Normas de Procedimento Técnico para construção de abrigos ...
Caderno tfg de Francisco Júnior CIES Abrigos e orfanatos
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CIESCentro Integrado de Existência Social
TFG - UNIGRANRIO - 2016 / 2ARQUITETURA E URBANISMO
Abrigo de permanência continuadaConstrutivismo SociointeracionistaParque Martinho -Belford Roxo -RJ
Aluno: Francisco dos Santos JúniorOrientadora: Dra. Glaucineide Coelho
UNIGRANRIO
UNIVERSIDADE DO GRANDE RIO
CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO
NOITE
CENTRO INTEGRADO DE EXISTÊNCIA SOCIAL (CIES)
Trabalho Final de Graduação, apresentado por Francisco dos Santos Júnior à banca examinadora do Curso de Arquitetura e Urbanismo da Unigranrio, como requisito para obtenção do título Bacharel em Arquitetura e Urbanismo, sob orientação da Professora Dra. Glaucineide Coelho. Duque de Caxias - RJ 2016
DEZEMBRO 2016
“Conheça todas as teorias, domine todas técnicas, mas ao tocar uma
alma humana seja apena outra alma humana.” (C. G. Jung)
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Agradeço primeiramente a Deus por ter me conduzido com retidão nessa longa e linda jornada de aprendizado, ao apoio dos meus pais, ao meu filho João Pedro, que dedicou os seus momentos livres para me ajudar com os acabamentos gráficos do projeto, à minha filha Maria Clara que sempre me orientava nas questões artísticas e subjetivas do projeto, a minha esposa Francisca Alves, por me mostrar que tudo o que passamos durante esses cinco anos foi por um objetivo maior, e a todos que sempre me impulsionaram e me apoiaram em todos momentos. Agradeço ainda aos meus grandes amigos, o parceiro nessa jornada estudantil, Elienai Carvalho, ao meu grande amigo o engenheiro Carlos Henrique Villela, que me concedeu as melhores oportunidades, que levarei para toda a minha vida. Agradeço a todos os professores que contribuíram e me apoiaram em todos os processos de aprendizado, em especial aos professores, Fábio Bruno, por sempre manter o bom humor, ao professor Maurício, por sempre dizer a verdade, e a professora Glauci Coelho, por me mostrar que a Arquitetura e o Urbanismo não é simplesmente algo físico, mas que tudo está além das coisas subjetivas. Agradeço também aos meus colegas, que sucessivamente acrescentaram um novo aprendizado nas conversas durante todo o curso. Dedico acima de tudo à minha família que sempre acreditou.
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Sumário
5 376 388 39
14 4015 4116 4317 4417 4518 4619 5021 5122 5422 5623 6027 6127 6229 6331 6432 6533 6634 6735 6836
O Projeto - O Anfiteatro
O Projeto - Plantas do CIES
Considerações finaisReferênciais Bibliográficas
O Projeto - Plantas do CIES
O Projeto - Plantas do CIES
O Projeto - A Escola PúblicaO Projeto - O RestauranteO Projeto - Os Espaços para as CriançasO Projeto - Áreas de Lazer - EsportesO Projeto - GinásioO Projeto - A realocação Residêncial
Vistas do Projeto - SulO Abrigo - ProjetoSetorização do Abrigo - TérreoSetorização do Abrigo - Primeiro PavimentoSetorização do Abrigo - Segundo PavimentoO Projeto - O dormitório
A implantação O Projeto - Parque Público
O Projeto - O CIESO Projeto - Parque de EsportesO Conjunto ArquitetônicoVistas do Projeto - Norte
Partido e ConceitoImplantação e diretrizesO localAnálise MorfológicaA Implantação - Plano ConceitualPlano de Massas Esquemático
Objetivos específicosBases para o projeto arquitetônicoReferenciais projetuaisReferências Legais, Psicossociais e ProjetuaisReferenciais Psicossociais
O projetoArquetípos dos laços afetivos dos abrigos
IntroduçãoPrincipais aspectos que o trabalho abordaO argumento do construtivismoO ambiente ConstrutivistaJustificativa para o trabalho acadêmicoRelevância do trabalho acadêmicoTema do trabalho acadêmicoObjetivos gerais do trabalho acadêmico
CENTRO INTEGRADO DE EXISTÊNCIA SOCIAL (CIES)
Introdução:
Esse trabalho acadêmico tem como base as
minhas reflexões sobre os paradigmas e conflitos que
podem ocorrer dentro do ambiente de abrigos de
permanência continuada para crianças e adolescentes,
que hoje só podem ser chamados de acordo com as
novas regulamentações do Estatuto da Criança e
Adolescentes ECA, de abrigamentos, talvez essa nova
regulamentação nominal seja para perder a conotação
pejorativa que o nome orfanato pode reter e trazer para
vida de cada criança e adolescente que passa por alguma
medida de abrigamento provisório, mesmo assim, o termo
abrigo ou abrigamento ainda terá a condição de outro
lugar diferente da sua casa original, longe do núcleo
familiar.
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Principais aspectos que o trabalho aborda:
O trabalho aborda os temas ligados as escolas e
centros de ensino instrucionais construtivista
interacionista, baseados nos conceitos teóricos do
construtivismo de Piaget, e nos conceitos de escola de
escola pública integral de Anísio Teixeira, que é visto
como o fundamental idealizador das grandes
transformações que marcaram a educação brasileira no
século passado, Anísio Teixeira foi pioneiro na
implantação das escolas públicas em todos os níveis, que
refletiam seu fim de oferecer educação gratuita para
todos. Tratará sobre a temática dos parques sociais e
empreendimentos que na sua primordial essência sejam
aglutinadores e transformadores sociais e que o ambiente
como um todo seja voltado espacialmente para a escala
das crianças. E o foco temático principal será a criação de
um abrigo de permanência continuada e as questões
arquetípicas e psicossociais intrínsecas, ainda que não
haja autores que tratem ou mesmo retratem com
referenciais acadêmicos sobre o tema dos abrigamentos
(orfanatos) como sujeito espacial e que seja de caráter
direta relacionado as questões arquitetônicas, o que
orienta fortemente esse trabalho acadêmico está balizado
nesses três itens temáticos principais: as questões
ligadas aos abrigos de permanência continuada, escolas
integrais e instrucionais e parques público sociais.
O projeto arquitetônico esta baseado nos conceitos
sóciointeracionismo construtivista, onde o ambiente é um
ponto primordial para o aprendizado e como esse
aprendizado e formulado e assimilado pelas crianças e
como tudo isso é transmitido para as crianças.
O sóciointeracionismo pondera que os elementos e
sociais biológicos não podem ser desconectados e
desempenham uma rede de influência recíproca. Na
interação sucessiva e constante com os outros seres
humanos, as crianças desenvolvem toda uma gama de
um vasto repertório de aptidões cognitivas. Passa assim,
a participar do mundo peculiar dos adultos, passa a se
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comunicar das mais variadas formas de linguagem,
aprende, assimila e compartilha as histórias e sobre tudo
os hábitos de seu grupo interacional social.
