Cálculo Diferencial e INtegral-Unidade_7

download Cálculo Diferencial e INtegral-Unidade_7

of 21

Transcript of Cálculo Diferencial e INtegral-Unidade_7

  • 8/14/2019 Clculo Diferencial e INtegral-Unidade_7

    1/21

    ________________________________________________Este trabalho foi elaborado por

    ProfessoresFernando Guerra e Inder Jeet Taneja para os cursos de

    Cincias Contbeis e Economia.

    1

    Unidade 7: Integrais

    Funo primitivaNo estudo da derivada tnhamos uma funo e obtivemos, a partir dela, umaoutra, a que chamamos de derivada. Nesta seo, faremos o caminho inverso,isto , dada a derivada, vamos encontrar ou determinar uma funo originalque chamaremos primitiva. Voc deve observar que importante conhecer bemas regras de derivao e as derivadas de vrias funes, estudadasanteriormente, para determinar primitivas. O que acabamos de mencionar nosmotiva a seguinte definio.

    Definio 7.1.Uma funo ( )F x chamada umaprimitiva da funo ( )f x em um

    intervalo I, se para todo x I , tem-se'( ) ( )F x f x= .

    Exemplo 7.1.A funo5

    ( )5

    xF x = uma primitiva da funo 4( )f x x= , pois

    45

    '( )5

    xF x = = 4 ( )x f x= , x

    Exemplo 7.2. As funes5 5

    ( ) 9 , ( ) 25 5

    x xT x H x= + = tambm so primitivas da

    funo4

    ( )f x x= , pois '( ) '( ) ( )T x H x f x= = .

    Observao. Seja I um intervalo em . Se :F I uma primitiva de :f I , ento para qualquer constante real k, a

    funo ( )G x dada por ( ) ( )G x F x k = + tambm uma primitiva

    de ( )f x .

    Se , :F G I so primitivas de :f I , ento existe uma constante real k

    tal que ( ) ( )G x F x k = + , para todo x I .

    Exemplo 7.3.Encontrar uma primitiva ( )F x , da funo 3 2( ) 2 4 5 1f x x x x= + , para

    todo x que satisfaa a seguinte condio (1) 4F = .

    Resoluo: Pela definio de funo primitiva temos '( ) ( )F x f x= para todo

    x , assim, ( )F x ser uma funo cuja derivada ser a funo ( )f x dada.

    Logo,3 2

    42( ) 4 5

    4 3 2

    x xF x x x k = + + ,

  • 8/14/2019 Clculo Diferencial e INtegral-Unidade_7

    2/21

  • 8/14/2019 Clculo Diferencial e INtegral-Unidade_7

    3/21

    ________________________________________________Este trabalho foi elaborado por

    ProfessoresFernando Guerra e Inder Jeet Taneja para os cursos de

    Cincias Contbeis e Economia.

    3

    ( )f x a funo integrando;

    dx a diferencial que serve para identificar a varivel de integrao;C a constante de integrao.

    L-se: Integral indefinida de ( )f x em relao a x ou

    simplesmente integral de ( )f x em relao a x .

    O processo que permite encontrar a integral indefinida de uma funo chamado integrao.

    ObservaesDa definio de integral indefinida, temos as seguintes observaes:

    (i) ( ) ( ) '( ) ( )f x dx F x C F x f x= + = .(ii) ( )f x dx

    representa uma famlia de funes, isto , a famlia

    ou o conjunto de todas primitivas da funo integrando.

    (iii) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) '( ) ( )d d df x dx F x C F x F x f xdx dx dx

    = + = = = .

    Exemplo 7.4

    (i) Se ( )4 34d

    x xdx

    = ento 3 44 +x dx x C = .

    (ii) Se ( ) 12

    dx

    dx x= ento 1

    2dx x C

    x= + .

    (iii) Se5 2

    3 33

    5

    dx x

    dx

    =

    ento

    2 5

    3 33

    5

    x dx x C = + .

    Observao. Pelos exemplos acima temos:

    ( )( ) ( ) ( ) ( )df x dx F x C f x dx f xdx

    = + = .Isto nos permite que obtenhamos frmulas de integrao diretamente das frmulas paradiferenciao.

