Caixa Econômica Federal Conteúdo Complementar

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Caixa Econômica Federal Conteúdo Complementar Técnico Bancário - PcD NV-002ST-21

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Caixa Econômica Federal

Conteúdo ComplementarTécnico Bancário - PcD

NV-002ST-21

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Obra

Caixa Econômica FederalTécnico Bancário - PcD

Autores

CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA • Fernando Nishimura

REDAÇÃO DISCURSIVA E OFICIAL • Nelson Sartori

Edição:

Setembro/2021

SUMÁRIO

CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA ........................................................................4EDIÇÃO DE TEXTOS, PLANILHAS E APRESENTAÇÕES (AMBIENTES MICROSOFT OFFICE - WORD, EXCEL E POWERPOINT - VERSÃO O365) ................ 4

SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO: FUNDAMENTOS, CONCEITOS E MECANISMOS DE SEGURANÇA ....................................................................................................................................... 38

SEGURANÇA CIBERNÉTICA: RESOLUÇÃO CMN Nº 4893, DE 26 DE FEVEREIRO DE 2021 .........................56

CONCEITOS DE ORGANIZAÇÃO E DE GERENCIAMENTO DE INFORMAÇÕES, ARQUIVOS, PASTAS E PROGRAMAS .................................................................................................................... 61

REDES DE COMPUTADORES: CONCEITOS BÁSICOS, FERRAMENTAS, APLICATIVOS E PROCEDIMENTOS DE INTERNET E INTRANET ............................................................................... 63

NAVEGADOR WEB (MICROSOFT EDGE VERSÃO 91 E MOZILLA FIREFOX VERSÃO 78 ESR), BUSCA E PESQUISA NA WEB ............................................................................................................ 64

CORREIO ELETRÔNICO, GRUPOS DE DISCUSSÃO, FÓRUNS E WIKIS ........................................... 66

REDES SOCIAIS (TWITTER, FACEBOOK, LINKEDIN, WHATSAPP, YOUTUBE, INSTAGRAM E TELEGRAM)...................................................................................................................................... 71

VISÃO GERAL SOBRE SISTEMAS DE SUPORTE À DECISÃO E INTELIGÊNCIA DE NEGÓCIO ..... 72

CONCEITOS DE TECNOLOGIAS E FERRAMENTAS MULTIMÍDIA, DE REPRODUÇÃO DE ÁUDIO E VÍDEO .............................................................................................. 75

FERRAMENTAS DE PRODUTIVIDADE E TRABALHO A DISTÂNCIA (MICROSOFT TEAMS, CISCO WEBEX, GOOGLE HANGOUT, ZOOM, GOOGLE DRIVE E SKYPE) ........................................ 76

REDAÇÃO DISCURSIVA E OFICIAL ............................................................................86REDAÇÃO DISCURSIVA ..................................................................................................................... 86

REDAÇÃO OFICIAL: MANUAL DE REDAÇÃO DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA .......................102

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CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA

EDIÇÃO DE TEXTOS, PLANILHAS E APRESENTAÇÕES (AMBIENTES MICROSOFT OFFICE – WORD, EXCEL E POWERPOINT – VERSÃO O365)MS – WORD2016 OU SUPERIOR

Estrutura Básica dos Documentos

Os documentos produzidos com o editor de textos Microsoft Word possuem a seguinte estrutura básica:

z Documentos: arquivos DOCX criados pelo Microsoft Word 2007 e superiores. Os documentos são arquivos editáveis pelo usuário, que podem ser compartilhados com outros usuários para edição colaborativa;

z Os Modelos (Template), com extensão DOTX contém formatações que serão aplicadas aos novos documentos criados a partir dele. O modelo é usado para a padronização de documentos;

z O modelo padrão do Word é NORMAL.DOTM (Document Template Macros – modelo de documento com macros). Os macros são códigos desenvolvidos em Visual Basic for Applications (VBA) para a automatização de tarefas;

z Páginas: unidades de organização do texto, segundo a orientação, o tamanho do papel e margens. As principais definições estão na guia layout, mas é possível encontrar algumas definições na guia design.

z Seção: divisão de formatação do documento, onde cada parte tem a sua configuração. Sempre que forem usa-das configurações diferentes, como margens, colunas, tamanho da página, orientação, cabeçalhos, numeração de páginas, entre outras, as seções serão usadas.

z Parágrafos: formado por palavras e marcas de formatação. Finalizado com a tecla Enter, contendo formata-ção independente do parágrafo anterior e do parágrafo seguinte;

z Linhas: sequência de palavras que pode ser um parágrafo, ocupando uma linha de texto. Se for finalizado com quebra de linha, a configuração atual permanece na próxima linha;

z Palavras: formado por letras, números, símbolos, caracteres de formatação etc.

Os arquivos produzidos nas versões anteriores do Word são abertos e editados nas versões atuais. Arquivos de formato DOC são abertos em Modo de Compatibilidade, todavia alguns recursos são suspensos. Para usar todos os recursos da versão atual, é necessário “Salvar como” (tecla de atalho F12) no formato DOCX.

Os arquivos produzidos no formato DOCX poderão ser editados pelas versões antigas do Office, desde que ins-tale um pacote de compatibilidade, disponível para download no site da Microsoft.

Os arquivos produzidos pelo Microsoft Office podem ser gravados no formato PDF. O Microsoft Word, desde a ver-são 2013, possui o recurso “Refuse PDF”, que permite editar um arquivo PDF como se fosse um documento do Word.

Durante a edição de um documento, o Microsoft Word:

z Faz a gravação automática dos dados editados enquanto o arquivo não tem um nome ou local de armazenamento definidos. Depois, se necessário, o usuário poderá “Recuperar documentos não salvos”;

z Faz a gravação automática de auto recuperação dos arquivos em edição que tenham nome e local definidos, permitindo recuperar as alterações que não tenham sido salvas;

z As versões do Office 365 oferecem o recurso de “Salvamento automático”, associado à conta Microsoft, para armazenamento na nuvem Microsoft OneDrive. Como na versão on-line, a cada alteração, o salvamento será realizado.

z O formato de documento RTF (Rich Text Format) é padrão do acessório do Windows chamado WordPad, e por ser portável, também poderá ser editado pelo Microsoft Word.

DicaEm questões de informática, as extensões dos arquivos produzidos pelo usuário costumam ser questionadas com regularidade.

z Ao iniciar a edição de um documento, o modo de exibição selecionado na guia Exibir é “Layout de Impressão”. O documento será mostrado na tela da mesma forma que será impresso no papel;

z O Modo de Leitura permite visualizar o documento sem outras distrações, como, por exemplo, a Faixa de Opções com os ícones. Neste modo, parecido com Tela Inteira, a barra de título continua sendo exibida;

z O modo de exibição “Layout da Web” é usado para visualizar o documento como ele seria exibido se estivesse publicado na Internet como página web;

z Em “Estrutura de Tópicos” apenas os estilos de Títulos serão mostrados, auxiliando na organização dos blocos de conteúdo;

z O modo “Rascunho”, que antes era modo “Normal”, exibe o conteúdo de texto do documento sem os elementos gráficos (imagens, cabeçalho, rodapé) existentes nele;

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z Os modos de exibição estão na guia “Exibir”, que faz parte da Faixa de Opções. Ela é o principal elemento da interface do Microsoft Office;

Acesso rápidoGuia atual

Item com listagem

Caixa de diálogo do grupo

Guias ou abas

Grupo Ícone com opções

z Para mostrar ou ocultar a Faixa de Opções, o atalho de teclado Ctrl+F1 poderá ser acionado; z A Faixa de Opções contém guias, que organizam os ícones em grupos, como será mostrado na tabela a seguir:

GUIA GRUPO ITEM ÍCONE

Página Inicial

Área de Transferência

Recortar

Copiar

Colar

Pincel de Formatação

Fonte

Nome da fonte

Tamanho da fonte

Aumentar fonte

Diminuir fonte

Inserir

Páginas

Folha de Rosto

Página em Branco

Quebra de Página

Tabelas Tabela

Ilustrações

Imagem

Imagens Online

Formas

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Importante!As bancas costumam priorizar o conhecimento dos candidatos acerca do uso dos recursos para a produção de arquivos (parte prática dos programas). Nas questões de editores de textos, a produção de documentos formatados com imagens ilustrativas no formato antes/depois são os assuntos mais abordados.

z As guias possuem uma organização lógica sequencial das tarefas que serão realizadas no documento, desde o início até a visualização do resultado final, como veremos na tabela a seguir:

BOTÃO/GUIA DICAArquivo Comandos para o documento atual: Salvar, salvar como, imprimir, salvar e enviar

Página Inicial Tarefas iniciais: O início do documento, acesso à área de transferência, formatação de fontes, parágrafos e formatação do conteúdo da página

Inserir Tarefas secundárias: Adicionar um objeto que ainda não existe no documento, tabela, ilustrações e instantâneos

Layout da Página Configuração da página: Formatação global do documento e formatação da páginaDesign Reúne formatação da página e plano de fundo

Referências Índices e acessórios: Notas de rodapé, notas de fim, índices, sumários etc.Correspondências Mala direta: Cartas, envelopes, etiquetas, e-mails e diretório de contatos

Revisão Correção do documento: Ele está ficando pronto... Ortografia e gramática, idioma, controle de alterações, comentários, comparar, proteger etc.

Exibir Visualização: Podemos ver o resultado de nosso trabalho. Será que ficou bom?

EDIÇÃO E FORMATAÇÃO DE TEXTOS

A edição e formatação de textos consiste em aplicar estilos, efeitos e temas, tanto nas fontes, como nos pará-grafos e nas páginas.

Os estilos fornecem configurações padronizadas para serem aplicadas aos parágrafos. Estas formatações envolvem as definições de fontes e parágrafos, sendo úteis para a criação dos índices ao final da edição do docu-mento. Os índices são gerenciados por meio das opções da guia referências, que estão disponíveis, na Microsoft Word, na guia Página Inicial.

Com a ferramenta Pincel de Formatação, o usuário poderá copiar a formatação de um local e aplicar em outro local no mesmo documento, ou em outro arquivo aberto. Para usar a ferramenta, selecione o “modelo de formata-ção no texto”, clique no ícone da guia Página Inicial e clique no local onde deseja aplicar a formatação. O conteúdo não será copiado, somente a formatação. Se efetuar duplo clique no ícone, poderá aplicar a formatação em vários locais até pressionar a tecla Esc ou iniciar uma digitação.

Seleção

Utilizando-se do teclado e do mouse, como no sistema operacional, podemos selecionar palavras, linhas, pará-grafos e até o documento inteiro.

DicaAssim como no Windows, as operações com mouse e teclado também são questionadas nos programas do Microsoft Office. Entretanto, por terem conteúdos distintos (textos, planilhas e apresentações de slides), a seleção poderá ser diferente para algumas ações.

MOUSE TECLADO AÇÃO SELEÇÃO- Ctrl+T Selecionar tudo Seleciona o documento

Botão principal - 1 clique na palavra Posiciona o cursorBotão principal - 2 cliques na palavra Seleciona a palavraBotão principal - 3 cliques na palavra Seleciona o parágrafoBotão principal - 1 clique na margem Selecionar a linhaBotão principal - 2 cliques na margem Seleciona o parágrafoBotão principal - 3 cliques na margem Seleciona o documento

- Shift+Home Selecionar até o início Seleciona até o início da linha- Shift+End Selecionar até o final Seleciona até o final da linha- Ctrl+Shift+Home Selecionar até o início Seleciona até o início do documento

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MOUSE TECLADO AÇÃO SELEÇÃO- Ctrl+Shift+End Selecionar até o final Seleciona até o final do documento

Botão principal Ctrl Seleção individual Palavra por palavraBotão principal Shift Seleção bloco Seleção de um ponto até outro local

Botão principal pressionado Ctrl+Alt Seleção bloco Seleção vertical

Botão principal pressionado Alt Seleção bloco Seleção vertical, iniciando no local do cursor

DicaTeclas de atalhos e seleção com mouse são importantes, tanto nos concursos como no dia a dia. Experimente praticar no computador. No Microsoft Word, se você digitar =rand(10,30) no início de um documento em branco, ele criará um texto “aleatório” com 10 parágrafos de 30 frases em cada um. Agora você pode praticar à vontade.

CABEÇALHOS

Localizado na margem superior da página, poderá ser configurado em Inserir, grupo Cabeçalho e Rodapé1. Poderá ser igual em toda a extensão do documento, diferente nas páginas pares e ímpares (para frente e verso), mesmo que a seção anterior, diferente para cada seção do documento, não aparecer na primeira página, entre várias opções de personalização.

Os cabeçalhos aceitam elementos gráficos, como tabelas e ilustrações.A formatação de cabeçalho e rodapé, é diferente entre os programas do Microsoft Office. No Microsoft Word o

cabeçalho tem 1 coluna. No Excel, são 3 colunas. No Microsoft PowerPoint... depende, podendo ter 2 ou 3 colunas.A numeração de páginas poderá ser inserida no cabeçalho e/ou rodapé.

(Digite aqui)

(Digite aqui) (Digite aqui) (Digite aqui)

PARÁGRAFOS

Edição e Formatação de Parágrafos

Os parágrafos são estruturas do texto que são finalizadas com Enter. Um parágrafo poderá ter diferentes for-matações. Confira:

z Marcadores: símbolos no início dos parágrafos; z Numeração: números ou algarismos romanos ou letras, no início dos parágrafos; z Aumentar recuo: aumentar a distância do texto em relação à margem; z Diminuir recuo: diminuir a distância do texto em relação à margem; z Alinhamento: posicionamento em relação às margens esquerda e direita. São 4 alinhamentos disponíveis:

Esquerda, Centralizado, Direita e Justificado; z Espaçamento entre linhas: distância entre as linhas dentro do parágrafo; z Espaçamento antes: distância do parágrafo em relação ao anterior; z Espaçamento depois: distância do parágrafo em relação ao seguinte; z Sombreamento: preenchimento atrás do parágrafo; z Bordas: linhas ao redor do parágrafo.

1  O grupo Cabeçalho e Rodapé permite a inserção de um Cabeçalho (na margem superior), Rodapé (na margem inferior) e Número de Página (no local do cursor, na margem superior, na margem inferior, na margem direita/esquerda)

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Margem esquerda Margem direita

Recuo especial de primeira linha – apenas a primeira linha será deslocada

em relação à margem

Recuo esquerdo – todas as linhas serão deslocadas em relação

à margem esquerda

Recuo deslocamento – as linhas serão deslocadas em relação à margem esquerda, exceto a primeira linha Recuo direito – todas as linhas

serão deslocadas em relação à margem direita

Os editores de textos, recursos que conhecemos no dia a dia possuem nomes específicos. Confira alguns exemplos:

z Recuo: distância do texto em relação à margem; z Realce: marca-texto, preenchimento do fundo das palavras; z Sombreamento: preenchimento do fundo dos parágrafos; z Folha de Rosto: primeira página do documento, capa; z SmartArt: diagramas, representação visual de dados textuais; z Orientação: posição da página, que poderá ser Retrato ou Paisagem; z Quebras: são divisões, de linha, parágrafo, colunas ou páginas; z Sumário: índice principal do documento.

Muitos recursos de formatação não são impressos no papel, mas estão no documento. Para visualizar os carac-teres não imprimíveis e controlar melhor o documento, você pode acionar o atalho de teclado Ctrl+* (Mostrar tudo).

CARACTERES NÃO IMPRIMÍVEIS NO EDITOR MICROSOFT WORDTecla(s) Ícone Ação Visualização

Enter - Quebra de Parágrafo: muda de parágrafo e pode mudar a formatação

Shift+Enter - Quebra de Linha: muda de linha e mantém a formatação atual

Ctrl+Enter ou Ctrl+Return

Quebra de página: muda de página, no local atual do cur-sor. Disponível na guia Inserir, grupo Páginas, ícone Que-bra de Página, e na guia Layout, grupo Configurar Página,

ícone Quebras

Ctrl+Shift+EnterQuebra de coluna: indica que o texto continua na próxima coluna. Disponível na guia Layout, grupo Configurar Pági-

na, ícone Quebras

Ctrl+Alt+ Enter - Separador de Estilo – usado para modificar o estilo no documento

TAB Insere uma marca de tabulação (1,25cm). Se estiver no início de um texto, aumenta o recuo

- - Fim de célula, linha ou tabela

Espaço Espaço em branco

Ctrl+Shift+ Espaço Espaço em branco não separável

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CARACTERES NÃO IMPRIMÍVEIS NO EDITOR MICROSOFT WORDTecla(s) Ícone Ação Visualização

- - Texto oculto (definido na caixa Fonte, Ctrl+D)

- - Hifens opcionais

- - Âncoras de objetos

- - Selecionar toda a tabela

- - Campos atualizáveis pelo Word

FONTES

Edição e Formatação de Fontes

As fontes são arquivos True Type Font (.TTF) gravadas na pasta Fontes do Windows, e aparecem para todos os programas do computador.

As formatações de fontes estão disponíveis no grupo Fonte, da guia Página Inicial.

Nomes de fontes como Calibri (fonte padrão do Word), Arial, Times New Roman, Courier New, Verdana, são os mais comuns. Para facilitar o acesso a essas fontes, o atalho de teclado é: Ctrl+Shift+F.

A caixa de diálogo Formatar Fonte poderá ser acionada com o atalho Ctrl+D.Ao lado, um número indica o tamanho da fonte: 8, 9, 10, 11, 12, 14 e assim sucessivamente. Se quiser, digite o

valor específico para o tamanho da letra.Vejamos, agora, alguns atalhos de teclado:

z Pressione Ctrl+Shift+P para mudar o tamanho da fonte pelo atalho. E diretamente pelo teclado com Ctrl+Shift+< para diminuir fonte e Ctrl+Shift+> para aumentar o tamanho da fonte;

z Estilos são formatos que modificam a aparência do texto, como negrito (atalho Ctrl+N), itálico (atalho Ctrl+I) e sublinhado (atalho Ctrl+S). Já os efeitos modificam a fonte em si, como texto tachado (riscado simples sobre as palavras), subscrito (como na fórmula H2O – atalho Ctrl + igual), e sobrescrito (como em km2 – atalho Ctrl+Shift+mais)

A diferença entre estilos e efeitos é que, os estilos podem ser combinados, como negrito-itálico, itálico-subli-nhado, negrito-sublinhado, negrito-itálico-sublinhado, enquanto os efeitos são concorrentes entre si.

Concorrentes entre si, significa que você escolhe o efeito tachado ou tachado duplo, nunca os dois simultanea-mente. O mesmo para o efeito TODAS MAIÚSCULAS e Versalete. Sobrescrito e subscrito.

Por sua vez, Sombra é um efeito independente, que pode ser combinado com outros. Já as opções de efeitos Contorno, Relevo e Baixo Relevo não, devendo ser individuais.

Para finalizar esse assunto, temos o sublinhado. Ele é um estilo simples, mas comporta-se como efeito dentro de si mesmo. Temos, então, Sublinhado simples, Sublinhado duplo, Tracejado, Pontilhado, Somente palavras (sem considerar os espaços entre as palavras) etc. São os estilos de sublinhados, que se comportam como efeitos.

DicaAs questões sobre Fontes são práticas. Portanto, se puder praticar no seu computador, será melhor para a memorização do tema. As questões são independentes da versão, portanto poderá usar o Word 2007 ou Word 365, para testar as questões de Word 2016.

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COLUNAS

O documento inicia com uma única coluna. Em Layout da Página podemos escolher outra configuração, além de definir opções de personalização.

As colunas poderão ser definidas para a seção atual (divisão de formatação dentro do documento) ou para o documento inteiro. Assim como os cadernos de provas de concursos, que possuem duas colunas, é possível inserir uma “Linha entre colunas”, separando-as ao longo da página.

MARCADORES SIMBÓLICOS E NUMÉRICOS

• Usados por parágrafos, apresentam símbolos no início de cada, do lado esquerdo;o Podem ser círculos preenchidos (linha acima), ou círculos vazios, como esta Outra forma de apresentação são os quadrados, ou então...

O desenho do Office; Um símbolo neutro; Setas; Check ou qualquer símbolo que o usuário deseja personalizar.

Biblioteca de Marcadores

Nenhum

Marcadores de Documento

Alterar Nível de Lista

Definir Novo Marcador...

Ao pressionar duas vezes “Enter”, sairá da formatação dos marcadores simbólicos, retornando ao Normal.

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Os marcadores numéricos são semelhantes aos marcadores simbólicos, mas com números, letras ou algaris-mos romanos. Podem ser combinados com os Recuos de parágrafos, surgindo o formato Múltiplos Níveis.

NÚMEROS LETRAS ROMANOS MÚLTIPLOS NÍVEIS1. Exemplo2. Exemplo3. Exemplo4. Exemplo

a. Exemplob. Exemploc. Exemplod. Exemplo

i. Exemploii. Exemploiii. Exemploiv. Exemplo

1) Exemploa) Exemplo

2) Exemploa) Exemplo

Para trabalhar com a formatação de marcadores Múltiplos níveis, o digitador poderá usar a tecla “TAB” para aumentar o recuo, passando os itens do primeiro nível para o segundo nível. E também pelo ícone “Aumentar recuo”, presente na guia Página Inicial, grupo Parágrafo. Usando a régua, pode-se aumentar o recuo também.

DicaAo teclar “Enter” em uma linha com marcador ou numeração, mas sem conteúdo, você sai do recurso, voltan-do à configuração normal do parágrafo. Se forem listas numeradas, itens excluídos dela provocam a renume-ração dos demais itens.

TABELAS

As tabelas são estruturas de organização muito utilizadas para um layout adequado do texto, semelhante a colunas, com a vantagem que estas não criam seções exclusivas de formatação.

As tabelas seguem as mesmas definições de uma planilha de Excel, ou seja, tem linhas, colunas, é formada por células, podendo conter, também, fórmulas simples.

Ao inserir uma tabela, seja ela vazia, a partir de um desenho livre, ou convertendo a partir de um texto, uma pla-nilha de Excel, ou um dos modelos disponíveis, será apresentada a barra de ferramentas adicional na Faixa de Opções.

Um texto poderá ser convertido em Tabela, e voltar a ser um texto, se possuir os seguintes marcadores de for-matação: ponto e vírgula, tabulação, enter (parágrafo) ou outro específico.

Algumas operações são exclusivas das Tabelas, como Mesclar Células (para unir células adjacentes em uma única), Dividir células (para dividir uma ou mais células em várias outras), alinhamento do texto combinando elementos horizontais tradicionais (esquerda, centro e direita) com verticais (topo, meio e base).

O editor de textos Microsoft Word oferece ferramentas para manipulação dos textos organizados em tabelas.O usuário poderá organizar as células nas linhas e colunas da tabela, mesclar (juntar), dividir (separar), visua-

lizar as linhas de grade, ocultar as linhas de grade, entre outras opções.E caso a tabela avance em várias páginas, temos a opção Repetir Linhas de Cabeçalho, atribuindo no início da

tabela da próxima página, a mesma linha de cabeçalho que foi usada na tabela da página anterior.As tabelas do Word possuem algumas características que são diferentes das tabelas do Excel. Geralmente esses

itens são aqueles questionados em provas de concursos.Por exemplo, no Word, quando o usuário está digitando em uma célula, ocorrerá mudança automática de

linha, posicionando o cursor embaixo. No Excel, o conteúdo “extrapola” os limites da célula, e precisará alterar as configurações na planilha ou a largura da coluna manualmente.

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Confira, na tabela a seguir, algumas das diferenças do Word para o Excel.

WORD EXCELTabela, Mesclar Todos os conteúdos são mantidos Somente o conteúdo da primeira célula será mantido

Tabela, Fórmulas Em inglês, com referências direcionais =SUM(ABOVE) Em português, com referências posicionais =SOMA(A1:A5)

Tabelas, Fórmulas Não recalcula automaticamente Recalcula automaticamente e manualmente (F9)Tachado Texto Não tem atalho de teclado Atalho: Ctrl+5Quebra de linha

manual Shift+Enter Alt+Enter

Pincel de Formatação

Copia apenas a primeira formatação da origem Copia várias formatações diferentes

Ctrl+D Caixa de diálogo Fonte Duplica a informação da célula acimaCtrl+E Centralizar Preenchimento RelâmpagoCtrl+G Alinhar à Direita (parágrafo) Ir para...Ctrl+R Repetir o último comando Duplica a informação da célula à esquerda

F9 Atualizar os campos de uma mala direta Atualizar o resultado das fórmulasF11 - Inserir gráfico

Ctrl+Enter Quebra de página manual Finaliza a entrada na célula e mantém o cursor na célula atualAlt+Enter Repetir digitação Quebra de linha manual

Shift+Enter Quebra de linha manual Finaliza a entrada na célula e posiciona o cursor na célula acima da atual, se houver

Shift+F3 Alternar entre maiúsculas e minúsculas Inserir função

IMPRESSÃO

Disponível no menu Arquivo e pelo atalho Ctrl+P (e também pelo Ctrl+Alt+I, Visualizar Impressão), a impressão permite o envio do arquivo em edição para a impressora. A impressora listada vem do Windows, do Painel de Controle.

Podemos escolher a impressora, definir como será a impressão (Imprimir Todas as Páginas, ou Imprimir Sele-ção, Imprimir Página Atual, imprimir as Propriedades), quais serão as páginas (números separados com ponto e vírgula/vírgula indicam páginas individuais, separadas por traço uma sequência de páginas, com a letra s uma seção específica, e com a letra p uma página específica).

Havendo a possibilidade, serão impressas de um lado da página, ou frente e verso automático, ou manual. O agrupamento das páginas permite que várias cópias sejam impressas uma a uma, enquanto Desagrupado, as páginas são impressas em blocos.

As configurações de Orientação (Retrato ou Paisagem), Tamanho do Papel e Margens, podem ser escolhidas no momento da impressão, ou antes, na guia Layout da Página. A última opção em Imprimir possibilita a impressão de miniaturas de páginas (várias páginas por folha) em uma única folha de papel.

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CONTROLE DE QUEBRAS E NUMERAÇÃO DE PÁGINAS

As quebras são divisões e podem ser do tipo Página ou de Seção.Além disso, elas podem ser automáticas, como quando formatamos um texto em colunas, todavia, elas tam-

bém podem ser manuais, como Ctrl+Enter para quebra de página, Shift+Enter para quebra de linha, Ctrl+Shift+En-ter para quebra de coluna, e outras.

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DicaSe envolvem configurações diferentes, temos Quebras.Cabeçalhos diferentes... quebras inseridas. Colunas diferentes... quebras inseridas. Tamanho de página dife-rente... quebra inserida.

Numeração de Páginas

Disponível na guia Inserir permite que um número seja apresentado na página, informando a sua numeração em relação ao documento.

Combinado com o uso das seções, a numeração de página pode ser diferente em formatação a cada seção do documento, como no caso de um TCC.

Conforme observado na imagem acima, o número de página poderá ser inserido no Início da Página (cabeça-lho), ou no Fim da página (rodapé), ou nas margens da página, e na posição atual do cursor.

LEGENDAS

Uma legenda é uma linha de texto exibida abaixo de um objeto para descrevê-lo. Podem ser usadas em Figuras (que inclui Ilustrações) ou Tabelas.

Disponível na guia Referências (índices), as legendas podem ser inseridas na configuração padrão ou persona-lizadas. Depois, podemos criar um índice específico para elas, que será o Índice de Ilustrações.

No final do grupo Legendas, da guia Referências, no Word, encontramos o ícone “Referência Cruzada”. Em alguns textos, é preciso citar o conteúdo de outro local do documento. Assim, ao criar uma referência cruzada, o usuário poderá ir para o local desejado pelo autor e a seguir retornar ao ponto em que estava antes.

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ÍNDICES

Basicamente, é todo o conjunto disponível na guia Referências.Os índices podem ser construídos a partir dos Estilos usados na formatação do texto, ou posteriormente por

meio da adição de itens manualmente.

z Sumário: principal índice do documento; z Notas de Rodapé: inseridas no final de cada página, não formam um índice, mas ajudam na identificação de

citações e expressões; z Notas de Fim: inseridas no final do documento, semelhante a Notas de Rodapé; z Citações e Bibliografia: permite a criação de índices com as citações encontradas no texto, além das Referên-

cias Bibliográficas segundo os estilos padronizados; z Legendas: inseridas após os objetos gráficos (ilustrações e tabelas), podem ser usadas para criação de um

Índice de Ilustrações; z Índice: para marcação manual das entradas do índice; z Índice de Autoridades: formato próprio de citação, disponível na guia Referências.

Os índices serão criados a partir dos Estilos utilizados durante o texto, como Título 1, Título 2, e assim por dian-te. Se não forem usados, posteriormente o usuário poderá ‘Adicionar Texto’ no índice principal (Sumário), Marcar Entrada (para inserir um índice) e até remover depois de inserido.

Os índices suportam Referências Cruzadas, que permitem o usuário navegar entre os links do documento de forma semelhante ao documento na web. Ao clicar em um link, o usuário vai para o local escolhido. Ao clicar no local, retorna para o local de origem.

DicaA guia Referências é uma das opções mais questionadas em concursos públicos por dois motivos: envolvem conceitos de formatação do documento exclusivos do Microsoft Word e é utilizado pelos estudantes na for-matação de um TCC (Trabalho de Conclusão de Curso).

INSERÇÃO DE OBJETOS

Disponíveis na guia Inserir, os objetos que poderiam ser inseridos no documento estão organizados em categorias:

z Páginas: objetos em forma de página, como a capa (Folha de Rosto), uma Página em Branco ou uma Quebra de Página (divisão forçada, quebra de página manual, atalho Ctrl+Enter);

z Tabela: conforme comentado anteriormente, organizam os textos em células, linhas e colunas; z Ilustrações: Imagem (arquivos do computador), ClipArt (imagens simples do Office), Formas (geométricas),

SmartArt (diagramas), Gráfico e Instantâneo (cópia de tela ou parte da janela).

Na sequência dos objetos para serem inseridos em um documento, encontramos:

z Links: indicado para acessar a Internet via navegador ou acionar o programa de e-mail ou criação de referên-cia cruzada;

z Cabeçalho e Rodapé;

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z Texto: elementos gráficos como Caixa de Texto, Partes Rápidas (com organizador de elementos do documen-to), WordArt (que são palavras com efeitos), Letra Capitular (a primeira letra de um parágrafo com destaque), Linha de Assinatura (que não é uma assinatura digital válida, dependendo de compra via Office Marketplace), Data e Hora, ou qualquer outro Objeto, desde que instalado no computador;

z Símbolos: inserção de Equações ou Símbolos especiais.

CAMPOS PREDEFINIDOS

Estes campos são objetos disponíveis na guia Inserir que são predefinidos. Após a configuração inicial, são inseridos no documento.

Além da configuração da Linha de Assinatura, existem outras opções, como Data e Hora, Objeto e dentro do item Partes Rápidas, no grupo Texto, da guia Inserir, a opção Campo.

Entre as categorias disponíveis, encontramos campos para automação de documento, data e hora, equações e fórmu-las, índices, informação sobre o documento, informações sobre o usuário, mala direta, numeração, vínculos e referências.

CAIXAS DE TEXTO

Possibilita a inserção de caixas de textos pré-formatadas, ou desenhar no documento, aceitando configurações de direção de texto (semelhante a uma tabela) e também configurações de bordas e sombreamento, semelhante a uma Forma.

Qualquer forma geométrica composta poderá ser caixa de texto.Uma nova guia de opções será apresentada após a última, denominada Ferramentas de Caixa de Texto, permi-

tindo Formatar os elementos de Texto e do conteúdo da Caixa de Texto.Nas opções disponibilizadas, será possível controlar o texto (direção do texto), definir estilos de caixa de texto

(preenchimento da forma, contorno da forma, alterar forma, estilos pré-definidos), efeitos de sombra e efeitos 3D.

Nova Concursos

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Atalhos de Teclado – Word 2016 ou Superior

ATALHO AÇÃO

Ctrl+A Abrir: carrega um arquivo da memória permanente para a memória RAM

Ctrl+B Salvar: grava o documento com o nome atual, substituindo o anterior. Caso não tenha nome, será mostrado “Salvar como”

Ctrl+C Copiar: o texto selecionado será copiado para a Área de Transferência

Ctrl+D Formatar Fonte

Ctrl+E Centralizar: alinhamento de texto entre as margens

Ctrl+F Limpar formatação do parágrafo.

Ctrl+G Alinhar à direita: alinhamento de texto na margem direita

Ctrl+I Estilo Itálico

Ctrl+J Justificar: alinhamento do texto distribuído uniformemente entre as margens esquerda e direita.

Ctrl+L Localizar: procurar uma ocorrência no documento

Ctrl+M Aumentar recuo

Ctrl+N Estilo Negrito

Ctrl+O Novo documento

Ctrl+P Impressão rápida (imprimir na impressora padrão)

Ctrl+Q Alinhar à esquerda: alinhamento de texto na margem esquerda

Ctrl+R Refazer

Ctrl+S Estilo Sublinhado simples

Ctrl+Shift+ > Aumentar o tamanho da fonte

Ctrl+Shift+ < Reduzir o tamanho da fonte

Ctrl+Shift+C Pincel de Formatação: para copiar a formatação de um local e aplicá-la a outro, seja no mesmo documento ou outro aberto. Para colar a formatação copiada, use Ctrl+Shift+V.

Ctrl e = Formatação de Fonte = Subscrito

Ctrl e Shift e + Formatação de Fonte = Sobrescrito

Ctrl+T Selecionar tudo: seleciona todos os itens

Ctrl+U Substituir: procurar uma ocorrência e trocar por outra

Ctrl+V Colar: o conteúdo da Área de Transferência é inserido no local do cursor

Ctrl+X Recortar: o selecionado será movido para a Área de Transferência

Ctrl+Z Desfazer

F1 Ajuda

F5 Ir para (navegador de páginas, seção etc)

F7 Verificar ortografia e gramática: procurar por erros ou excesso de digitação no texto

Shift+F1 Revelar formatação

Shift+F3 Alternar entre maiúsculas e minúsculas

MS – EXCEL 2016 OU SUPERIOR

As planilhas de cálculos são amplamente utilizadas nas empresas para as mais diferentes tarefas. Desde a cria-ção de uma agenda de compromissos, passando pelo controle de ponto dos funcionários e folha de pagamento, ao controle de estoque de produtos e base de clientes. Diversas funções internas oferecem os recursos necessários para a operação.

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O Microsoft Excel apresenta grande semelhança de ícones com o Microsoft Word. O Excel “antigo” usava os formatos XLS e XLT em seus arquivos, atualizado para XLSX e XLTX, além do novo XLSM contendo macros. A atualização das extensões dos arquivos ocorreu com o Office 2007, e permanece até hoje.

O Microsoft 365 é o pacote de aplicações para escritório que possui a versão online acessada pelo navegador de Internet e a versão de instalação no dispositivo. O Microsoft 365, ou Office 365 como era nomeado até pouco tempo atrás, é uma modalidade de aquisição da licença de uso mediante pagamentos recorrentes. O usuário assina o ser-viço, disponibilizado na nuvem da Microsoft, e enquanto perdurarem os pagamentos, poderá utilizar o software.

Importante!As planilhas de cálculos não são bancos de dados. Muitos usuários armazenam informações (dados) em uma planilha de cálculos como se fosse um banco de dados, porém o Microsoft Access é o software do pacote Microsoft Office desenvolvido para esta tarefa. Um banco de dados tem informações armazenadas em registros, separados em tabelas, conectados por relacionamentos, para a realização de consultas.

Guias – Excel

BOTÃO/GUIA LEMBRETE

Arquivo Comandos para o documento atual: Salvar, salvar como, imprimir, Salvar e enviar

Página Inicial Tarefas iniciais: O início do trabalho, acesso à Área de Transferência (Colar Especial), formatação de fontes, células, estilos etc

Inserir Tarefas secundárias: Adicionar um objeto que ainda não existe. Tabela, Ilustrações, Instantâ-neos, Gráficos, Minigráficos, Símbolos etc

Layout da Página Configuração da página: Formatação global da planilha, formatação da página

Fórmulas Funções: Permite acesso a biblioteca de funções, gerenciamento de nomes, auditoria de fórmulas e controle dos cálculos

Dados Informações na planilha: Possibilitam obter dados externos, classificar e filtrar, além de ou-tras ferramentas de dados

Revisão Correção do documento: Ele está ficando pronto... Ortografia e gramática, idioma, controle de alterações, comentários, proteger etc

Exibição Visualização: Podemos ver o resultado de nosso trabalho. Será que ficou bom?

Atalhos de teclado – Excel

Os atalhos de formatação (Ctrl+N para negrito, Ctrl+I para itálico, entre outros) são os mesmos do Word.

ATALHO AÇÃO ÍCONE

Ctrl+1 Formatar células

CTRL+PgDn Alterna entre guias da planilha, da direita para a esquerda

CTRL+PgUp Alterna entre guias da planilha, da esquerda para a direita

Ctrl+R Repetir o conteúdo da célula que está à esquerda

Ctrl+G Ir Para (o mesmo que F5) tanto no Word como Excel

Ctrl+J Mostrar fórmulas (guia Fórmulas, grupo Auditoria)

F2 Edita o conteúdo da célula atual

F4 Refazer

F9 Calcular planilha manualmente

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MS-EXCEL – ESTRUTURA BÁSICA DAS PLANILHAS

A planilha em Excel, ou folha de dados, poderá ser impressa em sua totalidade, ou apenas áreas definidas pela Área de Impressão, ou a seleção de uma área de dados, ou uma seleção de planilhas do arquivo, ou toda a pasta de trabalho.

Ao contrário do Microsoft Word, o Excel trabalha com duas informações em cada célula: dados reais e dados formatados.Por exemplo, se uma célula mostra o valor 5, poderá ser o número 5 ou uma função/fórmula que calculou e

resultou em 5 (como =10/2)

CONCEITOS DE CÉLULAS, LINHAS, COLUNAS, PASTAS E GRÁFICOS

z Célula: unidade da planilha de cálculos, o encontro entre uma linha e uma coluna. A seleção individual é com a tecla CTRL e a seleção de áreas é com a tecla SHIFT (assim como no sistema operacional);

z Coluna: células alinhadas verticalmente, nomeadas com uma letra; z Linha: células alinhadas horizontalmente, numeradas com números;

Barra de Acesso RápidoBarra de Fórmulas

Célula

Linha

Coluna

Faixa de Opções

z Planilha: o conjunto de células organizado em uma folha de dados. Na versão atual são 65546 colunas (nomea-das de A até XFD) e 1048576 linhas (numeradas);

z Pasta de Trabalho: arquivo do Excel (extensão XLSX) contendo as planilhas, de 1 a N (de acordo com quanti-dade de memória RAM disponível, nomeadas como Planilha1, Planilha2, Planilha3);

z Alça de preenchimento: no canto inferior direito da célula, permite que um valor seja copiado na direção em que for arrastado. No Excel, se houver 1 número, ele é copiado. Se houver 2 números, uma sequência será criada. Se for um texto, é copiado, mas texto com números é incrementado. Dias da semana, nome de mês e datas são sempre criadas as continuações (sequências);

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z Mesclar: significa simplesmente “Juntar”. Havendo diversos valores para serem mesclados, o Excel manterá somente o primeiro destes valores, e centralizará horizontalmente na célula resultante;

E após a inserção dos dados, caso o usuário deseje, poderá juntar as informações das células.Existem 4 opções no ícone Mesclar e Centralizar, disponível na guia Página Inicial:

z Mesclar e Centralizar: Une as células selecionadas a uma célula maior e centraliza o conteúdo da nova célula; Este recurso é usado para criar rótulos (títulos) que ocupam várias colunas;

z Mesclar através: Mesclar cada linha das células selecionadas em uma célula maior; z Mesclar células: Mesclar (unir) as células selecionadas em uma única célula, sem centralizar; z Desfazer Mesclagem de Células: desfaz o procedimento realizado para a união de células.

ELABORAÇÃO DE TABELAS E GRÁFICO

A tabela de dados, ou folha de dados, ou planilha de dados, é o conjunto de valores armazenados nas células. Estes dados poderão ser organizados (classificação), separados (filtro), manipulados (fórmulas e funções), além de apresentar em forma de gráfico (uma imagem que representa os valores informados).

Para a elaboração, poderemos:

z Digitar o conteúdo diretamente na célula. Basta iniciar a digitação, e o que for digitado é inserido na célula; z Digitar o conteúdo na barra de fórmulas. Disponível na área superior do aplicativo, a linha de fórmulas é o

conteúdo da célula. Se a célula possui um valor constante, além de mostrar na célula, este aparecerá na barra de fórmulas. Se a célula possui um cálculo, seja fórmula ou função, esta será mostrada na barra de fórmulas;

z O preenchimento dos dados poderá ser agilizado através da Alça de Preenchimento ou pelas opções automá-ticas do Excel;

z Os dados inseridos nas células poderão ser formatados, ou seja, continuam com o valor original (na linha de fórmulas) mas são apresentados com uma formatação específica;

z Todas as formatações estão disponíveis no atalho de teclado Ctrl+1 (Formatar Células); z Também na caixa de diálogo Formatar Células, encontraremos o item Personalizado, para criação de máscaras

de entrada de valores na célula.

Formatos de Números, Disponível na Guia Página Inicial

123 GERAL: SEM FORMATO ESPECÍFICO

12 NÚMERO: EX.: 4,00

MOEDA: EX.: R$4,00

CONTÁBIL: E.: R$4,00

DATA ABREVIADA: EX.: 04/01/1900

DATA COMPLETA: EX.: QUARTA-FEIRA, 4 DE JANEIRO DE 1900

HORA: EX.: 00:00:00

PORCENTAGEM: EX.: 400,00 %

1 2 FRAÇÃO: EX.: 4

102 CIENTIFICO. EX.: 4,00E + 00

ab TEXTO: EX.: 4

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DicaAs informações existentes nas células poderão ser exibidas com formatos diferentes. Uma data, por exem-plo, na verdade é um número formatado como data. Por isto conseguimos calcular a diferença entre datas.

Os formatos Moeda e Contábil são parecidos entre si, mas possuem exibição diferenciada. No formato de Moe-da, o alinhamento da célula é respeitado e o símbolo R$ acompanha o valor. No formato Contábil, o alinhamento é ‘justificado’ e o símbolo de R$ fica posicionado na esquerda, alinhando os valores pela vírgula decimal.

MoedaR$4,00

ContábilR$4,00

O ícone é para mostrar um valor com o formato de porcentagem. Ou seja, o número é multiplicado por 100. Exibe o valor da célula como percentual (Ctrl+Shift+%)

VALOR FORMATO PORCENTAGEM % PORCENTAGEM E 2 CASAS % ß,0 ,0 0

1 100% 100,00%

0,5 50% 50,00%

2 200% 200,00%

100 10000% 10000,00%

0,004 0% 0,40%

O ícone 000 é o Separador de Milhares. Exibir o valor da célula com um separador de milhar. Este comando alterará o formato da célula para Contábil sem um símbolo de moeda.

VALOR FORMATO CONTÁBIL SEPARADOR DE MILHARES 000

1500 R$1.500,00 1.500,00

16777418 R$16.777.418,00 16.777.418,00

1 R$1,00 1,00

400 R$400,00 400,00

27568 R$27.568,00 27.568,00

Os ícones ß,0,00 ,00

à,0 são usados para Aumentar casas decimais (Mostrar valores mais precisos exibindo mais casas decimais) ou Diminuir casas decimais (Mostrar valores menos precisos exibindo menos casas decimais).

Quando um número na casa decimal possui valor absoluto diferente de zero, ele é mostrado ao aumentar casas decimais. Se não possuir, então será acrescentado zero.

Quando um número na casa decimal possui valor absoluto diferente de zero, ele poderá ser arredondado para cima ou para baixo, de ao diminuir as casas decimais. É o mesmo que aconteceria com o uso da função ARRED, para arredondar.

Simbologia Específica

Cada símbolo tem um significado, e nas tabelas a seguir, além de conhecer o símbolo, conheça o significado e alguns exemplos de aplicação.

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OPERADORES ARITMÉTICOS OU MATEMÁTICOS

Símbolo Significado Exemplo Comentários

+ (mais) Adição = 18 + 2 Faz a soma de 18 e 2

- (menos) Subtração = 20 – 5 Subtrai 5 do valor 20

* (asterisco) Multiplicação = 5 * 4 Multiplica 5 (multiplicando) por 4 (multiplicador)

/ (barra) Divisão = 25 / 10 Divide 25 por 10, resultando em 2,5

% (percentual) Percentual = 20% Faz 20 por cento, ou seja, 20 dividido por 100

^(circunflexo) Exponenciação Cálculo de raízes = 3 ^ 2 = 8 ^ ( 1 / 3 ) Faz 3 elevado a 2, 3 ao quadrado = 9

Faz 8 elevado a 1/3, ou seja, raiz cúbica de 8

Ordem das Operações Matemáticas

z ( ) – parênteses; z ̂ – exponenciação (potência, um número elevado a outro número); z * ou / – multiplicação (função MULT) ou divisão; z + ou - – adição (função SOMA) ou subtração.

Importante!Como resolver as questões de planilhas de cálculos?Leitura atenta do enunciado (português e interpretação de textos);Identificar a simbologia básica do Excel (informática);Respeitar as regras matemáticas básicas (matemática);Realizar o teste, e fazer o verdadeiro ou falso (raciocínio lógico).

OPERADORES RELACIONAIS, USADOS EM TESTES

Símbolo Significado Exemplo Comentários

> (maior) Maior que = SE (A1 > 5 ; 15 ; 17 ) Se o valor de A1 for maior que 5, então mostre 15, senão mostre 17

< (menor) Menor que = SE (A1 < 3 ; 20 ; 40 ) Se o valor de A1 for menor que 3, então mostre 20, senão mostre 40

>= (maior ou igual) Maior ou igual a = SE (A1 >= 7 ; 5 ; 1 )

Se o valor de A1 for maior ou igual a 7, então mostre 5, senão

mostre 1

<= (menor ou igual) Menor ou igual a = SE (A1 <= 5 ; 11 ; 23 )

Se o valor de A1 for menor ou igual a 5, então mostre 11, senão

mostre 23

<> (menor e maior) Diferente = SE (A1 <> 1 ; 100 ; 8 ) Se o valor de A1 for diferente de 1, então mostre 100, senão mostre 8

= (igual) Igual a = SE (A1 = 2 ; 10 ; 50 ) Se o valor de A1 for igual a 2, então mostre 10, senão mostre 50

Princípios dos Operadores Relacionais

z Um valor jamais poderá ser menor e maior que outro valor ao mesmo tempo; z Uma célula vazia é um conjunto vazio, ou seja, não é igual a zero, é vazio; z O símbolo matemático ≠ não poderá ser escrito diretamente na fórmula, use <> z O símbolo matemático ≥ não poderá ser escrito diretamente na fórmula, use >= z O símbolo matemático ≤ não poderá ser escrito diretamente na fórmula, use <=

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OPERADORES DE REFERÊNCIA

Símbolo Significado Exemplo Comentários

$ (cifrão) Travar uma célula=$A1=A$1

=$A$1

Trava a célula na coluna ATrava a célula na linha 1

Trava a célula A1, ela não mudará

! (exclamação) Planilha = Planilha2!A3 Obtém o valor de A3 que está na planilha Planilha2

[ ] (colchetes) Pasta de Trabalho =[Pasta2]Planilha1!$A$2 Informa o nome de outro arquivo do Excel, onde deverá buscar o valor

‘ (apóstrofe) Caminho =’C:\FernandoNishimura\ [pasta2.xlsx]Planilha1’!$A$2

Informa o caminho de outro arquivo do Ex-cel, onde deverá encontrar o arquivo para

buscar o valor

; (ponto e vírgula) Significa E = SOMA (15 ; 4 ; 6 ) Soma 15 e 4 e 6, resultando em 25

: (dois pontos) Significa ATÉ = SOMA (A1:B4) Soma de A1 até B4, ou seja, A1, A2, A3, A4, B1, B2, B3, B4

Espaço Intersecção ($) =SOMA(F4:H8 H6:K10) Executa uma operação sobre as células em comum nos intervalos

Princípios dos Operadores de Referência

z O símbolo de cifrão transforma uma referência relativa ( A1 ) em uma referência mista ( A$1 ou $A1 ) ou em referência absoluta ( $A$1 );

z O símbolo de exclamação busca o valor em outra planilha, na mesma pasta de trabalho ou em outro arquivo. Ex.: =[Pasta2]Planilha1!$A$2.

Importante!O símbolo de cifrão é um dos mais importantes na manipulação de fórmulas de planilhas de cálculos. Todas as bancas organizadoras questionam fórmulas com e sem eles nas referências das células.

