Cães_&_Companhia_Nº_214_GigaTuga

100
7/21/2019 Cães_&_Companhia_Nº_214_GigaTuga http://slidepdf.com/reader/full/caescompanhiano214gigatuga 1/100 Revista Mensal – Nº 214 – março 2015 – 3€ (Cont.) m orelhudo de olhar cativante CANDIDATO OÇÃO EM TUDO O QUE IZEM ESTÁ CORRETO ROOMING MINI LOP COELHOS T ARTARUGA DE DORSO ARTICULADO EXÓTICOS PORQUE DEIXOU  DE SER LIMPO? GATOS TRATAMENTO DE ANIMAIS OBESOS NUTRIÇÃO EXPOSIÇÕES 8ª CANINA NACIONAL DE FAFE | GATOS NO PET FESTIVAL DESPARASITAR T AMBÉM É PRECISO NO INVERNO? PASSEIOS NA RUA DICAS PARA ANDAR À TRELA TREINO NSINE-O A ESTAR SOZINHO EM CASA Cocker Spaniel Inglês  oxoplasmose ZOONOSE FELINA XPERIMENTE MA MASSAGEM RESS MEU CÃO EIXOU DE COMER ONVIVÊNCIA         5 6  7 7 2 7  8 2 2 4         8  2  4

Transcript of Cães_&_Companhia_Nº_214_GigaTuga

  • 7/21/2019 Ces_&_Companhia_N_214_GigaTuga

    1/100

    Revista Mensal N 214 maro 2015 3 (Cont.)

    m orelhudo de olhar cativante

    CANDIDATO

    OO

    EM TUDO O QUEIZEM EST CORRETO

    ROOMING

    MINI LOPCOELHOS

    TARTARUGADE DORSO

    ARTICULADO

    EXTICOS

    PORQUE DEIXOU

    DE SER LIMPO?

    GATOS

    TRATAMENTODE ANIMAIS

    OBESOS

    NUTRIO

    EXPOSIES 8 CANINA NACIONAL DE FAFE | GATOS NO PET FESTIVAL

    DESPARASITARTAMBM PRECISO NO INVERNO?

    PASSEIOS NA RUA

    DICAS PARA ANDAR TRELA

    TREINO

    NSINE-O A ESTAR SOZINHO EM CASA

    Cocker Spaniel Ingls

    oxoplasmoseZOONOSE FELINA

    XPERIMENTEMA MASSAGEM

    RESS

    MEU COEIXOU DE COMER

    ONVIVNCIA

    5

    6

    7

    7

    2

    7

    8

    2

    2

    4

    8

    2

    4

  • 7/21/2019 Ces_&_Companhia_N_214_GigaTuga

    2/100

  • 7/21/2019 Ces_&_Companhia_N_214_GigaTuga

    3/100

    3Ces&Companhia

    oxopl smose

    toxoplasmoseuma doenaprovoca-dape lopar asi t a xoplasma gondii.O c i c lodev idadestepar asi tac om -

    plexoeenvolvedoi st iposdehospede ir os:umhospedeirodefinitivo(o gato)eum hospedeirointermdio(outrosanimais,incluindooHomem).Vamosaquiexpor ociclode vidadeformasim-plificadademodo adestacaras principaisviasdecontaminao.

    AtoxoplasmoseeogatoAinfeocom Toxoplasmagondiimaiscomumem g c ma a e e q s c -adoresativos,eem gatosqueso alimentadosc m c m c o c Em g d -pendendodoseuestilo devida,entre20-60%dosgatosseroinfetadoscomo parasita,masmuitopoucosirodemonstrarsinaisclnicos.Ogatoo hospedeirodefinitivo,porqueapenasneleque oparasitaconsegue produziroocistos

    -deminfetaroutrosanimais,incluindooHomem.Quandoumgatoingereu mapresaoucarnecon-taminadaoparasita libertadonotractodiges-tivo,multiplica-senaparede intestinaleproduzoocistos.Estes oocistosso depoisexcretados,duranteumperodocurtode tempo(geralmentemenosde14 dias),nasfezes.O sooc i stosex c r e tadosnasf ez esdogat onosoimediatamenteinfeciosos paraoutros ani-mais,precisamprimeirode sofrerumprocessodesignadode esporulaoqued emoraentre1a5dias.Um avez esporulados,osooc i st ossoinfetantesparagatos, pessoase outroshospe-deirosintermedirios.raroumgato voltaraexcretaroocistosnas fe-zesapsaprimeirainfeoe, quandoistoocorre,geralmenteemquantidademuito menor.

    Sinais nogatoSeogato nodesencadearumaresposta imuni-triaeficaz,podedesenvolver sinaisdedo ena,quepodemincluirfebre, perdadeapetite,perdadepeso, letargia,pneumonia,problemas oftal-molgicos,hepatite,sinais neurolgicos,entreoutros.Ainf e onumagat agest ant epr oduz sinaisseverosde doena,como mortefetal,aborto,nados-mortosemortedeg atinhosjovens.

    AtoxoplasmoseeoHomemEstima-sequemundialmente maisde 500mi-lhesdepessoasest e jam inf e t adas,por m amaiorianoapresentasintomas.Pessoas quete-nhamsidoinfetadascomeste parasitadesenvol-vemanticorposcontrao organismoquepodemserdetetadosemanlises desangue.Namaior iadoscasosas pessoassoinfetadasporumade duasvias: ingestodeoocistosdo ambiente(porcontactocomsolocontaminadocomo ocistosj esporulados,ouporingesto defrutas ouvegetais contamina-dos) ;ouingestodec ar nem alc oz inhadaqueestejacontaminadacomquistos.Outrasviasmenos comunsso: ingestodeoocistosesporulados emguacontaminada;ingestodeleite nopasteurizado;inalao deoocistosesporuladosempartculas dep(extre-mamenteraro).

    e omp nh

    Ces&Companhia

    Cocker Spaniel Ingls

    R

    IDE

    S

    S

    VI

    ET

    ormalmente,as pessoas apaixonam-sepela sua aparncia e isso queleva sua escolha.Mas o CockerSpaniel

    Ingls um eterno amigo efie lcompanheiro,sempre pronto para a brincadeira,incansvelseguidordo seu dono,por quemfaz tudo parao verfeliz.

    As origens da raaA famlia dos Spaniels rene umdos maioresgrupos deces eum dos mais especializados.Sendo difcile stabelecercom preciso a altu-ra emque os Spaniels fazema sua entrada nomundo das raas deces podemos porma r-marque estegrupo canino umdos tipos maisantigos.Representaes deSpaniels aparecem

    j em pinturas pertencentes AntiguidadeClssica,como o caso da representao deumdestes exemplares numa pintura deFilipe IIda Macednia,paideAlexandre,o Grande.Embora sabendo queos Spaniels cedo foramdifundidos portoda a Europa,s voltamos a terregisto mais preciso destetipo de ces no rei-nado deHenriqueVIII. So desta poca registosquereferemqueo DuquedeNorthumberland,John Dudley, foi um dos primeiros a treinarSpaniels para a caa eque no castelo do ReiHenriqueVIII havia umempregado queera oguardio dos Spaniels como nomede RobintheKings SpanielKeeper (Robin,o Guardiodos Spaniels do Rei).

    Os vrios SpanielsComo decorrerdos anos,os Spaniels foramdi-versificando o seu tamanho eas suas aptidespara a caa.Duranteo sc.XVI, esta famlia eraconstituda porces degua ede terra,tendodesenvolvido cada uma delas particularidadesqueas definem.Em1885, foicriado na Gr-Bretanha o SpanielClub,que comeou a trabalharafincadamentena elaborao dos diferentes estales queiriamcaracterizar os distintos tipos de Spaniel. OClumber,o Sussex,o Welsh Springer,o EnglishSpringer,o Field,o WaterSpaniel Irlands e oCockercomearama serregistados porvoltado sc.XIX como raas distintas.

    O nomeCockerAdesignao de CockerSpaniel Ingls passaento a corresponderaos exemplares maispequenos dos Spaniels.O termo Cockerter--lhe- sido atribudo devido particularnoto-riedadeerapidez comque descobria eobrigavaas galinholas (woodcocks,em ingls) a levantarvoo,o quefacilitava a sua caa.O seu pequeno tamanho fazia comque o Co-ckerentrasseem lugares queoutros Spanielsmaiores no conseguiam e no o deixavamemaranhar-seto facilmentenos arbustos bai-xos echeios deespinhos, queera a habitaodas galinholas.

    Assim,tradicionalmente, o Cocker Spaniel foicriado demonstrando aptides naturais para acaa,comporando-semuio bemno seu exe -ccio.Definiu-secomo umco hbilemlocalizarecobraraves,dotado deum timo faro,agi l i -dade,resistncia na movimentao,rapidez emaprender,disposio para o trabalho emuita vi-

    talidade,sendo athoje umexcelente caador.No entanto,como decorrerdo tempo,foisendocada vezmais utilizado como co decompa-nhia,quemsabe,devido ao ar angelicalquesempreapresenta.

    Fixaoda raaA origem da denominao Spaniels ainda

    hojeno reneo consenso de todos os investi-gadores,estando a origem desta palavra aindapordefinir comexatido.Alguns acreditamquea origemda designaoSpanielacontecepor estes ces teremsupos-tamentesido levados de Espanha para Ingla-terra pelos romanos,j quea palavra Spaniel

    deorigem espanhola esignifica, precisamente,espanhis. No entanto, outros acreditamque mais provvelque a palavra Spanielderiveda palavra cltica spain,que significacoelho,dando assim mais fora primeira eoriginalfuno para a qual os Spaniels foramdesenvolvidos.Independentementeda origemda palavra,po-

    demos afirmarcomcerteza que,do sculo XVIIem diante,foi aceite amplamentea palavraSpaniel ,para designarum conjunto de ces,especialmenteem Inglaterra,onde a denomi-nao Cockerfoiusada pela primeira vezem1859,numa Exposio emBirmingham.Outro marco importantena histria desta raa

    Quero adotar um co

    Notcias

    Vila da Ces & Companhia no Pet Festival

    Lanamento da DOGTV

    A Encantadora de Gatos

    Sozinho em casa

    O meu co deixou de comer

    Raa: Cocker Spaniel Ingls

    Bem comportado com as visitas

    Dono, tenho medo!

    O mundo sensorial dos ces V: O tato

    Massagens para combater o stress

    Grooming na Era da Informao

    Tratamento de animais obesos

    04

    08

    10

    12

    14

    16

    20

    22

    30

    34

    38

    42

    44

    48

    Nesta edio

    Conquista com o seu olhar inteligente meigo e curioso.

    Como afeta a vida do gato e do dono.

    Revista Mensal - N 214 - maro 2015

    Comea a primaveraNo ms de maro os dias comeam a carmaiores e mais quentes. Por isso, aps algunsmeses mais parados pelo frio, surge a vontadede sair e passear com o nosso companheiro.

    E ele agradece Nada melhor que conhecer novos locais e amiguinhos de 4 patas Um passeio

    pelo campo, por exemplo, permite que o nosso co descubra inmeros cheiros e experiencienovas sensaes. Tambm para os donos um bom momento, pois permite esquecermo-nos dostress e monotonia da nossa rotina semanal.

    Nesta edio falamos do Cocker Spaniel Ingls, uma raa que conquista pela sua aparncia, depelo comprido, longas orelhas e olhar doce. Um co de companhia que tem como meta um nicoobjetivo: Agradar aos seus donos!

    Nos gatos, abordamos uma das zoonoses mais conhecidas, a Toxoplasmose; e explicamos comocomear a passear o seu gato trela, uma experincia de pode ser muito enriquecedora paraambos.

    At ao prximo ms!Marta Manta

    Devo fazer desparasitao

    no inverno

    efacto,esteconceito estcompletamente errado,pr inc ipalm ent ec om as

    alteraes climatricas quesetmverificado nos ltimos anos.Cadavezmais, existeminfestaes depulgas emanimais deinterior(ga-tos eces) nos meses deinvernoe,nos ltimos anos,surgem pul-gas emanimais quenunca tinhamtido uma nica pulga ao longo davida.Torna-se,portanto,cada vezmaisimportantesensibilizar os donospara uma adequada prevenodas parasitoses externas durantetodo o ano,mesmo emanimais deinteriorqueno vm rua.Estes parasitas podemtransmitirdoenas ao co ou gato quandoso picados para sugars angue,mas tambmaos donos.A febreda carraa no Humano uma pa-tologia dedifcildiagnstico enoltimo ano,em Portugal,ocorre-ramalgumas mortes emhumanosdevido a estas parasitoses.

