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    CADERNO TCNICO PARA EMPREENDIMENTOS

    INDUSTRIAIS EM MOAMBIQUE

    AGNCIA BRASILEIRA DE DESENVOLVIMENTO

    INDUSTRIAL

    Novembro de 2009

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    NDICE

    Captulo: Pg.:

    1. Apresentao 32. Cooperao Industrial 5

    2.1 A lgica da Cooperao Industrial 52.2 Cooperao Industrial modalidades de atuao

    da ABDI 52.3 Fases de um projeto de cooperao industrial 7

    3. Oportunidades para Empreendimentos Industriais 104. rgos do Governo de Moambique vinculados Indstria 115. Economia 12

    5.1 Sntese da Economia 125.2 Setores industriais em destaque 16

    6. Investimento no pas 20

    6.1 Base jurdica 206.2 Investimento e Presena de Empresas Brasileiras 247. Atuao da ABDI 27

    7.1 Histrico 277.2 Prximas Atividades 287.3 Contatos na ABDI 29

    8. Fontes Utilizadas 30

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    1.Apresentao

    O presente Caderno Tcnico foi elaborado com o propsito de dar

    visibilidade a oportunidades e prover informaes sobre

    empreendimentos industriais em Moambique. A inteno consiste em

    informar empresas e empreendedores brasileiros sobre tais

    oportunidades, as condies de investimento e a economia daquele Pas,

    a dinmica de trabalho seguida pela ABDI e os contatos relevantes para o

    desenvolvimento de tais empreendimentos.

    Seu contedo reflete o estgio atual dos trabalhos desenvolvidos pela

    ABDI junto ao Governo de Moambique. Ao longo de 2010, na medida em

    que evolurem os trabalhos, novas verses sero elaboradas e

    disponibilizadas para os interessados.

    A Agncia Brasileira de Desenvolvimento Industrial ABDI, entidade

    vinculada ao Ministrio do Desenvolvimento, Indstria e Comrcio

    Exterior MDIC, atua como promotora e uma das entidades gestoras da

    Poltica de Desenvolvimento Produtivo PDP e tem como uma de suas

    misses a promoo da Cooperao Industrial com a Amrica Latina e oCaribe, um dos destaques estratgicos da PDP. Seguindo as orientaes da

    poltica industrial brasileira, a Agncia articula com os rgos pblicos e a

    iniciativa privada nacional de modo a (i) melhorar o aproveitamento das

    oportunidades econmicas (com maior atrao de investimentos e

    ampliao da participao de produtos de maior valor agregado no

    comrcio regional), (ii) a reduzir as assimetrias intra-regionais e (iii) a

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    fomentar a internacionalizao de empresas brasileiras. Essas aes

    resultam na construo de uma agenda regional positiva e na articulao

    das estruturas produtivas da regio.

    No que diz respeito a Moambique, a Agncia Brasileira de

    Desenvolvimento Industrial - ABDI tem dado especial ateno s

    possibilidades de parcerias e joint-ventures entre empresas

    moambicanas e brasileiras, no sentido de apoiar a internacionalizao

    de empresas brasileiras, a busca de novos mercados e o apoio aointercmbio tecnolgico entre os dois pases.

    Do ponto de vista poltico-econmico, as autoridades moambicanas tem

    todo interesse em apoiar e induzir parcerias empresariais que produzam

    efeitos positivos na balana comercial de seu pas, no que se refere ao

    aumento de exportaes e reduo de importaes, considerando-as

    prioritrias.

    Encontra-se em negociao entre os dois Governos a liberao de

    emprstimo do Brasil a Moambique da ordem de US$ 300 milhes, para

    a construo do Aeroporto de Nacala e do Porto da Beira. O funding da

    operao ser feito pelo BNDES, contar com garantia de 100% do Fundo

    de Garantia Exportao e com o apoio do PROEX Equalizao.

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    2.Cooperao Industrial

    2.1. A lgica da Cooperao IndustrialGrosso modo, a cooperao industrial parte da identificao de agendas e

    interesses comuns entre os setores industriais e os governos do Brasil e

    das naes com as quais se estabelecem as iniciativas de cooperao.

    Trata-se de iniciativa de cunho bilateral; ou seja, a cooperao se

    estabelece, em cada caso, entre o Brasil e uma nao parceira.

    A cooperao industrial guiada pela idia de que o desenvolvimento

    brasileiro pode e deve se dar de forma articulada com outros pases em

    desenvolvimento, especialmente aqueles da Regio e da frica. Os

    projetos de cooperao industrial combinam o apoio ao desenvolvimento

    industrial dos pases parceiros com a gerao de oportunidades de

    negcios para a indstria brasileira incluindo-se a indstria de servios.

    Concretamente, os projetos de cooperao industrial objetivam identificar

    e apoiar a implantao de projetos industriais e/ou tecnolgicos que

    possam produzir ganhos econmicos para ambos os pases.

