação trabalhista brasileira é

arcaica e precisa ser “modernizada”. Sabendo como a própria CUT “negocia” com os

patrões, é de se esperar num contexto desses enormes perdas para a classe

trabalhadora.

Os desafios que se anunciam para o próximo período, portanto, são grandes.

Pois a comunidade negra que é a metade da classe trabalhadora quer uma solução

para o Racismo estrutural causa mais desgastes para esse governo Neoliberal, que

ganhou um acento na ONU por mandar tropas militares ao Haiti e entre os países dos

BRICs aumentou a desigualdade social e racial e a concentração de riqueza na mãos

dos ricos e das multinacionais, são questionados entre a comunidade internacional as

violações da lei OIT art.169 os povos indígenas e quilombolas sendo removidos de

suas terras e agronegócio, e falta de moradia 74% dos mais pobres , saneamento

Page 84: Caderno de Teses - 27º Consinasefe

84

básico nas grandes cidades irregulares, intelectuais denunciam os índices de

corrupção com as verbas da educação e saúde com as fundações privadas, e

aumenta os Indicadores desenvolvimento humano e a violência policial e sobre as

mulheres e os LGBTs.

Reivindicamos ações afirmativas de combate as desigualdades raciais e sociais

no serviço público!

No dia 19/07/2012 , representantes do movimento sindical e do funcionalismo

público protocolaram um documento junto ao Ministério das Relações de Trabalho com

a proposta de reabertura da pauta com base na efetivação das leis 4.228/2002 e

10.639/2003, que definem políticas de ações afirmativas, incluindo cotas, como

instrumento de combate a desigualdades raciais e sociais no serviço público.

A secretária de Relações do Trabalho do Planejamento, Marcela Tapajós e

Silva, recebeu o documento assinado pelo Movimento Nacional Quilombo Raça e

Classe- CSP-Conlutas , CTB e CUT. O documento também destaca a importância dos

capítulos VI e VII do Estatuto da Igualdade Racial, em seus artigos 42, 52 e 54, que

também estabelecem cotas e outras ações afirmativas no serviço público.

No documento as entidades propõem a instauração de um GT (Grupo de

Trabalho) interministerial para elaboração concreta de políticas de ações afirmativas. A

secretária do Ministério das Relações de Trabalho informaram que a intenção do

órgão é acatar as propostas. Entretanto, ainda não foi apresentado prazos ou

cronograma de implementação das políticas solicitadas.

Para o membro do Quilombo Raça e Classe a reunião foi positiva, no aspecto de

ter aberto um canal importante de diálogo com o órgão. Conseguimos apresentar

diversas propostas, entre elas a criação do GT, cujo objetivo será o de aprofundar as

questões relacionadas com os servidores públicos sob a ótica da opressão e

discriminação, começar a debater esses aspectos é muito importante, e o primeiro

passo foi dado no Serviço Público, pela voz dos servidores públicos negros e negras .

A mobilidade do negro nas instituições democráticas é visivelmente desigual,

em se tratando do percentual da maioria da população, que é de negros no país, e

reparar o atraso histórico e as desigualdades raciais e sociais pelos mais de 350 anos

de escravidão, se faz necessário, onde a partir da III Conferencia Internacional Contra

Page 85: Caderno de Teses - 27º Consinasefe

85

o Racismo e as intolerâncias Correlatas, realizado em 2001 – Durban, África do Sul, foi

considerado mundialmente a Escravidão e situações análogas a mesma, como sendo

crimes de Lesa humanidade.

A população Negra e pobre é a que poderá obter um desdobramento positivo, se a

Gestão Pública da Administração Direta e Indireta se dispor e se mobilizar para efetivar

a Lei 4.228/02, para que na prática haja uma mudança nos Indicadores de

Desenvolvimento Humano, para o negro no Serviço Público Federal.

Sendo assim extirpado a Discriminação Racial e o Racismo como um mal estruturante

das instituições republicanas, que não condicionaram reparar com uma concepção de

identificar segundo Marilena Chauí - em o Ideário Civilizatório: Identidade Nacional dos

Povos Negros e Indígenas, tirando da vulnerabilidade e da falta de perspectiva de

qualidade de vida básica como Trabalho, Saúde, Educação, Moradia. E, o acesso ao

Concurso no Serviço Público através das Ações Afirmativas como as Cotas, o qual é

defendido nas Leis 4.228/02 e 10.639/03, seria de fundamental importância para

darmos passos concretos no combate as desigualdades raciais, ainda presentes na

sociedade brasileira.

As políticas de Estado para o servidor público em especial as negras e negros,

indígenas, são parte de uma estratificação social estagnada na mobilidade social,

porque não acender em sua grande maioria a Classe C e D, ainda persistem como

grupo social de cor/raça e etnias/nações indígenas e pessoas portadoras de

necessidades especiais, tem uma diversidade a ser considerada pelo Estado Nacional.

A partir de vários tratados assinados desde 1970 o governo federal ficava com as

vantagens monetárias e a acessibilidade e qualidade de vida da população negra, que

não foram corrigidas por políticas públicas, aumentando as desigualdades raciais

extremas sendo os primeiros 57,4 por cento do contingente total da população negra,

segundo dados do IBGE em 2010, e que somados a pardos e indígenas chegam a

63,7% da população nacional.

Ocorrendo a sua implementação a nível federal, será exemplo para os estados e

municípios e o DF, o que justifica a necessidade desta esfera dar este passo em honrar

o compromisso feito pelo Governo brasileiro e seus representantes de Estado

presentes na III Conferência de Durban , fazendo do Movimento Nacional Quilombo

Raça e Classe uma entidade independente dos governos e dos patrões organizados

em mais de 10 estados da federação e a população negra brasileira vem clamar por

essas reivindicações como representantes da CSP-Conlutas (Central Sindical e

Popular Conlutas) aliado aos Servidores Públicos e organizados na classe

Page 86: Caderno de Teses - 27º Consinasefe

86

trabalhadora, por serem lutadores sindicais, estudantis e populares na atual sociedade

brasileira, com a discussão é de raça e classe, diante disto reivindicamos a efetivação

da Lei 4.228 /2002 e 10.639/2003 é uma Lei que aprofunda o processo de

aprendizagem no trato com Educação para o Trabalho por dentro do Serviço Público,

executando no processo de qualificação profissional a obrigatoriedade da História das

origens étnico-racial africana e o Ensino de História dos afro-brasileiros e indígenas .

