Calculo cubagem

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1 Associação Nacional do Transporte de Cargas Manual de Cálculo de Custos e Formação de Preços do Transporte Rodoviário de Cargas Inclui o Manual de Acréscimos e Decréscimos Publicado em outubro de 1.990 Revisto e atualizado em 18 de outubro de 2.001 [email protected] Tel. (0XX11) 6632-1531

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  • 1. Associao Nacional do Transporte de CargasManual de Clculo de Custose Formao de Preos doTransporte Rodovirio de CargasInclui o Manual deAcrscimos e DecrscimosPublicado em outubro de 1.990Revisto e atualizado em 18 de outubro de [email protected] (0XX11) 6632-1531 1
  • 2. ApresentaoO Decope - Departamento de Custos Operacionais da NTC est colocando na Internet, disposio exclusiva dos associados, a mais recente verso do Manual de Clculo de Custose Formao de Preos do Transporte rodovirio de Cargas.Este trabalho atualiza e substitui a verso impressa, de outubro de 1.990, que vinha sendoutilizada at agora, cujo estoque esgotou-se; e aproveita a oportunidade para realizar algumasalteraes e aperfeioar o estudo.Algumas das novidades esto no clculo do frete-peso. Alm de apresentar uma frmula geralmais completa, o estudo trata de casos particulares de clculo, como o das cargas volumosas,frete por viagem, a introduo do frete-carreteiro no modelo e o emprego de mais de umacarreta por cavalo.Para facilitar a aplicao das frmulas, o manual apresenta exemplos hipotticos de clculo.wm deles mostra como montar a planilha em utilizando o software Microsoft excel.Nas generalidades, a novidade foi a substituio do antigo Adicional de Emergncia (Ademe)pela nova taxa de Gerenciamento de Risco (GRIS),J nos acrscimos e decrscimos, foi introduzida uma frmula para cobrana de pedgio decargas fracionadas, enquanto os custos da hora parada sofreram atualizao.Para fazer download do manual, basta entrar no site da ntc (www.ntc.org.br), clicarIndicadores para associados da NTC, entrar com senha de associado e localizar o arquivo noprimeiro bloco (Inct, Custos e Fretes).Dvidas, sugestes e crticas podero ser encaminhadas para [email protected], telefone((011xx) 6632-1530.. 2
  • 3. NDICEASSUNTO PginaCAPTULO I Classificao dos custos 6 Classificao dos custos por tipo de carga 6CAPTULO II Composio da tarifa 8 Frete-peso 8 Custos operacionais 9CAPTULO III Custos de transferncia 10 Custos fixos 10 Remunerao do capital 10 Salrio do motorista 10 Salrio de oficina 11 Reposio do veculo 11 Reposio do equipamento 12 Licenciamento 12 Seguro do veculo 12 Seguro do equipamento 13 Seguro de responsabilidade civil facultativo 13 Custo fixo mensal 13 Custo varivel 13 Peas, acessrios e material de manuteno 14 Combustvel 14 Lubrificantes 14 Lavagem e graxas 15 Pneus e recauchutagem 15 Custo varivel total 16CAPTULO IV Despesas indiretas 17 Despesas administrativas e de terminais 17 Salrios, ordenados e honorrios de Diretoria 17 Aluguis 17 Tarifas de servio pblico 17 Servios profissionais 17 Seguros 17 Impostos e taxas 18 Depreciaes 18 Outros custos 18 Despesas de gerenciamento de risco 18 Despesas indiretas por tonelada 18 3
  • 4. ASSUNTO PginaCAPTULO V Clculo das tarifas do frete-peso 19 Frmula simplificada 19 Frmula geral 20 Cargas volumosas 22 Fracionamento de fretes 22 Frete por viagem 22 Uso do carreteiro 23 Mais de uma carreta por cavalo 23 Ociosidade no retorno 24 Exemplo hipottico 1 24 Exemplo hipottico 2 26 Exemplo hipottico 3 27 Exemplo hipottico 4 28CAPTULO VI Frete-valor 30 Responsabilidade do transportador 30 Gerenciamento de risco 32 Frete-valor 32 Base legal 34 Custos de seguros e carga/gerenciamento de riscos 34 Clculo da alquota 34CAPTULO VII - Taxas ou generalidades 36 Taxa de gerenciamento de risco 37 Despacho 38 Custo adicional do transporte 38 Frete-peso mnimo 38 Tributos 38CAPTULO VIII Acrscimos e decrscimos 39 ACRSCIMOS 39 Cubagem 39 Armazenagem de responsabilidade do usurio 39 Riscos de avarias e extravios 41 Cargas no limpas 41 Coletas e entregas 42 Em andares 42 Calades/Ruas interditadas/Trfego de caminhes 43 Manuseio extra/ Servios de responsabilidade do usurio 43 Coleta ou entrega fora de horrio normal 43 Fora do permetro urbano/Municpios adjacentes 44 4
  • 5. ASSUNTO PGINA Cargas indivisveis 44 Ruas de horrio restrito 45 Pessoal adicional 44 Embalagem 44 Embalagem deficiente 44 Despacho de pequenos volumes a granel 45 Entregas 46 Contra cobrana do valor da mercadoria 46 Devoluo do comprovante de entrega 46 Segunda e terceira entregas 46 Pagamento a prazo 47 Imobilizao do veculo (hora parada) 47 Volume sem marcao 48 Pedgios e meios auxiliares de passagem 48 Desequilbrio no fluxo do trfego de retorno 49 Inconsistncia do fluxo de trfego 50 Estradas 50 Conjugao de ligaes 50 Restrio de pesos por eixo 50 Rodovias no pavimentadas 50DECRSCIMOS 52 Desequilbrio de fluxo de retorno 52 5
  • 6. CAPTULO IClassificao de custosEste Manual apresenta o clculo dos custos para operaes de transferncia. Esta operao secaracteriza pelo deslocamento da mercadoria entre duas localidades, com trajetopredominantemente rodovirio. No inclui, portanto, as operaes de coleta e entrega.Classificao de custosPara se estudar os custos operacionais, preciso classificar os tipos de cargas transportadas,pois cada carga exige servios e equipamentos diferentes.A classificao aqui apresentada no nica. Vrias outras classificaes podem serencontradas em diversos textos. Entretanto, procurou-se estabelecer um critrio que atendesseaos mais diferentes casos encontrados na prtica. Assim, ao defrontar-se com qualquer pedidodo cliente, o transportador poder sempre aplicar a tabela de custos mais adequada para aquelasituao.Classificao de custos por tipo de cargaCarga itinerante Despachos de cargas fracionadas entre 1 e 4.000 kg. sujeitos a prazos de entrega edistribuio capilar por todo o pas.Carga urgenteDespachos de cargas fracionadas entre 1 e 4.000 kg. sujeitos a prazos de entregaCarga comumDespachos de cargas fracionadas entre 1 e 4.000 kg, no sujeitos a prazos de entrega.Carga industrialDespachos de mais de 4.000 kg constitudos por cargas predominantemente industriais, (comoaos, peas, componentes, mquinas, equipamentos, tintas em recipientes, componentes demveis etc.), no sujeitas a prazos de entrega.Grandes massasTransporte de grandes quantidades de produtos com as seguintes caractersticas gerais: ?? Produtos primrios ou em fase intermediria de um processo de transformao; ?? Transportado a granel, sem a embalagem final; ?? Transportadas em veculo de grande capacidade (25 t ou mais); ?? Compostos de um nico tipo de mercadoria; ?? No devem requerer equipamento especial para conteno de carga. 6
  • 7. Fertilizantes, componentes e granis slidosGrandes quantidades de fertilizantes e seus componentes, bem como granis slidos, que norequerem tratamento especial necessitando, porm de equipamento especial de conteno decarga.O transporte deve utilizar composies pesadas, com capacidade superior a 22 t.ContainersMovimentao de cofres de carga em ciclos de viagens redondas (ida e volta).Outros serviosServios de transporte rodovirio de cargas com caractersticas especficas ou especializadas.Por exemplo: veculos zero quilmetro, transporte frigorfico, carga lquida, bebidas, produtosperigosos, cargas volumosas etc. 7
  • 8. CAPTULO IIComposio da tarifaA tarifa de transferncia do transporte composta basicamente de cinco parcelas, que buscamressarcir, de forma equilibrada, o transportador das despesas realizadas com a prestao doservio: ?? Frete-peso ?? Frete-valor ?? GRIS ?? Taxas ?? PedgioO frete-peso a parcela da tarifa que tem por finalidade remunerar o transporte do bem entreos pontos de origem e de destino. Inclui tanto custos diretos quanto custos indiretos, comocustos operacionais do veculo, despesas administrativas e de terminais, custos degerenciamento de riscos, custos de capital e taxa de lucro operacional. A soma destes constituio custo operacional, que especfico para cada transportadora e para cada tipo de serviorealizado.Comumente chamado de ad-valorem, o frete-valor, outro componente tarifrio, fundamental para o equilbrio entre custos e receitas. Proporcional ao valor da mercadoriatransportada, tem como finalidade resguardar o transportador dos riscos de acidentes e avariasenvolvidos em sua atividade. Tais riscos so proporcionais ao tempo que o bem fica em poderda empresa durante a operao de transporte.Por sua vez, as taxas destinam-se a remunerar os servios adicionais necessrios prestaodos servios. So cobradas apenas quando os servios correspondentes so efetivamenteprestados. Em alguns, casos, variam com o peso transportado.A principal taxa cobrada pelo setor a de Gerenciamento do Riscos (GRIS). Trata-se de umallquota sobre o valor da mercadoria, necessrios para cobrir despesas relacionadas com ogerenciamento de riscos ligados ao roubo de cargas, inclusive o seguro facultativo de desviode carga.No servio fracionando, cobrada tambm uma taxa de despacho, coleta e entrega.No Norte, Nordeste e Zona Franca, devem ser cobrados tributos estaduais e federaisespecficos.Em rodovias sujetas a pedgio, a lei no 10.209 tornou obrigatrio o fornecimento de vale -pedgio aocarreteiro e o pagamento desta despesa ao embarcador.FRETE-PESOO frete-peso compe-se basicamente de: 8