SÍMBOLOS USADOS NAS FÓRMULAS E FUNÇÕES

Símbolo Significado Exemplo Comentários

= (igual)Início de fórmu-

la, função ou comparação

= 15 + 3= SOMA ( 15 ; 3 )

=SE ( A1 = 5 ; 10 ; 11 )

Faz a soma de 15 e 3Compara o valor de A1 com 5, e caso seja verda-

deiro, mostra 10, caso seja falso, mostra 11

( ) parênteses

Identifica uma função ou os valo-res de uma opera-

ção prioritária

= HOJE ( )= SOMA (A1;B1)

= (3+5) / 2

Retorna a data atual do computadorFaz a soma de A1 e B1

Faz a soma de 3 e 5 antes de dividir por 2

; (ponto e vírgula)

Separador de argumentos =SE ( A1 = 5 ; 10 ; 11 ) A função SE tem 3 partes, e estas estão separa-

das por ponto e vírgula

Espaço Intersecção =SOMA(F4:H8 H6:K10) Executa uma operação sobre as células em co-mum nos intervalos

As fórmulas e funções começam com o sinal de igual. Outros símbolos podem ser usados, mas o Excel substi-tuirá pelo sinal de igual.

SÍMBOLOS PARA TEXTOS

Símbolo Significado Exemplo Comentários

“ (aspas duplas) Texto exato = “Nova” Apresenta o texto NovaSe usado em testes, é “igual a”

‘ (apóstrofe) Número como texto ‘0001 Exibe os zeros não significativos, 0001 como texto (ex.: placa de carro)

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SÍMBOLOS PARA TEXTOS

Símbolo Significado Exemplo Comentários

& (“E” comercial) Concatenar = “Nova”&” Concursos”

Exibe “Nova Concursos” (sem as aspas), o resul-tado da junção dos textos individuais

O símbolo & é usado para concatenar dois conteúdos, como por exemplo: =”15”&”A45” resulta em 15A45. Pode-remos usar a função CONCATENAR, ou a função CONCAT, para obter o mesmo resultado do símbolo &.

CORRESPONDÊNCIA DE SÍMBOLOS E FUNÇÕES NO EXCEL

Símbolo Função Operação Exemplos

+ (sinal de mais) SOMA Adição =15+7 é o mesmo que =SOMA(15;7)

* (asterisco) MULT Multiplicação =12*3 é o mesmo que =MULT(12;3)

^ (circunflexo) POTÊNCIA Exponenciação =2^3 é o mesmo que =POTÊNCIA(2;3)

RAIZ Raiz quadrada =4^(1/2) é o mesmo que =RAIZ(4)

& (E comercial) CONCATENAR Juntar textos =A1&A2&A3 é igual a =CONCATENAR(A1;A2;A3)

“ (aspas) TEXTO Converte em texto =”150144” é o mesmo que =TEXTO(150144)

Erros

Quando trabalhamos com planilhas de cálculos, especialmente no início dos estudos, é comum aparecerem mensagens de erros nas células, decorrente da falta de argumentos nas fórmulas, referências incorretas, erros de digitação, entre outros. Vamos ver algumas das mensagens de erro mais comuns que ocorrem nas planilhas de cálculos.

As planilhas de cálculos oferecem o recurso “Rastrear precedentes”, dentro do conceito de Auditoria de Fór-mulas. Com este recurso, muito questionado em concursos, o usuário poderá ver setas na planilha indicando a relação entre as células, e identificar a origem das mensagens de erros.

A seguir, os erros mais comuns que podem ocorrer em uma planilha de cálculos no Microsoft Excel:

z #DIV/0! indica que a fórmula está tentando dividir um valor por 0; z #NOME? indica que a fórmula possui um texto que o Excel 2007 não reconhece; z #NULO! a fórmula contém uma interseção de duas áreas que não se interceptam; z #NUM! a fórmula apresenta um valor numérico inválido; z #REF! indica que na fórmula existe a referência para uma célula que não existe; z #VALOR! indica que a fórmula possui um tipo errado de argumento; z ##### indica que o tamanho da coluna não é suficiente para exibir seu valor.

USO DE FÓRMULAS, FUNÇÕES E MACROS

Funções Básicas

z SOMA(valores): realiza a operação de soma nas células selecionadas.

No Microsoft Excel, a função SOMA efetua a adição dos valores numéricos informados em seus argumentos. Se existirem células com textos, elas serão ignoradas. Células vazias não são somadas.

=SOMA(A1;A2;A3) Efetua a soma dos valores existentes nas células A1, A2 e A3;=SOMA(A1:A5) Efetua a soma dos 5 valores existentes nas células A1 até A5;=SOMA(A1;34;B3) Efetua a soma dos valores da célula A1, com 34 (valor literal) e B3;=SOMA(A1:B4) Efetua a soma dos 8 valores existentes, de A1 até B4. O Excel não faz ‘triangulação’, operando apenas áreas quadrangulares;=SOMA(A1;B1;C1:C3) Efetua a soma dos valores A1 com B1 e C1 até C3;=SOMA(1;2;3;A1;A1) Efetua a soma de 1 com 2 com 3 e o valor A1 duas vezes.

z SOMASE(valores;condição): realiza a operação de soma nas células selecionadas, se uma condição for atendida.

A sintaxe é =SOMASE(onde;qual o critério para que seja somado):=SOMASE(A1:A5;”>15”) Efetuará a soma dos valores de A1 até A5 que sejam maiores que 15;=SOMASE(A1:A10;”10”) Efetuará a soma dos valores de A1 até A10 que forem iguais a 10.

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z MÉDIA(valores): realiza a operação de média nas células selecionadas e exibe o valor médio encontrado.

=MEDIA(A1:A5) Efetua a média aritmética simples dos valores existentes entre A1 e A5. Se forem 5 valo-res, serão somados e divididos por 5. Se existir uma célula vazia, serão somados e divididos por 4. Células vazias não entram no cálculo da média.

z MED(valores): informa a mediana de uma série de valores.

Mediana é o ‘valor no meio’. Se temos uma sequên-cia de valores com quantidade ímpar, eles serão orde-nados e o valor no meio é a sua mediana. Por exemplo, para os valores (5,6,9,3,4), ordenados são (3,4,5,6,9) e a mediana é 5.

Se temos uma sequência de valores com quantida-de par, a mediana será a média dos valores que estão no meio. Por exemplo, para os valores (2,13,4,10,8,1), ordenados são (1,2,4,8,10,13), e no meio temos 4 e 8. A média de 4 e 8 é 6 ((4+8)/2).

z MÁXIMO(valores): exibe o maior valor das célu-las selecionadas.

=MAXIMO(A1:D6) Exibe qual é o maior valor na área de A1 até D6. Se houver dois valores iguais, ape-nas um será mostrado.

z MAIOR(valores;posição): exibe o maior valor de uma série, segundo o argumento apresentado.

Valores iguais ocupam posições diferentes.=MAIOR(A1:D6;3) Exibe o 3º maior valor nas célu-

las A1 até D6.

z MÍNIMO(valores): exibe o menor valor das célu-las selecionadas.

=MINIMO(A1:D6) Exibe qual é o menor valor na área de A1 até D6.

z MENOR(valores;posição): exibe o menor valor de uma série, segundo o argumento apresentado.

Valores iguais ocupam posições diferentes.=MENOR(A1:D6;3) Exibe o 3º menor valor nas cé-

lulas A1 até D6.

z SE(teste;verdadeiro;falso): avalia um teste e retorna um valor caso o teste seja verdadeiro ou outro caso seja falso.

Esta função costuma ser solicitada por todas as bancas. A sua estrutura não muda, sendo sempre o teste na primeira parte, o que fazer caso seja verda-deiro na segunda parte, e o que fazer caso seja falso na última parte. Verdadeiro ou falso. Uma ou outra. Jamais serão realizadas as duas operações, somente uma delas, segundo o resultado do teste.

A função SE usa operadores relacionais (maior, menor, maior ou igual, menor ou igual, igual, diferen-te) para construção do teste. As aspas são usadas para textos literais.

� =SE(A1=10;”O valor da célula A1 é 10”;”O valor da célula A1 não é 10”)

� =SE(A1<0;”O valor da célula A1 é negativo”;”O valor não é negativo”)

� =SE(A1>0;”O valor da célula A1 é positivo”;”O valor não é positivo”)

É possível encadear funções, ampliando as áreas de atuação. Por exemplo, um número pode ser negati-vo, positivo ou igual a zero. São 3 resultados possíveis.

� =SE(A1=0;”Valor é igual a zero”;SE(A1<0;”Valor é negativo”;”Valor é positivo”))

Neste exemplo, se for igual a zero (primeiro teste), exibe a mensagem e finaliza a função, mas se não for igual a zero, poderá ser menor do que zero (segundo teste), e exibe a mensagem “Valor é negativo”, encer-rando a função. Por fim, se não é igual a zero, e não é menor que zero, só poderia ser maior do que zero, e a mensagem final “Valor é positivo” será mostrada.

Obs.: o sinal de igual, para iniciar uma função, é usado somente no início da digitação da célula.

As funções CONT são usadas para informar a quanti-dade de células, que atendem às condições especificadas.

z CONT.NÚM: para contar quantas células possuem números;

z CONT.VALORES: quantidade de células que estão preenchidas;

z CONTAR.VAZIO: quantidade de células que não estão preenchidas;

z CONT.SE: quantidade de células que atendem à uma condição específica;

z CONT.SES: quantidade de células que atendem a várias condições simultaneamente.

� CONT.VALORES(células): esta função conta todas as células em um intervalo, exceto as células vazias.

=CONT.VALORES(A1:A10) Informa o resultado da contagem, informando quantas células estão preen-chidas com valores, quaisquer valores.

� CONT.NÚM (células): conta todas as células em um intervalo, exceto células vazias e célu-las com texto.

=CONT.NÚM(A1:A8) Informa quantas células no intervalo A1 até A8 possuem valores numéricos.

� CONT.SE(células;condição): Esta função conta quantas vezes aparece um determinado valor (número ou texto) em um intervalo de células (o usuário tem que indicar qual é o critério a ser contado)

=CONT.SE(A1:A10;”5”) Efetua a contagem de quan-tas células existem no intervalo de A1 até A10 conten-do o valor 5.

� CONT.SES(células1;condição1;células2;con-dição2): Esta função conta quantas vezes apa-rece um determinado valor (número ou texto) em um intervalo de células (o usuário tem que indicar qual é o critério a ser contado), aten-dendo a todas as condições especificadas.

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=CONT.SES(A1:A10;”5”;B1:B10;”7”) Efetua a conta-gem de quantas células existem no intervalo de A1 até A10 contendo o valor 5 e ao mesmo tempo, quantas células existem no intervalo de B1 até B10 contendo o valor 7.

� CONTAR.VAZIO (células): conta as células vazias de um intervalo.

=CONTAR.VAZIO(A1:A8) Informa quantas células vazias existem no intervalo A1 até A8.

� SOMASE(células para testar;teste;células para somar)

Efetua um teste nas células especificadas, e soma as correspondentes nas células para somar.

Os intervalos de teste e de soma podem ser os mesmos.

=SOMASE(A1:A10;”>6”;A1:A10) somará os valores de A1 até A10 que sejam maiores que 6.

=SOMASE(A1:A10;”<3”;B1:B10) somará os valores de B1 até B10 quando os valores de A1 até A10 forem menores que 3.

� SOMASES (células para somar; células1; teste1;células2;teste2)

Verifica as células que atendem aos testes e soma as células correspondentes.

Os intervalos de teste e de soma podem ser os mesmos.

� MÉDIASE(células para testar; teste; células para calcular a média)

Efetua um teste nas células especificadas, e calcula a média das células correspondentes.

Os intervalos de teste e de média podem ser os mesmos.

� PROCV(valor_procurado; matriz_tabela; núm_índice_coluna; [intervalo_pesquisa])

A função PROCV é utilizada para localizar o va-lor_procurado dentro da matriz_tabela, e quando encontrar, retornar a enésima coluna informada em núm_índice_coluna. A última opção, que será VERDA-DEIRO ou FALSO, é usada para identificar se precisa ser o valor exato (F) ou pode ser valor aproximado (V).

Por exemplo: =PROCV(105;A2:C7;2;VERDADEIRO) e =PROCV(“Monte”;B2:E7;2;FALSO)

A função PROCV é um membro das funções de pes-quisa e Referência, que incluem a função PROCH.

Use a função TIRAR ou a função ARRUMAR para remover os espaços à esquerda nos valores da tabela.

� ESQUERDA(texto;quantidade)

Extrai de uma sequência de texto, uma quantidade de caracteres especificados, a partir do início (esquerda).

=ESQUERDA(“Nova Concursos”;8) exibe “Nova” � DIREITA(texto;quantidade)

Extrai de uma sequência de texto, uma quantidade de caracteres especificados, a partir do final.

=DIREITA(“Nova Concursos”;7) exibe “Concursos”.

� CONCATENAR(texto1;texto2; ... )

Junta os textos especificados em uma nova sequência.Esta função foi mantida por compatibilidade com

as versões anteriores. Ela concatena apenas células individuais.

=CONCATENAR(“Apostila “;”Nova “;”Concursos”) exibe “Apostila Nova Concursos”.

� CONCAT(intervalo)

Junta os textos especificados em um intervalo de células para uma nova sequência.

=CONCAT(A1:A5) junta o conteúdo das células A1 até A5 em uma nova célula. Esta função não funciona nas versões antigas do Office.

� NÚM.CARACT(célula)

Informa a quantidade de caracteres existentes em uma célula.

Datas contém 5 caracteres, pois o Microsoft Excel armazena datas como números.

=NÚM.CARACT(“Nova Concursos”) resultado 14=NÚM.CARACT(HOJE()) resultado 5 (a função HOJE

retorna a data de hoje registrada no computador)=NÚM.CARACT(AGORA()) resultado 15 (a função

AGORA retorna a data de hoje registrada no computa-dor e a hora atual, como 01/08/2021 09:51)

� INT(valor)

Extrai a parte inteira de um número.

=INT(PI()) parte inteira do valor de PI – valor 3,14159 exibe 3.

� TRUNCAR(valor;casas decimais)

Exibe um número com a quantidade de casas deci-mais, sem arredondar.

=TRUNCAR(PI();3) exibir o valor de PI com 3 casas decimais – valor 3,14159 exibe 3,141.

� ARRED(valor;casas decimais)

Exibe um número com a quantidade de casas deci-mais, arredondando para cima ou para baixo.

=ARRED(PI();3) exibir o valor de PI com 3 casas de-cimais – valor 3,14159 exibe 3,142.

� HOJE() Exibe a data atual do computador; � AGORA() Exibe a data e hora atuais do

computador; � DIA(data)Extrai o número do dia de uma data; � MÊS(data) Extrai o número do mês de uma

data;

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� ANO(data) Extrai o número do ano de uma data; � DIAS(data1;data2) Informa a diferença em dias entre duas datas; � DIAS360(data1;data2) Informa a diferença em dias entre duas datas (ano contábil, de 360 dias); � POTÊNCIA(base;expoente).

Eleva um número (base) ao expoente informado.

=POTÊNCIA(2;4) 2 elevado à 4, 24, 2x2x2x2 = 16

� MULT(número;número;número; ... ) Multiplica os números informados nos argumentos.

FUNÇÕES LÓGICAS

E (Função E) Retorna VERDADEIRO se todos os seus argumentos forem VERDADEIROS

OU (Função OU) Retorna VERDADEIRO se um dos argumentos for VERDADEIRO

NÃO (Função NÃO) Inverte o valor lógico do argumento

FALSO (Função FALSO) Retorna o valor lógico FALSO

VERDADEIRO (Função VERDADEIRO) Retorna o valor lógico VERDADEIRO

SEERRO (Função SEERRO) Retornará um valor que você especifica se uma fórmula for avaliada para um erro; do contrário, retornará o resultado da fórmula

Importante!Foram apresentadas muitas funções neste material, não é verdade? Existem milhares de funções no Micro-soft Excel e LibreOffice Calc. Em concursos públicos, estas são as mais questionadas.

IMPRESSÃO

A impressão no Excel é semelhante ao Word. Difere ao oferecer o item Área de Impressão, que permite ao usuário escolher uma área de uma planilha para ser impressa.

Outro item que o Excel oferece que é exclusiva, a possibilidade de imprimir os títulos das colunas e linhas, fazendo com que a impressão seja muito parecida com a tela que está sendo visualizada.

Ambos estão na guia Layout da Página.E na caixa de diálogo de impressão (Ctrl+P) temos o ajuste da impressão (zoom), permitindo ajustar para caber em

uma página, ajustar apenas as linhas, apenas as colunas, e mudar as quebras de páginas arrastando a divisão na tela.

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INSERÇÃO DE OBJETOS

A inserção de objetos contém os mesmos itens do Microsoft Word, mas o destaque são os Gráficos.

A tabela e o gráfico dinâmico possibilitam resumir os dados rapidamente, a partir de critérios padronizados no Excel.

Os gráficos são representações visuais de dados da planilha. De acordo com a opção escolhida, teremos uma forma de apresentação. Alguns gráficos são indicados para situações específicas. Outros gráficos são generalistas.

Gráficos

Além da produção de planilhas de cálculos, o Microsoft Excel (e o LibreOffice Calc) produz gráficos com os dados existentes nas células.

Gráficos são a representação visual de dados numéricos, e poderão ser inseridos na planilha como gráficos ‘comuns’ ou gráficos dinâmicos.

Os gráficos dinâmicos, assim como as tabelas dinâmicas, são construídos com dados existentes em uma ou várias pastas de trabalho, associando e agrupando informações para a produção de relatórios completos.

z Os gráficos de Colunas representam valores em colunas 2D ou 3D. São opções do gráfico de Colunas: Agrupada, Empilhada, 100% Empilhada, 3D Agrupada, 3D Empilhada, 3D 100% Empilhada, e 3D.

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z Os gráficos de Linhas representam valores com linhas, pontos ou ambos. São opções do gráfico de Linhas: Linha, Linha Empilhada, 100% Empilhada, com Marcadores, Empilhada com Marcadores, 100% Empilhada com Marcadores, e 3D.

z Os gráficos de Pizza representam valores proporcionalmente. São opções do gráfico de Pizza: Pizza, Pizza 3D, Pizza de Pizza, Barra de Pizza, e Rosca.

z Os gráficos de Barras representam dados de forma semelhante ao gráfico de Colunas, mas na horizontal. São opções dos gráficos de Barras: Agrupadas, Empilhadas, 100% Empilhadas, 3D Agrupadas, 3D Empilhadas, e 3D 100% Empilhadas.

z Os gráficos de Área representam dados de forma semelhante ao gráfico de Linhas, mas com preenchimento até a base (eixo X). São opções dos gráficos de Área: Área, Área Empilhada, Área 100% Empilhada, Área 3D, Área 3D Empilhada, e Área 3D 100% Empilhada.

z Os gráficos de Dispersão representam duas séries de valores em seus eixos. São opções dos gráficos de Disper-são: Dispersão, com Linhas Suaves e Marcadores, com Linhas Suaves, com Linhas Retas e Marcadores, com Linhas Retas, Bolhas e Bolhas 3D.

z O gráfico do tipo Mapa, exibe a informação de acordo com cada região. Sua única opção é o Mapa Coroplético.

z Os gráficos de Ações necessitam que os dados estejam organizados em preço na alta, preço na baixa e preço no fechamento. Datas ou nomes das ações serão usados como rótulos. São exemplos de gráficos de Ações: Alta-Baixa-Fechamento, Abertura-Alta-Baixa-Fechamento, Volume-Alta-Baixa-Fechamento, e Volume-Abertura-Alta-Baixa-Fechamento.

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z Os gráficos de Superfície parecem com os gráficos de Linhas, e preenchem a superfície com cores. São exem-plos de gráficos de Superfície: 3D, 3D Delineada, Contorno e Contorno Delineado.

z Os gráficos de Radar são usados para mostrar a evolução de itens. São exemplos de gráficos de Radar: Radar, Radar com Marcadores, e Radar Preenchido.

z O gráfico do tipo Mapa de Árvore é usado para mostrar proporcionalmente a hierarquia dos valores.

z O gráfico do tipo Explosão Solar se assemelha ao gráfico de Rosca, mas o maior valor será o primeiro da série de dados.

z Os gráficos do tipo Histograma são usados para séries de valores com evolução, como idades da população. São exemplos de gráficos do tipo Histograma: Histograma e Pareto.

z O gráfico do tipo Caixa Estreita é usado para projeção de valores.

z O gráfico do tipo Cascata, exibe e destaca as variações dos valores ao longo do tempo.

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z O gráfico do tipo Funil alinha os valores em ordem decrescente.

z Os gráficos do tipo Combinação permitem combinar dois tipos de gráficos para a exibição de séries de dados. São exemplos de gráficos do tipo Combinação: Coluna Clusterizada-Linha, Coluna Clusterizada-Linha no Eixo Secundário, Área Empilhada-Coluna Clusterizada, e a possibilidade de criação de uma Combinação Personalizada.

CAMPOS PREDEFINIDOS

Semelhante ao Word, o Excel poderá operar com os mesmos campos. Campos são variáveis inseridas na plani-lha de dados, que serão atualizadas segundo a necessidade.

Data e Hora, Linha de Assinatura, Cabeçalho e Rodapé, entre muitos.Uma das principais diferenças entre o editor de textos e o editor de planilhas, é o Cabeçalho e Rodapé. Enquan-

to no editor de textos eles são únicos, no Excel estão dividido em 3 partes.

CONTROLE DE QUEBRAS E NUMERAÇÃO DE PÁGINAS

O Excel é mais simples em relação ao Word, quando o assunto são as Quebras.

E para habilitar esta visualização, basta ativar o item na guia Exibição.

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A numeração de páginas está associada ao Cabeçalho e Rodapé.

OBTENÇÃO DE DADOS EXTERNOS

O Excel poderá trabalhar com as informações inseridas pelo usuário na planilha, e com dados provenientes de outros locais. Disponível na guia Dados, o grupo ‘Obter Dados Externos’, apesar de figurar no edital de alguns concursos, nunca foi questionado em provas de Noções de Informática, tanto nível médio como nível superior.

De Arquivo

Da Pasta de Trabalho

De Text/CSV

Do XML

De JSON

Da Pasta

Da Pasta SharePoint

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De banco de dados

Do Banco de Dados SQL Server

Do Banco de Dados do Microsoft Access

Do Analysis Services

Do Banco de Dados do SQL Server Analysis Services(Importar)

Do Banco de Dados do Oracle

Do Banco de Dados IBM DB2

Do Banco de Dados MySQL

Do Banco de Dados PostgreSQL

Do Banco de Dados Sybase

Do Banco de Dados Teradata

De um Banco de Dados SAP HANA

Do Azure

Do Banco de Dados SQL do Azure

Do SQL Data Warehouse do Azure

Do Azure HD Insight (HDFS)

Do Armazenamento de Blob do Azure

Do Armazenamento de Tabela do Azure

Do Azure Data Lake Store

De serviços online

Da Lista Online do SharePoint

Do Microsoft Exchange Online

Do Dynamics 365 (online)

Do Facebook

De Objetos do Salesforce

De Relatórios do Salesforce

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De outras fontes

Da Tabela/Intervalo

Do Web

Do Microsoft Query

Da Lista do SharePoint

Do Feed OData

Do Arquivo do Hadoop(HDFS)

Do Active Directory

Do Microsoft Exchange

Do ODBC

De OLEDB

Consulta Em Branco

CLASSIFICAÇÃO DE DADOS

A classificação de dados é uma parte importante da análise de dados.Você pode classificar dados por texto (A a Z ou Z a A), números (dos menores para os maiores ou dos maiores

para os menores) e datas e horas (da mais antiga para a mais nova e da mais nova para a mais antiga) em uma ou mais colunas. Você também poderá classificar por uma lista de clientes (como Grande, Médio e Pequeno) ou por formato, incluindo a cor da célula, a cor da fonte ou o conjunto de ícones. A maioria das operações de classificação é identificada por coluna, mas você também poderá identificar por linhas.

Disponível na guia Dados, e na guia Página Inicial, a classificação poderá ser de texto, números, datas ou horas, por cor da célula, cor da fonte ou ícones, por uma lista personalizada, linhas, por mais de uma coluna ou linha, ou por uma coluna sem afetar as demais.

CLASSIFICAÇÃO COMENTÁRIOS

Classificar textoA classificação de dados alfanuméricos poderá se ‘Classificar de A a Z’ em ordem crescente, ou ‘Classificar de Z a A’ em ordem decrescente. É possível diferenciar letras maiúsculas e minúsculas.

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CLASSIFICAÇÃO COMENTÁRIOS

Classificar númerosQuando a coluna possui números, podemos ‘Classificar do menor para o maior’

ou ‘Classificar do maior para o menor’

Classificar datas ou horasSe houver datas ou horas, podemos ‘Classificar da mais antiga para a mais nova’

ou ‘Classificar da mais nova para a mais antiga’, resumindo, cronologicamente

Classificar por cor de célula, cor de fonte ou ícones

Se você tiver formatado manual ou condicionalmente um intervalo de células ou uma coluna de tabela, por cor de célula ou cor de fonte, poderá classificar por es-sas cores. Também será possível classificar por um conjunto de ícones criados ao aplicar uma formatação condicional

Classificar por uma lista personalizada

Você pode usar uma lista personalizada para classificar em uma ordem definida pelo usuário. Por exemplo, uma coluna pode conter valores pelos quais você deseja classificar, como Alta, Média e Baixa

Classificar linhas Na caixa de diálogo Opções de Classificação, em Orientação, clique em Classifi-car da esquerda para a direita e, em seguida, clique em OK

Classificar por mais de uma coluna ou linha Na caixa de diálogo Classificar, adicione mais de um critério para ordenação

Classificar uma coluna em um intervalo de células sem afetar as

demais

Basta selecionar a coluna desejada, e na janela de diálogo, manter o item “Con-tinuar com a seleção atual”

MICROSOFT POWERPOINT

As apresentações de slides criadas pelo Microsoft PowerPoint 2010/2013/2016/2019 são arquivos de extensão .PPTX. Caso contenham macros (comandos para automatização de tarefas) será atribuída a extensão .PPTM. E ainda podemos trabalhar com os modelos (extensão .POTX e POTM).

Apesar de ser um aplicativo com finalidade diferente do editor de textos, ele possui muitas semelhanças que acabam ajudando quem está iniciando nele. Da mesma forma que o editor de textos, é possível trabalhar com seções (divisões), é possível inserir números de slides, é possível comparar apresentações, etc.

EXTENSÃO TIPO DE ARQUIVO CARACTERÍSTICAS

PPT Apresentação editável. Versão 2003 ou anterior.

PPS Apresentação executável. Versão 2003 ou anterior.

POT Modelo de apresentação. Versão 2003 ou anterior.

PPTX Apresentação editável. Versão 2007 ou superior.

PPSX Apresentação executável. Versão 2007 ou superior, que não necessita de programas para ser visualizada.

POTX Modelo de apresentação. Recursos para padronização de novas apresentações.

POTM Modelo de apresentação com macros. Recursos para padronização e automatização de novas apresentações.

ODP Open Document Presentation. Formato do LibreOffice Impress, que pode ser editado e salvo pelo Microsoft PowerPoint.

PDF/XPS Portable Document Format.

Formato de documento portável, sem alguns recursos multimídia inseridos na apresenta-ção de slide.

Importante!Apresentações de slides é um tópico pouco questionado em provas de concursos. Conhecendo os conceitos do Microsoft PowerPoint, você poderá aproveitá-los quando estudar LibreOffice Impress.

As apresentações de slides podem ser gravadas em formato de imagens (JPG, PNG), slide por slide, e até trans-formadas em vídeo (extensão MP4).

Os recursos do PowerPoint, como animações, transições, narração, serão inseridos no vídeo, que poderá ser reproduzido em outros dispositivos, como Smart TV em totens de propagandas.

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Para produzir um vídeo da apresentação, acessar o botão Arquivo, menu Exportar, item Criar Vídeo.

Vamos conhecer alguns termos usados no aplicati-vo de edição de apresentações de slides.

z SLIDE: unidade de edição, como uma página da apresentaçã;

z SLIDE MESTRE: slide com o modelo de formatação que será usado pelos slides da apresentação atual;

z DESIGN: aparência do slide ou de toda a apresen-tação. O design combina cores, estilos e padrões para que a aparência tenha um visual harmoniza-do. O PowerPoint oferece “Ideias de Design” a cada objeto inserido no slide;

z LAYOUT: disposição dos elementos dentro do slide. Quando a apresentação é iniciada, o slide de slide de título é apresentado. O usuário poderá alterar para outro layout. Cada slide da apresentação pode-rá ter um layout diferente.

Somente Título Em Branco Conteúdo com Legenda

Imagem com Legenda

ComparaçãoDuas Partes de Conteúdo

Cabeçalho da Seção

Título e ConteúdoSlide de Título

Layout de slide

z SEÇÃO: divisão de formatação dentro da apresen-tação (usadas para Apresentações Personalizadas). Poderá ter ‘duas apresentações’ dentro de uma, e no início, escolher qual delas será exibida para o público;

z TRANSIÇÕES: animação entre os slides. Ao sele-cionar algum efeito de animação entre os slides (guia Transições, grupo Transição para este slide), será disponibilizada a opção para configuração do Intervalo;

z ANIMAÇÃO: animação dentro do slide, em um objeto do slide. Um objeto poderá ter diversas ani-mações simultaneamente, enquanto a transição do slide é única. Poderão ser de Entrada, Ênfase, Saí-da ou Trajetórias de Animação;

Conceito de slides

Conforme observado no item anterior, os slides são as unidades de trabalho do PowerPoint. Assim como as páginas de um documento do Microsoft Word, os slides possuem configurações como margens, orienta-ção, números de páginas (slides, no caso), cabeçalhos e rodapés, etc.

O PowerPoint trabalha com 4 conceitos principais de slides:

z Slide (modo de exibição Normal) : cada slide é mostrado para edição de seu conteúdo;

z Slide Mestre: para alterar o design e o layout dos slides mestres, alterando toda a apresentação de uma vez;

z Folhetos Mestre: para alterar o design e layout dos folhetos que serão impressos;

z Anotações Mestras: para alterar o design e layout das folhas de anotações;

Modo de exibição Normal, para edição da apresentação de slides

Nos modos de exibição, na guia Exibição, ocorreu uma pequena mudança em relação às versões ante-riores, com a inclusão do item Modo de Exibição de Estrutura de Tópicos:

z Normal: no modo de exibição Normal, miniaturas dos slides ou os tópicos aparecerão no lado esquer-do, o slide atual aparecerá no centro (sendo possí-vel sua edição) e na área inferior da tela aparecerá a área de anotações. Ajustar à janela encaixa o sli-de na área;

z Modo de Exibição de Estrutura de Tópicos: para editar e alternar entre slides no painel de estru-tura de tópicos. Útil para a criação de uma apre-sentação a partir dos tópicos de um documento do Microsoft Word;

z Classificação dos Slides: no modo de exibição Classificação de Slides, apenas miniaturas dos sli-des serão mostradas. Estas miniaturas poderão ser organizadas, arrastando-as. As operações de slides estão disponíveis, como Excluir slide, Ocul-tar slide, etc. Mas não é possível editar o conteúdo. Somente após duplo clique será possível a edição do conteúdo;

z Anotações: Exibir a página de anotações para edi-tar as anotações do orador da forma como ficarão quando forem impressas;

z Modo de Exibição de Leitura: Exibir a apresenta-ção como uma apresentação de slides que cabe na janela. A barra de título do PowerPoint continuará sendo exibida.

Noções de edição e formatação de apresentações

A preparação de uma apresentação de slides segue uma série de recomendações, quanto a quantidade de texto, quantidade de slides, tempo da apresentação, etc.

Entretanto, para concursos públicos, o foco é outro. O questionamento é sobre como fazer, onde configu-rar, como apresentar, etc.

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Para entrar em modo de apresentação de slides do começo, devemos pressionar F5. Podemos escolher o ícone ‘Do Começo’ na guia Apresentações de Slides, grupo Iniciar Apresentação de Slides. E ainda clicar no ícone corres-pondente na barra de status, ao lado do zoom.

A apresentação iniciará, e ao contrário do modo de exibição Leitura em Tela Inteira, a barra de títulos não será mostrada. A outra forma de iniciar uma apresentação de slides é a partir do Slide Atual, pressionando Shift+F5 ou clicando no ícone da guia Apresentação de Slides.

Durante a apresentação de slides, as setas de direção permitem mudar o slide em exibição. O Enter passa para o próximo slide. O ESC sai da apresentação de slides.

Segurar a tecla CTRL e pressionar o botão principal (esquerdo) do mouse exibirá um ‘laser pointer’ na apre-sentação. Pressionar a letra C ou vírgula deixará a tela em branco (clara). Pressionar E ou ponto final, deixa a tela preta (escura).

A edição dos elementos textuais e parágrafos seguem os princípios do editor de textos Word. E os comandos também são os mesmos. Por exemplo, o Salvar como PDF.

De acordo com o formato escolhido, alguns recursos poderão ser desabilitados.

FORMATO ANIMAÇÕES TRANSIÇÕES ÁUDIO VÍDEO HIPERLINKS

PPTX X X X X X

PPSX X X X X X

PDF - - - - X

MP4 X X X X X

JPG/PNG - - - - -

Tabela. Recursos disponíveis ( X ), recursos indisponíveis ( - )

O formato PDF é portável, e poderá ser usado em qualquer plataforma. Praticamente todos os programas dis-poníveis no mercado reconhecem o formato PDF.

Confira a seguir os ícones do aplicativo, que costumam ser questionados em provas.

Para entrar em modo de apresentação de slides do começo, devemos pressionar F5.

A outra forma de iniciar uma apresentação de slides é a partir do Slide Atual, pressionando Shift+F5 ou clicando no ícone da guia Apresentação de Slides.

Apresentar on-line: Transmitir a apresentação de slides para visualizadores remotos que possam assis-ti-la em um navegador da Web.

Apresentação de Slides Personalizada: Criar ou executar uma apresentação de slides personalizada. Uma apresentação de slides personalizada exibirá somente os slides selecionados. Este recurso permite que você tenha vários conjuntos de slides diferentes (por exemplo, uma sucessão de slides de 30 minutos e outra de 60 minutos) na mesma apresentação.

Configurar Apresentação de Slides: Configurar opções avançadas para a apresentação de slides, como o modo de quiosque (em que a apresentação reinicia após o último slide, e continua em loop até pressio-nar ESC), apresentação sem narração, vários monitores, avançar slides, etc.

Ocultar Slide: Ocultar o slide atual da apresentação. Ele não será mostrado durante a apresentação de slides de tela inteira.

Testar Intervalos: Iniciar uma apresentação de slides em tela inteira na qual você possa testar sua apre-sentação. A quantidade de tempo utilizada em cada slide é registrada e você pode salvar esses intervalos para executar a apresentação automaticamente no futuro.

Gravar Apresentação de Slides: Gravar narrações de áudio, gestos do apontador laser ou intervalos de slide e animação para reprodução durante a apresentação de slides.

Álbum de Fotografias: criar ou editar uma apresentação com base em uma série de imagens. Cada ima-gem será colocada em um slide individual.

Ação: Adicionar uma ação ao objeto selecionado para especificar o que deve acontecer quando você cli-car nele ou passar o mouse sobre ele.

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Inserir número do slide: o número do slide reflete sua posição na apresentação.

Inserir vídeo no slide: permite inserir um videoclipe no slide.

Inserir áudio no slide: permite inserir um clipe de áudio no slide.

Gravação de tela: gravar o que está sendo exibido na tela e inserir no slide.

Formas: linhas, retângulos, formas básicas, setas largas, formas de equação, fluxograma, estrelas e fai-xas, textos explicativos e botões de ação.

SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO: FUNDAMENTOS, CONCEITOS E MECANISMOS DE SEGURANÇA

O que é Segurança da Informação?Essa é uma pergunta curta, que exige conhecimentos diversos, para que possa ser respondida. Neste tópico,

você encontrará as informações necessárias para isso.As redes de computadores tornaram-se cada vez mais interligadas e complexas. Elas integram, atualmente,

muitos dispositivos, que, talvez, você não conheça, mas que estão ali, promovendo a troca de dados entre o seu equipamento e o servidor remoto o qual está acessando. No entanto, é sabido que os criminosos virtuais podem acessar redes de qualquer lugar do mundo.

Neste sentido, os profissionais de Segurança da Informação procuram proteger os dados armazenados e tra-fegados entre os dispositivos por meio de equipamentos, programas e técnicas direcionadas. Para isso, o treina-mento dos usuários também é importante, considerando que eles compreendem o elo mais fraco e vulnerável no que se refere à Segurança da Informação.

Figura 1. A conexão entre o usuário cliente e o servidor é realizada por diferentes equipamentos, que são transparentes para o usuário final.

Entre o servidor remoto e o usuário final, as informações solicitadas passarão por vários dispositivos de cone-xão (roteadores, repetidores de sinal, switches, bridges, gateways) antes de serem apresentadas no dispositivo do usuário.

DicaParadigma cliente-servidor: Nós somos clientes e acessamos informações em servidores remotos. As redes de computadores, em concursos públicos, são abordadas, seguindo esse paradigma. Usamos cliente web (browser ou navegador) para acessar um servidor web. Usamos cliente de e-mail para acessar um servidor de e-mail. Usamos um cliente FTP para acessar um servidor FTP.

Figura 2. O tráfego de dados, em uma conexão, é um ativo interessante para invasores, vírus de computadores e softwares maliciosos.

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Invasores tentarão acessar a conexão e capturar os dados trafegados. Os vírus de computador procuram infectar os arquivos e causar danos aos sistemas. Esses softwares maliciosos podem infectar dispositivos e sequestrar arquivos.

Figura 3. Um protocolo seguro protege o tráfego de dados em uma conexão insegura, criptografando as informações que são enviadas e recebidas.

O usuário deverá utilizar um protocolo seguro para acessar os dados, manter o seu dispositivo atualizado e protegido, utilizar uma senha forte de acordo com as políticas de segurança e práticas recomendadas, entre outras ações. Além disso, deverá utilizar conexões seguras, como as VPN’s – Virtual Private Network –, para acesso aos serviços remotos (Computação na Nuvem); proteger-se das ameaças e ataques à Segurança da Informação, utilizando medidas de proteção em seu dispositivo, como antivírus, firewall e anti-spyware).

Iniciaremos nossos estudos sobre Segurança da Informação com o tópico VPN. Elas são muito importantes para a comunicação segura e tornaram-se destaque nos últimos anos, por causa do trabalho remoto (home office). Empresas e usuários que não utilizavam uma conexão remota segura precisaram adaptar-se aos novos tempos. Em concursos, a tendência é que aumente a frequência de questões sobre esse tema, pois se tornou popular devi-do à pandemia.

A seguir, conheceremos como é a Computação na Nuvem, suas características, os tipos de nuvem, os serviços oferecidos e as vantagens e desvantagens. Vale ressaltar que esse tópico já foi bastante abordado em alguns con-cursos, em provas de diversos cargos.

Vírus de computador e softwares maliciosos: quem nunca foi vítima, não é mesmo? Esse será o terceiro tópico sobre Segurança da Informação, no qual abordaremos os ataques e ameaças, com destaque para os prin-cipais e mais comuns em provas de concursos. Assim como Computação na Nuvem, o tópico “Noções de Vírus, Worms e Pragas Virtuais” também é muito questionado em concursos públicos.

Finalizando o conteúdo de Segurança da Informação, estudaremos os mecanismos de proteção e defesa contra os ataques e ameaças. Existem equipamentos de proteção, no entanto, em concursos públicos, geralmente, são questionados os aplicativos para segurança (antivírus, firewall, anti-spyware etc).

Apesar de existirem soluções integradas e avançadas para os problemas de Segurança da Informação, que até usamos em nossos dispositivos, nos concursos públicos, são questionadas as definições oficiais e as configurações padrão dos programas.

NOÇÕES DE REDES PRIVADAS VIRTUAIS (VPN)

As redes privadas virtuais, popularmente identificadas pela sigla VPN (do inglês Virtual Private Network), são criadas pelas empresas e usuários, para estabelecer uma conexão segura entre dois pontos.

Antes de iniciarmos nosso estudo sobre elas, vamos conhecer alguns dos conceitos básicos das redes de com-putadores, de acordo com as suas características de uso e nível de segurança.

REDE CARACTERÍSTICAS BÁSICAS

LAN Local Area Network é uma denominação relacionada ao alcance de uma rede, restrita a um prédio ou pequena região

Intranet É uma rede local (pelo seu alcance, é uma LAN), interna de uma organização, segura, com acesso restrito aos usuários cadastrados no servidor da rede

Extranet É o acesso remoto seguro, de um ambiente inseguro, à intranet da organização

Internet Rede mundial de computadores de acesso público e considerada insegura. A Internet é comumente representada por uma nuvem

Figura 4. A Extranet é uma conexão segura através de um ambiente inseguro (Internet) para redes internas protegidas (Intranet).

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Importante!Toda Intranet é uma LAN, mas nem toda LAN é uma Intranet.

Por que usar uma VPN? Porque é importante e necessário. A Internet é a rede mundial de computadores, que conecta diversos disposi-

tivos entre si, utilizando uma estrutura pública e insegura oferecida pelos governos e operadoras de telefonia. O acesso à Internet é oferecido para todos e, por isso, usuários mal intencionados conseguem interceptar a comuni-cação de outros usuários, monitorando o tráfego de dados e roubando informações.

Com uma VPN estabelecida entre os dispositivos, o risco na transmissão é muito pequeno. Lembrando que nada é 100% seguro em Informática, independentemente da quantidade de sistemas e proteções implementadas.

Figura 5. Usuários mal intencionados procuram “escutar” uma conexão insegura em busca de dados que possam comprometer a privacidade do usuário ou empresa.

As empresas utilizam softwares de terceiros para estabelecer a conexão segura entre os dispositivos de seus colaboradores. Existem vários softwares que possibilitam a conexão segura, como a Área de Trabalho Remota (Win-dows) e soluções de empresas de segurança digital (Forticlient VPN, Citrix Metaframe, TeamViewer, LogMeIn etc).

Os protocolos são padrões de comunicação. Para estabelecer uma conexão segura, protocolos seguros serão usados, criando um túnel seguro entre o emissor e o receptor, por meio de um ambiente vulnerável. Eles pro-curam encapsular os dados transmitidos, para que, em caso de monitoramento, a leitura do conteúdo torne-se impossível, uma vez que os dados se tornam criptografados.

Figura 6. Usuários mal-intencionados não conseguem monitorar o conteúdo de uma conexão que esteja protegida com um protocolo seguro.

TIPO DE VPN CARACTERÍSTICA

VPN de acesso remoto (VPN client to site)

z Um usuário pode conectar-se a uma rede, para acessar seus serviços e recursos remotamentez A conexão é segura e ocorrerá por meio de uma rede pública, como a Internetz Será uma conexão (cliente) para um servidor remoto que aceita várias conexões

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TIPO DE VPN CARACTERÍSTICA

VPN site a site

z Dois roteadores estabelecem uma conexão segura para a troca de dados, sendo que um deles opera como cliente VPN e o outro, como servidor VPNz É o modelo mais usado no âmbito empresarial, para conectar com segurança a rede interna de uma filial com a rede interna de uma matrizz Serão várias conexões (filial), acessando um servidor remoto que aceita várias cone-xões (matriz)z Também conhecida como VPN LAN to LAN

Protocolos

Quando uma navegação na Internet é realizada, os protocolos transferem os dados de um servidor para o cliente de acordo com o paradigma Cliente-Servidor. O servidor oferece os dados e provê a conexão e, então, o cliente acessa as informações e solicita serviços.

Em uma conexão, para evitar que os dados sejam acessados por pessoas não autorizadas, protocolos de segu-rança e proteção poderão ser implementados, utilizando-se de chaves e certificados digitais para a garantia da transferência segura dos dados.

Muitas siglas de protocolos estão relacionadas com este tópico. Confira algumas delas:

PROTOCOLO SIGNIFICADO CARACTERÍSTICAS SEGURO?GRE Generic Routing Encapsulation Desenvolvido pela CISCO, prioriza a velocidade NãoSSL Secure Sockets Layer Camada adicional de segurança para a conexão SimTLS Transport Layer Security Camada de transporte seguro para a conexão Sim

SSH Secure Shell Orientar o servidor para criação de uma conexão se-gura com o cliente Sim

IPsec IP Security Protocol Extensão do protocolo IP para suprir a falta de seguran-ça de informações que trafegam em uma rede pública Sim

TelnetProtocolo para facilitar a comunicação bidirecional, baseada em texto interativo (comandos), usando uma conexão de terminal virtual

Não

L2TP Layer 2 Tunnelling ProtocolAtualização dos protocolos L2F (Protocolo de Enca-minhamento da Camada 2) e PPTP (Protocolo de Tu-nelamento Ponto-a-Ponto)

Não

PPTP Point-to-Point Tunneling ProtocolO PPTP adiciona um canal seguro ao TCP e utiliza um túnel GREz Algumas questões o apresentam com a sigla PPP

Sim

OpenVPN VPN de Código abertoCriar conexões ponto a ponto (point to point) e site a site (site to site), usando um protocolo personalizado baseado no TLS e SSL

Sim

DicaProtocolos seguros costumam mostrar a letra S na sua sigla, como em HTTPS.

Um protocolo seguro procura estabelecer uma conexão segura entre os dispositivos, possibilitando a troca de informações. Antes do envio de dados, a conexão segura será negociada entre os dispositivos e aprovada após a confirmação do certificado digital.

Figura 7. A criptografia é usada para garantir a autenticidade e a integridade das conexões.

A conexão remota poderá ser uma simples conexão direta entre os dispositivos (ponto a ponto, túnel de cone-xão, sem criptografia dos dados trafegados) ou uma conexão entre os dispositivos com segurança, utilizando protocolos seguros, para criptografar o conteúdo trafegado no túnel de conexão.

Programas

Após conhecer as definições de uma VPN e os protocolos que podem ser utilizados, é comum surgir uma dúvida: quais são os programas que usamos para transformar o nosso dispositivo em um cliente VPN?

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A resposta é: depende. Cada dispositivo possui um sistema operacional e, de acordo com a origem (clien-te) e o destino (servidor), existem programas mais adequados para cada cenário.

ORIGEM (CLIENTE)

DESTINO (SERVIDOR)

EXEMPLO DE PROGRAMA PARA VPN

Windows Windows Área de Trabalho RemotaWindows Linux PuTTyLinux Windows OpenVPNLinux Linux Network-Manager.

A utilização de um software de VPN, a fim de aces-sar a rede interna de uma organização (no modelo VPN client to site), implementa segurança aos dados trafegados na forma de criptografia, para garantir a autenticidade e a integridade das conexões. No entan-to, onde a VPN será “iniciada”?

Nas redes de computadores, o firewall é um item especialmente importante em relação à segurança da informação. Ele é um filtro de portas TCP, que permite ou bloqueia o tráfego de dados. Logo, se uma cone-xão deseja enviar e receber dados, precisa ter a porta correspondente liberada, em ambos os lados, tanto no cliente como no servidor.

Se existe um firewall na rede, a VPN poderá ser ins-talada (e configurada) no firewall (mais comum), em frente ao firewall (para autenticar o que está chegan-do), atrás do firewall (para autenticar o que chegou), paralelamente ao firewall (para acompanhar o envio e recebimento dos pacotes) ou na interface dedicada do firewall (na conexão VPN site to site, para atender a vários dispositivos da rede).

No Windows 10, a definição da VPN poderá ser realizada por meio da Central de Ações (atalho de teclado Windows + A) ou em Configurações, Rede e Internet, VPN. O acesso Home Office é um tipo de cone-xão externa que deverá utilizar uma VPN, para pro-teger os dados trafegados com o uso de criptografia implementada por protocolos seguros.

NOÇÕES DE COMPUTAÇÃO EM NUVEM

Computação em nuvem (em inglês, cloud compu-ting) refere-se ao processamento de dados remotos. O usuário envia informações inseridas em seu dispo-sitivo local e os programas, na nuvem, executam as operações solicitadas, devolvendo para o periférico de saída do dispositivo local do usuário os resultados obtidos.

A expressão “nuvem” é usada para designar a Internet, porém, na prática, pode, também, referen-ciar um processamento remoto dentro da rede inter-na da empresa. Vale ressaltar que existem nuvens privadas, públicas, híbridas e comunitárias.

A Computação em Nuvem é a evolução do prin-cípio da Computação em Grade. Na Computação em Grade, uma grande quantidade de clusters computa-cionais (servidores conectados entre si dentro de uma infraestrutura compartilhada) aliada à disseminação da conexão de banda larga facilitaram a adoção da Computação nas Nuvens por diferentes empresas.

