caderno técnico moçambique
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CADERNO TCNICO PARA EMPREENDIMENTOS
INDUSTRIAIS EM MOAMBIQUE
AGNCIA BRASILEIRA DE DESENVOLVIMENTO
INDUSTRIAL
Novembro de 2009
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NDICE
Captulo: Pg.:
1. Apresentao 32. Cooperao Industrial 5
2.1 A lgica da Cooperao Industrial 52.2 Cooperao Industrial modalidades de atuao
da ABDI 52.3 Fases de um projeto de cooperao industrial 7
3. Oportunidades para Empreendimentos Industriais 104. rgos do Governo de Moambique vinculados Indstria 115. Economia 12
5.1 Sntese da Economia 125.2 Setores industriais em destaque 16
6. Investimento no pas 20
6.1 Base jurdica 206.2 Investimento e Presena de Empresas Brasileiras 247. Atuao da ABDI 27
7.1 Histrico 277.2 Prximas Atividades 287.3 Contatos na ABDI 29
8. Fontes Utilizadas 30
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1.Apresentao
O presente Caderno Tcnico foi elaborado com o propsito de dar
visibilidade a oportunidades e prover informaes sobre
empreendimentos industriais em Moambique. A inteno consiste em
informar empresas e empreendedores brasileiros sobre tais
oportunidades, as condies de investimento e a economia daquele Pas,
a dinmica de trabalho seguida pela ABDI e os contatos relevantes para o
desenvolvimento de tais empreendimentos.
Seu contedo reflete o estgio atual dos trabalhos desenvolvidos pela
ABDI junto ao Governo de Moambique. Ao longo de 2010, na medida em
que evolurem os trabalhos, novas verses sero elaboradas e
disponibilizadas para os interessados.
A Agncia Brasileira de Desenvolvimento Industrial ABDI, entidade
vinculada ao Ministrio do Desenvolvimento, Indstria e Comrcio
Exterior MDIC, atua como promotora e uma das entidades gestoras da
Poltica de Desenvolvimento Produtivo PDP e tem como uma de suas
misses a promoo da Cooperao Industrial com a Amrica Latina e oCaribe, um dos destaques estratgicos da PDP. Seguindo as orientaes da
poltica industrial brasileira, a Agncia articula com os rgos pblicos e a
iniciativa privada nacional de modo a (i) melhorar o aproveitamento das
oportunidades econmicas (com maior atrao de investimentos e
ampliao da participao de produtos de maior valor agregado no
comrcio regional), (ii) a reduzir as assimetrias intra-regionais e (iii) a
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fomentar a internacionalizao de empresas brasileiras. Essas aes
resultam na construo de uma agenda regional positiva e na articulao
das estruturas produtivas da regio.
No que diz respeito a Moambique, a Agncia Brasileira de
Desenvolvimento Industrial - ABDI tem dado especial ateno s
possibilidades de parcerias e joint-ventures entre empresas
moambicanas e brasileiras, no sentido de apoiar a internacionalizao
de empresas brasileiras, a busca de novos mercados e o apoio aointercmbio tecnolgico entre os dois pases.
Do ponto de vista poltico-econmico, as autoridades moambicanas tem
todo interesse em apoiar e induzir parcerias empresariais que produzam
efeitos positivos na balana comercial de seu pas, no que se refere ao
aumento de exportaes e reduo de importaes, considerando-as
prioritrias.
Encontra-se em negociao entre os dois Governos a liberao de
emprstimo do Brasil a Moambique da ordem de US$ 300 milhes, para
a construo do Aeroporto de Nacala e do Porto da Beira. O funding da
operao ser feito pelo BNDES, contar com garantia de 100% do Fundo
de Garantia Exportao e com o apoio do PROEX Equalizao.
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2.Cooperao Industrial
2.1. A lgica da Cooperao IndustrialGrosso modo, a cooperao industrial parte da identificao de agendas e
interesses comuns entre os setores industriais e os governos do Brasil e
das naes com as quais se estabelecem as iniciativas de cooperao.
Trata-se de iniciativa de cunho bilateral; ou seja, a cooperao se
estabelece, em cada caso, entre o Brasil e uma nao parceira.
A cooperao industrial guiada pela idia de que o desenvolvimento
brasileiro pode e deve se dar de forma articulada com outros pases em
desenvolvimento, especialmente aqueles da Regio e da frica. Os
projetos de cooperao industrial combinam o apoio ao desenvolvimento
industrial dos pases parceiros com a gerao de oportunidades de
negcios para a indstria brasileira incluindo-se a indstria de servios.
Concretamente, os projetos de cooperao industrial objetivam identificar
e apoiar a implantao de projetos industriais e/ou tecnolgicos que
possam produzir ganhos econmicos para ambos os pases.
