caderno_musica- flauta

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Governo do Estado do Paraná Secretaria de Estado da Educação Caderno de Musicalização: Canto e Flauta Doce CURITIBA 2008

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    Governo do Estado do Paran

    Secretaria de Estado da Educao

    Caderno de Musicalizao: Canto e Flauta Doce

    CURITIBA2008

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    GOVERNO DO ESTADO DO PARAN

    Roberto Requio

    SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAO

    Yvelise Freitas de Souza Arco-Verde

    DIRETORIA GERAL

    Ricardo Fernandes Bezerra

    SUPERINTENDNCIA DA EDUCAO

    Alayde Maria Pinto Digiovanni

    DEPARTAMENTO DE EDUCAO BSICA

    Mary Lane Hutner

    EQUIPE TCNICO-PEDAGGICA

    Carlos Alberto de Paula

    Jackson Cesar de Lima

    Viviane Paduim

    AUTOR

    Walmir Marcelino Teixeira

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    Mensagem da Secretria

    princpio desta gesto a valorizao dos proissionais da educao, neste sentido

    consideramos o proessor como um sujeito epistmico, aquele que pensa, relete e

    transorma a sua prtica educativa. Este material didtico Caderno de Musicalizao:Canto e lauta doce mais uma ao concretizada neste princpio, resultado da pesquisa

    e elaborao undamentada na teoria e na prtica pedaggica de um proessor da rede

    estadual. Ao mesmo tempo, este material vem atender a Lei 11.769/08 que se reere

    obrigatoriedade do ensino dos contedos de msica na Educao Bsica.

    A escola constitui, para a maioria da populao brasileira, a alternativa concreta de

    acesso ao saber, entendido como conhecimento socializado e sistematizado na instituio

    escolar. Este acesso ao saber implica no resgate dos sentidos e do pensamento, na maioria

    das vezes alienados pelo sistema capitalista. A arte contribui signiicativamente para a

    superao da condio de alienao a qual os sentidos humanos oram submetidos, pois

    ela tem como caracterstica ser criao e esse um elemento undamental para a educao

    e para a construo de novos conhecimentos, no qual imprescindvel o processo de

    criao.

    Este material pedaggico, oriundo das lies e das experincias do nosso proessor

    PDE, se conigura num trabalho que explicita, que convence por seus exemplos e segue

    azendo nascer a razo e a sabedoria do aprender, pois com a prtica da msica, na sala de

    aula, contribui para humanizao dos sentidos, para ampliar a viso de mundo e aguar o

    esprito crtico.

    Yvelise Freitas de Souza Arco-Verde

    Secretria de Estado da Educao

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    Caros Proessores

    Este Caderno de Musicalizao mais uma ao que o Departamento de Educao

    Bsica disponibiliza para voc, proessora e proessor, colega da Rede Estadual de Ensino.

    Na perspectiva da disciplina de Arte na Educao Bsica, contribui para o

    aproundamento dos contedos de msica, tornando-se parte integrante das aes

    realizadas e em desenvolvimento por este departamento.

    O caderno prope a aprendizagem de um instrumento musical, com possibilidades

    de prosseguimento dos estudos, sem no entanto, perder a dimenso do ensino de Arte

    na escola pblica e das orientaes pedaggicas explicitadas nas Diretrizes Curriculares

    de Arte. A metodologia desta proposta de musicalizao inclui o trabalho artstico, tanto

    nos exerccios tcnicos como na execuo de msicas; da teoria com a explicitao dos

    contedos rtmicos e meldicos e do sentir e perceber com a audio de msicas e

    arranjos. Ao mesmo tempo, os contedos estruturantes de Arte so contemplados, com a

    centralidade do trabalho nos elementos de composio, relacionando-os aos elementos

    ormais da msica e aos movimentos e perodos importantes para o desenvolvimento do

    canto e da lauta doce.

    Que este caderno o auxilie no seu trabalho em sala de aula, buscando a consolidao

    do ensino de Arte nas escolas da Rede Estadual de Ensino do Estado do Paran.

    Mary Lane Hutner

    Chee do Departamento de Educao Bsica

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    Prezados Colegas e Alunos

    Com o desenvolvimento do ensino ormal da msica em todas as escolas que oertam

    o ensino undamental e ensino mdio cumpre-se a obrigatoriedade prevista na Lei Federal

    de Diretrizes e Bases da Educao n 9394/96. Assim, essa proposta de ao relexivabaseada na questo dialtica entre a teoria e a prtica, prev a aplicao de metodologia

    de ensino de msica por meio do canto e da lauta doce.

    Composto por 20 temas especicos o material apresenta um dilogo entre Pan e Oreu.

    A mitologia grega conta que Deus Pan, ao caminhar pela loresta, ouviu algo maravilhoso

    que vinha de um bambu oco e seco. Com a ora do vento ecoava um lindo som. Ento,

    Pan pegou o pedao de bambu e saiu experimentando as possibilidades sonoras do

    primeiro instrumento musical que se tem notcia. A mitologia grega tambm relata que,

    na cidade de Trcia, Deus Oreu teria civilizado os homens por meio do canto e do som

    de sua lira. Nesse sentido, o contedo do dilogo apresentado em texto, representa o

    interesse de Oreu em aprender a tocar lauta com Pan.

    O dilogo sinaliza proposta metodolgica de iniciao musical cuja abordagem

    pretende despertar o interesse do leitor em seguir as orientaes didticas contidas na

    conversa, nas imagens e nos exemplos demonstrados. O dilogo entre Pan e Oreu d

    conta de quatro temas e os dezesseis temas restantes se reerem ao repertrio de canes

    proposto para a explorao metodolgica de contedos prticos e tericos da iniciao

    musical. Portanto, cantar e tocar, mesmo que requeiram conhecimentos e estratgias

    especicas de apreenso e expresso, so componentes da mesma proposta musical.Desde o primeiro momento o aluno manuseia partituras musicais. A amiliarizao com

    os signos musicais tende a avorecer posterior aprendizado da notao musical. As msicas

    escolhidas para comporem este material oram selecionadas a partir de caractersticas

    estticas, ormais e estruturais com o intuito de auxiliar o ensino e o aprendizado musical

    de maneira gradativa e recorrente. A extenso adequada para a tessitura vocal inanto-

    juvenil e instrumental (lauta doce) tambm oram consideradas nessa seleo.

    Esse material como recurso didtico necessita da mediao do proessor para pr

    em prtica atividades musicais que ajudaro os alunos a perceberem a msica como

    expresso humana, social e reveladora da identidade cultural, pessoal e comunitria. Na

    perspectiva inclusiva o material possibilita o trabalho pedaggico que atenda dierentes

    ritmos de aprendizagem e de aproundamentos cognitivo.

    Nesse sentido, a abordagem adotada procura incluir dierentes ormas de expresso

    musical e estilos musicais conectados com as realidades e contextos locais. A abordagem

    inicial leva em conta a experincia antes da notao terica musical. Sendo assim, termos

    e expresses especicas da msica so includos de orma gradativa no decorrer das

    atividades propostas.

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    Esse material, alm de ter sido utilizado em Sala de Recurso da Educao Especial,

    tambm contribuiu para o melhor aproveitamento de alunos com necessidades

    educacionais especiais, que participaram das oicinas de musicalizao, realizadas em

    eventos do Festival de Arte da Rede Estudantil/Fera, do Com Cincia e de eventos do

    Departamento de Educao Especial e Incluso Educacional, da Secretaria de Estado da

    Educao.

    A participao de inmeros cursos de ormao continuada de proessores e/ou

    alunos nos quais oram ministradas oicinas de musicalizao, contaram com o apoio do

    Departamento de Educao Especial e Incluso Educacional DEEIN/SEED, cujas aes

    contriburam para intensiicar a perspectiva inclusiva que se mostra evidente na proposta

    terico-metodolgica do caderno de musicalizao.

    A organizao desse material ocorreu durante o Programa de Desenvolvimento

    Educacional/PDE da Secretaria de Estado da Educao em convnio com a Universidade

    Federal do Paran, cuja orientao da Proessora Valria Lders oi undamental para a suaconcretizao. Agradecimentos tambm ao proessor lvaro Carlini na condio de co-

    orientador pelos questionamentos e envolvimento nos trabalhos e ao Proessor Indioney

    Rodrigues cujas orientaes iniciais oram undamentais para o desenvolvimento do

    projeto. Ao Waldir e Iraci, meus pais. A Rosanny, Lara e Bruna: amlia.

    Walmir Marcelino Teixeira

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    Sumrio

    PARTE I: O ENCONTRO DE PAN E ORFEU ........................................................................11

    Tema 1 reconhecendo a auta .........................................................................................................................11

    Tema 2 reconhecendo a partitura ...................................................................................................................29

    Tema 3 cantando: do olclore ao universal ...............................................................................................32

    Tema 4 apreciando: histria e pesquisa ......................................................................................................36

    A auta e o pentagrama ...........................................................................................................................................39

    Quadro sntese ................................................................................................................................................................46

    PARTE II: PARTITURAS COMENTADAS E SITUAES DE APRENDIZAGEM ...............47

    Tema 5: Fera Pantera ..................................................................................................................................................47

    Tema 6: Samba de uma nota s ............................................................................................................................53

    Tema 7: Minha cano.................................................................................................................................................58

    Tema 8: Azul da cor do mar .....................................................................................................................................67

    Tema 9: Asa branca .......................................................................................................................................................71

    Tema 10: Coletnea olclrica .................................................................................................................................74

    Tema 11: Meu Paran ...................................................................................................................................................79

    Tema 12: preciso saber viver ................................................................................................................................83

    Tema 13: Pr no dizer que no alei de ores .............................................................................................87

    Tema 14: Semente do amanh ..............................................................................................................................91

    Tema 15: Trenzinho do caipira ................................................................................................................................95

    Tema 16: Ode alegria ................................................................................................................................................99

    Tema 17: Pe a erva pr sapecar ........................................................................................................................103

    Tema 18: Hino do Paran ........................................................................................................................................108

    Tema 19: Bom natal ....................................................................................................................................................112Tema 20: Solilquio ....................................................................................................................................................116

    Quem quem no repertrio ..............................................................................................................................121

    REFERNCIAS ................................................................................................................... 126

    LISTA DE FIGURAS ........................................................................................................... 127

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    Parte I: O Encontro de Pan e Oreu

    Tema 1 reconhecendo a fauta

    PAN: Ol! Eu me chamo Pan.

    ORFEU: E eu me chamo Oreu!

    PAN: Seu nome tambm pouco comum, no ?

    ORFEU: Pois ! Dizem que meu nome de origem grega. O povo grego tem uma

    histria belssima, e uma das suas riquezas a mitologia. Um grande heri da

    mitologia grega o Deus Oreu, cantor da cidade de Trcia. Dizem que ao som

    de sua lira e de seu canto os homens oram civilizados!