Figura 8. Os diferentes dispositivos acessarão os recursos disponibilizados na nuvem (Internet)

A Computação na Nuvem pode ser vista como uma evolução e, também, uma convergência das tecno-logias de virtualização e das arquiteturas (como os clusters computacionais) orientadas a serviços. Atual-mente, a Computação nas Nuvens é o ponto de partida para o desenvolvimento de soluções computacionais que necessitem de rapidez, flexibilidade e acesso faci-litado, oferecendo, instantaneamente, a nível global, uma solução para problemas do dia a dia.

Quem nunca pediu uma refeição ou solicitou um meio de transporte através de um aplicativo? O sis-tema de processamento dos pedidos, distribuição das demandas, localização dos prestadores de serviços e controle fiscal das vendas é realizado na nuvem, em servidores que estão distribuídos ao redor do mundo, conectados em tempo real para o atendimento das demandas.

A computação na nuvem oferece tudo como um serviço: armazenamento de dados, plataforma para execução de aplicações, infraestrutura para o desen-volvimento de sistemas, espaço para testes de aplicati-vos etc. “Webware” ou “software” baseado na Internet é a denominação para esses programas que operam como serviços na rede.

Importante!Tudo que é oferecido pela nuvem é um serviço escalável e personalizável.

Armazenamento em nuvem é uma opção de arma-zenamento remoto que usa o espaço em um provedor de data center e é acessível de qualquer computador com acesso à Internet. Google Drive, Microsoft One-Drive, Apple iCloud e Dropbox são exemplos de servi-ços de armazenamento em nuvem.

Tecnologias de Serviços na Nuvem

Existem várias opções que poderão ser contrata-das como serviços, sendo as principais em concursos públicos: IaaS, PaaS e SaaS. Vejamos cada uma delas:

z Infrastructure as a Service (IaaS): fornece recursos de computação virtualizados pela Inter-net. O provedor hospeda o hardware, o software, os servidores e os componentes de armazenamento;

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z Platform as a Service (PaaS): proporciona acesso às ferramentas e aos serviços de desenvolvimento usados para entregar os aplicativos;

z Software as a Service (SaaS): permite aos usuários o acesso aos bancos de dados e software de aplicativo. Os provedores de nuvem gerenciam a infraestrutura. Os usuários armazenam dados nos servidores do provedor de nuvem.

Obs.: Novas definições são criadas por empresas com propósitos de marketing. Em concursos públicos, as defi-nições mais questionadas são SaaS, PaaS e IaaS.

Um sistema de computação legado, ou dedicado, é aquele em que a empresa é responsável por todos os itens do projeto, desde o fornecimento de energia para a operação dos servidores adquiridos por ela, até a disponibili-zação de aplicações que foram compradas, por meio de Licenças, para sua utilização.

Na computação em nuvem, é possível contratar de uma operadora de nuvem, data centers, rede de dados, armazenamento, servidores e sistemas de virtualização. Essa é uma Infraestrutura como um Serviço (IaaS).

Desenvolvedores podem contratar de uma operadora de nuvem, data centers, rede de dados, armazenamento, servidores, sistemas de virtualização, sistema operacional, banco de dados e segurança digital. Essa é uma Plata-forma como um Serviço (PaaS).

Usuários podem contratar de uma operadora de nuvem tudo, desde os data centers até as aplicações. Esse é um Software como um Serviço (SaaS).

Figura 9. Na computação local, tudo precisa ser adquirido e mantido pelo usuário. Na computação na nuvem, o usuário precisará apenas de um acesso à rede.

Como é possível observar, a Computação nas Nuvens é uma forma de disponibilização de recursos equiva-lente à Computação Local, mas remotamente. Na tabela a seguir, vamos comparar esses dois formatos e suas responsabilidades.

COMPUTAÇÃO LOCAL COMPUTAÇÃO NAS NUVENS

Entrada de Dados Teclado, mouse, scanner, monitor touch screen Enviado para um serviço na rede

Processamento de Dados Processador do computador Computadores remotos, distribuídos na rede

Saída de Dados Monitor, impressora, placa de modem, pla-ca de rede, USB, HD etc.

Disponibilizado um link para download, vi-sualização ou compartilhamento

Programas (softwares) Instalados no computador Disponíveis na Internet

Serviços (backup) Responsabilidade do usuário Responsabilidade da empresa

Serviços (desfragmentador) Responsabilidade do sistema operacional local Responsabilidade da empresa

Antivírus Responsabilidade do usuário Responsabilidade da empresa

Firewall Responsabilidade do usuário Responsabilidade da empresa

Permissões de acesso Responsabilidade do usuário Oferecido pela empresa, definido pelo usuário

Gerenciamento da estrutura Responsabilidade do usuário Responsabilidade da empresa

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Benefícios dos Serviços na Nuvem

Ao contratar Infraestrutura como um Serviço (IaaS), o usuário obtém economia de custo (pois não há neces-sidade de comprar e manter hardwares), tempo de colocação no mercado (pois poderá iniciar suas operações imediatamente, sem esperar pela instalação de um data center na empresa), disponibilidade em tempo integral e escalabilidade sob demanda (pela expansão ou contração da empresa de acordo com o dia a dia da operação).

Plataforma como um Serviço (PaaS) gera para o usuário uma economia de gastos (novamente, relacionada ao hardware que não precisa ser adquirido), desenvolvimento simplificado de aplicativos (por conta dos ambientes de desenvolvimento para diferentes plataformas), colaboração (pela comunicação on-line com outros desenvolve-dores) e ambiente integrado (para teste, implementação e gerenciamento).

Software como um Serviço (SaaS) oferecerá economia de gastos (menor custo das licenças de softwares), com-partilhamento de arquivos (de forma fácil e rápida), portabilidade (na troca de dispositivos pessoais, o acesso ao serviço não será impactado com novas instalações e configurações) e independência do sistema operacional (a troca de dados será realizada pelo protocolo TCP, que tem suporte em todos os sistemas operacionais).

Figura 10. Os provedores, desenvolvedores e usuários finais, fornecem, suportam ou consomem recursos da nuvem.

Os softwares são desenvolvidos na Plataforma (PaaS), utilizando os recursos da estrutura na Infraestrutura (IaaS), para serem utilizados pelos usuários finais como um serviço (SaaS). Na tabela a seguir, vamos associar os itens da computação local com os itens da computação na nuvem, a fim de mostrar que, na Nuvem, ocorre uma adaptação do nosso computador de casa.

COMPUTAÇÃO LOCAL COMPUTAÇÃO NA NUVEMSoftware Microsoft Office (instalado) Microsoft Office (on-line)Plataforma Microsoft Windows 10 Microsoft Windows AzureInfraestrutura Hardware e energia elétrica do usuário Hardware e energia elétrica da empresa provedora

Vantagens da Computação em Nuvem

O usuário não precisará se preocupar com atualizações de softwares e hardwares, pois serão realizadas pela empresa contratada. Elas serão automáticas e disponibilizadas em tempo real para todos.

O compartilhamento de informações será facilitado, bastando que outros usuários tenham acesso à Internet, para que possam acessar os dados compartilhados. Os serviços serão disponibilizados durante 24 horas por dia, pelos sete dias da semana, com sistemas de redundância e recuperação de falhas sob responsabilidade da empre-sa contratada.

Assim, a necessidade de manutenção da infraestrutura física da rede local diminui, bastando para o usuário o fornecimento de energia elétrica e conexão de rede para acesso aos serviços remotos. Além disso, por ter menos equipamentos na infraestrutura local, o consumo de energia elétrica, refrigeração e espaço físico serão reduzidos, o que, indiretamente, contribui para a preservação e uso racional dos recursos naturais.

Ainda, a Computação em Nuvem traz flexibilidade para o uso e contratação de serviços. O usuário pode con-tratar um pacote básico de serviços e, de acordo com a sua necessidade, pode ampliar parâmetros do contrato, alterando, de forma dinâmica, os limites de utilização.

Por fim, é preciso citar, como uma vantagem, a elasticidade rápida. Os recursos são provisionados dinamica-mente, atendendo às necessidades pontuais da operação do cliente (uma loja virtual pode aumentar a quantidade de acessos simultâneos ao site apenas na Black Friday por exemplo). Essa é a sua característica mais marcante.

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Desvantagens da Computação em Nuvem

Quanto mais aplicações forem acessadas na nuvem, mais velocidade de transferência de dados será necessá-ria. Portanto, a principal desvantagem da Nuvem é inerente ao propósito dela mesma.

O tempo de inatividade é outra desvantagem. Quando todos os sistemas estão em uma plataforma, se ela ficar indisponível, a empresa e os usuários não terão acesso a nada. Felizmente, isso tem mudado e, hoje, as empresas fornecedoras de serviços na nuvem conseguem oferecer up-time (tempo de uso disponível) acima de 99,9999%.

A dificuldade de migração é, sem dúvidas, a principal desvantagem. Quanto mais utilizamos uma determinada empresa fornecedora, mais nos tornamos dependente dela. Caso exista a necessidade de migração dos dados, ela poderá ser dificultada ou até impossibilitada.

Para minimizar essa desvantagem, a replicação de servidores é uma alternativa quando os dados são replica-dos entre um servidor local e um servidor na nuvem.

1. Tudo está na nuvem

2. Tudo está duplicado3. A interface é na nuvem, os dados estão

armazenados localmente

Figura 11. Diferentes apresentações para a nuvem

Principais Características da Computação em Nuvem

On Demand Self Service, ou Auto Atendimento sob Demanda, significa que o usuário pode usar os serviços, aumentar ou diminuir as capacidades computacionais alocadas, como o tempo de servidor e armazenamento de rede, sem a intervenção humana com o provedor de serviços. O limite de crédito do seu cartão de crédito virtual é um exemplo dessa característica.

Ubiquitous Network Access, ou Amplo Acesso à Rede, significa que os serviços são acessíveis a partir de qual-quer plataforma. O usuário pode acessar um sistema desenvolvido para Windows, armazenado em um servidor Linux, a partir de seu smartphone Apple. Quase todos os serviços disponíveis na nuvem são assim.

Resource Pooling, ou Pool de Recursos, significa que os serviços são armazenados em servidores distribuídos globalmente e seus recursos virtuais são dinamicamente atribuídos ou retribuídos pelo cliente, conforme a sua demanda. É o modelo multi-inquilino (multi-tenancy), que possibilita a adesão de novos clientes, em detrimento da oferta, pelos clientes atuais. Um usuário em São Paulo pode contratar e acessar um serviço ofertado por uma empresa em Belo Horizonte, que mantém os servidores em uma cidade na Índia.

Rapid Elasticy, ou Elasticidade Rápida, significa que a alocação de mais ou menos recursos da nuvem ocorrerá com agilidade, provisionando e liberando, elasticamente, as demandas solicitadas pelo usuário. Ao contratar um armazenamento de dados na nuvem, o espaço disponível para uso será imediatamente ajustado após a confirma-ção do pagamento.

Measured Service, ou Serviços Mensuráveis, significa que todos os serviços são controlados e monitorados automaticamente pela nuvem, de maneira transparente para o usuário, sem a necessidade de conhecimento téc-nico sobre a sua operação. É transparente para o usuário, pois ele não precisa conhecer onde estão alocados os recursos computacionais contratados, acessando apenas a interface para acesso.

Tipos de Nuvem

Conforme mencionado anteriormente, podemos classificar as nuvens, de acordo com a infraestrutura ou seus usuários, em: privada, pública, híbrida ou comunidade (comunitária).

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No modelo de Nuvem Privada, a infraestrutura é proprietária ou alugada por uma única organização, para ser operada exclusivamente por ela mesma, podendo ser local ou remota. A empresa aplica políticas de acesso aos serviços para os usuários cadastrados e autorizados.

A definição de Nuvem Pública indica que a infraestrutura pertence a uma organização que vende serviços para o público em geral, podendo ser acessada por qualquer usuário que conheça a localização do serviço, não sendo admitidas técnicas de restrição de acesso ou autenticação.

No formato de Nuvem Híbrida, a infraestrutura é composta por, pelo menos, duas nuvens que preservam as características originais do seu modelo, as quais estão interligadas por uma tecnologia que possibilita a portabili-dade de informações e de aplicações. Esse é o tipo mais comum encontrado no mercado.

Na Nuvem Comunidade (Comunitária), a infraestrutura é compartilhada por diversas organizações que, normalmente, possuem interesses comuns, como requisitos de segurança, políticas, aspectos de flexibilidade e/ou compatibilidade.

Organização X Organização Y Organização Z

Figura 12. De acordo com a natureza do acesso e dos interesses envolvidos, uma nuvem poderá ser do tipo Pública, Privada, Híbrida ou Comunitária.

NOÇÕES DE VÍRUS, WORMS E PRAGAS VIRTUAIS

Sabe-se que ameaças e riscos de segurança estão presentes no mundo virtual. Assim como existem pessoas boas e más no mundo real, existem usuários com boas ou más intenções no mundo virtual.

Os criminosos virtuais são genericamente denominados como hackers, porém o termo mais adequado seria cracker. Um hacker é um usuário que possui muitos conhecimentos sobre tecnologia, podendo ser nomeado como White Hat – hacker ético que usa suas habilidades com propósitos éticos e legais –, Gray Hat – aquele que comete crimes, mas sem ganho pessoal (geralmente, para exposição de falhas nos sistemas) – e Black Hat – aquele que viola a segurança dos sistemas para obtenção de ganhos pessoais.

Amadores ou inexperientes, profissionais ou experientes, todo usuário está sujeito aos riscos inerentes ao uso dos recursos computacionais. São riscos de segurança digital:

z Ameaças: vulnerabilidades que existem e podem ser exploradas por usuários; z Falhas: vulnerabilidades existentes nos sistemas, sejam elas propositais ou acidentais; z Ataques: ação que procura denegrir ou suspender a operação de sistemas.

Devido à crescente integração entre as redes de comunicação, conexão com novos e inusitados dispositivos (IoT – Internet das Coisas) e criminosos com acesso de qualquer lugar do mundo, as redes de informações torna-ram-se particularmente difíceis de se proteger. Profissionais altamente qualificados são formados e contratados pelas empresas com a única função de proteger os sistemas informatizados.

Em concursos públicos, as ameaças e os ataques são os itens mais questionados.

DicaVocê conhece a Cartilha de Segurança CERT? Disponível gratuitamente na Internet, ela é a fonte oficial de informações sobre ameaças, ataques, defesas e segurança digital. Ela pode ser acessada pelo link: <https://cartilha.cert.br/>. (Acesso em: 13 nov. 2020).

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Ameaças

As ameaças são identificadas como aquelas que possuem potencial para comprometer a oferta ou existência dos ativos computacionais, tais como: informações, processos e sistemas. Um ransomware – software que seques-tra dados, utilizando-se de criptografia e solicita o pagamento de resgate para a liberação das informações seques-tradas – é um exemplo de ameaça.

É importante entender que, apesar de a ameaça existir, se não ocorrer uma ação deliberada para sua execução ou se medidas de proteção forem implementadas, ela é eliminada e não se torna um ataque. As ameaças à segu-rança da informação podem ser classificadas como:

z Tecnológicas: quando ocorre mudança no padrão ou tecnologia, sem a devida atualização ou upgrade; z Humanas: intencionais ou acidentais, que exploram vulnerabilidades nos sistemas; z Naturais: não intencionais, relacionadas ao ambiente, como as catástrofes naturais.

As empresas precisam fazer uma avaliação das ameaças que possam causar danos ao ambiente computacio-nal dela mesma (Gerenciamento de Risco), implementar sistemas de autenticação (Controlar o Acesso), definir os requisitos de senha forte (Política de Segurança), manter um inventário e realizar o rastreamento de todos os ativos (Gerenciamento de Recursos), além de utilizar sistemas de backup e restauração de dados (Gerenciamento de Continuidade de Negócios).

Falhas

As falhas de segurança nos sistemas de informação poderão ser propositais ou involuntárias. Se o programa-dor insere, no código do sistema, uma falha que produza danos ou permita o acesso sem autenticação, temos um exemplo de falha proposital. Já se uma falha for descoberta após a implantação do sistema, sem que tenha sido uma falha proposital, e tenha sido explorada por invasores, temos um exemplo de falha involuntária, inerente ao sistema.

Quando identificadas, as falhas são corrigidas pelas empresas que desenvolveram o sistema por meio da dis-tribuição de notificações e correções de segurança. O Windows Update, serviço da Microsoft para atualização do Windows, distribui, mensalmente, os patches (pacotes) de correções de falhas de segurança.

Ataques

Sem dúvidas, o assunto de maior destaque, tanto em concursos como no mundo real, são os ataques. Coor-denados ou isolados, os ataques procuram romper as barreiras de segurança definidas na Política de Segurança, com o objetivo de anular o sistema ou capturar dados.

Os ataques podem ser classificados como:

z Baixa complexidade: exploram falhas de segurança de forma isolada e são facilmente identificados e anulados;

z Média complexidade: combinam duas ou mais ferramentas e técnicas, para obter acesso aos dados, sendo de média complexidade para a solução, gerando impactos na operação dos sistemas, como a indisponibilidade;

z Alta complexidade: refinados e avançados, os ataques combinam o acesso às falhas do sistema, novos códi-gos maliciosos desconhecidos e a distribuição do ataque com redes zumbis, tornando difícil a resolução do problema.

Dicaz Ameaças existem e podem afetar ou não os sistemas computacionais;z Falhas existem e podem ser exploradas ou não pelos invasores;z Ataques são realizados todo o tempo contra todos os tipos de sistemas.

Vírus de Computador

O vírus de computador é a ameaça digital mais popular. Tem esse nome por se assemelhar a um vírus orgâ-nico ou biológico. O vírus biológico é um organismo que possui um código viral que infecta uma célula de outro organismo. Quando a célula infectada é acionada, o código viral é duplicado e se propaga para outras células saudáveis do corpo. Quanto mais vírus existirem no organismo, menor será o seu desempenho, fazendo com que recursos vitais sejam consumidos, podendo levar o hospedeiro à morte.

O vírus de computador é um código malicioso que infecta arquivos em um dispositivo. Quando o arquivo é executado, o código do vírus é duplicado, propagando-se para outros arquivos do computador. Quanto mais vírus existirem no dispositivo, menor será o seu desempenho, fazendo com que recursos computacionais sejam consu-midos, podendo levar o hospedeiro a uma falha catastrófica.

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1. E-mail com vírus de computador é enviado para o usuário

E-mail com vírus Usuário Arquivo

2. E-mail é aberto e o arquivo anexo infectado é executado.

E-mail com vírus Usuário Arquivo

3. O código do vírus é copiado para arquivos do computador

UsuárioE-mail com vírus Arquivo

Arquivo ArquivoUsuárioE-mail com vírus

4. Ao executar o arquivo infectado, novos arquivos serão infectados

O vírus de computador poderá entrar no dispositivo do usuário por meio de um arquivo anexado em uma mensagem de e-mail, ou por cópia de arquivos existentes em uma mídia removível, como o pen drive, recebidos por alguma rede social, baixados de sites na Internet, entre outras formas de contaminação.

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VÍRUS DE COMPUTADOR CARACTERÍSTICAS

Vírus de boot z Infectam o setor de boot do disco de inicializaçãoz Cada vez que o sistema é iniciado, o vírus é executado

Vírus de script Armazenados em sites na Internet, são carregados e executados quando o usuário acessa a página, usando um navegador de Internet

Vírus de macroz As macros são desenvolvidas em linguagem Visual Basic for Applications (VBA) nos arquivos do Office, para a automatização de tarefasz Quando desenvolvido com propósitos maliciosos, é um vírus de macro

Vírus do tipo mutante O vírus “mutante” ou “polimórfico”, a cada nova multiplicação, o novo vírus mantém traços do original, mas é diferente dele

Vírus time bomb São programados para agir em uma determinada data, causando algum tipo de dano no dia previamente agendado

Vírus stealth

z Um vírus stealth é um código malicioso muito complexo, que se esconde depois de infectar um computador z Ele mantém cópias dos arquivos que foram infectados para si e, quando um software antivírus realiza a detecção, apresenta o arquivo original, enganando o mecanismo de proteção

Vírus Nimdaz O vírus Nimda explora as falhas de segurança do sistema operacionalz Ele se propaga pelo correio eletrônico e, também, pela web, em diretórios comparti-lhados, pelas falhas de servidor Microsoft IIS e nas trocas de arquivos

Todos os sistemas operacionais são vulneráveis aos vírus de computador. Quando um vírus de computador é desenvolvido por um hacker, este procura elaborá-lo para um software que tenha uma grande quantidade de usuários iniciantes, o que aumenta as suas chances de sucesso.

O Windows, por exemplo, possui muitos usuários e a maioria deles não tem preocupações com segurança. Por isso, grande parte dos vírus de computadores são desenvolvidos para atacarem sistemas Windows.

O Linux, por sua vez, tem poucos usuários, se comparado ao Windows, e a maioria deles possui muito conhe-cimento sobre Informática, tornando a ação de vírus nesse sistema uma ocorrência rara.

Já o Android, software operacional dos smartphones populares, é uma variação do sistema Linux original. Apesar de possuir essa origem nobre, é alvo de milhares de vírus, por causa dos seus usuários, que, na maioria das vezes, não têm rotinas de proteção e segurança de seus aparelhos.

Um vírus de computador poderá ser recebido por e-mail, transferido de sites na Internet, compartilhado em arquivos, através do uso de mídias removíveis infectadas, nas redes sociais e por mensagens instantâneas. Vale lembrar, no entanto, que um vírus necessita ser executado para que entre em ação, pois ele tem um hospedeiro definido e um alvo estabelecido. Ele se propaga, inserindo cópias de si em outros arquivos, alterando ou removen-do arquivos do dispositivo para propagação e autoproteção, a fim de não ser detectado pelo antivírus.

Worms

O worm é um verme que explora de forma independente as vulnerabilidades nas redes de dispositivos. Geralmente, eles deixam a comunicação na rede lenta, por ocuparem a conexão de dados ao enviarem cópias de seu código malicioso.

Um verme biológico parasita um organismo, consumindo seus recursos e deixando o corpo debilitado. Um verme tecnológico parasita um dispositivo, consumindo seus recursos de memória e conexão de rede, deixando o aparelho e a rede de dados lentos.

Os worms não precisam ser executados pelo usuário como os vírus de computador e a sua propagação será rápida caso não existam barreiras de proteção que os impeçam.

1. Dispositivo infectado se conecta na rede do usuário

Smartphone com worm Roteador do Usuário Impressora

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2. Roteador infectado envia o worm para a impressora

Smartphone com worm Roteador do Usuário Impressora

3. Impressora infectada demora muito para imprimir

Smartphone com worm Roteador do Usuário Impressora

4. Um novo dispositivo se conecta e é infectado

Smartphone com worm

Smartphone

Roteador do Usuário Impressora

DicaOs worms infectam dispositivos e propagam-se para outros dispositivos de forma autônoma, sem interferên-cia do usuário.

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Os worms podem ser recebidos automaticamente pela rede, inseridos por um invasor ou por ação de outro código malicioso. Assim como os vírus, ele poderá ser recebido por e-mail, transferido de sites na Internet, com-partilhado em arquivos, por meio do uso de mídias removíveis infectadas, nas redes sociais e por mensagens instantâneas.

Com o objetivo de explorar as vulnerabilidades dos dispositivos, os worms enviam cópias de si mesmos para outros dispositivos e usuários conectados. Por serem autoexecutáveis, costumam consumir grande quantidade de recursos computacionais, promovendo a instalação de outros códigos maliciosos e iniciando ataques na Internet em busca de outras redes remotas.

Pragas Virtuais

As diversas pragas virtuais são, genericamente, chamadas de malwares (softwares maliciosos), por apresen-tarem características semelhantes: oferecem alguma vantagem para o usuário, mas realizam ações danosas que acabarão prejudicando-o.

z Cavalo de Troia ou Trojan

É um código malicioso que realiza operações mal-intencionadas enquanto realiza uma operação desejada pelo usuário, como um jogo on-line ou reprodução de um vídeo. Ele é enviado com o conteúdo desejado e, ao ser exe-cutado, desativa as proteções do dispositivo, para que o invasor tenha acesso aos arquivos e dados.

Esse nome está, justamente, relacionado com a história do presente dado pelos gregos aos troianos, consis-tindo em um cavalo de madeira, com soldados em seu interior. Após entrar nas fortificações de Troia, os gregos desativaram as defesas e permitiram o acesso do seu exército.

Importante!O Trojan ou Cavalo de Troia é apresentado, no enunciado de algumas questões de concursos, como um tipo de vírus de computador.

1. E-mail com Cavalo de Troia é enviado para o usuário

E-mail com vírus Usuário

2. E-mail é aberto e o link do jogo on-line é acessado

Jogo on-lineE-mail com vírus Usuário

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3. Enquanto o usuário joga, o trojan desativado as proteções

Jogo on-lineE-mail com vírus Usuário

Usuário Jogo on-line

4. Enquanto o usuário joga, o invasor consegue acesso

z Spyware

É um programa malicioso que procura monitorar as atividades do sistema e enviar os dados capturados durante a espionagem para terceiros. Existem softwares espiões considerados legítimos (instalados com o consen-timento do usuário) e maliciosos (que executam ações prejudiciais à privacidade do usuário).

Os softwares espiões podem ser especializados na captura de teclas digitadas (keylogger), nas telas e cliques efe-tuados (screenlogger) ou para apresentação de propagandas alinhadas com os hábitos do usuário (adware). Eles, geralmente, são instalados por outros programas maliciosos, para aumentar a quantidade de dados capturados.

z Bot

É um programa malicioso que mantém contato com o invasor, permitindo que comandos sejam executados remotamente. O dispositivo controlado por um bot poderá integrar uma rede de dispositivos zumbis, a chamada botnet.

Quando o invasor deseja atacar sites para provocar Negação de Serviço, ele aciona os bots que estão distri-buídos nos dispositivos do usuário, para que façam a ação danosa. Além de esconder os rastros da identidade do verdadeiro atacante, os bots poderão continuar sua propagação através do envio de cópias para outros contatos do usuário afetado.

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z Backdoor

É um código malicioso semelhante ao bot, mas que, além de executar comandos recebidos do invasor, realiza ações para desativação de proteções e aberturas de portas de conexão. O invasor, ciente das portas TCP que estão disponíveis, consegue acesso ao dispositivo para a instalação de outros códigos maliciosos e roubo de informações.

Assim como os spywares, existem backdoors legítimos (adicionados pelo desenvolvedor do software para fun-cionalidades administrativas) e ilegítimos (para operarem independente do consentimento do usuário).

z Rootkit

É um código malicioso especializado em esconder e assegurar a presença de outros códigos maliciosos para o invasor acessar o sistema. Essas pragas virtuais podem ser incorporadas em outras pragas, para que o código que camufla a presença seja executado, escondendo os rastros do software malicioso.

Após a remoção de um rootkit, o sistema afetado não se recupera dos dados apagados, sendo necessária uma cópia segura (backup) para restauração dos arquivos.

DicaCavalo de Troia, Spyware, Bot, Backdoor e Rootkit são as pragas digitais mais questionadas em concursos públicos.

Confira, na tabela a seguir, outras pragas digitais que ameaçam a Segurança da Informação e a privacidade dos usuários de sistemas computacionais.

CÓDIGO MALICIOSO CARACTERÍSTICAS

Bomba lógica Gatilho para a execução de outros códigos maliciosos que permanece inativa até que um evento acionador seja executado

Ransomware Sequestrador de dados que criptografa pastas, arquivos e discos inteiros, solicitando o pagamento de resgate para liberação

Scarewarez Simulam janelas do sistema operacional, induzindo o usuário a acionar um comando, fazendo a operação continuar normalmentez O comando iniciará a instalação de códigos maliciosos

Phishing Fraude que engana o usuário, induzindo-o a informar seus dados pessoais em páginas de captura de dados falsas

Pharming Ataque aos servidores de DNS para alteração das tabelas de sites, direcionando a navega-ção para sites falsos

Negação de ServiçoAtaques na rede que simulam tráfego acima do normal com pacotes de dados formatados incorretamente, fazendo o servidor remoto ocupar-se com os pedidos e erros, negando acesso para outros usuários

Sniffingz Código que analisa ou modifica o tráfego de dados na rede, em busca de informações relevantes como login e senhaz Enquanto o spyware não modifica o conteúdo, o sniffing pode alterar

Spoofing Falsifica dados de identificação, seja do remetente de um e-mail (e-mail Spoofing), do en-dereço IP, dos serviços ARP e DNS, escondendo a real identidade do atacante

Man-In-The-Midle Intercepta as comunicações da rede para roubar os dados que trafegam na conexão.

Man-In-The-Mobile Intercepta as comunicações do aparelho móvel, para roubar os dados que trafegam na conexão do aparelho smartphone

Ataque de dia zero Enquanto uma falha não é corrigida pelo desenvolvedor do software, invasores podem ex-plorar a vulnerabilidade identificada antes da implantação da proteção

Defacement Modificam páginas na Internet, alterando a sua apresentação (face) para os usuários visitantes

HiJacker Sequestrador de navegador que pode desde alterar a página inicial do browser, até realizar mudanças do mecanismo de pesquisas e direcionamento para servidores DNS falsos

Uma das ações mais comuns que procuram comprometer a segurança da informação é o ataque Phishing. O usuário recebe uma mensagem (por e-mail, rede social ou SMS no telefone) e é induzido a clicar em um link mali-cioso. O link acessa uma página que pode ser semelhante ao site original, induzindo o usuário a fornecer dados pessoais, como login e senha. Em ataques mais elaborados, as páginas capturam dados bancários e de cartões de crédito. O objetivo é simples: roubar dinheiro das contas do usuário.

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1. O usuário recebe um e-mail do “banco”, mas é falso

Usuário

2. O link direciona o usuário para um site falso

Usuário

3. Ele informa os seus dados pessoais

Usuário

4. Seus dados são enviados para o invasor, que rouba $$$ das contas bancárias ou faz compras no seu cartão de crédito

Usuário

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Outra ação mais elaborada tecnicamente é o Pharming. O invasor ataca um servidor DNS, modificando as tabelas que direcionam o tráfego de dados e o usuário acessa uma página falsa. Da mesma forma que o Phishing, esse ataque procura capturar dados bancários do usuário e roubar o seu dinheiro.

1. O atacante modifica a tabela de um servidor DNS

Usuário

2. O link alterado direciona o usuário para um site falso

Usuário

3. Ele informa os seus dados pessoais

Usuário

4. Seus dados são enviados para o invasor, que rouba $$$ das contas bancárias ou faz compras no seu cartão de crédito

Usuário

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SEGURANÇA CIBERNÉTICA: RESOLUÇÃO CMN Nº 4893, DE 26 DE FEVEREIRO DE 2021

Introdução

A Resolução nº 4.893, de 26 de fevereiro de 2021, do CMN, dispõe sobre a política de segurança cibernética e sobre os requisitos para a contratação de serviços de processamento e armazenamento de dados e de computação em nuvem a serem observados pelas instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil. Trata-se de uma norma muito recente e, por isso, relevante ao estudo para novas provas.

Por ser tema novo, essa Resolução ainda não foi abordada em provas de concursos. Assim, podemos até ter uma ideia de como o examinador pode cobrá-la, mas ainda não temos a certeza de como será.

Provavelmente, o examinador não deve sair muito do texto seco da norma, então destacaremos o que for mais importante você gravar. Essa é uma Resolução curta, de fácil entendimento e com grandes chances de cair na sua prova. Vamos lá!

RESOLUÇÃO Nº 4.893, DE 26/02/2021, DO CMN

Capítulo I — Do Objeto e do Âmbito de Aplicação

Art. 1º Esta Resolução dispõe sobre a política de segurança cibernética e sobre os requisitos para a contrata-ção de serviços de processamento e armazenamento de dados e de computação em nuvem a serem observa-dos pelas instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil.Parágrafo único. O disposto nesta Resolução não se aplica às instituições de pagamento, que devem observar a regu-lamentação emanada do Banco Central do Brasil, no exercício de suas atribuições legais.

O que é importante você ter em mente em relação ao primeiro artigo é que a resolução regula a contratação de serviços de armazenamento de dados. É uma resolução sobre segurança da informação para toda instituição que careça de autorização do BACEN para funcionar, à exceção das instituições de pagamento, que serão objeto de regulamentação própria.

Capítulo II — Da Política de Segurança Cibernética: Seção I — Da Implementação da Política de Segurança Cibernética

Art. 2º As instituições referidas no art. 1º devem implementar e manter política de segurança cibernética formu-lada com base em princípios e diretrizes que busquem assegurar a confidencialidade, a integridade e a disponi-bilidade dos dados e dos sistemas de informação utilizados.§ 1º A política mencionada no caput deve ser compatível com:I - o porte, o perfil de risco e o modelo de negócio da instituição;II - a natureza das operações e a complexidade dos produtos, serviços, atividades e processos da instituição; eIII - a sensibilidade dos dados e das informações sob responsabilidade da instituição.§ 2º Admite-se a adoção de política de segurança cibernética única por:I - conglomerado prudencial; eII - sistema cooperativo de crédito.§ 3º As instituições que não constituírem política de segurança cibernética própria em decorrência do disposto no § 2º devem formalizar a opção por essa faculdade em reunião do conselho de administração ou, na sua inexistência, da diretoria da instituição.

Note que confidencialidade, integridade e disponibilidade são princípios básicos de qualquer política de segu-rança da informação. Assim, não há grande inovação por parte da resolução.

Princípios e diretrizes que busquem

assegurar:

Confidencialidade

Integridade

Disponibilidade

O art. 3º trouxe os requisitos mínimos das políticas de segurança cibernética das instituições envolvidas. Trata-se de um tópico muito importante para sua prova! É importante gravá-los.

Art. 3º A política de segurança cibernética deve contemplar, no mínimo:I - os objetivos de segurança cibernética da instituição;

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II - os procedimentos e os controles adotados para reduzir a vulnerabilidade da instituição a incidentes e atender aos demais objetivos de segurança cibernética;III - os controles específicos, incluindo os volta-dos para a rastreabilidade da informação, que bus-quem garantir a segurança das informações sensíveis;IV - o registro, a análise da causa e do impacto, bem como o controle dos efeitos de incidentes relevantes para as atividades da instituição;V - as diretrizes para:a) a elaboração de cenários de incidentes con-siderados nos testes de continuidade de negócios;b) a definição de procedimentos e de controles voltados à prevenção e ao tratamento dos inci-dentes a serem adotados por empresas prestado-ras de serviços a terceiros que manuseiem dados ou informações sensíveis ou que sejam relevantes para a condução das atividades operacionais da instituição;c) a classificação dos dados e das informações quanto à relevância; ed) a definição dos parâmetros a serem utiliza-dos na avaliação da relevância dos incidentes;VI - os mecanismos para disseminação da cul-tura de segurança cibernética na instituição, incluindo:a) a implementação de programas de capacita-ção e de avaliação periódica de pessoal;b) a prestação de informações a clientes e usuá-rios sobre precauções na utilização de produtos e serviços financeiros; ec) o comprometimento da alta administração com a melhoria contínua dos procedimentos relacionados com a segurança cibernética; eVII - as iniciativas para compartilhamento de informações sobre os incidentes relevantes, mencionados no inciso IV, com as demais insti-tuições referidas no art. 1º.§ 1º Na definição dos objetivos de segurança ciber-nética referidos no inciso I do caput, deve ser contemplada a capacidade da instituição para pre-venir, detectar e reduzir a vulnerabilidade a inci-dentes relacionados com o ambiente cibernético.§ 2º Os procedimentos e os controles de que trata o inciso II do caput devem abranger, no mínimo, a autenticação, a criptografia, a prevenção e a detecção de intrusão, a prevenção de vaza-mento de informações, a realização periódica de testes e varreduras para detecção de vul-nerabilidades, a proteção contra softwares maliciosos, o estabelecimento de mecanismos de rastreabilidade, os controles de acesso e de segmentação da rede de computadores e a manutenção de cópias de segurança dos dados e das informações.

Os procedimentos e controles devem abranger:

z Autenticação; z Criptografia; z Prevenção e detecção de intrusão; z Prevenção de vazamento de informações; z Realização periódica de testes e varreduras; z Proteção contra softwares maliciosos; z Mecanismos de rastreabilidade; z Controles de acesso e de segmentação da rede; z Manutenção de cópias de segurança dos dados e

informações.

Art. 3° [...]§ 3º Os procedimentos e os controles citados no inciso II do caput devem ser aplicados, inclusive, no desenvolvimento de sistemas de informação segu-ros e na adoção de novas tecnologias empregadas nas atividades da instituição.§ 4º O registro, a análise da causa e do impacto, bem como o controle dos efeitos de incidentes, cita-dos no inciso IV do caput, devem abranger inclusive informações recebidas de empresas prestadoras de serviços a terceiros.§ 5º As diretrizes de que trata o inciso V, alínea «b», do caput, devem contemplar procedimentos e controles em níveis de complexidade, abrangência e precisão compatíveis com os utilizados pela pró-pria instituição.

Seção II — Da Divulgação da Política de Segurança Cibernética

Art. 4º A política de segurança cibernética deve ser divulgada aos funcionários da instituição e às empresas prestadoras de serviços a terceiros, mediante linguagem clara, acessível e em nível de detalhamento compatível com as funções desem-penhadas e com a sensibilidade das informações.

A divulgação aos funcionários e às empresas é o único jeito de garantir a publicidade da política de segurança cibernética da instituição. Não adian-ta nada ter a política se ninguém estiver sabendo. A divulgação de tais informações devem ser prestadas de maneira clara e acessível.

Art. 5º As instituições devem divulgar ao público resumo contendo as linhas gerais da política de segurança cibernética.

Vale lembrar que o público leigo precisa compreen-der as políticas da instituição, inclusive para fazer valer seus direitos de consumidor posteriormente.

Seção III — Do Plano de Ação e de Resposta a Incidentes

Art. 6º As instituições referidas no art. 1º devem estabelecer plano de ação e de resposta a inci-dentes visando à implementação da política de segurança cibernética.Parágrafo único. O plano mencionado no caput deve abranger, no mínimo:I - as ações a serem desenvolvidas pela institui-ção para adequar suas estruturas organizacional e operacional aos princípios e às diretrizes da políti-ca de segurança cibernética;II - as rotinas, os procedimentos, os controles e as tecnologias a serem utilizados na prevenção e na resposta a incidentes, em conformidade com as diretrizes da política de segurança cibernética; eIII - a área responsável pelo registro e controle dos efeitos de incidentes relevantes.

Seria muito pretencioso imaginar que a seguran-ça da informação de uma instituição é intransponí-vel. Incidentes sempre acontecem e quase nunca são previsíveis. Por isso, a resolução exige que as insti-tuições estejam prontas a agir quando os incidentes acontecerem.

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DicaMais uma vez, tome cuidado com esses requisi-tos mínimos. Por exemplo, perguntas a respeito dos requisitos mínimos de procedimento e con-trole, mas que, nas alternativas, são colocados os requisitos do plano de resposta a incidentes podem ocorrer na prova, por isso é importante ter bastante foco nesse assunto.

Art. 7º As instituições referidas no art. 1º devem designar diretor responsável pela política de segu-rança cibernética e pela execução do plano de ação e de resposta a incidentes.Parágrafo único. O diretor mencionado no caput pode desempenhar outras funções na instituição, desde que não haja conflito de interesses.

Caso o seu concurso cobre conhecimentos sobre a Lei Geral de Proteção de Dados, saiba que esse diretor pode ser o Encarregado de Dados da instituição. Não é uma obrigatoriedade, mas a função de encarregado de dados pode ser abrangida por essa. Caso você não precise estudar a LGPD, não se preocupe, apenas saiba que precisa ter um diretor de segurança cibernética.

Art. 8º As instituições referidas no art. 1º devem elaborar relatório anual sobre a implementação do plano de ação e de resposta a incidentes, mencio-nado no art. 6º, com data-base de 31 de dezembro.§ 1º O relatório de que trata o caput deve abordar, no mínimo:I - a efetividade da implementação das ações descri-tas no art. 6º, parágrafo único, inciso I;II - o resumo dos resultados obtidos na implementa-ção das rotinas, dos procedimentos, dos controles e das tecnologias a serem utilizados na prevenção e na resposta a incidentes descritos no art. 6º, pará-grafo único, inciso II;III - os incidentes relevantes relacionados com o ambiente cibernético ocorridos no período; eIV - os resultados dos testes de continuidade de negócios, considerando cenários de indisponibili-dade ocasionada por incidentes.§ 2º O relatório mencionado no caput deve ser:I - submetido ao comitê de risco, quando existente; eII - apresentado ao conselho de administração ou, na sua inexistência, à diretoria da instituição até 31 de março do ano seguinte ao da data-base.

Note que os requisitos mínimos foram menciona-dos novamente. Eles são de grande relevância para sua prova.

Art. 9º A política de segurança cibernética refe-rida no art. 2º e o plano de ação e de resposta a incidentes mencionado no art. 6º devem ser aprovados pelo conselho de administração ou, na sua inexistência, pela diretoria da instituição.

Tome cuidado, o examinador pode querer “brin-car” com quem pode aprovar a política de segurança cibernética e o plano de ação e de resposta a inciden-tes. Quem aprova é o conselho de administração! Apenas se não houver um conselho de administração é que a aprovação vai para a diretoria da instituição.

Art. 10 A política de segurança cibernética e o pla-no de ação e de resposta a incidentes devem ser docu-mentados e revisados, no mínimo, anualmente.

A periodicidade da revisão e documentação da polí-tica e do plano é a que a instituição escolher, respeitado o mínimo anual. Assim, se, em um ano, a instituição quiser revisar 50 mil vezes, ela pode. O importante é que não pode passar um ano sem revisar!

Capítulo III — Da Contratação de Serviços de Processamento e Armazenamento de Dados e de Computação em Nuvem

Art. 11 As instituições referidas no art. 1º devem assegurar que suas políticas, estratégias e estruturas para gerenciamento de riscos previs-tas na regulamentação em vigor, especificamente no tocante aos critérios de decisão quanto à ter-ceirização de serviços, contemplem a contrata-ção de serviços relevantes de processamento e armazenamento de dados e de computação em nuvem, no País ou no exterior.Art. 12 As instituições mencionadas no art. 1º, pre-viamente à contratação de serviços relevantes de processamento e armazenamento de dados e de computação em nuvem, devem adotar procedi-mentos que contemplem:I - a adoção de práticas de governança corpo-rativa e de gestão proporcionais à relevância do serviço a ser contratado e aos riscos a que estejam expostas; eII - a verificação da capacidade do potencial prestador de serviço de assegurar:a) o cumprimento da legislação e da regulamenta-ção em vigor;b) o acesso da instituição aos dados e às informa-ções a serem processados ou armazenados pelo prestador de serviço;c) a confidencialidade, a integridade, a disponibili-dade e a recuperação dos dados e das informações processados ou armazenados pelo prestador de serviço;d) a sua aderência a certificações exigidas pela insti-tuição para a prestação do serviço a ser contratado;e) o acesso da instituição contratante aos relatórios elaborados por empresa de auditoria especializada independente contratada pelo prestador de serviço, relativos aos procedimentos e aos controles utiliza-dos na prestação dos serviços a serem contratados;f) o provimento de informações e de recursos de gestão adequados ao monitoramento dos serviços a serem prestados;g) a identificação e a segregação dos dados dos clientes da instituição por meio de controles físicos ou lógicos; eh) a qualidade dos controles de acesso voltados à proteção dos dados e das informações dos clientes da instituição.§ 1º Na avaliação da relevância do serviço a ser contratado, mencionada no inciso I do caput, a instituição contratante deve considerar a critici-dade do serviço e a sensibilidade dos dados e das informações a serem processados, armazenados e gerenciados pelo contratado, levando em conta, inclusive, a classificação realizada nos termos do art. 3º, inciso V, alínea “c”.§ 2º Os procedimentos de que trata o caput, inclusi-ve as informações relativas à verificação menciona-da no inciso II, devem ser documentados.§ 3º No caso da execução de aplicativos por meio da internet, referidos no inciso III do art. 13, a institui-ção deve assegurar que o potencial prestador dos serviços adote controles que mitiguem os efeitos de eventuais vulnerabilidades na liberação de novas versões do aplicativo.

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§ 4º A instituição deve possuir recursos e competên-cias necessários para a adequada gestão dos servi-ços a serem contratados, inclusive para análise de informações e uso de recursos providos nos termos da alínea «f» do inciso II do caput.

Neste artigo, existem vários requisitos mínimos. Trata-se de um tópico que pode ser explorado em sua prova. Atente-se aos termos da lei.

Art. 13 Para os fins do disposto nesta Resolução, os serviços de computação em nuvem abrangem a disponibilidade à instituição contratante, sob demanda e de maneira virtual, de ao menos um dos seguintes serviços:I - processamento de dados, armazenamento de dados, infraestrutura de redes e outros recursos computacionais que permitam à instituição contra-tante implantar ou executar softwares, que podem incluir sistemas operacionais e aplicativos desen-volvidos pela instituição ou por ela adquiridos;II - implantação ou execução de aplicativos desen-volvidos pela instituição contratante, ou por ela adquiridos, utilizando recursos computacionais do prestador de serviços; ouIII - execução, por meio da internet, de aplicativos implantados ou desenvolvidos pelo prestador de serviço, com a utilização de recursos computacio-nais do próprio prestador de serviços.

Repare na expressão “ao menos um”. Se é “ao menos um”, não precisa ser todos. Ou seja, esses servi-ços não são cumulativos. A instituição pode contratar todos, se quiser, mas, ao menos um, precisa ser con-tratado. Não são dois, nem três, o mínimo. É um só!

Art. 14 A instituição contratante dos serviços mencionados no art. 12 é responsável pela confiabi-lidade, pela integridade, pela disponibilidade, pela segurança e pelo sigilo em relação aos serviços con-tratados, bem como pelo cumprimento da legisla-ção e da regulamentação em vigor.

Esse artigo é muito importante. O examinador pode confundir a cabeça dos candidatos e falar que quem é responsável é a instituição contratada. Aten-ção! É a instituição contratante quem responderá se a contratada prestar o serviço inadequadamente. Por isso a importância de a instituição contratar prestado-res de serviço idôneos.

Art. 15 A contratação de serviços relevantes de processamento, armazenamento de dados e de computação em nuvem deve ser comunicada pelas instituições referidas no art. 1º ao Banco Central do Brasil.§ 1º A comunicação mencionada no caput deve con-ter as seguintes informações:I - a denominação da empresa contratada;II - os serviços relevantes contratados; eIII - a indicação dos países e das regiões em cada país onde os serviços poderão ser presta-dos e os dados poderão ser armazenados, proces-sados e gerenciados, definida nos termos do inciso III do art. 16, no caso de contratação no exterior.§ 2º A comunicação de que trata o caput deve ser realizada até dez dias após a contratação dos serviços.

§ 3º As alterações contratuais que impliquem modi-ficação das informações de que trata o § 1º devem ser comunicadas ao Banco Central do Brasil até dez dias após a alteração contratual.

Atenção especial aos requisitos mínimos da comu-nicação de contratação de serviços, previstas no § 1º, do art. 15. Atente-se, também, ao prazo de 10 dias para que a comunicação seja realizada, contados após rea-lizada a contratação dos serviços.

Art. 16 A contratação de serviços relevantes de processamento, armazenamento de dados e de computação em nuvem prestados no exterior deve observar os seguintes requisitos:I - a existência de convênio para troca de informa-ções entre o Banco Central do Brasil e as autori-dades supervisoras dos países onde os serviços poderão ser prestados;II - a instituição contratante deve assegurar que a prestação dos serviços referidos no caput não cause prejuízos ao seu regular funcionamento nem embaraço à atuação do Banco Central do Brasil;III - a instituição contratante deve definir, previa-mente à contratação, os países e as regiões em cada país onde os serviços poderão ser prestados e os dados poderão ser armazenados, processados e gerenciados; eIV - a instituição contratante deve prever alterna-tivas para a continuidade dos negócios, no caso de impossibilidade de manutenção ou extinção do con-trato de prestação de serviços.§ 1º No caso de inexistência de convênio nos ter-mos do inciso I do caput, a instituição contratante deverá solicitar autorização do Banco Central do Brasil para:I - a contratação do serviço, no prazo mínimo de sessenta dias antes da contratação, observado o disposto no art. 15, § 1º, desta Resolução; eII - as alterações contratuais que impliquem modi-ficação das informações de que trata o art. 15, § 1º, observando o prazo mínimo de sessenta dias antes da alteração contratual.§ 2º Para atendimento aos incisos II e III do caput, as instituições deverão assegurar que a legislação e a regulamentação nos países e nas regiões em cada país onde os serviços poderão ser prestados não restringem nem impedem o acesso das institui-ções contratantes e do Banco Central do Brasil aos dados e às informações.§ 3º A comprovação do atendimento aos requisitos de que tratam os incisos I a IV do caput e o cumpri-mento da exigência de que trata o § 2º devem ser documentados.