2.2. Cooperao Industrial modalidades de atuao da ABDIOs projetos de cooperao industrial conduzidos pela ABDI combinam
quatro modalidades de atuao, a saber:
i. Consultoria tcnica;
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ii. Promoo do investimento externo direto;iii. Articulao empresarial;iv. Articulao institucional.
i. Consultoria tcnica: modalidade na qual h apoio tcnico brasileiro para
a elaborao de projetos e o desenvolvimento de competncias
relacionadas indstria e tecnologia. Existem dois casos gerais relativos
consultoria tcnica: (i) execuo do pr-projeto de unidades industriais e
(ii) outras formas de apoio treinamento de pessoal, elaborao de
outros projetos e pr-projetos, doao/financiamento de instalaes e
equipamentos etc. A ABDI executa diretamente consultoria tcnica para o
pr-projeto de unidades industriais (includas unidades de servios e
tecnolgicas) em outros pases, quando obtido compromisso que o
projeto detalhado e a implantao dessas ocorrer com o fornecimento
de bens/servios brasileiros e/ou a participao de empresas brasileiras.
Em todas as outras situaes, a ABDI procurar viabilizar a consultoria
tcnica junto a outros rgos.
ii. Promoo do investimento externo direto: modalidade pela qual se
identificam, analisam e discutem oportunidades e condies para oinvestimento externo direto brasileiro nos pases com os quais ocorre a
cooperao. A ABDI coleta, sistematiza, analisa e distribui ao setor privado
brasileiro informaes sobre possveis projetos e condies de
investimento, identificando interlocutores e facilitando as conversaes
com parceiros pblicos e privados em outros pases.
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iii. Articulao empresarial: modalidade pela a qual a ABDI trabalha junto
a empresas brasileiras para identificar interesses relativos a
investimentos, associaes, acordos tecnolgicos, suprimentos etc., de
forma a definir pauta de trabalho com pases e temas/projetos de
interesse brasileiro a serem includos na cooperao.
iv. Articulao institucional
2.3. Fases de um projeto de cooperao industrial
: modalidade na qual a ABDI identifica
possibilidades e articula a atuao de rgos pblicos brasileiros no apoio
implantao de projetos industriais e/ou relativos ao desenvolvimentoindustrial em outros pases.
A ABDI aloca recursos para realizao das atividades de cada modalidade
de atuao. No caso da consultoria tcnica, contrata a elaborao de pr-
projetos industriais com instituio tecnolgica brasileira. Para os demais,
os recursos alocados servem, basicamente, para cobrir as despesas
(materiais, viagens, eventos etc.) relativas articulao com os governos
dos pases parceiros e os rgos e empresas brasileiras. A ABDI no aplica
recursos para a execuo de atividades de consultoria tcnica que vo
alm da elaborao dos pr-projetos industriais.
A cooperao industrial somente pode ocorrer na zona de interseo
entre os interesses econmicos de atores pblicos e privados de ambos os
pases cooperantes. Deste, modo, o incio de qualquer projeto/iniciativa
de cooperao passa pela identificao de temas/projetos para
cooperao com interesse bilateral.
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De modo geral, os projetos de cooperao tcnica passam pelas seguintes
etapas:
1) Preparao: inclui a realizao de misses ao pas com o qual seestabelece a cooperao, a identificao e validao (inclusive junto ao
setor privado brasileiro) de temas/setores/projetos de interesse e, ento,
a definio da pauta da cooperao;
2) Execuo da cooperao: inclui a elaborao e implantao deprojetos industriais, de desenvolvimento industrial, tecnolgicos e afins,
com a participao de organizaes brasileiras e do pas cooperante;
3) Acompanhamento: inclui o acompanhamento posterior, a gesto derelaes e a continua identificao/comunicao de oportunidades de
investimentos e execuo de projetos.
Particular ateno deve ser conferida s situaes nas quais a ABDI
executa consultoria tcnica para a execuo do pr-projeto de unidades
industriais. Para esses casos, a etapa 3 anterior est estruturada nas
seguintes trs fases:
o A ABDI financia a elaborao dos pr-projetos industriais,executados por instituio tcnica licitada pela Agncia.
Fase I Pr-projeto das unidades industriais
o Resultam desta fase os cadernos tcnicos para empreendimentosindustriais. Cada caderno especifica as quantidades e as caractersticas
(tipos de equipamentos, perfis profissionais etc.) dos recursos (mquinas,
RHs, instalaes fsicas, capital) necessrios implantao de uma
unidade industrial.
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o As informaes sobre mercado e tipos de itens a serem produzidosdevem ser fornecidas pelo pas com o qual ocorre a cooperao.
o A elaborao dos cadernos tcnicos realizada com a participaode profissionais do pas cooperante, no Brasil, caracterizando treinamento
experiencial (on-the-job) dos mesmos.
o O pas cooperante financia a execuo desta fase, contratada juntoa empresas de engenharia brasileiras.