    PAN: Meu nome tambm vem da mitologia grega. Porm conheo duas verses. A

    primeira que o Deus Pan ao caminhar pela loresta ouviu algo maravilhoso que

    vinha de um bambu oco e seco. Com a ora do vento ecoava um lindo som.

    Ento, Pan pegou o pedao de bambu e saiu experimentando as possibilidades

    sonoras deste que originou o primeiro instrumento musical que se tem notcia.

    ORFEU: E qual a segunda verso?

    PAN: A segunda verso reerente tambm ao Deus Pan. O mito conta que Pan

    estava apaixonado por uma nina que oi transormada num canio quando

    tentou ugir dele. Desse canio Pan ez a primeira lauta.

    ORFEU: Uau! (exclamou Oreu) Sabe Pan, eu gostei das duas verses!

    PAN: Eu preiro a primeira verso, que tem mais a ver comigo. Gosto de experimentar

    qualquer material que produza som. Inspirado neste mito me interessei por

    estudar msica e aprender a tocar lauta doce.

    ORFEU: Sabe Pan, eu acho o som da lauta to doce e suave, um instrumento muito

    legal. Adoraria aprend-lo. Voc me mostraria como que se toca a lauta?

    PAN: Mas claro! Sabe Oreu, eu notei que quando explico a algum como se toca a

    lauta para algum organizo meu pensamento e acabo descobrindo coisas que

    antes eu no sabia?

    ORFEU: ? Que legal! Ento, vamos comear?

    PAN: Calma Oreu! Embora a lauta seja cil de tocar, ns precisamos de um ambiente

    que avorea a nossa concentrao, que seja conortvel, que no tenha muito

    barulho e que no incomode ningum.

    ORFEU: Como assim?! No entendi! Desde quando a msica pode incomodar

    algum?

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    PAN: Eu sei que voc ama a msica, mas quando estudamos msica e especiicamente

    um instrumento musical, produzimos alguns sons, repetidas vezes, exerccios

    que s interessam para quem est aprendendo. Por isso, para evitar outros tipos

    de rudos devemos procurar um local adequado.

    ORFEU: Ah! Agora voc oi mais claro! Eu tenho uma idia, a sala do grmio estudantilest vazia e parece ser o local ideal para comearmos.

    PAN: Ok! Boa idia! Vamos l!

    ORFEU: Poxa vida! Nem acredito que vou aprender como se toca a lauta!

    PAN: Pegue aqui uma das lautas que sempre trago comigo. um presente. O que

    acha?

    ORFEU: Que lauta bonita! Olha o que t escrito aqui: - Flauta Doce Soprano

    Germnica!

    PAN: Isso mesmo, Oreu. Ns vamos utilizar a lauta germnica que o modelo maisacessvel e que podemos encontrar acilmente em qualquer livraria ou loja de

    instrumentos musicais. Existem outros modelos de lauta, mas isso ns veremos

    mais tarde, certo?

    ORFEU: Tudo bem! Como se az?

    PAN: simples! Observe que a lauta tem duas extremidades, sendo que uma delas

    arredondada e a outra cncava. A parte cncava a que colocamos nos

    nossos lbios.

    ORFEU: Assim?PAN: Isso mesmo. Olha, a lauta tem muitos oricios. Vamos combinar o seguinte:

    onde tem sete oricios ser a parte da rente e onde tem apenas um oricio ser

    a parte de trs da lauta, tudo bem?

    ORFEU: Tudo bem!

    PAN: Agora vamos ver como se segura a lauta. Com o polegar da mo esquerda,

    ns tampamos o oricio da parte de trs da lauta.

    ORFEU: Assim?

    PAN: Isso mesmo. Agora com o dedo indicador da

    mo esquerda ns tampamos o primeiro oricio

    da parte da rente da lauta, que est quase na

    mesma direo do oricio detrs.

    ORFEU: Muito bem Oreu. Observe se todos os oricios

    da lauta esto tampados, este detalhe muito

    importante para que o som saia bonito.

    Figura 1 - como segurar a lauta

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    Inesperadamente Orfeu d um forte sopro

    PAN: Que isso! Quanta ora! Voc sabia que este

    instrumento se chama lauta doce? Devemos sopr-

    la suavemente, docemente. Alm disso, procuramos

    no desperdiar nossa energia. Nenhum som deveser em vo...

    ORFEU: Ok, Pan! J entendi. Foi mal! Voc nem tinha

    terminado de me explicar e eu j ui assoprando de

    qualquer jeito.

    PAN: Tudo Bem! Antes de tocarmos esta primeira nota,

    vamos cantar um pouquinho? Voc conhece o

    Samba le-l, no ?

    ORFEU: Claro! Sam - ba - le - l_es - t- do_en - te, -st-com_a - ca - be - a- que - bra

    - da (cantarolando).

    PAN: Muito bom! Voc az jus ao seu nome, cantando to bem assim! Agora, Oreu

    voc deve substituir os versos da cano pronunciando a slaba DU.

    ORFEU: Assim?

    sam - ba - le - l_es - t- do_en - te, -st- com_a - ca - be - a- que - bra - da

    Du - du - du (...).

    PAN: Isso mesmo, Oreu. Agora voc deve pegar a sua lauta, com o polegar da mo

    esquerda tampando o oricio da parte detrs da lauta e o indicador tambm da

    mo esquerda tampando o oricio da parte da rente.

    Figura 2 nota si

    Figura 3 - nota longa si

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    PAN: Repouse a parte cncava da lauta no lbio inerior e depois com o lbio superior

    voc vai echar a sada do ar, de tal orma que ele saia s pela lauta. Com um sopro

    bem suave pronuncie a slaba DU, no ritmo da cano Samba Le-l.

    ORFEU: Poxa, Pan! Que legal! Acabo de tocar minha primeira msica na lauta! E, olha

    aqui os meus dedos, esto com a marca dos oricios! Parece at um carimbo!

    PAN: Isto comum acontecer! E veja como os crculos esto bem ormados, isto

    sinal que voc tampou os oricios corretamente. Voc sabe qual o nome desta

    nota que acabamos de tocar?

    ORFEU: No ao a mnima idia!

    PAN: Pois bem! Utilizando o dedo polegar e o dedo indicador da mo esquerda

    para tampar os oricios ormamos a nota SI. Voc sabe me dizer quais so as

    notas musicais, Oreu?

    ORFEU: So sete. D, r, mi, , sol, l, si.

    PAN: Muito bem. Voc acaba de alar o nome das notas musicais na orma ascendente,

    e como seria na orma descendente?ORFEU: Si, l, sol, , mi, r, d?

    PAN: Sendo assim voc saberia me dizer que nota teremos ao tampar o prximo

    oricio?

    ORFEU: Boa pergunta! Deixe-me pensar! Seria a nota L?

    PAN: Isso mesmo! E assim na medida em que ormos echando os oricios da parte

    da rente da lauta, de cima para baixo, temos a seqncia descendente das

    notas musicais. Para tocarmos a nota L, precisamos tampar o prximo oricio

    com o dedo mdio da mo esquerda.ORFEU: Assim? (mostrou Oreu)

    Figura 5 nota l Figura 6 nota longa l

    Figura 4 - nota siNo ritmo do Samba Lel com a Slaba du

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    PAN: Isso mesmo! Agora, vamos pronunciar a slaba du no ritmo da cano Samba

    Lel com a nota l.

    Figura 7 nota lNo ritmo do Samba Lel com a Slaba du

    ORFEU: Que tal, Pan?

    PAN: Muito bem! Voc est indo melhor do que eu imaginava. Vamos recapitular,

    Oreu. Primeiro vamos tocar com a nota si o ritmo do samba le-l e em seguida

    passamos para a nota L, entendeu?

    ORFEU: A primeira vez com a nota si, e em seguida com a nota l, no ritmo de Samba

    le-l. (repetiu Oreu)

    Figura 8 nota si e lNo ritmo do samba Lel com a slaba du

    PAN: isso a, Oreu! Agora relaxe um pouco os seus braos, porque ns seguiremos

    para a prxima nota, sabe qual ?

    ORFEU: Humm! (pensou) SOL!?!

    PAN: Isso mesmo, Oreu, a nota sol. Com o dedo anelar (o dedo que se coloca a

    aliana de casamento) tamparemos o prximo oricio (o 3. de cima para baixo).

    Lembre-se que para a nota si tampamos o oricio detrs mais o 1. da rente.

    Para a nota l, conservamos o polegar e o indicador tampando os oricios e

    utilizamos o dedo mdio para tampar o 2. oricio. Para azermos soar a nota

    sol, tampamos o 3. oricio e conservamos os outros tambm tampados. Ua!

    Vamos experimentar o som da nota sol? Assopre suavemente uma nota longa,

    um longo sopro.

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    ORFEU: Caramba, Pan! Quase iquei sem ar!

    PAN: Calma Oreu! Respire undo! Relaxe! O ar nosso principal aliado para tocarmos

    a lauta. Devemos procurar ter sempre uma reserva dele caso precisemos utiliz-

    lo. Vamos recapitular, no movimento descendente, tocaremos a nota si no ritmo

    do samba le-l, depois a nota l e por im a nota sol, tudo bem?ORFEU: J estou melhor, depois de respirar undo. Estou mais relaxado. Vamos l,

    ento:

    Figura 11 nota si, l e solNo ritmo do Samba Lel com a slaba du

    PAN: Parabns, Oreu! Sem rodeios, vamos para a prxima nota, sabe qual , Oreu?

    ORFEU: Agora icou cil! S pode ser a nota .

    PAN: Isso mesmo, Oreu. Para tocarmos a nota , precisaremos tampar o 4. oricio

    com o dedo indicador da mo direita.

    ORFEU: U, mas e o dedo minguinho da mo esquerda?

    Figura 9 nota sol Figura 10 nota longa sol

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    PAN: Boa observao, Oreu. O dedo minguinho da mo esquerda ns no

    utilizaremos para tapar os oricios. Lembre-se que a quantidade de oricios da

    lauta de oito, sendo sete na parte da rente e um na parte de trs. Portanto, alm

    do minguinho da mo esquerda, o dedo polegar da mo direita no tampar

    nenhum oricio; este servir para apoiar e segurar a lauta. O dedo polegar ter

    esta uno importante de apoio e icar na mesma direo do dedo indicador

    da mo direita.

    ORFEU: Entendi! Onde paramos mesmo Pan?

    PAN: Ah! Sim. Agora ns aremos a nota . Ento, tampando o 4. oricio da parte

    da rente da lauta com o dedo indicador da mo direita vamos tocar uma nota

    longa e ouvirmos como soa!

    ORFEU: Que tal, Pan? Agora nem iquei vermelho, pois antes de tocar respirei undo...

    PAN: Observe uma coisa Oreu. Voc se concentrou tanto no dedo indicador para

    azer a nota , que acabou se descuidando de tampar os outros oricios! Vamos

    tentar de novo, mas agora procure sentir se todos os oricios esto tampados,

    OK?

    ORFEU: Ento, t!

    PAN: Muito bem, Oreu! Vamos recapitular, tocando desde a nota si at a nota .