    Propriedades da integral indefinidaSejam ( ) e ( )f x g x funes reais definidas no mesmo domnio e k uma

    constante real. Ento:

    a) ( ) ( )k f x dx k f x dx= .

    b) ( )( ) ( ) ( ) ( )f x g x dx f x dx g x dx+ = + .

  • 8/14/2019 Clculo Diferencial e INtegral-Unidade_7

    4/21

    ________________________________________________Este trabalho foi elaborado por

    ProfessoresFernando Guerra e Inder Jeet Taneja para os cursos de

    Cincias Contbeis e Economia.

    4

    Integrais imediatasNesta subseo, apresentaremos a tabela de integrais imediatas para que,

    aplicando as propriedades da integral indefinida, voc possa calcular umaintegral imediata de uma funo.

    Daremos a seguir algumas frmulas de integrais simples e imediatas. A tabelacompleta dada no final deste captulo.

    A seguir apresentaremos tabela de integrais.

    (i) dx x C = + .

    (ii)

    1

    , 11

    nn x

    x dx C nx

    +

    = + + .

    (iii) lndx

    x Cx

    = + .

    (iv) , 0, 1ln

    xx a

    a dx C a aa

    = + > .

    (v) x xe dx e C = + .

    (vi) 2 22 2

    1ln ,

    2

    dx x aC x a

    x a a x a

    = + >

    +.

    Exerccios propostos1) Determinar a funo primitiva ( )F x da funo ( )f x , onde

    a) 2( ) 5 7 2f x x x= + + . b)5

    4( )f x x

    = .

    c)1

    ( )f xx x

    = . d)1

    ( ) para 11

    f x xx

    = >

    .

    e) 4( ) xf x e= .

    2) Encontrar uma funo primitiva ( )F x da funo ( )f x dada, que satisfaa

    a condio inicial dada, onde

    a)2

    31

    ( ) tal que (1)2

    f x x x F

    = + = .

    b) 3( ) tal que (0) 2xf x x x e F = + = .

  • 8/14/2019 Clculo Diferencial e INtegral-Unidade_7

    5/21

  • 8/14/2019 Clculo Diferencial e INtegral-Unidade_7

    6/21

    ________________________________________________Este trabalho foi elaborado por

    ProfessoresFernando Guerra e Inder Jeet Taneja para os cursos de

    Cincias Contbeis e Economia.

    6

    Na notao ( )ba

    f x dx , ( )f x chamada funo integrando,

    o smbolo da integral, e os nmeros a e b so chamados limitesde integrao onde a o limite inferior e b o limite superior da

    integrao.

    Se ( )ba

    f x dx existe, diz-se que f integrvel em [ , ]a b e

    geometricamente a integral representa a rea da regio limitadapela funo ( )f x , s retas ex a x b= = e o eixo x, desde que

    ( ) 0f x [ ],x a b .

    Chamamos a ateno do leitor para o fato de que a integral no significanecessariamente uma rea. Dependendo do problema, ela pode representar

    grandezas como volume, quantidade de bactrias presentes em certo instante,trabalho realizado por uma fora, momentos e centro de massa (ponto deequilbrio).

    A definio acima pode ser ampliada de modo a incluir o caso em que o limiteinferior seja maior do o limite superior e o caso em que os limites inferior esuperior so iguais, seno vejamos.

    Definio 7.3.Se a b> , ento

    ( )

    b

    af x dx = ( )

    a

    bf x dx

    se a integral direita existir.

    Definio 7.5. Se e ( )a b f a= existe, ento

    ( ) 0

    a

    a

    f x dx = .

    Teorema 7.1.Se ( )f x uma funo contnua no intervalo fechado [ , ]a b , ento ( )f x

    integrvel em[ , ]a b .

    Propriedades da integral definidaAs propriedades da integral definida no sero demonstradas, pois foge doobjetivo do nosso curso.