    2.2. Cooperao Industrial modalidades de atuao da ABDIOs projetos de cooperao industrial conduzidos pela ABDI combinam

    quatro modalidades de atuao, a saber:

    i. Consultoria tcnica;

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    ii. Promoo do investimento externo direto;iii. Articulao empresarial;iv. Articulao institucional.

    i. Consultoria tcnica: modalidade na qual h apoio tcnico brasileiro para

    a elaborao de projetos e o desenvolvimento de competncias

    relacionadas indstria e tecnologia. Existem dois casos gerais relativos

    consultoria tcnica: (i) execuo do pr-projeto de unidades industriais e

    (ii) outras formas de apoio treinamento de pessoal, elaborao de

    outros projetos e pr-projetos, doao/financiamento de instalaes e

    equipamentos etc. A ABDI executa diretamente consultoria tcnica para o

    pr-projeto de unidades industriais (includas unidades de servios e

    tecnolgicas) em outros pases, quando obtido compromisso que o

    projeto detalhado e a implantao dessas ocorrer com o fornecimento

    de bens/servios brasileiros e/ou a participao de empresas brasileiras.

    Em todas as outras situaes, a ABDI procurar viabilizar a consultoria

    tcnica junto a outros rgos.

    ii. Promoo do investimento externo direto: modalidade pela qual se

    identificam, analisam e discutem oportunidades e condies para oinvestimento externo direto brasileiro nos pases com os quais ocorre a

    cooperao. A ABDI coleta, sistematiza, analisa e distribui ao setor privado

    brasileiro informaes sobre possveis projetos e condies de

    investimento, identificando interlocutores e facilitando as conversaes

    com parceiros pblicos e privados em outros pases.

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    iii. Articulao empresarial: modalidade pela a qual a ABDI trabalha junto

    a empresas brasileiras para identificar interesses relativos a

    investimentos, associaes, acordos tecnolgicos, suprimentos etc., de

    forma a definir pauta de trabalho com pases e temas/projetos de

    interesse brasileiro a serem includos na cooperao.

    iv. Articulao institucional

    2.3. Fases de um projeto de cooperao industrial

    : modalidade na qual a ABDI identifica

    possibilidades e articula a atuao de rgos pblicos brasileiros no apoio

    implantao de projetos industriais e/ou relativos ao desenvolvimentoindustrial em outros pases.

    A ABDI aloca recursos para realizao das atividades de cada modalidade

    de atuao. No caso da consultoria tcnica, contrata a elaborao de pr-

    projetos industriais com instituio tecnolgica brasileira. Para os demais,

    os recursos alocados servem, basicamente, para cobrir as despesas

    (materiais, viagens, eventos etc.) relativas articulao com os governos

    dos pases parceiros e os rgos e empresas brasileiras. A ABDI no aplica

    recursos para a execuo de atividades de consultoria tcnica que vo

    alm da elaborao dos pr-projetos industriais.

    A cooperao industrial somente pode ocorrer na zona de interseo

    entre os interesses econmicos de atores pblicos e privados de ambos os

    pases cooperantes. Deste, modo, o incio de qualquer projeto/iniciativa

    de cooperao passa pela identificao de temas/projetos para

    cooperao com interesse bilateral.

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    De modo geral, os projetos de cooperao tcnica passam pelas seguintes

    etapas:

    1) Preparao: inclui a realizao de misses ao pas com o qual seestabelece a cooperao, a identificao e validao (inclusive junto ao

    setor privado brasileiro) de temas/setores/projetos de interesse e, ento,

    a definio da pauta da cooperao;

    2) Execuo da cooperao: inclui a elaborao e implantao deprojetos industriais, de desenvolvimento industrial, tecnolgicos e afins,

    com a participao de organizaes brasileiras e do pas cooperante;

    3) Acompanhamento: inclui o acompanhamento posterior, a gesto derelaes e a continua identificao/comunicao de oportunidades de

    investimentos e execuo de projetos.

    Particular ateno deve ser conferida s situaes nas quais a ABDI

    executa consultoria tcnica para a execuo do pr-projeto de unidades

    industriais. Para esses casos, a etapa 3 anterior est estruturada nas

    seguintes trs fases:

    o A ABDI financia a elaborao dos pr-projetos industriais,executados por instituio tcnica licitada pela Agncia.

    Fase I Pr-projeto das unidades industriais

    o Resultam desta fase os cadernos tcnicos para empreendimentosindustriais. Cada caderno especifica as quantidades e as caractersticas

    (tipos de equipamentos, perfis profissionais etc.) dos recursos (mquinas,

    RHs, instalaes fsicas, capital) necessrios implantao de uma

    unidade industrial.

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    o As informaes sobre mercado e tipos de itens a serem produzidosdevem ser fornecidas pelo pas com o qual ocorre a cooperao.

    o A elaborao dos cadernos tcnicos realizada com a participaode profissionais do pas cooperante, no Brasil, caracterizando treinamento

    experiencial (on-the-job) dos mesmos.

    o O pas cooperante financia a execuo desta fase, contratada juntoa empresas de engenharia brasileiras.