  • 9. ?? Custos operacionais ?? Taxa de lucroOs custos operacionais so determinados por meio de estudos tcnicos e variam de umaempresa para outra. Da a importncia de se levantar tais despesas de maneira precisa, poissomente assim ser possvel realizar a anlise realista do desempenho da empresa por tipo deservio realizado.Sem uma anlise desse tipo, fica impossvel para o administrador decidir objetivamentre sobrea viabilidade do transporte de um determinado tipo de mercadoria. Para a grande maioria dasempresas, no entanto, a estrutura bsica de custos bastante semelhante. As variaesocorrem apenas em alguns parmetros, que devem ser analisados caso-a-caso.Por isso, faz sentido apresentar neste trabalho um mtodo bsico de clculo e anlise decustos operacionais, detalhando os vrios componentes e apresentando sua frmula usual declculo.J a taxa de lucro introduzida por um fator maior do que 1, pelo qual se multiplicam oscustos operacionais para se chegar ao frete-peso. Nas planilhas que elabora para a NTC, aFundao Instituto de Pesquisas trabalha com 11% sobre o custo. Mas, cabe a cada empresa,baseada na competio de mercado, determinar a taxa que deve aplicar em cada caso.CUSTOS OPERACIONAISOs custos operacionais de uma empresa de transporte de cargas compem-se de duas parcelasprincipais: ?? Custo de transferncia ?? Despesas administrativas e de terminais (DAT)Os custos de transferncia correspondem s despesas ligadas operao do veculo.As despesas administrativas e de terminais esto ligadas estrutura da empresa e operaodos terminais.. 9
  • 10. CAPTULO IIICustos de transfernciaOs custos de transferncia correspondem s despesas do transporte de cargas entre doisterminais. Divide-se em: ?? Custos fixos ?? Custos variveisOs primeiros correspondem s despesas operacionais do veculo que no variam com adistncia percorrida, isto , continuam existindo, mesmo com o veculo parado. Geralmente,so calculados por ms.J os custos variveis correspondem a despesas que variam com a distncia percorrida peloveculo, ou seja, que inexistem caso o veculo permanea parado.CUSTOS FIXOSO custo fixo de operao do veculo composto das seguintes parcelas: ?? Remunerao mensal do capital empatado (RC) ?? Salrio do motorista (SM) ?? Salrio de oficina (SO) ?? Reposio do veculo (RV) ?? Reposio do equipamento (RE) ?? Licenciamento (LC) ?? Seguro do veculo (SV) ?? Seguro do equipamento (SE) ?? Seguro de responsabilidade civil facultativo(RCF)Remunerao mensal do capital (RC)Corresponde ao ganho no mercado financeiro caso o capital no tivesse sido usado paraadquirir o veculo.Esta remunerao determinada por meio da seguinte frmula: RC = Valor do veculo completo x 13/12O coeficiente 0,13 corresponde taxa anual de juros de 12% mais 1% ao ano para remuneraro capital empatado em peas de reposio.Salrio do motorista (SM)Corresponde s despesas mensais com salrio de motorista e horas extras, se houver,acrescidas dos encargos sociais, correspondentes a 96,14% 10
  • 11. SM = 1,9614 x salrio do motorista O salrio do motorista deve incluir as horas extras. Tratando-se de ponte rodoviria ( seat), hotque usa mais de um motorista por veculo, o salrio deve ser multiplicado pelo nmero decondutores.Se o veculo usar ajudantes, deve ser aberto um item adicional para este custo, sob o ttuloSalrio de Ajudantes (SA).Salrios de oficina (SO)Cobre as despesas com pessoal de manuteno e seus encargos sociais. Seu custo mensal obtido multiplicando-se o salrio mdio do pessoal de oficina pelo coeficiente de encargossociais e dividindo-se o resultado pela relao entre o nmero de caminhes e o nmero defuncionrios do setor (n). Este valor n varia com a classe do veculo. SO = 1,9614 x salrio mdio de oficina/nAs planilhas atuais da NTC (maro 2.001) adotam os seguintes valores para n:Veculo Caminhes/mecnico (n)Caminhes pesados 3Caminho semipesados e mdios 4Caminhes leves/utilitrios 5Reposio de veculo (RV)Representa a quantia que deve ser destinada mensalmente a um fundo para comprar um novoveculo zero quilmetro quando o atual completar seu ciclo de vida til econmica.Considera-se que, no fim deste perodo (VV, em meses), possvel obter como valor derevenda 20% do valor do veculo novo. Assim, ser necessrio distribuir os 80% restantespelo perodo (VV). RV = (0,80 x valor do veculo zero quilmetro sem pneus ) /VVA atual planilha da NTC admite como vida til 84 meses para caminhes peados, 72 mesespara caminhes semipesados e mdios e 60 meses para caminhes leves/utilitrios.O valor do veculo exclui os pneus, que constituem material de consumo, cuja despesa computada em item especfico do custo varivel. Os preos fornecidos pelos fabricantes decaminhes incluem os pneus. necessrio, portanto subtrair o valor dos pneus antes derealizar o clculo. 11
  • 12. Reposio do equipamento (RE)Da mesma forma que se estabelece um fundo para reposio do veculo, deve ser criado outropara a reposio do implemento rodovirio (carroaria ou carreta). Considera-se que, no finalda vida til econmica do equipamento (VE, em meses), seu valor de revenda de 5% dovalor de um equipamento novo. Os 95% restantes devem ser rateados pela vida til econmicado equipamento: RE = ( 0,95 x valor do equipamento novo sem pneus) / VEO valor do equipamento exclui os pneus, que constituem material de consumo, cuja despesa computada em item especfico do custo varivel. Geralmente, os preos fornecidos pelosfabricantes de carretas j deixam de fora os pneus, tornando desnecessria a subtrao dessevalor antes de realizar o clculo.Licenciamento (LC)Este item rene os tributos fiscais que a empresa deve recolher antes de colocar o veculo emcirculao nas vias pblicas. composto por: ?? Imposto sobre a propriedade de veculos automotores (IPVA); ?? Seguros por danos pessoais causados por veculos automotores (DPVAT); e ?? Taxa de licenciamento (TL) paga ao Detran. LC = (DPVAT) + IPVA + TL) / 12Geralmente, o IPVA um percentual sobre o valor do veculo. No caso do Estado de SoPaulo, e percentual de 1,5% para caminhes a diesel. Os valores corretos do IPVA para stecada veculo podem ser obtidos em sites especializados. J o DPVAT e a TL constituemdespesas de baixo valor.Seguro do veculo (SV)Representa um fundo mensal que deve ser formado para pagar o seguro ou para bancareventuais sinistros (coliso, incndio, roubo etc) ocorridos com o veculo.Estas despesas so determinadas conforme normas estabelecidas pelas companhias de seguro.O chamado Prmio (valor total a ser pago seguradora) obtido somando-se uma parcelacalculada com base no Prmio de Referncia (valor bsico a ser pago seguradora) com outracalculada com base na Importncia segurada (valor do veculo segurado). Todos os valoresso fornecidos pelas seguradoras. SV = [V1 + V2 + custo da aplice x 1,07]/12 V1 = Prmio de Referncia x C1 V2 = Importncia segurada x C2 C1 = Coeficiente que varia com o tipo de utilizao do veculo 12
  • 13. C2 = Coeficiente que faria com o tipo de utilizao do veculo 1,07 = Coeficiente para adio do Imposto sobre Operaes Financeiras (IOF)Seguro do equipamento (SE)Representa um fundo mensal que deve ser formado para pagar o seguro ou para bancareventuais sinistros (coliso, incndio, roubo etc) ocorridos com o equipamento.Estas despesas so determinadas conforme normas estabelecidas pelas companhias de seguro.O chamado Prmio (valor total a ser pago seguradora) obtido somando-se uma parcelacalculada com base no Prmio de Referncia (valor bsico a ser pago seguradora) com outracalculada com base na Importncia segurada (valor do veculo segurado). Todos os valoresso fornecidos pelas seguradoras. SV = [V3 + V4 + custo da aplice x 1,07]/12 V3 = Prmio de Referncia x C3 V4 = Importncia segurada x C4 C3 = Coeficiente que varia com o tipo de utilizao do equipamento C4 = Coeficiente que faria com o tipo de utilizao do equipamento 1,07 = Coeficiente para adio do Imposto sobre Operaes Financeiras (IOF)Seguro de Responsabilidade Civil Facultativo (RCF) a despesa mensal correspondente ao Seguro de Responsabilidade Civil Facultativo (RCF),destinado a cobrir danos materiais e a complementar os danos pessoais causados a terceiros (ovalor da cobertura do seguro DPVAT bastante limitado). RCF = [(PRDM + PRDM + Custo da Aplice) x 1,07] / 12 PRDP = Prmio relativo a danos pessoais PRDM = Prmio relativo a danos materiais 1,07 = Coeficiente para adio do Imposto sobre Operaes Financeiras (IOF)Custo fixo mensalO custo fixo mensal resulta da soma das nove parcelas acima: CF = RC + SM + SO + RV + RE + LC + SV + SE + RCFCUSTO VARIVELO custo varivel composto das seguintes parcelas: ?? Peas, acessrios e material de manuteno (PM) ?? Despesas com combustvel (DC) 13