    P1 - Se a funo ( )f x integrvel no intervalo fechado [ , ]a b e se k uma

    constante real qualquer, ento

  • 8/14/2019 Clculo Diferencial e INtegral-Unidade_7

    7/21

    ________________________________________________Este trabalho foi elaborado por

    ProfessoresFernando Guerra e Inder Jeet Taneja para os cursos de

    Cincias Contbeis e Economia.

    7

    ( ) ( )

    b b

    a a

    k f x dx k f x dx= .

    P2 - Se as funes ( )f x e ( )g x so integrveis em [ , ]a b , ento ( ) ( )f x g x

    integrvel em [ , ]a b e

    ( )( ) ( ) ( ) ( )b b b

    a a a

    f x g x dx f x dx g x dx = .

    P3 - Se a c b< < e a funo ( )f x integrvel em [ , ]a c e em [ , ]c b , ento ( )f x

    integrvel em [ , ]a b e

    ( ) ( ) ( )

    b c b

    a a c

    f x dx f x dx f x dx= + .

    P4 - Se a funo ( )f x integrvel e se ( ) 0f x para todo x em [ , ]a b , ento

    ( ) 0b

    a

    f x dx .

    P5 - Se as funes ( )f x e ( )g x so integrveis em [ , ]a b e ( ) ( )f x g x para

    todo x em [ , ]a b , ento

    ( ) ( )b b

    a a

    f x dx g x dx .

    P6 - Se ( )f x uma funo integrvel em[ ],a b , ento ( )f x integrvel em

    [ ],a b e

    ( ) ( )b b

    a a

    f x dx f x dx .

    Observao. Calcular uma integral atravs do limite das Somas de Riemann (definio5.3) geralmente uma tarefa rdua. Por isso nosso prximo objetivo estabelecer ochamado Teorema Fundamental do Clculo, o qual nos permite calcular muitasintegrais de forma surpreendentemente fcil!

    Teorema fundamental do clculoEsta subseo contm um dos mais importantes teoremas do clculo. Esteteorema permite calcular a integral de uma funo utilizando uma primitiva damesma, e por isso, a chave para calcular integral. Ele diz que, conhecendouma funo primitiva de uma funo ( )f x integrvel no intervalo fechado

  • 8/14/2019 Clculo Diferencial e INtegral-Unidade_7

    8/21

    ________________________________________________Este trabalho foi elaborado por

    ProfessoresFernando Guerra e Inder Jeet Taneja para os cursos de

    Cincias Contbeis e Economia.

    8

    [ , ]a b , podemos calcular a sua integral. As consideraes acima motivam o

    teorema a seguir.

    Teorema 7.2 (Teorema fundamental do clculo).Se a funo ( )f x integrvel no

    intervalo fechado [ , ]a b e se ( )F x uma funo primitiva de ( )f x neste intervalo, ento

    ( ) ( ) ( )

    b

    a

    f x dx F b F a= .

    Costuma-se escrever ( )b

    aF x para indicar ( ) ( )F b F a .

    Exemplo 7.5.Determinar2

    0

    x dx .

    Resoluo: Sabemos que2

    ( )

    2

    xF x = uma primitiva da funo ( )f x , pois

    '( ) 2 ( )2

    xF x x f x= = = .

    Logo, pelo Teorema Fundamental do Clculo, vem2 22 2

    0 00

    ( ) (2) (0)2

    xx dx F x F F = = =

    =2 22 0 4 0

    = = 2 0 = 22 2 2 2

    .

    Portanto,2

    0

    2x dx = .

    Exemplo 7.6.Calcular

    ( )3

    2

    1

    4x dx+ .

    Resoluo: Aqui, temos3

    ( ) 43

    xF x x= + que uma primitiva de 2( ) 4f x x= + ,

    pois

    2 2'( ) 3 4 1 4 ( )3

    xF x x f x= + = + = .

    Logo, pelo Teorema Fundamental do Clculo, vem

    ( )3 3 3

    2

    11

    4 4 (3) (1)3

    xx dx x F F

    + = + =

    ( )3 33 1 1

    4 3 4 1 9 12 ( 4)3 3 3

    = + + = + +

  • 8/14/2019 Clculo Diferencial e INtegral-Unidade_7

    9/21

    ________________________________________________Este trabalho foi elaborado por

    ProfessoresFernando Guerra e Inder Jeet Taneja para os cursos de

    Cincias Contbeis e Economia.

