Caderno Especial - Sorocaba, 361 anos

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Sorocaba no centro da região Sorocaba no centro da região Sorocaba está com- pletando 361 anos e, desde sua fundação, sempre ocupou um lu- gar de destaque no País. Mas essa posição ficou mais clara com a criação da Região Me- tropolitana de Soroca- ba, que foi oficializada no dia 8 de maio deste ano. Agora, o municí- pio lidera 25 cidades da região, que, juntas, reúnem uma popula- ção de 1,7 milhão de habitantes. Os benefícios de Sorocaba como sede da Região Metropolitana são abordados nesta Edição Especial do Aniversário da Cida- de. Nesta nova fase de Sorocaba, a cidade é o Centro da Região e você, leitor, é o centro de tudo. Especial Aniversário de Sorocaba, sábado, 15 de agosto de 2015 Fernando Rezende

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ESPECIAL A 1Especial Aniversário de Sorocaba, sábado, 15 de agosto de 2015

Sorocaba nocentro da região

Sorocaba nocentro da região

Sorocaba está com-pletando 361 anos e,desde sua fundação,sempre ocupou um lu-gar de destaque noPaís. Mas essa posiçãoficou mais clara com acriação da Região Me-tropolitana de Soroca-ba, que foi oficializadano dia 8 de maio desteano. Agora, o municí-pio lidera 25 cidadesda região, que, juntas,reúnem uma popula-ção de 1,7 milhão dehabitantes.

Os benefícios deSorocaba como sede daRegião Metropolitanasão abordados nestaEdição Especial doAniversário da Cida-de. Nesta nova fase deSorocaba, a cidade é oCentro da Região evocê, leitor, é o centrode tudo.

Especial Aniversário de Sorocaba, sábado, 15 de agosto de 2015Fernando Rezende

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ESPECIAL A 2 Especial Aniversário de Sorocaba, sábado, 15 de agosto de 2015

Com a instalação da Re-gião Metropolitana, Sorocabatoma um lugar de maior des-taque no Estado e, certamen-te, o prefeito de Sorocaba,Antônio Carlos Pannunzio,tem um papel central nessenovo status. Porém ele con-sidera que os benefício visa-dos com a instalação da Re-gião Metropolitana não sãoespecíficos para uma cidade,mas para toda a região.

Para o chefe do Executi-vo, é natural que Sorocabaseja a sede da agência me-tropolitana, por ser a maiorcidade da região e com maiorinfraestrutura, mas isso nãosignifica que o município teráprivilégio, porque o que inte-ressa é o conjunto, pensandono planejamento e desenvol-vimento da região com a su-peração dos desafios.

Para Pannunzio, os muni-cípios menores ganham atémais que os grandes com aRegião Metropolitana, por-que, isoladamente, eles nãoteriam condições de constituirescritórios ou empresas deplanejamento para projetaremo seu futuro e a forma comque vão se desenvolver. “Fa-

Desenvolvimento da regiãoserá pensado em conjunto

Para prefeito Pannunzio, municípios pequenos serão os mais beneficiadoszendo parte da região, have-rá um escritório de planeja-mento para todos”, diz Pan-nunzio destacando que issoterá um custo, porém bemmenor do que teria se fosseminstalados isoladamente.

O prefeito considera quea crise atual prejudica o desen-volvimento, principalmenteporque a previsão é o PIB(Produto Interno Bruto) de-crescer em 2% neste ano. Jápara 2016, acredita-se em umcrescimento de meio por cen-to. Ele recordou que, em 2014,o País já vivia a crise e o cres-cimento oficial foi de apenas0,9%. "Há muito estamos narabeira entre os países que têmtido crescimento”, afirma ele.

Atrair investimentos

Em relação à atração deinvestimentos como resultadoda criação da Região Metro-politana, o prefeito detalha quecada um dos municípios quefaz parte da região tem a suavocação e em, muitos casos,elas são complementares. Eexemplifica: "Uma empresapode se instalar em um muni-cípio e ter a participação deoutros produzindo também

Alexandre Lombardi / Secom

produtos correlatos".