    Fase II Projeto detalhado das unidades industriais

    o Resultam desta fase os desenhos tcnicos e demais especificaesfinas de equipamentos, instalaes, recursos humanos etc. necessrios

    construo da unidade industrial, fabricao e montagem de seus

    equipamentos, treinamento dos funcionrios, posta em marcha da fbrica

    etc.

    o O pas cooperante financia a execuo desta fase, contratada juntoa empresas de engenharia e fornecedores de bens de capital brasileiros.

    Fase III Implantao das unidades industriais

    o Resultam desta fase as unidades industriais em funcionamento nopas cooperante.

    o A ABDI articula o suporte de instituies brasileiras para aimplantao dos projetos, com a transferncia de tecnologia de gesto,

    desenvolvimento de fornecedores, treinamento de RHs etc.

    Cabe destacar que os principais parceiros da ABDI para realizao das

    iniciativas de cooperao industrial so: MDIC, MRE, BNDES, SEBRAI,

    SENAI e MCT.

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    3.Oportunidades para empreendimentosindustriais

    O Governo de Moambique indicou os seguintes setores como

    oportunidades para empreendimentos industriais, em parceria com

    empresas brasileiras:

    - txtil;

    - metal-mecnico;

    - agroindstria alimentar;

    - qumico;

    - embalagens.

    Tais setores possuem unidades fabris pouco desenvolvidas e de baixa

    produtividade e h o interesse de empresas privadas de Moambique em

    realizar parcerias com empresas brasileiras para o desenvolvimento

    produtivos desses setores e a transferncia de tecnologia.

    Cabe destacar, ainda, o interesse do Governo moambicano nas referidas

    parcerias entre empresas brasileiras e moambicanas, em especial para

    instalao nas Zonas Francas Industriais, com vistas a aumentar o volume

    de exportaes de Moambique, aproveitando os acordos tarifrios de

    Moambique com a Unio Europia e os Estados Unidos.

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    4.rgos do Governo de Moambique vinculados Indstria

    Os rgos envolvidos com os temas de indstria, comrcio exterior,

    investimentos, assim como nas iniciativas e oportunidades aqui indicadas

    so:

    Ministrio da Indstria e ComrcioAntnio FernandoEndereo: Praa 25 de Junho 300, MaputoCaixa postal: C.P. 1831, MaputoTelefone: 258-21-352600Stio web: http://www.mic.gov.mz

    Centro de Promoo de InvestimentosEndereo: Rua da Imprensa 332 R/C, MaputoTelefone: 258-21-313310Fax:258-21-313325Stio web: www.cpi.co.mz

    Ministrio do Planejamento e DesenvolvimentoAiuba CuereneiaEndereo: Av. Ahmed Sekou Tour, 21, Maputo

    Telefone: 258-21-490006/7Stio web: www.mpd.gov.mz

    Ministrio na Presidncia para os Assuntos DiplomticosFrancisco MadeiraEndereo: Av. Julius Nyerere 1780, MaputoTelefone: 258-21-491121Fax: 258-21-492065

    http://www.mic.gov.mz/http://www.mpd.gov.mz/http://www.mpd.gov.mz/http://www.mic.gov.mz/
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    5. Economia

    5.1. Sntese da economia

    Moambique emergiu de dcadas de luta e tornou-se uma das economias

    de desempenho dinmico na frica, a partir da dcada de 90. Vantagens

    estratgicas de Moambique - posio geogrfica no continente africano,

    capacidade agrcola, diversidade de produo, estabilidade poltica,

    populao relativamente educada foram alavancadas na busca da

    recuperao do pas. Nos ltimos dez anos, a economia moambicana

    cresceu a taxas de mais de 8 % ao ano. Entre 97 e 2003, trs milhes de

    moambicanos foram retirados da pobreza extrema, sobretudo em zonas

    rurais. A mortalidade infantil vem decrescendo e o nmero de matrculas

    escolares tem aumentado.

    As principais entidades especializadas em avaliaes da economia

    moambicana (Banco Mundial, Fundo Monetrio Internacional FMI e

    Organizao Mundial do Comrcio - OMC) convergem no diagnstico de

    que, apesar da crise financeira, Moambique rene condies para

    continuar a crescer.

    A crise no atingiu a economia moambicana diretamente seus efeitos

    foram sentidos indiretamente, por fora da desacelerao nas

    importaes de pescado e de outros insumos destinados a setores

    econmicos europeus mais atingidos pela recesso, como o turstico

    (hoteleiro e de restaurao). Destaca-se tambm o fato de que os preos

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    do alumnio e da energia no se sustentaram ao longo da crise e no

    mantiveram os mesmo nveis da fase de bolha, logo antes do

    desaquecimento.