Perceba que os requisitos versam sobre a presta-ção de serviço realizada no exterior. Atente-se aos requisitos mínimos. Aliás, eles aparecerão no artigo a seguir:

Art. 17 Os contratos para prestação de ser-viços relevantes de processamento, armaze-namento de dados e computação em nuvem devem prever:I - a indicação dos países e da região em cada país onde os serviços poderão ser prestados e os dados poderão ser armazenados, processados e gerenciados;II - a adoção de medidas de segurança para a transmissão e armazenamento dos dados citados no inciso I do caput;

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III - a manutenção, enquanto o contrato estiver vigente, da segregação dos dados e dos controles de acesso para proteção das informações dos clientes;IV - a obrigatoriedade, em caso de extinção do contrato, de:a) transferência dos dados citados no inciso I do caput ao novo prestador de serviços ou à institui-ção contratante; eb) exclusão dos dados citados no inciso I do caput pela empresa contratada substituída, após a trans-ferência dos dados prevista na alínea “a” e a con-firmação da integridade e da disponibilidade dos dados recebidos;V - o acesso da instituição contratante a:a) informações fornecidas pela empresa contrata-da, visando a verificar o cumprimento do disposto nos incisos I a III do caput;b) informações relativas às certificações e aos rela-tórios de auditoria especializada, citados no art. 12, inciso II, alíneas “d” e “e”; ec) informações e recursos de gestão adequados ao monitoramento dos serviços a serem prestados, citados no art. 12, inciso II, alínea “f”;VI - a obrigação de a empresa contratada notificar a instituição contratante sobre a subcontratação de serviços relevantes para a instituição;VII - a permissão de acesso do Banco Central do Brasil aos contratos e aos acordos firmados para a prestação de serviços, à documentação e às informações referentes aos serviços prestados, aos dados armazenados e às informações sobre seus processamentos, às cópias de segurança dos dados e das informações, bem como aos códigos de acesso aos dados e às informações;VIII - a adoção de medidas pela instituição con-tratante, em decorrência de determinação do Ban-co Central do Brasil; eIX - a obrigação de a empresa contratada manter a instituição contratante permanentemen-te informada sobre eventuais limitações que possam afetar a prestação dos serviços ou o cumprimento da legislação e da regulamentação em vigor.Parágrafo único. Os contratos mencionados no caput devem prever, para o caso da decretação de regime de resolução da instituição contratante pelo Banco Central do Brasil:I - a obrigação de a empresa contratada conceder pleno e irrestrito acesso do responsável pelo regi-me de resolução aos contratos, aos acordos, à docu-mentação e às informações referentes aos serviços prestados, aos dados armazenados e às informa-ções sobre seus processamentos, às cópias de segu-rança dos dados e das informações, bem como aos códigos de acesso citados no inciso VII do caput que estejam em poder da empresa contratada; eII - a obrigação de notificação prévia do responsá-vel pelo regime de resolução sobre a intenção de a empresa contratada interromper a prestação de ser-viços, com pelo menos trinta dias de antecedência da data prevista para a interrupção, observado que:a) a empresa contratada obriga-se a aceitar even-tual pedido de prazo adicional de trinta dias para a interrupção do serviço, feito pelo responsável pelo regime de resolução; eb) a notificação prévia deverá ocorrer também na situação em que a interrupção for motivada por inadimplência da contratante.

O art. 18 traz a única exceção às regras dos artigos antecedentes. Vejamos:

Art. 18 O disposto nos arts. 11 a 17 não se aplica à contratação de sistemas operados por câma-ras, por prestadores de serviços de compensação e de liquidação ou por entidades que exerçam ati-vidades de registro ou de depósito centralizado.

DicaTudo que envolve exceções a uma regra é tema quente para concurso público.

Capítulo IV — Disposições Gerais

As disposições gerais já começam com os já tão falados requisitos mínimos, quais sejam, os requisitos sobre a continuidade dos negócios nas políticas:

Art. 19 As instituições referidas no art. 1º devem assegurar que suas políticas para gerenciamento de riscos previstas na regulamentação em vigor disponham, no tocante à continuidade de negócios, sobre:I - o tratamento dos incidentes relevantes relacio-nados com o ambiente cibernético de que trata o art. 3º, inciso IV;II - os procedimentos a serem seguidos no caso da interrupção de serviços relevantes de processamen-to e armazenamento de dados e de computação em nuvem contratados, abrangendo cenários que con-siderem a substituição da empresa contratada e o reestabelecimento da operação normal da institui-ção; eIII - os cenários de incidentes considerados nos tes-tes de continuidade de negócios de que trata o art. 3º, inciso V, alínea “a”.Art. 20 Os procedimentos adotados pelas institui-ções para gerenciamento de riscos previstos na regulamentação em vigor devem contemplar, no tocante à continuidade de negócios:I - o tratamento previsto para mitigar os efeitos dos incidentes relevantes de que trata o inciso IV do art. 3º e da interrupção dos serviços relevantes de processamento, armazenamento de dados e de computação em nuvem contratados;II - o prazo estipulado para reinício ou normaliza-ção das suas atividades ou dos serviços relevantes interrompidos, citados no inciso I do caput; eIII - a comunicação tempestiva ao Banco Central do Brasil das ocorrências de incidentes relevantes e das interrupções dos serviços relevantes citados no inciso I do caput que configurem uma situação de crise pela instituição financeira, bem como das providências para o reinício das suas atividades.Parágrafo único. As instituições devem estabele-cer e documentar os critérios que configurem uma situação de crise de que trata o inciso III do caput.Art. 21 As instituições de que trata o art. 1º devem instituir mecanismos de acompanhamento e de controle com vistas a assegurar a implementação e a efetividade da política de segurança cibernética, do plano de ação e de resposta a incidentes e dos requisitos para contratação de serviços de proces-samento e armazenamento de dados e de computa-ção em nuvem, incluindo:I - a definição de processos, testes e trilhas de auditoria;II - a definição de métricas e indicadores adequados; eIII - a identificação e a correção de eventuais deficiências.§ 1º As notificações recebidas sobre a subcontra-tação de serviços relevantes descritas no art. 17, inciso VI, devem ser consideradas na definição dos mecanismos de que trata o caput.

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§ 2º Os mecanismos de que trata o caput devem ser submetidos a testes periódicos pela auditoria inter-na, quando aplicável, compatíveis com os controles internos da instituição.Art. 22 Sem prejuízo do dever de sigilo e da livre concorrência, as instituições mencionadas no art. 1º devem desenvolver iniciativas para o comparti-lhamento de informações sobre os incidentes rele-vantes de que trata o art. 3º, inciso IV.§ 1º O compartilhamento de que trata o caput deve abranger informações sobre incidentes relevantes recebidas de empresas prestadoras de serviços a terceiros.§ 2º As informações compartilhadas devem estar disponíveis ao Banco Central do Brasil.

Ou seja, de acordo com o art. 22, é mais importan-te a proteção do consumidor e do titular de dados do que o sigilo sobre os incidentes! Para fins de prova, na dúvida, marque a assertiva que melhor proteger o vulnerável da relação jurídica (sempre o consumidor, o trabalhador, o titular de dados etc.).

Capítulo V — Disposições Finais

Art. 23 Devem ficar à disposição do Banco Central do Brasil pelo prazo de cinco anos:I - o documento relativo à política de segurança cibernética, de que trata o art. 2º;II - a ata de reunião do conselho de administração ou, na sua inexistência, da diretoria da instituição, no caso de ser formalizada a opção de que trata o art. 2º, § 2º;III - o documento relativo ao plano de ação e de res-posta a incidentes, de que trata o art. 6º;IV - o relatório anual, de que trata o art. 8º;V - a documentação sobre os procedimentos de que trata o art. 12, § 2º;VI - a documentação de que trata o art. 16, § 3º, no caso de serviços prestados no exterior;VII - os contratos de que trata o art. 17, contado o pra-zo referido no caput a partir da extinção do contrato;VIII - os dados, os registros e as informações relati-vas aos mecanismos de acompanhamento e de con-trole de que trata o art. 21, contado o prazo referido no caput a partir da implementação dos citados mecanismos; eIX - a documentação com os critérios que configu-rem uma situação de crise de que trata o art. 20, Parágrafo único.

Atente-se ao prazo. Prazo sempre é tema quente para cair em prova. O examinador coloca a íntegra do artigo, mas muda esses “cinco anos” para “dez anos” e o candidato poderá ser induzido a erro.

Art. 24 O Banco Central do Brasil poderá adotar as medidas necessárias para cumprimento do disposto nesta Resolução, bem como estabelecer:I - os requisitos e os procedimentos para o com-partilhamento de informações, nos termos do art. 22;II - a exigência de certificações e outros requi-sitos técnicos a serem requeridos das empresas contratadas, pela instituição financeira contratan-te, na prestação dos serviços de que trata o art. 12;III - os prazos máximos de que trata o art. 20, inciso II para reinício ou normalização das atividades ou dos serviços relevantes interrompidos; eIV - os requisitos técnicos e procedimentos ope-racionais a serem observados pelas institui-ções para o cumprimento desta Resolução.

Esse artigo é muito importante, pois traz ações possíveis a serem realizadas pelo Banco Central do Brasil (BACEN).

Art. 25 As instituições referidas no art. 1º que, em 26 de abril de 2018, já tinham contratado a pres-tação de serviços relevantes de processamento, armazenamento de dados e de computação em nuvem devem adequar o contrato para a prestação de tais serviços:I - ao cumprimento do disposto no art. 16, incisos I, II, IV e § 2º, no caso de serviços prestados no exte-rior; eII - ao disposto nos arts. 15, § 1º, e 17.Parágrafo único. O prazo previsto para adequação ao disposto no caput não pode ultrapassar 31 de dezembro 2021.

De acordo com o art. 25, os contratos anteriores devem ser emendados para se adequarem à nova norma. É quase como se a resolução tivesse efeito retroativo.

Art. 26 O Banco Central do Brasil poderá vetar ou impor restrições para a contratação de servi-ços de processamento e armazenamento de dados e de computação em nuvem quando constatar, a qualquer tempo, a inobservância do disposto nes-ta Resolução, bem como a limitação à atuação do Banco Central do Brasil, estabelecendo prazo para a adequação dos referidos serviços.

Está aí outra ação do BACEN, portanto exige bas-tante atenção.

De resto, a lei tem só mais dois artigos, sendo que o art. 27 fala das resoluções que ficaram revogadas por esta e o art. 28 fala a data de entrada em vigor da reso-lução em comento (01/07/2021):

Art. 27 Ficam revogadas:I - a Resolução nº 4.658, de 26 de abril de 2018; eII - a Resolução nº 4.752, de 26 de setembro de 2019.Art. 28 Esta Resolução entra em vigor em 1º de julho de 2021.

CONCEITOS DE ORGANIZAÇÃO E DE GERENCIAMENTO DE INFORMAÇÕES, ARQUIVOS, PASTAS E PROGRAMAS

No Windows 10, os diretórios são chamados de pas-tas e alguns tipos são especiais, contendo coleções de arquivos que são chamadas de Bibliotecas. Ao todo, são quatro Bibliotecas: Documentos, Imagens, Músicas e Vídeos. O usuário poderá criá-las para sua organiza-ção pessoal, uma vez que otimizam a organização dos arquivos e pastas, inserindo apenas ligações para os itens em seus locais originais.

Pasta comsubpasta

Pasta semsubpasta

Pasta vazia

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O sistema de arquivos NTFS (New Technology File System) armazena os dados dos arquivos em localizações dos discos de armazenamento. Por sua vez, os arquivos possuem nome e podem ter extensões.

Esse sistema suporta unidades de armazenamento de até 256 TB (terabytes, trilhões de bytes).O FAT32 suporta unidades de até 2 TB.Antes de prosseguir, vamos conhecer esses conceitos.

TERMO SIGNIFICADO OU APLICAÇÃO

Disco de armazenamento Unidade de disco de armazenamento permanente, que possui um sistema de arquivos e mantém os dados gravados.

Sistema de arquivos Estruturas lógicas que endereçam as partes físicas do disco de armazenamento. NTFS, FAT32, FAT são alguns exemplos de sistemas de arquivos do Windows.

Trilhas Circunferência do disco físico (como um hard disk HD ou unidades removíveis ópticas).Setores São ‘fatias’ do disco, que dividem as trilhas.Clusters Unidades de armazenamento no disco, identificado pela trilha e setor onde se encontra.

Pastas ou diretórios Estrutura lógica do sistema de arquivos para organização dos dados na unidade de disco.Arquivos Dados. Podem ter extensões.

Extensão Pode identificar o tipo de arquivo, associando com um software que permita visualização e/ou edição. As pastas podem ter extensões como parte do nome.

AtalhosArquivos especiais, que apontam para outros itens computacionais, como unidades, pas-tas, arquivos, dispositivos, sites na Internet, locais na rede etc. Os ícones possuem uma seta, para diferenciar dos itens originais.

O disco de armazenamento de dados tem o seu tamanho identificado em Bytes. São milhões, bilhões e até tri-lhões de bytes de capacidade. Os nomes usados são do Sistema Internacional de Medidas (SI) e estão listados na escala a seguir.

Byte(B)

Kilobyte(KB) mil

Megabyte(MB)

milhão

Gigabyte(GB)

bilhão

Terabyte(TB)

trilhão

Petabyte(PB)

Exabyte(EB)

Ainda não temos discos com capacidade na ordem de Petabytes (PB – quatrilhão de bytes) vendidos comer-cialmente. Hoje estas medidas muito altas são usadas para identificar grandes volumes de dados na nuvem, em servidores de redes, em empresas de dados etc.

Vamos falar um pouco sobre Bytes: 1 Byte representa uma letra, ou número, ou símbolo. Ele é formado por 8 bits, que são sinais elétricos (que vale zero ou um). Os dispositivos eletrônicos utilizam o sistema binário para repre-sentação de informações.

A palavra “Nova”, quando armazenada no dispositivo, ocupará 4 bytes. São 32 bits de informação gravada na memória.

A palavra “Concursos”, ocupará 9 bytes, que são 72 bits de informação.Os bits e bytes estão presentes em diversos momentos do cotidiano. Um plano de dados de celular oferece um

pacote de 5 GB, ou seja, poderá transferir até 5 bilhões de bytes no período contratado. A conexão Wi-Fi de sua residência está operando em 150 Mbps, ou 150 megabits por segundo, que são 18,75 MB por segundo, assim, um arquivo com 75 MB de tamanho levará 4 segundos para ser transferido do seu dispositivo para o roteador wireless.

Importante!O tamanho dos arquivos no Windows 10 é exibido em modo de visualização de Detalhes, nas Propriedades (botão direito do mouse, menu de contexto) e na barra de status do Explorador de Arquivos. Poderão ter as unidades KB, MB, GB, TB, indicando quanto espaço ocupam no disco de armazenamento.

Quando os computadores pessoais foram apresentados para o público, a árvore foi usada como analogia para explicar o armazenamento de dados, criando o termo “árvore de diretórios”.

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Pastas e subpastas Tronco e galhos

Diretório raiz

DocumentosImagensMúsicasVídeos

Raiz

FolhasFloresFrutos

Árvore de diretórios

No Windows 10, a organização segue a definição:

z Pastas

� Estruturas do Sistema Operacional: Arquivos de Programas (Program Files), Usuários (Users), Windows. A primeira pasta da unidade é cha-mada raiz (da árvore de diretórios), represen-tada pela barra invertida: Documentos (Meus Documentos), Imagens (Minhas Imagens), Vídeos (Meus Vídeos), Músicas (Minhas Músi-cas) – bibliotecas.

� Estruturas do Usuário: Documentos (Meus Docu-mentos), Imagens (Minhas Imagens), Vídeos (Meus Vídeos), Músicas (Minhas Músicas) – bibliotecas.

� Área de Trabalho: Desktop, que permite aces-so à Lixeira, Barra de Tarefas, pastas, arquivos, programas e atalhos.

� Lixeira do Windows: Armazena os arquivos de discos rígidos que foram excluídos, permi-tindo a recuperação dos dados.

z Atalhos

� Arquivos que indicam outro local: Extensão LNK, podem ser criados arrastando o item com ALT ou CTRL+SHIFT pressionado.

z Drivers

� Arquivos de configuração: Extensão DLL e outras, usadas para comunicação do software com o hardware

O Windows 10 usa o Explorador de Arquivos (que antes era Windows Explorer) para o gerenciamento de pastas e arquivos. Ele é usado para as operações de manipulação de informações no computador, desde o básico (formatar discos de armazenamento) até o avan-çado (organizar coleções de arquivos em Bibliotecas).

O atalho de teclado Windows+E pode ser acionado para executar o Explorador de Arquivos.

Como o Windows 10 está associado a uma con-ta Microsoft (e-mail Live, ou Hotmail, ou MSN, ou Outlook), o usuário tem disponível um espaço de armazenamento de dados na nuvem Microsoft One-Drive. No Explorador de Arquivos, no painel do lado direito, o ícone OneDrive sincroniza os itens com a nuvem. Ao inserir arquivos ou pastas no OneDrive, eles serão enviados para a nuvem e sincronizados com outros dispositivos que estejam conectados na mesma conta de usuário.

Os atalhos são representados por ícones com uma seta no canto inferior esquerdo, e podem apontar para um arquivo, pasta ou unidade de disco. Os atalhos são independentes dos objetos que os referenciam, por-tanto, se forem excluídos, não afetam o arquivo, pasta ou unidade de disco que estão apontando.

Podemos criar um atalho de várias formas diferentes:

z Arrastar um item segurando a tecla Alt no teclado, e ao soltar, o atalho é criado;

z No menu de contexto (botão direito) escolha “Enviar para... Área de Trabalho (criar atalho);

z Um atalho para uma pasta cujo conteúdo está sen-do exibido no Explorador de Arquivos pode ser criado na área de trabalho arrastando o ícone da pasta, mostrado na barra de endereços e soltando--o na área de trabalho.

Arquivos ocultos, arquivos de sistema, arquivos somente leitura... os atributos dos itens podem ser definidos pelo item Propriedades no menu de con-texto. O Explorador de Arquivos pode exibir itens que tenham o atributo oculto, desde que ajuste a configu-ração correspondente.

REDES DE COMPUTADORES: CONCEITOS BÁSICOS, FERRAMENTAS, APLICATIVOS E PROCEDIMENTOS DE INTERNET E INTRANET

A Internet é a rede mundial de computadores e surgiu nos Estados Unidos com propósitos militares, para proteger os sistemas de comunicação em caso de ataque nuclear durante a Guerra Fria.

Na corrida atrás de tecnologias e inovações, Esta-dos Unidos e União Soviética lançavam projetos que procuravam proteger as informações secretas de ambos os países e seus blocos de influência.

ARPANET, criada pela ARPA, sigla para Advanced Research Projects Agency, era um modelo de troca e compartilhamento de informações que permitia a descentralização desses elementos, sem um “nó central”, garantindo a continuidade da rede mesmo quando um nó fosse desligado.

A troca de mensagens começou antes da própria Internet. Logo, o e-mail surgiu primeiro, e depois veio a Internet como a conhecemos e a usamos.

Ela também passou a ser usada pelo meio educa-cional (universidades) para fomentar a pesquisa aca-dêmica. No início dos anos 90, ela se tornou aberta e comercial, permitindo o acesso de todos.

Usuário ModemProvedor de Acesso Internet

Para acessar a Internet, o usuário utiliza um modem que se conecta a um provedor de acesso por meio de uma linha telefônica

A navegação na Internet é possível por meio da combinação de protocolos, linguagens e serviços, ope-rando nas camadas do modelo OSI (7 camadas) ou TCP (5 camadas ou 4 camadas).

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A Internet conecta diversos países e grandes cen-tros urbanos por meio de estruturas físicas chamadas de backbones. São conexões de alta velocidade que permitem a troca de dados entre as redes conectadas. O usuário não consegue se conectar diretamente no backbone. Ele deve acessar um provedor de acesso ou uma operadora de telefonia por um modem e a empresa se conecta na “espinha dorsal”.

Após a conexão na rede mundial, o usuário deve utilizar programas específicos para realizar a navega-ção e o acesso ao conteúdo oferecido pelos servidores.

CONCEITO USO COMENTÁRIOS

Internet Conexão entre computadores

Conhecido como nuvem e também como World Wide Web, ou WWW, a Internet é um ambiente inseguro, que utiliza o protocolo TCP para conexão em conjunto a outros para aplicações específicas.

Intranet Conexão com autenticação

Ambiente seguro que exige identifi-cação, podendo estar restrito a um local, que poderá acessar a Inter-net ou não. A Intranet utiliza o mes-mo protocolo da Internet, o TCP, podendo usar o UDP também.

ExtranetConexão entre d i s p o s i t i vo s ou redes

Conexão remota segura, prote-gida com criptografia, entre dois dispositivos, ou duas redes. O acesso remoto é geralmente su-portado por uma VPN.

Os editais costumam explicitar Internet e Intranet, mas também questionam Extranet. A conexão remota segura que conecta Intranet’s por meio um ambiente inseguro como é a Internet é naturalmente um resul-tado das redes de computadores.

Internet, Intranet e Extranet

IntranetInternet Extranet

Protocolos TCP/IPUtiliza os mesmos

protocolos da Internet

Protocolos seguros

Redes de computadores

Acesso remoto seguro

Criptografia em VPNFamília TCP/IPPadrão de

comunicação

Rede mundial de computadores

Rede local de acesso restrito

A Internet é transparente para o usuário. Qualquer usuário poderá acessá-la sem ter conhecimento técni-co dos equipamentos que existem para possibilitar a conexão.

NAVEGADOR WEB (MICROSOFT EDGE VERSÃO 91 E MOZILLA FIREFOX VERSÃO 78 ESR), BUSCA E PESQUISA NA WEB

Os navegadores de Internet reconhecem os proto-colos da família TCP/IP, os quais permitem a comunica-ção entre os dispositivos nas redes de computadores.

São exemplos de protocolos de transferência de dados: HTTP (hipertextos), HTTPS (hipertextos de forma segura), FTP (arquivos), SMTP (mensagens de correio eletrônico), NNTP (grupos de discussão e notícias), entre outros.

Ao navegar na Internet com um navegador ou bro-wser, o usuário está em uma sessão de navegação que poderá ser em janelas ou em guias dentro das janelas.

As guias ou abas podem ser iniciadas com o clique em links das páginas visitadas, clique no link enquan-to mantém a tecla CTRL pressionada, atalho de tecla-do Ctrl+T para nova guia em branco ou clique no link com o botão direito do mouse para acessar o menu de contexto e escolher a opção “Abrir link em nova guia”. As guias ou abas podem ser fechadas com o atalho de teclado Ctrl+W ou Ctrl+F4.

A janela de navegação “normal” é aberta com o atalho de teclado Ctrl+N, ou clique no link enquanto mantém a tecla SHIFT pressionada, ou, clique no link com o botão direito do mouse para acessar o menu de contexto e escolher a opção “Abrir link em nova jane-la”. A janela poderá ser fechada com o atalho de tecla-do Alt+F4. Se houver várias guias abertas na janela com o atalho de teclado Alt+F4 todas serão fechadas.

Para reabrir uma guia ou janela que foi fechada, pressione o atalho de teclado Ctrl+Shift+T.

Os navegadores de Internet permitem a continua-ção da navegação nas guias que estavam abertas na última sessão. Alterando as configurações do navega-dor, na próxima vez que ele for executado, exibirá as últimas guias que foram acessadas na última sessão.

Os navegadores de Internet não permitem a edi-ção de arquivos PDF de forma nativa. O formato PDF é o mais popular para distribuição de conteúdo na Internet e pode ser editado por aplicativos específicos, como o Microsoft Word.

Os navegadores de Internet possuem mecanismos internos que procuram proteger a navegação do usuá-rio por sites, alertando sobre sites que tenham con-teúdo malicioso, download automático de códigos, arquivos que são potencialmente perigosos se execu-tados, entre outras medidas.

Importante!Os navegadores possuem mais recursos em comum do que diferenças. As bancas costumam perguntar os itens que são diferentes ou exclusivos.

Microsoft Edge

Navegador multiplataforma da Microsoft, padrão no Windows 10, atualmente é desenvolvido sobre o kernel (núcleo) Google Chromium, o que traz uma série de itens semelhantes ao Google Chrome. Integrado com o filtro Microsoft Defender SmartScreen, permite o blo-queio de sites que contenham phishing (códigos mali-ciosos que procuram enganar o usuário, como páginas que pedem login/senha do cartão de crédito).

Outro recurso de proteção é usado para combater vulnerabilidades do tipo XSS (cross-site-scripting), que favorecem o ataque de códigos maliciosos ao compar-tilhar dados entre sites sem permissão do usuário. Ele substituiu o aplicativo Leitor, tornando-se o visualiza-dor padrão de arquivos PDFs no Windows 10. Foram adicionados recursos que permitem “Desenhar” sobre o conteúdo do PDF.

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Além disso, mantém as características dos outros navegadores de Internet, como a possibilidade de instalação de extensões ou complementos, também chamados de plugins ou add-ons, que permitem adicionar recursos espe-cíficos para a navegação em determinados sites.

As páginas acessadas poderão ser salvas para acessar off-line, marcadas como preferidas em Favoritos, consul-tadas no Histórico de Navegação ou salvas como PDF no dispositivo do usuário.

Coleções, no Microsoft Edge, é um recurso exclusivo que permite que a navegação inicie em um dispositivo e continue em outro, dispositivo logado na mesma conta Microsoft. Semelhante ao Google Contas, mas nomeado como Coleções no Edge, permite adicionar sugestões do Pinterest.

Outro recurso específico do navegador é a reprodução de miniaturas de vídeos ao pesquisar no site Microsoft Bing (buscador da Microsoft).

Mozilla Firefox

O Mozilla Firefox é o navegador de Internet que, como os demais browsers, possibilita o acesso ao conteúdo armazenado em servidores remotos, tanto na Internet como na Intranet. É um navegador com código aberto, soft-ware livre, que permite download para estudo e modificações. Possui suporte ao uso de applets (complementos de terceiros), que são instalados por outros programas no computador do usuário, como o Java.

Oferece o recurso Firefox Sync, para sincronização de dados de navegação, semelhante ao Microsoft Contas e Google Contas dos outros navegadores. Entretanto, caso utilize o modo de navegação privativa, esses dados não serão sincronizados.

Assim como nos outros navegadores, é possível definir uma página inicial padrão, uma página inicial escolhi-da pelo usuário (ou várias páginas) e continuar a navegação das guias abertas na última sessão.

No navegador Firefox, o recurso Captura de Tela permite copiar, para a Área de Transferência do computador, parte da imagem da janela que está sendo acessada. A seguir, em outro aplicativo o usuário poderá colar a ima-gem capturada ou salvar diretamente pelo navegador.

Snippets fazem parte do navegador Firefox. Eles oferecem pequenas dicas para que você possa aproveitar ao máximo o Firefox. Também pode aparecer novidades sobre produtos Firefox, missão e ativismo da Mozilla, notí-cias sobre integridade da internet e muito mais.

Sites de Busca e Pesquisa

Na Internet, os sites (sítios) de busca e pesquisa têm como finalidade apresentar os resultados de endereços URLs com as informações solicitadas pelo usuário.

Google Buscas, da empresa Google, e Microsoft Bing, da Microsoft, são os dois principais sites de pesquisa da atualidade. No passado, sites como Cadê, Aonde, Altavista e Yahoo também contribuíram para a acessibilidade das informações existentes na Internet, indexando em diretórios os conteúdos disponíveis.

Os sites de pesquisas foram incorporados aos navegadores de Internet e, na configuração dos browsers, temos a opção “Mecanismo de pesquisa”, que permite a busca dos termos digitados diretamente na barra de endereços do cliente web. Essa funcionalidade transforma a nossa barra de endereços em uma omnibox (caixa de pesqui-sa inteligente), que preenche com os termos pesquisados anteriormente e oferece sugestões para completar a pesquisa.

O Microsoft Edge tem o Microsoft Bing como buscador padrão. O Mozilla Firefox e o Google Chrome têm o Google Buscas como buscador padrão. As configurações podem ser personalizadas pelo usuário.

Os sites de pesquisas incorporam recursos para operações cotidianas, como pesquisa por textos, imagens, notícias, mapas, produtos para comprar em lojas on-line, efetua cálculos matemáticos, tradução de textos de um idioma para outro, entre inúmeras funcionalidades. Esses sites ignoram pontuação, acentuação e não diferen-ciam letras maiúsculas de letras minúsculas, mesmo que sejam digitadas entre aspas.

Além de todas essas características, os sites de pesquisa permitem o uso de caracteres especiais (símbolos) para refinar os resultados, e comandos para selecionar o tipo de resultado da pesquisa. Nos concursos públicos, esses são os itens mais questionados.

Ao contrário de muitos outros tópicos dos editais de concursos públicos, essa parte você consegue praticar até no seu smartphone. Comece a usar os símbolos e comandos nas suas pesquisas na Internet e visualize os resulta-dos obtidos.

SÍMBOLO USO EXEMPLO

Aspas duplas Pesquisa exata, na mesma ordem que forem digitados os termos “Nova Concursos”

Menos ou traço Excluir termo da pesquisa concursos –militares

Til (acento) Pesquisar sinônimos concursos ~públicos

AsteriscoSubstituir termos na pesquisa, para pesqui-sar “inscrições encerradas”, e “inscrições abertas”, e “inscrições suspensas” etc

inscrições *

Cifrão Pesquisar por preço celulares $1000

Dois pontos Intervalo de datas ou preço campeão 1980..1990

Arroba Pesquisar em redes sociais @Instagram novaconcursos

Hashtags Pesquisar nas marcações de postagens #informática

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COMANDO USO EXEMPLOsite: Resultados de apenas um site livro site:www.uol.com.brfiletype: Somente um tipo de arquivo apostila filetype:pdfdefine: Definição de um termo define:smtpintitle: No título da página intitle:concursosinurl: No endereço URL da página inurl:novatime: Pesquisa o horário em determinado local time:japanrelated: Sites relacionados related:uol.com.brcache: Versão anterior do site cache:uol.com.brlink: Páginas que contenham link para outras link: novaconcursoslocation: Informações de um determinado local location:méxico terremoto

Os comandos são seguidos de dois pontos e não possuem espaço com a informação digitada na pesquisa.O site de pesquisas Google também oferece respostas para pedidos de buscas. O site Microsoft Bing oferece

mecanismos similares.As possibilidades são quase infinitas, pois os assistentes digitais (Alexa, Google Assistent, Siri, Cortana) permi-

tem a pesquisa por voz. Veja alguns exemplos de pedidos de buscas nos sites de pesquisas.

PEDIDO USO EXEMPLOtraduzir ... para ... Google Tradutor traduzir maçã para japonêslista telefônica:número Páginas com o telefone Lista telefônica:99999-9999código da ação Cotação da bolsa de valores GOOGclima localidade Previsão do tempo clima são paulocódigo do voo Status de um voo (viagens) ba247

Os resultados apresentados pelas pesquisas do site são filtrados pelo SafeSearch. O recurso procura filtrar os resultados com conteúdo adulto, evitando a sua exibição. Quando desativado, os resultados de conteúdo adulto serão exibidos normalmente.

No Microsoft Bing, na página do buscador www.bing.com, acesse o menu no canto superior direito e escolha o item Pesquisa Segura.

No Google, na página do site do buscador www.google.com, acesse o menu Configurações no canto inferior direito e escolha o item Configurações de Pesquisa.

Importante!As bancas costumam questionar funcionalidades do Microsoft Bing que são idênticas às funcionalidades do Google Buscas, com o intuito de confundir os candidatos acerca do recurso questionado.

CORREIO ELETRÔNICO, GRUPOS DE DISCUSSÃO, FÓRUNS E WIKIS

O e-mail (Electronic Mail, correio eletrônico) é uma forma de comunicação assíncrona, ou seja, mesmo que o usuário não esteja on-line, a mensagem será armazenada em sua caixa de entrada, permanecendo disponível até ela ser acessada novamente.

O correio eletrônico (popularmente conhecido como e-mail) tem mais de 40 anos de existência. Foi um dos primeiros serviços que surgiu para a Internet, mantendo-se usual até os dias de hoje.

PROGRAMA CARACTERÍSTICAS

O Mozilla Thunderbird é um cliente de e-mail gratuito com código aberto que poderá ser usado em diferentes plataformas

O eM Client é um cliente de e-mail gratuito para uso pessoal no ambiente Windows e Mac. Facilmente configurável, tem a versão Pro para clientes corporativos

O Microsoft Outlook, integrante do pacote Microsoft Office, é um cliente de e-mail que permite a integração de várias contas em uma caixa de entrada combinada

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PROGRAMA CARACTERÍSTICAS

O Microsoft Outlook Express foi o cliente de e-mail padrão das antigas versões do Windows. Ainda aparece listado nos editais de concursos, porém não pode ser utilizado nas versões atuais do sistema operacional

Webmail. Quando o usuário utiliza um navegador de Internet qualquer para acessar sua caixa de mensagens no servidor de e-mails, ele está acessando pela modalidade webmail

O Microsoft Outlook possui recursos que permitem o acesso ao correio eletrônico (e-mail), organização das men-sagens em pastas, sinalizadores, acompanhamento e também recursos relacionados a reuniões e compromissos.

Os eventos adicionados ao calendário poderão ser enviados na forma de notificação por e-mail para os participantes.

O Outlook possui o programa para instalação no computador do usuário e a versão on-line. A versão on-li-ne poderá ser gratuita (Outlook.com, antigo Hotmail) ou corporativa (Outlook Web Access – OWA, integrante do Microsoft Office 365).

Usuário

@

Figura 3. Para acessar as mensagens armazenadas em um servidor de e-mails, o usuário pode usar um cliente de e-mail ou o navegador de Internet

Formas de Acesso ao Correio Eletrônico

Podemos usar um programa instalado em nosso dispositivo (cliente de e-mail) ou qualquer navegador de Inter-net para acessarmos as mensagens recebidas. A escolha por uma ou por outra opção vai além da preferência do usuário. Cada forma de acesso tem suas características e protocolos. Confira:

FORMA DE ACESSO CARACTERÍSTICAS

Cliente de E-mail Protocolo SMTP para enviar mensagens e POP3 para receber. As mensagens são transferidas do ser-vidor para o cliente e são apagadas da caixa de mensagens remota

Webmail Protocolo IMAP4 para enviar e para receber mensagens. As mensagens são copiadas do servidor para a janela do navegador e são mantidas na caixa de mensagens remota

Cliente de e-mail

Receber – POP3

Usuário Usuário

Servidor de e-mailsServidor de e-mails

Receber IMAP4

Navegador de Internet

Figura 4. Usando o protocolo POP3, a mensagem é transferida para o programa de e-mail do usuário e removida do servidor. Usando o protocolo IMAP4, a mensagem é copiada para o navegador de Internet e mantida no servidor de e-mails.

Os protocolos de e-mails são usados para a troca de mensagens entre os envolvidos na comunicação. O usuário pode personalizar a sua configuração, mas, em concursos públicos, o que vale é a configuração padrão, a qual foi apresentada neste material.

SMTP (Simple Mail Transfer Protocol) é o Protocolo para Transferência Simples de E-mails usado pelo clien-te de e-mail para enviar para o servidor de mensagens e entre os servidores de mensagens do remetente e do destinatário.

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POP3 ou apenas POP (Post Office Protocol 3) é o Protocolo de Correio Eletrônico usado pelo cliente de e-mail para receber as mensagens do servidor remoto, removendo-as da caixa de entrada remota.

IMAP4 ou IMAP (Internet Message Access Protocol) é o Protocolo de Acesso às Mensagens via Internet, o qual é usado pelo navegador de Internet (sobre os protocolos HTTP e HTTPS) na modalidade de acesso webmail, para transferir cópias das mensagens para a janela do navegador, mantendo as originais na caixa de mensagens do servidor remoto.

Remetente ClienteDestinatário

Webmail

Enviar e ReceberIMAP4

Servidor GmailServidor Exchange

Receber – POP3

Enviar – SMTP

Enviar e ReceberSMTP

Figura 5. O remetente está usando o programa Microsoft Outlook (cliente) para enviar um e-mail. Ele usa o seu e-mail corporativo (Exchange). O e-mail do destinatário é hospedado no servidor Gmail e ele utiliza um navegador de Internet (webmail) para ler e responder os e-mails

recebidos.

Uso do Correio Eletrônico

Para utilizar o serviço de correio eletrônico, o usuário deve ter uma conta cadastrada em um serviço de e-mail. O formato do endereço foi definido inicialmente pela RFC822, redefinida pela RFC2822, e atualizada na RFC5322.

DicaRFC é Request for Comments, um documento de texto colaborativo que descreve os padrões de cada proto-colo, linguagem e serviço para ser usado nas redes de computadores.

De forma semelhante ao endereço URL para recursos armazenados em servidores, o correio eletrônico tam-bém possui o seu formato.

Existem bancas organizadoras que consideram o formato reduzido, usuário@provedor, no enunciado das questões, em vez do formato detalhado usuá[email protected]ínio.país. Ambos estão corretos.

CAMPOS DE UM ENDEREÇO DE E-MAIL – USUÁ[email protected]ÍNIO.PAÍS

COMPONENTE CARACTERÍSTICAS

Usuário Antes do símbolo de @, identifica um único usuário no serviço de e-mail

@ Significa AT (lê-se “em” ou “no”) e é usado para separar a parte esquerda, que identifica o usuário, da parte a sua direita, que identifica o provedor do serviço de mensagens eletrônicas

Nome do domínio Imediatamente após o símbolo de @, identifica a empresa ou provedor que armazena o serviço de e-mail (o servidor de e-mail executa softwares como o Microsoft Exchange Server por exemplo)

Categoria do domínioIdentifica o tipo de provedor, por exemplo: COM (comercial), .EDU (educacional), REC (entretenimento), GOV (governo), ORG (organização não governamental) etc., de acordo com as definições de Domínios de Primeiro Nível (DPN) na Internet

País Informação que poderá ser omitida, quando o serviço está registrado nos Estados Unidos. O país é informado por duas letras, como: BR, Brasil; AR; Argentina; JP; Japão; CN; China; CO; Colômbia; etc.

DicaQuando o símbolo @ é usado no início, antes do nome do usuário, identifica uma conta em rede social. Para o endereço URL do Instagram https://www.instagram.com/novaconcursos/, o nome do usuário é @novaconcursos.

Ao redigir um novo e-mail, o usuário poderá preencher os campos disponíveis para destinatário(s), título da mensagem, entre outros. Para enviar a mensagem, é preciso que exista um destinatário informado em um dos campos de destinatários.

Se um destinatário informado não existir no servidor de e-mails do destino, a mensagem será devolvida. Se a caixa de entrada do destinatário não puder receber mais mensagens, a mensagem será devolvida. Se o servidor de e-mails do destinatário estiver ocupado, a mensagem tentará ser entregue depois.

Conheça os elementos e seu papel na criação de uma nova mensagem de e-mail:

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CAMPOS DE UMA MENSAGEM DE E-MAIL

CAMPO CARACTERÍSTICAS

FROM (De) Identifica o usuário que está enviando a mensagem eletrônica, o remetente. É preenchido auto-maticamente pelo sistema

TO (Para)Identifica o (primeiro) destinatário da mensagem. Poderão ser especificados vários endereços de destinatários nesse campo e serão separados por vírgula ou ponto e vírgula (segundo o serviço). Todos que receberem a mensagem conhecerão os outros destinatários informados nesse campo

CC (com cópia ou cópia carbono)Identifica os destinatários da mensagem que receberão uma cópia do e-mail. CC é o acrônimo de Carbon Copy (cópia carbono)Todos que receberem a mensagem conhecerão os outros destinatários informados nesse campo

BCC (CCO – com cópia oculta ou cópia carbono oculta)

Identifica os destinatários da mensagem que receberão uma cópia do e-mail. BCC é o acrônimo de Blind Carbon Copy (cópia carbono oculta). Todos que receberem a mensagem não conhece-rão os destinatários informados nesse campo

SUBJECT (assunto) Identifica o conteúdo ou título da mensagem. É um campo opcional

ATTACH (anexo)Anexar Arquivo: Identifica o(s) arquivo(s) que está(ão) sendo enviado(s) junto com a mensagem. Existem restrições quanto ao tamanho do anexo e tipo (executáveis são bloqueados pelos web-mails). Não são enviadas pastas

Mensagem O conteúdo da mensagem de e-mail poderá ter uma assinatura associada inserida no final

As mensagens enviadas, recebidas, apagadas ou salvas estarão em pastas do servidor de correio eletrônico, nominadas como “caixas de mensagens”.

A pasta Caixa de Entrada contém as mensagens recebidas, lidas e não lidas.A pasta Itens Enviados contém as mensagens efetivamente enviadas.A pasta Itens Excluídos contém as mensagens apagadas.A pasta Rascunhos contém as mensagens salvas e não enviadas.A pasta Caixa de Saída contém as mensagens que o usuário enviou, mas que ainda não foram transferidas

para o servidor de e-mails. Semelhante ao que ocorre quando enviamos uma mensagem no app WhatsApp, mas estamos sem conexão com a Internet, a mensagem permanece com um ícone de relógio enquanto não for enviada.

Lixo Eletrônico ou SPAM é um local para onde são direcionadas as mensagens sinalizadas como lixo. Spam é o termo usado para referir-se aos e-mails não solicitados, que geralmente são enviados para um grande núme-ro de pessoas. Quando o conteúdo é exclusivamente comercial, esse tipo de mensagem é chamado de UCE (do inglês Unsolicited Commercial E-mail – e-mail comercial não solicitado). Essas mensagens são marcadas pelo filtro AntiSpam e procuram identificar mensagens enviadas para muitos destinatários ou com conteúdo publicitário irrelevante para o usuário.

Outras Operações com o Correio Eletrônico

O usuário poderá sinalizar as mensagens, tanto as recebidas como as enviadas. Ele poderá solicitar confirma-ção de entrega e confirmação de leitura. Vale dizer que as mensagens recebidas podem ser impressas, ignoradas ou, ainda, podem ter seu código-fonte exibido.

Confira, a seguir, operações extras para o uso do correio eletrônico com mais habilidade e profissionalismo, facilitando a organização do usuário.

Ação e Características

z Alta prioridade: Quando marca a mensagem como Alta Prioridade, o destinatário verá um ponto de exclama-ção vermelho no destaque do título;

z Baixa prioridade: Quando o remetente marca a mensagem como Baixa Prioridade, o destinatário verá uma seta azul apontando para Baixo no destaque do título;

z Imprimir mensagem: O programa de e-mail ou navegador de Internet prepara a mensagem para ser impressa, sem as pastas e opções da visualização do e-mail;

z Ver código fonte da mensagem: As mensagens possuem um cabeçalho com informações técnicas sobre o e-mail, as quais podem ser visualizadas pelo usuário;

z Ignorar: Disponível no cliente de e-mail e em alguns webmails, ao ignorar uma mensagem, as próximas men-sagens recebidas do mesmo remetente serão excluídas imediatamente ao serem armazenadas na Caixa de Entrada;

z Lixo Eletrônico: Sinalizador que move a mensagem para a pasta Lixo Eletrônico e instrui o correio eletrônico para fazer o mesmo com as próximas mensagens recebidas daquele remetente;

z Tentativa de Phishing: Sinalizador que move a mensagem para a pasta Itens Excluídos e instrui o serviço de e-mail sobre o remetente da mensagem estar enviando links maliciosos que tentam capturar dados dos usuários;

z Confirmação de Entrega: O servidor de e-mails do destinatário envia uma confirmação de entrega, informando que a mensagem foi entregue na Caixa de Entrada dele com sucesso;

z Confirmação de Leitura: O destinatário pode confirmar ou não a leitura da mensagem que foi enviada para ele.

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A confirmação de entrega é independente da con-firmação de leitura. Quando o remetente está elabo-rando uma mensagem de e-mail, ele poderá marcar as duas opções simultaneamente. Se as duas opções forem marcadas, o remetente poderá receber duas confirmações para a mensagem que enviou, sendo uma do servidor de e-mails do destinatário e outra do próprio destinatário.

Servidor Exchange Servidor Gmail

Remetente ClienteWebmail

Destinatário

Enviar e-mail com confirmação de entrega

O servidor confirma a entrega do e-mail na caixa de entreda do destinatário

Recebendo a confirmação de entrega

Figura 6. Quando uma mensagem é enviada com Confirmação de Entrega, o remetente recebe a confirmação do servidor de e-mails

do destinatário, informando que ela foi armazenada corretamente na Caixa de Entrada do e-mail do destinatário.

Servidor Exchange Servidor Gmail

Remetente

O destinatário confirma a leitura

da mensagem

Enviar e-mail

ClienteWebmail

Destinatário

Enviar e-mail com confirmação de leitura

Recebendo a confirmação de leitura

Figura 7. Quando uma mensagem é enviada com Confirmação de Leitura, o destinatário poderá confirmar (ou não) que fez a leitura do

conteúdo do e-mail.

Grupos de Discussão e Fóruns

Existem serviços na Internet que possibilitam a troca de mensagens entre os assinantes de uma lista de discussão. O Grupos do Google é o último serviço em atividade, segundo o formato original.

Yahoo Grupos foi encerrado em 15 de dezembro de 2019 e seus membros não poderão mais enviar ou receber e-mails.

Grupo de Discussão, ou Lista de Discussão, ou Fórum de Discussão são denominações equivalentes para um serviço que centraliza as mensagens recebi-das que foram enviadas pelos membros redistribuin-do-as para os demais participantes.

Os grupos de discussão do Facebook surgiram den-tro da rede social e ganharam adeptos, especialmente pela facilidade de acesso, associação e participação.

ITEM CARACTERÍSTICASPrivacidade O grupo poderá ser público e visível,

ou restrito e visível (qualquer um pode pedir para participar), ou secreto e in-visível (somente convidados podem ingressar)

Proprietário Criador do grupoGerentes ou

ModeradoresParticipantes convidados pelo proprie-tário para auxiliar na moderação das mensagens e gerenciamento do grupo

ITEM CARACTERÍSTICASAdministrador Em grupos no Facebook, pode ser o

criador ou gerente/moderador convi-dado pelo dono do grupo

Assinatura Como receberá as mensagens: poderá ser uma por uma, resumo das mensa-gens por e-mail, ou e-mail de resumos (com os tópicos recebidos no grupo), ou nenhum e-mail (para leitura na pá-gina do grupo)

Quais são as vantagens de um grupo?

z Os participantes podem enviar uma mensagem que será enviada para todos os participantes;

z Permite reunir pessoas com os mesmos interesses; z Organizar reuniões, eventos e conferências; z Ter uma caixa de mensagens colaborativa, com

possibilidade de acesso aos conteúdos que foram enviados antes do seu ingresso no grupo.

Os antigos grupos de discussão constituíram o modelo a ser seguido para o desenvolvimento dos grupos do Facebook, WhatsApp e Telegram. Nesses grupos, o participante envia um post, anúncio, ou arquivo e todos podem consultar na página o que foi compartilhado.

Como funcionam os grupos de discussão?

O usuário envia um e-mail para um endereço defi-nido e faz a assinatura. Outras formas de associação incluem o pedido diretamente na página do grupo ou o link recebido em um convite por e-mail.

Depois de associado ao grupo, ele receberá em seu e-mail as mensagens que os outros usuários enviarem. Poderá optar por um resumo das mensagens, ou resumo semanal, ou apenas visualizar na página do grupo. Lem-brando que, nos anos 90/2000, os e-mails tinham tama-nho limitado para a caixa de entrada de cada usuário.

O envio para um endereço único permite a distribui-ção para os assinantes da lista de discussão. Uma cópia da mensagem e anexos, se houverem, será disponibiliza-da no mural da página do grupo, para consultas futuras.

Mensagem enviada para todos os participantes inscritos no grupo de discussão

Grupos de discussão

Usuário participante

Mensagem enviada para o endereço de e-mail do grupo

Usuários da InternetQuem não é inscrito no grupo, não recebe

a mensagem

Figura 8. Os usuários participantes dos grupos de discussão trocam mensagens através de um hub que centraliza e distribui para os

demais participantes.

A qualquer momento o usuário poderá desistir e sair do grupo, tanto pela página como por um endere-ço de e-mail próprio (unsubscribe).

A principal diferença entre um grupo de discussão e uma lista de distribuição de e-mails está relacionada com a exibição do endereço dos participantes. Em um grupo de discussão, cada membro tem acesso a um endereço que enviará cópia para todos os participan-tes do grupo. Nas mensagens respondidas, aparece o endereço original do remetente.

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Apesar do tópico aparecer em diversos editais de concursos, faz vários anos que não são aplicadas questões sobre o tema, em todos os concursos, inde-pendente da banca organizadora.