Após a criação da Agên-cia Metropolitana e do Fun-do Metropolitano, os prefei-tos que compõem a região fi-zeram reuniões e definiramtrês objetivos que serão tra-

balhados e beneficiarão a to-dos. São eles: acabar com anecessidade de discar oDDD entre os municípios quecompõem a região, o que tra-rá economia para todos oshabitantes; promover a inte-gração do transporte coleti-vo, o que diminuirá o valor daspassagens; e trabalhar emconjunto a questão da segu-rança pública, um problemaque aflige a todos os municí-pios. A ideia é integrar, uniresforços e atuar junto, levan-do os pleitos para as esferasestadual e federal e, ao mes-mo tempo, desenvolvendoações complementares.

Questionado se Sorocabapoderia, com a formalizaçãoda Região Metropolitana, terum aeroporto que recebessevoos regulares de passagei-ros, Pannunzio deixa claro queesse não é o foco, pois talveznão houvesse demanda dian-te do município estar muitopróximo de Campinas (Aero-porto Viracopos) e mesmo deSão Paulo, com o Aeroportode Congonhas, e ressaltou queo nosso aeroporto possui

como característica ter han-gares das maiores fabrican-tes de jatos do mundo.

Principais problemas

Quando questionado so-bre os problemas da cidade,o prefeito afirma que eles nãosão diferentes de outros mu-nicípios de grande porte. Pan-nunzio destaca a qualidade dotransporte coletivo, mas de-fende que precisa melhorar;a saúde pública, ressaltandoque o município gasta 32% doseu orçamento nesta área,enquanto a Constituição pre-coniza 15%, e cidades da re-gião chegam a comprometer45% do seu orçamento comesse setor; sem contar que25% é investido em educação.

Conforme o prefeito, nãosobra recursos para investirem outras áreas. “O municí-pio tem de ter condições deinvestir”, afirma Pannunzio,que lembra que a crise fazcrescer o desemprego. O che-fe do Executivo ainda deixaclaro que é primordial inves-tir no meio ambiente, preser-

vando e recuperando áreasdegradadas, cuidando do re-síduo sólido, implantando usi-nas de tratamento de lixo, semesquecer do saneamento, ofe-recendo água potável distribu-ída por toda a cidade, e cole-tando e tratando o esgoto an-tes de ele ser despejado noscórregos e rios que formam aRegião Metropolitana.

O prefeito Pannunzioestá há cerca de um ano emeio do final do seu manda-to. Perguntado qual legadoele deixa para a cidade, eleafirmou que isso será possí-vel quando terminar o seugoverno. “Hoje, temos umaluta muito grande priorizan-do o ajuste da máquina pú-blica e da Prefeitura parapoder sobreviver a esta crise.Não é uma crise só econômi-ca, mas política, moral e de con-fiabilidade”, que, para o prefei-to, foi causada pelo atual go-verno federal. “Para sobrevi-ver, precisamos fazer ajustesrigorosos. Esse é o grande de-safio. O País voltando a cres-cer, podemos analisar qual seráo legado”, finaliza.

Fernando Rezende

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ESPECIAL A 3Especial Aniversário de Sorocaba, sábado, 15 de agosto de 2015

Luiz Marins

Uma das maiores carac-terísticas de nossa querida So-rocaba, que não teve aristo-cracia rural em sua história, éque nós, sorocabanos, somosfortes em conteúdo e fracos,displicentes no continente, naforma. Isso pode ser consta-tado em quase todos os aspec-tos da vida cotidiana em nossaterra, sempre tropeira, mercan-til e industrial. Até no trajar.

Assim, não temos muitapreocupação com a “roupaapropriada” para esta ouaquela ocasião. Em casa oufora de casa, o trajar tem umsó parâmetro – ser confortá-vel. O que vale para o soro-cabano é “sentir-se à vonta-de”. As camisetas que vesti-mos são sempre aquelas queestão por cima na gaveta.Poucos se preocupam empegar pelo menos a segundado monte. Vai a primeira mes-mo, que por ser sempre a pri-meira será sempre a mesma.Assim valem camisetas compublicidade de banco, de umaloja qualquer ou mesmo de umcandidato derrotado nas últi-mas eleições. Vale tudo, des-de que seja confortável ou aprimeira do monte na gaveta.

