caderno_musica- flauta
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saulo-michel-espindula-dias -
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Governo do Estado do Paran
Secretaria de Estado da Educao
Caderno de Musicalizao: Canto e Flauta Doce
CURITIBA2008
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GOVERNO DO ESTADO DO PARAN
Roberto Requio
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAO
Yvelise Freitas de Souza Arco-Verde
DIRETORIA GERAL
Ricardo Fernandes Bezerra
SUPERINTENDNCIA DA EDUCAO
Alayde Maria Pinto Digiovanni
DEPARTAMENTO DE EDUCAO BSICA
Mary Lane Hutner
EQUIPE TCNICO-PEDAGGICA
Carlos Alberto de Paula
Jackson Cesar de Lima
Viviane Paduim
AUTOR
Walmir Marcelino Teixeira
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Mensagem da Secretria
princpio desta gesto a valorizao dos proissionais da educao, neste sentido
consideramos o proessor como um sujeito epistmico, aquele que pensa, relete e
transorma a sua prtica educativa. Este material didtico Caderno de Musicalizao:Canto e lauta doce mais uma ao concretizada neste princpio, resultado da pesquisa
e elaborao undamentada na teoria e na prtica pedaggica de um proessor da rede
estadual. Ao mesmo tempo, este material vem atender a Lei 11.769/08 que se reere
obrigatoriedade do ensino dos contedos de msica na Educao Bsica.
A escola constitui, para a maioria da populao brasileira, a alternativa concreta de
acesso ao saber, entendido como conhecimento socializado e sistematizado na instituio
escolar. Este acesso ao saber implica no resgate dos sentidos e do pensamento, na maioria
das vezes alienados pelo sistema capitalista. A arte contribui signiicativamente para a
superao da condio de alienao a qual os sentidos humanos oram submetidos, pois
ela tem como caracterstica ser criao e esse um elemento undamental para a educao
e para a construo de novos conhecimentos, no qual imprescindvel o processo de
criao.
Este material pedaggico, oriundo das lies e das experincias do nosso proessor
PDE, se conigura num trabalho que explicita, que convence por seus exemplos e segue
azendo nascer a razo e a sabedoria do aprender, pois com a prtica da msica, na sala de
aula, contribui para humanizao dos sentidos, para ampliar a viso de mundo e aguar o
esprito crtico.
Yvelise Freitas de Souza Arco-Verde
Secretria de Estado da Educao
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Caros Proessores
Este Caderno de Musicalizao mais uma ao que o Departamento de Educao
Bsica disponibiliza para voc, proessora e proessor, colega da Rede Estadual de Ensino.
Na perspectiva da disciplina de Arte na Educao Bsica, contribui para o
aproundamento dos contedos de msica, tornando-se parte integrante das aes
realizadas e em desenvolvimento por este departamento.
O caderno prope a aprendizagem de um instrumento musical, com possibilidades
de prosseguimento dos estudos, sem no entanto, perder a dimenso do ensino de Arte
na escola pblica e das orientaes pedaggicas explicitadas nas Diretrizes Curriculares
de Arte. A metodologia desta proposta de musicalizao inclui o trabalho artstico, tanto
nos exerccios tcnicos como na execuo de msicas; da teoria com a explicitao dos
contedos rtmicos e meldicos e do sentir e perceber com a audio de msicas e
arranjos. Ao mesmo tempo, os contedos estruturantes de Arte so contemplados, com a
centralidade do trabalho nos elementos de composio, relacionando-os aos elementos
ormais da msica e aos movimentos e perodos importantes para o desenvolvimento do
canto e da lauta doce.
Que este caderno o auxilie no seu trabalho em sala de aula, buscando a consolidao
do ensino de Arte nas escolas da Rede Estadual de Ensino do Estado do Paran.
Mary Lane Hutner
Chee do Departamento de Educao Bsica
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Prezados Colegas e Alunos
Com o desenvolvimento do ensino ormal da msica em todas as escolas que oertam
o ensino undamental e ensino mdio cumpre-se a obrigatoriedade prevista na Lei Federal
de Diretrizes e Bases da Educao n 9394/96. Assim, essa proposta de ao relexivabaseada na questo dialtica entre a teoria e a prtica, prev a aplicao de metodologia
de ensino de msica por meio do canto e da lauta doce.
Composto por 20 temas especicos o material apresenta um dilogo entre Pan e Oreu.
A mitologia grega conta que Deus Pan, ao caminhar pela loresta, ouviu algo maravilhoso
que vinha de um bambu oco e seco. Com a ora do vento ecoava um lindo som. Ento,
Pan pegou o pedao de bambu e saiu experimentando as possibilidades sonoras do
primeiro instrumento musical que se tem notcia. A mitologia grega tambm relata que,
na cidade de Trcia, Deus Oreu teria civilizado os homens por meio do canto e do som
de sua lira. Nesse sentido, o contedo do dilogo apresentado em texto, representa o
interesse de Oreu em aprender a tocar lauta com Pan.
O dilogo sinaliza proposta metodolgica de iniciao musical cuja abordagem
pretende despertar o interesse do leitor em seguir as orientaes didticas contidas na
conversa, nas imagens e nos exemplos demonstrados. O dilogo entre Pan e Oreu d
conta de quatro temas e os dezesseis temas restantes se reerem ao repertrio de canes
proposto para a explorao metodolgica de contedos prticos e tericos da iniciao
musical. Portanto, cantar e tocar, mesmo que requeiram conhecimentos e estratgias
especicas de apreenso e expresso, so componentes da mesma proposta musical.Desde o primeiro momento o aluno manuseia partituras musicais. A amiliarizao com
os signos musicais tende a avorecer posterior aprendizado da notao musical. As msicas
escolhidas para comporem este material oram selecionadas a partir de caractersticas
estticas, ormais e estruturais com o intuito de auxiliar o ensino e o aprendizado musical
de maneira gradativa e recorrente. A extenso adequada para a tessitura vocal inanto-
juvenil e instrumental (lauta doce) tambm oram consideradas nessa seleo.
Esse material como recurso didtico necessita da mediao do proessor para pr
em prtica atividades musicais que ajudaro os alunos a perceberem a msica como
expresso humana, social e reveladora da identidade cultural, pessoal e comunitria. Na
perspectiva inclusiva o material possibilita o trabalho pedaggico que atenda dierentes
ritmos de aprendizagem e de aproundamentos cognitivo.
Nesse sentido, a abordagem adotada procura incluir dierentes ormas de expresso
musical e estilos musicais conectados com as realidades e contextos locais. A abordagem
inicial leva em conta a experincia antes da notao terica musical. Sendo assim, termos
e expresses especicas da msica so includos de orma gradativa no decorrer das
atividades propostas.
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Esse material, alm de ter sido utilizado em Sala de Recurso da Educao Especial,
tambm contribuiu para o melhor aproveitamento de alunos com necessidades
educacionais especiais, que participaram das oicinas de musicalizao, realizadas em
eventos do Festival de Arte da Rede Estudantil/Fera, do Com Cincia e de eventos do
Departamento de Educao Especial e Incluso Educacional, da Secretaria de Estado da
Educao.
A participao de inmeros cursos de ormao continuada de proessores e/ou
alunos nos quais oram ministradas oicinas de musicalizao, contaram com o apoio do
Departamento de Educao Especial e Incluso Educacional DEEIN/SEED, cujas aes
contriburam para intensiicar a perspectiva inclusiva que se mostra evidente na proposta
terico-metodolgica do caderno de musicalizao.
A organizao desse material ocorreu durante o Programa de Desenvolvimento
Educacional/PDE da Secretaria de Estado da Educao em convnio com a Universidade
Federal do Paran, cuja orientao da Proessora Valria Lders oi undamental para a suaconcretizao. Agradecimentos tambm ao proessor lvaro Carlini na condio de co-
orientador pelos questionamentos e envolvimento nos trabalhos e ao Proessor Indioney
Rodrigues cujas orientaes iniciais oram undamentais para o desenvolvimento do
projeto. Ao Waldir e Iraci, meus pais. A Rosanny, Lara e Bruna: amlia.
Walmir Marcelino Teixeira
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Sumrio
PARTE I: O ENCONTRO DE PAN E ORFEU ........................................................................11
Tema 1 reconhecendo a auta .........................................................................................................................11
Tema 2 reconhecendo a partitura ...................................................................................................................29
Tema 3 cantando: do olclore ao universal ...............................................................................................32
Tema 4 apreciando: histria e pesquisa ......................................................................................................36
A auta e o pentagrama ...........................................................................................................................................39
Quadro sntese ................................................................................................................................................................46
PARTE II: PARTITURAS COMENTADAS E SITUAES DE APRENDIZAGEM ...............47
Tema 5: Fera Pantera ..................................................................................................................................................47
Tema 6: Samba de uma nota s ............................................................................................................................53
Tema 7: Minha cano.................................................................................................................................................58
Tema 8: Azul da cor do mar .....................................................................................................................................67
Tema 9: Asa branca .......................................................................................................................................................71
Tema 10: Coletnea olclrica .................................................................................................................................74
Tema 11: Meu Paran ...................................................................................................................................................79
Tema 12: preciso saber viver ................................................................................................................................83
Tema 13: Pr no dizer que no alei de ores .............................................................................................87
Tema 14: Semente do amanh ..............................................................................................................................91
Tema 15: Trenzinho do caipira ................................................................................................................................95
Tema 16: Ode alegria ................................................................................................................................................99
Tema 17: Pe a erva pr sapecar ........................................................................................................................103
Tema 18: Hino do Paran ........................................................................................................................................108
Tema 19: Bom natal ....................................................................................................................................................112Tema 20: Solilquio ....................................................................................................................................................116
Quem quem no repertrio ..............................................................................................................................121
REFERNCIAS ................................................................................................................... 126
LISTA DE FIGURAS ........................................................................................................... 127
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Parte I: O Encontro de Pan e Oreu
Tema 1 reconhecendo a fauta
PAN: Ol! Eu me chamo Pan.
ORFEU: E eu me chamo Oreu!
PAN: Seu nome tambm pouco comum, no ?
ORFEU: Pois ! Dizem que meu nome de origem grega. O povo grego tem uma
histria belssima, e uma das suas riquezas a mitologia. Um grande heri da
mitologia grega o Deus Oreu, cantor da cidade de Trcia. Dizem que ao som
de sua lira e de seu canto os homens oram civilizados!