Os aspectos do desenvolvimento das relações humanas
dão-se numa rede de relações interacionais em que os
diferentes papéis, atores e seus complementos são
assumidos e imputados pelos e para os vários
participantes desse meio comum. O que passa a definir
um ser completo são as relações que cada momento
estão ligados às interações que ele passa a estabelecer
com outros do seu meio, nos papéis que cada um assume
em relação aos outros e os outros assumem em relação a
ele próprio. São esses os papéis que são determinados e
determinantes segundo ideais e valores de pré
estabelecidos nos grupos em paralelo com outros grupos.
O construtivismo faz referência aos aspectos lógicos
envolvidos na aprendizagem de cada ser, com constantes
interações e questões que movimentam o ato de pensar.
O ato de lógico de pensar está diretamente ligado à
produção do conhecimento e o ato que determina
conhecimento é a ação de resolver os mais variados
problemas, sejam eles do cotidiano ou técnico com todos
os seus elementos e suas especificidades. Assim, temos
a noção básica que aprendemos sempre a todo tempo
numa constante evolução o aprendizado é constante e
intrínseco.
O nosso aprendizado está ligado às resoluções das
nossas problemáticas cotidianas sejam elas objetivas ou
subjetivas. O nosso aprendizado nos torna capazes de
elaborar um perfil meramente pessoal sobre os objetos da
realidade, sendo que este está em interação constante
com outros tantos objetos. Pela visão do construtivismo,
nada está finalizado e o conhecimento nunca estará
terminado. Ele está constituído pela interação do sujeito
com o meio social e o meio físico, com o mundo dos
objetos e das relações interacionais e sociais.
De maneira objetiva, o método de instrução com a
orientação ligadas no construtivismo tem como base que
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o aprendizado, bem como ato de ensinar, tem o
significado de construir o novo conhecimento, desvendar
uma nova maneira para e o todo tenha um significado,
fundamentado nas experiências e nos conhecimentos
existentes no meio. O que diferencia o construtivismo e a
escola tradicional está ligado aos estímulos as formas de
pensar em que o aluno, ao invés de assimilar meramente
mais um conteúdo de forma passiva, interage e restaura o
conhecimento existente, criando um novo significado para
um novo conhecimento.
O que é perene no argumento do construtivismo:
A exigência de uma dinâmica raciocínio, dedução,
demonstração conectadas com momentos discursivos;
O entrosamento ligado ao novo aprendizado está
fundamentado no transpor e dá ao futuro uma nova
construção física do conhecimento;
O conhecimento em todos os seus aspectos encontram-
se em constante e indelével reconstrução. Essa maneira
de instrução pedagógica começa a ser usada nos
espaços educacionais brasileiros, quando os
fundamentos teóricos acadêmicos construtivistas,
começam a tomar corpo nesses ambientes. Desse
momento em diante, surgiu um movimento que com uma
visão de mundos diferentes das escolas tradicionais que
tratam os alunos como meros objetos que devem ser
educados nos modelos comportamentalistas.
Nos espaços construtivistas, a criança passa a ser o ator
principal da sua jornada de aprendizagem, ele participa
de forma plena de todo o processo. Diversos autores
compuseram suas obras tomando como base as teorias
do desenvolvimento e aprendizagem dos dois psicólogos
Piaget e Vygotsky. No entanto, não há aqui por não ser
razoável, nesse espaço, o tratamento da vida e obra mais
incisiva desses autores, todo o arcabouço fica vinculado
sobre qual foi a influência que eles tiveram com a
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construção dos métodos psicopedagógicos
construtivistas.
Piaget é tido como o pioneiro da linha construtivista, em
face do que é sem dúvida o traço que o distingue de
forma inequívoca e epistemológica. Onde a explicação da
formação do pensamento fundamental e racional, que
culmina num resultado dentro de um processo de
construção na lógica de todas as ações do ator principal,
sujeito, sobre o ambiente e sobre os artefatos e tradições.
Podemos ter um vislumbre de que a teoria genética, e
particularmente, os princípios do funcionamento do
psiquismo do homem e que são competências e
capacidades das mais variadas aprendizagens e
atividades mentais e construtivas, o equilíbrio cognitivo
das estruturas intelectuais, que são pontos iniciais para
elaborar uma compreensão construtivista dentro do
ambiente construído.
Temos ainda, as contribuições de outros teóricos como
Vygotsky, e do mesmo modo, há outros teóricos do
desenvolvimento dos modelos de aprendizagem, que
figuram com contribuições importantes para o avanço das
linhas teóricas construtivistas e todas as afinidades com a
linguagem, e sobretudo, as condicionantes interativas que
cada ser humano pode estabelecer e contribuir para o seu
aprendizado.
Tendo em vista que a epistemologia genética do teórico
Piaget vem para explicar a linhagem e o modo do
desenvolvimento intelectual, que parte do ciência dos
fatos, em rota com os organismos sistemáticos feitos pelo
ser senciente.
Além disso, temos as epistemologias que vêm
fundamentar as posturas pedagógicas comprovadas no
ambiente educador e são pautadas, no transcorrer da
história humana, de diferentes formatos, que dão origem
às diferentes e distintas correntes epistemológicas onde
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podemos evidenciar de maneira básica três correntes
teóricas fundamentais para as posturas pedagógicas no
ambiente de vivência social.
Apriorismo - Doutrina que confere importância aos
conhecimentos, conceitos ou pensamentos a priori, os
que independem da experiência ou da prática. Entende
que o ser humano possui o conhecimento nato, ou seja,
ele necessita, somente ser motivado para propagar o
conhecimento.
Empirismo – Não há nada no nosso intelecto que não
tenha entrado lá por intermédio dos nossos sentidos.
(Popper, 1991). O sujeito é considerado uma tabula rasa.
Interacionismo – Acredita que o sujeito é capaz de
construir o seu conhecimento por meio da interação com
o objeto do conhecimento.
A arquitetura do CIES está voltada para o Interacionismo,
no qual o conhecimento é o resultado da interação entre o
ambiente construído, o mediador e a criança. Com esse
juízo, o conhecimento passa de mera transmissão de
informações para construção do saber, possibilitando, à
criança, aprender a praticar, aprender a refletir, ser um
ator do seu processo intrínseco de aprendizagem.
Piaget promove que cada um tem os próprios planos de
absorção, organismos interiores para o aprendizado
sensorial. Todo sujeito tem o seu modo de perceber o
mundo, e transfere o seu mundo assimilado para a sua
vida cotidiana. A assimilação da informação, do
conhecimento, se dão nas interações de cada ator próprio
com ele mesmo, com os outros atores do seu meio
cotidiano e com o ambiente que ele absorve as
informações e o conhecimento.
Esta é a base elementar do construtivismo ser
fundamentalmente interacionista. É um estado de
interação livre e dinâmica, tendo em vista que, ao ponto
que o sujeito age e interage com o objeto e para o objeto
e para o ambiente construído, ele o modifica para que ele
se transforme em interações do seu cotidiano.