  • 14. ?? Lubrificantes (LB) ?? Lavagem e graxas (LG) ?? Pneus e recauchutagens (PR) Peas, acessrios e material de manuteno (PM) Corresponde previso de despesas mensais com peas, acessrios e material de manuteno do veculo. Uma vez apuradas, essas despesas devem ser divididas pela quilometragem mensal percorrida, para se obter o valor por quilmetro. Corresponde a 1% do valor do veculo completo e sem pneus, por ms. Cabe a cada empresa determinar o valor mais preciso e adequado para este parmetro. PM = [(Valor do veculo completo sem pneus) x 0,01] / DM DM = Distncia mensal percorrida pela veculo (km)Combustvel (DC)So as despesas efetuadas com combustvel para cada quilmetro rodado pelo veculo. DC = PC / RM PC = Preo do combustvel (R$/litro) RM = Rendimento do combustvel (km/litro)Lubrificantes (LB)Lubrificantes do motor (LM)So as despesas com a lubrificao interna do motor. Alm da reposio total do leo, admite-se uma determinada taxa de reposio a cada 1.000 km. VC VR LM ? LPM ( ? ) QM 1000 PLM = Preo unitrio do lubrificante do motor (R$/litro) VC = Volume do crter (litros) QM = Quilometragem de troca de leo do motor VR = Taxa de reposio (litros/1000 km)Lubrificantes da transmisso (LT)So as despesas realizadas para efetuar a lubrificao da transmisso do veculo (diferencial ecmbio).Para determinar o volume de leo consumido, somam-se as capacidades do diferencial e docmbio. Esta soma multiplica pelo preo unitrio do lubrificante (R$/litro), e o resultado dividido pela quilometragem de troca de leo. 14
  • 15. LT = (VD +VCC] x PLT/QT VD = Capacidade da caixa e diferencial (litros) VCC = Capacidade do cmbio (litros) PLT = Preo unitrio do lubrificante da transmisso (R$/litro) QT = Quilometragem de troca da transmissoCusto total de lubrificaoO custo total de lubrificao ser: LB = LM + LTLavagem e graxas (LG)So as despesas com lavagem e lubrificao externa do veculo.O custo por quilmetro obtido dividindo-se o custo de uma lavagem completa do veculopela quilometragem recomendada pelo fabricante para lavagem peridica. LG = PL/QL PL = Preo da lavagem completa do veculo QL = Quilometragem recomendada pelo fabricante do veculoPneus e recauchutagem (PR)So as despesas resultantes do consumo dos pneus utilizados no veculo e tambm noequipamento, quando se tratar de reboque ou semi-reboque.Admite-se uma perda prematura de 20% das carcaas, ou seja, de cada cinco pneus, apenasquatro permitem recuperao.Admite-se, alm disso, que cada pneu possa ser recapado apenas uma vez, ao longo da suavida til. PR = {[1,2 x (P + C + PP) x NP] + (R x NP) } / VP P = Preo do pneu novo C = Preo da cmara nova PP = Preo do protetor novo NP = Nmero total do pneus do veculo e do equipamento R = Preo da recauchutagem ou recapagem VP = Vida til total do pneu, incluindo-se uma recauchutagem 1,2 = Coeficiente para computar as perdas de carcaas antes da recauchutagem 15
  • 16. Custo varivel totalO custo varivel total obtido pela soma das cinco parcelas j relacionadas. CV = PM + DC + LB + LG + PR CV = Custo varivel (R$/km) 16
  • 17. CAPTULO IVDespesas indiretasAs despesas indiretas (DI), tambm conhecidas como despesas administrativas e de terminais(DAT), so aquelas que no esto relacionadas diretamente com a operao do veculo. Novariam, portanto, com a quilometragem rodada, mas sim com a tonelagem movimentada.Assim, seu custo deve ser apurado dividindo-se o seu valor mensal pela tonelagem mensalmovimentada . So chamadas tambm de Despesas administrativas e de terminais (DAT).As despesas administrativas e de terminais (DAT) esto divididas em duas grandes parcelas: ?? Salrios e encargos sociais do pessoal no envolvido diretamente com a operao dos veculos (pessoal administrativo, de vendas, diretoria etc); ?? Outras despesas necessrias ao funcionamento da empresa, como aluguel, impostos, material de escritrio, comunicaes, depreciao de mquinas e equipamentos etc.De acordo com a estrutura de custos adotada pela FIPE Fundao Instituto de Pesquisas daUSP, este item se subdivide em: ?? Salrios, ordenados e honorrios de Diretoria - Salrios - Honorrios - Encargos sociais ?? Aluguis - Aluguis de reas e imveis - Aluguis de equipamentos ?? Tarifas de servios pblicos - gua - Energia eltrica - Correio, telefone, fax , EDI etc. ?? Servios profissionais - Servios de manuteno, conservao e limpeza - Servios profissionais de terceiros - Servios de processamento de dados - Servios de atendimento ao cliente ?? Impostos e taxas - IPTU - Imposto de Renda - ICMS - CPMF - IOF - Cofins - Contribuio Social sobre o Lucro - Multas 17
  • 18. - Outros impostos ?? Depreciaes - Depreciao de mquinas e equipamentos - Depreciao de mveis e utenslios ?? Outros custos - Material de escritrio e limpeza - Viagens, estadias e conduo - Despesas legais e judiciais - Contribuies e doaes - Uniformes - Despesas com promoes, brindes e propaganda - Despesas com conservao de bens e instalaes - Despesas diversas - Refeies e lanches - Cpias xerox - Paletizao de cargasA despesa por tonelada calcula-se da seguinte forma: DAT/tonelada = DAT mensal / tonelagem mensal expedida 18
  • 19. CAPTULO VClculo das tarifas de frete-pesoO valor da tarifa final do frete-peso do transporte de mercadorias resulta da soma dasseguintes parcelas de custos: ?? Custo de deslocamento da carga (fixo e varivel) ?? Custo do tempo parado de carga e descarga do veculo ?? Despesas indiretas (administrao e operao de terminais) ?? Lucro operacionalEste tipo de composio pode ser encarado como uma regra geral, vlida para qualquer tipo deservio de transporte. O que pode variar so os valores dos parmetros utilizados nasfrmulas.Frmula simplificadaO frete da maioria das especialidades, como carga comum, carga industrial, lotaes, grandesmassas, fertilizantes e componentes, postes e similares etc. pode ser calculado usando-se afrmula: L F ? ( A ? BX ? DI )(1 ? ) 100 F = Frete-peso (R$/tonelada) X = Distncia da viagem (percurso), em km A = Custo do tempo de espera durante a carga e descarga B = Custo de transferncia (R$/t.km) DI = Despesas indiretas (R$/tonelada) L = Lucro operacional (%)Esta frmula parte do princpio de que sempre haver carga de retorno, ou seja, o veculotrafega carregado o tempo todo. Nos casos em que no existe carga de retorno (exemplo:veculos zero quilmetro ou tanques), ser necessrio dobrar o percurso utilizado na frmula(2X).Nos casos em que apenas uma parte dos veculos consegue carga de retorno, ser necessriomultiplicar o frete de ida por um fator de correo para compensar a perda de f no retorno rete(veculo vazio ou com frete abaixo do custo).Nos casos em que o veculo precisa se desviar para uma cidade prxima para obter carga deretorno, preciso debitar tambm este custo adicional ao frete do sentido de maior fluxo. 19
  • 20. Sobre o assunto, veja tpico sobre desequilbrio de fluxo no Manual de Acrscimos edecrscimos.O fator A (custo do veculo parado para carga e descarga) calcula-se pela frmula: CF .Tcd A? CAP.H A= custo do tempo de espera durante a carga e descarga (R$/tonelada CF = Custo fixo (R$/ms Tcd = Tempo de carga e descarga (horas) H = Nmero de horas trabalhadas por ms CAP = Capacidade utilizada do veculo (toneladas)O valor de H situa-se na faixa de 200 a 240 horas por ms, para um turno de trabalho e podeser ampliado por meio de horas extras ou multiplicado por at 3, quando se utilizam pontesrodovirias (hot seats).A diviso de CF por H fornece o custo fixo por hora trabalhada. Quando se multiplica oresultado pelo tempo de carga e descarga, tem-se o custo fixo daquele tempo. Dividindo-se oresultado pela capacidade do veculo (CAP), obtm-se o custo por tonelada de carga/descarga.O fator B (custo de transferncia por t.km) calcula-se pela frmula: CF 1 B?[ ? CV ] H .V CAPA diviso de CF por H fornece o custo fixo por hora trabalhada. Dividindo-se este valor pelavelocidade, obtm-se o custo fixo por quilmetro percorrido. A soma com o custo varivel(que j est expresso em R$/km) fornece o custo por quilmetro rodado. Dividindo-se ocusto/km pela capacidade do veculo, obtm-se o custo por tonelada-quilmetro.O fator DI (R$/tonelada), por sua vez, calcula-se pela frmula: DI = (DI/T.EXP). C DI = Despesas indiretas (R$/tonelada) T.EXP = Tonelagem expedida por ms (t/ms) C = Coeficiente de uso de terminaisNeste caso, a simples diviso das despesas indiretas (DAT + GRIS) mensais pela tonelagemexpedida fornece a despesa indireta mdia por tonelada. Esta mdia deve ser ajustada ao tipode servio, por meio do coeficiente de uso de terminais, de valor mdio igual a 1, que sertanto maior quando mais fracionada for a carga.Frmula geralO custo fixo por viagem obtm-se multiplicando-se o custo fixo mensal pelo nmero (n)deviagens por ms . 20