O sorocabano se classifi-ca como “sem frescura” eacha que tudo o que não sejaessencialmente “funcional” nãotem o mínimo valor. É claro queos homens sorocabanos sãomais funcionais que as mulhe-res, que sempre têm algumapreocupação estética! Mastambém elas não são lá muitopreocupadas. Uma “roupinhaconfortável”, a mesma de sem-pre, ou o primeiro vestido docabide do lado esquerdo, é sem-pre o preferido, não importa “oque os outros vão pensar”.

E com essa característica,vejo até um certo controle so-cial imposto sobre os que se pre-ocupam em se vestir melhor:

- Onde vai tão chique?

Nossa educação já é assim:- Filho, não me vá sujar

essa roupa...

- Fica usando essa roupachique sem necessidade,quando tiver uma ocasião deusar roupa bonita, não temuma roupa que preste...

E assim por diante.

Isso sem falar no dia emque um sorocabano infeliz re-solve colocar uma gravata.Parece que o mundo vai de-sabar sobre sua cabeça!

- O quê! Vai ligar pra SãoPaulo? Ou vai tirar xerox?

- Por que essa frescuratoda de usar gravata? Tire isso!

Vá a um casamento everá que boa parte dos con-vidados está vestida sem mui-ta preocupação estética,como se estivesse prontapara sair do casamento e irdiretamente para uma cháca-ra ou para Mongaguá. E omais interessante é que nem

O vestirsorocabano

a noiva, noivo ou anfitriõessentem isso como falta deconsideração. Quando apon-to isso, as pessoas dizem:

- Não tem importân-cia! O importante é queeles vieram...

E os que foram dizem:- Fui para ‘prestigiar’ os

noivos com minha presença.

Somos sorocabanos atéao dormir. Pijama fino paradormir, nem pensar! O quevale é aquela camiseta que detão puída não dá mais para sairou ir ao shopping. Aquela fu-radinha, macia, larga que nadatem a ver com a calça dessearremedo de pijama.

Conosco o que vale é oconteúdo das coisas e não asua aparência ou valor esté-tico. Para se entender Soro-caba é preciso compreenderisso. Às vezes, os maridossaem de casa tão “relaxa-dos” – que vem do inglês “re-laxed” – à vontade – que asesposas têm vontade de nãosair com eles, de vergonha.Assisti a um diálogo assim:

- Não vou sair com vocêvestido de Judas desse jeito! -disse a mulher a seu marido.

A que o marido respondeu;- Sorte minha. Fico em

casa! – pois para nós, sem oconfortável chinelo, a surra-da bermuda e a velha cami-seta, não vale a pena sair decasa. Sair para sofrer e apa-recer para os outros, não écoisa de sorocabano!

Aos queridos conterrâne-os, quero deixar claro que nãoestou emitindo nenhum juízode valor do tipo “contra ou afavor” do modo de ser do so-rocabano. Estou apenas cons-tatando uma realidade. Bastair ao shopping num final de se-mana, e encontraremos aspessoas trajadas tão confor-tavelmente e sem preocupa-ção estética, que deixa “os defora” impressionados.

E para quem queira enten-der e sentir essa nossa única ediferente realidade, basta ir aum shopping das cidades daaristocracia rural como Ribei-rão Preto, São José do RioPreto ou Campinas e ver quea preocupação no trajar que aspessoas têm não faz parte denossas prioridades.

E viva Sorocaba!

Luiz Christiano Leite daSilva, pode se dizer, é uma daspessoas que mais conhece So-rocaba e, consequentemente, aregião. Engenheiro Industrialpela Universidade Mackenzie,Especialista em Administraçãopela Fundação Getúlio Vargas,Advogado pela Faculdade deDireito de Sorocaba, Mestreem Qualidade pela Universida-de de Campinas, ele foi secre-tário de Planejamento Econô-mico e Finanças no primeiromandato de Antônio CarlosPannunzio (1990-1992); se-cretário de Finanças no gover-no Renato Amary (1997-1998); de DesenvolvimentoEconômico, também no go-verno Renato Amary (1997-2004); e de DesenvolvimentoEconômico no governo VitorLippi (2005-2006).