Assim apresentamos a proposta ao Congresso Nacional do SINASEFE para

elaboração de Políticas de Ações Afirmativas e Cotas concretas , que beneficie a

grande maioria da população negra deste país, ainda tão marginalizada e refém

das desigualdades ainda impostas pelo sistema na sociedade capitalista.

Page 87: Caderno de Teses - 27º Consinasefe

87

TESE 6

DEPOIS DA GREVE A LUTA CONTINUA!

Proponentes: Adriano - INES

Albano - Colégio Pedro II

Elisa Guimarães – Colégio Pedro II

Luiz Sérgio – Colégio Pedro II

Marco Pestana – INES

Fizemos a maior greve no serviço público federal, pelo menos desde 2003.

Foram mais de três meses de paralisação, criando um ar de greve geral do

funcionalismo. Tivemos, também, a paralisação dos estudantes, apoiando os

trabalhadores e apresentando suas próprias reivindicações.

Arrancamos mais de 10 bilhões de reais ao ano, conquistados no orçamento dos

próximos três anos para reajustar parcialmente o salário dos servidores. Não

conseguimos, o atendimento pleno das nossas reivindicações, porém, o que valorizou

a conquista alcançada foi o contexto em que ela se deu: a situação em que ocorreu a

greve estava marcada pela ofensiva do governo no Congresso Nacional para aprovar

um projeto de lei que congelaria o salário dos servidores por dez anos.

O resultado da greve materializado no Projeto de Lei enviado pelo governo é

expressão da polarização da nossa luta. Por um lado, contém os elementos de

contrarreforma do estado que têm sido objetivo do governo Dilma, de precarização e

desestruturação da carreira docente, mas, por outro, também reflete o empenho da

nossa luta que permitirá recompor parte das nossas perdas salariais. A greve dos

servidores expos o profundo descompromisso do governo Dilma com o serviço público

e com a valorização dos servidores para transferir recursos públicos para grandes

grupos industriais e financeiros. Grandes empresários abocanharam mais de R$ 100

bilhões por meio de mecanismos como redução do IPI, desoneração da folha de

salários, financiamento com juros de “pai para filho” do BNDES, etc. Só para os bancos

e grandes especuladores está previsto, no orçamento deste ano, o repasse de cerca de

um trilhão de reais por meio do pagamento de juros e amortização da dívida. E nada

disso se destina a garantir o emprego dos trabalhadores do setor privado, como reza a

cantilena oficial. O governo transfere recursos públicos para grandes empresários e

especuladores por meio de incentivos e subsídios. Nos discursos oficiais esses

subsídios seriam importantes para “manter” postos de trabalho no setor privado,

contudo as empresas utilizam esses recursos para promover reestruturação e não

Page 88: Caderno de Teses - 27º Consinasefe

88

garantem empregos. É o império da vontade política das grandes corporações e do

sistema financeiro atuando por meio de seus representantes no governo federal Diante

dessa situação, a nossa greve impôs uma derrota política importante ao Governo Dilma

(PT), superando a intransigência, a ameaça de corte de ponto e medidas autorizando a

substituição de grevistas, estabelecendo negociações parciais. Empreendemos um

movimento generoso, na busca por assegurar recursos do orçamento nacional para

prestar serviços públicos de qualidade aos trabalhadores, enquanto o o descaso

caracterizou a atitude do governo com a educação, a saúde, etc.: a sua rapidez e

determinação na garantia do lucro de empresas e bancos é proporcionalmente inversa

quando o caso é dialogar com os trabalhadores e atender as suas reivindicações. É

certo que o que foi concedido não era o que os servidores queriam. Mas

tampouco era o que o governo queria.

A LUTA CONTINUA, POIS OS ATAQUES VÃO SE INTENSIFICAR

A lógica perversa de sustentar o lucro de empresários e especuladores

subtraindo recursos vitais para a prestação de serviços públicos vai persistir,

infelizmente. O Orçamento Geral da União de 2013 prevê R$ 900 bilhões para o

pagamento de juros e amortizações da dívida, ou seja, 42% de todos os gastos. O

montante de R$ 10,289 bilhões indicado na LOA-2013 para reposição salarial aos

servidores não era o que o Governo pretendia conceder, foi obrigado pela greve,

entretanto corresponde a apenas 5,5% do valor previsto para a folha de pagamento

total no corrente ano de 2012 (R$ 187,6 bilhões). Desta forma, verifica-se que mal

repõe a inflação deste ano (nos últimos 12 meses, de setembro a setembro/2012, a

inflação medida pelo IPCA alcançou 5,28%), e não recupera as perdas históricas que

levaram as diversas categorias de servidores ao movimento grevista.

Esta política de ajuste fiscal também ocorre na Europa, onde os governos

têm adotado as recomendações do Fundo Monetário Internacional (FMI): a

limitação e a diminuição de investimentos sociais para privilegiar o pagamento

de uma questionável dívida, em benefício dos bancos privados. Agora, um

Relatório do próprio FMI reconheceu o que todos já sabiam: que estas políticas

aprofundam a crise, gerando mais recessão e desemprego. É preciso derrotar os

planos do FMI aplicados pelos governos desses países que estão provocando

mais miséria e fome aos trabalhadores, tudo para assegurar fabulosas taxas de

lucro aos agiotas do sistema financeiro.

Page 89: Caderno de Teses - 27º Consinasefe

89

Desde a nova crise capitalista manifestada em 2008, a “receita” dos distintos

governos e bancos centrais têm sido promover ataques violentos aos direitos

conquistados pelos trabalhadores e transferir recursos e serviços públicos para salvar o

lucro de banqueiros e empresários. Na Grécia, na Espanha, Portugal, Itália, Inglaterra,

França...em diferentes países, em distintas escalas, mas com o mesmo propósito,

apresentam a mesma receita: para assegurar a rentabilidade dos “investimentos” de

capital especulativo, é preciso fazer ataques sem precedentes aos trabalhadores, aos

serviços públicos, seus servidores, aos seus direitos, aos salários, às aposentadorias, à

educação, à saúde... a liberdade.