    Carraas epulgasAs carraas so ectoparasitas( par asi t as quese inst alam f or ado corpo do hospedeiro) quein-festamdiversas espcies animais(cavalos,bovinos, roedores,ces,gatos),incluindo o Homem.As carraas picamo hospedeiro eingeremsanguepara sealimenta-rem,pelo que,emcaso degrandesi fe t e d c r m -da desangue significativa.Quan-do a saliva da carraa espalhada,esta podeveicularvrus, bactriasou protozorios (micro-organis-mos unicelulares),caso a carraaesteja infetada.Apulga um inset o sem asas,decorpo castanho,achatado ecomlongas pernas quelhe permitemsaltarat 75 vezes a sua altura.Dentro dos gneros conhecidos,oCtenocephalides felisaque lequeafeta 97% dos gatos e92% dosces domsticos.

    Vamos falars obre as doenastransmitidas pelas carraas epelaspulgas ao seu animal.

    BabesiosecaninaAbabesiose canina causada porumprotozorio denominado be-sia canis,queatua infiltrando-seedestruindo os glbulos vermelhos,resultando numa anemia grave.Estehemoparasita (parasita quevivena correntesangunea dosanimais) podesertransmitido pordiversas espcies decarraas.Os sinais clnicos queos ces apre-sent am v ar iam desdeper da deapetite,depresso, febre,anemia

    (mucosas plidas),ictercia (muco-sas amarelas),diarreia ehemoglo-binria (urina decorescura).

    ErliquioseCaninaAerliquiose canina causada poruma rickettsia(bactria intracito-plasmtica) pertencenteao gneroEhrlichia,queparasita os glbulosbrancos eas plaquetas do sangue,levando sua destruio.Estehemoparasita transmitido porcarraas da espcie Rhipicephaluss nguineus.Adoena passa portrs fases cl-nicas: fase aguda os animais

    apresentam-segeralmente febris,comperda depeso, anorexia,as-tenia (fraqueza muscular),e,commenos frequncia,verificam-sesecrees nasais,depresso,pet-quias,sangramento nasal,edemados membros,vmitos, uveteeinsuficincia hpato-renal; Afase subclnica ,geral-m ent e, assintom t i ca,podendoaparecera lgumas complicaescomo depresso, hemorragias,edema dos membros,perda deapetiteepalidez das mucosas; fase crnica,c es c omim unidade insufi cient epodemdesenvolversangramentos espon-

    Mantenha o seu animal protegido o ano inteiro.

    52

    ozinho em casa

    nfe l i zment e ,hoje em dia,os nossos cesacabam por passar grandes perodos detempo sozinhos devido s nossas rotinas

    e vidas familiares e,muitas vezes,des envol-vem problemas de comportamento como:destruio,ladrar excessivo ou ansiedade porseparao. por isto,imprescindvel ,ensinaro nosso co a como estar sozinho.

    1. Exerccio fsicoO exerccio fsico uma necessidade bsicaque deve ser assegurada em qualquer co.

    base bem slida para uma boa qualidade devida e bem-estar.Entendemos que estimular mentalmente onosso co,se traduz no colmatar das neces-sidades mentais (jogos que faam o co pen-sar) e comportamentos naturais do co (taiscomo,esc avar,roer,procu rar comida,us ar oolfato e a viso).Para satisfazermos esta necessidade do nos-so co podemos fazer jogos como escondercomida pela casa (ou na diviso onde o cofica), dar-lhe ossos para roer,aliment-lo

    Lembre-se que se o co estiver cansado,mui-to provavelmente ter vontade de dormir as-sim que tiver sozinho e sossegado.

    Antes de sair de casa,d um pass eio que elepossa apreciar,deixe-o cheirar e permita quecorra sem trela num local seguro e adequadoou ento com uma trela de 20 metros.Apro-veite as atividades que ele gosta de fazer,como por exemplo,brincar com uma bola oujogar tug of war,para o cansar e dar-lhe oexerccio fsico que essencial.

    2. Estimulao mentalEm conjunto com um nvel apropriado deexerccio fsico,a estimula o mental es-sencial para o desenvolvimento saudvel deum co,assim como na preveno de proble-mas comportamentais.Jun tos formam uma

    atravs de brinquedos dispensadores de co-mida (como bolas e Kongs) ou atravs dotreino positivo.Na verdade,basta usar a ima-ginao.

    Procure fazer uma pequena sesso de treinoantes de sair e enquanto este est sozinhodeixe-o ocupado com umas das atividademencionadas anteriormente. o momentocerto para ele se ocupar com uma dessastarefas.

    3. Crate training urante as primeiras semanas de um cachor-ro ou co adulto na sua nova casa,aposte nouso de uma crate (transportadora).Para co-mear a introduzi-la no seu quotidiano, faaum treino gradual de habituao mesma.O objetivo que se torne um espao segu-ro que significa sempre algo bom e positivo

    6 dicas para ensinar o seu co a estar sozinho

    em casa.

    16

    22

    56

    Devo fazer desparasitao no inverno?

    Zoonoses Felinas: Toxoplasmose

    Passear o gato trela

    O seu gato deixou de ser limpo?

    Coelhos Anes: Mini-Lop

    Tartaruga de dorso articulado

    Exposies e Eventos

    Passatempo

    Clube de Leitores

    Adota-me

    Montra

    Biblioteca

    Guia Comercial

    Em abril

    52

    56

    60

    62

    66

    68

    72

    80

    82

    86

    88

    90

    92

    FOTO

    CAPA: SHUTTERSTOCK

    O meu co deixou de comer

    uando o co deixa decomerpodeserdevido a causas fsicas,como umadoena,ou psicolgicas,porestar de-

    primido ou stressado.Ador uma das causaspela qualumco podeperdero interessepelacomida.Uma ferida na boca,uma crieou umadoena podemtirar-lheo apetite.Os animais mais velhos podemsofrerdeartro-ses ecomo o movimento lhes causa dordeixamdeiratao prato da comida.Mas os problemasdeestmago tambmpodem sera causa daperda deapetite.As mudanas,a chegada deumnovo animalacasa ou o desaparecimento deums erqueridopodemseroutras das razes quelevamo co adeixardecomer.Se umanimalest deprimido,stressado ou nervoso,podeperdero apetite.Onormalque recuperepassados uns dias,massea inapetncia persiste,recomendvelcon-sultaro mdico veterinrio.

    Investigueas causasAveriguara causa da perda deapetitedo co importantepara atacaro problema econseguirquevoltea comer.O mdico veterinrio levara cabo um checkup para sabero quesepassou.Mas temos deteremconta queno devepas-sarmais de48 horas semingeriralimento,poispodeserp rejudicialpara a sua sade,seassimfor,consulteumespecialista.Asinformaesquepassamos aoveterinrioso-breoco,como pessoaqueconvive comeleeoconhecemelhorqueningum,so fundamentaisparasabero quetiraoapetite aoanimal.Mudanas no comportamento do co ou da ro-tina decasa podemofereceruma valiosa orien-tao para diagnosticaro quese passa.Apsimplementarumtratamento adequado contrao problema queapresenta,o apetitevoltar aaparecer.

    Est fartoda comidaAlmdas diversas patologias fsicas epsico-lgicas quepodemdeitar a baixo o apetitedoco,estarfarto da sua comida habitualtambmpodesera causa deno seinteressarpelo queest no comedouro.Almdisso,se lheoferecemos petiscos egulo-seimas fora da sua dieta habitual,normalquedepois no coma a rao.Aidade tambmteminfluncia na perda dea p d c o O s a ni m i m i v e o s a p r-t i r de10 anos,podem t er m enos v ont adedecomer;tmuma mobilidademais reduzida,ummetabolismo mais lento epodempadecer dedores nas articulaes,porisso normal quecomammenos.Seo co est farto do seu alimento seco ha bi-t a l d c r m i t si s m d e d n a r-mos uma colherdecomida emlata eumpoucodegua morna.Para saberse est realmenteaptico ou apenas aborrecido,podeoferecer-lhevrias opes empratos diferentes (galinha,pat,vaca).Seo co comer,saber queuma

    questo deaborrecimento eno dedoena.Mas nunca esquea queos ces podemserre-almentecaprichosos coma comida emuitos es-cravizamos seus donos comos seus caprichosalimentares.

    3 truques para querecupereoapetite

    Almdosconselhosdomdicoveterinrio,quandooseu coperdeoapetitepodeusarestestruquesparaquevolteacomer:1. Fazercomqueosalimentos sejammaisatrativosepara oconseguirpodemosdar-lhe

    comidahmidaquemaissaborosa.Se aquecermosumpouconomicro-ondaso coficarmaisinteressadoemcomer.

    2.Dar-lheumadietacaseira atqueo corecupereoapetite, fazcomquecoma melhor.Masestetipodealimento devesersupervisionadopeloveterinrio.Nose podemprepararmenusdequalquerforma,apenas comingredientesconcretos,quantidadesapropriadase

    elaboradoscorretamente.3.Asraescomumagrande quantidadedeenergiasouma boaopoparaum cosem

    apetite,porqueemboracomapoucaquantidadede alimento,temumaporteener gticosuficiente.

    20

    Ajude o seu co a recuperar o interesse

    pela comida.

  • 7/21/2019 Ces_&_Companhia_N_214_GigaTuga

    4/100

    4 Ces&Companhia

    ConvivnciaEva Biosca Marc

    Mdica Veterinria

    Fotos: Shutterstock

    Quero adotar um coSer que um bom candidato?

    H algum tempo que pensa em adotar um animal. Mas, como o escolher? O que deve ter em contapara que se adapte ao seu estilo de vida? Como saber se tem um bom temperamento?

  • 7/21/2019 Ces_&_Companhia_N_214_GigaTuga

    5/100

    5Ces&Companhia

    deciso de adotar deve ser bem pensadae no um capricho momentneo

    verdade que muitas vezes coloca-mos estas questes face ao desejo deter um co, mas o mais importante

    deixado para depois. Antes de pensar emcomo deveria ser, temos que averiguar se cum-primos as condies para que a relao comele funcione, pelo menos da nossa parte.

    No siga um impulsoH muitas pessoas que antes de adotarem umco j sabem o que querem, por exemplo, umco de tamanho pequeno e que no larguepelo, se possvel que no ladre muito, e temde ser fmea.Mas, pelo contrrio, outras pessoas gostamde seguir o primeiro impulso: A mim no meimporta como , fico com aquele que conquis-tar o meu corao. Tenho espao, mas poucotempo para estar com ele, por isso levo doise fazem companhia um ao outro. Visto isto omelhor seguir umas premissas bsicas antes

    de adotar.Nunca v atrs de um impulso de um dia por-que foi com uma pessoa amiga ao canil oupassou por uma loja e viu um cachorrinho. Istonunca!A deciso de adotar deve ser ponderada eno um capricho momentneo, caso contrrio mesma velocidade que entra em casa podesair tambm. Pense uma vez, duas vezes, trsvezes um animal para toda a vida.Alm disso, todos os que vivem consigo tmde estar de acordo com a deciso.

    Uma relao longa

    A deciso de adotar um co deve ser bem pen-sada e no o capricho de um momento, j queesse animal viver aproximadamente uns 12

    anos, no caso dos ces, um pouco mais se se

    tratar de um gato e alguns pssaros, como ospapagaios, que chegam a viver mais do quens.

    Implique-se verdadeiramente porque devolver

    um animal muito duro, tanto para si comopara ele.Ficar de corao partido ao chegar a casa

    O tempo que lhe dedicamos

    mais importante do que o espao.

  • 7/21/2019 Ces_&_Companhia_N_214_GigaTuga

    6/100

    6 Ces&Companhia

    sem ele, por muito difcil que tenha sido aconvivncia entre ambos. E ficar sempre aachar que no foi capaz ou que no fez osuficiente.