DicaOs Grupos de Discussão (com as características e funcionalidades originais) desapareceram ao longo do tempo, sendo substituídos pelos gru-pos nas redes sociais (com novos recursos e integração com os perfis delas). Esse é um tópi-co que deverá ser questionado cada vez menos, assim como Redes Sociais.

Wikis

Em suma, podemos conceituar um wiki como sendo uma espécie de website cuja principal caracte-rística é ser uma enciclopédia aberta, na qual todos os usuários participam e colaboram na criação e manutenção dos conteúdos ali contidos. Exemplo: Wikipedia.

REDES SOCIAIS (TWITTER, FACEBOOK, LINKEDIN, WHATSAPP, YOUTUBE, INSTAGRAM E TELEGRAM)

REDES SOCIAIS

As redes sociais se tornaram populares entre os usuários, ao oferecerem os pilares dos relacionamen-tos em formato digital: curtir, comentar e compartilhar.

Teoricamente, elas se dividem em duas categorias: sites de relacionamento (redes sociais) e mídias sociais.

Na prática, estes conceitos acabam sendo sobre-postos nas novas redes.

O modelo pode ser centralizado, descentralizado ou distribuído.

No modelo centralizado, as informações são exi-bidas para os usuários a partir de servidores de uma empresa, de acordo com os parâmetros de cada usuá-rio. Localização, idade, sexo, preferências políticas, e todas as demais informações dadas pelos usuários no perfil da rede social, serão usadas para a apresentação dos resultados na linha do tempo dele. O Twitter é um exemplo centralizado, com distribuição de conteúdo semelhante à topologia Estrela, das redes de computa-dores, com um nó centralizador.

As redes sociais ou mídias descentralizadas são aquelas que, apesar de existirem nós maiores e prin-cipais, os usuários acessam apenas parte das informa-ções disponíveis. Critérios informados nos perfis dos usuários, postagens que ele curtiu, postagens que ele ocultou para não ver mais nada relacionado, grupos dentro das redes sociais, etc. O Facebook é um exem-plo de rede descentralizada, onde as conexões pes-soais são expandidas para o grupo.

As redes sociais distribuídas são aquelas que dependem das conexões de um usuário para ter aces-so a outras conexões. O LinkedIn é um exemplo, que prioriza as conexões conhecidas e as conexões rela-cionadas, independente dos grupos onde o usuário está participando no momento.

Em todas as redes sociais, a super exposição de dados de usuários pode comprometer a segurança da informação. Técnicas de Engenharia Social podem

ser usadas para vasculhar as informações publicadas pelos usuários, à procura de conexões, relacionamen-tos, senhas, dados de documentos e outras informa-ções que poderão ser usadas contra o usuário.

CARACTERÍSTICAS PÚBLICO ALVO

O Facebook é a maior rede so-cial da atualidade.

Todos os usuários de Inter-net e empresas.

O Twitter é uma rede social para publicações curtas e rápidas.

Ativistas, artistas, empresas e políticos.

O LinkedIn é uma rede social para conexões entre empresas e empregados.

Empresas, empregados, em-pregadores e candidatos.

Facebook Workplace, usado por empresas para conectar seus colaboradores.

Empresas que contratem o serviço e seus colaboradores.

O Instagram é uma rede social para compartilhamento de fo-tos, vídeos e venda de produtos.

Todos os usuários de Internet e empresas.

O WhatsApp é um aplicativo multiplataforma de mensa-gens instantâneas e chama-das de voz para smartphones. É um aplicativo multifuncional que permite aos usuários o compartilhamento de mensa-gens de texto, imagens, vídeos, autocolantes (figurinhas), gifs, documentos em PDF, além de permitir fazer ligações de voz e vídeo grátis por meio de uma conexão com a internet e, mais recentemente, transa-ções financeiras, como efetuar e solicitar pagamentos.

Todos os usuários de Internet e empresas.

O Telegram é um serviço de mensagens instantâneas ba-seado em nuvem, estando dis-ponível para uso em diversos terminais, tais como: compu-tadores, tablets, smartphones e ainda como aplicação web. O serviço permite o envio e com-partilhamento de mensagens em massa, além da troca de fotos, autocolantes (figurinhas) e arquivos de qualquer tipo.

Todos os usuários de Internet e empresas.

O Tumblr é uma rede social para compartilhamento de conteúdo como blogs (textos, imagens, vídeos, links etc.)

Todos os usuários de Internet e empresas.

Wordpress é um portal de blogs que permite o armaze-namento de websites.

Usuários de Internet com foco em produção de conteúdo.

O Youtube é um portal de ví-deos com recursos de redes sociais.

Produtores de conteúdo mul-timídia e consumidores.

O Wikipedia é um site para publicação de conhecimento no formato colaborativo.

Usuários colaboradores e vo-luntários que contribuem com novos conteúdos e revisões.

Saiba:Redes sociais é um tópico pouco questionado em

concursos públicos, devido às atualizações que elas oferecem quase diariamente em seus recursos e ope-ração de algoritmos. Se comparar o Facebook de hoje com as regras e recursos do Facebook do ano passa-do, poderá ver a quantidade de funcionalidades que foram alteradas.

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VISÃO GERAL SOBRE SISTEMAS DE SUPORTE À DECISÃO E INTELIGÊNCIA DE NEGÓCIO

ORIGEM E APLICAÇÃO

Os sistemas de informação, definidos na Teoria Geral dos Sistemas (TGS), apresentam-se de forma prática quando aplicados nos negócios.

A visão geral sobre os sistemas de suporte à decisão permite conhecer as diferentes categorias em que eles são utilizados nas empresas. A inteligência de negócio é a tomada de decisões baseadas em informações consolidadas produzidas por relatórios e tabelas de um sistema de suporte.

Inicialmente, vamos conhecer as três categorias de sistemas de informação em uma empresa:

z Decision Support Systems (DSS), ou Sistemas de Apoio a Decisão: são baseados em relatórios analíticos, normal-mente utilizados por usuários de nível operacional;

z Management Information Systems (MIS), ou Sistemas de Informações Gerenciais: permitem análises mais pro-fundas, com a realização de simulações de cenários. Por vezes, utilizam-se de ferramentas de Data Mining para identificação de cruzamentos não triviais. São utilizados por analistas de negócio no nível tático;

z Executive Information Systems (EIS), ou Sistemas de Informações Executivas: são voltados para profissionais que atuam no nível estratégico das empresas, como diretores e presidência. Oferecem, para tanto, um conjun-to de indicadores-chave de performance (KPI, ou Key Performance Indicators).

Esta classificação em nível macro, permite compreender que não existe um sistema completo, geral e inde-pendente na empresa. Temos vários tipos de sistemas, altamente especializados, que colaboram entre si para a produção de consolidados que poderão ser usados pelos executivos e gerentes na tomada de decisão.

Na TGS, os sistemas também podem ser classificados por outros critérios, em um contexto específico:

z Pelo grau de formalidade; z Pelo grau de automatização aplicado; z Pela relação com a tomada de decisão; z Pela natureza dos inputs e outputs; z Pela fonte e grau de medida; z Pelo valor.

GESTÃO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO

A gestão é o gerenciamento e compreensão do sistema de informação. Geralmente designado a um funcioná-rio com conhecimento técnico na empresa, o Gestor de Sistemas de Informação.

A Gestão do Sistema de Informação consiste no conjunto de atividades que numa organização são necessárias para gerir a informação, o Sistema de Informação e a adoção de Tecnologia de Informação para Suporte (à infor-mação). Associado com o Planejamento, Desenvolvimento e Exploração do sistema de informação, permite que estas áreas se comuniquem, oportunizando melhorias contínuas.

Os sistemas podem ser classificados em:

z Sistemas abertos: são aqueles que sofrem interações com o ambiente em que estão inseridos; z Sistemas fechados: são aqueles que não sofrem influência externa e possuem entropia constante; z Sistemas adaptáveis: aqueles que se adaptam às mudanças por meio do melhoramento contínuo; z Sistemas não adaptáveis: aqueles que não preveem mudanças significativas diante das alterações e influên-

cias do ambiente; z Sistemas permanentes: não possuem prazo determinado de existência; z Sistemas temporários: possuem prazo determinado de existência.

Os sistemas de informação da Teoria Geral de Sistemas podem ser divididos em:

z Sistemas de Informação Transacional (SIT): são de nível operacional e cuidam do armazenamento dos dados e sua captação, entre outras ações;

z Sistemas de Informações Gerenciais (SIG): são de nível tático e produzem relatórios de acordo com os dados existentes e o ambiente;

z Sistemas de Apoio à Decisão (SAD): são de nível estratégico e produzem relatórios e gráficos ajustados de acordo com um problema que deseja solucionar.

SISTEMAS DE APOIO ÀS OPERAÇÕESProcessamento de TransaçõesControle de ProcessosColaboração entre equipes e grupos de trabalho (Microsoft Teams)

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SISTEMAS DE APOIO GERENCIALSistemas de Informação Gerencial que produzem relatórios padronizados para os executivosSistemas de Apoio à Decisão, interativosSistemas de Informação Executiva, elaborada especificamente para os executivos tomarem decisão acerca de um problema

Segundo O’Brien, os sistemas de informação podem ser classificados em dois grandes grupos: Sistemas de Apoio às Operações e Sistemas de Apoio Gerencial. O primeiro colabora nas operações e processos realizados pela organização. O segundo, no apoio ao processo de decisão dos executivos.

Vejamos na tabela seguinte qual a função de cada uma dessas subdivisões:

SISTEMA DESCRIÇÃOProcessamento de Informações Processam dadosControle de Processos Monitoramento e controle de processosColaborativos Comunicação e integração entre os colaboradoresInformação Gerencial Informações em relatóriosApoio à decisão Apoiam a decisão dos gerentes

Informação Executiva Informações críticas elaboradas para as necessidades de informação dos executivos

Laudon e Laudon sugerem outra classificação dos tipos de SI com base nos níveis organizacionais e públicos atendidos por essas ferramentas. Dessa forma há sistemas de nível operacional, de nível de conhecimento, de nível gerencial e de nível estratégico.

TIPOS DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO ÁREAS FUNCIONAIS GRUPOS ATENDIDOS

Nível Operacional

Recursos Humanos, Finanças, Marketing, Produção

Gerentes operacionaisNível de Conhecimento Trabalhadores do ConhecimentoNível Gerencial Gerentes MédiosNível Estratégico Gerentes Seniores

MINERAÇÃO DE DADOS: NOÇÕES E CARACTERÍSTICAS

Mineração de dados (em inglês, data mining) é o processo de encontrar anomalias, padrões e correlações em grandes conjuntos de dados com o intuito de prever resultados. Ao empregar uma ampla variedade de técnicas, você pode usar essa informação para aumentar a renda, cortar custos, melhorar o relacionamento com os clien-tes, reduzir riscos e muitas outras coisas.

A mineração de dados também é conhecida como descoberta de conhecimento em dados (KDD).Quais as vantagens da mineração de dados?

z Detectar fraudes; z Minimizar riscos; z Antecipar demanda de recursos; z Aumentar a taxa de resposta de campanhas de marketing; z Minimizar atritos com clientes.

Um data warehouse é um tipo de sistema de gerenciamento de dados projetado para ativar e entregar suporte às atividades de business intelligence (BI), especialmente a análise avançada. Os data warehouses destinam-se exclusivamente a realizar consultas e análises avançadas e geralmente contêm grandes quantidades de dados históricos. Os dados em um data warehouse geralmente são derivados de uma ampla variedade de fontes, como arquivos de log de aplicativos e aplicativos de transações.

Um data warehouse típico geralmente inclui os seguintes elementos:

z Um banco de dados relacional para armazenar e gerenciar dados; z Uma solução de extração, carregamento e transformação (ELT) para preparar os dados para análise; z Análise estatística, relatórios e recursos de mineração de dados; z Ferramentas de análise de clientes para visualizar e apresentar dados aos usuários de negócios; z Outras aplicações analíticas mais sofisticadas que geram informações úteis por meio de aplicação de algorit-

mos de machine learning e inteligência artificial (IA).

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DATA WAREHOUSES, DATA MARTS E ARMAZENAMENTO DE DADOS DE OPERAÇÃO

Embora desempenhem funções semelhantes, os data warehouses são diferentes dos data marts e dos armaze-namentos de dados de operação (ODSs). Um data mart realiza as mesmas funções que um data warehouse, mas dentro de um escopo muito mais limitado, geralmente um único departamento ou linha de negócios, o que torna o estabelecimento dos data marts mais fácil que os dos data warehouses. No entanto, eles tendem a introduzir inconsistência porque pode ser difícil gerenciar de modo uniforme e controlar os dados em vários data marts.

Existem muitas ferramentas para mineração de dados, cada uma com uma característica marcante de opera-ção. A maioria são de aplicações com Código aberto ou Software Livre, mas existem as opções proprietárias.

Comparação entre data Warehouses e Bancos de Dados

CARACTERÍSTICAS DATA WAREHOUSE BANCO DE DADOS TRANSACIONALCargas de Trabalho Adequadas Análises, relatórios e big data Processamento de transações

Fonte de Dados Dados coletados e normalizados de di-versas fontes

Dados capturados no estado em que se en-contram, de uma única fonte, como um siste-ma transacional

Captura de DadosOperações de gravação em massa, exe-cutadas normalmente em uma progra-mação de lotes pré-determinada

Otimizado para operações contínuas de gra-vação à medida que novos dados são dispo-nibilizados para maximizar o throughput das transações

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CARACTERÍSTICAS DATA WAREHOUSE BANCO DE DADOS TRANSACIONAL

Normalização de Dados Esquemas desnormalizados, como Star ou Snowflake Esquemas estáticos altamente normalizados

Armazenamento de DadosOtimizado para simplicidade de acesso e alto desempenho de consultas usan-do armazenamento colunar

Otimizado para operações de gravação de alto throughput em um único bloco físico orientado a linhas

Acesso aos Dados Otimizado para minimizar a E/S e maxi-mizar o throughput de dados

Grandes volumes de pequenas operações de leitura

Fonte: Amazon AWS

O BI, Business Intelligence (inteligência empresarial em português), é o processo de recolhimento e tratamento de informações que apoiam a gestão de um negócio.

O data warehouse é parte do processo de Business Intelligence.

Os data warehouses são constituídos, normalmente, de imensa quantidade de dados, por isso, é necessário uma ferramenta para varrer automaticamente tais dados a fim de pesquisar tendências e padrões a partir de regras pré-definidas que dificilmente seriam encontrados em uma pesquisa comum.

CONCEITOS DE TECNOLOGIAS E FERRAMENTAS MULTIMÍDIA, DE REPRODUÇÃO DE ÁUDIO E VÍDEO

APLICATIVOS DE ÁUDIO, VÍDEO E MULTIMÍDIA

Os softwares instalados no computador podem ser classificados de formas diferentes, de acordo com o ponto de vista e sua utilização.

Vamos conhecer algumas delas.

CATEGORIA CARACTERÍSTICA EXEMPLO

Básico Sistemas Operacionais, que oferecem uma plata-forma para execução de outros softwares. Windows e Linux.

Aplicativo Programas que permitem ao usuário criar e mani-pular seus arquivos. Microsoft Office e LibreOffice, reprodutores de mídias.

Utilitários Softwares que realizam uma tarefa para a qual fora projetado.

Compactador de arquivos, Desfragmentador de Discos, Gerenciadores de Arquivos.

Malware Software malicioso, que realiza ações que com-prometem a segurança da informação.

Vírus de computador, worms, cavalo de Troia, spywa-res, phishing, pharming, ransomware etc.

Os softwares que reproduzem conteúdo multimídia, como o Windows Media Player e o Groove Music (além de opções de terceiros como o VNC Player), reconhecem o arquivo como tendo conteúdo multimídia a partir da extensão dele.

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EXTENSÃO COMENTÁRIOS

.avi Audio Video Interleave. Formato de vídeo pa-drão do Windows.

.3gp Formato de vídeo popular entre aparelhos smartphones

.flv Formato de vídeo da Macromedia, usado pelo Adobe Flash, com baixa qualidade.

.mkvNeste formato, as trilhas de áudio, vídeo e le-gendas são encapsuladas em um único con-têiner, suportando diversos formatos.

.movQuickTime File Format é um formato de arqui-vo de computador usado nativamente pela es-trutura do QuickTime.

.mp3

Arquivo áudio MP3 (MPEG-1 Layer 3). Formato de áudio que aceita compressão em vários ní-veis. Pode utilizar o Windows Media Player ou Groove Music para reprodução.

.mpg

Moving Picture Experts Group. Arquivo de ví-deo comprimido, visível em quase qualquer reprodutor, por exemplo, o Real One ou o Win-dows Media Player. É o formato para gravar filmes em formato VCD.

.rmvbReal Media Variable Bitrate. Formato de vídeo com taxa variável de qualidade, desenvolvido pela Real Networks.

.wav Formato de áudio Wave, sem compactação com baixa amostragem.

.wma Windows Media Audio, formato de áudio pa-drão do Windows.

.wmv Windows Media Video, formato de vídeo pa-drão do Windows.

As aplicações multimídia utilizam o fluxo de dados com áudio, vídeo e metadados.

Os metadados são usados para diferentes funções, como identificação da fonte, dados sobre duração da transmissão, verificação da qualidade etc.

Quando usados separadamente, o usuário pode baixar apenas o áudio de um vídeo, ou modificar os metadados do MP3 para exibir as informações edita-das sobre autor, disco, nome da música etc.

Os fluxos de dados devem ser analisados na forma de contêiner (pacote encapsulado), a fim de mensurar a qualidade e quantidade de dados trafegados.

Stream é um fluxo de dados com pacotes de vídeo e áudio transferidos de um servidor remoto para o dispositivo local. Popularizado pelo serviço Netflix de filmes e séries, o formato stream fragmenta o con-teúdo em pacotes de dados para serem enviados pelo canal com protocolos TCP. Estes pacotes de dados são os contêineres.

Internet

A transferência de arquivos poderá ser realizada de três formas:

z Fluxo contínuo; z Modo blocado; z Modo comprimido.

Na transferência por fluxo contínuo, os dados são transmitidos como um fluxo contínuo de caracteres.

Internet

Fluxo contínuo – os dados são enviados na forma de um fluxo de caracteres

No modo blocado, o arquivo é transferido como uma série de blocos precedidos por um cabeçalho especial. Este cabeçalho é constituído por um conta-dor (2 bytes) e um descritor (1 byte).

Internet

Modo blocado – os dados são enviados com contador e descritor

00 A 01 C 02 B

No modo comprimido, a técnica de compressão utilizada caracteriza-se por transmitir uma sequência de caracteres iguais repetidos. Os dados normais, os dados comprimidos e as informações de controle são os parâmetros desta transferência.

InternetCliente

Dados repetidos

Informações de controle

Dados únicos

Modo blocado – os dados são enviados com contador e descritor

A transferência de dados e arquivos pelas redes de computadores deve ser questionado ainda mais nas próximas provas.

FERRAMENTAS DE PRODUTIVIDADE E TRABALHO A DISTÂNCIA (MICROSOFT TEAMS, CISCO WEBEX, GOOGLE HANGOUT, ZOOM, GOOGLE DRIVE E SKYPE)MICROSOFT TEAMS

Atualmente, existem duas versões disponíveis. O Microsoft Teams para uso pessoal, disponível para qualquer pessoa que tenha uma conta Microsoft (Hot-mail, Live, xBox), e a versão corporativa integrante do pacote Office 365 “empresarial”.

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Na versão pessoal, o OneDrive é usado para arma-zenar arquivos compartilhados. Na versão empresa-rial o SharePoint é usado para compartilhar arquivos com a equipe (dentro do domínio da empresa) e o OneDrive para compartilhar com usuários de fora da equipe, na Internet. A versão gratuita não possui o recurso Microsoft SharePoint, mas o usuário poderá compartilhar arquivos pelo Microsoft OneDrive.

Com o Teams, você pode conversar por meio de texto, realizar videoconferências (com webcam) e trocar arquivos. Você pode utilizá-lo via navegador de Internet ou instalar o app no smartphone e ter os mesmos recursos de conversação e troca de arquivos.

Outras funcionalidades incluem:

z Editar arquivos com segurança ao mesmo tempo; z Ver curtidas, @menções e respostas com apenas

um toque; z Personalizá-lo adicionando anotações, sites e

aplicativos.

Se o colaborador não tem o Office 365 em seu com-putador, poderá instalar a partir do e-mail corporati-vo/educacional. Acesse o seu webmail (da instituição) com o e-mail corporativo e senha. No canto superior esquerdo, acesse Office 365. Faça o download e instala-ção do Office 365. No primeiro acesso, informe o login e senha do e-mail corporativo.

CHATS, CHAMADAS DE ÁUDIO E VÍDEO, CRIAÇÃO DE GRUPOS

Com um grupo no Teams, a mensagem será envia-da para todos os participantes e todos poderão intera-gir com todos (semelhante a um grupo de WhatsApp).

Você poderá realizar o chat com apenas um outro colaborador ou criar um grupo com vários contatos para realizar uma reunião por texto via Teams.

Para montar um grupo de conversa no Teams, siga os passos descritos a seguir.

Em chat, clique em novo chat

Adicione os participantes do grupo no campo disponível

Clique na seta no canto direito, e defina um nome para o seu grupo

Depois que o grupo estiver montado, você pode-rá adicionar participantes. Clique no canto superior direito e adicione os novos participantes da conversa

Quando um novo participante é adicionado ao grupo, você poderá:

z Não incluir o histórico de chats (igual ao WhatsA-pp, a pessoa não saberá o que foi conversado antes de seu ingresso no grupo);

z Incluir histórico do número de dias anteriores: define a quantidade de dias das conversas do gru-po às quais o novo participante terá acesso;

z Incluir todo o histórico de chats (igual ao Telegram, quem for adicionado no grupo saberá tudo que foi conversado desde o início).

Para excluir participantes do grupo, abra a lista e clique no “X” à frente do nome

Conversas e grupos importantes poderão ser fixa-dos, mantidos no topo da listagem. Clique em Opções e marque fixar.

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Para Enviar Arquivos para Outros Colaboradores da Equipe (usando Microsoft Teams)

z Inicie a conversa com o destinatário no Microsoft Teams; z Caso não tenha realizado contato prévio, pesquise na parte superior pelo nome da pessoa no diretório de con-

tatos. Digite parte do nome e procure na lista suspensa; z Clique no “clipe” de arquivo anexo e envie; z Apenas arquivos poderão ser enviados; z Os arquivos serão armazenados no espaço de armazenamento SharePoint/OneDrive.

Para Enviar Arquivos para Outras Pessoas (Usando Microsoft OneDrive)

z Localize o arquivo ou pasta que deseja enviar; z Clique com o botão direito e escolha Compartilhar (Share); z Defina se o item será somente leitura (apenas exibição) ou se o destinatário poderá alterar o arquivo (permitir

edição); z Defina o destinatário (endereço de e-mail da instituição ou externo) e compartilhe.

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Compartilhar

Novo Chat Recebido

Chamada de vídeo Perfil Chamada de áudio

Compartilhamento de tela

Adicionar participantes ao chat

Abrir em nova janela popup

Ao receber um chat ou chamada de alguém com quem não tenha conversado anteriormente, será apresentada a tela de boas-vindas em que você poderá visualizar a mensagem, e então aceitar ou bloquear.

Na conversa, é possível realizar chamada de áudio, chamada de vídeo, compartilhar a tela de algum programa aberto ou de todo o dispositivo, adicionar novos participantes ao chat ou exibir a conversa em nova janela.

Chat Coletivo (Reunião no Teams)

Quando o anfitrião cria uma reunião e adiciona os participantes, o chat se torna uma reunião. Assim como em outros locais, é possível trocar mensagens de texto, compartilhar arquivos, imagens, adicionar novos participan-tes e compartilhar o link para acesso externo.

Ao iniciarmos a nossa participação no chat, é possível definir como ela será (somente texto, com áudio, com vídeo). Ao clicar no botão Entrar, a janela de acesso ao chat/reunião será exibida.

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Mensagens de texto e avisosArquivos da conversa

Imagens da conversa

Participantes

Link do chat

Quando o anfitrião cria uma reunião e adiciona os participantes, o chat se torna uma reunião. Assim como em outros locais, é possível trocar mensagens de texto, compartilhar arquivos, imagens, adicionar novos participan-tes e compartilhar o link para acesso externo.

Ao iniciarmos a nossa participação no chat, é possível definir como ela será (somente texto, com áudio, com vídeo). Ao clicar no botão Entrar, a janela de acesso ao chat/reunião será exibida.

Estas configurações poderão ser ajustadas durante a reunião, acessando o item “Mais opções” ou “Mais ações” (reticências na barra de ferramentas da reunião) e “Configurações do dispositivo”.

Chamadas de Áudio

Durante uma chamada de áudio, após as definições das configurações na tela inicial, serão apresentados novos controles, para deixar mudo o seu microfone e encerrar a chamada (Sair).

A chamada de áudio é realizada utilizando a tecnologia VoIP (Voice over Internet Protocol), sem qualquer cus-to adicional para quem realiza a ligação. As ligações de áudio são realizadas entre os usuários da organização, ou para externos se eles possuem o Microsoft Teams.

Para iniciar um chat, clique no ícone “Chamada de áudio” (atalho de teclado Ctrl+Shift+C) e aguarde o usuário atender sua ligação.

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Importante!É possível realizar chamadas telefônicas para números externos por meio do Microsoft Teams. Para tanto, o usuário precisará ter um pacote de minutos de telefonia contratado junto à Microsoft. O recurso de discagem está disponível em “Configurações e mais ações”, ao lado do seu nome de usuário.

As chamadas de vídeo apresentam outros recursos, como compartilhamento de tela por exemplo, em que o usuário pode compartilhar com outro aquilo que está sendo visualizado na tela escolhida por ele.

Ativar vídeo (e fazer uma chamada de áudio se tornar uma videoconferência)

Mostrar conversa

Ativar mudo (Ctrl+Shift+m)

Mais ações

Chamadas de Vídeo

Durante uma chamada de vídeo, feitas as definições das configurações na tela inicial, serão apresentados novos controles na janela, que permitem:

Mostrar participantes

Mostrar conversa

Vídeo ativo

Ativar mudo (Ctrl_Shift+m)

Tempo decorrido

Levantar a mão (Ctrl+Shift+k)E outros emoticons

Mais opções

Compartilhar conteúdo (Ctrl+Shift+E

Em “Mais opções” ou “Mais ações” iremos encontrar:

z Configurações de dispositivo: para ajustes de áudio e vídeo em seu hardware; z Opções de reunião: operação do lobby e quem pode apresentar (aquelas definições realizadas na criação do

evento no Calendário – confira em detalhes no subitem Agendamento de reuniões e gravação); z Informações sobre a reunião: link de ingresso; z Galeria: para exibição da imagem no painel de visualização; z Galeria grande: para exibição de muitas miniaturas de participantes;

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z Modo conferência: para exibição do apresentador em tela;

z Foco: ocultar as “distrações” que seriam os contro-les e elementos da janela de reunião;

z Tela Inteira: exibição em tela inteira; z Aplicar efeitos de tela de fundo: permite desfocar

ou simular uma imagem no fundo da tela de trans-missão. Ideal para não distrair os demais partici-pantes com elementos existentes em seu ambiente de transmissão. Simula o uso de “chroma key” ou fundo verde;

z Desativar vídeo de entrada: a sua imagem não será mostrada na reunião, apenas o seu avatar de usuá-rio (foto ou ícone);

z Ativar legendas: quando habilitado, a inteligência artificial procura transcrever as falas dos partici-pantes em legendas. Disponível para alguns idio-mas (julho/2021);

z Iniciar gravação: para gravar a transmissão e disponibilizar posteriormente no OneDrive ou SharePoint;

z Transcrição inicial: disponível para idioma em inglês (julho/2021);

z Não exibir balões do chat: quando alguém envia uma mensagem durante a transmissão, é exibido um balão do chat caso não esteja com a conversa (de texto) aberta. Nesta opção, você desativa estas notificações;

z Teclado de discagem: quando disponível, é possí-vel realizar chamadas telefônicas para números de telefones fixos ou móveis.

Utilizando-se do botão Sair, quando for o anfitrião, o usuário poderá sair da reunião (e ela seguirá com os outros participantes e anfitriões) ou Encerrar a reu-nião, desconectando todos.

CISCO WEBEX

O Cisco Webex (anteriormente WebEx) é uma apli-cação que existe desde 1995 e foi adquirida pela Cisco em 2007. Cumpre destacar que seu software de web e videoconferência foi, posteriormente, renomeado como Cisco Webex Meetings.

Organizar uma reunião no Cisco Webex é simples. Na página de perfil de usuário, selecione Agendar e, em seguida, insira o título, a data e a hora da reu-nião, além dos endereços de e-mail dos participantes. Depois disso, o aplicativo gera automaticamente um link e uma senha de ID da reunião e enviará um con-vite de calendário que inclui um número de discagem para os participantes que se juntam por telefone, além de um link para números de discagem internacional para aproximadamente 50 (cinquenta) países.

Vale dizer que participar de uma reunião no Webex é menos intuitivo que em outros aplicativos de vídeo. O anfitrião poderá definir um lobby (sala de espera) e a transmissão será no formato de reunião. Todos os participantes da reunião podem comparti-lhar suas telas; no entanto, o anfitrião tem a opção de controlar quem pode ou não compartilhar arquivos e telas durante a chamada. As transmissões serão arma-zenadas na nuvem da Cisco, para serem acessadas posteriormente a partir de links compartilhados.

Importante!Cisco Webex é um aplicativo corporativo pouco usado no Brasil. Você pode conhecer suas fun-cionalidades por meio da página web do progra-ma e sua interface pelo navegador.

GOOGLE TALK E GOOGLE HANGOUTS

Google Talk (GTalk) foi um serviço de mensagens instantâneas e de VoIP desenvolvido pela empresa Google e baseado no protocolo aberto Jabber (também conhecido por XMPP). A versão beta do Google Talk foi lançada no dia 24 de agosto de 2005, sendo, em 2013, substituído pelo Google Hangouts.

O Google Hangouts era uma opção do G Suite, um pacote de produtividade dos produtos Google comer-cializado para empresas. Permitia a conexão com as pessoas por meio de vídeo HD, voz e texto. As trans-missões poderiam ocorrer para várias pessoas simul-taneamente, semelhante ao Skype.

Participantes externos poderiam participar de um Hangout mesmo se não tivessem uma conta do G Sui-te. Todos os streams de vídeo e áudio, no Hangouts, eram criptografados. Porém, as interfaces pouco intuitivas do Talk e Hangout acabaram sendo melho-radas no Google Meet.

ZOOM

O Zoom fornece um serviço de videoconferência para até 100 participantes, com um limite de tempo de 40 minutos. Existem, porém, planos disponíveis a partir de assinaturas pagas que permitem um maior número de participantes, o aumentar do limite de tempo, entre outros recursos.

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A empresa detentora do aplicativo Zoom afirma que seu software de código fechado é compatível com FedRAMP, HIPAA, PIPEDA e PHIPA, e o GDPR; no entanto, essas alegações não podem ser verificadas por pesquisadores de segurança em todo o mundo, pelo mesmo motivo: o código ser fechado.

Inicialmente, o Zoom podia hospedar conferências de um máximo de 15 participantes em vídeo, aumentan-do para 25 em janeiro de 2013, para 100 com a versão 2.5 em outubro de 2015 e, posteriormente, para 1.000 para clientes corporativos. Entre 2015 e meados de 2016, a Zoom Video Communications anunciou suporte nativo ao Skype for Business e integração com o Slack.

Em setembro de 2015, o Zoom anunciou a integra-ção da videoconferência do Zoom com a plataforma de gerenciamento de relacionamento com clientes da Salesforce, permitindo que os vendedores iniciassem as conferências com os seus líderes de vendas sem sair da aplicação. Em maio de 2017, o Zoom anunciou uma parceria com a Polycom, que integrou as video-conferências do Zoom nos sistemas de conferência da Polycom, permitindo recursos como reuniões de várias telas e dispositivos, compartilhamento de tela HD e sem fio e integração de calendário com o Micro-soft Outlook, Google Calendar e iCal.

GOOGLE DRIVE

O Google Drive, que antes se chamou Google Disco, incorporou as funcionalidades do Google Docs e mais o armazenamento de arquivos na nuvem.

Para acesso aos aplicativos, é exigida uma senha de conta Google, como o Gmail. O endereço de acesso é http://drive.google.com.

É possível instalar aplicativos no computador (link para o Google Drive) e nos smartphones e tablets. Na opção instalada no smartphone ou tablet, temos os recursos de compartilhamento de arquivos na nuvem, visualização de arquivos acessados pelo dispositivo e transferência de dados para outros aplicativos.

Usuários de contas Google corporativas ou edu-cacionais possuem recursos extras, assim como o Microsoft Teams. Em concursos públicos, as bancas costumam abordar os conceitos básicos válidos para as contas Google comuns.

SKYPE

É um aplicativo capaz de realizar chamadas com áudio e vídeo entre dois computadores, usando a Internet. Além disso, é capaz de realizar chamadas com áudio para telefones fixos e celulares.

Após o fim do MSN Messenger, outros aplicati-vos passaram a oferecer recursos de comunicação. O Skype, por exemplo, adquirido pela Microsoft, permite conversação de texto, bate-papo com áudio, videocon-ferências, chamadas telefônicas de Skype para Skype gratuitamente e realizar ligações telefônicas para apa-relhos convencionais. Para a utilização de todos esses recursos disponíveis, será necessário comprar cré-ditos, o que possibilita, por exemplo, a realização de ligações internacionais para aparelhos convencionais.

Atualmente há várias opções para instalação do Skype em nosso dispositivo. Vejamos:

z Aplicativo para computador – Skype (pessoal); z Aplicativo para computador – Skype for Business

(integrante do Office 365); z Aplicativo para smartphone e tablet.

Suas funcionalidades foram somadas ao Microsoft Lync e, atualmente, estão disponíveis no Microsoft Teams.

Importante!Os usuários desse software estão sendo migra-dos para o Microsoft Teams. Ainda aparecerá em editais de concursos, porém cada vez com menor frequência.

HORA DE PRATICAR! 1. (CESGRANRIO – 2011) Para garantir a proteção indivi-

dual de arquivos e diretórios, um sistema de arquivos deve implementar mecanismos de proteção, entre os quais se inclui a proteção com base em:

a) Portas de acesso.b) Grupos de usuário.c) Nomes codificados.d) Fontes pequenas.e) Blocos randômicos.

2. (CESGRANRIO – 2015) O framework com designação universal abstrata para localizar um recurso na inter-net ou intranet é o:

a) URLb) HTTPc) HTTPSd) TCP/IPe) Nome do arquivo

3. (CESGRANRIO – 2011) No núcleo da Internet, o trá-fego de informações entre os computadores, além de intenso, ocorre em grande velocidade, exigindo equi-pamentos de forte tecnologia.

Esses equipamentos, em conjunto com outras tecno-logias, constituem os:

a) Protocols.b) Backbones.c) Web softwares.d) Security softwares.e) Control cables.

4. (CESGRANRIO – 2010) A Internet baseia-se no proto-colo TCP/IP em que o endereço IP pode ser designado de maneira fixa ou variável. O responsável por desig-nar endereços IP variáveis que possibilitam a navega-ção na Web é o servidor de:

a) HTTP.b) HTML.c) DNS.d) DHCP.e) PHP.

5. (CESGRANRIO – 2010) O Filtro do SmartScreen da Microsoft é um recurso do Internet Explorer que ajuda a detectar sites de Phishing e sites de:

a) Malware.b) Ringware.c) Spyware.

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d) Threads.e) Worms.

6. (CESGRANRIO – 2013) Na internet, para visualização de sites, são usados programas navegadores, tais como o:

a) Adobe Reader.b) Mozilla Firefox.c) Office Publisher.d) Outlook Express.e) Windows Explorer.

7. (CESGRANRIO – 2019) Ao analisar uma reclamação sobre uma aplicação Web que não funcionava bem em um computador específico, cuja configuração de soft-ware é muito antiga, um atendente de Help Desk sus-peitou que o problema fosse a versão do JavaScript disponível no navegador Chrome desse computador.

Para obter um relatório que inclui a versão do JavaS-cript sendo executado (Como em “JavaScript: V8 7.5.288.30”), o que esse atendente deve digitar no campo destinado à URL?

a) chrome://javascriptb) chrome://process-internalsc) chrome://settingsd) chrome://statuse) chrome://version

8. (CESGRANRIO – 2018) Bruno enviou um e-mail com o seguinte cabeçalho:

TO: Carlos <[email protected]> CC: Dalila <[email protected]> BCC: Ana <[email protected]>, Edson <edson@email.

com> FROM: Bruno <[email protected]> Se Dalila ([email protected]) responder a esse e-mail

para todas as pessoas que puder identificar no cabe-çalho da mensagem que recebeu, para quem será enviada a resposta de Dalila?

a) Somente para Bruno.b) Somente para Bruno e Carlos.c) Somente para Bruno, Ana e Edson.d) Somente para Carlos, Ana e Edson.e) Para Bruno, Carlos, Ana e Edson.

9. (CESGRANRIO – 2014) Qual arquivo que, por questões de segurança, não pode ser enviado para terceiros através do Gmail diretamente anexado ao e-mail?

a) prog.exeb) relatorio.xlsxc) carta.docxd) foto.jpge) incio.html

10. (CESGRANRIO – 2015) O Facebook e o Twitter pos-suem muitas características em comum. Dentre essas características, inclui-se a(o):

a) Possibilidade de um usuário adicionar amigos à sua conta.

b) Capacidade de um usuário visualizar os assuntos do momento (trending topics).

c) Número máximo de caracteres que uma publicação (post) pode conter.

d) Possibilidade de um usuário modificar o texto de suas publicações (posts).

e) Capacidade de um usuário seguir outros usuários.

11. (CESGRANRIO – 2010) A informação é um dos ativos mais importantes em uma empresa. Proteger os pro-cessos mais críticos do negócio corporativo, reduzir a probabilidade de ocorrência de incidentes relaciona-dos à segurança e recuperar os danos em casos de desastres e incidentes são objetivos, entre outros, da implementação de um(a):

a) Controle de acesso.b) Plano de desenvolvimento.c) Plano de segurança.d) Política de informação.e) Rotina de backup.

12. (CESGRANRIO – 2013) Analise o diálogo apresentado a seguir.

— Sr. José, bom dia! Aqui fala o suporte técnico do seu provedor de Internet. O senhor está feliz com o nosso atendimento?

— Sim, bastante. — Sr. José, constatamos uma ligeira redução na velo-

cidade da sua conexão e por isso gostaríamos de con-firmar alguns dados para poder estar melhorando o serviço que lhe prestamos. É possível?

— Pois não! — O seu endereço é rua do Bastião, 37? — Sim. — O seu e-mail é [email protected]? — Sim. — Muito obrigado, Sr. José, seus dados foram confir-

mados e podemos continuar nossa entrevista. O seu histórico de cliente bom pagador gerou um benefício. A sua velocidade de conexão será aumentada sem qualquer acréscimo na sua mensalidade. Bons clien-tes, melhores serviços. O senhor aceita esse prêmio por bom relacionamento?

— Sim. — Sr. José, podemos fazer isso imediatamente, nos-

sos recursos de acesso remoto incorporaram novas funcionalidades que permitem que eu mesmo, com um simples comando no meu computador, modifique a configuração do seu modem e troque essa veloci-dade. O senhor autoriza essa manobra? São 10 M em lugar do seus 2 M atuais.

— Sim. — O senhor, então, pode ditar sua senha de acesso, por

favor? — 4 5 2 8 4 7 9 3. — Muito obrigado, Sr. José. Aguarde uns 30 min e veri-

fique como estarão mais rápidos os seus acessos. O seu provedor agradece.

Esse diálogo caracteriza um ataque à segurança da informação conhecido por:

a) Port scanner.b) Cavalo de troia.c) Spyware.d) Técnica de entrevista.e) Engenharia social.

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13. (CESGRANRIO – 2011) Um adware, em sua concep-ção original, é um:

a) Software projetado para ajudar a exibir propagandas e/ou sites não desejados no computador.

b) Software projetado para ajudar o browser a inibir pop--ups no computador.

c) Programa destrutivo que se duplica sozinho.d) Programa utilizado para capturar senhas.e) Vírus que se instala no computador para apagar arqui-

vos do disco rígido.

14. (CESGRANRIO – 2012) Para prevenir-se contra ata-ques por softwares maliciosos, um usuário pode uti-lizar, além de um antivírus, um firewall. O firewall, no entanto, não:

a) Ajuda a bloquear vírus e vermes.b) Bloqueia sites mal-intencionados que possam com-

prometer o funcionamento de um computador.c) Cria um registro de log de segurança.d) Filtra as informações que entram pela conexão da

internet.e) Impede a abertura de e-mails com anexos perigosos.

15. (CESGRANRIO – 2011) O objetivo do firewall é:

a) Possibilitar a conexão com a Internet.b) Configurar uma rede privada.c) Visualizar diversos tipos de arquivos.d) Permitir a edição de imagens.e) Realizar a segurança de redes privadas.

16. (CESGRANRIO – 2010) Entre os grandes problemas da atualidade relacionados à confidencialidade das informações, um refere-se à prevenção da invasão dos computadores por pessoas mal-intencionadas. A principal forma de evitar danos causados por softwa-res espiões dos quais essas pessoas se utilizam para alcançarem seus objetivos é:

a) Utilizar apenas webmail para leitura das correspon-dências eletrônicas.

b) Efetuar rotinas de backup semanais no disco rígido do computador.

c) Compartilhar os principais documentos com pessoas idôneas.

d) Possuir software antivírus e mantê-lo sempre atualizado.

e) Navegar na internet sempre sob um pseudônimo.

17. (CESGRANRIO – 2012) São técnicas anti-spam apli-cadas às mensagens de correios eletrônicos, exceto a técnica:

a) Lista de bloqueio.b) Opt-in.c) Classificação de Conteúdo.d) Spam Zombies.e) Greylisting.

18. (CESGRANRIO – 2018) Uma empresa tem uma intra-net fortemente protegida, porém deseja dar aos seus funcionários uma forma de estabelecer uma cone-xão segura do computador de sua casa à intranet da empresa, estando ligado na internet. Isso dará ao fun-cionário a impressão de que está dentro da intranet da própria empresa.

Para isso, deve estabelecer um(a):

a) Captcha.b) DNS.c) Firewall.d) LAN.e) VPN.

19. (CESGRANRIO – 2012) Em transações eletrônicas executadas através da Internet, a Certificação Digital é um mecanismo capaz de garantir, em relação às infor-mações, a:

a) Autenticidade, a integridade e a confidencialidadeb) Autenticidade, a individualidade e a rentabilidadec) Confiabilidade, a confidencialidade e a rentabilidaded) Integridade, a individualidade e a veracidadee) Integridade, a confidencialidade e a durabilidade

20. (CESGRANRIO – 2012) Em relação à segurança da informação, qual é a arquitetura cujo objetivo é promo-ver a disponibilidade de recursos para recuperação de dados?

a) Armazenamento.b) Backup.c) Disposição.d) Restauração.e) Sustentação.

GABARITO

1 B

2 A

3 B

4 D

5 A

6 B

7 E

8 B

9 A

10 E

11 C

12 E

13 A

14 E

15 E

16 D

17 D

18 E

19 A

20 B

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REDAÇÃO DISCURSIVA E OFICIAL

REDAÇÃO DISCURSIVA

Neste material, trabalharemos a redação discursiva. Você irá estudar algumas características inovadoras no conceito de produção de textos para quem quer atingir um melhor resultado em provas que exijam do candida-to a habilidade de produzir um texto.

Neste material serão apresentados os aspectos gerais da redação discursiva em sua estrutura textual, bem como todos os passos para a sua produção com eficiência. Porém, é importante dar atenção às dúvi-das que geralmente são apresentadas pelos alunos para que se possa dar solução aos principais proble-mas que eles relatam.

DÚVIDAS FREQUENTES QUANTO À REDAÇÃO PARA CONCURSOS PÚBLICOS

Por que é tão Difícil Produzir um Texto Eficiente?

Sempre se ouvem os temores de alunos quanto às provas que cobram dos candidatos habilidades na produção de questões discursivas. Alguns dizem se sentirem tão despreparados que terminam por desis-tir dos concursos que trazem a redação como critério de classificação.

Tem de se reconhecer que o hábito de escrever não está na prática do cotidiano da maioria das pessoas e que, hoje em dia, quando se dispõem a fazê-lo, exerci-tam essa habilidade normalmente em ambientes vir-tuais como sites de comunicação e na elaboração de e-mail. Nesses expedientes ocorre o que chamam de “pacto da mediocridade”, sem intenção ofensiva, que caracteriza a postura displicente de como se escre-ve e a aceitação mútua de erros e desvios da norma culta escrita: “ele escreve tudo errado, mas eu aceito para não ser cobrado por ele da mesma forma quando errar”. Usam-se imagens, símbolos gráficos, abrevia-ções que mais se assemelham a códigos criptografa-dos do que à própria língua portuguesa.

O maior problema é que isso gera um reforço nega-tivo: treina-se uma escrita que não promove a prática ideal da comunicação verbal normatizada. O resul-tado é que, quando ocorre a exigência da produção escrita, a prática que se tem não promove a eficiência nessa categoria de comunicação.

Qual o Peso ou a Importância da Redação em um Concurso Público?

O peso da redação é muito grande, por isso, ela faz a diferença na aprovação. Nos concursos atuais, a redação se tornou o passaporte para o ingresso em grande parte das carreiras públicas, pois de nada vale um resultado positivo na prova objetiva se não obti-ver sucesso em sua redação.

Os candidatos costumam dedicar seu tempo de estudos à prova objetiva e deixar a redação por últi-mo. Na maioria das vezes, passam naquela e repro-vam nesta. Não dá para subestimar a redação, é preciso exercitar sempre.

O que Conta mais para um bom Resultado: Ter bons Conhecimentos sobre o Assunto Apresentado na Proposta ou ter bons Conhecimentos em Língua Portuguesa?

Em verdade, os dois aspectos são equivalentes em importância. No que diz respeito aos conhecimentos de língua portuguesa, estamos nos referindo à estru-tura e à linguagem do texto dissertativo. Subentende--se que quem domina estes dois aspectos não tenha dificuldades com a ortografia e outros aspectos gra-maticais que, em prova, inclusive, pouco peso tem.

Qual é a Diferença entre Tema e Título?

Tema é o assunto proposto pela instituição. Tem caráter geral e abrangente, e propõe questões que devem ser abordadas obrigatoriamente com objeti-vidade pelo candidato. Essa objetividade é um fator determinante para que sua composição fique delimita-da àquilo que é possível desenvolver em sua redação.

E o que é a delimitação do tema? É simples. É a elaboração de sua tese que, por sua vez, é seu posi-cionamento sobre esse tema. Na maioria das vezes, o número de linhas que é proposto para se desenvolver o tema é limitado. Geralmente não passa de 30 linhas, por isso é preciso ser claro e direto no desenvolvimen-to da argumentação.

Título é o nome que você dá à sua redação. Ele tem a função de apresentar e chamar a atenção sobre o assunto desenvolvido. Porém, é importante lembrar que são poucas as instituições que solicitam que o candidato dê um título ao texto. Se ele não for pedido, não é para colocá-lo.

Se Tiver de pôr Título, qual Palavra dele Deve-se Pôr em Maiúscula?

Há duas possibilidades:

z A primeira forma convencionada diz que só a pri-meira palavra do título deve ser iniciada por letra maiúscula, como em:

É bom fazer redação com o Nélson!

z A segunda forma permite que você coloque todas as palavras com iniciais maiúsculas, com exceção dos vocábulos monossilábicos e átonos (sem senti-do próprio), como preposições e artigos:

É bom Fazer Redação com o Nélson!

� Nomes próprios são sempre com iniciais maiúsculas;

� Use pontuação significativa se for necessário, como interrogação e exclamação. O ponto final é dispensável.

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É Preciso usar Letra Cursiva ou Pode ser de Forma?

A letra cursiva (letra de mão) só será necessária se for uma exigência do edital. De uma maneira geral, o que se pede é a legibilidade. Nesse caso você pode até misturar tudo:

Caligrafia / Caligrafia / CALIGRAFIA / CaliGrAfiaÉ importante sempre se lembrar de respeitar as

regras de caixa alta e caixa baixa, ou seja, maiúscula e minúscula devem ser diferenciadas:

Caixa alta <CALIGRAFIA>, caixa baixa <caligrafia>.

O que é Texto em Prosa?