PAN: Meu nome tambm vem da mitologia grega. Porm conheo duas verses. A
primeira que o Deus Pan ao caminhar pela loresta ouviu algo maravilhoso que
vinha de um bambu oco e seco. Com a ora do vento ecoava um lindo som.
Ento, Pan pegou o pedao de bambu e saiu experimentando as possibilidades
sonoras deste que originou o primeiro instrumento musical que se tem notcia.
ORFEU: E qual a segunda verso?
PAN: A segunda verso reerente tambm ao Deus Pan. O mito conta que Pan
estava apaixonado por uma nina que oi transormada num canio quando
tentou ugir dele. Desse canio Pan ez a primeira lauta.
ORFEU: Uau! (exclamou Oreu) Sabe Pan, eu gostei das duas verses!
PAN: Eu preiro a primeira verso, que tem mais a ver comigo. Gosto de experimentar
qualquer material que produza som. Inspirado neste mito me interessei por
estudar msica e aprender a tocar lauta doce.
ORFEU: Sabe Pan, eu acho o som da lauta to doce e suave, um instrumento muito
legal. Adoraria aprend-lo. Voc me mostraria como que se toca a lauta?
PAN: Mas claro! Sabe Oreu, eu notei que quando explico a algum como se toca a
lauta para algum organizo meu pensamento e acabo descobrindo coisas que
antes eu no sabia?
ORFEU: ? Que legal! Ento, vamos comear?
PAN: Calma Oreu! Embora a lauta seja cil de tocar, ns precisamos de um ambiente
que avorea a nossa concentrao, que seja conortvel, que no tenha muito
barulho e que no incomode ningum.
ORFEU: Como assim?! No entendi! Desde quando a msica pode incomodar
algum?
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PAN: Eu sei que voc ama a msica, mas quando estudamos msica e especiicamente
um instrumento musical, produzimos alguns sons, repetidas vezes, exerccios
que s interessam para quem est aprendendo. Por isso, para evitar outros tipos
de rudos devemos procurar um local adequado.
ORFEU: Ah! Agora voc oi mais claro! Eu tenho uma idia, a sala do grmio estudantilest vazia e parece ser o local ideal para comearmos.
PAN: Ok! Boa idia! Vamos l!
ORFEU: Poxa vida! Nem acredito que vou aprender como se toca a lauta!
PAN: Pegue aqui uma das lautas que sempre trago comigo. um presente. O que
acha?
ORFEU: Que lauta bonita! Olha o que t escrito aqui: - Flauta Doce Soprano
Germnica!
PAN: Isso mesmo, Oreu. Ns vamos utilizar a lauta germnica que o modelo maisacessvel e que podemos encontrar acilmente em qualquer livraria ou loja de
instrumentos musicais. Existem outros modelos de lauta, mas isso ns veremos
mais tarde, certo?
ORFEU: Tudo bem! Como se az?
PAN: simples! Observe que a lauta tem duas extremidades, sendo que uma delas
arredondada e a outra cncava. A parte cncava a que colocamos nos
nossos lbios.
ORFEU: Assim?PAN: Isso mesmo. Olha, a lauta tem muitos oricios. Vamos combinar o seguinte:
onde tem sete oricios ser a parte da rente e onde tem apenas um oricio ser
a parte de trs da lauta, tudo bem?
ORFEU: Tudo bem!
PAN: Agora vamos ver como se segura a lauta. Com o polegar da mo esquerda,
ns tampamos o oricio da parte de trs da lauta.
ORFEU: Assim?
PAN: Isso mesmo. Agora com o dedo indicador da
mo esquerda ns tampamos o primeiro oricio
da parte da rente da lauta, que est quase na
mesma direo do oricio detrs.
ORFEU: Muito bem Oreu. Observe se todos os oricios
da lauta esto tampados, este detalhe muito
importante para que o som saia bonito.
Figura 1 - como segurar a lauta
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Inesperadamente Orfeu d um forte sopro
PAN: Que isso! Quanta ora! Voc sabia que este
instrumento se chama lauta doce? Devemos sopr-
la suavemente, docemente. Alm disso, procuramos
no desperdiar nossa energia. Nenhum som deveser em vo...
ORFEU: Ok, Pan! J entendi. Foi mal! Voc nem tinha
terminado de me explicar e eu j ui assoprando de
qualquer jeito.
PAN: Tudo Bem! Antes de tocarmos esta primeira nota,
vamos cantar um pouquinho? Voc conhece o
Samba le-l, no ?
ORFEU: Claro! Sam - ba - le - l_es - t- do_en - te, -st-com_a - ca - be - a- que - bra
- da (cantarolando).
PAN: Muito bom! Voc az jus ao seu nome, cantando to bem assim! Agora, Oreu
voc deve substituir os versos da cano pronunciando a slaba DU.
ORFEU: Assim?
sam - ba - le - l_es - t- do_en - te, -st- com_a - ca - be - a- que - bra - da
Du - du - du (...).
PAN: Isso mesmo, Oreu. Agora voc deve pegar a sua lauta, com o polegar da mo
esquerda tampando o oricio da parte detrs da lauta e o indicador tambm da
mo esquerda tampando o oricio da parte da rente.
Figura 2 nota si
Figura 3 - nota longa si
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PAN: Repouse a parte cncava da lauta no lbio inerior e depois com o lbio superior
voc vai echar a sada do ar, de tal orma que ele saia s pela lauta. Com um sopro
bem suave pronuncie a slaba DU, no ritmo da cano Samba Le-l.
ORFEU: Poxa, Pan! Que legal! Acabo de tocar minha primeira msica na lauta! E, olha
aqui os meus dedos, esto com a marca dos oricios! Parece at um carimbo!
PAN: Isto comum acontecer! E veja como os crculos esto bem ormados, isto
sinal que voc tampou os oricios corretamente. Voc sabe qual o nome desta
nota que acabamos de tocar?
ORFEU: No ao a mnima idia!
PAN: Pois bem! Utilizando o dedo polegar e o dedo indicador da mo esquerda
para tampar os oricios ormamos a nota SI. Voc sabe me dizer quais so as
notas musicais, Oreu?
ORFEU: So sete. D, r, mi, , sol, l, si.
PAN: Muito bem. Voc acaba de alar o nome das notas musicais na orma ascendente,
e como seria na orma descendente?ORFEU: Si, l, sol, , mi, r, d?
PAN: Sendo assim voc saberia me dizer que nota teremos ao tampar o prximo
oricio?
ORFEU: Boa pergunta! Deixe-me pensar! Seria a nota L?
PAN: Isso mesmo! E assim na medida em que ormos echando os oricios da parte
da rente da lauta, de cima para baixo, temos a seqncia descendente das
notas musicais. Para tocarmos a nota L, precisamos tampar o prximo oricio
com o dedo mdio da mo esquerda.ORFEU: Assim? (mostrou Oreu)
Figura 5 nota l Figura 6 nota longa l
Figura 4 - nota siNo ritmo do Samba Lel com a Slaba du
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PAN: Isso mesmo! Agora, vamos pronunciar a slaba du no ritmo da cano Samba
Lel com a nota l.
Figura 7 nota lNo ritmo do Samba Lel com a Slaba du
ORFEU: Que tal, Pan?
PAN: Muito bem! Voc est indo melhor do que eu imaginava. Vamos recapitular,
Oreu. Primeiro vamos tocar com a nota si o ritmo do samba le-l e em seguida
passamos para a nota L, entendeu?
ORFEU: A primeira vez com a nota si, e em seguida com a nota l, no ritmo de Samba
le-l. (repetiu Oreu)
Figura 8 nota si e lNo ritmo do samba Lel com a slaba du
PAN: isso a, Oreu! Agora relaxe um pouco os seus braos, porque ns seguiremos
para a prxima nota, sabe qual ?
ORFEU: Humm! (pensou) SOL!?!
PAN: Isso mesmo, Oreu, a nota sol. Com o dedo anelar (o dedo que se coloca a
aliana de casamento) tamparemos o prximo oricio (o 3. de cima para baixo).
Lembre-se que para a nota si tampamos o oricio detrs mais o 1. da rente.
Para a nota l, conservamos o polegar e o indicador tampando os oricios e
utilizamos o dedo mdio para tampar o 2. oricio. Para azermos soar a nota
sol, tampamos o 3. oricio e conservamos os outros tambm tampados. Ua!
Vamos experimentar o som da nota sol? Assopre suavemente uma nota longa,
um longo sopro.
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ORFEU: Caramba, Pan! Quase iquei sem ar!
PAN: Calma Oreu! Respire undo! Relaxe! O ar nosso principal aliado para tocarmos
a lauta. Devemos procurar ter sempre uma reserva dele caso precisemos utiliz-
lo. Vamos recapitular, no movimento descendente, tocaremos a nota si no ritmo
do samba le-l, depois a nota l e por im a nota sol, tudo bem?ORFEU: J estou melhor, depois de respirar undo. Estou mais relaxado. Vamos l,
ento:
Figura 11 nota si, l e solNo ritmo do Samba Lel com a slaba du
PAN: Parabns, Oreu! Sem rodeios, vamos para a prxima nota, sabe qual , Oreu?
ORFEU: Agora icou cil! S pode ser a nota .
PAN: Isso mesmo, Oreu. Para tocarmos a nota , precisaremos tampar o 4. oricio
com o dedo indicador da mo direita.
ORFEU: U, mas e o dedo minguinho da mo esquerda?
Figura 9 nota sol Figura 10 nota longa sol
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PAN: Boa observao, Oreu. O dedo minguinho da mo esquerda ns no
utilizaremos para tapar os oricios. Lembre-se que a quantidade de oricios da
lauta de oito, sendo sete na parte da rente e um na parte de trs. Portanto, alm
do minguinho da mo esquerda, o dedo polegar da mo direita no tampar
nenhum oricio; este servir para apoiar e segurar a lauta. O dedo polegar ter
esta uno importante de apoio e icar na mesma direo do dedo indicador
da mo direita.
ORFEU: Entendi! Onde paramos mesmo Pan?
PAN: Ah! Sim. Agora ns aremos a nota . Ento, tampando o 4. oricio da parte
da rente da lauta com o dedo indicador da mo direita vamos tocar uma nota
longa e ouvirmos como soa!
ORFEU: Que tal, Pan? Agora nem iquei vermelho, pois antes de tocar respirei undo...
PAN: Observe uma coisa Oreu. Voc se concentrou tanto no dedo indicador para
azer a nota , que acabou se descuidando de tampar os outros oricios! Vamos
tentar de novo, mas agora procure sentir se todos os oricios esto tampados,
OK?
ORFEU: Ento, t!