Fase II Projeto detalhado das unidades industriais
o Resultam desta fase os desenhos tcnicos e demais especificaesfinas de equipamentos, instalaes, recursos humanos etc. necessrios
construo da unidade industrial, fabricao e montagem de seus
equipamentos, treinamento dos funcionrios, posta em marcha da fbrica
etc.
o O pas cooperante financia a execuo desta fase, contratada juntoa empresas de engenharia e fornecedores de bens de capital brasileiros.
Fase III Implantao das unidades industriais
o Resultam desta fase as unidades industriais em funcionamento nopas cooperante.
o A ABDI articula o suporte de instituies brasileiras para aimplantao dos projetos, com a transferncia de tecnologia de gesto,
desenvolvimento de fornecedores, treinamento de RHs etc.
Cabe destacar que os principais parceiros da ABDI para realizao das
iniciativas de cooperao industrial so: MDIC, MRE, BNDES, SEBRAI,
SENAI e MCT.
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3.Oportunidades para empreendimentosindustriais
O Governo de Moambique indicou os seguintes setores como
oportunidades para empreendimentos industriais, em parceria com
empresas brasileiras:
- txtil;
- metal-mecnico;
- agroindstria alimentar;
- qumico;
- embalagens.
Tais setores possuem unidades fabris pouco desenvolvidas e de baixa
produtividade e h o interesse de empresas privadas de Moambique em
realizar parcerias com empresas brasileiras para o desenvolvimento
produtivos desses setores e a transferncia de tecnologia.
Cabe destacar, ainda, o interesse do Governo moambicano nas referidas
parcerias entre empresas brasileiras e moambicanas, em especial para
instalao nas Zonas Francas Industriais, com vistas a aumentar o volume
de exportaes de Moambique, aproveitando os acordos tarifrios de
Moambique com a Unio Europia e os Estados Unidos.
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4.rgos do Governo de Moambique vinculados Indstria
Os rgos envolvidos com os temas de indstria, comrcio exterior,
investimentos, assim como nas iniciativas e oportunidades aqui indicadas
so:
Ministrio da Indstria e ComrcioAntnio FernandoEndereo: Praa 25 de Junho 300, MaputoCaixa postal: C.P. 1831, MaputoTelefone: 258-21-352600Stio web: http://www.mic.gov.mz
Centro de Promoo de InvestimentosEndereo: Rua da Imprensa 332 R/C, MaputoTelefone: 258-21-313310Fax:258-21-313325Stio web: www.cpi.co.mz
Ministrio do Planejamento e DesenvolvimentoAiuba CuereneiaEndereo: Av. Ahmed Sekou Tour, 21, Maputo
Telefone: 258-21-490006/7Stio web: www.mpd.gov.mz
Ministrio na Presidncia para os Assuntos DiplomticosFrancisco MadeiraEndereo: Av. Julius Nyerere 1780, MaputoTelefone: 258-21-491121Fax: 258-21-492065
http://www.mic.gov.mz/http://www.mpd.gov.mz/http://www.mpd.gov.mz/http://www.mic.gov.mz/ -
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5. Economia
5.1. Sntese da economia
Moambique emergiu de dcadas de luta e tornou-se uma das economias
de desempenho dinmico na frica, a partir da dcada de 90. Vantagens
estratgicas de Moambique - posio geogrfica no continente africano,
capacidade agrcola, diversidade de produo, estabilidade poltica,
populao relativamente educada foram alavancadas na busca da
recuperao do pas. Nos ltimos dez anos, a economia moambicana
cresceu a taxas de mais de 8 % ao ano. Entre 97 e 2003, trs milhes de
moambicanos foram retirados da pobreza extrema, sobretudo em zonas
rurais. A mortalidade infantil vem decrescendo e o nmero de matrculas
escolares tem aumentado.
As principais entidades especializadas em avaliaes da economia
moambicana (Banco Mundial, Fundo Monetrio Internacional FMI e
Organizao Mundial do Comrcio - OMC) convergem no diagnstico de
que, apesar da crise financeira, Moambique rene condies para
continuar a crescer.
A crise no atingiu a economia moambicana diretamente seus efeitos
foram sentidos indiretamente, por fora da desacelerao nas
importaes de pescado e de outros insumos destinados a setores
econmicos europeus mais atingidos pela recesso, como o turstico
(hoteleiro e de restaurao). Destaca-se tambm o fato de que os preos
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do alumnio e da energia no se sustentaram ao longo da crise e no
mantiveram os mesmo nveis da fase de bolha, logo antes do
desaquecimento.
