Caderno mundial do meio ambiente

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CMYK MEIO AMBIENTE DIA MUNDIAL DO Caderno Especial - Cachoeiro de Itapemirim 4 e 5 de Junho de 2015 SETOR DE ROCHAS REDUZ IMPACTO AMBIENTAL Cada vez mais empresas se licenciam e dão destinação adequada à lama abrasiva, já até reutilizada na produção de materiais de construção

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MEIO AMBIENTEDIA MUNDIAL DO Caderno Especial - Cachoeiro de Itapemirim 4 e 5 de Junho de 2015

Setor de rochaS reduz impacto ambientalCada vez mais empresas se licenciam e dão destinação

adequada à lama abrasiva, já até reutilizada na produção

de materiais de construção

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CONsENsO Empresas têm se regularizado e buscado meios de amenizar impactos ambientais

Cachoeiro de Itapemirim concentra o maior parque industrial de rochas ornamentais do país

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Bruna Hemerly

Desde 1972, o Dia Mundial Do Meio Ambiente é celebra-

do no dia 5 de junho. Porém, com todas as dificuldades que o homem tem enfren-tado em relação ao meio ambiente, nos últimos anos essa data tem sido levada mais a sério pela população e principalmente por empresá-rios, que involuntariamente, se tornam grandes vilões da natureza.

Tem sido necessário para sobrevivência da humani-dade e, em especial de pe-quenas e grandes empresas, que todo impacto ambiental seja reduzido.

Em Cachoeiro de Itape-mirim, no Sul do Espírito Santo, a mineração é a prin-cipal indústria e, também, a que mais polui. Na cidade se concentra a maior reser-va de mármore e o maior parque industrial de rochas

ornamentais do país. Muitas empresas já atuaram de for-ma irregular, principalmente no quesito meio ambiente.

A geração de resíduos é inerente a qualquer pro-cesso de transformação de materiais ou produção. As empresas que atuam no be-neficiamento das rochas, serrando ou polindo, pro-duzem diariamente o que é conhecido com LBRO – Lama de Beneficiamento de Rochas Ornamentais. Se não destinarem de maneira correta, além de provocar estrago para o meio am-biente, também infringem as legislações vigentes.

As lamas de beneficiamen-to apresentam composição química variada devido aos diferentes tipos de rochas e insumos.

“Além do impacto visual que a má destinação dessa lama causa, as substâncias

setor de rochas x meio ambiente:

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Bruna Hemerlyuma guerra quase no fim4 e 5 de Junho de 2015 | Cachoeiro de ItapemirimCaderno especial dia mundial do meio ambiente 3

contidas nos resíduos po-dem interferir na qualidade do solo e da água, por isso é importante que todas em-presas tenham a destinação correta, em aterros licencia-dos”, explica Tiago Leal, técnico em Meio Ambiente e graduado em Gestão Am-biental.

No Sindirochas (Sindicato da Indústria de Rochas Or-namentais, Cal e Calcários do Espírito Santo), atual-mente, existem cerca de 500 empresas associadas e todas dão destinação correta.

“Algumas empresas man-têm o próprio aterro. Outras se organizaram e montaram aterros coletivos, em áreas maiores”, afirma Rubens Puppin, do departamento Ambiental, do Sindirochas.

Esses aterros precisam ser licenciados pelo Iema e seguir as exigências das leis ambientais. Na região de Cachoeiro existem quase 20 aterros, entre particulares e de associações.

5 de junhoDia Mundial do Meio Ambiente

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ALGUNS SORRISOSREPRESENTAM MAIS DO QUE PALAVRAS

A Samarco acredita em um mundo com mais valor para todos. Por isso, preservar o meio ambiente e investir em tecnologias para um modelo produtivo cada vez mais eficiente e sustentável sempre fez parte da nossa história. E isso inclui cuidar da biodiversidade, utilizar de forma responsável os recursos naturais e promover programas como o Positivo em Água, uma iniciativa da Samarco para a recuperação e preservação dos recursos hídricos das regiões onde atuamos.

Apoiada na força das parcerias, a Samarco desenvolve soluções para o futuro e constrói, junto com a sociedade, o amanhã que todos queremos. Porque olhar para todos os lados e sorrir para o futuro é o melhor jeito de seguir em frente.

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Cuidar danatureza e da almaao mesmo tempo.#esseéoplano

5 de junho.Dia Mundial doMeio Ambiente

25ANOS

BUROCRACIA No entanto, ainda é possível identificar empresas que exercem suas atividades de forma irregular

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DivulgaçãoDe acordo com o Sindica-

to da Indústria de Rochas Ornamentais, Cal e Cal-cários do Espírito Santo (Sindirochas), o número de notificações e multas am-bientais tem diminuído em Cachoeiro de Itapemirim. E mesmo empresas não asso-ciadas ao Sindicato estão se regularizando.

A subsecretária de Plane-jamento e Monitoramento Ambiental, Carina Prado da Silva, da Secretaria de Meio Ambiente de Cachoeiro, confirma a tendência. Em-bora não apresente os dados comparativos, garantiu que tem aumentado o número de requerimento de licenças ambientais.

“Aumentou o número de pedido de licenças ambien-tais e isso é muito bom para o município. Mostra que cada vez mais o meio ambiente ganha relevância

pelos empresários, pela po-pulação e pela mídia.”

Carina esclarece ainda que hoje é preciso que o empreendimento esteja re-gulamentado nos órgãos ambientais, para conseguir regularizar o alvará de fun-cionamento e, consequente-mente, a movimentação da empresa.