Texto em prosa é aquele que naturalmente usa-mos para escrever um bilhete, uma carta, nos comu-nicarmos em “e-mail” etc. Ele se constrói em estrutura linear (linha cheia) por meio de parágrafos. É a forma comum de escrever. É contrária ao verso, que exige uma elaboração estrutural e demonstra preocupação com rimas e arranjos vocabulares alheios à sintaxe. Veja um exemplo de texto em verso:

A rosa de HiroximaPensem nas criançasMudas telepáticasPensem nas meninasCegas inexatasPensem nas mulheresRotas alteradasPensem nas feridasComo rosas cálidasMas oh não se esqueçamDa rosa da rosaDa rosa de HiroximaA rosa hereditáriaA rosa radioativaEstúpida e inválidaA rosa com cirroseA anti-rosa atômicaSem cor sem perfumeSem rosa sem nada.

(http://www.revista.agulha.nom.br/vm.html/rosa)

Agora um exemplo de texto em prosa:

Hiroshima ou Hiroxima (em japonês: 広島市) é uma cidade japonesa localizada na província de Hiroshima. Fica no rio Ota (Otagawa), cujos seis canais dividem a cidade em ilhas. Cresceu em tor-no de um castelo feudal do século XVI. Recebeu o estatuto de cidade em 1589. Serviu de quartel-gene-ral durante a guerra sino-japonesa (1894-95). Em 6 de agosto de 1945 foi a primeira cidade do mundo arrasada por uma bomba atômica: 250 mil pessoas foram mortas ou feridas.

Importante!

Não se esqueça! Redação para concurso é em prosa.

(http://pt.ikipedia.org/wiki/Hiroshima/28cidade/29

O Que Eu Faço se Errar uma Palavra Quando Estiver Passando a Limpo Minha Redação?

Erro é erro, não dá para voltar no tempo. Porém, muitas instituições orientam os candidatos a passar um traço simples sobre a palavra e continuar escrevendo como se nada houvesse acontecido. Geralmente, nesses casos, o erro não é considerado. Sendo assim, não perca tempo sofrendo e faça como no exemplo a seguir:

Vamos começar nossa redassão redação agora. Entendeu?

ESTRUTURA DISSERTATIVA – COESÃO, PARALELISMO E PROGRESSÃO DISCURSIVA

Neste assunto trabalharemos alguns elemen-tos importantes para iniciarmos nossa produção de textos. Começaremos com a estrutura do texto dissertativo.

Como todos sabem, a dissertação é um tipo de tex-to que se caracteriza pela exposição e defesa de uma ideia que será analisada e discutida a partir de um ponto de vista. Para tal defesa o autor do texto dis-sertativo trabalha com argumentos, com fatos, com dados, os quais utiliza para reforçar ou justificar o desenvolvimento de suas ideias.

Para atender a esse propósito, a dissertação deve apresentar uma organização estrutural que conduza as informações ao leitor de forma a seduzi-lo quanto ao reconhecimento da verdade proposta como tese. Compreende-se como estrutura básica de uma disser-tação a divisão da exposição da argumentação em três partes distintas: a introdução, o desenvolvimento e a conclusão.

A estrutura do texto dissertativo constitui-se de:

Introdução

A introdução do texto dissertativo é a apresenta-ção de seu projeto. Ela deve conter a tese de sua dis-sertação, ou seja, deve apresentar seu posicionamento sobre o tema proposto pela banca. Esse momento é muito importante para o leitor, pois é aí que será mostrada a identificação de suas ideias com o tema. É um bom momento para apresentá-lo aos argumentos sequencialmente ordenados de acordo com a progres-são que você dará a sua redação (progressão textual).

A introdução deve ser clara e chamar a atenção para dois itens básicos: os objetivos do texto e o pla-no do desenvolvimento. Sem ter medo de apresentar alguma previsibilidade de seu projeto, você, autor, deve expor os caminhos por que percorrerá em sua explanação. Lembre-se de que o leitor, corretor de seu trabalho, é um professor experiente e é a organização que mais o impressionará nesse momento. Por isso, não tenha medo de ser objetivo e previamente ilustra-tivo quanto aos seus propósitos de trabalho.

Ex.: Parágrafo de introduçãoTodos sabem o quanto a tecnologia vem imple-

mentando novos valores à vida do homem moder-no principalmente no que diz respeito a sua vida em sociedade (1). É notório o desenvolvimento da tecnologia em campos como o da educação (2) e o dos serviços sociais (3). Essas inovações vão ainda muito além disso, atingindo vários outros espaços do cotidiano (4) da maioria das pessoas.

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(1) A tese: a tecnologia vem implementando novos valores à vida do homem moderno principalmente no que diz respeito a sua vida em sociedade;

(2), (3), (4) Os argumentos são levantados a fim de sustentar a tese: o desenvolvimento da tecnologia em campos como o da educação (2) / o dos serviços sociais (3) / inovações atingindo vários outros espaços do cotidiano (4).

Desenvolvimento

O desenvolvimento é a parte em que você deve expor os elementos que vão fundamentar sua tese que pode vir especificada por intermédio de argumentos, de pormenores, de exemplos, de citações, de dados estatísticos, de explicações, de definições, de confron-tos de ideias e contra argumentações. Você poderá usar tantos parágrafos quanto achar necessário para desenvolver suas teorias, porém em redações de cur-ta extensão o ideal é que cada parágrafo apresente objetivamente apenas um dos argumentos a serem desenvolvidos, ou ainda, que esses argumentos sejam agrupados caso vários deles devam ser apresentados para sustentar sua tese.

Ex.: apresentação do primeiro argumento sobre “o desenvolvimento da tecnologia em campos como o da educação”

Alguns argumentam que é importante reconhecer o papel das redes mundiais de informação para o favorecimento da construção do conhecimento. Hoje é possível visitar um museu, consultar uma biblio-teca e até mesmo estudar sem sair de casa. Por meio da internet, muito da sabedoria mundial pode ser alcança-da por qualquer pessoa que a deseje. Basta estar diante de um computador, ou de posse de um desses modernos aparelhos celulares para se ligar a qualquer momento ao universo virtual. Hoje é possível ler qualquer livro a qualquer momento em um desses dispositivos.

Ex.: apresentação do segundo argumento sobre “o desenvolvimento da tecnologia em campos como o dos serviços sociais”

Outro aspecto que merece destaque especial é quan-to ao atendimento oferecido ao cidadão pelos órgãos do serviço público. Já é possível registrar um boletim de ocorrências via computador ou ainda agendar a emissão de passaportes junto às agencias da Policia Federal em qualquer lugar do Brasil. Consultas médicas podem ser marcadas em hospitais públicos ou privados e os exames realizados podem ser consultados diretamente do banco de dados dessas entidades.

Ex.: apresentação do terceiro argumento sobre “as inovações em vários outros espaços do cotidiano”

E isso não para por aí. Ainda convém lembrar que de muitas outras formas a tecnologia interfere positivamente em nossas vidas. As relações sociais se intensificaram depois do surgimento das várias redes de relacionamento tendo início com o Orkut e o Facebook, permitindo que as pessoas se reencontrem em ambientes virtuais, o que antigamente exigiria mui-to esforço coletivo para tais eventos. Programas como o Zoom e o Google Meet possibilitam que as pessoas conversem e interajam em diferentes partes do mundo sem nenhum custo além dos já dispensados com seus provedores residenciais. Uma mãe que mora longe dos filhos já pode vê-los ou aos netos, pela tela de um note-book ou celular, sempre que sentir saudade.

Conclusão

A conclusão é a retomada da ideia principal, que agora deve aparecer de forma muito mais convin-cente, uma vez que já foi fundamentada durante o desenvolvimento da dissertação. Deve, pois, conter de forma sintética, o objetivo proposto na instrução, a confirmação da hipótese ou da tese, acrescida da argu-mentação básica empregada no desenvolvimento.

Ex.: considerações finaisTendo em vista esses aspectos observados sobre

esse admirável mundo de facilidades técnicas, só nos resta comentar que não foi só o computador que tornou a vida do cidadão mais simples e confor-tável, mas outros campos da tecnologia também contribuíram para isso. Os aparelhos de GPS, que nos orientam a qualquer direção, ou ainda diver-sos dispositivos médicos portáteis, garantem a melhora da qualidade de vida de todos os homens do nosso tempo.

ESTRATÉGIAS ARGUMENTATIVAS

Coesão

Coesão pode ser considerada a “costura” textual, a “amarração” na estrutura das frases, dos períodos e dos parágrafos que fazemos com palavras.

Para garantir uma boa coesão no seu texto, você deve prestar atenção a alguns mecanismos. A seguir, em negrito, há exemplos de períodos que podem ser melhorados utilizando os mecanismos de coesão:

z Elementos Anafóricos: Esse, essa, isso, aquilo, isso, ele...

São palavras referentes a outras que apareceram no texto, a fim de retomá-las.

Ela = Dolores seu = Ela

o = poder

Ex.: Dolores e ra beleza única. Ela sabia do seu poder de seduzir e o usava

z Elementos Catafóricos: Este, esta, isto, tal como, a saber...

São palavras referentes a outras que irão aparecer no texto:

Ex.: Este novo produto a deixará maravilhosa, é o xampu Ela. Use-o e você não vai se arrepender!

O pronome demonstrativo este apresenta um ele-mento do qual ainda não se falou = o xampu.

z Coesão lexical: são palavras ou expressões equivalentes.

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A repetição de palavras compromete a qualidade do texto, mostrando falta de vocabulário do redator. Assim, é aconselhável a utilização de sinônimos:

Ex.: Primeiro busquei o amor, que traz o êxtase — êxtase tão grande que sacrificaria o resto de minha vida por umas poucas horas dessa alegria.

Nesse caso a palavra alegria aparece como sinôni-mo semântico da palavra amor, representando-a.

z Coesão por elipse ou zeugma (omissão): é a omissão de um termo facilmente identificável.

Podemos ocultar o sujeito da frase e fazer o leitor procurar no contexto quem é o agente, fazendo corre-lações entre as partes:

Ex.: O marechal marchava rumo ao leste. Não tinha medo, (?) sabia que ao seu lado a sorte também galopava.

A interrogação representa a omissão do sujeito marechal que fica subentendido na oração.

z Conectivos principais: preposições e suas locu-ções: em, para, de, por, sem, com...

Conjunções e suas locuções: e, que, quando, para que, mas...

Pronomes relativos, demonstrativos, possessivos, pessoais: onde, que, cujo, seu, este, esse, ele...

Ex.: Os programas de TV, em que nós podemos ver muitas mulheres nuas, são imorais. Desde seu iní-cio, a televisão foi usada para facilitar o domínio da sociedade. Como exemplo, podemos citar a chegada do homem à Lua, onde os EUA conseguiram com sua propaganda capitalista frente a uma Guerra Fria, a simpatia de grande parte da população do planeta.

Coerência

Coerência textual é uma relação harmônica que se estabelece entre as partes de um texto, em um contex-to específico, e que é responsável pela percepção de uma unidade de sentido. Sendo assim, os principais aspectos envolvidos nessa questão são:

z Coerência semântica

Refere-se à relação entre significados dos elemen-tos da frase (local) ou entre os elementos do texto como um todo:

Ex.: Paulo e Maria queria chegar ao centro da questão. (Não caberia aqui pensar em centro como bairro de uma cidade.).

É nesse caso que entra o estudo da coesão por meio do vocabulário.

z Coerência sintática: refere-se aos meios sintáti-cos que o autor utiliza para expressar a coerência semântica: “A felicidade, para cuja obtenção não existem técnicas científicas, faz-se de pequenos fragmentos...” - como leitor do texto, você deve entender que o pronome cuja foi empregado para estabelecer posse entre obtenção e felicidade.

É nesse caso que entra o estudo da coesão com o emprego dos conectivos.

z Coerência estilística: refere-se ao estilo do autor, à linguagem que ele emprega para redigir. O lei-tor atento a isso consegue facilmente entender a estrutura do texto e relacionar bem as informa-ções textuais. Além disso, percebendo se a lin-guagem do texto é figurada ou não, seu raciocínio interpretativo deverá funcionar de uma determi-nada maneira, como podemos ver neste texto de Fernando Pessoa:

Já sobre a fronte vã se me acinzentaO cabelo do jovem que perdi.Meus olhos brilham menos.Já não tem jus a beijos minha boca.Se me ainda amas por amor, não ames:Trairias-me comigo.

(Ricardo Reis/Fernando Pessoa)

Elementos importantes de coesão e coerência: para continuarmos o estudo de coesão e coerência, devemos relembrar alguns elementos gramaticais importantes:

z Pronome demonstrativo: indicam posição dos se-res em relação às pessoas do discurso, situando-o no tempo e/ou no espaço (função dêitica destes pronomes). Podem também ser empregados fa-zendo referência aos elementos do texto (função anafórica ou catafórica). São eles:

ESTE (A/S), ESSE (A/S), AQUELE (A/S)

Têm função de pronome adjetivo.

ISSO, ISTO, AQUILO, O (A/S)

Têm função de pronome substantivo.

MESMO, PRÓPRIO, SEMELHANTE, TAL (E

FLEXÕES)

Quando são demons-trativos, são pronomes adjetivos.

Empregos do Pronome Demonstrativo

z Indicando localização no espaço:

Este (aqui): pronome de 1ª pessoa: o falante o emprega para referir-se ao ser que está junto dele. Ex.: Este é meu casaco! – a moça avisou, enquanto o segurava.

Esse (aí): pronome de 2ª pessoa: o falante o empre-ga para referir-se ao ser que está junto do seu ouvinte. Ex.: Passe-me essa jarra de suco, por favor. – pediu ela ao rapaz que sentara à sua frente.

Aquele (lá): pronome de 3ª pessoa: a referência será ao ser que está distante do falante e do ouvinte: As duas no portão não aguentavam de curiosidade, quem seria aquele moço na esquina?

z Indicando localização temporal:

Este (presente): Neste ano haverá Copa do Mundo.Esse (passado próximo: Nesse ano que passou, não

tivemos Copa do Mundo.Esse (passado futuro): A próxima copa será em

2014. Nesse ano poderemos ver todos os jogos aconte-cerem aqui em nosso país.

Aquele (passado distante ou bastante vago): Naquela época, não havia iluminação elétrica.

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z Fazendo referências contextuais (funções anafórica e catafórica):

Este: refere-se a um elemento sobre o qual ainda se vai falar no texto (referência catafórica). Ex.: Este é o problema: estou dura. Pode também fazer uma referência de especificação a um elemento já expresso (ref. ana-fórica). Ex.: Ana e Bia saíram, esta foi ao cinema.

Esse: refere-se a um elemento já mencionado no texto (referência anafórica). Ex.: Comprei aspirina. Esse remédio é ótimo.

Este: refere-se à última informação antecedente a ele no texto;Aquele: refere-se à informação mais distante dele no texto. Ex.: Ana, João e Cris são irmãos; esta é quieta,

esse fala pouco e aquela fala muito.

Período Composto

z Que, o/a (s) qual (s): referem-se à coisa ou pessoa. Ex.: O livro que li é ótimo. / O livro o qual li é ótimo; z Quem - refere-se à pessoa, sempre preposicionado. Ex.: Esta é a aluna de quem falei; z Cujo (parecido com o possessivo): estabelece posse. Ex.: Este é o autor com cujas ideias concordo; z Onde (= em que): refere-se a lugar. Ex.: A rua onde (em que) moro é movimentada.

Atenção: Observar a palavra a que se refere o pronome relativo para evitar erros de concordância verbal. Ex.: Lemos os

livros que foram indicados pelo professor (que = os quais → livros)Respeitar a regência do verbo ou do nome, usando a preposição exigida quando necessário. Ex.: Este é o livro

a que me refiro.O verbo referir-se pede a preposição a; por isso, ela aparece antes do que. Ex.: Esta á a obra por que tenho

admiração. A preposição por foi exigida pelo substantivo admiração.Os pronomes como, quando e quanto também podem ser relativos.Os relativos compõem as orações subordinadas adjetivas.As orações adjetivas podem ser explicativas – cujo conteúdo é explicativo, genérico, uma informação a mais

– ou restritivas – cujo conteúdo é de restrição, especificação, informação importante no contexto.

As Orações Subordinadas Adjetivas e a Semântica

As orações adjetivas são iniciadas sempre por pronomes relativos e podem ser de dois tipos:

z Explicativa: O homem, que é racional, mata. A oração adjetiva deste caso não tem sentido restritivo, pois todos os homens são racionais;

z Restritiva: O homem que fuma morre mais cedo. A or. adj. deste caso reporta-se apenas ao homem fumante.

Emprego do cujo e do onde:

ONDE Lugares. Este é o prédio onde fica o 1º cartório.

SUBS. CUJO SUBS.

POSSE

Concorda com o substantivo posterior e indica que esse substantivo pertence a outro termo substantivo anterior ao cujo.

Esta é a jovem de cujo pai eu lhe falei.

Este é o pai de cuja jovem eu lhe falei.

Conjunções Coordenativas, Locuções Conjuntivas, Preposições e Locuções Prepositivas

z Adição: e, nem, (não só...) mas também, mas ainda, tampouco, (não só...) como também. Ex.: A água cristalina brota da terra e busca seu caminho por entre as pedras;

z Adversidade/oposição: mas, porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto, não obstante. Ex.: Este candida-to não estudou muito, mas foi aprovado;

z Alternância: ou...ou, ora...ora, quer...quer, seja... seja. Ex.: Ou estude, ou aguente a reprova. z Conclusão: logo, portanto, pois (depois de verbo), por isso, então. Ex.: Bebida alcoólica pode causar vício, por-

tanto sua venda deve ser considerada ilícita; z Explicação: que, porque, pois (antes do verbo), porquanto. Ex.: Não se preocupe, que eu arrumarei toda esta

bagunça.

Conjunções Subordinativas Adverbiais

z Causa: porque, como (somente no início do período), que, já que, visto que, por (+ infinitivo), graças a, na medida em que, em virtude de (+ infinitivo), em face de, desde que, uma vez que. Ex.: Como estava muito doente, foi ao médico;

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z Comparação: mais... que, menos... que, tão/tanto... como, assim como, como. Ex.: Ele sempre se posi-cionou como um líder;

z Concessão: embora, conquanto, ainda que, mes-mo que, se bem que, apesar de (+ infinitivo), em que pese a (+ infinitivo), posto que, malgrado. Ex.: Embora não esteja me sentindo bem, assistirei à aula até o final;

z Condição: se (às vezes prevalece a ideia de causa, outras vezes de tempo, ou ainda de oposição), caso, desde que, a não ser que, a menos que (a ideia pode ser desdobrada em de concessão), contanto que, uma vez que. Ex.: Eles não conseguirão vaga para esse ano letivo, a menos que haja alguma desistência;

z Conformidade: conforme, como, segundo, con-soante. Ex.: Tudo aconteceu como eles imaginaram;

z Consequência: (tão/tanto...) que, de modo que, de maneira que, de sorte que. Ex.: Tanto lutou, que progrediu muito na vida;

z Finalidade: a fim de que, a fim de (+ infinitivo), que, porque, para que, para (+ infinitivo). Ex.: Faça bem a sua parte do projeto para que não haja reclamações;

z Proporcionalidade: à proporção que, à medi-da que, na medida em que, quanto mais, quanto menos, conforme. Ex.: À medida que o progresso avança, o romantismo diminui;

z Tempo: quando (a ideia pode ser desdobrada em ideia de condição), enquanto, mal, logo que, assim que, sempre que, desde que, conforme. Ex.: Mal ele chegou, todas o rodearam.

Paralelismo

Paralelismo pode ser entendido como equilíbrio da organização textual, promovendo no texto coerência em sua elaboração e, portanto, em seu sentido. Esse mesmo equilíbrio deve assim ser entendido nos perío-dos, pois sua redação também deve apresentar uma sequência lógica para que ele tenha sentido claro e realmente dê a informação pretendida pelo seu autor.

Veja, como exemplo, o que diz o Professor Othon Marques Garcia em seu livro Comunicação em Prosa Moderna:

Se coordenação é, como vimos, um processo de encadeamento de valores sintáticos idênticos, é justo presumir que quaisquer elementos da frase – sejam orações, sejam termos dela–, coordenados entre si, devam – em princípio, pelo menos – apre-sentar estrutura gramatical idêntica, pois –como, aliás, ensina a gramática de Chomsky – não se podem coordenar frases que não comportem cons-tituintes do mesmo tipo. Em outras palavras: as ideias similares devem corresponder forma verbal similar. Isso é o que se costuma chamar paralelis-mo ou simetria de construção.

Vejamos agora alguns exemplos de construções que apresentam erros de paralelismo:

z Paralelismo semântico: Em sua última viagem pela América Latina como representante do governo bra-sileiro, o presidente visitou Havana, a República Do-minicana, Washington e o Presidente Barack Obama.

Observem que nesse caso o verbo “visitou” está sen-do empregado de maneira a sugerir que se pode visitar uma cidade da mesma forma como se visita uma pessoa, ou seja, está empregado de forma errada, já que ocorre um duplo sentido a esse verbo com essa construção.

Uma forma correta de representar a ideia pretendida pelo texto é: Em sua última viagem pela América Latina como representante do governo brasileiro, o presidente visitou Havana, a República Dominicana, Washington e nesta última cidade foi ver o Presidente Barack Obama.

z Paralelismo sintático: Nosso time se esforçou bas-tante em todos os jogos, mas conseguiram se tor-nar os campeões este ano.

Veja como a conjunção adversativa “mas” foi inde-vidamente empregada dando uma ideia de que ser campeão é oposto ao fato de se esforçar para vencer. O correto nesse caso seria empregar uma conjunção que conduzisse logicamente a primeira oração à ideia da vitória apresentada na segunda oração, como em: Nosso time se esforçou bastante em todos os jogos, por isso (e, dessa forma, logo, consequentemente...) conseguiu se tornar o campeão este ano.

Progressão Textual

A progressão textual é o processo pelo qual o texto se constrói a partir de elementos semânticos e grama-ticais. Novas informações devem ser somadas e liga-das às informações anteriores e não apenas repetidas. Deve haver a continuidade e a evolução dos concei-tos já apresentados que podem ser conquistadas por intermédio dos elementos de coesão.

Veja uma simulação do projeto de máscaras de redação e observe na prática como a progressão tex-tual ocorre:

Muito se tem discutido ultimamente sobre (blá, blá, blá) por causa de (blá, blá, blá). Sabe-se que alguns fatores como (blá, blá, blá), (blá, blá, blá) e (blá, blá, blá) são a base do desenvolvimento desse problema. As consequências imediatas de (blá, blá, bla´) só pode-rão ser avaliadas quando (blá, blá, blá).

O primeiro passo a se tomar é o de (blá, blá, blá).Além de (blá, blá, blá), também se pode especular

que (blá, blá, blá).Ainda convém chamar a atenção para mais um

ponto determinante sobre (blá, blá, blá) que é (blá, blá, blá).

O resultado de todo esse esforço é (blá, blá, blá) e é em busca de (blá, blá, blá) que se deve (blá, blá, blá). Sendo assim (blá, blá, blá).

Você pode perceber que, mesmo não abordando assunto algum, há um encadeamento lógico da estru-tura do texto que conduz a uma eficiência argumen-tativa que admite a idealização uma vasta margem de desenvolvimentos sobre variados temas.

TEORIA DAS MÁSCARAS

Depois de observar as dificuldades que as pessoas têm de se expressarem por meio da escrita, colocamos aqui soluções para esses problemas, sem a pretensão de criar fórmulas mágicas, mas sim de criar um refe-rencial mais concreto e imediato.

Como proposta de solução para essas dificulda-des, vamos partir de um princípio em que se começa da materialização do texto eficiente, satisfazendo os anseios dos nossos alunos. O método aqui utilizado refere-se à Teoria das Máscaras, que proporciona a você um ponto de partida concreto na produção de redações eficientes a partir de modelos prontos e que poderão ser reproduzidos e adaptados para qualquer tema proposto pela banca organizadora do concurso, respeitando ainda o caráter da originalidade e da cria-tividade de cada autor.

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As máscaras de redação garantem a eficácia sobre os principais quesitos exigidos pelas bancas organiza-doras dos critérios de correção dos textos, tais como progressão textual e sequencialização, coesão e conse-quentemente coerência, além de atender naturalmen-te à estrutura própria dos textos dissertativos. Outro ponto importante é o de permitir ao candidato uma projeção bem aproximada da extensão do seu texto em número de linhas.

Outra finalidade dessa proposta é também a de desenvolver uma maior agilidade na projeção e na construção da redação, otimizando o tempo de sua elaboração durante a prova

Leia inicialmente o texto piloto desse projeto:

z Projeto de dissertação: Exemplos arroz com feijão. z Tema: A alimentação do brasileiro. z Tese: A comida dos brasileiros é muito saudável e

tem tudo de que ele necessita para seu longo dia de trabalho.

z Argumentos: carboidratos no arroz com feijão; proteínas no bife com salada; glicose e cafeína do cafezinho preto com açúcar.

1° Parágrafo

Todos sabem o quanto, em nosso país, a comida é saudável e tem tudo de que os brasileiros necessi-tam para seu longo dia de trabalho. Verifica-se que os carboidratos no arroz com feijão, as proteínas no bife com salada além da glicose no cafezinho preto com açúcar fornecem um completo abastecimento de energia somada ao prazer.

2° Parágrafo

É de fundamental importância o consumo de alimentos ricos no fornecimento de energia para a movimentação do nosso corpo. Podemos mencionar, por exemplo, o arroz com feijão que diariamente abastece a nossa mesa, por causa de sua riqueza em carboidratos. Esse complexo alimentar nos recompõe da energia própria consumida durante o dia.

3° Parágrafo

Além disso, as proteínas da carne no bife que come-mos servem para repor a massa muscular perdida durante o trabalho. E somando-se a isso, há as fibras das verduras e folhas que ajudam no processamento dos alimentos pelos órgãos digestivos. Daí a possibilidade de reafirmarmos o valor nutricional do conjunto de alimen-tos de nosso prato mais tradicional e de justificarmos os hábitos desenvolvidos em nossa cultura culinária.

4° Parágrafo

Ainda convém lembrarmos outro hábito que contribui para o sucesso do nosso bem elaborado cardápio (que é): o de tomarmos um cafezinho após as refeições. Esse conjunto da cafeína mais o açúcar reabastece nosso cérebro de energia desviada para os órgãos processadores da digestão no momento em que comemos. Essas substâncias reprimem a sonolência típica da hora do almoço nos mantendo despertos.

5° Parágrafo

Levando-se em consideração esses aspectos práticos do prato do brasileiro somos levados a acre-ditar que não é apenas por prazer que somos sedu-zidos pela nossa culinária, mas também por tudo o que ela nos oferece para a manutenção de nossa saúde. Sendo assim a falta de qualquer um desses ingredien-tes nos causará debilidade além de insatisfação.

Observe o texto e a estrutura. Imaginemos que o tema proposto a nós fosse “A alimentação do brasileiro” e que a partir desse tema tivéssemos que produzir uma dissertação sobre ele. A primeira coisa a fazer seria a delimitação do tema, ou seja, deveríamos buscar com objetividade uma tese, dentro desse tema, sobre a qual fôssemos capazes de argumentar, como essa:

“A comida dos brasileiros é muito saudável e tem tudo de que ele necessita para seu longo dia de trabalho”.

O próximo passo seria o de levantar alguns argumen-tos que sustentassem a tese proposta com valor de ver-dade. Veja como fizemos. Já que estávamos falando da alimentação dos brasileiros, nada melhor do que falar-mos sobre seus pontos positivos, pontos estes reconhe-cidos até por especialistas em alimentação mundial. O valor nutricional que compõe o nosso prato mais popu-lar. Isso mesmo, o “pf”, o “prato feito” que encontramos em bares, pequenos restaurantes e, principalmente, na maioria das mesas do povo brasileiro: o arroz com fei-jão, bife e salada, finalizado com um cafezinho preto.

Decompomos esse prato e identificamos seus prin-cipais ingredientes, aqueles merecedores de destaque como boa argumentação a favor de nossa tese. Marcamos o “carboidrato”, presente no arroz e no feijão, como nosso primeiro ponto positivo. Depois foi a vez das “proteínas” presentes no bife com salada e chegamos, finalmente, à “cafeína” e ao “açúcar” presentes no cafezinho. Pronto, já temos a primeira parte de nosso projeto organizado.

O próximo passo é juntar tudo no primeiro parágra-fo, de maneira organizada, de forma que as ideias sejam apresentadas em uma sequência que deixe claro ao leitor sobre o que será falado e também qual será a sequência de argumentos que será apresentado para dar credibili-dade a nossa tese. Veja o modelo do primeiro parágrafo:

Todos sabem o quanto, em nosso país, _________________________________. Verifica-se que____________________(,) ___________________ além de _____________________ forne-cem (ou - resultam, culminam, têm como consequência...) _________________________________________________________.

Compare agora com o parágrafo preenchido com a tese e com os argumentos e veja a amarração que conseguimos:

Todos sabem o quanto, em nosso país, a comida é saudável e tem tudo de que os brasileiros necessitam para o seu longo dia de trabalho. Verifica-se que os carboidra-tos no arroz com feijão, as proteínas no bife com salada além da glicose no cafezinho preto com açúcar fornecem um completo abastecimento de energia somada ao prazer.

A partir daí, fizemos o mesmo para os parágrafos seguintes, impondo a eles estruturas programadas com relação lógica de coerência e coesão. Você perce-berá que a continuidade e a progressão textual foram sendo procuradas e construídas para dar evolução ao texto e aos argumentos.

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No segundo parágrafo, iniciamos com uma frase de apresentação que valoriza o primeiro argumento, depois fomos completando os espaços em branco que ligavam os argumentos entre si com relações preestabelecidas de: finalidade ― com a conjunção “para” ―; explicação ― com o “que” ― causa ― com a locução “por causa de”. Veja que, para manter a continuidade textual recupe-rando sempre a ideia central do parágrafo, nos preocu-pamos em acrescentar o pronome demonstrativo “Esse” fechando com uma conclusão sobre esse argumento.

É de fundamental importância o________________________________ para_____________________________________. Podemos mencionar, por exemplo, ______________que__________________________________, por causa de ________________________________________. Esse _________________________________________________________________________________.

Observe como ficou a sequência completa do segundo parágrafo:

É de fundamental importância o consumo de ali-mentos ricos no fornecimento de energia para a movi-mentação do nosso corpo. Podemos mencionar, por exemplo, o arroz com feijão que diariamente abastece a nossa mesa, por causa de sua riqueza em carboidra-tos. Esse complexo alimentar nos recompõe da energia própria consumida durante o dia.

Veja agora uma coletânea de frases que podem auxiliá-lo na introdução de seus parágrafos iniciais:

É de conhecimento geral que ... Todos sabem que, em nosso país, há tempos, observa- se...Cogita-se, com muita frequência, que...Muito se tem discutido, recentemente, acerca de...É de fundamental importância o (a)....Ao fazer uma análise da sociedade, busca-se desco-brir as causas de....Talvez seja difícil dizer o motivo pelo qual...

Assim como no segundo parágrafo, o terceiro e o quarto também seguiram o mesmo princípio quanto às relações de coesão. As conjunções foram posicio-nadas para dar coerência a quase qualquer tipo de argumentação. Veja os parágrafos seguindo suas res-pectivas estruturas vazias:

3o Parágrafo:

Além disso, ______________________________. E soman-do-se a isso,_________________________ que _____________. Daí__________________________________________________e de______________________________________________________.

Teremos, após preencher o modelo:Além disso, as proteínas da carne no bife que come-

mos servem para repor a massa muscular perdida durante o trabalho. E somando-se a isso, há as fibras das verduras e folhas que ajudam no processamento dos alimentos pelos órgãos digestivos. Daí a possibilidade de reafirmarmos o valor nutricional do conjunto de alimen-tos de nosso prato mais tradicional e de justificarmos os hábitos desenvolvidos em nossa cultura culinária.

4o Parágrafo:

Ainda convém lembrarmos_________________________(que é): ___________________________________________________________. Esse _________________________________ para ______________________________. Essa (s) __________________________________________________________________________.

Teremos, após preencher o modelo:Ainda convém lembrarmos outro hábito que con-

tribui para o sucesso do nosso bem elaborado cardápio que é o de tomarmos um cafezinho após as refeições. Esse conjunto da cafeína mais o açúcar reabastece nosso cérebro de energia desviada para os órgãos pro-cessadores da digestão no momento em que comemos. Essas substâncias reprimem a sonolência típica da hora do almoço nos mantendo despertos.

Para os parágrafos de desenvolvimento, também podemos relacionar frases que você poderá escolher para dar originalidade ao seu texto:

z Ao se examinarem alguns; verifica-se que; z Pode-se mencionar; por exemplo, z Em consequência disso; vê-se; a todo instante; z Alguns argumentam que; z Além disso; z Outro fator existente; z Outra preocupação constante; z Ainda convém lembrar; z Por outro lado; z Porém; mas; contudo; todavia; no entanto; entretanto.

Lembramos que esses exemplos são apenas suges-tões e que você poderá desenvolver construções que atendam sua necessidade a partir de quando você for adquirindo experiência com a produção de textos.

Tanto quanto podemos criar padrões para a introdu-ção e para o desenvolvimento de nossas redações, também podemos criá-los para a conclusão de nossa dissertação.

Acompanhe a organização de nosso último parágrafo.

Levando-se em consideração esses aspectos __________________________________, somos levados a acreditar que___________________________________________________________________________________, mas também____________________. Sendo assim _____________________________________________________________________________________________________.

Teremos, após preencher o modelo: Levando-se em consideração esses aspectos

práticos do prato do brasileiro, somos levados a acre-ditar que não é apenas por prazer que somos sedu-zidos pela nossa culinária, mas também por tudo o que ela nos oferece para a manutenção de nossa saúde. Sendo assim a falta de qualquer um desses ingredien-tes nos causará debilidade além de insatisfação.

Os aspectos conclusivos presentes nesse último parágrafo garantem ao leitor a clareza de que se che-gou ao final do desenvolvimento da tese inicial. As frases em destaque dão força conclusiva ao parágrafo, conduzindo a sequência textual a uma possível solu-ção para os problemas propostos, ou ainda, podem gerar simples constatações das verdades idealizadas. Você também pode contar com uma pequena lista de frases que podem auxiliá-lo nessa tarefa.

z Em virtude dos fatos mencionados; z Por isso tudo; z Levando-se em consideração esses aspectos;

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z Dessa forma; z Em vista dos argumentos apresentados; z Dado o exposto; z Por todos esses aspectos; z Pela observação dos aspectos analisados; Portanto;

logo; então.

Após a frase inicial, pode-se continuar a conclusão com as seguintes frases:

z Somos levados a acreditar que; z É-se levado a acreditar que; z Entendemos que; z Entende-se que; z Concluímos que; z Conclui-se que; z É necessário que; z Faz-se necessário que.

Observe como fica, então, a soma dos parágrafos e como se deu a criação da primeira máscara:

MÁSCARA 01

1o Parágrafo

Todos sabem o quanto, em nosso país,_____________________________Verifica-se que____________________________(,) __________________________ além de______________________________ fornecem (ou - resultam, culminam, têm como consequência)_________________________________________.

2o Parágrafo

É de fundamental importância o______________________________________ para ______________________________. Podemos mencionar, por exemplo,_______________________ que_________________________, por causa de_______________________________. Esse______________________________________.

3o Parágrafo

Além disso,________________________________________. E somando-se a isso,________________________________que__________________________________. Daí_____________________________e de__________________________________________________.

4o Parágrafo

Ainda convém lembrarmos__________________ (que é):_____________________________. Esse_____________________________________________________para_______________________. Essa(s) __________________________________________________________.

5o Parágrafo

Levando-se em consideração esses aspectos____________, somos levados a acreditar que___________________________, mas também_______________________________________ Sendo assim_____________________________________________________.

Muito bem, agora que vimos o processo de criação das máscaras, você poderá começar também seu traba-lho de produção. Antes, porém, vamos apresentar mais dois outros modelos de máscaras de redação que você poderá usar como base para suas próprias criações.

Vá observando como as máscaras garantem o encadeamento das ideias, a coesão entre as orações e a coerência com as várias possibilidades argumen-tativas. A seguir temos mais um exemplo de máscara

MÁSCARA 02

1o Parágrafo

Entre os aspectos referentes a _________, _______________ três pontos merecem destaque especial. O primeiro é ___________________; o segundo ________________ e por fim________________.

2o Parágrafo

Alguns argumentam que___________________________________ para__________________. Isso porque _________________. Dessa forma___________________________________.

3o Parágrafo

Outra preocupação constante é ____________________________________, pois______________________. Como se isso não bastasse, __________________ que __________________________ Daí _________________________ que ____________e que__________________________.

4o Parágrafo

Também merece destaque ______________________ o (a) qual __________________________________________. Diante dis-so ________________________para que ________________________________________________________.

5o Parágrafo

Tendo em vista os aspectos observados ________________________________, só nos resta esperar que _________________________________, ou quem saiba __________________________________________________________. Consequentemente_________________________________.

Sugerimos a você que faça suas primeiras reda-ções baseadas em uma das máscaras prontas; confor-me for avançando nos estudos, você poderá construir a suas próprias máscaras personalizadas.

Por fim, preparamos uma máscara de organização sequencial para seu projeto de redação. Use-a para se organizar.

PROJETO DE TEXTO (monte sua dissertação)

1° Tema: ___________________________________________________________________________________________

2° Tese: ________________________________________

3°Argumentos

a) ___________________________

b)____________________________

c) ____________________________

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(1º parágrafo) tese + argumentos_________________________________________________

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________.

(2º parágrafo) justificativas (por que isso ocorre?): argumento “a)” + provas e exemplos (mostre casos conhecidos ou dê exemplos seme-lhantes ao seu argumento).

Construa o parágrafo unindo as informações anteriores ao argumento “a)”

_________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________.

Faça o mesmo esquema no 3º e 4º parágrafos para os argumentos “b)” e “c)”

_________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________.

_____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________.

Elabore sua conclusão: (confirme sua tese dizendo que, se algum dos argumentos não for considerado, a ideia inicial não poderá ser sus-tentada, ou que os resultados propostos não serão atingidos).

_______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________.

APROFUNDAMENTO DA ELABORAÇÃO DO PARÁGRAFO DISSERTATIVO

Vamos agora aprofundar o nosso trabalho com a estrutura dos textos dissertativos. Para isso traba-lharemos as várias modalidades de parágrafos que podem ser utilizados para a elaboração de uma boa dissertação. Mostraremos aqui a continuidade de nos-so projeto de máscaras e os vários arranjos que são possíveis ao construí-las.

z Parágrafo de introdução

O parágrafo de introdução tem como uma de suas funções mais importantes a de apresentar a tese que será defendida no decorrer da redação. É também possível e bastante didático fazer uma prévia dos argumentos que serão trabalhados na sustentação dessa tese. Assim, o leitor poderá ser orientado, logo de saída, a acompanhar o ritmo do pensamento de vocês e a sequência das suas argumentações.

z Tipos diferentes de parágrafos de introdução:

� Declaração inicial: na declaração afirma-se ou nega-se algo de início para em seguida justifi-car-se e comprovar-se a assertiva com exem-plos, comparações, testemunhos de autores etc. Vejamos um exemplo desse tipo de parágrafo aplicado à nossa proposta básica que é o proje-to arroz-com-feijão. Mais uma vez colocamos a estrutura já construída e em seguida a disposi-ção vazia do parágrafo que poderá ser utilizada por vocês sempre que desejarem.

Modelo nº 1

É fato notório que ______________________________________________________________________________________________. Sabe-se que _______________________ ________________________, além da ___________________________________________________________________.

Preenchendo o modelo, teremos:

É fato notório que a alimentação do brasileiro é boa e tem tudo de que necessitamos para suprir os desgastes de um dia de trabalho. Sabe-se que os carboidratos do arroz e do feijão, as proteínas do bife e da salada, além da glicose do cafezinho preto com açúcar fornecem um completo abastecimento de energia somada ao prazer.

� Definição: o parágrafo por definição é enten-dido como um método preferencialmente didático, pois busca, por intermédio de uma explicação clara e breve, a exposição do signifi-cado de uma ideia, palavra ou de uma expres-são. É a forma de exposição dos diversos lados pelos quais se pode encarar um assunto. Pode apresentar tanto o significado que o termo car-rega no uso geral quanto aquele que o falante pretende determinar para o propósito do seu discurso.

Uma definição é um enunciado que descreve um conceito, permitindo diferenciá-lo de outros conceitos associados.

Vejam como em nosso parágrafo de exemplo explo-ramos o conceito global e generalizado sobre o assunto.

Vocês perceberão como o modelo vazio que segue este exemplo traz a indução do assunto a ser defini-do. Vale lembrar que, como se trata de uma definição, a base dessa informação deve sustentar-se em uma verdade consagrada, diferentemente do que vimos no exemplo anterior, já que a declaração inicial pode basear-se em uma posição pessoal a ser defendida.

Modelo nº 2______________________________ é a denominação

dada a ________________________. Essa ____________ ___________________, mas a hipótese mais aceita é a de que ________________________________________________. Outra versão afirma que esse ____________ ____________, que tem origem ____________. O que se sabe é que _______________________________________.

Preenchendo o modelo, teremos:

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Arroz com feijão é a denominação dada a um pra-to típico da América Latina. Essa receita não tem uma origem certa, mas a hipótese mais aceita é a de que seria fruto de uma combinação do arroz (de origem oriental) trazido pelos portugueses ao Brasil com o fei-jão, que já seria consumido no Brasil pelos índios. Outra versão afirma que esse prato foi a união do arroz com a feijoada, que tem origem africana ou portuguesa. O que se sabe é que, ao longo dos séculos, esse prato foi se popularizando por todo o país, passando a ser uma par-te quase que indispensável da refeição dos brasileiros.

� Divisão: o parágrafo de divisão, processo tam-bém quase que exclusivamente didático, por causa das suas características de objetividade e clareza, consiste em apresentar o tópico frasal (frase que introduz o parágrafo) sob a forma de divisão ou discriminação das ideias a serem desenvolvidas (normalmente a divisão vem precedida por uma definição, ambas no mesmo parágrafo ou em parágrafos distintos). Usamos aqui como representação desse modelo o con-ceito de silogismo. (Um silogismo é um termo filosófico com o qual Aristóteles designou a argumentação lógica perfeita, constituída de três proposições declarativas que se conectam de tal modo que a partir das primeiras duas, chamadas premissas, é possível deduzir uma conclusão. A teoria do silogismo foi exposta por Aristóteles em sua obra Analíticos Anteriores.

Modelo nº 3_____________ pode ser representado de duas

maneiras diferentes: ___________, que é ___________ ____________ e ___________, que é _________________________________. Enquanto a primeira ___________se apresenta __________________. Esta, por sua vez, rea-liza-se por intermédio de _____________________________________________________________________________.

Preenchendo o modelo, teremos:

O silogismo pode ser representado de duas manei-ras diferentes: silogismo simples, que é formado por um único núcleo argumentativo e silogismo composto que é formado por diversos núcleos argumentativos de elabo-ração complexa. Enquanto a primeira teoria se apre-senta pela estrutura filosófica básica consagrada pela antiguidade. Esta, por sua vez, realiza-se por inter-médio de vários silogismos desenvolvidos para atender às novas perspectivas de sedução e convencimento.

� Alusão histórica: a elaboração de um parágrafo por alusão histórica é um recurso que desper-ta sempre a curiosidade do leitor por meio de fatos históricos, lendas, tradições, crendices, anedotas ou a acontecimentos de que o autor tenha sido participante ou testemunha (desen-volve-se geralmente por meio da comparação com o presente ou retorno a ele). A vanta-gem desse método é o de podermos mostrar o desenvolvimento cronológico de um assunto, expondo sua evolução no tempo. Lembrem-se de que, ao se servirem de um fato histórico para sustentar uma tese, a História é a ciência que estuda o homem e sua ação no tempo e no espaço, concomitante à análise de processos e eventos ocorridos no passado. E como ela é uma ciência, tem, por conseguinte, um grande valor argumentativo.

Observem como isso é simples:

Modelo nº 4Desde a época da ________________ sabe-se que

___________________________________________________ para ____________________________________. Principal-mente hoje em dia, reconhece-se que _________________________________________________________, além de________________________________________________ ____________________________________________________.

Preenchendo o modelo, teremos:

Desde a época da escravidão no Brasil sabia-se que a alimentação dada a esses novos brasileiros era boa e tinha tudo de que eles necessitavam para suprir os desgastes de um longo dia de trabalho. Hoje em dia, principalmente, já se reconhece que os carboidratos do arroz e do feijão, as proteínas da carne e das verduras fornecem um completo abastecimento de energia soma-da ao prazer, justificando os hábitos do passado como responsáveis pelo tradição alimentar que preservamos.

� Interrogação: A ideia núcleo do parágrafo por interrogação é colocada por intermédio de uma pergunta a qual serve mais como recurso retó-rico, uma vez que a questão levantada deve ser respondida pelo próprio autor. Seu desenvolvi-mento é feito por intermédio da confecção de uma resposta à pergunta.

Modelo nº 5Será possível determinar qual é ______________

para_____________________________? (Resposta) __________________________________________________________.

Preenchendo o modelo, teremos:

Será possível determinar qual é a melhor combi-nação de alimentos para atender às necessidades diá-rias de nossa população? Qualquer nutricionista dirá que sim, pois alimentos ricos em carboidratos e pro-teínas devem compor essa alimentação e não há quase nada mais apropriado do que nosso tradicional prato de todos os dias. O arroz com feijão tem as proporções perfeitas para satisfazer essa necessidade que todos têm de recomposição de força e de energia.

z Parágrafos de desenvolvimento

Após o primeiro parágrafo que, como já vimos, pode apresentar a tese e também os argumentos prin-cipais que serão desenvolvidos, chega a hora de abor-dar os elementos que sustentarão essas afirmações iniciais. Os parágrafos seguintes deverão conter os recursos argumentativos que articularão o convenci-mento do leitor quanto à tese apresentada.

� Tipos diferentes de parágrafos de desenvolvi-mento: as possibilidades de ordenação do pará-grafo são várias: exploração de aspectos espaciais e temporais, enumeração de pormenores, apresen-tação de analogia, ou contraste, citação de exem-plos, apresentação de causas e consequências.

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� Desenvolvimento por exploração espacial: ao argumentar, vocês podem se servir da exposição de informações relativas ao lugar em que os fatos ocorreram.

Modelo nº 1A cidade (ou região) em destaque é _____________,

que fica localizada em ____________, região nobre de ________ É aí onde se localiza ___________________________________ dessa região. Cercada por uma densa floresta ___________________, foi bem no centro desse ____________________________________________________.

Preenchendo o modelo, teremos:

A cidade (ou região) em destaque é Pindaíba da Serra, que fica localizada em Monte Mole, região nobre de Pindorama. É aí onde se localiza uma das mais belas reservas naturais de paioca-rija, um cipó medicinal e afrodisíaco muito cobiçado pelos morado-res dessa região. Cercada por uma densa floresta de mambutis gigantes, foi bem no centro desse san-tuário tropical que a próspera cidadezinha se tornou uma espécie de centro cultural da região por preservar até hoje um dos mais tradicionais rituais de nossa his-tória: a sagração da taioba-plus, entidade sagrada e reverenciada pelos devotos naobilicos.

� Desenvolvimento por exploração temporal: nesse modelo o leitor é informado do momen-to em que os fatos ocorreram com a indicação de datas e outros aspectos temporais. Pode-se recorrer nesse momento aos artifícios empre-gados no próprio parágrafo de alusão histórica, já que este também se serve de referências cro-nológicas como em:

Modelo nº 2A cidade (ou região) em destaque é ____________,

que fica localizada em ____________, região nobre de _________. É aí onde se localiza ______________________________________ dessa região. Cercada por uma densa floresta ____________________, foi bem no cen-tro desse _______________________________________________________________________________________________.

Preenchendo o modelo, teremos:

No passado, quando pensávamos em alimenta-ção, notávamos que sua relação com a sobrevivência era muito maior comparada à que vemos nos nos-sos atuais. Hoje, por outro lado, a qualidade desses alimentos e a qualidade da saúde que eles proporcio-nam tornaram-se o foco desse pensamento. O resul-tado disso é que comer, na atualidade, tornou-se um ritual de bem viver.

� Desenvolvimento por exploração de porme-nores ou de enumerações: nesse modelo de parágrafo, vocês têm por objetivo enumerar características, relacionar aspectos importan-tes sobre algum assunto. A apresentação das ideias pode ser ou não ordenada segundo uma ordem de importância. A ordem depende do que vocês pretendem enfatizar.

Modelo nº 3Entre os aspectos referentes a_________________

________________________ três pontos merecem des-taque especial. O primeiro é ___________________________________; o segundo________________ e por fim ________________________________________________________.

Ao preenchermos o modelo, teremos:

Entre os aspectos referentes à alimentação dos brasileiros, três pontos merecem destaque especial. O primeiro é quanto aos carboidratos presentes no arroz com feijão; o segundo diz respeito às proteínas pre-sentes no bife com salada e por fim a glicose somada à cafeína no cafezinho preto com açúcar que fornecem um completo abastecimento de energia somada ao prazer.