PAN: Muito bem, Oreu! Vamos recapitular, tocando desde a nota si at a nota .
Figura 12 nota Figura 13 nota longa
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Figura 14 notas si, l, sol e No ritmo do Samba Lel com a slaba du
PAN: Parabns, Oreu! Voc notou que na medida em que vamos recapitulando, ica
cada vez mais cil passar de uma nota para outra?
ORFEU: verdade, Pan. E estou azendo um esoro danado para gravar cada posioe as notas musicais correspondentes, imagino que isso seja importante, no?
PAN: Certamente que sim! Agora ns estamos tocando as notas que so vizinhas no
sentido descendente, logo estaremos tocando no sentido ascendente e depois
as notas distantes, para toc-las precisaremos pensar rpido. Continuando, Oreu
qual o nome da prxima nota?
ORFEU: Seguindo a lgica s pode ser a nota Mi.
PAN: Isso mesmo! Para executarmos a nota mi, basta que tampemos o 5o. oricio
com o dedo mdio da mo direita...
ORFEU: Assim, Pan?
PAN: Isso mesmo, Oreu. Observe que na medida em que vamos tampando os
oricios os sons vo icando cada vez mais densos, encorpados...
Figura 15 nota mi Figura 16 nota longa mi
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ORFEU: Ok! (conirmou Oreu)
PAN: Continuando, qual a prxima nota, Oreu?
ORFEU: Agora a nota R!
PAN: Muito bem, Oreu! Para tocarmos a nota r, precisamos tampar o sexto oricio da
parte da rente da lauta com o dedo anelar da mo direita. Lembre-se de assoprarmuito suavemente, pois como a nota mi, a nota r uma nota grave.
PAN: Note como soa bonita esta nota grave... Toque toda a seqncia das notas no
ritmo do samba le-l, um, dois, trs e...
Figura 18 nota longa r
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PAN: Vamos tocar a prxima, nota? Sabe qual , Oreu?
ORFEU: S pode ser a nota D, no ?
PAN: Isso mesmo, Oreu. Utilizaremos o dedo minguinho da mo direita para tamparmos
o 7o. oricio da parte da rente da lauta. Sendo assim, todos os oricios estaro
tampados para azermos soar a nota d. Veja que a nota d a nota mais dicil de
az-la soar corretamente porque nem sempre conseguimos tampar bem todos osoricios, por isso nossa ateno tem de ser redobrada! Alm disso, necessrio um
pequeno ajuste no encaixe da lauta para avorecer o tamanho do dedo mnimo da
mo direita.
Figura 19 notas si, l, , mi e rNo ritmo do samba lel com a slaba du
Figura 20 nota d Figura 21 nota longa d3
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ORFEU: Entendi Pan. Sentir todos os oricios bem echados. De preerncia que os
dedos iquem carimbados com o crculo do oricio, no ?
PAN: Isso mesmo, Oreu.
ORFEU: E ento, Pan, como me sa?
PAN: Muito bem! Vamos rever os sete sons, agora?
ORFEU: pr j, Pan!
Figura 22 notas si, l, sol, , mi, r e do3No ritmo do Samba Lel com a slaba du
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PAN: Muito Bem, Oreu! Voc conseguiu tocar todas as notas com um som muito
bonito! Vamos tocar estas sete notas no sentido ascendente?
Figura 23 notas do3, r, mi, , sol, l e siNo ritmo do Samba Lel com a slaba du
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PAN: Muito bem Oreu! Para tocarmos a nossa primeira msica do incio ao im,
devemos aprender a posio de mais uma nota!
ORFEU: Qual ?
PAN: A nota D aguda. Acabamos de aprender a nota d grave, ou d3. Agora ns
vamos aprender como se toca a nota d aguda ou d4. simples, basta quevoc tampe o oricio da parte detrs, com o polegar esquerdo e o segundo
oricio da parte da rente, com o dedo mdio da mo esquerda.
PAN: Exatamente, Oreu. Desta vez ns vamos comear no sentido ascendente at
chegar nota d aguda e em seguida, sem parar ns retornamos no sentido
descendente at a nota d grave, ou d3.
ORFEU: Vamos l!
Figura 24 nota d4 Figura 25 nota longa d4
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Figura 26 escala diatnica de d maior (ascendente e descendente)no ritmo do samba lel com a slaba du
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PAN: Vencemos nosso primeiro obstculo. Agora j sabemos as posies das notas
e reconhecemos como elas soam. Agora relaxe um pouco, Oreu. Escute uma
msica de L. Enriquez e letra adaptada de Chico Buarque de Holanda que se
chama Minha Cano
Dorme a cidadeResta um corao
Misteriosa
Faz uma iluso
Soletra um verso
L na melodia
Singelamente
Dolorosamente
Doce a msica
Silenciosa
Larga o meu peito
Solta-se no espao
Faz-se certeza
Minha cano
Rstia de luz onde
Dorme o meu irmo
ORFEU: Hei, Pan agora estou me lembrando desta msica! L em casa eu tenho um
disco (CD) chamado Os Saltimbancos que tem esta msica.
PAN: isso mesmo, Oreu. Esta msica oi utilizada numa pea teatral pelo grupo
Os Saltimbancos os personagens so animais que adoram msica. Eles tocam
e cantam, muito divertido...
ORFEU: Eu tambm gosto! Mas ento, o que aremos agora?
PAN: Voc notou algo dierente nesta msica, Oreu?ORFEU: Como assim, Pan?
PAN: Nos versos da msica, voc notou alguma coisa?
ORFEU: Observando o incio de cada rase, podemos identiicar que so os nomes
das sete notas musicais, dorme a cidade a nota d, resta um corao a nota r e
assim por diante.
PAN: Muito bem, Oreu! E sabe mais uma coisa? Cada rase corresponde realmente
ao som que leva o seu nome!
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ORFEU: Como assim, Pan?
PAN: Vou usar o mesmo exemplo que voc alou. Dorme a cidade soa sempre com
a nota d, assim como ns izemos com o samba-le-l, tocando no ritmo da
msica a mesma nota.
ORFEU: Voc est querendo me dizer que para tocar Resta um corao basta eu tocarsempre a nota R?
PAN: Exatamente! Vamos experimentar?
MINHA CANO L. ENRIQUEZ e Adaptao de CHICO BUARQUE
D: dorme a cidade: d, d, d,d, d
R: Resta um corao: r, r, r, r, r
Mi: Misteriosa: mi, mi, mi, mi, mi
Fa: Faz-se uma iluso: , , , , Sol: Soletra um verso: sol, sol, sol, sol, sol
L: L na melodia: l, l, l, l, l, l
Si: Singelamente: si, si, si, si, si
Do (4): Dolorosamente: d, d, d, d, d, d
Segue a msica, de forma descendente:
D (4): Doce a msica: d, d, d, d, d, d
Si: silenciosa: si, si, si, si, siL: Larga o meu peito: l, l, l, l, l, l
Sol: solta-se no espao: sol, sol, sol, sol, sol
F: az-se certeza: , , , ,
Mi: minha cano: mi, mi, mi, mi, mi
R: rstia de luz onde: r, r, r, r, r
D (3): dorme o meu irmo: d, d, d, d, d, d
ORFEU: Olha! Consegui tocar a msica inteirinha e ainda sendo acompanhado por
outros instrumentos bem legais!
PAN: Muito bem, Oreu! Agora preciso ir! Mas antes, gostaria de deixar esta partitura
para voc estudar!
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Figura 27 minha canoL. Enriquez Traduo e adaptao de Chico Buarque
ORFEU: Que legal Pan! Muito obrigado! Mas eu no sei ler as notas musicais!
PAN: Calma Oreu! De qualquer orma voc j pode ir se acostumando com as
inormaes que existem numa partitura. Alm disso, voc pode exercitar em
casa e, no nosso prximo encontro, veremos que esta msica vai soar muito
melhor do que soou hoje, tudo bem?
ORFEU: Tudo bem! At amanh!
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Tema 2 reconhecendo a partitura
No dia seguinte 27: 43:
ORFEU: Ol, Pan! Tudo bem?
PAN: Tudo! E voc, como est?
ORFEU: Tudo bem. Sabe, toquei a Minha Cano para minha amlia ouvir. Eles
gostaram tanto que at me aplaudiram!
PAN: mesmo? Pois ento vamos tocar a Minha Cano para aquecermos os
dedos e depois vamos ver o que eu trouxe para esta nossa segunda aula de
lauta!
PAN: Olhe, eu trouxe uma msica muito legal. Dizem que uma das mais belas
melodias j criada pelo homem. Porm, precisamos aprender a posio de mais
uma nota musical.
ORFEU: E qual esta nota nova, Pan?
PAN: a nota R4, ou o r agudo.
ORFEU: E como a posio da nota r aguda, Pan?
PAN: simples. Ns aremos a mesma posio da
nota Do4 (aguda), porm tiraremos o dedo
polegar esquerdo do oricio detrs.
ORFEU: Assim?
PAN: Isso mesmo, Oreu. Vamos exercitar?ORFEU: Ok! Nota longa, Pan?
PAN: Sim, Oreu.
ORFEU: Que interessante! As notas agudas soam muito mais ceis, no Pan?
PAN: Certamente! Por isso devemos exercitar bastante as notas graves para que elas
acabem soando igualmente cil!
PAN: Olhe, esta a nova msica. Ode Alegria de Beethoven.
Figura 28 nota r com oricio
aberto (atrs)
Figura 29 nota r4
Figura 30 nota longa r4
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Ode Alegria
Figura 31 ode alegriaBeethoven, Ludwig Van 1823
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ORFEU: Embaixo de cada nota musical est escrito seus respectivos nomes, no
mesmo Pan?
PAN: isso a! (concordou Pan) Isto apenas uma preparao para uturamente
ns tocarmos a partitura, sem que tenha o nome das notas escrito embaixo.
Imagino que de tanto manusear as partituras, em breve voc reconheceras notas e suas duraes naturalmente. Vamos ouvir a msica Ode Alegria
de Beethoven? Penso que voc j a conhece, pois ela muito executada por
orquestras do mundo inteiro. - Ode Alegria
ORFEU: Claro que conheo esta msica! Meu pai gosta de ouvir este tipo de msica l
em casa!
PAN: Voc diz msica erudita, no ?
ORFEU: Sim, msica erudita. Posso tentar toc-la, agora?
PAN: Certamente, Oreu! (...)ORFEU: E ento, Pan? Como que eu me sa?