No Brasil, a crise ainda não se manifestou com a dramaticidade que aparece nos

países europeus e mesmo nos EUA, mas da qual, evidentemente, fazemos parte. Não

obstante, o governo Dilma (PT) antecipa e oferece o mesmo receituário:

Contrarreforma da previdência, congelamento de salários, transferência de recursos

públicos para bancos e empresas em detrimento de serviços públicos de qualidade.

Arrocho salarial para os servidores e tentativa de converter serviços como educação e

saúde em alavanca para exploração e retomada das taxas de lucro de bancos e

empresas privadas.

Seguindo os passos do FMI e aplicados pelos mandatários dos países europeus,

o Governo Federal estuda um anteprojeto de lei que prevê a flexibilização das leis

trabalhistas. Elaborado pelo Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e pela Central Única

dos Trabalhadores (CUT), o anteprojeto está nas mãos da Casa Civil e sendo

apreciado pessoalmente pela presidente Dilma Rousseff. O projeto de lei deve ser

encaminhado ao Congresso. Apoiado pelas empresas, o texto busca criar bases legais

para flexibilizar os direitos trabalhistas previstos na CLT. Caso transformado em projeto

de lei e posteriormente aprovado, empresas e sindicatos poderão celebrar o Acordo

Coletivo de Trabalho com Propósito Específico (ACTPE), que definirá “condições

específicas de trabalho, aplicáveis no âmbito da empresa e às suas respectivas

relações de trabalho”.

Pelo anteprojeto, para assinar os acordos, os sindicatos deverão ser habilitados

pelo Ministério do Trabalho e Emprego. E a elaboração desses acordos seria feita pelo

Comitê Sindical de Empresa (CSE), uma representação do sindicato dentro das

empresas. Esses comitês seriam eleitos pelos trabalhadores, em voto secreto, e

estariam à disposição das empresas para negociar a qualquer tempo as “condições

específicas” de trabalho.

Page 90: Caderno de Teses - 27º Consinasefe

90

A CUT defende o anteprojeto, argumentando que é preciso modernizar as

relações de trabalho, superando as amarras que a Consolidação das Leis Trabalhistas

(CLT) impõe. Para tanto, dizem os dirigentes dessa central sindical, é necessário

democratizar as relações entre empresas e trabalhadores. Defendem que a criação dos

CSE estaria em sintonia com a modernização da economia globalizada, pois os

trabalhadores estariam representados em seus locais de trabalho e os problemas

“coletivos e individuais” de cada empresa seriam resolvidos imediatamente.

Os defensores do texto argumentam que essas mudanças trariam duas

vantagens: redução das reclamações trabalhistas, individuais e coletivas, e melhoria da

gestão de recursos humanos. Todos ganhariam, dizem.

Ao aceitarem a presença do sindicato no seu interior, empresas poderiam contar

com um ponto de apoio na solução de problemas, reduzindo seus passivos jurídicos,

pois os acordos teriam força de lei. Os sindicatos, por sua vez, ampliariam a sua

representatividade no local de trabalho.

A CUT pretende criar mesas de negociação permanente, sob a tutela do

Ministério do Trabalho e Emprego. Os acordos celebrados por esses comitês terão

força de lei. Assim, no momento em que a empresa quiser, estará na mesa de

negociação o parcelamento do 13° salário, a divisão dos 30 dias de férias em mais de

dois períodos, fim das horas extras, ampliação do banco de horas, contratações

temporárias, terceirizações ilimitadas.

Caso o texto seja transformado em lei, estaria garantida “a indispensável

segurança jurídica” para a celebração de acordos que reduzem os direitos trabalhistas,

“em consonância com as necessidades tecnológicas, organizativas e produtivas das

empresas”.

A aprovação deste projeto irá criar um ambiente propício à chantagem contra os

trabalhadores: “se quiserem manter os investimentos, abram mão de seus direitos”.

Para sobreviverem no mercado, empresas vão se valer da competitividade para

converter os já agressivos modelos de gestão instituindo relações internas ainda mais

violentas. Abrindo mais espaço para a rentabilização dos seres humanos e a sua

transformação em coisa, descartáveis, portanto.

Essa é uma chantagem que aflige a sociedade como um todo. Diante da

competição generalizada, com o trabalho sendo cada vez mais penalizado e o Estado

reduzindo a proteção dos direitos sociais, acabamos por nos transformar em uma

sociedade cuja finalidade é a promoção de lucros às grandes empresas e corporações.

Page 91: Caderno de Teses - 27º Consinasefe

91

Num cenário de crise econômica e de acirrada competição, os trabalhadores

serão constantemente chamados à mesa para ajudar a buscar soluções para as

necessidades produtivas da empresa. Isso ganhará contornos dramáticos.

Ao apresentar esse anteprojeto, a CUT resgata uma antiga ideia apresentada

pelo então Presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, do negociado tendo

mais valor do que o legislado. Ideia semelhante foi debatida no Fórum Nacional do

Trabalho, logo no início do governo Lula, em 2003. A CUT demonstra, mais uma vez,

que já não representa os interesses da classe trabalhadora, que está disposta a, por

meio de uma lei, transformar os sindicatos de todo o país num balcão de negócios em

benefício do capital. Ao ser aprovado, esse projeto de lei poderá promover uma

concorrência às avessas entre os trabalhadores. Sob chantagens e violências morais

de toda ordem, irmãos de classe debaterão flexibilizar seus próprios direitos, para se

tornarem mais competitivos do que os de outras fábricas. O que virá quando

chegarmos ao limite da flexibilização permitida pelo anteprojeto?

O que os trabalhadores esperam do governo federal é a defesa do emprego e

dos direitos. É isso que está sendo exigido de Dilma em São José dos Campos, pelos

metalúrgicos da GM e pelo sindicato de lá, filiado à CSP-Conlutas. Mas ao contrário de

esperar uma resposta, os trabalhadores estão apostando na sua mobilização contra as

demissões.