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Diante das relações estabelecidas, o sujeito passa a ser
produtor, isto é, ele cria novos conceitos, novas
interpretações, reorganizando as que possui. É a
construção e a reconstrução do conhecimento, princípio
básico do construtivismo.
O ambiente proposto para o CIES, orienta e dá sentido às
praticas do construtivismo na psicopedagogia, engloba
uma grande soma de contribuições educacionais e
sóciointeracionais atuais orientadas na espacialidade que
possibilita, a cada sujeito, ator da sua própria caminhada,
a intuir, a atuar, a agir, a arquitetar a partir da sua mera
realidade fática da coletividade em que essa criança, em
um espaço de recitação e recriação.
Ambiente de aprendizagem construtivista
1 - Construtivismo - uma apresentação teórica
Atualmente, em muitos ambientes, as teorias da
pedagogia estavam divididas em duas linhagens: uma
apriorista e outra empirista.
Na visão dos aprioristas, toda a origem do conhecimento
está pronto em cada ser humano, ou seja, o seu intelecto
cultural e social está no gene de cada um armazenada
dentro dele, e torna a função do orientador mediador,
como estimulador para que este conhecimento surja.
E para os teóricos empiristas, onde o princípio remonta as
doutrinas de Aristóteles, base do conhecimento na sua
observação dos objetos. Segundo os empiristas, a criança
é um tipo de tabula rasa e a transferência do
conhecimento é algo natural, que é repassado em duas
vias ou pelo relação entre os entes, das mais variadas
formas e métodos de interação escrita, gestual, oral. E é
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com base nessas teorias que estão baseadas grande
parte das linhagens pedagógicas atuais.
Com esses dois conceitos teóricos paradigmáticos
fundidos em um único conceito, temos um vislumbre das
as teorias de Piaget, que foi um dos primeiro a estudar e
pesquisar como o conhecimento era formado na mente de
um pesquisador. Piaget analisou de que forma um bebê
saía de um estado do não reconhecimento de qualquer
individualidade perante o seu mundo, chegando até a
idade adolescente, onde já podemos perceber as
intervenções de raciocínio e lógica muito mais intricadas.
Com todas essas observações, sistematizadas e com
uma metodologia analisada, que ele denominou o seu
Método Clínico, Piaget situou a sua base teórica,
chamada de Epistemologia Genética. Que está
fundamentada em um de seus livros, O Nascimento da
Inteligência na Criança (1982), onde Piaget propõe que
[...]as relações entre o sujeito e o seu meio consistem
numa interação radical, de modo tal que a consciência
não começa pelo conhecimento dos objetos nem pelo da
atividade do sujeito, mas por um estado diferenciado; e é
desse estado que derivam dois movimentos
complementares, um de incorporação das coisas ao
sujeito, o outro de acomodação às próprias coisas[...].
Com esse trecho, Piaget determina os três conceitos
principais para balizar a sua teoria:
Acomodação, assimilação e interação.
Os conceitos da Epistemologia Genética, como foi
mencionado antes, é uma composição das teorias
viventes, tendo em vista que Piaget, não acredita o
conhecimento seja, intrínseco do próprio sujeito que são
os fundamentos teóricos do apriorismo, e nem mesmo
que o conhecimento derive completamente das
observações do meio ambiente que o cerca, que são as
teorias do empirismo.
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Conforme as suas teorias, Piaget, diz que o
conhecimento, em qualquer nível, é provocado sob uma
interação do sujeito com seu meio ambiente, a partir de
estruturas antecipadamente existentes de cada ator ou
sujeito. Isto posto, a obtenção de conhecimentos está
amarrado tanto de certos arcabouços cognitivos inerentes
ao próprio sujeito, evidenciando as sua relações com o
objeto e, não despreza de nenhuma delas.
Essas relações entre o sujeito e o objeto estão subdividas
em um processo de duas partes, assimilação e
acomodação. A assimilação são as ações que o indivíduo
irá tomar para poder absorver o objeto, e irá interpretá-lo
de forma a poder condicionar essa interpretação dentro
das suas estruturas de cognição. Já acomodação é o
momento em que o sujeito desvia suas arcabouços
cognitivos para envolver o objeto. E essas relações entre
assimilação e acomodação o sujeito adapta o meio
externo sobre um infindável procedimento
desenvolvimentista cognitivo. E como esse é um processo
constante e permanente, e está sempre em
desenvolvimento, assim essa teoria foi chamada de
Construtivismo, Parte-se da idéia de que níveis de
conhecimento estão indefinidamente sendo estabelecidos
através da influência mútua entre o sujeito e o meio.
Sob essa ótica é que está depositada o maior feito das
teorias de Piaget, que demonstrou de forma científica com
o olhar de um biólogo e não de um filósofo ou psicólogo,
de que forma o ser humano passa de uma ordem que
sequer sabe definir a sua espacialidade para outro ser
senciente que obtém equações intricadas que o
permitiriam viagens intergalácticas.
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O ambiente Construtivista
Para que um ambiente ou o objeto para o sujeito seja
construtivista é essencial que o Mediador idealize o
conhecimento sob as bases teórica de Piaget, e que todo
e qualquer desenvolvimento de cognição somente será
eficaz se for aprimorado em uma influência mútua entre o
sujeito e o objeto. É imperativo saber que, sem um modo
pelo qual o objeto influencie as interações do sujeito, este
não tentará se encaixar à situação, e criará uma ruptura
no modo de absorção do objeto, que dão origem às
consecutivas adequações do sujeito ao meio, com o
constante desenvolvimento cognitivo.
Nesse mesmo seguimento, Piaget teorizou, que existem
diversas hipótese básicas em sua base teórica que não
podem ser abolido, se aspirarmos criar um ambiente
construtivista. Segundo Piaget, o ambiente deve permitir e
de certa maneira seja imperativo que haja alguma
interação da criança com o objeto. Esta interação, não
esta ligada ao simples apertar de botões ou escolher
opções, mas deve ir além dos simples modos de
interação e passar para um nível de integração da criança
com o ambiente ou objeto para a sua realidade cotidiana
do sujeito, dentro de suas qualidades, para que ele
estimulado e desafiado, mas que permita que novas
interações sejam permitidas e adaptadas às estruturas
cognitivas viventes, que virá para propiciar o seu
desenvolvimento intelectual próprio.
Dentro de um ambiente de convivência e aprendizagem
que ambicione ter uma comportamento de acordo com as
descobertas teóricas de Piaget, e é ainda preciso lidar
perfeitamente com o fator erro e os fatores de avaliação.
Dentro de uma abordagem construtivista, o erro torna-se
uma enorme fonte de aprendizagem, a criança ou o
aprendiz, deve sempre e a todo tempo ser estimulado a
questionar-se e questionar a figura do Mediador sobre
quais são as consequências de suas atividades e de suas
atitudes e com isso e a partir disso, seus erros e acertos,
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passam a construir os conceitos fundamentais para o seu
aprendizado.