� Desenvolvimento por exploração de contras-te de ideias: na ordenação do parágrafo por exposição de contrastes entre si, vocês pode se servir de comparações, ideias paralelas, ideias diferentes e ideias opostas.

Modelo nº 4Muitos acreditam que __________________________

________________________________________________, por causa da _____________________________. Por outro lado, sabe-se também que _____________________________________________________________________________________________, quando muitas vezes _________________________________________________________________.

Ao preenchermos o modelo, teremos:

Muitos acreditam que o cafezinho preto com açú-car pode causar excitação e ansiedade quando consu-mido em excesso, por causa da cafeína e da glicose presentes nele. Por outro lado, sabe-se também que essas substâncias fornecem uma carga suplementar de energia nos deixando despertos logo após o almo-ço, quando muitas vezes somos acometidos por uma sonolência indesejada.

Desenvolvimento por exploração de ideias ana-lógicas e comparação: para organização das ideias, nossos redatores valem-se de expressões que indicam confronto valendo-se do artifício de contrapor ideias, seres, coisas, fatos ou fenômenos. Tal confronto tanto pode ser de contrastes como de semelhanças. Analo-gia e comparação são também espécies de confronto:

“A analogia é uma semelhança parcial que sugere uma semelhança oculta, mais completa. Na compara-ção, as semelhanças são reais, sensíveis numa forma verbal própria, em que entram normalmente os cha-mados conectivos de comparação (quanto, como, do que, tal qual)”. – Comunicação em prosa Moderna – Othon M. Garcia.

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Por exemplo:

Modelo nº 5No caso das _______________________, porque cada

qual tem seus próprios valores __________________. Enquanto a __________________________________, as ________, por sua vez, _____________________________.

Ao preenchermos o modelo, teremos:

No caso das proteínas do bife e da salada que comemos, seria melhor não generalizar, porque cada qual tem seus próprios valores para a alimentação. Enquanto a carne é rica em proteínas que repõem as perdas musculares pelo desgaste do dia a dia, as verdu-ras, por sua vez, oferecem as fibras que nos auxiliam no processamento dos alimentos pelo nosso organismo ajudando na absorção dos nutrientes.

� Desenvolvimento por exploração de causa e consequência: Dentro de uma perspectiva lógica e simples devemos compreender causa como um fator como gerador de problemas e consequência como os problemas gerados pela causa. Trabalhar com causas e consequências é apresentar os aspectos que levaram ao proble-ma discutido e as suas decorrências.

Modelo nº 6É de fundamental importância o ___________

_____________________________________________________________ para___________________. Podemos men-cionar, por exemplo, ____________________________que____________________, por causa ________________.

Ao preenchermos o modelo, teremos:

É de fundamental importância o consumo de ali-mentos ricos no fornecimento de energia para a movi-mentação do nosso corpo. Podemos mencionar, por exemplo, o arroz com feijão que diariamente abastece a nossa mesa, por causa de sua riqueza em carboidra-tos. Esse complexo alimentar nos recompõe da energia própria consumida durante o dia.

z Parágrafo de conclusão

A conclusão de uma dissertação é o momento de se mostrar que o objetivo proposto na introdução foi atingido. É de fundamental importância que não ocor-ra contradição com a tese proposta no início de sua redação, o que descaracterizaria toda a argumenta-ção. Vocês, nesse momento, devem fazer uma síntese geral; ou retomar a ideia inicial, reforçando os pontos de partida do raciocínio. Podem também demonstrar que uma solução a um problema foi encontrada ou que uma proposta de solução pode ser alcançada, ou ainda que uma resposta a uma pergunta foi encontrada.

Esse momento pode também gerar um questio-namento final, desde que não concorra com suas exposições anteriores. A satisfação do leitor deve ser contemplada na conclusão para que ele não se sinta frustrado pela expectativa criada quanto ao tema. Essa volta ao início do texto que a conclusão faz é algo que chamamos de circularidade. Esse caráter finaliza-dor da conclusão também colabora para a progressão e continuidade textual.

� Tipos diferentes de parágrafos de conclusão: podemos enumerar alguns exemplos de con-clusões satisfatórias que todos poderão usar em seus textos dissertativos.

� Conclusão por síntese ou resumo: o primeiro recurso com que trabalharemos será o do resumo ou síntese geral. Nesse caso vocês retomam, resu-midamente, aquilo que exploraram durante o texto:

Modelo nº 1Levando-se em consideração esses aspectos

__________________, somos levados a acreditar que não é apenas por ____________________________, mas também _________________________________. Sendo assim_____________________________________________.

Ao preenchermos o modelo, teremos:

Levando-se em consideração esses aspectos práticos do prato do brasileiro, somos levados a acre-ditar que não é apenas por prazer que somos sedu-zidos pela nossa culinária, mas também por tudo o que ela nos oferece para a manutenção de nossa saúde. Sendo assim, a falta de qualquer um desses ingredien-tes nos causará debilidade além de insatisfação.

� Conclusão por questionamento: nesse mode-lo vocês partem de um questionamento para encerrar seu raciocínio. Mas não se esqueçam de que vocês não devem colocar em dúvida os argumentos desenvolvidos em sua redação.

Modelo Nº 2O que mais há para ser tomado como _________

_________________________(?) _______________________ acreditar que ___________________________________________________, mas também ___________________________________________________(?) Certamente que sim, pois _________________________________________.

Preenchendo o modelo, teremos:

O que mais há para ser tomado como positivo e prático no prato dos brasileiros? O que sabemos nos leva a acreditar que não é apenas por prazer que somos seduzidos pela nossa culinária, mas também por tudo o que ela nos oferece para a manutenção de nossa saú-de. E a falta desses ingredientes mudará a saúde de nossa população? Certamente que sim, pois a carência de tais ingredientes nos causará debilidade além de insatisfação.

� Conclusão por resposta, solução ou proposta: vocês levantam uma (ou mais) hipóteses ou suges-tões do que se deve fazer para transformar a histó-ria mostrada durante o desenrolar do texto.

Modelo nº 3Tendo em vista os aspectos observados sobre

_________________, só nos resta esperar que ____________________________. Ou quem saiba ainda que ____________________________________ para que ______________________ Consequentemente __________________________________________________________.

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Preenchendo o modelo, teremos:

Tendo em vista os aspectos observados sobre nossa alimentação, só nos resta esperar que se garanta a todo brasileiro o acesso a esse rico cardápio. Ou quem saiba ainda que se divulgue o sucesso de nossa combinação alimentar para que o mundo saiba que no Brasil se come bem. Consequentemente será possível a qualquer um balancear com eficiência e bai-xo custo do que se põe na mesa de sua casa.

Agora, pessoal, é começar a criar seus próprios arranjos e utilizar essas técnicas para compor reda-ções eficientes que garantam seu sucesso em qualquer tipo de concurso que peça a vocês um posicionamento específico sobre qualquer tema.

Construindo as Máscaras de Redação

Vamos agora montar nosso quebra-cabeças? Veja como arranjamos os modelos de maneiras diferentes.

z Modelo n° 1: Introdução (declaração inicial)

É fato notório que ______________________________________________________________________. Sabe-se que _____________________________________________, além da __________________________________________.

z Modelo n° 2: desenvolvimento (pormenores ou de enumerações)

Entre os aspectos referentes a ___________________, três pontos merecem destaque especial. O primeiro é ___________________________________; o segundo _________________ e por fim ________________________.

Modelo nº 2: desenvolvimento (temporal)

No passado, quando pensávamos em _______, notá-vamos que ___________________ era ____________ com-parada à que vemos recentemente. Hoje, por outro lado, _______________________________ tornaram-se _____________. O resultado disso é que ______, na atualida-de, tornou-se _________________________.

z Modelo n° 3: desenvolvimento (contraste de ideias)

Muitos acreditam que _________________________________________________________________, por causa da ____________________________. Por outro lado, sabe-se tam-bém que_____________________________________________, quando muitas vezes _____________.

z Modelo n° 4: conclusão (síntese ou resumo)

Levando-se em consideração esses aspectos ______________, somos levados a acreditar que não é apenas por _________________________________, mas tam-bém____________. Sendo assim________________.

Nova máscaraÉ fato notório que _______________________________

______. Sabe-se que ___________________________, além da ____________________. Entre os aspectos referentes a ______________________________ três pontos merecem des-taque especial. O primeiro é ___________________; o segun-do_____________________ e por fim ____________________________________. No passado, quando pensávamos em __________, notávamos que ___________________________ era ____________ comparada à que vemos recentemente. Hoje, por outro lado, _________________________ tornaram--se _________________. O resultado disso é que ____________, na atualidade, tornou-se __________________________. Muitos acreditam que ________________________________, por causa da __________________________. Por outro lado, sabe-se também que _________________, quando muitas vezes _______________. Levando-se em consideração esses aspectos _________________ somos levados a acreditar que não é apenas por _______________________________, mas também _____________________. Sendo assim _____________________________________.

Observe que fizemos a opção por abrir nossa reda-ção com uma declaração inicial. Como abordamos um tema geral, sem uma relevância científica notória e que representa na verdade um conhecimento cultural somado às observações de médicos e nutricionistas, a declaração foi a melhor alternativa, já que não se compromete com a obrigatoriedade de recorrência a uma fonte de conhecimento referencial.

Em seguida, arranjamos os parágrafos de desen-volvimento mesclando os vários modelos apresenta-dos anteriormente.

Ao mesmo tempo em que eles nos ofereciam diver-sas alternativas para a estruturação de nosso projeto, também nos orientavam dando caminhos a seguir na argumentação. É como se montássemos realmente um quebra-cabeça.

Escolhemos três modelos diferentes de parágrafos de desenvolvimento para esse projeto. Por enume-rações, o temporal e o por contraste. Forçamos um pouco a barra, primeiro criando a máscara para, só depois, completar nossa redação. Afinal de contas, essa é a vantagem do projeto de máscaras.

Vejam como ficou:

É fato notório que a comida dos brasileiros é mui-to boa e tem tudo de que eles necessitam para o seu longo dia de trabalho. Sabe-se que o arroz-com-feijão nos fornece um completo abastecimento de energia somado ao prazer.

Entre os aspectos referentes a esse par consi-derado completo que é o arroz com feijão, três pon-tos merecem destaque especial. O primeiro está na riqueza de carboidratos presentes nele e que nos reabastece repondo a energia consumida durante o dia; o segundo nos reporta ao sabor exótico e mar-cante que o alimento oferece, tornando-o sempre uma escolha positiva quanto ao prazer e por fim deve-se levar em conta a vantagem do baixo custo dessa combinação se comparado a outros alimen-tos também computados como importantes para a composição de uma alimentação rica.

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No passado, quando pensávamos em alimentação, notávamos que sua relação com sobrevivência era muito maior comparada à que vemos recentemente. Hoje, por outro lado, a qualidade desses alimentos e a qualidade da saúde que eles proporcionam tornaram-se o foco desse pensamento. O resultado disso é que comer, na atualidade, tornou-se um ritual de bem viver.

Muitos acreditam que a comida presente em nossas mesas é uma das mais saudáveis do mundo, por causa da sua variedade e equilí-brio. Por outro lado, sabe-se também que poderá engordar, quando muitas vezes for consumida sem medida, com inspiração ape-nas no sabor e no prazer que oferece.

Levando-se em consideração esses aspectos práticos do prato do brasileiro, somos levados a acreditar que não é apenas por prazer que somos seduzidos pela nossa culi-nária, mas também por tudo o que ela nos ofe-rece para a manutenção de nossa saúde. Sendo assim, concluímos que a falta desse ingre-diente em nossa mesa nos causará debilidade além de insatisfação.

Com esses modelos apresentados, desejamos mos-trar como é possível programar e treinar nossos tra-balhos de redação se exercitarmos essas habilidades. Porém, é de fundamental importância que você bus-que ou crie um modelo de máscara com o qual você mais se identifique. Isso para que, no momento de produção de sua redação, principalmente se ocorrer durante uma prova de concurso, você já esteja orga-nizado. Com isso, espera-se que vocês tenham a van-tagem de partir direto para a elaboração de seu texto sem ter de ficar parados buscando inspiração em um momento em que todo segundo é importante.

20 DICAS COM SÍNTESE DE ALGUNS ASPECTOS DE GRANDE RELEVÂNCIA

Reunimos aqui algumas informações importantes para a organização e revisão de seu trabalho. Algumas até já foram trabalhadas anteriormente, mas as retoma-remos para criar um procedimento de observação geral.

z 1° Estética: grafia / alinhamento / paragrafação / respeito às margens;

A maioria das bancas exige que os candidatos apre-sentem uma escrita que permita a leitura clara do tex-to sem a preocupação com o tipo de letra, respeitando apenas questões de caixa alta (letra grande marcan-do o início de frases e nomes próprios) e caixa baixa (letra pequena compondo o restante da palavra).

A segunda parte desse item aborda o respeito às margens. É de fundamental importância a disposição do texto na folha definitiva. O texto deverá respeitar os limites impostos pelas margens direita e esquerda, nunca ultrapassando seus limites nem se distancian-do demasiadamente delas:

Margens

Na margem esquerda da folha definitiva de reda-ção, deve-se iniciar a escrita imediatamente ao lado da linha, sem deixar folga alguma entre a primeira letra e a demarcação da margem;

Na margem direita, a preocupação do candidato aumenta, pois além de se preocupar com as questões de divisão silábica e o correto emprego do hífen para essa função, ele também deverá se preocupar em não ultrapassar a linha demarcatória da margem;

Margens

2 cmParágrafo

O último item desse quesito trata da paragrafação, ou seja, disposição dos parágrafos dentro da redação. O candidato deverá deixar bem clara a distância em que se iniciará a escritura do parágrafo para que se faça a diferença com a escrita iniciada junto à mar-gem. Um afastamento de aproximadamente 2 cm já é suficiente, ou ainda recorra à velha dica da escola, pulando dois dedos.

z 2° O erro: apenas uma linha sobre as palavras erradas;Já falamos sobre isso, mas vou trazer esse item de

volta:Você deve apenas passar um traço sobre a palavra,

a frase, o trecho ou o sinal gráfico e escrever em segui-da o respectivo substituto.

Exemplo: Depois de hoje, iremos para nossas cag casas muito

felizes.

z 3° Faça períodos curtos: + ou - 3 períodos por parágrafo.Com os modelos que lhes apresentamos, vocês

puderam observar que, para cada parágrafo de apro-ximadamente 5 linhas, usamos pelo menos 3 perío-dos. Com isso conseguimos algumas vantagens como a de ser mais objetivos e diretos ao abordar uma ideia e também a de isolar um possível erro dentro de um período sem projetá-lo para o resto do parágrafo.

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(1)É de fundamental importância o ........................ ........................ ........................ ........................ ........................ para........................ ........................./(2) Podemos mencio-nar, por exemplo, ................................................................que........................ ........................, por causa .............................................../ (3) Esse ........................ ........................do que........................ .........................

z 4° A ordem direta facilita na correta pontuação;

Uma das importantes regras de pontuação que determina o correto emprego da vírgula orienta que, se a oração estiver em ordem direta (sujeito + verbo + complementos), não se deve usar vírgula para sepa-rar termos que se complementam sintaticamente. Ou seja, se estiverem com alguma dúvida quanto ao uso de vírgula, reorganize a oração para ver se fica mais fácil a compreensão da estrutura.

Exemplo:

Ordem com termo deslocado:

Termo deslocado Sujeito Verbo

Hoje pela manhã, eu comprei um belo carro novo.

Ordem direta:

Eu comprei um belo carro novo hoje pela manhã.

z 5° Colocação pronominal: qualquer palavra atrai o pronome oblíquo, por isso não inicie orações e períodos com verbo.

Caso você esteja com qualquer dúvida em relação à colocação pronominal, coloque uma palavra antes do verbo e o pronome será atraído para trás do verbo. Assim a colocação pronominal sempre ficará correta.

Falaria-se muito sobre este assunto naquele dia. (errado)

Falar-se-ia muito sobre este assunto naquele dia. (certo)

OuMuito se falaria sobre este assunto naquele dia.

(sempre certo)

z 6° Impessoalidade: as verdades gerais sempre têm maior valor.As opiniões pessoais pouco contribuem para a

sustentação de uma ideia. Por isso as afirmações apresentadas terão melhor aceitação se trouxerem representações gerais de valor coletivo:

Acredita-se em vez de AcreditoSabe-se em vez de SeiOu outras expressões generalizantes como: É de conhecimento geral... / Muitos entendem

que... / Muito se tem discutido sobre...

z 7° A tese: é aí que você apresenta o seu ponto de vista, o seu posicionamento diante do tema;

z 8° Os argumentos: é comum a cobrança de temas próprios às funções dos cargos disputados, por isso preste sempre atenção nos assuntos recorrentes dos textos da prova;

z 9° Não se põe título nas redações para concursos: a menos que isso seja uma exigência do edital.

z 10° Evite a repetição das palavras: use sinôni-mos e outros termos de recuperação.

Que = o qual / a qual; Onde = em que , no qual / na qual;

z 11° Vocabulário: procure sempre a clareza na apropriação vocabular. A linguagem simples torna o texto mais fluente: pense em explicar seus argu-mentos como se falasse a uma criança de 10 anos. Não use erudições do tipo “hodiernamente”; diga: atualmente ou hoje em dia

z 12° Interferência positiva: se possível apresen-te propostas que deem solução aos problemas levantados na redação. Não fique apenas fazendo constatações óbvias. “Se é para falar bobagem, o melhor é ficar quieto.”

z 13° Não faça críticas ao governo: essa postura é pobre e pouco criativa – é o que se chama de lugar comum. É como se vocês fossem pedir emprego em uma empresa e criticassem o patrão durante a entrevista. Isso é ser muito ingênuo.

z 14° O rascunho é importante: é a sua garantia de poder fazer uma revisão eliminando erros, além disso, o acabamento bem feito garante a você até 10 % da nota da redação se a estética for um dos critérios de pontuação. Vale sempre a pena capri-char. Lembre-se de que é função de quem escreve seduzir o leitor e o estímulo visual contribui para que haja uma boa impressão;

z 15° Atente para as expressões vagas ou de signifi-cado amplo e sua adequada contextualização. Ex.: conceitos como “certo”, “errado”, “democracia”, “justiça”, “liberdade”, “felicidade” etc.

z 16° Evite expressões como “belo”, “bom’, “mau”, “incrível”, “péssimo”, “triste”, “pobre”, “rico” etc.; são juízos de valor sem carga informativa, impre-cisos e subjetivos.

z 17° Fuja do lugar-comum, frases feitas e expres-sões cristalizadas: “a pureza das crianças”, “a sabe-doria dos velhos”. A palavra “coisa”, gírias e vícios da linguagem oral devem ser evitados, bem como o uso de “etc.” e as abreviações.

z 18° Não se usam entre aspas palavras estrangei-ras sem correspondência na língua portuguesa: hippie, status, dark, punk, chips etc.

z 19° Observe se não há repetição de ideias, falta de clareza, construções sem nexo (conjunções mal empregadas), falta de concatenação (coesão) de ideias nas frases e nos parágrafos entre si, divaga-ção ou fuga ao tema proposto.

z 20° Caso você tenha feito uma pergunta na tese ou no corpo do texto, verifique se a argumenta-ção responde à pergunta. Se você eventualmente encerrar o texto com uma interrogação, esta pode estar corretamente empregada desde que a argu-mentação responda à questão. Se o texto for vago, a interrogação será retórica e vazia.

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REDAÇÃO OFICIAL: MANUAL DE REDAÇÃO DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA

MANUAL DE REDAÇÃO DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA

Sabe-se da importância de se trabalhar o conteú-do de Redação Oficial, já que o tema está presente em muitos dos editais de concursos federais. A fonte de pesquisa básica é a 3ª edição de 29 de dezembro de 2018 revista, atualizada e ampliada do Manual de Redação Oficial da Presidência da República (MRPR).

RETROSPECTIVA HISTÓRICA

Em 11 de janeiro de 1991, o Presidente da Repú-blica autorizou a criação de uma comissão, presidida pelo Ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Ferreira Mendes, para rever, atualizar, uniformizar e simplificar as normas de redação de atos e comuni-cações oficiais. Depois de 9 meses, foi apresentada a primeira edição do Manual de Redação Oficial da Pre-sidência da República.

Esse Manual foi dividido em duas partes: a primei-ra, elaborada pelo diplomata Nestor Forster Jr., tratava das comunicações oficiais, sistematizava seus aspectos essenciais, padronizava a diagramação dos expedientes, exibia modelos, simplificava os fechos que vinham sen-do utilizados desde 1937, suprimia arcaísmos e apresen-tava uma súmula gramatical aplicada à redação oficial; a segunda parte, a cargo do Ministro Gilmar Mendes, ocupava-se da elaboração e redação dos atos normati-vos no âmbito do Executivo, da conceituação e exempli-ficação desses atos e do procedimento legislativo.

Depois de 10 anos do lançamento da 1ª edição, foi necessário fazer uma adequação das formas de comu-nicação usadas na administração aos avanços da infor-mática. Outras alterações decorreram da necessidade de adaptação do texto à evolução legislativa na matéria e às alterações constitucionais ocorridas no período.

Segundo o apresentador dessa nova edição, Pedro Parente, Chefe da Casa Civil da Presidência da Repú-blica do Governo de Fernando Henrique Cardoso, esperava-se que esta nova edição do Manual contri-buísse, tal qual a primeira, para a consolidação de uma cultura administrativa de profissionalização dos servidores públicos e de respeito aos princípios constitucionais da legalidade, impessoalidade, mora-lidade, publicidade e eficiência, com a consequente melhoria dos serviços prestados à sociedade.

Nesta 3ª edição, você perceberá muitas mudanças significativas, tanto na formatação dos documentos oficiais, quanto na formulação dos aspectos da lingua-gem e das normas estruturais

E o que é Redação Oficial na concepção dos organi-zadores desse trabalho? Veja a resposta que foi dada por eles a essa pergunta:

“Em uma frase, pode-se dizer que redação oficial é a maneira pela qual o Poder Público redige atos normativos e comunicações. Interessa-nos tratá-la do ponto de vista do Poder Executivo.”

Agora, para nós que lidamos com o conteúdo para concursos públicos, quais são as principais características normativas cobradas nas provas de concursos públicos?

Percebam que os três motivos principais da preo-cupação da elaboração do Manual e de suas revisões são a modernização, a atualização e a eficiência. A passagem do tempo por si só já pediria essas revisões, haja vista a consequente evolução da linguagem e da sociedade por que passamos.

É justamente esse o ponto que originou a partici-pação desse assunto nos concursos públicos. Afinal, para quem vai trabalhar no setor público, é realmente importante saber comunicar-se com habilidade e usar os meios adequados para isso, se o que se propõe é um serviço eficiente para a sociedade.

Por isso, ao estudar redação oficial, lembrem-se de que vocês têm de saber as características da lin-guagem da redação oficial, a formatação e a estrutura das redações, especialmente a do padrão ofício, quem envia determinadas correspondências, quem as rece-be e qual é a finalidade de cada uma delas.

Nosso objetivo é tornar esse assunto em um ponto bem simples e objetivo a ser estudado.

z Notas do Prefácio de Gilmar Mendes

PrefácioÉ com grande entusiasmo que recebo a incumbên-

cia de prefaciar a terceira edição do Manual de Reda-ção da Presidência da República, vinte e sete anos após presidir a Comissão encarregada da primeira edição desta obra.

(...)A primeira revisão ocorreu em 2002, motivada

pelas alterações tecnológicas e legislativas da época.(...)A partir de 2003, foram publicadas sessenta emen-

das constitucionais, sobre os mais diversos assuntos.(...)Nessa conjuntura, a partir de modificações fáticas

e legislativas, bem como de maior fiscalização estatal, instaurou-se um novo método de se fazer administra-ção pública no Brasil. Pretende-se, pois, que a terceira edição do Manual de Redação da Presidência Repúbli-ca possa refletir as evoluções ocorridas nas últimas duas décadas, repetindo o legado de êxito deixado pelas edições anteriores na construção de uma cultu-ra administrativa profissional e obediente às normas da Constituição da República.

Gilmar Ferreira Mendes;

z Panorama da comunicação oficial

A finalidade da língua é comunicar, quer pela fala, quer pela escrita. Para que haja comunicação, são necessários:

� Alguém que comunique; � Algo a ser comunicado; � Alguém que receba essa comunicação.

No caso da redação oficial, quem comunica é sempre o serviço público (este/esta ou aquele/aquela Ministério, Secretaria, Departamento, Divisão, Servi-ço, Seção); o que se comunica é sempre algum assun-to relativo às atribuições do órgão que comunica; e o destinatário dessa comunicação é o público, uma instituição privada ou outro órgão ou entidade públi-ca, do Poder Executivo ou dos outros Poderes.

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Além disso, deve-se considerar a intenção do emissor e a finalidade do documento, para que o texto esteja adequado à situação comunicativa.

A necessidade de empregar determinado nível de linguagem nos atos e nos expedientes oficiais decor-re, de um lado, do próprio caráter público desses atos e comunicações; de outro, de sua finalidade. Os atos oficiais, aqui entendidos como atos de cará-ter normativo, ou estabelecem regras para a condu-ta dos cidadãos, ou regulam o funcionamento dos órgãos e entidades públicos, o que só é alcançado se, em sua elaboração, for empregada a linguagem adequada. O mesmo se dá com os expedientes oficiais, cuja finalidade precípua é a de informar com clareza e objetividade;

z O que é redação oficial?

Em uma frase, pode-se dizer que redação oficial é a maneira pela qual o Poder Público redige comunica-ções oficiais e atos normativos. Neste Manual, interes-sa-nos tratá-la do ponto de vista do Serviço Público.

A redação oficial não é necessariamente árida e contrária à evolução da língua. É que sua finalidade básica – comunicar com objetividade e máxima cla-reza – impõe certos parâmetros ao uso que se faz da língua, de maneira diversa daquele da literatura, do texto jornalístico, da correspondência particular etc.

Apresentadas essas características fundamentais da redação oficial, passemos à análise pormenorizada de cada um de seus atributos.

A redação oficial deve caracterizar-se por:

� Clareza e precisão; � Objetividade; � Concisão; � Coesão e coerência; � Impessoalidade; � Formalidade e padronização; e � Uso da norma padrão da língua portuguesa.

CLAREZA E PRECISÃO

z Clareza

A clareza deve ser a qualidade básica de todo tex-to oficial. Pode-se definir como claro aquele texto que possibilita imediata compreensão pelo leitor. Não se concebe que um documento oficial ou um ato nor-mativo de qualquer natureza seja redigido de forma obscura, que dificulte ou impossibilite sua compreen-são. A transparência é requisito do próprio Estado de Direito: é inaceitável que um texto oficial ou um ato normativo não seja entendido pelos cidadãos. O princípio constitucional da publicidade não se esgota na mera publicação do texto, estendendo-se, ainda, à necessidade de que o texto seja claro.

Para a obtenção de clareza, sugere-se:

� Utilizar palavras e expressões simples, em seu sentido comum, salvo quando o texto versar sobre assunto técnico, hipótese em que se utili-zará nomenclatura própria da área;

� Usar frases curtas, bem estruturadas; apresen-tar as orações na ordem direta e evitar inter-calações excessivas. Em certas ocasiões, para evitar ambiguidade, sugere-se a adoção da ordem inversa da oração;

� Buscar a uniformidade do tempo verbal em todo o texto;

� Não utilizar regionalismos e neologismos; � Pontuar adequadamente o texto; � Explicitar o significado da sigla na primeira

referência a ela; e � Utilizar palavras e expressões em outro idioma

apenas quando indispensáveis, em razão de serem designações ou expressões de uso já con-sagrado ou de não terem exata tradução. Nesse caso, grafe-as em itálico, conforme orientações do subitem 10.2 deste Manual;

z Precisão

O atributo da precisão complementa a clareza e caracteriza-se por:

� Articulação da linguagem comum ou técnica para a perfeita compreensão da ideia veiculada no texto;

� Manifestação do pensamento ou da ideia com as mesmas palavras, evitando o emprego de sinonímia com propósito meramente estilísti-co; e

� Escolha de expressão ou palavra que não confi-ra duplo sentido ao texto.

É indispensável, também, a releitura de todo o tex-to redigido. A ocorrência, em textos oficiais, de trechos obscuros provém principalmente da falta da releitu-ra, o que tornaria possível sua correção. Na revisão de um expediente, deve-se avaliar se ele será de fácil compreensão por seu destinatário. O que nos parece óbvio pode ser desconhecido por terceiros. O domínio que adquirimos sobre certos assuntos, em decorrên-cia de nossa experiência profissional, muitas vezes, faz com que os tomemos como de conhecimento geral, o que nem sempre é verdade. Explicite, desenvolva, esclareça, precise os termos técnicos, o significado das siglas e das abreviações e os conceitos específicos que não possam ser dispensados.

A revisão atenta exige tempo. A pressa com que são elaboradas certas comunicações quase sempre compro-mete sua clareza. “Não há assuntos urgentes, há assun-tos atrasados”, diz a máxima. Evite, pois, o atraso, com sua indesejável repercussão no texto redigido.

A clareza e a precisão não são atributos que se atinjam por si sós: elas dependem estritamente das demais características da redação oficial, apresen-tadas a seguir.

OBJETIVIDADE

Ser objetivo é ir diretamente ao assunto que se deseja abordar, sem voltas e sem redundâncias. Para conseguir isso, é fundamental que o redator saiba de antemão qual é a ideia principal e quais são as secundárias.

Procure perceber certa hierarquia de ideias que existe em todo texto de alguma complexidade: as fundamentais e as secundárias. Essas últimas podem esclarecer o sentido daquelas, detalhá-las, exemplifi-cá-las; mas existem também ideias secundárias que não acrescentam informação alguma ao texto, nem têm maior relação com as fundamentais, podendo, por isso, ser dispensadas, o que também proporciona-rá mais objetividade ao texto.

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A objetividade conduz o leitor ao contato mais direto com o assunto e com as informações, sem sub-terfúgios, sem excessos de palavras e de ideias. É erra-do supor que a objetividade suprime a delicadeza de expressão ou torna o texto rude e grosseiro.

CONCISÃO

A concisão é antes uma qualidade do que uma carac-terística do texto oficial. Conciso é o texto que consegue transmitir o máximo de informações com o mínimo de palavras. Não se deve de forma alguma entendê-la como economia de pensamento, isto é, não se deve eliminar passagens substanciais do texto com o único objetivo de reduzi-lo em tamanho. Trata-se, exclusivamente, de excluir palavras inúteis, redundâncias e passagens que nada acrescentem ao que já foi dito.

Detalhes irrelevantes são dispensáveis: o texto deve evitar caracterizações e comentários supérfluos, adjetivos e advérbios inúteis, além de uma subordina-ção excessiva. A seguir, um exemplo de período mal construído, prolixo:

“Apurado, com impressionante agilidade e preci-são, naquela tarde de 2009, o resultado da consulta à população acriana, verificou-se que a esmagadora e ampla maioria da população daquele distante estado manifestou-se pela efusiva e indubitável rejeição da alteração realizada pela Lei n° 11.662/2008. Não satis-feita, inconformada e indignada, com a nova hora legal vinculada ao terceiro fuso, a maioria da população do Acre demonstrou que a ela seria melhor regressar ao quarto fuso, estando cinco horas a menos que em Greenwich.”

Nesse texto, há vários detalhamentos desnecessá-rios, abusou-se no emprego de adjetivos (impressio-nante, esmagadora, ampla, inconformada, indignada), o que lhe confere carga afetiva injustificável, sobre-tudo em texto oficial, que deve primar pela impes-soalidade. Eliminados os excessos, o período ganha concisão, harmonia e unidade:

“Apurado o resultado da consulta à população acreana, verificou-se que a maioria da população se manifestou pela rejeição da alteração realizada pela Lei n° 11.662/2008. Não satisfeita com a nova hora legal vinculada ao terceiro fuso, a maioria da popu-lação do Acre demonstrou que a ela seria melhor regressar ao quarto fuso, estando cinco horas menos que em Greenwich.”

COESÃO E COERÊNCIA

É indispensável que o texto tenha coesão e coerên-cia. Tais atributos favorecem a conexão, a ligação, a har-monia entre os elementos de um texto. Percebe-se que o texto tem coesão e coerência quando se lê um texto e se verifica que as palavras, as frases e os parágrafos estão entrelaçados, dando continuidade uns aos outros.

Alguns mecanismos que estabelecem a coesão e a coerência de um texto são: referência, substituição, elipse e uso de conjunção.

z Referência

Diz respeito aos termos que se relacionam a outros necessários a sua interpretação. Esse mecanismo pode dar-se por retomada de um termo, relação com o que é precedente no texto, ou por antecipação de um termo cuja interpretação dependa do que se segue.

Exemplos: O Deputado evitou a instalação da CPI da corrup-

ção. Ele aguardou a decisão do Plenário. O TCU apontou estas irregularidades: falta de assi-

natura e de identificação no documento.

z Substituição

É a colocação de um item lexical no lugar de outro(s) ou no lugar de uma oração.

Exemplos: O Presidente assinou o acordo. O Chefe do Poder

Executivo federal propôs reduzir as alíquotas. O ofício está pronto. O documento trata da exone-

ração do servidor. Os governadores decidiram acatar a decisão. Em

seguida, os prefeitos fizeram o mesmo;

z Elipse

Consiste na omissão de um termo recuperável pelo contexto.

Exemplo: O decreto regulamenta os casos gerais; a portaria,

os particulares. (Na segunda oração, houve a omissão do verbo “regulamenta”).

DicaOutra estratégia para proporcionar coesão e coe-rência ao texto é utilizar conjunção para estabele-cer ligação entre orações, períodos ou parágrafos. Exemplo: O Embaixador compareceu à reunião, pois iden-tificou o interesse de seu Governo pelo assunto.

IMPESSOALIDADE

A impessoalidade decorre de princípio constitucio-nal (Constituição, art. 37), e seu significado remete a dois aspectos: o primeiro é a obrigatoriedade de que a administração pública proceda de modo a não pri-vilegiar ou prejudicar ninguém, de que o seu norte seja, sempre, o interesse público; o segundo, a abstração da pessoalidade dos atos administrativos, pois, apesar de a ação administrativa ser exercida por intermédio de seus servidores, é resultado tão-somente da vontade estatal.

A redação oficial é elaborada sempre em nome do serviço público e sempre em atendimento ao interes-se geral dos cidadãos. Sendo assim, os assuntos obje-tos dos expedientes oficiais não devem ser tratados de outra forma que não a estritamente impessoal.

Percebe-se, assim, que o tratamento impessoal que deve ser dado aos assuntos que constam das comunicações oficiais decorre:

z Da ausência de impressões individuais de quem comunica: embora se trate, por exemplo, de um expediente assinado por Chefe de determinada Seção, a comunicação é sempre feita em nome do serviço público. Obtém-se, assim, uma desejável padronização, que permite que as comunicações elaboradas em diferentes setores da administra-ção pública guardem entre si certa uniformidade;

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z Da impessoalidade de quem recebe a comuni-cação: ela pode ser dirigida a um cidadão, sempre concebido como público, ou a uma instituição pri-vada, a outro órgão ou a outra entidade pública. Em todos os casos, temos um destinatário concebi-do de forma homogênea e impessoal; e

z Do caráter impessoal do próprio assunto tra-tado: se o universo temático das comunicações oficiais se restringe a questões que dizem respeito ao interesse público, é natural não caber qualquer tom particular ou pessoal.

Não há lugar na redação oficial para impressões pessoais, como as que, por exemplo, constam de uma carta a um amigo, ou de um artigo assinado de jor-nal, ou mesmo de um texto literário. A redação oficial deve ser isenta da interferência da individualidade de quem a elabora. A concisão, a clareza, a objetividade e a formalidade de que nos valemos para elaborar os expedientes oficiais contribuem, ainda, para que seja alcançada a necessária impessoalidade.

FORMALIDADE E PADRONIZAÇÃO

As comunicações administrativas devem ser sempre formais, isto é, obedecer a certas regras de forma (BRASIL, 2015a). Isso é válido tanto para as comunicações feitas em meio eletrônico (por exem-plo, o e-mail, o documento gerado no SEI! — O Sistema Eletrônico de Informações é uma ferramenta de gestão de documentos —, o documento em html etc.), quanto para os eventuais documentos impressos.

É imperativa, ainda, certa formalidade de trata-mento. Não se trata somente do correto emprego deste ou daquele pronome de tratamento para uma autori-dade de certo nível, mais do que isso: a formalidade diz respeito à civilidade no próprio enfoque dado ao assunto do qual cuida a comunicação.

A formalidade de tratamento vincula-se, também, à necessária uniformidade das comunicações. Ora, se a administração pública federal é una, é natural que as comunicações que expeça sigam o mesmo padrão. O esta-belecimento desse padrão, uma das metas deste Manual, exige que se atente para todas as características da redação oficial e que se cuide, ainda, da apresentação dos textos.

A digitação sem erros, o uso de papéis uniformes para o texto definitivo, nas exceções em que se fizer necessá-ria a impressão, e a correta diagramação do texto são indispensáveis para a padronização. Consulte o Capítulo II do Manual, “As comunicações oficiais”, a respeito de normas específicas para cada tipo de expediente.

Em razão de seu caráter público e de sua finalidade, os atos normativos e os expedientes oficiais requerem o uso do padrão culto do idioma, que acata os precei-tos da gramática formal e emprega um léxico compar-tilhado pelo conjunto dos usuários da língua. O uso do padrão culto é, portanto, imprescindível na redação oficial por estar definido como padrão para tal ativi-dade, sendo importante evitar as diferenças lexicais, morfológicas ou sintáticas, regionais, os modismos vocabulares e as particularidades linguísticas.

Recomendações: A língua culta é contra a pobre-za de expressão e não contra a sua simplicidade;

O uso do padrão culto não significa empregar a lín-gua de modo rebuscado ou utilizar figuras de lingua-gem próprias do estilo literário;

A consulta ao dicionário e à gramática é imperati-va na redação de um bom texto.

Pode-se concluir que não existe propriamente um padrão oficial de linguagem, o que há é o uso da norma padrão nos atos e nas comunicações oficiais. É claro que haverá preferência pelo uso de determi-nadas expressões, ou será obedecida certa tradição no emprego das formas sintáticas, mas isso não implica, necessariamente, que se consagre a utilização de uma forma de linguagem burocrática.

O jargão burocrático, como todo jargão, deve ser evitado, pois terá sempre sua compreensão limitada.

ASPECTOS GERAIS DA REDAÇÃO OFICIAL

A redação das comunicações oficiais deve, antes de tudo, seguir os preceitos explicitados no Capítulo I, “Aspectos gerais da redação oficial”. Além disso, há carac-terísticas específicas de cada tipo de expediente, que serão tratadas em detalhe neste capítulo. Antes de pas-sarmos a sua análise, vejamos outros aspectos comuns a quase todas as modalidades de comunicação oficial.

z Pronomes de tratamento

De acordo com a forma como queremos ou deve-mos tratar as pessoas, ou seja, de maneira formal ou informal, empregamos determinados pronomes cha-mados de tratamento. Modernamente, então, temos:

� Você (s): para tratamento informal; � Senhor (e flexões): para tratamento cerimo-

nioso formal.

Tradicionalmente, o emprego dos pronomes de tratamento adota a segunda pessoa do plural, de maneira indireta, para referenciar atributos da pes-soa à qual se dirige. Na redação oficial, é necessário atenção para o uso dos pronomes de tratamento em três momentos distintos: no endereçamento, no voca-tivo e no corpo do texto. No vocativo, o autor dirige-se ao destinatário no início do documento. No corpo do texto, pode-se empregar os pronomes de tratamento em sua forma abreviada ou por extenso. O endereça-mento é o texto utilizado no envelope que contém a correspondência oficial.

A seguir, alguns exemplos de utilização de prono-mes de tratamento no texto oficial.

AUTORIDADE Presidente da República

ENDEREÇAMENTO A Sua Excelência o Senhor

VOCATIVO Excelentíssimo Senhor Presi-dente da República,

TRATAMENTO NO CORPO DO TEXTO Vossa Excelência

ABREVIATURA Não se usa

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AUTORIDADE Presidente do Congresso Nacional

ENDEREÇAMENTO A Sua Excelência o Senhor

VOCATIVO Excelentíssimo Senhor Presiden-te do Congresso Nacional,

TRATAMENTO NO CORPO DO TEXTO Vossa Excelência

ABREVIATURA Não se usa

AUTORIDADE Presidente do Supremo Tribunal Federal

ENDEREÇAMENTO A Sua Excelência o Senhor

VOCATIVO Excelentíssimo Senhor Presiden-te do Supremo Tribunal Federal,

TRATAMENTO NO CORPO DO TEXTO Vossa Excelência

ABREVIATURA Não se usa

AUTORIDADE Vice-Presidente da República ENDEREÇAMENTO A Sua Excelência o Senhor

VOCATIVO Senhor Vice-Presidente da República,

TRATAMENTO NO CORPO DO TEXTO Vossa Excelência

ABREVIATURA V. Exa.

AUTORIDADE Ministro de EstadoENDEREÇAMENTO A Sua Excelência o Senhor

VOCATIVO Senhor Ministro,

TRATAMENTO NO CORPO DO TEXTO Vossa Excelência

ABREVIATURA V. Exa.

AUTORIDADESecretário-Executivo de Ministé-

rio e demais ocupantes de cargos de natureza especial

ENDEREÇAMENTO A Sua Excelência o Senhor VOCATIVO Senhor Secretário-Executivo,

TRATAMENTO NO CORPO DO TEXTO Vossa Excelência

ABREVIATURA V. Exa.

AUTORIDADE Embaixador ENDEREÇAMENTO A Sua Excelência o Senhor

VOCATIVO Senhor Embaixador,

TRATAMENTO NO CORPO DO TEXTO Vossa Excelência

ABREVIATURA V. Exa.

AUTORIDADE Oficial-General das Forças Armadas

ENDEREÇAMENTO A Sua Excelência o Senhor VOCATIVO Senhor + Posto,

TRATAMENTO NO CORPO DO TEXTO Vossa Excelência

ABREVIATURA V. Exa.

AUTORIDADE Outros postos militares ENDEREÇAMENTO Ao Senhor

VOCATIVO Senhor + Posto, TRATAMENTO NO CORPO DO TEXTO Vossa Excelência

ABREVIATURA V. Exa.

AUTORIDADE Senador da República ENDEREÇAMENTO A Sua Excelência o Senhor

VOCATIVO Senhor Senador, TRATAMENTO NO CORPO DO TEXTO Vossa Excelência

ABREVIATURA V. Exa.

AUTORIDADE Deputado Federal ENDEREÇAMENTO A Sua Excelência o Senhor

VOCATIVO Senhor Deputado, TRATAMENTO NO CORPO DO TEXTO Vossa Excelência

ABREVIATURA V. Exa.

AUTORIDADE Ministro do Tribunal de Contas da União

ENDEREÇAMENTO A Sua Excelência o Senhor

VOCATIVO Senhor Ministro do Tribunal de Contas da União,

TRATAMENTO NO CORPO DO TEXTO

Vossa Excelência

ABREVIATURA V. Exa.

AUTORIDADE Ministro dos Tribunais Superiores

ENDEREÇAMENTO A Sua Excelência o Senhor VOCATIVO Senhor Ministro,

TRATAMENTO NO CORPO DO TEXTO Vossa Excelência

ABREVIATURA V. Exa.

A profusão de normas estabelecendo hipóteses de tratamento por meio do pronome “Vossa Excelência” para categorias específicas tornou inviável arrolar todas as hipóteses, por isso, trouxemos apenas alguns exemplos mais recorrentes.

Concordância com os Pronomes de Tratamento

Os pronomes de tratamento apresentam certas peculiaridades quanto às concordâncias verbal, nomi-nal e pronominal. Embora se refiram à segunda pes-soa gramatical (à pessoa com quem se fala), levam a concordância para a terceira pessoa.

Os pronomes Vossa Excelência ou Vossa Senhoria são utilizados para se comunicar diretamente com o receptor. Ex.: Vossa Senhoria designará o assessor.

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Da mesma forma, os pronomes possessivos referidos a pronomes de tratamento são sempre os da terceira pessoa. Ex.: Vossa Senhoria designará seu substituto. (E não “Vossa Senhoria designará vosso substituto.”)

Já quanto aos adjetivos referidos a esses prono-mes, o gênero gramatical deve coincidir com o sexo da pessoa a que se refere, e não com o substantivo que compõe a locução. Ex.: Se o interlocutor for homem, o correto é: Vossa Excelência está atarefado.

O pronome Sua Excelência é utilizado para se fazer referência a alguma autoridade (indiretamente). Ex.: A Sua Excelência o Ministro de Estado Chefe da Casa Civil (por exemplo, no endereçamento do expediente).

z Signatário

� Cargos interino e substituto: na identificação do signatário, depois do nome do cargo, é pos-sível utilizar os termos interino e substituto, conforme situações a seguir: interino é aquele nomeado para ocupar transitoriamente cargo público durante a vacância; substituto é aque-le designado para exercer as atribuições de cargo público vago ou no caso de afastamen-to e impedimentos legais ou regulamentares do titular. Esses termos devem ser utilizados depois do nome do cargo, sem hífen, sem vírgu-la e em minúsculo.

Exemplos: Diretor-Geral interino; Secretário-Executivo substituto;

� Signatárias do sexo feminino

Na identificação do signatário, o cargo ocupado por pessoa do sexo feminino deve ser flexionado no gênero feminino.

Exemplos: Ministra de Estado;Secretária-Executiva interina; Técnica Administrativa; Coordenadora Administrativa;

� Grafia de cargos compostos: escrevem-se com hífen.

Exemplos:Cargos formados pelo adjetivo “geral”: diretor-ge-

ral, relator-geral, ouvidor-geral;Postos e gradações da diplomacia: primeiro-secre-

tário, segundo-secretário; Postos da hierarquia militar: tenente-coronel, ca-

pitão-tenente;

Importante!Nomes compostos com elemento de ligação preposicionado ficam sem hífen: general de exér-cito, general de brigada, tenente-brigadeiro do ar, capitão de mar e guerra.

Cargos que denotam hierarquia dentro de uma empresa: diretor-presidente, diretor-adjunto, editor--chefe, sócio-gerente, diretor-executivo;

Cargos formados por numerais: primeiro-minis-tro, primeira-dama;

Cargos formados com os prefixos “ex” ou “vice”: ex-diretor, vice-coordenador.

O novo Acordo Ortográfico tornou opcional o uso de iniciais maiúsculas em palavras usadas reveren-cialmente, por exemplo para cargos e títulos (exem-plo: o Presidente francês ou o presidente francês). Porém, em palavras com hífen, após se optar pelo uso da maiúscula ou da minúscula, deve-se manter a esco-lha para a grafia de todos os elementos hifenizados: pode-se escrever “Vice-Presidente” ou “vice-presiden-te”, mas não “Vice-presidente”.

z Vocativo

O vocativo é uma invocação ao destinatário. Nas comunicações oficiais, o vocativo será sempre seguido de vírgula.

Em comunicações dirigidas aos Chefes de Poder, utiliza-se a expressão Excelentíssimo Senhor ou Exce-lentíssima Senhora e o cargo respectivo, seguidos de vírgula.

Exemplos:

� Excelentíssimo Senhor Presidente da República; � Excelentíssimo Senhor Presidente do Congres-

so Nacional; � Excelentíssimo Senhor Presidente do Supremo

Tribunal Federal.

As demais autoridades, mesmo aquelas tratadas por Vossa Excelência, receberão o vocativo Senhor ou Senhora seguido do cargo respectivo.

Exemplos:

� Senhora Beneficiária; � Senhor Contribuinte.

Na hipótese de comunicação com particular, pode-se utilizar o vocativo Senhor ou Senhora e a forma utilizada pela instituição para referir-se ao interlocutor: beneficiário, usuário, contribuinte, eleitor etc.

Exemplos:

� Senhora Senadora; � Senhor Juiz; � Senhora Ministra.

Ainda, quando o destinatário for um particu-lar, no vocativo, pode-se utilizar Senhor ou Senhora seguido do nome do particular ou pode-se utilizar o vocativo “Prezado Senhor” ou “Prezada Senhora”.

Exemplos:

� Senhora [Nome]; � Prezado Senhor.

Em comunicações oficiais, está abolido o uso de Digníssimo (DD) e de Ilustríssimo (Ilmo.).

Evite-se o uso de “doutor” indiscriminadamente. O tratamento por meio de Senhor confere a formalidade desejada.

Exemplos:

� Senhora [Nome]; � Prezado Senhor.