  • 21. CF/viagem = CF/nJ o custo varivel por viagem obtido multiplicando-se o custo varivel por quilmetro peladistncia da viagem. CV/viagem = CV.XPara cada uma dessas parcelas, o custo de transferncia por tonelada obtido dividindo-se ocusto por viagem pela capacidade do veculo (CAP). Portanto, o custo de transferncia portonelada ser: (CF / n) ? CV . X CTransferncia / tonelada ? CAPPor sua vez, as despesas indiretas j esto expressas em R$/t. Para se chegar ao frete, deve-seadicionar a taxa de lucro sobre vendas. (CF / n) ? CV . X 1 CT ? [ ? DI ].(1 ? ) CAV LEm cada viagem, o veculo roda X/V horas e fica parado Tcd horas. Se ele trabalha H horas porms, o nmero possvel de viagens (n) ser: H H .V n? ? X Tcd .V ? X Tcd ? VSubstituindo-se n pela seu valor, resulta: 1 T ? (X /V ) L CT ? { [ CF cd ? CV .X ] ? DI }(1 ? ) CAV H 100 CF .Tcd 1 CF L CT ? [( ? DI ) ? ( ? CV ) X ](1 ? ) CAP .H CAP H .V 100Observe-se que a primeira frao corresponde ao coeficiente A, enquanto a expresso queantecede X corresponde ao coeficiente B. A soma de A com DI representa os custos fixos portonelada, enquanto o coeficiente B reproduz os custos variveis por tonelada-quilmetro. Oltimo fator da frmula agrega o lucro ao custo total. 21
  • 22. Fracionamento de fretesRequerendo maior nmero de homens-hora para manuseio e oferecendo maiores riscos deavarias, roubos, furtos e extravios, as cargas de baixo peso por despacho tm custo muito maiselevado do que as cargas completas ou menos fracionadas.Para fracionar o frete por tonelada para despachos d peso at 70 kg, deve ser usada a seguinte efrmula: Pd Fd ? MxFp 1000 Fd = Frete por despacho M = Multiplicador devido ao fracionamento Fp = Frete pelo por tonelada 1000 = Fator de converso de toneladas em quilosNas ltimas tabelas publicadas pela NTC em 1.996, os multiplicadores eram os seguintes:Multiplicadores para fracionamento de cargasPeso (kg) At 10 kg 11 a 20 kg 21 a 30 kg 31 a 50 kg 51 a 70 kg + de 70 kgMultiplicador (M) 3,00 2,20 1,70 1,15 1,05 1,00Cargas volumosasNos casos em que se tornar mais conveniente (cargas volumosas e mudanas), pode-se usar acapacidade (CAP) em metros cbicos. Assim, o frete ser expresso em R$/m3 e no em R$/t.Entende-se por carga volumosa aquela cuja densidade (kg/m3) est abaixo da densidade idealdo veculo. Para se converter uma tabela em R$/t para R$/m3 , deve-se relacionar a densidadeideal do veculo com a densidade real da carga e multiplicar o frete por este resultado.A densidade ideal corresponde capacidade de carga (em kg) dividida pela capacidadevolumtrica (em m3 ) do veculo. Assim, por exemplo, um veculo trucado com capacidadepara 15 t de peso e 50 m3 de capacidade volumtrica ter densidade ideal de 300 kg/m3 . Juma carreta para 27 t de peso e 90 m3 de volume ter densidade ideal de 300 kg/m3 .O fator de acrscimo por cubagem ser obtido dividindo-se a densidade ideal adotada peladensidade real da mercadoria (veja manual de acrscimos e decrscimos).Frete por viagemNos casos em que for mais conveniente trabalhar com o frete por viagem (mudanas, cargascompletas etc) , deve-se excluir a CAP das frmulas e entrar com o valor de DI por viagem: 22
  • 23. CF .Tcd CF A? B?[ ? CV ] H H .V CF .Tcd CF L CT ? [( ? DI ) ? ( ? CV ) X ](1 ? ) H H .V 100Uso de carreteiroA maioria das transportadoras no trabalha com 100% de frota prpria. Para baixar os custos,prefere fazer boa parte do transporte usando carreteiros. Se a empresa quiser transferir estareduo de custos para o frete, ser necessrio fazer uma adaptao na frmula geral, para queo custo de transferncia passe a representar a mdia ponderada entre os custos com frotaprpria e com carreteiros: K K L F ? [(1 ? )( A ? BX ) ? FC ? DI ](1 ? ) 100 100 100 K = Percentagem de viagens feitas usando carreteiros (%) FC = Frete pago ao carreteiro por tonelada no percurso analisado (R$/t)Mais de uma carreta por cavaloPara reduzir o tempo parado do cavalo mecnico, muitos transportadores preferem usar vriascarretas para atender a um nico trator. Com isso, aumenta-se a produtividade doequipamento mais caro, reduzindo-se o seu custo fxo.. Por outro lado, haver aumento docusto fixo dos equipamentos.Neste caso, no basta apenas somar o custo fixo do cavalo com o custo fixo da carreta. preciso somar o custo fixo do cavalo com o custo fixo da carreta multiplicado pela relaoentre o numero de carretas e o nmero de cavalos. CF ? CFCM ? r.CFE CFCM = Custo fixo do cavalo mecnico CFE = Custo fixo do equipamento r = Relao nmero de equipamentos/nmero de cavalos mecnicosSupondo-se que o cavalo sempre encontre uma carreta j carregada no terminal, seu tempo decarga e descarga ser nulo. Neste caso, poder rodar durante todas as horas (H) disponveisdurante o ms, totalizando HV quilmetros.Se houver necessidade de espera, para que a carreta complete o carregamento, este tempo (Tcd )dever ser levado em conta.Note-se que cada equipamento percorrer X/r quilmetros e que, juntos os equipamentospercorrero X quilmetros. 23
  • 24. Ociosidade no retornoSejam:rr = ndice das viagens de retorno carregadas (j dividido por 100)De cada 2 viagens, apenas (1 + r) so pagas:Fator de agravao = 2/(1 + r)O custo de transferncia por viagem carregada ser:CT = [2/(1 + r)][(CF/n) + Cvp]Tempo de carga e descarga na ida = 0,5nhTempo de carga e descarga na volta = 0,5nhrTempo mdio de carga e descarga = 0,5h(1 + r)Se r = 0, vem TMCD = 0,5h Se r =1, vem TMCD = hNmero de viagens = n = H/{[0,5h(1 + r)] + p/V}CT = {[2/(1 + r)].CF.H/{[0,5h(1 + r)] + p/V} + Cvp}CT ={CF.h/(H.t)] + [2/(1 + r)][CF/(h.V.t) + Cv/t]p}CT= A + [2/(1 + r)]BFP = {A + [2/(1 + r)] Bp + DAT}(1 + L/100)A ociosidade agrava apenas o custo rodovirio.de agrava apenas o custo rodovirioExemplo hipottico 1Uma transportadora precisa montar uma tabela de fretes para grandes massas. Levantandopreviamente os dados para esta finalidade, a empresa chegou s seguintes informaes:CF = R$ 6.500,00 por msCV = R$ 0,65 por quilmetro rodadoDI = R$ 50,00 por toneladaL = 10% sobre o custoH = 230 horas por msCAP = 25 toneladasV = 55 km/hTcd = 6 horas por viagemSoluo L F ? ( A ? BX ? DI )(1 ? ) 100 CF .Tcd 6500 x 6 A? ? ? 6,7826 H .CAP 230 x25 A + DI = 56,7826 24
  • 25. CF 1 B?[ ? CV ] H .V CAP 1 6500 B? ( ? 0,65) 25 230 x55 B = 0,020553 + 0,02600 = 0,046553 F = (56,7826+0,046553X).1,10 F = 62,4609 + 0,051209XPara montar a tabela de fretes, basta estabelecer as faixas de quilometragem desejadas,multiplicar a quilometragem mxima de cada faixa pelo coeficiente da tonelada-quilmetro0,051209 e somar o resultado com a parcela fixa 62,4609.Percurso Valor Frete Percurso Valor(km) mximo (km) (R$/t) (km) mximo (km) Frete (R$/t)0001-0050 50 65,02 1501-1600 1600 144,400501-0100 100 67,58 1601-1700 1700 149,520101-0150 150 70,14 1701-1800 1800 154,640151-0200 200 72,70 1801-1900 1900 159,760201-0250 250 75,26 1901-2000 2000 164,880251-0300 300 77,82 2001-2200 2200 175,120201-0350 350 80,38 2201-2400 2400 185,360351=0400 400 82,94 2401-2600 2600 195,600401-0450 450 85,50 2601-2800 2800 205,850451-0500 500 88,07 2801-3000 3000 216,090501-0550 550 90,63 3001-3200 3200 226,330551-0600 600 93,19 3201-3400 3400 236,570601-0650 650 95,75 3401-3600 3600 246,810651-0700 700 98,31 3601-3800 3800 257,060701-0750 750 100,87 3801-4000 4000 267,300751-0800 800 103,43 4001-4200 4200 277,540801-0850 850 105,99 4201-4400 4400 287,780851=0900 900 108,55 4401-4600 4600 298,020901-0950 950 111,11 4601-4800 4800 308,260951-1000 1000 113,67 4801-5000 5000 318,511001-1100 1100 118,79 5001-5200 5200 328,751101-1200 1200 123,91 5201-5400 5400 338,992101-1300 1300 129,03 5401-5600 5600 349,231301-1400 1400 134,15 5601-5800 5800 359,471401-1500 1500 139,27 5801-6000 6000 369,71 25
  • 26. Exemplo hipottico 2Montar a mesma tabela acima diretamente numa planilha de Excel. 1. Organizar na planilha excel um cabealho com os dados bsicosA B C D E F G3 DADOS BSICOS4 Custo fixo CF R$/ms 6.500,005 Custo varivel CV R$/km 0,656 Despesas indiretas DI R$/t 50,007 Horas trabalhadas H horas/ms 230,008 Capacidade mdia de carga efetiva CAP ton 25,009 Velocidade mdia V km/h 55,0010 Tempo de carga/espera/descarga Tcd horas/vg 6,0011 Taxa de lucro L % 10,00 2. Organizar uma tabela contendo as seguintes colunas: a) percursos; b) nmero de viagens; c) quilmetros/ms (opcional); d) custo fixo por tonelada; e) custo varivel por tonelada; g) despesas indiretas por tonelada; h) frete por tonelada.A B C D E F G H13 Percurso (km) Viagens/ms (n) km/ms CF/t CV/t DI/t R$/t14 3. Preencher a primeira clula da coluna de Percurso com 50. Da para baixo, usar faixas de 50 km at 1.000 km; 100 km entre 1.000 e 2.000 km; e 200 km acima de 2.000 km. 4. Preencher a primeira clula (C14) da coluna de viagens/ms (n) com a frmula adequada de clculo: +G$7/($G$10+(b14/$G$9)),ou seja, horas trabalhadas por ms, dividido pela soma do tempo de carga e descarga com a quociente entre o percurso e a velocidade na estrada. As letras e os nmeros indicam a clula na qual esto os valores utilizados na frmula. Quando se trata de um valor constante, a ser repetido nas linhas seguintes, deve-se digitar $ antes da letra e do nmero de localizao da clula. 5. Preencher a primeira clula da coluna de km/ms (D14) com a frmula B14* C14, ou seja, nmero de viagens vezes o percurso de cada viagem. 6. Preencher a primeira clula da coluna CF/t (E14) com a frmula +$G$3/(C14*$G$8), ou seja, custo fixo dividido pelo produto do nmero de viagens pela capacidade do veculo. 7. Preencher a primeira clula da coluna CV/t (F14) com a frmula +$G$4*B14/$G$8, ou seja, custo varivel por quilmetro vezes o percurso, dividido pela capacidade do veculo. 8. Preencher a primeira clula da coluna DI (G14) com a frmula +$G$6, correspondente s despesas indiretas por tonelada. 26