    Figura 12 nota Figura 13 nota longa

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    Figura 14 notas si, l, sol e No ritmo do Samba Lel com a slaba du

    PAN: Parabns, Oreu! Voc notou que na medida em que vamos recapitulando, ica

    cada vez mais cil passar de uma nota para outra?

    ORFEU: verdade, Pan. E estou azendo um esoro danado para gravar cada posioe as notas musicais correspondentes, imagino que isso seja importante, no?

    PAN: Certamente que sim! Agora ns estamos tocando as notas que so vizinhas no

    sentido descendente, logo estaremos tocando no sentido ascendente e depois

    as notas distantes, para toc-las precisaremos pensar rpido. Continuando, Oreu

    qual o nome da prxima nota?

    ORFEU: Seguindo a lgica s pode ser a nota Mi.

    PAN: Isso mesmo! Para executarmos a nota mi, basta que tampemos o 5o. oricio

    com o dedo mdio da mo direita...

    ORFEU: Assim, Pan?

    PAN: Isso mesmo, Oreu. Observe que na medida em que vamos tampando os

    oricios os sons vo icando cada vez mais densos, encorpados...

    Figura 15 nota mi Figura 16 nota longa mi

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    ORFEU: Ok! (conirmou Oreu)

    PAN: Continuando, qual a prxima nota, Oreu?

    ORFEU: Agora a nota R!

    PAN: Muito bem, Oreu! Para tocarmos a nota r, precisamos tampar o sexto oricio da

    parte da rente da lauta com o dedo anelar da mo direita. Lembre-se de assoprarmuito suavemente, pois como a nota mi, a nota r uma nota grave.

    PAN: Note como soa bonita esta nota grave... Toque toda a seqncia das notas no

    ritmo do samba le-l, um, dois, trs e...

    Figura 18 nota longa r

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    PAN: Vamos tocar a prxima, nota? Sabe qual , Oreu?

    ORFEU: S pode ser a nota D, no ?

    PAN: Isso mesmo, Oreu. Utilizaremos o dedo minguinho da mo direita para tamparmos

    o 7o. oricio da parte da rente da lauta. Sendo assim, todos os oricios estaro

    tampados para azermos soar a nota d. Veja que a nota d a nota mais dicil de

    az-la soar corretamente porque nem sempre conseguimos tampar bem todos osoricios, por isso nossa ateno tem de ser redobrada! Alm disso, necessrio um

    pequeno ajuste no encaixe da lauta para avorecer o tamanho do dedo mnimo da

    mo direita.

    Figura 19 notas si, l, , mi e rNo ritmo do samba lel com a slaba du

    Figura 20 nota d Figura 21 nota longa d3

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    ORFEU: Entendi Pan. Sentir todos os oricios bem echados. De preerncia que os

    dedos iquem carimbados com o crculo do oricio, no ?

    PAN: Isso mesmo, Oreu.

    ORFEU: E ento, Pan, como me sa?

    PAN: Muito bem! Vamos rever os sete sons, agora?

    ORFEU: pr j, Pan!

    Figura 22 notas si, l, sol, , mi, r e do3No ritmo do Samba Lel com a slaba du

  • 8/2/2019 caderno_musica- flauta

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    PAN: Muito Bem, Oreu! Voc conseguiu tocar todas as notas com um som muito

    bonito! Vamos tocar estas sete notas no sentido ascendente?

    Figura 23 notas do3, r, mi, , sol, l e siNo ritmo do Samba Lel com a slaba du

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    PAN: Muito bem Oreu! Para tocarmos a nossa primeira msica do incio ao im,

    devemos aprender a posio de mais uma nota!

    ORFEU: Qual ?

    PAN: A nota D aguda. Acabamos de aprender a nota d grave, ou d3. Agora ns

    vamos aprender como se toca a nota d aguda ou d4. simples, basta quevoc tampe o oricio da parte detrs, com o polegar esquerdo e o segundo

    oricio da parte da rente, com o dedo mdio da mo esquerda.

    PAN: Exatamente, Oreu. Desta vez ns vamos comear no sentido ascendente at

    chegar nota d aguda e em seguida, sem parar ns retornamos no sentido

    descendente at a nota d grave, ou d3.

    ORFEU: Vamos l!

    Figura 24 nota d4 Figura 25 nota longa d4

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    Figura 26 escala diatnica de d maior (ascendente e descendente)no ritmo do samba lel com a slaba du

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    PAN: Vencemos nosso primeiro obstculo. Agora j sabemos as posies das notas

    e reconhecemos como elas soam. Agora relaxe um pouco, Oreu. Escute uma

    msica de L. Enriquez e letra adaptada de Chico Buarque de Holanda que se

    chama Minha Cano

    Dorme a cidadeResta um corao

    Misteriosa

    Faz uma iluso

    Soletra um verso

    L na melodia

    Singelamente

    Dolorosamente

    Doce a msica

    Silenciosa

    Larga o meu peito

    Solta-se no espao

    Faz-se certeza

    Minha cano

    Rstia de luz onde

    Dorme o meu irmo

    ORFEU: Hei, Pan agora estou me lembrando desta msica! L em casa eu tenho um

    disco (CD) chamado Os Saltimbancos que tem esta msica.

    PAN: isso mesmo, Oreu. Esta msica oi utilizada numa pea teatral pelo grupo

    Os Saltimbancos os personagens so animais que adoram msica. Eles tocam

    e cantam, muito divertido...

    ORFEU: Eu tambm gosto! Mas ento, o que aremos agora?

    PAN: Voc notou algo dierente nesta msica, Oreu?ORFEU: Como assim, Pan?

    PAN: Nos versos da msica, voc notou alguma coisa?

    ORFEU: Observando o incio de cada rase, podemos identiicar que so os nomes

    das sete notas musicais, dorme a cidade a nota d, resta um corao a nota r e

    assim por diante.

    PAN: Muito bem, Oreu! E sabe mais uma coisa? Cada rase corresponde realmente

    ao som que leva o seu nome!

  • 8/2/2019 caderno_musica- flauta

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    ORFEU: Como assim, Pan?

    PAN: Vou usar o mesmo exemplo que voc alou. Dorme a cidade soa sempre com

    a nota d, assim como ns izemos com o samba-le-l, tocando no ritmo da

    msica a mesma nota.

    ORFEU: Voc est querendo me dizer que para tocar Resta um corao basta eu tocarsempre a nota R?

    PAN: Exatamente! Vamos experimentar?

    MINHA CANO L. ENRIQUEZ e Adaptao de CHICO BUARQUE

    D: dorme a cidade: d, d, d,d, d

    R: Resta um corao: r, r, r, r, r

    Mi: Misteriosa: mi, mi, mi, mi, mi

    Fa: Faz-se uma iluso: , , , , Sol: Soletra um verso: sol, sol, sol, sol, sol

    L: L na melodia: l, l, l, l, l, l

    Si: Singelamente: si, si, si, si, si

    Do (4): Dolorosamente: d, d, d, d, d, d

    Segue a msica, de forma descendente:

    D (4): Doce a msica: d, d, d, d, d, d

    Si: silenciosa: si, si, si, si, siL: Larga o meu peito: l, l, l, l, l, l

    Sol: solta-se no espao: sol, sol, sol, sol, sol

    F: az-se certeza: , , , ,

    Mi: minha cano: mi, mi, mi, mi, mi

    R: rstia de luz onde: r, r, r, r, r

    D (3): dorme o meu irmo: d, d, d, d, d, d

    ORFEU: Olha! Consegui tocar a msica inteirinha e ainda sendo acompanhado por

    outros instrumentos bem legais!

    PAN: Muito bem, Oreu! Agora preciso ir! Mas antes, gostaria de deixar esta partitura

    para voc estudar!

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    Figura 27 minha canoL. Enriquez Traduo e adaptao de Chico Buarque

    ORFEU: Que legal Pan! Muito obrigado! Mas eu no sei ler as notas musicais!

    PAN: Calma Oreu! De qualquer orma voc j pode ir se acostumando com as

    inormaes que existem numa partitura. Alm disso, voc pode exercitar em

    casa e, no nosso prximo encontro, veremos que esta msica vai soar muito

    melhor do que soou hoje, tudo bem?

    ORFEU: Tudo bem! At amanh!

  • 8/2/2019 caderno_musica- flauta

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    Tema 2 reconhecendo a partitura

    No dia seguinte 27: 43:

    ORFEU: Ol, Pan! Tudo bem?

    PAN: Tudo! E voc, como est?

    ORFEU: Tudo bem. Sabe, toquei a Minha Cano para minha amlia ouvir. Eles

    gostaram tanto que at me aplaudiram!

    PAN: mesmo? Pois ento vamos tocar a Minha Cano para aquecermos os

    dedos e depois vamos ver o que eu trouxe para esta nossa segunda aula de

    lauta!

    PAN: Olhe, eu trouxe uma msica muito legal. Dizem que uma das mais belas

    melodias j criada pelo homem. Porm, precisamos aprender a posio de mais

    uma nota musical.

    ORFEU: E qual esta nota nova, Pan?

    PAN: a nota R4, ou o r agudo.

    ORFEU: E como a posio da nota r aguda, Pan?

    PAN: simples. Ns aremos a mesma posio da

    nota Do4 (aguda), porm tiraremos o dedo

    polegar esquerdo do oricio detrs.

    ORFEU: Assim?

    PAN: Isso mesmo, Oreu. Vamos exercitar?ORFEU: Ok! Nota longa, Pan?

    PAN: Sim, Oreu.

    ORFEU: Que interessante! As notas agudas soam muito mais ceis, no Pan?

    PAN: Certamente! Por isso devemos exercitar bastante as notas graves para que elas

    acabem soando igualmente cil!

    PAN: Olhe, esta a nova msica. Ode Alegria de Beethoven.

    Figura 28 nota r com oricio

    aberto (atrs)

    Figura 29 nota r4

    Figura 30 nota longa r4

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    Ode Alegria

    Figura 31 ode alegriaBeethoven, Ludwig Van 1823

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    ORFEU: Embaixo de cada nota musical est escrito seus respectivos nomes, no

    mesmo Pan?

    PAN: isso a! (concordou Pan) Isto apenas uma preparao para uturamente

    ns tocarmos a partitura, sem que tenha o nome das notas escrito embaixo.

    Imagino que de tanto manusear as partituras, em breve voc reconheceras notas e suas duraes naturalmente. Vamos ouvir a msica Ode Alegria

    de Beethoven? Penso que voc j a conhece, pois ela muito executada por

    orquestras do mundo inteiro. - Ode Alegria

    ORFEU: Claro que conheo esta msica! Meu pai gosta de ouvir este tipo de msica l

    em casa!

    PAN: Voc diz msica erudita, no ?

    ORFEU: Sim, msica erudita. Posso tentar toc-la, agora?

    PAN: Certamente, Oreu! (...)ORFEU: E ento, Pan? Como que eu me sa?