Podemos sinalizar que o requisito mais importante para a
construção de um ambiente construtivista é que o
mediador verdadeiramente tenha a consciência da
seriedade do educador e dos espaços educativos
pedagógicos, e que ainda assim, todos esses processos e
projetos de aprendizagem passam sempre e
necessariamente por um circuito de interações fortes e
vívidas entre o sujeito e o objeto, que agora está
simbolizado como objeto constante de toda a cadeia de
processos envolvidos, seja o mediador, professor, a
máquina, a casa ou os amigos. E tão somente, quando
partimos destes princípios de interação é que poderemos
ter um vislumbre mínimo de que estamos construindo
novos seres para novos exercícios de conhecimento,
tanto para a criança como para o mediador.
Justificativa para o trabalho acadêmico:
De forma geral, a finalidade da proposta do projeto
é que sejam criados espaços arquitetônicos que
incentivem as diversidades e as mais variadas formas de
integração com a comunidade e que esteja inserida no
espaço urbanístico, que acolha de forma plena os
parâmetros e necessidades dentro de um modelo livre de
imposições, diverso, sustentável e sociável.
Objetivos:
O objeto principal que orienta o meu trabalho é a
criação de um centro integrado instrucional que vem
definir critérios e diretrizes projetuais na concepção de
abrigos de permanência continuada, que garantam às
crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade
social, a apropriação espacial com aspectos psicossociais
e qualidade de vida, juntamente com um projeto de escola
parque de estudos instrucionais, será um integrador que
trará benefícios para a localidade como um todo.
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Não há entretanto, nenhum movimento Projetual
arquitetônico acadêmico para que esse quadro que trata o
tema abrigamentos de permanência continuada para
crianças e adolescentes tenham a sua relevância devida
na sociedade. Evidenciar o tema principal proposto de
maneira objetiva e com princípios ideais psicossociais e
com conceitos fundamentais urbanísticos com o enfoque
com espaços sociáveis para as crianças, para a escala
visual das crianças, trará a luz para as questões
pautadas.
E como esses espaços de caráter integradores infantis e
comunitários, ladeados com diversas atividades que
estimulem a convivência e o compartilhamento das mais
diversas e heterogêneas experiências e noções variadas
de forma coletiva, é uma maneira de trazer o lado
humano-social para as relações de afetividade.
Relevância do trabalho acadêmico:
A criação desses novos locais integradores sociais
são infinitamente necessários, principalmente, nas
regiões mais segregadas tal como a baixada fluminense e
de forma específica para a implantação do projeto o
município de Belford Roxo, no Estado do Rio de Janeiro. Os locais que existem desempenham a função de
integração, mas não atendem de forma plena
minimamente algumas necessidades imperativas
contemporâneas, como: espaços para musicalidades com
as linguagens atuais, atividades físicas programadas,
eventuais e coletivas, novas interações tecnológicas de
áudio, vídeo e danças. "[...]é preciso modificar as relações
culturais do País e fortalecer os que
estão fora dos grandes centros. Falta
equipamento, falta teatro, falta centro
cultural[...] "(Juca Ferreira. ex ministro
da cultura. Mais Cultura para a Baixada
Fluminense. 2015)
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A escolha do município de Belford Roxo, para mim, está
vinculada a questões afetivas de ligação e do meu
pertencimento ao local e por reconhecer principalmente
que o município de Belford Roxo é claramente um
município segregado como a maioria das cidades da
região metropolitana do Rio de Janeiro e carece seguir a
melhora da arquitetura e do urbanismo para que traga aos
imóveis e os espaços privados ou públicos à cumprir a
função primordial social das cidades.
Visivelmente a requalificação ou a readequação dos
lugares como o local proposto para a implantação do
projeto, não permitirá por si só que a cidade passe a ter
novas perspectivas ou referenciais arquitetônicos e
urbanísticos, mas por outro lado trará um vislumbre da
temática que será discutida.
Tema do trabalho acadêmico:
A Criação de um Centro integrado instrucional que
visa definir critérios e diretrizes projetuais na concepção
de abrigos de permanência continuada, que garantam às
crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade
social, a apropriação espacial com aspectos psicossociais
e qualidade de vida, juntamente com um projeto de escola
parque de estudos instrucionais, será um integrador que
trará benefícios para a localidade como um todo.
Objetivos gerais do trabalho acadêmico:
Trazer à tona o tema orfanatos e abrigamentos,
que é tratado como uma espécie de tabu e definir critérios
e diretrizes projetuais na concepção de abrigos de
permanência continuada, que garantam e permitam às
crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade
social e que estão passando por alguma medida de
abrigamento, a apropriação e a visão espacial e
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harmônica sob os mais variados aspectos legais de um
lar provisório com ares psicossociais e com a qualidade
de vida desejada.
Objetivos específicos.
Para que sejam alcançados os objetivos gerais teremos
que integrar os seguintes objetivos específicos:
A criação de um centro de estudos integrais e
instrucionais.
O projeto de escola e centro de estudos integrais
será um ator integrador que trará benefícios para a
localidade, e juntamente com a proposta de escola
aberta, servirá para não manter no isolamento o abrigo
que possui uma função social básica e primordial e que
notadamente é tida como algo que vive a margem de
nossas consciências.
A filosofia da escola visa a oferecer à criança um retrato da vida em sociedade, com as suas atividades diversificadas e o seu ritmo de preparação e execução, dando-lhes as experiências de estudo e de ações responsáveis. [...](TEIXEIRA, 1962, p. 25)
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A criação de um Parque Público integrado:
O projeto do parque público será um aglutinador
social e precedente de novas perspectivas tanto para as
crianças e adolescentes do abrigo, como para a
comunidade como um todo. [...]a relação entre as partes pública e privada, rua e casa, submetida às normas culturais e construída no processo histórico que consolida o lugar[...] o entendimento do significado e o elo de afetividade com o lugar estabelecido pelas crianças nas interações da brincadeira com o espaço[...] proporcionem um arcabouço de referências capazes de orientar intervenções projetuais que primem pela valorização dos espaços livres, [...], orientando a identificação e inserção do indivíduo no todo da cidade[...](Coelho,2004, p.15, p161)
A junção desses três temas, tendo as questões
ligadas aos Abrigamentos de permanência continuada
como o foco principal, a Escola instrucional e um Parque
Público, integrarão de forma plena o ambiente construído
e a comunidade como um todo. Que formará espaços de
heterogeneidades sociais que permitiram aos cidadãos
desenvolverem de forma livre a identidade da sua
coletividade.
Bases elementares para o projeto arquitetônico:
Referenciais históricos e contemporâneos sobre os
orfanatos que balizam e orientam as premissas da
concepção do projeto e o trabalho acadêmico.
O Abrigo: A vertente histórica que trata sobre o
aparecimento dos orfanatos.