    Tempo melhor que espaoTenha conscincia do tempo que pode dedicar aum animal. No como pr uma nota na agen-da para tirar uma horita por dia ou vrios diaspor semana, este precisa de conviver consigo e,alm disso, ir acompanh-lo onde for, inclusi-vamente nos fins-de-semana e no vero.Aponte num papel o estilo de vida que leva,ou seja, os seus horrios e o que vai modificarquando tiver um animal. No se esquea de ter

    em conta os stios onde vai ao fim-de-semana,pois pode no poder ir com ele.Um co ou gato de pelo comprido precisa deser escovado, sem pressas, com muita pacin-cia e direito a recompensa no final.Se, pelo contrrio, tem todo o tempo do mundo,dedique-lhe apenas o suficiente, se no pode vira ter problemas por excesso de ateno.

    Espao em casaA um animal faz muito mais falta o tempo quelhe possa dedicar do que o espao de que dis-pe. De nada serve ter um grande jardim seno puder sair da, pois precisa de experimen-

    tar e conhecer outros espaos. Se no tem tem-po suficiente para um co, talvez seja melhoradotar um gato.

    No precisa de viver num palcio, mas se foruma casa alugada deve certificar-se primeirode que lhe permitem ter animais.Por fim, e no menos importante, deve saber sena sua comunidade os animais de companhiaso bem aceites, pois os seus vizinhos podemno estar dispostos a ter animais no prdio oucondomnio.

    O veterinrio que deve ser visitado regular-mente. Pergunte o preo das vacinas, do micro-chip e das consultas, deve contar sempre comesses gastos; O grooming, para o manter cuidado e sau-dvel; Os acessrios, como a cama, coleira, trela,brinquedos, etc.;

    Faa perguntasSe a primeira vez que vai desfrutar da pre-sena de um animal de companhia em casa,procure encontrar resposta para todas as suasdvidas, entre amigos, fruns da Internet ouatravs de profissionais e especialistas.

    Custos associadosOutra questo importante so os gastos querepresenta ter um animal: A alimentao, que deve ser de qualidade.No compre a primeira que lhe vier mo no

    supermercado de uma marca desconhecida e. primeira diarreia. d-lhe uma rao de altagama, adequada ao seu tamanho e idade;

    O seguro, obrigatrio para algumas raas ca-ninas, mas sempre aconselhvel para todos osanimais de companhia; Durante as frias, tanto se levar o seu animalcomo no, calcule o preo do passaporte (obri-gatrio para a Europa), do bilhete para ele oude quanto custa a sua estadia num hotel paraanimais.

    Tamanho e foraUm co de tamanho grande. brincalho e forte.deve estar numa casa sem idosos delicados. Se

    forem crianas a cair, porque o co os empurrou,normalmente no ser grave, mas o mesmo jno acontece com as pessoas mais frgeis.

    H muitos animais nos canis espera de umlar, mas antes de levarmos um para casa devemossaber perfeitamente que o queremos mesmo

    Tudo o que refetirmos antes de uma adooajudar a uma deciso acertada.

  • 7/21/2019 Ces_&_Companhia_N_214_GigaTuga

    7/100

    Se decidiu ter um co

    Se decidir ter um co e desfrutar dessa maravilhosa relao para toda a vida tenha emateno os seguintes pontos: Para um co mais importante o tempo que lhe dedicam do que o espao disponvel. No

    lhe serve de nada estar numa casa com um terreno grande para correr, se no tiver algumpara lhe lanar a bola. No gosta de brincar sem companhia.

    Um co gosta mais de sair, cheirar stios exteriores e ver os outros da sua espcie do que

    ficar no jardim de casa. Com a desculpa do jardim, muitos no saem rua. Alguns ceschegam a habituar-se e, com o passar dos anos, so os prprios a no querer sair. Noentanto, no justo que os privemos desses passeios to agradveis e necessrios.

    Curiosamente, precisa de mais espao um co de tamanho mdio ou pequeno, se fornervoso, do que um de tamanho grande, se for molengo.

    Os ces mais velhos esto menos motivados e requerem menos ateno do dono, dequalquer forma no lhe devemos dar menos ateno.

    Ter um co em casa vai sujar sempre, portanto se gosta de ter sempre a casa impecvel terde dedicar mais tempo sua limpeza ou ter algum que o ajude nessa tarefa.

    No caso de crescer muito e no o conseguirpassear, pode sempre procurar um passeadorde ces (mais um gasto a ter em conta).

    Muitos animais para adotarTodos os fatores expostos so de grande im-portncia. Infelizmente, e independentementedos motivos, os Canis Municipais e as Asso-ciaes de Proteo Animal esto repletos deanimais que j tiveram um lar.Infelizmente, houve um dia em que deixaramde ser desejados, se tornaram um incmodo

    e passaram a ser o nmero da sua boxe. Emcertos locais nem existe registo do historial doanimal, pode eventualmente o tratador lem-

    brar-se de alguns pormenores da sua histria.Convm recordar que quase todos os animaissaem do canil esterilizados, pois com tantosanimais sem dono tentam que mais nenhumse reproduza. triste, mas assim, muitos animais saudveiscontinuam a ser sacrificados todos os anos, porfalta de lar, negando-se-lhes assim o direito vida.n

    s impulsos na escolha

    do co no costumam resultar bem.

  • 7/21/2019 Ces_&_Companhia_N_214_GigaTuga

    8/100Ces&Companhia8

    Notcias

    Novo canil

    para Barreiro e MoitaO novo Centro Intermunicipalde Recolha de Animais Errantesficar localizado junto aoMercado Abastecedor do Barreiroe ir contemplar 33 boxes paraces, celas de quarentena, umgatil e um espao administrativo.O arranque da obra est previstopara este vero, sendo o valorinicial da obra de cerca de 335mil euros.

    ncantadora de Gatos

    em LisboaVicky Halls vai estar a 7 demaro, no Centro Cultural deBelm, em Lisboa. Um eventopromovido pelo Hospital doGato, com o apoio da revista"Ces & Companhia".

    COaroma no FundoFormao e passeio comFernanda Botelho no dia 7 demaro, no qual se vai fazer uma

    introduo s plantas aromticase medicinais. Saiba como tratare prevenir alguns problemascomuns dos animais complantas e como construir umacoleira repelente natural, entreoutras coisas. Organizado pord'Alpetratnia. Mais informaes:964 939 072.

    Curso para treinadoresCurso para treinadores comSteve Mann, Presidente doIMDT Institute of Modern DogTrainers, nos dias 14 e 15 demaro, em Santa Maria da Feira.Para mais informaes:[email protected]

    Teatro SlviaSlvia o nome da cadela deGonalo e Catarina e d ttulo aesta comdia em cena no TeatroVillaret, em Lisboa, at 15 demaro. Conhea este estranhotringulo amorosoque mistura humor com ternura.www.facebook.com/villaret.teatro

    Seminrio de GroomingSeminrio Artero, comWorkshop, no dia 22 de maro,na Exponor, com Luis Martn delRo (stripping) e ngel Esteban(tesoura).

    Para mais informaes:[email protected]

    Aranhas e EscorpiesA Exposio"O Fascinante Mundodas Aranhas e dos Escorpies"est patente at 5 de abril noMuseu Nacional de HistriaNatural e da Cincia, em Lisboa.www.facebook.com/MUHNAC

    Medicina FelinaO Congresso Europeu deMedicina Felina 2015 irrealizar-se de 1 a 5 de julhono Porto. Com trs temticas:dermatologia, hematologia e

    controlo de fertilidade.www.icatcare.org:8080/isfm-congress

    rix-de-cimitarra espcie extinta na Natureza

    nasce no Jardim ZoolgicoNasceu no Jardim Zoolgico, em Lisboa, uma cria de rix-de-cimitarra, espcie j extinta na Natureza desde2000. A cria, com cerca de 15 kg, representa uma vitria importante no trabalho realizado no Jardim Zoolgicopela conservao desta espcie, que passou de abundante a extinta na Natureza em apenas algumas dcadas.Cada nova cria de rix-de-cimitarra uma esperana real para a sobrevivncia da espcie, que j s pode ser

    encontrada ao cuidado do Homem. A sua extino deveu-se a uma combinao letal entre a caa intensiva apartir de veculos com armas modernas, longos perodos de seca, desertificao e a reduo de habitat naturaldevido expanso agrcola local e ao pastoreio de gado domstico.Como curiosidade, o rix-de-cimitarra pode chegar at aos 200 kg e ter at 1,50 m de altura. conhecidopelos seus longos cornos, existentes nos machos e fmeas, curvados para trs, que podem ir at aos 1,20m de comprimento. uma espcie herbvora. Vive em manadas de, pelo menos, 10 indivduos, sempre coma existncia de um macho dominante. Cada gestao tem a durao de cerca de 8 meses e a fmea tem,normalmente, uma cria. A longevidade da espcie na natureza no conhecida mas, sob cuidados humanos, orix-de-cimitarra pode viver cerca de 30 anos.

    Pousadas de Portugal e Royal Canincom parceria Dog FriendlyTeve incio em fevereiro uma parceria de colaborao entre as Pousadas de Portugal e a Royal Canin que visapromover o conceito de frias com o seu co. cada vez mais evidente que os ces so considerados comomembros da famlia e, como tal, devem poder estar presentes em todos os momentos, inclusive nas frias.As Pousadas de Portugal esto atentas s tendncias do mercado e convidam os ces dos seus clientes parausufrurem da estadia em conjunto em 17 unidades espalhadas pelo pas. Ces de pequeno porte (at 15kg) e ces guia, independentemente do seu peso e tamanho, podem ficar alojados nos quartos com os seusdonos e circular, quando devidamente acompanhados pelos donos, em reas especificadas.

    A Royal Canin associou-se a esta iniciativa, por considerar quea mesma representa um passo importante na integrao dos

    animais de companhia em todos os aspetos da vida dos seus

    donos e na criao de um mundo melhor para os animaisde companhia. No mbito desta iniciativaDog FriendlyaRoyal Canin oferece a todos os hspedes caninos um kitde boas-vindas para os ajudar a sentirem-se em casa

    que inclui uma embalagem de alimentao, uma cama,um comedouro, uma base de cho e ainda sacoshiginicos.

    Pousadas de Portugal og Friendly:Caniada-Gers, Guimares, Amares, Vila

    Pouca da Beira, Serra da Estrela, Ria,Viseu, Palmela, Alvito, Vila Viosa,

    Alccer, Marvo, Arraiolos, Estoi,

    Tavira, Sagres e Horta.

  • 7/21/2019 Ces_&_Companhia_N_214_GigaTuga

    9/100

  • 7/21/2019 Ces_&_Companhia_N_214_GigaTuga

    10/100

    0 Ces&Companhia

    Vila da Ces & CompanhiaMostra Canina no Pet Festival 2015

    Pode ver mais fotograas da Vila da Ces & Companhia e dos Encontros de Raa

  • 7/21/2019 Ces_&_Companhia_N_214_GigaTuga

    11/100

    11Ces&Companhiarealizados durante os 3 dias no nosso Facebook: www.facebook.com/caes.e.companhia

    Obrigada a todos os nossos convidados e visitantes!

  • 7/21/2019 Ces_&_Companhia_N_214_GigaTuga

    12/100

    Lanamento da DOGTVO seu co vai adorar!A DOGTV est a chegar a Portugal! O lanamento ofcial est para breve, mas damos-lhe j a conhecerem primeira mo este projeto dedicado aos nossos copanheiros.

    Entrevista Redao

  • 7/21/2019 Ces_&_Companhia_N_214_GigaTuga

    13/100

    DOGTV Portugal um canal de televi-so exclusivo para o seu co, para queeste se sinta sempre acompanhado,

    mesmo quando est sozinho em casa. Para per-ceber melhor este conceito falmos com PedroCosta, Diretor Geral da empresa que apostouem trazer a DOGTV para o nosso pas.

    A DOGTV Portugal um canal para o co!