    O crescimento do PIB real dever cair para cerca de 4.8%, em 2009, e 5.2%

    em 2010, tendo alcanado 7% em 2007 e 6.5% em 2008), segundo

    estimativas do Economist Intelligence Unit- EIU, acompanhadas pelo FMI,

    OMC e estudos dos bancos moambicanos.

    A partir de 2008, verificam-se presses inflacionrias resultantes de

    aumentos no petrleo e no setor de alimentos. Essas presses tendem a

    ser corrigidas em 2009, quando se prev arrefecimento dos preos ao

    consumidor (inflao mdia de 10,3% em 2008 e previso de 6,1% em

    2009).

    O dficit pblico deve aumentar em 2009, em decorrncia, entre outrosfatores, dos subsdios aos combustveis e de moderao no mpeto da

    ajuda internacional. No obstante, continua a haver aumento da

    arrecadao, inferior, porm, ao aumento de despesas em ano eleitoral. O

    dficit deve passar de 5,3% do PIB, em 2008, para cerca de 7,7%, em 2009,

    - a serem financiados com emprstimos externos concessionais.

    Embora persistam fortes desequilbrios regionais o sul continua

    dependente de importaes agrcolas do norte ou de pases vizinhos

    Moambique tem hoje melhores condies de responder s catstrofes

    que periodicamente assolam a sub-regio.

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    O pas dispe de economia relativamente diversificada. Servios e

    Indstria (processamento de minrios) correspondem, juntos, a quase

    50% do PIB.

    A agricultura responde por apenas 22% do PIB, mas cerca de 70% da

    populao moambicana est envolvida com o setor. Os setores mais

    dinmicos da agricultura moambicana esto relacionados s culturas de

    exportao - como castanha de caju, tabaco, cana-de-acar e algodo - e

    se beneficiam de investimentos estrangeiros. A pesca tambm constituiatividade de relevo.

    O setor canavieiro tem crescido significativamente, desde a privatizao

    das empresas estatais, compradas por grupos da frica do Sul e das Ilhas

    Maurcio. A produo de biocombustveis, que contabiliza investimentos

    vultosos, constitui uma das grandes apostas do pas, em razo da posio

    geogrfica prxima aos principais mercados da sia e, sobretudo, da

    frica do Sul, que ora atravessa grave crise energtica.

    O crescimento nos setores de minerao e energia tambm significativo,

    embora a explorao seja recente. O pas dispe de um dos mais elevados

    potenciais de produo de hidroeletricidade da frica (12.500 MW), para

    um consumo interno que atinge meros 450 MW, dos quais 50% destinam-se produo de alumnio pea MOZAL. A frica do Sul a principal

    compradora do excedente.

    As principais vulnerabilidades econmicas de Moambique decorrem de

    possvel continuao do desaquecimento econmico na frica do Sul;

    fraqueza do Metical diante do Rand sul-africano; excessiva concentrao

    da economia na produo de produtos primrios; e, hiptese que parece

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    cada vez menos provvel, agravamento da situao poltica em pases

    vizinhos, particularmente o Zimbbue.

    Em sua avaliao de meados de 2009, o FMI considerou que, em seu todo,

    o Governo de Moambique procurou, com xito, seguir uma poltica

    macroeconmica prudente e responder de forma gil aos desafios

    externos, de forma que manteve receitas e despesas dentro do planejado

    e evitou gastos imprevistos por motivos eleitorais. Nessas condies, o

    FMI decidiu estender ajuda financeira para aliviar o impacto dodesaquecimento econmico global.

    A balana comercial moambicana tradicionalmente deficitria. Em

    2008, o dficit comercial cresceu em 50% e relao a 2007, em

    decorrncia, sobretudo, do aumento de exportaes (mais de 7%), que

    no foi acompanhado de igual aumento das exportaes (cerca de 2%).

    A situao de dficit crnico da balana comercial moambicana tem

    implicaes, naturalmente, para o relacionamento com o Brasil assim

    como para com os demais parceiros bilaterais. As possibilidades de

    crescimento do intercmbio so necessariamente limitadas, dadas as

    dificuldades de financiamento do dficit moambicano. necessrio que a

    economia de Moambique adquira meios de sustentar o crescimento dasexportaes da produo como um todo de modo que se possa

    contemplar um cenrio de maior equilbrio nas transaes bilaterais.

    Trata-se, em suma, do desafio de ajudar Moambique a superar os

    gargalos econmicos e desencadear processo de desenvolvimento

    sustentvel.

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    Embora basicamente liberalizado, o mercado cambial moambicano tem

    reduzido grau de integrao economia externa. Essa situao, de um

    lado, contribui para isolar o Metical de flutuaes cambiais externas. De

    outro lado, corresponde fragilidade do Metical frente a moedas fortes,

    mais integradas e de alta conversibilidade. O Banco de Moambique vem

    seguindo poltica de preservar a estabilidade da moeda e procurar resistir

    a flutuaes importadas.