“Se o empresário não se regularizar com as licenças ambientais, fica impedido de conseguir o alvará e do-cumentação para emissão de notas e empréstimos bancá-rios, por exemplo.”

No entanto, mesmo com toda essa necessidade de regularização, ainda é pos-sível identificar empresas que exercem suas atividades de forma irregular, por não acompanharem a burocra-cia.

“A atividade mais comum entre as irregulares é a ex-

Número de notificações diminui no setor de rochas

Rochas extraídas em diversas parte do país são beneficiadas em Cachoeiro

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Divulgação

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tração sem licenciamento. Alguns empresários não querem esperar o processo de licenciamento termi-nar e acabam iniciando as atividades sem licença”, completa Rubens Puppin, do departamento Ambien-tal, do Sindirochas.

A Secretaria de Meio Am-biente de Cachoeiro de Itapemirim é responsável pelo licenciamento ambien-tal de empreendimentos, atividades e serviços que provocam impactos sociais, bem como fiscalizar as empresas.

Com a construção de ater-ros industriais adequados, os empresários têm conse-guido cumprir a legislação e seu papel social com o meio ambiente. A realidade das empresas tem mudado cada vez mais e para me-lhor. “Está mudando muito o perfil. A cobrança tem surtido efeito positivo para a população e para o meio ambiente”, disse Carina.

Número de notificações diminui no setor de rochas

A lama originada no beneficiamento de rochas ornamentais precisa ter destino adequado

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ALTERNATIvA Só para a criação da argamassa produzida com lama de beneficiamento, foram necessários dois anos de pesquisa

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DivulgaçãoEm 2013, iniciativa com origem em Cachoeiro de Itapemirim foi premiada por sustentabilidade na mineração, entre projetos de mais de mil cidades. A concepção é produzir argamassa com a lama do beneficiamento das rochas ornamentais, que envolve mais de 70 em-presas do Arranjo Pro-dutivo Local (APL), que produzem cerca de 12 mil toneladas de resíduos por mês.

O projeto foi desen-volvido no maior aterro legalizado da cidade e o produto chega a ter 50% de lama de beneficiamen-to em sua composição.

A iniciativa é da Asso-ciação Ambiental Monte Líbano (Aamol), que via-bilizou a criação de uma Central de Tratamento de Resíduos gerados no pro-

cesso de beneficiamento de rochas ornamentais, realizado pelo Institu-to Capixaba de Gestão (ICG). O IGC é especia-lizado em estudos físico--químicos da argamassa e ainda a viabilidade finan-ceira do projeto.

A intenção da Aamol é ampliar a produção de argamassa. “Estamos na fase de captação de recur-sos para a implementação de uma fábrica. O proje-to prevê uma produção inicial de entre oito e 10 toneladas por hora de ar-gamassa pronta”, explica o diretor da Aamol, Fa-brício de Athayde Rocha.

Só para a criação da ar-gamassa produzida com lama de beneficiamento, foram necessários dois anos de pesquisa para conseguir a formulação ideal e que atendesse

Lama abrasiva vira material de

Projeto desenvolvido na Aamol transforma lama em tijolos e argamassa

A preservação da natureza é compromisso de todo diaEm Cachoeiro de Itapemirim, a Odebrecht Ambiental, junto com as comunidades e os parceiros locais, desenvolve ações de proteção de mananciais e recuperação de áreas degradadas. Desde 2002, 35 mil mudas de espécies nativas foram plantadas e 15 nascentes recuperadas entre os municípios de Cachoeiro e Alegre. A meta é atingir 45 mil mudas e 25 nascentes até o final de 2015.

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Divulgação Divulgação

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O SEtOR dE ROChAS Em NúmEROS130 mil trabalhadores - O setor de rochas ornamentais gera emprego e renda para 130 mil capixabas, sendo 20 mil postos direto e 110 mil indiretos.

900 teares - Em todo Estado cerca de 900 teares estão em operação, representando mais de 50% do total do país. A maioria deles estão em Cachoeiro de Itapemirim.

800 mil metros cúbicos - Por ano, mais de 800 mil metros cúbicos de rochas são extraídos no Espírito Santo.

75% da produção- O Espírito Santo responde por cerca de 75% da produção de rochas ornamentais no Brasil.

1.200 variedades - O Estado tem cerca de 1.200 tipos de rochas ornamentais.

7% do PIB - O setor de rochas corresponde a cerca de 7% do Produto Interno Bruto Capixaba.

construçãoas normas técnicas da ABNT. Porém, a associa-ção já trabalha durante três anos na fabricação de blocos pré-moldados e artefatos de cimento com a incorporação da LBRO.

“Nós também temos um britador instalado na Aamol para britar os casqueiros, que são as laterais que sobram dos blocos após serem serra-dos. Assim, produzimos também como produto fi-nal a brita zero, brita um e o pó de brita, também conhecido como solo bri-ta”, conta Fabricio.

O diretor da Aamol es-clarece ainda que outros aterros também estão se movimentando e ini-ciando pesquisas no in-tuito de utilizarem esses resíduos, mas como o processo não é simples e o investimento nessas pesquisas tem um custo a l to , mui tos acabam desistindo ou esperando possíveis interessados nesses materiais, o que ainda não é tão comum.

É muito importante que meio empresarial atinja uma gestão efi-ciente de seus resíduos gerados em todas as eta-pas, principalmente de produção, uma vez que a demanda por rochas no mercado nacional e internacional atinge patamares de grande s igni f icância para o desenvolvimento eco-nômico da região.

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