Além da truculência e ameaças do governo em nosso último processo grevista,

também enfrentamos a disputa pela opinião pública com as grandes empresas de

“comunicação”. Uma das questões manipuladas em editoriais e matérias sobre a nossa

greve versavam sobre os “privilégios” dos servidores públicos que tem “estabilidade no

emprego” e que, por isso, deveriam abrir mão de reajustes, uma vez que em “tempos

de crise” os recursos “são escassos” e o governo estava destinando somas vultosas do

orçamento para “preservar” empregos no setor privado. A possibilidade de flexibilização

de direitos assegurados pela CLT vai servir como novo impulso de governos,

empresários e banqueiros para tentar, mais uma vez, dividir a classe trabalhadora,

tentando jogar uns contra os outros. Nesse sentido, a luta conta o ACTE deve envolver

todos os trabalhadores dos servidores públicos aos trabalhadores de empresas privada

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92

UMA NOVA REFORMA DA PREVIDÊNCIA A CAMINHO

O Governo Dilma já apontou para depois das eleições uma nova Reforma da

Previdência, instituindo a idade mínima para aposentadoria de 60 anos para mulheres

e 65 para homens.

Se refrescarmos a memória, lembramos que em 2003, apesar da resistência

dos trabalhadores diante dos ataques do governo contra as aposentadorias, houve

muita negociata para a aprovação da reforma da previdência. Para ser aprovada, a

proposta precisava de 308 votos na Câmara. Obteve 357 votos no primeiro turno e

358 no segundo.

O julgamento dos envolvidos no chamado “Mensalão” trouxe novamente um

tema de interesse público na política brasileira: as práticas vergonhosas de corrupção

em torno da compra de votos de parlamentares para aprovação no Congresso

Nacional de projetos de interesse do governo e de empresários. Uma verdadeira teia

de práticas ilícitas com o dinheiro do povo brasileiro para atuar contra os trabalhadores

brasileiros. O ministro Celso de Mello do Supremo Tribunal Federal ( STF ) afirmou

em suas considerações de voto que os atos parlamentares contaminados pela

corrupção do Mensalão são passíveis de anulação.

Diante da possibilidade de invalidação dessas votações no Congresso, já há a

articulação de diversas entidades para a elaboração de uma ADIN (Ação Direta de

Inconstitucionalidade) ou medida judicial cabível pedindo a anulação da reforma da

Previdência.

Mesmo sem a comprovação de que as bancadas dos partidos dos deputados

condenados por corrupção passiva tenham recebido para votar com o governo, os

ministros podem considerar que o processo teve um vício formal e pode ser anulado.

Fazendo a análise de que parte da campanha em defesa da aposentadoria do

trabalhador brasileiro é exigir a anulação da votação da reforma da previdência, os

servidores públicos, reunidos no Fórum Nacional de Entidades dos SPF's (Servidores

Públicos Federais) irão se integrar e já definiram pelo lançamento de uma campanha

política nacional pela anulação da reforma da previdência. Essa campanha será

desenvolvida com ações políticas com mobilização junto ao funcionalismo federal e na

esfera jurídica com ações judiciais.

Já foi realizada uma reunião com o jurista, Dr. Cezar Britto, para tratar de iniciativa

junto ao STF pela anulação dessa reforma. A ideia é formar um grupo de entidades

signatárias de uma ADIN, para dar entrada nesse tribunal logo após o final do

julgamento do Mensalão.

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93

A DEFESA DA EDUCAÇÃO PUBLICA DE QUALIDADE DEVE SER UMA

BANDEIRA DE TODOS OS TRABALHADORES

As políticas educacionais dos governos federais petistas (2003-2011)

O ponto de partida para a avaliação dos investimentos públicos em educação no

Brasil deve partir da demanda real por acesso à cultura e ao conhecimento e o total da

renda nacional que é destinada ao ensino público, em relação aos desafios de estender

conhecimentos e cultura a uma parcela significativa da população brasileira. Este

aspecto é particularmente importante, uma vez que os dados sobre ágrafos e

analfabetos funcionais no Brasil mantêm-se em níveis elevados em termos absolutos e,

principalmente, em termos relativos, ao compararmos a situação do Brasil com outros

países da América Latina e Caribe, com menor índice de riqueza em termos absolutos

e que, contudo, apresentam maior índice de escolaridade.

Segundo o Anuário Estatístico para a América Latina e o Caribe, elaborado pela

Comissão Econômica Para a América Latina e o Caribe (CEPAL), órgão ligado à

Organização das Nações Unidas – ONU – referente ao ano de 2010, a população

analfabeta com quinze ou mais anos de idade no Brasil alcançava o elevado percentual

de 9,6%, ficando muito acima de países como Uruguai, 1,7%; Cuba, 2,1%; Argentina,

2,4%; Chile, 2,9%; Paraguai, 4,7%; Venezuela, 4,8%, Equador, 5,8%; Barbados, 0,2%;

Porto Rico, 4,6%; Peru, 7,0%; Panamá, 6,0%; México, 6,2%. Os dados referentes à

população masculina brasileira com a mesma faixa etária são ainda piores, com 10%

de analfabetos, enquanto à população feminina atingiria 9,3% (CEPAL, 2010). De

acordo com o censo de 2010, são 13,6 milhões de jovens, adultos e idosos analfabetos

no Brasil. A esse número devemos agregar as 670 mil crianças de 10 a 14 anos que,

segundo o mesmo levantamento, não tiveram acesso à alfabetização, enquanto o ideal

seria que fossem alfabetizados até os primeiros oito anos de idade (ESTADO DE SÃO

PAULO, 2011).

Não obstante, outro dado alarmante se refere aos chamados “analfabetos

funcionais”: a parte da população que cursou até os quatro primeiros anos do ensino

fundamental e que não domina a leitura e interpretação de textos simples, assim como

o ferramental básico de cálculos, leitura e interpretação de gráficos, etc. Entre os

jovens, o número de estudantes que frequentaram a escola em todo o Brasil com mais

de 15 anos e que permaneciam analfabetos funcionais, no ano de 2009, alcançava a

triste cifra de 20% (BBC, 2010). Os índices são elevadíssimos para a população com

Page 94: Caderno de Teses - 27º Consinasefe

94

mais de 60 anos de idade, apontando para 32,2% de analfabetos e 51,4% de

analfabetos funcionais para a população acima desta faixa etária (IBGE, 2009).