    5.2 Setores industriais em destaque

    Ao longo dos ltimos cinco anos surgiram em Moambique 130 novas

    indstrias, das quais sete so de grande dimenso, 11 mdias e 112

    pequenas. Essas novas indstrias esto localizadas ao longo dos

    corredores de desenvolvimento do pas e operam nos setores de

    agroindstria, mobilirio, metal-mecnica e cereais e representam

    investimento de mais de US$ 70 milhes.

    O surgimento de novas indstrias resultado de medidas adoptadas pelo

    Governo, no sentido de promover o desenvolvimento da indstria no pas,

    sobretudo nas reas em que Moambique tem vantagens competitivas.

    No sentido de desenvolver a indstria em Moambique, o Governo

    reformulou a Poltica e Estratgia Industrial aprovada em Julho de 2007 e

    a Estratgia de Desenvolvimento do setor Txtil de Confeces, de 2008.

    Por outro lado, o Governo tambm elaborou instrumentos para a

    revitalizao de empresas, como a elaborao da estratgia para o

    desenvolvimento do setor metal-mecnico.

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    O documento da Poltica e Estratgia Industrial define como prioridades o

    desenvolvimento do sub-setor de mquinas e implementos agrcolas, de

    manuteno industrial para o fornecimento de servios s medias e

    grandes empresas e de mobilirio metlico, de modo a resgatar a

    produo nacional de mobilirio de hospitais, escolas, escritrios de

    servios pblicos e privados.

    Costumam-se indicar como principais setores para investimentos

    estrangeiros as reas onde a atividade econmica mais voltada para aexportao de Moambique. Dessa maneira, deve-se considerar que os

    investimentos contribuem com a entrada de divisas e que as divisas

    geradas pelo setor exportador contribuem para equilibrar as contas

    externas e financiar a importao de bens de capital e de investimento.

    Ademais, o Governo divulga oportunidades de negcios e investimentos

    nos grandes setores exportadores do pas, a saber:

    - pesca;

    - minerao/energia (gs, carvo, alumnio, natural e eletricidade de fonte

    hidreltrica);

    - petrleo.

    O Governo moambicano tenciona ainda desenvolver culturas, com vistas

    produo de energia e produzir biocombustveis a partir de cana-de-

    acar, jatropha - oleaginosa abundante na vegetao local - e outros

    cultivos.

    O setor do Turismo tem sido promovido como de especial interesse para o

    investidor estrangeiro e grupos sul-africanos tm investido na construo

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    de resorts. Alm do potencial natural do pas, dadas suas caractersticas

    fsicas, seu longo litoral praticamente inexplorado possui diversos

    atrativos e situa-se na imediata rea de expanso do setor turstico da

    costa do ndico, a partir do Qunia.

    Anlises realizadas por organismos econmicos multilaterais convergem

    no diagnstico de que as limitaes no suprimento de recursos e insumos

    bsicos (supply-side constraints) constituem o principal gargalo a ser

    superado e desafio para o desenvolvimento econmico e social deMoambique.

    Ademais, h a necessidade premente de ampliar os servios de

    transporte, comunicaes e o acesso a fontes de energia.

    No plano do capital humano, a populao carece de acesso educao,

    profissionalizao de nvel tcnico, gua tratada e aos servios mdicos,sobretudo no tratamento da malria, da tuberculose e do flagelo do

    HIV/AIDS.

    Os planos de desenvolvimento do Governo possuem as seguintes metas

    prioritrias:

    i. ampliao do ensino de base, capacitao tcnica em reas crticas(com apoio de parceiros estrangeiros);

    ii. eletrificao do pas: espinha dorsal, na direo norte-sul, ligandoa regio produtora da provncia de Tete - hidreltrica de Cahora Bassa e

    projeto de hidreltrica de Mpanda Nkuwa maior regio

    consumidora do pas, ao sul Maputo com subestaes

    intermedirias para disseminar a eletrificao;

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    iii. reforma das vias de transporte ferrovirio e rodovirio, porturia ede transporte intermodal, de forma articulada com as necessidades de

    energia, de produo, transmisso/distribuio e exportao:

    (a) Corredor de Sena: a conexo ferroviria e rodoviria entre a regio de

    produo de carvo, em Moatize, aguarda licena para iniciar projeto na

    regio) e o porto & terminal de carvo da Beira; escoamento de acar da

    Companhia de Sena, em Marromeu; transporte de calcrio de Muanza,

    para a Cimento de Moambique, em Dondo; escoamento da madeira deCheringoma e produtos agrcolas e locais do vale do rio Zambeze; projeto

    de desenvolvimento da savana moambicana (ProSAVANA-JBM), que

    pretende replicar o PRODECER ao longo da Linha de Sena, em parceria

    Brasil-Japo-Moambique;

    (b) Corredor de Nacala: a conexo ferroviria entre a regio de Moatize e

    o porto de guas profundas de Nacala aumentar o escoamento da

    produo carbonfera de Moatize e contribuir para o projeto de

    integrao fsica regional da Comunidade da frica Meridional para o

    Desenvolvimento (SADC), conectando as malhas ferrovirias do Malaui, da

    Zmbia e do Zimbbue;

    Juntamente com o Corredor de Maputo (porto de Maputo frica do

    Sul e centro-sul de Moambique), os corredores do Sena e de Nacala so a

    principal fonte de divisas do pas. A destruio dessa malha de transportes

    durante a guerra desarticulou tambm, de forma quase total, os fluxos da

    produo agrcola que atendiam s necessidades alimentares da

    populao, feitos por aquelas artrias de comunicao.

