Caderno e anotações Teoria 2 - Cassia Chaffin
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TEORIA 2 – CASSIA CHAFFIN
1.2 cultura e formas de discurso
Walter Benjamin e a mudança da função social da arte – a função politica substitui a função ritual.
- as técnicas mecânicas de (re)produção da arte- conceito de Aura – caráter cívico insubstituível
Observacoes:
quando benjamin fala que no mundo contemporâneo a arte muda de função, a hipótese dele [e que ela perde a sua função ritual e assume a função politica. A função ritual esta relacionada a própria origem da arte – numa arte em que ela nao era sequer relacionada a arte.
Na origem, a arte estava ligada ao desejo de comunicação. Culto do divino, do sobrenatural foi transferido do religioso para o culto [a beleza. Quer seja a arte ligada a um serviço religioso, quer seja ligada a um projeto de culto, ela ainda estaria na dimensão do ritual.
A partir da invenção de técnicas de mecânica de produção e de invencoes ..., ela assume dimensão politica. Perde função ritual e assume função politica. Nao julga isso como ruim, so diz que acontece. O que ele acha ruim [e a manutencao dessas nocoes [a
As manutenções das ideias no mundo contemporâneo, para ele, [e nocivo. As artes se transformam tanto quanto a vida.
.... Justifica uso que o nacional socialismo faz na época e que a indústria de .. fara. Propoe abandono.
Técnicas mecânicas tem poder de difusão enorme. Refuncionalização da arte ocorre tanto por mudanças sociais quanto por mudanças de técnicas.
Fora do contexto, ate a musica nao tem a função ritual e, portanto, nao submete ao mundo magico. A relação do telespectador com a obra [e diferente, dai assume outra função – o politico – que n[ao [e o ritual. Ritual se transfere para o culto artístico.
Quando o mundo começa a secularizar, ainda permanece relação ritual, mas com aquilo que [e belo, dai a arte assume o lugar como um campo [a parte. A partir do momento que se seculariza, o apresentado naosera ligada so ao religioso.
Com a invenção da tipografia, o escrito passa a ser acessível a qualquer um. Para Benjamin, no século 19, a arte perde função ritual e assume função politica.
A arte nao vai sair da sua função religiosa propriamente dia para a politica. Existe, assim, uma
Benjamin nao se preocupa com esse aspecto da fotografia (atrapalha tese que quer propor): fato de o fotografo também se preocupar com a forma.
Divergência entre Benjamin e Adorno: arte [e única, para Adorno. Para adorno, arte diz respeito a produção de uma obra muito singular, que revela domínio de um código, que provaca abalo (porque nao [e comum) na percepção do homem comum sobre a realidade, porque isso que ela estranha, nao [e facilmente consumida.Nao [e algo consumido num instante, te põe para pensar, a partir da forma e do conteúdo. Isso esta ligada [a arte auratica; estética.
Para Benjamin, o mundo contemporâneo passou por tantas transformacoes e passou por varias técnicas de arte que ela perde o compromisso que .. nao esta preocupada com forma perfeita, de forma que seja contemplada por séculos. Função [e intervir no mundo agora, característica da arte no século 20. Preocupação com a função politica. Registrar fato e intervir na sua vida agora.
Consenso entre Benjamin e Adorno: indústria cultural constrói aura artificial para que a massa continue num lugar servil, num lugar meramente de massa. Cultuar outro em frente [as câmeras. Ha singulares. Mas ha muitas pessoas postam ali, mas que naosao singulares, dai a massa nao consegue mais identificar quem [e singular.
Capitulo 3 (“a forma orgânica ...”):Nao temos percepção natural. Nossa percepção [e influenciada pelo mundo no qual vivemos. Hoje, estamos acostumados a conviver com muitos estímulos. No século 18, o ritmo de vida era diferente. Maneira de se relacionar com estímulos [e diferente. Muitos instintos: faz com que a gente nao se demore nos instintos: nao saberá identificar se tem caráter único: o outro dirá “[e único”.
Capitulo 3 (“mais acima, aplicamos ...”):Tem a ver com incapacidade de contemplar: parar e olhar. Pessoas querem interagir. Diversão versus contemplação. Recepção ótica (contemplação: em declínio) versus recepção tátil (hoje, distraída).
Capitulo 3 (“a cada dia que passa, mais se impõe a necessidade de apoderar-se do objeto do modo mais próximo possível em sua imagem, porem ainda mais em sua copia, em sua reprodução”):Coleção que vem junto do jornal, por exemplo: so ter: nao vai ler.