  • 27. 9. Preencher a primeira clula da coluna R$/t (H14) com a frmula +((1+($G$11/100)*(E14+F14+G14), correspondente ao produto do fator de lucro pela somas dos custos fixos, varivel e indireto. Quando se aperta a techa F2, cada clula dever apresentar as seguintes frmulas:A B C D E F G H13 Percurso (km) Viagens/ms (n) Km/ms CF/t CV/t DI/t R$/t +G$7/($G$10+ +$G$3/ +$G$4*B14/ +((1+($G$11/100)*14 50 (b14/$G$9)) B14* C14 (C14*$G$8 ) $G$8 +$G$6 (E14+F14+G14) 10. Usar a funo copiar para as clulas C14 a H14 e aplicar a funo colar a todas as colunas em branco, para obter a tabela j apresentada no exemplo anterior.Exemplo hipottico 3Um caminho trucado transporta cargas fracionadas nas distncias de 400, 800, 2400 e 4.000km. Devido natureza da mercadoria e do equipamento, a empresa s consegue carga deretorno em 50% das viagens. A empresa estima que o frete de retorno situa-se 30% abaixo dofrete de ida. Montar a tabela de fretes, sabendo-se que um levantamento prvio dos parmetrosnecessrios obteve os seguintes valores:CF = R$ 5.200,00 por msCV = R$ 0,38 por quilmetro rodadoDI = R$ 120,00 por toneladaL = 10% sobre o custoH = 230 horas por msCAP = 9 toneladasV = 55 km/hTcd = 5 horas por viagemSoluoEm primeiro lugar, determina-se a equao de fretes como se no houvesse desequilbrio: CF .Tcd 5200 x5 A? ? ? 12,5604 H .CAP 230 x9 A + DI = 132,5604 CF 1 B?[ ? CV ] H .V CAP 27
  • 28. 1 5200 B? ( ? 0,38) 9 230 x55 B = 0,0457 + 0,0422 = 0,0879 F = (132,5604+0,0879X).1,10 F = 145,8164 + 0,0967XChamando-se de F o frete de ida, o frete de retorno ser 0,70F. Como s existe retorno para50% das viagens, com 30% de desconto, o frete de uma viagem redonda (ida e volta) de 1,35F =F + 0,70x0,50F.Cada viagem gera, portanto, em mdia, apenas 0,675F de frete, ou seja, o frete final deve serdividido por 0,675 para se equilibrar os custos. Assim, o frete de ida ser: Fida = 216,0243 + 0,1433XPara se calcular o frete de volta, basta tomar 70% do valor acima: Fvolta = 151,2170 + 0,1003XA tabela final ser:Percurso Ida Volta(km) (R$/t)) (R$/t)400 273,34 191,34800 330,66 231,462400 559,94 391,944000 789,22 552,42Exemplo hipottico 4No exemplo abaixo, admitir que apenas 45% das viagens de retornoso feitas carregadas.r = 45% = 0,40 H = 210 horas DAT = R$ 120,00 h = 4 horasV = 60 km/h L = 10% CF = 4.800,00 Cv =0,4100 t = 10 tonCalcular o frete mdio para a distncias de 50/800/2.400/6.000 kmA = (CF.h/H.t) = (4.800x4/210x10) = 9,14 por toneladaB = (CF/H.V.t) + cv/t = (4.800/210x10x60) + 0,4100/10 = 0,0381 + 0,0410 = 0,0791 por t.km[2/(1 + r/100)] = (2/1,45) = 1,3793 (fator de agravamento)1,3793xB = 1,3793x0,0791 = 0,1091FP = 1,10x(9,14 + 120,00 + 0,1091p) 28
  • 29. FP = 142,05 + 0,1091pSe no houvesse ociosidade, o frete seria:FP = 1,10 (9,41 + 120,00 + 0,0791p)FP = 142,50 + 0,0870pHaveria os seguntes acrscimos nos frete peso: Percurso R$/t R$/t Acrscimo Viagens/ms Viagens/ms Acrscimo (km) r=0 R = 0,45 (%) r=0 R = 0,45 (%) 50 146,40 147,51 0,75 43,45 57,80 33,03 400 176,85 185,69 5,00 19,69 22,18 12,68 800 211,65 229,33 8,35 12,12 13,02 7,44 2.400 350,85 403,89 15,12 4,77 4,91 2,80 6.000 664,05 796,65 19,97 2,06 2,06 1,17Observa-se que o acrscimo de custo devido ociosidade aumenta com o percurso, pois afetaexclusivamente o custo rodovirio. J o acrscimo do nmero de viagens maior para ascurtas distncias, uma vez que, nesta situao, o tempo consumido mensalmente na carga edescarga muito maior. 29
  • 30. CAPTULO VIFrete-valor e GRISDe todos os custos envolvidos no transporte, estes talvez sejam os que geram maior nmerode incompreenses, at mesmo entre os prprios transportadores. Particularmente, no caso demercadorias de alto preo, como eletro eletrnicos, computadores, medicamentos, cigarrosetc, este custo envolve valores vultosos e crescentes. Da a necessidade de dispensar aoassunto a importncia que merece.Todas as atividade econmicas tm como objetivo produzir uma receita capaz de proporcionarao empresrio a remunerao dos seus custos de produo e de seus investimentos, gerar umlucro operacional e compensar os riscos envolvidos em tal atividade.Esta regra geral vlida tambm para o transporte rodovirio de cargas. No entanto, o setoradota maneiras especficas para se ressarcir de cada um dos custos necessrios para manter emfuncionamento esta atividade ao mesmo tempo complexa e fundamental para a economia dopas.Este trabalho j apresentou as formas de remunerao dos custos de produo, representadospelos custos operacionais e pelas despesas administrativas e de terminais. Adicionando-se aestes custos a margem de lucro, chega-se ao frete-peso, destinado a remunerar custos,investimentos e a lucratividade do negcio.O aumento causado por distores de custos resultantes de fatores especficos de determinadasoperaes, tais como peculiaridades de percurso, densidade de carga, uso de equipamentosespeciais de carga e descarga, servios adicionais etc so remunerados por meio de acrscimose decrscimos (veja o captulo IX).H ainda taxas e tributos que geram despesas especficas das quais o transportador precisa seressarcir (captulo VIII.Responsabilidade do transportadorSupe-se que a taxa de lucros j incorpore os riscos normais, presentes em qualquer atividade.Remanescem sem cobertura, no entanto, os riscos especficos resultantes da responsabilidadepela integridade da mercadoria, que devem ser cobertos pelo transportador. Inerentes atividade, tais riscos no guardam relao direta com o peso da mercadoria ou a distncia dotransporte, mas sim com o seu valor e com o tempo em que permanece em poder dotransportador.Salvo em circunstncias excepcionais previstas em lei (caso fortuito, fora maior, erro ounegligncia do embarcador, deficincia de embalagem, vcio intrnseco do bem transportado,greves, locautes e bloqueios de trfego), devidamente comprovadas, o transportador no pode,em nenhuma hiptese, eximir-se da sua responsabilidade pela integridade dos bens que lhe 30
  • 31. forem confiados para transporte, dos quais torna-se fiel depositrio. o que determina o a rtigo102, do Cdigo Comercial Brasileiro, em vigor h mais de cem anos.Limitada apenas pelo valor declarado no conhecimento do transporte, esta responsabilidadeestende-se desde a coleta at a entrega final do bem.Este risco de perdas, danos, acidentes e avarias, varia tambm em funo de outros fatores: ?? Peso Quanto mais leve, menor a possibilidade de furto; ?? Embalagem utilizada - Um continer, por exemplo, reduz substancialmente as possibilidades de furto em relao a caixotes no cintados, caixas de papelo ou sacos no amarrados; estes, por sua vez, so mais seguros que material frgil sem embalagem ou embrulhado em papel ?? Tipo de estrada Rodovias de terra ou em mau estado aumentam os riscos. ?? Quantidade de manuseios Quanto mais a carga tiver de ser manuseada ou transbordada, maior o risco avaria.So inmeros os casos em que o transportador pode ser obrigado a indenizar o usurio. Porexemplo: avaria total ou parcial resultante de coliso, capotamento, tombamento ou incndiode veculos ou armazns; m estiva, carregamento inadequado; gua de chuva e inundao;desaparecimento total ou parcial da mercadoria devido a perda durante o transporte,apropriao indbita, furto, roubo etc.H tambm situaes em que o transportador pode ser responsabilizado por danos causados aterceiros pela carga transportada: perecimento ou contaminao do produto, atrasos anormaisna execuo do transporte, acidentes provocados pela carga, danos sade pblica ou ao meioambiente (em especial no transporte de produtos perigosos) etc. preciso incluir ainda nesta relao as multas a que est sujeito o transportador, geralmenteproporcionais ao valor da mercadoria, mas desproporcionais intensidade da culpa ou aoprejuzo causado ao errio. Muitas vezes, so causadas por funcionrios subalternos ouprepostos, o que impede a transferncia do prejuzo ao usurio ou ao funcionrio responsvel.Fica evidente que tais riscos no se manifestam com o mesmo grau de intensidade em todos oscasos. Ao contrrio, eles variam com o tipo e o valor da mercadoria, tempo de permanncia dacarga em poder do transportador e dos locais a serem percorridosCrime organizadoNa ltima dcada, a exacerbao da atividade de quadrilhas organizadas, mancomunadascom grandes receptadores, obrigou os transportadores a adotarem medidas excepcionais degerenciamento do risco: ?? segurana patrimonial de suas instalaes, escolta dos veculos, com equipes fortemente armadas e, em casos extremos, at helicpteros; ?? instalao de equipamentos sofisticados de vigilncia eletrnica nos terminais e de rastreamento dos veculos, via satlite; 31