    9

    1 12 13 63 13 50=21 = 21 =

    3 3 3 3

    + =

    .

    Portanto,

    ( )3

    2

    1

    504

    3

    x dx+ = .

    Observe que podemos calcular a integral ( )3

    2

    1

    4x dx+ usando as propriedades P1

    e P2 da integral definida e o teorema fundamental do clculo, o resultado ser omesmo. De fato,

    ( )3 3 3

    2 2

    1 1 1

    4 4x dx x dx dx+ = +

    =3 3 3 3 3

    2

    1 11 1

    4 4

    3

    xx dx dx x+ = +

    = ( )3 3

    3 1 27 1+ 4 3 1 = + 4 2

    3 3 3 3

    =26 26 + 24 50

    + 8 = =3 3 3

    .

    Assim,

    ( )3

    2

    1

    504

    3x dx+ = .

    Portanto, usando propriedades da integral definida e o TFC chegamos ao

    mesmo valor no clculo da integral ( )3

    2

    1

    4x dx+ que 503 , voc pode usar

    sempre este fato.

    Exerccios propostos4) Calcular a integral

    3

    0

    ( )f x dx onde7 , 2

    ( )3, 2

    x se xf x

    x se x

  • 8/14/2019 Clculo Diferencial e INtegral-Unidade_7

    10/21

    ________________________________________________Este trabalho foi elaborado por

    ProfessoresFernando Guerra e Inder Jeet Taneja para os cursos de

    Cincias Contbeis e Economia.

    10

    Integrao por substituioVeremos nesta seo uma tcnica utilizada com o objetivo de desenvolver oclculo de integrais indefinidas de funes que possuem primitivas. A esta

    tcnica damos o nome de integrao por substituio ou mudana de varivel.

    Suponha que voc tem uma funo ( )g x e uma outra funo f tal que ( )( )f g x

    esteja definida ( ef g esto definidas em intervalos convenientes). Voc quer

    calcular uma integral do tipo

    ( )( ) '( )f g x g x dx ,Logo,

    ( ) ( )( ) '( ) ( ) .f g x g x dx F g x C = +

    Fazendo ( ) '( ) '( )du

    u g x g x du g x dxdx

    = = = e substituindo na equao acima,

    vem

    ( ) `( ) ( ) ( ) ( ) .f g x g x dx f u du F u C = = + Vejamos agora alguns exemplos de como determinar a integral indefinida deuma funo aplicando a tcnica da mudana de varivel ou substituio.

    Exemplo 7.7. Calcular a integral

    ( )3

    25 2x x dx+ .

    Resoluo: Fazendo a substituio de 2 5x + por u na integral dada, ou seja,2

    5u x= + , vem

    25 2 0 2

    duu x x x

    dx= + = + = 2du x dx= .

    Agora, vamos em ( )3

    25 2x x dx+ , substitumos

    2 5x + por u e 2x dx por du

    e temos

    ( )4

    32 3

    5 2

    4

    ux x dx u du C + = = + ,

    Como

    ( )4

    242

    55

    4 4

    xuu x C C

    += + + = + .

    Portanto,

    ( )3

    2 5 . 2x x dx+ =( )

    42 5

    4

    xC

    ++ .

  • 8/14/2019 Clculo Diferencial e INtegral-Unidade_7

    11/21

    ________________________________________________Este trabalho foi elaborado por

    ProfessoresFernando Guerra e Inder Jeet Taneja para os cursos de

    Cincias Contbeis e Economia.

    11

    Exemplo 7.8. Calcular2

    3

    3

    1

    xdx

    x+.

    Resoluo: Fazendo a substituio de

    3

    1 x+

    por u na integral dada, ou31u x= + , vem

    3 2 21 0 3 = 3du

    u x x xdx

    = + = + 2= 3du x dx .

    Agora, vamos em2

    3

    3

    1

    xdx

    x+, substitumos 31u x= + por u e 23x dx por du e

    temos2

    3

    3ln

    1

    x dx duu C

    x u= = +

    + . (Pela frmula (iii) da tabela de integrais).