    Pode explicar melhor este conceito?O desenvolvimento da DOGTV levou alguns anose muitas horas de estudo de especialistas da reacomportamental. Finalmente, foi possvel criarcontedos adaptados viso e audio do co,e, sobretudo, que cumpram o objetivo de fazercompanhia e de melhorar a sua qualidade de vidadurante as horas em que ficam sozinhos em casa.

    Uma grande percentagem dos laresportugueses tem animais de companhia,sendo estes maioritariamente ces

    Em que pases j existe DOGTV e comotem sido a sua aceitao?

    A DOGTV foi lanada nos Estados Unidos, noJapo, na Coreia e, recentemente, na Alemanha.Portugal ser o segundo pas europeu a recebereste projeto. Ao todo, o canal chega a mais de 30milhes de lares no mundo inteiro. um verda-deiro fenmeno.

    A DOGTV tem trs tipos de programao:contedos relaxantes e estimulantes,assim como de reforo positivo adiferentes estmulos. O que os diferencia?Acima de tudo o canal no feito para hipnoti-zar os ces frente da televiso. A programao desenhada para acompanhar o ciclo dirio.Como ns, tambm os ces tm necessidade defazer coisas diferentes ao longo do dia. Umas ve-zes mais calmas, outras mais mexidas.

    Um problema comportamental frequente o stress e a ansiedade por separao

    A DOGTV pode ajudar nestes casos?Sim. A DOGTV aconselhada por vrios espe-cialistas para reduzir os problemas de ansiedadedos ces atravs da presena constante que terao longo do dia com contedos adaptados suanatureza e aos seus sentidos.

    Os sentidos caninos so distintos dosnossos. A emisso da DOGTV Portugal

    adaptada s suas caractersticas?Esse o maior segredo da DOGTV. As imagense os sons foram alterados para se adaptarem aos

    A DOGTV Portugal um canal de televiso exclusivopara ces com o objetivo de fazer companhia e melhorara sua qualidade de vida quando esto sozinhos em casa

    ces. Provavelmente os donos vo achar a emis-so estranha, umas vezes com cores mais plidas,outras vezes muito azuladas. No se preocupem!O canal para os ces, eles vo adorar.

    A DOGTV Portugal prev ter algumcontedo para os donos?Durante a emisso, especialmente noite e aofim de semana, a DOGTV ter contedos espe-ciais para os donos dos ces produzidos em Por-

    tugal, mostrando a nossa realidade e ajudando aconhecer melhor este universo fantstico que conviver e tratar os nossos amigos caninos.

    Para que os donos percebam melhor oconceito, possvel ver online alguns dosprogramas disponveis?Podem espreitar o Facebook da DOGTV Portugalou o canal YouTube da DOGTV.H vrios vdeos que explicam e exemplificamtodo o projeto.www.facebook.com/dogtvportugal

    Este um canal pr m um

    Qual o seu valor?A subscrio de 4,99 por ms e no obriga afidelizao.n

  • 7/21/2019 Ces_&_Companhia_N_214_GigaTuga

    14/100

    4 Ces&Companhia

    A Encantadora de GatosVicky Halls pela primeira vez em PortugalNo dia 7 de maro vai estar em Portugal, pela primeira vez, Vicky Halls, conhecida comoa Encantadora de Gatos, num evento promovido pelo Hospital do Gato, com o apoio da revistaCes & Companhia.

    almos com a Dra. Maria Joo Dinisda Fonseca, Diretora Clnica do Hospi-tal do Gato e grande impulsionadora

    deste evento indito no nosso pas.

    Podemos dizer que na base desteevento est o conceito subjacenteao Hospital do Gato. Pode fazer umabreve apresentao deste espao?O Hospital do Gato um hospital veterin-rio inteiramente dedicado espcie felina. o primeiro Hospital Veterinrio em Portugalcom estas caractersticas. Com 20 anos deexperincia sempre em ambiente hospitalar,senti necessidade de conseguir prestar cui-dados mais diferenciados aos gatos, sobretu-do quando preciso que fiquem internados,onde a qualidade do servio decisiva para asua recuperao.Oferecer cuidados de excelncia em medi-cina felina o nosso objetivo e isso s seconsegue com instalaes e meios fsicosque o permitam, e com uma equipa que seidentifique com o conceito Cat-friendly. Maspara que este projeto inovador seja valoriza-do tambm os donos precisam de formao,esta tambm uma das nossas misses.Quanto mais informados sobre gatos e so-

    bre as suas particularidades forem os donos,mais facilmente vo conseguir compreenderos seus gatos e mais vo apreciar este proje-to e a sua equipa. A nossa assinatura Vi-vemos o Gato, porque na realidade o quefazemos diariamente no Hospital do Gato.

    Como surgiu a ideia de fazer um eventos sobre gatos? E a oportunidadede convidar a Encantadora da Gatos?Todas as consultas no Hospital do Gato, massobretudo as de primeira vez, tm uma com-ponente formativa. Os donos valorizam esteconceito e apreciam a diferena.

    No entanto, em ambiente de consulta difcil os donos reterem tanta informao.Assim, paralelamente a todo o material di-

    Entrevista Redao

    Num questionrio realizado pelo Hospital do Gatoa proprietrios, verifcmos que mais de 80%desconhece as necessidades bsicas do seu gato

    dtico que fornecemos nas consultas, que-remos organizar aes deste tipo, de modoa promover a formao, mas de uma formamais ldica Este o primeiro evento que or-ganizamos, conta com o apoio da Purina, mas

    queremos que tenha continuidade.O nome da Vicky Halls surge por ser umaoradora que alia um elevado conhecimento

    tcnico a uma linguagem acessvel. O fato dapalestra ser em ingls foi contornado com autilizao de traduo simultnea.

    Pode dar-nos a conhecer

    um pouco mais a oradora Vichy Halls?A Vicky Halls tem como formao de baseenfermagem veterinria. Em 1980, quando

    Dra. Maria Joo Dinis da Fonseca,Diretora Clnica do Hospital do Gato.

  • 7/21/2019 Ces_&_Companhia_N_214_GigaTuga

    15/100

    O evento direcionadoa todos os amantesde gatose pretendemosque decorra numa

    linguagem acessvele pouco tcnica

    comeou a trabalhar num gatil, apercebeu-sedas dificuldades que existiam aquando dasadoes, pois a informao sobre comporta-

    mento felino era escassa. Comeou assim oseu percurso, estimulado pela necessidade deconhecimento para conseguir fazer melhorpelos gatos.O facto de ter mais de 30 anos de experincia,sempre a lidar di retamente com os donos, fazcom que conhea como poucos todos os me-andros e dificuldades que surgem, por vezes,na convivncia com os gatos. Foi bastantepioneira, mas manteve-se sempre atualizada,e atualmente consultora na rea de com-portamento da prestigiada ISFM (SociedadeInternacional de Medicina Felina).

    Esta iniciativa mais direcionadapara os donos ou para profissionais(mdicos, enfermeiros, auxiliares,groomers, entre outros)?O evento direcionado a todos os amantesde gatos e pretendemos que decorra numa

    Breve Biografia de Vicky Halls

    Vicky Halls uma aclamada comportamentalista felina.Com mais de 17 anos de experincia em tratamentode problemas de comportamento em gatos, autorade vrios best-sellers internacionais, entre eles doistraduzidos para portugus: Segredos de Gato: O Livroque o Seu Gato Gostaria que Lesse e Detetive de

    Gatos: Descoberta dos Mistrios do Comportamentodo seu Gato.Integra o departamento de Comportamento e Bem

    -Estar Animal da ISFM - International Society of FelineMedicine. colaboradora regular de vrias revistassobre gatos, The Cat e Your Cat, bem como deprogramas de rdio e televiso. Em 2008, Vicky foieleita a Nations Favourite Cat Author pelos leitores daRevista Your Cat.

    linguagem acessvel e pouco tcnica. Noentanto, certamente que os profissionais desade tambm tm a aprender com o evento,quanto mais no seja, qual a melhor maneirade transmitir informao aos donos.Existem muitas oportunidades para mdicosveterinrios, enfermeiros e outros tcnicosaumentarem o seu conhecimento mas for-maes focadas nos donos so raras. A maio-

    ria das inscries tem sido para proprietrios,mas tambm temos vrias inscries de m-dicos veterinrios.

    Foram 5 os temas escolhidos para esteprimeiro evento. Considera que estesesto entre as dvidas e problemas mais

    frequentes entre os donos?Sem dvida que sim. So temas que consti-tuem dvidas dirias dos donos e que inter-ferem com a relao que tm com o gato. Ostemas foram propostos por ns, e a opinioda Vicky Halls foi em concordncia com anossa, o que nos leva a concluir que no ReinoUnido, onde o gato o animal de estimaomais frequente, os problemas so semelhan-tes.

    Na sua opinio, acha que a maioriados donos compreende o seu gato?Tenho a certeza que no. Num questionriorealizado pelo Hospital do Gato a propriet-rios de gatos, verificmos que mais de 80%desconhece as necessidades bsicas do seugato. Estes dados no me surpreenderam.No Hospital do Gato estamos todos motiva-dos para contrariar este resultado. Queremosgatos mais saudveis e mais felizes, que sodois conceitos indissociveis. So muitas asdoenas nos gatos que tm como base umdistrbio do bem-estar felino e muitos osproblemas comportamentais que se tradu-zem em problemas somticos.

    O que diria a um dono de gatopara o convidar a ir a este evento?Trata-se de uma oportunidade nica paraficar a conhecer melhor o seu gato. Quantomelhor o compreender mais vai gostar dele(mais ainda!) e mais feliz vai ser a relaodono-gato. Descortinar os enigmas do com-portamento felino e ajudar a resolver os pro-blemas mais frequentes vo ser objetivos al-canados. E qual o dono que no se intrigacom algumas reaes do seu gato? n

    Para mais informaes e inscries:

    Tel. 213 017 360 [email protected] www.hospitaldogato.com

  • 7/21/2019 Ces_&_Companhia_N_214_GigaTuga

    16/100

    6 Ces&Companhia

    Sozinho em casaComo ensinar o seu co

    S

    U

    T

    TOCK

    Os ces so animais altamente sociais e, como tal, requerem muita companhia e tempo da nossaparte. Neste artigo damos-lhe 6 dicas para ensinar o seu co a estar sozinho em casa.

    Treino

    Alexandra Monteiro

    Treinadora da It's All About DogsFotos: IAAD

  • 7/21/2019 Ces_&_Companhia_N_214_GigaTuga

    17/100

    nfelizmente, hoje em dia, os nossos cesacabam por passar grandes perodos detempo sozinhos devido s nossas rotinas

    e vidas familiares, e, muitas vezes, desen-volvem problemas de comportamento como:destruio, ladrar excessivo ou ansiedade porseparao. por isso, imprescindvel ensinaro nosso co a como estar sozinho.

    1. Exerccio fsicoO exerccio fsico uma necessidade bsicaque deve ser assegurada em qualquer co.

    vida e bem-estar. Entendemos que estimularmentalmente o nosso co se traduz no col-matar das necessidades mentais (jogos quefaam o co pensar) e dos comportamentosnaturais do co (tais como, escavar, roer, pro-curar comida, usar o olfato e a viso).Para satisfazermos esta necessidade do nossoco podemos fazer jogos como esconder comi-da pela casa (ou na diviso onde o co fica),dar-lhe ossos para roer, aliment-lo atravs debrinquedos dispensadores de comida (comobolas e Kongs) ou atravs do treino positivo.

    Os ces devem sair de casa pelo menos2x por dia, para poderem cheirar o ambienteao seu redor, mantendo-se em forma e mentalmenteestveis

    Lembre-se que se o co estiver cansado, mui-to provavelmente ter vontade de dormir as-

    sim que estiver sozinho e sossegado.Antes de sair de casa, d um passeio que elepossa apreciar, deixe-o cheirar e permita quecorra sem trela num local seguro e adequadoou ento com uma trela de 20 metros. Apro-veite as atividades que ele gosta de fazer,como por exemplo, brincar com uma bola oujogar tug of war, para o cansar e dar-lhe oexerccio fsico que essencial.