  • 32. ?? reduo da carga transportada em cada veculo, no caso de mercadorias de maior valor agregado, assumindo-se os nus de uma ociosidade forada, em nome da segurana; ?? contratao de seguros facultativos, de transporte e de mercadorias em depsito, para complementar a insuficiente cobertura do seguro obrigatrio (RCTR-C); ?? seleo ainda mais rigorosa de seus motoristas e demais colaboradores, mediante consulta a cadastros especializados.Apesar desses cuidados, multiplicaram-se por todo o Pas os casos de roubos praticadosmediante violncia ou grave ameaa, por quadrilhas numerosas e com poder de fogo muitosuperior ao dos dispositivos de segurana, pblicos ou privados.O fato de alguns embarcadores contratarem seguro prprio no exime o prestador de serviosde manter aquele aparato de segurana, muitas vezes acrescido de medidas adicionais eespecficas impostas pelas seguradoras dos embarcadores. Essas medidas so particularmentegravosas para as empresas de transporte de cargas fracionadas, que prestam serviossimultaneamente a muitos clientes. Por isso, se vem diante da difcil tarefa de conciliar a suaprpria poltica de gerenciamento de risco com as exigncias de cada cliente ou seguradora,no raro conflitantes e, em alguns casos, absurdas.A tendncia dos grandes embarcadores de passarem a contratar seguro prprio teve outroefeito colateral indesejado: a multiplicao das aes regressivas promovidas pelasseguradoras daqueles contra as empresas de transporte. Felizmente, a jurisprudnciadominante dos tribunais vem se inclinando pelo reconhecimento de que o roubo a moarmada configura fora maior, fator que exclui a responsabilidade civil do transportador.Isso no diminui a gravidade desses processos. Em muitos deles, os valores envolvidos so detal monta que, na eventualidade de uma condenao, ensejariam a quebra da empresa detransporte.Somem-se, de qualquer forma, aos custos de gerenciamento de risco, as despesas comcontratao de advogados, custas judiciais etc., alm dos custos adicionais com o atendimentodas exigncias especficas de cada embarcador ou de sua seguradoraCom isso, as tradicionais alquotas de frete-valor tornaram-se insuficientes para cobrir asdespesas extraordinrias de gerenciamento de risco e dos sinistros ligados aos desvios decarga. Ao absorverem grande parte desses custos adicionais, como o fizeram at aqui comsacrifcio de suas margens, que foram um verdadeiro desastre na ltima dcada , asempresas de transporte deram importante contribuio para evitar que os efeitos dessainsegurana endmica agravassem ainda mais o Custo Brasil.O resultado que muitas delas, inclusive algumas das maiores e mais tradicionais, acabarampor fechar as suas portas. J no mais suportando tamanha sangria, o setor viu-se diante dacontingncia de repassar integralmente para os seus clientes e, portanto, para a sociedadebrasileira, via preos dos produtos transportados os seus vultosos custos adicionais degerenciamento de risco.Gerenciamento de riscos 32
  • 33. O gerenciamento de riscos envolve, antes de tudo, a identificao ds riscos a que est expostoo transporte; e o levantamento da a natureza, o valor e a freqncia dos sinistros jacontecidos e dos que possam ocorrer no futuro. Em seguida, deve-se adotar medidas decontrole de perdas e de reparaes financeiras dos danos.O controle de perdas compreende a adoo de medidas fsicas e operacionais capazes deconduzir completa eliminao do risco ou, caso ocorra o sinistro, minimizao das perdas.No entanto, mesmo adotadas as medidas necessrias para eliminar os riscos e para minimizaras perdas, ainda remanescem riscos potencialmente importantes. indispensvel, portanto,que o empresrio adote medidas para assegurar a reparao financeira dos danos, caso essesvenham a ocorrer. Tais medidas compreendem: a) Reteno de perdas, ou seja, utilizao de disponibilidades prprias para ressarcir os danos, por meio de recursos ordinrios de caixa ou por meio de fundos especficos ou reservas especiais (auto-seguro). b) Transferncia de perdas, ou seja, repasse para terceiros das perdas acidentais, seja mediante contratos de seguros ou mediante contratao de empresas ou pessoas fsicas para a execuo de determinados servios, com clusula especfica de responsabilidade. c) Preveno de riscos, por meio de medidas de gerenciamento, com rastreamento, escoltas armadas etc. d) Reduo de riscos, por meio de utilizao de equipamentos e mtodos de gerenciamento que aumentem a segurana do transporte.Assim, quando o transportador adota um sistema de rastreamento por GPS, est praticandouma medida de preveno de risco. Quando utiliza carroarias fechadas, est procurandoproteger melhor a mercadoria e reduzir riscos em caso de acidentes. Quando faz seguros outerceiriza as operaes, est transferindo riscos. E mesmo, depois de tudo, at por falta dealternativa, ainda ter de bancar riscos que so intransferveis.Muitas vezes, a necessidade de coordenar todas essas aes exige a criao pela empresa detransportes de um rgo especializado em gerenciamento de riscos, que mobilize pessoal desegurana e recursos tecnolgicos avanados, como o rastreamento de veculos por meio desatlites, rdios e/ou computadores de bordo, escolta de veculos e medidas capazes deaumentar a segurana patrimonial de suas instalaes.A combinao de tais medidas reflete uma deciso empresarial, tomada a partir do exame devariveis tais como a potencialidade do risco, a probabilidade de que ele se materialize, custosfinanceiros da sua transferncia, preveno ou reduo etc.No transporte rodovirio de cargas, todavia, esta deciso limitada por exigncias legais, queimpem a transferncia compulsria de determinados riscos, sob a forma de seguros, cujosprmios nem sempre so compatveis com as coberturas e indenizaes oferecidas.Constata-se, pois que os seguros representam uma das parcelas relativas responsabilidade eao risco do transportador, mas no a nica, nem a mais significativa. Mesmo que o 33
  • 34. embarcador desonere o transportador da responsabilidade pelos seguros, ele continuararcando com todas as despesas de preveno, reduo e reteno de riscos.Mesmo que desonerado do seguro, o transportador no se exime das cautelas normais paraproteger a carga. Caso contrrio, o risco das suas operaes aumentar de tal forma que aseguradora no tardar a aumentar os prmios ou exigir a sua substituio por outrofornecedor.Alm disso, o seguro RCTRC cobre a penas os danos causados mercadoria quando o veculoest em trnsito (incndio, roubo, coliso e tombamento). Assim, avarias e quebras demercadorias, assim como furtos de cargas ocorridos nos terminais no esto cobertos.Embora em outros pases seja possvel fazer seguros mais amplos (all risks), esse tipo deseguro ainda no existe no Brasil. Da mesma forma, na Europa, a responsabilidade dotransportador limitada a 8,33 DES (Direitos Especiais de Saque) por quilo de mercadoria, oque no ocorre no Brasil.Frete-valorAo gerenciar os riscos que assume por ter em seu poder bens de terceiros, o empresrio detransportes suporta custos nada desprezveis, como medidas de preveno, reduo etransferncia de perdas. Ainda assim, contudo, continua sujeito a um elevado residual de risco,a ser coberto com recursos prprios.Para ressarcir-se desses custos e riscos residuais, deve-se agregar ao preo do transporte, almdo frete-peso e das taxas uma tabela adicional, denominada frete-valor; e outra denominada degerenciamento de riscos (GRIS).No faz sentido que produtos de alto valor por tonelada (eletro-eletrnicos, por exemplo)paguem o mesmo frete que produtos de baixo valor (tijolos, por exemplo), pois os riscos eresponsabilidades envolvidos no transporte de um e de outro so muito diferentes. Mas exatamente isso que aconteceria se o preo fosse determinado com base apenas no frete-peso.Determinado com base apenas em fatores como peso e distncia, o frete-peso no tem relaodireta com o valor do bem que se transporta.O frete-valor, tambm conhecido como ad-valorem, determinado a partir de percentuaisaplicados sobre o valor da nota fiscal da mercadoria transporta. Crescentes com a distncia daviagem, tais percentuais proporcionam um aumento de frete proporcional ao tempo que o bemfica sob responsabilidade do transportador.O frete-valor cumpre tambm uma funo social, na medida em que barateia o frete dosgneros de primeira necessidade em relao ao dos produtos de consumo mais elitizado.Para o transportador, a cobrana do frete valor vital, pois trata-se de nica maneira de cobriras despesas resultantes dos riscos a que a atividade est sujeita.Para o usurio, o frete-valor representa um critrio importante na hora de escolher umatransportadora. Diante de um transportador que no efetua a cobrana, ter fundadas razespara temer pelo seu patrimnio em trnsito. No mnimo, tal empresrio no tem a mais remotanoo de gerenciamento de riscos, o que se constitui em grande risco para o prprio usurio. 34