PAN: Como leitura primeira vista est timo, mas podemos melhorar. Experimente
tocar mais devagar. Tocando um pouco mais lento, voc se sai melhor.
ORFEU: Realmente!
PAN: assim que ns estudamos peas musicais desconhecidas. Primeiro,
lentamente, vencemos as diiculdades e depois tocando cada vez mais rpido,
at chegar ao andamento ideal.
ORFEU: Vamos tocar mais uma vez, Pan? Voc tem um bom gosto para escolher asmsicas, hein? E por coincidncia eu as conhecia!
PAN: Mais tarde, voc vai escolher uma msica para tocarmos na lauta,
combinado?
ORFEU: Combinado!
PAN: Ento, se prepare, respire undo que vamos comear a Ode Alegria! - Ode
Alegria
ORFEU: Uau! (vibrou Oreu) A primeira coisa que arei quando chegar em casa ser
mostrar para a minha amlia como eu sei tocar esta linda msica.
PAN: Espero que eles tambm gostem. At amanh, Oreu!
ORFEU: At amanh, Pan!
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Tema 3 cantando: do olclore ao universal
No dia seguinte, Pan trouxe mais uma nova pea musical! 32: 48
ORFEU: O que voc preparou para hoje, Pan?
PAN: Hoje eu trouxe uma msica bem conhecida, uma cantiga olclrica. Ela se
chama Senhor capito!
ORFEU: Cantiga olclrica? Sabe Pan, minha av me deu um CD com muitas dessas
msicas gravadas pelo coro inanto-juvenil do Teatro Municipal do Rio de
Janeiro.
PAN: Sim! E as msicas azem parte do Guia Prtico de Villa-Lobos. Ele oi um
importante msico brasileiro e pesquisador das msicas tradicionais do
Brasil. Ele viajou o pas inteiro recolhendo inormaes musicais que depois
as transormou em belssimos arranjos para orquestras. Tambm criou o Guia
Prtico para ser utilizado nas escolas, que tinham, no horrio regular de aulas, amatria Msica.
Que tal voc pesquisar um pouco sobre msica olclrica?
ORFEU: Como devo azer? Voc conhece algum site?
PAN: Sim. Mas voc tambm pode ir direto a um dicionrio de msica, ou a um
dicionrio de olclore.
ORFEU: Pode ser um bom comeo.
PAN: Certamente, Oreu. Aqui est a partitura. Enquanto voc a observa eu vou
cantar Senhor Capito!
Figura 32 senhor capito
ORFEU: Esta cano bem curtinha, no Pan?
PAN: Realmente, Oreu. Ns vamos tocar s a primeira parte dela e isso tem uma
razo de ser. Imagino que precisamos exercitar a digitao das posies dos
dedos na lauta. Desta orma, podemos inserir peas mais diceis na medida em
que tenhamos certo domnio da digitao!
ORFEU: Sabe que aprender assim bem legal. Vamos tocar juntos Senhor Capito?
PAN: Vamos l!
ORFEU: E ento, Pan. Como que eu me sa?
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PAN: To bem que eu vou lhe apresentar outra msica!
ORFEU: Qual?
PAN: outra cantiga olclrica. Ela se chama A canoa virou.
ORFEU: Ah! Esta eu me lembro bem! A canoa virou, oi pro undo do mar...
PAN: Sabe Oreu. sempre bom que a gente tambm cante as msicas que
queremos tocar. A nossa voz, dizem, o instrumento musical mais pereito que
existe! Portanto, se cantarmos e tocarmos estaremos exercitando duas ormas
de expresso musical. Uma ajuda a outra.
ORFEU: Ento por que ns no aprendemos umas msicas mais atuais, mais
agitadas?
PAN: Calma, Oreu! Ns estamos apenas comeando a aprender as posies na
lauta. Procuramos aprender as posies com as msicas que conhecemos,
que sejam mais simples, para depois acrescentarmos novas posies e assimpodermos tocar qualquer msica. A inteno tocarmos tambm msicas que
ainda no conhecemos, e isto ser possvel quando estivermos lendo bem a
notao musical.
ORFEU: Notao musical, Pan?
PAN: Isso mesmo, Oreu. Notao musical so todos os signos e smbolos que
utilizamos para expressar uma idia musical no papel, na partitura.
A mais antiga orma de notao a literal (letras, alabeto), empregada pelos gregos
e outros povos da Antigidade (500 a.C). Ainda hoje se empregam os nomes e sinais
das notas. Por exemplo:
L Si D R Mi F Sol
A B C D E F G
Muito mais utilizadas hoje para indicar a harmonia de determinado trecho musical.
ORFEU: Dizem que a msica uma linguagem universal, ser por causa da notao
musical, Pan?
PAN: Veja Oreu. No resta dvida que a notao musical utilizada pelo Ocidente
auxilia na universalidade da expresso musical. Alis, a disseminao desta
notao adotada por ns se deve Igreja Catlica Romana que, na medida em
que evangelizava os povos e naes de vrios pontos da Terra, criou um livro
chamado Antionrio, para que servisse de norma a todo o mundo catlico,
universalizando assim a escrita musical que hoje conhecemos. Mas a histria
longa e cheia de detalhes.
ORFEU: Voc alou em msica do Ocidente. E a msica do Oriente?
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PAN: Na ndia, por exemplo, a msica transmitida muito mais de orma oral do
que pela escrita, as distncias entre os intervalos das notas so dierentes das
que utilizamos em nossa msica. Talvez voc encontre mais inormaes em
suas pesquisas.
ORFEU: Este assunto est muito interessante, Pan. Mas a gente poderia tocar umpouco, no acha?
PAN: Concordo! Ento mos obra, a msica A canoa virou. A canoa virou
Figura 33 a canoa virou
ORFEU: Que legal poder tocar esta msica!
PAN: e voc que j est conseguindo digitar as posies com maior naturalidade.
ORFEU: Pan, me diga uma coisa. Por que so usadas cinco linhas para escrever
msica?
PAN: Boa pergunta, Oreu! Com a expanso da Igreja, tambm oram criadas escolas
para o ensino e aprendizagem das canes usadas nos ritos litrgicos. Algumas
canes eram muito conhecidas e bastava o poema para lembrar como se canta.
Porm surgiam novas msicas e sua divulgao era dicil, mesmo utilizando
alguns sinais chamados de notao neumtica, que so signos, espcie de
pequenos acentos, indicando o movimento ascendente ou descendente damelodia colocados sobre as slabas do texto. Para saber a altura dos sons usou-
se uma linha identiicada com a letra F no seu incio, signiicando que todo o
ponto que osse ali desenhado seria a nota . Pontos desenhados abaixo e
acima da linha eram acilmente reconhecidos. Mais tarde oram acrescentadas
outras linhas.
ORFEU: Quer dizer que os msicos oram acrescentando inormaes aos poucos para
se chegar atual notao musical?
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PAN: Isso mesmo, Oreu! Foi no sculo XI que o Monge Beneditino Guido DArezzo
apereioou o sistema de escrita musical. Foi ele quem introduziu as claves para
indicar o ponto de partida na leitura das notas. Por exemplo, o desenho da clave de
sol inicia na 2a. linha. Portanto, toda nota desenhada na 2a. linha se chamar sol.
ORFEU: Pan, existem outros tipos de clave?PAN: Sim. As claves mais usadas so a de sol, de e de d. Mas para o nosso estudo
da lauta doce usaremos apenas a clave de sol.
ORFEU: Isto quer dizer, Pan, que se eu sei onde est a nota sol, posso descobrir as
outras notas?
PAN: Exatamente Oreu. Se a nota sol est na segunda linha
a nota que vem antes do sol . F estar no primeiro
espao. A nota que vem depois do sol l. L estar
desenhada no segundo espao. Depois de l vem a nota
si, que ser desenhada na 3a. linha, e assim por diante.
Figura 35 linhas e espaos da pauta
ORFEU: Ento a nota que eu desenhar na 1a. linha ser a nota mi?
PAN: Isso mesmo. Ns contamos sempre a seqncia das linhas de baixo para cima,
por isso a primeira linha ser sempre a nota mi. A segunda linha a nota sol, a 3a. a
nota si, a 4a. a nota r e a 5a. linha a nota . O primeiro espao ser a nota ....
ORFEU: Deixe-me ver se consigo continuar... o segundo espao ser a nota l, o terceiro
espao a nota d e o quarto espao a nota mi.
PAN: Muito bem, Oreu. Penso que por hoje j chega, no?
ORFEU: mesmo, Pan. At amanh!
PAN: At amanh, Oreu!
Figura 34 clave de sol
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Tema 4 apreciando: histria e pesquisa
No dia seguinte... 42 27
ORFEU: Ol, Pan. Fiquei observando as partituras e muitas dvidas comearam a
surgir...
PAN: Isto muito bom, Oreu! Que tipo de dvida voc tem?
ORFEU: Que signiicam os nmeros que vm escritos logo depois da clave? e por que
a mesma nota desenhada com ormatos dierentes?
PAN: Voc se reere ao nmero de compasso. A necessidade de dierenciar as
diversas vozes que eram entoadas durante a mesma msica, ez com que os
estudiosos desenhassem as notas com ormatos dierentes para indicar qual a
sua durao. Para cada ormato de nota tem um nome correspondente, por
exemplo: semibreve, mnima, semnima, colcheia, semicolcheia entre outras. A
relao entre elas de dobros e metades, sem alar do ponto de aumento queaumenta a metade do valor da igura. Veja a igura abaixo:
Figura 36 valores das notas
ORFEU: Esses ormatos de notas, muitos deles esto nas partituras das msicas que
ns aprendemos, no mesmo, Pan?PAN: isso a, Oreu. Embora existam outras as ormas e valores, so estes os ormatos
que vamos utilizar neste primeiro momento.
ORFEU: Como que surgiram os nomes das sete notas, Pan?
PAN: Isto se deve mais uma vez criatividade do Monge Guido DArezzo. Para ensinar
a altura das notas musicais para seus alunos, Guido utilizou-se da primeira estroe
do Hino a So Joo, cuja primeira slaba de cada verso correspondia s suas
respectivas alturas.
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UT QUEANT LAXIS Para que possam
RESONARE FIBRIS Ressoar as maravilhas
MIRA GESTORUM De teus eitos
FAMULI TUORUM Com largos cantos
SOLVE POLLUTI Apaga os erros
LABII REATUM Dos lbios manchados
SANCTE JOANNES So Joo
Puriicai bem aventurado Joo os nossos lbios polutos (manchados) para podermos cantar dignamenteas maravilhas que o Senhor realizou em Ti.