O crescimento do PIB real dever cair para cerca de 4.8%, em 2009, e 5.2%
em 2010, tendo alcanado 7% em 2007 e 6.5% em 2008), segundo
estimativas do Economist Intelligence Unit- EIU, acompanhadas pelo FMI,
OMC e estudos dos bancos moambicanos.
A partir de 2008, verificam-se presses inflacionrias resultantes de
aumentos no petrleo e no setor de alimentos. Essas presses tendem a
ser corrigidas em 2009, quando se prev arrefecimento dos preos ao
consumidor (inflao mdia de 10,3% em 2008 e previso de 6,1% em
2009).
O dficit pblico deve aumentar em 2009, em decorrncia, entre outrosfatores, dos subsdios aos combustveis e de moderao no mpeto da
ajuda internacional. No obstante, continua a haver aumento da
arrecadao, inferior, porm, ao aumento de despesas em ano eleitoral. O
dficit deve passar de 5,3% do PIB, em 2008, para cerca de 7,7%, em 2009,
- a serem financiados com emprstimos externos concessionais.
Embora persistam fortes desequilbrios regionais o sul continua
dependente de importaes agrcolas do norte ou de pases vizinhos
Moambique tem hoje melhores condies de responder s catstrofes
que periodicamente assolam a sub-regio.
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O pas dispe de economia relativamente diversificada. Servios e
Indstria (processamento de minrios) correspondem, juntos, a quase
50% do PIB.
A agricultura responde por apenas 22% do PIB, mas cerca de 70% da
populao moambicana est envolvida com o setor. Os setores mais
dinmicos da agricultura moambicana esto relacionados s culturas de
exportao - como castanha de caju, tabaco, cana-de-acar e algodo - e
se beneficiam de investimentos estrangeiros. A pesca tambm constituiatividade de relevo.
O setor canavieiro tem crescido significativamente, desde a privatizao
das empresas estatais, compradas por grupos da frica do Sul e das Ilhas
Maurcio. A produo de biocombustveis, que contabiliza investimentos
vultosos, constitui uma das grandes apostas do pas, em razo da posio
geogrfica prxima aos principais mercados da sia e, sobretudo, da
frica do Sul, que ora atravessa grave crise energtica.
O crescimento nos setores de minerao e energia tambm significativo,
embora a explorao seja recente. O pas dispe de um dos mais elevados
potenciais de produo de hidroeletricidade da frica (12.500 MW), para
um consumo interno que atinge meros 450 MW, dos quais 50% destinam-se produo de alumnio pea MOZAL. A frica do Sul a principal
compradora do excedente.
As principais vulnerabilidades econmicas de Moambique decorrem de
possvel continuao do desaquecimento econmico na frica do Sul;
fraqueza do Metical diante do Rand sul-africano; excessiva concentrao
da economia na produo de produtos primrios; e, hiptese que parece
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cada vez menos provvel, agravamento da situao poltica em pases
vizinhos, particularmente o Zimbbue.
Em sua avaliao de meados de 2009, o FMI considerou que, em seu todo,
o Governo de Moambique procurou, com xito, seguir uma poltica
macroeconmica prudente e responder de forma gil aos desafios
externos, de forma que manteve receitas e despesas dentro do planejado
e evitou gastos imprevistos por motivos eleitorais. Nessas condies, o
FMI decidiu estender ajuda financeira para aliviar o impacto dodesaquecimento econmico global.
A balana comercial moambicana tradicionalmente deficitria. Em
2008, o dficit comercial cresceu em 50% e relao a 2007, em
decorrncia, sobretudo, do aumento de exportaes (mais de 7%), que
no foi acompanhado de igual aumento das exportaes (cerca de 2%).
A situao de dficit crnico da balana comercial moambicana tem
implicaes, naturalmente, para o relacionamento com o Brasil assim
como para com os demais parceiros bilaterais. As possibilidades de
crescimento do intercmbio so necessariamente limitadas, dadas as
dificuldades de financiamento do dficit moambicano. necessrio que a
economia de Moambique adquira meios de sustentar o crescimento dasexportaes da produo como um todo de modo que se possa
contemplar um cenrio de maior equilbrio nas transaes bilaterais.
Trata-se, em suma, do desafio de ajudar Moambique a superar os
gargalos econmicos e desencadear processo de desenvolvimento
sustentvel.
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Embora basicamente liberalizado, o mercado cambial moambicano tem
reduzido grau de integrao economia externa. Essa situao, de um
lado, contribui para isolar o Metical de flutuaes cambiais externas. De
outro lado, corresponde fragilidade do Metical frente a moedas fortes,
mais integradas e de alta conversibilidade. O Banco de Moambique vem
seguindo poltica de preservar a estabilidade da moeda e procurar resistir
a flutuaes importadas.