O aspecto mais dramático deste processo é constatado, frequentemente, nas

escolas públicas do ensino básico, onde as famílias de baixa renda, os proletários e

semiproletários, matriculam seus filhos. Uma vez ou outra ganha espaço nos grandes

meios de comunicação, controlados pelo capital, o registro de crianças que percorrem

seis ou sete anos de ensino e que, não obstante, continuam analfabetos, mas que, na

busca de produção estatística por parte dos governos federal, estaduais e municipais,

são “promovidas” ao ano seguinte, sem domínio do conteúdo básico ministrado na

série anterior de escolaridade.

Para além das condições materiais e do estímulo ao acesso ao conhecimento,

outro aspecto importante para compreensão desse flagelo nacional é a relação do

número de professores dedicados ao ensino, no primeiro ano de ingresso, pelo número

de estudantes. Neste sentido, para o primeiro ano de escolarização, o que verificamos

é uma inversão do número de professores em relação ao número de alunos nos

últimos três anos (com base no ano de 2010). Isto é, um número cada vez menor de

professores precisa atender um número cada vez maior de alunos, uma vez que o

ingresso de crianças em idade escolar e a tentativa de universalização do ensino

fundamental têm sido estimulados pelo governo, inclusive, vinculando o “direito” à bolsa

família ao vínculo da criança à escola, sem qualquer contrapartida de investimento em

infraestrutura e recursos humanos nas escolas para atender, satisfatoriamente, esses

novos contingentes. Estes elementos, articulados, tem constituído uma precarização do

ensino, com ampliação do acesso à escola, mas de rebaixamento de assimilação e

produção de conhecimento com qualidade, inviabilizado qualquer proposta efetiva de

superar as mazelas do analfabetismo na sociedade brasileira. Ressaltamos que o

estímulo material às famílias e aos estudantes são elementos importantes, mas sem a

relação apropriada com os recursos humanos, financeiros e meios de atendimento,

tornam-se inócuos. Estes elementos de promoção e estímulo material, imediatistas

(como o bolsa família), como veremos, encontram contra refração na longa duração.

Em 2008, último ano a ser contabilizada pela PNAD (Pesquisa Nacional por

Amostra de Domicílios), conduzida pelo IBGE, a proporção é de 23,02 alunos por

professor para o 1º ano de ensino. Contudo, para o ano de 2004 e 2005, registra-se a

proporção de 21 alunos por professor, havendo, nesse sentido, uma regressão na

relação professor-aluno para a série inicial, elemento importante para o processo de

letramento e alfabetização. Para efeito de contraste, em Cuba, país que atravessa

Page 95: Caderno de Teses - 27º Consinasefe

95

enormes dificuldades e está distante das potencialidades territoriais e econômicas do

Brasil, a proporção de professor/aluno para o primeiro ano de escolaridade se manteve

em 10 alunos para um professor ao longo da última década, alcançando em 2010 a

relação de nove estudantes para cada docente.

Podemos apontar, em linhas gerais, de acordo com os dados disponíveis, que o

Brasil nos últimos 40 anos atuou de forma muito pouco significativa para enfrentar as

desigualdades sociais e dotar o país de condições adequadas para o acesso ao

conhecimento, o que é – alertamos - distinto do ingresso na escola. O dramático é que,

mesmo num enorme esforço de maquiagem estatística, proporcionado por uma

quantidade e um aparato ilimitado de “provas” em âmbito nacional, estaduais e

municipais, os índices de ágrafos e de analfabetos funcionais continuam

perversamente elevados. Em outros termos, ao considerarmos a queda da taxa de

natalidade na última década – diminuindo a demanda populacional para o ingresso nas

escolas – e a supressão do número de analfabetos e analfabetos funcionais de

gerações anteriores que expiram, o Brasil pouco fez em termos de investimento para

superar o alheamento de parcela significativa do seu povo ao acesso pleno à sua

própria língua, fundamental para o domínio de outros campos do conhecimento.

Se as classes dominantes brasileiras tem sido incapazes de enfrentar e

disponibilizar recursos para assegurar o acesso universal à alfabetização, os dados

sobre o ingresso nos níveis de maior complexidade de ensino são, inversamente, muito

mais limitados e elitizados. Apenas em 2008 o número de jovens cursando o ensino

superior atingiria 13,9% (IDEM, Ibidem). Para que tenhamos uma base de comparação,

basta salientar que em países como França, Espanha e Reino Unido esse percentual

chega a 50% e mesmo em países da América Latina a proporção de jovens no ensino

superior é muito superior. Neste sentido, os números refletem a enorme desigualdade

existente no Brasil, evidenciando outras mazelas sociais que, apesar de serem

anteriores ao capitalismo, são por ele apropriadas, reproduzidas e, muitas vezes,

ampliadas como forma de maximizar a exploração do trabalho, como a discriminação

racial. Desta forma, para o mesmo ano de 2008, enquanto 14,7% dos “brancos” adultos

tinham concluído o ensino superior, apenas 4,7% dos “pretos e pardos” tiveram acesso

ao mesmo nível de escolaridade. Ao observarmos a média de anos de estudos

apuradas pelo IBGE na “Síntese de Indicadores Sociais – 2009”, a população “branca”

dispunha de dois anos a mais de escolarização, com 8,3 anos de estudo, em relação à

população “preta e parda” com, respectivamente, 6,7 e 6,5 anos de estudo (IDEM,

Page 96: Caderno de Teses - 27º Consinasefe

96

Ibidem)2. Poderíamos agregar outros elementos, como as enormes disparidades

econômico-sociais de um país de proporções continentais, onde os índices referentes

ao Norte e Nordeste são significativamente piores se comparados com o Sul e

Sudeste. Nesse sentido, os dados até aqui expostos indicam uma média nacional,

ignorando aspectos importantes como concentração de riqueza, classes sociais, poder

político, discriminações de raça, sexo, etnias, de potencialidades físicas, sensoriais,

etc.