PAN: Posteriormente a slaba ut e oi substituda pela slaba D que soava melhor
para o canto e a slaba sa transormou-se em si adaptada pelos trovadores.
ORFEU: Esta ttica utilizada pelo Monge Guido com o hino a So Joo parece com a
que voc utilizou para eu aprender o nome e a posio das notas na pauta com
a msica Minha Cano!
PAN: Fico eliz por voc ter notado.
ORFEU: Guido DArezzo utilizou um hino conhecido para que seus alunos ixassem
a altura das notas musicais. Voc utilizou uma msica muito legal para que eu
aprendesse as posies das notas na lauta bem como na pauta musical.
PAN: Muito bem, Oreu! Hoje eu trouxe uma nova msica para aumentarmos o
nosso repertrio. Ela chama-se Peixe Vivo
Figura 37 peixe vivo
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ORFEU: J sei, descobri na minha pesquisa que essa uma msica do olclore brasileiro.
Toda vez que eu toco e canto as msicas do olclore meus pais contam algumas
experincias que tiveram quando estudavam. Eles dizem que aprendiam msica
na escola, que cantavam em corais, que brincavam de rodas.
PAN: Que legal! Os seus pais devem ser bem comunicativos!ORFEU: Sim! E por causa da lauta ns temos conversado muito mais. Alm do apoio
deles para estudar a lauta, tambm cantam as msicas comigo. Minha irm
mais nova s vezes at dorme quando eu estou tocando. O meu cachorro uiva
bem alto e da ormamos uma banda, ah! Ah! Ah!
PAN: T bom, t bom, Oreu! Vamos tocar, ento?
ORFEU: pr j!
Sabe como continua esta histria? Oreu aprendeu a tocar lauta muito bem e ensinou
a vrios amigos o que sabia. Tambm passou a cantar com maior segurana e nunca maisse sentiu sozinho. Podia cantar melodias, tocar, aprender outros instrumentos...
Agora voc tambm j sabe o que Oreu aprendeu e pode tocar as prximas msicas
do repertrio sempre que quiser.
Ainda h muito para aprender e praticar, cada dia um pouquinho mais!
V em rente e conhea as possibilidades que a msica oerece. Poder estudar msica
avorecer a sensibilizao dos sentidos e contribuir para uma educao integral do ser
humano, em seu processo permanente de desenvolvimento e humanizao.
Nenhuma vida segue igual depois da msica!!!
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Figura 38 nota si
A Flauta e o Pentagrama
Vamos rever a posio da nota si na lauta doce? Observe que a Foto n 1 indica que
se deve tampar o primeiro oricio com o dedo indicador da mo direita. No se esquea
de tampar o oricio da parte de trs da lauta.
Conorme indica a Figura 38, experimente tocar uma nota longa. Em seguida toque
quatro notas curtas a primeira orte, a segunda raca, a terceira meio orte e a quarta raca.
Nota l: observe a Foto 2 e veja como a posio da nota l na lauta. Mantenha o dedo
indicador e acrescente o dedo mdio da mo direita para tampar os dois oricios. O oricio
da parte detrs da lauta dever ser mantido tampado, quando or necessrio destamp-lo
haver indicao para isso. Vamos tocar a nota l? Som longo e quatro sons curtos...
Figura 39 nota l
A Figura 39 mostra que as linhas e espaos onde as notas so escritas chamam-sepauta ou pentagrama. A nota l escrita no segundo espao da pauta. As linhas e espaos
da pauta so contados de baixo para cima.
Nota sol: observe a posio da nota sol na Foto 3. Os trs primeiros oricios devem ser
tampados utilizando-se os dedos indicador, mdio e anelar. Quando voc tocar a nota sol
longa experimente contar mentalmente at quatro, devagar.
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Figura 40 nota sol
A Figura 40 mostra a clave de sol, a posio da nota sol na pauta, e a clave de . As
claves mais usadas so as de sol e . Utilizaremos a clave de sol para tocar as msicas na
lauta. A clave de utilizada nas msicas escritas para a mo esquerda dos instrumentos
de teclado e para instrumentos graves como o trombone, contrabaixo e violoncelo.
Nota na clave de sol: observe na Foto 4 como se az a posio da nota . Devem-se
tampar quatro oricios com os dedos indicador, mdio, anelar e o dedo indicador da mo
direita. O dedo polegar da mo direita servir como apoio para segurar a lauta.
A Figura 41 mostra a rmula de compasso. Quando uma partitura musical apresenta
esta rmula de compasso dizemos que a msica est em quatro por quatro.
Nota mi: a Foto 5 mostra a posio dos dedos para tocar a nota mi na lauta. Devem-se
tampar cinco oricios com os dedos indicador, mdio e anelar da mo esquerda e o dedoindicador e mdio da mo direta. Experimente tocar a nota mi suavemente.
Figura 41 nota
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Figura 42 nota mi
A Figura 42 mostra como composta a rmula de compasso. Podemos observar
que a rmula de compasso pode ser escrita de duas ormas: utilizando o nmero 4 no
denominador ou uma semnima.
Nota r: a Foto 6 mostra que para se tocar a nota r necessrio tampar seis oricios,utilizando os dedos indicador, mdio e anelar da mo esquerda e os dedos indicador,
mdio e anelar da mo direta.
Figura 43 nota r
A Figura 43 indica que as duas linhas verticais (barras ou travesses) dividem a
pauta em compassos. Neste caso so dois compassos: no primeiro est a nota r longa
(semibreve) e no segundo compasso esto quatro semnimas. A rmula de compasso
indica que dentro do compasso podem-se escrever notas que no ultrapassem o valor
de quatro semnimas. Uma semibreve equivale ao valor de quatro semnimas.
Nota d: a Foto 7 mostra que para se tocar a nota d tampam-se sete oricios, utilizando
os dedos indicador, mdio e anelar da mo esquerda e os dedos indicador, mdio, anelar
e o mnimo da mo direta. Experimente tocar a nota d suavemente. Veja se todos os
oricios esto bem tampados. Quanto mais grave or a nota mais ateno devemos ter
para que o som seja emitido corretamente.
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Figura 44 nota d
A Figura 44 mostra que a barra de compasso serve para separar um compasso do outro,
a soma dos valores do compasso deve ser igual deinida na rmula de compasso. Assim,
veriicamos que o primeiro compasso est preenchido com o valor de uma semibreve
que equivale a quatro semnimas. O segundo compasso est preenchido com quatro
semnimas. Duas mnimas preenchem o terceiro compasso.
Veriicamos que a nota d est escrita na linha suplementar inerior. Este o nome
dado s pequenas linhas escritas acima ou abaixo da pauta para continuarmos escrevendo
as notas quando as cinco linhas no so suicientes.
Nota d 4: observe que a Foto 8 indica que se deve tampar o segundo oricio com o
dedo mdio da mo direita. No se esquea de tampar o oricio da parte de trs da lauta.
Para saber qual a altura da nota d usamos a indicao de d 3 ou d 4. Quando se utilizar
d 3 devemos tocar o d grave. Quando utilizarmos o d 4 devemos tocar o d agudo.
Figura 45 nota d 4
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Nota r 4: para tocarmos a nota r 4 basta manter o dedo mdio tampando o segundo
oricio da rente e destampar o oricio da parte detrs da lauta, conorme podemos
observar na Foto 9.
Figura 46 nota r4
A Figura 46 indica que a semnima a unidade de tempo. A unidade de tempo
determinada no denominador da rmula de compasso. Se soubermos o valor da unidade
de tempo (indicada pelo denominador) e a quantidade (indicada pelo numerador)
podemos calcular quantas unidades de tempo so necessrias para preencher o valorintegral do compasso. Neste caso so quatro semnimas. Sabemos que a semibreve dura o
mesmo tempo que quatro semnimas. Sendo assim, a nota que sozinha preenche o valor
do compasso chamada de unidade de compasso.
Nota sol #: conorme observamos na Foto 10, a posio do sol sustenido deve ser eita
como se estivssemos azendo a posio da nota mi destampando o dedo anelar da mo
esquerda. Ou seja, devemos usar os dedos indicador e mdio da mo esquerda e os dedos
indicador e mdio da mo direita.
Figura 47 nota sol #
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Para ilustrar o exemplo acima utilizaremos parte do teclado do piano, como mostra a
Figura 48: a nota sol# est um semitom acima da nota sol.
rb
d#
r mi sol l si d r
mib
r#
solb
#
lb
sol#
sib
l#
rb
d#
mib
r#
Figura 48 nota sol # ou l b
No entanto, ela est um semitom abaixo da nota l. Sendo assim, a mesma nota pode
receber dois nomes dierentes. Sol sustenido, pois est um semitom acima da nota sol. L
bemol, pois est um semitom abaixo da nota l.
Sendo assim, podemos tocar doze sons de orma ascendente utilizando os sons
naturais e os sustenidos,
r r# mi # sol sol# l l# si d d#
bem como tocar doze sons utilizando os sons naturais e os bemis de orma descendente:
r rb d si sib l lb sol solb mi mib
Observe que entre as notas mi e si d no existem teclas pretas no piano. Isto
porque o intervalo entre essas notas de um semitom.
Nota mi 4: conorme observamos na Foto 11, para azermos soar a nota mi 4 basta
manter a mesma posio da nota mi 3 destampando metade do oricio detrs a lauta.
Figura 49 nota mi 4
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Experimente tocar a nota mi4 com a nota longa (semibreve), contando at quatro
lentamente e depois quatro notas curtas (semnimas), acentuando o primeiro e o terceiro
tempos.
Nota #: de acordo com a Foto 12 observamos que para tocar a nota sustenido
devemos tampar todos os oricios da lauta e levantar o dedo indicador da mo direita.
Figura 50 nota #
Vamos tocar a nota # seguindo a orientao da Figura 50. A semibreve deve soar longa
e as quatro semnimas devem soar curtas, sendo acentuadas a primeira e a terceira notas.
Nota sib: para azer a posio da nota sib devemos tampar o primeiro oricio com
o dedo indicador da mo esquerda, manter destampado o segundo oricio, tampar o
terceiro oricio com o dedo anelar da mo esquerda e com o dedo indicador da mo
direita tampar o quarto oricio, conorme mostra a Foto 13.
Figura 51 nota sib
Conorme observamos anteriormente na Figura 51 a nota sib pode ser chamada de l#,o som o mesmo. Portanto, quando encontrarmos na pauta a nota l# saberemos que a
posio na lauta ser a mesma da nota sib.