    2. Estimulao mentalEm conjunto com um nvel apropriado deexerccio fsico, a estimulao mental es-sencial para o desenvolvimento saudvel de

    um co, assim como na preveno de proble-mas comportamentais. Juntos formam umabase bem slida para uma boa qualidade de

    Na verdade, basta usar a imaginao.Procure fazer uma pequena sesso de treino

    antes de sair e enquanto este est sozinho dei-xe-o ocupado com umas das atividade men-cionadas anteriormente. o momento certopara ele se ocupar com uma dessas tarefas.

    3.Crate trainingDurante as primeiras semanas de um cachorroou co adulto na sua nova casa, aposte no usode uma crate(transportadora). Para comear aintroduzi-la no seu quotidiano, faa um treinogradual de habituao mesma. O objetivo que se torne um espao seguro que significasempre algo bom e positivo para o co, e nun-ca deve significar castigo ou um espao que o

    co quer evitar. Para conseguirmos que o coestabelea este tipo de relao com ar te

    ,vamos introduzi-la aos poucos na vida do co,

    A Alice, com 8 semanas, japrendeu a gostar de dormirsozinha dentro da crate.

  • 7/21/2019 Ces_&_Companhia_N_214_GigaTuga

    18/100

    8 Ces&Companhia

    ou seja, dentro da crateque o co ter acessos coisas boas, como as suas refeies, um ossoou um Kong.No incio do treino a porta nunca deve estar fe-chada e o co nunca pode ficar preso na

    r -

    te. medida que evolui no processo de treino,pode gradualmente ir fechando a porta, perma-necendo fechada durante cada vez mais tempo.Esta ferramenta vai permitir que o seu co se

    habitue a estar sozinho e sossegado num stioseguro, onde apenas pode interagir com os ob-jetos apropriados para ele, como um Kong ouum osso, evitando que procure a perna da mesapara roer, por exemplo.

    4. Quando o deixar sozinhoQuando trazemos um cachorro para casa ouadotamos um co j adulto, o mais certo que-rermos passar o mximo de tempo possvel comele, raramente o deixamos sozinho pois quere-mos que se sinta seguro na sua nova casa oque perfeitamente normal.No entanto, muito importante que o co

    aprenda a estar sozinho, noutra diviso, mesmoquando estamos em casa. Quando estiver pertodo seu co, crie vrios momentos diferentes umpara treinar, outro para brincar, momentos parafestinhas e momentos para o co estar sosse-gado sem receber ateno mesmo quando est

    Evite criar fossossociais na vida do seucompanheiroe torne osmomentos de solido em

    momento de lazer, comoroer um Kong ou dormir

    presente. Enquanto est em casa, por vezes,coloque-o em outra diviso enquanto dorme ouroi um osso.

    5. Como o deixar sozinhoO confinamento ou acesso restrito aos vrioslocais da casa muito importante nos primeirostempos do cachorro, ou co, em casa. Crie umstio prova de co, onde este ficar confort-

    vel e seguro durantes as suas sadas. Lembre-seque, na sua ausncia, o co ter muito tempolivre e vai procurar entreter-se com qualquercoisa que encontrar.O espao que tem livre tambm dita o quepode fazer. Portanto, mantenha-o num localrelativamente pequeno, com acesso a guafresca, comida e brinquedos adequados (comoexplicado na estimulao mental), e com a suacasa-de-banho interna (caso seja um cachorropequeno ainda no acostumado a aguentartantas horas).Ao contrrio do que a maioria das pessoas pensa,os ces no precisam de muito espao livre quan-

    do esto sozinhos. Na verdade, podem ficar numespao relativamente pequeno, onde se possamocupar com algumas coisas e descansar.

    Promover a estimulao mental do cachorroquando est sozinho uma tima formade incutir bons hbitos e evitar que este

    associe a solido a algo de mau.

  • 7/21/2019 Ces_&_Companhia_N_214_GigaTuga

    19/100

    Prepare o local onde oco fca durante o dia,com uma cama quente,brinquedos recheados decomida, gua e uma casade banho temporria

    Quando o cachorro est cansado, fsica e mentalmente,e quer descansar, pode ser deixado num local do seu agrado,

    como a apanhar sol no ptio, pois, mesmo quando estamosem casa, convm que aprenda gradualmente a car sozinho.

    Quando o cachorro est a dormir deixe-o sozinho, para queaprenda que estar sozinho bom. Aproveite esses momentospara o deixar sossegado.

    A estimulao mental muito importante,

    d ao cachorro um ossinho e deixe queeste permanea sozinho enquanto o ri.

    Quando os tutores chegam a casa, a sim, podemter acesso casa toda, sob a sua superviso, evi-tando assim que desenvolvam comportamentosdestrutivos, ou outros, que no querem que elerepita.

    6. Seja tranquiloOs ces so muito observadores do nosso com-portamento e rapidamente se apercebem dosnossos padres. Torne as suas sadas e chegadasa casa mais calmas.Tente no lhe tocar de forma muito excitada eenrgica quando chega a casa, porque isso mo-tiva o co a pular, mordiscar e apresentar todos

    aqueles comportamentos de exaltao associa-dos chegada do dono a casa.n

  • 7/21/2019 Ces_&_Companhia_N_214_GigaTuga

    20/100

    0 Ces&Companhia

    O meu co deixou de comerO que fao?

    Convivncia Carolina Pinedo

    Fotos: Shutterstock

    Uma mudana, a chegada a casa de um beb ou de outro animal, so circunstncias que podemdesencadear perda de apetite no co por stress, medo ou nervos, assim como se este estiver a convalescerde uma doena. Damos alguns conselhos para o ajudar a conseguir que o seu co recupere o interesse pelacomida.

  • 7/21/2019 Ces_&_Companhia_N_214_GigaTuga

    21/100

    21Ces&Companhia

    Preste ateno aos hbitos alimentares

    do seu co, qualquer mudana pode ser sinalde um problema na sua sade

    uando o co deixa de comer pode serdevido a causas fsicas, como umadoena, ou psicolgicas, por estar de-

    primido ou stressado. A dor uma das causaspela qual um co pode perder o interesse pelacomida. Uma ferida na boca, uma crie ou umadoena podem tirar-lhe o apetite.Os animais mais velhos podem sofrer de artro-ses e como o movimento lhes causa dor deixam

    de ir at ao prato da comida. Mas os problemasde estmago tambm podem ser a causa daperda de apetite.As mudanas, a chegada de um novo animal acasa ou o desaparecimento de um ser queridopodem ser outras das razes que levam o co adeixar de comer. Se um animal est deprimido,stressado ou nervoso, pode perder o apetite. Onormal que recupere passados uns dias, masse a inapetncia persiste, recomendvel con-sultar o mdico veterinrio.

    Investigue as causasAveriguar a causa da perda de apetite do co

    importante para atacar o problema e conseguirque volte a comer. O mdico veterinrio levara cabo um check uppara saber o que se passou.Mas temos de ter em conta que no deve pas-sar mais de 48 horas sem ingerir alimento, poispode ser prejudicial para a sua sade; se assimfor, consulte um especialista.As informaes que passamos ao veterinrio so-bre o co, como pessoa que convive com ele e oconhece melhor que ningum, so fundamentaispara saber o que tira o apetite ao animal.Mudanas no comportamento do co ou da ro-tina de casa podem oferecer uma valiosa orien-tao para diagnosticar o que se passa. Apsimplementar um tratamento adequado contrao problema que apresenta, o apetite voltar aaparecer.

    Est farto da comidaAlm das diversas patologias fsicas e psico-lgicas que podem deitar abaixo o apetite doco, estar farto da sua comida habitual tambmpode ser a causa de no se interessar pelo queest no comedouro.Alm disso, se lhe oferecemos petiscos e gulo-seimas fora da sua dieta habitual, normal quedepois no coma a rao.A idade tambm tem influncia na perda deapetite do co. Os animais mais velhos, a par-

    tir de 10 anos, podem ter menos vontade decomer; tm uma mobilidade mais reduzida, ummetabolismo mais lento e podem padecer dedores nas articulaes, por isso normal quecomam menos.Se o co est farto do seu alimento seco habi-tual pode car mais entusiasmado se adicionar-mos uma colher de comida em lata e um poucode gua morna. Para saber se est realmenteaptico ou apenas aborrecido, pode oferecer--lhe vrias opes em pratos diferentes (galinha,pat, vaca). Se o co comer, saber que umaquesto de aborrecimento e no de doena.Mas nunca esquea que os ces podem ser re-

    almente caprichosos com a comida e muitos es-cravizam os seus donos com os seus caprichosalimentares.n

    3 truques para que recupere o apetite

    Alm dos conselhos do mdico veterinrio, quando o seu co perde o apetite pode usarestes truques para que volte a comer:1.Fazer com que os alimentos sejam mais atrativos e, para o conseguir, podemos dar-lhe

    comida hmida que mais saborosa. Se aquecermos um pouco no micro-ondas o coficar mais interessado em comer.

    2. Dar-lhe uma dieta caseira at que o co recupere o apetite, far com que coma melhor.Mas este tipo de alimento deve ser supervisionado pelo veterinrio. No se podem prepararmenus de qualquer forma, apenas com ingredientes concretos, quantidades apropriadas eelaborados corretamente.

    3. As raes com uma grande quantidade de energia so uma boa opo para um co sem

    apetite, porque embora coma pouca quantidade de alimento, tem um aporte energticosuficiente.

    Averiguar a causa da perda de apetitedo co importante para atacaro problema e conseguir que volte a comer.

    Se lhe oferecermos petiscos e guloseimasfor da sua dieta habitual, normal quedepois no coma a rao.

  • 7/21/2019 Ces_&_Companhia_N_214_GigaTuga

    22/100

    2Ces&Companhia

    Cocker Spaniel InglsUm orelhudo de olhar cativante

    R

    IDE

    Gabriela Rafael, do axo afprideRaa

    O Cocker Spaniel Ingls conhecidocomo uma das raas preferidas como code companhia. uma raa equilibrada

    e multifacetada, um co de caa e decompanhia, duas atividades que exercecom o mesmo amor e dedicao, tendocomo meta um nico objetivo: Agradar aosseus donos!

  • 7/21/2019 Ces_&_Companhia_N_214_GigaTuga

    23/100

    23Ces&Companhia

    S

    S

    VI

    ET

    ormalmente, as pessoas apaixonam-sepela sua aparncia e isso que leva sua escolha. Mas o Cocker Spaniel

    Ingls um eterno amigo e fiel companheiro,sempre pronto para a brincadeira, incansvelseguidor do seu dono, por quem faz tudo parao ver feliz.

    As origens da raa

    A famlia dos Spaniels rene um dos maioresgrupos de ces e um dos mais especializados.Sendo difcil estabelecer com preciso a altu-ra em que os Spaniels fazem a sua entrada nomundo das raas de ces, podemos porm a r-mar que este grupo canino um dos tipos maisantigos. Representaes de Spaniels aparecem

    j em pinturas pertencentes AntiguidadeClssica, como o caso da representao deum destes exemplares numa pintura de Filipe IIda Macednia, pai de Alexandre, o Grande.Embora sabendo que os Spaniels cedo foramdifundidos por toda a Europa, s voltamos a terregisto mais preciso deste tipo de ces no rei-

    nado de Henrique VIII. So desta poca registosque referem que o Duque de Northumberland,John Dudley, foi um dos primeiros a treinarSpaniels para a caa e que no castelo do ReiHenrique VIII havia um empregado que era oguardio dos Spaniels com o nome de Robinthe Kings Spaniel Keeper (Robin, o Guardiodos Spaniels do Rei).

    Os vrios SpanielsCom o decorrer dos anos, os Spaniels foram di-versificando o seu tamanho e as suas aptidespara a caa. Durante o sc. XVI, esta famlia eraconstituda por ces de gua e de terra, tendodesenvolvido cada uma delas particularidadesque as definem.Em 1885, foi criado na Gr-Bretanha o SpanielClub, que comeou a trabalhar afincadamentena elaborao dos diferentes estales que iriamcaracterizar os distintos tipos de Spaniel. OClumber, o Sussex, o Welsh Springer, o EnglishSpringer, o Field, o Water Spaniel Irlands e oCocker comearam a ser registados por voltado sc. XIX como raas distintas.