Ora, como o financiamento do ensino público no Brasil advém dos recursos

referentes à arrecadação de impostos, a expansão ou a oferta de melhores condições

de acesso ao ensino e a cultura estão diretamente vinculados ao desenvolvimento

socioeconômico brasileiro (DIEESE, 2005). Neste sentido, a luta entre as classes pelo

destino da renda nacional, ainda que em torno do orçamento público, é fundamental

para compreender a lógica de alocação destes recursos em determinado setor,

inclusive no que se refere à educação, elemento importante para constituição de força

de trabalho para o mercado, particularmente ao considerarmos as demandas

colocadas pelas transformações tecnológicas e na organização do trabalho operadas

nos últimos anos em âmbito mundial pelo capital.

O que verificamos, a partir dos dados econômicos, é que apesar do crescimento

da economia brasileira nos últimos oito anos, os recursos aplicados na educação, em

termos relativos, se mantiveram praticamente estáveis, sem nenhum aporte

significativo que pudesse enfrentar a enorme disparidade de acesso à renda e à

escolarização que se arrasta há, pelo menos, quatro décadas e, portanto, muito

distantes de suprir as demandas e os desafios que colocam o Brasil, a despeito da

produção econômica, como “retardatário” entre os países da América Latina e Caribe

no acesso à cultura e ao conhecimento.

Assim, o Orçamento Geral da União, para o ano de 2009, arrecadou R$ 1,038

trilhão. Do total acumulado pelo governo federal, 35,7%, foram desviados para o

pagamento de juros e amortizações da dívida pública (interna e externa). Em

contrapartida, para a educação pública, o total destinado ficou restrito aos 2,88% da

receita. Os recursos para pagamento e amortização da dívida, em termos absolutos e

relativos, superaram estratosfericamente, neste ano, todos os outros investimentos,

como as importantes áreas de saúde (4,64%), previdência (25,91%), habitação

2 Os termos e as designações referentes à aspectos étnicos-raciais-culturais da composição social

brasileira são objeto de intensa polêmica. Não sendo o objetivo deste artigo a discussão destes elementos,

optamos por deixar os termos entre aspas, conforme orientaram as pesquisas e foram registrados pelo IBGE.

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97

(0,01%), saneamento (0,08%), cultura (0,06%), transporte (0,75%), etc (AUDITORIA

CIDADÃ DA DÍVIDA, 2010).

Em função do aumento da produtividade e da intensificação do trabalho, no ano

seguinte, 2010, o Orçamento Geral da União aumentou em quase 50% sua receita,

saltando para R$ 1.414 trilhão. Não obstante, com a expansão da economia, um dos

setores que mais aufere vantagem é o relacionado ao sistema financeiro, vinculado à

agiotagem promovida pelo governo federal em favor dos bancos. Desta forma, R$ 635

bilhões do orçamento federal foram destinados ao pagamento de juros e amortização

da dívida, correspondendo a 44,93% de tudo que o Brasil arrecadou de impostos (em

grande parte, advindos da classe trabalhadora). Na contramão desta lógica, a

educação persistiu na casa dos 2,9% do orçamento nacional.

Se, como comprovamos, os dois últimos anos do governo Lula (PT) foram de

promoção explícita de transferência de recursos públicos para o capital financeiro, o

primeiro ano do governo Dilma Rousseff (PT) em 2011, acompanha a mesma

dinâmica, quase em escala exponencial, ao promover arrecadação recorde de

impostos, R$ 1.753.19.994,352 (R$1 trilhão, 753 bilhões...) (SENADO FEDERAL,

2010) e destinar 49% do total destes recursos ao rolamento e amortização da dívida

pública, assegurando lucros inauditos ao sistema financeiro. Não obstante, apesar do

crescimento constante da receita federal, o governo Dilma persiste em destinar menos

de 3% dos recursos nacionais para a educação do povo brasileiro.

O aumento da arrecadação financeira está vinculado ao crescimento econômico

dos últimos anos. A média referente aos dezenove anos de crescimento do Produto

Interno Bruto (PIB) brasileiro, corresponde a 2,8789%, com base de cálculo a partir de

1991 até o ano de 2009, vinculado a mecanismos de controle fiscal sobre alguns

setores e afrouxamento de outros (como isenção fiscal para determinadas industrias e

serviços) (CEPAL, 2010).

Cabe indicar que o própria órgão da Organização das Nações Unidas para

Educação, Ciência e Cultura (Unesco) recomenda, aos países em “desenvolvimento”,

um gasto mínimo de 10% do PIB com Educação (DIEESE, 2005). O governo brasileiro,

através de seu atual Ministro da Educação, a despeito das carências e necessidades

da população brasileira, indica, para o longínquo ano de 2020, a dotação orçamentária

em torno de apenas 7% do PIB para a educação nacional.

Estes elementos estão vinculados ao que Arcary, analisando a dinâmica

econômica e social do Brasil nas últimas décadas e o processo de escolarização

brasileiro, indicou como um país “menos pobre, mas não menos injusto”, apontando

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para um pequeno aumento da massa salarial em termos absolutos para os setores

ligados aos setores mais pauperizados e relacionados à manufatura, mas com queda

de valores da força de trabalho mais escolarizada e manutenção da desigualdade

social, com ampliação e concentração de riqueza no vértice da pirâmide social

(empresários, banqueiros e latifundiários) (ARCARY, 2011). Os números relativos

acerca da relação entre a economia e o processo de escolarização no Brasil, indicam a

manutenção da desigualdade social e o recuo dos rendimentos das camadas médias

que tiveram acesso à maior escolaridade, operando como desestímulo à aquisição de

conhecimento.

A lógica perversa que tem orientado os sucessivos governos à frente do Palácio

do Planalto nas últimas décadas tem sido a contenção na alocação de recursos

públicos para o atendimento de necessidades básicas da população, como a educação

e saúde públicas, para assegurar a rentabilidade do capital financeiro, através do

pagamento, amortizações, refinanciamento e rolagem das dívidas externas e internas.

Neste sentido, enquanto a massa de recursos para o rolamento da dívida

cresceu, os recursos referentes à educação pública se mantiveram “estáveis” nos

últimos anos. Contudo, a situação é muito agravada pelo fato de que houve uma

“expansão” do ensino, isto é, foram criadas novas vagas para discentes e docentes,

com a construção de inúmeros Campi praticamente sem a progressão dos

investimentos financeiros em termos relativos. Ou seja, o governo está destinando o

mesmo percentual de recursos para um público e demandas exponencialmente

maiores e é esse fato o que está por trás do agravamento das condições de ensino

como, por exemplo, o fato de existirem escolas técnicas sem laboratório ou, sequer

sem espaço sanitário adequado. Esta “expansão” desordenada, sem qualidade e sem

os instrumentos mais básicos é o que detonou as fortes mobilizações da Educação

Básica, técnica e tecnológica federal e do ensino superior nos dois últimos anos.