5.2 Setores industriais em destaque
Ao longo dos ltimos cinco anos surgiram em Moambique 130 novas
indstrias, das quais sete so de grande dimenso, 11 mdias e 112
pequenas. Essas novas indstrias esto localizadas ao longo dos
corredores de desenvolvimento do pas e operam nos setores de
agroindstria, mobilirio, metal-mecnica e cereais e representam
investimento de mais de US$ 70 milhes.
O surgimento de novas indstrias resultado de medidas adoptadas pelo
Governo, no sentido de promover o desenvolvimento da indstria no pas,
sobretudo nas reas em que Moambique tem vantagens competitivas.
No sentido de desenvolver a indstria em Moambique, o Governo
reformulou a Poltica e Estratgia Industrial aprovada em Julho de 2007 e
a Estratgia de Desenvolvimento do setor Txtil de Confeces, de 2008.
Por outro lado, o Governo tambm elaborou instrumentos para a
revitalizao de empresas, como a elaborao da estratgia para o
desenvolvimento do setor metal-mecnico.
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O documento da Poltica e Estratgia Industrial define como prioridades o
desenvolvimento do sub-setor de mquinas e implementos agrcolas, de
manuteno industrial para o fornecimento de servios s medias e
grandes empresas e de mobilirio metlico, de modo a resgatar a
produo nacional de mobilirio de hospitais, escolas, escritrios de
servios pblicos e privados.
Costumam-se indicar como principais setores para investimentos
estrangeiros as reas onde a atividade econmica mais voltada para aexportao de Moambique. Dessa maneira, deve-se considerar que os
investimentos contribuem com a entrada de divisas e que as divisas
geradas pelo setor exportador contribuem para equilibrar as contas
externas e financiar a importao de bens de capital e de investimento.
Ademais, o Governo divulga oportunidades de negcios e investimentos
nos grandes setores exportadores do pas, a saber:
- pesca;
- minerao/energia (gs, carvo, alumnio, natural e eletricidade de fonte
hidreltrica);
- petrleo.
O Governo moambicano tenciona ainda desenvolver culturas, com vistas
produo de energia e produzir biocombustveis a partir de cana-de-
acar, jatropha - oleaginosa abundante na vegetao local - e outros
cultivos.
O setor do Turismo tem sido promovido como de especial interesse para o
investidor estrangeiro e grupos sul-africanos tm investido na construo
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de resorts. Alm do potencial natural do pas, dadas suas caractersticas
fsicas, seu longo litoral praticamente inexplorado possui diversos
atrativos e situa-se na imediata rea de expanso do setor turstico da
costa do ndico, a partir do Qunia.
Anlises realizadas por organismos econmicos multilaterais convergem
no diagnstico de que as limitaes no suprimento de recursos e insumos
bsicos (supply-side constraints) constituem o principal gargalo a ser
superado e desafio para o desenvolvimento econmico e social deMoambique.
Ademais, h a necessidade premente de ampliar os servios de
transporte, comunicaes e o acesso a fontes de energia.
No plano do capital humano, a populao carece de acesso educao,
profissionalizao de nvel tcnico, gua tratada e aos servios mdicos,sobretudo no tratamento da malria, da tuberculose e do flagelo do
HIV/AIDS.
Os planos de desenvolvimento do Governo possuem as seguintes metas
prioritrias:
i. ampliao do ensino de base, capacitao tcnica em reas crticas(com apoio de parceiros estrangeiros);
ii. eletrificao do pas: espinha dorsal, na direo norte-sul, ligandoa regio produtora da provncia de Tete - hidreltrica de Cahora Bassa e
projeto de hidreltrica de Mpanda Nkuwa maior regio
consumidora do pas, ao sul Maputo com subestaes
intermedirias para disseminar a eletrificao;
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iii. reforma das vias de transporte ferrovirio e rodovirio, porturia ede transporte intermodal, de forma articulada com as necessidades de
energia, de produo, transmisso/distribuio e exportao:
(a) Corredor de Sena: a conexo ferroviria e rodoviria entre a regio de
produo de carvo, em Moatize, aguarda licena para iniciar projeto na
regio) e o porto & terminal de carvo da Beira; escoamento de acar da
Companhia de Sena, em Marromeu; transporte de calcrio de Muanza,
para a Cimento de Moambique, em Dondo; escoamento da madeira deCheringoma e produtos agrcolas e locais do vale do rio Zambeze; projeto
de desenvolvimento da savana moambicana (ProSAVANA-JBM), que
pretende replicar o PRODECER ao longo da Linha de Sena, em parceria
Brasil-Japo-Moambique;
(b) Corredor de Nacala: a conexo ferroviria entre a regio de Moatize e
o porto de guas profundas de Nacala aumentar o escoamento da
produo carbonfera de Moatize e contribuir para o projeto de
integrao fsica regional da Comunidade da frica Meridional para o
Desenvolvimento (SADC), conectando as malhas ferrovirias do Malaui, da
Zmbia e do Zimbbue;
Juntamente com o Corredor de Maputo (porto de Maputo frica do
Sul e centro-sul de Moambique), os corredores do Sena e de Nacala so a
principal fonte de divisas do pas. A destruio dessa malha de transportes
durante a guerra desarticulou tambm, de forma quase total, os fluxos da
produo agrcola que atendiam s necessidades alimentares da
populao, feitos por aquelas artrias de comunicao.