O Estatuto da Criança e Adolescentes ECA, traz
um apontamento de que o arquétipo de acolhimento em
regime de orfanato surge na Europa, perto do pós-
segunda guerra mundial, com um número enorme de
crianças que ficaram órfãs de pais e mães e das mulheres
que perderam seus filhos ou mulheres que perderam os
seus maridos durante a guerra. Outra vertente histórica
diz que o Papa Inocêncio III decidiu criar “A Roda”, por
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volta do ano de 1198, porque teria ficado horrorizado com
a quantidade de cadáveres de crianças recém nascidas
boiando no rio Tibre em Roma. A roda, assim como era
conhecida foi utilizada nos conventos e depois instalada
nos orfanatos mundo a fora.
Números referenciais atuais:
Dados do CNJ.
Dados de 2011 mostrou que no Brasil havia 33.361
crianças e adolescentes vivendo em unidades de
acolhimento. É o que revela o Cadastro Nacional de
Crianças e Adolescentes Acolhidos (CNCA) Esses dados
são acessíveis somente a membros de entidades
governamentais.
Entretanto, esses dados não são consolidados sobre os
abrigos e as condições dos abrigados em Belford Roxo
onde será consolidada a proposta de implementação do
projeto arquitetônico.
Dados do IPEA.
Segundo as pesquisas do IPEA a pedido
Secretaria Especial dos Direitos Humanos, cerca de 80%
desse contingente, têm algum tipo de vínculo familiar, e
pelo menos um deles em cada quatro menores está lá
porque os parentes, pelas mínimas falta de condições
sociais ou financeiras, não conseguem manter esses
vínculos familiares ativos.
E todo esse cenário é tão somente a fase inicial de um
grande e vicioso ciclo que se reflete nas mais
elementares bases familiares e sociais dessas crianças
ou desses adolescentes que será refletido nas vidas
adulta desses indivíduos.
E com o cenário de políticas públicas de apoio a
essas famílias quando existem são no mínimo ineficazes
ou comumente inexistentes, os parentes, adolescentes e
as crianças podem ficar por mais de dez anos nas
unidades, mesmo que o ECA determine que essa
passagem seja excepcional e temporária, mesmo que
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essa determinação esteja aquém das capacidades e da
realidade dos abrigos.
Os números básicos dentro de um horizonte nada
excitante:
Todas elas recebem verbas Federais
• 49,1% delas na região Sudeste
• 34,1% no Estado de São Paulo
• 14,9% das unidades não funcionam mais como os
antigos orfanatos onde as camas e escovas de
dentes e outros objetos pessoais são usados de
forma coletiva.
• 6% das instituições funcionam com o ínfimo ato de
tentar ressocializar a criança ou adolescente com
os seus vínculos.
• 6% de todos os municípios do Brasil é onde estão
20% dos abrigados, e fora desse circuito
catalogado não há o mínimo controle dessas
unidades que funcionam como abrigos.
• 65% São entidades não governamentais
• 67% tem um forte vinculo religioso
• 59% têm menos de quinze anos de existência
• 58% São mantidos com fundos
predominantemente privados.
• 24% A pobreza é o maior fator dos abrigamentos.
E ainda dentro de todo esse cenário estão as distorções
do sistema e os desvios de conduta por parte dos
responsáveis pelos abrigos e seus gestores externos.
Referenciais projetuais:
No Brasil, não há referências ou normas
constituídas específicas para concepção e construção de
abrigos de permanência continuada ou permanência
provisória, as normas referenciais são as mesmas
normatizações submetidas aos critérios de higiene e
saúde nos espaços construídos. Por não haver dados
referenciais sobre o estado geral dos orfanatos ou de
entidades sociais que constituem as organizações de
amparo às crianças e aos adolescentes, a proposta geral
do projeto tem como base preliminar e objetiva promover
21
o bem estar, a integração e o bom convívio social sem
mistificar ou estigmatizar o contexto criado
cinematograficamente, e abandonando esses
preconceitos, o objetivo oportuno é que sejam criados
espaços para as mais diversas atividades fundamentadas
no conceito de integração entre esporte e lazer simples,
estudos criativos e tecnológicos e formação de vivência
social, existencial e comunitária, um espaço de todos pra
todos.
Referências Legais, Psicossociais e Projetuais
Referenciais Legais:
Baseados nesses dois artigos da LEI Nº 8.069, DE 13 DE
JULHO DE 1990.
Art. 3º A criança e o adolescente gozam de todos os
direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem
prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei,
assegurando, por lei ou por outros meios, todas as
oportunidades e facilidades, a fim de lhes facultar o
desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social,
em condições de liberdade e de dignidade.
Art. 4º É dever da família, da comunidade, da sociedade
em geral e do poder público assegurar, com absoluta
prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à
saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à
profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à
liberdade e à convivência familiar e comunitária.
Referenciais Psicossociais:
A proteção e a visão humana:
O orfanato quando visto de forma simples e crua,
tem por objetivo principal refugiar ou abrigar por períodos
que podem variar em um único dia de forma provisória ou
pode ser por um tempo que pode chegar até o limiar da
sua vida adulta.
Uma criança ou um adolescente em condição de
vulnerabilidade ou de risco social ou risco de perder a sua
22
própria vida ou vivendo em condições sub-humanas em
abandono, desamparada, sofrendo maus tratos com os
seus direitos civis mais básicos violados e negligenciados,
tanto no seio de sua família ou o que restar dela ou
mesmo dos agentes governamentais de direito e proteção
da infância e adolescência e das pessoas vulneráveis.
Como poderemos questionar a existência ou não
de um orfanato, se sabemos das condições mais
adversas e extremas que poderiam justificar de forma
clara e inequívoca a separação de uma criança ou
adolescente do seio de sua ou daquilo que deveria ser
conhecido como família sejam eles pais ou parentes
biológicos ou não. O distanciamento e as separações
podem ser vistas como fatos normais e até mesmo
naturais da vida cotidiana e por outro lado um lado mais
social não utópico o ato de abrigar e acolher tem que ser
visto da mesma forma.
Será que poderíamos negar de alguma forma,
tamanha violência que essas crianças, adolescentes ou
pós adolescentes já entrando em sua vida adulta, não
importando nesse momento o gênero ou mesmo a cor da
sua pele, mas sim a sua condição de vulnerabilidade
latente que as transformam em meros números em
planilhas ou gráficos exponenciais. E quando essas vidas
são expostas ao ambiente de abrigamento, que mesmo
que tenha a melhor das propostas pedagógicas e
cognitivas e que tenha uma arquitetura composta com os
mais variados símbolos de plenitude e de bem estar,
ainda assim será um ambiente que trará consequências
nos seus desenvolvimentos psicossociais.
Visão arquetípica do paradigma dos laços afetivos dos
orfanatos:
Se olharmos de forma simples ou mesmo
pragmática os laços afetivos criados dentro do ambiente
do orfanato esse cenário poderá ser visto como uma
atmosfera social determinada por uma arcabouço de
23
relações afetivas formadas de maneira direta, e posta
entre os internos e os seus tutores meramente escalados
para as suas determinadas funções.