    Como3 31 ln ln 1u x u C x C = + + = + + .

    Portanto,2

    3

    3

    1

    xdx

    x+3

    ln 1 x C= + + .

    Exerccios propostosCalcular as seguintes integrais abaixo:

    6)( )

    3

    4

    7 5dx

    x . 7) 2

    1dx

    x .

    8) 2 42x x dx . 9)4 5

    1

    ln tdt

    t .

    10)3

    20

    1

    xdx

    x + .

    Integrao por partesNa seo anterior, estudamos como calcular integral usando o mtodo da

    substituio. Mas, existem algumas integrais tais como: lnxdx ,x

    x e dx ,3cosx x dx , etc. que no podem ser resolvidas aplicando o mtodo da

    substituio. Necessitamos de alguns conhecimentos mais. Neste caso,iniciaremos apresentando a tcnica de integrao por partes.

  • 8/14/2019 Clculo Diferencial e INtegral-Unidade_7

    12/21

    ________________________________________________Este trabalho foi elaborado por

    ProfessoresFernando Guerra e Inder Jeet Taneja para os cursos de

    Cincias Contbeis e Economia.

    12

    Sejam ( )u x e ( )v x funes diferenciveis num intervalo ( , )a b . Ento podemos

    escrever( )uv uv vu = + ,

    ou seja,( )vu uv uv = .

    Integrando os dois membros da igualdade acima, temos

    ( )b b b

    a a avu dv uv dx uv dx = ,

    ou,b bb

    aa avdu uv udv= .

    E para a integral indefinida tem-se

    b bb

    aa avdu uv udv= ,

    ou simplesmente,

    vdu uv udv= .

    A expresso acima conhecida como a frmula de integrao por partes. Quando

    aplicarmos esta frmula para resolver a integral ( )f x dx , devemos separar ointegrando dada em duas partes, uma sendo u e a outra, juntamente com dx ,sendo dv . Por essa razo o clculo de integral utilizando a frmula chamadointegrao por partes. Para escolher u e dv , devemos lembrar que:

    A parte escolhida como dv , deve ser facilmente integrvel e a

    integral v du deve ser mais simples que u dv .

    Exemplo 7.9. Calcular a integralx

    x e dx .

    Resoluo: Sejam u x= e xdv e dx= . Assim, teremos du dx= e xv e= . Aplicando

    a frmula u dv uv v du= , obtemos

    .

    x x x

    x x

    x e dx x e e dx

    x e e C

    =

    = +

  • 8/14/2019 Clculo Diferencial e INtegral-Unidade_7

    13/21

    ________________________________________________Este trabalho foi elaborado por

    ProfessoresFernando Guerra e Inder Jeet Taneja para os cursos de

    Cincias Contbeis e Economia.

    13

    Exemplo 7.10.Calcular a integral

    ln .xdx

    Soluo. Sejam lnu x= e dv dx= . Assim, teremos1

    du dx

    x

    = e .v x= Aplicando a

    frmula (2), obtemos

    1ln ln

    ln .

    x dx x x x dxx

    x x x c

    =

    = +

    Exerccios propostosCalcular as seguintes integrais usando o mtodo de integrao por partes.

    11) ( )2

    1xe x dx+ . 12)2 lnx x dx .

    13) lnx x dx . 14)lnx

    dxx

    .

    15) xx e dx .

    Integrais imprpriasSabemos que toda funo contnua num intervalo fechado integrvel nesse

    intervalo, ou seja, se f uma funo contnua em [ , ]a b ento existe ( )b

    af x dx .

    Quando fno est definida num dos extremos do intervalo [ , ]a b , digamos em

    a , mas existe ( )b

    tf x dx para todo ( , )t a b , podemos definir ( )

    b

    af x dx como

    sendo o limite lim ( )b

    tt af x dx

    + quando este limite existe. Para os outros casos asituao anloga. Nestes casos as integrais so conhecidas como integraisimprprias. A seguir apresentaremos a definio e o procedimento para calcular

    integrais imprprias. Analisaremos cada caso separado.