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    6. Investimento no pas6.1 Base jurdica

    As profundas transformaes que se tm operado em Moambique

    fizeram com que o pas se tornasse receptor de investimentos

    estrangeiros. Isso foi resultado do processo de implementao das

    medidas do Programa de Reabilitao Econmica e da entrada em vigor

    da nova Constituio da Repblica Moambicana, associadas a uma

    estratgia de adotar uma poltica econmica mais aberta e que privilegie

    uma maior participao, complementaridade e igualdade de tratamento

    dos investimentos nacionais e estrangeiros.

    Nesse sentido o Estado Moambicano, pela necessidade de adoo de um

    quadro legal orientador dos processos de empreendimentos que

    envolvam investimentos nacionais e estrangeiros, criou uma base jurdica

    voltada para a promoo comercial, com o objetivo de regularizar e atrair

    investimentos para o pas. Tendo como prioridade o progresso e o bem

    estar social de Moambique, foi criado em 1993, por meio do Decreto n

    3/93, de 24 de junho, a Lei de Investimentos.

    A Lei de Investimentos de Moambique aplica-se a investimentos de

    natureza econmica que se realizem em territrio moambicano e

    pretendam beneficiar-se das garantias e incentivos nela consagrados. Do

    mesmo modo a Lei beneficia os investimentos feitos nas zonas francas

    industriais e zonas econmicas especiais, independentemente da

    nacionalidade e natureza dos respectivos investidores. Entretanto, esta Lei

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    no se aplica aos investimentos realizados ou que sero realizados nas

    reas de prospeco, pesquisa e produo de petrleo, gs e indstria

    extrativa de recursos minerais.

    Vale ressaltar que, conforme o artigo 4, os investidores, empregadores e

    trabalhadores estrangeiros tero os mesmos direitos e estaro sujeitos

    aos mesmos deveres e obrigaes previstos na legislao em vigor na

    Repblica de Moambique, tal como os nacionais. Tambm citado na

    presente Lei, no artigo 5, que suas disposies da mesma restringem aseventuais garantias, vantagens e obrigaes contempladas em acordos ou

    tratados internacionais de que o pas seja signatrio.

    As realizaes dos investimentos em Moambique, de acordo com o artigo

    7, so para a implantao, reabilitao, expanso ou modernizao de

    infra-estruturas econmicas destinadas explorao de atividade

    produtiva ou prestao de servios indispensveis para o apoio da

    produo e do fomento do desenvolvimento de Moambique, para a

    criao de empregos de trabalhadores nacionais, para a reduo da

    substituio de importaes e para a melhoria do abastecimento do

    mercado interno e da satisfao das necessidades prioritrias da

    populao moambicana.

    As reas para investimentos de livre iniciativa privada, de acordo com o

    artigo 11, so constitudas de todas as atividades econmicas que no

    estejam expressamente reservadas propriedade ou explorao do

    Estado ou iniciativa de investimento do setor pblico. importante citar

    que o Estado Moambicano, no artigo 13 da mesma lei, garante a

    segurana e a proteo jurdica da propriedade sobre os bens e direitos,

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    incluindo os direitos da propriedade industrial, compreendidos no mbito

    dos investimentos autorizados e realizados conforme esta Lei e sua

    respectiva regulamentao. No mesmo artigo citado, que em casos

    excepcionais de interesse nacional, sade e ordem pblica, a

    nacionalizao ou expropriao de bens e direitos que constituam

    investimento autorizado e realizado nos termos desta Lei ser objeto de

    indenizao justa e equitativa.

    O Estado Moambicano garante, no artigo 16, a concesso dos incentivosfiscais e aduaneiros, a serem definidos no Cdigo dos Benefcios Fiscais,

    para Investimentos no pas, realizados em conformidade com a presente

    Lei e sua regulamentao, tendo o direito a tal concesso irrevogvel

    durante a vigncia do respectivo prazo que for previsto no Cdigo, desde

    que no se alterem os condicionantes que tiverem fundamento com a

    presente Lei e sua regulamentao. Outro incentivo dado pelo Governo deMoambique para as empresas que tenham participao de investimento

    direto estrangeiro o direito de se beneficiarem de acesso ao crdito

    interno, de acordo com artigo 18 da Lei, nos mesmos termos e condies

    aplicveis s empresas moambicanas.

    A partir da Lei de Investimentos, o Governo de Moambique logrou

    estabelecer diversos regimes especiais, que levaram a existncia de um

    sistema de benefcios fiscais. O Cdigo de Benefcios Fiscais, formalizado

    em 1993, objetiva, assim, concentrar todas essas medidas.