Assim, esses valores passados em vias sentimentais,
envolvem questões e expectativas, que estão ligadas a
esperança pessoal de cada interno para retornar ao seu
lar ou mesmo um novo lar.
Todo o peso dessa atmosfera social está ligada
diretamente aos regimentos e normatizações internas
reguladoras dos orfanatos, impedimentos e apoios, que
se novamente formos observar todo esse quadro, poderá
ser visto como o mesmo horizonte das perspectivas
familiares constituídas, ou seja poderá ser visto como
família, tanto para os funcionários, como para os internos,
e que mesmo assim não poderão criar laços de
afetividades de forma que seja qualificado de maneira
verdadeira como laços próprios num ambiente coletivo
com tarefas e horários hierarquizados, visto como um não
lugar.
Mesmo que de forma pura, os orfanatos tenham
como princípios básicos inerentes a causa, criar
condições adequadas de um frutuoso desenvolvimento
através dessa paradigmática família constituída dentro de
uma instituição de abrigo e formação, onde haverá
espaço dentro desse ambiente hierarquizado e impessoal,
para um ser humano em formação e caracterizado como
vulnerável, para realizar a sua jornada pessoal de
desenvolvimento sem padecer com todo a sua carga
histórica e familiar dentro de um ambiente aterrador de
uma instituição de abrigamento.
Simplesmente, os orfanatos existem, pois existem
crianças abandonadas.
As questões e significados dos arquétipos dos órfãos e
desabrigados e das temeridades do abandono e as
vulnerabilidades das crianças nessas condições:
O autor C. G. Jung- Os arquétipos e o inconsciente
coletivo, no seu livro trata de forma plena o significado
24
dos arquétipos, Jung (1986) “Arquétipo significa a forma
imaterial à qual os fenômenos psíquicos tendem a se
moldar.” Jung usa o termo referindo se aos vários
padrões congênitos na observância das matrizes do
desenvolvimento dos moldes intrínsecos de cada
individuo.
O arquétipo da figura da mãe:
Jung (2000) diz que, o arquétipo da mãe está
diretamente conectado com as interações de
criatividades, o ato de fertilizar e dar provimento de vida e
amor está ligado as obscuridades desses sentimentos. O
arquétipo da mãe não está disposto excepcionalmente
quando a mulher traz à vida ou adota um ser humano,
mas também nas relações diárias de convivência e
valores gerados e adotados para a vida de cada ser.
O arquétipo da figura do pai:
Heinrich (1997) Diz que a função primordial do pai
é a de ensinar e passar aos seus descendentes e aos
seus filhos as leis e nuances da vida. E com estas
doutrinas que os seus filhos poderão obter o
desenvolvimento das suas capacidades para receber o
mundo da maneira que ele é, para de alguma maneira
poder assim se aparelhar ou mesmo ter alguma forma de
organização do seu exterior e que possa moldar o seu
exterior.
O julgo do complexo paternal se constrói em
concordância com o que a criança traz como
experimentação e da convivência paterna natural ou com
figura que possa vir para cumprir este papel. E é dentro
dessa coexistência que a forma paterna será
humanizada. As coexistências com o exemplar paternal
são organizados internamente em volta das imagens do
pai que as crianças criam para si, assentindo a esta
imagem, atributos e problemas essenciais a cada ser
humano.
Um pai ou a figura paterna transmitirá para os seus filhos
as suas leis de vida, e os estimulará para que esses
ensinamentos sejam devidamente vivenciados por eles e
que experimentem esses sentimentos por conta própria.
25
Os arquétipos dos irmãos e amigos:
Existe também a figura arquetípica dos irmãos, e o
Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), tem uma
exigência imperativa de que os irmãos devem
permanecer juntos e não devem ser separados de
maneira nenhuma. entretanto, essas determinações
permanecem inalteradas tão somente na forma de lei
escrita e não nas formas da lei cumprida, o quadro que
podemos observar com uma maior facilidade é o de
irmãos em condições de abrigamento juntos mas vivendo
com outros irmãos filhos únicos nas mesmas condições.
O prevalecimento da convivência com os seus irmãos é
imperativo e de importância extrema para o incremento
das questões ligadas ao ambiente psicológico intrínseco
de cada criança, tendo em vista, que essa experiência
poderá suprir as demandas exigidas pelas coexistências
não vividas nos relacionamentos com os seus pais.
Downing (1991) Diz que as crianças em condições
de abrigamento e desde que seja mantida a proximidade
com os seus irmãos, essas crianças poderão manter em
algum grau a lembrança do significado de família. O que
nesse momento, será a única coisa remanescente e que
resistirá na prevalência do seu mundo. Permanecendo
juntos, os irmãos terão muito mais chances de se
compatibilizar com os novos ambientes, tendo em vista
que quando a dor é compartilhada ela tende a ser sentida
de maneira mais singela. Ao mantermos essas relações
entre os irmãos minimamente intactas podermos manter
vivas as memórias e alguns conceitos de família.
É razoável observar todas essas questões
arquetípicas ligadas aos abrigamentos podem ser vistas
como um caminho que deverá ser percorrido e que o
meio no sentido espacial possa influenciar de forma
positiva e integradora a vida de cada indivíduo, para que
essa passagem deixe de ser vista tão somente como
algum tipo de paradoxo mal necessário, mas sim, uma
nova fase ou mais uma fase na vida de cada indivíduo.
26
O projeto:
Partido e Conceito:
De forma geral a proposta Projetual busca atender
as mais variadas questões formais, de funcionalidades e
com algum significado lúdico. As formas não terão ou não
buscarão obter qualquer significado especifico, o lúdico o
formal e o abstrato são as bases elementares do projeto,
uma arquitetura geométrica e simples, a justaposição que
possam criar noções de harmonia.
Terá a função primordial de atender aos planos de
necessidades dos grupos individualizados ou não que em
sua maioria vem com uma carga viva e expressiva de
vulnerabilidade e que seja diversificado.
Terá um significado ambiental que imprimirá nos
usuários referenciais integradores e familiares.
A forma terá parâmetros de Geometria lógica com
o Lúdico Criativo ambientado na Arquitetura Fractal.
Haverá pontos de bom senso e equilíbrio e pontos de
conflito entretanto, e a espacialidade será interpretada de
forma intrínseca.
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Referenciais psicossociais e projetuais.
Referencia Psicossocial:
C. G. Jung- Os arquétipos e o inconsciente coletivo:
A compreensão das estruturas e procedimentos de
atendimento às crianças e adolescentes em situação de
vulnerabilidade social influenciam nas decisões projetuais
A identificação do regime de institucionalização e
como isso afeta o desenvolvimento humano e
principalmente, o comportamento espacial das crianças e
dos adolescentes em situação de vulnerabilidade social.
Como os conceitos da Psicologia Ambiental e quais
aspectos do ambiente físico podem interferir na
apropriação espacial nos abrigos de permanência
continuada por essas crianças e adolescentes.