Para Luiz Leite, como éconhecido, a Região Metropo-litana trará inúmeros benefíci-os para o município. “Atual-mente, Sorocaba já é cidade

Região Metropolitana trará maisqualidade de vida para população

polo de serviços e de governode grande parte da região quefoi formada. O que existe ago-ra é a consolidação formal doque em parte já era natural” e“os maiores benefícios deve-rão surgir não nas possíveis 'be-nesses', mas, sim, na soluçãode problemas que atingem atodos os municípios da região.Alguns municípios são maisafetados por determinados pro-blemas, outros menos, mas asações sobre os problemas co-muns devem trazer benefíciosa todos.”

Já a iniciativa privada tam-bém será beneficiada. “O primei-ro ponto é que se deixa de pen-sar de forma isolada como mu-nicípio e se passa a pensar noconjunto territorial e populacio-nal, que engloba toda a região.Para a iniciativa privada, abreuma nova perspectiva que len-tamente deverá se incorporarnos negócios. A RMS possuiuma população três vezes maiorque a de Sorocaba e seu territó-rio 20 vezes maior, porém há dese considerar que as cidadespossuem formação, culturas evalores diferentes, que tambémprecisam ser entendidos. Masfica claro que as possibilidadesdo mercado, em todos os senti-dos, se ampliaram e isso trarámudanças nos negócios de todaa região”, analisa.

Problemas comuns

Na opinião de Luiz Leite, apopulação vai sentir as melho-rias nas áreas dos problemascomuns dos vários municípi-os. “Isso, de forma direta, re-percutirá como melhoria dequalidade de vida da popula-ção.” Essas mudanças serãogradativas. "Para alguns fato-

res, porém, poderão ocorrermudanças rápidas. Acreditoque haverá certo período deaprendizado, de alguns anos,para conhecer e conseguir seutilizar em plenitude os meca-nismos que a criação e organi-zação da RMS possibilitam.”

O professor não conside-ra que a questão da demora naconstituição da Região Metro-politana tenha produzido atra-so para a cidade. “Existe umperíodo natural para desenvol-vimento da ideia, da organiza-ção e constituição formal decada região e isso leva em contafatores técnicos, administrati-vos e prioritários, que exigemtambém alocação de recursospor parte do Estado, entre ou-tros”, argumenta.

Questionado se o desen-volvimento será maior e maisrápido a partir de agora, com aoficialização da Região Metro-politana, o engenheiro LuizLeite rebate dizendo: “Se en-tendermos que desenvolvimen-to é a melhoria da qualidade dapopulação no sentido amplo econsiderarmos que as ações daRMS deverão ser dirigidas nasolução de problemas comunsdos municípios, é razoável pen-sar que o desenvolvimento an-dará mais célere”.

Diretor da AgemSor

O governador Geraldo Al-ckmin deverá nomear o dire-tor da AgemSor, uma agênciaque será responsável por diver-sos projetos que serão implan-tados na Região Metropolitana.Há muita especulação sobre onome do responsável que ocu-pará esse cargo importantepara toda a região.

Perguntado sobre o perfilideal desse diretor - se políticoou técnico - Luiz Leite saiu pelatangente. “Creio que quem viera comandar a AgemSor deveráatender aos dois requisitos. Sertécnico para assimilar os pro-blemas de cada município e detoda a região e propor as solu-ções necessárias e, ao mesmotempo, ser político o suficientepara entender as diferenças cul-turais, de valores e como osproblemas, muitas vezes iguais,impactam de forma diferentecada local, e encaminhar asmelhores soluções que concili-em os interesses locais.”

O professor vai mais lon-ge e afirma: “Quando existeminteresses divergentes, e é dese imaginar que isso ocorreráentre os vários municípios eseus dirigentes, a argumenta-ção técnica sempre será o me-lhor meio de se conseguir con-ciliação e a convergência paraas ações a serem adotadas”.