    PAN: Como leitura primeira vista est timo, mas podemos melhorar. Experimente

    tocar mais devagar. Tocando um pouco mais lento, voc se sai melhor.

    ORFEU: Realmente!

    PAN: assim que ns estudamos peas musicais desconhecidas. Primeiro,

    lentamente, vencemos as diiculdades e depois tocando cada vez mais rpido,

    at chegar ao andamento ideal.

    ORFEU: Vamos tocar mais uma vez, Pan? Voc tem um bom gosto para escolher asmsicas, hein? E por coincidncia eu as conhecia!

    PAN: Mais tarde, voc vai escolher uma msica para tocarmos na lauta,

    combinado?

    ORFEU: Combinado!

    PAN: Ento, se prepare, respire undo que vamos comear a Ode Alegria! - Ode

    Alegria

    ORFEU: Uau! (vibrou Oreu) A primeira coisa que arei quando chegar em casa ser

    mostrar para a minha amlia como eu sei tocar esta linda msica.

    PAN: Espero que eles tambm gostem. At amanh, Oreu!

    ORFEU: At amanh, Pan!

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    Tema 3 cantando: do olclore ao universal

    No dia seguinte, Pan trouxe mais uma nova pea musical! 32: 48

    ORFEU: O que voc preparou para hoje, Pan?

    PAN: Hoje eu trouxe uma msica bem conhecida, uma cantiga olclrica. Ela se

    chama Senhor capito!

    ORFEU: Cantiga olclrica? Sabe Pan, minha av me deu um CD com muitas dessas

    msicas gravadas pelo coro inanto-juvenil do Teatro Municipal do Rio de

    Janeiro.

    PAN: Sim! E as msicas azem parte do Guia Prtico de Villa-Lobos. Ele oi um

    importante msico brasileiro e pesquisador das msicas tradicionais do

    Brasil. Ele viajou o pas inteiro recolhendo inormaes musicais que depois

    as transormou em belssimos arranjos para orquestras. Tambm criou o Guia

    Prtico para ser utilizado nas escolas, que tinham, no horrio regular de aulas, amatria Msica.

    Que tal voc pesquisar um pouco sobre msica olclrica?

    ORFEU: Como devo azer? Voc conhece algum site?

    PAN: Sim. Mas voc tambm pode ir direto a um dicionrio de msica, ou a um

    dicionrio de olclore.

    ORFEU: Pode ser um bom comeo.

    PAN: Certamente, Oreu. Aqui est a partitura. Enquanto voc a observa eu vou

    cantar Senhor Capito!

    Figura 32 senhor capito

    ORFEU: Esta cano bem curtinha, no Pan?

    PAN: Realmente, Oreu. Ns vamos tocar s a primeira parte dela e isso tem uma

    razo de ser. Imagino que precisamos exercitar a digitao das posies dos

    dedos na lauta. Desta orma, podemos inserir peas mais diceis na medida em

    que tenhamos certo domnio da digitao!

    ORFEU: Sabe que aprender assim bem legal. Vamos tocar juntos Senhor Capito?

    PAN: Vamos l!

    ORFEU: E ento, Pan. Como que eu me sa?

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    PAN: To bem que eu vou lhe apresentar outra msica!

    ORFEU: Qual?

    PAN: outra cantiga olclrica. Ela se chama A canoa virou.

    ORFEU: Ah! Esta eu me lembro bem! A canoa virou, oi pro undo do mar...

    PAN: Sabe Oreu. sempre bom que a gente tambm cante as msicas que

    queremos tocar. A nossa voz, dizem, o instrumento musical mais pereito que

    existe! Portanto, se cantarmos e tocarmos estaremos exercitando duas ormas

    de expresso musical. Uma ajuda a outra.

    ORFEU: Ento por que ns no aprendemos umas msicas mais atuais, mais

    agitadas?

    PAN: Calma, Oreu! Ns estamos apenas comeando a aprender as posies na

    lauta. Procuramos aprender as posies com as msicas que conhecemos,

    que sejam mais simples, para depois acrescentarmos novas posies e assimpodermos tocar qualquer msica. A inteno tocarmos tambm msicas que

    ainda no conhecemos, e isto ser possvel quando estivermos lendo bem a

    notao musical.

    ORFEU: Notao musical, Pan?

    PAN: Isso mesmo, Oreu. Notao musical so todos os signos e smbolos que

    utilizamos para expressar uma idia musical no papel, na partitura.

    A mais antiga orma de notao a literal (letras, alabeto), empregada pelos gregos

    e outros povos da Antigidade (500 a.C). Ainda hoje se empregam os nomes e sinais

    das notas. Por exemplo:

    L Si D R Mi F Sol

    A B C D E F G

    Muito mais utilizadas hoje para indicar a harmonia de determinado trecho musical.

    ORFEU: Dizem que a msica uma linguagem universal, ser por causa da notao

    musical, Pan?

    PAN: Veja Oreu. No resta dvida que a notao musical utilizada pelo Ocidente

    auxilia na universalidade da expresso musical. Alis, a disseminao desta

    notao adotada por ns se deve Igreja Catlica Romana que, na medida em

    que evangelizava os povos e naes de vrios pontos da Terra, criou um livro

    chamado Antionrio, para que servisse de norma a todo o mundo catlico,

    universalizando assim a escrita musical que hoje conhecemos. Mas a histria

    longa e cheia de detalhes.

    ORFEU: Voc alou em msica do Ocidente. E a msica do Oriente?

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    PAN: Na ndia, por exemplo, a msica transmitida muito mais de orma oral do

    que pela escrita, as distncias entre os intervalos das notas so dierentes das

    que utilizamos em nossa msica. Talvez voc encontre mais inormaes em

    suas pesquisas.

    ORFEU: Este assunto est muito interessante, Pan. Mas a gente poderia tocar umpouco, no acha?

    PAN: Concordo! Ento mos obra, a msica A canoa virou. A canoa virou

    Figura 33 a canoa virou

    ORFEU: Que legal poder tocar esta msica!

    PAN: e voc que j est conseguindo digitar as posies com maior naturalidade.

    ORFEU: Pan, me diga uma coisa. Por que so usadas cinco linhas para escrever

    msica?

    PAN: Boa pergunta, Oreu! Com a expanso da Igreja, tambm oram criadas escolas

    para o ensino e aprendizagem das canes usadas nos ritos litrgicos. Algumas

    canes eram muito conhecidas e bastava o poema para lembrar como se canta.

    Porm surgiam novas msicas e sua divulgao era dicil, mesmo utilizando

    alguns sinais chamados de notao neumtica, que so signos, espcie de

    pequenos acentos, indicando o movimento ascendente ou descendente damelodia colocados sobre as slabas do texto. Para saber a altura dos sons usou-

    se uma linha identiicada com a letra F no seu incio, signiicando que todo o

    ponto que osse ali desenhado seria a nota . Pontos desenhados abaixo e

    acima da linha eram acilmente reconhecidos. Mais tarde oram acrescentadas

    outras linhas.

    ORFEU: Quer dizer que os msicos oram acrescentando inormaes aos poucos para

    se chegar atual notao musical?

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    PAN: Isso mesmo, Oreu! Foi no sculo XI que o Monge Beneditino Guido DArezzo

    apereioou o sistema de escrita musical. Foi ele quem introduziu as claves para

    indicar o ponto de partida na leitura das notas. Por exemplo, o desenho da clave de

    sol inicia na 2a. linha. Portanto, toda nota desenhada na 2a. linha se chamar sol.

    ORFEU: Pan, existem outros tipos de clave?PAN: Sim. As claves mais usadas so a de sol, de e de d. Mas para o nosso estudo

    da lauta doce usaremos apenas a clave de sol.

    ORFEU: Isto quer dizer, Pan, que se eu sei onde est a nota sol, posso descobrir as

    outras notas?

    PAN: Exatamente Oreu. Se a nota sol est na segunda linha

    a nota que vem antes do sol . F estar no primeiro

    espao. A nota que vem depois do sol l. L estar

    desenhada no segundo espao. Depois de l vem a nota

    si, que ser desenhada na 3a. linha, e assim por diante.

    Figura 35 linhas e espaos da pauta

    ORFEU: Ento a nota que eu desenhar na 1a. linha ser a nota mi?

    PAN: Isso mesmo. Ns contamos sempre a seqncia das linhas de baixo para cima,

    por isso a primeira linha ser sempre a nota mi. A segunda linha a nota sol, a 3a. a

    nota si, a 4a. a nota r e a 5a. linha a nota . O primeiro espao ser a nota ....

    ORFEU: Deixe-me ver se consigo continuar... o segundo espao ser a nota l, o terceiro

    espao a nota d e o quarto espao a nota mi.

    PAN: Muito bem, Oreu. Penso que por hoje j chega, no?

    ORFEU: mesmo, Pan. At amanh!

    PAN: At amanh, Oreu!

    Figura 34 clave de sol

  • 8/2/2019 caderno_musica- flauta

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    Tema 4 apreciando: histria e pesquisa

    No dia seguinte... 42 27

    ORFEU: Ol, Pan. Fiquei observando as partituras e muitas dvidas comearam a

    surgir...

    PAN: Isto muito bom, Oreu! Que tipo de dvida voc tem?

    ORFEU: Que signiicam os nmeros que vm escritos logo depois da clave? e por que

    a mesma nota desenhada com ormatos dierentes?

    PAN: Voc se reere ao nmero de compasso. A necessidade de dierenciar as

    diversas vozes que eram entoadas durante a mesma msica, ez com que os

    estudiosos desenhassem as notas com ormatos dierentes para indicar qual a

    sua durao. Para cada ormato de nota tem um nome correspondente, por

    exemplo: semibreve, mnima, semnima, colcheia, semicolcheia entre outras. A

    relao entre elas de dobros e metades, sem alar do ponto de aumento queaumenta a metade do valor da igura. Veja a igura abaixo:

    Figura 36 valores das notas

    ORFEU: Esses ormatos de notas, muitos deles esto nas partituras das msicas que

    ns aprendemos, no mesmo, Pan?PAN: isso a, Oreu. Embora existam outras as ormas e valores, so estes os ormatos

    que vamos utilizar neste primeiro momento.

    ORFEU: Como que surgiram os nomes das sete notas, Pan?

    PAN: Isto se deve mais uma vez criatividade do Monge Guido DArezzo. Para ensinar

    a altura das notas musicais para seus alunos, Guido utilizou-se da primeira estroe

    do Hino a So Joo, cuja primeira slaba de cada verso correspondia s suas

    respectivas alturas.

  • 8/2/2019 caderno_musica- flauta

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    UT QUEANT LAXIS Para que possam

    RESONARE FIBRIS Ressoar as maravilhas

    MIRA GESTORUM De teus eitos

    FAMULI TUORUM Com largos cantos

    SOLVE POLLUTI Apaga os erros

    LABII REATUM Dos lbios manchados

    SANCTE JOANNES So Joo

    Puriicai bem aventurado Joo os nossos lbios polutos (manchados) para podermos cantar dignamenteas maravilhas que o Senhor realizou em Ti.