Referencia Projetual:
Aldo van Eyck
• Estruturalismo
• Parques infantis
O arquiteto Aldo van Eyck projeta o Amsterdam Orphanage
em 1960. Eyck procura o balanço de forças que crie um lar
e uma pequena cidade no subúrbio de Amsterdã.
CCA Mellon Lectures
28
Implantação e diretrizes.
O Abrigo: Prédio principal
• O abrigo atenderá todas as faixas etárias definidas
no ECA para abrigamentos.
• O prédio principal do abrigo terá 3 pavimentos mais
um andar térreo.
• No térreo ficarão as crianças de 0 a 07 anos de
idade.
• No primeiro pavimento ficarão as crianças de 08 a
13 anos.
• No segundo pavimento ficarão as crianças e
adolescentes de 14 anos até a idade de saída da
instituição.
• Lembro entretanto, que o grupo familiar nunca
deverá ser separado dentro da instituição.
O Abrigo: Prédio anexo (Tutores)
• O abrigo contará com unidades de moradia para os
tutores conectado ao abrigo.
• Também terá 3 pavimentos.
• No térreo ficarão os tutores e cuidadores para as
crianças de 0 a 07 anos de idade.
• No primeiro pavimento ficarão os tutores para as
crianças de 08 a 13 anos.
• No segundo pavimento ficarão os tutores para as
crianças e adolescentes de 14 a até a idade de
saída delas.
• Em todos os andares terá uma área interna para
encontros sociais, entre as crianças e os seus
tutores, os seus pais e os seus possíveis adotandos
.
29
A Escola: – Centro de Ensino Integral
• Atenderá os residentes e as demandas especificas
do público local.
• Será consolidada com a mesma arquitetura do
Prédio principal e do Prédio anexo (tutores) do
abrigo e trará uma identidade visual arquitetônica
própria.
• Apresentará a ambiência de escola técnica.
• Servirá como ponte integradora com o local, terá
cursos para a comunidade e a envolverá em todo o
processo.
O Parque: – Parque Público
• Será item Projetual arquitetônico e paisagístico com
a maior relevância.
• O parque será o elo de ligação primária entre a
instituição de ensino o abrigo e a comunidade.
• Terá áreas de esportes locais como futebol e Skate,
circuitos de corridas e caminhadas.
• E áreas com potenciais privilegiados para o convívio
social em comunidade.
30
O Projeto - O local
O Terreno proposto para a implementação do Projeto:Não foi possível obter dados referentes a zoneamentos e as normas de construção que são permitidas para o terreno.
A obtenção de dados referenciais no município de Belford Roxo, é nesse momento impossível, tendo em vista que, o município de Belford Roxo é considerado como o município com o índice de transparência zero medido pelo portal da transparência.
GLEBA= 190.000m²
Av. Joaquim da Costa Lima Av. Gov. Leonel Brizola31
O Projeto - Análise Morfológica
32
A implantação – Plano Conceitual
O Estudo Conceitual
A realização do estudo conceitual tem como base a reflexão direta sobre às práticas de projetar, e dentro do processo do planejamento da malha urbana o pensar sobre as problemáticas de um projeto desse porte com intervenções drásticas, com isso surge o vislumbre sobre as formas eficientes de distribuição dos investimentos públicos e os investimentos de infraestrutura e de conexões urbanas, aferi o subsídio da influência dessas intervenções na escala local e vem com isso avaliar e balizar a qualidade de uma arquitetura e do planejamento urbano no conceito de bairro, dando ao projeto um ideal de um mínimo equivalente de justiça social e ambiental.
33
Plano de Massas EsquemáticoN
34
A implantação Projeto do Abrigo
Na porção Sul da Gleba proposta.
Um bloco residencial para a realocação dos moradores residentes na margem sul do terreno para o lado leste do terreno.
Um bloco de lojas e outros serviços junto ao bloco residencial de modo a prover novos usos para o local e um modo de subsistência para os moradores residentes.
Um Anfiteatro no lado oeste do parque do lado sul
E os jardins com conceitos de bosque que permeiam o parque sul como um todo.
Na porção Norte do terreno.
Um Parque para a prática de esportes individuais e coletivos – campos de futebol - quadras de basquete e vôlei - áreas para churrasqueiras e vestiários.
E na porção central do parque.
Um ginásio poliesportivo coberto num recorte junto a elevação
Um restaurante que servirá ao público do abrigo e escola e servirá para integrar o conjunto arquitetônico a comunidade por meio de incentivos do programa escola aberta.
Uma escola no lado leste, com conceitos instrucionais que atenderá tanto os usuários do abrigo bem como a comunidade
E o Abrigo no lado oeste
0 50 100
N
35
0 50 100
Parque Público O parque será o elo de ligação primária entre a instituição de ensino o abrigo e a comunidade.Terá áreas de esportes locais como futebol e Skate, circuitos de corridas e caminhadas.E áreas com potenciais privilegiados para o convívio social em comunidade.
N
O Projeto - O Parque Público
36
O Projeto - O CIESNa porção central do terreno, teremos O CIES que contempla o conjunto arquitetônico do Abrigo público e a Escola pública, Jardins e espaços multiusos.
N
0 50 100 37
O Projeto - O Parque de Esportes
Parque de EsportesNa porção posterior do terreno, teremos um parque público para práticas esportivas ao ar livre.
N
0 50 100 38
O Projeto - O Conjunto ArquitetônicoN
E a junção dessas três partes do projeto, formam o conjunto arquitetônico do Parque Martinho, em uma área de 198,000m².Permeada de muitas áreas verdes e uma pluralidade de elementos constituídos que por si só, trará novas perspectivas de futuro, nunca antes experimentadas em Belford Roxo.
0 50 100
39
O Projeto - Vista Norte
40
O Projeto - Vista Sul
41
CIES
42
O Projeto
Projeto do AbrigoE como o foco do nosso projeto são abrigos de permanência continuada, apresento o projeto da edificação, que contempla o abrigo e os seus jardins, que são partes componentes do projeto do parque como um todo, que visa, para além dos conceitos de abrigo, tem como objeto obter melhorias para a comunidade do Parque Martinho.