Em termos absolutos, o Brasil integrou a partir das duas últimas décadas

contingentes significativos da população no ensino fundamental. Não obstante, para os

níveis de ensino médio e superior, apesar de alguma expansão, seguem vigendo

critérios meritocráticos e que, portanto, privilegiam a desigualdade no acesso à

educação em níveis de maior complexidade de formação e acesso à cultura e à

produção de conhecimento e que permitirão, na ponta, o acesso ao cada vez mais

restrito mercado de trabalho.

Nos últimos anos, particularmente, houve um grande crescimento do ensino

técnico. A expansão do ensino técnico tem obedecido, todavia, aos objetivos de

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99

expansão dos investimentos de capital, mormente, financiados com dinheiro público

através de incentivos do Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES) e por meio de

parcerias público-privadas (PPP).

O Brasil integra a economia mundial de forma subordinada. No “concerto” entre

as nações e na divisão internacional do trabalho, nesse papel de subordinação e

subalternidade, a economia tem sido orientada, principalmente, para a produção de

matérias-primas e para o extrativismo e agroindústria (minérios, petróleo soja,

biodiesel) voltados para o mercado externo, com recuo acentuado, nos últimos anos,

dos processos industriais de manufaturados. Observando a dinâmica econômica na

última década, o Brasil inverteu sua pauta de exportação e, logo, de produção interna

voltada para o mercado externo. O país, na década de 1990, apresentava, neste

quesito, a exportação de manufaturados para o Mercosul e de matérias-primas para o

resto do mundo. Contudo, em 2010, o Brasil, pela primeira vez desde 1978, exportou

mais commodities que manufaturados (GODEIRO, 2011, p.20). Neste sentido, há uma

indicação clara de que os oito anos do governo Lula processaram a “reprimarização”3

da economia brasileira, ou seja, a produção voltada para o mercado externo se

concentrou em commodities, vinculadas ao agronegócio, à mineração, à siderurgia, ao

petróleo e a petroquímica. Esses processos produtivos, contudo, exigem o domínio de

máquinas e equipamentos industriais, isto é, os processos de produção primária

(extrativismo e agricultura) foram conduzidos à escala de produção industrial, exigindo

o domínio de tecnologia, técnicas e organização do trabalho condizentes com os

parâmetros atuais de desenvolvimento industrial e produtividade capitalista. Os dados

sobre a evolução industrial brasileira indicam, nesse sentido, uma regressão da

indústria manufatureira. Enquanto em 1985 toda a indústria aportou com 48% do PIB,

em 2009 o seu aporte para composição do PIB recuou para 25% (IDEM, Ibidem, p.21).

Por outro lado, os termos de uma balança comercial voltada para a exportação

de commodities e importação de tecnologia – que será aplicada no mesmo processo

produtivo – têm conduzido a um aumento dos preços de produtos da cesta básica

brasileira que são destinados ao mercado externo em razão do aumento da demanda e

3 O termo reprimarização se refere ao fato de diversos produtos que têm grande peso na pauta de

exportações brasileira receberem, ainda no Brasil, intervenção industrial em algum nível, para, em seguida, serem

processados com maior complexidade tecnológica, adquirindo maior valor agregado, por países como a China, por

exemplo, para, ao final do ciclo, serem reabsorvidos pelo Brasil, após terem passado por processo de manufatura.

Neste sentido, a reprimarização não se refere a desindustrialização. Trata-se, em suma, de produtos primários da

cadeia produtiva extraídos e produzidos por meio e tecnologia industrial.

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100

dos preços neste mercado, esvaziando a oferta nacional e inflacionando o mercado

interno.

A agricultura tem se expandido de forma intensiva (novas técnicas e máquinas-

ferramentas, processamento biotecnológico de sementes, produtos químicos,

organização do trabalho, etc.) e pela expansão da fronteira agrícola em detrimento das

áreas de preservação de biodiversidade (não por acaso, por proposta do Deputado

Aldo Rebelo – PCdoB, base do governo Dilma Rousseff – PT foi aprovado o “novo”

Código Florestal) conjugada com um acúmulo primitivo de capital, com expropriação de

terras públicas, regressão de assentamentos de reforma agrária e assassinato de

populações locais, de indígenas e assentamentos extrativistas.

O trágico na realidade brasileira é que o processo de expansão e oferta de

ensino público tem sido estreitamente vinculados a esses setores de expansão do

capital, numa lógica de concentração de renda e espoliação de populações locais do

seu meio de vida (áreas de pesca, de coleta e extrativismo alimentar, expansão para o

centro-oeste sobre áreas de preservação ambiental, mudança de cursos de rios e

alagamentos de áreas de populações ribeirinhas e indígenas para obtenção de matriz

hidrelétrica, etc.). Ou seja, a expansão do ensino, tanto superior quando a oferta de

ensino médio através das escolas técnicas tem obedecido aos propósitos de

exploração do meio ambiente e da força de trabalho local. Nesse sentido, a dinâmica

tem sido uma expansão do ensino superior e do ensino técnico sem a qualidade

necessária para a produção e desenvolvimento de pesquisa de ponta, capaz de alterar

significativamente a relação de dependência do país de tecnologias forâneas e inverter

o quadro de superexploração da população brasileira, operadas por empresários

nacionais associados ao mercado mundial de capitais e inverter a dependência e

subjugação nacional. Trata-se, fundamentalmente, de assegurar a força de trabalho

capaz de operar essas tecnologias, com algum grau de complexidade, e assegurar a

expansão de capital, conformando uma mão de obra relativamente abundante e, em

algum nível, redundante, que possa, ao mesmo tempo, permitir uma queda relativa dos

salários médios e, proporcionalmente, aumentar a taxa de lucros. Outrossim, essa

expansão também foi assegurada através da transferência de recursos públicos para a

iniciativa privada, por meio de financiamento com dinheiro público, de vagas em

universidades privadas por meio do Prouni (muitas de caráter duvidoso em relação a

qualidade de ensino oferecido) e através do FIES (Financiamento do Ensino Superior).