A Figura 51 nos mostra que a barra ou travesso inal composta por duas linhas verticais,
sendo uma ina e outra grossa. Indica o ponto inal da escrita musical.
Essas so as posies na lauta que utilizaremos neste Caderno. Para conhecer todas as
posies da lauta e aproundar seus conhecimentos tericos e prticos procure uma escola
especializada em msica.
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Quadro sntese
Observe a Figura 52 para relembrar contedos que tratam da notao musical.
Figura 52 reconhecendo a partitura
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Parte II: Partituras Comentadas e Situaes deAprendizagem
Tema 5: Fera Pantera
Figura 53 partitura Fera Pantera
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5.1 O contexto da cano
Atividade para ser desenvolvida em grupos.
Escreva as respostas das questes em papel sulite para serem entregues ao proessor.
Lembre-se de colocar os nomes dos componentes do grupo, nome da escola, turma, sriee data.
Descreva o que voc aprendeu sobre os autores da composio.a.
Qual o motivo especico desta msica para ter sido composta?b.
Quais so os signiicados da palavra Fera no contexto desta cano?c.
5.2 Vamos ouvir ativamente a cano? (Fera Pantera, CD tema 5).
Sobre o que trata esta cano?a.
O que isso signiica?b.
Como os elementos ormadores da Fera Pantera contribuem para as comparaesc.
com a Pantera Cor de Rosa?
5.3 Canto
Antes de cantar, preciso aquecer as cordas vocais. Preste ateno nas orientaes do
proessor para os exerccios de respirao e a cano escolhida para o aquecimento vocal.
Para cantar Fera Pantera necessrio alcanar tanto notas agudas quanto graves.
Figura 54 notas agudas e graves
Quando o proessor colocar o CD gravado com os instrumentos e as vozes, procure
acompanhar a msica cantando suavemente. Isso importante para voc notar as
dierentes alturas dos sons, o ritmo, a intensidade, o timbre dos instrumentos e das vozes
que esto interpretando a msica. Depois de aprendido o canto e as entradas para a lauta
e a voz, voc j pode cantar utilizando a base instrumental (play back).
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5.4 Ritmo
Oua a cano Fera Pantera (gravao instrumental e vocal) e observe como o ritmo
sugerido com o estalo de dedos executado na introduo.
Observe que no primeiro compasso o primeiro tempo uma pausa de semnima (1
tempo). No segundo tempo voc estala os dedos. Pausa de semnima no terceiro tempo
e estalo de dedos no quarto tempo.
O segundo exemplo da Figura 55 mostra dois compassos para bater dois dedos damo direita na palma da mo esquerda. O primeiro tempo do primeiro compasso uma
pausa de semnima, o segundo e o terceiro tempo tm uma colcheia pontuada e uma
semicolcheia. O quarto tempo tem uma colcheia pontuada e uma semicolcheia ligada ao
primeiro tempo do prximo compasso que uma semnima.
Para voc executar este trecho rtmico basta lembrar como inicia a letra da Fera Pantera
e bater os dedos neste ritmo: olha o passo dela. Lembrou? Ento s bater os dois dedos
na palma da mo neste ritmo.
O terceiro exemplo rtmico sugere que voc bata palmas. Conorme a Figura 56 o
primeiro tempo do compasso uma pausa de um tempo (semnima). No segundo tempo
tem uma colcheia pontuada e uma semicolcheia. O terceiro tempo uma semnima e o
quarto tempo uma pausa de semicolcheia. Para executar esse ritmo lembre-se da primeira
rase da Fera Pantera utilizando somente trs slabas: Olha_o pa. Conte um tempo e batatrs palmas, conte dois tempos e bata novamente Olha_o pa e assim sucessivamente no
ritmo de Fera Pantera. Preste ateno na regncia do proessor e boa execuo.
Atividade:
Com base nas notas musicais e pausas da Figura 57 crie um ritmo para a Msica Fera
Pantera e escreva-o na pauta abaixo:
Figura 55 exerccio rtmico
Figura 56 exerccio rtmico
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Figura 57 iguras de som e de silncio
Figura 58 exerccio rtmico
5.5 Leitura musical
De acordo com o que voc aprendeu, diga o que signiica o seguinte sinal:
Figura 59 notao
Observe que a Figura 59 mostra que h quatro sugestes meldicas para seremexercitadas.
Figura 60 exerccio meldico
No primeiro compasso a sugesto que se exercite a nota mi aguda. Experimente
cant-la lembrando da segunda parte da Fera Pantera Hoje a loresta. As duas notas mi
soam quando cantamos as slabas res ta. Depois de cantar pegue a sua lauta e toque
no ritmo da cano a colcheia pontuada e a semicolcheia ligada mnima pontuada. Essa
segunda nota soar mais longa que a primeira. Lembre-se que a posio da nota mi aguda
na lauta semelhante nota mi grave, devendo-se destampar a metade do oricio da
parte detrs da lauta.
A segunda sugesto de exerccio da Figura 60 mostra as notas r e d agudas. Observe
que uma colcheia seguida de outra colcheia ligada mnima. Neste caso lembre-se do
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trecho onde se canta e todos vo danar. Estas duas notas se reerem a danar. Cante
primeiramente e todos vo danar, depois somente danar algumas vezes antes de
executar este trecho na lauta. Depois disso, acrescente a nota l e voc estar azendo o
exerccio nmero quatro onde se canta vo danar.
O exerccio nmero trs se reere ao canto da ltima rase do primeiro verso A FeraPantera d, l, sol, mi, d, d veja este trecho no compasso nmero oito da partitura.
Depois de cantar este trecho execute-o na lauta.
5.6 Representao
A cano Fera Pantera sugere movimento. Enquanto voc az a marcao rtmica
experimente alguns movimentos que a letra sugere (gingar, dar alguns passos para os
lados, balanar) e invente os seus prprios gestos.
5.7 Execuo instrumental
Depois de aprendido o canto e de ter exercitado alguns ritmos e trechos meldicos
voc poder cantar e executar a sua lauta muito melhor. Ento s organizar o seu
material:
partitura;
lauta;
aparelho para reproduzir o CD;
CD;
e prestar ateno na regncia do proessor para iniciar a Fera Pantera.
5.8 Ponto de aumento e ligaduras
Observamos na msica Fera Pantera a presena de iguras pontuadas e ligadas.
Esse recurso utilizado para aumentar o valor de determinada nota dentro do mesmo
compasso. Uma nota pontuada aumenta a metade do valor da sua durao.
Figura 61 notas pontuadas
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A Figura 61 mostra que o sinal de ligadura aumenta o valor da nota ligando-a a outra
nota. Veja o exemplo abaixo:
Conorme observamos na Figura 62 enquanto o ponto de aumento altera o valor da
nota acrescentando a metade do seu valor, a ligadura altera o valor da nota conorme o
valor da nota ligada.
5.9 Fermata, suspenso e ponto de diminuio
Outro sinal que aumenta o valor da nota a ermata.
. A ermata escrita
sobre a nota ou pausa. Quando sobre a pausa seu nome suspenso. O aumento do seu
valor depender do intrprete ou regente. Conorme podemos ver na Figura 63 h uma
tendncia entre os intrpretes de se manter a execuo da nota e a suspenso do som por
um tempo que corresponde metade do seu valor.
A Figura 63 nos mostra o ponto de diminuio escrito sob a nota musical. Neste caso
a nota deve ser diminuda da metade do seu valor. O ponto de diminuio se reere
maneira seca e curta de se executar o som staccato. Sendo assim, no se usa ponto de
diminuio para as pausas.
Atividade:
Escreva na pauta abaixo alguns trechos da msica Fera Pantera onde aparecem
ligaduras e pontos de aumento.
Figura 62 notas pontuadas
Figura 63 ermata, suspenso e ponto de diminuio
Figura 64 pauta para exerccios
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Tema 6: Samba de uma nota s
Figura 65 partitura Samba de uma nota s
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6.1 O contexto da cano
Pesquisa:
Prepare um relato sobre a Bossa Nova e os principais acontecimentos do Brasil na dcada
de 1959 que inluenciaram a cultura brasileira. Lembre-se de escrever sobre os autores desta
cano (entre outros) e as suas principais contribuies para a msica popular brasileira.
Apresente para os seus colegas de turma o resumo da sua pesquisa.
6.2 Vamos ouvir ativamente a cano? (Samba de uma nota s, CD tema 6).
Sobre o que ala a cano? Qual o estilo desta composio? O que a letra da composio
tem a ver com a sua estrutura musical? Como se inicia a msica? Quais so os instrumentos
utilizados para a sua gravao? Em relao ao canto: uma voz masculina, eminina ou um
grupo que est cantando. O canto unssono ou h separao de vozes (contralto, soprano,
baixo, tenor)?
6.3 Canto
Vamos cantar? Ento no se esquea de azer exerccios respiratrios e vocais. Para aquecer
a voz se pode cantar cano conhecida de todos, como por exemplo, a Minha Cano.
Depois disso, pegue a sua partitura do Samba de uma nota s e acompanhe a execuo
do CD gravado com instrumentos e voz, cantarole junto com a gravao at voc aprender
bem. Depois de aprendida a cano, cantar com o CD base (play back). Lembre-se de prestar
ateno na regncia do proessor.
6.4 Ritmo
Ouvindo a gravao instrumental, procure identiicar as dierentes marcaes rtmicas do
baterista durante toda a msica. Ao ouvir a gravao tente se concentrar somente na bateria.
Conseguiu? Veja se voc consegue acompanhar o baterista batendo com dois dedos da mo
direita na palma da mo esquerda alguns motivos rtmicos.
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Figura 65 exerccios rtmicos para Samba de uma nota s
A Figura 65 sugere algumas marcaes rtmicas para serem executadas com a msica
Samba de uma nota s. O primeiro exemplo bem conhecido, trata-se do ritmo da cano
olclrica Samba lel. Experimente bater palmas em orma de concha, no ritmo do samba leldurante a execuo do CD instrumental de Samba de uma nota s.
Outro exemplo sugerido na Figura 65 bater palmas no primeiro, segundo, terceiro e
quarto tempos. A igura de nota a semnima (um tempo). O terceiro exemplo repetio de
colcheia e duas semicolcheias. Preste ateno na diviso de grupos, na regncia do proessor
e mantenha a sua marcao rtmica.