Em 2016, haverá eleiçãopara a escolha de prefeitos evereadores. Por isso, LuizLeite foi questionado se oscandidatos das cidades parti-cipantes da Região Metropo-litana devem pensar em umaplataforma diferente de go-vernar. “A Região Metropoli-tana é um dispositivo a maisno processo da gestão muni-cipal, porém ela não está sobo domínio individual de cadaprefeito, visto que seu poderé compartilhado entre os vá-rios municípios e o Estado;portanto ela deve ser consi-derada, porém não ao pontode intervir no planejamentoda plataforma que cada can-didato deverá propor para suacidade”, explica o professor.Professor Luiz Leite

Sorocaba, 361 anos – Edição EspecialJornalkista responsável: Cláudio Grosso

Reportagens e edição: Cida Muniz

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ESPECIAL A 4 Especial Aniversário de Sorocaba, sábado, 15 de agosto de 2015

Sorocaba completa 361no dia 15 de agosto e despon-ta como uma das cidadesmais importante do País. Ana-lisando os números do muni-cípio, fica claro que o cresci-mento tem sido constante.Segundo a Secretaria da Fa-zenda, Sorocaba tem 1.821indústrias e 24.260 estabele-cimentos comerciais.

No setor da educação,são 96 creches; 138 esco-las de Educação Infantil –Pré-Escola; 162 de EnsinoFundamental; 57 de EnsinoMédio; 19 de EducaçãoProfissional de Nível Tec-nológico; e 95 de EducaçãoProfissional de Nível Téc-nico; além de 23 faculdades(graduação) e 18 de gradu-ação e pós-graduação.

A cidade tem 813 barese outros estabelecimentosespecializados em servir be-

Sorocaba: Uma metrópole de 361 anosbidas (atividade principal esecundária), 871 restauran-tes e similares (atividadeprincipal e secundaria) e oitoshopping centers.

Atuam no município 3.175profissionais liberais; desses,204 são advogados, 922 mé-dicos e 95 veterinários.

Frota de veículos

Sorocaba tem mais de600 mil habitantes e uma fro-ta de carros de 289 mil veícu-los, representando, pratica-mente, um veículo para cadadois habitantes. O número demotocicletas também cres-ceu; são mais de 84 mil veí-culos. As motocicletas já re-presentam mais de 18% dototal de veículos da frota cir-culante de Sorocaba.

O transporte coletivotambém tem números im-

pressionantes. São 424 ôni-bus, com atendimento a109 linhas, que percorrema cidade de norte a sul ede leste a oeste. Juntas,elas fazem cerca de 300mil viagens ao mês. O ín-dice de cumprimento doshorários é de 99%.

Passam diar iamentepelo Terminal Santo Antô-nio, o maior da cidade, cer-ca de 80 mil pessoas, alémde outras 40 mil pessoaspelo Terminal São Paulo.São transportados, em mé-dia, 4,9 milhões de passa-geiros ao mês.

Para receber todos es-ses veículos, a Secretaria

de Mobilidade, Desenvolvi-mento Urbano e Obras(Semob) informa que a ex-tensão total das vias pavi-mentadas de Sorocabasoma 1.667,6 Km. No casodas avenidas com canteirocentral, foram considera-dos os quilômetros por sen-tido. Não estão inclusas asnovas avenidas (CAF).

Já a Secretaria de Ser-viços Públicos (Serp) infor-ma que Sorocaba contacom 130 vias de terra que,juntas, somam cerca de 302km de extensão.

Água e esgoto

O saneamento básico é

forte na cidade. Sorocabapossui 1.800 quilômetros deredes distribuidores de águae 1.500 quilômetros de redescoletoras de esgoto.

Servidores

Para administrar o mu-nicípio, a cidade tem 11.478servidores municipais. APrefeitura, considerando osfuncionários efetivos, co-missionados e aqueles regi-dos pelas CLTs (Consolida-ção das Leis Trabalhistas),tem 9.839 servidores. Já naadministração indireta hámais 1.130 funcionários doSaae (Serviço Autônomo deÁgua e Esgoto); 475 da Ur-bes (Empresa de Desenvol-

vimento Urbano e Social);e outros 34 da Funserv(Fundação dos Servidores).