  • 35. Base legalAs ferrovias perceberam desde cedo a necessidade de agregar aos contratos que firmavamcom seus clientes uma parcela varivel de remunerao, proporcional ao valor da mercodoriae ao tempo de permanncia da carga sob sua responsabilidade (que, por sua vez, proporcional distncia a percorrer).Esta parcela foi incorporada sob a denominao de ad-valorem aos regulamentos do transporteferrovirio, que a jurisprudncia sempre aplicou, por analogia, ao transporte rodovirio decargas quando no existe legislao especfica.O ad-valorem ou frete-valor faz parte desde a dcada de 60 (governo Jango Goulart) dosistema tarifrio do transporte de cargas brasileiro.Embora no esteja prevista no direito positivo do pas, a cobrana do GRIS e do frete-valorno ilegal, pela simples razo de que, como quase tudo no setor, o frete-valor, o GRIS esuas alquotas so estabelecidas por contrato. Assim, aplica-se aqui o secular princpio quepreside o mundo dos negcios, segundo o qual o combinado no caro.Custos relacionados com o valorOs custos relacionados com o valor dividem-se em dois grandes grupos: ?? Custos de gesto de riscos de acidentes e avarias (frete-valor) ?? Custos de gerenciamento de riscos de roubos (GRIS)Custos relacionados com acidentes e avarias (frete-valor)O frete-valor, que, como j se disse, no se limita ao custo do seguro, tem os seguintecmponentes: 1. Prmios de RCTRC 2. Administrao de seguros 3. Indenizao por extravios, perdas, danos e riscos no cobertos pelo seguros; 4. Segurana interna 5. Seguros de instalaes 6. Outros segurosPode-se incluir seguros no diretamente ligados ao valor da carga, como seguros de vida,seguro de edificaes, seguro de lucros cessantes e outros nas despesas administrativas e determinais. J os seguros relacionados com a operao do veculo (casco e responsabilidadecivil facultativa contra danos materiais ou danos pessoais a terceiros) geralmente socomputados no custo fixo do veculo.A alquota de frete-valor calcula-se: (1) ? (2) ? (3) ? (4) ? (5) ? (6) FV ? x100 / 0,8 VM 35
  • 36. FV = Alquota de frete-valor resultante dos seguros (1) a (6) = Despesas relacionadas acima VM = Valor da mercadoria em R$/t 0,8 = Taxa de administraoPara maior preciso, deve-se calcular esta alquota por faixa de distncia. As ltimas tabelaspublicadas pela NTC e adotadas pela tabela de custos de referncia da NTC/Fipe em 2001recomendavam as seguintes alquotas para o frete-valor: Alquotas de frete-valorDistncia (km) Alquota (%)0000 - 0250 0,30251 0500 0,40501 - 1.000 0,61.001 1500 0,71.501 - 2.000 0,82.000 - 2.600 0,92.601 - 3.000 1,03.001 - 3.400 1,13.401 - 6.000 1,2Coleta e entrega 0,15Custos de gerenciamento de riscos (GRIS)Os custos de gerenciamento de riscos (GRIS), relacionados com o roubo de cargas, por suavez, podem ser assim classificados: 1. Seguros facultativos de desvios de cargas (RCF-DC) 2. Salrios Monitores de equipamentos de rastreamento e segurana Horas extras Obrigaes sociais 3. Investimentos Investimentos em sistema de rastreamento e monitoramento Taxas de habilitao dos equipamentos Retorno do investimento Reposio do equipamentos 4. Custos operacionais de gerenciamento de riscos Taxas Do FISTEL Bilhetagem 36
  • 37. Air Time Consultas a cadastros de carreteiros EscoltasO clculo da alquota de gerenciamento de riscos feito pela frmula: (1) ? (2) ? (3) ? (4) GRIS ? x100 / 0,8 VM GRIS = Alquota de gerenciamento de riscos (1) a (4) = Despesas relacionadas acima VM = Valor da mercadoria em R$/t 0,8 = Taxa de administraoDevido dificuldade de se isolar os salrios do setor de gerenciamento de risco, muitas vezes,eles so incorporados diretamente s despesas administrativas e de terminais, o que pode levaruma taxa subestimada para o GRIS.Recomendada pelo Conet Conselho Nacional de Estudos de Transportes e Tarifas, emfevereiro de 2.001, a alquota do GRIS pode variar com a faixa de valor agregado, tipo deproduto, caractersticas de comercializao, maior ou menor possibilidade de identificao dasunidades (nmero de srie, lote etc.), grau de risco das regies compreendidas no itinerrioetc.O GRIS substitui o Adicional de Emergncia (Ademe), criado h mais de quinze anos. Seu valor dereferncia nas tabelas da NTC/Fipe de 0,3%. 37
  • 38. CAPTULO VIITaxas ou generalidadesNa composio final do frete de uma mercadoria podem figurar tambm algumas taxas etributos, conhecidos tambm como Generalidades, desde que no includas nas despesasadministrativas e de terminais. Muitas delas so bastante antigas e continuam fazendo partedos usos e costumes do setor, mesmo aps o aperfeioamento dos critrios tcnicos declculo de custos.A finalidade das taxas sempre foi cobrir riscos anormais, servios de documentao outributos especficos, necessrios realizao do transporte e que no esto relacionados com ovolume ou o peso do bem transportado.Como tal caracterstica dificulta a incluso dessas despesas no frete-peso, a soluoencontrada foi a instituio de taxas capazes de ressarcir a empresa desse tipo de custo.Despacho, coleta e entregaCobrada por conhecimento at 100 kg e por kg para conhecimento com mais de 100 kg, temcomo finalidade ressarcir a empresa das despesas de despacho, coleta e entrega.Em maio de 2.001, o valor recomendado pela tabela de referncia de custos da NTC/Fipe (forao lucro) era de R$ 16,55 por coleta e entrega. Acima de 100 kg, deveria ser cobrado R$ 0,13por kg.Frete-peso mnimoValor mnimo de frete-peso por despacho, a ser cobrado para combinaes de distncias epesos nos quais o frete tecnicamente calculado resultar inferior a este mnimo. Geralmenteeste valor fixado em cerca de % do menor frete por tonelada.Em maio de 2.000, este valor era de R$ 7,59 na tabela de custos de referncia da NTC/Fipe.TributosEstaduaisVariveis de um Estado para outro, remuneram a empresa de transporte das despesas comtributos particulares de cada unidade da federao.FederaisTaxa da Zona Franca de Manaus: 1% do valor de nota fiscal liberada mais a taxa dedesembarao da documentao. 38
  • 39. CAPTULO VIIIPedgios e meios auxiliares de passagensO pedgio e os meios auxiliares de passagem devem ser cobrados por em forma de valor por100 kg ou frao.Sempre que houver, no percurso normal para o ponto destino, passagem obrigatria por postosde pedgio, travessia de balsa, chatas, balsas, navios ou utilizao de quaisquer meiosauxiliares para a passagem do caminho, os respectivos custos adicionais sero transferidos aousurio segundo o seguinte critrio de clculo: CSU TMAP ? ( ) x100 / 0,8 PCV TMAP = Taxa de meios auxiliares de passagem de veculo (pedgios, balsas, chatas, navios etc.) por 100 kg ou frao CSU = Custo total do servio a ser utilizado por um caminho trucado PCV = Peso de carga do veculo 100 = Peso mnimo da carga a ser cobrado (kg) 0,8 = Coeficiente de administrao e de remuneraoPara o caso especfico de um veculo trucado de carga fracionada, cuja capacidade mdiaefetiva de carga de 7.140 kg, segundo pesquisa da Fipe, pode-se adotar: CSU TMAP ? ( ) x100 / 0,8 7.140No caso especfico de pedgio, a lei no 10.209 tornou obrigatrio o fornecimento de vale-pedgio ao carreteiro e o repasse da despesa ao embarcador. O custo do pedgio cobrado poreixo e, geralmente, varia, de um posto para outro. Para se chegar ao custo total de pedgios nopercurso, preciso somar os pedgios por eixo do percurso e multiplicar o resultado pelonmero de eixos do veculo (3).Assim, para se chegar taxa de pedgio (TP), a frmula seria: TP ? ( ? pedgios / eixo )100 .n / 0,8 PCV PCV = Peso mdio da carga do veculo n = Nmero de eixosNo caso particular de um caminho trucado (trs eixos): TP ? ( ? pedgios / eixo ) x3 x100 / 0,8 . 7.140 39
  • 40. TP ? 0,0525? pedgios / eixoNo caso de transporte itinerante, o pedgio deve ser cobrado integralmente de todos osclientes no percurso de ida-e-volta do terminal de origem do veculo itinerante (polo dedesconsolidao) at a localidade de destino do ltimo cliente. Isso significa, queindependente da sua posio no itinerrio, todos os clientes pagaro igualmente por todos ospedgios. 40