    O nome CockerA designao de Cocker Spaniel Ingls passaento a corresponder aos exemplares maispequenos dos Spaniels. O termo Cocker ter-

    -lhe- sido atribudo devido particular noto-riedade e rapidez com que descobria e obrigavaas galinholas (woodcocks, em ingls) a levantarvoo, o que facilitava a sua caa.O seu pequeno tamanho fazia com que o Co-cker entrasse em lugares que outros Spanielsmaiores no conseguiam e no o deixavamemaranhar-se to facilmente nos arbustos bai-xos e cheios de espinhos, que era a habitaodas galinholas.Assim, tradicionalmente, o Cocker Spaniel foicriado demonstrando aptides naturais para acaa, comportando-se muito bem no seu exer-ccio. Definiu-se como um co hbil em localizar

    e cobrar aves, dotado de um timo faro, agili-dade, resistncia na movimentao, rapidez emaprender, disposio para o trabalho e muita vi-

    A raa dotada de um temperamento meigo

    e afetuoso, pleno de vida

    talidade, sendo at hoje um excelente caador.No entanto, com o decorrer do tempo, foi sendocada vez mais utilizado como co de compa-nhia, quem sabe, devido ao ar angelical quesempre apresenta.

    Fixao da raaA origem da denominao Spaniels aindahoje no rene o consenso de todos os investi-gadores, estando a origem desta palavra aindapor definir com exatido.Alguns acreditam que a origem da designao

    Spaniel acontece por estes ces terem supos-tamente sido levados de Espanha para Ingla-terra pelos romanos, j que a palavra Spaniel

    de origem espanhola e significa, precisamente,espanhis. No entanto, outros acreditamque mais provvel que a palavra Spanielderive da palavra cltica spain, que significacoelho, dando assim mais fora primeira eoriginal funo para a qual os Spaniels foramdesenvolvidos.Independentemente da origem da palavra, po-demos afirmar com certeza que, do sculo XVIIem diante, foi aceite amplamente a palavraSpaniel, para designar um conjunto de ces,especialmente em Inglaterra, onde a denomi-

    nao Cocker foi usada pela primeira vez em1859, numa Exposio em Birmingham.Outro marco importante na histria desta raa

    O Cocker deve teruma aparncia

    alegre e robusta.

  • 7/21/2019 Ces_&_Companhia_N_214_GigaTuga

    24/100

    4 Ces&Companhia

    Herbert Summers Loyd, proprietrio do axo Of Ware,com trs dos seus exemplares, estando no meio Luckystar of Ware, duas vezes ganhador do Best in ShowdaCrufts (fotograa retirada da Wikipdia).

    aconteceu no ano de 1879, altura em que nasceObo, um Cocker Spaniel Ingls negro que deuorigem linhagem de todos os Cockers moder-nos.Com a fundao do English Kennel Club em1873, o Cocker Spaniel passou a ser conside-rado uma raa separada do Field Spaniel e doSpringer Spaniel.O English Kennel Club reconheceu a raa em 1892e o seu primeiro estalo conjunto de caractersti-cas que definem uma raa) foi ento publicado.O prestgio desta raa afirmou-se definitiva-

    mente quando venceu o prmio de MelhorExemplar da Exposio (Best in Show) na Ex-posio Crufts, em Londres, por seis vezes (nos

    anos de 1930, 1931, 1938, 1939, 1948 e 1950)pelos exemplares do famoso Canil Of Ware,do Criador Herbert Summers Loyd.Atualmente, esta raa utilizada principalmentecomo co de companhia, de Exposio e de caa.

    A raa atualComo em muitas outras raas de ces, existemainda hoje algumas diferenas morfolgicas en-tre os exemplares usados para o trabalho e aque-les que so criados como exemplares de belezapara participarem em Exposies Caninas.

    No Cocker Spaniel Ingls, basicamente, o co detrabalho ser um exemplar ligeiramente maisleve, com um corpo mais curto do que um exem-

    plar criado para Exposio.Em termos de aparncia, e como ser facilmen-te compreendido, o co de Exposio ter peloe franjas mais compridos e bem tratados do queo seu compatriota caador. da utilizao deste animal nas caadas quesurgiu o costume de se amputar parte da suacauda: dizia-se que o Cocker, ao caar, balana-va a sua cauda de um lado ao outro com tanto

    entusiasmo que sacudia os arbustos sua voltae acabava por espantar a caa. Hoje, com a proi-bio das cirurgias estticas em animais, essecostume deixou de fazer sentido.

    Principais aptides da raaO Cocker Spaniel Ingls, embora tenha sido se-lecionado com a finalidade de ser utilizado nolevantamento da caa na vegetao rasteira,cedo entrou nas casas dos seus proprietrios,tornando-se um elemento da famlia e umadas raas, por excelncia, escolhida para cesde companhia, funo que desempenha nestemomento, na maioria dos pases.

    No entanto, em pases como Frana e Inglaterra,os seus dotes e forte instinto de caador conti-nuam a ser utilizados e muito apreciados.

    Em PortugalTal como na grande maioria dos pases eu-ropeus, em Portugal o Cocker aparece desdesempre na lista dos ces mais registados e maisprocurados.No primeiro Livro de Origens Portugus (LOP), quedata de 1956, interessante verificar que em 2.200exemplares registados, 400 eram da raa CockerSpaniel Ingls, colocando a raa em primeiro lugar,muito longe do segundo classificado, o Setter com239 exemplares. assim evidente a enorme aceita-o que a raa teve desde incio no nosso pas.Na primeira dcada do sculo XXI, a sua posio dalista das raas mais registadas foi variando, tendoido do 5 lugar em 2000 at ao 21 lugar nos anosde 2009 e 2010.

    Deve ter uma natureza alegre que se refetena cauda a abanar, num movimento tpico cheio

    de energia

    VIANSET

    SHARYS

    O pelo deve ser liso e de texturasedosa, nunca deve ser duro

    e ondulado

  • 7/21/2019 Ces_&_Companhia_N_214_GigaTuga

    25/100

    Aparncia geralNa classi cao da Federao Cinolgica Interna-cional (FCI), o Cocker Spaniel pertence ao Grupo 8,destinado aos ces de gua, levantadores de caae retrievers.De aparncia geral, o Cocker deve ser um co ale-gre e robusto, prprio para a caa, bem balanceadoe compacto. Deve ter uma natureza alegre que sereflete na cauda a abanar, num movimento tpico

    cheio de energia. O seu temperamento deve sermeigo e afetuoso, pleno de vida.Morfologicamente, o Cocker Spaniel Ingls deveapresentar um corpo slido, bem musculado e bemproporcionado. A estrutura ssea deve ser robustae firme. Os machos devem ter uma altura entre os39 e os 42 cm, enquanto as fmeas devem andarentre os 38 e os 39 cm. O seu peso deve manter-seentre os 13 e os 15 kg.

    Uma cabea caractersticaA cabea deve apresentar linhas suaves, com umcrnio bem desenvolvido e cinzelado, e um stopbem marcado. Os olhos devem ser cheios, de cor

    castanho-escuro. No entanto, quando os exem-plares apresentam pelagens de cor fgado, fgadoruo e fgado e branco, a cor dos olhos ser muitomais clara, em harmonia com a cor do pelo. O seuolhar deve ser um misto de inteligncia e meiguicecom um estado de alerta e curiosidade permanen-te por tudo aquilo que o rodeia.

    As orelhas devem ser de insero baixa e, quandoesticadas para a frente, o seu comprimento devealcanar a ponta do nariz. A mandbula deve serforte, com uma mordedura em tesoura, perfeita,regular e completa, isto , os incisivos superiores

    sobrepassam ligeiramente os inferiores e so inse-ridos em ngulo reto com os maxilares. Os ossosda face no devem ser proeminentes. A sada dopescoo elegante e este deve ser de comprimentomdio e musculado.

    VIANSET

  • 7/21/2019 Ces_&_Companhia_N_214_GigaTuga

    26/100

    Um co equilibradoO tronco deve ser forte e compacto, com um peito

    profundo e costelas bem arqueadas. A linha dorsaldeve ser rme e reta, sendo ligeiramente descen-dente na parte posterior do co.Os membros devem possuir uma boa ossatura. Osanteriores devem ser direitos e curtos, enquanto osposteriores devem ser bem angulados e muscula-dos. Mos e ps devem mostrar dedos fechados.O Cocker deve apresentar um andamento fluente,com grande propulso e boa cobertura de solo.

    De cauda a abanarDe alguns anos a esta parte, os criadores deixaramde amputar parte da cauda. Esta prtica prendia-secom o facto de esta no interferir no trabalho doco quando se dedicava caa. Nestes exemplaresa cauda deveria ter mais de 10 cm (corresponden-do terceira vrtebra).Para os exemplares de cauda inteira, esta deve serligeiramente curva, de comprimento proporcionalao corpo no devendo ultrapassar o jarrete.A cauda deve estar inserida ligeiramente abaixo dalinha do dorso. Deve ser alegre em movimento eportada horizontalmente.

    A sua pelagemNa sua pelagem, o Cocker ostenta um dos seusgrandes atrativos, uma vez que aliado sua conhe-cida franja, apresenta cores muito variadas, quevo desde as slidas s p rti olours.

    Algumas pelagens apresentam marcaes em corde canela conhecidas como t n.Nas slidas temos cores como o preto, o dourado,o fgado ou chocolate, o black and tan(preto afo-gueado) e o fgado e tan. Nestas cores slidas, s permitida a existncia de pelo branco no peito.Nos particoloursaparecem uma grande combina-o de cores. Nos exemplares com duas cores (bi-colores), aparece sempre a cor branca juntamentecom o preto, o laranja, o fgado ou o limo. Nosexemplares com trs cores (tricolores) podemosencontrar as cores: preto, branco e tan; e fgado,branco e t n.Finalmente, nos exemplares ruo podemos ter a cor

    azul, azul com tan, laranja, limo, fgado e fgadocom tan. O pelo deve ser liso e de textura sedosa.Nunca deve ser duro e ondulado. Ao contrrio do

    Na sua pelagem, o Cocker ostenta um dos seus

    grandes atrativos,pode apresentar cores muitovariadas, que vo desde as slidas s particolours

    A preparao de um exemplarde Exposio requer cuidados maisespecfcos, nomeadamente, no que

    respeita ao pelo e tosquia.

    R

    IDE

    R

    IDEMASTIM

    PT

    VIANSETAC

    V

    ES

  • 7/21/2019 Ces_&_Companhia_N_214_GigaTuga

    27/100

    que muitos possam pensar, o estalo da raa refereque o pelo desta raa nunca deve ser muito abun-

    dante e, embora deva apresentar uma boa franjanos anteriores e corpo, o seu comprimento devemanter-se acima dos jarretes.

    Exemplares de ExposioA preparao de um exemplar de Exposio requercuidados mais especficos, nomeadamente, no que

    respeita ao pelo e tosquia.Num Cocker Spaniel de Exposio, e para que o seupelo cresa e se mantenha nas melhores condies, necessrio, para alm da escovagem diria, um adois banhos semanais com produtos prprios parao pelo e cor do co.A esta raa corresponde uma tosquia especfica,que os ces de Exposio devem respeitar. Nestatosquia usada a mquina, uma tesoura, uma te

    -

    soura de desbaste e as mos.A mquina utilizada, basicamente, na parte inte

    -rior das orelhas e na zona do pescoo que vai des

    -de a parte de baixo da mandbula at ponta doexterno. A tesoura utilizada no acerto das patas ea tesoura de desbaste poder ser usada na junoentre a cabea e as orelhas e na juno do pescoocom o resto do corpo. A tosquia da cabea e detodo o resto do corpo dever ser realizada moh nd stripping

    ).

    TemperamentoO Cocker Spaniel Ingls , por natureza, curioso, ca

    -rinhoso, dcil, leal e sensvel. Muito socivel, adora

    estar junto das pessoas, em muito particular, da suafamlia humana, a qual venera com grande dedica

    -o, exigindo dela alguma ateno.No so bons ces de guarda, j que no apresen

    -tam grande tendncia para ladrar e no costumamser agressivos.O Cocker adora fazer amizades e no se tornar

    agressivo com visitas estranhas que apaream nacasa dos seus donos. Sempre bem-humorado, gos

    -ta de mostrar ao mundo a sua felicidade. Sempredependente dos seus donos, atento aos mais pe

    -quenos gestos, este animal to especial, que mui-tas vezes basta um olhar para que nos entenda.Num perodo de desenvolvimento e da implemen

    -tao da raa, alguns exemplares de cores slidasdemonstraram comportamentos menos sociveis.