    PAN: Posteriormente a slaba ut e oi substituda pela slaba D que soava melhor

    para o canto e a slaba sa transormou-se em si adaptada pelos trovadores.

    ORFEU: Esta ttica utilizada pelo Monge Guido com o hino a So Joo parece com a

    que voc utilizou para eu aprender o nome e a posio das notas na pauta com

    a msica Minha Cano!

    PAN: Fico eliz por voc ter notado.

    ORFEU: Guido DArezzo utilizou um hino conhecido para que seus alunos ixassem

    a altura das notas musicais. Voc utilizou uma msica muito legal para que eu

    aprendesse as posies das notas na lauta bem como na pauta musical.

    PAN: Muito bem, Oreu! Hoje eu trouxe uma nova msica para aumentarmos o

    nosso repertrio. Ela chama-se Peixe Vivo

    Figura 37 peixe vivo

  • 8/2/2019 caderno_musica- flauta

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    ORFEU: J sei, descobri na minha pesquisa que essa uma msica do olclore brasileiro.

    Toda vez que eu toco e canto as msicas do olclore meus pais contam algumas

    experincias que tiveram quando estudavam. Eles dizem que aprendiam msica

    na escola, que cantavam em corais, que brincavam de rodas.

    PAN: Que legal! Os seus pais devem ser bem comunicativos!ORFEU: Sim! E por causa da lauta ns temos conversado muito mais. Alm do apoio

    deles para estudar a lauta, tambm cantam as msicas comigo. Minha irm

    mais nova s vezes at dorme quando eu estou tocando. O meu cachorro uiva

    bem alto e da ormamos uma banda, ah! Ah! Ah!

    PAN: T bom, t bom, Oreu! Vamos tocar, ento?

    ORFEU: pr j!

    Sabe como continua esta histria? Oreu aprendeu a tocar lauta muito bem e ensinou

    a vrios amigos o que sabia. Tambm passou a cantar com maior segurana e nunca maisse sentiu sozinho. Podia cantar melodias, tocar, aprender outros instrumentos...

    Agora voc tambm j sabe o que Oreu aprendeu e pode tocar as prximas msicas

    do repertrio sempre que quiser.

    Ainda h muito para aprender e praticar, cada dia um pouquinho mais!

    V em rente e conhea as possibilidades que a msica oerece. Poder estudar msica

    avorecer a sensibilizao dos sentidos e contribuir para uma educao integral do ser

    humano, em seu processo permanente de desenvolvimento e humanizao.

    Nenhuma vida segue igual depois da msica!!!

  • 8/2/2019 caderno_musica- flauta

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    Figura 38 nota si

    A Flauta e o Pentagrama

    Vamos rever a posio da nota si na lauta doce? Observe que a Foto n 1 indica que

    se deve tampar o primeiro oricio com o dedo indicador da mo direita. No se esquea

    de tampar o oricio da parte de trs da lauta.

    Conorme indica a Figura 38, experimente tocar uma nota longa. Em seguida toque

    quatro notas curtas a primeira orte, a segunda raca, a terceira meio orte e a quarta raca.

    Nota l: observe a Foto 2 e veja como a posio da nota l na lauta. Mantenha o dedo

    indicador e acrescente o dedo mdio da mo direita para tampar os dois oricios. O oricio

    da parte detrs da lauta dever ser mantido tampado, quando or necessrio destamp-lo

    haver indicao para isso. Vamos tocar a nota l? Som longo e quatro sons curtos...

    Figura 39 nota l

    A Figura 39 mostra que as linhas e espaos onde as notas so escritas chamam-sepauta ou pentagrama. A nota l escrita no segundo espao da pauta. As linhas e espaos

    da pauta so contados de baixo para cima.

    Nota sol: observe a posio da nota sol na Foto 3. Os trs primeiros oricios devem ser

    tampados utilizando-se os dedos indicador, mdio e anelar. Quando voc tocar a nota sol

    longa experimente contar mentalmente at quatro, devagar.

  • 8/2/2019 caderno_musica- flauta

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    Figura 40 nota sol

    A Figura 40 mostra a clave de sol, a posio da nota sol na pauta, e a clave de . As

    claves mais usadas so as de sol e . Utilizaremos a clave de sol para tocar as msicas na

    lauta. A clave de utilizada nas msicas escritas para a mo esquerda dos instrumentos

    de teclado e para instrumentos graves como o trombone, contrabaixo e violoncelo.

    Nota na clave de sol: observe na Foto 4 como se az a posio da nota . Devem-se

    tampar quatro oricios com os dedos indicador, mdio, anelar e o dedo indicador da mo

    direita. O dedo polegar da mo direita servir como apoio para segurar a lauta.

    A Figura 41 mostra a rmula de compasso. Quando uma partitura musical apresenta

    esta rmula de compasso dizemos que a msica est em quatro por quatro.

    Nota mi: a Foto 5 mostra a posio dos dedos para tocar a nota mi na lauta. Devem-se

    tampar cinco oricios com os dedos indicador, mdio e anelar da mo esquerda e o dedoindicador e mdio da mo direta. Experimente tocar a nota mi suavemente.

    Figura 41 nota

  • 8/2/2019 caderno_musica- flauta

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    41

    Figura 42 nota mi

    A Figura 42 mostra como composta a rmula de compasso. Podemos observar

    que a rmula de compasso pode ser escrita de duas ormas: utilizando o nmero 4 no

    denominador ou uma semnima.

    Nota r: a Foto 6 mostra que para se tocar a nota r necessrio tampar seis oricios,utilizando os dedos indicador, mdio e anelar da mo esquerda e os dedos indicador,

    mdio e anelar da mo direta.

    Figura 43 nota r

    A Figura 43 indica que as duas linhas verticais (barras ou travesses) dividem a

    pauta em compassos. Neste caso so dois compassos: no primeiro est a nota r longa

    (semibreve) e no segundo compasso esto quatro semnimas. A rmula de compasso

    indica que dentro do compasso podem-se escrever notas que no ultrapassem o valor

    de quatro semnimas. Uma semibreve equivale ao valor de quatro semnimas.

    Nota d: a Foto 7 mostra que para se tocar a nota d tampam-se sete oricios, utilizando

    os dedos indicador, mdio e anelar da mo esquerda e os dedos indicador, mdio, anelar

    e o mnimo da mo direta. Experimente tocar a nota d suavemente. Veja se todos os

    oricios esto bem tampados. Quanto mais grave or a nota mais ateno devemos ter

    para que o som seja emitido corretamente.

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    42

    Figura 44 nota d

    A Figura 44 mostra que a barra de compasso serve para separar um compasso do outro,

    a soma dos valores do compasso deve ser igual deinida na rmula de compasso. Assim,

    veriicamos que o primeiro compasso est preenchido com o valor de uma semibreve

    que equivale a quatro semnimas. O segundo compasso est preenchido com quatro

    semnimas. Duas mnimas preenchem o terceiro compasso.

    Veriicamos que a nota d est escrita na linha suplementar inerior. Este o nome

    dado s pequenas linhas escritas acima ou abaixo da pauta para continuarmos escrevendo

    as notas quando as cinco linhas no so suicientes.

    Nota d 4: observe que a Foto 8 indica que se deve tampar o segundo oricio com o

    dedo mdio da mo direita. No se esquea de tampar o oricio da parte de trs da lauta.

    Para saber qual a altura da nota d usamos a indicao de d 3 ou d 4. Quando se utilizar

    d 3 devemos tocar o d grave. Quando utilizarmos o d 4 devemos tocar o d agudo.

    Figura 45 nota d 4

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    43

    Nota r 4: para tocarmos a nota r 4 basta manter o dedo mdio tampando o segundo

    oricio da rente e destampar o oricio da parte detrs da lauta, conorme podemos

    observar na Foto 9.

    Figura 46 nota r4

    A Figura 46 indica que a semnima a unidade de tempo. A unidade de tempo

    determinada no denominador da rmula de compasso. Se soubermos o valor da unidade

    de tempo (indicada pelo denominador) e a quantidade (indicada pelo numerador)

    podemos calcular quantas unidades de tempo so necessrias para preencher o valorintegral do compasso. Neste caso so quatro semnimas. Sabemos que a semibreve dura o

    mesmo tempo que quatro semnimas. Sendo assim, a nota que sozinha preenche o valor

    do compasso chamada de unidade de compasso.

    Nota sol #: conorme observamos na Foto 10, a posio do sol sustenido deve ser eita

    como se estivssemos azendo a posio da nota mi destampando o dedo anelar da mo

    esquerda. Ou seja, devemos usar os dedos indicador e mdio da mo esquerda e os dedos

    indicador e mdio da mo direita.

    Figura 47 nota sol #

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    44

    Para ilustrar o exemplo acima utilizaremos parte do teclado do piano, como mostra a

    Figura 48: a nota sol# est um semitom acima da nota sol.

    rb

    d#

    r mi sol l si d r

    mib

    r#

    solb

    #

    lb

    sol#

    sib

    l#

    rb

    d#

    mib

    r#

    Figura 48 nota sol # ou l b

    No entanto, ela est um semitom abaixo da nota l. Sendo assim, a mesma nota pode

    receber dois nomes dierentes. Sol sustenido, pois est um semitom acima da nota sol. L

    bemol, pois est um semitom abaixo da nota l.

    Sendo assim, podemos tocar doze sons de orma ascendente utilizando os sons

    naturais e os sustenidos,

    r r# mi # sol sol# l l# si d d#

    bem como tocar doze sons utilizando os sons naturais e os bemis de orma descendente:

    r rb d si sib l lb sol solb mi mib

    Observe que entre as notas mi e si d no existem teclas pretas no piano. Isto

    porque o intervalo entre essas notas de um semitom.

    Nota mi 4: conorme observamos na Foto 11, para azermos soar a nota mi 4 basta

    manter a mesma posio da nota mi 3 destampando metade do oricio detrs a lauta.

    Figura 49 nota mi 4

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    45

    Experimente tocar a nota mi4 com a nota longa (semibreve), contando at quatro

    lentamente e depois quatro notas curtas (semnimas), acentuando o primeiro e o terceiro

    tempos.

    Nota #: de acordo com a Foto 12 observamos que para tocar a nota sustenido

    devemos tampar todos os oricios da lauta e levantar o dedo indicador da mo direita.

    Figura 50 nota #

    Vamos tocar a nota # seguindo a orientao da Figura 50. A semibreve deve soar longa

    e as quatro semnimas devem soar curtas, sendo acentuadas a primeira e a terceira notas.

    Nota sib: para azer a posio da nota sib devemos tampar o primeiro oricio com

    o dedo indicador da mo esquerda, manter destampado o segundo oricio, tampar o

    terceiro oricio com o dedo anelar da mo esquerda e com o dedo indicador da mo

    direita tampar o quarto oricio, conorme mostra a Foto 13.