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FINALIDADE DO EXPEDIENTES OFICIAIS

O Padrão Ofício

Até a segunda edição deste Manual, havia três tipos de expedientes que se diferenciavam antes pela finali-dade do que pela forma: o ofício, o aviso e o memoran-do. Com o objetivo de uniformizá-los, deve-se adotar nomenclatura e diagramação únicas, que sigam o que chamamos de padrão ofício.

A distinção básica anterior entre os três era:

� Aviso: era expedido exclusivamente por Minis-tros de Estado, para autoridades de mesma hierarquia;

� Ofício: era expedido para e pelas demais auto-ridades; e

� Memorando: era expedido entre unidades administrativas de um mesmo órgão.

Nesta nova edição, ficou abolida aquela distinção e passou-se a utilizar o termo ofício nas três hipóteses.

A seguir, será apresentada a estrutura do padrão ofício, de acordo com a ordem com que cada elemento aparece no documento oficial.

Partes do Documento no Padrão Ofício

z Cabeçalho: o cabeçalho é utilizado apenas na pri-meira página do documento, centralizado na área determinada pela formatação (ver subitem “5.2 Formatação e apresentação” do Manual).

No cabeçalho, deverão constar os seguintes elementos:

z Brasão de Armas da República: no topo da pági-na. Não há necessidade de ser aplicado em cores. O uso de marca da instituição deve ser evitado na correspondência oficial para não se sobrepor ao Brasão de Armas da República.

O desenho oficial atualizado do Brasão de Armas da República pode ser localizado no sítio eletrôni-co da Presidência da República, na seção Símbolos Nacionais. Disponível em: http://www2.planalto.gov.br/conheca-a-presidencia/acervo/simbolos-nacionais/brasao/brasao-da-republica.jpg/view

No caso de documento a ser impresso, exclusiva-mente quando o signatário for o Presidente da Repú-blica, Ministro de Estado ou a autoridade máxima de autarquia, será utilizado timbre em relevo branco, nos termos do disposto no Decreto n° 80.739, de 14 de novembro de 1977.

� Nome do órgão principal; � Nomes dos órgãos secundários, quando neces-

sários, da maior para a menor hierarquia; e � Espaçamento: entrelinhas simples (1,0).

Exemplo:

[Nome do órgão][Secretaria/Diretoria][Departamento/Setor/Entidade]Os dados do órgão, tais como endereço, telefone,

endereço de correspondência eletrônica, site eletrô-nico oficial da instituição, podem ser informados no rodapé do documento, centralizados;

z Identificação do expediente

Os documentos oficiais devem ser identificados da seguinte maneira:

� Nome do documento: tipo de expediente por extenso, com todas as letras maiúsculas;

� Indicação de numeração: abreviatura da palavra “número”, padronizada como N°;

� Informações do documento: número, ano (com quatro dígitos) e siglas usuais do setor que expede o documento, da menor para a maior hierarquia, separados por barra (/); e

� Alinhamento: à margem esquerda da página.

Exemplo: OFÍCIO N° 652/2018/SAA/SE/MT;

z Local e data do documento

Na grafia de datas em um documento, o conteúdo deve constar da seguinte forma:

� Composição: local e data do documento; � Informação de local: nome da cidade onde foi

expedido o documento, seguido de vírgula. Não se deve utilizar a sigla da unidade da federação depois do nome da cidade;

� Dia do mês: em numeração ordinal se for o primeiro dia do mês e em numeração cardinal para os demais dias do mês. Não se deve uti-lizar zero à esquerda do número que indica o dia do mês;

� Nome do mês: deve ser escrito com inicial minúscula;

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� Pontuação: coloca-se ponto-final depois da data; e

� Alinhamento: o texto da data deve ser alinha-do à margem direita da página.

Exemplo: Brasília, 2 de fevereiro de 2018.

z Endereçamento

O endereçamento é a parte do documento que informa quem receberá o expediente.

Nele deverão constar os seguintes elementos:

� Vocativo: na forma de tratamento adequada para quem receberá o expediente (ver subitem “4.1 Pronomes de tratamento”);

� Nome: nome do destinatário do expediente; � Cargo: cargo do destinatário do expediente; � Endereço: endereço postal de quem receberá o

expediente, dividido em duas linhas:

Primeira linha: informação de localidade/logra-douro do destinatário ou, no caso de ofício ao mesmo órgão, informação do setor;

Segunda linha: CEP e cidade/unidade da fede-ração, separados por espaço simples. Na separação entre cidade e unidade da federação pode ser substi-tuída a barra pelo ponto ou pelo travessão. No caso de ofício ao mesmo órgão, não é obrigatória a infor-mação do CEP, podendo ficar apenas a informação da cidade/unidade da federação; e

� Alinhamento: à margem esquerda da página.

O pronome de tratamento no endereçamento das comunicações dirigidas às autoridades tratadas por Vossa Excelência terá a seguinte forma: “A Sua Exce-lência o Senhor” ou “A Sua Excelência a Senhora”.

Quando o tratamento destinado ao receptor for Vossa Senhoria, o endereçamento a ser empregado é “Ao Senhor” ou “À Senhora”. Ressalte-se que não se utiliza a expressão “A Sua Senhoria o Senhor” ou “A Sua Senhoria a Senhora”.

Exemplos: A Sua Excelência o Senhor[Nome]Ministro de Estado da JustiçaEsplanada dos Ministérios Bloco T70064-900 Brasília/DF

À Senhora[Nome]Diretora de Gestão de PessoasSAUS Q. 3 Lote 5/6 Ed Sede I70070-030 Brasília. DF;

z Assunto

O assunto deve dar uma ideia geral do que trata o documento, de forma sucinta.

Ele deve ser grafado da seguinte maneira:

� Título: a palavra “Assunto” deve anteceder a frase que define o conteúdo do documento, seguida de dois-pontos;

� Descrição do assunto: a frase que descreve o conteúdo do documento deve ser escrita com inicial maiúscula, não se deve utilizar verbos e sugere-se utilizar de quatro a cinco palavras;

� Destaque: todo o texto referente ao assun-to, inclusive o título, deve ser destacado em negrito;

� Pontuação: coloca-se ponto-final depois do as-sunto; e

� Alinhamento: à margem esquerda da página.

Exemplos: Assunto: Encaminhamento do Relatório de Gestão

julho/2018. Assunto: Aquisição de computadores;

z Texto do documento

O texto do documento oficial deve seguir a seguin-te padronização de estrutura:

� Nos casos em que não seja usado para enca-minhamento de documentos, o expediente deve conter a seguinte estrutura:

Introdução: em que é apresentado o objetivo da comuni-cação. Evite o uso das formas: Tenho a honra de, Tenho o prazer de, Cumpre-me informar que. Prefira empregar a forma direta: Informo, Solicito, Comunico; Desenvolvimento: em que o assunto é detalhado; se o texto contiver mais de uma ideia sobre o assunto, elas devem ser tratadas em parágrafos distintos, o que confe-re maior clareza à exposição; e Conclusão: em que é afirmada a posição sobre o assunto.

� Quando forem usados para encaminhamento de documentos, a estrutura é modificada:

Introdução: deve iniciar com referência ao expe-diente que solicitou o encaminhamento. Se a remessa do documento não tiver sido solicitada, deve iniciar com a informação do motivo da comunicação, que é encaminhar, indicando a seguir os dados completos do documento encaminhado (tipo, data, origem ou signatário e assunto de que se trata) e a razão pela qual está sendo encaminhado; e

Exemplos:

Em resposta ao Ofício n° 12, de 1° de fevereiro de 2018, encaminho cópia do Ofício no 34, de 3 de abril de 2018, da Coordenação-Geral de Gestão de Pessoas, que trata da requisição do servidor Fulano de Tal.

Encaminho, para exame e pronunciamento, cópia do Ofício n° 12, de 1° de fevereiro de 2018, do Presidente da Confederação Nacional da Indústria, a respeito de projeto de modernização de técnicas agrícolas na re-gião Nordeste.

Desenvolvimento: se o autor da comunicação desejar fazer algum comentário a respeito do docu-mento que encaminha, poderá acrescentar pará-grafos de desenvolvimento. Caso contrário, não há parágrafos de desenvolvimento em expediente usado para encaminhamento de documentos.

� Tanto na estrutura I quanto na estrutura II, o tex-to do documento deve ser formatado da seguinte maneira:

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Alinhamento: justificado; Espaçamento entre linhas: simples; Parágrafos: Espaçamento entre parágrafos: de 6 pontos após

cada parágrafo; Recuo de parágrafo: 2,5 cm de distância da mar-

gem esquerda; Numeração dos parágrafos: apenas quando o

documento tiver três ou mais parágrafos, desde o pri-meiro parágrafo. Não se numeram o vocativo e o fecho;

DicaHouve alteração das fontes e símbolos de Times New Roman para Calibri ou Carlito.

z Fechos para comunicações

O fecho das comunicações oficiais objetiva, além da finalidade óbvia de arrematar o texto, saudar o des-tinatário. Os modelos para fecho anteriormente utili-zados foram regulados pela Portaria nº 1, de 1937, do Ministério da Justiça, que estabelecia quinze padrões.

Com o objetivo de simplificá-los e uniformizá-los, este Manual estabelece o emprego de somente dois fechos diferentes para todas as modalidades de comu-nicação oficial:

Para autoridades de hierarquia superior à do remetente, inclusive o Presidente da República: Respeitosamente,

Para autoridades de mesma hierarquia, de hierar-quia inferior ou demais casos: Atenciosamente,

Ficam excluídas dessa fórmula as comunicações dirigidas a autoridades estrangeiras, que atendem a rito e tradição próprios.

� O fecho da comunicação deve ser formatado da seguinte maneira:

Alinhamento: alinhado à margem esquerda da página;

Recuo de parágrafo: 2,5 cm de distância da mar-gem esquerda;

Espaçamento entre linhas: simples; Espaçamento entre parágrafos: de 6 pontos após

cada parágrafo e não deve ser numerado;

z Identificação do signatário

Excluídas as comunicações assinadas pelo Presi-dente da República, todas as demais comunicações ofi-ciais devem informar o signatário segundo o padrão:

� Nome: nome da autoridade que as expede, gra-fado em letras maiúsculas, sem negrito. Não se usa linha acima do nome do signatário;

� Cargo: cargo da autoridade que expede o docu-mento, redigido apenas com as iniciais maiús-culas. As preposições que liguem as palavras do cargo devem ser grafadas em minúsculas; e

� Alinhamento: a identificação do signatário deve ser centralizada na página.

Para evitar equívocos, recomenda-se não deixar a assinatura em página isolada do expediente. Trans-fira para essa página ao menos a última frase anterior ao fecho.

Exemplo:

(espaço para assinatura)NOME

Ministro de Estado Chefe da Casa Civil da Presidência da República

(espaço para assinatura)NOME

Coordenador-Geral de Gestão de Pessoas

z Numeração das páginas A numeração das páginas é obrigatória apenas a

partir da segunda página da comunicação. Ela deve ser centralizada na página e obedecer à seguinte formatação:

� Posição: no rodapé do documento, ou acima da área de 2 cm da margem inferior; e

� Fonte: Calibri ou Carlito.

z Formatação e apresentação Os documentos do padrão ofício devem obedecer à

seguinte formatação:

� Tamanho do papel: A4 (29,7 cm x 21 cm); � Margem lateral esquerda: no mínimo, 3 cm

de largura; � Margem lateral direita: 1,5 cm; � Margens superior e inferior: 2 cm; � Área de cabeçalho: na primeira página, 5 cm a

partir da margem superior do papel; � Área de rodapé: nos 2 cm da margem inferior

do documento; � Impressão: na correspondência oficial, a

impressão pode ocorrer em ambas as faces do papel. Nesse caso, as margens esquerda e direita terão as distâncias invertidas nas páginas pares (margem espelho);

� Cores: os textos devem ser impressos na cor preta em papel branco, reservando-se, se necessário, a impressão colorida para gráficos e ilustrações;

� Destaques: para destaques, deve-se utilizar, sem abuso, o negrito. Deve-se evitar destaques com uso de itálico, sublinhado, letras maiús-culas, sombreado, sombra, relevo, bordas ou qualquer outra forma de formatação que afete a sobriedade e a padronização do documento;

� Palavras estrangeiras: palavras estrangeiras devem ser grafadas em itálico;

� Arquivamento: dentro do possível, todos os documentos elaborados devem ter o arquivo de texto preservado para consulta posterior ou aproveitamento de trechos para casos análogos. Deve ser utilizado, preferencialmente, forma-to de arquivo que possa ser lido e editado pela maioria dos editores de texto utilizados no ser-viço público, tais como docx, odt ou rtf;

� Nome do arquivo: para facilitar a localização, os nomes dos arquivos devem ser formados da seguinte maneira:

Tipo do documento + número do documento + ano do documento (com 4 dígitos) + palavras-chaves do

conteúdo

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Exemplo: Ofício 123_2018_relatório produtividade anualVeja a seguir, alguns exemplos de Ofício:

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(29,7 cm x 21 cm)

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ADEQUAÇÃO DA LINGUAGEM AO TIPO DE DOCUMENTO

z Variações dos documentos oficiais

Os documentos oficiais podem ser identificados de acordo com algumas possíveis variações:

� [NOME DO EXPEDIENTE] + CIRCULAR: Quando um órgão envia o mesmo expediente para mais de um órgão receptor. A sigla na epígrafe será apenas do órgão remetente;

� [NOME DO EXPEDIENTE] + CONJUNTO: Quando mais de um órgão envia, conjuntamente, o mesmo expe-diente para um único órgão receptor. As siglas dos órgãos remetentes constarão na epígrafe;

� [NOME DO EXPEDIENTE] + CONJUNTO CIRCULAR: Quando mais de um órgão envia, conjuntamente, o mesmo expediente para mais de um órgão receptor. As siglas dos órgãos remetentes constarão na epígrafe.

Exemplos: OFÍCIO CIRCULAR Nº 652/2018/MEC OFÍCIO CONJUNTO Nº 368/2018/SECEX/SAJ OFÍCIO CONJUNTO CIRCULAR Nº 795/2018/CC/MJ/MRE Nos expedientes circulares, por haver mais de um receptor, o órgão remetente poderá inserir no rodapé as

siglas ou nomes dos órgãos que receberão o expediente;

z Exposição de Motivos

Exposição de motivos (EM) é o expediente dirigido ao Presidente da República ou ao Vice-Presidente para: propor alguma medida; submeter projeto de ato normativo à sua consideração; ou informá-lo de determinado assunto.

A exposição de Motivos é dirigida ao Presidente da República por um Ministro de Estado. Nos casos em que o assunto tratado envolva mais de um ministério, a exposição de motivos será assinada por todos os ministros envolvidos, sendo, por essa razão, chamada de interministerial.

Independentemente de ser uma EM com apenas um autor ou uma EM interministerial, a sequência numérica das exposições de motivos é única. A numeração começa e termina dentro de um mesmo ano civil;

z Forma e estrutura

As exposições de motivos devem, obrigatoriamente:

� Apontar, na introdução: o problema que demanda a adoção da medida ou do ato normativo proposto; ou informar ao Presidente da República algum assunto;

� Indicar, no desenvolvimento: a razão de aquela medida ou de aquele ato normativo ser o ideal para se solucionar o problema e as eventuais alternativas existentes para equacioná-lo; ou fornecer mais detalhes sobre o assunto informado, quando for esse o caso; e

� Na conclusão: novamente, propor a medida a ser tomada ou o ato normativo a ser editado para solucionar o problema; ou apresentar as considerações finais no caso de EMs apenas informativas.

As Exposições de Motivos que encaminham proposições normativas devem seguir o prescrito no Decreto nº 9.191, de 1º de novembro de 2017. Em síntese, elas devem ser instruídas com parecer jurídico e parecer de mérito que permi-tam a adequada avaliação da proposta.

O atendimento dos requisitos do Decreto nº 9.191, de 2017, nas exposições de motivos que proponham a edição de ato normativo, tem como propósito:

� Permitir a adequada reflexão sobre o problema que se busca resolver; � Ensejar avaliação das diversas causas do problema e dos efeitos que podem ter a adoção da medida ou a

edição do ato, em consonância com as questões que devem ser analisadas na elaboração de proposições normativas no âmbito do Poder Executivo;

� Conferir transparência aos atos propostos; � Resumir os principais aspectos da proposta; e � Evitar a devolução a proposta de ato normativo para complementação ou reformulação da proposta.

A exposição de motivos é a principal modalidade de comunicação dirigida ao Presidente da República pelos ministros. Além disso, pode, em certos casos, ser encaminhada cópia ao Congresso Nacional ou ao Poder Judiciário;

z Sistema de Geração e Tramitação de Documentos Oficiais (Sidof)

O Sistema de Geração e Tramitação de Documentos Oficiais (Sidof) é a ferramenta eletrônica utilizada para a elaboração, a redação, a alteração, o controle, a tramitação, a administração e a gerência das exposições de motivos com as propostas de atos a serem encaminhadas pelos Ministérios à Presidência da República.

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Ao se utilizar o Sidof, a assinatura, o nome e o cargo do signatário, apresentados no exemplo do assunto Forma e Estrutura, são substituídos pela assinatura eletrônica que informa o nome do ministro que assinou a exposição de motivos e do consultor jurídico que assinou o parecer jurídico da Pasta.

Exemplo de exposição de motivos:

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z Mensagem

A Mensagem é o instrumento de comunicação oficial entre os Chefes dos Poderes Públicos, notadamente, as mensagens enviadas pelo Chefe do Poder Executivo ao Poder Legislativo para informar sobre fato da adminis-tração pública; para expor o plano de governo por ocasião da abertura de sessão legislativa; para submeter ao Congresso Nacional matérias que dependem de deliberação de suas Casas; para apresentar veto; enfim, fazer comunicações do que seja de interesse dos Poderes Públicos e da Nação.

Minuta de mensagem pode ser encaminhada pelos ministérios à Presidência da República, a cujas assessorias caberá a redação final.

As mensagens mais usuais do Poder Executivo ao Congresso Nacional têm as seguintes finalidades:

� Encaminhamento de proposta de emenda constitucional, de projeto de lei ordinária, de projeto de lei complementar e os que compreendem plano plurianual, diretrizes orçamentárias, orçamentos anuais e créditos adicionais: os projetos de lei ordinária ou complementar são enviados em regime normal (Consti-tuição, art. 61) ou de urgência (Constituição, art. 64, §§ 1° a 4°). O projeto pode ser encaminhado sob o regime normal e, mais tarde, ser objeto de nova mensagem, com solicitação de urgência.

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Em ambos os casos, a mensagem se dirige aos membros do Congresso Nacional, mas é encaminhada com ofí-cio do Ministro de Estado Chefe da Casa Civil da Presidência da República ao Primeiro-Secretário da Câmara dos Deputados, para que tenha início sua tramitação (Constituição, art. 64, caput).

Quanto aos projetos de lei que compreendem plano plurianual, diretrizes orçamentárias, orçamentos anuais e créditos adicionais, as mensagens de encaminhamento dirigem-se aos membros do Congresso Nacional, e os res-pectivos ofícios são endereçados ao Primeiro-Secretário do Senado Federal. A razão é que o art. 166 da Constitui-ção impõe a deliberação congressual em sessão conjunta, mais precisamente, “na forma do regimento comum”. E, à frente da Mesa do Congresso Nacional, está o Presidente do Senado Federal (Constituição, art. 57, § 5°), que comanda as sessões conjuntas.

� Encaminhamento de medida provisória: para dar cumprimento ao disposto no art. 62 da Constituição, o Presidente da República encaminha Mensagem ao Congresso, dirigida a seus Membros, com ofício para o Primeiro-Secretário do Senado Federal, juntando cópia da medida provisória;

� Indicação de autoridades: nas mensagens que submetem ao Senado Federal a indicação de pessoas para ocuparem determinados cargos (magistrados dos tribunais superiores, ministros do Tribunal de Contas da União, presidentes e diretores do Banco Central, Procurador-Geral da República, chefes de missão diplomáti-ca, diretores e conselheiros de agências etc.) têm em vista que a Constituição, incisos III e IV do caput do art. 52, atribui àquela Casa do Congresso Nacional competência privativa para aprovar a indicação;

O curriculum vitae do indicado, assinado, com a informação do número de Cadastro de Pessoa Física, acompanha a mensagem.

� Pedido de autorização para o Presidente ou o Vice-Presidente da República se ausentarem do país por mais de 15 dias: trata-se de exigência constitucional (Constituição, art. 49, caput, inciso III e art. 83), e a auto-rização é da competência privativa do Congresso Nacional. O Presidente da República, tradicionalmente, por cortesia, quando a ausência é por prazo inferior a 15 dias, faz uma comunicação a cada Casa do Congresso, enviando-lhes mensagens idênticas;

� Encaminhamento de atos de concessão e de renovação de concessão de emissoras de rádio e TV: a obrigação de submeter tais atos à apreciação do Congresso Nacional consta no inciso XII do caput do art. 49 da Constituição. Somente produzirão efeitos legais a outorga ou a renovação da concessão após deliberação do Congresso Nacional (Constituição, art. 223, § 3º). Descabe pedir na mensagem a urgência prevista na Constituição, art. 64, uma vez que o § 1° do art. 223 já define o prazo da tramitação. Além do ato de outorga ou renovação, acompanha a mensagem o correspondente processo administrativo;

� Encaminhamento das contas referentes ao exercício anterior: o Presidente da República tem o prazo de 60 dias após a abertura da sessão legislativa para enviar ao Congresso Nacional as contas referentes ao exercício anterior (Constituição, art. 84, caput, inciso XXIV), para exame e parecer da Comissão Mista permanente (Constituição, art. 166, § 1°), sob pena de a Câmara dos Deputados realizar a tomada de contas (Constituição, art. 51, caput, inciso II) em procedimento disciplinado no art. 215 do seu Regimento Interno;

� Mensagem de abertura da sessão legislativa: deve conter o plano de governo, exposição sobre a situação do país e a solicitação de providências que julgar necessárias (Constituição, art. 84, inciso XI). O portador da mensagem é o Chefe da Casa Civil da Presidência da República. Esta mensagem difere das demais, porque vai encadernada e é distribuída a todos os congressistas em forma de livro;

� Comunicação de sanção (com restituição de autógrafos): esta mensagem é dirigida aos Membros do Congresso Nacional, encaminhada por ofício ao Primeiro-Secretário da Casa onde se originaram os autó-grafos. Nela, se informa o número que tomou a lei e se restituem dois exemplares dos três autógrafos rece-bidos, nos quais o Presidente da República terá aposto o despacho de sanção;

� Comunicação de veto: dirigida ao Presidente do Senado Federal (Constituição, art. 66, § 1º), a mensagem informa sobre a decisão de vetar, se o veto é parcial, quais as disposições vetadas, e as razões do veto. Seu texto é publicado na íntegra no Diário Oficial da União, ao contrário das demais mensagens, cuja publica-ção se restringe à notícia do seu envio ao Poder Legislativo;

� Outras mensagens remetidas ao Legislativo:

Apreciação de intervenção federal (Constituição, art. 36, § 2º). Encaminhamento de atos internacionais que acarretam encargos ou compromissos gravosos (Constituição,

art. 49, caput, inciso I); Pedido de estabelecimento de alíquotas aplicáveis às operações e prestações interestaduais e de exportação

(Constituição, art. 155, § 2°, inciso IV); Proposta de fixação de limites globais para o montante da dívida consolidada (Constituição, art. 52, caput,

inciso VI); Pedido de autorização para operações financeiras externas (Constituição, art. 52, caput, inciso V); Convocação extraordinária do Congresso Nacional (Constituição, art. 57, § 6°); Pedido de autorização para exonerar o Procurador-Geral da República (Constituição, art. 52, inciso XI, e art.

128, § 2°); Pedido de autorização para declarar guerra e decretar mobilização nacional (Constituição, art. 84, inciso XIX); Pedido de autorização ou referendo para celebrar a paz (Constituição, art. 84, inciso XX); Justificativa para decretação do estado de defesa ou de sua prorrogação (Constituição, art. 136, § 4°); Pedido de autorização para decretar o estado de sítio (Constituição, art. 137); Relato das medidas praticadas na vigência do estado de sítio ou de defesa (Constituição, art. 141, parágrafo único);

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Proposta de modificação de projetos de leis que compreendem plano plurianual, diretrizes orçamentárias, orçamentos anuais e créditos adicionais (Constituição, art. 166, § 5°);

Pedido de autorização para utilizar recursos que ficarem sem despesas correspondentes, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do projeto de lei orçamentária anual (Constituição, art. 166, § 8°);

Pedido de autorização para alienar ou conceder terras públicas com área superior a 2.500 ha (Constituição, art. 188, § 1°). Forma e estrutura:

As mensagens contêm:

� Brasão: timbre em relevo branco; � Identificação do expediente: MENSAGEM N°, alinhada à margem esquerda, no início do texto; � Vocativo: alinhado à margem esquerda, de acordo com o pronome de tratamento e o cargo do destinatário,

com o recuo de parágrafo dado ao texto; � Texto: iniciado a 2 cm do vocativo; e � Local e data: posicionados a 2 cm do final do texto, alinhados à margem direita.

A mensagem, como os demais atos assinados pelo Presidente da República, não traz identificação de seu sig-natário. Exemplo de mensagem:

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z Correio eletrônico (e-mail)

A utilização do e-mail para a comunicação tornou-se prática comum, não só em âmbito privado, mas também na administração pública. O termo e-mail pode ser empregado com três sentidos. Dependendo do contexto, pode significar gênero textual, endereço eletrônico ou sistema de transmissão de mensagem eletrônica.

Como gênero textual, o e-mail pode ser considerado um documento oficial, assim como o ofício. Portanto, deve--se evitar o uso de linguagem incompatível com uma comunicação oficial.

Como endereço eletrônico utilizado pelos servidores públicos, o e-mail deve ser oficial, utilizando-se a exten-são “.gov.br”, por exemplo.

Como sistema de transmissão de mensagens eletrônicas, por seu baixo custo e celeridade, transformou-se na principal forma de envio e recebimento de documentos na administração pública;

z Valor documental

Nos termos da Medida Provisória nº 2.200-2, de 24 de agosto de 2001, para que o e-mail tenha valor documen-tal, isto é, para que possa ser aceito como documento original, é necessário existir certificação digital que ateste a identidade do remetente, segundo os parâmetros de integridade, autenticidade e validade jurídica da Infraestru-tura de Chaves Públicas Brasileira – ICP-Brasil.

O destinatário poderá reconhecer como válido o e-mail sem certificação digital ou com certificação digital fora ICP-Brasil; contudo, caso haja questionamento, será obrigatório a repetição do ato por meio documento físico assinado ou por meio eletrônico reconhecido pela ICP-Brasil.

Salvo lei específica, não é dado ao ente público impor a aceitação de documento eletrônico que não atenda os parâmetros da ICP-Brasil;

z Forma e estrutura

Um dos atrativos de comunicação por correio eletrônico é sua flexibilidade. Assim, não interessa definir padro-nização da mensagem comunicada. No entanto, devem-se observar algumas orientações quanto à sua estrutura;

z Campo “Assunto”

O assunto deve ser o mais claro e específico possível, relacionado ao conteúdo global da mensagem. Assim, quem irá receber a mensagem identificará rapidamente do que se trata; quem a envia poderá, posteriormente, localizar a mensagem na caixa do correio eletrônico.

Deve-se assegurar que o assunto reflita claramente o conteúdo completo da mensagem para que não pareça, ao receptor, que se trata de mensagem não solicitada/lixo eletrônico. Em vez de “Reunião”, um assunto mais pre-ciso seria “Agendamento de reunião sobre a Reforma da Previdência”;

z Local e data

São desnecessários no corpo da mensagem, uma vez que o próprio sistema apresenta essa informação;

z Saudação inicial/vocativo

O texto dos correios eletrônicos deve ser iniciado por uma saudação. Quando endereçado para outras institui-ções, para receptores desconhecidos ou para particulares, deve-se utilizar o vocativo conforme os demais docu-mentos oficiais, ou seja, “Senhor” ou “Senhora”, seguido do cargo respectivo, ou “Prezado Senhor”, “Prezada Senhora”.

Exemplos: Senhor Coordenador;Prezada Senhora;

z Fecho

Atenciosamente é o fecho padrão em comunicações oficiais. Com o uso do e-mail, popularizou-se o uso de abreviações como “Att.”, e de outros fechos, como “Abraços”, “Saudações”, que, apesar de amplamente usados, não são fechos oficiais e, portanto, não devem ser utilizados em e-mails profissionais.

O correio eletrônico, em algumas situações, aceita uma saudação inicial e um fecho menos formal. No entanto, a linguagem do texto dos correios eletrônicos deve ser formal, como a que se usaria em qualquer outro documen-to oficial;

z Bloco de texto da assinatura

Sugere-se que todas as instituições da administração pública adotem um padrão de texto de assinatura. A assi-natura do e-mail deve conter o nome completo, o cargo, a unidade, o órgão e o telefone do remetente.

Exemplo: Maria da Silva Assessora Subchefia para Assuntos Jurídicos da Casa Civil (61)XXXX-XXXX;

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z Anexos

A possibilidade de anexar documentos, planilhas e imagens de diversos formatos é uma das vantagens do e-mail. A mensagem que encaminha algum arquivo deve trazer informações mínimas sobre o conteúdo do anexo.

Antes de enviar um anexo, é preciso avaliar se ele é realmente indispensável e se seria possível colocá-lo no corpo do correio eletrônico.

Deve-se evitar o tamanho excessivo e o reencaminhamento de anexos nas mensagens de resposta.Os arquivos anexados devem estar em formatos usuais e que apresentem poucos riscos de segurança. Quando

se tratar de documento ainda em discussão, os arquivos devem, necessariamente, ser enviados em formato que possa ser editado;

z Recomendações

� Sempre que necessário, deve-se utilizar recurso de confirmação de leitura. Caso não esteja disponível, deve constar da mensagem pedido de confirmação de recebimento;

� Apesar da imensa lista de fontes disponíveis nos computadores, mantêm-se a recomendação de tipo de fonte, tamanho e cor dos documentos oficiais: Calibri ou Carlito, tamanho 12, cor preta;

� Fundo ou papéis de parede eletrônicos não devem ser utilizados, pois não são apropriados para mensagens profissionais, além de sobrecarregar o tamanho da mensagem eletrônica;

� A mensagem do correio eletrônico deve ser revisada com o mesmo cuidado com que se revisam outros documentos oficiais;

� O texto profissional dispensa manifestações emocionais. Por isso, ícones e emoticons não devem ser utilizados;

� Os textos das mensagens eletrônicas não podem ser redigidos com abreviações como “vc”, “pq”, usuais das conversas na internet, ou neologismos, como “naum”, “eh”, “aki”;

� Não se deve utilizar texto em caixa alta para destaques de palavras ou trechos da mensagem pois denota agressividade de parte do emissor da comunicação.

� Evite-se o uso de imagens no corpo do e-mail, inclusive das Armas da República Federativa do Brasil e de logotipos do ente público junto ao texto da assinatura.

� Não devem ser remetidas mensagem com tamanho total que possa exceder a capacidade do servidor do destinatário.

ADEQUAÇÃO DO FORMATO DO TEXTO AO GÊNERO

z Ata

Ata é o resumo escrito dos fatos e decisões de uma assembleia, sessão ou reunião para um determinado fim;

z Normas

Geralmente, as atas são transcritas à mão pelo secretário, em livro próprio, que deve conter um termo de aber-tura e um termo de encerramento, assinados pela autoridade máxima da entidade ou por quem receber daquela autoridade delegação de poderes para tanto; esta também deverá numerar e rubricar todas as folhas do livro.

Como a ata é um documento de valor jurídico, deve ser lavrada de tal forma, que nada lhe poderá ser acrescen-tado ou modificado. Se houver engano, o secretário escreverá a expressão “digo”, retificando o pensamento. Se o engano for notado no final da ata, escrever-se-á a expressão — “Em tempo: Onde se lê..., leia-se...”.

Nas atas, os números devem ser escritos por extenso, evitando-se também as abreviações. As atas são redigi-das sem se deixarem espaços ou parágrafos. a fim de se evitarem acréscimos.

O tempo verbal preferencialmente utilizado na ata é o pretérito perfeito do indicativo.Quanto à assinatura, deverão fazê-lo todas as pessoas presentes ou, quando deliberado, apenas o presidente

e o secretário.Permite-se também a transcrição da ata em folhas digitadas, desde que as mesmas sejam convenientemente

arquivadas, impossibilitando fraude.Em casos muito especiais, usam-se formulários já impressos, como os das seções eleitorais.

Comércio de Peças 24 horas Ltda.

DATA/HORA E LOCAL - Aos vinte de abril de 2.002, às dez horas, na sede da sociedade, na rua Esmeralda nº 280, Bairro Pedralina, em Pedra Azul, em (nome do Estado), CEP 30.220.060; PRESENÇA – sócios representando mais de ¾ do capital social; COMPOSIÇÃO DA MESA – FULANO DE TAL, presidente e BELTRANO DE TAL, secretário; PUBLICAÇÕES – anúncio de convocação, no (órgão oficial do Estado) e no (jornal de grande circulação), nas edições de 10, 11 e 12 do corrente mês, às fls ... e.., respectivamente; ORDEM DO DIA - tomar as contas dos administradores e deliberar sobre o balanço patrimonial e o de resultado econômico; DELIBERAÇÕES – após a leitura dos documentos mencionados na ordem do dia, que foram colocados à disposição de todos os sócios, trinta dias antes, conforme recibo, postos em discussão e votação, foram aprovados sem reservas e restrições; ENCERRAMENTO E APROVAÇÃO DA ATA. Terminados os trabalhos, inexistindo qualquer outra manifestação, lavrou-se a presente ata que, lida, foi aprovada e assinada por todos os sócios.

Beltrano de Tal, Sicrano de Tal, Fulano de Tal , Filmando de tal, Orlando de Tal, Capistrano de Tal.

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z Atestado

Atestado é o documento firmado por uma pessoa favor de outra, atestando a verdade a respeito de determina-do fato. As repartições públicas, em razão de sua natureza, fornecem atestados, e não declarações.

O atestado difere da certidão, porque, enquanto esta prova fatos permanentes, aquele se refere a fatos transitórios.

� Como fazer:

O Atestado, geralmente, é fornecido por alguém que exerce posição de cargo superior ou igual ao da pessoa que está pedindo o atestado;

O papel do atestado deve conter carimbo ou timbre da entidade que o expede;O atestado costuma ser escrito em atendimento à solicitação do interessado;

� A redação de um atestado apresenta a seguinte ordem:

Título, ou seja, a palavra ATESTADO em maiúsculas;Nome e identificação da pessoa que emite (que pode ser escrito no final, após a assinatura) e o nome e identi-

ficação da pessoa que solicitou;Texto, sempre resumido, claro e preciso, contendo o que se está confirmando ou negando;Assinatura, nome e cargo ou função de quem atesta.

Secretaria de Segurança Pública

ATESTADO DE BONS ANTECEDENTES

Atestamos para os devidos fins que o Sr. Adelmiro Floresta, residente nesta cidade na Rua Fagundes Sobrinho, 123, Bairro Sobradinho, é pessoa de bons antecedentes, nada constando em nossos ar-quivos, até a presente data, que venha a desabonar sua conduta.

São Paulo, 9 de setembro de 2009.

Roberto DagobertoRoberto Dagoberto

Escrivão de Polícia da 17ª DP

z Circular

Circular é o meio de correspondência pelo qual alguém se dirige, ao mesmo tempo, a várias repartições ou pessoas. E, portanto, correspondência multidirecional. Na circular, não consta destinatário, pois ela não é unidi-recional, e o endereçamento vai no envelope.

CIRCULAR GERAL Nº 58, Porto Alegre, 17 de dezembro de 1998.

ASSUNTO: Obras no Estacionamento

Entre os dias X e Y o setor de estacionamento da Acme Com. Ltda. passará por obras de reforma estrutural, de modo a melhorar o serviço prestado aos funcionários. Durante este período, o local estará interditado sendo liberado o uso do pátio dos fundos para guarda dos veículos.

Atenciosamente,

Fulano de TalFulano de Tal

Diretor-Geral de Negócios

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z DeclaraçãoDeclaração é um documento que se assemelha ao atestado, mas que não deve ser expedido por órgãos públicos.É um documento em que se manifesta uma opinião, conceito, resolução ou observação.Compõe-se de:

� Título: DECLARAÇÃO; � Texto: nome do declarante – identificação pessoal ou profissional (ou ambas, residência, domicílio, finali-

dade e exposição de assunto; � Local e data; � Assinatura (e identificação do signatário).

DECLARAÇÃO

Declaro, para os devidos fins, que Mulher Maravilha, brasileira, solteira, amazonense, natural do município de Itacoatiara, nascida em 28 de fevereiro de 1986, filha de Batmam e de Super Girl, trabalhou na Liga da Justiça no período de 1999 a 2006, exercendo com correção, responsabilidade e competência a função de heroína para a qual está devidamente qualificada, conforme currículo anexo.

Manaus, 20 de abril de 2007

ClarkKent _____________________

Super Homem

z Requerimentos

Requerimentos são instrumentos utilizados para os mais diferentes tipos de solicitações às autoridades ouórgãos públicos. A seguir, apresentamos um modelo, que pode ser adaptado para os diferentes casos. Nele, podemos observar as seguintes partes:

� Nome e qualificação do requerente; � Exposição e solicitação; � Pedido de deferimento; � Local e data; � Assinatura.

EXCELENTÍSSIMO SENHOR PRESIDENTE DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL.

9 - 40/1A Com FOCO Virtual, representada pelo Sr. João Paulo Silva, Gerente Comer-

cial, vem, mui respeitosamente, requerer a Vossa Excelência que se digne declará-la de uti-lidade pública federal, na conformidade da Lei n° 91, de 28 de agosto de 1935 e Decreto n° 50.517, de 02 de maio de 1961, para o que, anexa ao presente, os documentos exigidos pela lei.

Termos em que pededeferimento.

Brasília, 25 de setembro de 2006.

João Paulo SilvaGerente Comercial

Crotalo Nefasto

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Importante!Não é obrigatória a assinatura do presidente nos requerimentos apresentados como modelo, podendo fazê-lo os seus prepostos desde que devidamente credenciados.

z Relatório

É modalidade de comunicação pela qual se faz a narração ou descrição, ordenada e mais ou menos minuciosa, daquilo que se viu, ouviu ou observou.

Compõe-se de

� Título: relatório, seguido do objeto do trabalho (letras maiúsculas); � Vocativo: relatório, seguido do objeto do trabalho (letras maiúsculas); � Introdução: apresentação do observador e do fato observado; � Texto: exposição cronológica do fato observado; � Fecho; � Local e data; � Assinatura (e identificação do signatário).

RELATÓRIO DO CURSO DE INTELIGÊNCIA POLICIAL NO COMBATE AO NARCOTRÁFICO

Senhor Superintendente Regional do Departamento de Polícia Federal do Distrito Federal – SR/DPF/DF,

No período de 6 a 10 de novembro de 2006 foi realizado o Curso de Inteligência Policial no Combate ao Narcotráfico para policiais do MERCOSUL e países Associados, oferecido pela Academia Nacional de Polícia (ANP), sob supervisão do Centro de Coordenação de Capacitação Policial do MERCOSUL (CCCP).

O evento ocorreu na Academia Nacional de Polícia em Brasília/Brasil, e contou com a participação de 22 alunos do MERCOSUL, sendo: (6) da Argentina; (1) do Chile; (1) do Uruguai; (2) da Venezuela e (12) do Brasil.

Na cerimônia de abertura estiveram presentes autoridades da Polícia Federal, como: o diretor de Inteligência Policial, DPF RENATO HALFEN DA PORCIÚNCULA; o diretor da Academia Nacional de Polícia, DPF VALDINHO JACINTO CAETANO; o coordenador de Polícia Criminal Internacional, DPF ALBERTO LASSERRE KRATZ FILHO; além desta signatária;

Também estiveram presentes: o diretor do Centro de Coordenação de Capacitação Policial do Mercosul, Coronel Hugo Greca, da Argentina; o Sr. Hector Daniel Pujol, da Polícia Federal Argentina; Carlos Gabriel Heredia, da Polícia de Segurança Aeroportuária da Argentina; o representante da Venezuela, Nino Gonzalez Suarez, do Ministério do Interior. E ainda, o Sr. Maikel Trento, da Assessoria Internacional do Ministério da Justiça do Brasil.

Discursaram na cerimônia a oficial de ligação do Brasil junto ao CCCP, DPF Mirânjela M. B. Leite, que destacou as atividades a serem instituídas pelo centro; também o Diretor do Centro, Cel. Hugo Greca; o diretor da ANP; e o diretor de Inteligência Policial. Todos destacaram a importância da integração entre as forças de segurança pública do MERCOSUL e países associados, como fundamental para buscar a eficácia no combate a criminalidade em todos os países.

Logo após a cerimônia de abertura do curso, o diretor da Diretoria de Combate ao Crime Organizado, Delegado de Polícia Federal, Getúlio Bezerra dos Santos, proferiu palestra, de uma hora, abordando o tema: Crime Organizado no Mercosul.

Na cerimônia de encerramento estiveram presentes, o diretor da Academia Nacional de Polícia, DPF Valdinho Jacinto Caetano; o representante da Argentina Omar Aníbal Tabares; o oficial de ligação do Chile Armando Muñoz Moreno; o representante da Venezuela, Nino Gonzalez Suarez; além desta signatária.

Nos discursos de encerramento, foi destacada a importância de se fortalecer o Centro de Coordenação e Capacitação Policial do MERCOSUL, para que se realizem os eventos de capacitação continuada das forças de segurança e/ou policiais, enviando participantes, o que criará uma rede integrada de pessoas, o que certamente reforçará o efetivo para o combate ao crime organizado nos nossos países.

Ao final foram entregues certificados a todos os participantes.Brasília, 3 de janeiro de 2007.

Mariângela Margarida da Nata LeiteMariângela Margarida da Nata Leite

Delegada da 89ª Delegacia de Chapecó - AC

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z Parecer

A forma de comunicação pela qual um especialista emite uma opinião fundamentada sobre determinado assunto.

� Vocativo; � Identificação do especialista; � Introdução: apresentação do assunto; � Texto: exposição de opinião e seu fundamento; � Local e data; � Assinatura (e identificação do signatário).

Ref. Ação 001/1.01.0000000-0

Sr. Juiz,

Nomeado Perito na ação número 001/1.01.0000000-0, em que são partes Engênio Da Silva Civil, como Autor, e Réunaldo Culpaldo, como Réu, venho trazer aos autos o Laudo Pericial produzido.

IntroduçãoA Perícia buscou identificar as características físicas e o valor de locação para o imóvel em questão,

situado a Rua Xavante Xexeu, 999, no bairro Xaxambu, em Cidade Caxumba Paulista .VistoriaA vistoria ao imóvel objeto desta ação foi realizada no dia 31 de março, às 9h, na presença do Réu e dos

procuradores das partes, Dr. Causídico Leal e Dr. Jurisprudêncio Legal.Na ocasião foram examinadas as construções, avaliando-se o estado de conservação, e foram

tomadas medidas para identificar as áreas construídas com registro fotográfico e croqui do imóvel. O terreno tem dimensões de 12m x 32m e área de 384m2. Verificou-se que existem duas construções

(identificadas nesse Laudo como Casa A e Casa B). Pode-se dizer que são duas construções, pois são independentes, embora compartilhem parte de área coberta (área de serviço). A construção principal (Casa A) tem 106,40 m2 no total, sendo 63,00m2 referentes ao projeto original (fls. 28 dos autos em apenso – referentes à ação número 1000000000-1), com acréscimos posteriores. A outra construção (Casa B) tem 31,20m2. A área total construída é de 137,60m2, aproximando-se da área apontada pela Prefeitura Municipal a fls. 25 dos mesmos autos em apenso.

Concluindo esse laudo pericial, ressalto as principais questões abordadas: (a) no terreno da matrícula MA 8875H (Anexo I) existe uma área construída de 137,60m2 composta por duas casas, uma em madeira e outra em alvenaria (Fotografias 1 e 2, Tabela 1); e (b) o valor de locativo mensal adequado para essas construções é de R$ 400,00 (quatrocentos reais).

Para apreciação de V. Exa.,Respeitosamente,

Cidade, 7 de abril de 2008.

Eugênio Da Silva CivilProfissional

Engenheiro Civil

É muito importante deixar claro que o Decreto 9.758, de 11 de abril de 2019, não alterou o Manual de Reda-ção da Presidência da República. “O Decreto dispõe sobre a forma de tratamento empregada na comunicação, oral ou escrita, com agentes públicos da administração pública federal direta e indireta, e sobre a forma de endereçamento de comunicações escritas a eles dirigidas.” Isso significa que serão novas regras aplicadas às redações oficiais realizadas a partir dessa data apenas entre os agentes do Poder Executivo Federal.

Comunicações destinadas aos outros poderes permanecem segundo o MRPR. Logo, só implicará alteração em provas de concurso caso o edital traga orientações que orientem sobre as mudanças pertinentes a esse decreto, indicando claramente que serão cobradas as legislações correlatas ou especificando o Decreto n. 9.758, de 11 de abril de 2019. Do contrário, valem unicamente as determinações que estão no Manual.

Tendo esclarecido isso, vamos à mudança em si.Observa-se que as alterações se aplicam claramente às formas de emprego dos pronomes de tratamento.

DECRETO N. 9.758, DE 11 DE ABRIL DE 2019

Dispõe sobre a forma de tratamento e de endereçamento nas comunicações com agentes públicos da adminis-tração pública federal.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, caput, inciso VI, alínea “a”, da Constituição, DECRETA:

RED

ÃO

DIS

CU

RSI

VA

125

Objeto e Âmbito de Aplicação

Art. 1º Este Decreto dispõe sobre a forma de tratamento empregada na comunicação, oral ou escrita, com agentes públicos da administração pública federal direta e indireta (nota: os agentes do Poder Executivo Federal), e sobre a forma de endereçamento de comunicações escritas a eles dirigidas.§ 1º O disposto neste Decreto aplica-se às cerimônias das quais o agente público federal participe.§ 2º Aplica-se o disposto neste Decreto:1. Aos servidores públicos ocupantes de cargo efetivo;2. Aos militares das Forças Armadas ou das forças auxiliares;3. Aos empregados públicos;4. Ao pessoal temporário;5. Aos empregados, aos conselheiros, aos diretores e aos presidentes de empresas públicas e sociedades de economia mista;6. Aos empregados terceirizados que exercem atividades diretamente para os entes da administração pública federal;7. Aos ocupantes de cargos em comissão e de funções de confiança;8. Às autoridades públicas de qualquer nível hierárquico, incluídos os Ministros de Estado; e9. Ao Vice-Presidente e ao Presidente da República.§ 3º Este Decreto não se aplica:1. Às comunicações entre agentes públicos federais e autoridades estrangeiras ou de organismos internacionais; e2. Às comunicações entre agentes públicos da administração pública federal e agentes públicos do Poder Judiciário, do Poder Legislativo, do Tribunal de Contas, da Defensoria Pública, do Ministério Público ou de outros entes fede-rativos, na hipótese de exigência de tratamento especial pela outra parte, com base em norma aplicável ao órgão, à entidade ou aos ocupantes dos cargos.

Pronome de Tratamento Adequado

Art. 2º O único pronome de tratamento utilizado na comunicação com agentes públicos federais é “senhor”, independentemente do nível hierárquico, da natureza do cargo ou da função ou da ocasião.Parágrafo único. O pronome de tratamento é flexionado para o feminino e para o plural.

Formas de Tratamento Vedadas

Art. 3º É vedado na comunicação com agentes públicos federais o uso das formas de tratamento, ainda que abreviadas:1. Vossa Excelência ou Excelentíssimo;2. Vossa Senhoria;3. Vossa Magnificência;4. Doutor;5. Ilustre ou ilustríssimo;6. Digno ou digníssimo; e7. Respeitável.§ 1º O agente público federal que exigir o uso dos pronomes de tratamento de que trata o caput, mediante invocação de normas especiais referentes ao cargo ou carreira, deverá tratar o interlocutor do mesmo modo.§ 2º É vedado negar a realização de ato administrativo ou admoestar o interlocutor nos autos do expediente caso haja erro na forma de tratamento empregada.

Endereçamento de Comunicações

Art. 4º O endereçamento das comunicações dirigidas a agentes públicos federais não conterá pronome de tratamen-to ou o nome do agente público.Parágrafo único. Poderão constar o pronome de tratamento, na forma deste Decreto, e o nome do destinatário nas hipóteses de:1. A mera indicação do cargo ou da função e do setor da administração ser insuficiente para a identificação do des-tinatário; ou2. A correspondência ser dirigida à pessoa de agente público específico.

Vigência

Art. 5º Este Decreto entra em vigor em 1º de maio de 2019.Brasília, 11 de abril de 2019; 198º da Independência e 131º da República.JAIR MESSIAS BOLSONARO