O orçamento do muni-cípio para 2015 é deR$2.627.135.770,00, e so-mente o da Prefeitura é deR$ 1.684.772.770,00. Atéjunho de 2015, a arrecada-ção de IPTU (Imposto Pre-dial e Territorial Urbano)somou R$ 66.437.284,93. Jáa arrecadação de ICMS (Im-posto sobre Circulação deMercadorias e Serviços), atéjunho de 2015, somou R$234.437.063,98 e a do IPVA(Imposto sobre Propriedadede Veículo Automotor), nomesmo período, atingiu R$104.807.765,07 Fernando Rezende

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ESPECIAL A 5Especial Aniversário de Sorocaba, sábado, 15 de agosto de 2015

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ESPECIAL A 6 Especial Aniversário de Sorocaba, sábado, 15 de agosto de 2015

O governador GeraldoAlckmin sancionou, nodia 15 de junho, a lei quecria a Agência Metropoli-tana de Sorocaba (AgemSorocaba). O projeto de leifoi aprovado, por unanimi-dade, em caráter de urgên-cia, na Assembleia Legis-lativa do Estado de SãoPaulo no dia 20 de maio.

Para o governador, acriação da RM e a insti-tuição da agência fortale-ce a região. Entre as van-tagens citadas por ele coma iniciativa, está a melhorarticulação do transporte,o fim da cobrança de inte-rurbano nas ligações tele-fônicas e a integração deações de segurança públi-ca dos munic íp ios quecompõem a RM.

“A Região Metropolita-na é um importante fórumpara discutir e buscar asmelhores soluções para ascidades envolvidas. A agên-cia vai fortalecer a vocaçãoeconômica regional, atuan-do de forma sinérgica naprestação dos serviços pú-blicos, atraindo investimen-tos, gerando emprego e ren-da, buscando a melhoria naqualidade de vida da popu-lação”, explica Alckmin.

A criação da agência éo último passo na criação daRegião Metropolitana de So-rocaba (RMS). O FundoMetropolitano, ligado à agên-cia, já começa com aportede R$ 3 milhões do orça-mento do Estado. Contarátambém com participaçõesproporcionais dos orçamen-tos dos municípios.

No prazo de 60 dias,deve ser editado um decre-to com definição das atribui-ções das unidades da Agên-cia, as competências de seusdirigentes e as normas derelacionamento com outrosórgãos integrantes das admi-nistrações regionais.

Quinta região

Criada em maio de2014, a Região Metropo-l i tana de Sorocaba é aquinta Região Metropoli-tana do Estado de SãoPaulo. Considerada amaior produtora agrícolaentre as regiões metropo-litanas, com uma grandediversidade na produção,possui 26 municípios eaproximadamente 1,8 mi-lhão de habi tantes , emantém limite territorialcom a RM de Campinas.

A Região possui 11municípios localizados noeixo das rodovias Castelo

Região Metropolitana de Sorocabaexiste oficialmente desde junho

Branco e Raposo Tavares,e economias baseadas ematividades industriais. OProduto Interno Bruto em2012 chegou a R$ 48,7 bi-lhões, equivalente a 3,5%do PIB gerado no Estado.Destaca-se o município deSorocaba, com um PIB demais de R$ 19 bilhões em2012, situado na 11ª posi-ção da economia estadual.

A Região Metropolitanade Sorocaba abrange a áreada Região de Governo deSorocaba e a de São Roque,com população estimada, em2014, de 1.867.260 habitan-tes, o que representa maisde 4% do total do Estado.

Os municípios que com-põem a Região Metropolita-na de Sorocaba são estes:Alambari, Alumínio, Araça-riguama, Araçoiaba da Ser-ra, Boituva, Capela do Alto,Cerquilho, Cesário Lange,Ibiúna, Iperó, Itu, Jumirim,Mairinque, Piedade, Pilar doSul, Porto Feliz, Salto, Saltode Pirapora, São Miguel Ar-canjo, São Roque, Sarapuí,Sorocaba, Tapiraí, Tatuí, Ti-etê e Votorantim.

Área Territorial

Composta por 26 muni-cípios e com uma área de9.821,32 km2, a Região Me-tropolitana de Sorocaba cor-responde a 19,18% do terri-tório da Macrometrópole Pau-lista, 3,96% do Estado e a0,12% da superfície nacional.

Seus habitantes repre-sentam 4,18% da populaçãoestadual e 0,91% da nacio-nal. Em 2010, eram1.726.785 moradores emseus 26 municípios com umadensidade média de 175,82habitantes por quilômetroquadrado. No período de2000 a 2010 cresceu, anual-mente, a uma taxa de1,68%, terceiro maior valorregistrado entre as unidadesda Macrometrópole e acimada média estadual (1,10%).