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6. Investimento no pas6.1 Base jurdica
As profundas transformaes que se tm operado em Moambique
fizeram com que o pas se tornasse receptor de investimentos
estrangeiros. Isso foi resultado do processo de implementao das
medidas do Programa de Reabilitao Econmica e da entrada em vigor
da nova Constituio da Repblica Moambicana, associadas a uma
estratgia de adotar uma poltica econmica mais aberta e que privilegie
uma maior participao, complementaridade e igualdade de tratamento
dos investimentos nacionais e estrangeiros.
Nesse sentido o Estado Moambicano, pela necessidade de adoo de um
quadro legal orientador dos processos de empreendimentos que
envolvam investimentos nacionais e estrangeiros, criou uma base jurdica
voltada para a promoo comercial, com o objetivo de regularizar e atrair
investimentos para o pas. Tendo como prioridade o progresso e o bem
estar social de Moambique, foi criado em 1993, por meio do Decreto n
3/93, de 24 de junho, a Lei de Investimentos.
A Lei de Investimentos de Moambique aplica-se a investimentos de
natureza econmica que se realizem em territrio moambicano e
pretendam beneficiar-se das garantias e incentivos nela consagrados. Do
mesmo modo a Lei beneficia os investimentos feitos nas zonas francas
industriais e zonas econmicas especiais, independentemente da
nacionalidade e natureza dos respectivos investidores. Entretanto, esta Lei
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no se aplica aos investimentos realizados ou que sero realizados nas
reas de prospeco, pesquisa e produo de petrleo, gs e indstria
extrativa de recursos minerais.
Vale ressaltar que, conforme o artigo 4, os investidores, empregadores e
trabalhadores estrangeiros tero os mesmos direitos e estaro sujeitos
aos mesmos deveres e obrigaes previstos na legislao em vigor na
Repblica de Moambique, tal como os nacionais. Tambm citado na
presente Lei, no artigo 5, que suas disposies da mesma restringem aseventuais garantias, vantagens e obrigaes contempladas em acordos ou
tratados internacionais de que o pas seja signatrio.
As realizaes dos investimentos em Moambique, de acordo com o artigo
7, so para a implantao, reabilitao, expanso ou modernizao de
infra-estruturas econmicas destinadas explorao de atividade
produtiva ou prestao de servios indispensveis para o apoio da
produo e do fomento do desenvolvimento de Moambique, para a
criao de empregos de trabalhadores nacionais, para a reduo da
substituio de importaes e para a melhoria do abastecimento do
mercado interno e da satisfao das necessidades prioritrias da
populao moambicana.
As reas para investimentos de livre iniciativa privada, de acordo com o
artigo 11, so constitudas de todas as atividades econmicas que no
estejam expressamente reservadas propriedade ou explorao do
Estado ou iniciativa de investimento do setor pblico. importante citar
que o Estado Moambicano, no artigo 13 da mesma lei, garante a
segurana e a proteo jurdica da propriedade sobre os bens e direitos,
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incluindo os direitos da propriedade industrial, compreendidos no mbito
dos investimentos autorizados e realizados conforme esta Lei e sua
respectiva regulamentao. No mesmo artigo citado, que em casos
excepcionais de interesse nacional, sade e ordem pblica, a
nacionalizao ou expropriao de bens e direitos que constituam
investimento autorizado e realizado nos termos desta Lei ser objeto de
indenizao justa e equitativa.
O Estado Moambicano garante, no artigo 16, a concesso dos incentivosfiscais e aduaneiros, a serem definidos no Cdigo dos Benefcios Fiscais,
para Investimentos no pas, realizados em conformidade com a presente
Lei e sua regulamentao, tendo o direito a tal concesso irrevogvel
durante a vigncia do respectivo prazo que for previsto no Cdigo, desde
que no se alterem os condicionantes que tiverem fundamento com a
presente Lei e sua regulamentao. Outro incentivo dado pelo Governo deMoambique para as empresas que tenham participao de investimento
direto estrangeiro o direito de se beneficiarem de acesso ao crdito
interno, de acordo com artigo 18 da Lei, nos mesmos termos e condies
aplicveis s empresas moambicanas.
A partir da Lei de Investimentos, o Governo de Moambique logrou
estabelecer diversos regimes especiais, que levaram a existncia de um
sistema de benefcios fiscais. O Cdigo de Benefcios Fiscais, formalizado
em 1993, objetiva, assim, concentrar todas essas medidas.