    Figura 51 nota sib

    Conorme observamos anteriormente na Figura 51 a nota sib pode ser chamada de l#,o som o mesmo. Portanto, quando encontrarmos na pauta a nota l# saberemos que a

    posio na lauta ser a mesma da nota sib.

    A Figura 51 nos mostra que a barra ou travesso inal composta por duas linhas verticais,

    sendo uma ina e outra grossa. Indica o ponto inal da escrita musical.

    Essas so as posies na lauta que utilizaremos neste Caderno. Para conhecer todas as

    posies da lauta e aproundar seus conhecimentos tericos e prticos procure uma escola

    especializada em msica.

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    Quadro sntese

    Observe a Figura 52 para relembrar contedos que tratam da notao musical.

    Figura 52 reconhecendo a partitura

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    Parte II: Partituras Comentadas e Situaes deAprendizagem

    Tema 5: Fera Pantera

    Figura 53 partitura Fera Pantera

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    5.1 O contexto da cano

    Atividade para ser desenvolvida em grupos.

    Escreva as respostas das questes em papel sulite para serem entregues ao proessor.

    Lembre-se de colocar os nomes dos componentes do grupo, nome da escola, turma, sriee data.

    Descreva o que voc aprendeu sobre os autores da composio.a.

    Qual o motivo especico desta msica para ter sido composta?b.

    Quais so os signiicados da palavra Fera no contexto desta cano?c.

    5.2 Vamos ouvir ativamente a cano? (Fera Pantera, CD tema 5).

    Sobre o que trata esta cano?a.

    O que isso signiica?b.

    Como os elementos ormadores da Fera Pantera contribuem para as comparaesc.

    com a Pantera Cor de Rosa?

    5.3 Canto

    Antes de cantar, preciso aquecer as cordas vocais. Preste ateno nas orientaes do

    proessor para os exerccios de respirao e a cano escolhida para o aquecimento vocal.

    Para cantar Fera Pantera necessrio alcanar tanto notas agudas quanto graves.

    Figura 54 notas agudas e graves

    Quando o proessor colocar o CD gravado com os instrumentos e as vozes, procure

    acompanhar a msica cantando suavemente. Isso importante para voc notar as

    dierentes alturas dos sons, o ritmo, a intensidade, o timbre dos instrumentos e das vozes

    que esto interpretando a msica. Depois de aprendido o canto e as entradas para a lauta

    e a voz, voc j pode cantar utilizando a base instrumental (play back).

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    5.4 Ritmo

    Oua a cano Fera Pantera (gravao instrumental e vocal) e observe como o ritmo

    sugerido com o estalo de dedos executado na introduo.

    Observe que no primeiro compasso o primeiro tempo uma pausa de semnima (1

    tempo). No segundo tempo voc estala os dedos. Pausa de semnima no terceiro tempo

    e estalo de dedos no quarto tempo.

    O segundo exemplo da Figura 55 mostra dois compassos para bater dois dedos damo direita na palma da mo esquerda. O primeiro tempo do primeiro compasso uma

    pausa de semnima, o segundo e o terceiro tempo tm uma colcheia pontuada e uma

    semicolcheia. O quarto tempo tem uma colcheia pontuada e uma semicolcheia ligada ao

    primeiro tempo do prximo compasso que uma semnima.

    Para voc executar este trecho rtmico basta lembrar como inicia a letra da Fera Pantera

    e bater os dedos neste ritmo: olha o passo dela. Lembrou? Ento s bater os dois dedos

    na palma da mo neste ritmo.

    O terceiro exemplo rtmico sugere que voc bata palmas. Conorme a Figura 56 o

    primeiro tempo do compasso uma pausa de um tempo (semnima). No segundo tempo

    tem uma colcheia pontuada e uma semicolcheia. O terceiro tempo uma semnima e o

    quarto tempo uma pausa de semicolcheia. Para executar esse ritmo lembre-se da primeira

    rase da Fera Pantera utilizando somente trs slabas: Olha_o pa. Conte um tempo e batatrs palmas, conte dois tempos e bata novamente Olha_o pa e assim sucessivamente no

    ritmo de Fera Pantera. Preste ateno na regncia do proessor e boa execuo.

    Atividade:

    Com base nas notas musicais e pausas da Figura 57 crie um ritmo para a Msica Fera

    Pantera e escreva-o na pauta abaixo:

    Figura 55 exerccio rtmico

    Figura 56 exerccio rtmico

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    Figura 57 iguras de som e de silncio

    Figura 58 exerccio rtmico

    5.5 Leitura musical

    De acordo com o que voc aprendeu, diga o que signiica o seguinte sinal:

    Figura 59 notao

    Observe que a Figura 59 mostra que h quatro sugestes meldicas para seremexercitadas.

    Figura 60 exerccio meldico

    No primeiro compasso a sugesto que se exercite a nota mi aguda. Experimente

    cant-la lembrando da segunda parte da Fera Pantera Hoje a loresta. As duas notas mi

    soam quando cantamos as slabas res ta. Depois de cantar pegue a sua lauta e toque

    no ritmo da cano a colcheia pontuada e a semicolcheia ligada mnima pontuada. Essa

    segunda nota soar mais longa que a primeira. Lembre-se que a posio da nota mi aguda

    na lauta semelhante nota mi grave, devendo-se destampar a metade do oricio da

    parte detrs da lauta.

    A segunda sugesto de exerccio da Figura 60 mostra as notas r e d agudas. Observe

    que uma colcheia seguida de outra colcheia ligada mnima. Neste caso lembre-se do

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    trecho onde se canta e todos vo danar. Estas duas notas se reerem a danar. Cante

    primeiramente e todos vo danar, depois somente danar algumas vezes antes de

    executar este trecho na lauta. Depois disso, acrescente a nota l e voc estar azendo o

    exerccio nmero quatro onde se canta vo danar.

    O exerccio nmero trs se reere ao canto da ltima rase do primeiro verso A FeraPantera d, l, sol, mi, d, d veja este trecho no compasso nmero oito da partitura.

    Depois de cantar este trecho execute-o na lauta.

    5.6 Representao

    A cano Fera Pantera sugere movimento. Enquanto voc az a marcao rtmica

    experimente alguns movimentos que a letra sugere (gingar, dar alguns passos para os

    lados, balanar) e invente os seus prprios gestos.

    5.7 Execuo instrumental

    Depois de aprendido o canto e de ter exercitado alguns ritmos e trechos meldicos

    voc poder cantar e executar a sua lauta muito melhor. Ento s organizar o seu

    material:

    partitura;

    lauta;

    aparelho para reproduzir o CD;

    CD;

    e prestar ateno na regncia do proessor para iniciar a Fera Pantera.

    5.8 Ponto de aumento e ligaduras

    Observamos na msica Fera Pantera a presena de iguras pontuadas e ligadas.

    Esse recurso utilizado para aumentar o valor de determinada nota dentro do mesmo

    compasso. Uma nota pontuada aumenta a metade do valor da sua durao.

    Figura 61 notas pontuadas

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    A Figura 61 mostra que o sinal de ligadura aumenta o valor da nota ligando-a a outra

    nota. Veja o exemplo abaixo:

    Conorme observamos na Figura 62 enquanto o ponto de aumento altera o valor da

    nota acrescentando a metade do seu valor, a ligadura altera o valor da nota conorme o

    valor da nota ligada.

    5.9 Fermata, suspenso e ponto de diminuio

    Outro sinal que aumenta o valor da nota a ermata.

    . A ermata escrita

    sobre a nota ou pausa. Quando sobre a pausa seu nome suspenso. O aumento do seu

    valor depender do intrprete ou regente. Conorme podemos ver na Figura 63 h uma

    tendncia entre os intrpretes de se manter a execuo da nota e a suspenso do som por

    um tempo que corresponde metade do seu valor.

    A Figura 63 nos mostra o ponto de diminuio escrito sob a nota musical. Neste caso

    a nota deve ser diminuda da metade do seu valor. O ponto de diminuio se reere

    maneira seca e curta de se executar o som staccato. Sendo assim, no se usa ponto de

    diminuio para as pausas.

    Atividade:

    Escreva na pauta abaixo alguns trechos da msica Fera Pantera onde aparecem

    ligaduras e pontos de aumento.

    Figura 62 notas pontuadas

    Figura 63 ermata, suspenso e ponto de diminuio

    Figura 64 pauta para exerccios

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    Tema 6: Samba de uma nota s

    Figura 65 partitura Samba de uma nota s

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    6.1 O contexto da cano

    Pesquisa:

    Prepare um relato sobre a Bossa Nova e os principais acontecimentos do Brasil na dcada

    de 1959 que inluenciaram a cultura brasileira. Lembre-se de escrever sobre os autores desta

    cano (entre outros) e as suas principais contribuies para a msica popular brasileira.

    Apresente para os seus colegas de turma o resumo da sua pesquisa.

    6.2 Vamos ouvir ativamente a cano? (Samba de uma nota s, CD tema 6).

    Sobre o que ala a cano? Qual o estilo desta composio? O que a letra da composio

    tem a ver com a sua estrutura musical? Como se inicia a msica? Quais so os instrumentos

    utilizados para a sua gravao? Em relao ao canto: uma voz masculina, eminina ou um

    grupo que est cantando. O canto unssono ou h separao de vozes (contralto, soprano,

    baixo, tenor)?

    6.3 Canto

    Vamos cantar? Ento no se esquea de azer exerccios respiratrios e vocais. Para aquecer

    a voz se pode cantar cano conhecida de todos, como por exemplo, a Minha Cano.

    Depois disso, pegue a sua partitura do Samba de uma nota s e acompanhe a execuo

    do CD gravado com instrumentos e voz, cantarole junto com a gravao at voc aprender

    bem. Depois de aprendida a cano, cantar com o CD base (play back). Lembre-se de prestar

    ateno na regncia do proessor.

    6.4 Ritmo

    Ouvindo a gravao instrumental, procure identiicar as dierentes marcaes rtmicas do

    baterista durante toda a msica. Ao ouvir a gravao tente se concentrar somente na bateria.

    Conseguiu? Veja se voc consegue acompanhar o baterista batendo com dois dedos da mo

    direita na palma da mo esquerda alguns motivos rtmicos.

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    Figura 65 exerccios rtmicos para Samba de uma nota s

    A Figura 65 sugere algumas marcaes rtmicas para serem executadas com a msica

    Samba de uma nota s. O primeiro exemplo bem conhecido, trata-se do ritmo da cano

    olclrica Samba lel. Experimente bater palmas em orma de concha, no ritmo do samba leldurante a execuo do CD instrumental de Samba de uma nota s.

    Outro exemplo sugerido na Figura 65 bater palmas no primeiro, segundo, terceiro e

    quarto tempos. A igura de nota a semnima (um tempo). O terceiro exemplo repetio de

    colcheia e duas semicolcheias. Preste ateno na diviso de grupos, na regncia do proessor

    e mantenha a sua marcao rtmica.