    Com o objetivo de orientar e regulamentar um quadro jurdico compatvel

    com o nvel tecnolgico desejvel no pas, em 1999, foi criado, por meio

    do decreto N62/99 o Regulamento de Zonas Francas Industriais. Sua

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    ltima alterao deu-se no ano de 2002, atravs do Decreto n 16/2002,

    de 27 de Junho.

    O Regulamento, de acordo com seu artigo 2, aplica-se aos

    empreendimentos realizados por pessoas singulares ou coletivas, pblicas

    ou privadas, que tenham como objetivo a criao, desenvolvimento e/ou

    administrao de Zonas Francas Industriais (ZFI).

    A criao das Zonas Francas Industriais condicionada existncia de pelo

    menos 500 postos de emprego permanentes, para trabalhadores de

    nacionalidade moambicana, em toda ZFI, devendo ter, no entanto em

    cada empresa nela existente, o nmero mnimo de 20 trabalhadores.

    Entretanto, o artigo 5 afirma que para as empresas que quiserem

    funcionar em regime ZFI e beneficiar-se dos incentivos fiscais previstos na

    Lei n 3/93, de 24 de Junho, faz-se necessria a existncia de pelo menos

    250 postos de emprego permanentes, para trabalhadores moambicanos

    em cada unidade ou empresa.

    O processamento nas ZFIs de bebidas alcolicas, tabaco e seus derivados,

    apenas ser autorizado, de acordo com o artigo 6, nos casos em que seja

    incorporado ao produto final, pelo menos, 50% de matria prima de

    origem nacional. No caso de ouro, prata, pedras preciosas e peles, armas,

    munies, artigos de pirotecnia e explosivos, apenas ser autorizado oprocessamento nas ZFIs com a incorporao, no produto final, de pelo

    menos 25% de matria prima de origem nacional.

    So autorizadas nas ZFIs, de acordo com o artigo 7, todas as atividades de

    natureza industriais destinadas exportao, atendendo

    fundamentalmente ao impacto macro e micro econmico resultante do

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    empreendimento, e desde que pelo menos 85% do volume da sua

    produo anual seja destinado exportao.

    Excluem-se, porm, as atividades de pesquisa e extrao dos recursos

    naturais, processamento da castanha de caju em bruto e pescado

    nacionais, incluindo o camaro, bem como aquelas atividades que, de

    conformidade com a legislao vigente, esto reservadas ao Estado, com

    ou sem a participao do setor privado.

    O captulo IV do regulamento em questo trata dos regime fiscal e

    aduaneiro das ZFIs, a saber: iseno de impostos indiretos (artigo 38)

    iseno de direitos aduaneiros na importao de materiais de construo,

    bens de capital e outros bens destinados atividade nelas licenciada. Tal

    iseno extensiva ao Imposto sobre Valor Acrescentado e ao Imposto

    sobre Consumos Especficos. O artigo 39 trata da reduo em 60% da taxa

    de imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas, por um perodo de

    10 anos.

    O captulo V trata do Regime Cambial Especial para as ZFIs,

    especificamente contas em moedas estrangeiras (artigo 30), importao

    de capitais (artigo 31), transferncias para o exterior (artigo 31) e

    financiamentos (artigo 33).

    6.2 Investimento e Presena de Empresas Brasileiras

    De acordo com o Banco Central do Brasil, o pas realizou investimento

    direto em Moambique no valor de um milho de dlares no ano de 2006.

    A Vale est em Moambique desde novembro de 2004, quando venceu a

    concorrncia internacional para realizar estudo de viabilidade para

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    explorao de carvo em Moatize. O projeto saiu do papel e vai consumir,

    no total, US$ 1,5 bilho, tem a participao da construtora Odebrecht.

    A Camargo Corra Cimentos prepara-se para investir, at 2010, US$ 270

    milhes em Angola e Moambique para atender o mercado interno

    daqueles pases. A frica j uma das nossas frentes de expanso, no

    setor de construo, e Angola e Moambique so mercados com potencial

    excepcional, com grande carncia de produo e consumo crescente.

    Com a Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (ENH), estatal de

    Moambique, a Petrobras firmou, em 2006, memorando de entendimento

    para explorao de petrleo e gs natural em Moambique em terra e no

    mar.

    O acordo tambm trata da pesquisa e produo de biocombustveis. O

    pas tem interesse em desenvolver a produo de biodiesel a partir da jatropha, uma oleaginosa abundante na vegetao local, alm da

    produo de lcool de cana-de-acar. A empresa participa de um bloco

    de explorao em Moambique com outra operadora da Malsia, na foz

    do rio Zambezi, visando produo de hidrocarbonetos.

    Entrar nos mercados de Moambique o primeiro passo na estratgia de

    internacionalizao da SupportComm, provedora de servios para

    telefonia mvel. Segundo Alberto Leite, presidente da empresa, a

    empreitada facilitada pelo fato de no existirem competidores

    consolidados no mercado africano.