    No entanto, neste momento e fruto do trabalho decriadores responsveis, este problema parece estarultrapassado.

    Um co de famlia de excelnciaO Cocker Spaniel um co alegre e brincalho, ca

    -ractersticas demonstradas pelo constante abanarda cauda. um co que adora o dono e todos osmembros da famlia. Gosta da vida ao ar livre, sen

    -do socivel para com as outras raas.Pode viver muito bem em apartamento e em am-bientes maiores, pois adapta-se muito bem a di-ferentes locais e situaes. A grande popularida-de que esta raa tem mantido ao longo dos anos

    pode ser explicada devido tima personalidadedos cachorros, que se adaptam ao tipo de vidados seus familiares. Se os donos forem mais tran

    -quilos e caseiros, os ces no se importam de ficardeitados sem fazer nada; se os donos forem maisagitados e adorarem fazer exerccio, estes tambmos acompanham alegremente.

    R

    IDEMASTIM

    PT

  • 7/21/2019 Ces_&_Companhia_N_214_GigaTuga

    28/100

    8 Ces&Companhia

    Esta raa tem demonstrado ser uma tima e alegrecompanheira para as crianas. Gostam de brincar esentem-se em casa no meio de uma boa confuso.Alm disso, so bastante sociveis, at mesmo compessoas estranhas.No aprecia ser deixado sozinho, j que necessitade bastante ateno. um co que gosta de serincludo na vida familiar e que gosta de agradar aodono, seja qual for a atividade que lhe seja pe-dida, pois demonstra uma energia inesgotvel.Gosta de ateno e de carinho, que retribui de umaforma redobrada. Este co precisa de estar beminserido na famlia, caso contrrio ser infeliz epoder mesmo desenvolver comportamentos queno so tpicos da raa.

    Maturidade e reproduoNormalmente, nesta raa, o primeiro cio apareceentre os 9 e os 12 meses de idade, mas as fme -as atingem a sua maturidade sexual por volta dos2 anos de idade, altura em que esto preparadaspara poderem fazer a sua primeira ninhada. A raano demonstra di culdades em realizar uma mon-ta natural.O nascimento ocorre entre os 60 e os 63 dias degestao, nascendo, na maior parte das vezes, en-tre 4 a 8 cachorros.Quando se pensa em realizar uma ninhada, algumasprecaues devem ser tidas em conta. Certifique-seque os pais dos futuros cachorros tm temperamen-tos equilibrados. Ambos os progenitores devem ser

    Durante o seu primeiro ano de vida, a comida colo-cada disposio do animal pode ser mais abun-dante do que nos anos seguintes, o que leva a quealguns criadores optem por alimentar exemplaresmais do que uma vez por dia.Deve tambm ser seguida com ateno a mudan-a da dentio de leite para a dentio definitiva afim de verificar se a colocao desta est conformeo estalo da raa. Se alguns dentes comearem anascer sem os de leite terem cado, aconselhveluma visita ao mdico veterinrio. importante seguir com cuidado o desenvolvimen-to dos cachorros at idade adulta, tendo o cuida-do de verificar todos os aspetos da sua morfologia.

    Escolha do cachorro muito importante quando se toma a decisode trazer um co para a nossa vida familiar, per-ceber que este um ser que necessita de cuida-dos e de ateno.Por vezes, a aparncia adorvel dos cachorrosfaz com que a deciso no seja muito pensadae ponderada. Temos sempre que pensar que oadorvel cachorrinho vai crescer e ir dar lugara um exemplar adulto, que no caso do CockerSpaniel Ingls pode compartilhar as nossas vi-

    das por mais de 15 anos.Se este passo foi realizado, a altura ento de pro-curar um local onde adquirir o seu companheiro. Eaqui preciso algum cuidado e bom senso. O localmais fivel, ser procurar junto do Clube Portugusde Canicultura, que lhe fornecer uma lista atuali-zada dos criadores e das ninhadas registadas maisrecentes.Atravs deste mtodo, ter a certeza que est aadquirir um exemplar que foi criado devidamente,cuidado e alimentado de forma correta e com oscuidados veterinrios em dia.Um dos problemas que existe com as raas muitopopulares, e com a grande procura que existe de

    exemplares destas raas, de apareceram cachor-ros vendidos por preos muito mais baixos, mascuja criao fruto de acasalamentos pouco cui-

    O convvio dirio com esta raa proporciona sem-pre aos seus donos a descoberta de mais uma brin-cadeira ou de uma habilidade, pois, por trs deste

    co de estrutura mdia, est um ser astuto e esper-talho que no se cansa de nos surpreender.

    Educao e treinoComo acontece com todas as raas, o Cocker Spa-niel Ingls necessita, desde tenra idade, conhecerregras e normas de comportamento, sabendo re-conhecer a autoridade de todos os membros dafamlia. um co fcil de educar, mas apenas se tornar ocompanheiro ideal se os donos estiverem dispostosa aproveitar a sua enorme inteligncia e capacida-de de aprender, dispensando algum tempo na suaeducao. preciso lembrarmo-nos que os bons

    ces de companhia no nasceram assim; forambem-educados para se tornarem excelentes com-panheiros.

    sujeitos a alguns testes: radiografia para despiste dedisplasia da anca; exame ocular para detetar poss-veis doenas hereditrias; e anlise ao sangue para

    verificar se existe alguma complicao renal.

    CachorrosOs cachorros nascem com um peso que pode variarentre os 200 e os 400 gramas, e medem cerca de18 a 20 cm.Na grande maioria dos casos, o leite da me ali-mento necessrio e su ciente para que os cachor-ros cresam de uma forma harmoniosa e saudvel.Por volta das trs semanas, os cachorros tornam-semais ativos, comeando a explorar e a estar atentosa tudo o que os rodeia.Aos dois meses deve comear a ser introduzida nasua alimentao rao seca ao mesmo tempo que

    se inicia o desmame. Por norma, este processo realizado de forma progressiva, com os cachorros afazerem uma boa adaptao.

    um co que gosta de ser includo na vidafamiliar,seja qual for a atividade pedida,pois demonstra uma energia inesgotvel

    O seu olhar deve ser ummisto de inteligncia e demeiguice com um estado

    de alerta e curiosidadepermanente por tudoaquilo que o rodeia.

    R

    IDE

    S

    S

  • 7/21/2019 Ces_&_Companhia_N_214_GigaTuga

    29/100

    dados que do depois origem a animais que, aonvel da aparncia, mas principalmente ao nveldo temperamento e do comportamento, nadatm a ver com o Cocker Spaniel Ingls.

    Uma raa saudvelO Cocker tem uma esperana mdia de vida quepode atingir os 15 anos de idade ou mais. Comoem todas as raas, o Cocker Spaniel Ingls exige

    alguns cuidados especficos em relao suahigiene e sade.Devido ao tipo de orelhas que apresenta, estaraa tem predisposio para o aparecimentode otites, problema que se resolve facilmenterapando com uma mquina, com frequncia, opelo que cresce da parte interior das mesmas.Este procedimento poder ser realizado pelosprprios donos uma vez que a mquina nuncamagoa o animal. Em casos mais extremos, de-vero ser utilizados produtos prprios recomen-dados pelo seu veterinrio.Esta raa tambm suscetvel ao aparecimentode atrofia progressiva da retina (PRA), displasia

    da anca (HD) e nefropatia familiar (FN).

    Ateno com o peso!A raa exige cuidados com a alimentao. OsCockers so muito gulosos possuindo um not-vel apetite, o que os torna propensos a criaremproblemas de obesidade. Devoram tudo o quelhes aparece frente.O excesso de peso no animal ir provocar-lhe omau funcionamento dos rgos vitais e proble-mas nas articulaes, afetando a mdio prazo asua qualidade de vida.No oferecer petiscos fora de horas e controlaras doses de rao que lhe so dadas so as re-gras milagrosas para os manter em forma.

    Cuidados com a pelagemO banho deve ser frequente, com gua tpida,utilizando um champ adequado ao tipo depelo para que este se mantenha longo e sedoso,havendo tambm champs adaptados s dife-rentes variedades de cor que esta raa apresen-ta. Podem ser finalizados com a aplicao de umamaciador.O pelo deve ser seco com a ajuda de um seca-dor e de uma escova. Esta prtica fundamentalpara que o seu pelo cresa bonito e saudvel.Deve ser penteado com uma escova ou carda-deira pelo menos duas vezes por semana, para

    que o pelo mantenha a aparncia que tanto ca-racteriza a raa.De dois em dois meses, o Cocker Ingls deve vero seu pelo arranjado e acertado, com particularateno tosquia do pelo interior das orelhase do pelo que cresce por baixo das patas, entreas almofadas.Embora alguns donos o faam no tempo maisquente, o animal em nada beneficia quando

    decidem cortar-lhes de forma drstica o pelo,deixando-o muito curto por todo o corpo. Nor-malmente, os animais no gostam desta novaaparncia que lhes dada, andando alguns diastristes e a esconderem-se das pessoas.No necessrio fazer a tosquia completa doCocker porque o co adapta-se ao calor per-dendo o subpelo. Alm disso, a utilizao deuma mquina de tosquia altera a textura dopelo, tornando-o menos sedoso e mais encara-colado, fazendo-o tambm perder o seu brilhonatural.

    Adora exerccio e gua

    Os donos devem proporcionar-lhe exerccio fsi-co diariamente, devido sua grande energia eatividade. Gosta de passear na companhia dosdonos e adora que lhe sejam atirados objetospara ir buscar.Se os passeios forem perto do mar, de rios oude lagoas, prepare-se pois, por certo, o seu coir brincar para dentro de gua, atividade quelhe agrada particularmente, independentemen-te da temperatura a que a esta se encontre. Noentanto, se a brincadeira tiver lugar na guasalgada, o Cocker deve tomar banho de guadoce quando chegar a casa, para que o pelo noseque com o sal, uma vez que este provoca adesidratao e a quebra do pelo.Nos passeios pelo campo temos de ter em aten-o as praganas que frequentemente se pren-dem na pelagem do corpo e nas orelhas.

    Desporto caninoO Cocker uma raa verstil que tem a capa-cidade de se comportar de forma exemplar naexecuo de tarefas muito diferenciadas. Sendoum co obediente, normalmente realiza as ativi-dades que lhe so solicitadas pelo seu dono.Quem o v nas suas horas de descanso dificil-mente ver nele um co disposto ao trabalho.No podia estar mais enganado.Esta raa admirvel adora um bom dia de traba-

    lho no campo ou uma longa caminhada.Em provas de Agility, modalidade onde o animaldeve passar por vrios obstculos sob o coman-do do dono, o Cocker cumpre a tarefa na perfei-o, contagiando com a sua alegria todos aque-les que assistem competio. Os praticantesdesta modalidade referem a enorme disposioe alegria que a raa apresenta quando se depa-ra com uma pista com obstculos, fazendo doexerccio uma enorme diverso.Devido sua enorme inteligncia, tambm obtmexcelentes resultados em provas de Obedincia.

    Co de assistnciaNo entanto, e mais uma vez devido sua enormeversatilidade, tambm um excelente exemplarpara ser usado em terapia com idosos e comcrianas que apresentem dificuldades fsicas e/oumentais. Este pequeno animal tem a grandezade conseguir transmitir serenidade e tranquilida-de, ajudando assim na cura e reabilitao.n

    Nota de agradecimento: Agradecemos a Gabriela Rafaeldo axo Rafpride, a Dora Rosado do axo Sharysh ea Rui Gonalves do axo Vianset, por nos terem cedidofotograas de exemplares da sua propriedade parailustrar este artigo.

    Gosta de gua, de passear na companhia dosdonos e adora que lhe sejam atirados objetos

    para ir buscar.