    6.5 Leitura musical

    Preste ateno na posio da nota si bemol para tocar a introduo da msica Samba de

    uma nota s (lembre-se de tampar o oricio detrs da lauta):

    Figura 66 nota l sustenido ou si bemol (sib)

    A Figura 66, nos mostra que a rase quanta gente existe por a que fala, fala e no diz nada

    ou quase nada. J me utilizei de toda a escala e no final no deu em nada, no sobrou nada. se

    inicia no compasso nmero 26.

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    Figura 67 rero de Samba de uma nota s

    Tanto a letra como a melodia do rero (Figura 67) no constam na partitura Samba

    de uma nota s, abaixo. Podemos tocar a lauta nesse momento e deixar para algum

    aluno azer o solo cantando. As notas sugeridas para se tocar no rero esto abaixo da

    pauta, conorme observamos do compasso 26 at o compasso 33. As notas so: , sol (e/

    ou d), sol, l e si (e/ou sol). A Figura 67 serve tambm para indicar o tempo certo de tocar

    as notas durante a execuo do rero.

    Voc deve cantar e ixar bem esses trechos antes de execut-los na lauta.

    6.6 Representao

    Depois de aprendida a msica, cantada e tocada, vai icar cil se movimentar. Durante

    a execuo da lauta com as notas sol e d experimente balanar o corpo no ritmo do

    samba, possvel que voc consiga interpretar com maior naturalidade essa msica. Ento

    observe a regncia do proessor para iniciar a msica...

    6.7 Execuo instrumental

    Para executar o Samba de uma nota s, voc deve observar quatro trechos principais:

    o momento de tocar a nota sol (eis aqui este sambinha, eito de uma nota s... at base

    uma s); o momento de tocar a nota d4 (esta outra conseqncia do que acabo de

    dizer); o momento de voltar para a nota sol (como sou a conseqncia inevitvel de vo

    c encerra com a nota d4); o quarto momento o trecho que diz: quanta gente existe

    a...) quando voc tocar notas longas conorme a Figura 67. Preste ateno na regncia

    do proessor e boa execuo!

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    6.8 Improviso

    Experimente escrever uma melodia na pauta abaixo para tocar durante a primeira

    parte da cano Samba de uma nota s. Utilize as notas naturais (sol, l, si, d, r, mi e )

    e procure dar nase nas notas sol e d. Utilize algumas pausas para poder respirar entreuma rase e outra.

    Veja o exemplo dos 4 primeiros compassos e utilize seus conhecimentos musicais

    para criar suas rases. Depois de escrito na pauta, mostre para os seus colegas tocando

    junto com o acompanhamento instrumental da gravao. Veja se algum colega quer tocar

    o seu exerccio junto com voc.

    Figura 68 exerccio de improviso para Samba de uma nota s

    Depois de escrever algumas rases experimente tocar as notas naturais de maneira

    livre, prestando ateno na pulsao da msica. Comece com rases curtas, tocando notas

    longas e respire entre uma rase e outra. Gradativamente alterne notas longas com notas

    curtas. No se preocupe em tocar muitas notas, ainal voc estar improvisando sobre o

    tema: Samba de uma nota s.

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    Tema 7: Minha cano

    Figura 69 partitura Minha cano

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    7.1 O contexto da cano

    Pesquisa:

    Pesquise e escolha um disco ou outra obra de Chico Buarque. Traga esse material para

    a sala de aula e ajude a organizar uma exposio sobre esse artista brasileiro. Comente

    sobre o que a crtica artstica pensava sobre o trabalho de Chico a partir da dcada de 1960

    at os dias de hoje.

    7.2 Vamos ouvir ativamente a cano? (Minha Cano, CD tema 7).

    Quanto mais voc ouvir msica atentamente, mais inormaes voc poder utilizar

    para entender a composio e a sua mensagem. Nesse sentido, aproveite esse momento

    dedicado audio da Minha Cano para perceber detalhes rtmicos, harmnicos, vocais

    e instrumentais que antes voc no havia se dado conta.

    7.3 Canto

    Lembre-se que a sua voz instrumento musical que necessita cuidado! Procure

    no cantar tenso. Para evitar a tenso vocal acompanhe as propostas de exerccios

    respiratrios do proessor. Procure cantar com leveza e suavemente. Faa bom proveito

    do ar controlando a respirao. Esses exerccios preparatrios e permanentes devero ser

    observados, igualmente, para tocar a lauta.

    7.4 Ritmo

    Depois de aprendido o canto, observe as orientaes do proessor para azer o

    acompanhamento rtmico da Minha Cano. Voc poder estalar os dedos, bater palmas,

    bater com as mos em partes do corpo. Procure sentir a pulsao da msica e improvise

    ritmos dierenciados.

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    7.5 Leitura musical

    Figura 70 notao

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    2.6 Os quatro primeiros compassos fazem parte:

    ( ) do canto; ( ) da introduo; ( ) do rero ou estribilho.

    2.7 Onde se escreve o ttulo da msica?

    ( ) no centro; ( ) no canto superior direito; ( ) no canto superior esquerdo.

    2.8 Onde se escreve o nome do autor da msica e da letra?

    ( ) no centro; ( ) no canto superior direito; ( ) no canto superior esquerdo.

    2.9 Onde se escreve instruo e/ou observao a respeito da composio?

    ( ) no centro; ( ) no canto superior direito; ( ) no canto superior esquerdo.

    2.10 De acordo com o que voc aprendeu sobre a notao musical, descreva o nome

    das pausas e das notas musicais da introduo da Minha Cano:

    Exemplo 1 compasso: pausa da colcheia, semnima, colcheia, semnima e semnima.

    2 compasso: ___________________________________________________________

    3 compasso: ___________________________________________________________

    4 compasso: ___________________________________________________________

    5 compasso: ___________________________________________________________

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    Escreva o nome das notas musicais e a letra da Minha Cano de Chico Buarque e

    Enriquez, exatamente embaixo da nota musical correspondente.

    A Minha cano utiliza as notas da escala diatnica de d maior, portanto antes detoc-la vamos exercitar essa escala?

    Depois de aprendida a escala de d maior ascendente e descendente, experimente

    cantar e depois tocar os quatro compassos da introduo (e inalizao). Observe que nos

    Figura 71 notao

    Figura 72 escala diatnica de d maior

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    compassos vinte e trs e vinte e quatro voc deve optar entre duas melodias, a superior

    ou a inerior. (veja como se toca a nota d# no item execuo instrumental).

    Figura 73 introduo de Minha cano

    Sugere-se cantar e ixar bem esses trechos antes de execut-los na lauta.

    7.6 Representao

    Depois de aprendida a cano por meio do canto e da lauta doce, organizar grupos

    para propor uma organizao cnica do grupo simulando apresentao pblica. Qual o

    posicionamento do grupo? Todos em p, um atrs do outro? Alguns sentados no cho,

    outros sentados em cadeiras? D asas imaginao e proponha suas idias. Voc gosta de

    desenhar? Ento desenhe como seria o cenrio para a apresentao da Minha Cano,

    apresente para o proessor e para os colegas da turma.

    7.7 Execuo instrumental

    A Figura 74 mostra que a ltima nota musical da melodia superior da introduo a

    nota d sustenido.

    Figura 74 nota d4 sustenido

    A posio d(4) sustenido igual ao l, no entanto deve-se destampar o oricio da

    parte detrs da lauta.

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    7.8 Escala maior

    Conorme vimos anteriormente a Minha cano utiliza a escala de d maior. Escala

    a seleo de notas dentro de uma oitava. A escala maior est baseada nos intervalos

    da escala de d. Portanto para se saber quais as notas devemos utilizar para construir asoutras escalas maiores basta seguir a rmula da escala de d, ou seja:

    T T s T T T s

    * T = tom; * s = semitom

    Vamos utilizar o teclado do piano para observar estas distncias da escala de d

    maior:

    Figura 75 escala de d maior

    Um semitom, no teclado do piano, a distncia entre uma tecla e outra adjacente. Da

    nota d3 para a nota adjacente (d#) existe um semitom. Do d# para o r a distncia de

    um semitom. Portanto, de d3 a r3 a distncia de um tom. Observamos que da nota mi

    para a nota e da nota si para o d4 a distncia de um semitom, pois essas teclas so

    adjacentes, no existe tecla preta entre essas notas.

    Sendo assim, como seria a escala de r maior?

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    Figura 76 escala de r maior

    Armadura de clave

    Quando tocamos uma msica que utiliza a escala de r maior dizemos que a msica

    est no tom de r maior. Para evitar que se escreva o sustenido todas as vezes que

    aparecerem as notas e d, usa-se a armadura de clave, no incio da pauta que indica

    quais notas devem ser alteradas.

    Figura 77 escala de r maior

    A Figura 77 mostra que a armadura de clave indica que a nota e a nota d devem

    ser alteradas meio tom acima. Sempre que aparecerem estas notas na msica elas devem

    ser tocadas com o sustenido.

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    Bequadro

    Se quisermos tocar tanto a nota # como a nota d# naturais (sem os sustenidos)

    devemos utilizar o smbolo bequadro que altera a nota para a sua condio natural.

    Conorme observamos na Figura 78 as notas # e d# oram anuladas com o sinal de

    bequadro. Sendo assim elas devem ser executadas como natural e d natural.

    Figura 78 Bequadro

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    Tema 8: Azul da cor do mar

    Figura 79 partitura Azul da cor do mar

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    8.1 O contexto da cano

    Pesquisa:

    Junto com os colegas do grupo, pesquise sobre a obra e a carreira do autor da cano

    Azul da cor do mar. Descubra dados sobre a primeira gravao desta composio e asinluncias musicais que marcaram a obra do autor.

    8.2 Vamos ouvir ativamente a cano? (Azul da cor do mar, CD tema 8).

    Muitas vezes os compositores gostam de colocar na letra de suas msicas coisas

    para a gente pensar. Para nos conhecermos melhor, Tim Maia, nos lembra nesta msica

    a importncia de rir, chorar e saber que a vida azul! s vezes mais escuro, s vezes mais

    claro, s vezes turvo ou cristalino, mas sempre azul intenso!

    Parece provvel que voc tambm queira pensar sobre voc e o que est sentindo.

    Ento pode cantar esta msica e depois, se quiser, pegue um papel e escreva o que voc

    est sentindo. Est surgindo tambm uma melodia? timo, tente toc-la na lauta. Isto

    azer msica, tocar as composies dos outros e quando quisermos, compor as nossas!

    8.3 Canto

    O aquecimento vocal pode ser eito com as duas melodias da introduo de Azul

    da Cor do Mar. Sob a regncia do proessor escolha entre a melodia superior e a melodia

    inerior e cante bem suave para aquecer as cordas vocais. Depois de aprendida a primeira

    melodia cante a outra. Lembre-se de azer os exerccios respiratrios para evitar a tenso

    muscular.

    Vamos cantar a msica inteira? Ento comece cantarolando bem suave junto com o CD

    instrumental e vocal. Depois de aprendido o canto, utilizar o CD com a base (play back).