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Setorização - Pavimento Térreo
PÁTIO ABERTO INTERNO
CORREDORES - CONEXÕES EXTERNAS
CORREDORES - CONEXÕES INTERNAS
BANHEIROS
LAVANDERIA
CRECHE, BERÇÁRIO - ESPAÇOS PARA A PRIMEIRA INFÂNCIA
PÁTIO COBERTO - ACESSO PRINCIPAL
COZINHA - REFEITÓRIO INTERNO
N
44
Setorização - Primeiro Pavimento
PÁTIO ABERTO CONVIVÊNCIA INTERNA
DORMITÓRIOS - ALOJAMENTOS DOS ABRIGADOS
CORREDORES - CONEXÕES INTERNAS
BANHEIROS
CLINICAS PSICOLOGIA / ENFERMARIAATENDIMENTO CIES
ADMINISTRAÇÃO - ATENDIMENTO CIES
PÁTIO COBERTO - ACESSO PRINCIPAL
VESTIÁRIO DE FUNCIONÁRIOS - CIES
N
45
Setorização - Segundo Pavimento
PÁTIO ABERTO CONVIVÊNCIA INTERNAGRAMADO
DORMITÓRIOS - ALOJAMENTOS DOS ABRIGADOS
CORREDORES - CONEXÕES INTERNAS
BANHEIROS
CLINICAS PSICOLOGIA / ENFERMARIAATENDIMENTO CIES
ADMINISTRAÇÃO - ATENDIMENTO CIES
PÁTIO COBERTO - ACESSO PRINCIPAL
ALOJAMENTO DE FUNCIONÁRIOS - CIES
N
46
CIES
O Conjunto arquitetônico compositivo do prédio do abrigo é composto por dois volumes abertos para um pátio envolvente voltado para o nascente.
A composição volumétrica pautada nos recortes dos sólidos até chegar a uma forma compositiva lúdica, agradável, lógica e incomum.
0 5 10
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A fachada principal: O primeiro contato com o novo
A simetria rebatida compositiva da fachada principal, e o modo de como o pórtico do acesso principal direciona o nosso olhar para uma experimentação de uma perspectiva visual totalmente e incomum.
CIES
0 5 10
48
CIES
A Fachada sul está voltada para o jardins fractais.
A composição é formada por painéis de madeira móveis, posicionados para que não sejam totalmente devassados os dormitórios e os corredores.E ainda criam a cada novo olhar um novo angulo de visão e uma nova perspectiva da paisagem.
0 5 10
49
O projeto - O DormitórioA flexibilidade compositiva do layout dos dormitórios, permite uma infinidade de organizações que podem atender a todas as demandas possíveis dos abrigados e seus parentes
50
CIES
O Projeto - O Conjunto Arquitetônico - CIES - Escola Pública
A ESCOLA
51
O Projeto - O Conjunto Arquitetônico - CIES - Escola Pública
Escola – Centro de Ensino Integral -Atenderá os residentes e as demandas especificas do público local.-Será consolidada com a mesma temática arquitetônica do abrigo e trará uma identidade visual arquitetônica própria.-Apresentará a ambiência de escola estruturalista.-Servirá como ponte integradora com o local, terá cursos para a comunidade e a envolverá em todo o processo.
52
O projeto - A escola - Sala de AulaAs salas de aulas acompanham os conceitos e ambiência de escolas estruturalista, totalmente fora dos padrões parametrizados pelo FNDE.
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CIES
O restaurante
O restaurante, localizado na porção central do terreno, entre a escola e o abrigo, atenderá além do público normal da escola integral e do abrigo, servirá ainda para a integração da comunidade com os espaços do CIES.
Funcionará como um dos atores integradores quando nos finais de semana houver implementação de projetos baseados em escola aberta para a comunidade.
O projeto - Restaurante
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O Projeto
CIES 55
CIES
Creche, berçário e espaços multiusos.
O abrigo ainda conta com diversos espaços multiusos no térreo.
Conta ainda com espaços para creche, berçários e espaços infantis.
Todos esses espaços servirão para além dos usos diários e comuns do abrigo, servirão para integrar a comunidade, quase uma extensão de suas casas
O Projeto - Espaços para as crianças
O BERÇÁRIO
ESPAÇO MULTIUSO
ESPAÇO INFANTIL
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CIES
O Projeto - Espaços integradores
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CIES
O Projeto - Espaços integradores
58
CIES
O Projeto - Espaços integradores
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O Projeto - O Conjunto Arquitetônico - Área de LazerPo
rção
pos
terio
r do
conj
unto
arq
uite
tôni
co
Parque Público O parque será o elo de ligação primária entre a instituição de ensino o abrigo e a comunidade.Terá áreas de esportes locais como futebol e Skate, circuitos de corridas e caminhadas.E áreas com potenciais privilegiados para o convívio social em comunidade.
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O projeto - O Ginásio
O Ginásio coberto
Um ginásio poliesportivo coberto num recorte junto a elevação.
O ginásio além de servir para as práticas esportivas diárias da escola, será um local para reuniões e palestras para a comunidade.
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As residências existentes serão realocadas para o lado leste frontal do terreno
SITUAÇÃO ATUAL DAS RESIDÊNCIAS EXISTENTES NA PARTE FRONTAL CENTRAL DO TERRENO
O Projeto - A Realocação Residêncial
A realocação respeitou o número de casas existentes, são residências de dois pavimentos e dois quartos.
No plano do térreo estão dispostas de lojas comerciais para a subsistência dos moradores e a alocação de
novos comércios de bairro.
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O projeto - O Anfiteatro
O Anfiteatro será um novo marco referencial na paisagem de Belford Roxo
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O Projeto - Cortes
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O Projeto - Elevações
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O Projeto - Implantação - Recorte
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Considerações finais.
O painel futuro almejado:
Todos esses conceitos referencias e
fundamentações tem por objeto transformar o espaço uma
vez historicamente segregado, em um aglutinador social,
não só para os residentes do abrigo mais também para os
funcionários e amigos do Centro de Integração e Existência
Social (CIES), e principalmente para toda a comunidade e
que se torne um marco referencial para a sociedade como
um todo.
Com esse projeto arquitetônico, teremos o vislumbre
para o incentivo devido do tratamento das problemáticas
envolvidas no tema proposto.
E que em uma região historicamente tão segregada
como a Baixada Fluminense e em especial o município de
Belford Roxo, tenhamos os atributos para o debate em
torno desses temas tão sensíveis, como a melhora do
ambiente urbano para essas comunidades, os ambientes
educacionais de qualidade, e o problema principal que é o
abandono de crianças e adolescentes vulneráveis
socialmente.
67
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.
• C. G. Jung- Os arquétipos e o inconsciente coletivo.
• Christine - Downing ESPELHOS DO SELF.
• E.C.A - Estatuto da criança e do adolescente - leis específicas, abrigamentos.
• Zimmer Heinrich, Filosofias da Índia
• COELHO, Glaucineide do Nascimento. Espaço vivido favela: brincadeiras infantis nos espaços livres da Rocinha. Rio
de Janeiro: UFRJ, 2004.
• EYCK, Aldo van. The child, the city and the artist. [1962]. SUN.
• da Silva, Enid Rocha Andrade. O direito à convivência familiar e comunitária : os abrigos para crianças e adolescentes
no Brasil .2004
• Site www.ipea.gov.br – Dados de Crianças em abrigos
• Site www.cnj.jus.br - Cadastro Nacional de Crianças e Adolescentes Acolhidos (CNCA)
• Site www.tranparencia.gov.br – Portal da transparência Brasil
Piaget Construtivismo
Vygotsky Construtivismo
68
Anísio TeixeiraEducação
Instrucional e Escola Parque
Aldo Van EyckEstruturalismo
Parques infantisOrfanatos
Carl Gustav JungPsicologia