24 de OUTUBRO DE 2011
1. comunicação, cultura e subjetividade- cultura e formas de discurso
Walter Benjamin e a transformação da função social da arte Conceito de aura:
autenticidade de obra: caráter único do objeto, relacionado a sua materialidade e a seu testemunho histórico.
Reprodução mecânica:Valor de culto inversamente proporcional ao valor de exposição:
Nova forma da percepção: o cinema como paradigma; velocidade, intervenção na realidade (diferença entre o pintor e o
cinegrafista), revelação do “inconsciente visual”; “equilíbrio entre o homem e o aparelho”; e recepção tátil e recepção visual”.
Observações:
a arte, inicialmente, est[a ligada [a sua função ritual. as transformações sociais e as transformações na técnica farão com que a arte nao tenha mais função ritual (sagrada, de culto).
Aos poucos, o mundo foi se sacralizando. Do caráter religioso propriamente dito para uma religião ligada [a arte. Se originalmente a arte estava ligada ao culto, passou-se a criar um culto ao divino artista. Tanto o mundo mudou como as técnicas de produção artística mudaram. Nao mais haveria espaço para essa produção cultural. A leitura que normalmente a gente faz do Benjamin [e critica em relação [a desconstrução do lugar sagrado da arte. Visão ainda ritualista na verdade paralisaria uma potencia revolucionaria que a arte pode assumir na cultura contemporânea.
Nossa percepção da realidade se altera.
Conceito de aura: Benjamin constrói conceito a respeito do mundo da arte visual. Constrói conceito para dizer que a aura est[a em declínio. Aura [e o elemento magico de determinada coisa ou situação. Parte de determinada materialidade. Mesmo próximo continua distante. Único, raro, autentico, recorre a caráter misterioso.
A aura se afirma na autenticidade do objeto. Essa autenticidade est[a ligada ao... do objeto. Para Benjamin, só no objeto único ha essa eternidade.
Quanto mais exposto, mais próximo de nos. Quanto mais raro e distante, mais eu vou cultua-lo. O caráter auratico, devido a sua raridade, seria muito maior. Com as técnicas mecânicas, essa raridade nao mais existe. Técnicas aproximam a obra do ordinário, da vida ordinário – o que ele nao julga como ruim. Essa relação de culto em relação ao tradicional se perde – o que ele também nao julga como ruim. Reprodutibilidade técnica: acaba com a AURA, pois reproduz o que era único e autentico, transformando-o, atualizando-o, aproximando-o do espectador.
Rio, 28 de outubro de 2011
1.2. Cultura e formas de discurso
- Walter Benjamin e a refuncionalização da arte> transformação no “modo de produção” (na cultura) e nas técnicas de (re)produção da arte;> alterações na percepção – a aceleração; a inconsciente visual; as múltiplas perspectivas;> a recepção tátil e a recepção visual;> importância social e subjetiva do “declínio da aura” – dessacralização.
Observacoes:
Dessacralização: social e subjetiva dessa proposta do declínio da aura. Uma nova função social: ve nessas técnicas potencial de transformação da sociedade. Dai nao mais estaria ligada a função sagrada, eterna. Propõe novas técnicas para se pensar a arte.
Diferenciação. A nova forma de arte esta presente hoje quando um projeto como AfroReggae diz que retirara os meninos do trafico por meio da arte – arte muito mais ligada ao cotidiano, [a intervenção politica que a arte auratica.
Critica que se faz: Benjamin faz leitura superficial. Propõe refuncionalização da arte, reconhecendo que a arte esta mais ligada [a politica.
Câmera permite que o homem aborde a realidade de maneira que antes era impossível. A câmera amplia a nossa possibilidade de ver.
Ato falho: alguma coisa imprevista, que nao estava dentro de uma ordem, [e ponta para descobrir outro mundo que também [e nosso.
Dadaísmo: antecipa forma de relação com o publico típica de cinema. Ao fazer performances, ao colocar objetos do cotidiano, o dadaísmo provoca o choque, que ele vai dizer que caracteriza, que chocara e deixara as pessoas num estado de c
Rio de Janeiro, 31 de outubro de 2011
1. Comunicacao e tecnologia2.1) “O meio [e a mensagem”A teoria sensorialista dos meios de comunicaçãoMeios: extensões de nosso sistema físico e/ou nervoso que ampliam a potencia e a velocidade de sua habilidade. Sao “contrairritações”. A aceleração e o aumento de forca alteram os ambientes humanos, provocando alterações no próprio homem.