    (i) Dado : ( , ]f a b , se existe ( )bt

    f x dx para todo ( , )t a b , definimos

    ( ) lim ( ) ,

    b b

    t aa t

    f x dx f x dx a t b+

    = <

  • 8/14/2019 Clculo Diferencial e INtegral-Unidade_7

    14/21

    ________________________________________________Este trabalho foi elaborado por

    ProfessoresFernando Guerra e Inder Jeet Taneja para os cursos de

    Cincias Contbeis e Economia.

    14

    quando este limite existe. Caso no exista este limite diremos que a

    integral ( )b

    a

    f x dx no existe, ou no converge.

    Graficamente,

    y

    y = f x( )

    a b x

    (ii) Dado : [ , )f a b , se existe ( )ta

    f x dx para todo ( , )t a b , definimos

    ( ) lim ( ) ,

    b t

    t ba a

    f x dx f x dx a t b

    = <

  • 8/14/2019 Clculo Diferencial e INtegral-Unidade_7

    15/21

    ________________________________________________Este trabalho foi elaborado por

    ProfessoresFernando Guerra e Inder Jeet Taneja para os cursos de

    Cincias Contbeis e Economia.

    15

    ( ) ( ) ( ) ,

    b c b

    a a c

    f x dx f x dx f x dx a c b= + <

  • 8/14/2019 Clculo Diferencial e INtegral-Unidade_7

    16/21

    ________________________________________________Este trabalho foi elaborado por

    ProfessoresFernando Guerra e Inder Jeet Taneja para os cursos de

    Cincias Contbeis e Economia.

    16

    Portanto, a integral converge e temos1

    0

    21

    dx

    x=

    .

    Exemplo 7.12.Calcular se existir1

    2

    0

    1dx

    x

    Resoluo. Observemos que a funo2

    1( )f x

    x= no est definida no ponto

    0.x = Neste caso, calculamos o limite, usando (i)

    1

    20

    limt t

    dx

    x+

    11

    0

    lim

    1t t

    x+

    =

    0

    1lim 1t t

    +

    = +

    = .

    Portanto, a integral1

    2

    0

    dx

    xdiverge ou no existe.

    Exemplo 7.13.Determinar, se existir,4

    02

    dx

    x .

    Resoluo: Observemos que1

    ( )2

    f xx

    =

    no contnua em 2.x = Assim,

    4 2 4

    0 0 22 2 2

    dx dx dx

    x x x= +

    ,

    se as integrais do segundo membro convergirem.

    4

    2 20

    lim lim2 2

    t

    t tt

    dx dx

    x x + +

    4

    02 2lim ln 2 lim ln 2

    t

    tt tx x

    + = +

    ( ) ( )2 2

    lim ln 2 ln 2 lim ln 2 ln 2t t

    t t +

    = + .

    Observamos que calculando o primeiro limite obtemos o resultado , logopodemos concluir que a integral proposta no existe, ou seja, a integral divergente.

  • 8/14/2019 Clculo Diferencial e INtegral-Unidade_7

    17/21

    ________________________________________________Este trabalho foi elaborado por

    ProfessoresFernando Guerra e Inder Jeet Taneja para os cursos de

    Cincias Contbeis e Economia.

    17

    Exerccios propostosCalcular, se existirem, as seguintes integrais imprprias, indicar se converge oudiverge.

    16) xe dx

    . 17)

    1

    0

    lnx x dx .

    18)3

    20 9

    dx

    x . 19)

    1

    2

    1

    dy

    y .

    AplicaesNesta seo abordaremos algumas aplicaes importantes da integral definida.Principalmente clculo de rea de uma regio plana e fechada.

    Clculo de reaVamos considerar sempre a regio que est entre os grficos de duas funes.Suponhamos ento que ( )f x e ( )g x sejam funes contnuas no intervalo

    fechado[ ],a b e que ( ) ( )f x g x para todo x em [ ],a b . Ento a rea da regio

    limitada acima por ( )y f x= , abaixo por ( )y g x= esquerda pela reta x a= e

    direita pela retax b= , conforme ilustra a figura abaixo,

    ( )( ) ( )b

    a

    A f x g x dx= .