6.5 Leitura musical
Preste ateno na posio da nota si bemol para tocar a introduo da msica Samba de
uma nota s (lembre-se de tampar o oricio detrs da lauta):
Figura 66 nota l sustenido ou si bemol (sib)
A Figura 66, nos mostra que a rase quanta gente existe por a que fala, fala e no diz nada
ou quase nada. J me utilizei de toda a escala e no final no deu em nada, no sobrou nada. se
inicia no compasso nmero 26.
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Figura 67 rero de Samba de uma nota s
Tanto a letra como a melodia do rero (Figura 67) no constam na partitura Samba
de uma nota s, abaixo. Podemos tocar a lauta nesse momento e deixar para algum
aluno azer o solo cantando. As notas sugeridas para se tocar no rero esto abaixo da
pauta, conorme observamos do compasso 26 at o compasso 33. As notas so: , sol (e/
ou d), sol, l e si (e/ou sol). A Figura 67 serve tambm para indicar o tempo certo de tocar
as notas durante a execuo do rero.
Voc deve cantar e ixar bem esses trechos antes de execut-los na lauta.
6.6 Representao
Depois de aprendida a msica, cantada e tocada, vai icar cil se movimentar. Durante
a execuo da lauta com as notas sol e d experimente balanar o corpo no ritmo do
samba, possvel que voc consiga interpretar com maior naturalidade essa msica. Ento
observe a regncia do proessor para iniciar a msica...
6.7 Execuo instrumental
Para executar o Samba de uma nota s, voc deve observar quatro trechos principais:
o momento de tocar a nota sol (eis aqui este sambinha, eito de uma nota s... at base
uma s); o momento de tocar a nota d4 (esta outra conseqncia do que acabo de
dizer); o momento de voltar para a nota sol (como sou a conseqncia inevitvel de vo
c encerra com a nota d4); o quarto momento o trecho que diz: quanta gente existe
a...) quando voc tocar notas longas conorme a Figura 67. Preste ateno na regncia
do proessor e boa execuo!
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6.8 Improviso
Experimente escrever uma melodia na pauta abaixo para tocar durante a primeira
parte da cano Samba de uma nota s. Utilize as notas naturais (sol, l, si, d, r, mi e )
e procure dar nase nas notas sol e d. Utilize algumas pausas para poder respirar entreuma rase e outra.
Veja o exemplo dos 4 primeiros compassos e utilize seus conhecimentos musicais
para criar suas rases. Depois de escrito na pauta, mostre para os seus colegas tocando
junto com o acompanhamento instrumental da gravao. Veja se algum colega quer tocar
o seu exerccio junto com voc.
Figura 68 exerccio de improviso para Samba de uma nota s
Depois de escrever algumas rases experimente tocar as notas naturais de maneira
livre, prestando ateno na pulsao da msica. Comece com rases curtas, tocando notas
longas e respire entre uma rase e outra. Gradativamente alterne notas longas com notas
curtas. No se preocupe em tocar muitas notas, ainal voc estar improvisando sobre o
tema: Samba de uma nota s.
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Tema 7: Minha cano
Figura 69 partitura Minha cano
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7.1 O contexto da cano
Pesquisa:
Pesquise e escolha um disco ou outra obra de Chico Buarque. Traga esse material para
a sala de aula e ajude a organizar uma exposio sobre esse artista brasileiro. Comente
sobre o que a crtica artstica pensava sobre o trabalho de Chico a partir da dcada de 1960
at os dias de hoje.
7.2 Vamos ouvir ativamente a cano? (Minha Cano, CD tema 7).
Quanto mais voc ouvir msica atentamente, mais inormaes voc poder utilizar
para entender a composio e a sua mensagem. Nesse sentido, aproveite esse momento
dedicado audio da Minha Cano para perceber detalhes rtmicos, harmnicos, vocais
e instrumentais que antes voc no havia se dado conta.
7.3 Canto
Lembre-se que a sua voz instrumento musical que necessita cuidado! Procure
no cantar tenso. Para evitar a tenso vocal acompanhe as propostas de exerccios
respiratrios do proessor. Procure cantar com leveza e suavemente. Faa bom proveito
do ar controlando a respirao. Esses exerccios preparatrios e permanentes devero ser
observados, igualmente, para tocar a lauta.
7.4 Ritmo
Depois de aprendido o canto, observe as orientaes do proessor para azer o
acompanhamento rtmico da Minha Cano. Voc poder estalar os dedos, bater palmas,
bater com as mos em partes do corpo. Procure sentir a pulsao da msica e improvise
ritmos dierenciados.
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7.5 Leitura musical
Figura 70 notao
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2.6 Os quatro primeiros compassos fazem parte:
( ) do canto; ( ) da introduo; ( ) do rero ou estribilho.
2.7 Onde se escreve o ttulo da msica?
( ) no centro; ( ) no canto superior direito; ( ) no canto superior esquerdo.
2.8 Onde se escreve o nome do autor da msica e da letra?
( ) no centro; ( ) no canto superior direito; ( ) no canto superior esquerdo.
2.9 Onde se escreve instruo e/ou observao a respeito da composio?
( ) no centro; ( ) no canto superior direito; ( ) no canto superior esquerdo.
2.10 De acordo com o que voc aprendeu sobre a notao musical, descreva o nome
das pausas e das notas musicais da introduo da Minha Cano:
Exemplo 1 compasso: pausa da colcheia, semnima, colcheia, semnima e semnima.
2 compasso: ___________________________________________________________
3 compasso: ___________________________________________________________
4 compasso: ___________________________________________________________
5 compasso: ___________________________________________________________
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Escreva o nome das notas musicais e a letra da Minha Cano de Chico Buarque e
Enriquez, exatamente embaixo da nota musical correspondente.
A Minha cano utiliza as notas da escala diatnica de d maior, portanto antes detoc-la vamos exercitar essa escala?
Depois de aprendida a escala de d maior ascendente e descendente, experimente
cantar e depois tocar os quatro compassos da introduo (e inalizao). Observe que nos
Figura 71 notao
Figura 72 escala diatnica de d maior
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compassos vinte e trs e vinte e quatro voc deve optar entre duas melodias, a superior
ou a inerior. (veja como se toca a nota d# no item execuo instrumental).
Figura 73 introduo de Minha cano
Sugere-se cantar e ixar bem esses trechos antes de execut-los na lauta.
7.6 Representao
Depois de aprendida a cano por meio do canto e da lauta doce, organizar grupos
para propor uma organizao cnica do grupo simulando apresentao pblica. Qual o
posicionamento do grupo? Todos em p, um atrs do outro? Alguns sentados no cho,
outros sentados em cadeiras? D asas imaginao e proponha suas idias. Voc gosta de
desenhar? Ento desenhe como seria o cenrio para a apresentao da Minha Cano,
apresente para o proessor e para os colegas da turma.
7.7 Execuo instrumental
A Figura 74 mostra que a ltima nota musical da melodia superior da introduo a
nota d sustenido.
Figura 74 nota d4 sustenido
A posio d(4) sustenido igual ao l, no entanto deve-se destampar o oricio da
parte detrs da lauta.
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7.8 Escala maior
Conorme vimos anteriormente a Minha cano utiliza a escala de d maior. Escala
a seleo de notas dentro de uma oitava. A escala maior est baseada nos intervalos
da escala de d. Portanto para se saber quais as notas devemos utilizar para construir asoutras escalas maiores basta seguir a rmula da escala de d, ou seja:
T T s T T T s
* T = tom; * s = semitom
Vamos utilizar o teclado do piano para observar estas distncias da escala de d
maior:
Figura 75 escala de d maior
Um semitom, no teclado do piano, a distncia entre uma tecla e outra adjacente. Da
nota d3 para a nota adjacente (d#) existe um semitom. Do d# para o r a distncia de
um semitom. Portanto, de d3 a r3 a distncia de um tom. Observamos que da nota mi
para a nota e da nota si para o d4 a distncia de um semitom, pois essas teclas so
adjacentes, no existe tecla preta entre essas notas.
Sendo assim, como seria a escala de r maior?
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Figura 76 escala de r maior
Armadura de clave
Quando tocamos uma msica que utiliza a escala de r maior dizemos que a msica
est no tom de r maior. Para evitar que se escreva o sustenido todas as vezes que
aparecerem as notas e d, usa-se a armadura de clave, no incio da pauta que indica
quais notas devem ser alteradas.
Figura 77 escala de r maior
A Figura 77 mostra que a armadura de clave indica que a nota e a nota d devem
ser alteradas meio tom acima. Sempre que aparecerem estas notas na msica elas devem
ser tocadas com o sustenido.
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Bequadro
Se quisermos tocar tanto a nota # como a nota d# naturais (sem os sustenidos)
devemos utilizar o smbolo bequadro que altera a nota para a sua condio natural.
Conorme observamos na Figura 78 as notas # e d# oram anuladas com o sinal de
bequadro. Sendo assim elas devem ser executadas como natural e d natural.
Figura 78 Bequadro
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Tema 8: Azul da cor do mar
Figura 79 partitura Azul da cor do mar
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8.1 O contexto da cano
Pesquisa:
Junto com os colegas do grupo, pesquise sobre a obra e a carreira do autor da cano
Azul da cor do mar. Descubra dados sobre a primeira gravao desta composio e asinluncias musicais que marcaram a obra do autor.
8.2 Vamos ouvir ativamente a cano? (Azul da cor do mar, CD tema 8).
Muitas vezes os compositores gostam de colocar na letra de suas msicas coisas
para a gente pensar. Para nos conhecermos melhor, Tim Maia, nos lembra nesta msica
a importncia de rir, chorar e saber que a vida azul! s vezes mais escuro, s vezes mais
claro, s vezes turvo ou cristalino, mas sempre azul intenso!
Parece provvel que voc tambm queira pensar sobre voc e o que est sentindo.
Ento pode cantar esta msica e depois, se quiser, pegue um papel e escreva o que voc
est sentindo. Est surgindo tambm uma melodia? timo, tente toc-la na lauta. Isto
azer msica, tocar as composies dos outros e quando quisermos, compor as nossas!
8.3 Canto
O aquecimento vocal pode ser eito com as duas melodias da introduo de Azul
da Cor do Mar. Sob a regncia do proessor escolha entre a melodia superior e a melodia
inerior e cante bem suave para aquecer as cordas vocais. Depois de aprendida a primeira
melodia cante a outra. Lembre-se de azer os exerccios respiratrios para evitar a tenso
muscular.
Vamos cantar a msica inteira? Ento comece cantarolando bem suave junto com o CD
instrumental e vocal. Depois de aprendido o canto, utilizar o CD com a base (play back).