Observacoes:
Aproximação da arte [a vida cotidiana. Benjamin diz que nao tem de pensar mais em “aura”, porque poderia parar processo social.
Técnicas mecânicas de produção artística: ampliar o numero de produtores, de discurso.
McLuhan: prioriza canal.Meio: óculos sao extensões dos olhos. Laptop [e extensão da memoria. Copo [e meio porque [e extensão da mao.
A mensagem de um meio [e a transformação que ela transforma no mundo.
Era da oralidade:controi concepção de tempo, de espaço, de memoria, produz um tipo de conhecimentoGaláxia de Gutenberg/Era tipográfica:Era eletrônica: ate a mae da Cassia ta no mundo globalizado e acaba sendo afetada – mesmo nao sendo internauta. Supõe que tem algumas características típicas da era oral que ressurgirão aqui. Da muito importância ao presente, dai a aceleração que a gente vive hoje faz com que a recepção histórica, da era tipográfica, perca forca.
Rio de Janeiro, 7 de novembro de 2011
1. Tecnologia e cultura2.1) “O meio [e a mensagem”: a teoria sensorialista dos meios de comunicação de Marshall Mcluhan.
Relação entre tecnologia e culturaA historia da humanidade a partir dos meios de comunicação
A “mensagem” da palavra oral
Observacoes:
Meio de comunicação: canal, algo mais amplo, a respeito da constituição da própria cultura. Nao pode separar tecnologia e cultura.
Benjamin critica a organização da sociedade capitalista industrial e o uso que ela faz dos meios que ele considera revolucionário, como fotografia e cinema.
Assim como a cultura, a tecnologia nasce conosco, marca a pessoa desde cedo.
Para McLuhan, a tecnologia [e a revolução; age como se fosse uma bactéria, transforma o organismo por dentro sem a gente perceber; de repente a cultura ta transformada. Sem perceber, a gente [e transformado por ela.
A velocidade de invenção de novas tecnologias [e muito acelerada. Numa geração, criam-se muitas tecnologias que sao transformadoras. Portanto, temos ideia de que a tecnologia [e algo exterior [a cultura.
“contrairritação”:
O que [e necessidade para o homem? Tem a ver com o desejo de parcela da sociedade ou de alguém (Bill Gates, por exemplo). Depois de criado, ele se torna uma necessidade mais ampla.
Hoje: nao ha identidade, mas identificação, [a qual voce se vincula num momento; a outra noutro etc. isso nao [e ruim.
Rio, 18 de novembro de 2011
1. Tecnologia e cultura“O meio [e a mensagem”: a teoria sensacionalista dos meios de comunicação
- a “mensagem” da palavra oral- a “mensagem” da escrita e da tipografia- a “mensagem” da energia elétrica
(terminar de copiar)
Observacoes:Mcluhan: questão do conteúdo eh secundário. Tranformacoes sociais e subjetivas: pensar primeiro.Nao diz se eh para bem ou mal, mas diz que transforma.
Pensa como meios afetam nossos sentidos e, assim, nossa percepção sera alterada.Meios eletrônicos: tem importância social. Relação social etc diferente /= formas antigas deixam de existir > ciência.
Era da oralidade (tempo das tribos): oralidade: estimula audição: homem oral nao contesta.Era da escrita (era tipográfica): escrita: estimula visão (+ língua que imagem): busca pela verdade.Era eletrônica: verdade eh constestada (relação emissor e receptor volta a ser próxima, como foi na era da oralidade.
“Vivemos como que miticamente e integralmente, mas continuamos a pensar dentro dos velhos padrões da idade pre-eletrica e do espaço e tempo fracionados”: em parte, a gente ta na era eletrônica. Mas, na cabeça, ao separar profissional do pessoal, por exemplo, ta na era tipográfica.
Rio, 21 de novembro de 2011
2. Tecnologia e cultura2.1) o meio eh a mensagem2.2) cultura contemporânea:- altera global;- meios digitais: > heterogênese ou homogênese;> relação com Freud.
Observacoes:
Meios eletrônicos integram grupos antes excluídos > cadeirantes.Meios eletrônicos também ampliam capacidade de ver e ouvir: pedofilia (ainda estranha) e gays (ok), por exemplo.
A gente eh cobrado a responder a estímulos o tempo todo.