  • 41. CAPTULO IXAcrscimos e decrscimosAcrscimos e decrscimos so aumentos e redues introduzidos em uma tabela bsica detarifas elaborada para um determinado tipo de servio devido a circunstncias que agavam ouamenizam o custo operacional.As tabelas de fretes, geralmente, so montadas a partir de condies normais de transporte.Quando tais condies no so atendidas na prtica ou so necessrios servios extras, istogera custos no previstos.Na poca da inflao alta, algumas empresas costumavam prestar servios adicionais aosclientes como cortesia, isto , sem qualquer despesa para o cliente, compensando tais custospor meio de ganhos financeiros.Com a estabilizao econmica trazida pelo Plano Real, desde 1995, tais ganhos deixaram deexistir. Assim, devido nova realidade econmica, esta prtica deve ser abolida. Todas asdespesas, por menores que sejam, devem ser repassadas aos clientes.Para ajudar neste repasse que foram idealizadas as frmulas de acrscimos e decrscimos.Elas devem ser aplicadas sempre que: ?? a carga a ser transportada ou as condies de operaes exijam a utilizao de servios no previstos nas tabelas; ?? a distoro de custos referir-se utilizao do veculo e seu aproveitamento ou variao dos riscos do transporte; ?? a execuo ou complementao do transporte exija prazos, equipamentos ou quaisquer recursos no includos nos custos normais.Se, num mesmo despacho, coexistem vrias circunstncias capazes de provocar acrscimos edecrscimos, todos os custos afetados devem ser corrigidos.ACRSCIMOSCubagemCargas de baixa densidade, que lotam a carroaria antes de completar o limite de peso,sofrero acrscimo no frete-peso.As tarifas por tonelada so calculadas levando-se em conta cargas cuja densidade permita aoveculo completar o seu limite de peso bruto antes que se esgote a sua capacidade volumtrica.Entenda-se por densidade (kg/m3 ), o valor obtido dividindo-se o peso da carga, emquilogramas pelo seu volume em metros cbicos. O volume da carga (m3 ) obtidomultiplicando-se o comprimento pela largura pela altura, em metros, ocupadas pela mesma. 41
  • 42. O coeficiente de acrscimo de cubagem, pelo qual se multiplica o frete, deve ser calculado daseguinte forma: DI CA ? DP CA = Coeficiente de acrscimo (multiplicador) DI = Densidade ideal DP = Densidade do produto a ser transportadoExiste, para cada veculo, uma densidade ideal de carga, que corresponde capacidade decarga lquida dividida pelo volume do compartimento de carga. Assim, por exemplo, umveculo trucado com capacidade para 15 t de peso e 50 m3 de capacidade volumtrica terdensidade ideal de 300 m3 . Da mesma forma, uma carreta para 27 t de peso e 90 m de 3 3volume ter densidade ideal de 300 kg/m .No caso da transferncia, so usados principalmente carretas de trs eixos e caminhestrucados. Tradicionalmente, a NTC adota para esta operao o valor de 300 kg/m3 comodensidade ideal. Devido reduo da densidade das cargas ao longo das ltimas dcadas e necessidade deaumentar a produtividade do transporte, existe uma tendncia para se elevar a capacidadevolumtrica dos caminhes novos. O movimento ECR, por exemplo, j especifica carretaspara 30 pallets, com 2,65 m de altura e cerca de 15,30 m de comprimento, cuja capacidadesupera 97 m3 . Da mesma forma, o aumento do limite do comprimento total dos caminhestrucados, de 12 m para 14 m, pela Resoluo 12/98 do Contran, permite carroarias commais de 60 m3 de capacidade.A renovao da frota comercial, no entanto, tem sido muito lenta. Segundo levantamento doGeipot, mais de 72% dos caminhes continuam tendo mais de dez anos de idade. J oacrscimo de comprimento das carroarias foi compensado pelo aumento da tonelagem doscaminhes.Por isso, a NTC decidiu manter a densidade tradicional de 300 kg/m3. Isso no impede quecada transportadora defina a sua prpria densidade ideal, com base na cubagem dosequipamentos que utiliza e na maior ou menor possibilidade de compensar o grande volumede cargas leves com mercadorias mais pesadas (lastro).No caso das transportadoras de lotao, tal compensao geralmente no possvel. No casode carga fracionada, a densidade mdia geralmente situa-se na faixa de 200 kg/m3, o queexige a aplicao do fator de cubagem.No caso da carga lquida, os tanques devem ser dimensionados levando-se em conta adensidade real do produto, para que possam trafegar sempre cheios. Isso aumentaria aestabilidade do veculo e dispensaria a aplicao do fator de cubagem. No entanto, se oveculo for usado para transportar uma carga de menor densidade, ser necessrio utilizar ofator de correo de cubagem. 42
  • 43. Armazenagem de responsabilidade do usurioForma de acrscimo: taxa por quiloPelo armazenamento da mercadoria, em depsitos ou caminhes, alm do prazo estritamentenecessrio ao transporte e trnsito, deve-se cobrar taxa de armazenagem, para cobrir custos elocao de armazns, imposto predial, servios de vigilncia, despesas com seguros etc. 2A taxa ser cobrada pela utilizao de 1 m de solo, altura mxima de 2 m, por perodo de 30dias. TA ? CM 2xAO / 0,8 TA = Taxa de armazenagem CM2 = Custo mensal de armazenagem por metro quadrado AO = rea ocupada pela carga armazenada (m2) 0,8 = Taxa de administrao e remunerao do servio de armazenagemO custo de metro quadrado, por sua vez, calcula-se pela frmula: IP ? SV ? SA ? DL ? LE ? CM CM 2 ? CLM 2 ? AUA CLM = Custo de locao por metro quadrado (custo do mercado locatcio) IP = Imposto predial do armazm SV = Custo do servio de vigilncia SA = Seguro da rea do armazm (contra fogo, roubo, avarias etc) DL = Despesas de limpeza do armazm (mo-de-obra e materiais) LE = Custo de iluminao do armazm CM = Custo de manuteno do armazm (materiais e mo-de-obra) AUA = rea til do armazm, em metros quadradosRiscos de avarias e extraviosForma de acrscimo: cobrana da taxa de RRMercadorias que, segundo a experincia, sejam extremamente frgeis ou apresentem fortesexpectativas de furtos devem ser averbadas por aplice de Risco Rodovirio. Como esteseguro de responsabilidade do embarcador, o respectivo custo deve ser transferido aousurio mediante prvio entendimento, que envolve tambm a corretora de seguros.Cargas no limpasForma de acrscimo: Taxa por 100 kg ou fraoO transporte de cargas perigosas ou restritas e que exijam limpeza, manuteno extra ecuidados especiais com o veculo, exigindo a sua paralisao para esses servios, est sujeitoao pagamento de uma taxa para ressarcimento desses custos.A cobrana desta taxa, quando aplicvel, ser feita por 100 kg ou frao. O preo determinado pela aplicao da seguinte frmula: 43
  • 44. CLV ? 3xCPVCNL ? ( ) x100 / 0,8 9400CNL = Custo adicional da carga no limpaCLV = Custo da lavagem do veculoCPV = Custo da paralisao do veculo3,0 = Tempo padro de lavagem de um caminho, em horas9.400 = Capacidade utilizada, em kg100 = Multiplicador para 100 kg0,8 = Taxa de administrao e remunerao do veculo parado 44
  • 45. Coletas e entregasEm andaresForma de acrscimo: taxa por 100 kg ou frao para coleta do 1 ao 3o andares, mais 10% por oandar adicional.Mesmo com o uso de elevadores, a coleta ou entrega em andares exige tempo superior ao deuma coleta ou entrega em andar trreo. Este excedente estimado em 10 minutos para cada100 kg entregues at o 3o andar, mais um minuto (10%) por andar superior ao 3o .Para ressarcir este custo adicional, ser cobrada uma taxa por 100 kg ou frao do despacho.O valor deste adicional calcula-se pela frmula: 1,9614 xSAExNA CEA1 / 3 ? x10 x 0,8 230 x60 CAE1/3 = Custo de entrega do primeiro ao terceiro andar, por 100 kg ou frao SA = Salrio mensal do ajudante de entregas 1,9614 = Fator de encargos sociais NA = Nmero de ajudantes utilizados na operao de entre 0,8 = Taxa de administrao e remunerao do servio especial de entrega 60 = 60 minutos 10 = 10 minutos 230 = Tempo mensal de trabalho do ajudante (horas)Para os andares superiores ao terceiro, deve ser acrescido 10% por andar adicional.Calades/Ruas interditadas/trfego de caminhesForma de acrscimo: taxa por 100 kg ou frao.A coleta ou entrega em locais aos quais o veculo no tem acesso exige o seu estacionamentoem local distante, aumentado o tempo gasto com a operao e exigindo mais auxiliares.Tanto ao ociosidade quanto o tempo maior despendido pelo operador nesse servio devem serressarcidos.Estima-se que esse tempo adicional seja, em mdia, de 7 minutos por entrega, o que resultanos seguinte custo: CVP ? 1,9614 xSAxNA EC / RI ? ( ) x7 / 0,8 230 x60 EC/RI = Entregas em calades ou ruas interditadas por 100 kg ou frao CVP = Custo do veculo parado = custo fixo mensal do veculo SA = Salrio do ajudante de entrega 45
  • 46. 1,9614 = Coeficiente de encargos sociais NA = Nmero de ajudantes utilizados 0,8 = Taxa de administrao e remunerao do servio especial de entregas 230 = horas trabalhadas por ms pelo veculo e pelo ajudante 60 = 60 minutos 7 = Tempo adicional por entrega (minutos)Manuseio alheio carga contratada/Execuo de servios internos de responsabilidadedo usurioForma de acrscimo: taxa de mo-de-obra extra.Esta taxa ser cobrada sempre que o transportador for obrigado a: ?? movimentar e manusear carga alheia quela envolvida na operao de coleta ou entrega que estiver realizando; ?? executar servios no interior da instalao do usurio, fora das reas de carga e descarga e no relacionados com esta operao; ?? executar quaisquer outros servios de responsabilidade do usurio.O clculo do ressarcimento ser feito pela seguinte frmula: (SM ? SAxN ) x1,9614 MEC ? [ ] x2 230 MEC = Manuseio especial de carga SM = Salrio mensal do motorista SA = Salrio mensal do ajudante N = Nmero de ajudante utilizados na operao 1,9614 = Coeficiente de encargos sociais 230 = Horas trabalhadas por ms 2 = Fator de remunerao da operaoColeta ou entrega fora de dias e horrios normais de operaoForma de acrscimo: taxa de servios extras.A coleta ou entrega fora dos dias e horrios normais de operao, inclusive noite, exige ouso de pessoal em regime de hora extra..O clculo do ressarcimento deve ser feito pela frmula: SM ? SAxNAx1, l 9514 x1,50 SHE ? [