A região apresenta umProduto Interno Bruto(PIB), em 2011, de 46.700Milhões de reais. Esse mon-tante representa 3,46% doPIB estadual e 1,13% donacional. O PIB per capitade R$ 26.748,14 é o sétimoda Macrometrópole.

Fernando Rezende

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ESPECIAL A 7Especial Aniversário de Sorocaba, sábado, 15 de agosto de 2015

São Miguel Arcanjo"São várias os benefícios para o município

de São Miguel Arcanjo. Entre tantos desta-cam-se os principais: integração dos 26 muni-cípios que compõem a Região Metropolitanade Sorocaba, buscando caminhos para o de-senvolvimento regional. Agência Metropolita-na, que irá propor ações em conjunto de tra-balhos e soluções em áreas como mobilidadeurbana, telefonia, transporte, serviços, sanea-mento, saúde, moradias, segurança pública,tecnologia, educação, meio ambiente, etc.

"Planejamento Regional - Através do Con-selho de Desenvolvimento Regional, compos-to pelos prefeitos dos 26 municípios que inte-gram a RMS, com muito mais força políticapara cobrar ações dos órgãos governamen-tais do Estado. Fundo de DesenvolvimentoRegional; Consórcio Intermunicipal, para in-vestimentos em conjunto."

Tsuoshi José Kodawara

Boituva"Existem muitas questões que pre-

cisam ser discutidas conjuntamente, eentendemos que a implantação da Re-gião Metropolitana de Sorocaba (RMS),na medida em que ampliou as discus-sões acerca das problemáticas que as-solam os municípios da nossa região,também favoreceu o equacionamento ea solução conjunta acerca dos mais di-versos temas, contribuindo para umaatuação mais estratégica e assertiva dosmunicípios integrantes, nos mais dife-rentes setores.

"Com a implantação da RMS, Boitu-va sente seus primeiros impactos positi-vos no setor de Segurança Pública, coma criação da 4ª Companhia da Polícia Mi-litar e, com ela, o aumento do efetivo po-licial, permitindo melhorias no trabalhode enfrentamento da criminalidade e nosserviços oferecidos à população. Existea necessidade de aprofundarmos e dis-cutirmos ações consorciadas nos seto-res de transporte coletivo, saúde e tam-bém de desenvolvimento econômico, vo-cacionando a qualificação da mão deobra e criando oportunidades para queas empresas possam se instalar nos mu-nicípios da RMS e, por conseguinte, ge-rar vagas no mercado de trabalho."

Edson Marcusso

Araçariguama"Entendo que os benefícios

são vários, sendo o principal aaproximação ao poder central, oque dá maior celeridade na so-lução dos problemas dos muni-cípios participantes. O Estado deSão Paulo, o mais forte da Fe-deração, que, sozinho, representao PIB da Argentina, não está li-vre de ter problemas regionaisdiversos. Daí, do ponto de vistaadministrativo, foi uma grandesacada do governador Alckmimsubdividir o Estado em regiõesmetropolitanas, dando força aospequenos municípios em ter asolução de suas dificuldades commais agilidade. Quanto a Soro-caba, tenho certeza de que tam-bém ganhará benefícios, poisconcentrará os mais diversosórgãos estatais tornando-se nãouma sede, mas uma capital regi-onal, o que, certamente, lhe agre-gará muito mais força, além da-quela que possui como umagrande cidade que é".

Prefeito Roque Hoffmann

“Com a criação da re-gião, Itu, Sorocaba e as ou-tras cidades participantespodem trabalhar unidaspara alcançar as melhoriasdesejadas. Foi fundamentala participação e a habilida-de dos prefeitos em trans-formar a região em um polode desenvolvimento. Todasos municípios abrangidossaem fortalecidos. Priorida-des nas áreas da educaçãoe da saúde, assim como namobilidade urbana, são pon-tos comuns entre os parti-cipantes.”

Antônio Luiz Carva-lho Gomes, Tuíze

Prefeito da EstânciaTurística de Itu

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