    O incio das operaes, planejado para 2009, tem investimento previsto

    de aproximadamente US$ 4 milhes, feito pela prpria empresa em

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    parceria com um fundo de investimento africano. A expectativa de que a

    investida comece a dar retorno em 2010. Podamos fazer uma operao

    maior, mas no queremos nos expor tanto ao risco", diz Leite. Talvez no

    ano que vem faamos uma rodada de investimento mais forte.

    A Totvs, do setor de software, comeou a atuar no continente Africano h

    dois anos por intermdio de parceiros portugueses. Desde ento, nossa

    base de clientes em Angola e Moambique no parou de crescer, diz

    Flvio Balestrin, diretor de operaes internacionais da companhia. Apreviso de que as relaes sero intensificadas em 2009, com a

    abertura de uma franquia em Angola.

    A empresa Camargo Corra encaminhou proposta ao MRE/DPR e ao MDIC

    um Memorando de Entendimento entre Brasil e Moambique, com a

    finalidade de estabelecer linhas de financiamento do Governo brasileiro

    ao Governo moambicano, para exportao de servios nacionais,

    lastreadas em garantias por intermdio do fluxo financeiro dos royalties a

    serem gerados e recolhidos pelos investimentos derivados de iniciativas

    brasileiras em Moambique. Os depsitos seriam realizados em conta do

    Banco do Brasil no exterior e utilizados para liquidar os pagamentos das

    parcelas dos financiamentos concedidos pelo Brasil (BNDES/PROEX).

    Os valores que excedessem os compromissos com o BNDES/PROEX seriam

    automaticamente repassados para a livre disponibilidade do Governo

    Moambicano. O principal objetivo do Memorando seria o de incentivar as

    exportaes de servios brasileiros quele pas africano.

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    7. Atuao da ABDI

    7.1 Histrico

    As iniciativas de cooperao industrial entre os Governos brasileiro e

    moambicano tiveram incio h pouco mais de um ano, com a primeira

    visita oficial do Presidente Lula a Moambique.

    O primeiro grande marco dessa cooperao resultou de entendimentos

    realizados durante tal visita Presidencial. Em 05 de novembro de 2008 foi

    assinado, em Braslia, o Memorando de Entendimento entre o Ministrio

    do Desenvolvimento, Indstria e Comrcio Exterior do Brasil e o Ministrio

    da Indstria e Comrcio de Moambique para criao do Grupo de

    Trabalho com vistas a promover a Cooperao Tcnica e o Comrcio

    Bilateral.

    O referido Memorando de Entendimento dever buscar o fortalecimento

    das relaes econmico-comerciais entre os dois pases, por meio de

    reunies sucessivas e misses tcnicas que definiro reas prioritrias,

    entre elas estrutura de financiamento e cooperao industrial.

    Desde ento, Delegao moambicana visitou a ABDI, em junho de 2009 e

    duas misses empresariais brasileiras a Moambique j foram realizadas,

    em outubro e em novembro de 2009. Em tais ocasies, foram definidas

    reas prioritrias para cooperao industrial e, consequentemente, de

    interesse das empresas moambicanas para parcerias com empresas

    brasileiras.

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    7.2 Prximas Atividades

    Na ocasio da misso empresarial ao Sul da frica, acordaram-se com as

    autoridades moambicanas as seguintes iniciativas:

    - Negociao e aprovao de Plano de Trabalho 2010, para a

    implementao de iniciativas conjuntas de cooperao industrial entre os

    dois pases nos setores indicados pelo Governo moambicano como

    prioritrios para o desenvolvimento do pas;

    O referido Plano de Trabalho dever conter indicao detalhada dos

    setores de interesse Governo e dos empreendedores moambicanos,

    previso de iniciativas como workshops empresariais e rodadas de

    negcios, assim como cronograma de atividades.

    - Encaminhamento ao Brasil, pelo Diretor da Indstria de Moambique, de

    proposta de estgio no pas reestruturada, compreendendo visitas e

    contatos com vistas ao apoio para a elaborao, a organizao e a

    implantao de poltica industrial em Moambique, semelhante PDP.

    - Realizao de reunio, no primeiro trimestre de 2010, entre a ABDI e

    empresrios brasileiros interessados em atuar ou que j atuem em

    Moambique, para identificao de oportunidades, desafios e estratgias

    para a realizao de negcios naquele pas.

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    7.3 Contatos na ABDI

    Gerncia Internacional

    Larissa de Freitas QuerinoTel.: 55-61-3962-8616 / [email protected] / [email protected]

    mailto:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]
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    8. Fontes Utilizadas

    Embaixada do Brasil em Maputo. Resumo Executivo, 2009.

    Centro de Promoo de Investimentos. Legislao sobre Investimentos em

    Moambique.

    Centro de Promoo de Investimentos. Disponvel em: www.cpi.co.mz