    0

    y

    x

    f(x)

    g(x)

    a b

    A

    [ ]

    Quando a regio no for to simples como a da figura 8.1, necessria umareflexo cuidadosa para determinar o integrando e os limites de integrao.

  • 8/14/2019 Clculo Diferencial e INtegral-Unidade_7

    18/21

    ________________________________________________Este trabalho foi elaborado por

    ProfessoresFernando Guerra e Inder Jeet Taneja para os cursos de

    Cincias Contbeis e Economia.

    18

    Segue abaixo um procedimento sistemtico que podemos seguir paraestabelecer a frmula, utilizando os seguintes passos.

    Passo 1. Voc faz o grfico da regio para determinar qual curvalimita acima e qual limita abaixo.

    Passo 2. Voc determina os limites de integrao. Os limites a e bsero as abscissas x dos dois pontos de interseo das curvas

    ( )y f x= e ( )y g x= . Para tanto iguala-se ( )f x e ( )g x , ou

    seja, faz ( ) ( )f x g x= e resolve-se a equao resultante em

    relao a x.

    Passo 3. Calcule a integral definida para encontrar a rea entre asduas curvas.

    Observao. Consideremos agora a rea da figura plana limitada pelo grfico de ( )f x ,

    pelas retas ex a x b= = e o eixo x, onde ( )f x uma funo contnua sendo ( ) 0f x ,

    para todo x em [ ],a b , conforme figura abaixo.

    0

    y

    x

    f x( )

    a b

    A

    O clculo da rea A dado por

    ( )

    b

    a

    A f x dx= ,

    ou seja, basta voc calcular a integral definida e considerar o mdulo ou valor absoluto

    da integral definida encontrada.

    Exemplo 7.14.Determinar a rea da regio limitada entre as curvas:

    2( ) 6 e ( )y f x x y g x x= = + = = .

    Resoluo: Utilizando o procedimento sistemtico apresentado acima, temos osseguintes passos.

  • 8/14/2019 Clculo Diferencial e INtegral-Unidade_7

    19/21

    ________________________________________________Este trabalho foi elaborado por

    ProfessoresFernando Guerra e Inder Jeet Taneja para os cursos de

    Cincias Contbeis e Economia.

    19

    Passo 1. Esboo da regio

    -2 -1 0 1 2 3

    2

    4

    6

    8

    10

    x

    y

    Passo 2. Para encontrar os limites de integrao fazemos ( ) ( )f x g x= , isto ,2 26 ou 6,x x x x+ = = + que fornece 2 6 0x x = . Pela frmula de Bhaskara

    encontramos as razes da equao acima, 2 e 3x x= = , que sero os limites de

    integrao. Observe pelo grfico acima, que 26x x+ , para todo x em [ ]2, 3 .

    Passo 3. Calculando a rea da regio limitada por ( ) 6y f x x= = + e2( )y g x x= = em [ ]2, 3 temos

    ( )( ) ( )b

    a

    A f x g x dx=

    = ( ) ( )3 3

    2 2

    2 2

    6 6x x dx x x dx

    + = +

    =3

    2 3

    2

    62 3

    x xx

    +

    =

    2 3 2 33 3 ( 2) ( 2)6 3 6 ( 2)

    2 3 2 3

    + +

    = 29 4 8+ 18 3 122 2 3

    =

    9 8+ 18 9 2 12 +

    2 3

    = 9 8 9 18 30 89 102 3 2 3

    + + + + =

    = 27 22 27 222 3 2 3

    = + = 81 + 44 1256 6=

    u.a.

    Portanto, a rea limitada por 2( ) 6 e ( )y f x x y g x x= = + = = em [ ]2, 3 1256

    unidades de rea.

    Exemplo 7.15. Determinar a rea limitada pela curva 2( ) 5y f x x x= = o eixo x e as

    retas 1 e 3x x= = .

  • 8/14/2019 Clculo Diferencial e INtegral-Unidade_7

    20/21

  • 8/14/2019 Clculo Diferencial e INtegral-Unidade_7

    21/21