Agora, a mesma perspectiva foi lançada pelo governo Dilma Russeff (PT), em

seu discurso de posse, quando elencou como uma das prioridades de seu governo na

Page 101: Caderno de Teses - 27º Consinasefe

101

área da educação estender ao ensino técnico programa semelhante, através do

Pronatec. Nesse sentido, a perspectiva de valorização do capital apresenta-se de

forma dupla, por um lado, ampliando a mercantilizando do ensino através da “compra”

de vagas, com dinheiro público em instituições de ensino privado e, por outro,

assegurando as condições materiais e humanas para valorização do capital em outras

esferas da produção.

É neste contexto, de “maximização” de recursos públicos a serviço das

condições de reprodução do capital, que têm crescentemente ganhado força nos

últimos anos os projetos de “parcerias público-privadas” por parte dos governos federal,

estaduais e municipais. Os objetivos últimos são assegurar, de um lado, a liberação de

recursos para a aplicação em campos que impulsionem diretamente a acumulação de

capital, e, de outro, garantir a formação de força de trabalho para valorização do

capital.

O projeto de Plano Nacional de Educação (PNE), apresentado pelo governo

federal para a próxima década (2011-2020), além de não aportar recursos condizentes

com os objetivos gerais do plano (o que o transforma em mera peça de ficção), em sua

Meta 4 pretende assegurar a universalização da educação para todas as crianças de

04 à 17 anos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas

habilidades ou superdotação, através de atendimento na rede regular de ensino. Trata-

se, evidentemente, de uma perspectiva de encerrar toda atividade escolar nas

chamadas escolas especiais.

Como viemos destacando, as perspectivas de oferta de educação adequada às

necessidades da classe trabalhadora brasileira estão circunscritas aos marcos gerais

traçados pelo governo para a garantia do processo de valorização do capital. Nesse

sentido, a perspectiva de sucateamento e precarização que vem sendo desenhada

para o campo da educação traz embutida uma enorme probabilidade de reforço e

aprofundamento da tendência – já demonstrada em outra parte do presente texto – de

inserção de contingentes com baixa escolarização nas parcelas mais precarizadas da

classe trabalhadora nacional, posto que o crescimento da economia nacional verificado

nos últimos anos não elimina de forma alguma a grande demanda por força de trabalho

parcamente qualificada, a ser superexplorada em tarefas estafantes.

Uma alternativa progressista a esse cenário só poderá ser construída e ganhar

musculatura caso nós, os profissionais da educação, articulemos a necessária luta para

que o espaço transformador da sala de aula, e da escola pública de maneira geral, seja

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preservado. Urge, portanto, que deixemos de pensar a educação como uma cidadela

isolada por uma redoma, articulando-nos não apenas com os movimentos oriundos da

comunidade acadêmica, mas também com a totalidade dos que se comprometem com

a luta por uma educação pública, gratuita e de qualidade, com a classe trabalhadora de

forma geral, que dela tanto necessita como processo humanista de aquisição e

produção de conhecimento e que supere os limites estreitos da lógica finalista e

produtivista da educação imposta pela ordem capitalista.

CONSTRUIR COM ANDES E FASUBRA A DEFESA DO ENSINO PÙBLICO E

A LUTA CONTRA A EBSERTH

O governo federal, pela força da lei 12.550/2011, criou a Empresa Brasileira

de Serviços Hospitalares (Ebserh)para entregar os HUs das universidades

federais para os interesses de lucro de grupos particulares.O Sinasefe se soma a

luta do Andes e da Fasubra contra a Ebserh, mais um ataque a saúde pública,

praticado pelo goveno Dilma (PT).A tentativa de grupos empresariais ligados ao

setor da saúde de se apropriar dos HUs e outros hospitais que ainda fazem parte

do sistema 100% SUS não é de hoje. A armação vem se construindo, ao longo

dos anos, inspirada na ideia do Estado mínimo para os trabalhadores e máximo

para o capital. Trata-se de uma rede bem tramada de legislações que permitem,

de modo “legal”, a usurpação do sistema público para o interesse de grupos

privados, que se apropriam dos fundos públicos, permanentemente renovados

através dos impostos pagos pela população.

Esta rede de privatização se constrói a partir de leis, medidas provisórias e

outros mecanismos oficiais, mas nunca aparecem de forma transparente. A

utilização de nomes simpáticos e siglas, que vão substituindo os nomes dos

projetos e que escondem os conceitos que os estruturam. As novas formas de

privatização respondem por nomes como Parcerias Público-Privadas (PPPs),

Organizações Sociais (OSs), Organizações da Sociedade Civil de Interesse

Público (Oscips) e Fundação Estatal de Direito Privado (PL-092). Neste sentido o

Sinasefe não medirá esforços em defesa da saúde pública e estaremos a partir

das nossas Seções Regionais denunciando e engrossando os movimentos

contra a privatização dos Hus.

Da mesma maneira que o governo se antecipa com propostas contrárias aos

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103

interesses dos servidores e trabalhadores, nós precisamos nos antecipar aos ataques

que estão por vir. Nesse sentido, é preciso fortalecer a organização dos trabalhadores

em geral e de cada local de trabalho, repartição e instituição pública para resistir e

enfrentar os ataques que estão desenhados nos projetos do governo e afirmar um

outro projeto, baseado na igualdade e na solidariedade humana.

Encaminhamos como propostas para o Consinasefe:

1. Fim imediato do Fator Previdenciário;

2. Fim da exigência de idade mínima para a aposentadoria (65 anos para os

homens e 60 para as mulheres);

3. Participação em campanha política, envolvendo as entidades sindicais e a

sociedade civil, pela anulação da Reforma da Previdência aprovada em

2003;

4. Em defesa do direito de greve dos servidores públicos. Não a lei antigreve!

5. Unirmos a luta contra o Acordo Coletivo Especial (ACE);

6. Não a privatização da saúde pública! Todo apoio a luta contra a Empresa

Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERTH)

Page 104: Caderno de Teses - 27º Consinasefe

Referências:

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