Com o objetivo de orientar e regulamentar um quadro jurdico compatvel
com o nvel tecnolgico desejvel no pas, em 1999, foi criado, por meio
do decreto N62/99 o Regulamento de Zonas Francas Industriais. Sua
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ltima alterao deu-se no ano de 2002, atravs do Decreto n 16/2002,
de 27 de Junho.
O Regulamento, de acordo com seu artigo 2, aplica-se aos
empreendimentos realizados por pessoas singulares ou coletivas, pblicas
ou privadas, que tenham como objetivo a criao, desenvolvimento e/ou
administrao de Zonas Francas Industriais (ZFI).
A criao das Zonas Francas Industriais condicionada existncia de pelo
menos 500 postos de emprego permanentes, para trabalhadores de
nacionalidade moambicana, em toda ZFI, devendo ter, no entanto em
cada empresa nela existente, o nmero mnimo de 20 trabalhadores.
Entretanto, o artigo 5 afirma que para as empresas que quiserem
funcionar em regime ZFI e beneficiar-se dos incentivos fiscais previstos na
Lei n 3/93, de 24 de Junho, faz-se necessria a existncia de pelo menos
250 postos de emprego permanentes, para trabalhadores moambicanos
em cada unidade ou empresa.
O processamento nas ZFIs de bebidas alcolicas, tabaco e seus derivados,
apenas ser autorizado, de acordo com o artigo 6, nos casos em que seja
incorporado ao produto final, pelo menos, 50% de matria prima de
origem nacional. No caso de ouro, prata, pedras preciosas e peles, armas,
munies, artigos de pirotecnia e explosivos, apenas ser autorizado oprocessamento nas ZFIs com a incorporao, no produto final, de pelo
menos 25% de matria prima de origem nacional.
So autorizadas nas ZFIs, de acordo com o artigo 7, todas as atividades de
natureza industriais destinadas exportao, atendendo
fundamentalmente ao impacto macro e micro econmico resultante do
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empreendimento, e desde que pelo menos 85% do volume da sua
produo anual seja destinado exportao.
Excluem-se, porm, as atividades de pesquisa e extrao dos recursos
naturais, processamento da castanha de caju em bruto e pescado
nacionais, incluindo o camaro, bem como aquelas atividades que, de
conformidade com a legislao vigente, esto reservadas ao Estado, com
ou sem a participao do setor privado.
O captulo IV do regulamento em questo trata dos regime fiscal e
aduaneiro das ZFIs, a saber: iseno de impostos indiretos (artigo 38)
iseno de direitos aduaneiros na importao de materiais de construo,
bens de capital e outros bens destinados atividade nelas licenciada. Tal
iseno extensiva ao Imposto sobre Valor Acrescentado e ao Imposto
sobre Consumos Especficos. O artigo 39 trata da reduo em 60% da taxa
de imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas, por um perodo de
10 anos.
O captulo V trata do Regime Cambial Especial para as ZFIs,
especificamente contas em moedas estrangeiras (artigo 30), importao
de capitais (artigo 31), transferncias para o exterior (artigo 31) e
financiamentos (artigo 33).
6.2 Investimento e Presena de Empresas Brasileiras
De acordo com o Banco Central do Brasil, o pas realizou investimento
direto em Moambique no valor de um milho de dlares no ano de 2006.
A Vale est em Moambique desde novembro de 2004, quando venceu a
concorrncia internacional para realizar estudo de viabilidade para
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explorao de carvo em Moatize. O projeto saiu do papel e vai consumir,
no total, US$ 1,5 bilho, tem a participao da construtora Odebrecht.
A Camargo Corra Cimentos prepara-se para investir, at 2010, US$ 270
milhes em Angola e Moambique para atender o mercado interno
daqueles pases. A frica j uma das nossas frentes de expanso, no
setor de construo, e Angola e Moambique so mercados com potencial
excepcional, com grande carncia de produo e consumo crescente.
Com a Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (ENH), estatal de
Moambique, a Petrobras firmou, em 2006, memorando de entendimento
para explorao de petrleo e gs natural em Moambique em terra e no
mar.
O acordo tambm trata da pesquisa e produo de biocombustveis. O
pas tem interesse em desenvolver a produo de biodiesel a partir da jatropha, uma oleaginosa abundante na vegetao local, alm da
produo de lcool de cana-de-acar. A empresa participa de um bloco
de explorao em Moambique com outra operadora da Malsia, na foz
do rio Zambezi, visando produo de hidrocarbonetos.
Entrar nos mercados de Moambique o primeiro passo na estratgia de
internacionalizao da SupportComm, provedora de servios para
telefonia mvel. Segundo Alberto Leite, presidente da empresa, a
empreitada facilitada pelo fato de no existirem competidores
consolidados no mercado africano.