    8.4 Ritmo

    Depois de aprendido o canto, procure identiicar o pulso da cano. Invente

    acompanhamentos rtmicos observando o estilo da composio. Procure ouvir

    atentamente os recursos rtmicos utilizados pelo baterista na gravao. Tente reproduzi-

    los com palmas e estalo de dedos. Lembre-se que o ritmo um acompanhamento da

    composio, portanto, no deve se sobressair aos demais instrumentos e vozes.

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    8.5 Leitura musical

    Preste ateno nas seguintes passagens para cantar e tocar a msica na lauta:

    Figura 80 introduo de Azul da cor do mar

    As duas melodias constantes na Figura 80 azem parte da introduo da cano Azulda cor do mar. Observe na gravao que existem duas lautas tocando essas melodias

    durante toda a msica. Nesse caso, siga as orientaes do proessor quanto organizao

    dos grupos que iro tocar a melodia da lauta 1 e a melodia da lauta 2. Depois de aprendida

    a introduo, voc poder tocar essa melodia durante toda a msica.

    8.6 Representao

    Como ser a disposio do grupo na hora de uma suposta apresentao pblica? Em

    grupos, organizem proposta de representao para ser apresentada aos demais colegas

    de turma. Um grupo apresenta para outro grupo.

    8.7 Execuo instrumental

    Observe na gravao que a bateria d a marcao rtmica antes da entrada dos demais

    instrumentos musicais. Procure interiorizar essa marcao para iniciar no tempo certo a

    msica. O arranjo instrumental de Azul da cor do mar possibilita vrias disposies dos

    alunos. Enquanto o grupo um toca a melodia da lauta 1, o grupo dois toca a melodia

    da lauta 2. O grupo 3 canta as duas primeiras estroes, o grupo 4 canta as duas ltimas

    estroes. Todos os grupos podem tocar a introduo.

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    8.8 Barra de repetio (ritornello)

    A barra de repetio serve para indicar que determinado trecho da msica se repete.

    No compasso nove da cano Azul da cor do mar existe uma barra de repetio que

    indica o incio da seo a ser repetida, conorme podemos observar na Figura 83:

    Figura 81 sinal de repetio (ritornello)

    No inal do compasso dezesseis a barra de repetio indica que se deve retornar ao

    compasso nove.

    Quando no h indicao da barra de repetio de incio da seo, subentende-se

    que a repetio a partir do incio da pea ou movimento. Neste caso podemos veriicar

    a introduo da cano Azul da cor do mar, onde a barra de repetio indica o retorno ao

    incio da msica.

    Figura 82 sinal de repetio ex. 2

    8.9 Polionia

    A Figura 82 mostra a execuo simultnea de mais de uma melodia. Os oito compassos

    da introduo vo se repetir durante toda a msica. Quando ento a melodia (do canto)

    vai se associar s outras duas. Esse pode ser considerado um exemplo de Polionia, ou seja,

    a execuo de vrias melodias ao mesmo tempo.

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    Tema 9: Asa branca

    Figura 83 partitura Asa branca

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    Figura 84 exerccio rtmico para Asa branca

    Sob a regncia do proessor experimente acompanhar a gravao instrumental com

    os exemplos dados. Depois de aprendido esses trs exemplos, invente a sua prpria

    marcao rtmica.

    9.1 O contexto da cano

    Pesquisa:

    Atividade para ser desenvolvida em grupos.

    Pesquise sobre as vrias tendncias musicais nordestinas. Estabelea relaes entre a

    msica produzida no nordeste brasileiro e a sua inluncia nas demais regies do Brasil.

    Qual a importncia de Asa branca no contexto da msica popular brasileira? Quem so os

    autores desta cano?

    9.2 Vamos ouvir ativamente a cano? (Asa branca, CD tema 9).

    Como inicia a msica? Quais so os instrumentos? Qual a ordem de entrada dos

    instrumentos? Quantas pessoas esto cantando? So vozes emininas ou masculinas ou

    ambas? A msica se compe de quantas partes? O canto unssono ou h diviso devozes? Quantas vezes ela se repete? Quanto tempo dura a gravao? Como termina a

    msica? Quem (so) o(s) autor/autores da msica e arranjo instrumental?

    9.3 Canto

    Oua a msica inteira uma vez. Depois de ter percebido o arranjo da composio,

    pegue a sua partitura para acompanh-la cantarolando. Depois de aprendido o canto,

    utilize o CD base (play back) para cantar a msica inteira.

    9.4 Ritmo

    O estilo desta cano conhecida como baio. Preste ateno nas orientaes do

    proessor para o acompanhamento rtmico.

    A Figura 84 mostra trs exemplos rtmicos que podem ser utilizados durante a cano

    Asa branca.

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    9.5 Leitura musical

    Antes de executar o baio Asa branca vamos exercitar algumas passagens meldicas:

    Figura 85 exerccio para Asa branca

    Podemos exercitar primeiro azendo lentamente cada nota, prestando ateno

    na posio dos dedos. Depois, a gente toca um pouquinho mais rpido at chegar ao

    andamento que o Luiz Gonzaga gostaria de nos ver tocando!

    Convm cantar e ixar bem esses trechos antes de execut-los na lauta.

    9.6 Representao

    Como seria a apresentao desse baio no nordeste? Como era a roupa caracterstica

    do nordestino quando oi composta esta cano? Analise a letra da msica e junto com

    o seu grupo proponha uma representao cnica, durante a execuo musical, visando

    apresentao pblica.

    9.7 Execuo instrumental

    Oua a gravao instrumental. Procure cantar o motivo meldico da introduo,

    cantando as notas musicais (, r, mi, d, r, si, d, l, si, sol, l, sol, mi, sol, sol). Depois de

    aprendido o canto procure toc-lo na lauta.

    Faa o mesmo procedimento para as outras partes da msica.

    9.8 Avaliao

    Quando voc ouve a gravao: consegue reconhecer quais os instrumentos esto

    tocando? Durante o canto voc percebe quando voz masculina, eminina, vozes mistas

    e quando o canto unssono ou se h separao de vozes? Voc atende s solicitaes do

    proessor e realiza as atividades propostas e as entrega no prazo?

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    Tema 10: Coletnea olclrica

    Figura 86 partitura Coletnea olclrica

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    Em grupos ou individualmente pesquise sobre a histria da lauta doce e apresente o

    resultado para os seus colegas da turma.

    10.1 O contexto da cano

    Msica olclrica o conjunto de canes tradicionais de um povo. A melodia e a

    letra de uma cano olclrica podem sorer modiicaes no decorrer de um tempo, pois

    normalmente passam de gerao em gerao. As canes para danar so provavelmente

    o tipo mais antigo de msica olclrica. No incio, oram cantadas como acompanhamento

    para danas e os nomes de seus compositores se perderam no tempo.

    As danas e jogos inantis so geralmente de origem europia e, no Brasil, reduzem-

    se praticamente s danas de roda. Algumas so de criao nacional com inluncia dasmodinhas, e outras tm inluncia aricana e indgena.

    As canes olclricas inseridas na coletnea so:

    Senhor Capito, Peixe Vivo e A Canoa Virou.

    10.2 Vamos ouvir ativamente a cano? (Coletnea olclrica, CDtema 10).

    A atividade musical requer muita ateno: voc deve ouvir a si mesmo, ouvir os

    colegas, e os demais instrumentos no momento do canto. Em alguns momentos guardar

    silncio, em outros prestar ateno no movimento dos colegas e nas orientaes e gestos

    do proessor. Ouvir atentamente auxilia a ainao e a boa qualidade da expresso vocal.

    10.3 Vamos cantar?

    O aquecimento vocal pode ser eito com a cano Bambalalo. Oua o CD instrumental

    e acompanhe cantando suavemente. Depois de aprendida a cano Bambalo cante A

    canoa virou e Peixe vivo. Preste ateno nas reerncias vocais da gravao, escolha uma

    reerncia e experimente imit-la. Voc consegue perceber as dierentes nuances vocais

    na interpretao gravada?

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    10.4 Ritmo

    Preste ateno nos exemplos rtmicos da Figura 87. Observe a interpretao do

    proessor e tente acompanhar as trs sugestes apresentadas. Depois de assimilados estes

    motivos, procure inventar novas marcaes rtmicas.

    Figura 87 exerccios rtmicos para Coletnea olclrica

    10.5 Leitura musical

    Observe este trecho da Coletnea olclrica e escreva a letra da cano e o nome das

    notas embaixo de cada nota musical.

    Figura 88 notao

    O que notao musical?

    ( ) so todos os registros que utilizamos para atribuir notas da prova musical;

    ( ) so todos os signos e smbolos que utilizamos para expressar uma idia musical

    no papel;

    ( ) so as mensagens utilizadas pelos gregos e outros povos da antigidade para se

    comunicarem com os deuses da mitologia.

    3.4 Qual a diferena bsica entre a msica feita no Oriente e a do Ocidente quanto

    escrita musical?

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    Observe a Figura 89 e a descreva:

    Figura 89 notao

    Preste ateno nas seguintes passagens para cantar e tocar a msica na lauta:

    Figura 90 exerccios meldicos para Coletnea olclrica

    Sugere-se cantar e ixar bem esses trechos antes de execut-los na lauta.

    A cano Bambalalo possui arranjo para trs lautas conorme podemos observar na

    Figura 91:

    Figura 91 trs lautas para Bambalalo

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    Nesse caso, oua atentamente a gravao e tente identiicar o movimento sonoro

    destas trs melodias. Converse com dois colegas e tentem tocar este arranjo para trs

    lautas que tem um resultado sonoro interessante. A sua execuo pode ser eita com

    entrada gradativa de cada lauta. Iniciar com a terceira voz (toca a parte inteira sozinha) em

    seguida a segunda voz e por im a voz relativa ao canto.

    10.6 Representao

    Como voc e seus amigos podem organizar uma representao cnica desta coletnea

    olclrica? Analise a letra das trs canes, invente movimentos e motivos caractersticos

    e apresente a idia do grupo para a turma.

    10.7 Execuo instrumental

    Observe a regncia do proessor, ele indicar o momento de iniciar a execuo

    instrumental e vocal. Memorize as entradas, quantas vezes cada trecho se repete e os

    momentos de tocar e cantar. Estude mais atentamente os trechos que voc sente

    diiculdade em casa para poder acompanhar o proessor e a turma na escola.

    10.8 Avaliao

    Avalie o seu desempenho nas atividades desenvolvidas nas aulas de msica.

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    Tema 11: Meu Paran

    Figura 92 partitura Meu Paran

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    11.1 O contexto da cano

    Pesquisa:

    Meu Paran uma composio de Lpis inspirada no Fandango Paranaense. Pesquise

    com seus colegas sobre o Fandango como expresso cultural do Paran, suas origens e a

    regio onde ele oi mais diundido. Qual a situao do Fandango nos dias de hoje?

    11.2 Vamos ouvir ativamente a cano? (Meu Paran, CD tema 11).