  • 7/21/2019 Ces_&_Companhia_N_214_GigaTuga

    30/100

    0 Ces&Companhia

    Convivncia Vera Vicinanza

    Fotos: Shutterstock

    Bem comportado com as visitasSeja em casa ou nos passeiosMuitos ces comportam-se de forma desconada e, em alguns casos, agressiva em relao a pessoasestranhas. Estas condutas podem dever-se a falta ou alterao de sociabilizao, ou tambm a uma

    educao incorreta.

  • 7/21/2019 Ces_&_Companhia_N_214_GigaTuga

    31/100

    Viver em sociedade signifca no limitara liberdade dos restantespara que tambmrespeitem a nossa

    ara prevenir problemas,o co deve ser expostodesde cachorro maior

    quantidade possvel de estmulos,sobretudo da 3 12 semana.Uma boa forma de educar o co apresentar-lhe os estranhos quevisitam a nossa casa. importante controlar a porta de

    casa, para que o co aprenda aestar tranquilo e sentado na pre-sena de uma visita. Depois va-mos ser ns a dar-lhe permissopara se levantar e saudar o nossoconvidado.Se considerarmos a sociedadenum sentido mais amplo, certoque uma boa convivncia com osvizinhos depende exclusivamentedo Homem. O dono do co a li-gao com o resto da sociedadehumana: quem guia o seu com-panheiro animal num mundo que

    para o co no teria sentido sema interveno do seu companhei-ro humano. por esta razo queabandonar um co no s signifi-ca uma traio, como tambmuma condenao solido paraum animal com um indiscutvelsentido social.O co espera que ns o guiemosno nosso mundo, que o apresen-temos ao seu novo ambiente, queo ensinemos como se compor-tar perante as situaes em quese encontra, porque ns assim oquisemos.

    Sadas ruaPara muitos donos de ces sair rua um autntico pesadelo, quecomea na porta de casa. Contro-lar a porta um bom incio paracontrolar tudo o que vem depois,o passeio e as relaes sociaisfora da famlia e da casa. Emmuitos casos o co que leva ohumano a passear e no o con-trrio.Antes de sair de casa uma boaprtica pedir ao co que se

    sente e espere o nosso sinal parapoder sair. Desta forma estamosa canalizar a sua ateno paraa obedincia e no para a exci-tao.

    Durante os passeiosUma vez na rua todo o trabalhode educao que levmos a cabocomo donos comea a ter um sen-tido mais amplo. No s estamosa partilhar um agradvel passeioao ar livre com o nosso co, comoestamos a interagir com o mundo.

    Os nossos atos como donos res-ponsveis influenciam a criaode uma conscincia social favor-

    Antes de sair de casa uma boaprtica pedir ao co que sesente e espere o nosso sinal

    para poder sair.

  • 7/21/2019 Ces_&_Companhia_N_214_GigaTuga

    32/100

    2 Ces&Companhia

    vel, ou no, nos animais.Muitas pessoas no partilham dosnossos gostos e podem sentir-seincomodadas se um co passeiasolto e se aproxima. As suas re-aes podem ser imprevisveis,assim como as do animal. Outrasno toleram o ladrar ou que dei-xem a rua suja por terem donos ir-

    ti cadas pois

    o animal repre-senta realmenteuma fonte de inc-modo e de rudo. Emmuitos casos, uma boaeducao do co pode sera chave para a convivncia emsociedade. importante ser tolerante: trata--se de animais que no tm culpados erros dos donos. E os donos,

    pela sua parte, devem aceitar quenem todas as pessoas gostam deces e agir com conscincia e res-peito.Em muitos casos, os vizinhos que,por exemplo, se queixam de queo animal ladra na ausncia dosdonos podem ser uma fonte deinformao importante, fa-zendo com que se descubraum problema de conduta euma consequente falta debem-estar do animal.

    Educao e formaoViver em sociedade significano limitar a liberdade dos

    Devemos tentar que o nosso coseja mais socivele se saibacomportar na presena de estranhos

    Muitas pessoas no partilham dos nossosgostos e podem sentir-se incomodadasse um co passeia solto e se aproxima

    Apesarde adorarmos

    o nosso co, nopodemos permitirque este salte paratodas as pessoas.

    estas leis demonstram mais umavez as suas limitaes e na reali-dade transferem para o animal epara o dono responsvel todo opeso e a culpa sem enfrentaro problema desde a sua raiz. Estalei, e em geral as que se referemaos animais, esto longe de serpartilhadas pelos profissionais e

    responsveis. Sem falar das agres-ses e mordidas, que em muitoscasos podiam ter sido evitadascom um pouco de senso comum ede responsabilidade.Tudo isto faz com que a sociedadepossa ser relutante posse de ani-mais, como se demonstrou com a

    promulgao de leis sobre animaispotencialmente perigosos. Sementrar na matria, s diremos que

    deixam um enorme vazio legal nassuas possibilidades de execuo.

    O co e os vizinhosEm muitos casos a convivnciacom os vizinhos dificultada pordanos incompreensveis que fa-zem, por exemplo, ser proibido ter

    todo o tipo de animais em muitosprdios ou condomnios.Noutros casos, as queixas so jus-

  • 7/21/2019 Ces_&_Companhia_N_214_GigaTuga

    33/100

    portante conhecer as leis, educaro co e compreender como este

    comunica, para isso os donos tmde se informar e de aprender. Tudoisto deveria ser obrigatrio paraum dono.Seria interessante propor que osdonos de ces, e no s donos deces potencialmente perigosos,demonstrem ter estes conheci-mentos atravs de provas, cursos,formao ou o que fosse necess-rio.Seria poupado muito sofrimento,maus tratos infligidos de formavoluntria ou involuntria, e ir-

    amos chegar a uma convivnciamais serena e a uma posse maisresponsvel.n

    Em casa, importante que o coaprenda a estar tranquilo, sentadoou deitado, na presena de uma visita,sem comportamentos exuberantes

    restantes para que tambm res-peitem a nossa.

    Colocando-nos na pele dos restan-tes entenderemos que qui de-vemos escutar tambm as suasnecessidades. Isto serve tantopara os donos de ces comopara as pessoas que noquerem partilhar a sua vidacom um animal. Simples-mente escutando e sendotolerante pode-se chegar

    a um acordo e, com isso, convivncia.Todos os donos devemconhecer os direitos e

    deveres inerentes posse responsvelde um co. im-

  • 7/21/2019 Ces_&_Companhia_N_214_GigaTuga

    34/100

    4 Ces&Companhia

    Dono, tenho medo!Perceba o que sente o seu co

    Fobias Eduardo de Benito

    Fotos: Shutterstock

    O medo nos ces bastante mais frequente do que pensamos e nem sempre est ligado a situaes vividaspelo animal, j que em muitos casos tem uma forte carga hereditria.

  • 7/21/2019 Ces_&_Companhia_N_214_GigaTuga

    35/100

    35Ces&Companhia

    O medo permite ao co responder perantesituaes de perigode um modo rpidoe contundente

    medo um mecanismo de defesano animal, a sua ansiedade disparaquando cr que est exposto a um

    perigo e atua como sinal de alerta. Quando operigo real ou suposto desaparece, a sua an-siedade tambm e retorna ao seu estado emo-cional normal. Sentir medo o resultado deum processo adaptativo nos seres humanos, portanto uma resposta biolgica de defesa e

    essencial na sobrevivncia da espcie.O medo permite ao co responder perantesituaes de perigo de um modo rpido econtundente, por isso o medo na natureza positivo. Desencadeia-se perante a perceode um perigo, real ou imaginrio, gerandoum estado emocional que tem uma respostafisiolgica e de conduta no co que se preparapara se defender ou fugir, j que ambos lhepermitem enfrentar o perigo. O medo, em con-sequncia, no uma reao negativa. Outracoisa que interfira na vida quotidiana do coat criar um estado de mal-estar no seu am-biente social.

    A ansiedade do medoA ansiedade no se pode controlar, uma vez quequando aparece o animal dominado por esta ede nada serve tentarmos p-la na ordem, s noscabe esperar que passe por si mesma. Podemos,sim, ajudar o nosso co aliviando o seu sofrimen-to e oferecendo-lhe proteo. Por isso, muitoimportante conservar a calma e no cair no errode gritar, castigar ou forar o co a experimentar fora aquilo que o assusta.O aparecimento de um comportamento de fobiaprovoca respostas bastantes comuns em todosos casos. O co comea a olhar para todo o ladocom inquietao, como se procurasse um stiopara onde fugir. o seu instinto ancestral deproteo, que o leva a localizar o refgio maisseguro para se colocar a salvo. Muitos donosreagem com excessiva severidade e, inclusive,com intolerncia perante o medo dos seus ces,o que representa uma conduta irracional e ir-responsvel.O medo do nosso co no nos deve oprimir, necessrio abord-lo com inteligncia paraminimizar as suas consequncias. certo que triste ver um co louco por causa do medo.Correm sem sentido procura de um local ondese sintam protegidos e logo procuram um novostio que lhes parece oferecer maior proteo.

    Podem ferir-se ao embater contra objetos frutodo medo, ladram e gemem sem parar.O animal est em sofrimento, por isso a nossareao tem de ser calma para poder oferecer

    -lhe ajuda; e no de raiva, com a qual s au-mentaramos o sofrimento do animal e pior-vamos as coisas.

    Tratamento corretoH uma parte de conduta aprendida no medode todos os ces. Se o animal se sente premiadoaps uma crise de ansiedade, o comportamen-to reforado. O dono que acaricia, abraa ouacalma com uma guloseima o medo do seu co

    acaba por reforar essa conduta e o co ex-pressar mais medo na prxima vez. o medorentvel. Comportando-se deste modo o dono,

    inconscientemente, iniciou um processo de sen-sibilizao no animal pelo objeto ou situaoque lhe provoca medo.A melhor preveno consiste em ignorar o

    medo, mas este um dos comportamentosmais difceis de curar, por isso no vai passarlogo.

    Medo dos rudos sociaisUma das fobias mais comuns nos ces omedo de rudos fortes e inesperados, como osfoguetes das festas, e recebe o nome de acus-

    ticofobia. O co afetado de acusticofobia fogedesesperadamente, pois encontra-se dominadopor um estado de nervosismo tal que no con-

    O medo um mecanismode defesa no animal,a sua ansiedade disparaquando cr estar expostoa um perigo.

  • 7/21/2019 Ces_&_Companhia_N_214_GigaTuga

    36/100

    6 Ces&Companhia

    trola os seus movimentos. Se est na rua podeperder-se e se estiver fechado em casa podedestruir tudo o que encontra ao seu alcance. Oterror apodera-se dele e procurar proteo de-baixo das camas, num armrio ou em qualquercanto da casa.

    Medo das pessoasO medo que alguns ces apresentam perante apresena de pessoas desconhecidas conheci-do como antropofobia. Este medo no gerado,normalmente, por todas as pessoas, mas pordeterminados grupos como pessoas que usamuma determinada roupa (uniforme), que so dedeterminada raa (pessoas de cor) ou de gru-

    pos sociais muito marcados, como crianas eidosos.Quando a antropofobia no hereditria podedever-se a uma sociabilizao incorreta emcachorro ou a uma experincia traumtica. Amanipulao do cachorro por parte do criadordesde o dia do seu nascimento, complementadapela me, uma ferramenta essencial para evi-tar o medo das pessoas nos candeos.

    Medo de outros cesAlguns ces so inseguros, tm falta de confian-a em si mesmos, e a presena de um compa-nheiro canino assusta-os. Podemos dizer que

    padecem de cinofobia. A cinofobia um trans-torno psicolgico persistente, anormal e injusti-ficado de medo de ces.

    Pode esconder um processo de sociabilizaoinadequado e encontrada com frequncia emanimais que foram separados da me ao nascere criados a bibero. Estes ces no aprenderamos mecanismos de comunicao da sua esp-cie, essenciais para permitir a coeso dentro dogrupo e a interao entre os seus membros demodo adequado.Ao desconhecer todos esses sinais que consti-tuem uma linguagem muito complexa e que baseada fundamentalmente em sinais auditi-

    muito importante que o dono mantenhaa calma e no caia no erro de gritar,castigarou forar o co a experimentar fora aquiloque o assusta

    vos, visuais, olfativos e tteis com que os cestransmitem informao, o co no responde deforma correta s me