8.4 Ritmo
Depois de aprendido o canto, procure identiicar o pulso da cano. Invente
acompanhamentos rtmicos observando o estilo da composio. Procure ouvir
atentamente os recursos rtmicos utilizados pelo baterista na gravao. Tente reproduzi-
los com palmas e estalo de dedos. Lembre-se que o ritmo um acompanhamento da
composio, portanto, no deve se sobressair aos demais instrumentos e vozes.
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8.5 Leitura musical
Preste ateno nas seguintes passagens para cantar e tocar a msica na lauta:
Figura 80 introduo de Azul da cor do mar
As duas melodias constantes na Figura 80 azem parte da introduo da cano Azulda cor do mar. Observe na gravao que existem duas lautas tocando essas melodias
durante toda a msica. Nesse caso, siga as orientaes do proessor quanto organizao
dos grupos que iro tocar a melodia da lauta 1 e a melodia da lauta 2. Depois de aprendida
a introduo, voc poder tocar essa melodia durante toda a msica.
8.6 Representao
Como ser a disposio do grupo na hora de uma suposta apresentao pblica? Em
grupos, organizem proposta de representao para ser apresentada aos demais colegas
de turma. Um grupo apresenta para outro grupo.
8.7 Execuo instrumental
Observe na gravao que a bateria d a marcao rtmica antes da entrada dos demais
instrumentos musicais. Procure interiorizar essa marcao para iniciar no tempo certo a
msica. O arranjo instrumental de Azul da cor do mar possibilita vrias disposies dos
alunos. Enquanto o grupo um toca a melodia da lauta 1, o grupo dois toca a melodia
da lauta 2. O grupo 3 canta as duas primeiras estroes, o grupo 4 canta as duas ltimas
estroes. Todos os grupos podem tocar a introduo.
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8.8 Barra de repetio (ritornello)
A barra de repetio serve para indicar que determinado trecho da msica se repete.
No compasso nove da cano Azul da cor do mar existe uma barra de repetio que
indica o incio da seo a ser repetida, conorme podemos observar na Figura 83:
Figura 81 sinal de repetio (ritornello)
No inal do compasso dezesseis a barra de repetio indica que se deve retornar ao
compasso nove.
Quando no h indicao da barra de repetio de incio da seo, subentende-se
que a repetio a partir do incio da pea ou movimento. Neste caso podemos veriicar
a introduo da cano Azul da cor do mar, onde a barra de repetio indica o retorno ao
incio da msica.
Figura 82 sinal de repetio ex. 2
8.9 Polionia
A Figura 82 mostra a execuo simultnea de mais de uma melodia. Os oito compassos
da introduo vo se repetir durante toda a msica. Quando ento a melodia (do canto)
vai se associar s outras duas. Esse pode ser considerado um exemplo de Polionia, ou seja,
a execuo de vrias melodias ao mesmo tempo.
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Tema 9: Asa branca
Figura 83 partitura Asa branca
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Figura 84 exerccio rtmico para Asa branca
Sob a regncia do proessor experimente acompanhar a gravao instrumental com
os exemplos dados. Depois de aprendido esses trs exemplos, invente a sua prpria
marcao rtmica.
9.1 O contexto da cano
Pesquisa:
Atividade para ser desenvolvida em grupos.
Pesquise sobre as vrias tendncias musicais nordestinas. Estabelea relaes entre a
msica produzida no nordeste brasileiro e a sua inluncia nas demais regies do Brasil.
Qual a importncia de Asa branca no contexto da msica popular brasileira? Quem so os
autores desta cano?
9.2 Vamos ouvir ativamente a cano? (Asa branca, CD tema 9).
Como inicia a msica? Quais so os instrumentos? Qual a ordem de entrada dos
instrumentos? Quantas pessoas esto cantando? So vozes emininas ou masculinas ou
ambas? A msica se compe de quantas partes? O canto unssono ou h diviso devozes? Quantas vezes ela se repete? Quanto tempo dura a gravao? Como termina a
msica? Quem (so) o(s) autor/autores da msica e arranjo instrumental?
9.3 Canto
Oua a msica inteira uma vez. Depois de ter percebido o arranjo da composio,
pegue a sua partitura para acompanh-la cantarolando. Depois de aprendido o canto,
utilize o CD base (play back) para cantar a msica inteira.
9.4 Ritmo
O estilo desta cano conhecida como baio. Preste ateno nas orientaes do
proessor para o acompanhamento rtmico.
A Figura 84 mostra trs exemplos rtmicos que podem ser utilizados durante a cano
Asa branca.
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9.5 Leitura musical
Antes de executar o baio Asa branca vamos exercitar algumas passagens meldicas:
Figura 85 exerccio para Asa branca
Podemos exercitar primeiro azendo lentamente cada nota, prestando ateno
na posio dos dedos. Depois, a gente toca um pouquinho mais rpido at chegar ao
andamento que o Luiz Gonzaga gostaria de nos ver tocando!
Convm cantar e ixar bem esses trechos antes de execut-los na lauta.
9.6 Representao
Como seria a apresentao desse baio no nordeste? Como era a roupa caracterstica
do nordestino quando oi composta esta cano? Analise a letra da msica e junto com
o seu grupo proponha uma representao cnica, durante a execuo musical, visando
apresentao pblica.
9.7 Execuo instrumental
Oua a gravao instrumental. Procure cantar o motivo meldico da introduo,
cantando as notas musicais (, r, mi, d, r, si, d, l, si, sol, l, sol, mi, sol, sol). Depois de
aprendido o canto procure toc-lo na lauta.
Faa o mesmo procedimento para as outras partes da msica.
9.8 Avaliao
Quando voc ouve a gravao: consegue reconhecer quais os instrumentos esto
tocando? Durante o canto voc percebe quando voz masculina, eminina, vozes mistas
e quando o canto unssono ou se h separao de vozes? Voc atende s solicitaes do
proessor e realiza as atividades propostas e as entrega no prazo?
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Tema 10: Coletnea olclrica
Figura 86 partitura Coletnea olclrica
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Em grupos ou individualmente pesquise sobre a histria da lauta doce e apresente o
resultado para os seus colegas da turma.
10.1 O contexto da cano
Msica olclrica o conjunto de canes tradicionais de um povo. A melodia e a
letra de uma cano olclrica podem sorer modiicaes no decorrer de um tempo, pois
normalmente passam de gerao em gerao. As canes para danar so provavelmente
o tipo mais antigo de msica olclrica. No incio, oram cantadas como acompanhamento
para danas e os nomes de seus compositores se perderam no tempo.
As danas e jogos inantis so geralmente de origem europia e, no Brasil, reduzem-
se praticamente s danas de roda. Algumas so de criao nacional com inluncia dasmodinhas, e outras tm inluncia aricana e indgena.
As canes olclricas inseridas na coletnea so:
Senhor Capito, Peixe Vivo e A Canoa Virou.
10.2 Vamos ouvir ativamente a cano? (Coletnea olclrica, CDtema 10).
A atividade musical requer muita ateno: voc deve ouvir a si mesmo, ouvir os
colegas, e os demais instrumentos no momento do canto. Em alguns momentos guardar
silncio, em outros prestar ateno no movimento dos colegas e nas orientaes e gestos
do proessor. Ouvir atentamente auxilia a ainao e a boa qualidade da expresso vocal.
10.3 Vamos cantar?
O aquecimento vocal pode ser eito com a cano Bambalalo. Oua o CD instrumental
e acompanhe cantando suavemente. Depois de aprendida a cano Bambalo cante A
canoa virou e Peixe vivo. Preste ateno nas reerncias vocais da gravao, escolha uma
reerncia e experimente imit-la. Voc consegue perceber as dierentes nuances vocais
na interpretao gravada?
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10.4 Ritmo
Preste ateno nos exemplos rtmicos da Figura 87. Observe a interpretao do
proessor e tente acompanhar as trs sugestes apresentadas. Depois de assimilados estes
motivos, procure inventar novas marcaes rtmicas.
Figura 87 exerccios rtmicos para Coletnea olclrica
10.5 Leitura musical
Observe este trecho da Coletnea olclrica e escreva a letra da cano e o nome das
notas embaixo de cada nota musical.
Figura 88 notao
O que notao musical?
( ) so todos os registros que utilizamos para atribuir notas da prova musical;
( ) so todos os signos e smbolos que utilizamos para expressar uma idia musical
no papel;
( ) so as mensagens utilizadas pelos gregos e outros povos da antigidade para se
comunicarem com os deuses da mitologia.
3.4 Qual a diferena bsica entre a msica feita no Oriente e a do Ocidente quanto
escrita musical?
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Observe a Figura 89 e a descreva:
Figura 89 notao
Preste ateno nas seguintes passagens para cantar e tocar a msica na lauta:
Figura 90 exerccios meldicos para Coletnea olclrica
Sugere-se cantar e ixar bem esses trechos antes de execut-los na lauta.
A cano Bambalalo possui arranjo para trs lautas conorme podemos observar na
Figura 91:
Figura 91 trs lautas para Bambalalo
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Nesse caso, oua atentamente a gravao e tente identiicar o movimento sonoro
destas trs melodias. Converse com dois colegas e tentem tocar este arranjo para trs
lautas que tem um resultado sonoro interessante. A sua execuo pode ser eita com
entrada gradativa de cada lauta. Iniciar com a terceira voz (toca a parte inteira sozinha) em
seguida a segunda voz e por im a voz relativa ao canto.
10.6 Representao
Como voc e seus amigos podem organizar uma representao cnica desta coletnea
olclrica? Analise a letra das trs canes, invente movimentos e motivos caractersticos
e apresente a idia do grupo para a turma.
10.7 Execuo instrumental
Observe a regncia do proessor, ele indicar o momento de iniciar a execuo
instrumental e vocal. Memorize as entradas, quantas vezes cada trecho se repete e os
momentos de tocar e cantar. Estude mais atentamente os trechos que voc sente
diiculdade em casa para poder acompanhar o proessor e a turma na escola.
10.8 Avaliao
Avalie o seu desempenho nas atividades desenvolvidas nas aulas de msica.
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Tema 11: Meu Paran
Figura 92 partitura Meu Paran
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11.1 O contexto da cano
Pesquisa:
Meu Paran uma composio de Lpis inspirada no Fandango Paranaense. Pesquise
com seus colegas sobre o Fandango como expresso cultural do Paran, suas origens e a
regio onde ele oi mais diundido. Qual a situao do Fandango nos dias de hoje?
11.2 Vamos ouvir ativamente a cano? (Meu Paran, CD tema 11).