O incio das operaes, planejado para 2009, tem investimento previsto
de aproximadamente US$ 4 milhes, feito pela prpria empresa em
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parceria com um fundo de investimento africano. A expectativa de que a
investida comece a dar retorno em 2010. Podamos fazer uma operao
maior, mas no queremos nos expor tanto ao risco", diz Leite. Talvez no
ano que vem faamos uma rodada de investimento mais forte.
A Totvs, do setor de software, comeou a atuar no continente Africano h
dois anos por intermdio de parceiros portugueses. Desde ento, nossa
base de clientes em Angola e Moambique no parou de crescer, diz
Flvio Balestrin, diretor de operaes internacionais da companhia. Apreviso de que as relaes sero intensificadas em 2009, com a
abertura de uma franquia em Angola.
A empresa Camargo Corra encaminhou proposta ao MRE/DPR e ao MDIC
um Memorando de Entendimento entre Brasil e Moambique, com a
finalidade de estabelecer linhas de financiamento do Governo brasileiro
ao Governo moambicano, para exportao de servios nacionais,
lastreadas em garantias por intermdio do fluxo financeiro dos royalties a
serem gerados e recolhidos pelos investimentos derivados de iniciativas
brasileiras em Moambique. Os depsitos seriam realizados em conta do
Banco do Brasil no exterior e utilizados para liquidar os pagamentos das
parcelas dos financiamentos concedidos pelo Brasil (BNDES/PROEX).
Os valores que excedessem os compromissos com o BNDES/PROEX seriam
automaticamente repassados para a livre disponibilidade do Governo
Moambicano. O principal objetivo do Memorando seria o de incentivar as
exportaes de servios brasileiros quele pas africano.
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7. Atuao da ABDI
7.1 Histrico
As iniciativas de cooperao industrial entre os Governos brasileiro e
moambicano tiveram incio h pouco mais de um ano, com a primeira
visita oficial do Presidente Lula a Moambique.
O primeiro grande marco dessa cooperao resultou de entendimentos
realizados durante tal visita Presidencial. Em 05 de novembro de 2008 foi
assinado, em Braslia, o Memorando de Entendimento entre o Ministrio
do Desenvolvimento, Indstria e Comrcio Exterior do Brasil e o Ministrio
da Indstria e Comrcio de Moambique para criao do Grupo de
Trabalho com vistas a promover a Cooperao Tcnica e o Comrcio
Bilateral.
O referido Memorando de Entendimento dever buscar o fortalecimento
das relaes econmico-comerciais entre os dois pases, por meio de
reunies sucessivas e misses tcnicas que definiro reas prioritrias,
entre elas estrutura de financiamento e cooperao industrial.
Desde ento, Delegao moambicana visitou a ABDI, em junho de 2009 e
duas misses empresariais brasileiras a Moambique j foram realizadas,
em outubro e em novembro de 2009. Em tais ocasies, foram definidas
reas prioritrias para cooperao industrial e, consequentemente, de
interesse das empresas moambicanas para parcerias com empresas
brasileiras.
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7.2 Prximas Atividades
Na ocasio da misso empresarial ao Sul da frica, acordaram-se com as
autoridades moambicanas as seguintes iniciativas:
- Negociao e aprovao de Plano de Trabalho 2010, para a
implementao de iniciativas conjuntas de cooperao industrial entre os
dois pases nos setores indicados pelo Governo moambicano como
prioritrios para o desenvolvimento do pas;
O referido Plano de Trabalho dever conter indicao detalhada dos
setores de interesse Governo e dos empreendedores moambicanos,
previso de iniciativas como workshops empresariais e rodadas de
negcios, assim como cronograma de atividades.
- Encaminhamento ao Brasil, pelo Diretor da Indstria de Moambique, de
proposta de estgio no pas reestruturada, compreendendo visitas e
contatos com vistas ao apoio para a elaborao, a organizao e a
implantao de poltica industrial em Moambique, semelhante PDP.
- Realizao de reunio, no primeiro trimestre de 2010, entre a ABDI e
empresrios brasileiros interessados em atuar ou que j atuem em
Moambique, para identificao de oportunidades, desafios e estratgias
para a realizao de negcios naquele pas.
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7.3 Contatos na ABDI
Gerncia Internacional
Larissa de Freitas QuerinoTel.: 55-61-3962-8616 / [email protected] / [email protected]
mailto:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected] -
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8. Fontes Utilizadas
Embaixada do Brasil em Maputo. Resumo Executivo, 2009.
Centro de Promoo de Investimentos. Legislao sobre Investimentos em
Moambique.
Centro de Promoo de Investimentos. Disponvel em: www.cpi.co.mz